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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 15 DE MAIO DE 2016 F1 STUDIO COLOMBO PIRELLI Pódio E5 Pódio E7 e E8 Rosberg tenta nova vitória Todos de olho NELA

Pódio - 15 de maio de 2016

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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PÓDIO – Como você avalia essa primeira semana de treinamentos à frente do Nacional?

Vagner Benazzi – Esta-mos no término da parte fí-sica. Fizemos várias sessões de treinamentos para fazer o fortalecimento físico. Viemos para campo. Queria ir para uma piscina de água quente, porém, não temos à disposição. Es-tamos fazendo a preparação física. Isso ajuda a liberar a musculatura. Se não conseguir-mos trabalhar isso no dia a dia, vamos chegar na hora do jogo e ter duas ou três contusões com certeza. Demos a liberdade para o preparador físico. Ele fala a língua dos jogadores e os atletas gostam disso. Ele está fazendo tudo que é possível para chegar 100% no dia das partidas.

PÓDIO – Em que nível o Nacional está hoje?

VB – Não estamos longe do ideal. Estamos mais ou menos no meio da tabela. Temos 20 dias para fazer os treinamen-tos e os jogos amistosos para que no primeiro jogo tenhamos perna para fazer uma boa par-tida. Não sou muito do coletivo. Prefi ro parar e mostrar para o cara o que ele precisa fazer, onde tem que se posicionar. Tudo isso vai acontecendo com o tempo. Pego dois ou três jo-gadores por treinamento para fazer isso. Ajustar esses deta-lhes que fazem total diferença na hora da partida. Temos que mostrar o setor do campo que tem que atuar. O time tem que sempre ser bem posicionado na defesa e no ataque. Não adianta nada um zagueiro ir para um escanteio e achar que tem que trotar de volta, por-que tem alguém cobrindo. Não! Cada jogador tem que saber qual é sua prioridade dentro de

campo e se entregar durante as partidas. Ele faz isso no treino e tem que fazer na hora da partida. Ele tem que lembrar nos treinamentos toda hora isso. Lembrar na concentração, vestiário, ônibus. O adversário estuda e sabe onde pode tirar proveito. Tudo isso faremos, mas precisamos sempre fazer nossa parte. Vamos disputar esses amistosos para chegar em um ritmo bom. Tem que chegar com esse ritmo bom e manter. Deixo claro para os jo-gadores que utilizo os titulares e reservas sempre. Eles devem saber que se não fi zerem o melhor, tem alguém no banco querendo entrar. Não vou dizer que teremos esse ritmo desde o começo, mas trabalharemos para isso.

PÓDIO – Qual a sua pri-meira impressão sobre o elenco nacionalino?

VB – Temos vários jogadores de alto nível aqui. Alguns já jogaram contra mim. Conver-samos com esses jogadores. Inclusive, alguns têm uma ma-neira de trabalhar diferente. Por exemplo, o Jones. Ele pode jogar com a camisa 9, mas não é um atacante de área. Apesar disso, ele sempre chega com força e mete gol. Encontrei ele aqui. Ele estava no Rio de Janeiro e falei que quero que ele faça agora por mim o que ele fazia quando me enfrentou. Ele disse que vai trabalhar muito e que posso contar com ele. O que posso adiantar é que o preparador físico deu uma nova cara para a equipe. Fiquei com o Alan (George) como auxiliar. Ele é um excelente profi ssional. Trouxe o Darcy também. Jun-tos, podemos enxergar o que acontece de melhor e pior para fazer o trabalho e conseguir o resultado positivo.

PÓDIO – Como funcionará

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Não esta-mos longe do ideal. Estamos mais ou menos no meio da tabe-la. Temos 20 dias para fazer os treina-mentos e os jogos amistosos para que no primeiro jogo tenha-mos perna para fazer uma boa partida”

Como jogador, escreveu parte de sua história defendendo as cores de diversos clubes paulistas. Durante seu auge, se transferiu para o Palmeiras, onde foi companheiro de craques como o goleiro Gilmar e o meia Caçapava. Já ocupando a função de treinador, marcou sua história dirigindo equipes tradicionais no Brasil, como Portuguesa, Bahia, Paysandu, Figueirense e Náutico. É com esse currículo que Vagner Benazzi de Andrade, 61, chega para comandar o Nacional. O treinador terá pela frente o grande desafi o de levar o time da Vila Municipal ao acesso à Série C do Campeonato Brasileiro neste ano.Benazzi pisou em solo manauense na última segunda-feira (9) e já foi direto para o CT Barbosa Filho trabalhar.

