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Polimerização em Etapas Síntese e Modificação de Polímeros Aula 2 Prof. Sérgio Henrique Pezzin

Polimerização em Etapas

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Polimerização em Etapas. Síntese e Modificação de Polímeros Aula 2 Prof. Sérgio Henrique Pezzin. Polimerização em Etapas. Monômero + monômero = dímero Dímero + monômero = trímero Dímero + dímero = tetrâmero Trímero + monômero = tetrâmero Trímero + dímero = pentâmero - PowerPoint PPT Presentation

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Polimerização em Etapas

Síntese e Modificação de Polímeros

Aula 2

Prof. Sérgio Henrique Pezzin

Page 2: Polimerização em Etapas

Polimerização em Etapas

Monômero + monômero = dímero Dímero + monômero = trímero Dímero + dímero = tetrâmero Trímero + monômero = tetrâmero Trímero + dímero = pentâmero Trímero + trímero = hexâmero …

Altas massas moleculares são obtidas apenas no final da reação

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Características da Polimerização em Etapas 1. As moléculas crescem em etapas por meio de reações

intermoleculares 2. Em geral, há apenas um tipo de reação

• Usualmente há 2 monômeros, A e B. A pode reagir apenas com B e vice-versa.

3. Durante a reação, moléculas de tamanhos variáveis co-existem.

4. Monômeros podem se combinar com eles mesmos ou com outros polímeros de comprimentos variáveis . As moléculas crescem durante todo o tempo de reação por colisões aleatórias.

5. Reação lenta, favorecida a temperaturas elevadas. Em geral, os produtos da reação têm massa molecular baixa em comparação com outros tipos de polimerização.

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Características da Polimerização em Etapas

6. Usualmente são produzidas cadeias lineares

7. Reação em equilíbrio: pode chegar a até 99.99% de completude (uma longa molécula…)

8. Reação reversível: é necessário remover água (ou outro subproduto) da mistura reacional para aumentar a conversão.

9. Condição mínima para sintetizar polímeros: bifuncionalidade de ambos reagentes.

10. Polímeros de condensação geralmente tem um átomo de N ou O em sua molécula.

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Polifuncionalidade e Gelificação

Funcionalidade > 2 → polimerização em rede tridimensional

Caso de um reagente trifuncional – p.ex. glicerol (3 grupos –OH)

Redes de termoplásticos e termorrígidos Exemplos:

uréia-formaldeído fenol-formaldeído epóxi Borracha vulcanizada

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Polifuncionalidade e Gelificação

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Polifuncionalidade e Gelificação

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Base para a Análise da Cinética de Polimerização Essencial a partir de dois pontos de vista:

A síntese de polímeros de alta massa molar requer o conhecimento da cinética da reação de polimerização.

Do ponto de vista teórico as diferenças significativas entre polimerização em etapas e em cadeia estão ligadas, em grande parte, ao seu comportamento cinético.

A polimerização em etapas ocorre com um aumento relativamente lento na massa molecular do polímero.

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Base para a Análise da Cinética de Polimerização A velocidade de uma polimerização em etapas é,

portanto, a soma das velocidades de reação entre moléculas de vários tamanhos: Monômero + monômero → dímero Trímero + trímero → hexâmero

Dímero + monômero → trímero Tetramer + monômero →pentâmero Dímero + dímero → tetrâmero Tetrâmero + dímero → hexâmero

Trímero + monômero → tetrâmero Tetrâmero + trímero → heptâmeror Trímero + dímero → pentâmero Tetrâmero + tetrâmero → octâmero Pentâmero + trímero → octâmero

Pentâmero + tetrâmero → nonâmero Que pode ser expressa como

n-mero + m-mero → (n + m)-mero

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Base para a Análise da Cinética de Polimerização A cinética com inúmeras reações separadas → difícil de

analisar.

Porém, se torna muito simplificada se consideramos que as reatividades de ambos grupos funcionais de um monômero bifuncional são as mesmas: não importando qual grupo reagiu

Independente do tamanho da molécula (dos valores de n e m).

Estas simplificações → conceito da reatividade igual dos grupos funcionais, torna a cinética idêntica à de reações análogas com moléculas pequenas.

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Base para a Análise da Cinética de Polimerização Estas simplificações são justificadas → muitas polimerizações em

etapa têm constantes de velocidade indepedente do tempo de reação ou da massa molecular.

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Base para a Análise da Cinética de Polimerização - Esterificação

RC

OH

O

+ R' OHHA

RC

OR'

O

+ HOH

Mecanismo: esterificação catalisada por ácido

H5C6

COH

OO

+HH

H

+

H5C6

COH

O+H

+ CH3 OH

- CH3 OH

H5C6 C

O

OH

O+

CH3

HH

H5C6 C

O+

OH

O CH3

H H

H5C6

C

O+H

OCH3

O

H H- H3O

+

+ H3O+

H5C6

C

O

OCH3

2 etapas

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Extensão da Reação

Extensão da reação p:

p = número de grupos funcionais que reagiram_____ número de grupos funcionais presentes no início

Portanto, p = probabilidade que um grupo funcional escolhido aleatoriamente em um reator tenha reagido

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Policondensação Linear Monômeros bifuncionais

Dois tipos de reação:

A-B + A-B A-BA-B (tipo I) Ex. A = ácido B = álcool AB = éster

A-A + B-B A-AB-B (tipo II)

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Policondensação Linear – Tipo I

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Policondensação Linear – Tipo II

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Policondensação Linear – Tipo II

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Policondensação Linear – Tipo II

Desvio na região de alta conversão:

-Perda de reagentes

-Reações paralelas

-Dificuldade de deslocar o equilíbrio

Desvio na região de baixa conversão:

-Equilíbrio de protonação (mudança da polaridade do meio)

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Policondensação Linear – Tipo II

“Catálise Externa”

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Polimerização em Etapas: Cinética e Mecanismo

Útil para saber o comprimento médio das cadeias produzidas pelas reações dos tipos I ou II

O grau de polimerização numérico médio é uma indicação do comprimento:

= número inicial de monômeros___

número de moléculas no sistema

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Polimerização em Etapas: Cinética e Mecanismo

Concentração de um dos grupos funcionais

após uma fração p ter reagido, C=C0(1-p).

