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PODEROSO IMATÁVEL RESSURRETO EXALTADO PERDOADOR J esus PROJETO DE ORAÇÃO 2009 SOMOS TESTEMUNHAS DISSO

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PODEROSOIMATÁVELRESSURRETOEXALTADOPERDOADOR

JesusPROJETO DE ORAÇÃO 2009

SOMOS TESTEMUNHAS DISSO

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da Igreja Adventista da Promessa.

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Rua Boa Vista, 314 – 6º andar – Conj. A – Centro – São Paulo – SP – CEP 01014-030Fone: (11) 3119-6457 – Fax: (11) 3107-2544 – www.portaliap.com – [email protected]

Diretor Pr. Genilson S. da Silva

Conselho Editorial Pr. Adelmilson Júlio Pereira Pr. Aléssio Gomes de Oliveira Pr. Ednei Rodrigues Brito Pr. Genilson S. da Silva Pr. Gilberto Fernandes Coelho Pr. Irgledson Irvison Galvão Pr. José Lima de Farias Filho Pr. Manoel Lino Simão Pr. Manoel Pereira Brito Pr. Otoniel Alves de Oliveira Pr. Valdeci Nunes de Oliveira

IMPRESSÃO

Gráfica e Editora A Voz do Cenáculo

Rua Dr. Afonso Vergueiro, nº 12 – Vila Maria – São Paulo – SP – CEP 02116-000Fone: (11) 2955-5141 – Fax: (11) 2955-6120

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Projeto de Oração 2009 | 3

APRESENTAÇÃO

Em agosto de 2008, a Igreja Adventista da Promessa colo-cou-se aos pés de Cristo, suplicando-lhe, em jejum e oração, o batismo no Espírito Santo, a fim de receber ousadia espiri-tual para pregar o santo evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm 1:16-17). Para a glória de Deus, cerca de quatrocentos irmãos foram batizados no Espírito Santo.

Assim aconteceu com os apóstolos e irmãos, na igreja cris-tã primitiva. Eles obedeceram à orientação espiritual de Jesus para que perseverassem em oração, até serem cheios do poder de Deus (At 1:1-8). Puseram-se aos pés de Cristo, receberam ousadia espiritual, e, cheios do poder, pregaram o evangelho de Jesus Cristo e obtiveram resultados extraordinários (At 2:1-41).

O êxito da pregação apostólica se deu por duas razões espi-rituais que jamais devem ser ignoradas pela igreja: (1) Eles es-tavam cheios do poder do Espírito Santo e (2) pregavam Jesus Cristo aos pecadores (At 2:1-4,14-36). O verdadeiro poder de Deus resulta na exaltação de Cristo para a salvação dos perdi-dos. Elben Lenz César declara que avivamento que não gera empolgação por Jesus não é autêntico. Ele ensina que “é de se esperar que um avivamento traga Jesus de volta ao púlpito e aos bancos da igreja”.1

Usando, literalmente, as palavras de Lenz César, precisamos ter de volta não apenas aquele Jesus passado e repassado de geração em geração, mas também o Jesus assimilado, que em-

1. Revista ultimato, Edição 317, Março/abril de 2009.

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polga e perturba. Não apenas aquele Jesus de Belém, Nazaré, Cafarnaum, Jerusalém, Caná da Galileia, Sicar, Gerasa e da re-gião mediterrânea, mas também o Jesus que, no princípio mais remoto, já era Deus e estava com Deus, que, hoje, está assen-tado à direita de Deus e, amanhã, voltará em poder e glória.

Precisamos ter de volta não apenas o Jesus conhecido por suas conversas, parábolas, respostas, orações, curas e mila-gres, mas, também, o Jesus plenamente divino e plenamente humano. Não apenas o Jesus condenado à morte, pelos po-deres religioso e civil, mas, também, o Jesus que “foi elimina-do da terra dos viventes e por causa da transgressão do seu povo foi golpeado” (Is 53.8). Não apenas o Jesus que experi-mentou a morte cardíaca e a morte cerebral e que, uma vez morto, foi sepultado, mas, também, o Jesus que afastou, do corpo, as faixas de linho e, da cabeça, o lenço que lá estivera, que se levantou do frio leito de pedra, que fez rolar a tampa do sepulcro e dele saiu, “depois de ter realizado a purificação dos pecados” (Hb 1.3).

Se, em tempos de avivamento, houver mais curas e mila-gres do que certezas e empolgação pela pessoa de Jesus, não será juízo temerário duvidar da sua autenticidade. Quando houver derramamento do Espírito Santo, o joelho, obrigato-riamente, se dobrará ao nome dele e a língua, obrigatoria-mente, confessará que Jesus é o Senhor, para a glória de Deus Pai (Fp 2:10-11). Porque o Espírito remove o véu que encobre a beleza de Jesus e nos livra de perder o Senhor de vista. O próprio Jesus deu testemunho a esse respeito, quando insti-tuiu a Ceia do Senhor, em sua memória contínua, naquela sala grande, mobiliada (guarnecida de almofadas) e arrumada, em Jerusalém, na noite em que foi traído: “O Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ensinará a vocês todas as coisas e ‘fará’ com que lembrem tudo o que eu disse a vocês” (Jo 14.26 – NTLH). “O Espírito da verdade, que vem do Pai, falará

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a respeito de mim” (Jo 15:26 – NTLH). “[O Espírito Santo] me louvará, e trará grande honra para mim ao mostrar para vo-cês a minha glória” (Jo 16:14 – BV).2

Queremos esse Jesus vivo, ativo e glorioso na Igreja Adven-tista da Promessa. Em cumprimento ao “Ide” de Cristo e à Visão de Reino de Deus da IAP, contida em seu Planejamento Estraté-gico, nos cinco sábados do próximo mês de agosto, em todos os cultos da manhã, os adventistas da promessa ouvirão cinco pre-gações enfocando a pessoa de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Os referidos sermões estão neste livreto e foram elabo-rados pelo Departamento de Educação Cristã (DEC). A seguir, apresentamos os temas e as referidas datas:

Dia 01 de agosto: O JESUS PODEROSODia 08 de agosto: O JESUS IMATÁVELDia 15 de agosto: O JESUS RESSURRETODia 22 de agosto: O JESUS EXALTADODia 29 de agosto: O JESUS PERDOADOR

Que cada pastor, missionário(a), obreiro(a), líder da igreja de Jesus, mobilize o povo de Deus, estimule-o a convidar os não salvos a participarem dos cultos aos sábados pela manhã, certos de que o evangelho eterno será pregado com poder e autoridade do Espírito Santo. A pessoa de Cristo será erguida, evidenciada, pregada, e, assim como em Jerusalém, os ouvin-tes serão impactados e se renderão aos pés do Senhor Jesus.

Não se pode esquecer que, conquanto nesta campanha de agosto a ênfase seja Cristo Jesus, estaremos em um mês de oração. Logo, em todos os cultos, devemos orar pela salvação dos pecadores e pregar-lhes a salvação. Todavia, no último sábado, dia 29, haverá a tradicional vigília de final de cam-

2. Idem.

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panha, sob a orientação da Região ou Setor Administrativo. Nesse dia, devemos intensificar as orações pela salvação e pela pregação salvífica. Poderá ser uma noite de orações fer-vorosas em favor dos perdidos, mas, também, de colheitas, se pessoas não salvas forem convidadas a participar. Tudo isso será muito maravilhoso!

Que o Senhor Jesus Cristo, Senhor do universo, Senhor da nossa vida, se revele e atue em nosso meio, de forma impac-tante, poderosa, gloriosa, salvando e resgatando pecadores, edificando e consolando sua igreja, fortalecendo-a e habilitan-do-a a pregar, com ousadia espiritual, o evangelho eterno.

Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus Cristo para todo o sempre. Amém. (Rm 16:27)

Em Cristo.

Pastor José Lima de Farias FilhoPresidente da IAP

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O Jesus Poderoso

1° de Agosto

Atos 2:22

INTRODUÇÃO: A paz de Cristo a todos os irmão e irmãs! Peço, por gentileza, que abramos as nossas bíblias no livro de Atos, capítulo 2, versículo 22, texto base do sermão desta ma-nhã. Na versão Almeida Revista e Corrigida está escrito:

Varões israelitas, atendei a estas palavras. Esse versículo faz par-te de uma pregação de Pedro. Depois de receber o batismo no Espírito Santo, o apóstolo se coloca em pé, levanta a sua voz, e começa a proclamar um eloquente e arrojado sermão.

Hoje, pela graça de Deus, pregaremos o primeiro sermão do Projeto de Oração 2009, que vai tratar da pessoa, do poder e da obra do Senhor Jesus Cristo. Nesta oportunidade, vamos medi-tar sobre “O Jesus poderoso”. No início do texto bíblico lido, está escrito: Varões israelitas, escutai estas palavras. Esse versículo faz parte de uma pregação de Pedro. Depois de receber o batis-

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mo no Espírito Santo, o apóstolo se coloca em pé, levanta a sua voz e começa a proclamar um eloquente e arrojado sermão.

Ele mostra, com base no Antigo Testamento, que tudo que havia acontecido com ele e com os outros discípulos era um cumprimento da profecia de Joel. Depois, Pedro começa a falar sobre Cristo, e faz isso com maestria. A ênfase do seu sermão é Jesus. Observe a expressão: como vós mesmos sabeis (v. 22). Ele parte de algo conhecido dos seus ouvintes: “o poder de Jesus”. Aquelas pessoas conheciam a fama de Cristo. Muitos, ali, tinham ouvido falar e outros tantos tinham presenciado os milagres de Jesus. O apóstolo quer chamar-lhes à atenção para a seguinte verdade: os milagres, os sinais e os prodígios feitos por Jesus, durante o seu ministério, são a evidência suficiente do poder de Deus e confirmam que ele foi aprovado.

Com base neste versículo, aprendemos que Jesus é pode-roso. Os evangelhos nos mostram que existem, pelo menos, três áreas em que o Jesus poderoso tem autoridade. Quais são elas? Vejamos a primeira.

I – O JESUS PODEROSO TEM AUTORIDADE SOBRE OS EVENTOS NATURAIS

Os evangelhos nos mostram, em diversas passagens, que Jesus tem poder sobre as forças da natureza. Ele fala e ela obe-dece. Ele manda e ela se aquieta. Ele ordena e ela muda a sua direção. Segundo William Hendriksen1, o que nós chamamos e conhecemos por “leis da natureza” são, na verdade, suas leis, visto que Jesus tem autoridade sobre elas e pode mudar o cur-so natural dos eventos naturais. Vejamos um, dentre alguns

1. Hendriksen, W. Comentário do Novo Testamento: Lucas, Vol. 1. São Paulo: Cultura Cristã, 2003, p. 586.

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episódios narrados nos evangelhos que confirmam a autorida-de de Cristo sobre a natureza. Por gentileza, abra a sua Bíblia no capítulo 14, versículo 22, do evangelho de Mateus.