‘Temos vários JOGADORES DEALTO NÍVEL aqui’

Vagner BENAZZI

o trabalho com os atletas da base do clube?

VB – Eles trabalham lá na sede. Quando precisamos, pe-dimos que tragam os atletas. Eles ajudaram nos treinamen-tos. Não vamos trazer todos. Vamos mesclar para que eles peguem o jeito dos profi ssio-nais. Eles não são separados. Eles recebem pagamento da mesma maneira, menor, mas recebem. Mas é melhor que eles estejam no futebol que soltos por aí. Fazendo isso, tiramos da sociedade jovens que poderiam se perder, mas estão no caminho certo aqui.

PÓDIO – Assim fi ca mais fácil descobrir um novo ta-lento para o time?

VB – Com certeza. Nos trei-namentos não temos jogadas violentas. Ninguém está aqui para machucar ninguém, muito menos um garoto de 16, 17 ou 18 anos. A base é a chance do clube ter sempre um dinhei-rinho em caixa para montar bons times. Uma venda de um atleta da base é fundamental para os times. Se não tiver o entrosamento entre a base e o profi ssional, o clube acaba perdendo esses atletas. O me-nino é roubado por outro time, o pai pega uma grana e o clube pega só uma porcentagem mí-nima. O Nacional está sabendo disso. Sabemos que as coisas não são fáceis, mas sempre circulava boas notícias do Na-cional no Sudeste. Ele sempre foi tachado de time grande de Manaus. O que precisamos é voltar com isso.

THIAGO FERNANDO

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Willian D’Ângelo

Colunista do pódio

No Campeonato Brasi-leiro de Seleções Es-taduais de 1929, a Seleção Amazonense

enfrentou a Seleção Paraense, defi nindo quem seguiria na competição como represen-tantes do norte da país no torneio. O Pará tinha uma certa vantagem, pois já tinha eliminado o rival duas vezes: em 1925 (3 a 2) e 1926 (7 a 0).

A delegação amazonense em-barcou, no dia 18 de outubro de 1929 com Mem Xavier da Sil-veira defi nido como presidente da delegação, Frederico Gon-çalves, o Fidoca, como diretor-técnico e o major Carlos Fleury como secretário. O selecionado baré chegou a realizar um jogo amistoso contra um pequeno time local chamado Paramount.

Com a diminuição das ex-portações para a Europa, as indústrias norte-americanas começaram a aumentar os estoques de produtos no ano de 1929, pois já não conse-guiam mais vender como antes. Grande parte destas empresas possuíam ações na Bolsa de Valores de Nova York e milhões de norte-americanos tinham investimentos nestas ações.

Em outubro de 1929, per-cebendo a desvalorizando das ações de muitas empresas, hou-ve uma correria de investidores que pretendiam vender suas ações. O efeito foi devastador,

problemas pelo país, o certa-me regional foi disputado por Rio Negro, Luso Sporting, Inde-pendência, Libertador, Cruzeiro do Sul e o campeão Manáos Sporting Club. O Nacional não disputou a competição.

O jogo entre as seleções do Amazonas e do Pará aconteceu em 27 de outubro de 1929. Em Manaus, a população lotou as dependências do parque ama-zonense para acompanhar o andamento da partida que che-gavam pelo serviço telegráfi co e era anunciado pelos cronis-tas de um jornal local. O jogo foi marcado para acontecer no estádio do clube do Remo que recebeu um bom público. Antes do duelo principal houve uma partida preliminar entre os times reservas do Remo e Paysandu, que terminou em-patado em 3 a 3.

O jogo foi bem eletrizante e teve a vitória do time paraense por 5 a 2. Com esse resultado, o Pará passava à fase seguinte do Campeonato Brasileiro de Seleções Estaduais de 1929.

O Pará jogou e venceu com Pinto, Aprígio, Aristeu, Vivi, Sandoval, Marituba, Oscar, Doca, Quarenta, João (Ruy), Arthur e Moraes. O Amazonas perdeu com Lisboa, Rodolpho, Waldemar (Oliveira), Pequeni-no, Maluco, Sócrates, Orlando, Vidinho, Rochinha, Marcolino e Leonardo.

