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øfl TPG folité enico daGuarda PoIv Lech n le o[ Guarda RELATÓRIO DE ESTÁGIO Licenciatura em Desporto Jean-Philippe de Jesus Amarante julho 1 2015

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TPGfolitéenicodaGuarda

PoIv Lech n leo[ Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Desporto

Jean-Philippe de Jesus Amarante

julho 1 2015

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III

“Para jogar corretamente é necessário compreender, para compreender é necessário

saber, para compreender e saber é necessário definir princípios do jogo”

(Teissie, 1970)

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IV

LISTA DE SIGLAS

AFG - Associação de Futebol da Guarda

ESECD- Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

GFUC – Guia de Funcionamento da Unidade Curricular

GUD – Guarda Unida Desportiva

IPG - Instituto Politécnico da Guarda

JDC – Jogos Desportivos Coletivos

UC – Unidade Curricular

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V

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Diretor da ESECD: Professor Doutor Pedro José Arrifano Tadeu

Diretor do Curso: Professora Doutora Carolina Júlia Félix Vila-Chã

Coordenador de Estágio: Professor Jorge dos Santos Casanova

Identificação do Coordenador de Estágio

Nome: Jorge dos Santos Casanova

E-mail: [email protected]

Identificação do Aluno

Discente: Jean-Philippe de Jesus Amarante

Número do Aluno: 5007740

Grau de Obtenção: Licenciatura em Desporto

Local de Estágio

Instituição Acolhedora: Guarda Unida Desportiva

Endereço: Largo Mons. Joaquim Alves Brás, 6300-703 GUARDA

Telefone: 271311108; E-mail: [email protected]

Tutor de Estágio: António Gregório Pereira Lopes

Habilitações Académicas: Licenciatura

Cargo/Função: Treinador; Grau de Treinador: II nível; Nº Cédula: 58978

Duração do estágio: de 27 de setembro de 2014 a 27 de junho de 2015

Horas: 625 horas

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VI

AGRADECIMENTOS

A realização deste trabalho só se tornou possível devido a um conjunto de pessoas que,

direta ou indiretamente, me apoiaram ao longo de todo o percurso de formação e

crescimento académico. A estes gostaria de prestar o meu agradecimento:

Ao Professor Jorge Casanova, pela orientação, disponibilidade, apoio e transmissão de

conhecimentos ao longo de toda a minha formação académica e no desenvolvimento

deste trabalho.

À secção de Futebol do Guarda Unida Desportiva (GUD), por permitir que a realização

deste estágio fosse possível e me ter oferecido esta primeira experiência prática.

À minha família, por todo o apoio e acompanhamento, sem eles não me seria possível

crescer enquanto Homem e percorrer este percurso académico com tanta garra e

ambição.

Obrigado pelo incentivo, cuidado e apoios infindáveis de sempre.

À Andreia Maia, por ter sido os meus olhos, a minha consciência e o meu refúgio em

todos os momentos de dificuldade. Pela partilha e celebração de um amor perfeito. Por

todo o apoio, amizade e colaboração constante ao longo de todo o meu percurso

académico.

Aos amigos que, direta ou indiretamente, me apoiaram desde o início deste percurso

académico. Obrigado por todos os momentos de diversão, estudo, amizade e de família

que me proporcionaram.

Aos atletas da equipa de futebol 7 pela capacidade de trabalho, empenho e dedicação,

pela confiança ao longo da época desportiva. Por todas as situações que me fizeram

crescer, aprender e evoluir.

Por último, aos meus colegas do curso de Desporto em especial aos de Treino

Desportivo, por todas as vivências, por todas as experiências partilhadas.

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VII

RESUMO

O meu estágio iniciou dia vinte sete de setembro de 2014, no Guarda Unida Desportiva

(GUD). Foi realizada uma reunião com o presidente do clube – Professor António

Pissarra – para acordarmos pormenores relativos ao horário, dias do treino e às

atividades a desenvolver, assim como, as áreas onde iria intervir, nomeadamente,

planeamento e operacionalização do treino de futebol de 7.

Foi acordado em termos de métodos de planeamento de estágio que iria apenas proceder

à orientação autónoma de uma equipa de infantis B, onde as idades eram compreendidas

entre os 10 e os 13 anos.

O plano foi transmitir aos atletas conhecimento futebolístico (conceitos teóricos),

transmitir valores e princípios com a prática do desporto (futebol) e ensinar os atletas a

realizarem diversos conteúdos práticos do futebol – Treino de Jovens.

Durante o estágio participei em atividades pontuais de final de época, nomeadamente

torneios de futebol de 7. Na parte final do meu estágio efetuei o transfer de futebol de 7

para futebol de 11 na preparação da próxima época desportiva do GUD do escalão de

iniciados.

Palavras-chave: Futebol de 7, Treino de Jovens,

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VIII

ABSTRACT

My work as a trainee started the twenty September 7, 2014, at Guarda Unida Desportiva

(GUD). A meeting was held with the club president – Professor António Pissarra - to

discuss details of the time and days of training, activities to develop, as well as areas

where I would intervene, namely, planning and operation of 7 football training.

The plan was to transmit knowledge football athletes (theoretical concepts), transmit

values and principles to sport (football) and teach the athletes to perform various

practical football content - Youth training.

It was agreed in terms of stage of planning methods that would only make autonomous

guidance of a team of “infantis B”, where ages were between 10 and 13 years.

During the internship i took part of specific activities in the end of the season,

particularly 7 football tournaments . At the end of my internship i did 7 football transfer

to football 11 for a better preparation of the next sports season started at “iniciados

GUD”

Keywords: Football 7, Youth Training.

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IX

ÍNDICE

Agradecimentos .............................................................................................................. VI

Resumo .......................................................................................................................... VII

Abstract ......................................................................................................................... VIII

Índice de Figuras ............................................................................................................ XI

Índice de Tabelas ............................................................................................................ XI

Introdução ......................................................................................................................... 1

PARTE I- Caracterização e Contextualização do Local de Estágio ................................. 5

Introdução ..................................................................................................................... 6

1. Cidade da Guarda .................................................................................................. 6

2. Guarda Unida Desportiva ...................................................................................... 7

2.1. Recursos Logísticos........................................................................................ 7

2.2. Recursos Materiais ......................................................................................... 9

2.3. Recursos Humanos ....................................................................................... 10

PARTE II – Objetivos de Estágio .................................................................................. 12

Introdução ................................................................................................................... 13

1. Objetivos ................................................................................................................ 13

1.1. Objetivos Gerais .............................................................................................. 13

1.2. Objetivos Específicos ....................................................................................... 13

1.3. Objetivos Pessoais ............................................................................................ 14

1.4. Objetivos da Instituição .................................................................................... 15

1.5. Etapas do estágio curricular ......................................................................... 15

2. Calendarização..................................................................................................... 16

2.1. Calendário Anual das Atividades ..................................................................... 16

2.2. Calendário Semanal de Atividades .................................................................. 16

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X

Conclusão ................................................................................................................... 17

PARTE III – Atividades Desenvolvidas ......................................................................... 18

Introdução ................................................................................................................... 19

1. Fases de Intervenção ............................................................................................ 19

2. Etapas de Formação a Longo Prazo de um Jovem Atleta ................................... 20

2.1. As etapas do modelo LTAD (Long-Team Athlete Development) ................ 20

2.2. Fases Sensíveis ............................................................................................. 22

3. Planeamento Anual .............................................................................................. 22

3.1. Objetivos ...................................................................................................... 24

3.2. Cargas de treino ............................................................................................ 24

3.3. Complexidade............................................................................................... 26

4. Futebol de 7 ......................................................................................................... 26

5. Ideias de jogo/Modelo de jogo ............................................................................ 27

5.1. O ensino do Futebol / Principios de jogo ..................................................... 31

5.2. Resultados .................................................................................................... 38

6. Observação .......................................................................................................... 38

7. Avaliação e controlo do treino............................................................................. 39

8. Atividades Pontuais ............................................................................................. 39

8.1. Torneios de Futebol de 7 .............................................................................. 40

9. Outros .................................................................................................................. 41

Conclusão ................................................................................................................... 41

PARTE IV – Reflexão Final .......................................................................................... 42

Introdução ................................................................................................................... 43

1. Reflexão Final ..................................................................................................... 43

Conclusão ................................................................................................................... 47

Bibliografia ..................................................................................................................... 48

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XI

Anexos ............................................................................................................................ 50

ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1 - Brasão representativo da cidade da Guarda ..................................................... 6

Figura 2 - Logotipo do GUD ............................................................................................ 7

Figura 3- Zona de prática (fonte própria) ......................................................................... 7

Figura 4- Zona dos vestuários (fonte própria) .................................................................. 8

Figura 5- Mini autocarro pertencente ao GUD (fonte própria) ........................................ 8

Figura 6- Categorização dos vários agentes no GUD ..................................................... 10

Figura 7- Discriminação do calendário anual de trabalho .............................................. 16

Figura 8- Discriminação do calendário semanal de trabalho ......................................... 16

Figura 9 - LTAD (Balyi,Cardinal, Higgs, Norris & Way (2010). .................................. 21

Figura 10 - Fases sensíveis da aprendizagem motora (Vasconcelos 2006). ................... 22

Figura 11 – Modelo Tschiene (1985) ............................................................................. 24

Figura 12 – Modelo Vasconcelos (2006) ....................................................................... 25

Figura 13 - Descrição tática do sistema (Gr+2+3+1) ..................................................... 27

Figura 14- Descrição tática do sistema (Gr+3+2+1) ...................................................... 29

Figura 15- Descrição tática do sistema (Gr+3+1+2) ...................................................... 30

Figura 16 – Combinações diretas e indiretas em triângulo ............................................ 32

Figura 17 – Defesa propriamente dita com basculação .................................................. 32

Figura 18 – Penetração e contenção ............................................................................... 33

Figura 20 - Operacionalização de um exercício de treino no contexto da tomada de

decisão ............................................................................................................................ 33

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1- Caracterização dos vários materiais do GUD................................................... 9

Tabela 2- Discriminação detalhada dos vários Atletas ................................................... 23

Tabela 3- Objetivos e meios de preparação do período preparatório ............................. 36

Tabela 4 - Objetivos e meios de preparação do período competitivo ............................ 36

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XII

Tabela 5 - Objetivos e meios de preparação do período transitório ............................... 37

Tabela 6 - Competição/Atividades ................................................................................. 38

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Relatório de Estágio- Jean Amarante – 2014/2015

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto - Instituto Politécnico da Guarda 1

INTRODUÇÃO

Um relatório é um documento que descreve em detalhe um trabalho técnico, como uma

experiência científica ou a implementação de uma tecnologia. No contexto da disciplina

de Estágio, o relatório é escrito pelo aluno no final do semestre como uma síntese do

trabalho efetuado na instituição de acolhimento.

