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POLÍTICA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
Secretaria de Políticas Públicas para as Mulheres/PR
POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
Contextualização Homicídios : Brasil 7º lugar (entre 84 países) com a maior taxa
de assassinatos de mulheres 2009-2011: média de 5.600 MULHERES ASSASINADAS por ano
( 1 a cada 1h30)
Maioria morta por seu (ex) companheiro, no local de residência 54% tinham entre 20-39 anos
Ultima década: Aumento de 17,2% no número de assassinatos de mulheres, contra 8,1% nos homicídios masculinos
Violência Sexual :• estima-se que mais de 500 mil pessoas são vítimas de estupro
por ano e• Cerca de 10% são denunciados • 2012: registrados 50.617 casos de estupro • 2009/2011: 89% sexo feminino, 70% crianças e adolescentes
POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
Contextualização:
Registros e atendimentos de Violência ( ligue 180)
34%
23%
43%
agressões contra mulheres presenciadas pelos
filho(as)
agressões diárias
em relações afetivas entre vítima e agressor
de janeiro de 2006 - primeiro semestre de 2014 : 3.846.657
POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
Contextualização
Em Pesquisas de Opinião
20 - 30%
das mulheres assumem sofrer ou ter sofrido violênciapor parte de um homem
50 - 60 %
da população conhece alguma mulher em situação de violência doméstica e familiar
50-60%
da população conhece algum homem que já agrediu sua parceira ou ex-parceira
POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES
Diretrizes, Princípios e Orientações Nacionais para a Implementação
das Ações de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres
Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as
Mulheres
Estratégia de Gestão para Articular as Ações de Enfrentamento à
Violência com os Estado e Municípios da Federação
Programa Mulher Viver sem Violência
CPMI sobre a
Violência contra a
Mulher
CONCEITO DE VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES*
“Qualquer ação ou conduta, baseada no
gênero, que cause morte, dano ou
sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher, tanto no âmbito publico como
privado.”
* Conforme Art.1º da Convenção de Belém do Pará, 1994
EXPRESSÕES DA VIOLÊNCIA CONTRA AS
MULHERES
Violência Doméstica
Violência Sexual
Violência Física
Violência Psicológica
Violência Patrimonial
Violência Institucional
EIXOS ESTRUTURANTES
Política Nacional de Enfrentamento à violência
contra as Mulheres
Enfrentamento e Combate
Ações Punitivas e Cumprimento da lei M da Penha
Prevenção
Ações Educativas e Culturais que Interfiram nos padrões
sexistas
Acesso e Garantia de Direitos Cumprimento da legislação nacional/internacional para o empoderamento das mulheres
Assistência Fortalecimento da Rede de Atendimento e Capacitação de Agentes Públicos
PRINCÍPIOS E DIRETRIZES DA PNEVM
Igualdade e Respeito à Diversidade
Equidade
Autonomia das Mulheres
Laicidade do Estado
Universalidade das Políticas
Justiça social
Transparência dos Atos Públicos
Participação e Controle Social
IMPACTOS DA LEI MARIA DA PENHA
Define a violência doméstica e familiar contra a mulher como violação dos direitos humanos;
Define os tipos de violência: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral ( de acordo com a Convenção Belém do Pará);
Prevê medidas de prevenção, assistência e proteção às vítimas e punição dos agressores;
Reconhece como responsabilidade do Estado a intervenção nos caso de violência doméstica e familiar contra a mulher;
Transfere para a esfera pública o que anteriormente se restringia à esfera privada ( ação penal pública incondicionada);
98% da população já
ouviu falar da Lei Maria da
Penha
IMPACTOS DA LEI MARIA DA PENHA
Cria os juizados especializados em Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, com competência cívil e criminal;
Prevê medidas protetivas, como: suspender porte de arma do agressor, decretar o afastamento do lar, proibição de se aproximar da mulher e/ou frequentar determinados lugares , suspender visita aos filhos;
Prevê a prisão do agressor em flagrante, preventivamente e por condenação transitado em julgado;
Garante a aplicação da Lei nas relações homoafetivas
Set. 2006 / Dez 2011
677.087 procedimentos judiciais 280.062 medidas protetivas concedidasMais de 26 mil prisões em flagrante Mais de 4 mil prisões preventivas
(dados de 66 varas
exclusivas de violência doméstica e familiar – CNJ, 2012
PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES – 26 ESTADOS E
DISTRITO FEDERAL
Eixos de ação
1. Garantia da Aplicabilidade da Lei Maria da Penha –
Lei nº 11.340/2006
2. Ampliação e Fortalecimento da Rede de Serviços
para as Mulheres em Situação de Violência
3. Garantia da Segurança Cidadã e Acesso a Justiça
4. Garantia dos Direitos Sexuais e Reprodutivos,
Enfrentamento à Exploração Sexual e Tráfico de
Mulheres
5. Garantia da Autonomia das Mulheres em Situação
de Violência e Ampliação de seus Direitos
PACTO NACIONAL DE ENFRENTAMENTO À
VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES – 26 ESTADOS E
DISTRITO FEDERAL
Estratégia de Gestão para: Fortalecimento dos Organismos de Políticas para as Mulheres
Aumento do orçamento para as políticas enfrentamento à Violência
contra as mulheres;
Consolidação do conceito ampliado de violência
Incentivo à integração e complementariedade das ações
Ampliação do número de serviços especializados
Elaboração de diagnósticos e planejamento, das ações nos:
Estados e Municípios (Territórios da Cidadania, Territórios da Paz e
Municípios-pólo)
Integração com as ações do Sistema de Segurança Pública e Justiça ,
Assistência Social e Saúde.