O texto diz assim: E logo ordenou Jesus que os seus discí-pulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra ban-da, enquanto despedia a multidão (grifo nosso). Observe, com atenção, a palavra “ordenou”, que aparece nesse versículo. Je-sus não “sugeriu” aos discípulos que passassem para o outro lado do mar; não apresentou opções: ele ordenou. Eles obe-deceram? Sim! E, neste caso, a obediência os empurrou para o meio de uma tempestade. O que aconteceu, durante essa tem-pestade, mostra-nos o surpreendente poder de Jesus sobre a natureza. Destacamos três pontos importantes.

Em primeiro lugar, destacamos a força assustadora da tem-pestade. Veja o versículo 24: E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário. Uma forte rajada de vento abateu-se contra o mar. O mar em ques-tão é o de Tiberíades ou da Galileia, que está localizado no vale do rio Jordão; tem 21 Km de comprimento, 12 de largura e 50 metros de profundidade. Seu leito é uma depressão cercada por colinas. Ventos frequentemente descem e agitam as águas com grande força. Era comum que barcos potentes fossem ad-vertidos a permanecerem ancorados, enquanto os ventos cas-tigavam a água. Durante as tempestades, as ondas chegavam a até 6 metros de altura. Era pavoroso.

Os discípulos deviam estar mesmo apavorados! A cena era as-sustadora: o vento contrário, as ondas gigantescas, a escuridão, e o pior: a ausência de Cristo. Graças a Deus, o texto não termina no versículo 24, o que seria terrível, mas continua. Leia o versícu-lo seguinte, em que destacamos, em segundo lugar, a autoridade absoluta de Jesus. O texto diz: Mas, à quarta vigília da noite, diri-giu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar. O mar que ameaçava engolir os discípulos se tornou uma passagem para Je-

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sus andar. O vento que ameaçava jogar o navio de um lado para o outro, como um brinquedo, não podia fazer nada contra Jesus.

O vento não o pôde atordoar; a tempestade não o pôde afo-gar. Ele usou as próprias “leis da natureza” para a execução do seu propósito! Quer saber como termina essa história? Leiamos o versículo 32: E, quando subiram para o barco, acalmou o ven-to. Com base nesta última expressão “acalmou o vento”, desta-camos, em terceiro lugar, a obediência admirável da natureza. Sem ao menos Jesus lhe ter dito uma palavra diretamente, a tempestade se acalmou. Quando Jesus chega, a tempestade se vai! Sua autoridade é maior que a força do vento! Ele é o Senhor da natureza! Os eventos da natureza não o podem deter!

Depois que o vento se acalma, os discípulos declaram: És verdadeiramente o Filho de Deus (v. 33). Você pode fazer essa declaração hoje? Você tem convicção de que Jesus é o Filho de Deus, poderoso, que domina o vento, o mar, a natureza? Ele é poderoso! Os discípulos aprenderam que Jesus é Rei sobre a natureza. Quando as leis naturais dizem que tal coisa não pode acontecer, ainda assim, não é o fim. Quem dá a última palavra é sempre Cristo. Ele é Senhor! Os ventos e o mar lhe obedecem. A chuva lhe obedece. O calor lhe obedece. O frio lhe obedece. Os animais lhe obedecem. Enfim, toda a natureza está pronta a obedecer as suas ordens.

Essa é a primeira área sobre a qual o Jesus poderoso tem autoridade: “Os eventos naturais”. Vejamos agora a segunda.

II – O JESUS PODEROSO TEM AUTORIDADE SOBRE AS ATUAÇÕES MALIGNAS

Tanto Satanás quanto os seus demônios possuem uma ex-

periência muito grande na arte de praticar o mal. Seus artifícios são muito bem elaborados. A Bíblia nos ensina, em II Corín-

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tios 2, versículo 11, que não podemos ignorar os seus ardis. Da mesma forma, em I Pedro, capítulo 5, versículo 8, somos infor-mados de que o diabo, nosso adversário, anda em derredor, rugindo como leão, buscando a quem possa tragar. O inimigo existe; não podemos subestimá-lo. A todo tempo, ele maquina estratégias, projetos e ciladas para nos destruir. Se pudesse, acabaria conosco. Entenda bem: “se ele pudesse”.

Ao mesmo tempo em que a Bíblia mostra que não podemos subestimar o inimigo, ela nos ensina que não podemos superes-timá-lo. São muitos os textos dos evangelhos que apresentam, de forma muito clara, o poder de Jesus sobre as atuações malignas. Satanás e seus demônios só fazem o que Deus permite. Só vão até onde o Senhor deixa. Dentre os muitos textos dos evange-lhos, escolhemos um para comprovar essa verdade. Abra a sua Bíblia no Evangelho de Marcos, capítulo 5, versículos do 1 ao 3: E chegaram à outra margem do mar, à província dos gadarenos. E, saindo ele do barco, lhe saiu logo ao seu encontro, dos sepulcros, um homem com espírito imundo, o qual tinha a sua morada nos sepulcros, e nem ainda com cadeias o podia alguém prender.

Esses versículos descrevem um quadro lamentável do que o inimigo pode fazer a um ser humano. Esse homem não era um maníaco, mas um endemoninhado. O inimigo lhe havia roubado o amor próprio: cortava-se com pedras. O inimigo lhe havia roubado a companhia familiar: tinha sua morada nos se-pulcros. O inimigo lhe havia roubado o convívio social: tornou-se uma fera indomável, nem ainda com cadeias alguém podia prendê-lo. O inimigo lhe havia roubado a paz interior: ele esta-va perturbado mentalmente, andava sempre, de dia e de noi-te, clamando pelos montes. Enfim, o inimigo havia destruído a vida daquele homem.

Foi, então, que Jesus apareceu. Quando Cristo foi ao encon-tro daquele homem, este foi liberto! Aliás, isso sempre acontece. Aonde Cristo chega, os demônios tremem e os que são escravos

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deles ficam livres! Os demônios estão debaixo da autoridade de Jesus! Esse texto deixa isso muito claro, por, pelo menos, três motivos. Em primeiro lugar, os demônios reconheceram a divin-dade do Jesus poderoso. Veja o que eles fizeram: E, quando viu Jesus ao longe, correu e adorou-o. E, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? (vv. 6-7). Observe que os demônios crêem e reconhecem a divinda-de de Cristo. Eles sabem muito bem quem é Jesus.

Em segundo lugar, os demônios confirmaram a autoridade do Jesus poderoso. Isso fica muito claro nessa narrativa. Confi-ra, na sua Bíblia, o versículo 7, parte b: Rogo-te por Deus que não me atormentes (NVI – grifo nosso); o versículo 10, parte a: E rogou-lhe muito (grifo nosso); ou, de acordo com a Bíblia Viva: suplicaram com insistência. Os demônios evidenciam, de forma muito clara, que estão debaixo da autoridade de Jesus. Em terceiro e último lugar, os demônios obedeceram à vontade do Jesus poderoso. No versículo 8, Cristo diz: Sai deste homem, espírito imundo, e, depois de Jesus lhe dar permissão, aquela “legião” de espíritos maus saiu e entrou nos porcos. Não há demônio que resista ao poder de Jesus.

Jesus se manifestou para destruir as obras do diabo (I Jo 3:8). Pela sua morte, ele aniquilou o que tinha o império da morte, isto é, o diabo (Hb 2:14). O inimigo não pode agir fora da autoridade suprema de Jesus. Ele foi derrotado por Cristo na cruz! Você e eu não precisamos andar com medo da ação dos espíritos maus: Cristo venceu! Cristo tem autoridade sobre eles. A batalha já foi ganha. Estejamos firmes! A Bíblia garan-te, em Tiago, capítulo 4, versículo 7: Sujeitai-vos, pois, a Deus. Resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Glorificado seja o nome do Jesus poderoso!

Até agora, vimos duas áreas em que o Jesus poderoso tem autoridade: sobre “os eventos naturais” e sobre as “atuações malignas”. Vejamos mais uma:

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III – O JESUS PODEROSO TEM AUTORIDADE SOBRE AS TRAGÉDIAS HUMANAS

Uma tragédia é um acontecimento fatal, um revés, um de-sastre. Na maioria das vezes, ela chega sem aviso prévio, de súbito. Quando vem, a dor é inevitável, a aflição é certa. Os evangelhos narram algumas tragédias, algumas situações ex-tremas, dolorosas. Em muitas dessas situações, a solução pa-recia impossível e improvável. Você já passou por uma situação assim? Olhou para todos os lados e não havia mais solução? Nunca se esqueça: o Jesus poderoso tem autoridade sobre as tragédias! Com Jesus, o choro pode tornar-se riso! Os evange-lhos mostram isso de forma muito clara.

A exemplo do que fizemos, nos tópicos anteriores, den-tre os vários textos que confirmam a autoridade de Jesus sobre as tragédias humanas, escolhemos um para nossa me-ditação. Abra a sua Bíblia no Evangelho de Lucas, capítulo 7, versículos 11 e 12. O texto diz assim: E aconteceu, pouco depois, ir ele à cidade chamada Naim (...). E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.

Destacamos dois pontos, com base nesse texto. Em pri-meiro lugar, a severidade da tragédia. Naim era uma sim-ples cidade, localizada na região da Galileia. Quando Jesus chega a essa cidade, depara com a saída de uma procissão fúnebre. Agora, veja a descrição comovente do versículo 12: ... filho único de sua mãe, que era viúva. Veja a situação de-sesperadora daquela mulher: sem o marido e sem o único filho. Ela estava sozinha no mundo, desamparada. Além do problema sentimental, teria de lidar com o problema mate-rial. Sua única fonte de sustento e descendência se fora. Não tinha ninguém, não tinha nada.

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Aquele caso era considerado absolutamente desespera-dor. Se seu filho estivesse com febre, ainda haveria um fe-cho de esperança; se estivesse em coma, ainda haveria um fecho de esperança; mas, com a morte, as esperanças haviam abandonado aquela mulher. E é aí que o Jesus poderoso entra na história. Depois de enfocar a severidade da tragédia, em segundo lugar, Lucas focaliza a autoridade de Jesus. Veja o versículo 13. Antes de falar com o menino sem vida, Jesus fala com a mãe sem esperança: E, vendo-a, o Senhor moveu-se de íntima compaixão por ela.

