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Pódio [email protected] 3090-1075 E1 MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015 ‘Final’ DO CAMPEONATO O líder Corinthians enfrenta o vice-líder Atlético-MG, na arena Independência, e espera vencer fora de casa para ficar mais perto do hexacampeonato. A diferença entre as equipes é de oito pontos Pódio E7 CLÁSSICO Santos e Palmeiras duelam pelo G-4 Pódio E8 DIVULGAÇÃO

Pódio - 1º de novembro de 2015

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 1º DE NOVEMBRO DE 2015

‘Final’‘Final’‘Final’DO CAMPEONATO

O líder Corinthians enfrenta o vice-líder Atlético-MG,

na arena Independência, e espera vencer fora de casa

para fi car mais perto do hexacampeonato. A diferença

entre as equipes é de oito pontos Pódio E7

CLÁSSICO

Santos e Palmeiras duelam pelo G-4Pódio E8

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Ele é ‘Monster’ amazonenseThiago Teixeira, atleta de crossfi t, tem se destacado no cenário nacional da modalidade e recentemente venceu o Monster Games, em Goiânia (GO)

Pouco conhecido en-tre os esportistas de Manaus, o crossfi t não é para qualquer

um. Exige excelente pre-paro físico e um coração perfeito. É que o crossfi t consiste na prática de vá-rios exercícios ao mesmo tempo como levantamento de peso olímpico, ginástica olímpica e condicionamen-to metabólico ou cardio. O ritmo é alucinante. Só de observar, cansa.

O amazonense Thiago Teixeira, 29, praticante da modalidade, busca projeção nacional e in-ternacional. Um teste para medir seu potencial competitivo foi o Torneio Crossfi t Monstar Games, disputado no mês passa-do, em Goiânia. Somente há dois anos na modalida-de, ele conseguiu colocar o nome do Amazonas no lugar mais alto do pódio.

“A competição foi mui-

to dura. Os competido-res eram de alto nível, muito bem preparados. Superei, inclusive, uma contusão e problemaspessoais”, comemora.

Como o crossfi t é uma prática esportiva de alto impacto, o treino exige força, técnica e hábitos saudáveis de vida. A disci-plina é rígida. “Eu treino de duas a três horas por dia. Tenho uma alimentação à base de nutrientes, porém muito variada e orienta-da por um nutricionista. A vida pessoal sofre um pouquinho, pois você tem que se dedicar de corpo e alma. Eu digo que se você quer ser o melhor, se dedique”, ressalta.

Thiago não considera a modalidade exagerada, mas diz que se a meta é conquistar títulos, atingir um alto desempenho é es-sencial que a dedicação beire a loucura aos olhos

dos “comuns”.“Quando você é apresen-

tado ao crossfi t, conhece não um esporte, mas um estilo de vida. A mudan-ça física e mental é tão grande que você cada vez mais quer o melhor. Melhor rendimento, melhor quali-dade de vida, evoluir nos treinos, enfrentar qual-quer problema de cabeça erguida. Então, se você só tem a ganhar em saúde e qualidade de vida, porque não mudar?”, indaga.

Perguntado sobre os riscos à saúde da prática da modalidade, o atleta afi rma que isso é inerente a qualquer atividade es-portiva. “Toda atividade física tem seu risco, o fu-tebol é um exemplo disso e tem o maior índice de contusões entre os espor-tes. Se você for acompa-nhado por um profi ssional sério, que conhece toda a técnica dos movimentos,

pode ter certeza que não vai ter problemas”, alerta.

Thiago revela que sem-pre gostou de praticar esporte, e que esse é o segundo campeonato da modalidade que ele par-ticipa. “Sempre fui atleta, sempre quis me superar de todas as formas. No crossfi t todo treino você tem que se superar e en-frentar o desconhecido, enfrentar seus limites. As pessoas começam a fazer coisas que nunca imagi-nariam fazer, é um espor-te apaixonante”, afi rma.

O Crossfit Monstar Games foi o segundo evento disputado pelo amazonense, que tem pretensões maiores. “Quero continuar com-petindo, meu objetivo é estar entre os melhores e ter reconhecimento na-cional. Além de difundir o crossfit aqui no Ama-zonas”, finaliza.

Atualmente, em Ma-naus, há três box (local de treinos e prepara-ção) da modalidade: CrossFit Gade, Cross-Fit Doze e CrossFit CAF. Algumas academias de ginástica também oferecem esse tipo de atividade. O crossfi t consiste em movimen-tos diversifi cados, com o uso de argolas e bar-ras da ginástica olím-pica, levantamento de peso. Caixas, bolas e cordas também fazem parte dos acessórios de quem realiza a ati-vidade.

O CrossFit é um treino que utiliza mo-vimentos funcionais de forma constante-mente variada e em

alta intensidade. Ele dá mobilidade e fl exi-bilidade ao pratican-te, além de trabalhar resistência, forçae agilidade.

