Politica Nacional de Medicina Complementar

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  • PolticaNacionalde PrticasIntegrativas eComplementaresno SUS

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    DE ACESSO

  • 2006 Ministrio da SadeTodos os direitos reservados. permitida areproduo parcial ou total desta obra, desdeque citada a fonte e que no seja para vendaou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais detextos e imagens desta obra deresponsabilidade da rea tcnica.A coleo institucional do Ministrio da Sadepode ser acessada na ntegra na BibliotecaVirtual do Ministrio da Sade: http://www.saude.gov.br/bvs

    Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares

    Tiragem: 1. edio 2006 20.000exemplares

    Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADE

    Secretaria de Ateno Sade

    Departamento de Ateno Bsica

    Esplanada dos Ministrios, bloco G, edifciosede, 6. andar, sala 655

    70058-900, Braslia DF

    Tels.: (61) 3315-2497 / 3315-3587Fax: (61) 3226-4340Home page: www.saude.gov.br/dab

    Coordenao Geral

    Luis Fernando Rolim Sampaio

    Superviso Tcnica

    Antnio Dercy Silveira FilhoAngelo Giovani RodriguesCarmem De Simoni

    Equipe de Formulao

    Coordenao do Grupo Tcnico da MedicinaTradicional Chinesa/AcupunturaCarmem De Simoni - DAB/SAS

    Coordenao do Grupo Tcnico daHomeopatiaTatiana Sampaio - DAB/SAS

    Coordenao do Grupo Tcnico de PlantasMedicinais e FitoterapiaAngelo Giovani Rodrigues - DAF/SCTIE

    Coordenao do Grupo Tcnico da MedicinaAntroposficaLaurenice Lima (In Memorian)Iracema Benevides - DAB/SAS

    Coordenao do Grupo Tcnico do TermalismoSocial e CrenoterapiaGrupo das guas - Conselho Nacional de Sade

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica

    Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Ateno Sade. Departamento de Ateno Bsica.Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS /

    Ministrio da Sade, Secretaria de Ateno Sade, Departamento de Ateno Bsica. - Braslia :Ministrio da Sade, 2006.

    92 p. - (Srie B. Textos Bsicos de Sade)

    ISBN 85-334-1208-8

    1. Terapias alternativas. 2. Prticas Integrativas e Complementares 3. Promoo da sade.3. SUS (BR). I. Ttulo. II. Srie.

    NLM WB 890-962

    Catalogao na fonte - Coordenao-Geral de Documentao e Informao - Editora MS - OS2006/0827

    Ttulos para indexao:Em ingls: NATIONAL POLICY OF INTEGRATIVE AND COMPLEMENTARY PRACTICES IN THEUNIFIED HEALTH SYSTEM - SUSEm espanhol: POLTICA NACIONAL DE PRCTICAS INTEGRATIVAS Y COMPLEMENTARIAS EN ELSISTEMA NICO DE SALUD - SUS

  • SUMRIOAPRESENTAO

    I. O processo de construo da Poltica Nacional

    II. Documento Tcnico - Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares no SUS (PNPIC)

    1. INTRODUO1.1. Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura1.2.Homeopatia1.3. Plantas Medicinais e Fitoterapia1.4. Termalismo - Crenoterapia1.5. Medicina Antroposfica

    2. OBJETIVOS

    3. DIRETRIZES

    4. IMPLEMENTAO DAS DIRETRIZES4.1. Na Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura4.2. Na Homeopatia4.3. Nas Plantas Medicinais e Fitoterapia4.4. Para o Termalismo - Crenoterapia4.5. Para a Medicina Antroposfica

    5. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS5.1. Gestor federal5.2. Gestor estadual5.3. Gestor municipal

    6. GLOSSRIO6.1. Medicina Tradicional Chinesa - Acupuntura6.2. Homeopatia6.3. Plantas Medicinais e Fitoterapia6.4. Termalismo Social - Crenoterapia6.5. Medicina Antroposfica

    7. BIBLIOGRAFIA

    III. Captulo 3 - Diagnstico Situacional de Prticas Integrativas eComplementares no Sus.1. Introduo2. Metodologia3. Resultados4. Consideraes finais

    ANEXO I - Questionrio MNPC

    04

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    10

    101316182123

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    282834455556

    57575859

    606062646869

    71

    7676767786

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  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    APRESENTAO

    No cumprimento de suas atribuies de coordenao doSistema nico de Sade e de estabelecimento de polticaspara garantir a integralidade na ateno sade, oMinistrio da Sade apresenta a Poltica Nacional de PrticasIntegrativas e Complementares (PNPIC) no SUS, cujaimplementao envolve justificativas de natureza poltica,tcnica, econmica, social e cultural. Esta poltica atende,sobretudo, necessidade de se conhecer, apoiar, incorporar eimplementar experincias que j vm sendo desenvolvidas narede pblica de muitos municpios e estados, entre as quaisdestacam-se aquelas no mbito da Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura, da Homeopatia, da Fitoterapia, da MedicinaAntroposfica e do Termalismo-Crenoterapia.

    As experincias levadas a cabo na rede pblica estadual emunicipal, devido ausncia de diretrizes especficas, tmocorrido de modo desigual, descontinuado e, muitas vezes, semo devido registro, fornecimento adequado de insumos ou aesde acompanhamento e avaliao. A partir das experinciasexistentes, esta Poltica Nacional define as abordagens da PNPICno SUS, tendo em conta tambm a crescente legitimao destaspor parte da sociedade. Um reflexo desse processo a demandapela sua efetiva incorporao ao SUS, conforme atestam asdeliberaes das Conferncias Nacionais de Sade; da 1Conferncia Nacional de Vigilncia Sanitria, em 2001; da 1Conferncia Nacional de Assistncia Farmacutica, em 2003, aqual enfatizou a necessidade de acesso aos medicamentosfitoterpicos e homeopticos; e da 2 Conferncia Nacional deCincia, Tecnologia e Inovao em Sade, realizada em 2004.

    Ao atuar nos campos da preveno de agravos e da promoo,manuteno e recuperao da sade baseada em modelo de

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    ateno humanizada e centrada na integralidade do indivduo,a PNIPIC contribui para o fortalecimento dos princpiosfundamentais do SUS. Nesse sentido, o desenvolvimento destaPoltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares deveser entendido como mais um passo no processo de implantaodo SUS.

    Considerando o indivduo na sua dimenso global - sem perderde vista a sua singularidade, quando da explicao de seusprocessos de adoecimento e de sade -, a PNPIC corrobora paraa integralidade da ateno sade, princpio este que requertambm a interao das aes e servios existentes no SUS.Estudos tm demonstrado que tais abordagens contribuem paraa ampliao da co-responsabilidade dos indivduos pela sade,contribuindo assim para o aumento do exerccio da cidadania.

    De outra parte, a busca pela ampliao da oferta de aes desade tem, implantao ou implementao da PNPIC no SUS, aabertura de possibilidades de acesso a servios antes restritos aprtica de cunho privado.

    A melhoria dos servios e o incremento de diferentes abordagensconfiguram, assim, prioridade do Ministrio da Sade, tornandodisponveis opes preventivas e teraputicas aos usurios doSUS. Esta Poltica Nacional busca, portanto, concretizar talprioridade, imprimindo-lhe a necessria segurana, eficcia equalidade na perspectiva da integralidade da ateno sadeno Brasil.

    Jos Gomes TemporoSecretrio de Ateno

    Sade

    Moiss GoldbaumSecretrio de Cincia,

    Tecnologia eInsumos Estratgicos

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    CAPTULO 01O PROCESSO DE CONSTRUODA POLTICA NACIONAL

    Aconstruo da Poltica Nacional de Prticas Integrativase Complementares no SUS iniciou-se a partir doatendimento das diretrizes e recomendaes de vriasConferncias Nacionais de Sade e s recomendaes daOrganizao Mundial da Sade (OMS). Em junho de 2003,representantes das Associaes Nacionais de Fitoterapia,Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposfica, reuniram-se com o ento Ministro da Sade, ocasio em que, por solicitaodo prprio Ministro, foi institudo um grupo de trabalho,coordenado pelo Departamento de Ateno Bsica/SAS e pelaSecretaria Executiva, com a participao de representantes dasSecretarias de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos e deGesto do Trabalho e Educao na Sade/MS; Agncia Nacionalde Vigilncia Sanitria (Anvisa); e Associaes Brasileiras deFitoterapia, Homeopatia, Acupuntura e Medicina Antroposfica,para discusso e implementao das aes no sentido de seelaborar a Poltica Nacional.

    Em reunio no dia 24 de setembro de 2003, o grupo gestorresponsvel pela ordenao dos trabalhos e formulao daPoltica Nacional definiu, entre outras coisas, pela criao dequatro subgrupos de trabalho respeitando as diversas reas, emvirtude das especificidades de cada uma delas.

    Como estratgia de elaborao da Poltica, o grupo gestorelaborou um plano de ao a ser adotado pelos subgrupos para,posteriormente, ser consolidado em documento tcnico nicorelativo Poltica Nacional.

    Cada subgrupo teve autonomia para a adoo de diversasestratgias para elaborao de seu plano de ao, sendo que ossubgrupos da Homeopatia, Fitoterapia e Medicina Antroposfica

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    optaram pela realizao de Fruns de abrangncia nacional comampla participao da sociedade civil organizada, alm dereunies tcnicas para sistematizao do plano de ao. Osubgrupo da MTC/Acupuntura optou por reunies tcnicas,subsidiadas pelos documentos produzidos pela OMS para a rea,entre outros.

    Nesse processo, tornou-se imperioso a realizao de diagnsticosituacional das prticas no SUS, com destaque para: a inserodessas prticas no SUS, o levantamento da capacidade instalada,o nmero e o perfil dos profissionais envolvidos, a capacitaode recursos humanos, a qualidade dos servios, entre outros.

    Neste sentido, o grupo gestor e os subgrupos de trabalhocontaram, nesse primeiro momento, com a colaborao dosseguintes rgos, entidades e instituies:

    Coordenao-geral do processo de formulao da PolticaNacional:

    Secretaria Executiva/MS.

    Secretaria de Ateno Sade/MS.

    Subgrupo de trabalho - Medicina tradicional chinesa-acupuntura

    Secretaria de Ateno Sade (Coordenao).

    Secretaria Executiva.

    Secretaria de Gesto no Trabalho e Educao na Sade.

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos.

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Governo do Distrito Federal - Secretaria de Sade.

    Municpio de So Paulo - Secretaria de Sade.

    Municpio de Campinas - Secretaria de Sade.

    Associao Mdica Brasileira de Acupuntura (AMBA).

    Sociedade Mdica Brasileira de Acupuntura (SMBA).

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    Subgrupo de trabalho - Homeopatia

    Secretaria de Ateno Sade (Coordenao).

    Secretaria Executiva.

    Secretaria de Gesto no Trabalho e Educao na Sade.

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos.

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Associao Mdica Homeoptica Brasileira (AMHB).