O Jesus poderoso é sensível. Seu coração se condoeu por aquela viúva. Ele estava profundamente comovido com a dor daquela mulher: Pare de chorar. Essa ordem não parece fazer muito sentido, a menos que quem a pronuncie tenha o poder de eliminar a origem do choro: Jesus podia fazer isso! Veja o que dizem os versículos 14 e 15: E, chegando-se, tocou o es-quife (e os que o levavam pararam) e disse: Jovem, eu te digo: Levanta-te. E o defunto assentou-se e começou a falar. Para Je-sus, as coisas não estavam sem esperança! Observe que ele falou e o milagre aconteceu! Sabe por quê? Jesus é Deus. Ele tem autoridade sobre a força da tragédia! O menino reviveu, e Jesus o devolveu a sua mãe.

Se existe alguém, entre nós, sem esperança, por causa de alguma tragédia ou alguma crise, Jesus pode fazer renascê-la no seu coração. O Jesus poderoso tem poder sobre as tragé-dias conjugais: ele pode restaurar seu casamento. O Jesus po-deroso tem poder sobre as tragédias familiares: ele pode res-taurar sua família. O Jesus poderoso tem poder sobre as tragé-dias emocionais: ele pode devolver-lhe a paz interior! O Jesus poderoso tem poder sobre as tragédias espirituais: ele pode restaurar a sua devoção a Deus, pode restaurar a sua confiança nele. Ele pode! Ele é Deus. Da maneira dele, no tempo dele, segundo a vontade dele. Esse é o Jesus poderoso!

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CONCLUSÃO: Pedro tinha razão no seu discurso: Jesus é mesmo muito poderoso! Como bem disse o apóstolo: Ele foi aprovado por Deus (...) com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele. Ao dizer isso, talvez um filme tenha se passado na mente do apóstolo. Quem sabe ele tenha se recordado do dia em que esteva no barco, no meio do mar, açoitado pelas ondas, e fora socorrido por Jesus. Ou, quem sabe, tenha se lembrado do dia em que fora com Cristo à província dos gerasenos e se depararam com aquele feroz endemoninhado: que grandiosa autoridade sobre as atu-ações malignas Jesus demonstrou!

Pode ser, também, que Pedro tenha se lembrado da viúva de Naim. Como aquela mulher sofreu! Entretanto, naquele dia, Jesus entrou em sua vida e a transformou! Ele pode fazer isso a você, hoje. Ele é o mesmo: o Jesus poderoso! Tem poder sobre os eventos naturais, sobre as atuações malignas, sobre as tra-gédias humanas! Ele disse: É me dado todo o poder no céu e na terra (Mt 28:18). Ainda hoje, o Jesus poderoso tem autoridade para curar o enfermo, para libertar o cativo, para dar novas for-ças ao cansado! Ele ainda continua dando graça aos rejeitados, paz aos atribulados, restauração aos devastados! Ele continua e vai sempre continuar! Ele é Deus. Amém.

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8 de Agosto

Atos 2:23

Que a paz de Cristo seja com todos vocês, irmãos e irmãs. Em continuidade a nossa série de mensagens sobre a pessoa de Jesus, baseada no sermão que o apóstolo Pedro pregou no dia do pentecostes, hoje, iremos falar sobre “O Jesus ‘imatável’”. Peço, então, por gentileza, que abram as suas bíblias no livro de Atos dos Apóstolos, capítulo 2. Leremos apenas o versículo 23, pois ele será a base para o tema desta manhã. Na versão Almeida Revista e Corrigida, está assim escrito:

A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presci-ência de Deus, tomando-o vós, o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos.

No sábado passado, aprendemos que Jesus é poderoso. E isso é verdade. Ele é tão poderoso que, se não tivesse entrega-do a si mesmo, ninguém, em todo o universo, poderia matá-lo. Pode até soar um pouco estranho o tema de hoje, mas é fato: o nosso Senhor é realmente “O Jesus ‘imatável’”. Ele mesmo

O Jesus “Imatável”

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confirma isso: Ninguém tira [a minha vida] de mim, mas eu a dou por minha espontânea vontade. Tenho autoridade para dá-la e para retomá-la (Jo 10:18). Com base na palavra de Deus, podemos afirmar que Jesus é “Imatável”, mas, por amor, ele se permitiu morrer para nos salvar.

Para entendermos essa verdade bíblica, vamos, hoje, par-tindo de At 2:23, destacar três razões da morte de Jesus. E a primeira razão é esta:

I – O JESUS “IMATÁVEL” MORRE PORQUE A SUA MORTE É DIVINAMENTE PLANEJADA

Observe como começa este versículo: A este que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus (At 2:23). Preste atenção, por favor, na palavra “conselho”. Ela equivale a “designo” ou “plano”. Em seguida, vem a palavra “presciência”. O que essas palavras nos ensinam sobre a morte de Jesus? Mostram-nos que a sua morte não foi um acidente. Não ocorreu por acaso. Ela é resultado de um projeto previa-mente elaborado. Veja como está escrito na Nova Tradução Linguagem de Hoje: Deus, por sua própria vontade e sabedoria já havia resolvido que Jesus seria entregue.

A cruz de Cristo é uma ideia de Deus. Por quê? Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3:16). Para nos salvar, Deus enviou o próprio fi-lho para morte. Jesus desceu da sua glória, fez-se carne e mar-chou vitoriosamente para cruz. Não havia um caminho mais fácil! A salvação para você é de graça, mas, para Deus, custou tudo: a vida de seu filho. Esse era o plano de salvação, que foi arquitetado antes da fundação do mundo (Ap 13:8). E, nele, Deus investiu tudo para que você fosse salvo! É maravilhoso saber que fazemos parte dos planos do Pai.

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Volte, por favor, o seu olhar para o texto de Atos. Observe, desta vez, a palavra “determinado”, cujo significado é: “deline-ando as fronteiras”. Isso quer dizer que o Pai já havia estabe-lecido tudo acerca da morte de Jesus. Na mente de Deus, já havia um propósito definido, um lugar escolhido, uma forma apropriada e um momento certo para acontecer. E tudo acon-teceu como Deus determinou. O Gólgota não foi algo que fu-giu ao seu controle. De acordo com o profeta Isaías, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar (Is 53:10).

O texto de At 2:23 segue dizendo: ... tomando-o vós, o cru-cificastes e matastes pelas mãos de injustos. Perceba que, nes-se versículo, a morte de Jesus é atribuída, simultaneamente, à “vontade de Deus” e à “maldade do homem”. A profundidade e o alcance dessa soberania divina são de tirar o fôlego. São a chave para nossa salvação. O Senhor o planejou e, por meio de homens malditos, trouxe ao mundo a maior de todas as bên-çãos! Isso não inocenta aqueles que mataram Jesus. Contudo, sem saber, ao crucificarem Jesus, eles estavam fazendo a von-tade do Deus Soberano (At 3:26-27).

Ao afirmar que “o mataram, pregando-o na cruz”, o apósto-lo Pedro não coloca em dúvida a já citada declaração de Jesus: “Ninguém tira a minha vida de mim”. Sabe por quê? A prisão e a morte de Jesus, naquela sombria quarta-feira, só aconte-ceram porque ele permitiu, porque ele quis! Essa é a primeira razão por que o “Imatável” morreu: Ele veio cumprir o plano de Pai, um plano de amor pela humanidade. A cruz de Cristo é a maior demonstração do amor de Deus por nós! A Bíblia diz que Deus nos provou o quanto nos ama: Cristo morreu por nós quando ainda vivíamos no pecado (Rm 5:8, NTLH).

Ele planejou que o Filho estivesse ali: Deus nos amou e mandou o seu filho para que, por meio dele, os nossos peca-dos fossem perdoados (I Jo 4:10, NTLH). Talvez eu esteja aqui falando com alguém que não se sente amado. Se for o seu

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caso, gostaria de que você soubesse que a morte de Jesus foi divinamente planejada por sua causa! Deus lhe ama tanto que não poupou seu próprio Filho para salvar você (Rm 8:32). Deus se importa com você! Antes mesmo de nascer, você já estava nos planos dele.

Aprendemos, até aqui, que a morte de Jesus é divinamente planejada. Mas há, ainda, outra razão pela qual Jesus morreu:

II – O JESUS “IMATÁVEL” MORRE PORQUE A SUA MORTE É TOTALMENTE VOLUNTÁRIA

Como se inicia o versículo que estamos estudando? “A este que vos foi entregue” ou “sendo este entregue”. Quem entre-gou Jesus para ser morto? Judas? Com certeza, não! Embora seja o mesmo verbo usado, quando este traiu Jesus, não é a Judas que o texto se refere. Abra, por favor, sua Bíblia na carta de Paulo aos Efésios, capítulo 5, versículo 2, e observe o que diz a segunda parte do versículo: Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. Foi o próprio Jesus que entregou a si mesmo! Sua morte é um ato de entrega totalmente voluntária.

Por três vezes, homens tentaram matar Jesus antes do tem-po: A primeira tentativa foi logo que Jesus nasceu. Herodes, o Grande, fez de tudo para matá-lo. Ficou furioso e ordenou que matassem todos os meninos de dois anos para baixo, em Belém e nas proximidades (Mt 2:16). Irmãos, Herodes era um adversário de peso, era mau, cruel e poderoso. Ele fora capaz de matar a sogra, os cunhados, a própria esposa e os próprios filhos. Mas, contra Jesus, nada pôde fazer (Mt 2:13-14).

A segunda tentativa de matá-lo foi no início de seu ministé-rio. Numa sinagoga, após ler o texto do profeta Isaías, capítulo 61, ele disse: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir.

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Os judeus presentes ali ficaram furiosos e o levaram até um precipício e quiseram jogá-lo dali para matá-lo. Mas, misterio-samente, ele passou pelo meio da multidão e foi embora (Lc 4.30). Numa terceira tentativa, já no final do seu ministério, quiseram apedrejá-lo, mas ele saiu ileso (Jo 8:58). Essas são provas de que Jesus é, de fato, imatável! Sua morte, na cruz, só aconteceu porque ele se entregou.

Há um detalhe impressionante nas narrativas sobre a cru-cificação. Perceba que nenhum dos quatro evangelhos diz que Jesus “morreu”. Parece que, propositalmente, os evangelistas evitam essa palavra. A mensagem evidente é esta: Jesus não foi vencido pela morte. Ele não foi mais uma vítima da morte, mas a capturou como vencedor. As expressões usadas pelos evangelistas confirmam a autoridade de Jesus sobre sua pró-pria vida e o seu controle sobre sua morte. Marcos diz que ele com um alto brado, expirou (Mc 15:37), e Mateus diz que ele entregou o espírito (Mt 27:50).