Segundo Vasconcelos (2009), um relatório não é uma obra artística, literária ou

biográfica, o texto deve ser conciso, claro e direto, com o mínimo de elementos

supérfluos, quer de conteúdo quer de estilo. Também não deve ser a coleção de toda a

informação recolhida ou a listagem completa dos programas desenvolvidos.

De acordo com Francisco e Pereira (2004) o estágio surge como um processo

fundamental na formação do aluno estagiário, pois é a forma de fazer a transição de

aluno/atleta para professor/técnico “aluno de tantos anos descobre-se no lugar de

professor”. Este é um momento da formação em que o graduando pode vivenciar

experiências, conhecendo melhor sua área de atuação. “O Estágio Supervisionado

consiste em teoria e prática tendo em vista uma busca constante da realidade para uma

elaboração conjunta do programa de trabalho na formação do educador. (apud, Sousa,

2007; apud, Bonela, 2007; apud, Paula, 2007)”.

Ao longo da nossa vida sonhamos e idealizamos determinados acontecimentos. Depois

de vários anos ligado ao Desporto, nomeadamente ao Futebol, decidi que estava na hora

de apostar noutra área. Derivado a esse propósito concorri aos maiores de 23 anos e

decidi dar um rumo à minha vida em busca de uma realização pessoal. Licenciar-me em

Desporto, especializando-me na área do Treino Desportivo, na Escola Superior de

Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), no Instituto Politécnico da Guarda

(IPG).

Os maiores de 23 anos (M23) é uma via especial de acesso ao Ensino Superior, que se

destina aos estudantes que reúnam condições habilitacionais específicas, tratando-se de

uma forma de acesso autónoma, distinta do Concurso Nacional, dos Concursos

Institucionais e dos Regimes Especiais.

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Relatório de Estágio- Jean Amarante – 2014/2015

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto - Instituto Politécnico da Guarda 2

Durante o meu percurso académico as dificuldades foram inúmeras, treinar e estudar ao

mesmo tempo nem sempre foi fácil, nomeadamente no 2º ano, onde tive de optar por

uma área, o menor de Treino Desportivo, devido à excessiva carga horária escolar foi

difícil conseguir conciliar as aulas com os treinos (4 por semana, na Associação

Desportiva do Manteigas) e respeitar os prazos de entrega dos trabalhos, ou mesmo

ajustar o tempo de estudo para as Frequências, contudo, com esforço e dedicação

consegui.

O futebol é uma paixão na minha vida. Desde muito jovem ambicionei ser um jogador

de futebol profissional. Embora não tenha alcançado esse estatuto, em algumas fases da

minha vida tive oportunidade de ser visto como um jogador “a sério”. O meu

curriculum futebolístico proporcionou-me vivências que jamais serão esquecidas e que

quero transmitir aos meus atletas e quem sabe poder proporcionar-lhes um futuro

risonho no desenvolvimento de capacidade e competências no mundo de futebol.

Na etapa final do meu percurso académico, surge uma unidade curricular (U.C.) -

estágio, onde o objetivo é mobilizar competências que correspondem às exigências da

realidade e refletir sobre elas. Estágio é o período de trabalho por tempo determinado

para formação e aprendizagem de uma prática profissional; aprendizagem profissional.

O Guarda Unida Desportiva foi o local por mim escolhido. Um clube pertencente à

cidade da Guarda, que engloba diferentes tipos de modalidades desportivas e com o

desejo de proporcionar aos Egitanienses, não só o futebol como prática desportiva, mas

uma panóplia de atividades físicas que possam satisfazê-los.

A escolha do GUD prendeu-se essencialmente por ser um clube em ascensão na Guarda,

por conhecer as infraestruturas, no entanto, também um fator preponderante foi o facto

de manter uma relação cordial com presidente do clube, professor António Pissarra e o

vice-presidente, Hugo Neves, também ele amigo.

No âmbito do estágio curricular, na área do Treino Desportivo, decidi incorporar o

papel de treinador dos infantis do Guarda Unida Desportiva, que milita na 1ª divisão

distrital da associação de futebol da Guarda (AFG), na série “D”. O meu estágio esteve

subjacente ao trabalho com jovens onde as idades são compreendidas entre os dez e os

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Relatório de Estágio- Jean Amarante – 2014/2015

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto - Instituto Politécnico da Guarda 3

doze anos. Nesta etapa de desenvolvimento, a criança possui uma maneira de pensar

mais concreta e específica. Embarcada numa procura ativa do “eu” e encontra-o em

conflito com o dos outro. Estas idades fazem parte do escalão de infantis no plano

futebolístico.

Durante o início do primeiro semestre de 2015, mais concretamente, no dia vinte e sete

de setembro, na sede do clube do Guarda Unida Desportiva, desenrolou-se uma reunião

entre presidente de clube, pais e atletas com a finalidade de apresentar o treinador aos

mesmos e de definir metas para a época desportiva que se avizinhava do escalão de

infantis B.

Junto do Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e do Guarda Unida Desportiva(GUD)

foram apresentados os meus objetivos e ajustados entre entidades. De acordo com o

guia de funcionamento da unidade curricular (GFUC), um dos objetivos para os

licenciados para o curso do menor de treino desportivo é, “Intervir de forma qualificada

em contexto profissionalizante”. Quanto ao GUD, o objetivo da instituição passava

essencialmente por participar ativamente, procurando o êxito pessoal nas atividades

desenvolvidas. Por fim, o meu principal objetivo centrava-se em aplicar em contexto

real de trabalho os conhecimentos adquiridos nas várias unidades curriculares,

nomeadamente, futebol, planeamento de treino, psicologia do desporto, pedagogia entre

outras, que compõem o curso de desporto em treino desportivo assim como

consciencializar-me para o mercado de trabalho.

A partir destes objetivos foram delineados as fases de intervenção pelas quais iria passar

para que alcança-se o sucesso. A primeira fase seria de forma autónoma planear e

operacionalizar os treinos do escalão de infantis. A segunda fase seria avaliar e refletir

sobre o trabalho desenvolvido durante todo o processo de treino como é possível

consultar na convenção de estágio em anexo (Anexo 1).

O seguinte documento encontra-se estruturado por quatro partes, na primeira parte é

feita a caracterização das condições do estágio. Na segunda parte é apresentada uma

sequência de objetivos previamente estabelecidos no início da época. Na terceira parte

expomos as principais atividades desenvolvidas ao longo da época, ao mesmo tempo

que apresentamos a nossa reflexão acerca do processo de conceção, planeamento,

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Relatório de Estágio- Jean Amarante – 2014/2015

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto - Instituto Politécnico da Guarda 4

operacionalização e avaliação do treino, bem como um conjunto de tomadas de decisões

e a sua fundamentação, assim como experiências e aquisição de competências

necessárias ao desempenho de toda a função de treinador principal de uma equipa. Por

último, a quarta parte é caracterizado por uma reflexão final que tem como pressuposto

ser uma ponderação do que foi realizado ao longo deste ano letivo, na Unidade

Curricular (UC) de Estágio, assim como retirar as conclusões do que aconteceu ao longo

de toda a época desportiva bem como, na elaboração do nosso trabalho.

Em suma, pretendo que o relatório seja um documento de um ano de trabalho cheio de

profissionalismo, conhecimento adquirido e vivências diretas com a realidade onde o

objetivo é chegar ao topo no mundo de futebol como treinador.

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PARTE I- Caracterização e Contextualização do Local de Estágio

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Introdução

Neste capítulo pretendo dar a conhecer a cidade na qual estagiei e o que a caracteriza,

bem como o meu local de estágio, apresentando a sua oferta formativa e o público-alvo

a quem se dirige.

1. Cidade da Guarda

A Guarda é uma cidade portuguesa situada na região centro de Portugal com 42 541

habitantes (CENSOS 2011). A cidade foi fundada polo segundo rei de Portugal, D.

Sancho I, no seculo XII, em 27 de Novembro de 1199.

Conhecida como a Cidade mais alta de Portugal (1053 metros), o distrito da Guarda tem

o pico máximo de Portugal continental, a Torre (1993

metros), onde encontramos a famosa estância de ski do

parque natural da Serra da Estrela.

As várias cidades, vilas e aldeias deste distrito são o

simbolismo da idade média, retratando a grandeza dos

seus castelos. Podemos, ainda viajar até Vila Nova de

Foz Côa, um local que abriga a maior coleção de

gravuras a céu aberto do Paleolítico de todo o mundo.

As localidades serranas de Manteigas e Seia fazem a

delícia dos visitantes em qualquer altura do ano com as

suas paisagens cobertas de neve, propício para à prática

dos desportos de inverno, ou durante o verão, desfrutando de caminhadas à beira do rio

Zêzere.

Figura 1 - Brasão representativo

da cidade da Guarda

Fonte:

http://portalnacional.com.pt/guar

da/guarda/

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2. Guarda Unida Desportiva

Foi a 5 de Maio de 2008, por António Pereira de Andrade

Pissarra, que o Clube de Futebol Guarda Unida Desportiva

foi fundado.

O Guarda Unida Desportiva é uma realidade relativamente

recente. Um grupo de amigos que se foi alargando resolveu

juntar-se para criar uma coletividade diferente para a

Guarda onde, o desporto possa ser praticado por todos,

oferecendo diversidade nas práticas desportivas.