    Associao Brasileira de Farmacuticos Homeopatas (ABFH).

    Associao Brasileira de Cirurgies Dentistas Homeopatas(ABCDH).

    Subgrupo de trabalho - Plantas Medicinais e Fitoterapia

    Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos(Coordenao).

    Secretaria Executiva.

    Secretaria de Ateno Sade.

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Fiocruz - Farmanguinhos.

    Associao Nacional de Fitoterapia em Servios Pblicos(Associofito).

    Instituto Brasileiro de Plantas Medicinais (IBPM).

    Associao Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito).

    Rede Latino-Americana Interdisciplinar de Plantas Medicinais(Reliplan).

    Secretaria Estadual de Sade de Santa Catarina.

    Subgrupo de trabalho - Medicina Antroposfica

    Secretaria de Ateno Sade (Coordenao).

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Secretaria Executiva.

    Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    Associao Brasileira de Medicina Antroposfica (ABMA).

    Aps a consolidao dos trabalhos dos subgrupos e a elaboraoda Proposta de Poltica Nacional de Medicina Natural e PrticasComplementares, o documento foi submetido avaliao pelasCmaras Tcnicas dos Conselhos Nacionais de SecretriosEstaduais e Municipais de Sade e pactuado na ComissoIntergestores Tripartite, no dia 17 de fevereiro de 2005.

    O documento foi apresentado em reunio ordinria do ConselhoNacional de Sade (CNS) e, em setembro de 2005, submetido,por recomendao desse Conselho, Comisso de VigilnciaSanitria e Farmacoepidemiolgica para avaliao erecomendaes. Aps inmeras reunies entre tcnicos doMinistrio da Sade e a referida Comisso, a Proposta de Polticafoi novamente submetida e aprovada pelo Conselho Nacionalde Sade, em dezembro de 2005, com restries referentes aocontedo da proposta tcnica para a Medicina TradicionalChinesa/Acupuntura e ao nome da Poltica. Nesta mesma data,o CNS recomendou a reviso do texto da MTC/Acupuntura e aincluso da prtica do Termalismo Social/Crenoterapia - resultadodo relatrio do Grupo das guas do CNS.

    Neste sentido, foi constituda uma subcomisso nomeada peloCNS, que contou com participao de representantes do ConselhoNacional de Sade, tcnicos do Ministrio da Sade e consultoresexternos com o propsito de discutir e elaborar a proposta finala ser avaliada pelo CNS, em reunio agendada para fevereiro de2006.

    Em fevereiro de 2006, o documento final da poltica, com asrespectivas alteraes, foi aprovado por unanimidade peloConselho Nacional de Sade e consolidou-se, assim, a PolticaNacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS,publicada na forma das Portarias Ministeriais n 971 em 03 demaio de 2006, e n 1.600, de 17 de julho de 2006.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    CAPTULO 02DOCUMENTO TCNICO DA POLTICANACIONAL DE PRTICAS INTEGRATIVAS ECOMPLEMENTARES NO SUS (PNPIC)

    1Compreende-se por Sistemas Mdicos Complexos as abordagens do campo das PICque possuem teorias prprias sobre o processo sade/doena, diagnstico e teraputica.LUZ.T.M, Novos Saberes e Prticas em Sade Coletiva, So Paulo, Editora Hucitec, 2003

    2Compreende-se por recursos teraputicos aqueles instrumentos utilizados nosdiferentes sistemas mdicos complexos.

    1. INTRODUO

    O campo da PNPIC contempla sistemas mdicos complexos1e recursos teraputicos2 , os quais so tambm denominadospela Organizao Mundial de Sade (OMS) de medicinatradicional e complementar/alternativa (MT/MCA) (WHO, 2002).Tais sistemas e recursos envolvem abordagens que buscamestimular os mecanismos naturais de preveno de agravos erecuperao da sade por meio de tecnologias eficazes e seguras,com nfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vnculoteraputico e na integrao do ser humano com o meio ambientee a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversasabordagens abrangidas nesse campo so a viso ampliada doprocesso sade-doena e a promoo global do cuidado humano,especialmente do autocuidado.

    No final da dcada de 70, a OMS criou o Programa de MedicinaTradicional, objetivando a formulao de polticas na rea. Desdeento, em vrios comunicados e resolues, a OMS expressa o seu

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    compromisso em incentivar os Estados-membros a formularem eimplementarem polticas pblicas para uso racional e integradoda MT/MCA nos sistemas nacionais de ateno sade bem comopara o desenvolvimento de estudos cientficos para melhorconhecimento de sua segurana, eficcia e qualidade. Odocumento "Estratgia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002-2005" reafirma o desenvolvimento desses princpios.

    No Brasil, a legitimao e a institucionalizao dessas abordagensde ateno sade iniciaram-se a partir da dcada de 80,principalmente, aps a criao do SUS. Com a descentralizaoe a participao popular, os estados e municpios ganharam maiorautonomia na definio de suas polticas e aes em sade, vindoa implantar as experincias pioneiras.

    Alguns eventos e documentos merecem destaque naregulamentao e tentativas de construo da poltica:

    1985 - Celebrao de convnio entre o Instituto Nacional deAssistncia Mdica da Previdncia Social (Inamps), Fiocruz,Universidade Estadual do Rio de Janeiro e InstitutoHahnemaniano do Brasil, com o intuito de institucionalizar aassistncia homeoptica na rede pblica de sade.

    1986 - 8 Conferncia Nacional de Sade (CNS), consideradatambm um marco para a oferta da PNPIC no sistema de sadedo Brasil visto que, impulsionada pela Reforma Sanitria,deliberou em seu relatrio final pela "introduo de prticasalternativas de assistncia sade no mbito dos servios desade, possibilitando ao usurio o acesso democrtico de escolhera teraputica preferida".

    1988 - Resolues da Comisso Interministerial de Planejamentoe Coordenao (Ciplan) - n 4, 5, 6, 7 e 8/88, que fixaram normase diretrizes para o atendimento em Homeopatia, Acupuntura,Termalismo, Tcnicas Alternativas de Sade Mental e Fitoterapia.

    1995 - Instituio do Grupo Assessor Tcnico-Cientfico emMedicinas No-Convencionais, por meio da Portaria GM N 2543,

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    de 14 de dezembro de 1995, editada pela ento SecretariaNacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade.

    1996 - 10 Conferncia Nacional de Sade que, em seu relatriofinal, aprovou a "incorporao ao SUS, em todo o Pas, de prticasde sade como a Fitoterapia, Acupuntura e Homeopatia,contemplando as terapias alternativas e prticas populares".

    1999 - Incluso das consultas mdicas em Homeopatia eAcupuntura na tabela de procedimentos do SIA/SUS (PortariaGM N 1230 de outubro de 1999).

    2000 - 11 Conferncia Nacional de Sade recomenda"incorporar na ateno bsica: Rede PSF e PACS prticas no-convencionais de teraputica como Acupuntura e Homeopatia".

    2001 - 1 Conferncia Nacional de Vigilncia Sanitria.

    2003 - Constituio de Grupo de Trabalho no Ministrio daSade com o objetivo de elaborar a Poltica Nacional de MedicinaNatural e Prticas Complementares (PMNPC) ou apenas MNPC -no SUS (atual PNPIC).

    2003 - Relatrio da 1 Conferncia Nacional de AssistnciaFarmacutica, que enfatiza a importncia de ampliao do acessoaos medicamentos fitoterpicos e homeopticos no SUS.

    2003 - Relatrio final da 12 CNS delibera para a efetiva inclusoda MNPC no SUS (atual PNPIC).

    2004 - 2 Conferncia Nacional de Cincia Tecnologia eInovaes em Sade. A MNPC (atual PNPIC) foi includa comonicho estratgico de pesquisa dentro da Agenda Nacional dePrioridades em Pesquisa.

    2005 - Decreto presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo deTrabalho para elaborao da Poltica Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterpicos.

    2005 - Relatrio final do Seminrio "guas Minerais do Brasil",em outubro, indica a constituio de projeto piloto deTermalismo Social no SUS.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    O Ministrio da Sade, atendendo necessidade de se conhecerexperincias que j vm sendo desenvolvidas na rede pblica demuitos municpios e estados, adotou como estratgia a realizaode um Diagnstico Nacional que envolvesse as racionalidades jcontempladas no Sistema nico de Sade, entre as quais sedestacam aquelas no mbito da Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura, Homeopatia, Fitoterapia e da MedicinaAntroposfica, alm das prticas complementares de sade.

    O diagnstico foi realizado pelo Departamento de AtenoBsica, da Secretaria de Ateno Sade, do Ministrio da Sade,no perodo de maro e junho de 2004, por meio de questionrioenviado a todos os gestores municipais e estaduais de sade, nototal de 5560.

    Foram devolvidos 1.340 questionrios, sendo que os resultadosdo diagnstico situacional das prticas integrativas ecomplementares nos sistemas de sade de estados e municpiosdemonstraram a estruturao de algumas dessas prticas em 232municpios, dentre esses 19 capitais, num total de 26 estados. Aamostra foi considerada satisfatria no clculo de significnciaestatstica para um diagnstico nacional.

    1.1. Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura

    A Medicina Tradicional Chinesa caracteriza-se por um sistemamdico integral, originado h milhares de anos na China. Utilizalinguagem que retrata simbolicamente as leis da natureza e quevaloriza a inter-relao harmnica entre as partes visando aintegridade. Como fundamento, aponta a teoria do Yin-Yang,diviso do mundo em duas foras ou princpios fundamentais,interpretando todos os fenmenos em opostos complementares.O objetivo desse conhecimento obter meios de equilibrar essadualidade. Tambm inclui a teoria dos cinco movimentos queatribui a todas as coisas e fenmenos, na natureza, assim como

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    no corpo, uma das cinco energias (madeira, fogo, terra, metal,gua). Utiliza como elementos a anamnese, palpao do pulso,observao da face e lngua em suas vrias modalidades detratamento (Acupuntura, plantas medicinais, dietoterapia,prticas corporais e mentais).

    A Acupuntura uma tecnologia de interveno em sade queaborda de modo integral e dinmico o processo sade-doenano ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integradacom outros recursos teraputicos. Originria da MedicinaTradicional Chinesa (MTC), a Acupuntura compreende umconjunto de procedimentos permitem o estmulo preciso de locaisanatmicos definidos por meio da insero de agulhas filiformesmetlicas para promoo, manuteno e recuperao da sade,bem como para preveno de agravos e doenas.

    Achados arqueolgicos permitem supor que essa fonte deconhecimento remonta h pelo menos 3.000 anos. Adenominao chinesa zhen jiu, que significa agulha (zhen) e calor(jiu) foi adaptados nos relatos trazidos pelos jesutas no sculoXVII como Acupuntura (derivada das palavras latinas acus, agulhae punctio, puno). O efeito teraputico da estimulao de zonasneurorreativas ou "pontos de acupuntura" foi, a princpio,descrito e explicado numa linguagem de poca, simblica eanalgica, consoante com a filosofia clssica chinesa.

