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1 1 POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SÓLIDOS SÓLIDOS LEI 12.305/10 LEI 12.305/10 – DECRETO 7404/10 DECRETO 7404/10 Daniel Martini, Promotor de Justiça. Master Direito Ambiental Internacional – CNR – ROMA/ITÁLIA -2008/2009; Doutorando em Direito Ambiental – Universidade de Roma3/ITÁLIA – 2008/2012

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POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS POLITICA NACIONAL DE RESIDUOS SÓLIDOSSÓLIDOS

LEI 12.305/10 LEI 12.305/10 –– DECRETO 7404/10DECRETO 7404/10

Daniel Martini,Promotor de Justiça.

Master Direito Ambiental Internacional – CNR –ROMA/ITÁLIA -2008/2009;

Doutorando em Direito Ambiental – Universidade de Roma3/ITÁLIA – 2008/2012

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POLÍTICA NACIONAL PARA O SANEAMENTO BÁSICO –

Lei 11445/2007 – Decreto 7217/2010

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Abrangência (saneamento)

Compreende 4 eixos: - abastecimento de água potável;- esgotamento sanitário;- limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos;- drenagem e manejo das águas pluviais.

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4

Princípios Fundamentais Universalização do acesso; Integralidade; Articulação com outras políticas

de desenvolvimento (saúde, redução da pobreza, proteção do meio ambiente)

Eficiência, sustentabilidade, tecnologias apropriadas;

Transparência e controle social;4

LEI Nº 11.445 – LEI DO SANEAMENTO BÁSICO

O serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidosurbanos é composto pelas seguintes atividades (art. 7º):

I - de coleta, transbordo e transporte dos resíduos;II - de triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento,

inclusive por compostagem, e de disposição final dos resíduos;III - de varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros

públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza públicaurbana.

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Antecedentes ConstitucionaisAntecedentes Constitucionais

CE: Art. 247 - O saneamento básico é serviço público essencial

e, como atividade preventiva das ações de saúde e meioambiente, tem abrangência regional.

§ 1º - O saneamento básico compreende a captação, otratamento e a distribuição de água potável, a coleta, otratamento e a disposição final de esgotos cloacais e dolixo, bem como a drenagem urbana.

§ 2º - É dever do Estado e dos Municípios a extensãoprogressiva do saneamento básico a toda a populaçãourbana e rural, como condição básica da qualidade de vida,da proteção ambiental e do desenvolvimento social.

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Legislação Estadual Lei Estadual nº 9493/92 (Coleta seletiva e

reciclagem); Lei Estadual nº 9921/93 (Gestão de

resíduos sólidos no Esado do Rio Grandedo Sul);

Decreto Estadual nº 38356/98(Regulamenta a Lei nº 9921/93).

Lei Estadual 11.019/97 (Destinação finalde pilhas, lâmpadas florescentes,baterias...)

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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOSLEI Nº 12.305/10 – Decreto nº 7404/10

Panambi, 16/03/2010

LICENÇA DE OPERAÇÃO

RELATÓRIO FINAL

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ATERRO SANITÁRIO SANTA TECLA – GRAVATAÍ/RSFOTO: PGM

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Lei 12.305/10DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAÇÃO

Art. 1o Esta Lei institui a Política Nacional de ResíduosSólidos, dispondo sobre seus princípios, objetivos einstrumentos, bem como sobre as diretrizes relativas àgestão integrada e ao gerenciamento de resíduossólidos, incluídos os perigosos, àsresponsabilidades dos geradores e do poderpúblico e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

• § 1o Estão sujeitas à observância desta Lei aspessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado,responsáveis, direta ou indiretamente, pela geração deresíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas àgestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos.

• § 2o Esta Lei não se aplica aos rejeitos radioativos, que sãoregulados por legislação específica.

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Art. 2o Aplicam-se aos resíduos sólidos, além do dispostonesta Lei, nas Leis nos 11.445, de 5 de janeiro de 2007,9.974, de 6 de junho de 2000, e 9.966, de 28 de abril de2000, as normas estabelecidas pelos órgãos do SistemaNacional do Meio Ambiente (Sisnama), do Sistema Nacionalde Vigilância Sanitária (SNVS), do Sistema Unificado deAtenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) e do SistemaNacional de Metrologia, Normalização e QualidadeIndustrial (Sinmetro).

