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I - 16 - PM Polícia Militar do Estado de São Paulo INSTRUÇÕES DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DA POLÍCIA MILITAR 2001 (com as alterações 1 do Bol G nº 024/94, 002/95 e 117/95) (revogado pelo Bol 044/96), Boletim Geral 237/95, 099/96 processo GS/SSP nº 6234/91 - Defesa Técnica. BG nº 193/96, alterações impostas pela Portaria Cmt G nº CORREGPM- 003/305/01. Publicadas em anexo ao Bol G nº 1 de 03Jan94 Publicadas em anexo ao Bol G nº 4 de 06Jan00 Publicadas em anexo ao Bol G nº196 de 10Out00 - texto atualizado até 26Abr01 - 1 Sobre a situação funcional do Policial Militar submetido a processo administrativo veja- se o ítem 8 do Bol G nº 106, de 05Jun95.

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I - 16 - PM

Polícia Militar do Estado de São Paulo

INSTRUÇÕES DO PROCESSO

ADMINISTRATIVO

DA

POLÍCIA MILITAR

2001

(com as alterações1 do Bol G nº 024/94, 002/95 e 117/95)(revogado pelo Bol 044/96), Boletim Geral 237/95, 099/96processo GS/SSP nº 6234/91 - Defesa Técnica. BG nº 193/96,

alterações impostas pela Portaria Cmt G nº CORREGPM-003/305/01.

Publicadas em anexo ao Bol G nº 1 de 03Jan94Publicadas em anexo ao Bol G nº 4 de 06Jan00Publicadas em anexo ao Bol G nº196 de 10Out00

- texto atualizado até 26Abr01 -

1 Sobre a situação funcional do Policial Militar submetido a processo administrativo veja-se o ítem 8 do Bol G nº 106, de 05Jun95.

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ÍNDICE SISTEMÁTICO DAS I-16-PM

PARTE I - PARTE GERAL...................................................................................05

TÍTULO I - O PROCESSO ADMINISTRATIVO....................................................05

CAPÍTULO I - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E DA SUA APLICAÇÃO............................................................................................05CAPÍTULO II - DA RESPONSABILIDADE...........................................................06CAPÍTULO III - DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS.................................06 Seção I - Definição e tipos.................................................................................06 Seção II - Da competência para instaurar e ecidir.............................................07 Seção III - Da competência para decisão final em âmbito administrativo........08

CAPÍTULO IV - DOS AUXILIARES E PARTES DO PROCESSO........................09 Seção I - Dos auxiliares do Presidente..............................................................09 Seção II - Dos peritos........................................................................................1 0 Seção III - Do acusador.....................................................................................10 Seção IV - Do acusado e defensor....................................................................10 Seção V - Dos impedimentos e suspeições.......................................................12

CAPÍTULO V - DOS INCIDENTES.......................................................................13 Seção I - Incidente impeditivo de instauração do processo...............................14 Seção II - Da exceção de impedimento ou suspeição.......................................14 Seção III - Do incidente de insanidade..............................................................16 Seção IV - Do incidente de deserção ou extravio..............................................18 Seção V - Do incidente de falsidade de documento..........................................19

CAPÍTULO VI - DAS MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS............20 Seção Única - Medidas cautelares....................................................................20

CAPÍTULO VII - DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES..............20 Seção I - Da citação...............................20 Seção II - Das intimações..........................21

CAPÍTULO VIII- DOS ATOS PROBATÓRIOS...................22 Seção Única - As provas............................22

CAPÍTULO IX - DA ORGANIZAÇÃO DOS AUTOS................22 Seção Única - A Organização .......................22

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PARTE II - DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE...................24

TÍTULO I - DA SINDICÂNCIA.............................25

CAPÍTULO I - FINALIDADE...............................25 Seção Única - Objeto...............................25

CAPÍTULO II - DO RITO DA SINDICÂNCIA .................25 Seção I - Da instauração ..........................26 Seção II - Do conhecimento e registro dos fatos ...26 Seção III - Da instrução ..........................28 Seção IV - Da acusação ............................30 Seção V - Da defesa ...............................30 Seção VI - Do relatório............................30 Seção VII - Dos prazos de encerramento e prorrogações...........................31 Seção VIII - Da Solução............................32 Seção IX - Da Homologação..........................33 Seção X - Da Revisão ..............................33

CAPÍTULO III - DAS INDENIZAÇÕES ......................34 Seção I - Da indenização pecuniária ..............34 Seção II - Da indenização em espécie .............37

CAPÍTULO IV - DOS TIPOS DE SINDICÂNCIA................37 Seção I - Do dano em geral .......................37 Seção II - Do dano, extravio, furto ou roubo de material bélico........................38 Seção III - Do dano em veículo oficial.........39 Seção IV - Do dano em veículo oficial ou conveniado não pertencente ao patrimônio da Corporação.............................42 Seção V - Do dano em patrimônio de terceiros ocasionado por servidor público ou semovente da Corporação.................42 Seção VI - Dos acidentes pessoais e atos de bravura .......................................43 Seção VII - Do extravio e restauração de documentos ......................................43 Seção VIII - Da sindicância regular................44

TÍTULO II - O PROCESSO REGULAR........................44

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CAPÍTULO I - NOÇÕES DE DIREITO DISCIPLINAR............44 Seção I - Meios de apuração da transgressão disciplinar..............................44 Seção II - Medidas Cautelares......................44 Seção III - Da perda do posto e da patente ........46 Seção IV - Da demissão e expulsão de praças .......47 Seção V - Da Competência...........................47

CAPÍTULO II - DO PROCESSO DISCIPLINAR.................48 Seção I - Disposições iniciais.....................48 Seção II - Tipos de processo.......................50

CAPÍTULO III - DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.51 Seção I - Da instauração...........................51 Seção II - Da instrução............................51 Seção III - Da defesa..............................51 Seção IV - Do relatório...............,............51 Seção V - Dos prazos de encerramento e prorrogação.51 Seção VI - Da Decisão da Autoridade Instauradora...51 Seção VII - Da Decisão Final.......................51

CAPÍTULO IV - DO CONSELHO DE DISCIPLINA...............51 Seção I - Disposições Gerais.......................51 Seção II - Da Instauração..........................52 Seção III - Da Instrução...........................53 Seção IV - Da defesa...............................62 Seção V - Do relatório.............................63 Seção VI - Da Decisão da autoridade instauradora...65 Seção VII - Da Decisão Final.......................67

CAPÍTULO V - DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO..............68 Seção I - Disposições Iniciais.....................68 Seção II - Da Instauração..........................69 Seção III - Da Instrução...........................70 Seção IV - Da defesa...............................78 Seção V - Do julgamento............................78 Seção VI - Da decisão da autoridade nomeante.......81

PARTE III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS....................81TÍTULO I - DISPOSIÇÕES................................81Anexo I - Modelos dos documentos......................83

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PARTE I

PARTE GERAL

TÍTULO I

O PROCESSO ADMINISTRATIVO

CAPÍTULO I

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO E DA SUA APLICAÇÃO

Ato normativo interno

Artigo 1º - As presentes instruções constituem-se em ato normativo,de aplicação interna e obrigatória aos integrantes da Polícia Militar do Estado deSão Paulo, explicitadora e reguladora dos procedimentos investigatórios de fatosde natureza administrativa, bem como dos procedimentos e processosdisciplinares, visando padroniza-los e adequando-os às peculiaridades daInstituição.

Princípios informadores do processo administrativo

Artigo 2º - O processo administrativo reger-se-á pelas normas contidasnestas Instruções, respeitados os preceitos constitucionais e administrativos, alegislação específica, os atos normativos do Governador do Estado, do Secretárioda Segurança Pública e os convênios.

Conflito aparente de normas

§ 1º - No caso concreto, se houver divergência entre as normas,prevalecerá a de maior hierarquia.

Normas subsidiárias

§ 2º - Aplicam-se subsidiariamente a estas Instruções, as normas doCódigo Penal Militar, Código de Processo Penal Militar, do Código de ProcessoCivil e do Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado, no que couber.

Interpretação das normas

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Artigo 3º - As normas destas Instruções e as utilizadas por analogia,deverão ser interpretadas, segundo os princípios do direito administrativo:

I - a desigualdade jurídica entre a administração e o administrado;II - a necessidade de poderes discricionários para a administração

atender ao interesse público;III - a presunção de legitimidade dos atos da administração.

Os casos omissos

Artigo 4º - Os casos omissos destas Instruções serão supridos:

I - pelas normas citadas no artigo 2o, destas Instruções;II - pela jurisprudência;III - pelos princípios gerais de direito;IV - pela analogia;V - pelos usos e costumes militares.

Parágrafo único - a autoridade administrativa não poderá eximir-sede emitir sua decisão, alegando lacuna na norma administrativa.

CAPÍTULO II

DA RESPONSABILIDADE

Tríplice responsabilidade

Artigo 5º - O militar do Estado que pratica ato irregular respondeadministrativa, penal ou civilmente, isolada ou cumulativamente.

Dever de representar

Artigo 6º - É dever de todo policial militar comunicar formalmente aosseus superiores e às autoridades competentes os atos ou fatos irregulares quetenha conhecimento.

Parágrafo único - A comunicação de transgressão disciplinar ou arepresentação devem observar os preceitos do Regulamento Disciplinar daPolícia Militar - RDPM (Lei Complementar 893, de 9 de março de 2001).

CAPÍTULO III

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DAS AUTORIDADES ADMINISTRATIVAS

Seção I

Definições e tipos

Autoridades competentes

Artigo 7º - São autoridades com competência disciplinar asrelacionadas no artigo 31, observados os limites de competênciaprevistos no artigo 32, ambos do RDPM.

I ao XX – REVOGADOS

Decisão do processoArtigo 8º - A autoridade responsável pelo processo, motivará a

decisão, que deverá decorrer logicamente das provas constantes dos autos, dospreceitos legais e dos valores e deveres éticos estipulados no RDPM.

Autoridade instauradora

Artigo 9º - A autoridade competente para instaurar o processo é aresponsável pela fiscalização e pelo saneamento dos atos praticados. Presidente do processo

Artigo 10 - O presidente, representante legal do processoadministrativo, promoverá as investigações, a instrução, o saneamento e emitiráas conclusões daquilo que apurar, fundado nas provas constantes dos autos enos ditames dos preceitos legais e morais vigentes.

Parágrafo único - Esta norma se aplica, inclusive, aos membros dosórgãos colegiados dos processos disciplinares, os quais respondem pelos atosespecíficos.

Seção II

Da competência para instaurar e decidir

Determinação da competência

Artigo 11 - A competência administrativa para instaurar e decidir serádeterminada:

I - pela atribuição específica em determinado processo;

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II - pela subordinação hierárquica-funcional entre a autoridade e oinfrator;

III - pela responsabilidade sobre o patrimônio estatal danificado ouextraviado.

Competência das Autoridades

§ 1º - REVOGADO.

Limitação das atribuições

§ 2º - O Oficial ou Aspirante a Oficial, em serviço, podem instaurarSindicância, por dever de ofício, devendo seu ato ser aprovado, posteriormente, porautoridade competente.

Delegação de atribuições

§ 3º - Observadas as restrições de cada espécie de processo, asatribuições para presidir os feitos poderão ser delegadas a Oficiais, caso aautoridade não queira atuar pessoalmente.Pluralidade de envolvidos

§ 4º - Estando envolvidos integrantes de mais de uma OPM, oprocesso será único, observadas as restrições específicas, e instaurado pelaautoridade de cargo superior, comum aos respectivos Comandantes.

Avocação por autoridade superior

§ 5º - A autoridade superior poderá avocar, motivadamente, aapuração de fato, esteja ou não iniciado o procedimento, quando houver a práticade atos irregulares, circunstâncias ou situações que o recomendem e forimportante para a preservação da hierarquia e da disciplina.

Infrações fora do território estadual

§ 6º - As infrações administrativas ocorridas fora do território estadualserão apuradas por determinação do Secretário da Segurança Pública ou doComandante Geral, caso haja necessidade de diligências no local do evento.

Seção III

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Da competência para decisão final em âmbito administrativo

Decisão Final

Artigo 12 – REVOGADOI - REVOGADOII - REVOGADO

Autoridade funcional imediatamente superior

Artigo 13 - REVOGADO

Poder de revisão e de correição

Artigo 14 – REVOGADO

Competência do Comandante Geral

Artigo 15 - A decisão final no processo regular de Praça é decompetência do Comandante Geral, conforme o previsto no RDPM.

Competência do Secretário da Segurança Pública

Artigo 16 - O processo regular contra Oficial, previsto nos artigos 73 a75 do RDPM, é instaurado e decidido pelo Secretário da Segurança Pública.

CAPÍTULO IV

DOS AUXILIARES E PARTES DO PROCESSO

Seção I

Dos auxiliares do Presidente

Auxiliares

Artigo 17 - Os policiais militares designados pelo Presidente ou pelaautoridade instauradora exercerão as funções determinadas no processo.

Escrivão

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Artigo 18 - O escrivão, designado de acordo com a norma especificaatinente ao processo - ou, na falta dela de acordo com o artigo 11 do Código deProcesso Penal Militar, providenciara para que sejam cumpridas asdeterminações do presidente e para que estejam em ordem e em dia as peças eos termos do processo cabendo-lhe ainda o controle dos prazos.

parágrafo único - constará dos autos, logo após a designação doescrivão, o compromisso deste de bem e fielmente cumprir as normas pertinentesao processo, e de manter sigilo.

Investigadores

Artigo 19 - As diligências investigatórias serão realizadas peloPresidente do processo, o qual, se necessário, poderá determinar, por despacho,ao escrivão bem como à outro policial militar, sob seu comando.

Seção II

Peritos

Artigo 20 - Aos peritos são aplicáveis as normas dos artigos 47 eseguintes do CPPM.

Seção III

Acusador

Artigo 21 - O acusador é a autoridade administrativa definida noprocedimento específico, cabendo-lhe configurar o ato censurável cometido e acorrespondente norma legal infringida.

Seção IV

Do acusado e defensor

Personalidade do acusado

Artigo 22 - REVOGADO

Defensor

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Artigo 23 - O militar do Estado acusado poderá constituir advogadopara defendê-lo no processo regular e, na falta deste, o Presidente solicitará àautoridade competente a designação de militar do Estado bacharel em Direito.

Ausência de Procuração

§ 1º - A constituição de defensor independerá de instrumento demandato, se o acusado o indicar por ocasião do interrogatório ou em qualquerfase, por termo nos autos.

Réu revel. Nomeação obrigatória.

§ 2º - Nenhum acusado, ausente ou desertor, será processado oujulgado sem defensor.

Substituição do dativo

§ 3º - A nomeação de defensor dativo não impede que o acusado, aqualquer tempo, apresente advogado ou defensor público para substituição, semprejuízo dos atos processuais já praticados.

Defesa própria

§ 4º - A nomeação do defensor, atendidas as peculiaridades de cadaprocesso, não obsta ao militar do Estado acusado o direito de se defender, mas oPresidente manterá o defensor, exceto com a recusa expressa do acusado, aqual constará dos autos.

Substituição por recusa

§ 5º - Na hipótese de recusa do defensor designado por motivocomprovado, constante do artigo 32 destas Instruções, deverá ser feita asubstituição.

Presença do defensor

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Artigo 24 - O defensor do militar do Estado acusado deverá estarpresente em todas as sessões do processo, observados o artigo 303 e o § 1º doartigo 306, ambos do CPPM.

Não comparecimento

Artigo 25 - O não comparecimento do defensor, se justificado pormotivo de força maior ou caso fortuito, adiará o ato processual. Mas, em serepetindo a falta, o Presidente nomeará substituto, para efeito do ato, ou se aausência perdurar, para prosseguir no processo.

Parágrafo único - Ocorrendo as hipóteses previstas, o acusadopoderá apresentar novo defensor.

Vistas dos autos

Artigo 26 - As vistas dos autos pelo defensor será em cartório, sempreque necessária sua manifestação, podendo ser concedida a carga dos autos nostermos do Estatuto da Advocacia.

Manifestação nos autos

§ 1º - A manifestação será escrita ou datilografada, inserida nos autosem ordem cronológica.

Cobrança de cópia dos autos

§ 2º – O fornecimento de cópia dos autos ocorrerá às expensas daparte interessada, observadas as exceções previstas na legislação tributária.