No mesmo sentido, Lucas escreve as seguintes palavras: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito (Lc 23:46). Mas a expressão usada por João é a mais forte e contundente. Ele afirma que Jesus curvou a cabeça e entregou o espírito (Jo 19:30, NVI). Ele o entregou. Ninguém tomou dele. Jesus deu a sua vida. Note que, antes disso, ele “curvou a cabeça”. Essa expressão não significa que ele tenha morrido e que sua cabe-ça tenha caído sobre o peito. Pelo contrário, este foi o último ato de submissão e entrega à vontade do Pai, e, só depois, ele morreu. Desse modo, Cristo confirma que sua morte foi um ato voluntário seu.

Ele poderia escapar da morte à hora que quisesse. Mas, por livre e espontânea vontade, oferece a si mesmo, de maneira total. Jesus sabe o que é sofrer! Ele conhece todo tipo de sofri-mento: traição, solidão, abandono, humilhação, ofensas, dores e até a morte. Ele conhece a sua dor, meu irmão! Por outro

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lado, talvez você nunca entenda o quanto Jesus sofreu. Mas é importante saber: O “Imatável” se entregou por você! Talvez você pense que não vale nada, mas olhe agora, pela fé, para Jesus no Calvário, pois foi ali que ele lhe deu real valor. Ele o comprou não com ouro ou prata, mas com seu próprio sangue (I Pe 1:18). Pagou o mais alto preço!

Como vimos, o Jesus “Imatável” morreu só porque se entre-gou. Sua morte é totalmente voluntária. Aprendamos, agora, a terceira importante razão para a morte do “Imatável”:

III – O JESUS “IMATÁVEL” MORRE PORQUE A SUA MORTE É PLENAMENTE SUBSTITUTIVA

De acordo com o sermão de Pedro, morte Jesus não foi permi-tida sem um objetivo. Nela havia um propósito. A questão central, em At 2:23, não é: “quem o matou” ou “como ele morreu”, mas, sim: “por que ele morreu” ou “qual o significado de sua morte”. Foi numa cruz que Jesus morreu para nos salvar. Pergunto: Por que a cruz? Será que não havia outra forma de nos salvar? Deus não poderia ter evitado a morte de seu filho? No dia em que en-tendermos o que realmente aconteceu naquela quarta-feira à tar-de, lá no Calvário, seremos as pessoas mais felizes deste mundo.

Mas o que aconteceu lá? Voltemos nossos olhos para o Éden, onde Deus deu uma ordem ao ser humano: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhe-cimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16-17). Nessa ordem, está estabelecido um princípio justo de retribuição e merecimento, isto é, quem obedece, merece a vida, e quem desobedece, merece a morte. O que aconteceu no Éden? O homem escolheu desobedecer. Então, o que ele merece? A morte. Qual o salário do pecado? A morte (Rm 6:23).

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Em Romanos, capítulo 5, versículo 12, lemos: Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram (Rm 5:12). Todos estávamos condenados à morte. Mas acontece que o ser humano não quer morrer. É como se ele dissesse: “Pai, eu pequei, e mereço morrer, mas, por favor, eu não quero morrer”. Essa situação cria um santo “conflito” entre a justiça e o amor de Deus. De acordo com a justiça, o ser humano pecou e deve morrer, mas, por lado, Deus ama o ser humano.

O que fazer, então? O princípio é claro: Se há pecado, deve haver morte, pois, sem derramamento de sangue, não há re-missão de pecados (Hb 9.22). A palavra de Deus não volta atrás. O delito não pode ficar impune. Só há uma saída: alguém que seja justo que queira morrer em seu lugar. É aqui que entra o precioso Jesus, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (Jo 1:29). Ele veio a este mundo, tornou-se homem e habitou entre nós (Jo 1:14). Ele foi um ser humano de verdade. Jesus viveu 33 anos como um de nós; foi tentado em tudo, mas não pecou em momento algum.

Ora, se ele viveu como homem e não pecou, o que ele mere-ce? Viver, é claro! E nós, irmãos? Somos miseráveis pecadores e merecemos morrer. Acontece, então, a substituição. Jesus to-mou o nosso lugar. Ele morreu a nossa morte para vivermos a sua vida. Foi isso o que aconteceu, lá no Calvário. Uma troca de amor. Ele pagou a nossa dívida. Na cruz, o Senhor exclamou em alta voz: Tetelestai!, que significa “Está consumado!”. Nos dias de Jesus, era comum pregar um documento com a acusação na porta da cela de um preso. Mas, quando o preso cumpria a pena, o documento era arrancado da porta e gravado sobre ele a palavra “tetelestai”, ou seja, “cumprida na totalidade”.

O documento era entregue em suas mãos e ninguém mais podia acusá-lo daqueles crimes. Quando Jesus disse a palavra

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“consumado”, estava dizendo “a dívida está quitada”. Glória a Deus por isso! Ali, ele perdoou nossos pecados, reconciliou-nos com Deus e nos concedeu a vida eterna. Agora, pois, já ne-nhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Saiba: ele fez tudo isso por você. Que amor maravilhoso! Não há nada mais urgente do que corresponder a esse amor! Adore-o com toda intensidade. Sirva-o com tudo que você é e por toda a sua vida. Ame-o com todo seu coração.

CONCLUSÃO: Gostaria de que você, por um instante, pen-sasse no tamanho do amor de Deus. Pensasse na cruz. Na mor-te daquele que é “Imatável”. Sabendo que tudo isso foi por mim e por você. Antes mesmo de nascermos, já estávamos nos planos divinos. Por nossa causa, o Pai planejou que seu Filho viesse a esse mundo e morresse. E ele veio! Ele entrou em nos-sa história, viveu como um de nós, sofreu a nossa dor e derra-mou a sua alma na morte. Ele é o “Imatável” que se permitiu morrer. É o Soberano que se humilhou. É o Deus que, sendo bendito, se fez maldição por nós (Gl 3:13).

O Jesus “Imatável” é aquele que tomou nosso lugar e, como nosso representante, cumpriu a lei que nós quebramos. Ele é o nosso substituto na cruz. Assumiu a cruz como o único recurso de manifestar-nos a sua justiça e o seu amor. Ele é aquele que foi desamparado na cruz para que fôssemos aceitos pelo Pai. Ele suportou a morte mais horrível para que tivéssemos vida, e vida com abundância. Já dizia Sttot: “Devemos vir humildemente à cruz, merecendo nada a não ser juízo, implorando por nada a não ser misericórdia, e Cristo nos libertará da culpa do pecado e do pavor da morte”1. Louvado seja o Cordeiro de Deus!

1. Stott, John. A Bíblia toda, o ano todo. Viçosa: Ultimato, 2007, p.262.

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15 de Agosto

Atos 2:24

INTRODUÇÃO: Que a paz de Cristo esteja com todos os ir-mãos e as irmãs. Peço, por gentileza, que você abra a sua Bíblia no livro de Atos, capítulo 2, versículo 24. Esse é o texto base des-te sermão. Na versão Almeida Revista e Corrigida, está escrito:

Ao qual Deus o ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.

Após aprendermos lições importantíssimas para o nosso crescimento espiritual, nos dois sábados anteriores, sobre “O Jesus Poderoso” e “O Jesus ‘Imatável’”, hoje abordaremos, com muito zelo e apego à palavra de Deus, sobre “O Jesus Ressur-reto”. É exatamente desse tema que trata o texto bíblico lido. Sem sombra de dúvida, Cristo foi e é superior à morte. Pode-mos comprovar isso quando vemos que, todas as vezes em que ele a confrontou, sempre saiu vitorioso. As ressurreições da fi-lha de Jairo e de Lázaro nos mostram isso.

O Jesus RESSURRETO

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O texto que lemos é parte de um dos mais belos e pode-rosos sermões contidos na Bíblia. Este, em especial, marca o início da proclamação do evangelho no mundo, pois, agora, o Espírito Santo estava com a igreja, e isso era uma prova fiel de que Jesus Cristo havia ressuscitado. O apóstolo Pedro, ao falar de Jesus, não hesita em proclamar, com ousadia, que Deus o ressuscitou dos mortos! (v.24). Porém, nem sempre foi assim. Com base no relato dos discípulos que estavam a caminho de Emaús, veremos que, antes da alegria, da esperança e da fé pela ressurreição, vieram a tristeza, a decepção e a descrença pela morte de Cristo.

Com o relato de Lucas sobre os dois discípulos que estavam a caminho de Emaús, podemos aprender três importantes li-ções acerca do Jesus Ressurreto. Vamos à primeira.

I – O JESUS RESSURRETO NOS ACOMPANHA EM MEIO À TRISTEZA

Já era o terceiro dia, depois que um grande acontecimen-

to “sacudira” Jerusalém. Quando todos pensavam que o do-mínio romano estava com as horas contadas e o poder seria novamente colocado nas mãos dos judeus, por meio daquele que, na visão dos discípulos, era o verdadeiro Filho de Deus, os acontecimentos tomaram rumos diferentes. Todos presencia-ram o Messias ser preso, julgado e condenado à morte. Todos viram o sangue jorrar do seu corpo e o peso da cruz castigar e minar as suas forças. Viram os pregos atravessarem suas mãos e o seu corpo machucado, levantado na vergonhosa cruz.

Podemos constatar que todas essas coisas passaram pelas mentes dos dois discípulos que estavam a caminho do vilarejo de Emaús, que ficava a uns 12 quilômetros de Jerusalém. Por favor, abra a sua Bíblia no evangelho de Lucas, capítulo 24, ver-sículo 17, que diz: Então, lhes perguntou Jesus: Que é isso que

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vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais? E eles pararam entristecidos. Eles estavam completamente de-sanimados. Sem dúvida, a tristeza é capaz de produzir desâni-mo nas pessoas. Para onde quer que os discípulos fossem, a tristeza ia com eles, pois eram incapazes de esquecer os acon-tecimentos daquele terrível dia.

Queridos irmãos, lembrem-se de que, para esses discípu-los, aquele fora o dia mais triste e pesaroso de suas vidas. Para eles, o brilho do sol havia se tornado em trevas e o ar que res-piravam parecia sufocá-los em vez de aliviá-los. A tristeza inva-diu e se instalou no coração deles. A situação se agravava ainda mais, quando se lembravam da afeição alegre e comovente do seu mestre, em contraste com o seu sofrimento. A dor era in-suportável! A dor dos acoites corroía o corpo de Jesus, mas a dor da tristeza maltratava, insistentemente, esses discípulos, pois eles o amavam! Como é doloroso perder quem se ama!