“O sentimento que tenho é de superação, pois crossfi t é isso, se superar a cada mo-mento, cada treino e a cada competição. O sentimento também é de gratidão a todos aqueles que estavam ao meu lado, meus pais, minha família, meus sócios, minha namorada, alunos e aos parceiros que tor-ceram e me ajudaram de formas diferentes. E principalmente a Deus”, agradece Thia-go Teixeira.

Manaus abraçou o ‘Cross’RE

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Willian D’Ângelo

Colunista do PÓDIO

No próximo dia 13 de novembro, o Galo da Praça da Saudade estará completando

102 anos de história no fute-bol amazonense. O nome do time “Barriga Preta” tinha no início a grafi a “Atlhetic Rio Negro Club”, o que remetia a muitos clubes de origem inglesa na cidade.

O Rio Negro fez sua primei-ra participação no certame amazonense em 1914, tendo iniciado com suas conquistas no ano de 1921. Nessa época o time já tinha grande torci-da e este era aclamado o de maior torcida de Manaus e com grande apoio das classes mais altas da cidade, e por isso nesta época ganhava a alcunha de “Clube Líder da Cidade”.

No Campeonato Brasileiro de 1983, onde foi mantida a fórmula de disputa dos dois anos anteriores, mas sendo criada uma terceira fase de grupos antes das fi nais eli-minatórias, alternando-se os critérios de desempate na fase fi nal, o Rio Negro fi cou em 29º lugar, na frente de clu-bes como Botafogo-SP, CSA-AL, Paysandu-PA, Fortaleza e Treze-PB. A competição teve 44 clubes participantes, divididos em diversos grupos.

O certame nacional foi con-quistado pelo o Flamengo que contou com várias equipes tra-

Rio Negro no Brasileirão de [email protected]

Túnel do tempo

O Rio Negro fez sua primei-ra participação no certame amazonen-se em 1914, tendo iniciado com suas con-quistas no ano de 1921. Nessa época o time já tinha grande torcida e este era aclamado o de maior torci-da de Manaus e com grande apoio das clas-ses mais altas da cidade, e por isso nesta época ganhava a alcunha de ‘Clube Líder da Cidade’

dicionais do futebol brasileiro, como Santos, Atlético-MG, São Paulo, Vasco, Palmeiras, Corinthians, Fluminense, Bo-tafogo, Internacional, Grêmio e Cruzeiro. Com a conquista, o time rubro-negro se torna-va o quarto clube brasileiro a conquistar um bicampeonato (como Santos, Palmeiras e Internacional), e o terceiro a chegar a três títulos, igualan-do os feitos de Internacional,

Palmeiras e Santos.O time amazonense havia

voltado aos gramados em 1982 com uma conquista regional, tendo em seu elenco jogadores como Tobias, Darinta, Dalmo, Patrulheiro, Berg, Alcindo e Ti-quinho. O meia Ninimberg dos Santos Guerra, que nasceu no dia 16 de março de 1963, foi um dos destaques do Galo no Copão de 83, fazendo seu último jogo contra o Náutico,

em Recife, dia 3 de abril desse mesmo ano. Após passagem pelo o Botafogo carioca, Berg jogou ainda pelo Americano, de Campos, Atlético, do Paraná, América, do Rio, Madureira, Cerro Portenho, do Uruguai e por último pelo América, da cidade paulista de Rio Preto.

No dia 19 de março, o Galo superou o Fluminense pelo pla-car de 1 a 0, no estádio da Colina, valendo pela Segunda

Fase da competição. Aluísio garantiu a vitória, marcando o gol da partida. O Rio Negro venceu com Tobias, Jair, Mar-cão, Darinta, Tonho, Dalmo, Berg, Pedrinho (Elias), Orlando, Alcino e Tiquinho (Aluísio), com o tricolor das Laranjeiras per-dendo com Paulo Vitor, Aldo, Heraldo, Duílio, Branco, Delei (Paulinho Carioca), Cristovão Borges, Leomir, Flávio Renato (Amauri), Jason e Wilsinho.

Formação do Atlético Rio Negro Clube, que disputou o Campeonato Brasileiro de 1983, ano em que o Flamengo se tornou campeão nacional

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Nalutapor uma vaga nas Olimpíadas do Rio

Esportistas amazonenses estão literalmente lutando para conquistar o

sonho de representar o Brasil no principal torneio esportivo do planeta

Não é de hoje que o talento dos lutadores amazonenses chama atenção dos afi cio-

nados pelo mundo das lutas. Quem não se lembra dos feitos de Walid Ismail, oito vezes campeão brasileiro de Jiu-Jítsu e campeão mundial de Vale-tudo pelo International Vale Tudo Championship (IVC). Sem contar na talentosa geração do MMA, representada por José Aldo e Ronald Jacaré que con-quistam títulos Brasil afora.