Lei 9966: DispõeDispõe sobresobre aa prevenção,prevenção, oo controlecontrole ee aafiscalizaçãofiscalização dada poluiçãopoluição causadacausada porpor lançamentolançamento dede óleoóleo eeoutrasoutras substânciassubstâncias nocivasnocivas ouou perigosasperigosas emem águaságuas sobsobjurisdiçãojurisdição nacionalnacional ee dádá outrasoutras providênciasprovidências..

Lei 12.305/10DO OBJETO E DO CAMPO DE APLICAÇÃO

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Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

• V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregadosconforme sua constituição ou composição;

• VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação deresíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, arecuperação e o aproveitamento energético ou outras destinaçõesadmitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa,entre elas a disposição final, observando normas operacionaisespecíficas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e àsegurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

• VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenadade rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas demodo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e aminimizar os impactos ambientais adversos;

• XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas aspossibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicosdisponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outrapossibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

Lei 12.305/10DEFINIÇÕES

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Art. 54. A disposição finalambientalmente adequada dosrejeitos, observado o disposto no §1o do art. 9o, deverá ser implantadaem até 4 (quatro) anos após a datade publicação desta Lei.

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Art. 6o São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:

• I - a prevenção e a precaução;• II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;• IV - o desenvolvimento sustentável;• VII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida

dos produtos;

Lei 12.305/10DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOSPrincípio do protetor-recebedor:

Remunera quem preserva os deixa de explorar um recursoque “era seu” em benefício da sociedade (pagamento porserviços ambientais prestados)

Lógica inversa ao princípio do poluidor-pagador(consumidor-pagador), já consagrado no direito ambiental.

As instituições financeiras federais poderãotambém criar linhas especiais de financiamento para aprojetos de investimentos em gerenciamento de resíduossólidos, entre outros.

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Art. 7o São objetivos da Política Nacional de ResíduosSólidos:

• I - proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;

• II - não geração, redução, reutilização, reciclagem etratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição finalambientalmente adequada dos rejeitos;

• VII – gestão integrada de resíduos sólidos;

Lei 12.305/10DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

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Art. 7o São objetivos da Política Nacional de ResíduosSólidos:

• X - regularidade, continuidade, funcionalidade euniversalização da prestação dos serviços públicos de limpezaurbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção demecanismos gerenciais e econômicos que assegurem arecuperação dos custos dos serviços prestados, como forma degarantir sua sustentabilidade operacional e financeira,observada a Lei nº 11.445, de 2007;

• XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais,para: a) produtos reciclados e recicláveis; b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis

com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;

Lei 12.305/10DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

LEI Nº 8.666/93

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípioconstitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosapara a administração e a promoção do desenvolvimentonacional sustentável e será processada e julgada em estritaconformidade com os princípios básicos da legalidade, daimpessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, daprobidade administrativa, da vinculação ao instrumentoconvocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes sãocorrelatos. (Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

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Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, entre outros:

• I - os planos de resíduos sólidos;

• III - a coleta seletiva, os sistemas de logísticareversa e outras ferramentas relacionadas àimplementação da responsabilidade compartilhada pelociclo de vida dos produtos;

• IV - o incentivo à criação e ao desenvolvimento decooperativas ou de outras formas de associação decatadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

• VIII - a educação ambiental;

• IX - os incentivos fiscais, financeiros e creditícios;

Lei 12.305/10DOS INSTRUMENTOS

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Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos,entre outros:

• X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente e o Fundo Nacional deDesenvolvimento Científico e Tecnológico;

• XI - o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos ResíduosSólidos (Sinir);

• XII - o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico(Sinisa);

• XIII - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde;

• XIV - os órgãos colegiados municipais destinados ao controle socialdos serviços de resíduos sólidos urbanos;

• XV - o Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos;

Lei 12.305/10DOS INSTRUMENTOS

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Art. 8o São instrumentos da Política Nacional de ResíduosSólidos, entre outros:

• XVI - os acordos setoriais;

• XVII - no que couber, os instrumentos da Política Nacional de MeioAmbiente, entre eles:

a) os padrões de qualidade ambiental; b) o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou

Utilizadoras de Recursos Ambientais; c) o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa

Ambiental; d) a avaliação de impactos ambientais; e) o Sistema Nacional de Informação sobre Meio Ambiente (Sinima); f) o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente

poluidoras;

• XVIII - os termos de compromisso e os termos de ajustamentode conduta;

Lei 12.305/10DOS INSTRUMENTOS

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Art. 9o Na gestão e gerenciamento deresíduos sólidos, deve ser observada aseguinte ordem de prioridade: nãogeração, redução, reutilização, reciclagem,tratamento dos resíduos sólidos edisposição final ambientalmente adequadados rejeitos.

Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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Art. 3º , XVI - resíduos sólidos: material, substância,objeto ou bem descartado resultante de atividades humanasem sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõeproceder ou se está obrigado a proceder, nos estadossólido ou semissólido, bem como gases contidos emrecipientes e líquidos cujas particularidades torneminviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ouem corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica oueconomicamente inviáveis em face da melhor tecnologiadisponível;

Lei 12.305/10DEFINIÇÕES

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Art. 13. Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:

• I - quanto à origem:

a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas emresidências urbanas;

b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza delogradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;

c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços:

os gerados nessas atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”,“e”, “g”, “h” e “j”;

e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os geradosnessas atividades, excetuados os referidos na alínea “c”;

Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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Art. 13, I - quanto à origem:

f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalaçõesindustriais;

g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conformedefinido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama edo SNVS;

h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos edemolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação eescavação de terrenos para obras civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias esilviculturais, incluídos os relacionados a insumos utilizados nessas atividades;

j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos,terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração oubeneficiamento de minérios;

Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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Art. 13, II - quanto à periculosidade:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suascaracterísticas de inflamabilidade, corrosividade,reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade,teratogenicidade e mutagenicidade, apresentamsignificativo risco à saúde pública ou à qualidadeambiental, de acordo com lei, regulamento ou normatécnica;

b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.

Parágrafo único. Respeitado o disposto no art. 20, osresíduos referidos na alínea “d” do inciso I do caput, secaracterizados como não perigosos, podem, em razão desua natureza, composição ou volume, ser equiparados aosresíduos domiciliares pelo poder público municipal.

Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

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NBR 10004/2004

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NBR 10004/2004

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Normas técnicas

NBR 11174 (armazenamento deresíduos classes II – não inertes e III– inertes);

NBR 8419 (projeto de aterrosanitário)

NBR 13896 (Aterro de resíduos nãoperigosos – critérios para projeto,implantação e operação)

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Art. 14. São planos de resíduos sólidos:

• I - o Plano Nacional de Resíduos Sólidos;

• II - os planos estaduais de resíduos sólidos;

• III - os planos microrregionais de resíduos sólidos e os planos de resíduossólidos de regiões metropolitanas ou aglomerações urbanas;

• IV - os planos intermunicipais de resíduos sólidos;

• V - os planos municipais de gestão integrada de resíduos sólidos;

• VI - os planos de gerenciamento de resíduos sólidos.

• Parágrafo único. É assegurada ampla publicidade ao conteúdo dos planos deresíduos sólidos, bem como controle social em sua formulação, implementação eoperacionalização, observado o disposto na Lei no 10.650, de 16 de abril de 2003, eno art. 47 da Lei nº 11.445, de 2007.

• (Art. 39: PGRPerigosos)

Lei 12.305/10DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 15. A União elaborará, sob a coordenação do Ministério do MeioAmbiente, o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, com vigência por prazoindeterminado e horizonte de 20 (vinte) anos, a ser atualizado a cada 4(quatro) anos, tendo como conteúdo mínimo:

I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos;

II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e macroeconômicas;

III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com vistas a reduzir aquantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmenteadequada;

IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas unidades de disposiçãofinal de resíduos sólidos;

V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à inclusão social e àemancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas previstas;

Lei 12.305/10DO PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 15

VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da União, para a obtenção deseu aval ou para o acesso a recursos administrados, direta ou indiretamente, por entidadefederal, quando destinados a ações e programas de interesse dos resíduos sólidos;

VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos resíduos sólidos;

IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos dasregiões integradas de desenvolvimento instituídas por lei complementar, bem como para asáreas de especial interesse turístico;

X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando couber, de resíduos;

XI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no âmbito nacional, de suaimplementação e operacionalização, assegurado o controle social.

Parágrafo único. O Plano Nacional de Resíduos Sólidos será elaboradomediante processo de mobilização e participação social, incluindo arealização de audiências e consultas públicas.

Lei 12.305/10DOS PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 16. A elaboração de plano estadual deresíduos sólidos, nos termos previstos por estaLei, é condição para os Estados terem acesso arecursos da União, ou por ela controlados,destinados a empreendimentos e serviçosrelacionados à gestão de resíduos sólidos, oupara serem beneficiados por incentivos oufinanciamentos de entidades federais de créditoou fomento para tal finalidade. (Vigência).