Pará vence Amazonas pelo certame brasileiro de 1929

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Túnel do tempo

O jogo entre as seleções do Amazonas e do Pará aconteceu em 27 de outubro de 1929. Em Manaus, a população lotou as dependências do parque amazonense para acom-panhar o andamento da partida que chegava pelo serviço telegráfi co e era anuncia-da pelos cro-nistas de um jornal local”

pois as ações se desvaloriza-ram fortemente em poucos dias. Pessoas muito ricas, passaram, da noite para o dia, para a classe pobre. O número de falências de empresas foi enorme e o desemprego atingiu quase 30% dos trabalhadores.

A crise, também conhecida como “A Grande Depressão”, foi a maior de toda a histó-ria dos Estados Unidos. Como nesta época, diversos países do mundo mantinham relações comerciais com os EUA, a crise acabou se espalhando por quase

todos os continentes. A crise de 1929 afetou tam-

bém o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto dimi-nuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Ao meio de

Seleção amazonense que disputou o duelo contra os paraenses em 1929, no estádio Baenão, em Belém

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AÇÃO

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Carlos S. JuniorColunista do pódio

Quer ter altas doses de adrenalina per-correndo pelas suas veias? Entre no mun-

do off road. É um mundo à parte do motocross, quedas, lama e tempo ruim fazem parte deste cotidiano e para nós o que seria a loucura ao extremo, para eles é o piso perfeito. É um mundo apai-xonante para quem aprecia esportes radicais, tudo tem que ser levado ao extremo, desde saber cada detalhe da sua magrela até preparar o nosso casco ao máximo.

Mas, antes de mais nada, escolher a sua parceira ideal pode fazer a diferença entre um dia perfeito e uma série de quedas. É um esporte que o bom mesmo é fazer um curso em algum centro de treinamento especializado neste segmento, antes de se arriscar em um mundo que amadores o chão é o habitat comum.

Há várias motos especia-lizadas para este esporte, a Honda crf 150 t, a Yamaha tt-125, a ktm freeride entre tantas outras, o mercado hoje evoluiu muito para este segmento, estas motos re-querem suspensões, quadros,

motores e outros itensEspeciais e preparados

para as aventuras que você escolher. Os estilos são mui-tos, arenacross, trial e en-duro, algumas competições são realizadas em pistas fe-chadas com distâncias que podem chegar a 2 quilôme-tros, com uma quantidade de saltos, costelas e curvas para você liberar todo o seu stress.

O esporte é regido pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM), na qual sua primeira competição foi realizada em 1947 na holan-da, chamada de Motocross das Nações.

Agora, para quem gosta de aventura, adrenalina ao extremo e apreciar belas pai-sagens, o Rali Dakar é o céu de brigadeiro para o mundo duas rodas. O francês Etien-ne Lavigne, diretor da em-presa organizadora do rali, negocia a inclusão do Brasil na tão sonhada competição. Seria o êxtase para quem é apreciador deste mundo sobre duas rodas.

Existem outras modalida-des dentro deste mundo que o céu é o limite, o red bul harescramble é marcado por terrenos acidentados aonde

O que para muitos é loucura, paraeles é uma maneira de levar a vida!

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Sobre rodas

Para quem gosta de aventura, adrenalina ao extremo e apreciar belas paisa-gens, o Rali Dakar é o céu de brigadeiro para o mundo duas rodas. O francês Etienne La-vigne, diretor da empresa organizadora do rali, nego-cia a inclusão do Brasil na tão sonhada competição. Seria o êxta-se para quem é apreciador desse mundo sobre duas rodas”

Gustavo é apaixonado por motos desde a infância, infl uenciado pelo pai

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AÇÃO piloto e máquina são exigidos

ao extremo da capacidade.Entre tantos amantes, o

amazonas tem vários. Gus-tavo Garcia é um destes. A paixão por duas rodas vem de geração, seu pai Saulo Garcia foi o seu tutor,des-bravando a mata amazônica com seu pai, grudava em suas costas, desde aí se tornou o mascote da turma sendo apelidando de mochila”.

Quando conheceu uma pis-ta de motocross , parece que se conheciam a muito tempo, foi amor a primeira caída. Aos poucos o pai foi vendo o talento do guri e o incentivando cada vez mais, o tempo lhe trouxe mais ex-periência, participou de vá-rios campeonatos no brasil e também na venezuela, foi campeão em várias cate-gorias que competiu, mais hoje pratica mais por lazer, mais uma vez picado pelo mosquito do motocross, não a remédio que cure. O bra-sil tem uma geração muito grande de afi ccionados por motocross que tem neste esporte um sentimento inex-plicável, como muitos dizem, “a diversão começa quando o asfalto termina”.

