POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO · PDF filepara as rotas de fuga que não forem defi nidas no projeto arquitetônico, como, por exemplo, escritórios de plano

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  • SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGCIOS DA SEGURANA PBLICA

    POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO

    Corpo de Bombeiros

    SUMRIO

    1 Objetivo

    2 Aplicao

    3 Referncias normativas e bibliogrficas

    4 Definies

    5 Procedimentos

    INSTRUO TCNICA N 11/2004

    Sadas de Emergncia

    ANEXOS - TABELAS

    1 Classificao das edificaes quanto altura

    2 Classificao das edificaes quanto s suas dimenses em planta

    3 Classificao das edificaes quanto s suas caractersticas construtivas

    4 Dados para o dimensionamento das sadas de emergncia

    5 Distncias mximas a serem percorridas

    6 Nmero mnimo e tipos de escadas de emergncia por ocupao

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  • Instruo Tcnica n 11/2004 - Sadas de Emergncia

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    1 OBJETIVO

    Estabelecer os requisitos mnimos necessrios para o dimensionamento das sadas de emergncia, para que sua populao possa abandon-las, em caso de incndio ou pnico, completamente protegida em sua integridade fsi-ca, e permitir o acesso de guarnies de bombeiros para o combate ao fogo ou retirada de pessoas, atendendo ao previsto no Decreto Estadual n 46.076/01.

    2 APLICAO

    Esta Instruo Tcnica se aplica a todas as edifi caes, exceto para os locais destinados diviso F-3, com rea superior a 10.000 m ou populao total superior a 2.500 pessoas, onde deve ser consultada a IT n 12.

    3 REFERNCIAS NORMATIVAS E BIBLIOGRFICAS

    Japan International Cooperation Agency, traduo do C-digo de Segurana Japons pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, volume 1, edio de maro de 1994.

    NBR 6479/1992 Portas e vedadores determinao da resistncia ao fogo.

    NBR 9077/93 - Sadas de emergncias em edifcios.

    NBR 9050/94 - Adequao das edifi caes e do imobili-rio urbano pessoa defi ciente.

    NBR 9441/98 - Execuo de sistemas de deteco e alar-me de incndio.

    NBR 13434/95 - Sinalizao de segurana contra incndio e pnico formas, dimenses e cores.

    NBR 13435/95 - Sinalizao de segurana contra incndio e pnico.

    NBR 13437/95 - Smbolos grfi cos para sinalizao contra incndio e pnicos.

    NBR 10898/99 - Sistemas de iluminao de emergncia.

    BS (British Standard) 5588/86.

    NBR 11742/97 Porta corta-fogo para sadas de emer-gncia;

    NBR 11785/97 - Barra antipnico requisitos;

    NBR 13768/97 Acessrios para PCF em sadas de emer-gncia;

    NFPA 101/97 - Life Safety Code;

    The Building Regulations, 1991 Edition. Means of Escape;

    BS 7941-1/99 Methods for measuring the skid resistence of pavement surfaces.

    4 DEFINIES

    Para os efeitos desta Instruo Tcnica aplicam-se as defi nies constantes da Instruo Tcnica n 03 Termi-nologia de segurana contra incndio.

    5 PROCEDIMENTOS

    5.1 Classifi cao das edifi caes

    5.1.1 Para os efeitos desta Instruo Tcnica, as edifi ca-es so classifi cadas:

    a) Quanto ocupao, de acordo com a Tabela 1 - Classifi cao das Edifi caes e reas de Risco quanto Ocupao do Regulamento de Segu-rana contra Incndio institudo pelo Decreto Estadual n 46.076/01;

    b) Quanto altura, dimenses em planta e caracte-rsticas construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 1, 2 e 3 desta Instruo Tcnica e Decreto Estadual n 46.076/01 (Artigo 3, item I e Artigos 19 e 20).

    5.2 Componentes da sada de emergncia

    5.2.1 A sada de emergncia compreende o seguinte:

    a) Acessos;b) Rotas de sadas horizontais, quando houver, e

    respectivas portas ou espao livre exterior, nas edifi caes trreas;

    c) Escadas ou rampas;d) Descarga.

    5.3 Clculo da populao

    5.3.1 As sadas de emergncia so dimensionadas em fun-o da populao da edifi cao.

    5.3.2 A populao de cada pavimento da edifi cao calcula-da pelos coefi cientes da tabela 4, considerando sua ocupao dada na Tabela 1 - Classifi cao das Edifi caes e reas de Risco quanto Ocupao do Decreto Estadual n 46.076/01.

    5.3.3 Exclusivamente para o clculo da populao, devem ser includas nas reas de pavimento:

    a) As reas de terraos, sacadas, beirais e platiban-das, excetuadas quelas pertencentes s edifi ca-es dos grupos de ocupao A, B e H;

    b) As reas totais cobertas das edifi caes F-3 e F-6, inclusive canchas e assemelhados;

    c) As reas de escadas, rampas e assemelhados, no caso de edifi caes dos grupos F-3, F-6 e F-7,

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    quando, em razo de sua disposio em planta, esses lugares puderem, eventualmente, ser utili-zados como arquibancadas.

    5.3.4 Exclusivamente para o clculo da populao, as reas de sanitrios, corredores e elevadores nas ocupaes D e E, bem como reas de sanitrios e elevadores nas ocupa-es C e F, so excludas das reas de pavimento.

