28
POLÍTICAS EDUCACIONAIS POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA E REFORMA Maria Helena G. De Castro Maria Helena G. De Castro [email protected] [email protected] Julho 2005 Julho 2005

POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro [email protected] Julho 2005

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

POLÍTICAS EDUCACIONAISPOLÍTICAS EDUCACIONAISE REFORMAE REFORMA

Maria Helena G. De CastroMaria Helena G. De [email protected]@uol.com.br

Julho 2005Julho 2005

Page 2: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

I. Os Instrumentos de AçãoI. Os Instrumentos de Ação

Page 3: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Os Instrumentos de Ação

Completa revisão do marco legal e institucional:

• Lei de Diretrizes e Bases (LDB)

• Conselho Nacional de Educação

• Plano Nacional de Educação

• Novos mecanismos de regulação e acreditação do ensino superior privado

Page 4: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Os Instrumentos de Ação

Política de Descentralização e Participação

• FUNDEF• Merenda Escolar• Programa Dinheiro Direto na Escola• Conselhos

Novas Tecnologias na Educação Pública

• TV Escola• Programa de Informática na Escola

Page 5: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Os Instrumentos de Ação

Revisão dos Conteúdos Curriculares

• Parâmetros de 1ª a 4ª séries • Parâmetros de 5ª a 8ª séries• Parâmetros do Ensino Médio• Educação de Jovens e Adultos• Formação de Professores• Educação Indígena• Educação Infantil

Page 6: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Os Instrumentos de Ação

Criação e implementação de uma amplo sistema de avaliação e informação

• Sistema de Avaliação do Ensino Básico – SAEB • Exame Nacional de Ensino Médio – ENEM • Exame Nacional de Cursos – Provão• Revisão do sistema de avaliação da pós-graduação• Sistema de Avaliação do Ensino Superior• Educação de Jovens e Adultos• Avaliação dos Livros didáticos• Censo Escolar• Censo Ensino Superior• Censos Especiais

Page 7: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Sistemas de Avaliação e de Informações Educacionais

Objetivos

• Subsidiar a elaboração de diagnósticos sobre a realidade educacional

• Orientar a formulação e o monitoramento de políticas nacionais voltadas para a promoção da eqüidade e a melhoria da qualidade

• Assegurar a transparência das informações, disseminando resultados e prestando contas à sociedade

• Disseminar os resultados aos setores responsáveis pela oferta de serviços educacionais para utilização no processo decisório

Page 8: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

II. Os AvançosII. Os Avanços

Page 9: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Matrículas no Ensino BásicoBrasil -- 1989-2004

0

5.000.000

10.000.000

15.000.000

20.000.000

25.000.000

1989 1991 1996 1998 2003

1ª a 4ª série 5ª a 8ª série E.Médio

-11,3%

7,3%

30,2%

Tx Cresc. 1998-2003

Page 10: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Matrícula na Educação Infantil Brasil – 1994/2002

ANO Creche Pré-Escola

1994 ******** 4.002.672

1998 381.804 4.111.120

2002 1.152.511 4.977.847

Cresc. % 1998/2002

202% 21%

Cresc. % 1994/2002

24%

Page 11: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Taxa de escolarização líquida do Ensino Fundamental - 1994-2003

Taxa de Escolarização líquida identifica o percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino regular teoricamente adequado a essa faixa etária

Ano Taxa de Escolarização Líquida

1994 87,5

1999 95,4

2003 96,9**taxa estimada

Page 12: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Taxa de escolarização líquida do Ensino Médio - 1994-2003

Taxa de Escolarização líquida identifica o percentual da população em determinada faixa etária que se encontra matriculada no nível de ensino regular teoricamente adequado a essa faixa etária

Ano Taxa de Escolarização Líquida

1994 20,8

1999 32,6

2003 42,6**taxa estimada

Page 13: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Freqüência à escola de crianças de 7 a 14 anos por nível de renda – 1992-2003

97

99

93

98

87

97

83

96

75

95

1992 20035º quinto20% mais ricos

4º quinto 3º quinto 2º quinto 1º quinto20% mais pobres

FONTE: IBGE; PNADs 1992 e 2003

Page 14: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Taxa de analfabetismo no Brasil (pessoas de 15 anos ou mais)

65% 65%

56%51%

40%34%

26%20%

14% 12%

1900 1920 1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2002

Page 15: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

População de 10 anos ou mais de idade segundo Anos de Estudo

Brasil – 1992/2003

18%

22%

34%

11% 11%

3%

16%

20%

12%

15%

32%

5%

Sem instr.ou < 1 ano

1 a 3 anos 4 a 7 anos 8 a 10 anos 11 a 14 anos 15 anos oumais

1992 2003

FONTE: IBGE, PNADs 1992 e 2003

Page 16: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Funções Docentes segundo o grau de formação -- Brasil 1995-2003

Qualificação de Professores1995 2003

Funções Docentes com Formação Básica (leigos)

Educação Infantil e 1ª a 4ª série

Em milhares 262,5 23,0 Proporção 24% 2%

Funções Docentes com Formação Superior

Em milhares 898,4 1.453,3 Proporção 44% 61%

5ª a 8ª série 72% 77%Ens. Médio 82% 90%

Total de Docentes

-- Em milhares 2.026,1 2.336,1

Page 17: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Taxas Médias de Promoção, Repetência e Evasão Taxas Médias de Promoção, Repetência e Evasão no Ensino Fundamental - 1995/2001no Ensino Fundamental - 1995/2001