Figura 2 - Logotipo do GUD

2.1.Recursos Logísticos

As instalações do GUD durante esta época desportiva foram o campo do Mileu – terra

batida; o Estádio Municipal da Guarda e o campo de Futebol do Zâmbito, que tem como

piso relva sintética. Este espaço físico pertence à Câmara Municipal da Guarda e é

cedido ao clube para a realização de treinos e jogos de futebol. Sendo assim, as

instalações dividem-se em zonas ou setores:

a) Zona de prática – É constituída pelo um campo de futebol de 11, onde o

podemos dividir em dois campos de futebol de 7. As dimensões do campo são

de 103 m de comprimento e de 52 m de largura.

Figura 3- Zona de prática (fonte própria)

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Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto - Instituto Politécnico da Guarda 8

b) Zona dos vestuários – compreende os locais dos vestiários e sanitários para os

atletas, treinadores e árbitros, gabinete de primeiros socorros e locais de

arrecadação de material de treino.

Figura 4- Zona dos vestuários (fonte própria)

Ao clube pertence uma Carroper, mini autocarro, com lotação de trinta e cinco (35)

sujeitos e de dois (2) automóveis ligeiros de passageiros, Mercedes-Benz, de nove (9)

lugares.

Figura 5- Mini autocarro pertencente ao GUD (fonte própria)

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2.2.Recursos Materiais

O Guarda Unida Desportiva, possui uma panóplia de materiais diversificados,

maioritariamente degradados e em escassas quantidades.

Tabela 1- Caracterização dos vários materiais do GUD

Tipos de Recursos Total Boa Conservação Má Conservação

Bolas 12 8 4

Cones 5 3 2

Sinalizadores 53 31 22

Sinalizadores Grandes 7 3 4

Coletes 7 2 5

Balizas Futebol 7 2 2 0

Barreiras 3 2 1

Escadas Coordenação 2 2 0

Balizas pequenas 2 1 1

Arcos 5 1 4

Cordas 2 1 1

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2.3.Recursos Humanos

O Departamento de futebol do GUD é dirigido, em conjunto, pelo Carlos Monteiro

Chaves e pelo Carlos Martins Lopes. O primeiro teve como função, coordenar o futebol

competição, por sua vez o segundo estará incumbido a uma árdua tarefa – Futebol de

formação.

Os treinadores e os treinadores estagiários desta instituição completam o lote de sujeitos

que colaboram nas atividades das equipas inscritas na Associação de Futebol da Guarda

(AFG).

Figura 6- Categorização dos vários agentes no GUD

Conclusão

O Guarda Unida Desportiva tem uma vasta oferta desportiva para os seus habitantes,

explorando cada vez mais, diferentes formas de fazer chegar o exercício físico às

pessoas e combater o sedentarismo.

As atividades desenvolvidas ao longo do Estágio estiveram subjacentes sobre o

planeamento e a orientação da equipa de infantis “B” do GUD.

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As atividades regulares desenvolvidas durante o decorrer do meu estágio foram o

planeamento cuidado de todos os treinos e a administração dos próprios no decorrer de

toda a época desportiva.

A grande lacuna que me deparei ao longo de toda a época, foi o facto de não haver

material adequado à prática da modalidade e ao estado de degradação que havia no

existente.

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PARTE II – Objetivos de Estágio

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Introdução

Neste capítulo apresentarei os objetivos gerais e específicos que foram acordados em

conformidade com o meu tutor de estágio. Estes objetivos visam contribuir para a

minha formação como futuro profissional de Desporto e, ser um contributo do meu

trabalho para com a instituição que me acolheu.

1. Objetivos

1.1. Objetivos Gerais

a) Mobilizar competências que respondam às exigências colocadas pela realidade

de intervenção na dimensão moral, ética, legal e deontológica;

b) Aprofundar competências que habilitem uma intervenção profissional

qualificada;

c) Atualizar o nível de conhecimento nos domínios da investigação, do

conhecimento científico, técnico, pedagógico e no domínio da utilização das

novas tecnologias;

d) Intervir de forma qualificada em contexto profissionalizante;

e) Refletir criticamente sobre a intervenção profissional e reajustar procedimentos

sempre que necessário.

1.2. Objetivos Específicos

Sociais:

a) Diagnosticar e caracterizar o clube/organização em termos da sua cultura,

estrutura, recursos, tecnologias, funcionamento;

b) Fomentar amizade entre atletas;

c) Criar laços de empatia entre pais atletas e treinador.

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Competitivos:

a) Definir objetivos desportivos da equipa/organização;

b) Estruturar um plano de intervenção considerando objetivos comportamentais

bem como conteúdos, meios e métodos de treino em diferentes escalas

temporais;

c) Avaliar a intervenção no treino e/ou competição e reajustar procedimentos, se

necessário, objetivando uma maior qualificação da mesma;

d) Avaliar o desempenho da equipa/organização;

e) Organizar ou colaborar na organização de atividades promotoras da prática das

modalidades desportivas e da captação de novos praticantes.

1.3. Objetivos Pessoais

Este estágio curricular visou desenvolver os seguintes objetivos:

a) Ser assíduo e pontual;

b) Planear, prescrever e gerir treinos no âmbito do futebol;

c) Aplicar os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares do menor de

Treino Desportivo, bem como em outras unidades curriculares relacionadas com

a área do treino;

d) Dirigir o processo de avaliação da aptidão física, prescrevendo sessões de

exercício adequadas aos objetivos e necessidades de cada individuo e/ou grupo;

e) Respeitar, ajudar e desenvolver a criança, em relação, aos períodos críticos do

desenvolvimento motor;

f) Formar e educar jovens atletas através do desporto – Futebol;

g) Transmitir conhecimento específico sobre a modalidade, através das vivências

adquiridas pelo estagiário nesta área;

h) Consolidar conceitos teoricos do futebol.

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1.4. Objetivos da Instituição

A instituição de acolhimento tem como principais metas:

a) Criar uma coletividade diferente para a Guarda. Um clube que não se dedique só

ao futebol, mas possa proporcionar aos sócios e à população em geral outras

práticas desportivas, procurando criar o seu próprio espaço sem atropelar ou

estorvar ninguém;

b) Tentar unir o máximo de guardenses à volta desta ideia, sempre numa perspetiva

eclética.

1.5. Etapas do estágio curricular

i) Setembro: Planeamento anual das atividades a desenvolver no estágio;

Planeamento anual dos conteúdos técnico-táticos de treino; Elaboração do

modelo de jogo para a época 2014/2015;

ii) Outubro: Orientação autónoma das sessões de treino; Primeira observação

formativa dos atletas; Preparação da estrutura organizacional da equipa

(GR+2+3+1); Avaliação e controlo do treino (Medidas antropométricas);

iii) Novembro – Dezembro: Orientação autónoma das sessões de treino;

Elaboração de vídeos motivacionais; Observação, análise e tratamento de dados

filmados;

iv) Janeiro – Fevereiro: Orientação autónoma; Segunda observação formativa dos

atletas; elaboração de uma avaliação individual dos atletas a nível técnico ou

tático e consequentes soluções para resolver determinadas lacunas; Preparação

de nova estrutura organizacional da equipa (GR+3+2+1);

v) Março – Abril: Orientação autónoma das sessões de treino;

vi) Maio – Junho: Orientação autónoma; Terceira observação formativas dos

atletas; Observação e análise da performance através do método indireto;

Preparação de nova estrutura organizacional da equipa (GR+3+1+2).

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2. Calendarização

2.1. Calendário Anual das Atividades

O decorrer do estágio rege-se por um calendário anual de atividades de forma a facilitar

a organização de todos os inquiridos.

Durante todo o meu estágio orientei de forma autónoma as sessões de treino. No

primeiro mês fiz a observação das qualidades individuais e coletivas dos atletas, a fim

de planear quais os conteúdos programáticos a trabalhar durante a época desportiva.

Figura 7- Discriminação do calendário anual de trabalho

2.2. Calendário Semanal de Atividades

Após conceção do calendário de atividades anual, o calendário semanal tem como

objetivo facilitar a organização do discente e dos intervenientes. As horas semanais

serão distribuídas entre as aulas, treinos, jogos e planeamento das atividades a realizar

no estágio.

Figura 8- Discriminação do calendário semanal de trabalho

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Conclusão

Concluindo, neste capítulo foram apresentados aqueles que foram os pontos

orientadores durante o meu percurso enquanto estagiário. Estes pontos foram ao

encontro daqueles que eram os meus objetivos finais a que me propus a atingir e dos

interesses da Instituição.

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PARTE III – Atividades Desenvolvidas

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Introdução

O seguinte capítulo tem como objetivo de forma sucinta expor de uma forma

fundamentada o que foi desenvolvido ao longo da época desportiva 2014/2015.

O processo de estágio a que me propus esteve subjacente ao treino de jovens atletas e ao

aperfeiçoamento de questões pedagógicas que foram abordadas de forma a enriquecer o

desenvolvimento da criança e as vivências do treinador estagiário a nível temático.

1. Fases de Intervenção

Ao longo de um ano letivo de estágio tive a oportunidade de trabalhar e interagir com

jovens dos dez aos treze anos de idade, e a oportunidade de intervir de forma direta na

modalidade - Futebol.

Ao longo da época desportiva 2014/2015 as atividades propostas e desenvolvidas foram

numerosas e de diversas índoles.

No decorrer do estágio, cumprimos determinadas etapas pré-determinadas: a i) fase de

integração e planeamento onde procedemos à integração na organização, envolvendo

reuniões preparatórias; a avaliação dos potenciais domínios de intervenção; a

avaliação/diagnóstico da entidade (caracterização da estrutura organizacional, recursos

humanos, espaciais, materiais, logísticos e canais de comunicação); a definição de

domínios de intervenção e respetivos objetivos; assim como o planeamento e

calendarização das atividades a desenvolver; por último procedemos à elaboração e

apresentação do Plano Individual de Estágio.