    No ocidente, a partir da segunda metade do sculo XX, aAcupuntura foi assimilada pela medicina contempornea, egraas s pesquisas cientficas empreendidas em diversos pasestanto do oriente como do ocidente, seus efeitos teraputicosforam reconhecidos e tm sido paulatinamente explicados emtrabalhos cientficos publicados em respeitadas revistascientficas. Admite-se atualmente, que a estimulao de pontosde Acupuntura provoque a liberao, no sistema nervoso central,de neurotransmissores e outras substncias responsveis pelasrespostas de promoo de analgesia, restaurao de funesorgnicas e modulao imunitria.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    A OMS recomenda a Acupuntura aos seus Estados-membros, tendoproduzido vrias publicaes sobre sua eficcia e segurana,capacitao de profissionais, bem como mtodos de pesquisa eavaliao dos resultados teraputicos das medicinascomplementares e tradicionais. O consenso do National Institutesof Health dos Estados Unidos referendou a indicao daacupuntura, de forma isolada ou como coadjuvante, em vriasdoenas e agravos sade, tais como odontalgias ps-operatrias,nuseas e vmitos ps-quimioterapia ou cirurgia em adultos,dependncias qumicas, reabilitao aps acidentes vascularescerebrais, dismenorria, cefalia, epicondilite, fibromialgia, dormiofascial, osteoartrite, lombalgias e asma, entre outras.

    A MTC inclui ainda prticas corporais (lian gong, chi gong, tui-na, tai-chi-chuan); prticas mentais (meditao); orientaoalimentar; e o uso de plantas medicinais (Fitoterapia TradicionalChinesa), relacionadas preveno agravos e de doenas,promoo e recuperao da sade.

    No Brasil, a Acupuntura foi introduzida h cerca de 40 anos. Em1988, por meio da Resoluo N 5/88, da Comisso Interministerialde Planejamento e Coordenao (Ciplan), teve as suas normasfixadas para o atendimento nos servios pblicos de sade.

    Vrios conselhos de profisses da sade regulamentadasreconhecem a Acupuntura como especialidade em nosso pas, eos cursos de formao encontram-se disponveis em diversasUnidades Federais.

    Em 1999, o Ministrio da Sade inseriu na tabela Sistema deInformaes Ambulatoriais (SIA/SUS) a consulta mdica emAcupuntura (cdigo 0701234), o que permitiu acompanhar aevoluo das consultas por regio e em todo Pas. Dados dessesistema demonstram um crescimento de consultas mdicas emacupuntura em todas as regies. Em 2003, foram 181.983consultas, com uma maior concentrao de mdicosacupunturistas na regio Sudeste (213 dos 376 cadastrados nosistema).

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    De acordo com o diagnstico da insero da MNPC nos serviosprestados pelo SUS e dados do SIA/SUS, verifica-se que aAcupuntura est presente em 19 estados, distribuda em 107municpios, sendo 17 capitais.

    Diante do exposto, necessrio repensar, luz do modelo deateno proposto pelo Ministrio, a insero dessa prtica noSUS, considerando a necessidade de aumento de sua capilaridadepara garantir o princpio da universalidade.

    1.2. Homeopatia

    A Homeopatia sistema mdico complexo de carter holstico, baseadano princpio vitalista e no uso da lei dos semelhantes enunciada porHipcrates no sculo IV a.C. Foi desenvolvida por Samuel Hahnemannno sculo XVIII, aps estudos e reflexes baseados na observaoclnica e em experimentos realizados na poca, Hahnemannsistematizou os princpios filosficos e doutrinrios da homeopatiaem suas obras Organon da Arte de Curar e Doenas Crnicas. A partirda, essa racionalidade mdica experimentou grande expanso porvrias regies do mundo, estando hoje firmemente implantada emdiversos pases da Europa, das Amricas e da sia. No Brasil, aHomeopatia foi introduzida por Benoit Mure em 1840, tornando-seuma nova opo de tratamento.

    Em 1979, fundada a Associao Mdica Homeoptica Brasileira(AMHB); em 1980, a homeopatia reconhecida comoespecialidade mdica pelo Conselho Federal de Medicina(Resoluo N 1000); em 1990, criada a Associao Brasileirade Farmacuticos Homeopatas (ABFH); em 1992, reconhecidacomo especialidade farmacutica pelo Conselho Federal deFarmcia (Resoluo N 232); em 1993, criada a AssociaoMdico-Veterinria Homeoptica Brasileira (AMVHB); e em 2000, reconhecida como especialidade pelo Conselho Federal deMedicina Veterinria (Resoluo N 622).

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    A partir da dcada de 80, alguns estados e municpios brasileiroscomearam a oferecer o atendimento homeoptico comoespecialidade mdica aos usurios dos servios pblicos de sade,porm como iniciativas isoladas e, s vezes, descontinuadas, porfalta de uma poltica nacional. Em 1988, pela Resoluo n 4/88,a Ciplan fixou normas para o atendimento em Homeopatia nosservios pblicos de sade e, em 1999, o Ministrio da Sadeinseriu na tabela SIA/SUS a consulta mdica em Homeopatia.

    Com a criao do SUS e a descentralizao da gesto ocorreuampliao da oferta de atendimento homeoptico. Esse avanopode ser observado no nmero de consultas em Homeopatiaque, desde sua insero como procedimento na tabela do SIA/SUS vem apresentando crescimento anual em torno de 10%. Noano de 2003 o sistema de informao do SUS e os dados dodiagnstico realizado pelo Ministrio da Sade em 2004 revelamque a homeopatia est presente na rede pblica de sade em20 unidades da federao, 16 capitais, 158 municpios, contandocom registro de 457 profissionais mdicos homeopatas.

    Est presente em pelo menos 10 universidades pblicas, ematividades de ensino, pesquisa ou assistncia, e conta com cursosde formao de especialistas em Homeopatia em 12 unidades dafederao. Conta ainda com a formao do Mdico homeopataaprovada pela Comisso Nacional de Residncia Mdica.

    Embora venha ocorrendo aumento da oferta de servios, aassistncia farmacutica em Homeopatia no acompanha essatendncia. Conforme levantamento da AMHB, realizado em 2000apenas 30% dos servios de homeopatia da rede SUS forneciammedicamento homeoptico. Dados do levantamento realizadopelo Ministrio da Sade em 2004 revelam que apenas 9,6% dosmunicpios que informaram ofertar servios de homeopatia,possuem farmcia pblica de manipulao.

    A implementao da Homeopatia no SUS representa umaimportante estratgia para a construo de um modelo deateno centrado na sade uma vez que:

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    Recoloca o sujeito no centro do paradigma da ateno,compreendendo-o nas dimenses fsica, psicolgica, social e cultural.Na homeopatia o adoecimento a expresso da ruptura da harmoniadessas diferentes dimenses. Desta forma, essa concepo contribuipara o fortalecimento da integralidade da ateno sade.

    Fortalece a relao mdico-paciente como um dos elementosfundamentais da teraputica, promovendo a humanizao naateno, estimulando o autocuidado e a autonomia do indivduo.

    Atua em diversas situaes clnicas do adoecimento como, porexemplo, nas doenas crnicas no-transmissveis, nas doenasrespiratrias e alrgicas, nos transtornos psicossomticos reduzindoa demanda por intervenes hospitalares e emergenciais,contribuindo para a melhoria da qualidade de vida dos usurios.

    Contribui para o uso racional de medicamentos, podendoreduzir a frmaco-dependncia.

    Em 2004, com o objetivo de estabelecer processo participativo dediscusso das diretrizes gerais da Homeopatia, que serviram de subsdio formulao da presente Poltica Nacional, foi realizado pelo Ministrioda Sade o 1 Frum Nacional de Homeopatia, intitulado "AHomeopatia que queremos implantar no SUS". Reuniu profissionais,Secretarias Municipais e Estaduais de Sade; Universidades Pblicas;Associao de Usurios de Homeopatia no SUS; entidadeshomeopticas nacionais representativas; Conselho Nacional deSecretrios Municipais de Sade (Conasems), Conselhos Federais deFarmcia e de Medicina; Liga Mdica Homeoptica Internacional (LMHI)- entidade mdica homeoptica internacional e representantes do MSe Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa).

    1.3. Plantas Medicinais e Fitoterapia

    A Fitoterapia uma "teraputica caracterizada pelo uso deplantas medicinais em suas diferentes formas farmacuticas, sem

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    a utilizao de substncias ativas isoladas, ainda que de origemvegetal". O uso de plantas medicinais na arte de curar umaforma de tratamento de origens muito antigas, relacionada aosprimrdios da medicina e fundamentada no acmulo deinformaes por sucessivas geraes. Ao longo dos sculos,produtos de origem vegetal constituram as bases paratratamento de diferentes doenas.

    Desde a Declarao de Alma-Ata, em 1978, a OMS temexpressado a sua posio a respeito da necessidade de valorizara utilizao de plantas medicinais no mbito sanitrio, tendoem conta que 80% da populao mundial utiliza estas plantasou preparaes destas no que se refere ateno primria desade. Ao lado disso, destaca-se a participao dos pases emdesenvolvimento nesse processo, j que possuem 67% dasespcies vegetais do mundo.

    O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento dessateraputica, como a maior diversidade vegetal do mundo, amplasociodiversidade, uso de plantas medicinais vinculado aoconhecimento tradicional e tecnologia para validarcientificamente este conhecimento.

    O interesse popular e institucional vem crescendo no sentido defortalecer a Fitoterapia no SUS. A partir da dcada de 80, diversosdocumentos foram elaborados enfatizando a introduo deplantas medicinais e fitoterpicos na ateno bsica no sistemapblico, entre os quais destacam-se:

    A Resoluo Ciplan N 8/88, que regulamenta a implantaoda Fitoterapia nos servios de sade e cria procedimentos erotinas relativas a sua prtica nas unidades assistenciais mdicas;

    O Relatrio da 10a Conferncia Nacional de Sade, realizadaem 1996, que aponta no item 286.12: "incorporar no SUS, emtodo o Pas, as prticas de sade como a Fitoterapia, acupunturae homeopatia, contemplando as terapias alternativas e prticaspopulares" e, no item 351.10: "o Ministrio da Sade deve

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    incentivar a Fitoterapia na assistncia farmacutica pblica eelaborar normas para sua utilizao, amplamente discutidas comos trabalhadores em sade e especialistas, nas cidades onde existirmaior participao popular, com gestores mais empenhados coma questo da cidadania e dos movimentos populares".

    A Portaria n 3916/98, que aprova a Poltica Nacional deMedicamentos, a qual estabelece, no mbito de suas diretrizespara o desenvolvimento cientfico e tecnolgico: "... dever sercontinuado e expandido o apoio s pesquisas que visem oaproveitamento do potencial teraputico da flora e faunanacionais, enfatizando a certificao de suas propriedadesmedicamentosas".

