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Política de Remuneração de Sócios Ênfase em Distribuição de Lucros

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Política de Remuneração de SóciosÊnfase em Distribuição de Lucros

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Acordo de Convivência

O que esperam do Instrutor?

O que esperam dos colegas?

O que o instrutor espera de todos?

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FORMAS DE REMUNERAÇÃO DOS SÓCIOS

FORMA ORIGEM

PRÓ LABORE NO TRABALHO

JUROS SOBRE O CAPITAL PELA ATUALIZAÇÃO DO INVESTIMENTO

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS PELO RESULTADO DA EMPRESA

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CONCEITO DE LUCRO

Na definição contábil, Lucro é o Resultado positivo apurado pela pessoajurídica ao final do resultado do Exercício mediante a determinaçãoprevista legislação comercial.

Temos Lucro Fiscal e o Lucro Contábil.

Lucro Fiscal é o lucro que depois de apurado como resultado doexercício sofre ajustes para atender a legislação fiscal.

Lucro Contábil é o lucro que é apurado como resultado do exercício.

Por exercício compreende-se o período entre o dia 01 janeiro e o dia 31de dezembro.

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MOMENTO DE OCORRÊNCIA DL

PagamentoX

Crédito

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TRIBUTAÇÃO DE LUCROS DISTRIBUÍDOS

Os lucros ou dividendos calculados com base nos resultados apurados apartir do mês de janeiro de 1996, pagos ou creditados pelas pessoasjurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou arbitrado,não estão sujeitos à incidência do imposto de renda na fonte, nemintegrarão a base de cálculo do imposto de renda do beneficiário,pessoa física ou jurídica, domiciliado no país ou no exterior (artigo 10da Lei 9.249/1995)

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TRIBUTAÇÃO DE LUCROS DISTRIBUÍDOS

“ § 1o No caso de quotas ou ações distribuídas em decorrência deaumento de capital por incorporação de lucros apurados, a partir domês de janeiro de 1996, ou de reservas constituídas com esses lucros, ocusto de aquisição será igual à parcela do lucro ou reserva capitalizado,que corresponder ao sócio ou acionista.”

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LUCROS NO LUCRO PRESUMIDO – IN 93/97

Art. 48

§ 2º No caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro presumidoou arbitrado, poderá ser distribuído, sem incidência de imposto:

I - o valor da base de cálculo do imposto, diminuída de todos osimpostos e contribuições a que estiver sujeita a pessoa jurídica; e,

II - a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinadono item I, desde que a empresa demonstre, através de escrituraçãocontábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo émaior que o determinado segundo as normas para apuração da basede cálculo do imposto pela qual houver optado, ou seja, o lucropresumido ou arbitrado.

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LUCROS NO LUCRO PRESUMIDO – IN 93/97

§ 3º A parcela dos rendimentos pagos ou creditados a sócio ou acionista ouao titular da pessoa jurídica submetida ao regime de tributação com base nolucro real, presumido ou arbitrado, a título de lucros ou dividendosdistribuídos, ainda que por conta de período-base não encerrado, queexceder ao valor apurado com base na escrituração, será imputada aoslucros acumulados ou reservas de lucros de exercícios anteriores, ficandosujeita a incidência do imposto de renda calculado segundo o disposto nalegislação específica, com acréscimos legais.

§ 4º Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em montantesuficiente, a parcela excedente será submetida à tributação nos termos doart. 3º, § 4º, da Lei nº 7.713, de 1988, com base na tabela progressiva a quese refere o art. 3º da Lei nº 9.250, de 1995.