Seção V

Dos impedimentos e suspeições

Impedimentos do Presidente

Artigo 27 - São impedimentos do Presidente:I - ter nível hierárquico ou antigüidade inferior ao acusado;II- tiver subscrito o documento motivador do processo regular.III – REVOGADO.

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IV - ter funcionado seu cônjuge, ou parente consangüíneo ou afim atéo terceiro grau, como defensor;

Parágrafo único – No processo regular, os impedimentos doPresidente podem ser argüidos contra os demais membros.

Casos de suspeição do Presidente

Artigo 28 - São casos de suspeição do Presidente:I - quando ele próprio ou seu cônjuge ou parente consangüíneo ou

afim, até o terceiro grau inclusive, for parte ou diretamente interessado noprocesso;

II - ser amigo íntimo ou inimigo do acusado;III - se ele, seu cônjuge, ascendente ou descendente, adotante ou

adotado, de um ou de outro, estiver respondendo a processo disciplinar por fatoanálogo;

IV - se tiver aconselhado, previamente, o acusado em relação aoprocesso a que responderia;

V - se ele ou seu cônjuge for herdeiro presuntivo, donatário ouusufrutuário de bens do acusado;

VI - se for credor ou devedor, tutor ou curador do acusado;VII - se o acusado ou quem subscreveu o documento motivador do

processo disciplinar, for seu cônjuge, parente consangüíneo ou afim, até quartograu inclusive.

Parágrafo único – No processo regular as suspeições do Presidentepoderão ser argüidas contra os demais membros.

Presidente de Sindicância

Artigo 29 – É vedado opor impedimentos ou suspeições contra oPresidente de Sindicância, mas este deverá declará-los quando ocorrer motivolegal que seja aplicável, devendo a autoridade instauradora decidir por atomotivado nos autos.

Impedimentos e suspeições do Escrivão e auxiliares

Artigo 30 - Aplicam-se ao Escrivão e auxiliares os impedimentos dosincisos II e IV do artigo 27 e os casos de suspeição do artigo 28, excetuando-se oinciso III, ambos destas Instruções.

Impedimentos e suspeições dos peritos

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Artigo 31 - São impedimentos dos peritos:I - A interdição ou suspeição do exercício profissional e/ou para o

exercício de função pública;II - Ser testemunha do processo;III - A Inabilitação Específica;IV - A Inidoneidade;V - Idade inferior a 21 anos;VI - Os dos incisos II e IV do artigo 27 destas Instruções.Parágrafo único - São extensivos ao perito, os casos de suspeição do

artigo 28.

Impedimentos do defensor

Artigo 32 - É causa de impedimento do defensor:I - ter subscrito o documento que originou o processo;II - ser ou ter sido, nos seis meses anteriores à instauração do

processo, Oficial de Justiça e Disciplina,III - ser cônjuge ou parente consangüíneo ou afim, até o terceiro grau

inclusive da autoridade julgadora, de quem subscreveu o documento que deuorigem ao processo ou do escrivão.

Parágrafo único - Sendo o impedimento do inciso III, superveniente ànomeação do defensor, deverá ser afastada a pessoa que o tocar e não odefensor, salvo se dativo, caso em que será substituído por outro.

CAPÍTULO V

DOS INCIDENTES

Conceito de incidente

Artigo 33 - É incidente toda questão geradora de obstáculo aodesenvolvimento normal e válido do processo.

Exceção

Parágrafo único - Os incidentes não bloquearão o andamento normaldos procedimentos meramente investigatórios.

Seção I

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Incidente impeditivo de instauração do processo

Proibição de instauração do processo regular

Artigo 34 - Nenhum policial será submetido a processo regularenquanto estiver licenciado pelo motivo previsto no inciso XI do artigo 5º doDecreto-Lei nº 260/70.

Prosseguimento normal

Parágrafo único - O processo terá seu prosseguimento normalquando o acusado encontrar-se licenciado, exceto no caso previsto no "caput"deste artigo.

Seção II

Da exceção de impedimento ou suspeição

Precedência de arguição de suspeição

Artigo 35 - A arguição de impedimento ou suspeição precederá aqualquer outra, salvo quando fundada em motivo superveniente.

Questionamento pelo Presidente

Artigo 36 - O Presidente do processo argüirá os demais integrantes, oescrivão, auxiliares e peritos da existência de qualquer motivo de suspeição ouimpedimento pelo qual possa ser recusado de atuar.

Declaração espontânea Artigo 37 - Qualquer integrante do processo ou o escrivão poderá

declarar espontaneamente ser suspeito ou impedido.

Motivação da declaração

§ 1º - O policial militar que se declarar suspeito ou impedido,espontaneamente ou não, motivará as razões de tal ato, a não ser que aleguerazão de foro íntimo.

Questão de ordem íntima

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§ 2º - Se a suspeição for de natureza íntima, comunicará os motivos aoPresidente, ou em se tratando deste, à autoridade instauradora, podendo fazê-losigilosamente.

Recusa de integrante pelo acusado

Artigo 38 - Quando o acusado pretender recusar integrante doprocesso, fá-lo-á em petição assinada por ele próprio ou por seu defensor,aduzindo as razões, acompanhadas de prova documental ou do rol detestemunhas, que não poderá exceder a duas.

Aceitação da exceção

Artigo 39 - Recebida pelo Presidente a arguição de impedimento oususpeição de qualquer dos integrantes do processo, alegada ou requerida, eaceita pelo exceto, lavrar-se-á nos autos despacho motivado, suspendendo oprocesso, juntando as razões escritas da exceção e remetendo-se à autoridadeinstauradora, para substituição do exceto.

Não aceitação da exceção

§ 1º - Não sendo aceita a exceção, sustará o processo e mandaráautuar em separado o requerimento, dando prazo de três dias para oferecimentode resposta e indicação de testemunhas. Instruída exceção, decidirá sobre aprocedência, fundado nas provas colhidas.

Arguição contra o Presidente

§ 2º - Se a exceção recair sobre o Presidente, após proceder comodisposto no "caput" e § 1º, determinará a remessa à autoridade instauradora, quedecidirá a arguição.

Substituição do impedido ou suspeito

Artigo 40 - Determinada a substituição, mediante despacho daautoridade instauradora publicado em boletim, dar-se-á prosseguimento aoprocesso.

Nulidade dos atos praticados

Parágrafo único - Serão considerados nulos os atos praticados, queapresentem vícios de impedimento e/ou suspeição.

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Improcedência da arguição

Artigo 41 - Se reconhecida que a matéria, argüida ou declarada desuspeição ou impedimento, é inconsistente ou não tem base legal, após decisãomotivada do Presidente ou da autoridade instauradora, que constará dos autos, ofeito terá seu prosseguimento normal.

Seção III

Do Incidente de Insanidade

Adoção de medidas

Artigo 42 - Havendo dúvida a respeito da imputabilidade disciplinar doacusado, em virtude de doença ou deficiência mental, o Presidente do processo,de ofício ou a requerimento do defensor:

I - Providenciará a apresentação do acusado ao Centro Médico daCorporação ou órgão similar, para fins de perícia médica, apresentando osquesitos necessários à realização do exame;

II - suspenderá o prazo de instrução do processo, na fase que seencontre, até a apresentação do laudo, mandando certificar nos autos tal medida;e

III - Comunicará a decisão à autoridade instauradora que dará ciênciaà Corregedoria PM, para fins de controle.

Perícia - Quesitos obrigatórios

§ 1° – Caso a perícia seja determinada de ofício pelo Presidente doprocesso, deverá ser intimado o defensor para que, no prazo de até 3 (três) dias,ofereça os quesitos que entenda necessários ao esclarecimento da verdade.

§ 2° – Quando o defensor requerer a realização de perícia deverá noato do requerimento apresentar os quesitos que entenda necessários aoesclarecimento da verdade.

Perícia - Quesitos obrigatórios

Artigo 43 - O documento requisitório de perícia, além de outrosquesitos julgados necessários, deverá conter os seguintes:

I - Se o militar do Estado acusado sofre de doença mental,desenvolvimento mental incompleto ou retardado;

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II - Se no momento em que ocorreu o fato motivador do processo, oacusado se achava no estado referido no item anterior;

III - REVOGADO;IV - Se em virtude das circunstâncias referidas no item I possuía o

acusado capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de se determinar deacordo com esse entendimento;

V - Se a doença ou deficiência mental do acusado, não lhe suprimindo,diminuiu-lhe entretanto, consideravelmente, a capacidade de entendimento dailicitude do fato ou a autodeterminação, quando o praticou; e

VI - Se o militar do Estado acusado deve ou não ser considerado aptopara o serviço policial-militar e se é ou não necessária a internação hospitalarpara tratamento médico – psiquiátrico.

Parágrafo único - O laudo, além das respostas aos quesitosformulados, poderá conter outros esclarecimentos julgados necessários pelosseus elaboradores. Centro Médico. Apresentação do laudo

Artigo 44 - O Centro Médico deverá apresentar laudo, dentro do prazode 15 (quinze) dias úteis, podendo ser prorrogado pelo Presidente por mais 15(quinze) dias úteis, mediante solicitação dos peritos responsáveis, devidamentejustificada.

Parágrafo único - A não apresentação do laudo nos prazosestabelecidos neste artigo acarretará sanção disciplinar aos responsáveis pelaperícia.

Perícia - Análise do laudo

Artigo 45 - Recebido o laudo, o Presidente do processo convocarásessão para análise do laudo e das respostas aos quesitos, à qual deverãocomparecer todos os integrantes, o acusado e o seu defensor.

Perícia - Prosseguimento do feito

Artigo 46 - Se os peritos consideraram o militar do Estado acusadoimputável ou semi-imputável, o rito processual terá prosseguimento normal,fazendo constar dos autos a deliberação.

Perícia - Arquivamento e reforma ou licença

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Artigo 47 - Se os peritos consideraram o acusado inimputável, oprocesso será remetido à autoridade instauradora, com proposta dearquivamento e reforma ou licenciamento para tratamento de saúde.

Decisão da autoridade instauradora

Artigo 48 - Na hipótese prevista no artigo anterior, e recebendo oprocesso, a autoridade instauradora:

I - Arquivará o processo, ao receber o laudo, solicitando a baixa do militardo Estado acusado ao Centro Médico ou proporá a reforma administrativa, conformelegislação pertinente;

II - Discordando, fundamentará sua decisão, adotando medidas paraelaboração de novo exame pericial;

Parágrafo único – REVOGADO.

Medidas após decisão

Artigo 49 – REVOGADO.I – REVOGADO. II – REVOGADO.

Imputabilidade diminuída

Artigo 50 - Ainda que o militar do Estado acusado seja considerado deimputabilidade diminuída, de acordo com o contido no laudo, o processo prosseguiránormalmente.

Doença superveniente ao processo

Artigo 51 - Se a doença mental que incapacite o acusado para oserviço policial militar for superveniente ao fato gerador da instauração doprocesso, o mesmo ficará suspenso por despacho de seu encarregado, se jáiniciado, até que o acusado seja considerado apto para o serviço policial militar:

I - O acusado, nesse caso, poderá ficar à disposição do Centro Médico,para o necessário tratamento ou licenciamento.

II - O processo retomará o seu curso, desde que o acusado sejaconsiderado apto.

III - Se o acusado for considerado incapaz definitivamente para oserviço policial militar, os integrantes poderão propor o arquivamento dos autos.

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IV - A suspensão e o reinicio do processo serão comunicados peloPresidente do processo à autoridade instauradora que de tudo dará ciência àCorregedoria PM, para fins de controle.

Seção IV

Do Incidente de Deserção ou Extravio

Medidas para prosseguimento

Artigo 52 - Instaurado o processo e ocorrendo a deserção do militar doEstado acusado ficando impossibilitada a sua citação pessoal, o Presidente farácertificar o ocorrido nos autos e adotará medidas para prosseguimento,observando o seguinte:

Citação por edital

I - Publicará a citação em edital no Diário Oficial, por três vezes ou, nafalta deste, em jornal que tenha circulação diária, bem como fixará a citação emlocal ostensivo da Unidade.

Nomeação de defensor dativo

II - não comparecendo o acusado ou seu defensor, o Presidente doprocesso nomeará defensor dativo para prosseguimento do feito.

Extravio do acusado

Artigo 53 - Ocorrendo o extravio do acusado, o Presidente farácertificar o fato nos autos e solicitará o sobrestamento do processo à autoridadeinstauradora, fundamentando-o numa das seguintes hipóteses:

Hipóteses de sobrestamento

I - No desaparecimento em curso de efetiva ação policial, desalvamento, de combate a incêndio, de socorro de vítimas de calamidade ou emação militar de exercício ou de campanha; ou

II - que a efetiva presença do acusado na ação, no momento do eventocausador do desaparecimento, tenha sido testemunhado por pelo menos uma

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pessoa, contra a qual não se possa opor qualquer motivo legal de impedimentoou suspeição.

Publicação do sobrestamento

§ 1º - O sobrestamento deverá ser publicado em boletim da autoridadeinstauradora, que dará ciência à Corregedoria PM para fins de controle.

§ 2º - Apresentando-se o extraviado, a autoridade instauradoradeterminará o prosseguimento do processo, publicando em boletim sua decisão efazendo comunicação à Corregedoria PM.

Caso de prosseguimento

Artigo 54 - No caso de extravio não enquadrável nas situações dositens I ou II do artigo anterior, o processo terá seu prosseguimento normal,observando o previsto no parágrafo 2º do artigo 23 destas Instruções.

Seção V

Falsidade de Documento

Artigo 55 - Argüida a falsidade de documento constante dos autos doprocesso, o Presidente procederá conforme o previsto nos artigos 163 a 169 doCPPM, no que for aplicável.

CAPÍTULO VI

MEDIDAS PREVENTIVAS E ASSECURATÓRIAS

Seção Única

Medidas cautelares

Rol de medidas que recaem sobre o acusado

Artigo 56 - As medidas cautelares contra o acusado poderão sertomadas, presentes os seguintes requisitos:

I - prova de infração administrativa ou falta-crime;II - indícios suficientes de autoria.Parágrafo único - Tais medidas objetivam uma ou mais das seguintes

situações:I - impedir que o servidor não venha influir na apuração da

irregularidade;

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II - necessidade de proceder a averiguações;III - segurança da aplicação das normas administrativas;IV - exigência da manutenção das normas e princípios de hierarquia e

disciplina.

Artigo 57 - São medidas cautelares:

Afastamento preventivo

I - o afastamento preventivo do acusado do exercício de suas funçõesnormais até a conclusão do feito.

Prisão cautelar

II - a prisão administrativa cautelar, de acordo com o previsto noregulamento disciplinar.

Local de permanência

Parágrafo único - O Presidente do processo representará àautoridade competente para a adoção das medidas cautelares previstas em lei.

CAPÍTULO VII

DAS CITAÇÕES E INTIMAÇÕES

Seção I

Da citação

Conceito

Artigo 58 - A citação é o ato de chamamento ao processo do militar doEstado acusado.

Conteúdo

§ 1º - A citação conterá:I - o nome do Presidente do processo;II - o nome do militar do Estado acusado e sua qualificação;

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III - a indicação do tipo de processo administrativo;IV - transcrição da acusação ou cópia da peça acusatória;V - o lugar, dia e hora em que o militar do Estado acusado e seu

defensor deverão comparecer para a realização do interrogatório.VI - a indicação de que o não atendimento injustificável acarretará o

prosseguimento do processo à revelia.VII - assinatura da autoridade.

Citação pessoal

§ 2º - O agente será citado pessoalmente, e lhe será entregue odocumento citatório, mediante recibo aposto na contrafé.

Citação por edital

§ 3º - Na hipótese do militar do Estado acusado estar desertor, ausenteou esquivar-se da citação, deverão ser adotadas as medidas expressas nosincisos do artigo 52 destas Instruções.

Revelia

§ 4º - O não atendimento da citação acarretará o prosseguimento doprocesso à revelia.

Seção II

Das intimações

Conceito

Artigo 59 - A intimação é o ato de cientificar a pessoa de que devecomparecer para a realização ou ciência de determinado ato processual.