A segunda fase ii) fase de intervenção, regeu-se pelo desenvolvimento e

implementação das atividades definidas no Plano Individual de Estágio. E todas as

tarefas que estavam subjacentes às tarefas do estagiário, descritas no Guia de

Funcionamento da Unidade Curricular (GFUC).

A orientação autónoma foi a primeira fase de intervenção do estágio. Segundo as

normas pedagógicas o aluno teria de passar por quatro fases de intervenção: i)

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Observação; ii) Coorientação; iii) Orientação autónoma e iv) Avaliação. Todavia, a falta

de recursos humanos qualificados, a falta de recursos monetários, a falta de recursos

humanos disponíveis para trabalhar com jovens atletas e a falta de recursos logísticos

foram fatores que ditaram alteração das normas a seguir pelos conteúdos programáticos

do GFUC da UC.

2. Etapas de Formação a Longo Prazo de um Jovem Atleta

Antunes (2005), afirma que o processo de formação desportiva, de crianças e

adolescentes não deve estar direcionado apenas para o alto rendimento, mas deverá ser

também um processo pedagógico de ensino-aprendizagem. A formação desportiva não

pode ser vista como uma formação puramente desportiva, mas também tem de ser

encarada como algo que contribui para a formação cívica do atleta para que este saiba

viver em sociedade desenvolvendo a sua personalidade e socialização através da

integração na sua equipa (grupo) e consequente aumento da sua auto - estima pelo facto

de sentir que faz parte do grupo

A formação desportiva é um processo muito importante para a vida de uma criança, e

deverá ser um processo de construção contínuo da criança até à sua idade adulta, logo

durante o meu estágio procurei atender as componentes físicas, social, emocional e

intelectual. Como treinador não podemos abdicar da vitória é certo, mas também não

podemos esquecer-nos do objetivo primordial da formação desportiva e evitar transmitir

para os jovens atletas excessivas responsabilidades. Com este pensamento constante dos

treinadores, a parte lúdica do treino deixa de existir, e principalmente as crianças menos

talentosos acabam por ter escassas oportunidades, podendo levar ao abandono precoce

da modalidade.

2.1. As etapas do modelo LTAD (Long-Team Athlete Development)

O modelo de formação desportiva a longo prazo (LTAD) centra-se no quadro geral de

desenvolvimento do atleta tendo em conta o crescimento, maturação e desenvolvimento,

e treinabilidade, tudo isto, num sistema desportivo abrangente e integrado (Balyi,

Cardinal, Higgs, Norris & Way (2010). Segundo estes autores, este modelo é de grande

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importância, especialmente para os treinadores, dirigentes desportivos e técnicos

administrativos e nele, o conceito de treino assume um papel de grande relevo.

Foi segundo Balyi et al. que comecei a planear a época desportiva do GUD 2014/2015.

Este modelo canadiano vem reforçar a ideia que nas idades compreendidas entre os dez

e os doze anos, existem etapas de crescimento e maturação que devem ser seguidas para

um desenvolvimento da criança durante a prática de uma modalidade. Para mais, este

modelo é de grande importância para os treinadores, pois durante o processo de treino

existem vários fatores que um treinador deve ter em atenção e jamais esquecer, pois

podemos estar a cometer erros graves tanto ao nível da formação, como a nível do

rendimento e com isso levar ao insucesso e à formação deficiente dos atletas podendo

levar a especialização precoce.

Analisemos agora os objetivos e características das diferentes etapas, segundo Balyi et

al (2010).

1 – Início Ativo (Active Start);

2 – Fundamentos

(FUNdamentals);

3 – Aprender a treinar (Learning

to train);

4 – Treinar para treinar (Training

to train),

5 – Treinar para competir

(Training to compete);

6 – Treinar para ganhar (Training to win);

7 – Ativo para a vida (Active for life);

Figura 9 - LTAD (Balyi,Cardinal, Higgs, Norris & Way

(2010).

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2.2. Fases Sensíveis

Durante a preparação a longo prazo, tive em atenção as idades dos jogadores do GUD e

procurei desenvolver as capacidades condicionais propícias para aquela faixa etária.

Figura 10 - Fases sensíveis da aprendizagem motora (Vasconcelos 2006).

3. Planeamento Anual

Segundo Raposo (2006), planear é antecipar, prever uma sequência lógica e coerente do

desenrolar de tarefas que nos levem a atingir objetivos previamente definidos. O

planeamento é, pois, o processo que analisa, define e sistematiza as diferentes operações

necessárias para o desenvolvimento do desempenho competitivo. Trata-se de organizar

os diferentes procedimentos a fazer em função do pretendido, objetivos e previsões a

curto, médio ou a longo prazo, tornando possível a escolha das decisões que tornam o

processo de treino eficiente e funcional.

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A primeira fase intervenção e talvez a mais trabalhosa foi a de i) Planear toda uma

época desportiva (Anexo 2).

A duração e conteúdos de um plano de treino podem ser:

Plano a longo prazo – Etapas de formação desportivas; fases sensíveis;

Plano a médio prazo - Preparação para uma competição importante (e.g.

modalidades individuais);

Plano anual - Planear uma época de um ano minuciosamente.

Segundo Vasconcelos (2006), é necessário diagnosticar; ter objetivos; estabelecer

cargas e selecionar meio e métodos.

Diagnóstico – Saber qual a modalidade; quem são os atletas e quais as condições

de treino;

No estágio curricular a modalidade selecionada foi o futebol de 7 no escalão de infantis

“B”. Os atletas que fizeram parte desta equipa:

Tabela 2- Discriminação detalhada dos vários Atletas

Nome Idade Data de

Nascimento

Anos

de

prática

Dominante

Atleta1 12 03-01-2002 2 Direito

Atleta2 12 14-01-2002 0 Esquerdo

Atleta3 11 08-11-2003 2 Esquerdo

Atleta4 11 15-02-2003 4 Direito

Atleta5 11 22-02-2003 0 Direito

Atleta6 11 27-05-2003 3 Direito

Atleta7 11 06-05-2003 4 Direito

Atleta8 11 13-11-2003 1 Esquerdo

Atleta9 10 31-12-2003 4 Direito

Atleta10 11 16-09-2003 2 Direito

Relativamente às condições de treino o GUD usufruiu de três campos diferentes para

treinar: i) Campo do Zâmbito; Campo do Mileu e Estádio Municipal da Guarda. Todos

os campos tinham balneários para os atletas e treinadores. Os recursos materiais

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utilizados para os treinos foram: i) dez bolas; uma escada de coordenação e trinta e

cinco sinalizadores.

3.1. Objetivos

Os objetivos para a época desportiva foram sendo traçados gradualmente, uma vez que a

equipa era bastante jovem e o treinador (eu) não tinha grande conhecimento sobre os

atletas. Os objetivos lançados no início da época foram pedagógicos e competitivos. Os

pedagógicos passaram por: i) começar a época e acabar com o mesmo número de

jogadores, o que não veio acontecer por mau aproveitamento escolar e por falta de

motivação; ii) obtenção de sucesso escolar, o que veio a verificar-se em noventa por

cento (90%); iii) transmissão de valores para o dia-a-dia.

A nível competitivo o objetivo era ter o maior número de vitórias do que derrotas, o que

não veio a acontecer, por diversos motivos nomeadamente, escasso número de treinos

semanais, incumprimento dos atletas com o treino, número reduzido de jogadores na

equipa e a falta de empenhamento dos mesmos.

3.2. Cargas de treino

O modelo proposto por Tschiene (1985), defende a manutenção de um alto nível de

intensidade durante todo o processo de treino, utilizando fundamentalmente os

exercícios especiais de competição, realizando um grande número de competições,

tendo como objetivo o aumento da intensidade específica do treino.

Figura 11 –

Modelo Tschiene

(1985)

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Segundo o modelo cognitivista de Seirul’lo:

Foca na melhoria da capacidade de interpretar o desportista com base nas suas

necessidades;

Interesse nas condições específicas do indivíduo, após análise contextual;

Carga estruturada em sistemas gerais, dirigidos e especiais;

Ênfase nas componentes condicionais, coordenativas e cognitivas do processo

de treino.

Vasconcelos (2006), defende que para o treino de jovens atletas devemos utilizar o

modelo de periodização simples, onde devemos dar importância equilibrada à parte

geral e à parte específica do treino.

Figura 12 – Modelo Vasconcelos (2006)

O modelo de periodização de treino de Tschiene, Seirul’lo e Vasconcelos foram

adaptados por mim durante a época onde procuramos sempre trabalhar com níveis de

intensidade e volume elevados, recriando a realidade de um jogo de futebol, ou seja,

intensidade e volume altos. Ambos autores, defendem que devemos dar igual

importância à parte geral e à parte específica no treino do jovem atleta. Sendo assim,

durante a época desportiva do GUD a periodização do treino era simples dividida em

três momentos diferentes: i) período pré competitivo; período competitivo; período

transitório.

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3.3. Complexidade

Segundo Luís Vilar (2012), os treinadores devem simplificar o jogo e ampliar a

informação que suporta a ação.

A distinção entre um jogador perito e não perito é a capacidade em identificar a

informação que o meio lhe proporciona e a consequente reposta motora.

Os treinos do GUD permitiram ampliar a informação que suporta a ação do modelo de

jogo manipulando a dificuldade e complexidade da tarefa. As variáveis manipuladas

foram: i) espaço; ii) tempo iii) número de jogadores e iv) coordenação individual e

coletiva.

Seleção de meios e métodos de treino

ii) Quais os fatores de treino e como os aplicar. Estes foram os primeiros aspetos a

elaborar a fim de poder começar a prática da modalidade em conjunto com o atleta,

visto que o estágio visou a orientação autónoma do formando (eu) onde pude aplicar

todos os conhecimentos adquiridos pelas disciplinas que englobam o curso de

Desporto, mais concretamente, a UC de Futebol, Psicologia do Desporto e Planeamento

do Treino, no Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e as minhas vivências como atleta

da modalidade Futebol com finalidade a atingir os objetivos definidos.