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OBSERVE LEIS COMERCIAIS E NÃO FISCAIS

A legislação fiscal faculta às empresas a depreciarem os bens do ativoimobilizado (artigo 305 do RIR; e Parecer Normativo CST 79/76), noentanto, para fins contábeis a obrigatoriedade atualmente está previstanos itens 43 a 48 do Pronunciamento Técnico CPC 27 – AtivoImobilizado. Assim, independentemente do regime fiscal escolhido, adepreciação de bens é obrigatória pela legislação contábil.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA 46/2010

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS AOS SÓCIOS. NÃO INCIDÊNCIA. O sóciocotista que receba pro labore é segurado obrigatório do RGPS, na qualidadede contribuinte individual, havendo incidência de contribuição previdenciáriasobre o pro labore por ele recebido. Não incide a contribuição previdenciáriasobre os lucros distribuídos aos sócios quando houver discriminação entre aremuneração decorrente do trabalho (pro labore) e a proveniente do capitalsocial (lucro) e tratar-se de resultado já apurado por meio de demonstraçãodo resultado do exercício.- DRE. Estão abrangidos pela não incidência oslucros distribuídos aos sócios de forma desproporcional à sua participaçãono capital social, desde que tal distribuição esteja devidamente estipuladapelas partes no contrato social, em conformidade com a legislaçãosocietária.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA 96/2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: SOCIEDADE SIMPLES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PROFISSIONAIS RELATIVOS AOEXERCÍCIO DE PROFISSÕES LEGALMENTE REGULAMENTADAS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL(SÓCIO). PRO-LABORE. REFORMA DA SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF09/DISIT N. 133/2012.Atualmente não há dispositivo legal que determine a obrigatoriedade de remuneração desócios de sociedade simples mediante pro-labore.. Não há dispositivo legal que determinea obrigatoriedade de remuneração de sócios de sociedade simples mediante pro-labore.De acordo com o art. 201, § 5o, II, 1a parte, do Decreto n. 3.048/99, no caso depagamentos (ou créditos) ao final do exercício, se estiver estipulado previamente, emcontrato social (CC, art. 997, VII), que a sociedade não pagará pro-labore (isto é, os sócios-administradores serão remunerados só em função da lucratividade do capital - distribuiçãode lucros), há discriminação entre essas formas de pagamento, o que leva ao nãorecolhimento da contribuição previdenciária por inocorrência do fato imponível tributário(fato gerador).

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SOLUÇÃO DE CONSULTA 96/2012

O prévio acerto intersócios de que a sociedade não os remunerará pelo trabalho (pro-labore), mas tão-somente em função do resultado (distribuição de lucros), serve dediscriminação para afastar a incidência tributária relativa a esta hipótese de incidência.Decerto, previamente ao pagamento (ou crédito) deve haver a apuração do resultado quedemonstre que houve lucro a ser distribuído. No caso de pagamentos (ou créditos) duranteo exercício (art. 201, § 5o, II, parte final, do Decreto n. 3.048/99), não se consideraadiantamento de lucros se houver balanço (ou balancete) prévio ao pagamento, o qualdemonstre que a distribuição de lucro decorra efetivamente do resultado positivo (lucro)apurado previamente. Decerto, também nessa hipótese persiste a necessidade de préviadiscriminação em contrato social (CC, art. 997, VII) em que fique discriminado que asociedade somente remunerará o(s) sócio(s)-administrador(es) por meio de distribuição delucros. O desatendimento a qualquer desses requisitos implica a incidência da contribuiçãoprevidenciária. Se houver recolhimento de contribuição previdenciária pelo sócio-administrador (segurado obrigatório - contribuinte individual) em razão do pagamento oucrédito relativo a antecipação de distribuição de lucros, é incabível a repetição do indébito,porquanto a relação do contribuinte individual (segurado obrigatório) perante àprevidência social não é apenas jurídico-tributária.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA 96/2012

Ao recolher a contribuição previdenciária, o contribuinte individual (seguradoobrigatório) tem uma relação jurídico-tributária-previdenciária, pois o contribuinteindividual e a previdência social são reciprocamente devedores e credores:enquanto o contribuinte individual é devedor tributário da contribuiçãoprevidenciária e credor da proteção previdenciária; a previdência estatal é credoratributária da contribuição previdenciária (através da Secretaria da Receita Federaldo Brasil - RFB) e devedora (através do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS)da proteção previdenciária. Portanto, há uma relação comutativa entre ocontribuinte individual e a previdência social. Deveras, o sócio-administrador quenão tenha recolhimento da respectiva contribuição previdenciária, em função docontrato social estabelecer que sua remuneração dar-se-á somente por meio dadistribuição de lucros, não está proibido de se filiar à previdência estatal naqualidade de segurado facultativo, ou seja, pode, se quiser, recolherfacultativamente para se ver protegido pela previdência estatal. Reforma-se, deofício, a Solução de Consulta SRRF09/Disit n. 133/2012.