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exaltou sua nova equipe e prometeu se esforçar.

“A decisão foi um choque, inclusive para mim, mas é esse o jeito no momento. Acho que eu sempre dei o meu melhor nas corridas e nada mudará isso. Voltei para a Toro Rosso, equipe pela qual eu corri em 2014. É um time que eu gosto muito e que, nos últimos dias, me deu boas-vindas calorosamente. Posso sentir que a atmosfera é muito positiva, os objetivos são claros, tanto para a equipe

quanto para mim, e eu tentarei ir até o limite”, disse o russo.

Já Max, que tem apenas 18 anos, falou sobre a opor-tunidade que está tendo, e revelou que a pouca idade não é um problema.

“Estou feliz com a chance que me foi dada. Correr por uma equipe de ponta sempre foi o plano e o que eu queria fazer. E, para ser honesto, acho que é um grande risco ser tão novo na F1, mas estou lidando bem com isso”, afi rmou o holandês.

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Rosberg busca vitória em Barcelonapara quebrar recordes

vitória de igualar o recorde de 11 triunfos seguidos da McLaren de 1988. Para isso, conta não só com Rosberg como também com Hamilton.

O GP da Espanha será dispu-tado no domingo, às 8h (horário de Manaus), em Barcelona.

TrocaA recente troca envolvendo

Daniil Kkyat e Max Versta-ppen, hoje da Toro Rosso e da Red Bull, respectivamente, segue repercutindo na Fórmula 1. Durantes as coletivas que

antecederam a prova, alguns pilotos deram entrevistas e o assunto principal foi a troca entre as escuderias. Porém, Fernando Alonso ainda teve tempo e descontraiu o clima com uma brincadeira.

Sentados lado a lado, Kvyat e Verstappen comentaram sobre a mudança. Enquanto o primeiro estava visivelmen-te incomodado, o segundo tratou de exaltar a chance de correr pela equipe principal. Daniil comentou que fi cou surpreso com a troca, mas

São Paulo (SP) - O GP da Espanha, que será dis-putado neste domingo, em Barcelona, pode re-

presentar uma marca histórica para Nico Rosberg. O alemão está a apenas uma vitória de igualar o melhor início de um piloto na Fórmula 1. Apenas Nigel Mansell, em 1992; e Mi-chael Schumacher, em 2004; alcançaram este feito.

Se vencer em Barcelona, Rosberg não só atingirá um recorde como ainda terá outro dado positivo para se apegar. Tanto Mansell quanto Schu-

macher foram campeões nes-tes anos em que iniciaram de forma avassaladora.

Se somadas as vitórias ob-tidas no fi nal da temporada 2015, Rosberg hoje soma oito triunfos seguidos. Atualmente, este recorde pertence ao tam-bém alemão Sebastian Vettel, que faturou nove GPs consecu-tivos (da Bélgica ao Brasil) em 2013. Ou seja: mais uma marca a ser alcançada pelo piloto da Mercedes em Barcelona.

A escuderia alemã, por si-nal, também está próxima de um recorde. Ela está a uma

Alemão da Mercedes pode igualar o melhor início de um piloto na Fórmula 1

Nico Rosberg venceu todas as corridas da tem-porada até o momento

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Paratleta amazonense dá de ombros para as difi culdades e segue treinando forte para a segunda edição da maior corrida de obstáculos da Região Norte

JaymeSuperação

Insanus JaymeSuperação

JaymeSuperação

Jayme Insanus Superação

As difi culdades sempre existiram na vida do paratleta Jayme Da-vid, que nasceu com

escoliose mielomeningocele (desvio na coluna). Não por isso ele se fez de coitadi-nho ou se revoltou contra o mundo. Pelo contrário. Oti-mista e corajoso, catalisou todas as adversidades e as transformou em superação, tendo no esporte sua princi-pal ferramenta na busca para ultrapassar seus limites.

A trajetória de Jayme no des-porto começou a ser escrita em 2012, quando disputou a Corrida da Infantaria. Incen-tivado por um treinador que o convidou para ser o primei-ro paratleta de sua equipe, ele não hesitou em aceitar a proposta. Sem perder tempo, tratou de comprar uma ca-deira de rodas que lhe desse a possibilidade de disputar aquela prova, que foi disputa-da na ponte Rio Negro.

