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Caderno C MANAUS, QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017 Pancadaria generalizada mancha final do Estadual Princesa do Solimões e Nacional protagonizaram uma verdadeira batalha campal na final do Campe- onato Amazonense 2014. Após vencer o primeiro due- lo da final contra o Leão da Vila Municipal, o Tubarão do Norte levou a melhor e venceu por 2 a 0, com gols dos atacantes Nando e Branco e uma atuação de gala do meia Fininho. Mas, quando tudo pa- recia definido e o Prin- cesa caminhava para sua segunda conquista esta- dual, o Nacional reverteu um resultado que parecia impossível. Após vencer o primeiro tempo por 2 a 1, o Leão da Vila Muni- cipal precisava de mais dois gols para ficar com o título. E eles vieram no segundo tempo, com Léo Paraíba e Douglas. Com 4 a 1 no placar, o time e a torcida de Ma- nacapuru pareciam não acreditar no que estava acontecendo no Sesi. E após uma disputa de bola, entre Fininho e Leonardo, os jogadores se estranha- ram e trocaram empurrões e socos. No chão, o ata- cante nacionalino foi chu- tado por Nando e ficou desacordado. O atleta teve de ser retirado de campo pela ambulância. Encerra- do o tumulto, o Nacional fez mais um gol com Douglas e adicionou à sua galeria o seu 42º troféu de campeão amazonense. (AT) LAMENTÁVEL Mais um ano de fracasso na Série D do Brasileirão Empolgado com o primeiro título conquistado em sua his- tória, o Princesa do Solimões teve um ano repleto de jo- gos importantes. Disputando o Estadual, a Copa Verde, a Copa do Brasil e o Campeo- nato Brasileiro da Série D, era o mais importante e acessível entre todos. Para conquistar o acesso, o clube não mediu esforços: contratou um novo técnico e mais de dez joga- dores, entre eles o veterano atacante Somália. Derrotado na final do Es- tadual de maneira surpre- endente, Marcos Piter não resistiu e mesmo com o bom trabalho apresentado no co- mando do Tubarão do Norte, a diretoria preferiu trazer um nome com mais experiência em competições nacionais. O escolhido foi o paraense Charles Guerreiro. Com pas- sagens por Paysandu e Remo, Charles chegou confiante e acreditando no acesso à Série C. Foi ele quem indicou alguns dos nomes contratados pelo Princesa. Contudo, apenas o zagueiro Leandro Camilo se firmou como titular. A campanha foi regular: dos dez jogos da primeira fase, o time de Manacapuru conseguiu cinco vitórias. A eliminação, no entanto, foi traumática. Precisando ape- nas do empate diante do San- tos-AP, na Colina, o Tubarão do Norte sofreu um gol de fal- ta do arqueiro adversário nos últimos minutos da partida e adiou o sonho amazonense de ver um clube local garantindo um acesso ao menos à Série C por mais um ano. (AT) UTOPIA Princesa do Solimões não passou da primeira fase do torneio RICARDO OLIVEIRA Polícia teve de ser acionada para intervir na pancadaria RICARDO OLIVEIRA Nacional e Princesa caem na 2ª fase da Copa Verde Criada para fazer parte do calendário dos clubes do Norte, do Centro-Oeste e do Espírito Santo no primeiro semestre, a primeira edição da Copa Verde contou com 16 equipes. Princesa do So- limões e Nacional foram os representantes do Amazo- nas no certame. Mas, sem convencer, ambos caíram na segunda fase. Atual campeão estadual à época, o Tubarão do Nor- te passou com dificuldades