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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ARTIGO CIENTÍFICO 1 Política Pública do Microempreendedor Individual: perfil e evolução histórica Esthefani Ribeiro Agapito [email protected] UFF/ICHS Nicolas Barco Irigoyen [email protected] UFF/ICHS Resumo Diante do cenário de desenvolvimento econômico de um país a questão da informalidade de trabalho torna-se um obstáculo a ser vencido, para isto o Brasil desenvolveu como política pública de combate à informalidade, a criação da personalidade jurídica do Microempreendedor Individual, regulamentada pela Lei Complementar n°128/08. Dessa forma, o presente trabalho através de análise documental, de forma quantitativa, buscou identificar o perfil do Microempreendedor Individual, utilizando-se para isto o corte temporal de 2009 a 2015. Os dados para esta pesquisa foram obtidos do Portal do Empreendedor, site do governo responsável por fornecer os dados oficiais. O estudo aponta o perfil de sexo, idade e atividades econômicas que mais são exercidas, além de apresentar a evolução do número de formalizações ano a ano. Palavras-chave: Microempreendedor Individual; Empreendedorismo; Políticas Públicas. 1 Introdução Todo país tem como objetivo político principal, segundo Bresser-Pereira (2008), o seu desenvolvimento econômico. Concomitantemente a esse objetivo surgem demandas da sociedade quanto a fatores de inclusão, uma vez que a busca desse desenvolvimento acaba tornando o mercado de trabalho progressivamente mais exigente, consequentemente, um número maior de pessoas que não conseguem se incluir no mercado formal de trabalho. De fato, a resposta para isto muitas vezes é o caminho do trabalho informal, esta alternativa se traduz em um dos mais graves problemas no mercado de trabalho brasileiro (SILVEIRA, 2015). Quanto ao conceito de informalidade, segundo Krein e Proni (2010) apontam que existe grande dificuldade relativa ao estabelecimento de consensos quanto à categorização e análises das explicações para sua compreensão. Tradicionalmente, a informalidade é delimitada pela ocupação situacional, com as seguintes categorias: Proprietários de pequenos negócios, núcleo central da informalidade clássica, baseada em pequenas unidades econômicas voltadas para o mercado; Trabalhador Autônomo ou por conta própria são os que têm no seu próprio domicílio o local de trabalho ou proprietários de seus meios de produção, sem, no entanto, estarem assegurados pela seguridade social; Trabalhadores sem registro em carteira, que são empregados em estabelecimentos que não têm o vínculo de emprego formalizado e, portanto, está à margem do sistema público de proteção social (aposentadoria, seguro-desemprego, auxilio doença e acidente, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, Programa de Integração Social - PIS etc.) (KREIN e PRONI, 2010, p.27). Consoante a isto, TIRYAKI (2008), destaca ainda que esse aumento da economia informal prejudica o crescimento do país, pois esses trabalhadores costumam ter acesso

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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Política Pública do Microempreendedor Individual: perfil e evolução

histórica

Esthefani Ribeiro Agapito – [email protected] – UFF/ICHS

Nicolas Barco Irigoyen – [email protected] – UFF/ICHS

Resumo

Diante do cenário de desenvolvimento econômico de um país a questão da informalidade de

trabalho torna-se um obstáculo a ser vencido, para isto o Brasil desenvolveu como política

pública de combate à informalidade, a criação da personalidade jurídica do

Microempreendedor Individual, regulamentada pela Lei Complementar n°128/08. Dessa

forma, o presente trabalho através de análise documental, de forma quantitativa, buscou

identificar o perfil do Microempreendedor Individual, utilizando-se para isto o corte temporal

de 2009 a 2015. Os dados para esta pesquisa foram obtidos do Portal do Empreendedor, site

do governo responsável por fornecer os dados oficiais. O estudo aponta o perfil de sexo, idade

e atividades econômicas que mais são exercidas, além de apresentar a evolução do número de

formalizações ano a ano.