Com os esportes olímpicos não tem sido diferente. No judô, Rafaela Barbosa e na luta olímpica, Waldeci Silva, compõem a seleção brasilei-ra e driblam as difi culdades de patrocínio para conquistar uma vaga na equipe que vai disputar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

A judoca amazonense Rafa-ela Barbosa, 22, garantiu vaga na seleção brasileira em de-zembro de 2014, após vencer cinco lutas em uma seletiva, e hoje aguarda a escolha da equipe que representará o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no ano que vem. A escolha do grupo, que será feita pela confederação – composto por 14 atletas principais, sendo 7 mulheres e 7 homens e mais 14 reservas – está agendada para abril de 2016.

“Irão escolher quem faz parte da seleção para compor a equi-pe. Estou na expectativa muito positiva. Estou esperando que tudo vá dar certo”, afi rma.

Entrar para a seleção foi a cereja do bolo da judoca que em 2014, venceu todos os pa-namericanos e foi a primeira amazonense a medalhar no pa-namericano Sênior. Em 2011 foi campeã dos jogos universi-

tários e em 2015, conquistou o bronze na mesma competição.

Com este currículo e após conquistar a vaga na seleção, Rafaela acreditou que seria mais fácil fi rmar parcerias com a administração públi-ca e empresas privadas na busca de patrocínio. Contudo, a atleta da seleção deparou-se com enorme difi culdade. “Fiquei feliz quando entrei na seleção, achando que teria mais patrocínio, um incentivo melhor para ajudar nas via-gens, nos quimonos, na faixa, no backnumber (identifi cação que o atleta põe nas costas),

na alimentação e suplemen-tação. A confederação não ajuda em tudo, a maior parte sai do nosso bolso. Mas, não consegui o apoio esperado”, denuncia a atleta.

Ela apontou que em uma viagem para competi, são gas-tos cerca de R$ 5 mil, com estadia, alimentação e pas-sagem. “Tem quimonos que custam até R$ 1.500, a faixa R$ 600. O alimento é caro, comer saudável em Manaus é um absurdo de caro. Com dieta gasto uma média de R$ 1mil e R$ 1.200 de suplementação por mês. E, gasto mais de R$ 500 com o transporte para os treinos”, revela.

Além da difi culdade de conse-

guir novos patrocínios, a atleta lamenta a suspensão do bolsa atleta municipal – verba desti-nada a atletas que representam o Estado na seleção brasileira.

“Por conta da crise, tudo está muito difícil. Para de receber o bolsa atleta, que é um va-lor considerável da prefeitura, justamente quando entrei na seleção”, lamenta.

Rafaela explicou que no judô, o ranking não defi ne a partici-pação ou não nas olimpíadas. Tudo depende da desenvoltura da atleta nas competições que precedem a competição. “Aqui no Brasil é tudo por competi-ção, depende do desempenho, por isso é tão importante via-jar. A competição é realmente muito difícil, tenho que tirar a vaga da principal, a Érika Miranda”, explica.

Para manter o rendimento, Rafaela cumpre uma rotina pesada, com treinos de se-gunda a sábado. Pela manhã, ela cursa a faculdade de di-reito. De tarde, das 13h30 às 15h, ela treina na academia One Fitness, no bairro Dom Pedro. Das 16h as 18h, ela treina com o preparador físico e técnico, Júlio Prado e, das 19h30 às 21h na Associação Barbosa, com o treinador Car-los André. “Tem dia que estou ‘quebrada’, tem dias que estou mais disposta. Mas, tem que fazer tudo em busca sonho das Olimpíadas”, revela.

A judoca começou na luta com o jiu-jítsu aos 6 anos de idade. Aos 13, descobriu o judô e não deixou mais. “Tudo começou com o meu pai. Ele ia praticar o esporte e foi me levando. Quando fui assistir a luta de um amigo, me interessei pelo judô, passei a praticar, competir e medalhar. Com pou-co tempo de judô medalhei e fi quei até hoje”, diz.

IVE RYLO

NA BRONCA

Uma das maiores má-goas de Rafaela Barbo-sa é ter fi cado de fora da lista dos benefi cia-dos com o Bolsa Atleta Municipal. A judoca da seleção brasileira afi rma que a ausência do dinheiro pode tirá-la da Rio 2016

Em busca da vaga, Waldeci treina todos os dias em três horários, na Vila Olímpica de Manaus. Às 7h, 9h e 15h. “Faço musculação, preparação físi-ca e ‘tapete’ na Vila”, revela.

Desde 2005 Waldeci inte-gra a seleção brasileira de luta livre. Ele explicou que é preciso ganhar as seletivas tanto para entrar tanto na se-leção, quanto para competir nas Olimpíadas do ano que vem. Assim como no judô, a escolha para compor a sele-ção olímpica, não é defi nida pela colocação do atleta em rankings nacionais ou mun-

dial, mas sim na conquista das seletivas.