    O Relatrio do Seminrio Nacional de Plantas Medicinais,Fitoterpicos e Assistncia Farmacutica, realizado em 2003, queentre as suas recomendaes, contempla: "integrar no Sistemanico de Sade o uso de plantas medicinais e medicamentosfitoterpicos".

    O Relatrio da 12 Conferncia Nacional de Sade, realizadaem 2003, que aponta a necessidade de se "investir na pesquisa edesenvolvimento de tecnologia para produo de medicamentoshomeopticos e da flora brasileira, favorecendo a produonacional e a implantao de programas para uso demedicamentos fitoterpicos nos servios de sade, de acordo comas recomendaes da 1 Conferncia Nacional de Medicamentose Assistncia Farmacutica".

    A Resoluo n 338/04 do Conselho Nacional de Sade queaprova a Poltica Nacional de Assistncia Farmacutica, a qualcontempla, em seus eixos estratgicos, a "definio e pactuaode aes intersetoriais que visem utilizao das plantasmedicinais e de medicamentos fitoterpicos no processo deateno sade, com respeito aos conhecimentos tradicionaisincorporados, com embasamento cientfico, com adoo depolticas de gerao de emprego e renda, com qualificao efixao de produtores, envolvimento dos trabalhadores em sade

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    no processo de incorporao dessa opo teraputica e baseadano incentivo produo nacional, com a utilizao dabiodiversidade existente no Pas".

    2005 - Decreto presidencial de 17/02/05 que cria o Grupo deTrabalho para elaborao da Poltica Nacional de PlantasMedicinais e Fitoterpicos.

    Atualmente, existem programas estaduais e municipais deFitoterapia, desde aqueles com memento teraputico eregulamentao especfica para o servio, implementados hmais de 10 anos, at aqueles com incio recente ou com pretensode implantao. Em levantamento realizado pelo Ministrio daSade no ano de 2004, em todos os municpios brasileiros,verificou-se que a Fitoterapia est presente em 116 municpios,contemplando 22 unidades federadas.

    No mbito federal, cabe assinalar, ainda, que o Ministrio daSade realizou, em 2001, o Frum para formulao de umaproposta de Poltica Nacional de Plantas Medicinais eMedicamentos Fitoterpicos, do qual participaram diferentessegmentos tendo em conta, em especial, a intersetorialidadeenvolvida na cadeia produtiva de plantas medicinais efitoterpicos. Em 2003, o Ministrio promoveu o SeminrioNacional de Plantas Medicinais, Fitoterpicos e AssistnciaFarmacutica. Ambas as iniciativas aportaram contribuiesimportantes para a formulao desta Poltica Nacional, comoconcretizao de uma etapa para elaborao da Poltica Nacionalde Plantas Medicinais e Fitoterpicos.

    1.4. Termalismo Social/Crenoterapia

    O uso das guas Minerais para tratamento de sade umprocedimento dos mais antigos, utilizado desde a poca doImprio Grego. Foi descrita por Herdoto (450 a.C.), autor daprimeira publicao cientfica termal.

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    O Termalismo compreende as diferentes maneiras de utilizaoda gua mineral e sua aplicao em tratamentos de sade.

    A Crenoterapia consiste na indicao e uso de guas mineraiscom finalidade teraputica atuando de maneira complementaraos demais tratamentos de sade.

    No Brasil a Crenoterapia foi introduzida junto com a colonizaoportuguesa, que trouxe ao pas os seus hbitos de usar guasminerais para tratamento de sade. Durante algumas dcadas foidisciplina conceituada e valorizada, presente em escolas mdicas,como a UFMG e a UFRJ. O campo sofreu considervel reduo desua produo cientfica e divulgao com as mudanas surgidasno campo da medicina e da produo social da sade como umtodo, aps o trmino da segunda guerra mundial.

    A partir da dcada de 90 a Medicina Termal passou a dedicar-sea abordagens coletivas, tanto de preveno quanto de promooe recuperao da sade, inserindo neste contexto o conceito deTurismo Sade e de Termalismo Social, cujo alvo principal abusca e a manuteno da sade.

    Pases europeus como a Espanha, a Frana, a Itlia, a Alemanha,a Hungria e outros adotam desde o incio do sculo XX oTermalismo Social como maneira de ofertar s pessoas idosastratamentos em estabelecimentos termais especializados,objetivando proporcionar a esta populao o acesso ao uso dasguas minerais com propriedades medicinais, seja para recuperarou tratar sua sade, assim como preserv-la.

    O Termalismo, contemplado nas resolues Ciplan de 1988,manteve-se ativo em alguns servios municipais de sade deregies com fontes termais como o caso de Poos de Caldas,em Minas Gerais.

    A resoluo do Conselho Nacional de Sade n 343, de 07 deoutubro de 2004, um instrumento de fortalecimento da definiodas aes governamentais que envolvem a revalorizao dosmananciais das guas minerais, o seu aspecto teraputico, a

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    definio de mecanismos de preveno, fiscalizao, controle, almdo incentivo realizao de pesquisas na rea.

    1.5. Medicina Antroposfica

    A Medicina Antroposfica (MA) foi introduzida no Brasil haproximadamente 60 anos e apresenta-se como uma abordagemmdico-teraputica complementar, de base vitalista, cujo modelode ateno est organizado de maneira transdisciplinar,buscando a integralidade do cuidado em sade. Os mdicosantroposficos utilizam os conhecimentos e recursos da MA comoinstrumentos para ampliao da clnica, tendo obtidoreconhecimento de sua prtica por meio do Parecer 21/93 doConselho Federal de Medicina, em 23/11/1993.

    Entre os recursos que acompanham a abordagem mdica destaca-se o uso de medicamentos baseados na homeopatia, na fitoterapiae outros especficos da Medicina Antroposfica. Integrado aotrabalho mdico est prevista a atuao de outros profissionais darea da sade, de acordo com as especificidades de cada categoria.

    As experincias de sade pblica tm oferecido contribuiesaos campos da educao popular, arte, cultura e desenvolvimentosocial. No SUS so em pequeno nmero, destacando-se o serviodas "prticas no alopticas" de Belo Horizonte em que aMedicina Antroposfica, juntamente com a Homeopatia e aAcupuntura, foi introduzida oficialmente na rede municipal. Em1996 a Secretaria Municipal de Sade de Belo Horizonte realizouo primeiro concurso especfico para mdico antroposfico noSUS. Em novembro de 2004, o servio comemorou dez anos deexistncia, com nmero de atendimentos sempre ascendente.

    Em So Joo Del Rei/MG, na rede pblica municipal, uma equipemultidisciplinar vinculada a Sade da Famlia desenvolve h maisde seis anos experincia inovadora a partir do uso das aplicaesexternas de fitoterpicos e de outras abordagens.

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    Destaca-se tambm, em So Paulo, o ambulatrio da AssociaoComunitria Monte Azul que vem, h 25 anos, oferecendoatendimentos baseados nesta abordagem, integrando informalmentea rede de referncia da regio, como centro de prticas no alopticas(massagem, terapia artstica e aplicaes externas). Desde 2001, aAssociao mantm parceria com a Secretaria Municipal de Sade paraimplantao da Estratgia Sade da Famlia no municpio.

    Considerando a pequena representatividade no SUS e asavaliaes iniciais positivas que os servios apresentam acercade sua insero, a proposta desta Poltica para a MA deimplementao, no mbito das experincias consolidadas, deObservatrios com o objetivo de aprofundar os conhecimentossobre suas prticas e seu impacto na sade.

    2. OBJETIVOS

    2.1 Incorporar e implementar a PNPIC no SUS, naperspectiva da preveno de agravos e da promoo erecuperao da sade, com nfase na ateno bsica,voltada para o cuidado continuado, humanizado eintegral em sade.

    2.2 Contribuir ao aumento da resolubilidade do Sistemae ampliao do acesso PNPIC, garantindo qualidade,eficcia, eficincia e segurana no uso.

    2.3 Promover a racionalizao das aes de sade,estimulando alternativas inovadoras e socialmentecontributivas ao desenvolvimento sustentvel decomunidades.

    2.4 Estimular as aes referentes ao controle/participaosocial, promovendo o envolvimento responsvel econtinuado dos usurios, gestores e trabalhadores nasdiferentes instncias de efetivao das polticas de sade.

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    3. DIRETRIZES

    3.1. Estruturao e fortalecimento da ateno em PIC noSUS, mediante:

    Incentivo insero da PNPIC em todos os nveis deateno, com nfase na ateno bsica.

    Desenvolvimento da PNPIC em carter multiprofissional,para as categorias profissionais presentes no SUS, e emconsonncia com o nvel de ateno.

    Implantao e implementao de aes e fortalecimentode iniciativas existentes.

    Estabelecimento de mecanismos de financiamento.

    Elaborao de normas tcnicas e operacionais paraimplantao e desenvolvimento dessas abordagens no SUS.

    Articulao com a Poltica Nacional de Ateno a Sadedos Povos Indgenas e demais polticas do Ministrio da Sade.

    3.2. Desenvolvimento de estratgias de qualificao em PICpara profissionais no SUS, em conformidade com os princpiose diretrizes estabelecidos para Educao Permanente.

    3.3. Divulgao e informao dos conhecimentos bsicosda PIC para profissionais de sade, gestores e usuriosdo SUS, considerando as metodologias participativas e osaber popular e tradicional.

    Apoio tcnico ou financeiro a projetos de qualificaode profissionais para atuao na rea de informao,comunicao e educao popular em PIC que atuem na

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    Estratgia Sade da Famlia e Programa de AgentesComunitrios de Sade.

    Elaborao de materiais de divulgao, como cartazes,cartilhas, folhetos e vdeos, visando a promoo de aesde informao e divulgao da PIC, respeitando asespecificidades regionais e culturais do Pas; edirecionadas aos trabalhadores, gestores, conselheiros desade, bem como aos docentes e discentes da rea desade e comunidade em geral.

    Incluso da PNPIC na agenda de atividades dacomunicao social do SUS.

    Apoio e fortalecimento de aes inovadoras de informaoe divulgao sobre PNPIC em diferentes linguagens culturais,tais como jogral, hip hop, teatro, canes, literatura decordel e outras formas de manifestao.

    Identificao, articulao e apoio a experincias deeducao popular, informao e comunicao em PIC.

    3.4. Estmulo s aes intersetoriais, buscando parceriasque propiciem o desenvolvimento integral das aes.

    3.5. Fortalecimento da participao social.

    3.6. Provimento do acesso a medicamentos homeopticose fitoterpicos na perspectiva da ampliao da produopblica, assegurando as especificidades da assistnciafarmacutica nestes mbitos na regulamentaosanitria.

    Elaborao da Relao Nacional de Plantas Medicinaise da Relao Nacional de Fitoterpicos.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Promoo do uso racional de plantas medicinais e dosfitoterpicos no SUS.

    Cumprimento dos critrios de qualidade, eficcia,eficincia e segurana no uso.

    Cumprimento das boas prticas de manipulao, deacordo com a legislao vigente.

