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POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO NO ACRE

POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO DE … · Atividade econômica informal 14 3. ... (Ibre/FGV) e do Instituto ... dos negócios informais da economia. A experiência

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POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIODE BENS, SERVIÇOSE TURISMONO ACRE

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Sumário

Apresentação 5

FUNDAMENTOS PARA REIVINDICAÇÕES A economia acreana 7 O setor comercial 8 Entraves para o desenvolvimento 9 Problemas estatizantes da economia do Acre 10

PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

1. Crédito e Financiamento 12

2. Atividade econômica informal 14

3. Infraestrutura, logística e transporte 17

4. Tributação e fiscalização 20

5. Áreas de Livre Comércio 25

6. Compras Governamentais 28

7. Administração Pública e Desburocratização 31

8. Turismo 33

9. Segurança Pública 37

Compromissos da Fecomércio/AC 41

POLÍTICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO NO ACRE

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EXPEDIENTE

Presidente do Sistema Fecomercio Sesc Senac/ACLeandro Domingos Teixeira Pinto

CoordenaçãoCecília França

Análise técnica Roberval Ramirez

RedaçãoCecília França e Roberval Ramirez

Projeto gráfico e diagramaçãoGKNoronha.com.br

FotosGuilherme K. Noronha

ImpressãoBrilhograf

Tiragem500 exemplares

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do estado do Acre (Fecomercio/AC) é uma entidade sindical filiada à Confederação Nacional do Comércio (CNC) e considerada de utilidade pública pela Lei Municipal

1.108/93. A entidade atua com foco no bem-estar da sociedade e no fortalecimento da economia acreana.

Integrando o Serviço Social do Comércio (Sesc/AC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac/AC), a Fecomercio/AC assume o papel de estar diante das esferas governamentais levando reivindicações e sugestões que contribuam para o melhor desempenho do comércio de bens, serviços e turismo no Estado.

Atualmente, dez sindicatos são filiados à Fecomercio/AC, quatro deles com base no interior - Brasiléia, Senador Guiomar, Plácido de Castro e Feijó – e os demais representados na capital, Rio Branco. Desde a fundação, o objetivo central da Fecomercio/AC vem sendo o de ouvir os empresários do segmento, analisando necessidades, mobilizando e estimulando novas iniciativas, sempre norteadas por valores éticos de qualidade, transparência, empreendedorismo e inovação.

Cumprindo essa função, a Fecomercio/AC mobiliza-se neste importante momento pré-eleitoral com a finalidade de apresentar aos candidatos a governador do Estado os principais pleitos da classe comercial de bens, serviços e turismo. As proposições listadas a seguir refletem os anseios desse setor produtivo que congrega aproximadamente 11,5 mil empresas em todo o Acre e é composto, em sua maioria, por micro e pequenos empreendimentos.

APRESENTAÇÃO

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A ECONOMIA ACREANA

FUNDAMENTOS PARA REIVINDICAÇÕES

A economia do Acre baseia-se, fundamentalmente, na extração da madeira, da borracha e da castanha-do-brasil, além da atividade pecuária. Essa concentração da economia em atividades primárias, com baixa escala e pouca agregação de valor, resulta em um Produto Interno Bruto (PIB) estadual pouco relevante na formação do PIB nacional. O Estado contribui com 0,2% da produção de riquezas nacionais, o que o posiciona em 7º lugar na Amazônia Legal, responsável por 7,8% do PIB do país.

A economia acreana conserva forte dependência do setor público; no privado, o maior destaque é para o setor terciário. A máquina administrativa e os serviços públicos respondem por 33,4% na formação do PIB estadual, enquanto o comércio de bens e serviços contribui com 11,9%, conforme relatório do IBGE.

As principais atividades econômicas no Estado estão concentradas na regional do Baixo Acre, onde se localiza a capital, Rio Branco, responsável por mais da metade do que é produzido no Estado. A economia dessa região apresenta os melhores níveis de desenvolvimento, oferecendo maior estrutura de apoio à produção do setor primário. No entanto, há necessidade de um redirecionamento do processo de desenvolvimento que incorpore questões ambientais, privilegie a geração de empregos e garanta uma melhor distribuição de renda, a fim de promover uma economia mais sustentável.

Já a economia do Alto Acre tem enfrentado dificuldades para conseguir apoio e os incentivos necessários ao seu pleno desempenho. A fim de fortalecer a região, foram feitos investimentos recentes por parte do Governo do Estado, através de parcerias - fábrica de tacos e fábrica de preservativos, em Xapuri. O governo também viabilizou a reinstalação da Usina Álcool Verde, visando a produção de álcool anidro, com utilização de terras degradadas para o plantio da cana de açúcar.