pelo Santos-AP. Em casa, a equipe saiu na frente e venceu por 1 a 0. Em Ma- capá, o empate por 2 a 2 classificou o time de Mana- capuru. Na segunda fase, o adversário foi o Paysandu. Na primeira partida, em Belém, o Princesa foi humi- lhado e perdeu por 6 a 1. No jogo da volta, no Gilbertão, nova derrota: 2 a 1 para os paraenses e a eliminação do torneio regional. O Leão da Vila Municipal também encontrou dificul- dades para passar da pri- meira fase. O adversário foi o Plácido de Castro-AC. Em Rio Branco, empate por 0 a 0. Na volta, em Manacapuru, o Nacional fez 1 a 0 e avançou. Pela segunda fase, o adver- sário foi outro Leão: o Remo. A primeira partida foi em Belém e o time manauense arrancou um empate por 1 a 1. O jogo da volta marcou a inauguração da Arena da Amazônia Vivaldo Lima, e com o resultado de 2 a 2, os paraenses avançaram por terem feitos mais gols fora de casa. (AT) SEM EMPOLGAR Nacional e Remo inauguraram a Arena da Amazônia RICARDO OLIVEIRA Manaus recebeu quatro partidas da Copa do Mundo, todas válidas pela primeira fase Q uatro partidas foram su- ficientes para o Amazo- nas apresentar ao mundo todo seu encanto e deixar o torcedor manauense mal acos- tumado. O palco foi a Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Entre os jogos, um dos mais esperados da primeira fase do torneio, que acon- teceu no dia 14 de junho, pelo grupo D: Inglaterra e Itália. Em campo, cinco títulos mundiais e astros do quilate de Steven Gerrard, Wayne Rooney, Gianluigi Buffon e Andrea Pirlo. A Azurra levou a melhor e ba- teu os ingleses por 2 a 1, com gols de Balotelli e Marchisio. Sturridge anotou para o English Team. No dia 18 de junho, a arena re- cebeu os croatas, que sem dó nem piedade golearam os camaroneses por 4 a 0, pelo grupo A, com gols de Olic, Perisic e Mandzukic, duas vezes. Quatro dias mais tarde foi a vez do melhor jogador do mundo pisar no palco amazônico: Cristiano Ronaldo. O astro português pouco fez e sua seleção não passou de um empate por 2 a 2 com os Estados Unidos. Para os norte-americanos marcaram Dempsey e Jones. Varela e Nani fizeram para os Lusos. A despedida do estádio ama- zonense ficou por conta do duelo menos badalado que os outros, con- tudo o de maior público na Arena da Amazônia Vivaldo Lima durante o Mundial. Suíça e Honduras duelaram para 40.322 pagantes e Shaqiri marcou os três gols da vitória dos suíços por 3 a 0 diante dos hondure- nhos. Após 14 partidas realizadas na arena, nenhuma superou o público presente do jogo entre a seleção europeia e a centro-americana. CAMPANHA Em dez jogos pela primeira fase do Cam- peonato Brasileiro da Série D, o Tubarão do Norte venceu cinco, o que não foi suficien- te para garantir sua classificação ao mata- mata do certame HISTÓRICA O Nacional fez o que parecia impossível. Após perder o primei- ro jogo por 2 a 0 para o Princesa, o Leão da Vila Municipal fez 5 a 1 no time de Mana- capuru e ficou com o Barezão 2014 ALGOZ Paysandu e Remo foram os carrascos dos amazo- nenses na Copa Verde. O time bicolor goleou o Princesa por 8 a 2 e o Remo empatou com o Nacional por 3 a 3, mas avançou por ter feito mais gols fora de casa FOTOS: RICARDO OLIVEIRA ANDRÉ TOBIAS Equipe EM TEMPO A Copa passou por aqui e deixou saudade Pirlo foi o maestro da Itália na partida contra a seleção inglesa do garoto Sterling