    3.7. Garantia do acesso aos demais insumos estratgicosda PNPIC, com qualidade e segurana das aes.

    3.8. Incentivo pesquisa em PIC com vistas aoaprimoramento da ateno sade, avaliando eficincia,eficcia, efetividade e segurana dos cuidados prestados.

    3.9. Desenvolvimento de aes de acompanhamento eavaliao da PIC, para instrumentalizao de processosde gesto.

    3.10. Promoo de cooperao nacional e internacionaldas experincias da PIC nos campos da ateno, daeducao permanente e da pesquisa em sade.

    Estabelecimento de intercmbio tcnico-cientficovisando o conhecimento e a troca de informaesdecorrentes das experincias no campo da ateno sade, formao, educao permanente e pesquisa comunidades federativas e pases onde a PNPIC estejaintegrada ao servio pblico de sade.

    3.11. Garantia do monitoramento da qualidade dosfitoterpicos pelo Sistema Nacional de Vigilncia Sanitria.

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    4. IMPLEMENTAO DAS DIRETRIZES

    4.1. Na Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura

    Premissa: desenvolvimento da Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura em carter multiprofissional, para as categoriasprofissionais presentes no SUS, e em consonncia com o nvelde ateno.

    Diretriz MTCA 1

    Estruturao e fortalecimento da ateno em MTC-Acupunturano SUS, com incentivo insero da MTC-Acupuntura em todosos nveis do sistema com nfase na ateno bsica.

    1. Na Estratgia Sade da Famlia

    Devero ser priorizados mecanismos que garantam a insero deprofissionais de sade com regulamentao em Acupuntura dentroda lgica de apoio, participao e co-responsabilizao com as ESF.

    Alm disso, ser funo precpua desse profissional.

    Atuar de forma integrada e planejada de acordo com asatividades prioritrias da Estratgia Sade da Famlia.

    Identificar, em conjunto com as equipes da ateno bsica (ESFe equipes de Unidades Bsicas de Sade) e a populao, a(s)prtica(s) a ser(em) adotada(s) em determinada rea.

    Trabalhar na construo coletiva de aes que se integrem aoutras polticas sociais (intersetorialidade).

    Avaliar, em conjunto com a equipe de sade da famlia/atenobsica, o impacto na situao de sade do desenvolvimento e

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    implementao dessa nova prtica, mediante indicadorespreviamente estabelecidos.

    Atuar na especialidade com resolubilidade.

    Trabalhar utilizando o sistema de referncia/contra-referncianum processo educativo.

    Discutir clinicamente os casos em reunies tanto do ncleoquanto nas reunies das equipes adscritas.

    2. Centros especializados

    a) Profissionais de sade acupunturistas inseridos nos serviosambulatoriais especializados de mdia e alta complexidade. Deveroparticipar do sistema referncia/contra-referncia, atuando deforma resolutiva no processo de educao permanente.

    b) Profissionais de sade acupunturistas inseridos na redehospitalar do SUS.

    Para toda insero de profissionais que exeram a acupunturano SUS ser necessrio o ttulo de Especialista.

    Devero ser elaboradas normas tcnicas e operacionaiscompatveis com a implantao e desenvolvimento dessasprticas no SUS.

    Diretriz MTCA 2

    Desenvolvimento de estratgias de qualificao em MTC/Acupuntura para profissionais no SUS, consoante aos princpiose diretrizes para a Educao Permanente no SUS

    1. Incentivo capacitao para que a equipe de sade desenvolvaaes de preveno de agravos, promoo e educao em sade- individuais e coletivas - na lgica da MTC, uma vez que essa

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    capacitao dever envolver conceitos bsicos da MTC e prticascorporais e meditativas. Exemplo: Tu-Na, Tai Chi Chuan, Lian Gong,Chi Gong, e outros que compem a ateno sade na MTC.

    2. Incentivo formao de banco de dados relativos a escolasformadoras.

    3. Articulao com outras reas visando ampliar a insero formalda MTC/Acupuntura nos cursos de graduao e ps-graduaopara as profisses da sade.

    Diretriz MTCA 3

    Divulgao e informao dos conhecimentos bsicos da MTC/Acupuntura para usurios, profissionais de sade e gestores do SUS.

    1. Para usurios

    Divulgao das possibilidades teraputicas; medidas de segurana;alternativas a tratamentos convencionais, alm de nfase no aspectode preveno de agravos e promoo das prticas corporais.

    2. Para profissionais

    Divulgao dos usos e possibilidades, necessidade de capacitaoespecfica, de acordo com o modelo de insero; medidas desegurana; alternativas a tratamentos convencionais e papel doprofissional no Sistema.

    3. Para gestores

    Usos e possibilidades teraputicas, necessidade de investimentoem capacitao especfica de profissionais, de acordo com o

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    modelo de insero; medidas de segurana; alternativas atratamentos convencionais; possvel reduo de custos eincentivos federais para tal investimento.

    Diretriz MTCA 4

    Garantia do acesso aos insumos estratgicos para MTC/Acupuntura na perspectiva da garantia da qualidade eseguranas das aes.

    1. Estabelecimento de normas relativas aos insumos necessrios paraa prtica da MTC/Acupuntura com qualidade e segurana: agulhasfiliformes descartveis de tamanhos e calibres variados; moxa (carvoe/ou artemsia); esfera vegetal para acupuntura auricular; esferametlica para acupuntura auricular; copos de ventosa; equipamentopara eletroacupuntura; mapas de pontos de Acupuntura.

    2. Elaborao de Banco Nacional de Preos para esses produtos.

    Diretriz MTCA 5

    Desenvolvimento de aes de acompanhamento e avaliao paraMTC/Acupuntura.

    Para o desenvolvimento de aes de acompanhamento eavaliao, devero ser criados cdigos de procedimentos,indicados a seguir, para que os indicadores possam ser compostos.

    Sero contemplados para a criao dos cdigos SAI/SUS pararegistro e financiamento dos procedimentos de acupuntura ascategorias profissionais regulamentadas.

    1. Insero de cdigos de procedimentos para informao efinanciamento.

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    Sesso de Acupuntura com Insero de Agulhas - Agulhamentoseco em zonas neurorreativa de Acupuntura (pontos deAcupuntura).

    Sesso de Acupuntura - Outros procedimentos.

    a. Aplicao de ventosas - Consiste em aplicar recipiente de vidroou plstico, onde gera-se vcuo, com a finalidade de estimularZonas Neurorreativas (Pontos de Acupuntura).

    b. Eletroestimulao - Consiste em aplicar estmulos eltricosdeterminados, de freqncia varivel de 1 a 1000 Hz, de baixavoltagem e baixa amperagem em Zonas Neurorreativas (pontosde Acupuntura).

    c. Aplicao de laser de baixa potncia em Acupuntura - Consisteem aplicar um estmulo produzido por emissor de laser de baixapotncia (5 a 40 mW), em Zona Neurorreativa de Acupuntura.

    1.1 Insero nos cdigos 04.011.03-1; 04.011.02-1;0702101-1; 0702102-0, j existentes na tabela SIA/SUS, dosprofissionais faltantes - para registro das aes depromoo da sade em MTC/Acupuntura.

    2. Criao de cdigos para registro de prticas corporais

    Considerando que a MTC contempla em suas atividades deateno sade prticas corporais, devero ser criados cdigosespecficos para as prticas corporais no SUS para registro dainformao.

    Prticas corporais desenvolvidas em grupo na unidade, aexemplo do Tai Chi Chuan, Lian Gong, Chi gong, automassagem.

    Prticas corporais desenvolvidas em grupo na comunidade, aexemplo do Tai chi chuan, Lian gong, Chi gong; automassagem.

    Prticas corporais individuais, a exemplo do Tu-Na, meditao,Chi Gong; automassagem.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    3. Avaliao dos servios oferecidos

    Estabelecimento de critrios para o acompanhamento daimplementao e implantao da MTC/Acupuntura, tais como:cobertura de consultas em Acupuntura; taxa de procedimentosrelacionados com a MTC/Acupuntura; taxa de aes educativasrelacionadas com a MTC/Acupuntura; taxa de procedimentosrelativos s prticas corporais - MTC/Acupuntura, entre outros.

    4. Acompanhamento da ao dos estados no apoio implantaodesta Poltica Nacional.

    Diretriz MTCA 6

    Integrao das aes da MTC/Acupuntura com polticas de sade afins.

    Para tanto, dever ser estabelecida integrao com todas as reasdo MS, visando a construo de parcerias que propiciem odesenvolvimento integral das aes.

    Diretriz MTCA 7

    Incentivo pesquisa com vistas a subsidiar a MTC/Acupunturano SUS como nicho estratgico da poltica de pesquisa no Sistema.

    1. Incentivo a linhas de pesquisa em MTC/Acupuntura que:

    Aprimorem a sua prtica e avaliem a sua efetividade, seguranae aspectos econmicos, num contexto pragmtico, associado ouno a outros procedimentos e prticas complementares de sade;experincias exitosas (servios e municpios).

    Identifiquem tcnicas e condutas mais eficazes, efetivas, segurase eficientes para a resoluo de problemas de sade de umadada populao.

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    Apontem estratgias para otimizao da efetividade dotratamento pela Acupuntura e prticas complementares.

    Estabelecer intercmbio tcnico-cientfico visando o conhecimentoe a troca de informaes decorrentes das experincias no campoda formao, educao permanente e pesquisa com pases onde aMTC/Acupuntura esteja integrada ao servio pblico de sade.

    Dever ser observado, para o caso de pesquisas clnicas, odesenvolvimento de estudos que sigam as normas da Conep/CNS.

    Diretriz MTCA 8

    Garantia de financiamento para as aes da MTC/Acupuntura.

    Para viabilizar o financiamento do modelo de ateno proposto,devero ser adotadas medidas relativas:

    insero dos cdigos de procedimentos com o objetivo deampliar as informaes sobre a MTC/Acupuntura no Sistema epromover o financiamento das intervenes realizadas.

    garantia de um financiamento especfico para divulgao einformao dos conhecimentos bsicos da MTC/Acupuntura paraprofissionais de sade, gestores e usurios do SUS, considerando asmetodologias participativas e o saber popular e tradicional.

    Considerao: Dever ser realizada avaliao trimestral doincremento das aes realizadas a partir do primeiro ano, com vistasa ajustes no financiamento mediante desempenho e pactuao.

    4.2. Na Homeopatia

    Premissa: desenvolvimento da Homeopatia em cartermultiprofissional, para as categorias profissionais presentes noSUS, e em consonncia com o nvel de ateno.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Diretriz H 1

    Incorporao da Homeopatia nos diferentes nveis decomplexidade do Sistema, com nfase na ateno bsica, pormeio de aes de preveno de doenas e de promoo erecuperao da sade.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Garantir as condies essenciais boa prtica em Homeopatia,considerando as suas peculiaridades tcnicas, infra-estrutura fsicaadequada e insumos.

    2. Apoiar e fortalecer as iniciativas de ateno homeoptica na atenobsica, obedecendo aos seguintes critrios:

    Priorizar mecanismos que garantam a insero da atenohomeoptica dentro da lgica de apoio, participao e co-responsabilizao com as ESF.