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A economia da regional Tarauacá-Envira tem forte dependência dos municípios de Cruzeiro do Sul, no Juruá, e do Envira, no Amazonas, de onde são importados produtos de primeira necessidade. Em função de não contar com ligação rodoviária efetiva com o restante do Estado, a região mantém relações muito mais estreitas com o Estado do Amazonas, via Rio Juruá.

O setor comercial

As dificuldades encontradas pelos produtores e empreendedores acreanos refletem de maneira decisiva no desempenho do comércio de bens, serviços e turismo, dependente sobremaneira do bom andamento da economia. Além das limitações estruturais, o comércio sofre com a elevada carga tributária que sacrifica e, muitas vezes, inviabiliza o empreendimento. Vale lembrar que a maioria esmagadora das empresas comerciais - mais de 90% - é micro (tem faturamento anual de, no máximo, R$ 240 mil) ou pequena (fatuamente de até R$ 2,4 milhões).

Ainda assim, o comércio acreano tem gerado números otimistas para a economia, sendo um dos principais setores na formação do PIB estadual, responsável por 11,9% da geração de riquezas do Estado. Em números de empresas legalmente constituídas, mas de 11 mil, e de empregos gerados, o comércio também aparece na ponta nos índices estaduais.

A relevância do comércio de bens, serviços e turismo para a sociedade e a economia acreana, por si só, justifica as reivindicações apresentadas abaixo pela Fecomercio-AC. Trata-se de um setor que emprega e gera riquezas, mas que necessita de apoio do poder público no sentido de viabilização desses negócios.

Entraves para o desenvolvimento

Outro gargalo para o desenvolvimento do comércio local é o isolamento de boa parte dos municípios acreanos. A expectativa é de que essa realidade seja modificada com a conclusão da BR 364, nos trechos localizados entre Sena Madureira e Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá.

Os entraves para a expansão da produção acreana residem, principalmente, na precariedade da infraestrutura, nas longas distâncias que dificultam a logística para escoamento da produção, na baixa profissionalização dos produtores, limitações tecnológicas, alto custo dos insumos agrícolas, dependência de recursos públicos, baixa capacidade energética, baixa capacidade de investimentos, insuficiência de mão de obra qualificada, falta de incentivos fiscais e dificuldade de acesso à terra.

Além dessas limitações estruturais e conjunturais, falta ao empreendedor local uma visão empresarial sobre o negócio agrícola e florestal, especialmente por parte dos pequenos e médios produtores. Para o comércio, o bom desempenho das atividades primárias é importante, pois reflete imediatamente na quantidade de vendas e transações comerciais realizadas, aquecendo a economia e fazendo girar a roda do desenvolvimento.

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Problemas estatizantes da economia do Acre

Dificuldade de acesso ao crédito e financiamento;1. Alto grau de informalidade na economia;2. Falta de infraestrutura e logística para as atividades produtivas e 3. escoamento da produção; Altas taxas para abertura e regularização de empresas;4. Inadequação da Área de Livre Comércio nos municípios de 5. Brasiléia e Epitaciolândia;Sistema de compras governamentais que desfavorece micro e 6. pequenas empresas;Serviço público excessivamente burocrático;7. Falta de incentivo ao turismo; 8. Clima de insegurança nas áreas comerciais.9.

PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Todas as propostas apresentadas a seguir, para solucionar os principais problemas do setor produtivo acreano, têm conformidade com as peculiaridades do Estado, de forma que as consequentes resoluções dependem de decisão interna e vontade política do governante constituído.

12PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

13CRÉDITO E FINANCIAMENTO

Crédito e Financiamento

A facilidade de acesso ao crédito e ao financiamento é condicionante para o desenvolvimento econômico e o crescimento das atividades empresariais do Acre, independente do porte da empresa. No entanto, o setor produtivo

acreano sofre com o excesso de burocracia e de garantias exigidas para obtenção de crédito. Dessa forma, a sugestão a seguir objetiva solucionar ou, ao menos, amenizar essas carências.

1.1 Criar um Fundo Garantidor

A grande maioria dos empresários do Acre não é proprietária de seus pontos comerciais e a necessidade de manter capital de giro nos níveis demandados pelas atividades econômicas de suas empresas depende do comportamento do mercado. Assim, sistematicamente, esses empresários são obrigados a utilizar recursos das instituições financeiras para a sustentação do funcionamento operacional de suas empresas.

No entanto, a dificuldade em obter as garantias exigidas pelo sistema bancário geralmente inviabiliza a contratação do crédito aprovado. Dessa forma, faz-se conveniente que o futuro governo do Acre proponha-se a criar um Fundo Garantidor de Empréstimos Bancários, compatível com o atendimento das instituições financeiras, para atender a exigibilidade de garantias para créditos bancários das empresas sem bens patrimoniais.