Contudo, a entrada nas Olimpíadas não depende so-mente do talento do lutador. Para participar das seletivas e competições preparatórias, Waldeci precisa de patrocínio que arque com as viagens, estadia, alimentação e su-plementação. “O que per-cebo hoje, às vésperas das Olímpiadas, é a mesma falta de apoio de sempre e que atrapalha bastante. Este era um momento primordial para que recebêssemos o apoio do governo, mas, infelizmente,

não tivemos nem com as via-gens, nem com alimentação. Mas não foi o corte na ali-mentação que vai fazer com que deixemos de correr atrás. Agradecemos o restaurante Sushi na Ponta Negra, Tabule, que tem apoiado os atletas, e a Bioextratus e o Bolsa Atleta municipal”, fala Waldeci, ao citar o corte na alimentação (café – almoço e jantar), aos atletas que têm residência fi xa na capital do Estado e que treinam na Vila Olímpica, anunciada pela Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) na segunda-feira (19).

Waldeci com ‘fome’ da vaga

Não é somente o tem-po de Rafaela Barbosa que é voltado quase que 100% para o esporte. Em ano pré-olímpico, o lutador de luta olímpica, Waldeci Silva, 33, tem se dedicado completa-mente para alcançar a excelência no esporte e conquistar em fevereiro de 2016, uma vaga nas olimpíadas na segunda seletiva mundial, que acontece no estado nor-te americano do Texas.

“A primeira seletiva foi no mundial, em setem-bro, em Las Vegas (EUA), mas não consegui me classifi car. Voltei a Ma-naus e estou treinando direito e forte para as outras seletivas. Tem também a copa Brasil e outras competições preparatórias para en-trar bem na seletiva”, afi rma.

Seletivas vão defi nir seleção de luta olímpica

Waldeci treina forte para

conquistar a tão sonahada vaga nas Olimpíadas

do Rio de Janeiro

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Nalutapor uma vaga nas Olimpíadas do Rio

Esportistas amazonenses estão literalmente lutando para conquistar o

sonho de representar o Brasil no principal torneio esportivo do planeta

Não é de hoje que o talento dos lutadores amazonenses chama atenção dos afi cio-

nados pelo mundo das lutas. Quem não se lembra dos feitos de Walid Ismail, oito vezes campeão brasileiro de Jiu-Jítsu e campeão mundial de Vale-tudo pelo International Vale Tudo Championship (IVC). Sem contar na talentosa geração do MMA, representada por José Aldo e Ronald Jacaré que con-quistam títulos Brasil afora.

Com os esportes olímpicos não tem sido diferente. No judô, Rafaela Barbosa e na luta olímpica, Waldeci Silva, compõem a seleção brasilei-ra e driblam as difi culdades de patrocínio para conquistar uma vaga na equipe que vai disputar os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

A judoca amazonense Rafa-ela Barbosa, 22, garantiu vaga na seleção brasileira em de-zembro de 2014, após vencer cinco lutas em uma seletiva, e hoje aguarda a escolha da equipe que representará o país nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro no ano que vem. A escolha do grupo, que será feita pela confederação – composto por 14 atletas principais, sendo 7 mulheres e 7 homens e mais 14 reservas – está agendada para abril de 2016.

“Irão escolher quem faz parte da seleção para compor a equi-pe. Estou na expectativa muito positiva. Estou esperando que tudo vá dar certo”, afi rma.

Entrar para a seleção foi a cereja do bolo da judoca que em 2014, venceu todos os pa-namericanos e foi a primeira amazonense a medalhar no pa-namericano Sênior. Em 2011 foi campeã dos jogos universi-

tários e em 2015, conquistou o bronze na mesma competição.

Com este currículo e após conquistar a vaga na seleção, Rafaela acreditou que seria mais fácil fi rmar parcerias com a administração públi-ca e empresas privadas na busca de patrocínio. Contudo, a atleta da seleção deparou-se com enorme difi culdade. “Fiquei feliz quando entrei na seleção, achando que teria mais patrocínio, um incentivo melhor para ajudar nas via-gens, nos quimonos, na faixa, no backnumber (identifi cação que o atleta põe nas costas),

na alimentação e suplemen-tação. A confederação não ajuda em tudo, a maior parte sai do nosso bolso. Mas, não consegui o apoio esperado”, denuncia a atleta.

Ela apontou que em uma viagem para competi, são gas-tos cerca de R$ 5 mil, com estadia, alimentação e pas-sagem. “Tem quimonos que custam até R$ 1.500, a faixa R$ 600. O alimento é caro, comer saudável em Manaus é um absurdo de caro. Com dieta gasto uma média de R$ 1mil e R$ 1.200 de suplementação por mês. E, gasto mais de R$ 500 com o transporte para os treinos”, revela.

Além da difi culdade de conse-

guir novos patrocínios, a atleta lamenta a suspensão do bolsa atleta municipal – verba desti-nada a atletas que representam o Estado na seleção brasileira.

“Por conta da crise, tudo está muito difícil. Para de receber o bolsa atleta, que é um va-lor considerável da prefeitura, justamente quando entrei na seleção”, lamenta.

Rafaela explicou que no judô, o ranking não defi ne a partici-pação ou não nas olimpíadas. Tudo depende da desenvoltura da atleta nas competições que precedem a competição. “Aqui no Brasil é tudo por competi-ção, depende do desempenho, por isso é tão importante via-jar. A competição é realmente muito difícil, tenho que tirar a vaga da principal, a Érika Miranda”, explica.

