POMAR DOMÉSTICO - APOSTILA

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POMAR DOMSTICO

SOUZA, O.P. MELO, B.

SUMRIO

1 INTRODUO 2 PLANEJAMENTO DO POMAR DOMSTICO 2.1 Clima 2.2 Solo 2.3 Escolha do local 2.4 Espcies 2.5 Experincia Local 2.6 Possibilidades de aproveitamento das sobras 2.7 Sugestes para formao de um pomar 3 PREPARO DO TERRENO 3.1 Limpeza 3.2 Retirada de amostra para anlise 3.3 Calagem 3.4 Arao e gradagem 4 AQUISIO DAS MUDAS 5 TRANSPORTE DAS MUDAS 6 ESPAAMENTO 7 LOCAO DO POMAR 8 ABERTURA DAS COVAS 9 ADUBAO DE PLANTIO 10 PLANTIO DA MUDA 11 TRATOS CULTURAIS 11.1 Cobertura Morta 11.2 Capinas 11.3 Irrigao 11.4 Adubao de formao e frutificao 11.5 Espaldeiramento 11.6 Abertura de copa 11.7 Quebra de dormncia 11.8 Induo florao 11.9 Raleio de Frutos 11.10 Ensacamento dos frutos 11.11 Polinizao artificial das flores 11.12 Escoramento de ramos e plantas 11.13 Desfolha 12 PODAS 12.1 Poda de Formao 12.2 Poda de Frutificao 12.3 Poda de limpeza 12.4 Encurtamento 12.5 Instrumentos para poda 13 CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS 13.1 Principais Pragas 14 FUNGICIDAS RECOMENDADOS PARA CONTROLE DE DOENAS

14.1 Calda bordalesa 1% 14.2 Pasta bordalesa 14.3 Calda viosa 15 INSETICIDAS RECOMENDADOS PARA CONTROLE DE PRAGAS 15.1 gua de fumo 15.2 gua de sabo 15.3 Soluo de querosene e sabo 15.4 Pasta para pincelamento de tronco 16 CONTROLE DE FORMIGAS 16.1 Cone para proteo contra formigas 16.2 Sacos plsticos com iscas para formiga 17 CONTROLE DE MOSCAS-DAS-FRUTAS 17. l Garrafa caa-mosca 18 COLHEITA 19 COMERCIALIZAO 20 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS USADAS NO POMAR 21 BIBLIOGRAFIA

1 INTRODUO O plantio de espcies frutferas uma boa opo de diversificao para as propriedades agrcolas, pois alm de rentvel, contribui para melhorar a qualidade de alimentao do agricultor e sua famlia, com utilizao da fruta in naturae industrializada.

Ao produzir seu prprio alimento, o homem deixa de adquiri-lo de outros e, com isso, diminui sua despesa. O que sobrar do consumo familiar pode ser vendido, tornando uma fonte de renda. A disponibilidade de frutas produzidas no prprio pomar motiva o hbito de