“Comprei a (cadeira) de bas-quete, que era a mais acessível e que era a que eu poderia fazer negócio mais rápido. Quando ela chegou em Manaus, eu só tinha uma semana de treino para me adaptar, como a sen-tada, a tocada para correr um pouco mais, e só faltava uma semana para minha primeira corrida. Já encarei meus pri-meiros 5 quilômetros lá na

ponte”, recorda Jayme.E logo na sua primeira prova,

o paratleta deu a primeira demonstração de superação. Com apenas dois cadeirantes inscritos, a organização da corrida não soube lidar da me-lhor forma com os portadores de necessidades especiais, até pelo ineditismo do fato. Jayme acabou largando junto com os atletas das demais catego-rias, o que causou um grande tumulto logo na largada.

“Eles não sabiam como fa-riam a largada cadeirante. Não era cadeira especial para corrida também, aí na largada foi todo mundo junto. Como não tinha velocidade e nem resistência, muito menos ex-periência na época, a galera me atropelou, me jogaram no chão, alguns passaram por cima, porque tem o pessoal da elite, que não vão parar para ajudar e nem podem”, conta o paratleta.

Apesar de algumas esco-riações, Jayme não quis saber de abandonar a prova. Com a ajuda de alguns espectado-res, ele voltou para a corrida, e com o tempo de 39 minutos e três segundos chegou até a linha de chegada. “Pegar na primeira corrida aquela subida da ponte não é fácil, mas aí foi minha primeira vitória. Vitória não é ganhar a corrida, mas conseguir con-cluir depois de tudo aquilo que eu passei”, aponta.

ANDRÉ TOBIAS

Sempre disposto a superar seus limites, Jayme partici-pou da primeira edição da “Insanus Race”, realizada em dezembro do ano passado. Os diversos obstáculos não foram sufi cientes para fazer com que o paratleta deixasse de competir ou desistisse pelo meio do caminho. Ele contou com a ajuda de pelo menos 20 amigos na hora da prova, que o acompanharam de perto durante o percurso.

“Eu sempre gostei de de-safi os. Quando eu vi ‘Insanus Race’, eu pensei ‘pô, vai ser um negócio diferente, meio insano mesmo, meio louco’. Decidi participar, ver qual é. Quando vimos que era uma corrida de obstáculo com 4 pessoas, fi zemos uma equi-pe. E com muita luta, não foi sacrifício, foi até razoável, a gente conseguiu terminar a corrida”, cita o paratleta.

Para a segunda edição da “Insanus”, que será realizada no dia 5 de junho, no Clube do Trabalhador, no Coroado, Jayme está treinando todos os dias. Praticante de cor-rida e natação, o paratleta faz parte do Programa de Atividades Motoras para De-fi cientes (Proamde) e pratica natação com o coronel Swin

Team. Tudo isso para chegar em boas condições e não ser surpreendido por nenhum obstáculo novo.

“Fomos preparados no ano passado, com aparato de cordas, cintos de segurança, para não acontecer nenhum acidente. Foi tudo treinado. Inclusive, na nossa equipe ti-nha um bombeiro militar, que

instruiu muita gente a fazer o rapel, fazer a descida com segurança. Fomos com mui-ta força, garra, superação e concluímos a corrida”, afi rma Jayme, que deve contar com os mesmos equipamentos.

Confi ra alguns obstáculos que terão de ser encarados por Jayme e os outros parti-cipantes da segunda edição da “Insanus Race”:

Uma corrida feita sob medida

NOVIDADES

A segunda edição da Insanus Race terá 15 obstáculos espalha-dos por um percurso de quatro quilôme-tros. Desta vez, a prova será realizada no Clube do Traba-lhador, localizado no Coroado, Zona Leste

A corrida será disputa-da na categoria individu-al masculino e individual feminino, além da ca-tegoria equipe, poden-do ser composta tanto por homens quanto por mulheres, com quatro participantes.

As inscrições da corrida já estão abertas ao preço de R$ 69 e podem ser feitas no site www.asses-socor.com.br. A entrega dos kits acontecerá nos dias que antecedem a corrida, em local, data e horário a ser informa-do pela organização na página facebook.com/vegasteaminsanusrace.