Conteúdo

§ 1º - A intimação será expedida pelo Presidente do processo econterá:

I - o nome do Presidente do processo;II - a indicação do tipo de processo administrativo;III - o lugar, dia e hora em que deverá comparecer;IV - a especificação do objetivo da intimação;

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V - no caso de acusado e/ou defensor, a indicação de que o nãoatendimento injustificável acarretará o prosseguimento do processo à revelia.

VI - assinatura da autoridade.

Formas de intimação

§ 2º - A pessoa será intimada pessoalmente, por preposto, parente oucônjuge, a quem será entregue o documento de intimação, mediante reciboaposto na contrafé.

Intimação nos autos

§ 3º - O militar do Estado acusado e o seu defensor serão intimados naprópria sessão, constando tal fato da ata.

§ 4º - Os agentes públicos deverão comparecer por meio de solicitaçãoou requisição à autoridade competente, devendo o Ofício conter os requisitosprevistos no § 1°.

CAPÍTULO VIII

DOS ATOS PROBATÓRIOS

Seção Única

As provas

Artigo 60 - São admitidas no processo administrativo todas asespécies de provas, observados os preceitos do artigo 294 a 383 do CPPM, noque forem aplicáveis.

CAPÍTULO IX

DA ORGANIZAÇÃO DOS AUTOS

Seção Única

A organização

Forma

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Artigo 61 - Os documentos que compõem o processo serãoordenados cronologicamente, respeitando apenas a ordem dos anexos dedeterminado documento juntado.

Autenticação de cópias juntadas

§ 1º - As cópias reprográficas juntadas aos autos deverão serautênticas ou autenticadas pela repartição pública que as expediu, ou apóscomprovação de sua autenticidade pelo Presidente do processo.Desnecessidade do termo de juntada

§ 2º - Na sindicância é dispensável o termo de juntada de documentos,bem como os despachos devem ser reduzidos ao mínimo possível.

Numeração e rubrica

§ 3º - As páginas serão numeradas seqüencialmente e rubricadas peloescrivão, anulando ainda o verso em branco das folhas.

Qualidade dos documentos

§ 4º - Todo documento destinado à instrução dos procedimentos deveter condições gráficas satisfatórias, propiciando consulta e extração de cópiaslegíveis.

Autenticação das cópias

§ 5º - As cópias dos autos deverão ser autênticas ou autenticadas.

Verificação ao encaminhar

§ 6º - Quando do encaminhamento dos autos dos procedimentos, deveser verificada a capa, reparada com fita adesiva ou substituída, se for o caso.

Assinatura das peças dos autos

Artigo 62 - O Presidente deve assinar e rubricar os documentos, asatas de sessão, os documentos probatórios e o relatório.

Assinatura dos membros

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Parágrafo único - Nos processos colegiados os membros tem amesma responsabilidade.

Numerador de processo

Artigo 63 - A portaria de instauração do processo regular seránumerada em ordem cronológica crescente e dentro de cada ano, em duas sériesdistintas:

I - Processo Administrativo Disciplinar; II - Conselho de Disciplina.

Numerador de Sindicância

Parágrafo único - A Sindicância deverá ser numerada em ordemcronológica crescente e dentro de cada ano.

Cópias para arquivoArtigo 64 - Os autos do processo e da Sindicância serão elaborados,

no mínimo, em duas vias, devendo uma das vias permanecer nos arquivos daUnidade da autoridade instauradora.

Local do arquivo dos autos originais

Artigo 65 - O processo regular findo será encaminhado à autoridadecompetente para a adoção das medidas pertinentes e, posteriormente, arquivadono Órgão Corregedor.

I - REVOGADO.II - REVOGADO.Parágrafo único - A Sindicância será arquivada na Unidade da

autoridade que decidir.

Publicação e teor da decisão

Artigo 66 - A autoridade competente fará publicar a ementa de suadecisão.

Parágrafo único - É garantido ao militar do Estado acusado e ao seudefensor vistas dos autos em cartório para ciência do inteiro teor da decisão.

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PARTE II

DOS PROCESSOS EM ESPÉCIE

TÍTULO I

DA SINDICÂNCIA

CAPÍTULO I

FINALIDADE

Seção Única

Objeto

Objetos de investigação

Artigo 67 - A sindicância é o meio sumário de investigação de:I - danos no patrimônio do Estado sob administração da Polícia Militar,

compreendidos os conveniados, provocados por policial militar ou pelo civil;II - danos no patrimônio e/ou integridade física de terceiros,

decorrentes da atividade policial;III - acidente pessoal de servidor militar ocorridos em razão do serviço

ou "in itinere". IV - ato de bravura;V - atos indecorosos e indignos para o exercício da função policial

militar;VI - outros fatos de índole administrativa, quando necessário

procedimento formal de apuração.

Finalidade

§ 1º - A finalidade da sindicância é a determinação da responsabilidadecivil, disciplinar, dos direitos e obrigações dos envolvidos e, em especial, doEstado.

Proibição em caso de crime militar

§ 2º - É proibida a instauração de sindicância para apuração de crimesmilitares;

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Obs: Bol G 103 de 29Mai96 - Determinação: para fatos conexos, previstos no Art.67, as autoridades previstas no Art. 7º, incisos V a XVIII, deverão instaurar umaúnica Sindicância (NBG nº CorregPM-079/231/96).

CAPÍTULO II

DO RITO DA SINDICÂNCIA

Seção I

Da instauração

Instauração de Sindicância

Artigo 68 - A instauração da sindicância é baseada em notícia do fatoadministrativo a ser apurado, cabendo às investigações a busca de provas deautoria e materialidade.

Fontes de conhecimento

§ 1º - A instauração será feita após conhecimento das autoridadescompetentes indicadas no artigo 7° destas Instruções ou por meio de documentosque noticiem os fatos.

§ 2º - Considerar-se-á pública a instauração, após publicação daportaria em boletim ou afixação, por três dias consecutivos, no quadro principalde avisos da OPM.

Aguardo do encerramento do inquérito policial militar

§ 3º - REVOGADO.

Portaria

§ 4º - A sindicância será instaurada através de portaria, e serápresidida por Oficial ou Aspirante a Oficial, quando a própria autoridade nãodesejar presidi-la.

Designação de Escrivão

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§ 5º - A designação de Escrivão para Sindicância caberá ao respectivoPresidente, se não tiver sido feita pela autoridade que instaurou, recaindo emOficial Subalterno, se o sindicado for Oficial, e em Sargento, Subtenente ouAspirante a Oficial nos demais casos.

Seção II

Do conhecimento e registro dos fatos

Conhecimento do fato

Artigo 69 - As autoridades previstas no artigo 7º destas Instruções, aotomarem conhecimento de fato irregular e não tiverem subsídios suficientes paraa instauração imediata de Sindicância, deverão mandar investigar o evento, a fimde coletar outras informações.

Investigação preliminar

§ 1º - A investigação preliminar é o meio de apuração informal de fatoirregular, realizada no prazo de 8 (oito) dias, e finalizada por relatório descritivodas medidas adotadas, elementos de prova obtidos e indicação de medidascomplementares necessárias.

Presidente da investigação preliminar

§ 2º - A investigação preliminar será presidida por:I - Oficial ou Aspirante a Oficial, como regra, atendidos os princípios da

hierarquia; ouII - Sargento, excepcionalmente e apenas quando houver envolvimento

de Cabo ou Soldado.

Providências do Presidente na investigação preliminar

§ 3º - O Presidente da investigação preliminar de um fato deverá:I - dirigir-se ao local do fato, providenciando sua preservação, bem

como das coisas que contenha, para a realização dos exames e períciasnecessárias;

II - entrevistar as pessoas que saibam do fato, anotando os dadosqualificadores da pessoa e os dados principais sobre a autoria e a materialidade;

III - coletar os instrumentos e objetos que tenham relação com os fatos,quando cabível e enquanto houver interesse; e

IV - colher todas as provas que tenham relação com o fato.

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Encerramento da investigação preliminar

§ 4º - Havendo necessidade de coleta de provas por meio de oitivas,bem como de diligências que requeiram medidas mais complexas, o Presidenteda investigação deverá encerrar suas atividades, propondo em seu relatório ainstauração de Sindicância ou de outro processo.

Registro da ocorrência

§ 5º - Havendo indícios da existência de fatos passíveis de apuraçãopor meio de Sindicância, o Oficial ou o Aspirante a Oficial, em serviço, poderãolavrar a portaria e demais documentos, registrando a notícia e a coleta de provasrealizada, cujo ato dependerá de aprovação do Comandante da Unidade.

Apreciação do registro

Artigo 70 - A autoridade que receber os documentos elaborados peloComandante de Companhia, Oficial ou Aspirante a Oficial, em serviço, analisará osautos, manifestando-se no prazo de 5 (cinco) dias, sobre sua legalidade, mérito easpectos formais, por meio de despacho, e:

I - estando em ordem, determinará seu prosseguimento, substituindoou não o Presidente e o Escrivão.

II - caso contrário, adotará medidas de correção do vício ou nulidadedo ato.

Proibição de arquivamento

Artigo 71 - Toda Sindicância instaurada deverá ter curso normal, nãopodendo ser sua portaria revogada ou invalidada, a não ser que apresente vícioinsanável ou que os fatos nela citados estejam sendo apurados em outroprocedimento.

§ 1º - O ato de revogação ou invalidação deverá ser motivado,indicando as razões de fato e de direito e publicado em boletim.

§ 2º - A autoridade competente para instauração da Sindicância é aresponsável pela remessa imediata de cópia da portaria ao Órgão Corregedor.

Seção III

Da instrução

Termo de recebimento

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Artigo 72 - Recebida a portaria e seus anexos, após despacho daautoridade competente, o Presidente lavrará termo de recebimento, certificando adata.

Prazo do termo de recebimento

§ 1º - O termo de recebimento deverá ser lavrado no prazo de 5 (cinco)dias, a contar do despacho ou portaria da autoridade competente.

Substituição do Presidente

§ 2º - A substituição do Presidente ocorrerá por despacho motivado daautoridade competente ou autoridade funcional superior, devendo ser aposto nosautos.

Impedimento ou suspeição do Presidente

§ 3º - O Presidente da Sindicância poderá declarar-se motivadamente,impedido ou suspeito, com base no inciso I do artigo 27 e nos incisos I, II, III, V,VI e VII do artigo 28, respectivamente, destas Instruções, e remeter os autos àautoridade competente.

Instrução

Artigo 73 - A instrução da sindicância consiste na busca da verdadereal dos fatos, através da coleta ou complementação das provas testemunhais,documentais, periciais e indiciárias, observados os preceitos gerais do direitoprocessual administrativo, penal e civil.

Rol de atividades instrutórias

§ 1º - São atos instrutórios:I - tomar as providências relacionadas nos incisos do § 2º do artigo 69

destas Instruções, se não tiverem sido realizadas;II - inquirir as pessoas envolvidas e as testemunhas;III - realizar reconhecimentos de pessoas e coisas e acareações;IV - determinar a realização de exames e perícias necessárias, quando

cabível;V - determinar a avaliação e identificação da coisa perdida, subtraída,

desviada, destruída ou danificada;VI - proceder buscas e apreensões, quando competente;VII - proceder a reprodução simulada dos fatos;

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VIII - juntar documentos, papéis, fotografias, croquis e qualquer outromeio moral e legal que ilustre o modo como os fatos se desenvolveram;

IX - outros atos necessários.

Função investigatórias do sindicante

§ 2º - O sindicante deverá deslocar-se para investigar ou obterpessoalmente os indícios ou provas necessárias;

Carta precatória

§ 3º - Poderá ser requisitada a produção de prova através de cartaprecatória, expedida diretamente ao Comandante da OPM local.

Prova emprestada

Artigo 74 - A prova emprestada de outros procedimentos poderá serutilizada para a instrução da sindicância.

Complementação de prova emprestada

§ 1º - A prova pessoal emprestada deverá ser complementada, senecessário, quanto ao seu conteúdo, para o esclarecimento de ponto obscuro,omisso ou contraditório.

Certidão nas provas materiais e periciais

§ 2º - Os documentos de provas materiais e periciais deverão contercertidão, exarada por despacho no próprio documento probatório e assinada pelosindicante, indicando a validade para o caso concreto.

Indícios de crime no curso da sindicância

Artigo 75 - Se no curso da sindicância surgirem indícios de crimecomum ou militar, o sindicante deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os porofício à autoridade competente.

Prosseguimento normal

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Parágrafo único - A sindicância prosseguirá normalmente para aapuração da responsabilidade civil e/ou disciplinar referente ao ilícito penal.

Seção IV

Da acusação

Artigos 76 à 79 – REVOGADOS.

Seção VI

Do relatório

Conteúdo

Artigo 80 - A sindicância será encerrada com minucioso relatório, oqual deverá descrever, fundado exclusivamente nos autos:

I - indicação do dia, hora e local da ocorrência do fato passível deapuração pela administração;

II - descrição das provas testemunhais, materiais e periciais obtidas,bem como os indícios existentes;

III - avaliação e comparação das provas entre si;IV – REVOGADO;V - manifestação fundamentada, com a respectiva classificação legal,

sobre a autoria e materialidade do fato gerador e da responsabilidade civil,disciplinar, acidente do trabalho ou do direito pleiteado.

VI - sugestão da instauração, se for o caso, de outros procedimentosadministrativos, bem como de remessa de cópias à autoridades interessadas.

Remissão das folhas

§ 1º - Deve ser feita remissão das folhas em que se encontram oselementos probatórios descritos e medidas adotadas.

Caso de indenização

§ 2º - Concluindo pela responsabilidade civil do servidor ou doparticular, o sindicante deverá observar o previsto nos artigos referentes àindenização.

Responsabilidade Disciplinar

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§ 3° - Concluindo pela existência de indícios de transgressãodisciplinar cometida pelo militar do Estado, o Presidente da Sindicância deverádescrever a conduta passível de sanção e encaminhar os autos à autoridadecompetente.

Seção VII

Dos prazos de encerramento e prorrogações

Artigo 81 - o prazo para conclusão da sindicância é de 30 (trinta) diascorridos a contar da data do termo de recebimento da portaria, prorrogáveis pormais 30 (trinta) dias corridos, pela autoridade instauradora, mediante pedidofundamentado, que constará dos autos.

§ 1º - Esgotados os prazos do "caput" e não estando concluída asindicância por falta de laudos, perícias ou outra diligência necessária aelucidação dos fatos, deverá ser solicitado, mediante pedido fundamentado, queconstará dos autos à autoridade funcional imediatamente superior à instauradora,o prazo necessário para a conclusão, o qual não excederá a 30 (trinta) diascorridos.

§ 2º - Caso o prazo do parágrafo anterior não seja suficiente para aconclusão do procedimento, o encarregado da sindicância encaminhará os autosa autoridade funcional imediatamente superior à instauradora, com pedidofundamentado, motivando a impossibilidade de conclusão, a qual poderáconceder novo prazo, não excedente a 30 (trinta) dias corridos.

§ 3º - Sendo ainda insuficientes os prazos de prorrogação, supraestabelecidos, a autoridade referida no parágrafo anterior, solicitarámotivadamente novos prazos, via Corregedoria PM, ao Comandante Geral PM,que poderá conceder prorrogação por período de até 30 (trinta) dias corridos.

§ 4º - No caso da sindicância não ser solucionada após um ano dadata de sua instauração, o pedido de prorrogação deverá ser encaminhadojuntamente com os autos originais ao Comandante Geral (via Corregedoria) a fimde serem auditados.

§ 5º - Atendendo convocação, o oficial Presidente do feito deverácomparecer à Corregedoria PM para receber os autos e ser cientificado doresultado da auditoria.

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§ 6º - No caso do parágrafo anterior, fica autorizado o comparecimentodo escrivão, desde que seja oficial PM, nos casos em que o Presidente dasindicância for oficial superior.

Seção VIII

Da Solução

Autoridade instauradora

Artigo 82 - A autoridade instauradora, decidirá, através de despachofundado nas provas contidas nos autos, exarado no prazo de dez dias corridos acontar do relatório, apreciando a atividade apuratória e a conclusão apontadapelo sindicante, sob os aspectos da legalidade, do mérito e formais

Parágrafo único - Em caso de imperfeições na apuração, aautoridade citada no "caput" poderá fazer retornar os autos, determinando ou nãoa substituição do sindicante, para investigações complementares, observando-seos prazos previstos na seção anterior.