    Na unidade de ateno bsica prestar atendimento, de acordo coma demanda espontnea ou referenciada, aos usurios em todas asfaixas etrias.

    No caso da unidade da Sade da Famlia (SF) possuir um profissionalhomeopata como mdico da Sade da Famlia, a ele deve seroportunizada a prtica da Homeopatia, sem prejuzo das atribuiespertinentes ao profissional da estratgia de sade da famlia.

    3. Apoiar e fortalecer as iniciativas de ateno homeoptica naateno especializada:

    Nos ambulatrios de especialidades ou nos centros dereferncia, prestar atendimento, de acordo com a demanda, aosusurios em todas as faixas etrias e prestar apoio tcnico aosdemais servios da rede local.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    Em emergncias, unidades de terapia intensiva, centros de cuidadospaliativos ou em enfermarias hospitalares a Homeopatia pode serincorporada de forma complementar e contribuir para a maiorresolubilidade da ateno.

    4. Estabelecer critrios tcnicos de organizao e funcionamento daateno homeoptica em todos os nveis de complexidade, de modoa garantir a oferta de servios seguros, efetivos e de qualidade,avaliando as iniciativas j existentes nas unidades federadas e com aparticipao das sociedades cientficas homeopticas reconhecidas.

    5. Estabelecer intercmbio tcnico-cientfico visando o conhecimentoe a troca de informaes relativas s experincias no campo da atenohomeoptica com pases onde a homeopatia esteja integrada aoservio pblico sade.

    Diretriz H 2

    Garantia de financiamento capaz de assegurar o desenvolvimento doconjunto de atividades essenciais boa prtica em homeopatia,considerando as suas peculiaridades tcnicas.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1 - Criar mecanismos de financiamento que garanta o acesso aosinsumos inerentes prtica da homeopatia:

    Repertrio homeoptico e matria mdica homeoptica em formaimpressa e em software.

    2 - Criar incentivo para a garantia de acesso a medicamentoshomeopticos na perspectiva d:

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Incentivo a implantao e/ou adequao de farmcias pblicasde manipulao de medicamentos homeopticos, compossibilidade de ampliao para fitoterpicos, que atendamdemanda e realidade loco-regional; segundo critriosestabelecidos, e em conformidade com a legislao vigente.

    Estmulo a implantao de projetos para produo de matrizeshomeopticas nos laboratrios oficiais visando o fornecimentoas farmcias de manipulao de medicamentos homeopticoslocais ou regionais.

    3 - Garantir mecanismos de financiamento para projetos eprogramas de formao e educao permanente, que assegurema especializao e o aperfeioamento em homeopatia aosprofissionais do SUS, mediante demanda loco-regional epactuao nos Plos de Educao Permanente em Sade.

    4- Para a estruturao fsica dos servios o Ministrio da Sadedispe anualmente de financiamento federal por meio deconvnios a partir de projetos apresentados ao Fundo Nacionalde Sade, cabendo tambm aos estados e municpios o co-financiamento para a estruturao dos servios de atenohomeoptica.

    5- Garantir financiamento especfico para divulgao einformao dos conhecimentos bsicos da Homeopatia paraprofissionais de sade, gestores e usurios do SUS, considerandoas metodologias participativas e o saber popular.

    Considerao: Dever ser realizada avaliao peridica doincremento das aes realizadas a partir do primeiro ano, comvistas a ajustes no financiamento mediante desempenho epactuao.

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    Diretriz H 3

    Provimento do acesso ao usurio do SUS do medicamentohomeoptico prescrito, na perspectiva da ampliao da produopblica.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Incluso da Homeopatia na poltica de Assistncia Farmacuticadas trs esferas de gesto SUS.

    2. Contemplar na legislao sanitria, Boas Prticas deManipulao para farmcias com manipulao de homeopticosque atenda as necessidades do SUS nesta rea.

    3. Ampliar a oferta de medicamentos homeopticos, porintermdio de farmcias pblicas de manipulao que atendama demanda e as necessidades locais, respeitando a legislaopertinente s necessidades do SUS na rea e com nfase assistncia farmacutica.

    Criar incentivo voltado implantao ou melhoria de farmciaspblicas de manipulao de medicamentos homeopticos(possibilidade de ampliao para fitoterpicos), comcontrapartida do municpio e/ou estado para a sua manutenoe segundo critrios pr-estabelecidos.

    Elaborao de Banco Nacional de Preos para os materiais deconsumos necessrios ao funcionamento da farmcia demanipulao para dar suporte ao processo de licitao realizadopelos estados e municpios.

    4. Incentivar a produo pelos laboratrios oficiais de:

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Matrizes homeopticas visando o seu fornecimento s farmciaspblicas de manipulao de medicamentos homeopticos,estimulando parcerias com as Secretarias Estaduais e Municipaisde Sade e baseando-se na lista de policrestos e semi-policrestosdefinida pela Farmacotcnica Homeoptica Brasileira - 2 ediode 1997.

    Medicamentos homeopticos pelos laboratrios oficiais,objetivando o seu fornecimento aos estados e municpios esegundo estudos de viabilidade econmica.

    5. Induzir e apoiar a iniciativa local na Identificao dosmedicamentos - formas farmacuticas, escalas, dinamizaes emtodos empregados - necessrios e mais utilizados nos serviosde Homeopatia j existentes, elaborando, a partir, uma relaode orientao para a produo dos medicamentos e para asunidades de sade, sujeita reviso peridica e atendendo realidade local.

    Diretriz H 4

    Apoio a projetos de formao e educao permanente,promovendo a qualidade tcnica dos profissionais e consoantecom os princpios da Poltica Nacional de Educao Permanente.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Promover a discusso da homeopatia na perspectiva daEducao Permanente em Sade, por intermdio das instituiesformadoras da rea, dos usurios e dos profissionais de sadehomeopatas, visando a qualificao dos profissionais no SUS.

    Articular, em consonncia com os princpios e diretrizesestabelecidos para Educao Permanente em Sade no SUS, a

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    realizao de diagnstico acerca das dificuldades e limitaesatuais na prtica clnica homeoptica, no que se refere formao e necessidade de educao permanente dosprofissionais homeopatas que atuam nos diversos nveis decomplexidade do SUS, da ateno bsica ateno especializada.

    2. Prover apoio tcnico e financeiro ao desenvolvimento deprojetos e programas de formao e educao permanente, queassegurem a especializao e o aperfeioamento em Homeopatiaaos profissionais do SUS considerando:

    A adoo de metodologias e formatos adequados snecessidades e viabilidades locais e/ou loco-regionais, incluindoo ensino a distncia e a formao em servio.

    A pactuao de aes e iniciativas no campo da EducaoPermanente em Sade e que atenda a demanda loco-regional.

    3. Elaborar material informativo com o objetivo de apoiar osgestores do SUS no desenvolvimento de projetos locais deformao e educao permanente dos profissionais homeopatas,observando: os princpios e diretrizes do SUS; as recomendaesda Poltica de Educao Permanente; os critrios estabelecidospelas instituies homeopticas de representao nacional, emtermos das habilidades e competncias dos profissionaishomeopatas; e as diretrizes desta poltica.

    4. Apoiar tcnica e financeiramente a estruturao fsica dahomeopatia nos centros de referncia, com atribuies: naimplementao de atividades de ensino em servio (estgios,formao e educao permanente); no desenvolvimento depesquisas em homeopatia de interesse para o SUS; na integraode atividades de assistncia, ensino e pesquisa, em articulaocom princpios e diretrizes estabelecidos para a EducaoPermanente em Sade no SUS.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

    41

    5. Promover a incluso da racionalidade homeoptica nos cursosde graduao e ps-graduao strictu e lato sensu paraprofissionais da rea de sade.

    6. Promover a discusso sobre a homeopatia no processo demodificao do ensino de graduao.

    7. Fomentar e apoiar junto ao Ministrio da Educao projetosde residncia em Homeopatia.

    8. Fomentar e apoiar iniciativas de criao e manuteno deFrum Virtual Permanente, permitindo um espao de discussoacerca da formao/episteme homeoptica e modelo de ateno,de modo a tornar disponveis produes, experincias edocumentos visando implementao da ateno homeopticano SUS.

    9. Apoiar a realizao de fruns de homeopatia nas trs esferasde governo, objetivando a discusso e a avaliao da implantaoe implementao da Homeopatia no SUS.

    10. Estabelecer intercmbio tcnico-cientfico visando oconhecimento e a troca de informaes decorrentes dasexperincias no campo da formao, educao permanente epesquisa com pases onde a Homeopatia esteja integrada aoservio pblico sade.

    Diretriz H 5

    Acompanhamento e avaliao da insero e implementao daateno homeoptica no SUS.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

    42

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Desenvolver instrumentos adequados de acompanhamento eavaliao da insero e implementao da ateno homeopticano SUS com nfase: no acompanhamento e na avaliao dasdificuldades de insero identificadas e sua superao; e na criaode mecanismos para coleta de dados que possibilitem estudos epesquisas e que sirvam como instrumentos no processo de gesto.

    2. Acompanhar e avaliar os resultados dos protocolos de pesquisanacionais implantados, com vistas melhoria da atenohomeoptica no SUS.

    3. Incluir no sistema de informao do SUS os procedimentos emHomeopatia referente atividade de educao e sade naateno bsica para os profissionais de sade de nvel superior.

    4. Identificar o estabelecimento Farmcia de ManipulaoHomeoptica no cadastro de estabelecimentos de sade.

    Diretriz H 6

    Socializar informaes sobre a Homeopatia e as caractersticasda sua prtica, adequando-as aos diversos grupos populacionais.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Incluir a Homeopatia na agenda de atividades da comunicaosocial do SUS.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

    43

    2. Produzir materiais de divulgao, como cartazes, cartilhas,folhetos e vdeos, visando promoo de aes de informao edivulgao da homeopatia respeitando as especificidadesregionais e culturais do Pas e direcionadas aos trabalhadores,gestores, conselheiros de sade, bem como aos docentes ediscentes da rea de sade e comunidade em geral.

    3. Apoiar e fortalecer aes inovadoras de Informao edivulgao sobre homeopatia em diferentes linguagens culturais,tais como jogral, hip hop, teatro, canes, literatura de cordel eoutras formas de manifestao.

    4. Identificar, articular e apoiar experincias de educao popular,informao e comunicao em homeopatia.

    5. Prover apoio tcnico ou financeiro a projetos de qualificaode profissionais que atuam na Estratgia Sade da Famlia ePrograma de Agentes Comunitrios de Sade, para atuao narea de informao, comunicao e educao popular emhomeopatia considerando a pactuao de aes e iniciativas deEducao Permanente em Sade no SUS.

    Diretriz H 7

    Apoiar o desenvolvimento de estudos e pesquisas que avaliem aqualidade e aprimorem a ateno homeoptica no SUS.