Pódio - 31 de dezembro de 2014

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Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

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Page 1: Pódio - 31 de dezembro de 2014

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MANAUS, QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014 [email protected] (92) 3090-1017

Pancadaria generalizada mancha fi nal do Estadual

Princesa do Solimões e Nacional protagonizaram uma verdadeira batalha campal na fi nal do Campe-onato Amazonense 2014. Após vencer o primeiro due-lo da fi nal contra o Leão da Vila Municipal, o Tubarão do Norte levou a melhor e venceu por 2 a 0, com gols dos atacantes Nando e Branco e uma atuação de gala do meia Fininho.

Mas, quando tudo pa-recia defi nido e o Prin-cesa caminhava para sua segunda conquista esta-dual, o Nacional reverteu um resultado que parecia impossível. Após vencer o primeiro tempo por 2 a 1, o Leão da Vila Muni-cipal precisava de mais dois gols para fi car com o título. E eles vieram no segundo tempo, com Léo Paraíba e Douglas.

Com 4 a 1 no placar, o time e a torcida de Ma-nacapuru pareciam não acreditar no que estava

acontecendo no Sesi. E após uma disputa de bola, entre Fininho e Leonardo, os jogadores se estranha-ram e trocaram empurrões e socos. No chão, o ata-cante nacionalino foi chu-

tado por Nando e fi cou desacordado. O atleta teve de ser retirado de campo pela ambulância. Encerra-do o tumulto, o Nacional fez mais um gol com Douglas e adicionou à sua galeria o seu 42º troféu de campeão amazonense. (AT)

LAMENTÁVEL

Mais um ano de fracasso na Série D do Brasileirão

Empolgado com o primeiro título conquistado em sua his-tória, o Princesa do Solimões teve um ano repleto de jo-gos importantes. Disputando o Estadual, a Copa Verde, a Copa do Brasil e o Campeo-nato Brasileiro da Série D, era o mais importante e acessível entre todos. Para conquistar o acesso, o clube não mediu esforços: contratou um novo técnico e mais de dez joga-dores, entre eles o veterano atacante Somália.

Derrotado na fi nal do Es-tadual de maneira surpre-endente, Marcos Piter não resistiu e mesmo com o bom trabalho apresentado no co-mando do Tubarão do Norte, a diretoria preferiu trazer um nome com mais experiência em competições nacionais. O escolhido foi o paraense Charles Guerreiro. Com pas-sagens por Paysandu e Remo, Charles chegou confi ante e acreditando no acesso à Série C. Foi ele quem indicou alguns dos nomes contratados pelo Princesa. Contudo, apenas o

zagueiro Leandro Camilo se fi rmou como titular.

A campanha foi regular: dos dez jogos da primeira fase, o time de Manacapuru conseguiu cinco vitórias. A eliminação, no entanto, foi traumática. Precisando ape-

nas do empate diante do San-tos-AP, na Colina, o Tubarão do Norte sofreu um gol de fal-ta do arqueiro adversário nos últimos minutos da partida e adiou o sonho amazonense de ver um clube local garantindo um acesso ao menos à Série C por mais um ano. (AT)

UTOPIA

Princesa do Solimões não passou da primeira fase do torneio

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Polícia teve de ser acionada para intervir na pancadaria

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Nacional e Princesa caem na 2ª fase da Copa Verde

Criada para fazer parte do calendário dos clubes do Norte, do Centro-Oeste e do Espírito Santo no primeiro semestre, a primeira edição da Copa Verde contou com 16 equipes. Princesa do So-limões e Nacional foram os representantes do Amazo-nas no certame. Mas, sem convencer, ambos caíram na segunda fase.

Atual campeão estadual à época, o Tubarão do Nor-te passou com dificuldades pelo Santos-AP. Em casa, a equipe saiu na frente e venceu por 1 a 0. Em Ma-capá, o empate por 2 a 2 classificou o time de Mana-capuru. Na segunda fase, o adversário foi o Paysandu. Na primeira partida, em Belém, o Princesa foi humi-lhado e perdeu por 6 a 1. No jogo da volta, no Gilbertão, nova derrota: 2 a 1 para os paraenses e a eliminação do torneio regional.

O Leão da Vila Municipal também encontrou difi cul-dades para passar da pri-

meira fase. O adversário foi o Plácido de Castro-AC. Em Rio Branco, empate por 0 a 0. Na volta, em Manacapuru, o Nacional fez 1 a 0 e avançou. Pela segunda fase, o adver-sário foi outro Leão: o Remo. A primeira partida foi em

Belém e o time manauense arrancou um empate por 1 a 1. O jogo da volta marcou a inauguração da Arena da Amazônia Vivaldo Lima, e com o resultado de 2 a 2, os paraenses avançaram por terem feitos mais gols fora de casa. (AT)

SEM EMPOLGAR

Nacional e Remo inauguraram a Arena da Amazônia

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Manaus recebeu quatro partidas da Copa do Mundo, todas válidas pela primeira fase

Quatro partidas foram su-fi cientes para o Amazo-nas apresentar ao mundo todo seu encanto e deixar

o torcedor manauense mal acos-tumado. O palco foi a Arena da Amazônia Vivaldo Lima. Entre os jogos, um dos mais esperados da primeira fase do torneio, que acon-teceu no dia 14 de junho, pelo grupo D: Inglaterra e Itália. Em campo, cinco títulos mundiais e astros do quilate de Steven Gerrard, Wayne Rooney, Gianluigi Buff on e Andrea Pirlo. A Azurra levou a melhor e ba-teu os ingleses por 2 a 1, com gols de Balotelli e Marchisio. Sturridge anotou para o English Team.