Os três primeiros colo-cados em suas respecti-vas categorias, masculi-na e feminina, receberão premiação de R$ 300 para o primeiro colocado, R$ 200 para o segundo e R$ 100 para o terceiro. Por equipe, a premiação será de R$ 400 para a primeira colocada, R$ 300 para a segunda e R$ 200 para a terceira.

Menos de um mês para a ‘Insanus Race’

Sucuri: rastejar igual a uma cobra, com muita lama e arame farpado, a poucos centímetros de altura. Esse é o último obstáculo a ser enfrentado pelos participantes

Interbairros: famosa linha de ônibus de nossa ci-dade, aquela que boa parte dos atletas andou ou, no mínimo, ouviu falar. Os participantes vão passar an-dando sobre uma pequena prancha de madeira, com

cabo (ou similar) sobre suas cabeças, para auxílio

Jayme David contou com a ajuda dos amigos para completar a primeira edi-ção da “Insanus Race”

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América encara o Fluminense

Belo Horizonte (MG) – Recém-promovido à Série A do Campeonato Brasileiro, o América-MG, que chega com a credencial de ter sido campeão mineiro, recebe o Fluminense, às 15h (de Manaus) no estádio Inde-pendência. Os comandados do técnico Givanildo Olivei-ra têm ciência que o duelo não será dos mais fáceis, visto que o Tricolor carioca subiu bastante de rendi-mento desde a chegada de Levir Culpe.

O América-MG, que não tem nenhum desfalque para a estreia do Brasilei-rão, deve entrar em campo com: Fernando Leal, Artur, Sueliton e Jonas; Leandro Guerreiro, Claudinei, Danilo Barcelos e Osman; Rafael Bastos e Victor Rangel.

O jogo em Minas Gerais será especial para dois joga-dores do Flumiense: Fred e Richarlison, que começaram suas carreiras no time mi-neiro. Fred, inclusive, acre-dita que o Tricolor é um dos favoritos ao título brasileiro. Ele disse que pretende se-guir o gosto de vencer outra vez a competição que ele classifi cou de a mais demo-crática do mundo.

“Todo mundo que disputa esse campeonato entra com pretensões de vencer. E nós não somos diferentes. Nós temos tradição e queremos festejar outra vez”, disse.

Volta Redonda (RJ) – No primeiro jogo matutino do Cam-peonato Brasileiro

de 2016, Botafogo e São Paulo se enfrentam, às 10h (de Manaus), deste domingo (15) no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ). O Alvinegro, além de jogar em casa, tem a van-tagem de duelar contra um time formado por reservas. O técnico Tricolor, Edgardo Bauza, decidiu poupar os titulares para o confronto contra o Atlético-MG, pela Libertadores na próxima quarta-feira (18).

A escalação reserva do São Paulo está sendo trei-nada desde o início da se-mana, com o zagueiro Lucão fazendo as vezes de volante ao lado do garoto Banguelê. Na zaga, Lyanco e Lugano formarão a dupla. Em meio a nomes pouco utilizados pelo argentino, como os laterais Auro e Matheus Reis, o setor da equipe que mais tem atle-tas já acostumados a atuar é o ataque, formado pelo colombiano Wilder, o argen-tino Centurión e o atacante Alan Kardec.

Dessa forma, o time terá Renan Ribeiro; Auro, Lu-gano, Lyanco e Matheus Reis; Banguelê, Lucão,

EM MINAS

Na estreia do Brasileiro, o Alvinegro tem a vantagem de atuar contra os reservas do Tricolor

Botafogo e São Paulo duelam em Volta Redonda

Wilder, Lucas Fernandes e Centurión; Alan Kardec.

O duelo será especial para Alan Kardec, que luta para voltar ao time titular na vaga do hoje intocável Calleri.

“Tenho buscado meu lugar na equipe, estamos vivendo

uma briga com o Calleri, no bom sentido, mas não estou satisfeito com o que vem acontecendo com meu lado individual. Torço sempre pelo coletivo, mas a parte individual quero melhorar e evoluir cada vez mais”, afi rmou.

BotafogoFocado somente no Brasi-

leirão, o Botafogo mandará o que tem de melhor a campo. As dúvidas do técnico Ricardo Gomes são a escalação do goleiro Jeff erson e do volante Airton, que estavam machuca-

dos. É provável, porém, que o arqueiro comece jogando.