Remessa para a autoridade competente

Artigo 83 - Concordando ou não com o relatório, a autoridadesolucionadora poderá:

I - Arquivar os autos, caso não existam provas da existência deirregularidade, ou não esteja provada sua autoria;

II - Determinar a instauração de procedimento disciplinar ou processoregular;

III - Remeter os autos à consultoria Jurídica para cobrança judicial dovalor da indenização;

IV - Remeter cópia dos autos à Autoridade Administrativa competentepara apuração e aplicação ou justificação da pena disciplinar, caso não tenhacompetência ou não queira fazê-lo diretamente;

V - Remeter cópia dos autos à autoridade administrativa responsávelpelo bem conveniado, sob administração militar;

VI - Tomar as medidas para o desconto em folha de pagamento doservidor militar do valor da indenização, conforme regras específicas;

VII - tomar medidas para o cumprimento do acordo de pagamento daindenização devida pelo civil;

VIII - Decidir, motivadamente, que a reparação do dano deverá ficar àsexpensas do Estado, devendo neste caso, remeter os autos para a autoridadeimediatamente superior a instauradora, a qual, em despacho fundamentado, no

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prazo de 30 dias, concordará ou não com a solução e publicará tal decisão emBoletim.

§ 1º - A decisão conterá também a indicação da instauração ou não deprocedimentos paralelos sobre os fatos, bem como da remessa de cópias de peçasa outras autoridades.

§ 2º - A autoridade, após solucionar o feito, deverá:I - Remeter cópia do relatório e decisão aos demais órgãos e

autoridades responsáveis por questões contidas no feito.II - Remeter cópia do relatório e decisão ao Órgão Corregedor para

controle.III - Publicar a decisão em boletim, no prazo de 10 (dez) dias.IV – Arquivar os processos findos na sede da OPM.§ 3º - REVOGADO. § 4º - REVOGADO.§ 5º - REVOGADO.§ 6º - A autoridade imediatamente superior a autoridade instauradora,

após emitir sua decisão, nos termos do inciso VIII deste artigo, remeterá cópia doato ao órgão corregedor, para arquivo e controle.

OBS: artigo alterado pelas publicações do Bol G 004 de 06Jan00 e 196 de 10Out00

Seção IX

Da Homologação

Artigo 84 - REVOGADO

Artigo 85 - REVOGADO

Artigo 86 – REVOGADO

OBS: artigos revogados pela publicação do Bol G 004 de 06Jan00.

Seção X

Da Revisão

Poder revisional

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Artigo 87 - Compete ao Comandante Geral, em última instânciaadministrativa, a decisão sobre sindicâncias, quando for constatada ilegalidadeno feito, de ofício, por qualquer autoridade ou por recurso do interessado.

Competência para requisitar

Parágrafo único - O Órgão Corregedor poderá requisitar, a qualquertempo, Sindicância decidida, para apreciação quanto à legalidade dos atospraticados, propondo ao Comandante Geral a reformulação do ato, se for o caso.

Controle geral

Artigo 88 - o Cmt Geral, através de seu órgão corregedor, é oresponsável pelo controle geral das sindicâncias instauradas na Corporação.

CAPÍTULO III

DAS INDENIZAÇÕES

Seção I

Da indenização pecuniária

Cálculo da indenização

Artigo 89 - A indenização será calculada pelo valor real do bem,segundo seu estado de servibilidade e conservação, competindo ao órgãoprovedor descentralizado, apurar e determinar o valor do ressarcimento, atravésde exames e avaliações e expedição de laudo.

Avaliação do dano

§ 1º - Na localidade que o órgão provedor descentralizado não possuircondições de apurar o valor diretamente, o sindicante deverá recorrer a entidadescivis e, se necessário, ao órgão provedor centralizado.

Conversão em UFESP

§ 2º - Obtido o laudo ou termo de avaliação do bem ou do dano, osindicante deverá converter o valor apresentado na quantidade de UFESP

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correspondente, aplicando o índice do primeiro dia útil do mês do laudo ou termode avaliação.

Substituição da UFESP

§ 3º - Sendo extinto o índice UFESP, a atualização deverá ser feitapelo índice que o substituir.

Ressarcimento amigável

Artigo 90 - Imputada a responsabilidade civil pelo dano causado ehavendo interesse de efetuar o ressarcimento amigável, deverá:

I - se militar do Estado autorizar, por escrito, o desconto em folha depagamento;

Termo de reconhecimento de culpa

II - se particular ou servidor público, ser elaborado o Termo deReconhecimento de Culpa por Danos, devidamente assinado por ele e por duastestemunhas, juntando-se aos autos.

§ 1º - REVOGADO.§ 2º - REVOGADO.

Particular. Forma de pagamento

Artigo 91 - Acordada a forma de pagamento em relação ao civil, osvalores deverão ser recolhidos aos cofres do Estado, através de guia derecolhimento própria, a qual será anexada aos autos.

§ 1º - o particular somente poderá ressarcir os danos em moedanacional, sendo possível o parcelamento do valor, observada a regra deatualização monetária, prevista nesta seção.

Atitudes em caso de parcelamento

§ 2º - Na hipótese de parcelamento do valor, o sindicante adotará asmedidas previstas no parágrafo único do Artigo 99 destas Instruções.

Autorização para desconto. obrigatoriedade

Artigo 92 - O policial-militar, julgado responsável por prejuízos aopatrimônio público, não sofrerá nenhum desconto nos seus vencimentos, semautorização escrita por ele firmada na presença de duas testemunhas.

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Limites de desconto em folha de pagamento

Artigo 93 - Os descontos em folha de pagamento serão efetuados atésua restituição integral, em número de UFESP do primeiro dia útil do mês dedesconto da parcela, observando os seguintes parâmetros:

I - em parcelas mensais não excedentes à quinta parte do seu padrãonumérico, nem tampouco inferiores à décima parte desse padrão.

II - em uma única parcela, quando a importância a ser indenizada forinferior à quinta parte do seu padrão numérico.

Providências junto ao CDP

Artigo 94 - Na hipótese prevista no inciso I do artigo 90 destasInstruções, a autoridade que decidiu a Sindicância deverá enviar ofício ao Centrode Despesa de Pessoal comunicando a indenização devida e a forma combinadade desconto, juntamente com cópia da decisão, para as providências necessáriase canalização da quantia correspondente ao Tesouro do Estado.

Atualização monetária

Artigo 95 - Os cálculos de atualização monetária, serão realizadosconforme o previsto no artigo 89, sobre o valor a ser ressarcido.

Especificação do ressarcimento

Artigo 96 - As providências relativas ao ressarcimento efetuado, pormeio de desconto em folha de pagamento ou pago em moeda corrente, devemconstar do relatório e da decisão da Sindicância. Interrupção do pagamento

Artigo 97 - Ocorrendo a interrupção injustificada do pagamento dasparcelas ou a passagem para a inatividade não remunerada, o CDP ou osindicante, adotará medidas para a remessa da sindicância à ConsultoriaJurídica, juntamente com as informações necessárias para as providênciasjudiciais de cobrança.

Recusa de ressarcimento

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Artigo 98 - Em caso de recusa, o responsável deverá ser alertado dasmedidas judiciais que podem ser adotadas, para a cobrança do valor apurado.

Remessa ao Gabinete do Comandante Geral

Artigo 99 - Caso o responsável pelo dano experimentado pelo Estado,militar ou particular, não aceite efetuar o ressarcimento, a via original daSindicância deverá ser encaminhada, pela autoridade que decidiu ao Gabinete doComandante Geral, com proposta de ajuizamento de ação de cobrança do valorestipulado.Dados complementares em caso de recusa

Parágrafo único - Neste caso, deverão ser consignados nasindicância, os possíveis locais para sua localização e os seguintes dados sobrea sua situação sócio-econômica:

I - o valor da renda mensal, ordenado ou outra renda;II - se possui bens imóveis, com registro em cartório, esclarecendo se

estão ou não gravados de ônus reais; eIII - se reside em casa própria; em caso contrário, o valor do aluguel.

Seção II

Indenização em espécie

Artigo 100 - Os danos causados em materiais perecíveis, materiais deescritório, veículos ou instalações poderão ser ressarcidos em espécie,observando-se os seguintes requisitos:

Memorial descritivo

I - expedição de memorial descritivo do material, e suasespecificações, a ser substituído ou reparo a ser executado, pelo órgão provedorrespectivo;

Laudo de vistoria e recebimento

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II - elaboração de laudo de vistoria e recebimento do material ouaprovação do reparo, por dois peritos, devidamente designados ecompromissados.

Armas e munições

Parágrafo único - Exceto as armas, os demais materiais classificadoscomo bélicos, desde que preenchidos os requisitos técnicos específicos,atestados pelo órgão provedor descentralizado, poderão ser indenizadosmediante reposição em espécie.

CAPÍTULO IV

DOS TIPOS DE SINDICÂNCIA

Seção I

Do dano em geral

Medidas de recuperação ou indenização

Artigo 101 - O responsável por qualquer bem pertencente aopatrimônio público deve envidar esforços visando recuperar o material,reintegrando-o ao uso, ou providenciando a indenização correspondente.

IP-2-PM

Parágrafo único - Aplicam-se, no que couber, a legislação sobreAdministração Logística e Patrimonial da Polícia Militar.

Avaliação do dano

Artigo 102 - Todo dano ao patrimônio deve ser avaliado por peritos,devidamente nomeados e compromissados.

Localização do bem durante a sindicância

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§ 1º - localizado o bem extraviado ou subtraído, antes do encerramentoda sindicância, o sindicante aguardará resultado da perícia para decisão,juntando o laudo aos autos.

Localização do bem após a sindicância

§ 2º - em caso de localização após o encerramento da sindicância, oadministrador respectivo deverá instaurar nova sindicância, visando inclusive oressarcimento da pessoa anteriormente responsabilizada se for o caso

Seção II

Do dano, extravio, furto ou roubo de material bélico

Desnecessidade do inquérito técnico

Artigo 103 - Deixa de ser aplicada na Corporação, a Portaria No 026,de 18mai64, do Ministério do Exército, que trata do inquérito técnico.

Consulta à DPC

Artigo 104 - Em se tratando de extravio, furto ou roubo de armas,deverá ser consultada, formalmente, a Divisão de Produtos Controlados doDEPAD (Departamento Estadual de Polícia Administrativa), mesmo que a OPMinteressada esteja sediada no interior.

Parágrafo Único - Tal providência e os resultados obtidos deverãoconstar do relatório e decisão. OBS: considerando que, nas ocorrências de extravio de armamento, apósapuração de responsabilidade através de processo regular, o órgão Técnico(CSM/AM) deve informar às OPM interessadas qual o valor do materialextraviado;

Considerando que atualmente, o valor a ser ressarcido peloPolicial Militar responsável e baseado no preço cotado para a Polícia Militar paraaquisição de material novo, ou seja, com alíquota zero de IPI, conforme Decreto97.410, de 23Dez88;

Determino:Que o novo parâmetro a ser utilizado pelo Órgão Técnico

(CSM/AM) quando do calculo do valor a ser ressarcido, seja o do comércioespecializado, depreciando-se o preço em 5% a cada ano de uso, até o limite de50%.

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Movimentação documental e física de armas e munições

Artigo 105 - Toda arma e munição, objeto de Sindicância, deverá sermovimentada ao Órgão Provedor Central, acompanhada de cópia da respectivadecisão.

Movimentação documental de armas e munições

Parágrafo único - Inexistindo o material em virtude de furto, roubo ouextravio, deverá ser movimentado o número patrimonial da arma ou a quantidadede munição que é controlada por lote.

Indicação da exclusão de arma e munição

Artigo 106 - Na decisão, observado o previsto no artigo 83 destasInstruções, a autoridade deverá propor ao Órgão Provedor Central a exclusão daarma e da munição do patrimônio da Corporação.

Seção III

Do dano em veículo oficial

Remoção dos veículos

Artigo 107 - Nos casos de remoção dos veículos, de que trata alegislação processual penal e o Manual de Policiamento de Trânsito Urbano,deverá ser juntado aos autos, o laudo de vistoria dos veículos e o respectivoboletim de ocorrência PM ou boletim especial de ocorrência.

Definições técnicas do acidente

Artigo 108 - Devem ser usadas adequadamente as definições do tipodo acidente, devendo ser observado o contido no Manual de Policiamento deTrânsito Urbano.

Possibilidade de defeito mecânicoArtigo 109 - Nos casos em que os danos forem decorrentes de

possível defeito mecânico, e não tendo havido o concurso do Instituto deCriminalística, deverá ser feito exame pericial por peritos não oficiais,devidamente designados e compromissados.

Documentos obrigatórios

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Artigo 110 - Deverão constar dos autos os seguintes documentos:I - cópia autenticada do Boletim de Ocorrência da Polícia Militar e ou

do Boletim de Ocorrência da Companhia de Trânsito;II - certidão do órgão responsável que aponte o fato do motorista estar

ou não habilitado para conduzir veículo oficial da Polícia Militar, ou cópia doboletim que publicou a autorização;

III - croqui do local do acidente;IV - fotografia do local e dos veículos envolvidos;V - certificado de propriedade expedido pelo DETRAN dos veículos

envolvidos;VI - BO da Delegacia de Polícia - se houver, com o respectivo

desfecho do inquérito policial, bem como eventual notícia da existência de açãopenal derivada (se houver);

VII - depoimentos colhidos: constando RG, CPF, endereço residenciale comercial das partes envolvidas e testemunhas;

VIII - perícia técnica especializada no veículo oficial para fins de afastaro defeito mecânico como causa do evento - sempre que o Sindicado e outestemunhas se referirem como sendo o defeito mecânico a causa direta ouindireta do sinistro;

IX - no que se refere a reparação do dano:a) se o veículo foi reparado pelo Setor de Manutenção do próprio

órgão de origem: basta o orçamento interno declinando e discriminando o valordas peças trocadas e o custo total da reparação;

b) se houver a inclusão de mão de obra no orçamento interno daAdministração, o valor desta deverá estar embasado em documentos idôneos, pormeio de orçamentos, preferencialmente 3 (três), e representar a opção, pelaAdministração, da cobrança do menor valor;

c) se efetivado o procedimento licitatório para o reparo do veículo, ajuntada do inteiro teor do procedimento licitatório e a respectiva nota fiscal depagamento dos serviços à empresa escolhida, vencedora do certame;

d) se o reparo for realizado por empresa privada devem ser juntados 3(três) orçamentos idôneos, datados e assinados pelo responsável, colhidos àépoca do fato.

X - se o veículo oficial for segurado:a) cópia da apólice de seguro;b) cópia do orçamento efetivado que assinale e discrimine os danos

efetivos sofridos pelo veículo oficial em decorrência do sinistro; ec) cópia da nota fiscal do pagamento da franquia.XI - certidão, se ocorrer a perda total ou descarregamento em razão do

sinistro, que apontem a diferença de preço entre o valor de mercado do veículo edo valor da sucata, apurados na mesma data;

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XII - se necessária a comprovação do valor de mercado do veículo:a) fixação por perícia direta, no órgão de manutenção da frota do setor;

ou perícia indireta, assinada e datada por profissional especializado; oub) avaliação com base em revistas e jornais especializados que fixem

o valor do veículo (com seus dados específicos) na data do sinistro ou dodescarregamento.

XIII - orçamentos por empresas idôneas para comprovação do valor dasucata.

OBS: caso o serviço tenha sido executado pela Polícia Militar, determino que ofato seja noticiado nos autos, bem como juntado o termo de avaliação atualizadoe devidamente convertido em UFESP, conforme prescrevem as I-16-PM.

Identificação do veículo

Artigo 111 - A portaria de Sindicância, bem como o relatório e decisãodevem conter, além do número do cadastro do veículo acidentado, o respectivonúmero de patrimônio e das placas.

Arquivo dos autos

Artigo 112 - Os autos originais da Sindicância que verse sobre danosem veículos oficiais, arquivados na Unidade da autoridade instauradora, nãodevem e não podem ser destruídos antes do lapso temporal de 20 (vinte) anos ouaté que se tenham ultimado todas as providências judiciais para ressarcimento doerário.

Cópias ao órgão central

Parágrafo único - Serão enviadas cópias do relatório e decisão daSindicância, pela autoridade decisória, ao Órgão Central de Apoio Logístico, paramedidas complementares quanto ao controle do material.