No dia 18 de junho, a arena re-cebeu os croatas, que sem dó nem piedade golearam os camaroneses

por 4 a 0, pelo grupo A, com gols de Olic, Perisic e Mandzukic, duas vezes. Quatro dias mais tarde foi a vez do melhor jogador do mundo pisar no palco amazônico: Cristiano Ronaldo. O astro português pouco fez e sua seleção não passou de um empate por 2 a 2 com os Estados Unidos. Para os norte-americanos marcaram Dempsey e Jones. Varela e Nani fi zeram para os Lusos.

A despedida do estádio ama-zonense fi cou por conta do duelo menos badalado que os outros, con-tudo o de maior público na Arena da Amazônia Vivaldo Lima durante o Mundial. Suíça e Honduras duelaram para 40.322 pagantes e Shaqiri marcou os três gols da vitória dos suíços por 3 a 0 diante dos hondure-nhos. Após 14 partidas realizadas na arena, nenhuma superou o público presente do jogo entre a seleção europeia e a centro-americana.

CAMPANHAEm dez jogos pela primeira fase do Cam-peonato Brasileiro da Série D, o Tubarão do Norte venceu cinco, o que não foi sufi cien-te para garantir sua classifi cação ao mata-mata do certame

HISTÓRICAO Nacional fez o que parecia impossível. Após perder o primei-ro jogo por 2 a 0 para o Princesa, o Leão da Vila Municipal fez 5 a 1 no time de Mana-capuru e fi cou com o Barezão 2014

ALGOZPaysandu e Remo foram os carrascos dos amazo-nenses na Copa Verde. O time bicolor goleou o Princesa por 8 a 2 e o Remo empatou com o Nacional por 3 a 3, mas avançou por ter feito mais gols fora de casa

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ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

A Copa passou por aqui e deixou saudade

Pirlo foi o maestro da Itália na partida contra a seleção inglesa do garoto Sterling

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Pirlo foi o maestro da Itália na partida contra a seleção inglesa do garoto Sterling

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C2 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014

GARANTIDO

Galo volta à elite do futebol baré

Sem sustos. Assim foi a campanha do Rio Negro na Segundinha do Campeonato Ama-zonense 2014. Preci-sando vencer um dos turnos para voltar à elite do futebol lo-cal, o Galo da Praça da Saudade tratou de garantir o aces-so com a conquista da primeira ‘perna’ da Série B, ao ven-cer três partidas e empatar uma, sendo campeão da Taça Es-tado do Amazonas de maneira invicta.

O resultado deu mo-ral para o Galo, que começou o segundo turno confiando no tí-tulo da Segundinha. Contudo, o Operário surpreendeu e re-pleto de jogadores experientes conquis-tou a Taça Cidade de Manaus e forçou a final em partida única contra o time da capital. Com uma excelente atuação do atacante Charles, que anotou dois gols, o time de Manacapuru venceu por 3 a 1, fi-cou com o troféu da Série B e voltou a eli-te baré, junto com o Rio Negro. (AT)

Flamengo, Vasco e Botafogo mandam partidas em Manaus e mantêm a Arena da Amazônia Vivaldo Lima em atividade

Arena serve de palco para times cariocas

Antes mesmo da Copa do Mundo, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima recebeu partidas

de alguns gigantes do futebol brasileiro. O primeiro a pisar no gramado do novo estádio foi o Vasco, que em partida válida pela Copa do Brasil diante do Resende, não saiu de um 0 a 0 contra a equipe conterrânea.

Depois, foi a vez dos paulistas Corinthians e Santos, que contra os locais Nacional e Princesa do Solimões, respectivamente, levaram um bom público ao estádio e serviram como teste para as partidas da Copa do Mundo, que seriam disputadas um mês e meio mais tarde.

Pela Série B, o Vasco mais uma vez frustrou a torcida local e não passou de um empate por 1 a 1 contra o Oeste, em jogo marcado por uma arbitragem polêmica.

As últimas três partidas do ano na Arena da Ama-zônia Vivaldo Lima foram válidas pela elite do futebol nacional. Em crise financei-ra, o Botafogo mandou duas

partidas na capital amazo-nense. A primeira foi contra o Corinthians, onde acabou vencendo por 1 a 0. O se-gundo jogo foi o clássico carioca diante do Flamengo, que arrecadou a maior cifra de partidas entre clubes no novo estádio amazonense: R$ 4.118.040,00. O Glo-

rioso bateu o Rubro-Negro por 2 a 1 e mesmo com as duas vitórias em Ma-naus a equipe acabou sendo rebaixada para a Série B.