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14PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

15ATIVIDADE ECONÔMICA INFORMAL

Atividade econômica informal

O empreendedorismo informal decorre de, pelo menos, dois motivos centrais: a falta de emprego na economia e o alto custo para legalização de uma empresa. Esses motivos, respectivamente, obrigam a mão de obra

desocupada a buscar meios para a sobrevivência e o empreendedor a optar pela iniciação e manutenção de um negócio de forma irregular.

A indefinição de tempo para a regularização de um negócio no Brasil leva um empreendimento na condição de informalidade a se manter dessa forma no mercado, considerando que, assim, o empreendimento tem seus resultados acrescidos sobremaneira por não ser referência para o cálculo de obrigações fiscais e para-fiscais impostas a uma empresa regularmente organizada.

Estudo recente da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) revela que a economia informal brasileira movimentou R$ 578 bilhões em 2009. O valor é maior que o PIB da Argentina. Esse índice representa 18,4% de toda a riqueza gerada pelo país no ano passado.

Vale lembrar que a informalidade, além de precarizar as condições de trabalho, traz prejuízos diretos para a sociedade, cria um ambiente de transgressão, estimula o comportamento oportunista com queda na qualidade do investimento e redução do potencial de crescimento da economia brasileira. Além disso, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas de educação, saúde e infraestrutura.

A solução sugerida pela Fecomercio/AC para viabilizar a formalização dos negócios, especificamente no Acre, reside na criação de um sistema simplificado e sem custo inicial para a regularização do empreendimento informal, detalhado a seguir:

2.1 Criar um Fundo de Financiamento

Criar mecanismos para desestimular a atividade econômica informal, mediante a instituição e aplicação de um programa especial e consistente que resulte 2

16PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

17ATIVIDADE ECONÔMICA INFORMAL

em competição saudável. Uma ação de governo nesse sentido irá contribuir sobremaneira para o aumento da arrecadação própria e geração de relevantes benefícios para a população do Acre.

A iniciativa pode resumir-se na isenção do ICMS para os negócios informais com faturamentos de vendas anuais de até R$ 24 mil, que demonstrarem interesse à Junta Comercial do Acre na necessária organização. O sistema pode ser idêntico ao definido pelo governo federal para organização do empreendedor individual - considerando o pesado custo para a constituição legal de uma empresa frente a de um simples empreendedor.

A faixa de isenção é importante para que esse empreendedor possa se adaptar ao mundo da formalidade e aos processos burocráticos pertinentes, além de ser um forte atrativo para a retirada do seu negócio da informalidade.

2.2 Conceder isenção na Junta Comercial

A burocracia e o custo são fatores desestimulantes para a regulamentação dos negócios informais da economia. A experiência empresarial demonstra a necessidade de facilitação para motivar a diminuição dos negócios nessa situação no estado do Acre. Isentar do pagamento de custas na Junta Comercial todos os empreendedores de negócios informais que decidam pela organização legal é uma iniciativa estimuladora.

Os custos financeiros estabelecidos pela Junta, especialmente para registros das empresas locais, são reclamados pela classe empresarial, haja vista a disparidade comparativa aos custos praticados pelas similares, notadamente, nos demais Estados da região norte. Desta forma, é considerado oportuno – além da isenção para informais - uma revisão dos custos imputados pela Junta Comercial do Acre ao empresariado local, no sentido de ajuste de desequilíbrio operacional, que se apresenta inadequado à realidade empreendedora do Estado.

3.Infraestrutura, logística e transporte

Infraestrutura, logística

e transporte3

18PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

19INFRAESTRUTURA, LOgÍSTICA E TRANSPORTE

A infraestrutura e a logística operacional são de grande importância para a eficácia do processo econômico de um ambiente de mercado. Dessa forma, não se pode criar cenários favoráveis para o crescimento econômico

sem a disponibilidade desses recursos básicos, que, no caso do Acre, podem ser estabelecidos pelas seguintes ações e atividades da administração pública:

3.1 Construir a ponte sobre o Rio Madeira (RO)

Ainda que o atendimento dessa necessidade dependa mais da ação política do estado de Rondônia, sua concretização é condicionante para viabilizar o crescimento da economia do Acre. Portanto, faz-se urgente que o governo local, junto com a bancada legislativa Federal dos dois Estados, reúna forças, com o objetivo de definir um cronograma para a construção dessa ponte no percurso da BR 364, que dá fluxo rodoviário entre o Acre e os demais Estados brasileiros.

3.2 Recuperar e construir portos, aeroportos e estradas vicinais

O desenvolvimento local demanda investimentos públicos para a construção e recuperação de portos e aeroportos (ou pistas de pouso) internos, assim como de estradas vicinais capazes de assegurar a sustentação das atividades do setor primário da economia acreana.