Rede de Enfrentamento
Inclui órgãos responsáveis pela gestão e controle social das políticas de gênero, além dos serviços de atendimento.
Contempla todos os eixos da Política Nacional (combate, prevenção, assistência e garantia de direitos).
É mais ampla que a rede de atendimento às mulheres em situação de violência.
Rede de Atendimento
Refere-se somente ao eixo da Assistência/Atendimento;
Restringe-se a serviços de assistência/atendimento (especializados e não-especializados);
Faz parte da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres.
NORMA TÉCNICA DE UNIFORMIZAÇÃO - 2006CENTROS DE REFERÊNCIA DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES EM
SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA – CRAM
• São estruturas essenciais do atendimento para prevenção e
enfrentamento à violência contra as mulheres,
• Visam promover a ruptura da situação de violência e a construção
da cidadania por meio de ações globais e de atendimento
interdisciplinar (psicológico, social, jurídico, de orientação e informação)
às mulheres em situação de violência,
• Devem exercer o papel de articuladores dos serviços de instituições
públicas e privadas que integram a rede de atendimento às mulheres em
situação de vulnerabilidade social, em função da violência de gênero,
• Desenvolver atividades de prevenção à violência de gênero
OBJETIVO E PRINCÍPIOS NORTEADORES DA INTERVENÇÃO
DOS CENTROS DE REFERÊNCIA EM ATENDIMENTO À
MULHER - CRAM
Defesa dos direitos da
mulher, encaminhament
o jurídico
Reconhecimento da diversidade das mulheres
Evitar ações que podem causar mais riscos à
mulher
Articulação com os
serviços da rede
Atender as necessidades das mulheres em situação de violência : física, psicológica, social e fornecer
Diagnosticar o contexto do episódio de violência
Gestão democrática : envolvimento das mulheres no monitoramento das ações
Prevenir futuros atos de agressão e promover a interrupção do ciclo de violência
Diretrizes Específicas dos Centros de Referência de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – CRAM
• Vinculado administrativamente ao órgão gestor de políticas para as mulheres do município onde está localizado
• Encaminhar p/ atendimento e/ou atender a mulher em situação de violência • Fornecer subsídio técnicos e estatísticos para: Gestores de políticas públicas básicas e
especiais Profissionais, representantes de organizações e comunidade em geral• Articulação dos serviços de organismos governamentais e não governamentais que integram
a rede de atendimento às mulheres
Especialização e natureza do ServiçoDiagnósticos preliminares Encaminhamento à Rede de ServiçosAcompanhamento do atendimento, orientações Atendimento psicológico, social e jurídico
Beneficiárias diretas do serviço: são as Mulheres, consideradas como sujeitos de direitos e não meramente como vítimas e vulneráveis, independentemente de sua cor, etnia, situação socioeconômica, cultural e de orientação sexual
Gratuidade dos atendimento psicossocial e jurídico
Trabalho em equipe Função social dos centros de referência :
contribuir para a eliminação dos preconceitos, atitudes e padrões comportamentais na sociedade que perpetuam a violência contra as mulheres
A implantação do Pacto Nacional de Enfrentamento à
Violência contra as Mulheres e a Aplicação da Lei
Maria da Penha, que exigem uma nova estrutura de
articulação entre os Poderes Executivos, Sistema de
Justiça e Segurança Pública permite considerar a
Secretaria de Políticas para as Mulheres a referência
em Metodologia no Enfrentamento à Violência contra
as Mulheres
EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE SERVIÇOS
ESPECIALIZADOS DE ATENDIMENTO ÀS MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA 2003 – 2014
Serviços Especializados 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Centro Especializado de Atendimento às Mulheres 36 44 59 92 110 128 146 165 198 219 231 234
Casa Abrigo 43 56 57 62 63 68 68 72 72 72 78 77
Núcleos de Atendimento Especializado da Defensoria Pública
4 6 8 12 24 37 56 58 59 58 45 42
DEAM's/Núcleos 248 256 278 328 338 354 475 464 475 502 500 495
Juizados,Varas Especializadas e Varas Adaptadas 0 0 0 19 47 68 83 89 95 93 100 101
Núcleos de Ministérios Públicos Estaduais Especializados em Violência/Promotorias Especializadas
0 0 0 4 7 10 19 21 49 29 46 58