4. Futebol de 7

O futebol é uma modalidade dos designados Jogos Desportivos Coletivos (JDC),

caracterizado por situações de alta variabilidade, imprevisibilidade e aleatoriedade, nas

quais duas equipas se confrontam simultaneamente, num espaço comum, tendo cada

uma delas objetivos específicos, realizando ações coordenadas de ataque/defesa

baseadas em relações de oposição e cooperação (Garganta, 1997).

O futebol de 7 deve ser entendido como um conjunto de provas e de uma formação mais

enriquecedora, que permita dotar cada jogador de uma ampla série de conhecimentos

técnico-táticos e físico-psíquicos, que dificilmente vão alcançar no futebol 11. Durante a

época 2014/2015 o GUD procurou usufruir dos jogos para conseguir que os jogadores

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aprendam a desenvolver-se em posições diferentes de forma a complementar a suas

carências de forma a compreender melhor as características de uma determinada

posição. É fundamental que os atletas percebam que o futebol é um jogo de conjunto,

em que todos os companheiros têm de saber o que fazer em cada momento do jogo,

defendendo, atacando, na transição defensiva e transição ofensiva.

5. Ideias de jogo/Modelo de jogo

Oliveira (2003), define modelo de jogo como "uma ideia / conjetura de jogo constituída

por princípios, subprincípios, subprincípios dos subprincípios..., representativos dos

diferentes momentos/fases do jogo, que se articulam entre si, manifestando uma

organização funcional própria, ou seja, uma identidade.

No início da época foi determinante criar desde início o modelo de jogo para a equipa

do GUD, modelo este, que esteve subjacente à equipa, durante toda a época desportiva.

O modelo de jogo foi elaborado segundo as ideias do treinador (eu) no âmbito de

procurar alcançar os objetivos competitivos propostos acima referidos (Anexo 3).

Muitos são os autores que evidenciam a importância do estabelecimento dos princípios

de jogo justificando para isso, um vasto leque de diferentes aspetos que consubstanciam

o melhoramento da funcionalidade da equipa tanto do ponto de vista operacional como

afetivo.

Segundo a escola de futebol do BragaFut existem diferentes sistemas táticos a utilizar

no Futebol de 7.

No decorrer da época optamos por utilizar diversos sistemas táticos, que como tal

continham vantagens e desvantagens.

No decorrer da época propriamente dita (no

campeonato) optamos por utilizar o sistema

(Gr+2+3+1);

Figura 13 - Descrição tática do sistema (Gr+2+3+1)

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Este sistema teve a sua origem no 1-3-2-1, ao adiantar um dos defesas para a linha de

meio campo. Tem também grandes afinidades com o futebol 11, especialmente em

equipas de características mais ofensivas, ou perante equipas contrárias muito inferiores.

Este sistema é uma boa aproximação para o 1-4-2-3-1 do futebol 11. Existe então, um

guarda-redes, dois defesas, três médios e um avançado.

Os defesas são dois centrais, com muitas capacidades para as coberturas, muito rápidos,

com qualidades técnicas para iniciar o jogo de ataque, fortes no jogo aéreo e eficazes

nos desarmes.

Os dois médios alas devem ser rápidos, com capacidades técnicas e com facilidades em

chegar à área contrária. O médio centro deverá ter todas as qualidades de um bom

organizador de jogo e bom posicionamento tático. O avançado deverá ser muito veloz,

com capacidade de desmarcação, com qualidades para segurar a bola e possibilidade de

fazer também trabalho defensivo.

Vantagens

Grande semelhança ofensiva ao funcionamento do futebol 11, permitindo

manter a posse de bola e fazer a progressão até à baliza contrária;

Maior agressividade defensiva pois permite pressionar com quatro jogadores o

início do ataque da equipa contrária;

Maiores possibilidades de conseguir golo ao recuperar um grande número de

bolas no campo contrário.

Desvantagens

Demasiado espaço livre entre os defesas e o guarda-redes;

Exige um nível elevado de concentração pois necessita de uma grande

intensidade de jogo;

Um erro na pressão pode proporcionar facilmente um contra-ataque da equipa

contrária com muitas possibilidades de golo, devido ao adiantamento das linhas

de jogo ao tentar recuperar a bola.

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Enquanto, na fase final (do campeonato), num torneio complementar optamos por

utilizar o sistema (Gr+3+2+1);

Figura 14- Descrição tática do sistema (Gr+3+2+1)

Este sistema teve origem no 1-3-1-2, tendo como objetivo reforçar o meio campo,

melhorando a distribuição do espaço e dos elementos nesse espaço de jogo. Assim,

teremos um guarda-redes, três defesas, dois médios centros e um avançado. Existem

dois defesas laterais, podendo ter características ofensivas e defensivas, dependendo do

nível físico-técnico-tático dos alunos. O defesa central atua com grande sentido das

coberturas, e dando início ao jogo de ataque.

Dados que existem dois médios, um deles terá funções mais defensivas e o outro com

funções mais ofensivas, jogando um ao lado do outro.

O avançado deverá ter muita mobilidade, grande facilidade para desmarcações de apoio

e de rutura, bom nível para jogar de cabeça, boa velocidade e grande capacidade de

remate. Este sistema oferece uma maior solidez defensiva ao permitir que os elementos

estejam mais juntos no terreno de jogo. É mais semelhante com o futebol 11, com dois

laterais que se incorporam no ataque, dois médios centros com funções muito parecidas

ao futebol 11, e um avançado que joga mais isolado.

Vantagens

Maior semelhança com o funcionamento tático do futebol 11;

Melhor distribuição de espaços e elementos da equipa;

Melhora a eficácia defensiva;

Melhora a posse de bola pois não existem excessivas distâncias entre colegas;

Maior possibilidade de aproveitar espaços livres nos contra-ataques.

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Desvantagens

Em situação de ataque, podem existir poucas ajudas ao avançado se este sistema

de jogo não estiver bem automatizado;

Exige um maior trabalho tático para coordenar as ações coletivas;

Está mais vocacionado para utilizar em alunos de 10-11 anos pois exige uma

maior capacidade de assimilação de conceitos táticos.

Na última fase, entendia como um complemento, os torneios suplementares, decidimos

empregar o sistema (Gr+3+1+2);

Figura 15- Descrição tática do sistema (Gr+3+1+2)

Este sistema teve a sua origem no 1-3-3. O objetivo principal é repartir melhor o espaço,

atrasando a posição de um dos avançados até ao meio campo, equilibrando a linha

defensiva com a ofensiva.

Assim, temos três defesas, um médio centro e dois avançados. Existem dois defesas

laterais, podendo ter características ofensivas e defensivas, dependendo do nível físico

técnico-tático dos alunos. O defesa central atua com grande sentido das coberturas, e

dando início ao jogo de ataque.

Temos então, uma linha nova, ocupada pelo médio centro, com capacidade para gerar o

jogo ofensivo, bem posicionado, destacando-se por ser um bom distribuidor em curto ou

largo, bom remate, facilidade de chegar à área e espírito de sacrifício para defender. Os

dois avançados terão de possuir grande mobilidade, facilidade de desmarcação,

velocidade e alto nível de remate. Devem também colaborar no jogo defensivo de forma

a dificultar o início do ataque adversário através da pressão sobre a bola.

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Vantagens

Distribuição mais racional do espaço de jogo, permitindo um melhor

escalonamento dos jogadores;

Redução das distâncias entre linhas de jogo e entre colegas de equipa.

Desvantagens

Jogo excessivo pelo centro do terreno pois não dispõe de laterais com sentido

ofensivo;

O médio centro tem demasiado terreno a ocupar;

Exige um trabalho tático maior para coordenar as ações coletivas, na

componente ofensiva e defensiva.

5.1. O ensino do Futebol / Principios de jogo

Durante um jogo surgem inúmeras situações cuja frequência, ordem

cronológica e complexidade não podem ser previstas, exigindo uma elevada

capacidade de adaptação e de resposta imediata por parte dos jogadores e

das equipas a partir das noções de oposição presentes em cada fase de jogo

(Garganta, 1997).

“A importância da exercitação das habilidades técnicas só tem sentido quando efetuada

para desenvolver a capacidade de jogo dos praticantes, isto é, a habilidade técnica

deverá ser inserida no jogo de forma a responder a uma necessidade dentro deste.”

(Vingada,1995, citado por Pacheco,2001)

Segundo Pacheco (2009), o atleta tem de passar por diferentes etapas do ensino de

futebol:

1ª Etapa – Construção do jogo a 3;

2º Etapa – Construção do jogo a 5;

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3ª Etapa – Construção do jogo a 7;

4ª Etapa – Construção do jogo a 7 com fora de jogo;

5ª Etapa – Construção do jogo a 9;

6ª Etapa construção do jogo a 11;

No GUD, os objetivos formulados foram baseados na etapa três e na etapa quatro, onde

procuramos criar desiquilíbrios na defesa adversária através de combinações diretas e

indiretas; aperfeiçoar a desmarcação de rutura e apoio; criar espaço no momento

ofensivo; introduzir a defesa em bloco com basculação libertando o corredor oposto e

desenvolver os príncipios da penetração, contenção e cobertura.

As combinações diretas e indiretas foram trabalhadas em forma de triângulo como nos

apresenta a figura 16.

Figura 16 – Combinações diretas e indiretas em triângulo

Como exemplo de introdução à defesa em bloco e da basculação utilizamos um

exercício com balizas laterais, onde o objetivo da equipa que se encontrava a defender

não deixar a equipa em processo defensivo passar com a bola controlada pelas balizas.

Figura 17 – Defesa propriamente dita com basculação

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Ainda no ensinamento das etapas de futebol, procurei introduzir e consolidar alguns

princípios de jogo: i) penetração; ii) contenção e iii) cobertura defensiva.

Para operacionalizar estes princípios específicos de jogo realizamos o seguinte exercício

de treino:

Figura 18 – Penetração e contenção

A bola saí da linha de baliza, onde o atacante parte em penetração. Ao mesmo tempo, o

defesa faz uma corrida de aproximação à bola e contenção até à linha do meio campo.

Após ambos os jogadores passar o meio campo o avançado pode finalizar e o defesa

pode efetuar o desarme.