A questão de portos e aeroportos é de fundamental importância, considerando que a região do Acre é incipiente dessa infraestrutura e de condições de logística, a exemplo dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia, que, na condição de Áreas de Livre Comércio, não dispõem de aeroportos e nem mesmo pistas de pouso estruturadas para o atendimento do fluxo de pessoas que buscam a realização de negócios nas respectivas praças. Esses municípios também não dispõem de portos secos para controle físico das mercadorias que adentram para comercialização.

Como observado, os investimentos sugeridos são importantes para o desenvolvimento do Estado e se apresentam como dinamizadores de sua economia, contribuindo para o aumento da competitividade das empresas locais e a melhora do padrão de vida da população.

3.3 Melhorar as condições de operação do trânsito de veículos nas áreas urbana e rural

A malha viária das zonas urbanas e rurais do Estado vem experimentando razoável melhora nos últimos anos. No entanto, o fluxo de veículos e pedestres aumenta progressivamente e os efeitos dos investimentos realizados não dão sustentação às operações de trânsito - nem garantem a segurança. Assim, o governo deve priorizar a melhora desse fluxo, construindo novas vias e restaurando as já existentes, melhorando, assim, as condições de acesso nos perímetros urbanos, em especial, da cidade de Rio Branco e estradas para os municípios mais próximos da capital.

20PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

21TRIBUTAÇÃO E FISCALIzAÇÃO

Tributação e fiscalização

Há anos, a maior reclamação do contribuinte brasileiro é a elevada carga tributária vigente no país, dificuldade que torna-se ainda maior para os comerciantes. A diminuição dessa carga beneficiaria a todos, como mostram

as propostas abaixo:

4.1 Renunciar do ICMS sobre bens adquiridos para uso e consumo das empresas do comércio de bens, serviços e turismo

As empresas do comércio de bens, serviços e turismo em funcionamento regular no estado do Acre, quando da aquisição de bens destinados ao Ativo Permanente e Consumo, são obrigadas ao recolhimento do ICMS e em algumas situações ao recolhimento do diferencial de alíquota. O recolhimento dos respectivos encargos tributários onera sobremaneira a capacidade de investimentos na modernização das empresas aqui instaladas.

A Lei Complementar Nº 55/97 possibilita a recuperação gradativa e proporcional do ICMS pago antecipadamente nos bens adquiridos para o Ativo Permanente, onerando os empresários na sua aquisição, com recuperação no período de 48 meses. Essa possibilidade de recuperação, além de desconhecida por muitos empresários, dá-se de forma muito lenta.

Dessa forma, investimentos para melhoria do atendimento ao público são desestimulados ou, em alguns casos, os produtos encarecidos, já que os custos com o imposto são repassados ao consumidor. A isenção desses bens comprovadamente para o Ativo Permanente e consumo da empresa solucionaria tal problema e ajudaria a modernizar as empresas locais.

4.2 Reduzir o ICMS sobre a tarifa de energia elétrica

A Constituição da República, ao disciplinar o Sistema Tributário Nacional, destaca a competência dos Estados e do Distrito Federal quanto à instituição de impostos, descrevendo as características essenciais de cada um dos tributos (caput do artigo 4

22PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

23TRIBUTAÇÃO E FISCALIzAÇÃO

155 da Constituição). O ICMS poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços, o que equivale à permissão da adoção de alíquotas diferenciadas, desde que o critério se fundamente na essencialidade das mercadorias (artigo 155, inciso III, § 2º).

Os Estados brasileiros adotaram alíquotas diferenciadas para a energia elétrica, que variam de 17% a 25%, levando em consideração o consumo, o que na realidade se configura a uma alíquota progressiva, cujo tratamento tributário contraria o princípio constitucional da seletividade em função da essencialidade - é inquestionável a essencialidade da energia elétrica nos dias atuais.

Dessa forma, deve ser revista a alíquota de 25% do ICMS sobre o valor da operação de fornecimento da energia elétrica no Acre, uma vez que o princípio da essencialidade, inerente ao da seletividade, tem dispositivo expresso na Constituição Federal e deve ser aplicado, levando-se sempre em consideração a importância dos serviços e produtos destinados a suprir as necessidades básicas do ser humano.

A sugestão é que se adote a menor alíquota para o serviço - no caso, 17% -, pois a energia elétrica é essencial tanto para o comércio, como para a indústria e consumo doméstico.

4.3 Redefinir a composição do Conselho de Contribuintes do estado do Acre

O Conselho de Contribuintes é uma Instância Recursal Administrativa extremamente importante na formação do contraditório e no exercício do Direito de Defesa. Entretanto, sua composição atual faz prevalecer os interesses do Executivo Estadual, uma vez que o mesmo conta com mais representantes que o setor produtivo. Dessa forma, a participação do setor produtivo no Conselho de Contribuintes serve apenas para homologar matérias de interesse maior do Governo do Estado.