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APURAÇÃO E ESCRITURAÇÃO

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REGIME DE APURAÇÃO

ESCRITURAÇÃO ISENÇÃO OU NÃO

CAIXA CAIXA LIMITADA

CAIXA CONTÁBIL COMPLETA

LIMITADA

COMPETÊNCIA CONTÁBIL COMPLETA

ILIMITADA

COMPETÊNCIA CAIXA LIMITADA

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SOBRE PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS

Alexandre Rossato da Silva Ávila

[...] o contribuinte tem o direito de economizar no pagamento detributos. Ele não é obrigado a adotar a forma mais onerosa paraconduzir os seus negócios. O contribuinte pode estruturar seus atos ounegócios de maneira a pagar menos, ou nenhum, tributo. Se o atopode ser praticado por duas formas, sendo uma tributada e outra não,é evidente que o contribuinte tem o direito de escolher a que melhoratenda aos seus interesses. Ninguém é obrigado a adotar a forma maisonerosa para os seus negócios [...]

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SOBRE PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS

Sacha Calmon

...

(a) Na evasão ilícita os meios são sempre ilícitos(haverá fraude ou simulação de documento, fato ouato jurídico- quando mais de um agente participardar-se-á o conluio); já na elisão os meios são lícitosporque não vedados pelo legislador.

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SOBRE PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS

Sacha Calmon

...

(b) também no momento de utilização destes meios. Naevasão, a distorção da realidade ocorre no momento em queocorre o fato jurígeno-tributário (fato gerador) ou após suaocorrência; na elisão fiscal, a utilização dos meios ocorre antesda realização do fato jurígeno-tributário ou como aventaSampáio Dória, antes que se exteriorize a hipótese deincidência tributária, pois, opcionalmente, o negócio revestiráa forma jurídica alternativa não descrita na lei comopressuposto de incidência ou pelo menos revestirá formamenos onerosa.

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SOBRE PRÁTICAS TRIBUTÁRIAS

Rubens Gomes de Souza:

(...) o único critério seguro (para distinguir a fraude da elisão) é verificarse os atos praticados pelo contribuinte, para evitar, retardar ou reduziro pagamento de um tributo foram praticados antes ou depois daocorrência do respectivo fato gerador: na primeira hipótese, trata-se deelisão; na segunda, trata-se de fraude fiscal.

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DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Concorre com algumas matérias:

- Princípio da Entidade

- Pró Labore

- Remuneração a Terceiros

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ESSÊNCIA TRIBUTÁRIA

art. 116 do CTN:

Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsideraratos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular aocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementosconstitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos aserem estabelecidos em lei ordinária

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ESSÊNCIA TRIBUTÁRIA

(TRF4, AC 5000053-29.2010.404.7005, Primeira Turma, Relator p/Acórdão Joel Ilan Paciornik, D.E. 03/10/2013)

4. A organização sob a forma de grupo econômico não implica,necessariamente, evasão fiscal, mas não elimina a necessidade de quecada empresa possua estrutura autônoma, tanto formal quantomaterial, ou seja, realmente exerça atividade econômica organizada deforma independente da empresa controladora. Se essa situação nãoestiver caracterizada, não existe verdadeira empresa, mas uma filial,uma extensão da empresa controladora.

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ESSÊNCIA TRIBUTÁRIA

5. A fiscalização coligiu, no processo administrativo, evidênciasconsistentes e suficientes para demonstrar que as empresas optantesdo SIMPLES, pertencentes ao grupo econômico liderado pela autora eprestadoras de serviços relacionados, quase em sua totalidade, com aatividade fim da autora, consistiam em instrumento para a prática deevasão tributária, visto que se destinavam a registrar formalmente osempregados da empresa autora, com o intuito de reduzir a cargatributária incidente sobre a folha de salários da autora.