Seção IV

Do dano em veículo oficial ou conveniado não pertencente ao patrimônio daCorporação

Artigo 113 - Nos casos de dano em veículo oficial ou conveniado nãopertencente ao patrimônio da Polícia Militar, será elaborada sindicância,observado o previsto nas seções anteriores, e os termos dos contratos,convênios ou autorização de uso pertinentes.

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Remessa de cópia dos autos ao órgão conveniadoArtigo 114 - Cópia da portaria, relatório e decisão da Sindicância serão

encaminhadas pela autoridade competente, diretamente ao órgão conveniado,juntamente com o prontuário (se houver) do veículo.

Seção V

Do dano em patrimônio de terceiros ocasionado por servidor público ousemovente da Corporação

Artigo 115 - Os casos de danos, em bens de terceiros, ocasionadospor integrantes ou semoventes da Corporação, em razão do serviço, serãoapurados através de sindicância, para determinação de responsabilidade civil doEstado e a responsabilidade civil e disciplinar do servidor.

Teor da instrução

Artigo 116 - Os autos deverão ser instruídos com os mesmosdocumentos citados nas seções anteriores, quando pertinentes, além de outrosque se fizerem necessários.

Seguro do particular por danos

Artigo 117 - Mesmo nos casos em que terceiros possuam segurocontra acidentes, e optarem por este para se verem ressarcidos, também deveráser procedida sindicância, registrando-se no relatório tal circunstância.

Seção VI

Dos acidentes pessoais e atos de bravura

Artigo 118 - Os acidentes pessoais, decorrentes do exercício dafunção policial, compreendidos os casos "in itinere", ou em serviço, que deixemseqüela física ou psicológica, ou que afastem o policial militar do serviço por maisde 60 ( sessenta ) dias, serão apurados em sindicância.

Juntada do Atestado de Origem ou do Inquérito Sanitário de Origem

§ 1º - Se houver Atestado de Origem ou Inquérito Sanitário de Origemsobre o acidente, tais feitos deverão ser anexados à sindicância.

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Legislação médica

§ 2º - Para a realização de AO e ISO devem ser observadas as normasdo Decreto No 7484, de 26dez35.

§ 3º - no caso de morte do servidor militar, o sindicante deverá juntaraos autos, cópia autenticada da certidão de óbito.

Remessa ao órgão de recursos humanos

§ 4º A autoridade competente, após a decisão, deverá requisitar aoÓrgão Central de Recursos Humanos as medidas complementares deregularização dos benefícios e licenças concedidas.

Ato de bravura. Remessa à CPO ou CPP

Artigo 119 - A Sindicância de investigação de ocorrência de ato debravura deverá, após decisão, ser remetida ao Comando Geral, via órgãoresponsável pela promoção de Oficiais ou de Praças, para apreciação e medidascabíveis.

Seção VII

Do extravio e restauração de documentos

Artigo 120 - A substituição ou restauração de documento, daadministração pública militar, extraviado ou danificado, deve ser regularizada emsindicância, após o encerramento ou durante o inquérito respectivo.

Parágrafo único - Em caso de não localização do documento, deveráser o mesmo restaurado com os dados obtidos na investigação, substituindo ooriginal.

Seção VIII

Da Sindicância Regular

Finalidade da Sindicância Regular

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Artigo 121 - A Sindicância Regular destina-se a apurar autoria ematerialidade de transgressão disciplinar, que não esteja relacionada a outroevento, apurado por meio de outra espécie de Sindicância.

Preliminar do processo

Parágrafo único - A Sindicância Regular pode servir como meio deinstrução provisória destinada a colher e fornecer elementos para a propositurada instauração de procedimento disciplinar ou processo regular.

TÍTULO II

O PROCESSO REGULAR

CAPÍTULO I

NOÇÕES DE DIREITO DISCIPLINAR

Seção I

Meios de apuração da transgressão disciplinar

Fundamentos do Direito Disciplinar

Artigo 122 – REVOGADO. § 1º - REVOGADO.§ 2º - REVOGADO.§ 3º - REVOGADO.Artigo 123 –REVOGADO. § 1º - REVOGADO.§ 2º - REVOGADO.

Seção II

Medidas Cautelares

Medidas que recaem sobre o militar do Estado acusado

Artigo 124 – O Comandante Geral, mediante ato administrativo,poderá determinar que o militar do Estado acusado em processo regular fique:

I - Se Oficial:

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a) vinculado à Unidade do Presidente do processo regular ou a outraUnidade, na condição de adido, se necessário, desde a representação aoSecretário da Segurança Pública pela perda do posto e da patente, até a data daremessa dos autos conclusos;

b) afastado das atividades operacionais, inclusive de supervisão,devendo ser empregado exclusivamente em serviços internos, em horário deexpediente administrativo, e desprovido de autorização de carga pessoal de armade fogo da Corporação;

c) impedido de ser designado para função de Comandante, Chefe ouDiretor, exceto nos casos em que a assunção de Comando, Chefia ou Direção forobrigatória por previsão legal;

d) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao Ensino eInstrução, Planejamento Operacional, Justiça e Disciplina, Informações, Finançase atendimento ao público em geral; e

e) impedido de ser designado para compor Conselho de Justiça Militar,Conselho de Justificação ou Conselho de Disciplina, nem presidirá ProcessoAdministrativo Disciplinar e Procedimento Administrativo Exoneratório (PAE);

II - Se Aspirante a Oficial:a) vinculado à Unidade do Presidente do processo regular, como adido

se necessário, desde a instauração do Conselho de Disciplina ou do ProcessoAdministrativo Disciplinar, até a publicação da decisão definitiva;

b) afastado de atividades operacionais, inclusive de supervisão,devendo ser empregado exclusivamente em serviços internos, em horário deexpediente administrativo, e desprovido de autorização de carga pessoal de armade fogo da Corporação; e

c) impedido de assumir funções diretamente ligadas ao Ensino ouInstrução, Justiça e Disciplina, Informações, Finanças e atendimento ao públicoem geral;

III - Se Aluno Oficial:a) vinculado à APMBB, participando das atividades escolares

compatíveis com seu grau hierárquico, desprovido de autorização de cargapessoal de arma de fogo da Corporação, além das restrições que,fundamentadamente, ser-lhe-ão impostas pelo Comandante da APMBB, até apublicação da decisão final do Conselho de Disciplina ou do ProcessoAdministrativo Disciplinar;

IV - Se Praça:a) vinculado à Unidade do Presidente do Processo Administrativo

Disciplinar, como adido se necessário, desde a instauração do Conselho deDisciplina ou do Processo Administrativo Disciplinar, até a publicação da decisãodefinitiva;

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b) prestando serviços internos, exceto os diretamente ligados às funçõesde Ensino ou Instrução, Justiça e Disciplina, Informações, Finanças e atendimentoao público em geral; e

c) afastado de atividades operacionais, devendo ser empregadoexclusivamente em serviços internos, em horário de expediente administrativo, edesprovido de autorização de carga pessoal de arma de fogo.

§ 1º - As presentes determinações alcançam, também, o militar doEstado nas seguintes condições:

I - reintegrado por força de ordem liminar, até o julgamento definitivo daação correspondente;

II - reintegrado judicialmente, desde que seja permitida àAdministração a instauração de novo processo regular, pelos mesmosfundamentos, observando-se o prazo de prescrição qüinqüenal do RDPM.

§ 2º - Em nenhuma hipótese, o militar do Estado que se encontrar nassituações previstas neste artigo deverá ser escalado para representar aCorporação ou a Unidade em ato público, interno ou externo.

§ 3º - As medidas administrativas previstas neste artigo poderão serimplementadas de ofício pelo Comandante Geral, ou a pedido do Presidente doprocesso regular ou do Comandante da Unidade do militar do Estado acusado.

§ 4º - Por decisão motivada a autoridade competente poderá, comomedida cautelar, proibir o uso de uniformes por parte do militar do Estadoacusado, até decisão final do processo regular.

§ 5º – A autoridade competente remeterá ao Órgão Corregedor, até o 5ºdia útil de cada mês:

I – a relação nominal dos militares do Estado do seu efetivo que seencontrem respondendo a processo regular, indicando as funções por elesexercidas;

II – a relação dos militares do Estado que se encontram aguardando ainstauração de processo regular (CD e PAD), discriminando as funções por elesexercidas.

Seção III

Da Perda do posto e da patente

Rol de casos de perda do posto e da patente

Artigo 125 - São exemplos de atos ou fatos censuráveis, passíveis daperda do posto e da patente do Oficial, prevista nos itens e letras do artigo 2º daLei Federal No 5836 de 05DEZ72 e no artigo 2º da Lei Estadual No 186 de14DEZ73:

I - procedimento incorreto no desempenho do cargo;

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II - conduta irregular;III - ato que afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro da

classe;IV - ter sido considerado não habilitado para o acesso, em caráter

provisório, no momento em que venha a ser objeto de apreciação para ingressoem Quadro de Acesso;

V - ter sido afastado do cargo por se tornar incompatível com o mesmoou demonstrar incapacidade no exercício das funções a ele inerentes;

VI - praticar crime de natureza dolosa;VII - for condenado a pena restritiva de liberdade superior a dois anos;VIII - for condenado por crimes, para os quais o Código Penal Militar

comina essas penas acessórias e por crime previsto na Lei de SegurançaNacional;

IX - perder a nacionalidade brasileira.

Seção IV

Da demissão e expulsão de praças

Casos de expulsão

Artigo 126 - A sanção disciplinar de expulsão de Praças será aplicadanos termos dos artigos 24 e 48 do RDPM.

I ao IX – REVOGADOS.

Casos de demissão

Artigo 127 - A sanção disciplinar de demissão de Praças seráaplicada, mediante processo regular, nos casos das alíneas “c” e “d” do inciso IIdo artigo 23 do RDPM.

I ao V - REVOGADOS.Parágrafo único – Nos demais casos arrolados no inciso II do artigo

23 do RDPM, a sanção de demissão de Praças será aplicada sem a necessidadede processo regular.

Seção V

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52

Da competência

Processo contra Oficial

Artigo 128 - A instauração do Conselho de Justificação relativa àincapacidade do Oficial para permanecer no serviço ativo ou na inatividade,observará os disposto nos artigos 73 a 75 do RDPM, bem como o disposto na LeiFederal 5.836, de 5 de dezembro de 1972, e na Lei Estadual 186, de 14 dedezembro de 1973.

Decisão do TJM

Artigo 129 - A decisão final sobre a declaração de indignidade para oOficialato e a perda do posto e da patente de Oficial é competência do Tribunalde Justiça Militar.

Processo regular de Praça com dez ou mais anos de serviço policial-militar

Artigo 130 - A instauração de Conselho de Disciplina para os Praças com10 (dez) ou mais anos de serviço policial-militar observará o disposto nos artigos 76a 83 e artigo 87, todos do RDPM.

Decisão do Comandante Geral

Parágrafo único - A decisão final do Conselho de Disciplina é decompetência do Comandante Geral, conforme o artigo 83 do RDPM.

Processo regular de Praça com menos de dez anos de serviço policial-militar

Artigo 131 - A instauração de Processo Administrativo Disciplinarpara apurar a incapacidade moral de Praça com menos de dez anos de serviçopolicial-militar observará o disposto nos artigos 76, 79, 80, 82 e 84, todos doRDPM, e nas presentes Instruções.

Decisão do Comandante Geral

Parágrafo único - A decisão final do Processo AdministrativoDisciplinar é competência do Comandante Geral, nos termos do parágrafo únicodo artigo 84 do RDPM.

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CAPÍTULO II

DO PROCESSO REGULAR

Seção I

Disposições Iniciais

Fundamentação do processo

Artigo 132 - O processo disciplinar está fundado nas normasreguladoras da verificação das infrações aos deveres policiais militares e nodireito do servidor defender-se da acusação que lhe foi imposta.

Independência de esferas julgadoras

Artigo 133 - O processo regular será instaurado independentemente daexistência de outras medidas cabíveis na esfera penal ou civil, nos termos dosartigos 11 e 79 do RDPM.

Independência de apuração de responsabilidade.

§ 1° - A absolvição judicial pelo mesmo fato que originou o processoregular não se constituirá em motivo impeditivo de apuração de responsabilidadedisciplinar, por meio do devido processo, salvo se a decisão judicial declarar ainexistência material do fato, do crime ou negativa de autoria.

§ 2° - A absolvição judicial nas hipóteses tratadas na parte final doparágrafo anterior, não obsta a apuração de outras condutas conexas, nãoabrangidas pela decisão criminal.

Amplitude do julgamento

Artigo 134 - Na aplicação das sanções disciplinares serão sempreconsideradas a natureza, a gravidade, os motivos determinantes, os danoscausados, a personalidade e os antecedentes do agente, a intensidade do dolo ou ograu de culpa, nos termos do artigo 33 do RDPM.

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Fundamentos da portaria

Artigo 135 – A portaria constitui a peça inicial do processo regular,contendo:

Identificação

I - A identificação do Presidente, e dos membros nos órgãoscolegiados

Qualificação

II - a qualificação do autor ou autores, contendo o posto ou graduação,RE, nome completo, subunidade e Unidade a que pertence;

Definição da infração disciplinar

III - a exposição resumida do fato censurável de natureza grave, suascircunstâncias e antecedentes objetivos e subjetivos, precisamente definidos notempo e no espaço;

A norma legal

IV - a tipificação legal da conduta, ainda não punida, classificada comotransgressão disciplinar grave nos termos do RDPM ou dos incisos do artigo 2ºda Lei 186/73.

Fundamentos de convicção

V - os fundamentos de convicção, com indicação das folhas doprocedimento, nas quais poderão ser encontrados os motivos expostos.

Concurso ou continuidade de infrações

§ 1º - Existindo concurso ou continuidade infracional, deverão todos osatos censuráveis constar do libelo acusatório da portaria, nos termos do § 2º doartigo 80 do RDPM.

Emenda da portaria

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§ 2º - Surgindo, após a elaboração da portaria, elementos de autoria ematerialidade de infração disciplinar conexa, em continuidade ou concurso, nãoexpressa na peça inicial, poderá esta ser aditada, abrindo-se novos prazos para adefesa, nos termos do § 3º do artigo 80 do RDPM.

Seção II

Tipos de processo

Conselho de Justificação

Artigo 136 - O Conselho de Justificação é processo regular que visaapurar a incapacidade do Oficial de permanecer no serviço ativo ou depermanecer na condição de Oficial na inatividade, para posterior decisão do TJM,conforme legislação específica.

Desnecessidade da instauração do CJ

§ 1º - A representação ao TJM de condenação de Oficial, com trânsitoem julgado, na Justiça militar ou comum, a pena privativa de liberdade superior adois anos, é documento suficiente à instauração do processo de declaração deindignidade para o Oficialato, caso não tenha sido realizado o Conselho.

Remessa da sentença

§ 2º - A sentença condenatória, que se refere o parágrafo anterior,deverá ser remetida à Corregedoria PM, que instruirá o expediente doComandante Geral dirigido ao TJM.

Previsão legal do CJ

§ 3º - A composição e normas de funcionamento do Conselho deJustificação são as constantes da Lei Federal nº 5836, de 05DEZ72, observadasas diretrizes da Lei Estadual nº 186, de 14DEZ73.

Conselho de Disciplina

Artigo 137 - O Conselho de Disciplina é o processo regular que visaapurar a incapacidade moral da Praça com 10 (dez) ou mais anos de serviçopolicial-militar para permanecer no serviço ativo, fornecendo subsídios paradecisão final do Comandante Geral.

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Processo Administrativo Disciplinar

Artigo 138 - O Processo Administrativo Disciplinar é o processoregular que visa apurar a incapacidade moral da Praça com menos de 10 (dez)anos de serviço policial-militar para permanecer no serviço ativo, fornecendo osfundamentos para decisão final do Comandante Geral.

Capítulo III

DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR

Seção I

Artigo 139 ao 151 - REVOGADOS. (APLICA-SE O PRESCRITO NO CAPÍTULOIV - DO CONSELHO DE DISCIPLINA)

CAPÍTULO IV

DO CONSELHO DE DISCIPLINA

Seção I

Disposições gerais

Legislação fundamental

Artigo 152 - As normas de funcionamento do Conselho de Disciplinaestão previstas nos artigos 76 a 83 e 87 do RDPM e nestas Instruções.