Para manter o rendimento, Rafaela cumpre uma rotina pesada, com treinos de se-gunda a sábado. Pela manhã, ela cursa a faculdade de di-reito. De tarde, das 13h30 às 15h, ela treina na academia One Fitness, no bairro Dom Pedro. Das 16h as 18h, ela treina com o preparador físico e técnico, Júlio Prado e, das 19h30 às 21h na Associação Barbosa, com o treinador Car-los André. “Tem dia que estou ‘quebrada’, tem dias que estou mais disposta. Mas, tem que fazer tudo em busca sonho das Olimpíadas”, revela.

A judoca começou na luta com o jiu-jítsu aos 6 anos de idade. Aos 13, descobriu o judô e não deixou mais. “Tudo começou com o meu pai. Ele ia praticar o esporte e foi me levando. Quando fui assistir a luta de um amigo, me interessei pelo judô, passei a praticar, competir e medalhar. Com pou-co tempo de judô medalhei e fi quei até hoje”, diz.

IVE RYLO

NA BRONCA

Uma das maiores má-goas de Rafaela Barbo-sa é ter fi cado de fora da lista dos benefi cia-dos com o Bolsa Atleta Municipal. A judoca da seleção brasileira afi rma que a ausência do dinheiro pode tirá-la da Rio 2016

Em busca da vaga, Waldeci treina todos os dias em três horários, na Vila Olímpica de Manaus. Às 7h, 9h e 15h. “Faço musculação, preparação físi-ca e ‘tapete’ na Vila”, revela.

Desde 2005 Waldeci inte-gra a seleção brasileira de luta livre. Ele explicou que é preciso ganhar as seletivas tanto para entrar tanto na se-leção, quanto para competir nas Olimpíadas do ano que vem. Assim como no judô, a escolha para compor a sele-ção olímpica, não é defi nida pela colocação do atleta em rankings nacionais ou mun-

dial, mas sim na conquista das seletivas.

Contudo, a entrada nas Olimpíadas não depende so-mente do talento do lutador. Para participar das seletivas e competições preparatórias, Waldeci precisa de patrocínio que arque com as viagens, estadia, alimentação e su-plementação. “O que per-cebo hoje, às vésperas das Olímpiadas, é a mesma falta de apoio de sempre e que atrapalha bastante. Este era um momento primordial para que recebêssemos o apoio do governo, mas, infelizmente,

não tivemos nem com as via-gens, nem com alimentação. Mas não foi o corte na ali-mentação que vai fazer com que deixemos de correr atrás. Agradecemos o restaurante Sushi na Ponta Negra, Tabule, que tem apoiado os atletas, e a Bioextratus e o Bolsa Atleta municipal”, fala Waldeci, ao citar o corte na alimentação (café – almoço e jantar), aos atletas que têm residência fi xa na capital do Estado e que treinam na Vila Olímpica, anunciada pela Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) na segunda-feira (19).

Waldeci com ‘fome’ da vaga

Não é somente o tem-po de Rafaela Barbosa que é voltado quase que 100% para o esporte. Em ano pré-olímpico, o lutador de luta olímpica, Waldeci Silva, 33, tem se dedicado completa-mente para alcançar a excelência no esporte e conquistar em fevereiro de 2016, uma vaga nas olimpíadas na segunda seletiva mundial, que acontece no estado nor-te americano do Texas.

“A primeira seletiva foi no mundial, em setem-bro, em Las Vegas (EUA), mas não consegui me classifi car. Voltei a Ma-naus e estou treinando direito e forte para as outras seletivas. Tem também a copa Brasil e outras competições preparatórias para en-trar bem na seletiva”, afi rma.

Seletivas vão defi nir seleção de luta olímpica

Waldeci treina forte para

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Lanterna do Brasileirão, Vasco enfrenta Flu precisando de uma vitória para tentar escapar do rebaixamento

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Nenê ainda acredita na permanência do Vasco

Tricolor quer espantar fantasma do Z-4 vencendo o jogo

Rio de Janeiro (RJ) – Lanterna do Campeonato Brasileiro e a quatro pontos de sair da zona de rebaixa-mento, o Vasco vive situação difícil

na competição, mas nada melhor de que uma vitória sobre um rival para dar moral e levantar o astral do elenco. Com este pensamento, o Cruz-Maltino encara o Flu-minense neste domingo (1), às 16h (de Manaus), no estádio Nilton Santos (Enge-nhão), pela 33ª rodada do Brasileirão. Com 30 pontos, o time da colina até vive boa fase na competição, está jogando bem, mas tem sofrido com gols sofrido nos minutos fi nais das partidas. Já o Fluminense, longe da zona da degola e eliminada da Copa do Brasil cumpre somente tabela até o fi nal da temporada, o que de certo ponto pode ser uma arma, afi nal, sem pressão, a equipe tende a jogar mais relaxada.