Lei 12.305/10DOS PLANOS ESTADUAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 17. O plano estadual de resíduos sólidos será elaborado paravigência por prazo indeterminado, abrangendo todo o território doEstado, com horizonte de atuação de 20 (vinte) anos e revisões acada 4 (quatro) anos, e tendo como conteúdo mínimo:• XI - previsão, em conformidade com os demais instrumentos de

planejamento territorial, especialmente o zoneamento ecológico-econômico e o zoneamento costeiro, de: a) zonas favoráveis para a localização de unidades de tratamento de

resíduos sólidos ou de disposição final de rejeitos; b) áreas degradadas em razão de disposição inadequada de resíduos sólidos

ou rejeitos a serem objeto de recuperação ambiental;• § 1o Além do plano estadual de resíduos sólidos, os Estados poderão

elaborar planos microrregionais de resíduos sólidos, bem comoplanos específicos direcionados às regiões metropolitanas ou àsaglomerações urbanas.

Lei 12.305/10DOS PLANOS ESTADUAIS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 18. A elaboração de plano municipal de gestão integrada de resíduossólidos, nos termos previstos por esta Lei, é condição para o DistritoFederal e os Municípios terem acesso a recursos da União, ou por elacontrolados, destinados a empreendimentos e serviços relacionados àlimpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos, ou para serembeneficiados por incentivos ou financiamentos de entidades federais decrédito ou fomento para tal finalidade. (Vigência)

• § 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no caput osMunicípios que:

I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduossólidos, incluída a elaboração e implementação de plano intermunicipal, ou que seinserirem de forma voluntária nos planos microrregionais de resíduos sólidos referidos no§ 1o do art. 16;

II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formasde associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoasfísicas de baixa renda.

• § 2o Serão estabelecidas em regulamento normas complementares sobre oacesso aos recursos da União na forma deste artigo.

Lei 12.305/10DOS PLANOS MUNICIAPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 55. O disposto nos arts. 16 e 18 entra em vigor 2 (dois) anos após a data de publicação desta Lei.

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Art. 19. O plano municipal de gestão integrada de resíduossólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:

I - diagnóstico da situação dos resíduos sólidos gerados norespectivo território, contendo a origem, o volume, acaracterização dos resíduos e as formas de destinação e disposiçãofinal adotadas;

II - identificação de áreas favoráveis para disposição finalambientalmente adequada de rejeitos, observado o plano diretorde que trata o § 1o do art. 182 da Constituição Federal e ozoneamento ambiental, se houver;

III - identificação das possibilidades de implantação de soluçõesconsorciadas ou compartilhadas com outros Municípios,considerando, nos critérios de economia de escala, a proximidadedos locais estabelecidos e as formas de prevenção dos riscosambientais;

XIV - metas de redução, reutilização, coleta seletiva e reciclagem,entre outras, com vistas a reduzir a quantidade de rejeitosencaminhados para disposição final ambientalmente adequada;

XVIII - identificação dos passivos ambientais relacionados aosresíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e respectivasmedidas saneadoras;

Lei 12.305/10DOS PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 19

• § 1o O plano municipal de gestão integrada de resíduossólidos pode estar inserido no plano de saneamentobásico previsto no art. 19 da Lei nº 11.445, de 2007,respeitado o conteúdo mínimo previsto nos incisos do caput eobservado o disposto no § 2o, todos deste artigo.

• § 2o Para Municípios com menos de 20.000 (vinte mil)habitantes, o plano municipal de gestão integrada de resíduossólidos terá conteúdo simplificado, na forma do regulamento.

• § 9o Nos termos do regulamento, o Município que optar porsoluções consorciadas intermunicipais para a gestão dosresíduos sólidos, assegurado que o plano intermunicipalpreencha os requisitos estabelecidos nos incisos I a XIX docaput deste artigo, pode ser dispensado da elaboração deplano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.

Lei 12.305/10DOS PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:

• I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13;

• II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que: a) gerem resíduos perigosos; b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não

perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;

• III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;

• IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS, as empresas de transporte;

• V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.

Lei 12.305/10DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 21. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos tem o seguinte conteúdo mínimo:

• I - descrição do empreendimento ou atividade;

• II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;

• III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:

a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos; b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos

sob responsabilidade do gerador;

• IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;

Lei 12.305/10DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 21.

• V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;

• VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem;

• VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, na forma do art. 31;

• VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;

• IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.

Lei 12.305/10DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

4040

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Art. 30. É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, aser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes,importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviçospúblicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições eprocedimentos previstos nesta Seção.