Rito do Processo Administrativo Disciplinar

Parágrafo único – Para elaboração do Processo Administrativo Disciplinar(PAD), deverão ser observados o disposto no artigo 84 do RDPM e o rito doConselho de Disciplina previsto nestas Instruções, devendo ser presidido por umOficial, preferencialmente subalterno.

Composição do Conselho

Artigo 153 – A composição do Conselho de Disciplina dar-se-á nos termosdo artigo 78 do RDPM.

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Designação de Escrivão

Parágrafo único - O Presidente do Conselho poderá designar umsubtenente ou sargento para funcionar como Escrivão no processo.

Seção II

Da instauração

Portaria

Artigo 154 - O Conselho é instaurado por portaria das autoridades previstasnos incisos I e II do Artigo 76 do RDPM.

Concurso de agentes

§ 1º - Será instaurado apenas um Conselho de Disciplina, quando oato ou atos motivadores tenham sido praticados em concurso de agentes, desdeque ao menos um dos acusados tenha 10 (dez) ou mais anos de serviço policial-militar nos termos do artigo 80 do RDPM.

Agentes de OPM diversas

§ 2º - Havendo 2 (dois) ou mais militares do Estado acusadospertencentes a Unidades diversas, o processo será instaurado pela autoridadepolicial-militar imediatamente superior, comum aos Comandantes das Unidadesdos acusados, nos termos do § 1º do artigo 80 do RDPM.

Medida de controle

§ 3º - A autoridade instauradora é responsável pela remessa de cópiada portaria ao Órgão Corregedor no prazo de 5 (cinco) dias a contar da data desua elaboração.

§ 4º - Nas situações em que forem constatados concurso, conexão oucontinuidade infracional, deverão ser observados os §§ 2º e 3º do artigo 80 doRDPM.

§ 5º - O Conselho de Disciplina não será instaurado com base emtransgressão disciplinar da qual o militar do Estado já tenha cumprido a sanção,nos termos do inciso III do artigo 41 do RDPM.

Requisitos da portaria

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Artigo 155 – A portaria deverá conter a acusação que fundamenta ainstauração do processo regular e deve ser formulada nos termos do artigo 135 destasInstruções, contendo ainda:

I - REVOGADO.II - A citação dos documentos anexos que comprovam a apuração de

autoria e materialidade da transgressão disciplinar;III - A anexação de cópia autenticada e atualizada dos assentamentos

individuais do acusado;IV - O rol de testemunhas de acusação, em número de até 6 (seis); eV - A indicação do local de funcionamentoParágrafo único – A oitiva das testemunhas deverá observar o

previsto no artigo 417 do CPPM.

Publicidade da instauração

Artigo 156 - REVOGADO.Parágrafo único - REVOGADO.

Seção III

Da instrução

Do recebimento dos autos

Artigo 157 - O Presidente do Conselho, ao receber os autos, poderárestituí-los à autoridade instauradora se constatar que:

I – a portaria não contém os requisitos previstos no artigo 155 destasInstruções;

II - se o fato narrado não tiver sido convenientemente apurado; III - se estiver extinta a punibilidade da transgressão;

IV - for manifesta a incompetência da autoridade instauradora.

Termo de recebimento

§ 1º - Recebida a portaria, o Presidente lavrará termo de recebimento,certificando a data.

Prazo do termo de recebimento§ 2º - O termo de recebimento deverá ser lavrado no prazo de 3 (três)

dias, a contar da data de publicação da portaria.

Ciência da Acusação

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Artigo 158 - Ao receber os autos, o Presidente citará o militar doEstado acusado, conforme o previsto no artigo 58 destas Instruções.

Parágrafo único - A primeira sessão do Conselho somente poderáocorrer após 3 (três) dias da citação do militar do Estado acusado ou de seudefensor.

Da instalação do Conselho

Artigo 159 - A primeira sessão do Conselho destina-se à leitura dosautos e ao interrogatório do militar do Estado acusado, devendo ser realizada noprazo máximo de 7 (sete) dias a contar do recebimento dos autos peloPresidente.

Realização de oitivas de testemunhas na Primeira Sessão

§ 1º – Na primeira sessão poderá ser realizada, após a realização dointerrogatório do acusado, a inquirição das testemunhas constantes da portaria,desde que, para tanto tal fato seja comunicado ao militar do Estado acusado nacitação.

Ata da sessão

§ 2º - Em todas as sessões do Conselho de Disciplina deverá serlavrada ata, assinada pelos membros do Conselho, pelo militar do Estadoacusado e seu defensor.

I - Na ata devem ser registrados: a) os atos e deliberações dos membros do Conselho;b) os incidentes ocorridos;c) os requerimentos apresentados pelo defensor;d) a intimação do defensor e do militar do Estado acusado para a

próxima sessão;e) todos os assuntos que tenham interesse para o processo.

Compromisso dos membros do Conselho

§ 3º - Iniciada a primeira sessão, o Presidente e os membros,prestarão, pela ordem de antigüidade, o seguinte compromisso: "Prometodedicar especial atenção aos elementos de prova produzidos no presenteprocesso e manifestar-me, ao final dos trabalhos, de acordo com a legislaçãovigente, as provas dos autos e os ditames da justiça, moralidade eimparcialidade".

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Leitura dos autos

§ 4º - O Presidente determinará ao Relator que proceda à leitura daportaria e demais documentos que a acompanham.

Incidentes

§ 5º - Verificada a existência de incidente pelos membros do Conselhoou apontada pela defesa, deverá ser adotada a medida prevista na Parte I destasInstruções para o prosseguimento do processo.

Do interrogatório do acusado

Artigo 160 - O acusado será qualificado e interrogado num só ato, nolugar, dia e hora designados pelo Presidente.

Interrogatório em separado

§ 1º - Se houver mais de um acusado, será cada um deles interrogadoseparadamente.

Limitação objetiva do interrogatório

§ 2º - O interrogatório deve versar exclusivamente sobre os fatos, asfaltas e circunstâncias contidas na acusação.

Proibição de questões subjetivas

§ 3º - Não devem ser formuladas perguntas de cunho subjetivo,geradoras de respostas que impliquem na formulação de juízos de valor.

Interrogatório

§ 4º - O interrogatório será procedido pelo Oficial interrogante.

Questões dos outros membros do Conselho

§ 5º - Esgotando suas perguntas, o Interrogante solicitará aos demaisintegrantes do Conselho que elaborem questões julgadas convenientes aoesclarecimento da verdade, as quais serão repassadas ao militar do Estado

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acusado para que as responda, fazendo-as constar dos autos, bem como suasrespostas.

Proibição de pergunta única

§ 6º - É proibida a formulação de apenas uma pergunta genérica, quecontenha toda a acusação.

Proibição de interferência do defensor

§ 7º - O defensor constituído pelo militar do Estado acusado, o dativoou o “ad-hoc”, não interferirá no interrogatório ou nas respostas do militar doEstado acusado.

Direito do silêncio

Artigo 161 - Antes de iniciar o interrogatório, o Interrogante informaráao militar do Estado acusado que não está obrigado a responder às perguntasque lhe forem formuladas, respeitando o direito constitucional de permanecer emsilêncio.

Consignação das perguntas não respondidas

Parágrafo único - Consignar-se-ão as perguntas que o acusadodeixar de responder e as razões que invocar para assim proceder.

Verdade real

Artigo 162 - O interrogatório deve ser completo e minucioso, devendo oOficial Interrogante realizar todas as perguntas necessárias ao esclarecimentodas infrações e circunstâncias contidas na portaria, buscando-se a verdade real. A confissão

Artigo 163 - Se o acusado confessar a prática do ato ou atos que lheforam imputados, será especialmente interrogado sobre:

I - quais os motivos e circunstâncias determinantes;II - a participação de outras pessoas nos fatos, quem são e de que

modo agiram.

Indicação de provas

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Artigo 164 - Se o acusado negar a imputação, no todo ou em parte,será perguntado se pode indicar provas que sustentem suas alegações.

Transcrição literal das respostas

Artigo 165 - As respostas do militar do Estado acusado serão ditadasna forma como foram proferidas pelo Interrogante ao Escrivão, que as reduzirá atermo.

Exceções e incidente de sanidade mental

Artigo 166 – Após a sessão do Conselho em que se realizar ointerrogatório do militar do Estado acusado, seu defensor poderá, em 48 (quarenta eoito) horas, apresentar por escrito, independentemente de intimação, exceções ourequerer a realização de perícia médica para avaliação da sanidade mental doacusado, observado o disposto na Parte I destas Instruções.Requerimento

Parágrafo único - O requerimento será apreciado pelo Conselho quedeliberará, devendo o Presidente fazer constar a decisão da conveniência ou nãoda inquirição das testemunhas arroladas na ata da audiência.

Testemunhas de acusação

Artigo 167 - As testemunhas da acusação, são aquelas queefetivamente têm conhecimento dos fatos geradores da instauração do Conselho.

Indicação das testemunhas de defesa

§ 1º - As testemunhas de defesa, no máximo de 3 (três), poderão serindicadas em qualquer fase da instrução, desde que não seja excedido o prazode 5 (cinco) dias, após a inquirição da última testemunha de acusação.

Testemunhas referidas ou informantes

§ 2º - O militar do Estado acusado poderá ainda requerer a oitiva detestemunhas referidas ou informantes, desde que não exceda a 3 (três). Prova emprestada

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Artigo 168 - A prova emprestada de outros procedimentos poderá serutilizada para a instrução da processo.

Prova pessoal de acusação

§ 1º - REVOGADO.

Ratificação do conteúdo e complementação

§ 2º - A pessoa poderá ratificar declarações constantes emdocumentos já incertos nos autos e complementada para o esclarecimento depontos obscuros, omissos ou contraditórios.

Complemento da prova testemunhal

Artigo 169 - O Conselho, quando julgar necessário, poderá inquiriroutras testemunhas, além das referidas em depoimentos prestados no processoou em documentos juntados aos autos, observando-se o disposto no artigo 417do CPPM.

Substituição de testemunha

Artigo 170 - Não será computada como testemunha a pessoa quenada souber dos fatos constantes da peça inicial, podendo então ser indicadaoutra que a substitua.

Intimação do militar do Estado acusado e do defensor

Artigo 171 - Nenhuma testemunha será inquirida sem que sejamintimados o militar do Estado acusado e seu defensor, com pelo menos 3 (três)dias de antecedência.

Apresentação das testemunhas de defesa

Artigo 172 - As testemunhas de defesa deverão ser apresentadas pelomilitar do Estado acusado ou defensor, independente de intimação oficial, no dia ehora designados para a inquirição, salvo se agente público, cujo comparecimentoserá requisitado regularmente.

Contradita da testemunha

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Artigo 173 - Antes de iniciado o depoimento, o Interrogante ou odefensor poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitosque a tornem suspeita de parcialidade ou indigna de fé.

Decisão da contradita

Artigo 174 - O presidente fará consignar a contradita ou arguição e aresposta da testemunha, mas só não lhe deferirá o compromisso ou a excluiráocorrendo as circunstâncias definidas nos artigos 352, parágrafo 2º, 354 e 355,todos do Código de Processo Penal Militar.

Qualificação e leitura da acusação

Artigo 175 - Após a testemunha ser devidamente qualificada, o Relatorou o Escrivão, lhe fará a leitura da portaria, antes de iniciada a inquirição.

Leitura conjunta

§ 1º - Se presentes várias testemunhas, a leitura será única, finda aqual se retirarão do recinto da sessão, permanecendo somente a que vai serinquirida.

Incomunicabilidade das testemunhas

§ 2º - As testemunhas serão inquiridas individualmente, de modo queuma não possa ouvir o depoimento da outra, nem se comunicar com as demaisque estejam presentes, antes que o depoimento destas seja tomado.

Forma e requisitos do depoimento

Artigo 176 - A testemunha deve declarar:I - seu nome, idade, estado civil, residência, profissão e lugar onde

exerce atividade;II - se é parente e em que grau, do acusado; eIII – quais as suas relações com o militar do Estado acusado, e relatar

o que sabe ou tem razão de saber a respeito dos fatos narrados na portaria ecircunstâncias que com o mesmo tenham pertinência.

Limitação subjetiva do depoimento

Artigo 177 - O Presidente não permitirá que a testemunha manifestesuas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.

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Retirada do acusado do local do depoimento

Artigo 178 - Se o Presidente verificar que a presença do acusado, pelasua atitude poderá influir no ânimo da testemunha, de modo que prejudique averdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com apresença de seu defensor, fazendo constar do próprio termo de inquirição talcircunstância.

Reperguntas

Artigo 179 - Os integrantes do Conselho e o defensor podem, emassunto pertinente à matéria, perguntar às testemunhas, por meio de quesitos,bem como reperguntar e contestar as testemunhas de acusação, tudo porintermédio do Interrogante.

Indeferimento de perguntas

Artigo 180 - Não poderão ser recusadas as perguntas do defensor,salvo se ofensivas ou impertinentes ou sem relação com o fato descrito naportaria, ou importarem na repetição de outra pergunta já respondida.

Retificação de termo

Artigo 181 - A testemunha poderá, após a leitura do seu depoimentopelo Relator ou pelo Escrivão, pedir a retificação do tópico que não tenha, em seuentender, traduzido fielmente sua declaração.

Período de inquirição

Artigo 182 - As testemunhas serão ouvidas durante o dia, das sete àsdezoito horas, salvo prorrogação autorizada pelo Presidente do Conselho, pormotivo relevante, fazendo-se constar a justificativa no encerramento do termo deinquirição.

Testemunha analfabeta

Artigo 183 - Se a testemunha não souber ou não puder assinar, orespectivo termo será assinado, a rogo, por duas outras que ouviram a leitura dodepoimento na presença do declarante.

Incidente de falso testemunho

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Artigo 184 - Encerrado o depoimento e reconhecendo-se que atestemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, o Presidente mandaráextrair cópias das peças que demonstrem o falso testemunho, remetendo-as àautoridade competente.

Indícios de crime no curso do processo

Parágrafo único - Se no curso do processo surgirem indícios de crimecomum ou militar, o Presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os porofício à autoridade competente.

Acareação

Artigo 185 - A acareação poderá ser determinada pelo Presidente, porindicação de algum membro do Conselho ou a requerimento da defesa.

Requerimento de diligências

Artigo 186 - Encerrada a oitiva das testemunhas da defesa, o defensorserá notificado, na própria sessão, que poderá, no prazo de 5 (cinco) dias, indicardiligências necessárias ao esclarecimento dos fatos. Igual medida poderá serdeterminada, de ofício, pelo Presidente do Conselho.

Intimação "apud acta"

§ 1º - O defensor será intimado na sessão, constando da ata suaintimação.

Indeferimento de diligências

§ 2º - O Presidente do Conselho, ouvindo os demais membros,indeferirá, fundamentadamente, as medidas impertinentes, protelatórias etumultuárias.

Diligências externas

§ 3º - O Conselho, incorporado e acompanhado pelo defensor e omilitar do Estado acusado, poderá proceder a toda e qualquer diligência, mesmofora do local onde funcionar, sempre que tal procedimento seja julgadoindispensável à busca da verdade real.

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Documentos estranhos à Polícia Militar

§ 4º - Os documentos citados pela defesa, estranhos à Polícia Militar,deverão ser apresentados por quem o indicou, devidamente autenticados.

Carta precatória

§ 5º - A produção de prova poderá ser requisitada através de cartaprecatória, expedida diretamente ao Comandante da OPM local pelo Presidente,o qual deverá cientificar a defesa sobre tal ato para acompanhamento.

Certidão nas provas materiais e periciais

§ 6º - Os documentos de provas materiais e periciais deverão contercertidão, exarada por despacho no próprio documento probatório e assinada peloPresidente, indicando a validade para o caso concreto.

Prosseguimento do processo

§ 7º - Atendidas as diligências indicadas ou não apontada anecessidade de realização de qualquer diligência, o processo irá concluso aoPresidente.

Seção IV

Da defesa

Intimação para defesa

Artigo 187 - Conclusos os autos, o Presidente intimará o defensor e omilitar do Estado acusado para a vista dos autos em cartório e oferecimento dasrazões escritas de defesa.