E quem fechou a série de jogos na arena foi o Flamengo. Contra o Vitória, os cariocas venceram por 4 a 0 e fi zeram a festa da torcida rubro-negra.

ANDRÉ TOBIASEquipe EM TEMPO

JOGOSApós a inauguração, a Arena da Amazônia Vivaldo Lima recebeu dez partidas entre clubes. A metade en-volveu clubes cariocas. Botafogo, Flamengo e Vasco jogaram duas vezes cada no estádio

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De olho na semi-final da Copa do Brasil, o Fla-mengo encarou o Botafogo com o time reserva

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C3MANAUS, QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014

Sem vencer a prova desde 2010, atletas brasileiros esperam deixar os africanos para trás na tradicional corrida internacional

Brasileiros duelam com africanos na São Silvestre

São Paulo (SP) - A Cor-rida Internacional de São Silvestre chega a sua 90ª edição con-

secutiva nesta quarta-feira. A prova, disputada pela primeira vez em 1925, terá uma vez mais embate entre atletas africanos, favoritos à vitória, e brasileiros, que tentam que-brar a hegemonia rival.

Com largada na altura da rua Frei Caneca da avenida Pau-lista e chegada em frente ao edifício da Fundação Cásper Líbero, a elite feminina parte às 6h40 (de Manaus), 20 mi-nutos antes da elite masculina e do pelotão geral.

A última vitória brasileira na São Silvestre ocorreu em 2010, ano em que Marílson Gomes dos Santos conquistou seu terceiro título no evento. Entre as mu-lheres, o jejum é ainda maior, já que uma atleta nacional não sobe ao lugar mais alto do pódio desde 2006, quando Lucélia Peres foi a campeã.

“Os africanos estão sem-pre revezando entre si, fa-zem um jogo de equipe e precisamos fazer nossa pro-va apesar disso. Temos que treinar e procurar fazer a corrida para tentar ganhar mesmo assim”, disse Giovani dos Santos, tricampeão da Volta da Pampulha e melhor brasileiro nas duas últimas

edições da São Silvestre.O favorito à conquista do

título é o etíope Tariku Bekele, campeão da São Silvestre de 2011, medalha de bronze nos 10 mil metros nos Jogos Olím-picos de Londres 2012 e irmão do astro Kenenisa Bekele. Os quenianos Mark Korir e Stanley Koech, donos da segunda e terceira colocações em 2013,

respectivamente, também es-tão inscritos no evento.

“Na primeira vez que disputei a São Silvestre, venci. Agora, estou feliz por retornar ao Bra-sil para participar da corrida novamente. Eu me sinto bem e fi z uma boa preparação. Em re-lação a 2011, estou em melhor forma e vou tentar ganhar pela segunda vez”, disse Bekele. Disputada pela primeira vez em 1925, prova da São Silvestre deve reunir mais de 30 mil atletas

DIVULGAÇÃO

Entre as mulheres, a briga pela vitória tam-bém será dura, com a participação de quatro ex-campeãs da prova. Nancy Kipron venceu em 2013 e busca o bi. Prsicah Jeptoo, cam-peã em 2011, retorna a São Paulo depois de conquistar uma meda-lha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres 2012. A etíope Ymer Wude Ayalew venceu em 2008. E a brasileira Maria Zeferina Baldaia foi campeã de 2001.

“Este ano será diferen-te porque as competido-ras são muito fortes. Vou correr contra atletas que têm medalhas em Cam-peonatos Mundiais e pre-ciso tentar meu melhor”, disse Kipron. “Conheço bem a São Silvestre, já participei da prova mui-tas vezes e gosto muito. Este ano ela será muito boa com muitas atletas fortes no feminino e acho que terei uma competi-ção muito dura”, explicou a atual campeã.

As principais brasilei-ras na disputa devem ser Sueli Pereira, sexta colocada e melhor bra-sileira no ano passado, Cruz Nonata, sétima co-locada em 2013, e Jozia-ne Cardoso, campeã da Volta Internacional da Pampulha. Uma atleta brasileira não vencia em Belo Horizonte tam-bém desde 2006, ano em que Lucélia Peres subiu ao lugar mais alto do pódio na prova tradicionalmente enca-rada como preparação à São Silvestre.

Disputa feminina é acirrada

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C4 MANAUS, QUARTA-FEIRA, 31 DE DEZEMBRO DE 2014

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