Define-se princípios táticos como um conjunto de normas sobre o jogo que

proporcionam aos jogadores a possibilidade de atingirem rapidamente soluções táticas

para os problemas advindos da situação que defrontam (Garganta e Pinto, 1994).

Foi através desta definição que procurei junto dos treinos do GUD, proporcionar-lhes

ferramentas para que durante o jogo, os jogadores, conseguissem solucionar

rapidamente as diferentes dificuldades que lhes são proporcionadas. Para tal,

recriávamos no treino situações similares ao contexto de jogo onde eles teriam de tomar

decisões rápidas em um curto espaço e tempo. Exemplo disso são as situações de

finalização de Gr+1x2 segundo Rui Pacheco (2009).

Operacionalização:

Figura 19 - Operacionalização de um exercício de

treino no contexto da tomada de decisão

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Os princípios gerais recebem essa denominação pelo facto de serem comuns as

diferentes fases do jogo e aos outros princípios (operacionais e fundamentais),

pautando-se em três conceitos advindos das relações espaciais e numéricas, entre os

jogadores da equipa e os adversários, nas zonas de disputa pela bola, a saber: (i) não

permitir a inferioridade numérica, (ii) evitar a igualdade numérica e (iii) procurar criar a

superioridade numérica (Queiroz, 1983 e Garganta e Pinto, 1994).

Na minha idealização e conceção do modelo de jogo, deparei-me com o facto dos meus

jogadores serem de nível biológico e maturacional menos desenvolvido do que as outras

equipas que iríamos defrontar. Devido a isso e sabendo à partida das dificuldades dos

jogadores, optei por adotar os princípios específicos de jogo de Queiroz (1983) e

Garganta e Pinto (1994), fazendo com que os jogadores se encontrem sempre próximos

uns dos outros, tanto a nível ofensivo e defensivo, para resolverem os problemas de

forma coletiva e não individual. A minha ideia de jogo a nível defensivo passou por

pressionar a equipa adversária sempre em superioridade numérica escolhendo zonas de

pressão táticas.

Por possuírem esse caráter, os princípios táticos precisam ser subentendidos e estar

presentes nos comportamentos dos jogadores durante um jogo, para que a sua aplicação

facilite atingir objetivos que conduzem à marcação de um golo ou ao seu impedimento.

Coletivamente, a aplicação dos princípios táticos auxilia a equipa num melhor controlo

do jogo, a manter a posse de bola, a realizar variações na sua circulação, a alterar o

ritmo de jogo, e a concretizar ações táticas visando romper o equilíbrio da equipa

adversária e, consequentemente, a alcançar mais facilmente o golo (Zerhouni 1980 e

Aboutoihi 2006).

Na elaboração do modelo de jogo ficou bem descrito qual a tarefa e missão de cada

jogador do GUD nos diferentes momentos do jogo de futebol. Um exemplo prático é

deixar sempre a equipa adversária sair a jogar para então recuperar a bola mais perto da

baliza adversária. Não deixando que numa primeira fase o GR arremesse a bola para a

frente.

Os princípios operacionais são, segundo Bayer (1994, p.145), “... as operações

necessárias para tratar uma ou várias categorias de situações”. Isto é, relacionam-se a

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conceitos atitudinais para as duas fases do jogo, sendo na defesa: (i) anular as situações

de finalização, (ii) recuperar a bola, (iii) impedir a progressão do adversário, (iv)

proteger a baliza e (v) reduzir o espaço de jogo adversário; e no ataque: (i) conservar a

bola, (ii) construir ações ofensivas, (iii) progredir pelo campo de jogo adversário, (iv)

criar situações de finalização e (v) finalizar na baliza adversária.

A minha ideia em termos ofensivos sempre foi ensinar os atletas “a ter bola”, mesmo

que isso significa-se perigo para a nossa baliza e até acabarmos por sofrer um ou vários

golos. No entanto é nestas idades que os atletas têm de ganhar confiança na relação

jogador/bola. Senão é nesta idade, dez aos treze anos, que eles desfrutam do jogo em

que idades será? É nesta idade que eles tem de aprender com o erro para serem melhores

num futuro próximo e num processo de formação desportiva mais especializada e

competitiva.

No decorrer da época desportiva do GUD, utilizamos a metodologia de (Worthington,

1974; Hainaut e Benoit, 1979; Queiroz, 1983; Garganta e Pinto, 1994 e Castelo, 1999),

onde propõe quatro princípios para cada fase de jogo, sendo na defesa os princípios: (i)

da contenção, (ii) da cobertura defensiva, (iii) do equilíbrio e (iv) da concentração; e no

ataque os princípios: (i) da penetração, (ii) da mobilidade, (iii) da cobertura ofensiva e

do (iv) espaço.

Foi através desta citação que o nosso trabalho foi desenvolvido. Após várias consultas

bibliográficas, traçamos vários objetivos os atletas. Chegarem ao fim do ano sabendo,

em termos ofensivos: i) penetrar com bola; ii) mobilidade e espaço sempre que a equipa

tem bola. Por sua vez a nível defensivo: i) contenção e ii) cobertura constante ao

portador da bola. Todos estes conteúdos foram bastante trabalhados e consolidados

pelos atletas durante esta época desportiva, o que me deixa com motivos para sorrir.

Já os princípios fundamentais representam um conjunto de regras de base que orientam

as ações dos jogadores e da equipa nas duas fases do jogo (defesa e ataque), com

objetivo de criar desequilíbrios na organização da equipa adversária, estabilizar a

organização da própria equipa e propiciar aos jogadores uma intervenção ajustada no

“centro de jogo”.

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Durante o ano tentamos que os atletas desenvolvessem outros conteúdos que levariam a

variação de centro de jogo e ao desequilíbrio da equipa adversária, mas tal não

aconteceu. As combinações diretas e indiretas e as desmarcações foram outros

indicadores que foram abordados com a finalidade de obter melhores resultados, mas

não foram adquiridos na integra. Os motivos para a falha destes objetivos são a falta de

empenho dos atletas, falta excessiva aos treinos e falta insuficiente de prática.

O período preparatório ou pré competitivo teve início no dia três (3) de outubro 2015

até trinta e um (31) de outubro de 2015, teve portanto a duração de quatro (4) semanas.

Tabela 3- Objetivos e meios de preparação do período preparatório

Comp. Física

Comp.

Técnica Comp. Tática

Comp.

Psicológica

Período

preparatório

- Força;

-Velocidade

reação;

-Capacidades

coordenativas

- Flexibilidade

passiva

- Condução de

bola

- Drible /finta

- Afirmação do

sistema de jogo

- Penetração

-Contenção

- Cobertura

- Integração

- Coesão de grupo

- Espirito de

equipa

Objetivo: Elevação funcional do organismo e desenvolvimento de

capacidades específicas do jogo de futebol de 7.

O período competitivo entre quatro (4) de novembro de 2014 até vinte e oito (28) de

maio de 2015.

Tabela 4 - Objetivos e meios de preparação do período competitivo

Comp. Física Comp. Técnica Comp. Tática

Comp.

Psicológica

Período

Competitivo

- Força;

-Velocidade

reação;

- Mudanças

de direção;

-Capacidades

coordenativas

- Remates;

-Passe

curto/médio;

-Receção

orientada;

-

Aperfeiçoamen

to do sistema

de jogo;

- Afirmação de

um sistema de

jogo

- Motivação;

-Visualização

mental;

- Autoconfiança;

- Unicidade.

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;

-

Flexibilidade

ativa/passiva

alternativo;

-

Movimentaçõe

s táticas

individuais e

coletivas;

- Exercícios de

competição

(ataque e

defesa);

Objetivo: Manutenção do estado forma ótimo e desenvolvimento de

conteúdos específicos do futebol.

Por fim, o período transitório teve início a dois (2) de junho até vinte e sete (27) de

junho. Com este período pretende-se que os atletas recuperem da fadiga psicológica e

física acumulada durante a época desportiva participando em torneios de caráter lúdico

e com uma carga de trabalho diminuindo progressivamente.

Tabela 5 - Objetivos e meios de preparação do período transitório

Comp. Física Comp. Técnica Comp. Tática Comp.

Psicológica

Período

transitório

-Velocidade

reação;

-Capacidades

coordenativas

-

Desenvolvimento

da técnica

individual

-

Desenvolvimento

de novo do

sistema de jogo

- Concentração

Objetivo: Controle da forma desportiva

Durante a época desportiva do GUD foi elaborado um macrociclo com os conteúdos de

treino ao longo do tempo em função das fases prévias do processo de planeamento.

Ainda no planeamento e periodização do treino foram elaborados microciclos com o

objetivo de: i) elevar a carga em função das capacidades individuais; ii) elevada

quantidade de estímulos; iii) repetição do estímulo em tempo útil (supercompensação);

iv) recuperação relativa e constante; v) ativação dos processos de recuperação e vi)

prevenção do sobretreino.

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Os treinos eram realizados duas vezes por semana, terça-feira e quinta-feira, com

respetivo jogo ao fim de semana – sábado. Tendo jogo ao sábado os jogadores acabaria

por usufruir de dois dias de descanso, domingo e segunda, para no treino seguinte

encontrarem-se em ótimas condições físicas e psicológicas para iniciar uma nova

semana de trabalho. Em anexo (Anexo 4), esta retratado um microciclo semanal nos

diferentes períodos da época (período pré competitivo, período Competitivo, período

transitório).

5.2. Resultados

Durante a época desportiva 2014/2015 do GUD foram realizados setenta e oito (78)

treinos, trinta e sete (37) jogos e três (3) torneios de encerramento de época.

O objetivo de vencer o maior número de jogos do que derrotas não foi superado devido

à falta de jogadores; faltas constantes aos treinos; curta duração do treino e falta de

recursos logísticos.

No entanto vários conteúdos foram adquiridos pelos atletas o que os torna melhores

jogadores do que no início da época desportiva. Adquiriram princípios de jogo tais

como: i) contenção; ii) cobertura defensiva e iii) penetração.