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ESSÊNCIA TRIBUTÁRIA

6. Entre os fatos apurados por força da ação fiscal, cabe destacar:

▪ despesas lançadas na contabilidade das empresas optantes foram pagas, de fato, pela empresa autora;

▪ o faturamento das empresas optantes do SIMPLES era utilizado quase que exclusivamente para o pagamento das despesas com mão-de-obra e encargos sociais e trabalhistas;

▪ várias reclamatórias foram processadas em varas do trabalho localizadas em cidades onde não havia estabelecimentos das empresas optantes pelo SIMPLES, mas a empresa autora possuía filiais;

▪ a evolução qualitativa da mão-de-obra das empresas demonstra que a empresa autora, mesmo com aproximadamente 20 estabelecimentos, declarava poucos empregados na sua folha de salários, enquanto que as empresas optantes declaravam empregados em número incompatível com as atividades econômicas realizadas;

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ESSÊNCIA TRIBUTÁRIA

▪ as empresas optantes pelo SIMPLES não possuem autonomia financeira para realizar as atividades empresariais de forma economicamente sustentável, sendo evidente a desproporcionalidade entre gastos com mão-de-obra e faturamento, que, nas empresas optantes, varia entre 70% e 199%;

▪ as empresas optantes não possuem autonomia patrimonial, já que não apresentam ativo permanente, nem registro de despesas com imóveis, aluguéis, equipamentos ou materiais necessários à realização de seus objetivos sociais e os custos e as despesas registrados limitam-se à mão-de-obra e encargos sociais.

▪ 7. O art. 149, inciso VII, do CTN, autoriza o fisco realizar o lançamento fiscal ou revisá-lo de ofício, caso fique comprovado que o sujeito passivo ou terceiro, em benefício do sujeito passivo, agiu com dolo, fraude ou simulação.

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ESCRITURAÇÃO

Atentar-se para o fato que o Lucro a ser distribuído de maneira isenta,ou possível deverá seguir as normas do Lucro Real, que é a matéria quenorteia a base de cálculo fiscal.

Exemplo:

Critério do reconhecimento de receitas diferidas

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DESTINAÇÃO DE LUCROS

Conforme a Lei nº. 11.638/07, o lucro líquido do exercício deve serintegralmente destinado.

As contas de Lucros Acumulados passam a ter conotação transitória.

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PONTO DE ATENÇÃO

Segundo o art. 3o da Instrução Normativa RFB no 1.420/2013, estão obrigadas aadotar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1º de janeiro de2014:

II - as pessoas jurídicas tributadas com base no lucro presumido, que distribuírem,a título de lucros, sem incidência do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte(IRRF), parcela dos lucros ou dividendos superior ao valor da base de cálculo doImposto, diminuída de todos os impostos e contribuições a que estiver sujeita.

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ISENÇÃO NO SIMPLES NACIONAL

A empresa poderá distribuir lucro sem incidência de Imposto de Renda na Fonte,devendo, porém, registrar o pagamento como saída de caixa sob a rubrica de"lucros distribuídos".

A isenção fica limitada ao valor resultante da aplicação dos percentuais de quetrata o artigo 15 da Lei 9.249/1995, sobre a receita bruta mensal, no caso deantecipação de fonte, ou da receita bruta total anual, tratando-se de declaração deajuste, subtraído do valor devido na forma do Simples Nacional no período, relativoao IRPJ.

Os percentuais em referências são aqueles que seriam utilizados para calcular oimposto de renda com base no Lucro Presumido

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OBRIGATORIEDADE DA ECD: pontos de atenção

FATOS CONTÁBEIS LUCRO REAL LUCRO PRESUMIDO

IN R

FB 1

.42

0/2

01

3

A partir de 01/01/2014Toda PJ enquadrada nesse

regime

PJ que distribuir lucros sem IRRF em valor superior ao

da base de cálculo do Imposto diminuído de todos os impostos e contribuições

a que estiver sujeita

A partir de 01/01/2016Toda PJ enquadrada nesse

regime

PJ que não escriture LIVRO CAIXA (§ único do art. 45 da

Lei nº 8.981/1995)

PONTO DE ATENÇÃO!!!