Palavras-chave: Microempreendedor Individual; Empreendedorismo; Políticas Públicas.

1 – Introdução

Todo país tem como objetivo político principal, segundo Bresser-Pereira (2008), o seu

desenvolvimento econômico. Concomitantemente a esse objetivo surgem demandas da

sociedade quanto a fatores de inclusão, uma vez que a busca desse desenvolvimento acaba

tornando o mercado de trabalho progressivamente mais exigente, consequentemente, um

número maior de pessoas que não conseguem se incluir no mercado formal de trabalho. De

fato, a resposta para isto muitas vezes é o caminho do trabalho informal, esta alternativa se

traduz em um dos mais graves problemas no mercado de trabalho brasileiro (SILVEIRA,

2015).

Quanto ao conceito de informalidade, segundo Krein e Proni (2010) apontam que

existe grande dificuldade relativa ao estabelecimento de consensos quanto à categorização e

análises das explicações para sua compreensão. Tradicionalmente, a informalidade é

delimitada pela ocupação situacional, com as seguintes categorias: Proprietários de pequenos

negócios, núcleo central da informalidade clássica, baseada em pequenas unidades

econômicas voltadas para o mercado; Trabalhador Autônomo ou por conta própria são os que

têm no seu próprio domicílio o local de trabalho ou proprietários de seus meios de produção,

sem, no entanto, estarem assegurados pela seguridade social; Trabalhadores sem registro em

carteira, que são empregados em estabelecimentos que não têm o vínculo de emprego

formalizado e, portanto, está à margem do sistema público de proteção social (aposentadoria,

seguro-desemprego, auxilio doença e acidente, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço -

FGTS, Programa de Integração Social - PIS etc.) (KREIN e PRONI, 2010, p.27).

Consoante a isto, TIRYAKI (2008), destaca ainda que esse aumento da economia

informal prejudica o crescimento do país, pois esses trabalhadores costumam ter acesso

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restrito ao crédito financeiro, o que gera maior grau de dificuldade para se alavancarem

financeiramente, se tornando mais vulneráveis a fatores externos da economia. A

informalidade gera impacto na economia, com aumento na volatilidade do PIB, dos

investimentos e do consumo (TIRYAKI, 2008). Além dos impactos na economia, a questão

da informalidade atinge também o nível social dos trabalhadores do setor, pois os mesmos

têm diversos direitos negados dado a sua condição, a exemplo, os benefícios como

aposentadoria, auxílio doença, licença maternidade entre outros (SILVEIRA e ÁVILA, 2014).

Dessa forma, o Estado deve entre suas atividades construir políticas públicas,

intervindo por meio de formas alternativas que estimulem o trabalho, assim como reduzir os

efeitos negativos do meio de produção capitalista sobre os trabalhadores, uma opção para isto

é a expansão do microempreendedorismo (HOFLING, 2001 apud Ferreira et.al 2012, p. 5)

Sob essa ótica, foi desenvolvida a Política Pública de Microempreendedor Individual a

partir da instituição da figura do MEI (Microempreendedor Individual), criada pelo Governo

Federal, a Lei Complementar nº 128/2008, a que se refere o art. 966 da Lei nº 10.406, de 10

de janeiro de 2002 - Código Civil. Os critérios para a formalização são estes: a receita bruta

anual de até R$36.000; a atividade desenvolvida se enquadre no Simples Nacional e que não

tenha participação em outra empresa. A partir de 1º de janeiro de 2012 o limite da receita

bruta anual passou para R$ 60.000. (SILVEIRA e ÁVILA, 2014).

O Microempreendedor Individual ao se formalizar passa a ter Cadastro Nacional de

Pessoas Jurídicas (CNPJ), pode contratar um empregado que receba um salário mínimo ou o

seu piso, a emissão de nota fiscal, acesso a crédito empresarial e passa a contribuir com o

Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) (Lei Complementar n° 128 de 2008). Dessa

forma, segundo Krein, Santos e Nunes (2012) a política pública do Microempreendedor

Individual contribui para aumentar a proteção social ao possibilitar ao empreendedor

individual sua contribuição social ao INSS e assim participar do sistema de seguridade social.

Campos e Lopes (2011) defendem que a política pública do Microempreendedor

Individual é focada em combater a informalidade, cria facilidades para a formalização de

trabalhadores que se encontram no setor informal, com a finalidade de conseguir diminuir a

informalidade e como consequência aumentar o bem-estar social. O processo de formalização

de Microempreendedor Individual começou a ser implementado em 2009, um ano depois

estavam disponíveis a todos os Estados brasileiros, essa política pública foi responsável pela

formalização de 5 milhões de pessoas que saíram da informalidade em apenas 6 anos

(PORTAL DO EMPREENDEDOR, 2015).

Diante disso, o presente trabalho questiona: Como foi a evolução do número de

formalizações da Política Pública do Microempreendedor Individual, bem como qual é o

perfil atual desse Microempreendedor Individual? A fim de responder a supracitada questão o

trabalho tem como objetivo geral definir o perfil do Microempreendedor Individual, para isto,

buscou-se como objetivos específicos identificar a evolução histórica de formalização de

Microempreendedor Individual no período de 2009 a 2015. Além de apontar quais são as

atividades econômicas que tem o maior número formalizados na política pública de

Microempreendedor Individual.

As transformações causadas socialmente pelas formas de trabalho são evidentes no

mundo prático, as discussões acerca do trabalho informal, do número de desempregados,

políticas públicas com este foco, assim como o empreendedorismo são pontos que se

relacionam com o tema do Microempreendedor Individual, este possui grande relevância no

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contexto atual brasileiro. Dessa forma, a produção científica através de estudos e conteúdos

acerca do microempreendedor se torna importante a medida que corrobora com aspectos da

realidade social. Além disso, na própria Administração Pública, como área de estudo,

compreender sobre as características do microempreendedor brasileiro não é somente

pertinente, como também necessário, para que se tenha sempre conteúdo atualizado.

2 – Referencial Teórico

O presente tópico apresenta a base teórica para esta pesquisa, através da apresentação

de alguns temas como: O trabalho informal no Brasil; A definição de Políticas Públicas, bem

como suas finalidades; e a Política Pública do Microempreendedor individual, na forma da

Lei Complementar n° 128/2008. Sendo esses temas fundamentais para embasar o

desenvolvimento de nossa análise, daremos início a apresentação a seguir pelo tema da

informalidade.

2.1 – A Informalidade de trabalho no Brasil

O trabalho informal tem se revelado uma mazela à sociedade, tanto ao trabalhador

desempregado desprotegido da seguridade social e diante da precarização de trabalho, quanto

para as organizações legalmente ativas, além de ser excedente ao Estado, que tende a arcar

com o ônus da informalidade de trabalho e seus agravantes no sistema tributário (KREIN e

PRONI, 2010, p.11).

Partindo da década de 1970, em 1978, o Prealc (apud KREIN e PRONI, 2010, p.9)

tratava da informalidade, como setor, fenômeno moderno, considerado:

[...] o setor informal urbano como manifestação do excedente estrutural de mão-de-

obra nos países latino-americanos. Argumentava que a heterogeneidade da estrutura

produtiva dava origem a dois setores diferenciados no mercado de trabalho urbano:

de um lado, o mercado formal, onde são geradas ocupações em empresas

organizadas; de outro, o mercado informal, relacionado a atividades de baixo nível

de produtividade exercidas por trabalhadores independentes (trabalhando por conta

própria) e por empresas muito pequenas (operando sem uma organização realmente

empresarial) (KREIN e PRONI, 2010, p.9).

Dessa forma, a classificação apresentada também pode ser uma forma de compreender

a informalidade, ainda que como fenômeno no Brasil. Outra forma de compreensão para o

caso brasileiro existe o que é chamado de facetas da informalidade (KREIN e PRONI, 2010,

p. 22), as quais os mesmos autores enumeram 6 categorias, dada sua situação ocupacional. De

acordo, com a finalidade do presente trabalho destacam-se três: Proprietários de pequenos

negócios, núcleo central da informalidade clássica, baseada em pequenas unidades

econômicas voltadas para o mercado; Trabalhador Autônomo ou por conta própria são os que

têm no seu próprio domicilio o local de trabalho ou proprietários de seus meios de produção,

sem estarem assegurados pela seguridade social; Trabalhadores sem registro em carteira, que

são empregados em estabelecimentos que não têm o vínculo de emprego formalizado e,

portanto, está à margem do sistema público de proteção social (aposentadoria, seguro-

desemprego, auxilio doença e acidente, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS,

Programa de Integração Social - PIS etc.

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Além disso, é possível analisar a informalidade brasileira através de dois índices. O

primeiro deles a Taxa de Informalidade, que é mensurada pelo Instituto Brasileiro de

Geografia e Estatística (IBGE), a qual em 2014 foi de 32,5% (IPEA, Conjuntura e Análise nº

58 / 2015), considerado estável em relação ao período anterior, no entanto, significativamente,

inferior, quando comparado ao anos de 2011 e 2012. Já o segundo é o Índice de Economia

Subterrânea, realizado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) em conjunto

com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE), os quais

mensuraram, no ano 2014, um Índice de Economia Subterrânea de 16,1%, ou seja, 16,1% do

Produto Interno Bruto (PIB) naquele ano eram de atividades de bens e serviços os quais não

foram reportados ao governo, o menor índice apresentado desde o início da realização dos

estudos, em 2003 (ETCO, 2015).

Do ponto de vista internacional, ainda que existam dificuldades para uma análise

comparativa, a informalidade é considerada uma barreira estrutural à transição do emprego

formal, do grupo de países que integram os BRICs, países que possuem sua economia

emergente (Brasil, Rússia, índia, China em sua formação original), com exceção da Rússia, a

redução da informalidade, enquanto emprego e setor informal não foi significativa (IEDI,

2007). A seguir se abordará os aspectos gerais de políticas públicas bem com suas finalidades.

2.2 – Política Pública Aspectos Gerais

De acordo com Santos e Olaede (apud SILVEIRA e ÁVILA, 2014), uma política

pública trata da intervenção do Estado em relação a um determinado fato, que atraiu a atenção

do poder público e que precisa de sua análise para elaboração as possíveis melhorias. Não

obstante, "As políticas públicas existem para atender às demandas sociais e, como

consequência, impactam no desenvolvimento" (FERNANDES, CAVALCANTI-BANDOS e

FADEL, 2013, p. 3).

Vale ressaltar que as políticas públicas são ações desencadeadas pelo Estado, as quais

podem ter duas abordagens, a estatista e a multicêntrica. A abordagem estatista é quando o

Estado é o único ator envolvido, ou seja, só envolve ações de atores estatais. Já a abordagem

multicêntrica é quando o ocorre a participação de outros atores como as organizações não

governamentais (ONG’s) e instituições privadas junto ao Estado no desenvolvimento das

políticas públicas. (FERNANDES, CAVALCANTI-BANDOS e FADEL, 2013).

Cabe aqui também apontar a premissa básica da formulação de uma política pública,

nas palavras de Laswell (apud SOUZA, apud FERNANDES, CAVALCANTI-BANDOS e

FADEL,2013): quem ganha o quê, porquê e que diferença faz.

Fica evidente a transformação que uma política pública pode propiciar aos cidadãos

envolvidos, tendo em vista seu foco de ação. Fernandes, Cavalcanti-Bandos e Fadel veem na

informalidade, como fator de obstáculo para o desenvolvimento econômico e social no Brasil.

Com a falta de regularização, os Municípios, o Estado e a Federação acabam

deixando de angariar recursos advindos dos impostos e da previdência, e os

empreendedores deixam de ampliar seus negócios, deixam de competir em grau de

igualdade com outras empresas legalizadas e não geram empregos formais, entre

outros malefícios causados pela informalidade (FERNANDES, CAVALCANTI-

BANDOS e FADEL, 2013).

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De acordo com o exposto acima tem-se um efeito definitivamente negativo,

propiciando um ônus elevado ao Estado e também ao ambiente econômico das empresas, que

arcam legalmente com suas atividades, um desequilíbrio amplamente desleal, que a longo

prazo pode se mostrar insustentável.

No próximo subtópico tem-se a Política Pública do Microempreendedor Individual

(MEI), como resposta à informalidade de trabalho.

2.3 – Política Pública de Microempreendedor Individual

Diante do exposto no âmbito das políticas públicas foi criada a Lei Complementar

n°123/2006 (Lei Geral da Micro e Pequena Empresa), que estabeleceu normas gerais relativas

ao tratamento diferenciado e favorecido para as Microempresas (ME) e para Empresas de

Pequeno Porte (EPP), no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios (BRASIL, 2006).

Objetivando a simplificação do regime tributário para ME (Microempresas) e EPP

(Empresas de Pequeno Porte) foi também regulamentado o regime de Simples Nacional (SN),

para que a arrecadação de tributos fosse simplificada e unificada em apenas uma única

parcela. O Simples Nacional foi um avanço significativo na diminuição da complexidade do

regime tributário. Porém, essa simplificação não foi o suficiente para conseguir a aderência

dos pequenos negócios e trabalhadores autônomos, ou seja, os trabalhadores informais

(SOUZA, 2010, p. 24-25).

Assim na busca em trazer a formalidade e legalidade a esses trabalhadores informais,

criou-se a figura do Microempreendedor Individual (MEI) através da Lei Complementar

n°128/2008, a qual altera partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa - Lei

Complementar n°123/2006. Regulamentando, assim, a figura do Microempreendedor

Individual com objetivo de possibilitar que trabalhadores informais possam se tornarem

Empreendedores Individuais. Os benefícios em razão da formalização devem ser atraente para

seu sucesso, enquanto política pública, por isto, o aumento da formalização pode estar

relacionado ao fato dos trabalhadores informais perceberem o retorno de acordo com os

incentivo desta política, sendo um deles à redução do custo para a formalização (Perry et al.

apud CONCEIÇÃO, 2014)

Dentre os benefícios concedidos ao Microempreendedor estão: I) Procedimento de

formalização simplificado e digital; II) Isenção de Impostos Federais; III) Recolhimento fixo

de Impostos Estaduais (R$1,00) e Municipais (R$5,00) de acordo com a atividade

desenvolvida; IV) Contribuição a Seguridade Social (5% de um salário mínimo vigente ao

INSS); V) Emissão de Nota Fiscal Eletrônica; e VI) Contratação um único funcionário que

receba salário mínimo ou piso de sua categoria;

Mas para a formalização do trabalhador informal em Microempreendedor Individual,

o mesmo tem que atender os seguintes critérios: I) Não ter participação em outra empresa

como sócio; II) A atividade desenvolvida se enquadre nas atividades do Simples Nacional; e

III) Ter a receita bruta anual de até R$ 36.000,00. A partir de 1º de janeiro de 2012 com a

aprovação da Lei Complementar n° 139/2011, o limite da receita bruta anual passou para R$

60.000,00 (SILVEIRA e ÁVILA, 2014).