No entendimento da classe produtiva privada, a paridade na composição do conselho proporcionaria maior qualidade nas deliberações oficiais, garantindo que seus integrantes cumpram a função de apreciar e julgar os recursos administrativos, interpostos pelos contribuintes, que versem sobre matéria relativa a exigências tributárias. 4.4 Pôr fim à apreensão de mercadorias de forma arbitrária

Os empresários com atividades organizadas no Acre vêm convivendo com uma prática arbitrária do governo do Estado, prática esta caracterizada pela apreensão de mercadorias de empresas que tenham registro de inadimplência junto à Fazenda Estadual. A Fecomercio/AC entende que a ação, embora justificada por um Decreto (008/1998), vem causando sérios prejuízos ao comércio local, especialmente às empresas transportadoras, que passam a responder como fiel depositária a partir do instante em que a mercadoria é apreendida no posto da Fazenda estadual (divisa AC/RO).

Portanto, a classe empresarial conta com a sensibilidade do futuro governador para a criação de alternativas reparadoras dessa prática mediante uma possível solução institucional para um problema extremamente grave, que afeta a liquidez das empresas atingidas.

Igualmente, a apreensão de mercadorias em trânsito é admitida apenas por tempo suficiente para conferência e lavratura da infração fiscal, não sendo justificada como meio coercitivo para pagamento de tributos (Súmula STF Nº 323 de 13 de dezembro de 12963). Dessa forma, tão logo formalizada a infração e elaborados os procedimentos necessários, não mais se justifica a retenção física da mercadoria em trânsito como forma de obrigar o pagamento de tributos, haja vista representar uma atitude ilegal e abusiva, por retirar da parte devedora o direito ao contraditório e à ampla defesa.

24PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

25TRIBUTAÇÃO E FISCALIzAÇÃO

O Estado conta com meios administrativos e judiciais para cobrança de débito tributário, não devendo valer-se da apreensão como meio indireto de coerção. Se há previsão de um processo de execução fiscal é ele o meio legal e adequado para realização da cobrança através da invocação da responsabilidade patrimonial.Assim, a Fecomercio/AC apela para o futuro governador suspender a decisão que determina tal prática e sugere um estudo conjunto com membros do governo e representantes dos segmentos do comércio sobre uma forma de aplicação do Decreto. O ideal seria isentar as transportadoras do encargo imposto pelas autoridades fazendárias e revisar os termos do instrumento de governo que disciplina o procedimento questionado.

4.5 Manter o regime de pagamento do ICMS sob a forma de antecipação tributária

O sistema de tributação antecipada do ICMS pelo governo do Estado tem se mostrado eficiente para a classe empresarial, motivo que a estimula a defender sua manutenção, porém, com os valores calculados passíveis de recolhimentos em até cinco parcelas mensais, iguais e sucessivas. Esse sistema, além de garantir ao governo melhora na arrecadação, representa tranqüilidade ao empresário, que não precisa investir em estrutura própria para fazer a apuração mensal desse imposto.

Entretanto, é desejo do setor produtivo que o futuro governo determine uma redução sobre o valor agregado estabelecido, considerando que a conjuntura econômica nacional reduziu sensivelmente a margem de comercialização de bens, em face da grande competição do comércio varejista e do aumento dos custos do setor. Áreas de

Livre Comércio5

26PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

27ÁREAS DE LIVRE COMÉRCIO

As Áreas de Livre Comércio existem para beneficiar comerciantes situados, especialmente, em regiões de fronteira, como no caso de Brasiléia e Epitaciolândia, vizinhas da Bolívia. Os benefícios tributários concedidos

visam diminuir a concorrência enfrentada pelos comerciantes dessas localidades com o país vizinho. No entanto, essa realidade ainda é muito dura e a Fecomercio/AC tem as seguintes propostas:

5.1 Adequar o sistema operacional da Área de Livre Comércio nos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia

As Áreas de Livre Comércio de Brasiléia e Epitaciolândia foram criadas pela Lei 8.857/94, com a finalidade de promover o desenvolvimento das respectivas regiões e garantir a soberania nacional em região de fronteira. De acordo com o texto, os benefícios fiscais concedidos às empresas ali instaladas restringem-se à suspensão de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e crédito de 7% a 12% concedidos pelo Estado de origem.

Atualmente, essas áreas são permeadas por contestações sobre seu efetivo funcionamento, ainda que dados da Secretaria de Fazenda e Gestão Pública do Acre indiquem crescimento na região maior que a média do Estado em volume de fluxo de mercadorias, arrecadação de ICMS, geração de emprego e renda, arrecadação de ISS e IPTU, entre outros indicadores que movimentam a economia e contribuem para seu crescimento.

Apesar das estatísticas demonstrarem cenários positivos para as localidades, elas necessitam de mais cuidados por parte do governo, especialmente por se tratarem de regiões de fronteira. Elas devem ser olhadas com zelo, não apenas pela questão da soberania nacional, mas também porque são estabelecidas, no país vizinho, políticas de incentivos fiscais bem mais motivadoras do que as aplicadas sobre as atividades econômicas no Brasil.