Art. 3o Para os efeitos desta Lei, entende-se por: XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto

de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores,distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviçospúblicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar ovolume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir osimpactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes dociclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;

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Lei 12.305/10DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA – Art. 30

Artigo 225 da CF: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamenteequilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo epreservá-lo para as presentes e futuras gerações.

4141

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Exemplos:

Responsabilidade do Poder Público (Decreto, Art. 9º, § 2º): o sistemade coleta seletiva será implantado pelo titular do serviço público de limpezaurbana e manejo de resíduos sólidos e deverá estabelecer, no mínimo, aseparação de resíduos secos e úmidos e, progressivamente, ser estendido àseparação dos resíduos secos em suas parcelas específicas, segundo metasestabelecidas nos respectivos planos.

Responsabilidade dos consumidores: Infração administrativa ambiental(Art. 84): descumprimento pelo consumidor das obrigações relacionadas àcoleta seletiva e logística reversa, sujeito à advertência e se reincidente,multa.

Responsabilidade das empresas: logística reversa

Lei 12.305/10DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA – Art. 30

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Lei 12.305/10POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

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Art. 31. Sem prejuízo das obrigações estabelecidas noplano de gerenciamento de resíduos sólidos e com vistas afortalecer a responsabilidade compartilhada e seusobjetivos, os fabricantes, importadores, distribuidores ecomerciantes têm responsabilidade que abrange:

III - recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após ouso, assim como sua subsequente destinação final ambientalmenteadequada, no caso de produtos objeto de sistema de logística reversana forma do art. 33;

Art. 32. As embalagens devem ser fabricadas commateriais que propiciem a reutilização ou a reciclagem.

Lei 12.305/10DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA – Art. 30

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Lei 12.305/10LOGÍSTICA REVERSA

Art. 3º, XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e socialcaracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados aviabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, parareaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinaçãofinal ambientalmente adequada;

Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independentedo serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, osfabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:

• I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem,após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduosperigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos doSisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;

• II - pilhas e baterias; • III - pneus; • IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; • V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; • VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

4545

Art. 56. A logística reversa relativa aos produtos de que tratam osincisos V e VI do caput do art. 33 será implementadaprogressivamente segundo cronograma estabelecido emregulamento.

46

Art. 33

• § 1o Na forma do disposto em regulamento ou em acordos setoriais e termos decompromisso firmados entre o poder público e o setor empresarial, os sistemasprevistos no caput serão estendidos a produtos comercializados em embalagensplásticas, metálicas ou de vidro, e aos demais produtos e embalagens,considerando, prioritariamente, o grau e a extensão do impacto à saúde públicae ao meio ambiente dos resíduos gerados.

• § 4o Os consumidores deverão efetuar a devolução após o uso, aoscomerciantes ou distribuidores, dos produtos e das embalagens a que sereferem os incisos I a VI do caput, e de outros produtos ou embalagens objetode logística reversa, na forma do § 1o.

• § 5o Os comerciantes e distribuidores deverão efetuar a devolução aosfabricantes ou aos importadores dos produtos e embalagens reunidos oudevolvidos na forma dos §§ 3o e 4o.

• § 6o Os fabricantes e os importadores darão destinaçãoambientalmente adequada aos produtos e às embalagens reunidos oudevolvidos, sendo o rejeito encaminhado para a disposição final ambientalmenteadequada, na forma estabelecida pelo órgão competente do Sisnama e, sehouver, pelo plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos.

4646

Lei 12.305/10LOGÍSTICA REVERSA

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LOGÍSTICA REVERSALOGÍSTICA REVERSA

Implantada na forma do artigo 15 do Implantada na forma do artigo 15 do Decreto, por Decreto, por

Acordos setoriais;Acordos setoriais; Regulação; ouRegulação; ou Termos de compromisso.Termos de compromisso.

4747

48

PrecedentesProcesso nº 10400011064 (Comarca de Dois Irmãos):

DEFIRO A LIMINAR para determinar que a parte ré (MicroliteS.A.):

• a) recolha, no prazo de 15 (quinze) dias, as pilhas e bateriasarrecadadas pelo Município de Dois Irmãos/RS, que se encontram emdepósito inadequado, sob pena de multa diária de R$5.000,00 (cincomil reais);

• b) implante, no prazo de 60 dias, sistema de logística inversa,tendente a promover a coleta e armazenamento, com destinação finalem local devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente,das pilhas e baterias inutilizadas produzidas pela ré e consumidasneste Município de Dois Irmãos/RS, sob pena de multa diária deR$5.000,00 (cinco mil reais);

• c) após a implantação do sistema da logística acima, pelo período de90 dias, promova ampla divulgação nos meios de comunicação localacerca dos 27 (vinte e sete) pontos (já implantados pelo autor) derecolhimento das pilhas e baterias inutilizadas, também sob pena demulta diária de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).