O Botafogo deve entrar em campo com: Jeff erson, Luis Ri-cardo, Joel Carli, Emerson Silva e Diogo Barbosa; Rodrigo Lin-doso, Bruno Silva, Gegê e Le-andrinho; Salgueiro e Ribamar.

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Jogadores botafoguenses estrearão no Campeonato Brasileiro dentro de casa

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Após as eliminações no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores da América, atual campeão brasileiro quer começar competição com o pé direito

São Paulo (SP) – Co-rinthians e Grêmio têm em comum a eliminação nas oitavas de fi nal da

Copa Libertadores. Recente-mente, os clubes acertaram saída do lateral-direito Edílson de São Paulo rumo a Porto Ale-gre. Mas além dessas situações que unem os times, ambos se enfrentam às 15h (de Manaus) deste domingo (15), pela es-treia do Campeonato Brasileiro.

Ciente de que não pode per-der pontos em casa, se quiser se manter entre os primeiros colocados no Brasileirão, o téc-nico Tite preparou o que tem de melhor a disposição para o confronto. O meia Giovanni Augusto está recuperado de lesão, voltou a treinar e pode ser escalado pelo técnico. No entanto, o jogador tem a con-corrência de Marquinhos Ga-briel, que entrou bem no time.

Suspenso preventivamente por doping, o zagueiro Yago é desfalque na zaga corintiana. O paraguaio Balbuena entra em seu lugar para formar du-pla com Felipe, que negocia sua transferência para o Por-to-POR. Além de Yago, o ata-cante Rildo também não tem condições de jogo.

Dessa forma, o Corinthians deve entrar em campo com: Cassio, Fagner, Felipe, Balbue-

na e Uendel; Bruno Henrique, Marquinhos Gabriel, Elias e Rodriguinho; André e Romero.

GrêmioTerceiro colocado no Brasi-

leirão de 2015, o Grêmio quer, pelo menos, fi car próximo dis-so neste ano. Para alcançar o objetivo, o técnico Roger vem declarando que é necessário se reforçar. Mas enquanto as contratações não chegam, o comandante tenta colocar na mente de seus atletas que jo-gando fora de casa é necessário misturar cautela com ousadia. A expectativa é que o Tricolor pode sair de São Paulo com um resultado positivo.

“Neste ano, com este time, fi camos em primeiro no nosso campeonato regional, e há três semanas tínhamos classifi ca-do em um grupo considerado da morte (na Libertadores). Achavam que não íamos clas-sifi car. Não podemos achar que está tudo errado, temos que acreditar e ter convicção no trabalho do Roger e nos jogadores. Só assim responde-remos”, disse o meia Guiliano.

O Grêmio deve entrar em campo com: Marcelo Grohe; Ramiro, Pedro Geromel, Fred e Marcelo Oliveira; Walace, Mai-con, Giuliano, Luan e Everton (Douglas); Bolaños.

Internacional recebe a Chapecoense no Beira-Rio

Porto Alegre (RS) – In-ternacional e Chapecoense se enfrentam às 17h30 (de Manaus) deste domingo (15), no estádio do Beira-Rio pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro. Atuais campeões de seus Estados, os clubes entram na disputa do Brasileirão com anseios diferentes. O Inter é dos favoritos ao título e a Chape lutará para fi car na elite do nacional.

Para o duelo, o técnico Argel Fucks anunciou a es-calação da equipe contra a Chapecoense na manhã de sexta com o atacante Aylon no lugar do meia Anderson. Segundo Argel, o jogador

fi cará de fora por ter sofrido uma pancada muito forte.

“Ele deve parar uma se-mana. Tentou treinar on-tem, mas não conseguiu”, afi rmou o técnico colora-do. Anderson deverá fazer exames para constatar a gravidade da lesão.

Com a alteração, Andrigo atuará centralizado em uma linha de três meias ata-cantes, com Sasha do lado esquerdo e Vitinho ao lado direito. “Ele tem uma boa movimentação ali. Aparece para jogar, fi naliza e dá assistências. Os quatro jo-gadores de frente são versá-teis e se movimentam bas-tante”, afi rmou Argel Fucks.

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AÇÃO

Aylon foi confi rmado por Argel Fucks no time titular do Internacional

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Corinthians recebe o Grêmio na estreia

Eliminados na Libertadores, alvinegros e trico-lores duelam na primeira rodada do Brasileirão

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