Sabendo da necessidade da vitória, mas sem se esquecer de se preocupar com o sistema defensivo, o técnico vascaíno Jor-ginho deve fazer somente uma mudança em relação ao time que vem atuando nos últimos jogos. O meia Julio dos Santos deve dar lugar ao volante Diguinho. A ideia é dar mais poder de marcação no meio de campo da equipe. No mais, o time será o mesmo. Quem pode aparecer no banco de reservas é o atacante Eder Luis, recuperado de lesão.

O lateral-esquerdo Julio Cesar reagiu bem ao tratamento para aliviar as dores de coluna que sentia e estará à disposição. Assim, o Vasco deve ir a campo com: Martín Silva, Madson, Luan, Rodrigo, Júlio César, Bruno Gallo, Diguinho, Andrezinho, Nenê, Jorge Henrique e Leandrão.

“O Fluminense tem jogadores experien-tes. A gente espera que venham abalados,

mas é preciso esperar”, disse o zagueiro Rodrigo sobre o fato do Tricolor ter sido eliminado da Copa do Brasil no meio de semana.

FluminenseApós a eliminação na Copa do Brasil, o

foco agora no Fluminense é afastar toda e qualquer possível ameaça de rebaixa-mento. Há sete pontos do 17º colocado Coritiba, o clássico contra o Vasco é visto como a oportunidade ideal de se distan-ciar do Z-4. O assunto, inclusive foi tema de entrevistas durante a semana. O meia Gustavo Scarpa falou que é necessário que os jogadores foquem nessa reta fi nal de Campeonato Brasileiro.

“Acredito realmente que corremos o risco de rebaixamento e ele não é pequeno. Por isso mesmo temos a obrigação de ir a campo e dar o nosso melhor contra o Vasco. Se conquistarmos a vitória vai ser uma con-sequência de termos feito um grande jogo contra esse rival”, afi rma Scarpa.

Para o duelo, o técnico Eduardo Baptis-ta não poderá contar com os atacantes Marcos Junior – suspenso após receber terceiro cartão amarelo – e Fred, que jogou no sacrifício no meio de semana e não foi liberado pelo departamento mé-dico. Ao que tudo indica, Gérson e Magno Alves assumem as posições vagas. O garoto Michael, que podia jogar na vaga do capitão não apareceu para treinar na sexta-feira e nem sequer foi relacionado.

Desta maneira, o Fluminense deve ir a campo com: Diego Cavalieri, Wellington Silva, Gum, Marlon, Breno Lopes, Jean, Cícero, Gustavo Scarpa, Vinícius, Gerson e Magno Alves.

NO SUL

Porto Alegre (RS) – Há seis pontos do Santos, atu-almente quarto colocado do Campeonato Brasileiro, e vivendo fase ruim na com-petição, o Flamengo enca-ra, neste domingo (1º), às 15h (de Manaus), o Grêmio na Arena em Porto Alegre. O Tricolor gaúcho segue na terceira colocação e bus-ca consolidar ainda mais a vaga na próxima Copa Libertadores da América.

Além das difi culdades de enfrentar o adversário fora de casa, a partida será a primeira após a suspensão de cinco jogadores que se envol-veram em uma festa durante a semana de trabalho. Pará, Alan Patrick, Marcelo Cirino, Paulinho e Everton não foram nem relacionados para o jogo e desfalcam o Rubro-Negro. Além deles, Jonas e Emerson

Sheik estão suspensos.Com esse cenário, o Fla-

mengo será um time mais cauteloso em Porto Alegre. O técnico Oswaldo de Oli-veira entrará em campo com um quarteto de vo-lantes, um meia e somente Paolo Guerrero no comando do ataque. A ideia é fa-zer uma partida defensiva e sair nos contraataques para surpreender o Grêmio.

O Flamengo deve ir a cam-po com: Paulo Victor, Ayr-ton, César Martins, Wallace, Jorge, Márcio Araújo, Luiz Antônio, Canteros, Jajá, Ga-briel e Guerrero.

A boa notícia é que na sexta-feira (30), o meia Ederson voltou a treinar no Ninho do Urubu.

GrêmioCom seis pontos de van-

tagem sobre o Santos, e seis atrás do Atlético-MG, o Grêmio, terceiro colocado do Brasileirão, quer vencer para man-ter viva a chance assu-mir a segunda posição e se afastar ainda mais do quarto colocado.

Durante os treinos, o téc-nico Roger adotou o misté-rio e não anunciou o time que entrará em campo. É possível que o ataque volte a ser formado por jogado-res com velocidade. Com o acordo feito com o Fla-mengo, o zagueiro Erazo poderá atuar.