Total de Serviços Especializados 331 362 402 517 589 665 847 869 948 973 1000 1007
Envolvidos
Poder Executivo Federal
CNJ – Conselho Nacional de Justiça
CONDEGE – Colégio Nacional de Defensores
Públicos Gerais
CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público
Nos Estados/Municípios tem a mesma representação institucional
PROGRAMA MULHER VIVER SEM
VIOLÊNCIA
PROGRAMA MULHER, VIVER SEM VIOLÊNCIA – AÇÕES
1.Casa da Mulher Brasileira
2.Ampliação da Central 180
3.Organização e Humanização do Atendimento
à Violência Sexual
4.Centros de Atendimento nas regiões de
Fronteira Seca
5.Campanhas de Conscientização
6.Unidades Móveis para o Campo e Floresta
1 - Casa da Mulher BrasileiraIntegração e articulação dos serviços para o atendimento às
mulheres em situação de violência
Centro de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência
Promoção da Autonomia Econômica das mulheres atendidas
Acolhimento Provisórios ( período da medida protetiva)
Brinquedoteca
Central de Transportes
Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres – DEAM
Juizado Especializado de Violência Doméstica e Familiar
Defensoria Especializada
Promotoria Especializada
1 - CASA DA MULHER BRASILEIRA
SITUAÇÃO ATUAL
Em obras
Campo Grande - MS
Brasília - DF
Vitória - ES
Curitiba - PR
Boa Vista -RR
Em licitação e/ou início de obras
Fortaleza - CE
Porto Alegre - RS
São Paulo - SP
Salvador - BA
São Luiz - MA
2- AMPLIAÇÃO DA CENTRAL DE
ATENDIMENTO – DISQUE 180
Atendimento telefônico com acolhimento de denúncias de violência e informações sobre a lei Mª da Penha, cidadania e direitos das mulheres
PL 6013/2013, altera o art. 1º da Lei nº 10.714
- Ampliação da capacidade de operação e atendimento no Brasil e exterior.
Atualmente a Central 180 atende as brasileiras que se encontram
em Portugal, Itália e Espanha.
3 - ORGANIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO
DO ATENDIMENTO COM COLETA E
ARMAZENAMENTO DOS VESTÍGIOS
Ampliar o número de serviços de atendimento às mulheres no SUS (com registro de informações, coleta e guarda de vestígios)
Assegurar o atendimento humanizado
Enfrentar a impunidade dos agressores
Normatizar o atendimento para todo o Brasil ( SPM/MS e MJ)
ORGANIZAÇÃO E HUMANIZAÇÃO DO
ATENDIMENTO COM COLETA E
ARMAZENAMENTO DOS VESTÍGIOS
Lei 12.845 de 1º. de agosto de 2013 – Institui que todos os serviços de saúde atendem obrigatoriamente as pessoas vítimas de violência sexual;
Lei de Notificação Compulsória da Violência contra as mulheres em todas as unidades de saúde (ampliada para os demais serviços da rede).
4- CENTROS DE FRONTEIRAS SECAS
Foco na prevenção e repressão ao Tráfico e Exploração Sexual de Mulheres
• Parcerias / Acordos bi nacionais para atuação articulada do Brasil e os Países vizinhos
4 - CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO
PRINCIPAIS OBJETIVOS
► Intervenção nos padrões culturais
► Mudança de comportamento da sociedade
► Mudança de valores de homens e mulheres
► Construção de um novo paradigma
► Prevenção à violência contra as Mulheres
► Informação sobre os direitos das mulheres
5 - CAMPANHAS DE CONSCIENTIZAÇÃO
Campanhas de Conscientização
“Violência contra as Mulheres : Eu Ligo 180
6 - UNIDADES MÓVEIS DE ATENDIMENTO ÀS
MULHERES DO CAMPO E FLORESTA
Acesso às mulheres do campo e da floresta aos serviços especializados Resposta à demanda da Marcha das Margaridas
6 - UNIDADES MÓVEIS DE ATENDIMENTO ÀS
MULHERES DO CAMPO E FLORESTA E REGIÃO
DO MARAJÓ (PA)
► Capilaridade da Política Pública
► Interiorização do serviço público
► Acesso à justiça
► Parceria Governo Federal – Estados e Municípios
5454 ônibus02 para cada Estado e DF
Convênio com a CEF – Barco Agência
PLANO DE TRABALHO PARA AMPLIAÇÃO DAS AÇÕES DE
ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Formalizar um Grupo de Trabalho Interministerial com
objetivo de:
1. Estabelecer fluxos e ações complementares;
2. Atualizar as normas técnicas do CRAM, CREAS e Serviços de Acolhimento ( de
acordo com a Lei Maria da Penha);
3. Elaborar diretrizes e estabelecer as competências dos serviços regionalizados;
4. Elaborar módulo sobre relações sociais de gênero e violência contra as
mulheres para todos os serviços da rede de assistência social – CAPACITA
SUAS;
5. Estabelecer o acompanhamento das ações conjuntas entres as políticas;
6. Ampliar a parceria para a realização de campanhas de prevenção.