consumi-las regulamente e em quantidade suficiente, resultando em suprimento de minerais e vitaminas que o corpo humano necessita e que fornecido pelas frutas, conforme Quadro 1. 2 PLANEJAMENTO DO POMAR DOMSTICO 2.1 Clima O sucesso de um pomar domstico ou comercial est diretamente ligado escolha da variedade, qualidade da muda e aos cuidados no plantio. Como as diversas espcies e variedades frutferas tm diferentes exigncias climticas, importante que o agricultor, antes de implantar o pomar, consulte um tcnico da rea, para adequar as espcies a serem plantadas ao clima da regio. O clima tem grande importncia na fruticultura, pois determina as espcies frutferas a serem plantadas. Algumas espcies necessitam de clima tropical (quente), outras de clima subtropical (meio quente) e existem aquelas que se adaptam melhor ao clima temperado (frio). 2.2 Solo De maneira geral, as caractersticas fsicas (estrutura, profundidade, etc.) so consideradas mais importantes que as qumicas, por serem de mais difcil modificao, pois so necessrios vrios anos para a formao de um solo. As condies qumicas, pela aplicao de fertilizantes, so de correo mais fcil e barata. Para conhecer o solo, fundamental que amostras dele retiradas sejam analisadas em laboratrios especializados. 2.3 Escolha do local O local para plantio de um pomar domstico deve preencher certos requisitos que permitam a obteno de plantas produtivas, sadias e duradouras: O terreno deve ser de preferncia plano ou levemente inclinado; O solo deve ser profundo, bem drenado e livre de cascalho; Existncia de gua potvel nas proximidades. O terreno deve ser cercado para evitar a entrada de animais. 2.4 Espcies Escolher espcies e variedades de maior aceitao e de maior aproveitamento. As frutas mais recomendadas so aquelas preferidas pela famlia e que podem ser utilizadas, tanto para consumo ao natural, como na forma de gelias, compotas, sucos etc. Seguem algumas sugestes de espcies e variedades: Abacateiro: Pollock (B), Geada (B), Simmonds (A) Os precoces; Fortuna (A), Collinson (A) e Quintal (B) - meia estao; Ouro Verde (B), Prince (B), Margarida (B) e Wagner (A) tardias. Abacaxizeiros: Prola (mais doce) e Smooth Cayenne ou Caiena ou Liso (mais cido), Jupi, Primavera etc. Ameixeiras: Carmesin, Kelsey Paulista, Gema de Ouro, Centenria e Januria. Anonceas: Pinha, Graviola, Ata, Atemia, Jaca. Bananeiras: Prata comum, Prata An, Mysore, Nanico, Marmelo, Terra e Ma. Caquizeiros: Fuyu, Taubat, Rama Forte e Jir.

Caramboleira: Comum. Cidreira: Este grupo deve representar 40% da rea do pomar, com destaque para as laranjeiras tardias (Pra Rio, Natal e Valncia). Coqueiro: Ano, Hbrido e Gigante. Figueira: Roxo de Valinhos. Goiabeiras: IAC-4, Ogawa n 3, Kumagai, Pedro Sato, Paluma. Jabuticabeira: Sabar e Paulista. Laranjeiras: Parnsia, Campista, Serra Dgua (Ilha), Seleta, Baia, Baianinha, Pra Rio, Valncia, Lima Verde ou Tardia, Natal, Sangunea etc. Limas doces: Lima da Prsia e de Umbigo Limoeiros e Limas cidas: Siciliano, Tahiti, Galego, Cravo. Macadmias: IAC 4-20 e IAC 5-10. Macieiras: Brasil, Rainha, Ana, Gala. Mamoeiros: Sunrise Solo (papaya ou amaznia), Tainung 1 e 2 (mamo baiano) e tipos comuns (polpa amarela). Mangueiras: Bourbon, Corao de Boi e Espada - precoces; Haden 2 H e Tommy Atkins, Santa Cruz - meia estao; Keitt, Pavo, Ouro, Ub tardias, Sabina. Maracujazeiros: Amarelo (suco), Roxo (suco), maracuj-doce (consumo in natura). Marmeleiro: Portugal. Mexeriqueira: Rio. Nespereira: Mizuho e Precoce de Itaquera. Pereiras: Pra Dgua, Smith, Tenra, Triunfo. Pequizeiro: Comum Pessegueiro: Ouro Mel, Aurora, Diamante, Biuti, Talism, Tropical, Jia. Tangerineiras: Cravo, Ponkan, Dancy, Murcotte. Videiras: niagara branca e rosada, Isabel, Itlia, Thompson.

Outras espcies, nativas, subexploradas. De acordo com as preferncias, existe uma grande relao de frutferas neste grupo, que podero completar o pomar. Muitas so excelentes para a produo de sucos, sorvetes, gelias, doces, etc., como por exemplo: abieiro, acerola, araazeiro, cabeludinha, cainiteiro, caj-manga, caramboleira, gravioleira, grumixameira, jabuticabeira, jaqueira, kiwizeiro, lichieira, nogueira pec, pinha, pitangueira, pitombeira, romzeira, sapotizeiro, sirigueleira, tamarindeiro, uvaieira. 2.5 Experincia Local Considerar a experincia de fruticultores e vizinhos que j plantaram ou possuem pomares. 2.6 Possibilidades de aproveitamento das sobras Efetuar um levantamento regional das possibilidades de venda do excesso da produo, junto a vizinhos, mercearias, mercados e indstrias. 2.7 Sugestes para formao de um pomar As sugestes a seguir podem ser utilizadas para a formao de um pomar domstico em rea de 5.000 m (0,5 ha):