O texto legal menciona “todosos impostos e contribuições a

que estiver sujeita”.PIS, COFINS, IR, CSLL E CPRB

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DISTRIBUIÇÃO “DISFARÇADA” DE LUCROS

"Art. 72. Consideram-se formas de distribuição disfarçada de lucros oudividendos pela pessoa jurídica:

I - A alienação, a qualquer título, a acionista sócio, dirigente ou participantenos lucros de pessoa jurídica, ou aos respectivos parentes ou dependentesde bem ou direito, por valor notoriamente inferior ao de mercado;

II - A aquisição, de qualquer das pessoas referidas no artigo anterior, debem ou direito por valor notoriamente superior ao de mercado;

III - O pagamento de remuneração por trabalho assalariado, autônomo ouprofissional, que não corresponda a serviços efetivamente prestados;

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DISTRIBUIÇÃO “DISFARÇADA” DE LUCROS

IV - O pagamento de aluguéis ou 'royalties' a qualquer das pessoasreferidas no item I que não corresponda ao efetivo uso, exploração oufruição de bem ou direito, ou em montante que exceda o valor domercado;

V - O pagamento de despesas particulares das pessoas referidas no itemI, salvo quando satisfizerem às condições legais para serem classificadascom remuneração do trabalho assalariado, autônomo ou profissional;

VI - O não exercício de direito à aquisição de bem ou direitopertencentes a qualquer das pessoas referidas no item I quando deleresultar a perda do sinal, depósito em garantia, ou importância pagapara obter opção de aquisição;

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DISTRIBUIÇÃO “DISFARÇADA” DE LUCROS

VII - os empréstimos concedidos a quaisquer das pessoas referidas noitem I, se a pessoa jurídica dispõe de lucros acumulados ou reservas nãoimpostas pela lei, salvo se:

a) revestirem forma escrita;b) estabelecerem as condições de juros, deságios, indexação ou correçãomonetária semelhantes aos empréstimos mais onerosos tomados pelapessoa jurídica;c) sejam resgatados no prazo máximo de três anos.

VIII - A redução do capital social e conseqüente amortização de ações ouquotas, devolução de participação de sócios, antes de decorridos doisanos da incorporação de reservas ou lucros ao capital social;

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DISTRIBUIÇÃO “DISFARÇADA” DE LUCROS

IX - O resgate, dentro de dois anos de sua emissão, de açõespreferenciais resultantes da incorporação de lucros ou reservas aocapital;

X - A transferência aos sócios ou acionistas, sem pagamento ou por valorinferior ao do mercado, do direito de preferência à subscrição de açõesno capital de outra sociedade;

XI - A incorporação ao capital, com a conseqüente distribuição de ações,de dividendos fixos ou mínimos de ações preferenciais, devidos hámenos de dois anos;

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DISTRIBUIÇÃO “DISFARÇADA” DE LUCROS

XII - A amortização ou resgate de partes beneficiárias antes de cincoanos da sua emissão, se emitidas para colocação gratuita.

§ 1º O disposto no item VII não se aplica aos empréstimos concedidos aseus acionistas por bancos, emprêsas de seguro e capitalização,sociedades de crédito ou financiamento, e de investimento.

§ 2º No caso de lucros ou reservas acumuladas após a concessão doempréstimo, o disposto no item VII aplicar-se-á a partir do momento emque atingirem o montante do empréstimo.

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 196 de 18 de Outubro de 2012

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: SOCIEDADE SIMPLES. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOSPROFISSIONAIS RELATIVOS AO EXERCÍCIO DE PROFISSÕES LEGALMENTEREGULAMENTADAS CONTRIBUINTE INDIVIDUAL (SÓCIO). PRO-LABORE.REFORMA DA SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF09/DISIT N. 133/2012.Atualmente não há dispositivo legal que determine a obrigatoriedadede remuneração de sócios de sociedade simples mediante pro-labore..Não há dispositivo legal que determine a obrigatoriedade deremuneração de sócios de sociedade simples mediante pro-labore.