64,5

30,2

5,3

74,6

20

5,4

Promoção Repetência Evasão

1995 2001Fonte: MEC/INEP

Page 18: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

III. Fragilidades e InérciasIII. Fragilidades e Inércias

Page 19: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades 1. AVANÇO LENTO DA EQUIDADE NA EDUCAÇÃO 1. AVANÇO LENTO DA EQUIDADE NA EDUCAÇÃO

Persistem graus elevados de desigualdade nos resultados da Persistem graus elevados de desigualdade nos resultados da avaliação da aprendizagem e nos indicadores de transição, como a avaliação da aprendizagem e nos indicadores de transição, como a repetênciarepetência

• Dificuldade para superar a tendência à segregação existente na Dificuldade para superar a tendência à segregação existente na sociedade ( a escola deve ser espaço de integração social e não de sociedade ( a escola deve ser espaço de integração social e não de consolidação das diferenças sociais)consolidação das diferenças sociais)

• Programas focalizados não são suficientes para diminuir a Programas focalizados não são suficientes para diminuir a desigualdadedesigualdade

• Dificuldade para implantar as novas diretrizes curriculares em Dificuldade para implantar as novas diretrizes curriculares em contextos de concentração da pobreza urbana. contextos de concentração da pobreza urbana.

Page 20: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades

2.2. BAIXO GRAU DE PARTICIPAÇÃO DOS ATORES BAIXO GRAU DE PARTICIPAÇÃO DOS ATORES CHAVES NA IMPLANTAÇÃO DA REFORMA:CHAVES NA IMPLANTAÇÃO DA REFORMA: (professores, pais, lideranças comunitárias)(professores, pais, lideranças comunitárias)

• Dificuldade dos professores em assumir papel ativo na Dificuldade dos professores em assumir papel ativo na implantação da reforma curricular. Tensão entre renovação implantação da reforma curricular. Tensão entre renovação pedagógica X reivindicações salariais X Universidadespedagógica X reivindicações salariais X Universidades

• Dificuldade em motivar os pais a participarem ativamente na Dificuldade em motivar os pais a participarem ativamente na escola e na aprendizagem de seus filhos escola e na aprendizagem de seus filhos

Page 21: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades

3. ESCASSA RENOVAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR3. ESCASSA RENOVAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR

• Insuficiente liderança educacional dos diretores de escolas Insuficiente liderança educacional dos diretores de escolas Quando o diretor é bom e tem uma equipe organizada, Quando o diretor é bom e tem uma equipe organizada, motivada, a escola funciona.motivada, a escola funciona.

• Baixa capacidade das escolas em formular projetos Baixa capacidade das escolas em formular projetos pedagógicos e institucionais. pedagógicos e institucionais.

• Fraca prestação de contas aos pais e à sociedade. A escola Fraca prestação de contas aos pais e à sociedade. A escola tem dificuldade em trabalhar indicadores de desempenho e tem dificuldade em trabalhar indicadores de desempenho e discuti-los com a comunidade.discuti-los com a comunidade.

Page 22: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades4. BAIXO GRAU DE “CONHECIMENTO EDUCACIONAL” 4. BAIXO GRAU DE “CONHECIMENTO EDUCACIONAL”

• Problemas gestão municipal: administração, planejamento Problemas gestão municipal: administração, planejamento e uso dos recursose uso dos recursos

• Descontinuidade de ações. Prevalece a “marca” política e Descontinuidade de ações. Prevalece a “marca” política e não o compromisso com a educação. não o compromisso com a educação.

• Escassez de RH especializados Escassez de RH especializados

Page 23: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades

O QUE MOSTRAM OS RESULTADOS DO SAEB?

• Extrema heterogeneidade entre as escolas públicas e privadas; redes municipais e estaduais; urbano X rural.

• A repetência como fator negativo

• Baixa eficácia dos programas de formação do professor.

• Baixo rendimento dos alunos em leitura, matemática e ciências.

• O clima da escola, envolvimento da equipe e liderança do diretor são fatores positivos que favorecem a aprendizagem.

Page 24: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Médias de desempenho em Língua Portuguesa

Brasil – SAEB - Série Histórica

188 187171 165 169

256 250233 235 232

290 284267 262 267

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

MEC/INEP/DAEB

Page 25: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Médias de desempenho em Matemática Brasil – SAEB - Série Histórica

191 191 181 176 177

253 250 246 243 245

282 289 280 277 279

0

50

100

150

200

250

300

350

1995 1997 1999 2001 2003

4a série E.F. 8a série E.F. 3a série E.M.

Fonte: MEC/INEP/DAEB

Page 26: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

FragilidadesFragilidades

E OS RESULTADOS DO PISA?

• Gasto em educação, renda per capita e situação socio-cultural influem no desempenho em leitura

• Sistemas educativos efetivos podem superar estas desvantagens: Irlanda e Coréia.

• Brasil: elevado absenteísmo dos alunos e pouca dedicação a leitura. Os alunos de renda mais alta apresentam desempenho inferior àqueles de baixa renda dos países da OECD. E, 23% de nossos alunos estão abaixo do nível mínimo.

• Expectativas positivas quanto ao desempenho dos jovens afetam os resultados.

• Padrões adequados de aprendizagem e educação para valores melhoram o rendimento.

Page 27: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

IV. N ovos D e s a f i o sIV. N ovos D e s a f i o s

Page 28: POLÍTICAS EDUCACIONAIS E REFORMA Maria Helena G. De Castro helenaca@uol.com.br Julho 2005

Novos desafios

Prioridade:

• Qualidade da Educação Básica

• Universalizar o acesso ao Ensino Médio

• Aprimorar os mecanismos de financiamento da Educação Básica

• Aprimorar o Sistema de Avaliação

• Investir na formação inicial e continuada de professores

• Foco na escola e na sala de aula