Agora, observe o versículo 15: Aconteceu que, enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e ia com eles. No momento da tristeza, Jesus lhes concedeu a sua companhia! Para eles, Jesus estava morto, mas, na realidade, Jesus estava vivo e estava ao lado deles, no caminho! O Jesus morto havia ressuscitado! Agora, o Jesus ressurreto começava a mandar embora a tristeza daqueles discípulos! Eles estavam fugindo da lembrança do Cristo que havia morrido, mas se de-pararam com a realidade do Cristo ressuscitado! Em meio à tristeza, Cristo os acompanhou, porque se importou com eles.

Querido irmão, como está o seu coração? O que tem acon-tecido entre as quatro paredes da sua casa? Pode ser que esta mensagem seja um recado específico de Deus para você, que está a ponto de perder o filho para o tráfico de drogas, ou para você, que se encontra no vale da desesperança de um casa-mento fracassado, ou até mesmo para você, que perdeu al-guém a quem muito amou. Quem sabe a dor da tristeza tem

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lhe maltratado, dia após dia, noite após noite, e, por conta disso, você se sente como se estivesse na “rua da amargura”, sozinho e sem saber o que fazer. Cristo conhece você. Ele sabe a razão da sua angústia.

Não pense que você caminha sozinho, pois o Jesus ressur-reto está acompanhando você em cada percurso da sua vida! A sua tristeza vai passar, pois o Senhor Jesus está providenciando a alegria para o seu coração, através da sua companhia con-soladora. Você não está sozinho, meu irmão! Cristo está com você! Mesmo quando pensa que ninguém está vendo a sua dor, ele está vendo, pois sabe tudo o que acontece dentro de você. Ele quer dialogar com você, e quer compartilhar da sua dor. Não há melhor amigo que Jesus, que está disposto a ouvir, amorosa e pacientemente, as nossas ansiedades!

Como vimos, o Jesus ressurreto nos acompanha em meio à tristeza. Aprendamos, agora, a segunda importante lição acer-ca do Jesus ressurreto.

II – O JESUS RESSURRETO NOS ESCUTA EM MEIO À DECEPÇÃO

Junto com a tristeza da morte de Cristo, veio também o senti-

mento de derrota. Eles acreditavam que, ao chegar a Jerusalém, Jesus usaria o seu poder de andar sobre as águas e acalmar o mar para inutilizar as ações dos seus opressores. Mas nada disso aconteceu. Ao invés da glória, o sofrimento; da vitória, a apa-rente derrota; dos aplausos, o escárnio; da vida, a morte. Para os discípulos que viajavam para Emaús, era decepcionante ficar em Jerusalém e deparar com a zombaria dos sacerdotes; era de-cepcionante lembrar-se da cora de espinhos! Era decepcionante lembrar a cruz e as duras palavras de “salva-te a ti mesmo”.

Por gentileza, observe o início do texto de Lucas, capítulo 24, versículo 13: Naquele mesmo dia, dois dos seguidores de Je-

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sus estavam indo para um povoado chamado Emaús. Em meio à decepção, fugir do problema parece ser a saída mais viável para muitos. Sair de Jerusalém, para não encarar a vergonhosa realidade do “Cristo crucificado”, foi o meio de escape que am-bos encontraram. Mas, durante a viagem, Cristo lhes aparece, de modo irreconhecível (v.16). Visivelmente, podemos perce-ber que aqueles discípulos não falavam de outra coisa, a não ser da “decepcionante morte de Jesus”.

Jesus mostrou-se muito preocupado em relação a eles, quando lhes perguntou: Que é isso que vos preocupa e de que ides tratando à medida que caminhais?. Devemos concordar que a decepção é muito preocupante. Ela pode produzir rea-ções negativas inesperadas. No entanto, Cristo continua a se preocupar com o ser humano, mesmo que este esteja afastado dele. Devemos entender que não temos motivo algum para nos decepcionar com Cristo, pois que mal nos fez? Ele tão somente se entregou por nós, a fim de nos dar vida eterna e nos livrar da culpa dos nossos pecados e da condenação da morte.

Agora observe o que eles disseram, nos versículos 19 e 20, em resposta ao que Jesus lhes havia perguntado: O que acon-teceu a Jesus, o Nazareno, que era varão profeta, poderoso em obras e palavras, diante de Deus e de todo o povo e como os principais sacerdotes, e as nossas autoridades o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Se você ainda não percebeu, até aqui, eles sequer mencionaram a possibili-dade da ressurreição. Para eles, a morte de Jesus era uma rea-lidade, mas a sua ressurreição, um mito. Mesmo percebendo a decepção dos discípulos, Cristo se prontificou a escutar as suas queixas e lamentações.

Cristo quer curar a sua alma dos danos da decepção. Se você é uma dessas pessoas que se decepcionaram com a igreja do Senhor ou com o Senhor da igreja, tenha certeza de que isso pode mudar. Lembre-se de que Jesus não merece a decep-

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ção, muito menos, ser decepcionado. O Jesus ressurreto ain-da ama você e deseja que você se reconcilie com ele. O Jesus ressurreto sofreu, morreu e ressuscitou por você! Ainda que a decepção tenha se apoderado da sua vida e do seu coração, a presença do Jesus ressurreto é suficiente para expulsá-la, de uma vez por todas, do seu ser. Só ele pode transformar a de-cepção em esperança.

É possível que você esteja vivendo uma vida de decep-ção com o seu cônjuge, com o seu empregado, com o seu chefe, com os seus filhos, com o seu amigo e até com o seu Deus (injustamente). Contudo, se você dialogar com o Jesus ressurreto, ele irá lhe mostrar que há solução, que há, sim, uma saída para isso! O Jesus ressurreto nos escuta em meio à decepção e não deixará de nos perguntar: “O que é isso vos preocupa?” (v.15). Desabafe com ele, pois, com ternura, lhe diz: Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarre-gados e eu vos aliviarei (...), porque o meu julgo é suave e o meu fardo é leve. (Mt 11.28,30).

Como vimos, o Senhor nos acompanha em meio à tristeza e nos escuta em meio à decepção. Aprendamos, agora, a terceira importante lição acerca do Jesus ressurreto.

III – O JESUS RESSURRETO NOS INSTRUI EM MEIO À DESCRENÇA

Juntamente com a dor da tristeza e com a vergonha da de-

cepção, a morte de Jesus também trouxe descrença àqueles discípulos. Podemos comprovar isso ao lermos o versículo 25, que afirma: Então, lhes disse Jesus: Ó néscios e tardos de cora-ção para crer tudo o que os profetas disseram!. Essa repreen-são que receberam de Cristo é, claramente, a consequência da sua falta de fé na verdade revelada das Escrituras Sagradas. Ao presenciarem uma morte frustrante, a incredulidade cegou-

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lhes a mente para que não mais cressem na profética ressur-reição do Messias, Jesus Cristo, Filho de Deus.

O pior nível a que uma pessoa pode chegar na vida é o nível da descrença na obra e no poder de Cristo. Mesmo tendo ouvi-do relatos de que Jesus havia ressuscitado, não creram que tal pudesse acontecer. Observe o versículo 23, no qual eles falam do testemunho das mulheres acerca da ressurreição: ... e, não achando o corpo de Jesus, voltaram dizendo terem tido uma visão de anjos, os quais afirmam que ele vive. A tristeza e a decepção pela qual haviam passado, agora, se converteram em descrença. As suas palavras continuavam a “ferir” o principal fundamento da nossa fé com as “marteladas” da incredulidade.

Observem, agora, que, mesmo em meio às provas, eles ain-da continuavam descrendo da verdade da ressurreição, a qual se apresentava de modo inquestionável. Vejamos, no versículo 24, o que eles mesmos afirmaram: De fato, alguns dos nossos foram ao sepulcro e verificaram a exatidão do que disseram as mulhe-res; mas não o viram. A descrença deles era tamanha que nem mesmo se deram ao trabalho de ir verificar o sepulcro, como os outros foram. Por muito tempo, ouviram a profecia, mas não a compreenderam. Estudavam as escrituras, mas as “vendas” da hipocrisia os havia impedido de contemplar o poder do Salvador.

Jesus, o Verbo de Deus, a palavra personificada em homem, iria restaurar a confiança deles na Palavra, através da própria palavra! Jesus, agora, emprega seus esforços no sentido de fazê-los descansar sua confiança nele e em sua Palavra. Veja o que Cristo lhes diz, no versículo 26: Porventura, não convinha que o Cristo padecesse e entrasse na sua glória?. Cristo começa a desvendar-lhes a verdade com a instrução das Escrituras. A aula de Bíblia havia começado, e o Senhor abriu o entendimen-to deles para que cressem! A cada profecia proferida, a cada livro citado e a cada pergunta respondida, a descrença dava lugar à fé, e eles voltaram a crer.

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O Jesus Ressurreto está vivo! Está contemplando, nesta ma-nhã, a cada promessista, não somente nesta igreja local, mas em todo o Brasil e em todo o mundo. Ele sabe que há corações contaminados pelo “vírus peçonhento” da incredulidade, mas, ainda assim, quer trazê-los à instrução da fé! Se você não tem acreditado no poder de Cristo, mesmo sabendo que ele é po-deroso para fazer muito mais do que pedimos ou pensamos (Ef 3.20), não esqueça que ele é fiel para cumprir todas as suas promessas! Não dê lugar à incredulidade, mas confie no Jesus ressurreto, pois ele pode fazer o impossível.

Jesus é a resposta para a sua dúvida. Ele conhece as inda-gações mais ocultas e profundas do seu coração, pois somen-te ele pode esquadrinhá-lo. À semelhança dos discípulos que estavam escondidos na sua “caverninha”, onde nem mesmo a voz do mestre queriam ouvir com fé, talvez você esteja es-condido no luto da tristeza, encapuzado com as decepções do passado e com os olhos vendados pela incredulidade. Ainda assim, Jesus está a sua procura para lhe oferecer ajuda. Ele vai ao seu encontro, e, se você crer, verdadeiramente, que Jesus está vivo e vive eternamente, as suas dúvidas desapa-recerão e, em seu coração, a fé transbordará.

CONCLUSÃO: Jesus está vivo! Não tenha medo dos im-previstos que possam ocorrer, mas confie no poder de Cris-to, porque ele está em nosso meio! O Jesus ressurreto fala à sua igreja, nesta manhã: Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos (Mt 28:20b). Saiba que a ressurreição de Jesus é a mais bela prova de que ele é digno da nossa confiança. Nunca pense que você vai estar sozinho, abandonado por tudo e por todos, pois Cristo será a sua companhia e, com doce voz, lhe dirá: “Não tema!” Portanto, não volte atrás, mas olhe para o Senhor, que não despreza os que nele esperam.