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

De acordo com o art. 201, § 5o, II, 1a parte, do Decreto n. 3.048/99, nocaso de pagamentos (ou créditos) ao final do exercício, se estiverestipulado previamente, em contrato social (CC, art. 997, VII), que asociedade não pagará pro-labore (isto é, os sócios-administradoresserão remunerados só em função da lucratividade do capital -distribuição de lucros), há discriminação entre essas formas depagamento, o que leva ao não recolhimento da contribuiçãoprevidenciária por inocorrência do fato imponível tributário (fatogerador). O prévio acerto intersócios de que a sociedade não osremunerará pelo trabalho (pro-labore), mas tão-somente em função doresultado (distribuição de lucros), serve de discriminação para afastar aincidência tributária relativa a esta hipótese de incidência.

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

Decerto, previamente ao pagamento (ou crédito) deve haver aapuração do resultado que demonstre que houve lucro a serdistribuído. No caso de pagamentos (ou créditos) durante o exercício(art. 201, § 5o, II, parte final, do Decreto n. 3.048/99), não se consideraadiantamento de lucros se houver balanço (ou balancete) prévio aopagamento, o qual demonstre que a distribuição de lucro decorraefetivamente do resultado positivo (lucro) apurado previamente.Decerto, também nessa hipótese persiste a necessidade de préviadiscriminação em contrato social (CC, art. 997, VII) em que fiquediscriminado que a sociedade somente remunerará o(s) sócio(s)-administrador(es) por meio de distribuição de lucros.

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

O desatendimento a qualquer desses requisitos implica a incidência dacontribuição previdenciária. Se houver recolhimento de contribuiçãoprevidenciária pelo sócio-administrador (segurado obrigatório -contribuinte individual) em razão do pagamento ou crédito relativo aantecipação de distribuição de lucros, é incabível a repetição doindébito, porquanto a relação do contribuinte individual (seguradoobrigatório) perante à previdência social não é apenas jurídico-tributária. Ao recolher a contribuição previdenciária aos cofrespúblicos, não só o contribuinte individual (segurado especial) mastambém seu(s) dependente(s) passam a gozar imediatamente (semcarência) da proteção previdenciária estatal para determinadosbenefícios, a depender do infortúnio.

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SOLUÇÕES DE CONSULTAS

Solução de Consulta n° 102, de 29 de maio de 2013 (Pág. 20 – DOU1)Assunto: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte – IRRFEX-SÓCIO. RESULTADOS. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.O pagamento feito a ex-sócio de sociedade de advogados, relativo a resultados apurados após a sua saída da sociedade e decorrentes de processos do qual participou, não tem natureza de distribuição de lucros, mas de remuneração pela prestação de serviços.Dispositivos Legais: Lei nº 8.541, de 1992, art. 20; Lei nº 9.249, de 1995, art. 10; Lei nº 8.906, de 1994, arts. 22 e 24; RIR/1999, art. 662; IN SRF nº 11, de 1996, art. 51.MARCO ANTÔNIO FERREIRA POSSETTI

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IMPEDIMENTO A DL

O art. 17 da Lei 11.051/2004 dispõe que as pessoas jurídicas, enquantoestiverem com débito, não garantido, para com a União e suasautarquias de Previdência e Assistência Social, por falta derecolhimento de imposto, taxa ou contribuição, no prazo legal, nãopoderão:

a) distribuir quaisquer bonificações a seus acionistas; ou;

b) dar ou atribuir participação de lucros a seus sócios ou quotistas, bemcomo a seus diretores e demais membros de órgãos dirigentes, fiscaisou consultivos.

Não há aplicação a PLR

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IMPEDIMENTO A DL

A pessoa jurídica que proceder a distribuição de Lucro quando possuidébitos está sujeita a multa de 50% (cinqüenta por cento) do valor totaldo débito não garantido da pessoa jurídica.

A disposição legal se aplica a todas as pessoas jurídicas e não hádefinição quando ao regime tributário.