A provável escalação do Tricolor gaúcho tem: Mar-celo Grohe, Galhardo, Pe-dro Geromel, Erazo, Marcelo Hermes, Moisés, Marcelo Oliveira, Giuliano, Douglas, Pedro Rocha e Luan

Fla visita o Grêmio por ‘honra’

Paolo Guerrero jogará isolado no ataque rubro-negro, que terá um meio de campo formado só por volantes

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Clássico de vida ou morte

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O Corinthians vai entrar em campo para vencer e liquidar o Campeonato Bra-sileiro. Pelo menos é o que garante o meia Jadson, que no confronto fará sua par-tida de número cem com a camisa do Timão. Um dos destaques do Alvinegro paulista na temporada, o atleta afirma que o elenco está ciente de que pode sair do Independência com as duas mãos na taça em caso de vitória.

“Eles estão dependendo da vitória para encostar na gente. Trabalhamos de outra forma, com tranquili-dade, com os pés no chão. A gente vai para ganhar. Sabemos que é difícil jo-gar lá. Queremos vencer e provar que somos melhores dentro de campo”, diz.

Além de encarar o bom time do Atlético-MG e a pressão vinda das arqui-bancadas, o Corinthians terá que superar os des-falques. O técnico Tite não poderá contar com o late-ral-direito Fagner e o lateral-esquerdo Uendel, ambos machucados, além do meia Elias que cumpre suspen-são por ter recebido três cartões amarelos. Edilson e Guilherme Arana entram nas laterais, e Rodrigui-nho assume o posto nomeio de campo.

Rodriguinho jogou pelo América-MG por três tem-poradas. O clube é o dono do Independência. E ele tem boas recordações do está-dio. Em 2013, pela Série B do Campeonato Brasi-leiro, o meia marcou três

gols na vitória do Coelhosobre o Sport.

Diante deste cenário, o Corinthians entrará em campo com: Cássio, Edilson, Felipe, Gil, Guilherme Arana, Ralf, Rodriguinho, Jadson, Renato Augusto, Malcom e Vagner Love.

“As duas equipes terão responsabilidade na parti-da. Mas, para eles, a vitória é quase uma obrigação. Para nós, o empate já seria um bom resultado. E é claro que uma derrota também não seria o fim do mundo. A vantagem diminuiria para cinco pontos, e eles fica-riam mais motivados, mas a gente vai tentar liquidar nesse jogo, mesmo sabendo das dificuldades de um es-tádio pequeno, com pressão da torcida”, concluiu Jadson.

Corinthians quer ‘liquidar’ o Brasileirão

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Jadson fará sua partida de número cem com a camisa do Corinthians diante do vice-líder fora de casa

Experiente, zagueiro Edcarlos fará dupla de zaga com Leonardo Silva no jogo mais importante do Atlético-MG na temporada de 2015

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Galo e Timão fazem ‘fi nal’ do campeonatoVice-líder Atlético-MG recebe líder Corinthians em jogo que defi nirá o campeão brasileiro. Se os visitantes vencerem, abrem 11 pontos

Belo Horizonte (MG) – Desde que o Cam-peonato Brasileiro passou a ser dispu-

tado pelo sistema de pontos corridos foi criado o clichê de que “todo jogo é uma fi nal”. Para a confronto entre Atléti-co-MG e Corinthians, às 15h (de Manaus), na arena Inde-pendência, pela 33ª rodada, a alcunha pode ser usada de forma literal. Com 70 pontos somados - oito de vantagem sobre o rival -, se o Timão vencer em Belo Horizonte se tornará virtual campeão brasileiro. Se o Galo triun-far, diminuirá a vantagem do rival para cinco pontos e terá mais cinco partidas para tirar a diferença. Então, ingredientes não vão faltar para apimentar o jogo.

O atacante Luan, do Alvi-negro mineiro, relembrou o jogo contra o Santa Fé, da Colômbia, em que o Atlé-tico-MG conseguiu uma classificação histórica na competição continental. O Galo precisava vencer, em Bogotá, para seguir vivo na fase de grupos, e conseguiu triunfar por 1 a 0, com gol de Lucas Pratto. Aquela partida serve de inspiração para o atual momento.

“Foi aquele jogo da Liber-tadores, que precisávamos ganhar porque vínhamos de duas derrotas. Aquele resul-tado já passou. Ficam só lembranças. Não tem nada impossível. Mas o futebol proporciona coisas inacredi-táveis. Só a vitória interessa. Não adianta nada não ganhar domingo”, diz.

O atacante argentino é, in-clusive, a esperança de gols do Galo na partida. Em jogos decisivos em 2015, o jogador não tem decepcionado e sem-pre marcou gols. Foi assim na semifi nal do Campeonato Mineiro quando ele marcou dois gols contra o Cruzeiro, e também na eliminação para o Internacional na Libertado-res. Mesmo com a derrota, Pratto quem marcou o único gol atleticano no jogo.

“ Todo jogador de time gran-

de está preparado para jogo de decisão. Aqui no Atléti-co-MG é assim. Todo mundo passou por situações boas e ruins no futebol e estão acos-tumados a isso. Para mim, não há nada melhor do que jogar este tipo de jogo. Fisicamente estou bem”, afi rma.