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Muitos podem rejeitá-lo, podem acusá-lo de impostor, podem deixar de crer nas evidências da sua ressurreição e até se opor as suas palavras, mas não podem mudar o que foi determinado. Cristo está vivo! Cristo continua a salvar vidas, a curar enfermos e a restaurar os corações abalados e maltratados pela falta de fé! Jesus está, neste momento, contemplando a todos nós com terno olhar. Se você permitir, agora mesmo ele poderá afastar a sua tristeza, a sua decep-ção e a sua descrença. O Jesus ressurreto pode fazer, agora, uma obra completa em você.

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INTRODUÇÃO: A paz de Cristo, igreja! Por favor, queira abrir a palavra de Deus no livro de Atos, capítulo 2, versículo 33. As-sim está escrito, na versão Almeida Revista e Corrigida:

De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.

Após dizer isto, Pedro afirmou que Davi previu, no Salmo

110, a exaltação de Jesus: Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à mi-nha direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés (At 2:34-35). Ele, então, para concluir seu sermão, frisou: Saiba, pois, com certeza, toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo (At 2:36).

Além desse texto de Atos, outros sete textos afirmam e mostram, de um modo um claro, que Jesus está assentado à destra de Deus: um, no Evangelho de Marcos (16:19); um, em

22 de Agosto

Atos 2:33

O Jesus Exaltado

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Colossenses (3:1), e cinco na Epístola aos Hebreus (1:3, 13, 8:1, 10:12, 12:2). O fato de Jesus assentar-se à destra de Deus, depois de sua ascensão, mostra a sua posição de domínio, de governo de soberania. Porém, não se deve tomar o fato de Jesus assentar-se à direita de Deus como indicação de acomo-dação ou inatividade.

O Jesus exaltado continua atuando e agindo em favor de todos que fazem parte da sua igreja, que é o seu corpo aqui na terra. Quero, nesta manhã, mostrar, a partir de alguns textos da Bíblia, apenas três funções que o Jesus exaltado exerce em nosso favor. Quais são estas funções? Vamos à primeira:

I – O JESUS EXALTADO EXERCE A FUNÇÃO DE ADVOGADO DA IGREJA

A fim de defender aqueles que fazem parte da sua igreja, a

principal obra que Cristo iniciou a partir de sua exaltação foi a de advogado, diante do Pai. Assim está escrito, na palavra de Deus: Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai. Jesus Cristo, o Justo (I Jo 2:1). Por favor, vejam e ouçam com atenção o que a palavra de Deus está afirmando: ... temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo (I Jo 2:1b). Vamos analisar esse texto por partes. Mas, antes disso, quero que você abra a sua Bíblia nele. Primeira Epístola de João, ca-pítulo 2, versículo 1.

Pois bem, analisemos a expressão “temos um advogado”. Vamos pensar um pouco nesse verbo “temos”. “Temos” está na primeira pessoal do plural. Isso quer dizer que “nós” temos. O “nós”, aqui, inclui não “alguns”, mas “todos” que fazem par-te da igreja de Cristo. “Temos” está no presente. A palavra de Deus não está dizendo que “tínhamos” nem está afirmando que “teremos”. A palavra de Deus está declarando, claramen-

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te, que “temos”. Temos agora! Contudo, a ideia do verbo, no original, não é somente a de que “temos” agora, mas a de que “temos” sempre. “Temos” agora e sempre!

“Temos” agora e sempre o quê? Um advogado. Essa pala-vra “advogado” foi traduzida de paracleto, que, literalmente, significa alguém convocado para ficar ao lado. Na literatura ra-bínica, essa palavra podia ser utilizada para se referir a quem atuava como advogado ou como intercessor. “No presente contexto, a palavra significa, indubitavelmente, advogado de defesa – num sentido jurídico”1. Essa palavra “era particular-mente empregada nos tribunais de justiça para designar um advogado, cuja responsabilidade é, como consultor de defesa, defender a causa da pessoa em julgamento”2

Vejamos, agora, a expressão para com o Pai. Para com tem o sentido de: “na presença”, isto é, “junto”, “perto”, “diante”. Temos, então, um Advogado que está “junto” ao Pai ou “perto” do Pai ou “diante” do Pai. Ele tem livre, pleno e total acesso à corte ou à sala do grande Juiz, aquele que julga justamente (I Pe 2:23). O fato de ele estar “agora” e “sempre” diante do Juiz, não de alguns povos, nem de algumas tribos, mas de toda a terra (Gn 18:25a), nos mostra que temos um Advogado que é incrivelmente influente, terrivelmente poderoso e grandemen-te qualificado. Isso é tanto assustador quanto confortador!

Mas quem é esse advogado? A sua identidade é revelada, na sequência do versículo: Jesus Cristo, o Justo. Jesus sempre foi justo em si mesmo, ou seja, a sua “ficha” sempre foi limpa e santa. Por onze vezes, foi declarado inocente, durante seu julgamento e sua crucificação (Mt 27:4, 19, 24, 54; Lc 23:14, 15, 22, 41; Jo 18:38, 19:4, 6). Então, temos, diante do Pai, um Advogado que não conheceu pecado (II Co 5:21). Temos, dian-

1. Rienecker e Rogers (1995:584)

2. Stott (1982:70

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te do Pai, um Advogado que nunca cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano (I Pe 2:22). Temos, diante do Pai, um Advogado que, quando viveu na terra, em tudo foi tentado, mas sem pecado (Hb 4:15). Sendo Justo, ele pode nos defen-der, diante do Pai, que é justo.

Mesmo depois de termos sido convencidos de pecado, pelo Espírito Santo, continuamos pecadores (I Jo 1:8). Não vivemos pecando, mas pecamos (I Jo 3:6 e 9). Existem ocasi-ões em que pensamos, sentimos, vivemos de um modo que não agrada a Deus. Nessas ocasiões, o diabo ainda tenta e ainda insiste em nos acusar, mas Jesus Cristo, aquele que sa-tisfez inteiramente a justiça divina, refuta e destroi todas as acusações satânicas. O Jesus exaltado é o único e suficiente Advogado de defesa dos crentes que escorregam e pecam. Ele os livra da culpa e das consequências espirituais do peca-do. Guarde essa frase para sempre em sua mente: Você tem Jesus, tem Advogado junto ao Pai.

Mas, além da função de advogado, o Jesus exaltado exerce uma segunda função em favor da igreja.

II – O JESUS EXALTADO EXERCE A FUNÇÃO DEINTERCESSOR DA IGREJA

Além de ser o advogado da igreja, o Jesus exaltado é tam-

bém o seu intercessor. Isso é declarado claramente no oitavo capítulo da Epístola aos Romanos, um dos mais conhecidos e apreciados capítulos da palavra de Deus.

Por favor, queira abrir a sua Bíblia nele. Pois bem, agora, observe a afirmação do versículo 35: ... quem os condena-rá? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também in-tercede por nós (Rm 8:34). Veja que, nesse versículo, há uma interrogação e uma declaração. Tanto a interrogação quanto

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a declaração contém grandes lições para nós. Então, vale a pena gastar um pouco de tempo para analisá-las. Vamos co-meçar pela interrogação.

Antes de tudo, deve-se frisar que essa não é a única inter-rogação dos últimos nove versículos desse capítulo. Dê, por favor, uma olhada nos versículos 31, 32 e 33. Há quantas per-guntas, nesses versículos? Se você disse quatro, acertou. As perguntas são: Que diremos, pois, a estas coisas?, se Deus é por nós, quem será contra nós?, como nos não dará também com ele todas as coisas? e quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? Agora, conte o número de perguntas do versículo 35. São quantas? Isso mesmo: duas. São elas: Quem nos separará do amor de Cristo? e a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o peri-go, ou a espada? Há, nesses cinco versículos sequenciais, sete perguntas profundas.

Vamos, agora, pensar um pouco apenas na pergunta: ... quem os condenará? O “os” que vem antes do “condenará” refere-se a “escolhidos de Deus”, que aparece no versículo 33. O que não falta é quem queira condenar os escolhidos de Deus. O mundo incrédulo nos odeia e vive nos perseguindo. O pecado que habita em nós é um poderoso adversário. Além disso, ainda existe aquele que tem o poder da morte, o diabo. Na verdade, o mundo, a carne e o diabo estão juntos e unidos contra nós. O que esse trio do mal mais deseja e mais procura é a nossa condenação.

Mas, por mais que tentem e por mais que insistam, não con-seguem nos condenar! Por que não conseguem nos condenar? A resposta está na sequência do versículo 35. Veja de novo, por favor: Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também in-tercede por nós. Há cinco verbos nessa declaração. Três devem ser destacados: “morreu”, “ressuscitou” e “intercede”. Dos três

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verbos, dois estão no passado – “morreu” e “ressuscitou” – e um verbo está no presente – “intercede”. Os dois verbos que estão no passado retratam o que Cristo “fez” pelos escolhidos de Deus e o verbo que está no presente descreve o que Cristo “faz” pelos escolhidos de Deus.

O que Cristo fez pelos escolhidos de Deus? Primeiro: “mor-reu”. Cristo morreu justamente por aqueles pecados que, com toda certeza, nos levariam à condenação. Segundo: “ressusci-tou”. Quando o Pai o ressuscitou, manifestou sua aceitação do sacrifício de seu Filho, como única base satisfatória para nossa justificação. O que Cristo “faz” pelos escolhidos de Deus? Ele “intercede”. Ele intercede de maneira ininterrupta, porque o seu sacerdócio é perpétuo. Ele vive para sempre, a fim de pedir a Deus em nosso favor.

Além de ininterrupta, a intercessão de Jesus é poderosa. A intercessão de Jesus por nós é poderosa, porque ele tem um título que está acima de todos os títulos das autoridades que existem neste mundo e no mundo que há de vir. A intercessão de Jesus por nós é poderosa, porque Deus colocou todas as coisas debaixo da autoridade de Cristo e deu Cristo à Igreja como o único Senhor de tudo. A intercessão de Jesus por nós é poderosa, porque Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome (Fp 2:9).

Até aqui, vimos que o Jesus exaltado exerce em favor da igreja as funções de advogado e de intercessor. Vejamos, ago-ra, a sua terceira e última função.