Uma vez exposta a situação, seria prudente a renúncia da cobrança do ICMS pelo Governo do Estado e a garantia de que os produtos destinados a essas Áreas de Livre Comércio incorram em alíquota zero. Dessa forma, o comércio da região ampliará, efetivamente, sua competitividade frente ao mercado da cidade vizinha, a boliviana Cobija, ao mesmo tempo em que terá condições de contribuir mais para o desenvolvimento estadual.

5.2 Estender a Área de Livre Comércio para o município de Plácido de Castro

Os efeitos das Áreas de Livre Comércio são reais e demandam pouco tempo para mensuração de resultados. Como é de conhecimento, o município de Plácido de Castro tem a sua localização em área de fronteira, próxima ao vilarejo boliviano denominado Vila Montevidéu, onde é praticado um comércio de produtos importados que prejudica sobremaneira o mercado do município acreano.

Assim, uma análise sobre esse problema levou a Fecomercio/AC a incluir nessa pauta a proposta de extensão dos termos da Lei 8.857/94 para o município de Plácido de Castro, como forma de tornar o comércio ali instalado mais forte e com maior capacidade de contribuição para o desenvolvimento da economia do município.

28PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

29COMPRAS gOVERNAMENTAIS

Compras Governamentais

As compras governamentais são extremamente relevantes para a economia local, no entanto, nos processos de concorrência, pequenas e micro empresas locais são prejudicadas, em detrimento de grandes fornecedores,

inclusive de outras unidades da federação.

Os órgãos do governo devem adotar mecanismos transparentes que permitam a participação de quaisquer empresas no processo de concorrência para o fornecimento de bens e serviços. Com efeito, faz-se oportuno instituir um programa de apoio às compras governamentais, fomentando a aquisição de produtos de origem interna.

6.1 Criar mecanismos de competitividade para as empresas locais fornecedoras de bens e serviços para órgãos da administração pública estadual

As empresas locais, ao participarem de processos licitatórios para o fornecimento de bens e serviços para órgãos do governo, estão com os preços orçados, considerando a totalidade da carga tributária imputada à entrada de bens para comércio no mercado do Acre, enquanto os fornecedores com sede em outros Estados faturam vendas diretamente ao órgão de governo comprador, considerado o ICMS de domicílio.

Esse procedimento, mesmo legal, representa parcialidade quanto à incidência do ICMS, haja vista que o sistema operado permite-lhes a oferta de bens ou serviços a preços mais reduzidos, pois se eximem do recolhimento do ICMS do destino – o Acre pratica alíquotas acima da média brasileira.

Desse modo, os fornecedores locais habilitados entendem conveniente a proposta de que as empresas de outros Estados, para efeito de definição de ganhadores de processo licitatório, submetam seus orçamentos com o ICMS ajustado ao exigido das empresas concorrentes com sede e atividades no estado do Acre. 6

30PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

31COMPRAS gOVERNAMENTAIS

6.2 Instituir cotação item por item

No caso de aquisição de bens por órgãos do governo, a Fecomercio-AC sugere a adoção de procedimento de cotações por item e não sobre a proposta de preço global. Tal decisão permitirá a participação de um maior número de empresas locais, dando à administração pública a possibilidade de negócios a preços bem mais reduzidos.

Administração Pública e

Desburocratização7

32PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

33ADMINISTRAÇÃO PúBLICA E DESBUROCRATIzAÇÃO

A burocracia consiste numa das maiores reclamações do empresariado quando se trata de abrir, legalizar ou manter uma empresa. Nesse processo, o empresário precisa contar com vários órgãos e instrumentos do governo

estadual, que podem facilitar ou dificultar sua atividade. O empresário também necessita participar mais das decisões tomadas por esse mesmo governo. Pensando nisso, seguem as propostas abaixo:

7.1 Criar Conselho Consultivo com participação do setor produtivo

A Fecomercio/AC propõe a criação de um Conselho Consultivo do Estado do Acre, do qual participariam integrantes de entidades representativas do setor produtivo, com a finalidade de participação na formulação de políticas públicas de interesse da sociedade acreana.

Geralmente, essas políticas são definidas sem o conhecimento do setor produtivo, procedimento que pode implicar em resultados distorcidos dos reais interesses da sociedade. Um conselho consultivo apartidário poderá representar um balizador das decisões de governo.

7.2 Adequar os trâmites e as taxas cobradas pela Junta Comercial do Acre ao porte das empresas locais

A Junta Comercial do Acre, como entidade sob controle do Estado, não precisa operar com fins lucrativos para a sobrevivência operacional. Assim, deve instituir obrigações adequadas à regulamentação funcional das empresas da iniciativa privada. As taxas cobradas atualmente fogem à realidade das empresas locais, estimulando-as a operar de forma irregular, haja vista que a habilitação documental, bem como o registro de novos negócios, constitui-se num custo exorbitante.