Vedação de juntada de documentos

§ 1º - Não poderá ser juntado aos autos qualquer outro documentoapós a abertura de vistas ao militar do Estado acusado e ao seu defensor.

Certidão de intimação

§ 2º - O Relator ou o Escrivão certificará, por despacho, havercumprido a intimação.

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Vista dos autos

§ 3º - A vista dos autos deverá ser feita na Unidade a partir da data daintimação citada no "caput", podendo ser fornecida cópia do feito, medianterequerimento motivado do defensor.

Prazo de entrega da defesa

§ 4º - O prazo para entrega da peça contendo as razões finais dedefesa é de 8 (oito) dias, contados da data da intimação.

Caso fortuito ou força maior

§ 5º - O prazo citado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado peloPresidente até 3 (três) dias, por meio de despacho fundamentado, desde que adefesa demonstre o motivo de força maior ou caso fortuito, por meio derequerimento.

Juntada das alegações de defesa

§ 6º - As alegações de defesa serão juntadas aos autos mediante alavratura de termo pelo Escrivão.

Preclusão de direito

Artigo 188 - Não é admitida suspensão ou interrupção do prazo para adefesa, devendo, ao final, os autos irem conclusos aos membros do Conselho, paraelaboração do relatório.

As alegações

Artigo 189 - O texto de defesa, como qualquer outro escrito doprocesso, deve ser redigido em termos respeitosos ao decoro do Conselho, semofensa à autoridade pública ou a qualquer pessoa ou Instituição referida noprocesso.

Das diligências finais

Artigo 190 - Se, após a apresentação das alegações de defesa, oConselho julgar necessária qualquer diligência para sanar nulidade ou suprir falta

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prejudicial ao esclarecimento da verdade, deverá providenciar a realização,observadas as normas gerais de produção de prova no processo.

Seção V

Do Relatório

Realização do Relatório

Artigo 191 - Recebida a peça de defesa, deve ser elaborado orelatório pelos membros do Conselho.

Sessão de julgamento

Parágrafo único – REVOGADO.

Conteúdo do relatório

Artigo 192 - Inicialmente o Conselho se manifestará sobre qualquernulidade que possa ter ocorrido, argüida ou não pela defesa e que não tenhaconseguido saná-la, fazendo as considerações julgadas necessárias.

Das preliminares

§ 1º - REVOGADO.

Questões de mérito

§ 2º - A seguir, o Conselho examinando toda prova produzida e asrazões de defesa, passará a deliberar sobre as questões de mérito, objetivando,afinal, uma conclusão fundada na lei e nos princípios morais e éticos da profissãopolicial militar.

Fatos alheios

§ 3º - O Conselho não deve abordar questões alheias ao processo, asquais possam beneficiar ou prejudicar o acusado.

Da conclusão do relatório

Artigo 193 - As deliberações para a elaboração do relatório doConselho serão tomadas por maioria de votos, computado o do Presidente.

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§ 1º - As deliberações do Conselho de Disciplina serão realizadas porvotação na seguinte ordem : Relator, Interrogante e o Presidente.

§ 2º - Quando a decisão ocorrer por maioria de votos, o membro doConselho que não concordar com a decisão poderá apresentar declaração deseu voto divergente por escrito apartado do relatório, que deverá ser encartadoaos autos após o relatório.

Conteúdo do relatório

Artigo 194 - Do relatório constará:I - a qualificação do militar do Estado acusado;II - indicação do local, data e horário onde ocorreu o fato constante da

portaria;III - se o militar do Estado acusado estava de serviço e fardado quando

dos fatos constantes da portaria;IV - data de ingresso do militar do Estado acusado na Corporação;V - a exposição sucinta da acusação;VI - as provas obtidas no processo;VII - as diligências realizadas;VIII - a exposição sucinta da defesa;IX - o parecer de procedência, procedência em parte ou improcedência

da acusação;X - se o militar do Estado acusado por sua conduta apurada no

processo regular, está moralmente capacitado a permanecer na Corporação; XI - a proposta da medida aplicável ao caso concreto.

Propositura da medida

Artigo 195 - Se o Conselho julgar a acusação:I - procedente: deverá propor a aplicação da sanção de reforma

administrativa disciplinar, de demissão ou de expulsão, prevista no RDPM;II - procedente em parte: poderá propor a aplicação de outra sanção,

observado o artigo 42 do RDPM;III - improcedente: deverá propor o arquivamento dos autos.

Artigo 196 - REVOGADO.

Remessa dos autos

Artigo 197 - Elaborado e assinado o Relatório, o Presidente doConselho remeterá os autos do processo, por despacho, à autoridadeinstauradora.

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Prazo de conclusão

Artigo 198 – Os trabalhos do Conselho, não tendo ocorridointerrupções ou suspensões legais, devem ser encerrados com o relatório noprazo de 75 (setenta e cinco) dias, contados da data de sua portaria.

Afastamento dos membros do Conselho de Disciplina

§ 1º - O Comandante Geral, atendendo a solicitação da autoridadeInstauradora, poderá afastar os membros do Conselho de Disciplina de suasfunções normais, para que, com exclusiva dedicação à instrução do processo, possadar celeridade a apuração dos fatos.

Impossibilidade de Prorrogações

§ 2º - A inobservância injustificada do prazo previsto para o término doprocesso enseja na prática de transgressão disciplinar, bem como possibilita asubstituição em parte ou da totalidade dos membros do Conselho para a adoção dasmedidas necessárias conforme o caso.

§ 3º - Sendo necessário prazo para o encerramento do processo, nahipótese prevista no parágrafo anterior, caberá ao Comandante Geral conceder novoprazo não superior a 30 (trinta) dias.

Seção VI

Da Decisão da autoridade Instauradora

Da apreciação

Artigo 199 - A decisão da autoridade instauradora, devidamentefundamentada, será aposta nos autos, após a apreciação do processo e de todaprova produzida, das razões de defesa e do Relatório do Conselho, no prazo de 15(quinze) dias da data do relatório.

Decisão

§ 1º - A autoridade instauradora, após minuciosa análise, apreciando oproposto no relatório, as provas produzidas e as argumentações aduzidas peladefesa, emitirá sua decisão, não podendo limitar-se a declarar a concordância ounão com o relatório do Presidente.

Fatos alheios

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§ 2º - A autoridade instauradora não deverá abordar fatos oucircunstâncias que, embora do seu conhecimento, não constem dos autos.

Conteúdo da decisão

Artigo 200 - Concordando ou discordando no todo ou em parte com orelatório do Conselho, a autoridade instauradora, obrigatoriamente, declarará se aacusação é procedente, procedente em parte ou improcedente, observando odisposto no artigo 195 destas Instruções.

Impossibilidade de qualquer medida punitiva

Parágrafo único - Qualquer que seja a conclusão da autoridadeinstauradora, nenhuma medida poderá ser tomada até a decisão final do processopelo Comandante Geral.

Outras medidas complementares

Artigo 201 - Se a autoridade instauradora verificar a existência dealgum fato passível de responsabilização penal e ou civil do militar do Estadoacusado, determinará a extração de cópias das peças que contenham oselementos probatórios, adotará a providência pertinente ou remeterá à autoridadecompetente.

Publicidade da decisão

Artigo 202 - A decisão da autoridade instauradora deverá ser enviadano prazo de 3 (três) dias, para publicação em boletim.

Remessa dos autos

Artigo 203 - Após a decisão, os autos serão imediatamente remetidosao Comandante Geral para decisão final, via Órgão Corregedor.

Parágrafo único - A autoridade instauradora, antes de realizar aremessa dos autos do Conselho de Disciplina, deverá apensar à contra-capa doúltimo volume a nota de corretivo atualizada do militar do Estado acusado.

Seção VII

Da Decisão Final

Análise do processo

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Artigo 204 - Recebidos os autos, a Corregedoria PManalisará o processo quanto aos aspectos legais e formais,preparando a minuta do ato decisório.

Prazo

§ 1º - O prazo para decisão final do Comandante Geral é oestabelecido no artigo 83 do RDPM, contado do recebimento dos autos pelaCorregedoria PM.

Saneamento e diligências necessárias

§ 2º - Existindo vícios a serem sanados ou diligências necessárias notocante à decisão final, o Comandante Geral, por intermédio da Corregedoria PM,poderá determinar a restituição dos autos à autoridade instauradora, parainvestigações complementares, fixando prazo de até 30 (trinta) dias, a contar dorecebimento dos autos.

§ 3º - Atendendo convocação do Corregedor PM, os membros doConselho de Disciplina e o Oficial de Justiça e Disciplina da Unidade queinstaurou o processo regular deverão comparecer à Corregedoria PM parareceber orientações, ou qualquer outro documento relacionado à apuração.

Da decisão

Artigo 205 – O Comandante Geral, em ato motivado, decidirá, eminstância administrativa final, mantendo ou reformando a decisão anterior,podendo:

I – arquivar o processo, caso não reste provado a incapacidade moraldo acusado por inexistência da transgressão ou existência de causa dejustificação;

II- impor diretamente ou determinar a aplicação de pena disciplinar,quando julgar que a conduta não é passível de demissão ou expulsão;

III – decidir pela reforma administrativa disciplinar, pela demissão oupela expulsão, do acusado;

IV a VI – REVOGADOS.

Publicidade da decisão final

Artigo 206 – Ementa da decisão final será publicada em Boletim Gerale transcrita no Assentamento Individual do militar do Estado acusado.

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Parágrafo único – No caso de aplicação de sanção disciplinar dereforma administrativa disciplinar, demissão ou expulsão, ementa da decisão finalserá publicada em Diário Oficial do Estado, gerando a partir de então seusefeitos.

CAPÍTULO V

DO CONSELHO DE JUSTIFICAÇÃO

Seção I

Disposições Iniciais

Legislação fundamental

Artigo 207 - As normas de funcionamento do Conselho de Justificaçãosão as constantes da legislação específica, conforme o que preceitua o § 3º doartigo 136 destas Instruções.

Composição do Conselho

Artigo 208 - O conselho é integrado pelo presidente e por doismembros, um como interrogante e relator e outro como escrivão, conforme oprevisto no "caput" e § 1o do Artigo 5º da Lei No 5836, de 05DEZ72.

Dependência do ato administrativo

Artigo 209 - O ato de demissão ou de reforma " ex-oficio " do Oficialpor motivos disciplinares, previstos no Decreto Lei No 260/70, será precedido dojulgamento pelo Tribunal de Justiça Militar sobre a perda do posto e da patente.

Independência da convocação

Artigo 210 - O Conselho de Justificação poderá ser nomeado adespeito da instauração de inquérito policial comum ou militar, de processocriminal ou de sentença criminal não transitada em julgado.

Indícios de crime no curso do processo

Parágrafo único - Se no curso do processo surgirem indícios de crimecomum ou militar, o Presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os porofício à autoridade competente.

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Seção II

Da instauração

A Nomeação do Conselho

Artigo 211 - A nomeação do Conselho é da competência do Secretáriode Segurança Pública, conforme o previsto no item I do artigo 4º da Lei FederalNo 5836 de 05DEZ72, observado o contido no § 1º do artigo 3º da Lei Estadual186 de 14DEZ73.

Da representação

§ 1º - A representação contra o Oficial a ser submetido à Conselho deJustificação, bem como a indicação dos Oficiais integrantes do Conselho é dacompetência do Comandante Geral, conforme o § 2º da Lei Estadual No 186.

Proposta do interessado

§ 2º - O Oficial poderá propor sua submissão a Conselho deJustificação ao Comandante Geral, conforme o previsto no artigo 2º da LeiFederal No 5836.

Do saneamento e elaboração

§ 3º - A Corregedoria PM é o órgão responsável pelo saneamento dosautos que contém a acusação e provas contra o Oficial, e elaboração darepresentação dirigida ao Secretário da Segurança Pública.

Concurso de agentes

§ 4º - Será nomeado apenas um Conselho de Justificação, quando oato ou atos motivadores tenham sido praticados em concurso de agentes.

Devido processo legal

§ 5º - Estando envolvidos Oficial PM e Praça PM, serão efetuadosprocessos distintos, de acordo com as respectivas legislações.

Requisitos da representação

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Artigo 212 - A representação conterá os requisitos definidos no artigo135 destas instruções, e ainda :

Requisitos obrigatórios

I - a anexação dos autos de sindicância ou documentos quecomprovem a apuração de autoria e materialidade do ato incompatível com oOficialato, ainda não punido, observado o previsto no artigo 125 destasInstruções;

II - a anexação de cópia autenticada da folha 09 (nove) dosassentamentos do justificante;

III - o rol de testemunhas de acusação;IV - a indicação do local de funcionamento do processo.

Indeferimento da indicação

Artigo 213 - O Secretário da Segurança Pública pode, com base nosantecedentes do Oficial a ser julgado e na natureza ou falta de consistência dosfatos argüidos, considerar desde logo improcedente a representação,determinando seu arquivamento ou devolvendo para novas diligências.

Parágrafo único - O indeferimento definitivo da representação serátranscrito, após publicação, nos assentamentos do Oficial.

Publicidade da instauração

Artigo 214 - Considerar-se-á pública a instauração do Conselho deJustificação, após transcrição do ato de nomeação em Diário Oficial.

Seção III

Da instrução

Do recebimento dos autos

Artigo 215 - O Presidente do Conselho, ao receber os autos, poderárestituí-los a autoridade nomeante se constatar que:

I - a representação não contém os requisitos previstos no artigo 212destas Instruções;

II - se o fato narrado não tiver sido convenientemente apurado;III - se estiver extinta a punibilidade da transgressão;

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Termo de recebimento

§ 1º - Recebido o documento de nomeação, o Presidente lavrará termode recebimento, certificando a data e remeterá cópia à Corregedoria PM.

Prazo do termo de recebimento

§ 2º - O termo de recebimento deverá ser lavrado no prazo de 02 (dois)dias úteis, a contar da entrada dos autos no protocolo da OPM do Presidente.

Ciência da Acusação

Artigo 216 - Ao receber os autos, o Presidente citará o justificante,conforme o previsto no artigo 58 destas Instruções.

Do funcionamento

Artigo 217 - O Conselho de Justificação funcionará sempre com atotalidade de seus membros, em local que a autoridade nomeante indicar.

Da instalação do Conselho

Artigo 218 - A primeira sessão do Conselho destina-se aocompromisso dos seus membros, leitura e autuação dos documentos einterrogatório do justificante, devendo ser realizada no prazo2 de até 03 (três) diasúteis a contar do recebimento dos autos.

Termo de compromisso

§ 1º - Presentes o justificante e/ou defensor, o Presidente e osmembros do Conselho prestarão o compromisso legal, sendo lavrado orespectivo termo.

Leitura da acusação

§ 2º - A seguir, o Presidente determinará ao escrivão que proceda àleitura da peça de nomeação e demais documentos que a acompanham.

2 O prazo estipulado no dispositivo se sobrepõe ao do § 2º do art. 215.

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Incidentes

§ 3º - Verificada pelos membros ou apontada pela defesa a existênciade algum incidente, daqueles definidos na Parte I destas Instruções, procederáconforme ali disposto, registrando a situação na ata da sessão.

Prosseguimento

§ 4º - Resolvidos os incidentes, o processo terá seu prosseguimentonormal.

Direito do silêncio

Artigo 219 - Antes de iniciar o interrogatório, o Presidente observaráao justificante que não está obrigado a responder às perguntas que lhe foremformuladas.

Consignação das perguntas não respondidas

Parágrafo único - Consignar-se-ão as perguntas que o justificantedeixar de responder e as razões que invocar para assim proceder.

Do interrogatório do justificante

Artigo 220 - O justificante será qualificado e interrogado pelo relator, oqual determina a redução a termo.

Interrogatório em separado

§ 1º - Se houver mais de um acusado, será cada um deles interrogadoseparadamente.

Limitação objetiva do interrogatório

§ 2º - O interrogatório deve versar exclusivamente sobre os fatos, asfaltas e circunstâncias contidas na acusação.

Proibição de questões subjetivas

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§ 3º - Não devem ser formuladas perguntas de cunho subjetivo,geradoras de respostas que impliquem na formulação de juízos de valor.