4848

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PrecedentesAI Nº 70039823422 (origem Dois Irmãos)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO COMINATÓRIA. LIMINAR DETERMINANDO O RECOLHIMENTO DEPILHAS E BATERIAS ARRECADADAS PELO PODER PÚBLICO. PROVA DA RESPONSABILIDADE DOFABRICANTE. INEXISTÊNCIA.

Não há dúvidas de que todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem deuso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e àcoletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações (art. 225 daCF).

Por outro lado, a Lei n. 12.305/2010 obriga os fabricantes, importadores, comerciantes edistribuidores de pilhas e baterias a implantar e estruturar logística reversa, mediante retornodesses produtos.

Todavia, não pode o custo econômico recair exclusivamente sobre um dosagentes, porque o dever é da coletividade, nos termos da Constituição, e doscomerciantes, importadores e distribuidores, nos termos da lei.

Descabido, por isso, obrigar a ré a recolher, armazenar e dar destinaçãofinal a pilhas e baterias arrecadadas pelo Poder Público, seja ou não de suafabricação.

Inexistente, portanto, a comprovação do dano ambiental. Não há, assim, verossimilhança no direito invocado pelo autor. Agravo provido.

4949

50

PrecedentesAI Nº 70017784208 (origem: Porto Alegre)

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PÚBLICO NÃO ESPECIFICADO.DIREITO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. LÂMPADAS FLUORESCENTES.CONVERSÃO EM AGRAVO RETIDO. DESCABIMENTO.

... TUTELA ANTECIPADA. IMPOSSIBILIDADE. Tratando-se de questão controvertida, a questão envolvendo a possibilidade de dano

ao meio ambiente e à saúde pelo descarte de lâmpadas fluorescentes, em razão domercúrio utilizado em sua composição, autoriza a sustação da tutela antecipadadeferida em ação civil pública fixando obrigações de fazer aos fabricantes sob penade multa diária considerável.

Ausência de verossimilhança da alegação, observadas as provasexistentes no feito, impedindo-se que a tutela deferida esgote oobjeto da ação.

Leis Estaduais nºs 11.019/97 e 11.187/98. Precedentes do TJRGS. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. CABIMENTO. Autoriza-se a inversão do ônus da prova frente à hipótese de responsabilidade

objetiva, sendo do fabricante o ônus de comprovar que a atividade desenvolvida nãoacarreta danos ao meio ambiente.

Aplicação do § 1º do art. 14 da Lei nº 6.398/81. Precedentes do TJRGS. Agravo de instrumento provido em parte, por maioria.

5050

51

Art. 33, § 7º. Se o titular do serviço público delimpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos,por acordo setorial ou termo de compromissofirmado com o setor empresarial, encarregar-sede atividades de responsabilidade dosfabricantes, importadores, distribuidores ecomerciantes nos sistemas de logística reversados produtos e embalagens a que se refere esteartigo, as ações do poder público serãodevidamente remuneradas, na formapreviamente acordada entre as partes.

5151

Lei 12.305/10LOGÍSTICA REVERSA

52

Art. 35. Sempre que estabelecido sistema decoleta seletiva pelo plano municipal de gestãointegrada de resíduos sólidos e na aplicação doart. 33, os consumidores são obrigados a:

• I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciadaos resíduos sólidos gerados;

• II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidosreutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução.

• Parágrafo único. O poder público municipal pode instituirincentivos econômicos aos consumidores que participamdo sistema de coleta seletiva referido no caput, naforma de lei municipal.

5252

Lei 12.305/10COLETA SELETIVA

53

DECRETO Nº 7.404/10. Art. 84

• § 2o Os consumidores que descumprirem asrespectivas obrigações previstas nos sistemasde logística reversa e de coleta seletiva estarãosujeitos à penalidade de advertência.

• § 3o No caso de reincidência no cometimentoda infração prevista no § 2o, poderá seraplicada a penalidade de multa, no valor de R$50,00 (cinquenta reais) a R$ 500,00(quinhentos reais).