III – O JESUS EXALTADO EXERCE A FUNÇÃO DE APERFEIÇOADOR DA IGREJA

Além de ser o advogado e o intercessor da igreja, o Jesus exaltado é também o aperfeiçoador da igreja. Sem rodeios, a Bíblia afirma isso, na carta aos Efésios. Por favor, abra a sua

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Bíblia nessa carta, no capítulo 4, versículo 8. Assim está escrito: Pelo que diz: Subindo ao alto, levou cativo o cativeiro e deu dons aos homens (Ef 4:8). É assim que o versículo começa: “Su-bindo ao alto”. O que essa expressão significa? De início, somos induzidos a imaginar que se trata de uma referência à ascensão de Jesus. É isso mesmo? Não. A questão aqui é outra.

Essa expressão é, na verdade, uma referência à exaltação de Jesus. Como se chega a essa conclusão? Olhando o contexto imediato, isto é, os versículos seguintes. Por favor, acompanhe a leitura: Ora, isto — ele subiu — que é, senão que também, antes, tinha descido às partes mais baixas da terra?Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. (Ef 4:9-10). Aqui se enfatiza que a suprema exaltação de Jesus ocorreu depois de sua terrível hu-milhação, que começou com sua encarnação e culminou com o seu sepultamento.

Voltemos ao oitavo versículo. Acima de todos os céus, o Se-nhor Jesus levou cativo o cativeiro. Essa expressão é uma alu-são ao desfile da vitória, no qual o vencedor exibia as pessoas capturadas na guerra. Ao subir para a destra de Deus, Jesus “capturou aquilo que nos tinha capturado, e anulou o seu po-der”, ou seja, derrotou, destronizou e desarmou os principados e potestades para sempre! Um outro fato ainda ocorreu por ocasião da sua exaltação: ... deu dons aos homens. Isso está de acordo com o que Pedro afirmou, em sua pregação, em Je-rusalém: De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis (At 2:33).

Os dons que Jesus deu são, desse modo, frutos de sua exal-tação. Sua exaltação era, portanto, necessária, para que pudes-se conceder ao seu corpo, a igreja, um pouco do seu poder. Agora, quais são esses dons? Eles são listados e citados no ver-sículo 11: E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para

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profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores (Ef 4:11). Jesus deu esses dons com o intuito de nos “aperfeiçoar” para o exercício do ministério e do serviço cristão e, assim, edificar a sua igreja. Isso está declarado no versículo 12: ... querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo (Ef 4:12).

A igreja de Jesus é imperfeita. A igreja é imperfeita no as-pecto ministerial. Muitos que fazem parte dela ainda se negam a servir. Alguns outros ainda servem por razões erradas. E ain-da há os que querem fazer tudo. A igreja é imperfeita no aspec-to relacional. Há preconceito, indiferentismo, desconfiança, intolerância. Poucos procuram guardar a unidade do Espírito. A igreja é imperfeita no aspecto doutrinal. Muitos ainda se dei-xam levar facilmente por qualquer vento de doutrina. Outros ainda ouvem, aceitam e pregam o outro evangelho.

Por que se importar com uma igreja assim com tantas im-perfeições? Porque o Jesus exaltado se importa! Ele nunca de-sistiu e jamais desistirá da sua igreja. Ele a continua aperfeiço-ando! Todos que fazem parte da sua igreja estão em processo de aperfeiçoamento. E o Jesus exaltado é o aperfeiçoador – aquele que amou a igreja e entregou-se por ela para santificá-la e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem man-cha nem ruga ou coisa semelhante, mas santa e inculpável (Ef 5.25-27). Nós somos imperfeitos, mas estamos em processo de aperfeiçoamento. Quando vier o que é perfeito, então o que é imperfeito desaparecerá para sempre!

CONCLUSÃO: O Jesus da igreja é o Jesus que foi morto, mas que, agora, está vivo para todo o sempre, nas alturas, à destra do trono de Deus. Você não deve guardar apenas a imagem do Jesus esbofeteado, machucado, ensanguentado, desfigurado, crucificado. Você precisa olhar para o alto, para o trono de Deus, e enxergar, ali, Aquele que está pondo todos

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os inimigos debaixo de seus pés. Você deve olhar para aquele que se assentou à destra da Majestade, nas alturas. Então, olhe, agora, para o Jesus que está à destra de Deus, o tempo todo agindo em seu favor.

Esse Jesus exaltado, glorioso e soberano é o seu poderoso advogado! Esse Jesus exaltado, glorioso e soberano é o seu con-tínuo intercessor! Esse Jesus exaltado, glorioso e soberano é o seu perfeito aperfeiçoador. O que você vai dizer, diante dessas coisas? Se Jesus é por você, quem será contra você? Absoluta-mente ninguém! Em Cristo, você está seguro! Penso que esta é a hora de você erguer os seus olhos e as suas mãos para o alto e, do fundo da sua alma, dizer: Digno és de receber a honra, a glória, o poder e o louvor, para todo o sempre! Amém!

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29 de Agosto

Atos 2:38

INTRODUÇÃO: A paz de Cristo a todos! Peço, por gentileza, que os irmãos e as irmãs localizem, em suas Bíblias, o livro de Atos, capítulo 2, versículo 38, texto base do sermão desta ma-nhã. Na versão Almeida Revista e Corrigida está escrito:

E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão de pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.

No sermão de hoje, último do Projeto de Oração 2009, ire-mos tratar sobre “O Jesus perdoador”. Ao longo de todo este mês, tivemos a oportunidade de analisar o sermão de Pedro, no dia de pentecostes. Vimos que ele falou do Jesus poderoso, imatável, ressurreto e exaltado. Foi um excelente sermão! O versículo 37 nos informa que, depois que o apóstolo terminou de pregá-lo: Ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração (At 2). Entenda o que está acontecendo aqui. Observe a palavra “compungiram-se”, na sua Bíblia. Essa palavrinha dá a ideia de

O Jesus Perdoador

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“receber uma forte ferroada”. É usada para descrever emoções dolorosas, que penetram o coração como uma flecha.

Eles ficaram profundamente comovidos. É como disse acer-tadamente o autor de Hebreus: ... a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gu-mes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração (Hb 4:12). Convictos do seu pecado, com os cora-ções quebrantados, eles perguntaram: Que faremos, irmãos? (At 2:37). É aí que Pedro, com a ousadia que tivera outrora, apresenta-lhes o Jesus perdoador: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para1 perdão de pecados (At 2:38).

Com base no versículo 38 de Atos, capítulo 2, aprendemos que Jesus é perdoador. Pelo menos três benefícios nos são dados, quando Cristo nos perdoa. Quais são eles? Vejamos o primeiro:

I – O JESUS PERDOADOR NOS OFERECE LIBERTAÇÃO COM O SEU PERDÃO

Perdoar é cancelar a dívida, é não cobrar mais. Perdão im-plica graça. Graça é favor imerecido. Quando perdoamos, não exigimos pagamento por isso, se isso for feito, não há necessi-dade de perdão. O perdão liberta e deixa o outro livre. Assim era o perdão de Jesus: libertador! Há, no evangelho, uma his-tória que ilustra bem essa verdade. Num dia, bem cedo, Jesus estava ensinando no templo. Todo o povo estava reunido em volta dele. De repente, algo inusitado aconteceu: os escribas e fariseus pegaram uma mulher adulterando e a trouxeram à

1. Ou “por causa de” (RIENECKER, Fritz; ROGERS, Cleon. Chave lingüística do Novo Tes-tamento Grego. São Paulo: Vida Nova, 1995, p. 197). A ideia do texto não é dizer que o batismo é uma condição para o perdão de pecados, mas que este acontece como consequência natural daquele.

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presença de Jesus. No evangelho de João, capítulo 8, versículo 4, está escrito: Mestre, esta mulher foi apanhada em flagrante adultério. Ora, Moisés nos ordena na lei que as tais sejam ape-drejadas. Tu, pois, que dizes?

Observe com atenção o que está acontecendo. Esses ho-mens preparam uma armadilha para Jesus. Por trás dessa pergunta, se escondia o veneno da falsa religião. É interes-sante notar que o próprio texto confirma isso. O versículo 6 afirma: Isto diziam eles, tentando-o, para tivessem de que o acusar. Eles não estavam nem um pouco preocupados com que a justiça fosse feita. Queriam mesmo, na verdade, dei-xar Jesus em uma situação embaraçosa. Adultério não é um pecado que se comete sozinho. Tem que haver outro envol-vido. Onde ele estava? Por que trouxeram apenas aquela mulher? Será que o homem fora mais ágil que ela e fugira? Se foi isso mesmo que aconteceu, será que foi feita alguma tentativa de persegui-lo ou capturá-lo?

É bem provável que o homem envolvido na questão tam-bém fizesse parte da conspiração. Dificilmente um casal era pego no ato do adultério. Segundo a lei, citada pelos escri-bas e fariseus, tanto o homem quanto a mulher deveriam morrer, ao adulterarem, e não somente a mulher (cf. Lv 20:10; Dt 22:22). É muitíssimo suspeito o homem ter sido liberado assim tão facilmente. Os líderes falsários da época queriam mesmo deixar Jesus sem saída. Se ele dissesse que ela não deveria ser apedrejada, estaria indo contra a lei de Moisés, e estaria dando motivo para os judeus o prende-rem por desrespeito à lei.

O que eles mais queriam era que Jesus dissesse: Não a apedreje! Seria um prato cheio para eles levantarem uma acu-sação formal perante ele. Se Cristo fosse apresentado como transgressor da lei perante o povo, eles esperavam destruir a influência de Cristo no meio do povo. Ao invés de falar Jesus

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se aquietou: se inclinou, e começou a escrever na terra com o dedo. Jesus não deu a menor atenção àqueles homens mal intencionados. Esse foi um silêncio que falou mais alto do que qualquer palavra! Entretanto, aqueles homens insistiram. En-tão, Jesus disse: Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro que lhe atire uma pedra. Veja que coisa fascinante: ao invés de julgar a mulher, Jesus julgou os juízes!

Envergonhados diante do povo, eles se foram, um a um, do mais velho ao mais novo. Foi nesse momento que Jesus olhou para aquela mulher e lhe disse: Mulher onde estão eles? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Se-nhor. Disse Jesus: Nem eu também te condeno. Vai, e não peques mais (Jo 8:10-11). Veja que Jesus não concordava com o pecado dela; por isso, disse: ... não peques mais. Ele também disse, na ocasião: ... eu não te condeno. Jesus li-bertou aquela mulher tanto da sua condenação quanto dos seus acusadores. E fez mais, ele disse “Vai!”. Aquela mulher teria a oportunidade de tentar de novo, começar de novo. E é justamente isso que ocorre conosco.