Questões dos outros membros do Conselho

§ 4º - Após as perguntas do relator, os demais membros do Conselhopoderão formular as suas, sempre através daquele, devendo tudo ser consignadonos autos.

Proibição de pergunta única

§ 5º - É proibida a formulação de apenas uma pergunta genérica, quecontenha toda a acusação.Proibição de interferência do defensor

§ 6º - O defensor, próprio ou dativo, não interferirá no interrogatório ounas respostas do justificante.

Verdade real

Artigo 221 - O interrogatório deve ser completo e minucioso, fazendo orelator todas as perguntas necessárias ao esclarecimento das infrações ecircunstâncias contidas na peça inicial, buscando-se a verdade real.

A confissão

Artigo 222 - Se o justificante confessar a prática do ato ou atos que lheforam imputados, será especialmente interrogado sobre:

I - quais os motivos e circunstâncias determinantes;II - a participação de outras pessoas nos fatos, quem são e de que

modo agiram.

Indicação de provas

Artigo 223 - Se o justificante negar a imputação, no todo ou em parte,será perguntado se pode indicar provas que sustentem suas alegações.

Transcrição literal das respostas

Artigo 224 - As respostas do justificante serão fielmente reproduzidaspelo relator ao escrivão, que as reduzirá a termo.

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Apresentação do documentos

Artigo 225 - Ao final do interrogatório, o Presidente deverá fornecer aodefensor o libelo acusatório, e neste momento, a defesa poderá indicartestemunhas e apresentar documentos do seu interesse para juntada nos autos.

Prazo de apresentação das alegações

Parágrafo único - A contar da data do interrogatório, o defensor terávistas dos autos e prazo de 05(cinco) dias para apresentar as razões de defesa,conforme o previsto no artigo 9º da Lei Federal 5836.

Testemunhas de acusação

Artigo 226 - As testemunhas de acusação, em número máximo de 05 (cinco), são aquelas que efetivamente têm conhecimento dos fatos geradores danomeação do Conselho.

Intimação do acusado ou defensor

Artigo 227 - Nenhuma testemunha de acusação será inquirida semque sejam intimados o acusado e seu defensor, com pelo menos 2 (dois) diasúteis de antecedência.

Proibição da prova testemunhal emprestada

Artigo 228 - A prova pessoal de acusação, obtida no procedimentoinquisitório, deve ser repetida perante o Conselho, não se admitindo a provapessoal emprestada.

Ratificação do conteúdo e complementação

Parágrafo único - A pessoa poderá ratificar declarações constantesem documentos já incertos nos autos e complementada para o esclarecimento depontos obscuros, omissos ou contraditórios.

Apresentação das testemunhas de defesa

Artigo 229 - As testemunhas de defesa, em número máximo de 05( cinco), deverão ser apresentadas pelo acusado ou defensor, independente de

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intimação oficial, no dia e hora designados para a inquirição, salvo se servidorpúblico, cujo comparecimento será requisitado regularmente.

Substituição de testemunha

Artigo 230 - Não será computada como testemunha a pessoa quenada souber dos fatos constantes da peça inicial, podendo então ser indicadaoutra que a substitua.

Complemento da prova testemunhal

Artigo 231 - O Conselho, quando julgar necessário, poderá inquiriroutras testemunhas, após a oitiva das de acusação e de defesa, desde quenecessário à busca da verdade real.

Contradita da testemunha

Artigo 232 - Antes de iniciado o depoimento, o relator, o acusado ou oseu defensor poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias oudefeitos que a tornem suspeita de parcialidade ou indigna de fé.

Decisão da contradita

Artigo 233 - O presidente fará consignar a contradita ou argüição e aresposta da testemunha, mas só não lhe deferirá o compromisso ou a excluiráocorrendo as circunstâncias definidas nos artigos 352, parágrafo 2º, 354 e 355,todos do Código de Processo Penal Militar.

Qualificação e leitura da acusação

Artigo 234 - Após a testemunha ser devidamente qualificada, oescrivão lhe fará a leitura da acusação, antes de iniciada a inquirição.

Leitura conjunta

§ 1º - Se presentes várias testemunhas, a leitura será única, finda aqual se retirarão do recinto da sessão, permanecendo somente a que vai serinquirida.

Incomunicabilidade das testemunhas

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§ 2º - As testemunhas serão inquiridas individualmente, de modo queuma não possa ouvir o depoimento da outra, nem se comunicar com as demaisque estejam presentes, antes que o depoimento destas seja tomado.

Forma e requisitos do depoimento

Artigo 235 - A testemunha deve declarar:I - seu nome, idade, estado civil, residência, profissão e lugar onde

exerce atividade;II - se é parente e em que grau, do justificante; eIII - quais as suas relações com o justificante, e relatar o que sabe ou

tem razão de saber a respeito dos fatos narrados na peça de nomeação ecircunstâncias que com o mesmo tenham pertinência.

Limitação subjetiva do depoimento

Artigo 236 - O Presidente não permitirá que a testemunha manifestesuas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.

Retirada do acusado do local do depoimento

Artigo 237 - Se o Presidente verificar que a presença do justificante,pela sua atitude poderá influir no ânimo da testemunha, de modo que prejudiquea verdade do depoimento, fará retirá-lo, prosseguindo na inquirição, com apresença de seu defensor, fazendo constar do próprio termo de inquirição talcircunstância.

Reperguntas

Artigo 238 - Os integrantes do Conselho e o defensor podem, emassunto pertinente à matéria, perguntar às testemunhas, por meio de quesitos,bem como reperguntar e contestar as testemunhas de acusação, tudo porintermédio do relator.

Indeferimento de perguntas

Artigo 239 - Não poderão ser recusadas as perguntas do defensor,salvo se ofensivas ou impertinentes ou sem relação com o fato descrito na peçade nomeação, ou se importarem repetição de outra pergunta já respondida.

Retificação de termo

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Artigo 240 - A testemunha poderá, após a leitura do seu depoimentopelo escrivão, pedir a retificação do tópico que não tenha, em seu entender,traduzido fielmente declaração sua.

Período de inquirição

Artigo 241 - As testemunhas serão ouvidas durante o dia, das sete àsdezoito horas, salvo prorrogação autorizada pelo Presidente do Conselho, pormotivo relevante, fazendo-se constar a justificativa no encerramento do termo deinquirição.

Testemunha analfabeta

Artigo 242 - Se a testemunha não souber ou não puder assinar, orespectivo termo será assinado, a rogo, por duas outras que ouviram a leitura dodepoimento na presença do declarante.

Incidente de falso testemunho

Artigo 243 - Encerrado o depoimento e reconhecendo-se que atestemunha fez afirmação falsa, calou ou negou a verdade, o Presidente mandaráextrair cópias das peças que demonstrem o falso testemunho, remetendo-as àautoridade competente.

Indícios de crime no curso do processo

Parágrafo único - Se no curso do processo surgirem indícios de crimecomum ou militar, o Presidente deverá extrair cópia dos autos, remetendo-os porofício à autoridade competente.

Acareação

Artigo 244 - A acareação poderá ser determinada pelo Presidente, porindicação de algum membro do Conselho ou a requerimento da defesa.

Diligências externas

Artigo 245 - O Conselho, incorporado e acompanhado pelo defensor eo acusado, poderá proceder a toda e qualquer diligência, mesmo fora do localonde funcionar, sempre que tal procedimento seja julgado indispensável à buscada verdade.

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Documentos estranhos à Polícia Militar

§ 1º - Os documentos citados pela defesa, estranhos à Polícia Militar,deverão ser apresentados por quem o indicou, devidamente autenticados.

Carta precatória

§ 2º - A produção de prova poderá ser requisitada através de cartaprecatória, expedida diretamente ao Comandante da OPM local pelo Presidente,devendo o defensor e justificante serem previamente notificados do ato.

Prova emprestada

§ 3º - A prova emprestada de outros procedimentos poderá serutilizada para a instrução da processo.

Certidão nas provas materiais e periciais

§ 4º - Os documentos de provas materiais e periciais deverão contercertidão, exarada por despacho no próprio documento probatório e assinada pelopresidente, indicando a validade para o caso concreto.

Prosseguimento do processo

§ 5º - Atendidas as diligências indicadas ou não apontada anecessidade de realização de qualquer diligência, o processo irá concluso aoPresidente.

Seção IV

Da defesa

Apresentação das alegações

Artigo 246 - Concluídas as diligências e recebidas as alegações, oConselho deliberará sobre os questionamentos, realizando as diligênciasnecessárias em relação ao requerido.

Preclusão de direito

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§ 1º - Não é admitida suspensão ou interrupção do prazo para adefesa, devendo, ao final, os autos irem conclusos ao Presidente paradeliberação quanto ao julgamento.

Supressão

§ 2º - O texto de defesa, como qualquer outro escrito do processo,deve ser redigido em termos respeitosos ao decoro do Conselho, sem ofensa àautoridade pública ou a qualquer pessoa ou Instituição referida no processo.

Indeferimento de diligências

§ 3º - O Presidente do Conselho, ouvindo os demais membros,indeferirá, fundamentadamente, as medidas impertinentes, protelatórias etumultuárias.

Seção V

Do julgamento

Prazo de julgamento

Artigo 247 - Após as deliberações quanto a defesa, o Conselho terá oprazo de 05 (cinco) dias úteis para julgamento, a contar da convocação dasessão.

Sessão de julgamento

Parágrafo único - A sessão de julgamento será pública, observadasas regras de hierarquia para permissão de acesso ao recinto e o previsto noartigo 24 destas Instruções.

Formulação das questões

Artigo 248 - Compete ao Presidente do Conselho orientar os trabalhosde deliberação, formulando as questões preliminares e de mérito a seremvotadas.

Das preliminares

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§ 1º - Inicialmente o Conselho se manifestará sobre qualquer nulidadeque possa ter ocorrido, argüida ou não pela defesa e que não tenha conseguidosaná-la, fazendo as considerações julgadas necessárias.

Questões de mérito

§ 2º - A seguir, o Conselho examinando toda prova produzida e asrazões de defesa, passará a deliberar sobre as questões de mérito, objetivando,afinal, uma conclusão fundada na lei e nos princípios morais e éticos da profissãopolicial militar.

Fatos alheios

§ 3º - O Conselho não deve abordar questões alheias ao processo, asquais possam beneficiar ou prejudicar o justificante.

Da votação

Artigo 249 - As deliberações para a elaboração do relatório doConselho serão tomadas por maioria de votos, computado o do Presidente.

Ordenamento

Parágrafo Único - A votação de cada quesito será iniciada pelomembro mais moderno ou de menor posto.

Conteúdo do relatório

Artigo 250 - Do relatório constará: I - a qualificação do justificante;II - a exposição sucinta da acusação e as provas obtidas no processo;III - as diligências realizadas;IV - a exposição sucinta da defesa e as provas obtidas no processo;V - os motivos de fato e de direito em que se fundar o relatório;VI - a indicação, de modo expresso, dos artigos das normas legais

afrontados pelo justificante;VII - o parecer de procedência, procedência em parte ou

improcedência da acusação e a proposta da medida aplicável ao caso concreto.

Propositura da medida

Artigo 251 - Se o Conselho julgar a acusação:

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I - procedente: deverá propor a submissão do Oficial a julgamento peloTribunal de Justiça Militar quanto à perda do posto e da patente;

II - procedente em parte: deverá propor a submissão do Oficial ajulgamento pelo Tribunal de Justiça Militar quanto a reforma administrativa;

III - improcedente: deverá propor o arquivamento dos autos;

Agregação disciplinar

Parágrafo único - Sendo unânime a decisão de procedência deacusação, o Presidente do Conselho remeterá cópia do relatório ao ComandanteGeral que decidirá pela aplicação das medidas da agregação disciplinarconstantes do artigo 74 do RDPM.

Fundamentação de voto

Artigo 252 - O membro do Conselho que for vencido deveráfundamentar o seu voto.

Remessa dos autos

Artigo 253 - Elaborado pelo escrivão e assinado por todos osmembros, o relatório, juntamente com os autos, será remetido à autoridadenomeante.

Prazo de conclusão

Artigo 254 - Não tendo ocorrido interrupções legais no andamento doprocesso, o processo deve estar concluído no prazo de 30 (trinta) dias, a contarda data de sua nomeação, podendo ser prorrogado por até 20 ( vinte ) dias,conforme o previsto no parágrafo único da Lei Federal No 5836.

Seção VI

Da Decisão da Autoridade Nomeante

Da apreciação

Artigo 255 - A decisão, devidamente fundamentada, será aposta nosautos, após a apreciação do processo e de toda prova produzida, das razões dedefesa e do parecer do Conselho, e no prazo de 20 (vinte) dias a contar do seurecebimento, conforme o previsto no artigo 13 da Lei Federal No 5836.

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Publicidade do ato

Artigo 256 - A decisão será publicada em Diário Oficial do Estado,gerando os efeitos a contar desta data.

O arquivamento

§ 1º - O processo, cuja decisão concluir pelo arquivamento do feito,deverá ser remetido ao Comandante Geral, via Corregedoria PM para controle earquivamento dos autos.

A submissão a julgamento pelo TJM

§ 2º - O processo, cuja decisão concluir por julgamento do Oficial peloTribunal de Justiça Militar, deverá, após o acórdão, ser remetido ao ComandanteGeral, via Corregedoria PM para as providências cabíveis.

PARTE III

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

TÍTULO I

DISPOSIÇÕES

Artigo 257 - As presentes Instruções deverão ser adotadas em relaçãoaos processos instaurados na Polícia Militar do Estado de São Paulo a partir de01FEV94.

Artigo 258 - Estas Instruções entrarão em vigor na data prevista noparágrafo anterior, revogado os capítulos, artigos e incisos referentes àSindicância e Averiguação Sumária contidos na I-12-PM, aprovadas através doDespacho No 1EM/PM-2137/02/83, e publicadas no Bol G No 56/85, bem como a1ª edição da I-16-PM, aprovadas através do Despacho No 1EM/PM-856/02/80, epublicadas no Bol G No 173/81, além das demais disposições em contrário.

PARA APLICAÇÃO DAS PRESENTES INSTRUÇÕES, SE FAZ NESCESSÁRIAA OBSERVAÇÃO DO PRESCRITO NAS NORMAS PÚBLICADAS, NOS

BOLETINS GERAIS QUE ABAIXO SEGUEM:

BOL G Nº 24/94BOL G Nº 02/95

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BOL G Nº 117/95 - REVOGADO PELO BOL G Nº 237/95BOL G Nº 44/96BOL G Nº 106/95 - REVOGADO PELO BOL G Nº 99/96BOL G Nº 103/96BOL G Nº 04/00BOL G Nº196/00PORTARIA CMT G Nº CORREGPM-003/305/01, publicada no Bol G nº 085/01.

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INDICE REMISSIVO

ACIDENTES

Cita. Citação por edital 25Cita. Conteúdo 24Cópia. Obrigatoriedade 28Decisão. Competência do Secretário da Segurança Pública 10Decisão. Processos disciplinares 10Defensor. Manifestação nos autos 13Defensor. Presença 13Defensor.Direitos e deveres 13Deser ou extra. Citação 22Deser ou extra. Medidas para prosseguimento 21Imp. Impedimentos das autoridades 14Impe e Susp. Impedimentos e suspeicões do escrivão e auxiliares 15Impe e Susp. Impedimentos e suspeicões dos peritos 15Impe e Susp. Presidente de Sindicância 14Impe e Susp. Substituição do exceto 18Indeniza. Especificação do ressarcimento 42Insanidade.Pericia.Quesitos obrigatórios 19Orga. Local do arquivo dos autos originais 28Orga. Publicação e teor da decisão 28Orga.Numerador de procedimentos administrativos 28Orga.Numerador de Sindicância 28Part. autoridade instauradora 8Sindi. Inst. Fontes de conhecimento 30Sindi. instru. Impedimento ou suspeição do Presidente 33Sindi. instru. Substituição do Presidente 33Sindi. instru.Prazo do termo de recebimento 33Sindi. instru.Termo de recebimento 33Sindi. regi. Apreciação do registro 32Sindi. regi. Encerramento da investigação preliminar 32Sindi. regi. Investigação preliminar 31Sindi. regi. Investigação preliminar. Providências do Presidente 31Sindi. regi.Proibição de arquivamento 32Sindi. relato. Responsabilidade disciplinar 36