    5.4 Dimensionamento das sadas de emergncia

    5.4.1 Largura das sadas

    5.4.1.1 A largura das sadas deve ser dimensionada em funo do nmero de pessoas que por elas deva transitar, observados os seguintes critrios:

    a) Os acessos so dimensionados em funo dos pavimentos que sirvam populao;

    b) As escadas, rampas e descargas so dimensiona-das em funo do pavimento de maior populao, o qual determina as larguras mnimas para os lanos correspondentes aos demais pavimentos, considerando-se o sentido da sada.

    5.4.1.2 A largura das sadas, isto , dos acessos, escadas, descargas, dada pela seguinte frmula:

    N = P_ C

    Onde:

    N = Nmero de unidades de passagem, arredondado para nmero inteiro.

    P = Populao, conforme coefi ciente da Tabela 4 do anexo e critrios das sees 5.3 e 5.4.1.1.

    C = Capacidade da unidade de passagem conforme Tabela 4 do anexo.

    5.4.2 Larguras mnimas a serem adotadas

    As larguras mnimas das sadas de emergncia, em qual-quer caso, devem ser as seguintes:

    a) 1,2 m, para as ocupaes em geral, ressalvando o disposto a seguir;

    b) 1,65 m, correspondente a trs unidades de passa-gem de 55 cm, para as escadas, os acessos (corre-dores e passagens) e descarga, nas ocupaes do grupo H, diviso H-2 e H-3;

    c) 1,65 m, correspondente a trs unidades de pas-sagem de 55 cm, para as rampas, acessos (corre-dores e passagens) e descarga, nas ocupaes do grupo H, diviso H-2;

    d) 2,2 m, correspondente a quatro unidades de passagem de 55 cm, para as rampas, acessos s rampas (corredores e passagens) e descarga das rampas, nas ocupaes do grupo H, diviso H-3.

    5.4.3 Exigncias adicionais sobre largura de sadas

    5.4.3.1 A largura das sadas deve ser medida em sua parte mais estreita, no sendo admitidas salincias de alizares, pilares e outros, com dimenses maiores que as indicadas na Figura 1, e estas somente em sadas com largura supe-rior a 1,2 m.

    Figura 1 Medida da largura em corredores e passagens

    5.4.3.2 As portas que abrem para dentro de rotas de sada, em ngulo de 180, em seu movimento de abrir, no sentido do trnsito de sada, no podem diminuir a largura efetiva destas em valor menor que a metade (ver fi gura 2), sempre mantendo uma largura mnima livre de 1,2 m para as ocupa-es em geral e de 1,65 m para as divises H-2 e H-3.

    5.4.3.3 As portas que abrem no sentido do trnsito de sada, para dentro de rotas de sada, em ngulo de 90, de-vem fi car em recessos de paredes, de forma a no reduzir a largura efetiva em valor maior que 0,1 m (ver fi gura 2).

    Figura 2 Abertura das portas no sentido de sada

    5.5 Acessos

    5.5.1 Generalidades

    5.5.1.1 Os acessos devem satisfazer s seguintes condies:a) Permitir o escoamento fcil de todos os ocupantes

    da edifi cao;b) Permanecer desobstrudos em todos os pavimentos;c) Ter larguras de acordo com o estabelecido no item 5.4;d) Ter p-direito mnimo de 2,5 m, com exceo de

    obstculos representados por vigas, vergas de portas e outros, cuja altura mnima livre deve ser de 2 m;

    e) Ser sinalizados e iluminados (iluminao de emer-gncia de balizamento) com indicao clara do sentido da sada, de acordo com o estabelecido na IT n 18 Iluminao de emergncia e na IT n 20 Sinalizao de emergncia.

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    5.5.1.2 Os acessos devem permanecer livres de quais-quer obstculos, tais como mveis, divisrias mveis, locais para exposio de mercadorias e outros, de forma permanente, mesmo quando o prdio esteja supostamen-te fora de uso.

    5.5.2 Distncias mximas a serem percorridas

    5.5.2.1 As distncias mximas a serem percorridas para atingir um local seguro (espao livre exterior, rea de re-fgio, escada comum de sada de emergncia, protegida ou prova de fumaa), tendo em vista o risco vida humana decorrente do fogo e da fumaa, devem considerar:

    a) O acrscimo de risco quando a fuga possvel em apenas um sentido;

    b) O acrscimo de risco em funo das caractersti-cas construtivas da edifi cao;

    c) A reduo de risco em caso de proteo por chuveiros automticos ou detectores;

    d) A reduo de risco pela facilidade de sadas em edifi caes trreas.

    5.5.2.2 As distncias mximas a serem percorridas para atingir as portas de acesso s sadas das edifi caes e o acesso s escadas ou s portas das escadas (nos pavi-mentos) constam da Tabela 5 e devem ser consideradas a partir da porta de acesso da unidade autnoma mais distante, desde que o seu caminhamento interno no ultrapasse 10 m.

    5.5.2.2.1 No caso das distncias mximas a percorrer para as rotas de fuga que no forem defi nidas no projeto arquitetnico, como, por exemplo, escritrios de plano espacial aberto e galpes sem o arranjo fsico interno (leiaute), devem ser consideradas as distncias diretas comparadas aos limites da Tabela 5, nota c, reduzidas em 30% (trinta porcento).

    5.5.2.3 Para uso da Tabela 5 devem ser consideradas as caractersticas construtivas da edifi cao, constante da Tabela 3, edifi caes classes X, Y