Tabela 6 - Competição/Atividades

Nº Treinos 78

Nº Jogos realizados 37

Nº de Vitórias 10

Nº Empates 2

Nº Derrotas 25

Nº Torneios 3

6. Observação

Seguindo-se a segunda fase, a fase de observação foi feita simultaneamente com a fase

de orientação autónoma. Esta observação teve como objetivo registar o estado do atleta

e seguir a sua evolução ao longo do ano. Os indicadores a ter em conta foram: i)

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Conhecer os jovens atletas; ii) Reconhecer as suas lacunas em termos de processos

morfológicos; iii) Identificar quais os erros dos atletas a nível individual sobre os

conteúdos técnicos da modalidade; iv) Autenticar as debilidades da equipa em termos

táticos. Foi adaptada para o efeito uma grelha com indicadores técnicos, táticos, físicos

e psicológicos (Anexo 5).

7. Avaliação e controlo do treino

No processo de avaliação e controlo do treino foram avaliados dez atletas pertencentes

ao escalão de infantis “B” do GUD. As avaliações efetuadas foram antropométricas e

aptidão física (Anexo 6).

Foi efetuada uma avaliações no início do ano letivo. O intuito era realizar tres (3)

avaliações mas, derivado a falta de tempo; apenas podia permanecer no campo uma

hora, visto que o meu estágio era orientação autónoma e eu me encontrava sempre

sozinho no treino acabei por dar maior importância ao treino propriamente dito.

Ainda na avaliação e controlo de treino foram avaliados conteúdos específicos da

modalidade futebol: i) avaliação da técnica individual através de contabilizar o numero

de toques efetuados e ii) avaliação da condução de bola com mudanças de direção e

agilidade. Contudo, só realizamos uma avaliação derivado aos motivos mencionados

acima.

8. Atividades Pontuais

No que concerne à realização de ações de promoção do exercício físico na comunidade

e/ou promoção da entidade acolhedora, desenvolvemos um projeto denominado,

“Campus de Férias do GUD 2015”. Este projeto foi desenvolvido em consonância com

o departamento de formação do GUD, incluindo o meu tutor de estágio e o vice

presidente do clube.

O projeto “Campus de férias do GUD 20015” tinha como objetivo oferecer um campo

de férias para jovens, nos períodos de interrupção letiva, que proporcionasse

experiências diferentes, marcadas pelas vivências no distrito, favorecendo a

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aprendizagem, espírito de equipa, animação, cultura ambiental e aventura da prática do

exercício físico, nomeadamente o futebol.

Nos dias que correm os jovens tornam se cada vez mais sedentários. Os jogos de vídeo,

a televisão, o computador são cada vez mais frequentes no nosso dia-a-dia, e são através

deles que a população jovem se torna cada vez mais obesa, pois troca uma vida rodeada

de lazer e natureza pelo comando da playstation. Há dados que nos indicam que

Portugal é o segundo pais com maior taxa de obesidade da união europeia. Contudo

estes resultados dão que pensar.

O Campus é precisamente destinado a contrariar esse facto e resultados. É fazer com

que a população jovem tenha bons hábitos desportivos e que tenha contacto com a

natureza e a respeite. Para além disso que conheça melhor o seu distrito a nível histórico

e social.

Por fim este evento também esteve destinado a uma vasta oferta de atividades, ao

convívio, ao fortalecimento de amizade e ao espírito de entre ajuda e camaradagem.

Contudo o projeto embora aprovado pela instituição acolhedora não foi possível realizar

devido à falta de recursos humanos e monetários. No entanto, o projeto encontra-se

arquivado pelo clube e num futuro próximo irá decorrer um campus de férias do GUD.

Tivemos ainda a oportunidade de participar em ações de formação e congressos

(Congresso de Pedagogia e do CIDESD), onde produzimos o respetivo relatório.

Além de todas as atividades pontuais realizadas ao longo do ano letivo, estiveram

também subjacentes reuniões periódicas com o coordenador e com o tutor de estágio,

onde produzimos as respetivas atas de reunião.

8.1. Torneios de Futebol de 7

O GUD, infantis “B”, participou em três torneios de encerramento de época: i) Chutalbi

– Castelo Branco; ii) Fontelo Cup – Viseu e iii) Mirtilo Cup – Sever de Vouga.

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Estes torneios tiveram como fundamento dar a conhecer aos atletas diferentes culturas

locais, conhecimento de diferentes tipos de jogadores, contacto com a realidade

futebolística de outros lugares do país entre outros.

Esta experiência foi bastante enriquecedora para o atleta devido ao grande número de

jogos efetuados por dia a um nível alto, devido ao excesso de jogos e ao cansaço

acumulado os jogadores tiveram de se superar em muitos dos jogos realizados e a nível

coletivo acabaram por se unir e trabalharem como um conjunto.

9. Outros

Além de todas as atividades Pontuais realizadas no decorrer do estágio, realizamos

também um vídeo motivacional para os atletas.

De forma a complementar as características individuais de cada atleta realizamos um

estudo com os atletas do GUD, “Estudo do Comportamento Tático Defensivo em

Função da Localização da Bola e dos Jogadores no Futebol de Formação”. Neste estudo

os jogadores conseguiram retratar comportamentos que correspondem aos princípios de

jogo da equipa, ou seja, conseguimos ver alguma congruência entre os processos da

equipa concebidos pelo treinador e o comportamento dos jogadores, em situação de

jogo, em relação a bola.

Por fim, e após um longo processo, é tempo de fazer uma reflexão sobre todo o trabalho

realizado durante o estágio curricular. Contudo, as reflexões não foram feitas somente

no fim, pois após cada treino, cada jogo, cada semana, cada mês foi momento de refletir

e restruturar o planeamento das atividades que estavam previamente programadas.

Conclusão

Concluindo, neste capítulo foram apresentados aqueles que foram os pontos

orientadores durante o meu percurso enquanto treinador de futebol 7. Toda a

organização tática, teve como base uma fundamentação sustentada, naquilo que achei

pertinente abordar ao longo da época desportiva. Onde realizei uma análise

aprofundada, no entanto resumida, enfatizando os pontos essenciais de cada sistema

tático e princípios de jogo, assim como as suas vantagens e desvantagens.

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PARTE IV – Reflexão Final

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Introdução

O seguinte capítulo tem como objetivo refletir sobre o que correu bem e o que correu

menos bem ao longo da época desportiva.

A UC de Estágio, foi uma preparação decisiva para o futuro, que teve como principal

objetivo aplicar conhecimentos que foram adquiridos ao longo de três anos de

licenciatura.

Permitiu-nos aplicar determinados conceitos que outrora não achamos pertinentes, mas

que revelaram-se determinantes para o sucesso de cada etapa. Aprendemos a gerir as

emoções e os sentimentos, aprendemos a geri-los da melhor forma possível em torno de

um comportamento cívico exemplar, não esquecendo os objetivos da disciplina, os

objetivos da instituição acolhedora e os meus objetivos pessoais.

1. Reflexão Final

Fazendo um balanço global de todo o percurso como aluno e estagiário do Curso de

Desporto e tendo a noção que toda a formação adquirida na instituição de ensino foi

essencial para o desempenho que tive no local de estágio, sinto-me na obrigação de

agradecer a todos os docentes pelos ensinamentos ao longo dos três anos de

Licenciatura, todas as áreas foram importantes, permitindo-me evoluir enquanto técnico

de Desporto.

Terminado o estágio é o momento de refletir sobre o que correu bem e o que correu

menos bem.

Ao longo do estágio, por vezes foi difícil levar a cabo a minha função, o meu dever,

infelizmente e pelos mais diversos motivos (falta de recursos monetários e humanos da

entidade acolhedora), não passei pelas mesmas experiências que os meus colegas, as

quatro fases de desenvolvimento, o que inicialmente foi complicado, lidar diretamente

com os pais e saber digerir de melhor forma pequenas questões, ter um apoio no treino,

ter alguém para me guiar, no entanto, consegui contornar e alcançar o respeito dos

encarregados de educação e desempenhar da melhor forma o meu trabalho.

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Ao longo desta etapa as aprendizagens foram imensas. Foi importante e muito

gratificante trabalhar com este público-alvo, adquirindo assim uma experiência

enriquecedora. Não digo que tenha sido fácil, a integração foi algo difícil e que implicou

algum trabalho e paciência, não porque não fosse capaz, mas porque era vistos como

inexperiente e o dito novato.

É certo que o estágio, foi uma preparação decisiva para o futuro, que teve como grande

objetivo aplicar conhecimentos que foram adquiridos ao longo de três anos de

licenciatura. Contudo, não basta ter os fundamentos bem presentes, pois tive de saber

lidar com as relações interpessoais, e isso, ninguém consegue controlar.

Sem dúvida que as relações entre os seres humanos são algo de complexo. Todos nós

pensamos de maneira diferente, todos nós temos gostos diferentes, todos nós preferimos

diferentes tipos de personalidades nas pessoas. No entanto, parte da UC passou pela

convivência com diferentes indivíduos onde as emoções e sentimentos andaram à flor

da pele e tiveram de ser geridas da melhor forma possível em torno de um

comportamento cívico exemplar, não esquecendo os objetivos da disciplina, os

objetivos da instituição acolhedora e os meus objetivos pessoais.

O estágio foi uma UC que me proporcionou diversas experiências que serão úteis para o

meu caminho profissional como Técnico de Desporto. Para todas as profissões serem

bem-sucedidas, é necessário ter paixão na tarefa em que estamos inseridos. Se

juntarmos alguns valores, podemos tornar-nos profissionais de excelência: i) Trabalho;

ii) Empenho; iii) Disciplina e iv) Humildade, são valores que na minha opinião, terão de

estar sempre presente no dia-a-dia de jovens estudantes que entram para o mercado de

trabalho com vontade de vencer na vida. Estes valores são utilizados por pessoas de

sucesso pelo mundo fora, e tal como eles, quero tornar-me num profissional de

referência no mundo do desporto aplicando-os.