Essa política operacional da Junta Comercial contribui para a existência de um grande número de empresas com capital defasado e outras que encerram seus negócios sem preocupação quanto às baixas junto a essa entidade. Pede-se a adequação dessas taxas à realidade das empresas locais.

Turismo8

34PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

35TURISMO

O turismo vem se destacando como um forte gerador de riquezas em todo o país e o Acre, por sua característica de preservação ambiental, pode e deve aproveitar esse filão, estimulando novos investimentos. Vale ressaltar que a

realização da Copa do Mundo de 2014 promete aquecer o turismo e, sendo Manaus uma das subsedes, certamente o Acre perceberá aumento de visitantes. Nesse sentido, propõe-se:

8.1 Estabelecer incentivos fiscais para a instalação de empreendimentos do turismo sustentável

Esse filão pode ser explorado pelo Acre com resultados muito positivos, uma vez que o Estado destaca-se como um dos maiores preservadores da Floresta Amazônica. Deve-se visar o incentivo ao aproveitamento dos potenciais naturais, oficialmente mapeados em diversos pontos do território acreano.

8.2 Adotar medidas de preservação do patrimônio histórico

Como forma de fomentar a visitação de turistas no Estado, deve-se adotar medidas permanentes para restauração, conservação e preservação do patrimônio arquitetônico, arqueológico, histórico e cultural do Acre, incluindo-os no mapa turístico estadual e, posteriormente, nacional.

8.3 Definir estratégias para alavancar o turismo no Alto e Baixo Acre

O futuro governo do Estado deve definir estratégias para divulgação externa dos potenciais econômicos das regiões do Alto e Baixo Acre como ambientes receptores de empreendimentos produtivos e de turismo sustentável, assim como agendas de eventos festivos de grande fluxo populacional interno e externo (Carnaval, Festas Juninas, etc).

8.4 Revitalizar espaços com grande potencial para atividades do comércio organizado

O governo deve direcionar investimentos públicos para revitalização dos espaços com grande concentração de estabelecimentos comerciais do mercado de varejo, investimentos estes focados na melhoria da qualidade de vida da população, como calçamento adequado, asfaltamento das vias e paisagismo.

8.5 Instituir normas para instalação e funcionamento de feiras para negócios de comércio

Atualmente, são desconhecidas pela Fecomercio/AC as normas ou critérios para a instalação e funcionamento de feiras com objetivos de negócios comerciais no estado do Acre. Entretanto, o modo de negócios temporal sob a denominação de “feiras” mostra-se prejudicial às atividades do comércio formal estabelecido, notadamente para aqueles que comercializam mercadorias semelhantes às comercializadas nesse mercado oportunista, constituído por vendedores oriundos de outros Estados.

Algumas empresas são especializadas em participação de feiras de comércio de varejo fora de seus domicílios, sem nenhum embaraço para a realização de suas atividades. Geralmente, essas feiras, sob a organização dos próprios vendedores, com apoio de proprietários de hotéis locais, ocupam espaços em praças, quadras de esportes e outros ambientes públicos, de forma irregular, não gerando arrecadação própria para o Estado, ou mesmo para a Fazenda Municipal, uma vez que operam sem alvarás de funcionamento, representando concorrência desleal com o comércio local, enquanto permanecem em áreas estratégicas dos perímetros de maior concentração das atividades do comércio local.

36PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

37TURISMO

8.6 Promover o turismo de negócios nos municípios de Brasiléia/Epitáciolândia, Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Feijó e Rio Branco

Atualmente, já se verificam calendários oficiais para a realização de alguns eventos de festejos populares que refletem na economia dos municípios de realização, como nos casos da Expoacre (Rio Branco), Carnavale (Brasiléia), Expojuruá (Cruzeiro do Sul), Festival do Açaí (Feijó), e Festival do Mandi (Sena Madureira). Com eventos dessa natureza são movimentados os segmentos de bares e restaurantes, redes de hotelaria, empresas de transportes coletivos, serviços de táxis, dentre outros.

Tudo isso demonstra a necessidade de políticas governamentais para a efetiva estruturação de ambientes para a promoção do turismo local, tendo em vista as atividades correlatas representarem excelentes oportunidades para a geração de emprego e renda para a economia do Estado.

Segurança Pública9

38PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

39SEgURANÇA PúBLICA

A convivência com o sentimento de insegurança transformou-se numa realidade nacional, atingindo todos os setores da sociedade, independente de classe econômica. Priorizar o combate ao crime organizado vem sendo

bandeira de propaganda dos mais variados candidatos, no Acre e fora dele. No entanto, essas promessas precisam culminar em ações em benefício de toda a sociedade, refletindo igualmente na atividade comercial.