Para reações do tipo II:

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Grau de polimerização numérico médio Exemplo:

20 monômeros inicialmente no reator 4 cadeias moleculares no final da reação Cada cadeia teria uma média de 5 monômeros de

comprimento

Porém, isso não dá informação sobre a distribuição. Exemplo:

Poderíamos ter uma cadeia de 17 monômeros + 3 monômeros sobrando.

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Relação com a Massa Molar Numérica Média

Em que M0 é a massa molecular média de uma unidade repetitiva (mero).

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Polimerização em Etapas: Cinética

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B) Princípio da reatividade “igual”: a probabilidade que

um grupo funcional tenha reagido em um tempo t é « p », independentemente do comprimento de cadeia.

A probabilidade que um um grupo não tenha reagido em um tempo t é « 1-p »

Consideramos apenas reações do tipo I (a possibilidade de não-estequiometria em reações do tipo II complica os cálculos consideravelmente).

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B) Para obter esta distribuição, nós determinamos a

probabilidade que uma molécula escolhida aleatoriamente seja uma x-mero (isto é, tenha x unidades na sua cadeia).

Olhe para a primeira unidade B: a probabilidade que ela tenha reagido é p. Então olhe para a próxima unidade B, a probabilidade que ela tenha reagido é também p…

Se olharmos para a cadeia inteira teremos (x-1) unidades B que reagiram e 1 unidade (no final da cadeia) que não reagiu.

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B)

A probabilidade de que todos estes eventos independentes tenham ocorrido é igual ao produto de suas probabilidades individuais:

Esta é exatamente a probabilidade de uma molécula em particular ser um x-mero, que é a fração numérica de x-meros presentes:

Esta é a chamada “distribuição mais provável”

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B)

Função de distribuição de frações numéricas

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B) Monômeros estão presentes em número maior que

qualquer outra espécie em todos os estágios da reação.

n(x) decresce monotonamente com o crescimento das cadeias.

A distribuição numérica enfatiza baixas massas moleculares

⇒ Comportamento diferente para distribuições de massa: Massas dos monômeros são bastante pequenas Um 100-mero é mais pesado que 20 monômeros

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B) Distribuição ponderada w(x) Relação geral entre a distribuição numérica e a

distribuição ponderal:

Neste caso:

Portanto

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B)

Distribuição ponderada

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Distribuição de Massas Moleculares em Reações do Tipo I (A-B + A-B) Observações sobre as distribuições

ponderadas

• Presença de um máximo

• Este máximo se desloca a valores mais altos

quando p aumenta

• O pico fica mais largo quando p aumenta

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Grau de polimerização numérico médio• Já demonstramos que:

• Podemos obter o mesmo resultado notando que:

• Desde que p<1:

Encontramos que

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Grau de polimerização ponderal médio• Podemos fazer o mesmo exercício para o grau de polimerização ponderal médio:

• Sabendo que:

• Encontramos:

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Índice de Polidispersividade

• A razão entre os graus de polimerização ponderal e numérico médios é chamado de índice de polidispersividade (PDI):

• Quando p → 1:

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Quantidades não-estequiométricas A presença de um excesso de um dos monômeros

pode levar a uma redução da massa molecular máxima alcançável em uma polimerização em etapas → modo de controlar a massa molecular!

Mais confiável do que interromper a reação por resfriamento, pois a reação pode começar novamente quando do aquecimento do sistema.

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Quantidades não-estequiométricas Reação Tipo I: NA = NB sempre já que são parte da

mesma molécula desde o início.

Reação Tipo II: temos reagentes A–R’–A e B-R’’-B, em que A e B são os grupos funcionais.

Vamos supor que B-R’’-B está em excesso. Eventualmente, os grupos funcionais B serão as unidades terminais de cada molécula formada → possibilidade de limitar a massa molecular.

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Exemplos com quantidades não-estequiométricas NA = número de grupos A no início

NB = número de grupos B no início (em excesso)

r = NA/NB < 1

p = fração de A que reagiu

rp = fração de B que reagiu

Número total de monômeros =

Número de grupos funcionais que não reagiram =Número de finais de cadeias =

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Exemplos com quantidades não-estequiométricas A última equação:

Representa duas vezes o número de moléculas presentes (os monômeros são A-A ou B-B).

Portanto:

Quando p →1:

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Exemplos com quantidades não-estequiométricas Se 1% (em mol) de grupos estabilizantes é adicionado: r = 100/101

Para 2% (em mol) r = 100/102

= 101

Isto indica a precisão necessária das concentrações de monômeros para se obter altas massas moleculares.

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Adição de Reagentes MonofuncionaisÉ possível controlar a massa molecular de reagentes bifuncionais em quantidades estequiométricas pela adição de uma pequena porção de um reagente monofuncional• Exemplo: ácido acético (CH3COOH)• Vamos redefinir « r » (Flory) :

Em que NBM é o número de grupos monofuncionais (e NA= NB).

Podemos então usar a equação prévia: