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Políticas e Serviços para a Primeira Infância no Brasil Políticas e Serviços da Primeira Infância no Brasil UNESCO

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Page 1: Políticas e Serviços para a Primeira Infância no Brasil Políticas e Serviços da Primeira Infância no Brasil UNESCO

Políticas e Serviços para a Primeira Infância no Brasil

Políticas e Serviços da Primeira Infância no Brasil

UNESCO

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Marco de Educação de Dakar

Educação para Todos - EPT

Primeiro objetivo:

Expandir e melhorar a educação e cuidado na primeira infância, especialmente para as crianças mais vulneráveis e desfavorecidas.

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Projeto Políticas e Serviços de Educação e Cuidado Infantil

UNESCO-OCDE

• Países participantes: Indonésia, Quênia, Cazaquistão e Brasil

• No Brasil:

• Parceria com o Ministério da Educação – SEB e INEP

• Resultados Preliminares

• Limitações

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Pressupostos

O objetivo finalístico da educação infantil é o desenvolvimento holístico da criança;

As políticas governamentais de educação infantil devem focalizar as populações pobres, considerando a questão da equidade como prioridade;

A Educação Infantil estabelece as bases para a aprendizagem ao longo da vida e a transição entre a casa e os serviços de EI e desses para a escola deve ser tranqüila.

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População de crianças de 0 a 6 anos - 2003

Distribuição da população de crianças de 0 a 6 anos - 2003

Sul14%

Nordeste32%

Sudeste38%

Norte8%

Centro-Oeste8%

Fonte: Síntese de Indicadores Sociais – Gráfico 1.2. IBGE

Total: 23.3 milhões

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Acesso

12

68

38

010203040506070

0-3+ 4+ - 6+ 0-6+

Fonte: Síntese dos Indicadores Sociais, 2004, IBGE (Gráfico 2.6; 11.4, p. 69)

Taxa de escolarização das crianças na primeira infância, por idade - Brasil – 2003

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27 3549

60 61 61 67 67 75 76 77,5 80 82

114

0

30

60

90

120

Acesso

Taxa de matrícula bruta na educação pré-escolar - 2001

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Acesso

Porcentagem e porcentagem da mudança da taxa de matrícula bruta na pré-escola, por região , 1990-2001

46,5 4432

6782

6754,5

35

13

70

10

72,5

32

5445

0

30

60

90

Bra

sil

Des

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a-L

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Asi

a O

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tal e

Pac

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Em

dese

nvol

vim

ento

1990

2001

% mudança

Fonte: EFA Monitoring Report 2005. UNESCO. Os dados dos países desenvolvidos são de 1998 e 2001.

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Acesso

Taxa de matrícula bruta das crianças de 5 anos na educação pré-escolar, 2000

100

52 59 58

82 76,5

0

20

4060

80

100

120

5 anos

Argentina

BrasilChile

ColômbiaMéxico

Peru

Fonte: Instituto de Estatística da UNESCO

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Acesso

Taxa de escolarização de crianças de 0 a 6 anos, por renda média mensal familiar per-capita, de acordo com o salário mínimo de 2003

8 11,517

2428

6170

77,5

8795

0

25

50

75

100

~1/2 1/2 ~ 1 1 ~ 2 2 ~ 3 3~

0-3anos4-6anos

Fonte: Síntese de Indicadores Sociais, 2004. IBGE (Gráfico 7.2, p.211)

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Acesso

Taxa de escolaridade das crianças de 0 a 6 anos, por grupo de idade e região, 2003

8

30

58

141311812

35403938 33

68 64 717360

0

30

60

90

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

0-3 anos

0-6 anos

4-6 anos

Fonte: Síntese de Indicadores Sociais, 2004. IBGE (Gráfico 2.6. p. 69)

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Acesso

Média da taxa líquida de matrícula de crianças de 4 a 6 anos de famílias com renda média mensal per-capita menor que 1/2 salário mínimo, por região, 2003

4449616650,5

61

02040

6080

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Brasil

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11

22

6

60

61

57

23

14

31

0 20 40 60 80 100

Brasil

Nordeste

Sudeste

-4 hrs

4 hrs

4-5 hrs

Fonte: Censo Escolar, INEP/MEC, 2003. Background Report of Brazil.

Acesso

Porcentagem de pré-escolas públicas, por horas trabalhadas, 2003

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12

71

2

4730

11

74

1

53

299

78

16 13

57

020406080

100

Desemprego Emprego Nível Superior Pobreza MoradiaAdequada

Serviço Público

Sem participação

Serviço privado

Acesso

Condições sócio-econômica das famílias, por tipo de serviço e porcentagem de cada grupo, 2002

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Qualidade:

Avanços:

-inclusão das creches e pré-escolas na área educacional pela LDB/96;

- definição das Diretrizes Curriculares Nacionais da EI, de caráter mandatório, (1998), das Diretrizes Operacionais da EI (1999) e do Referencial Curricular Nacional de EI (1998);

- esforço atual do MEC em definir os parâmetros nacionais de qualidade.

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Qualidade:

Desafios:

- fazer cumprir os avanços - dificuldades no âmbito dos municípios para supervisionar o atendimento: falta de pessoal e de capacidade técnica;- falta de conhecimento das orientações nacionais nas instâncias executoras (formação). - Limitação dos dados sobre qualidade: instituições que não estão cadastradas no Censo Escolar têm piores condições de atendimento

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Qualidade:

Creche - 0 a 3 anos: - 71% ensino médio- 18% nível superiorPré-escola – 4 a 6 anos:- 65,5% ensino médio- 31% nível superiorProblema: falta ênfase nas especificidades da faixa etária. Comparando-se a outros países, a exigência de formação em nível médio (secundário) é insuficiente.

Formação dos professores:

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Coordenação dos serviços e financiamento

Educação X Assistência Social:situação ainda não resolvida 

História do atendimento:• Situação anterior a 1988: - fragmentação e confusão; -crianças atendidas em dois tipos de serviço: (1) pré-escolas, geralmente para crianças de 4 a 6 anos, sob responsabilidade do setor educacional; (2) creches, para crianças de 0 a 6 anos de populações carentes, apoiadas pelos setores de assistência social, saúde e trabalho.

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Coordenação dos serviços e financiamento

1988 – a Constituição inclui creches e pré-escolas nos deveres do Estado no âmbito da educação, em resposta aos movimentos de defesa por um sistema de educação para toda a faixa etária de 0 a 6 anos, integrado, mais eficiente e democrático.

1996 – LDB: a estrutura seqüencial – creches para crianças de 0 a 3 anos e pré-escolas para as de 4 a 6 – é clarificada, cabendo ao setor educacional a responsabilidade pelo sistema integrado;

História do atendimento:

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História do atendimento:

1996 – LDB: (cont.)- reconhecimento da educação infantil como primeira etapa da educação básica; esta abrange também o ensino fundamental e o ensino médio;

-atribuição da responsabilidade pela oferta aos municípios, com apoio dos estados e da União;

- estabelecimento do prazo de três anos (1999) para que as creches e pré-escolas se integrassem aos sistemas de ensino.

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Obstáculos:

. Conflito setorial: - no âmbito federal, o apoio financeiro à educação das crianças de 0 a 6 anos de famílias carentes permaneceu no setor da Assistência Social;

- a partir de 2000: orientações na A.S. para canalização de recursos para outras modalidades de atendimento;

- 2005: em discussão a transferência de recursos e responsabilidade pelo apoio às creches e pré-escolas do Ministério do Desenvolvimento Social para o da Educação.

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Obstáculos:

. Fragilidades no âmbito dos municípios:

- a grande maioria deles sem condições de criar sistemas de ensino próprios;

- nesses casos, as creches e pré-escolas devem ser regulamentadas e supervisionadas pelo sistema estadual;-

- falta de apoio técnico e financeiro dos estados e da União.

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Obstáculos:

. Financiamento:

- falta de fundos específicos para a Educação infantil;

- os recursos não vinculados ao Fundef (ensino fundamental) no âmbito municipal são disputados com outros níveis e modalidades de ensino.

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Recomendações:

-necessidade de maior atenção do Estado às creches: não atender às crianças pobres de 0 a 3 anos pode levar a injustiça social e perpetuar a pobreza;

-necessidade de definição de financiamento para toda a educação infantil; inclusão no Fundeb;

-efetiva integração das creches nos sistemas de ensino.