O crescimento no número de assaltos a estabelecimentos comerciais leva muitos lojistas a conviver com o sentimento de medo, daí muitos deles manterem suas portas trancadas durante o expediente como forma de prevenção contra a ação de criminosos. Da mesma forma, os clientes sentem-se intimidados e impelidos e não retornar a estabelecimentos que, porventura, tenham sofrido com a ação de criminosos.

Para solucionar esses problemas e a fim de reduzir os índices gerais de criminalidade pede-se uma ação mais ostensiva do Estado e da polícia.

9.1 Priorizar o combate à criminalidade em áreas de grande concentração de pessoas, inclusive com instalação de sistema eletrônico de monitoramento 24 horas

Estabelecer um sistema de policiamento ostensivo nos recintos de concentração de atividades comerciais, com a utilização de recursos técnicos adequados (viaturas, radiocomunicação, etc) capazes de assegurar a qualidade dos serviços exigidos pela população local. A implantação de um sistema eletrônico de monitoramento por câmeras de segurança 24 horas por dia seria uma forma efetiva de inibir e solucionar situações de violência.

O sistema de monitoramento deveria ser implantado na área central da cidade, onde a concentração comercial é maior, mas também em outros pontos de alta circulação de pessoas, como os parques e praças. Isso não apenas inibiria a ação de criminosos como facilitaria a solução de crimes praticados nessas áreas.

9.2 Reforçar e melhorar o atendimento da Polícia Civil à população

Determinar o funcionamento ininterrupto das atividades e serviços nas unidades de Polícia Civil para melhor atender à população do Acre, oferecendo segurança aos estabelecimentos comerciais com atividades normais no período noturno (bares, restaurantes, clubes, hotéis, postos de revenda de combustíveis, etc).

Para isso, deve-se ampliar as equipes de investigação das unidades de polícia, visando a eficácia da assistência demandada pelos recorrentes, especialmente, no que se refere a investigações de pequenos delitos (furtos e roubos), que mais afetam a população e as atividades do comércio. Geralmente, para os pequenos delitos, são feitos boletins de ocorrências policiais, sem as necessárias investigações subsequentes, servindo estes apenas para registros estatísticos da segurança pública estadual.

Outra ação eficaz seria implantar um serviço de pronto atendimento policial que assegure rapidez junto à população necessitada. É comum, nesses casos, que, mesmo havendo a requisição tempestiva da presença da autoridade policial, esta geralmente não demonstre condições para atendimento no tempo necessário.

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Fecomércio/AC

COMPROMISSOS DA FECOMÉRCIO/AC

A Fecomercio/AC está consciente de que não basta o cumprimento das propostas aqui apresentadas para que se alcance o pleno desenvolvimento econômico e social do Acre. É certo que para alcançar esse patamar de

desenvolvimento dependemos de leis e ações de âmbito federal, especialmente com relação às reformas política, tributária, trabalhista e sindical. Por isso, nos propomos a acompanhar a evolução do país, exigindo a implementação dessas reformas.

Por outro lado, é indispensável que a entidade (e outras representações do setor produtivo) continue a desenvolver ações internas para o fortalecimento econômico e social do setor ao qual representa, setor este que é o segundo maior responsável pela geração de riquezas no estado do Acre - atrás apenas do poder público. A Fecomercio/AC compromete-se ainda a apoiar, promover e aprimorar ações de assistência social ao público do setor, sempre com vistas à geração de emprego, renda e sustentabilidade social.

Dentro dessa perspectiva, podemos destacar ações importantes que podem agilizar e propiciar um clima de desenvolvimento no Estado, como aumentar a produtividade das empresas, melhorando sua gestão através do permanente treinamento e aperfeiçoamento de dirigentes e gerentes. Incentivar a promoção de cursos de capacitação de mão de obra para o setor comercial de bens, serviços e turismo constitui-se em outra importante medida de auxílio ao desenvolvimento, além de atrativo para novos investimentos.

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A Fecomercio/AC incentivará e aplicará medidas de apoio social aos trabalhadores do setor produtivo. Para que as ações possam ser bem planejadas, irá promover e apoiar pesquisas sobre o setor produtivo para que se tenha a radiografia da estrutura, funcionamento e vocações econômicas do Acre, a fim de propor políticas de desenvolvimento local. Também apoiará a qualificação técnica das empresas e a implementação de programas de responsabilidade social nos empreendimentos do setor.

A Fecomercio/AC continuará posicionando-se como real parceira do setor produtivo e do poder público, como vem fazendo durante suas duas décadas de existência. A entidade se coloca a disposição para colaborar na elaboração de propostas concretas que minimizem as dificuldades do setor e propiciem o desenvolvimento do Estado, dando a indicação de meios para sua implantação.

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