No entanto, é importante destacar que a Política Pública do Microempreendedor

Individual, conforme estudo realizado pelo IPEA, autores Corseuil, Neri e Ulyssea (2014),

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pode estar sendo desvirtuada, propiciando o que é conhecido como pejotização do trabalho,

ou seja, contratos trabalhistas sendo substituídos por contratos de prestação de serviços. Este

seria um ponto preocupante, para tal política, pois desta forma, diferentemente, de problemas

pontuais, que podem ser vistos como vantagens e desvantagens da política pública do

microempreendedor individual, existiria um crime e fraude à legislação trabalhista, ferindo

também todo o sentido da lei do Microemprendedor Individual. O que nos leva a considerar

aparentemente pode não estar havendo fiscalização efetiva junto às pessoas jurídicas de modo

a inibir o efeito da pejotização.

3 – Metodologia

Nesta pesquisa de natureza quantitativa foi utilizado como instrumento de coleta de

dados a análise documental. Esta é descrita por Gil (2010) em 6 etapas, sendo elas:

determinação do objetivo, identificação da fonte, localização da fonte e obtenção do material,

tratamento dos dados, confecção das fichas, construção lógica e redação do trabalho.

Dessa forma, a pesquisa consistiu-se em um estudo exploratório com corte temporal

que buscou quantificar e identificar o seguinte: a evolução histórica dos números de

formalização de Microempreendedores Individuais (MEI) no período de 2010 a 2015; o perfil

atual dos Microempreendedores Individuais por meio do sexo, faixa etária e nacionalidade; e

as atividades mais comuns entre os microempreendedores individuais. Foram coletados dados

numéricos para a análise documental através do Portal Empreendedor e com esses dados

foram construídas novas tabelas e planilhas com o auxílio do software Microsoft Excel® ,

para análise e tratamento estatístico descritivo, que possibilitou a construção dos gráficos e

tabelas contidos nesta pesquisa. A análise consiste na verificação da abrangência na

formalização do Microempreendedor Individual (MEI), assim como as atividades tendo em

vista fatores socioeconômicos.

4 – Resultados e discussões

O presente item apresenta as discussões e resultados desta pesquisa, através da

apresentação de alguns temas como: Evolução dos números de formalizações de

microempreendedores individuais; O perfil atual dos microempreendedores Individuais; e as

atividades mais comuns entre os microempreendedores individuais. Sendo esses temas

fundamentais para embasar a conclusão de nossa análise, daremos inicio a apresentação a

seguir pelo número de formalizações.

4.1 – Evolução dos Números de Formalizações de Microempreendedores Individuais

A Lei Complementa n° 128/08 instituiu a personalidade jurídica do

Microempreendedor Individual e estabeleceu que a partir do dia 1 de julho de 2009, em teoria,

já poderia ser realizado a abertura das mesmas. Mas na prática foi um pouco diferente, pois

cada Estado precisou de um tempo diferente para ser organizar e estruturar como funcionaria

essas aberturas, o que fez que em 2009 a política pública funcionasse de forma parcial e

somente em 2010 fosse ofertada em todo território nacional. Consequentemente, estes fatores

refletiram em uma baixa aderência em 2009, tendência que foi revertida nos anos seguintes, o

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Gráfico 1 permite a melhor visualização para o ocorrido. De fato, ano após ano o volume total

de Microempreendedores Individuais tem se mostrado crescente, chegando ao final, ano de

2015, em 5.680.614 inscritos.

O presente trabalho não buscou determinar a situação ocupacional inicial daqueles que

se tornaram microempreendedor individual, sabendo que são distintos os movimentos, como

exemplo, podemos citar de trabalhador autônomo para MEI ou de desempregado para MEI,

ainda assim, tem contribuído para a redução da informalidade (CORSEUIL, NERI e

ULYSSEA, 2014).

Gráfico 1 - Evolução do Número de Microempreendedores Individuais no Brasil

Fonte: Dados obtidos do Portal do Empreendedor, 2016.

Não obstante através do Gráfico 2 é possível visualizar o número de novas

formalizações de Microempreendedores Individuais no período de 2010 a 2015, onde a média

desse período foi de 939.404 novas formalizações por ano. Ainda é possível identificar que

nos anos de 2013 e 2014 ocorreu um declínio no número de formalizações quando comparado

com 2012, o que poderia apontar uma desaceleração no crescimento do número de

formalizações, mas que foi revertido no ano de 2015, o qual foi o maior saldo registrado de

formalizações do período analisado com 1.027.534 novos MEIs.

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Gráfico 2 - Número de Formalizações de Microempreendedores Individuais por Ano

Fonte: Dados obtidos do Portal do Empreendedor, 2016.

A situação para análises do dados requer cautela, também, no que tange ao período.

Em 2011 foi um ano considerado aquecido para mercado, segundo Corseuil, Neri e Ulyssea

(2014). Assim vale salientar sob aspecto da influência da pejotização, para o mesmo período,

ainda que não tenhamos os dados para tal análise, o grau acentuado no número de

formalizações pode sofrer influência de tal variável.

4.2 – O Perfil Atual dos Microempreendedores Individuais

Outro ponto a destacar são características do perfil do Microempreendedor Individual,

nesta fase são abordadas características como sexo, faixa etária e nacionalidade. Em análise

quanto ao sexo tem-se uma distribuição relativamente equilibrada, ainda, que a parcela

masculina seja um pouco maior (52,56%), vide Gráfico 3. A parcela feminina pode ser

compreendida como um reflexo de mulheres, que segundo o IEDI (2007) no Brasil o

desemprego é particularmente elevado para este gênero, assim como, representam

caracteristicamente, as duas atividades principais entre os CNAEs, que será visto adiante.

Enquanto, a parcela masculina pode ser compreendida maior, já que tradicionalmente é

inserida no mercado de trabalho mais cedo que as mulheres, ocupando distintas atividades.

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Gráfico 3 - Distribuição de Microempreendedores Individuais por Sexo

Fonte: Dados obtidos do Portal do Empreendedor, 2016.

Sob a ótica da faixa etária dos microempresários individuais em 2015 tem a idade

média de 38,2 anos, sendo que 32,47% estão faixa de 31 a 40 anos, 23,75% na faixa entre 41

e 50 anos, e 23,07% na faixa de 21 a 30 anos, sendo essas as três principais faixas de idade,

respectivamente, vide Gráfico 4. Tem-se na faixa de 31 a 40 anos, um grupo favorável à

formalização como Microempreendedor Individual (MEI), uma vez que são um grupo de

idade ativa para trabalho profissional, diferentemente, de grupos com idade superior que

normalmente visam a aposentadoria e os mais novos que estão inserindo-se no mercado de

trabalho, como assalariados.

Gráfico 4 - Distribuição de Microempreendedores Individuais por faixa etária

Fonte: Dados obtidos do Portal do Empreendedor, 2016.

Embora seja possível encontrar outras nacionalidades aderentes à política pública do

Microempreendedor Individual, os brasileiros são quase a totalidade, representando 99,49%

da distribuição por nacionalidade.

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4.3 – As Atividades Mais Comuns Entre os Microempreendedores Individuais

A Resolução n° 94 do Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), de novembro de

2011, regulamentou as atividades econômicas que são permitidas no regime de

Microempreendedor Individual, estando essas registradas no anexo XIII da resolução

supracitada.

Considerando essas atividades econômicas permitidas e comparando com os dados do

Portal do Empreendedor foi possível apontar que existem um total de 633 atividades

permitidas com pelo menos um Microempreendedor Individual cadastrado. Dessas atividades

em apenas 20 delas ocorre a maior concentração de Microempreendedores Individuais, que

representam 51,87% de todos os Microempreendedores, ou seja, destacando-se como as

principais. vide a Tabela 1.

Tabela 1 - Vinte tipos de atividades mais comuns entre os microempreendedores

Individuais do Brasil

Fonte: Dados obtidos do Portal do Empreendedor, 2016.