Para a partida, o técnico Levir Culpi terá apenas uma mudança em relação ao time considerado titular do Atléti-co-MG. O zagueiro Jamerson dá lugar a Edcarlos, que for-mará dupla com Leonardo Silva. No mais, o Galo terá for-ça máxima e deve entrar em campo com: Victor, Marcos Rocha, Edcarlos, Leonardo Silva, Douglas Santos, Lean-dro Donizete, Rafael Carioca, Luan, Giovanni Augusto, Dá-tolo e Lucas Pratto.

CaldeirãoPara fazer valer a frase:

“Caiu no horto, está mor-to”, o torcedor atleticano vai fazer do Independência um verdadeiro caldeirão. Todos os 20 mil ingressos dispo-nibilizados foram vendidos de forma antecipada. Além disso, a diretoria do Corin-thians também adquiriu a carga máxima de 1,8 mil bi-lhetes oferecida ao visitante e também vai lotar o espaço reservado para a Fiel.

Na venda dos ingressos, algo inusitado aconteceu. Os torcedores do Galo adqui-riram os todos os bilhetes disponíveis pela internet, dei-xando a bilheteria do estádio vazia. Cena incomum em par-tidas decisivas. Desta vez, a tecnologia evitou a confusão.

O Atlético poderia ter man-dado o jogo no Mineirão, onde a carga máxima é de 60 mil torcedores, mas o Independência foi escolhido estrategicamente por deixar os fãs mais próximos do cam-po, além de mística criado sob o estádio.

“É uma fi nal e são detalhes que vão defi nir o resultado da partida e a gente preci-sa dessa pressão da arqui-bancada”, diz o presidenteDaniel Nepomuceno.

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Meia Lucas Lima durante treinamento no CT Rei Pelé. Ele será, mais uma vez, o responsável pela armação das jogadas santistas na partida

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Clássico pelo G-4 do Brasileirão Santos e Palmeiras se enfrentam na Vila

Belmiro. O Peixe é o quarto colocado do Brasileirão, com apenas dois pontos a mais que o rival, que pode ultrapassá-lo

Santos (SP) – Santos e Palmeiras já pode ser considerado o princi-pal clássico paulista

na temporada 2015. Na fi nal do Estadual o Peixe levou a melhor e fi cou com o título. No meio de semana, ambos se classifi caram para a fi nal da Copa do Brasil, onde, nos dias 25 de novembro e 2 de de-zembro, duelam pelo caneco. Antes, porém, neste domingo (1º), os times se enfrentem em mais um jogo decisivo. Às 15h (de Manaus), na Vila Belmiro, o derbi será preponderante para defi nir o G-4 do Campeonato Brasileiro. O Alvinegro praia-no, com 50 pontos, é o quarto colocado, já o Verdão, com 48, tem chance de ultrapassar o rival. Por isso, o jogo tem tudo para ser emocionante.

Para o técnico Dorival Junior, do Santos, o clássico deste do-mingo não tem nada a ver com a fi nal do torneio nacional. Ele não acredita que o resultado vá infl uenciar na competição mata-mata.

“O equilíbrio é grande e o Palmeiras é a equipe que, pela classifi cação, mostra a igualdade com o Santos. Pal-meiras oscilou na competição, e o Santos também. Perdemos pontos. Não vejo ligação de

um resultado (neste domingo) com os dois jogos de decisão. Pelo contrário. Serão vinte e poucos dias, muitas coisas po-dem acontecer no intervalo. O Brasileiro é pesado, lesões po-dem acontecer. Não podemos perder o foco no Brasileiro, e pensar na Copa do Brasil quando estiver mais próximo”, comentou o treinador.

Para o duelo, o Peixe deve ir a campo com: Vanderlei, Victor Ferraz, David Braz, Gustavo Henrique, Zeca, Thiago Maia, Renato, Lucas Lima, Gabriel, Geuvânio (Marquinhos Ga-briel) e Ricardo Oliveira.

Sem descansoMesmo com uma partida

desgastante no meio de se-mana contra o Fluminense, o técnico Marcelo Oliveira con-fi rmou que mandará o time completo para o clássico con-tra o Santos na Vila Belmiro. Sem nenhum jogador sus-penso, a única ausência para o duelo é o volante Arouca que segue se recuperando de lesão. Oliveira deve manter a base que iniciou o jogo na arena alviverde. Thiago Santos, que não pode dispu-tar a Copa do Brasil, volta afi car à disposição

“Temos de esquecer um

pouco a Copa do Brasil ago-ra. Ainda tem um prazo bom para os jogos fi nais. Ficamos satisfeitos com essa classifi -cação, com a possibilidade de

disputar o título, mas agora temos o Brasileiro e vamos com tudo. Vamos jogar um jogo importante, que tem um caráter diferente, porque é um

concorrente direto. Precisa-mos jogar bem”, diz Marcelo.

A provável escalação do Palmeiras para o clássico na Vila é a seguinte: Fernando

Prass, Lucas, Jack-son, Vitor Hugo, Zé Roberto, Thiago Santos, Matheus Sales, Ro-binho, Dudu, Gabriel Jesus e Lucas Barrios.

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