Quando a empresa parcela seus débitos, estes ficam com suaexigibilidade suspensa, não se aplicando a multa citada acima.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA – 07/2013

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. DÉBITOS COM EXIGIBILIDADESUSPENSA. ADMISSIBILIDADE. A pessoa jurídica que possuir débitoscuja exigibilidade esteja suspensa em decorrência de parcelamentopoderá distribuir seus lucros, sem que haja incidência da multa previstano art. 32, § 1º, da Lei nº 4.357/64, desde que atendido o regularrecolhimento das parcelas e observados os limites legais.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA – 06/2012

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda Retido na Fonte - IRRF

EMENTA: IMPOSTO DE RENDA. SOCIEDADE SIMPLES. PRO LABORE E DISTRIBUIÇÃO DELUCROS PAGOS A SÓCIO DE SERVIÇO. A distribuição de lucros aos sócios (de capital ou deserviço) é isenta de imposto de renda na fonte. Contudo, existem regras que devem serobservadas levando-se em consideração a forma de tributação da pessoa jurídica. Se apessoa jurídica apurar o imposto de renda com base no lucro real e distribuir lucros acimado montante contabilizado a este título, haverá incidência sobre o valor que excederaquele apurado com base na escrituração. Se o imposto de renda for apurado com base nolucro presumido ou arbitrado, a parcela de lucro distribuída aos sócios que exceder aovalor da base de cálculo do IRPJ, diminuída de todos os impostos e contribuições a queestiver sujeita a pessoa jurídica, não integra a base de cálculo do imposto de renda dobeneficiário, desde que a pessoa jurídica demonstre, por meio de regular escrituraçãocontábil (ainda que seja sociedade simples), que o lucro efetivo é maior do que odeterminado segundo as normas de apuração da base de cálculo do lucro presumido ouarbitrado. O pro labore é tributado na fonte e na declaração do sócio de serviço.

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SOLUÇÃO DE CONSULTA – 12/2012

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ

EMENTA: LUCRO PRESUMIDO. RECEITA BRUTA. DISTRIBUIÇÃO DELUCROS. ESTOQUE. Constitui receita bruta da atividade o valor peloqual a empresa entrega bens integrantes de seu estoque de produtos atítulo de distribuição de lucros

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ACÓRDÃO Nº 12-66207 de 2014

ASSUNTO: Normas Gerais de Direito Tributário

EMENTA: MULTA REGULAMENTAR. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS POR EM-PRESA COMDÉBITO NÃO GARANTIDO JUNTO À FAZENDA PÚBLICA. As pessoas jurídicasconstituídas sob a forma de sociedades por quotas de responsabilidad e limitada,enquanto estiverem em débito, não garantido, para com a União e suas autarquiasde previdência e assistência social, por falta de recolhimento de imposto, taxa oucontribuição, no prazo legal, não poderão dar ou atribuir participação de lucros aseus sócios ou quotistas (art. 32, caput, alínea “b, da Lei nº 4.357/1964). Ainobservância deste dispositivo sujeitará a pessoa jurídica à imposição de multa de50% sobre os valores distribuídos indevidamente, ficando esta multa limitada a50% do montante dos débitos não garantidos (art. 32, §§ 1º e 2º, da Lei nº4.357/1964, com redação dada pela Lei nº 11.051/2004).

Ano-calendário: : 01/01/2009 a 31/12/2009, 01/01/2010 a 31/12/2010,01/01/2011 a 31/12/2011