    Para tanto, as medidas a serem adotadas buscaro:

    1. Incluir a Homeopatia nas linhas de pesquisa do SUS.

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    2. Identificar e estabelecer rede de apoio, em parceria cominstituies formadoras, associativas e representativas dahomeopatia, universidades, faculdades e outros rgos dosgovernos federal, estaduais e municipais, visando:

    O fomento pesquisa em Homeopatia.

    A identificao de estudos e pesquisas relativos Homeopatiaexistentes no Brasil, com o objetivo de socializar, divulgar eembasar novas investigaes.

    Criar banco de dados de pesquisadores e pesquisas emHomeopatia realizadas no Brasil, interligando-o com outrosbancos de abrangncia internacional.

    3. Identificar e divulgar as potenciais linhas de financiamento -Ministrio da Cincia e Tecnologia, Fundaes Estaduais de Amparo Pesquisa, terceiro setor e outros - para a pesquisa em Homeopatia.

    4. Apoiar a realizao de estudo sobre representaes sociais,junto a usurios e profissionais de sade sobre homeopatia.

    5. Priorizar as linhas de pesquisas em Homeopatia a seremimplementadas pelo SUS, em especial aquelas que contemplema avaliao da eficcia, da eficincia e da efetividade daHomeopatia, visando o aprimoramento e consolidao daateno homeoptica no SUS.

    6. Apoiar a criao e implantao de protocolos para avaliaode efetividade, resolubilidade, eficincia e eficcia da ao daHomeopatia nas endemias e epidemias.

    7. Acompanhar e avaliar os resultados dos protocolos de pesquisanacionais implantados, com vistas melhoria da atenohomeoptica no SUS.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    4.3. Nas Plantas Medicinais e Fitoterapia

    Diretriz PMF 1

    Elaborao da Relao Nacional de Plantas Medicinais e daRelao Nacional de Fitoterpicos.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    Realizar diagnstico situacional das plantas medicinais efitoterpicos utilizadas em programas estaduais, municipais eoutros relacionados ao tema.

    Estabelecer critrios para incluso e excluso de plantasmedicinais e fitoterpicos nas Relaes Nacionais, baseado nosconceitos de eficcia e segurana.

    Identificar as necessidades da maioria da populao, a partirde dados epidemiolgicos das doenas passveis de seremtratadas com plantas medicinais e fitoterpicos.

    Elaborar monografias padronizadas das plantas medicinais efitoterpicos constantes nas Relaes.

    Diretriz PMF 2

    Provimento do acesso a plantas medicinais e fitoterpicos aosusurios do SUS.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Tornar disponveis plantas medicinais e/ou fitoterpicos nasUnidades de Sade, de forma complementar, seja na estratgiade sade da famlia, seja no modelo tradicional ou nas unidadesde mdia e alta complexidade, utilizando um ou mais dos

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    seguintes produtos: planta medicinal "in natura", plantamedicinal seca (droga vegetal), fitoterpico manipulado efitoterpico industrializado.

    1.1. Quando a opo for pelo fornecimento da plantamedicinal "in natura", devero ser observados osseguintes critrios:

    Fornecimento das espcies constantes na RelaoNacional de Plantas Medicinais.

    Fornecimento do memento referente s espciesutilizadas.

    Utilizao das espcies identificadas botanicamente,cuja produo tenha a garantia das boas prticas decultivo orgnico, preservando a qualidade do ar, solo egua.

    Implantao e manuteno de hortos oficiais de espciesmedicinais e/ou estimulando hortas e hortos comunitriosreconhecidos junto a rgos pblicos, para ofornecimento das plantas.

    1.2. Quando a opo for pelo fornecimento da plantaseca (droga vegetal), devero ser observados os seguintescritrios:

    Fornecimento das espcies constantes na RelaoNacional de Plantas Medicinais.

    Fornecimento do memento referente s espciesutilizadas.

    Utilizao das espcies identificadas botanicamente,cuja produo tenha a garantia das boas prticas decultivo orgnico, preservando a qualidade do ar, solo egua.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Obteno da matria-prima vegetal, processada deacordo com as boas prticas, oriunda de hortos oficiaisde espcies medicinais, cooperativas, associaes deprodutores, extrativismo sustentvel ou outros, comalvar ou licena dos rgos competentes para tal.

    Oferta de local adequado para o armazenamento dasdrogas vegetais.

    1.3. Quando a opo for pelo fornecimento dofitoterpico manipulado, devero ser observados osseguintes critrios:

    Fornecimento do fitoterpico manipulado conformememento associado Relao Nacional de PlantasMedicinais e legislao pertinente para atender snecessidades do SUS nesta rea.

    Utilizao de matria-prima vegetal, processada deacordo com as boas prticas, oriunda de hortos oficiaisde espcies medicinais, cooperativas, associaes deprodutores, extrativismo sustentvel ou outros, comalvar ou licena de rgos competente para tal.

    Utilizao dos derivados de matria-prima vegetal,processados de acordo com as boas praticas de fabricao,oriundos de fornecedores com alvar ou licena dosrgos competentes para tal.

    Ampliao da oferta de fitoterpicos, por intermdiode farmcias pblicas com manipulao de fitoterpicos,que atenda a demanda e as necessidades locais,respeitando a legislao pertinente s necessidades doSUS na rea.

    Elaborao de monografias sobre produtos oficinais(fitoterpicos) que podero ser includos na farmacopiabrasileira.

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    Contemplar na legislao sanitria, Boas Prticas deManipulao para farmcias com manipulao defitoterpicos que atendam s necessidades do SUS nestarea.

    1.4. Quando a opo for pelo fornecimento dofitoterpico industrializado, devero ser observados osseguintes critrios:

    Fornecimento do produto conforme a Relao Nacionalde Fitoterpicos.

    Estmulo produo de fitoterpicos, utilizando,prioritariamente, os laboratrios oficiais.

    Fornecimento de fitoterpicos que atendam legislaovigente.

    Aquisio, armazenamento, distribuio e dispensaodos medicamentos aos usurios do SUS, conforme aorganizao dos servios municipais de assistnciafarmacutica.

    Diretriz PMF 3

    Formao e educao permanente dos profissionais de sadeem plantas medicinais e fitoterapia.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Definir localmente, em consonncia com os princpios ediretrizes estabelecidos para a Educao Permanente em Sadeno SUS, a formao e educao permanente em plantasmedicinais e fitoterapia para os profissionais que atuam nosservios de sade. A educao permanente de pessoas e equipes

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    para o trabalho com plantas medicinais e fitoterpicos, dar-se-nos nveis:

    1.1. Bsico interdisciplinar comum a toda equipe:contextualizando a PNPIC, contemplando os cuidadosgerais com as plantas medicinais e fitoterpicos.

    1.2. Especfico para profissionais de sade de nveluniversitrio: detalhando os aspectos relacionados manipulao, uso e prescrio das plantas medicinais efitoterpicos.

    1.3. Especfico para profissionais da rea agronmica:detalhando os aspectos relacionados cadeia produtivade plantas medicinais.

    2. Estimular a elaborao de material didtico e informativovisando apoiar os gestores do SUS no desenvolvimento deprojetos locais de formao e educao permanente.

    3. Estimular estgios nos servios de fitoterapia aos profissionaisdas equipes de sade e estudantes dos cursos tcnicos egraduao.

    4. Estimular as universidades a inserir nos cursos de graduao eps-graduao, envolvidos na rea, disciplinas com contedovoltado s plantas medicinais e fitoterapia.

    Diretriz PMF 4

    Acompanhamento e avaliao da insero e implementao dasplantas medicinais e fitoterapia no SUS.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Desenvolver instrumentos de acompanhamento e avaliao.

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    2. Monitorar as aes de implantao e implementao por meiodos dados gerados.

    3. Propor medidas de adequao das aes, subsidiando asdecises dos gestores a partir dos dados coletados.

    4. Identificar o estabelecimento Farmcia de Manipulao deFitoterpicos no cadastro de estabelecimentos de sade.

    Diretriz PMF 5

    Fortalecimento e ampliao da participao popular e docontrole social.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Resgatar e valorizar o conhecimento tradicional e promover atroca de informaes entre grupos de usurios, detentores deconhecimento tradicional, pesquisadores, tcnicos, trabalhadoresem sade e representantes da cadeia produtiva de plantasmedicinais e fitoterpicos.

    2. Estimular a participao de movimentos sociais comconhecimento do uso tradicional de plantas medicinais nosConselhos de Sade.

    3. Incluir os atores sociais na implantao e implementao destaPoltica Nacional no SUS.

    4. Ampliar a discusso sobre a importncia da preservaoambiental na cadeia produtiva.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

    51

    5. Estimular a participao popular na criao de hortos deespcies medicinais como apoio ao trabalho com a populao,com vistas gerao de emprego e renda.

    Diretriz PMF 6

    Estabelecimento de poltica de financiamento para odesenvolvimento de aes voltadas implantao das plantasmedicinais e da fitoterapia no SUS.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Para a obteno de plantas "in natura" - planejar a partir daarticulao entre as esferas de competncia a implantao emanuteno de hortos oficiais de espcies medicinais ou hortase hortos comunitrios reconhecidos junto a rgos pblicos, parao fornecimento das plantas.

    2. Para a obteno de plantas secas - planejar a partir da articulaoentre as esferas de competncia a obteno de matria-primavegetal, processada de acordo com as boas prticas, oriunda dehortos oficiais de espcies medicinais, cooperativas, associaesde produtores, extrativismo sustentvel ou outros, com alvar oulicena dos rgos competentes para tal.

    3. Para a obteno de fitoterpico manipulado - criar incentivovoltado implantao ou melhoria das farmcias pblicas demanipulao de fitoterpicos, com possibilidade de ampliaopara homeopticos, com contrapartida do municpio e/ou estadopara a sua manuteno e segundo critrios pr-estabelecidos elegislao pertinente para atender s necessidades do SUS nestarea.

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    4. Para a obteno de fitoterpico industrializado - incentivar aproduo de fitoterpicos, utilizando, prioritariamente, oslaboratrios oficiais, assim como criar incentivo para aquisio,armazenamento, distribuio e dispensao dos medicamentosaos usurios do SUS, conforme a organizao dos servios deassistncia farmacutica.

    5. Para divulgao e informao dos conhecimentos bsicos daFitoterapia para profissionais de sade, gestores e usurios doSUS, considerando as metodologias participativas e o saberpopular e tradicional - garantir financiamento especfico.

    Diretriz PMF 7

    Incentivo pesquisa e desenvolvimento de plantas medicinais efitoterpicos, priorizando a biodiversidade do pas.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Garantir linhas de financiamento nos Ministrios da Sade,da Agricultura, do Meio Ambiente, da Cincia e Tecnologia, nasFundaes de Amparo Pesquisa, na OMS/Opas, para pesquisassobre os itens da Relao de Plantas Medicinais com Potencialde Utilizao no SUS e para estmulo produo nacional, visandoassegurar o fornecimento regular ao mercado interno.

    2. Incorporar Relao de Plantas Medicinais com Potencial deUtilizao para o SUS na Agenda Nacional de Prioridades emPesquisa e Sade.

