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Poesias criadas pelos alunos do 6º ano do Agrupamento de Escolas de Miranda do Corvo.
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MIRANDA DO CORVO
ANO LETIVO 2013/2014
Poesias criadas na aula de Português, da responsabilidade da
professora Carmo Lindeza.
O LÁPIS
Eu tenho um lápis
Meio trapalhão
Que escreve sozinho
Até mais não.
Ensinei-o a escrever
E agora já não para
Só quer escrever poemas
Mas não se declara.
Ele apaixonou-se
Por uma borrachinha
E agora já não quer
Traçar nem mais uma linha.
E agora o que é que eu faço?
Maria Inês Alegria, 6°C
O LÁPIS
O meu lápis
Escreve e escreve sem parar
Quando para
É porque tenho de o afiar.
Ensinei-o a escrever ditados
Agora escreve o que quer
Ensinei-o mal,
Ficou mal habituado.
Alguém me ajude
A mudar este lápis
Mas quem?!
Mas quem?!
Alexandra, 6°C
O MEU CARRO
Tenho um carro
Que anda sozinho
Não sei como aprendeu
Não sei o que lhe deu.
Acho que está...
Apaixonado...
Por um mini
Além estacionado.
E se não for?
O que hei de fazer!
Que pavor!
Que pavor!
Gonçalo Lopes de Almeida, 6°C
A SACOLA
Coitada, coitada,
Da minha sacola
Nunca quer levar os livros
Mas sim a viola.
Ó sua sacola,
Que atrevimento!
Só porque te apaixonaste,
Por um instrumento.
Será que levo
Na mochila a viola;
Ou tenho de deixar,
Em casa a sacola?!
Alexandre, 6°C
A CANETA
Eu tenho uma caneta
Que me ajudava a escrever
Mas agora só pensa
Em aprender a ler
Ela olhou para mim
E viu-me a ler
Ela viu que eu gosto
E agora quer aprender.
Agora não faz nada
A não ser tentar aprender
O que é que eu faço?
Ensino-a a ler?!
Tomás F.,6°C
A BORRACHA
Tenho uma borracha
Que não quer apagar.
Sempre que preciso dela,
A danada põe-se a chorar.
As lágrimas são aparas
O papel fica amachucado
Que trabalho tão feio!
Diz o professor zangado.
Como hei de resolver?
Deixar de apagar?
Ouvir o que tem para dizer?
Como a hei de acarinhar?
Carolina, 6 A
A CALCULADORA DE PORTUGUÊS
A minha calculadora está louca
É uma daquelas encantadas
Pois não mostra os resultados em números
E mostra-o em palavras.
Ela diz que os números são difíceis
E que com as palavras tem mais liberdade
Por isso quer ser calculadora de português
E não como as de verdade.
Nas aulas de matemática
Estou-me a espalhar
Alguém me ajude
Ou uma calculadora nova vou comprar.
Diogo Marques 6° B
O CONTRABAIXO
O meu contrabaixo
Já não toca mais melodias
Seja qual for a hora
Seja qual for o dia.
Nas últimas semanas
Anda pior que estragado
Pois a sua amada
Já arranjou namorado.
Por muito que me esforce
Não consigo alegrá-lo
O que hei de fazer?
Não posso abandoná-lo!
Manuel Almeida 6°B
A BORRACHA
Tenho uma borracha
Que não quer apagar
Tenho um problema
Que não consigo terminar.
Faço um A ao contrário
E ela se limita a fugir
Será que não se quer gastar?
Nem quero imaginar, nem me quero afligir.
Borracha para que te quero
Se nem contigo posso contar?!
Arranjem-me uma borracha
Que consiga apagar!
Maria João Rodrigues Almeida 6°B
A CADEIRA
Eu tenho uma cadeira
Que não deixa ninguém repousar
Parece uma brincadeira
Mas estou-me a passar.
Ela diz que somos pesados
E que está farta da sua vida
Não quer os meninos lá sentados
Por comerem muita comida.
Que hei de eu fazer?
Ficar em pé?
Ou será que a hei de vender?
Mas quem a compraria?
António Serrano 6°B
O GIZ
Nós temos um giz
Que não quer escrever
E agora?
O que é que vai acontecer?
Ele só quer ficar ao pé do quadro
Mas o problema
É que não se quer gastar
Que grande dilema!
Como havemos de fazer
Para ele começar a escrever?
Que vida a nossa!
O que havemos de fazer?
Juliana Miranda 6°B
O ESTOJO
Tenho um estojo
Que não quer abrir
Será o fecho?
Ou terei de o partir?
Pois tem tantos amigos
O lápis, a caneta e a borracha
São tão inseparáveis
Que não querem ir prá caixa.
Que solução hei de arranjar?
Deitá-lo fora?
Arranjar-lhe um amigo?
Ou arreliá-lo a toda a hora?
Ângela Antunes 6° A
F M