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ACÓRDÃO Nº 16-59328 de 2014

ASSUNTO: Contribuições Sociais Previdenciárias

EMENTA: CRÉDITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA. A empresa é obrigada arecolher, nos prazos definidos em lei, as contribuições a seu cargo, incidentes sobre asremunerações pagas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados,trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS.DESRESPEITO À LEGISLAÇÃO PRÓPRIA. CARACTERIZAÇÃO COMO PRÓ-LABORE. Desrespeitaa legislação societária (Código Civil) o pagamento a título de “distribuição de lucros”,quando realizado em desconformidade às disposições expressas no contrato social daprópria empresa. Consequentemente, tais pagamentos serão considerados remuneração ebase de cálculo das contribuições previdenciárias em decorrência da regra geral prevista noinciso III do art. 22 da Lei nº8.212/91 (complementado pelo art. 201, § 1º, do RPS). MULTA.LEGALIDADE. CARÁTER CONFISCATÓRIO NÃO VERIFICADO. A multa é devida emdecorrência de pagamento extemporâneo e cobrada em virtude de determinação legal, decaráter irrelevável. A vedação ao confisco e o respeito à capacidade contributivadeterminados pela Constituição Federal são dirigidos ao legislador, cabendo à autoridadeadministrativa apenas aplicar a multa, nos moldes da legislação que a instituiu.

Período de apuração: : 01/01/2010 a 31/12/2010

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ACÓRDÃO Nº 02-53543 de 2014

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF

EMENTA: OMISSÃO DE RENDIMENTOS RECEBIDOS DE PESSOA JURÍDICA. Caracterizam-secomo rendimentos percebidos de pessoa jurídica os recursos originados do caixa daempresa e que foram depositados na conta banc ária pessoal do sócio. RENDIMENTOSISENTOS. DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO. A alegação de que osrendimentos recebidos de pessoa jurídica, da qual o contribuinte é sócio, são isentos doimposto de renda por serem relativos à antecipação de lucros somente pode ser aceita serestar comprovado, mediante documentação hábil e idônea, que os rendimentos pagospela empresa se referem a lucros disponíveis regularmente distribuídos aos sócios. MULTADE OFÍCIO. PREVISÃO LEGAL. Nos lançamentos de ofício, a aplicação da multa de 75%sobre o tributo não pago no vencimento ou pagamento a menor, foi estabelecida por lei,cuja validade não pode ser contestada na via administrativa. A redução da multa de ofíciosomente é concedida se cumpridos os requisitos previstos na legislação tributária.

Exercício: : 01/01/2007 a 31/12/2007

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ACÓRDÃO Nº 12-61338 de 2013

ASSUNTO: Imposto sobre a Renda de Pessoa Física - IRPF

EMENTA: DEPÓSITOS BANCÁRIOS. PRESUNÇÃO DE OMISSÃO DE RENDIMENTOS. Para os fatos geradoresocorridos a partir de 01/01/1997, a Lei nº 9.430/1996, em seu art. 42, autoriza a presunção de omissão derendime ntos com base nos valores depositados em conta bancária para os quais o titular, regularmenteintimado, não comprove a origem dos recursos utilizados nessas operações. Com a apresentação de provashábeis e idôneas tendentes a refutar a presunção legal relativa regularmente estabelecida, o lançamento deveser retificado. LUCROS DISTRIBUÍDOS. COMPROVAÇÃO. A alegação de recebimento de valores a título dedistribuição de lucros não é suficiente para justificar os depósitos bancários, sem a apresentação deescrituração contábil demonstrando a apuração de resultados com a distribuição alegada e a comprovação daefetiva transferência do valor distribuído por meio de provas inequívocas. EMPRÉSTIMO. COMPROVAÇÃO. Cabeao contribuinte a comprovação mediante cópia do contrato de mútuo, cheque, comprovante de depósitobancário ou do extrato da conta corrente ou outro meio hábil e idôneo admitido em direito, da efetivatransferência dos recursos, coincidentes em datas e valores, tanto na concessão como por ocasião dorecebimento do empréstimo. COMERCIALIZAÇÃO DE VEÍCULOS. COMPROVAÇÃO. A alegação de que osrecursos originaram-se de atividade de comercialização de veículos deve estar respaldada em livros-caixa cujosregistros de operação devem ser confirmados pelo Fisco, para que se prestem à comprovação pretendida.

Ano-calendário: : 01/01/2006 a 31/12/2006

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Todo o progresso é precário, e asolução para um problema coloca-nos diante de outro problema.

Martin Luther King

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MUITO OBRIGADO!!!

“Amai a Deus sobre todas as coisase ao próximo como a ti mesmo”

Jesus Cristo