De acordo com o exposto compreende-se que estas atividades seriam as principais, já

que são atividades de baixo valor agregado, fazendo parte daqueles entre o maior número de

trabalhadores informais. Vale salientar que a necessidade de baixos investimentos inicias

podem influenciar na escolha da natureza das atividades, sendo ainda atividades que não

necessitam de alto grau de instrução. Complementando os resultados do Sebrae (2016)

sinaliza, em dezembro de 2015, o comércio como principal setor, com maior número de MEI

(37,4%), em seguida serviços (37,2%), indústria (15,3%), construção civil (9,5%) e

agropecuária (0,6%).

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5 – Conclusão

O presente trabalho procurou identificar o perfil do Microempreendedor Individual e a

sua evolução histórica desde a criação dessa modalidade de personalidade jurídica através da

Lei Complementa n° 128/08 até o final do ano 2015. Desta forma foi possível traçar o perfil

identificado do MEI, compreendendo a predominância masculina e a idade média de 38 anos.

Dentre as atividades observadas existe uma maior concentração dos MEIs, em 20 atividades

exercidas (CNAE), sendo essas concentradas principalmente nos setores de serviços e

comércio. Atendendo assim o objetivo da pesquisa. A natureza das atividades também nos

permite concluir que tal política aplica-se, principalmente, a segmentos econômicos

intensivos em mão de obra de baixa produtividade

O desenvolvimento desta temática ocorreu, em termos gerais, de forma

significativamente complexa, vista a preocupação no tratamento dos dados e suas

limitações uma vez que o Portal do Empreendedor disponibiliza os mesmos de forma

consolidada em tabelas, não sendo possível assim realizar análises e consolidações com os

dados de maneira não consolidada, o que por sua vez possibilitaria a busca por novas

correlações entre os dados. Resta compreender que está política pública, antes de tudo, tem

como objetivo a formalização do trabalhador informal, diferentemente, de uma política

pública programática a qual visaria principalmente desenvolvimento e acompanhamento do

trabalhador formalizado.

Outro ponto importante a destacar é que essa formalização tem possíveis impactos no

desenvolvimento das atividades do Microempreendedor Individual, como melhores condições

de compra, possibilidade de vender para outras empresas e governo, já que estes exigem nota

fiscal. Além de passarem a ter acesso ao crédito, fator que pode ser uma solução para a

questão dos investimentos iniciais de um negócio.

Porém existe indicativos de que essa política esteja sendo usada no sentindo de burlar

a legislação trabalhista, com o processo de pejotização, onde ao invés de contratar um

funcionário pelo regime de CLT, acaba o contratando através de uma pessoa jurídica, no caso

o MEI, em um regime de prestador de serviço. O que acaba sendo crime e fraude, além de um

desvio de finalidade da política pública do MEI e pode acabar colocando em questionamento

a dimensão dos avanços da política no combate a informalidade.

Ressalta-se que mesmo assim a Política Pública do Microempreendedor

Individual tem avançado em seu objetivo, devendo-se levar em consideração também o curto

espaço de tempo em vigor e o total de pessoas aderentes a ela, representando força de

trabalho. Ainda, existem perguntas tais como do total de Microempreendedores

Individuais ativos, quantos deles estariam efetivamente trabalhando como MEI's em suas

atividades econômicas declaradas? Quantas dos MEIs estão em dia com o pagamento da sua

taxa única? Sendo estas algumas sugestão para próximas pesquisas.

Por último, a política está dentro dos parâmetros que norteiam um política pública, tais

como a vantagem percebida e a quem se destina, seu motivo e o diferencial, observados

no referencial teórico deste trabalho por meio da desburocratização , um pequeno estímulo,

mas de grande significado, serve para que o trabalhador informal, que já empreende possa se

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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – ARTIGO CIENTÍFICO

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formalizar. Desta forma, ser incluído no mercado formal e possa ter inicialmente melhores

condições para prosperar.

6 – Referências

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