5353

54

Lei 12.305/10DOS RESÍDUOS PERIGOSOS

Art. 37. A instalação e o funcionamento deempreendimento ou atividade que gere ouopere com resíduos perigosos somentepodem ser autorizados ou licenciadospelas autoridades competentes se oresponsável comprovar, no mínimo,capacidade técnica e econômica, além decondições para prover os cuidadosnecessários ao gerenciamento dessesresíduos.

5454

55

Lei 12305/10Lei 12305/10Plano de Gerenciamento de Resíduos PerigososPlano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos

ArtArt.. 3939.. AsAs pessoaspessoas jurídicasjurídicas referidasreferidas nono artart.. 3838 sãosãoobrigadasobrigadas aa elaborarelaborar planoplano dede gerenciamentogerenciamento dederesíduosresíduos perigososperigosos ee submetêsubmetê--lolo aoao órgãoórgãocompetentecompetente dodo SisnamaSisnama e,e, sese couber,couber, dodo SNVS,SNVS, observadoobservadooo conteúdoconteúdo mínimomínimo estabelecidoestabelecido nono artart.. 2121 ee demaisdemaisexigênciasexigências previstasprevistas emem regulamentoregulamento ouou emem normasnormastécnicastécnicas..

§§ 11oo OO planoplano dede gerenciamentogerenciamento dede resíduosresíduos perigososperigosos aa quequesese refererefere oo caputcaput poderápoderá estarestar inseridoinserido nono planoplano dedegerenciamentogerenciamento dede resíduosresíduos aa queque sese refererefere oo artart.. 2020..

5555

56

Art. 40. No licenciamento ambiental deempreendimentos ou atividades que operem comresíduos perigosos, o órgão licenciador doSisnama pode exigir a contratação de segurode responsabilidade civil por danoscausados ao meio ambiente ou à saúdepública, observadas as regras sobre cobertura eos limites máximos de contratação fixados emregulamento.

5656

Lei 12.305/10DOS RESÍDUOS PERIGOSOS

57

Normas técnicas aplicáveis NBR 12235: “Esta norma fixa as condições

exigíveis para o armazenamento deresíduos sólidos perigosos de forma aproteger a saúde pública e o meioambiente.”

NBR 8418: “Apresentação de projetos deaterros de resíduos industriais perigosos”

NBR 10157: “Aterros de resíduosperigosos – critérios para projeto,construção e operação”

58

Depósito irregular de resíduos perigosos

5858

59

Raspas de couro cromado

5959

60

Lei 12.305/10DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS

Art. 42. O poder público poderá instituir medidas indutoras elinhas de financiamento para atender, prioritariamente, àsiniciativas de:

• I - prevenção e redução da geração de resíduos sólidos no processoprodutivo;

• II - desenvolvimento de produtos com menores impactos à saúde humanae à qualidade ambiental em seu ciclo de vida;

• III - implantação de infraestrutura física e aquisição de equipamentos paracooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiaisreutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda;

• IV - desenvolvimento de projetos de gestão dos resíduos sólidos de caráterintermunicipal ou, nos termos do inciso I do caput do art. 11, regional;

• V - estruturação de sistemas de coleta seletiva e de logística reversa;• VI - descontaminação de áreas contaminadas, incluindo as áreas órfãs;• VII - desenvolvimento de pesquisas voltadas para tecnologias limpas

aplicáveis aos resíduos sólidos;• VIII - desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial

voltados para a melhoria dos processos produtivos e ao reaproveitamentodos resíduos.

6060

61

DECRETO Nº 7.404/10.DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS

Art. 80. As iniciativas previstas no art. 42 da Lei nº 12.305, de 2010,serão fomentadas por meio das seguintes medidas indutoras:

• I - incentivos fiscais, financeiros e creditícios;• II - cessão de terrenos públicos;• III - destinação dos resíduos recicláveis descartados pelos órgãos e entidades da

administração pública federal às associações e cooperativas dos catadores demateriais recicláveis, nos termos do Decreto no 5.940, de 25 de outubro de2006;

• IV - subvenções econômicas;• V - fixação de critérios, metas, e outros dispositivos complementares de

sustentabilidade ambiental para as aquisições e contratações públicas;• VI - pagamento por serviços ambientais, nos termos definidos na legislação; e• VII - apoio à elaboração de projetos no âmbito do Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo - MDL ou quaisquer outros mecanismos decorrentes daConvenção Quadro de Mudança do Clima das Nações Unidas.

• Parágrafo único. O Poder Público poderá estabelecer outras medidasindutoras além das previstas no caput.

6161

62

Lei 12.305/10DAS PROIBIÇÕES

Art. 47. São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposiçãofinal de resíduos sólidos ou rejeitos:• I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;• II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;• III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não

licenciados para essa finalidade;• IV - outras formas vedadas pelo poder público.