O primeiro benefício que nos é dado com o perdão de Jesus é a libertação. Se, antes, éramos escravos do pecado, depois que Jesus nos perdoa, nos tornamos livres da condenação do pecado! Este não tem mais domínio sobre nós: nenhuma con-denação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8:1). Você, que, por muito tempo, anda por caminhos tortos e não sabe como deixá-los, pode receber o perdão e a libertação do Senhor Jesus. Mas eu sou usuário de drogas! Ele pode perdoar você. Mas eu sou adúltera(o)! Ele pode perdoar você. Mas eu sou trapaceiro! Ele pode perdoar você. Mas eu sou fofoqueiro(a)! Ele pode perdoar você. Com o seu perdão, vem a libertação e a chance de começar de novo: Vai e não peques mais.

Esse é o primeiro benefício dado por Cristo, quando nos perdoa: a libertação. Vamos, agora, ao segundo benefício:

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II – O JESUS PERDOADOR NOS PROVÊ RESTAURAÇÃO COM O SEU PERDÃO

Alguma vez você já se sentiu rejeitado? Já passou pela sua mente a falsa ideia de que não dá mais para você? Seus erros são grandes e terríveis demais para serem perdoados? Você já viu alguém apontando o dedo em riste em sua direção as-sinalando seu pecado, falando dele a outros? O Jesus perdo-ador pode mudar essa situação. Como já afirmamos anterior-mente, Jesus pode nos oferecer novas oportunidades, pois, além de libertador, seu perdão é restaurador. Os nossos erros não são o fim da linha para ele. Zaqueu experimentou isso. Sua vida passou por uma transformação radical, sofreu uma verdadeira reviravolta. Depois que foi perdoado por Jesus, foi restaurado completamente.

Abra a sua Bíblia em Lucas, capítulo 19, versículos 1 e 2, va-mos conferir essa comovente história: E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos publicanos, e era rico. Jesus estava passando por Jericó, cidade onde ficava a residência de Zaqueu. Esse homem tinha um emprego muito bom, um dos melhores da época! Ganhava muito bem; com certeza, morava em uma bela casa, andava vestido com roupas finas, tinha tudo do bom e do melhor. Num dia, por alguma razão que a Bíblia não informa, Zaqueu procurava ver quem era Jesus (Lc 19:3).

Zaqueu queria muito conhecer a Cristo. Quando soube que ele estava passando por ali, foi a sua procura. Fez coisas inco-muns aos homens daquela sociedade para conseguir enxergar Cristo. Zaqueu correu: homem adulto, no oriente, não corria, muito menos um de posses, como ele. Zaqueu subiu em uma árvore, coisa rara e mal vista para um homem na sua posição. Tudo isso valeu a pena. Sem ao menos ele esperar, Jesus olhou para cima da árvore e disse: Zaqueu, desce depressa. Hoje me

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convém pousar em tua casa (Lc 19:5). Zaqueu deve ter ficado muito surpreso; afinal, nunca havia visto Jesus, e, de repente, descobre que ele sabe até o seu nome.

Ele não hesitou em recebê-lo! Apressando-se, desceu e o recebeu com alegria (Lc 19:6). A multidão reprovou completa-mente a atitude de Jesus: Ao verem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador (Lc 19:7). Zaqueu não era bem visto pela sociedade. A multidão queria que Jesus o condenasse publicamente. Ele era um la-drão. Os publicanos da época, dos quais ele era chefe, extor-quiam o povo, cobravam a mais, roubavam. Ainda que, aos olhos daquela multidão, Zaqueu fosse um traidor, para Jesus, era um precioso pecador perdido que precisava do seu perdão. Foi para Zaqueu que Jesus disse a famosa frase: o Filho do ho-mem veio buscar e salvar o que se havia perdido (Lc 19:10).

Depois daquele encontro perdoador com Jesus, Zaqueu de-cidiu que teria uma vida totalmente diferente. A lei dizia que um ladrão que confessava seu crime voluntariamente deveria restituir o que havia roubado com um acréscimo de 20% (Lv 6:1-7). Zaqueu fez muito mais, seu coração fora totalmente res-taurado por Jesus. Ele disse: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado (Lc 19:8). Zaqueu pode até ter começado o seu dia como um pecador perdido, mas ter-minou o dia feliz, como um pecador restaurado pelo perdão de Jesus. Esse é o resultado inevitável de ser perdoado por Cristo.

E quanto a nós? Jesus pode fazer o mesmo. Não importa o que você fez; ainda há esperança. Jesus pode perdoar e res-taurar a sua vida! Não perca mais tempo: clame, hoje mesmo, pelo seu perdão restaurador! Jesus se preocupa com você, com seus sentimentos, com suas preocupações. Ele sorri, quando você está alegre, e se entristece, quando você chora. Para ele, você não é apenas mais um número na estatística daqueles

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que serão salvos. Ele deixou a sua glória para nos buscar, para nos perdoar, para nos restaurar, para nos dar nova vida, porque aquele que está em Cristo é nova criatura (II Co 5:17).

Até agora, vimos dois benefícios dados por Cristo, quando ele nos perdoa: a libertação e a restauração. Vamos, agora, ao terceiro benefício:

III - O JESUS PERDOADOR NOS GARANTE SALVAÇÃO COM O SEU PERDÃO

Jesus foi condenado à mais cruel das mortes de sua época. No dia em que foi crucificado, a vida de dois outros homens também recebeu o mesmo desfecho. O Evangelho de Mateus, no capítulo 27, versículo 38, nos diz que foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à esquerda. Esses ho-mens eram “barra pesada”. O termo “salteadores”, usado por Mateus, indica criminosos que usam de violência para roubar abertamente. É bem provável que aqueles homens fossem cul-pados de assaltos à mão armada, envolvendo, inclusive, homi-cídios. O Messias foi contado com os transgressores (Is 53:12).

Jesus foi crucificado por volta das 9 horas da manhã, e fi-cou na cruz até por volta das 3 horas da tarde. Essas 6 horas foram suficientes para algo extraordinário acontecer naquele lugar. A cruz de Cristo estava no meio, entre os dois crimino-sos. Ali, havia duas vidas, dois pecadores, feitos de carne e osso, como todos nós. Eles foram condenados pelo mesmo sistema, pelos mesmos crimes, à mesma morte. Estavam ro-deados pela mesma multidão e do lado do mesmo Jesus. Nos últimos momentos de suas vidas, eles ousaram olhar para a cruz, para o Cordeiro de Deus crucificado, mas com pensa-mentos e atitudes bem diferentes.

Abra a sua Bíblia em Lucas, no capítulo 23, versículo 39. O texto diz: Então um dos malfeitores que estavam pendurados,

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blasfemava dele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mes-mo e a nós. O primeiro deles olhou, e não conseguiu ver quem realmente era Jesus. Preferiu olhar, blasfemar e provar: “Se tu és o Cristo...”. Agora, veja, nos versículos 40 e 41, o que disse o outro ladrão: Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando na mesma con-denação? E nós, na verdade, com justiça; porque recebemos o que os nossos feitos merecem; mas este nenhum mal fez.

Aquele homem tomou forças de onde não havia forças, e repreendeu o amigo blasfemador. Mas ele não parou por aí. O texto diz que ele falou com Jesus. Olhou para o Cordei-ro santo de Deus na cruz, sabia que sua vida no mundo fora miserável, entendia que a vida de Jesus no mundo fora impe-cável e fez um pedido: Senhor, lembra-te de mim, quando en-trares no teu reino (Lc 23:42). Que pedido! O momento dele era aquele. Ele não deixou passar: olhou para a cruz e tomou a sua decisão. Não pediu um lugar de honra, de destaque; apenas disse: “Lembra-te de mim”.

Não sabemos o que o convenceu a dizer aquilo, pois a Bíblia é clara em dizer que, no início do dia, os dois ladrões caçoa-vam de Jesus (Mt 27:44). Teria sido o medo de cair nas mãos de Deus? Teria sido a conduta serena e majestosa de Jesus na cruz? Teriam sido as coisas que ele ouviu a respeito de Cristo? O quê? Não sabemos. O que sabemos é que, de alguma manei-ra, o Espírito Santo fez uma obra no coração daquele homem. O ladrão precisou de muita fé para crer em um rei à beira da morte! E, diante do seu pedido, o Jesus perdoador deu-lhe o perdão e, com o perdão, a promessa da salvação. Ele disse: Estarás comigo no paraíso! Amém.

De todos os benefícios que o perdão de Jesus pode nos ofe-recer, este é o principal: a salvação. Não existe bem maior que esse! Se você considera sua vida um desperdício, se anda dizen-do por aí que não vale nada, você vale! Em Cristo, temos a reden-

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ção pelo seu sangue, a remissão das ofensas segundo a riqueza da sua graça (Ef 1:7). Não fomos comprados por coisas corruptí-veis, mas pelo precioso sangue de Jesus (I Pe 1:19). Sabe por que nós temos a certeza de que somos salvos? Cristo nos perdoou! Ele morreu para que tivéssemos vida. Ele se entregou para que fôssemos libertos! O perdão de Jesus traz salvação!

CONCLUSÃO: Você ainda lembra a pergunta dos ouvintes de Pedro? Que faremos? (At 2:38). Eles haviam acabado de ouvir uma mensagem a respeito de Jesus, assim como você também ouviu. Meditemos nessa pergunta, por um instante: O que faremos nós? Ouvimos que Jesus perdoa, mas, talvez, ainda assim, você esteja dizendo: “Minha vida está uma ba-gunça, será que ele pode me perdoar? Mas eu briguei com meu cônjuge hoje, será que ele pode me perdoar? Mas minha vida financeira está toda atrapalhada, será que ele pode me perdoar? Mas eu enganei, trapaceei nos meus negócios, será que ele ainda pode me perdoar?”.

A resposta para essas perguntas continua sendo a mesma de Pedro: Arrependei-vos cada um de vós (...) para perdão dos pecados (At 2:38). Não duvide: O Jesus perdoador pode perdoar você! Peça perdão, hoje. Ele pode libertar você com o seu perdão e dizer, assim como disse à mulher adúltera: Vai e não peques mais. Seu perdão pode impulsionar você a vi-ver uma vida diferente, assim como aconteceu com Zaqueu. Seu perdão é restaurador. É como um bálsamo curativo na ferida. Transforma algo sem esperança em uma possibilida-de de “recriação”. Hoje mesmo, levante seus olhos ao céu e diga: Lembre-se de mim, Senhor! E tenha certeza: ele se lembrará. Que assim seja.

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27, 28 e 29 de novembro de 2009Estância Árvore da Vida – Sumaré, SP

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45ªAssembleia

Um dever do consagrado, um direito do membro