Tal como era esperado, as minhas expectativas foram inúmeras e praticamente todas

elas alcançadas, permitiram-me tirar partido de todas as situações, boas e más., e

sobretudo ganhar hábitos de trabalho e aproveitar esta oportunidade para conseguir

preparar-me para “o mundo lá fora”.

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Agora que esta etapa terminou, espero ser lembrado como alguém responsável, alguém

que se esforçou para atingir os objetivos delineados. Planear, prescrever e gerir treinos

no âmbito do futebol; Aplicar os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares do

menor de Treino Desportivo, bem como em outras unidades curriculares relacionadas

com a área do treino Formar e educar jovens atletas através do desporto – Futebol;

Transmitir conhecimento específico sobre a modalidade, através das vivências

adquiridas pelo estagiário nesta área e Consolidar conceitos teoricos do futebol

O estágio foi apenas um pequeno passo rumo ao futuro!

Comprovamos que aprendemos muito e desenvolvemos diversas competências. Esta

aprendizagem advém da aplicação e realização de todas as tarefas desempenhadas,

como treinador principal, durante a conceção, planeamento e realização desta época

desportiva, refletindo minuciosamente as várias tomadas de decisão e procurando

fundamentá-las cientificamente.

Com base nos resultados apresentados, entendemos que conseguimos efetivamente

planear, conceber e realizar uma época de bom desempenho desportivo com os infantis

“B” do GUD, com algumas dificuldades é certo. Ao longo da época desportiva

sensibilizámos os nossos atletas para o trabalho técnico, preparando-os para o treino

propriamente dito e para os jogos.

Contudo, durante toda a época nem sempre foi fácil levar a cabo o idealizado devido ao

facto de não existir material suficiente e em boas condições, o tempo de utilização dos

campos sempre foi reduzido, o que não permitiu trabalhar alguns conteúdos quando

necessário. A pouca adesão de jogadores na equipa também foi um fator preponderante.

Ao longo da época, foram muitos os treinos realizados com “meia dúzia” de jogadores o

que não facilitou de todo a evolução dos atletas.

As competências adquiridas são fruto de experiências técnicas que ocorreram ao longo

do estágio, de acordo com as funções que desempenhei. O trabalho e a dedicação não

dependem exclusivamente das circunstâncias ou experiências pessoais e profissionais de

cada um, mas sim do carácter que nos define enquanto pessoas.

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A humildade, a curiosidade, o interesse, o empreendedorismo, a dedicação e a ambição

são algumas das características que me parecem definidoras de um bom profissional, e

que me permitiram saber liderar sessões de treino com qualidade, no qual consegui

implementar e desenvolver o “meu estilo de jogo” a minha criatividade, comunicação, e

estilo de liderança.

Desde início, tive a sorte de poder colocar sem qualquer entrave a minha capacidade de

planificação e orientação. No contexto do conhecimento prático é fundamental aliar a

prática à teoria de forma a desenvolver o desempenho.

É pois neste modelo que apoia a formação onde ela é necessária, no âmbito prático no

qual me revejo, daí a curiosidade e vontade em aumentar o meu conhecimento na área

desportiva, mais precisamente na metodologia de treino sendo isto uma motivação para

continuar a minha formação profissional.

Em suma, estou certo que o estágio foi sem dúvida uma experiência profissional num

local diferente, com realidades diferentes daquelas de que estou habituado, no entanto,

não deixou de se tornar enriquecedora e que me faz continuar a querer trabalhar com

jovens e ensinar-lhes o que de melhor sei, o Futebol.

Por fim, treinar de forma autónoma uma equipa de futebol de 7 foi uma experiência

difícil mas, a qual não me arrependo e voltaria aceitar, pois consegui desenvolver

competências/conteúdos e incuti valores nos atletas que possam servir para o percurso

deles como atletas e cidadãos na sociedade. Sinto-me orgulhoso por saber que de

alguma forma acabei por marcar estes jovens atletas com a minha personalidade e

liderança para o futuro. Acabei por conseguir gerir as emoções que se viviam a cada

treino e jogo durante o desenrolar do ano, onde muitas foram as lágrimas derramadas

devido à constante procura do “eu”.

Esta etapa da minha vida chega ao fim mas, o caminho até alcançar o sucesso ainda é

longo…

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Conclusão

Concluindo, neste capítulo foram apresentados aqueles que foram os pontos decisivos

no decorrer do meu estágio.

Isto é, aquilo que determinou o meu sucesso, enquanto treinador, e um exemplo a seguir

por aqueles com quem privei ao longo de todos estes meses.

Nem tudo foi fácil, é certo, mas tornou-se recompensador, fazer parte de uma forma

ativa destes jovens, demonstrar o que estava certo e errado.

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dinâmica de uma equipa de futebol e a partir desta compreensão como melhorar o

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ANEXOS

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ANEXO 1

(Convenção de Estágio)

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ANEXO 2

(Plano Anual)

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ANEXO 3

(Ideias e Modelo de Jogo)

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Padrões

Comportamentais

(Modelo de Jogo)

Infantis “B” – Guarda Unida Sport Clube

– 2014/2015

Instituto Politécnico da Guarda

Treinador Estagiário – Jean Amarante

Tutor – António Gregório

Futebol

_____________________________________________________________________________________________________

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Organização estrutural

1:2:3:1

Organização estrutural alternativo 1

1:3:2:1

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Organização estrutural alternativo 2

1:3:3

Momentos do jogo - Princípios dos padrões comportamentais

Momentos de jogo - Sub princípios dos padrões comportamentais

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Organização ofensiva:

Objetivo – Marcar golo tentando desequilibrar a equipa adversária através da circulação de bola

1 – Construção das ações ofensivas

Precisão no passe

Equilíbrios ofensivos

Espaço

Manter a posse de bola

2 – Criação de situações de finalização

Penetração

Jogo entre linhas

Grande mobilidade (diagonais no ultimo terço)

Recurso ao 1x1 no último terço

3 – Finalização

Organização defensiva:

Objetivos – De maneira organizada, impedir a equipa adversária de criar situações de

finalização

1 – Impedir a construção das ações ofensivas

2 – Anular as situações de finalização

Recuperar a posse de bola

Equilíbrios

Cobertura defensiva

Contenção

3 – Defender a baliza

Evitar o remate a baliza

Posicionamento (jogador entre a baliza e a bola)

Transição ofensiva:

Objetivo – Aproveitar a desorganização adversária para criar o mais rapidamente possível

situações de finalização.

1 – Contra ataque

Identificar a melhor opção de passe (vertical ou diagonal)

Profundidade e amplitude ao jogo

Valorização do processo através dos MD e ME

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2 – Ataque organizado

3 Fases de organização (fase de construção, fase de criação e fase de finalização)

Manter a posse de bola

Equilíbrios ofensivos

Precisão no passe

Espaço

Jogo entre linhas

Penetração

Grande mobilidade

Recurso ao 1x1 no último terço

Transição defensiva:

Objetivo – Evitar que o adversário aproveite a nossa desorganização para criar situações de

finalização.

1 – Equilíbrio defensivo

Manter jogadores de forma estratégica posicionados em campo

2 – Pressionar portador da bola

Pressão no portador da bola

Zona pressionante (zona especifica do campo)

3 – Recuperação defensiva

Mudança de atitude

Recuperar posicionamento defensivo

Equipa compacta

Missões táticas

Guarda - redes:

Adiantado para possíveis coberturas aos defesas

Deve orientar a linha defensiva e o resto da equipa a todo o momento.

No ataque deve acompanhar a saída da equipa.

Defesa Central

Os defesas centrais não devem jogar em linha

Um dos dois centrais deve ser um líder, a fim de coordenar os restantes colegas.

Manter distâncias nas basculações

Fundamental a sua ação na ajuda defensiva ao colega da mesma Linha e realizando

cobertura aos médios.

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Medio Centro

Organizador de jogo da equipa, alternando o iogo curto e longo. Controlar o ritmo de

jogo da equipa.

Deve colaborar na fase de construção

Boa leitura de jogo. Deve perceber qual o momento de jogo e decidir - ataque

organizado ou contra-ataque.

No ataque deve estar atento as possíveis 2as bolas e cortar os contra-ataques com faltas

tácitas se for preciso.

Deve dar apoios constantes ao portador da bola.

Equilibrador o jogo defensivo

Deve ajudar os jogadores da mesma linha e da anterior, através de coberturas e

permutas.

Médios direito/esquerdo

Sem bola, deve fazer de lateral

Domínio na finalização e cruzamentos

Jogador forte no 1x1

Avançado

Grande mobilidade para dificultar marcação da defesa;

Criar, ocupar e utilizar espaços vazios com finalidade coletiva

Jogar entre linhas e de frente

Jogador tendencialmente egoísta

Será a primeira linha defensiva da equipa

Compreender diferentes momentos de jogo da equipa

Ações táticas

Contenção – É o primeiro principio especifico da defesa. O objetivo é retardar o adversário a

executar uma ação ofensivo que este possa realizar para que os seus companheiros possam

reorganizarem-se defensivamente.

Coberturas - A cobertura pode ser de carater ofensivo ou defensivo. Mas o seu objetivo, a nível

defensivo, é apoiar um companheiro de equipa que esta numa ação de contenção ao portador da

bola. Caso, o primeiro defesa seja ultrapassado, o segundo defesa executa uma ação de

cobertura, passando assumir uma posição de bloqueio ao portador da bola e o primeiro defesa

ocupa a posição do segundo defesa.

Permutas – A permuta é a troca posicional que acontece durante um jogo de futebol a fim de

manter o equilíbrio tático da equipa durante diferentes momentos de jogo

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Esquemas táticos:

Canto 1

Canto 2

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Canto 3

Livre Frontal

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Livre lateral

Legenda:

- Condução de bola / drible

- Deslocamento

- Passe

- Remate

- Bola

- Guarda Unida

- Adversário

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ANEXO 4

(Exemplo de Microciclo)

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ANEXO 5

(Exemplo de Ficha de Observação)

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ANEXO 6

(Avaliação de Aptidão Física e Medidas Antropométricas)

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ANEXO 7

(Fotografias)

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Campeonato Nacional de Infantis

Torneios Complementares