    3. Estimular linhas de pesquisa em fitoterapia nos cursos de ps-graduao strictu sensu junto s universidades e institutos de pesquisa.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    4. Incentivar a realizao e a aplicao de protocolos para odesenvolvimento de pesquisa em fitoterapia, relacionada aosaspectos epidemiolgicos, clnicos e da assistncia farmacutica.

    5. Promover pesquisa e desenvolvimento tecnolgico, com baseno uso tradicional das plantas medicinais, priorizando asnecessidades epidemiolgicas da populao, com nfase nasespcies nativas e naquelas que esto sendo utilizadas no setorpblico e nas organizaes dos movimentos sociais.

    6. Garantir recursos para apoio e desenvolvimento de centrosde pesquisas clnicas na rea da fitoterapia.

    7.Incentivar o desenvolvimento de estudos de farmacovigilnciae farmacoepidemiologia.

    8. Implantar bancos de dados dos programas de fitoterapia, dasinstituies de pesquisas, dos pesquisadores e dos resultados depesquisas com plantas medicinais e fitoterpicos.

    Diretriz PMF 8

    Promoo do uso racional de plantas medicinais e dosfitoterpicos no SUS.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Divulgar as Relaes Nacionais de Plantas Medicinais e deFitoterpicos.

    2. Garantir o suporte tcnico em todas as etapas de implantaoe implementao da Fitoterapia.

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    3. Envolver os gestores do SUS no desenvolvimento das aes decomunicao e divulgao, oferecendo os meios necessrios(contedos, financiamento e metodologias, entre outros).

    4. Desenvolver campanhas educativas buscando a participaodos profissionais de sade com vistas ao uso racional.

    5. Desenvolver aes de informao e divulgao aos usurios doSUS, por meio de cartazes, cartilhas, folhetos, vdeos, entre outros,respeitando as especificidades regionais e culturais do Pas.

    6. Incluir a Fitoterapia na agenda de atividades da comunicaosocial do SUS.

    7. Desenvolver aes de farmacoepidemiologia efarmacovigilncia.

    8. Identificar, articular e apoiar experincias de educao popular,informao e comunicao em fitoterapia.

    Diretriz PMF 9

    Garantia do monitoramento da qualidade dos fitoterpicos peloSistema Nacional de Vigilncia Sanitria.

    Para tanto, devero ser adotadas medidas que possibilitem:

    1. Financiamento aos laboratrios oficiais de controle dequalidade.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    2. Implantao/insero de sistema de informao sobre o uso,os efeitos e a qualidade destes medicamentos.

    3. Formao dos profissionais de VISA para o monitoramento daqualidade destes medicamentos.

    4. Apoio aos servios de vigilncia sanitria para o desempenhoneste campo.

    4.4. No Termalismo Social - Crenoterapia

    Diretriz TSC 1

    Incentivo criao de Observatrios de Sade onde atualmenteso desenvolvidas experincias em Termalismo Social, no mbitodo SUS.

    Para tanto, as medidas a serem empreendidas buscaro:

    1. Instituir, mediante termos de cooperao tcnica bipartite outripartite, observatrio das experincias consolidadas noTermalismo Social, acompanhando sua insero no SUS local.

    2. Desenvolver aes de acompanhamento e avaliao dasprticas de Termalismo/Crenoterapia desenvolvidas nos servios.

    3. Apoiar as iniciativas de divulgao e capacitao para aesreferentes ao Termalismo Social/Crenoterapia no SUS.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    4. Estimular a interlocuo entre as esferas de governo esociedade civil visando implantao de Projetos Piloto deTermalismo nos estados e municpios que possuem fontes degua mineral com potencial teraputico.

    5. Estimular as esferas governamentais para realizao de anlisesfsico-qumicas peridicas das guas minerais.

    6. Apoiar estudos e pesquisas e sobre a utilizao teraputicadas guas minerais.

    7. Elaborar e publicar material informativo sobre os resultadosdos Observatrios.

    4.5. Na Medicina Antroposfica

    Diretriz MA 1

    Incentivo criao de Observatrios de Sade onde atualmenteso desenvolvidas experincias em Medicina Antroposfica, nombito do SUS.

    Para tanto, as medidas a serem empreendidas buscaro:

    1. Instituir, mediante termos de cooperao tcnica bipartite outripartite, observatrio das experincias j consolidadas deMedicina Antroposfica, acompanhando sua insero no SUS local.

    2. Desenvolver aes de acompanhamento e avaliao dasprticas desenvolvidas nos servios.

    3. Elaborar e publicar material informativo sobre os resultadosdos Observatrios.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    5. RESPONSABILIDADES INSTITUCIONAIS

    5.1. Gestor federal

    Elaborar normas tcnicas para insero da PNPIC no SUS.

    Definir recursos oramentrios e financeiros para a implementaodesta Poltica, considerando a composio tripartite.

    Estimular pesquisas nas reas de interesse, em especial, aquelasconsideradas estratgicas para formao e desenvolvimentotecnolgico para a PNPIC.

    Estabelecer diretrizes para a educao permanente em PNPIC.

    Manter articulao com os estados para apoio implantao esuperviso das aes.

    Promover articulao intersetorial para a efetivao desta PolticaNacional.

    Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamentoe avaliao do impacto da implantao/implementao desta Poltica.

    Divulgar a Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares no SUS.

    Garantir a especificidade da assistncia farmacutica emHomeopatia e Fitoterapia para o SUS na regulamentao sanitria.

    Elaborar e revisar periodicamente a Relao Nacional de PlantasMedicinais, a Relao de Plantas Medicinais com Potencial deUtilizao no SUS e a Relao Nacional de Fitoterpicos (esta ltima,segundo os critrios da Relao Nacional de Medicamentos Essenciais/Rename).

    Estabelecer critrios para incluso e excluso de plantas medicinaise medicamentos fitoterpicos nas Relaes Nacionais.

    Elaborar e atualizar periodicamente as monografias de plantasmedicinais, priorizando as espcies medicinais nativas nos moldesdaquelas formuladas pela OMS.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    Elaborar mementos associados Relao Nacional de PlantasMedicinais e de Fitoterpicos.

    Estabelecer normas relativas ao uso de plantas medicinais efitoterpicos nas aes de ateno sade no SUS.

    Fortalecer o Sistema de Farmacovigilncia Nacional, incluindo aesrelacionadas s plantas medicinais, fitoterpicos e medicamentoshomeopticos.

    Implantar um banco de dados dos servios de PNPIC no SUS,instituies de ensino e pesquisa, assim como pesquisadores eresultados das pesquisas cientificas em PNPIC.

    Criao de Banco Nacional de Preos para os insumos da PNPICpertinentes, para orientao aos estados e municpios.

    5.2. Gestor estadual

    Elaborar normas tcnicas para insero da PNPIC na rede de sade.

    Definir recursos oramentrios e financeiros para a implementaodesta Poltica, considerando a composio tripartite.

    Promover articulao intersetorial para a efetivao da Poltica.

    Implementar as diretrizes da educao permanente em consonnciacom a realidade loco regional.

    Estabelecer instrumentos e indicadores para o acompanhamentoe avaliao do impacto da implantao/implementao desta Poltica.

    Manter articulao com municpios para apoio implantao esuperviso das aes.

    Divulgar a Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares no SUS.

    Acompanhar e coordenar a assistncia farmacutica com plantasmedicinais, fitoterpicos e medicamentos homeopticos.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

    59

    Exercer a vigilncia sanitria no tocante a PNPIC e aes decorrentes,bem como incentivar o desenvolvimento de estudos defarmacovigilncia e farmacoepidemiologia, com especial ateno asplantas medicinais e aos fitoterpicos, no seu mbito de atuao.

    Apresentar e aprovar proposta de incluso da PNPIC no ConselhoEstadual de Sade.

    5.3. Gestor municipal

    Elaborar normas tcnicas para insero da PNPIC na rede municipalde sade.

    Definir recursos oramentrios e financeiros para a implementaodesta Poltica, considerando a composio tripartite.

    Promover articulao intersetorial para a efetivao da Poltica.

    Estabelecer mecanismos para a qualificao dos profissionais dosistema local de sade.

    Estabelecer instrumentos de gesto e indicadores para oacompanhamento e avaliao do impacto da implantao/implementao da Poltica.

    Divulgar a Poltica Nacional de Prticas Integrativas eComplementares no SUS.

    Realizar assistncia farmacutica com plantas medicinais,fitoterpicos e homeopticos, bem como a vigilncia sanitria notocante a esta Poltica e suas aes decorrentes na sua jurisdio.

    Apresentar e aprovar proposta de incluso da PNPIC no ConselhoMunicipal de Sade.

    Exercer a vigilncia sanitria no tocante a PNPIC e aes decorrentes,bem como incentivar o desenvolvimento de estudos defarmacovigilncia e farmacoepidemiologia, com especial ateno splantas medicinais e aos fitoterpicos, no seu mbito de atuao.

  • PNPIC - Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS

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    6. GLOSSRIO

    6.1. Medicina Tradicional Chinesa-Acupuntura

    Acupuntura: conjunto de diversos procedimentos teraputicosaplicados com base nos conceitos da MTC, que permitem oestmulo preciso de locais anatmicos na pele por meio da inserode finas agulhas metlicas para proteo, restaurao e promoode sade. Em alguns casos, o estmulo pode ser efetuado por meiode calor local, corrente eltrica de baixa voltagem e amperagemou radiao de laser de baixa freqncia.

    Agulha de acupuntura: instrumento filiforme perfurante, de pontadivulsionante no cortante, de dimenses e calibres variados.

    Aplicao de laser de baixa potncia em zona neurorreativa deacupuntura: procedimento de acupuntura que consiste em aplicarem zona neurorreativa de acupuntura um estmulo produzido poremissor de laser de baixa potncia (5 a 40 mW).

    Chi gong: srie de movimentos harmnicos aliados respirao,com foco em determinada parte do corpo, para desenvolvimentodo chi interno e ampliao da capacidade mental.

    CONEP: Comisso Nacional de tica em Pesquisa.

    Craniopuntura: mtodo combinado de diagnstico (palpao doabdome e pescoo) e tratamento por meio da insero de agulhasem pontos cutneos localizados na face e couro cabeludo.

    Eletroestimulao: procedimento de acupuntura, que consiste emestimular as zonas neurorreativas de acupuntura com estmuloseltricos de formato de onda determinados, de freqncia varivelde 1 a 1.000 Hz, de baixa voltagem e baixa amperagem, produzidospor aparelho prprio.

    Eletroestimulao em agulha de acupuntura: aplicao doestmulo eltrico acima descrito sobre a agulha que se encontrainserida na zona neurorreativa de Acupuntura.

  • ATITUDE DE AMPLIAO DE ACESSO

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    Eletroestimulao transcutnea em zona neurorreativa deacupuntura: aplicao do estmulo eltrico acima descritodiretamente sobre a pele sobrejacente regio da zonaneurorre