Art. 48. São proibidas, nas áreas de disposição final de resíduos ourejeitos, as seguintes atividades:• I - utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;• II - catação, observado o disposto no inciso V do art. 17;• III - criação de animais domésticos;• IV - fixação de habitações temporárias ou permanentes;• V - outras atividades vedadas pelo poder público.

Art. 49. É proibida a importação de resíduos sólidos perigosos erejeitos, bem como de resíduos sólidos cujas característicascausem dano ao meio ambiente, à saúde pública e animal e àsanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, reúso,reutilização ou recuperação.

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63

Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 51. Sem prejuízo da obrigação de,independentemente da existência de culpa, reparar osdanos causados, a ação ou omissão das pessoasfísicas ou jurídicas que importe inobservância aospreceitos desta Lei ou de seu regulamento sujeita osinfratores às sanções previstas em lei, em especial àsfixadas na Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,que “dispõe sobre as sanções penais e administrativasderivadas de condutas e atividades lesivas ao meioambiente, e dá outras providências”, e em seuregulamento.

6363

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Lei 12.305/10DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 52. A observância do disposto no caput do art. 23 e no § 2odo art. 39 desta Lei é considerada obrigação de relevanteinteresse ambiental para efeitos do art. 68 da Lei nº 9.605, de1998, sem prejuízo da aplicação de outras sanções cabíveis nasesferas penal e administrativa.

6464

Art. 23. Os responsáveis por plano de gerenciamento de resíduos sólidos manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal competente, ao órgão licenciador do Sisnama e a outras autoridades, informações completas sobre a

implementação e a operacionalização do plano sob sua responsabilidade.

Art. 39, § 2º. Cabe às pessoas jurídicas referidas no art. 38: I - manter registro atualizado e facilmente acessível de todos os procedimentos

relacionados à implementação e à operacionalização do plano previsto no caput; II - informar anualmente ao órgão competente do Sisnama e, se couber, do

SNVS, sobre a quantidade, a natureza e a destinação temporária ou final dos resíduos sob sua responsabilidade;

III - adotar medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos sob sua responsabilidade, bem como a aperfeiçoar seu gerenciamento;

IV - informar imediatamente aos órgãos competentes sobre a ocorrência de acidentes ou outros sinistros relacionados aos resíduos perigosos.

Art. 38. As pessoas jurídicas que operam com resíduos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, são obrigadas a se cadastrar no

Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos.

65

Lei 12.305/10 Art. 53. O § 1o do art. 56 da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998,

passa a vigorar com a seguinte redação:

• Art. 56. Produzir, processar, embalar, importar, exportar, comercializar,fornecer, transportar, armazenar, guardar, ter em depósito ou usar produtoou substância tóxica, perigosa ou nociva à saúde humana ou aomeio ambiente, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ounos seus regulamentos:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

• § 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Redação dada pela Lei nº 12.305,de 2010)

I - abandona os produtos ou substâncias referidos no caput ou osutiliza em desacordo com as normas ambientais ou desegurança; (Incluído pela Lei nº 12.305, de 2010)II - manipula, acondiciona, armazena, coleta, transporta, reutiliza,

recicla ou dá destinação final a resíduos perigosos de forma diversada estabelecida em lei ou regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.305,de 2010)

• § 2º Se o produto ou a substância for nuclear ou radioativa, a pena éaumentada de um sexto a um terço.

• § 3º Se o crime é culposo:Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa. 6565

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DECRETO Nº 7.404/10. Art. 84. O art. 62 do Decreto no 6.514, de 22 de julho de 2008,

passa a vigorar com a seguinte redação:

(Art. 62. Incorre nas mesmas multas do art. 61 quem: (“Multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 50.000.000,00 [cinqüenta milhões de reais]“)

• IX - lançar resíduos sólidos ou rejeitos em praias, no mar ou quaisquer recursos hídricos;

• X - lançar resíduos sólidos ou rejeitos in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;

• XI - queimar resíduos sólidos ou rejeitos a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para a atividade;

• XII - descumprir obrigação prevista no sistema de logística reversa implantado nos termos da Lei no 12.305, de 2010, consoante as responsabilidades específicas estabelecidas para o referido sistema;

• XIII - deixar de segregar resíduos sólidos na forma estabelecida para a coleta seletiva, quando a referida coleta for instituída pelo titular do serviço público de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos;

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M u i t o O b r i g a d o !

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