QUADRO 2: Sugestes para formao de um pomarEspcie Citros (Laranjeiras) Citros (Tangerineiras) Citros (Limoeiros) Citros (Outras) Abacateiros Abacaxizeiros Bananeiras Caquizeiros Figueiras Fruta do Conde (Pinha) Goiabeiras Jabuticabeiras Macieiras Mamoeiros Mangueiras Maracujazeiros Marmeleiros Nespereira (Ameixa Amarela) Pessegueiros Pereiras Videiras Outras (porte mdio) Outras (porte alto) Perdas em estradas e carreadores, 10%. Nmero de plantas 50 20 10 10 4 100 20 4 4 2 6 2 4 20 4 10 2 2 5 4 20 4 2 80 12 20 40 20 20 12 40 80 12 40 20 80 20 80 40 rea/planta m 20 20 20 20 80 rea Total m 1.000 400 200 200 320 --240 160 80 160 120 160 160 --320 120 40 80 100 80 240 160 160 500

Observaes: Considerando-se um espaamento bsico de 5 m entre ruas e 4 m entre plantas, com variaes para 5 x 8 m e 10 x 8 m, dependendo do porte da espcie; desta forma a marcao e esttica do pomar ficam facilitadas. Sugestes de espaamento para: Bananeira: 4 m entre ruas e 3 m entre covas

Maracujazeiro: 3 m entre ruas e 4 m entre plantas Abacaxizeiros: entre as outras espcies de frutferas, dentro da rua de plantio a 30-40 cm uma muda da outra. 3 PREPARO DO TERRENO As operaes de preparo do terreno so as seguintes: 3.1 Limpeza Limpar o terreno para facilitar as operaes de calagem, arao e gradagem; Em terrenos anteriormente cultivados, retire a vegetao nativa ou restos de culturas que no possam ser incorporados ao solo. 3.2 Retirada de amostra para anlise A retirada de amostra para analise, deve ser feita conforme os seguintes passos: 1- A coleta do solo deve ser feita em vrios pontos da rea, caminhando-se em ziguezague, utilizando enxado, cavadeira de boca de lobo ou trado. 2- A profundidade deve ser de: 0 a 20cm e 20 a 40cm. 3 - Devem ser retiradas 10 amostras simples de cada rea, sendo colocadas em um balde e misturadas para que forme uma amostra composta, representativa da rea. 4- Deste balde retira-se 500 gramas da mistura e coloque em um saco plstico limpo. 5- Identifique as amostras com uma etiqueta com os seguintes dados: - Nome do Proprietrio e Propriedade; - Profundidade de coleta; - Localizao; - Culturas a serem implantadas. 6- Envie as amostras ao laboratrio. 3.3 Calagem A calagem a aplicao do calcrio ao solo. Ela corrige a acidez, permitindo que as plantas aproveitem melhor os nutrientes nele existentes e os adicionados por meio das adubaes, segundo as seguintes orientaes: Utilizar preferencialmente calcrio dolomitico; A quantidade exata do calcrio a ser utilizada depende dos resultados da anlise de solo; Distribui o calcrio uniformemente em toda a rea com no mnimo 60 dias de antecedncia ao plantio; Incorporar metade do calcrio antes da arao e a outra metade depois da arao seguida de gradagem; Dependendo da anlise de solo, muitas fruteiras exigem a colocao de calcrio na cova. 3.4 Arao e gradagem

A arao deve ser realizada com no mnimo 60 dias de antecedncia ao plantio e numa profundidade de um palmo (20 a 25 cm);

So recomendados duas gradagens: a primeira logo aps a arao para incorporar o calcrio e a segunda pouco antes da marcao das covas, visando eliminar ervas daninhas e facilitar a abertura das covas.

4 AQUISIO DAS MUDAS Uma vez selecionadas as espcies e variedades a serem plantadas, o agricultor deve procurar viveiristas credenciados, e comprar mudas fiscalizadas. Estas mudas devem conter uma identificao que apresente o nome, endereo e nmero de registro do viveirista e nome da espcie e variedade de copa e porta-enxerto, quando for o caso. As mudas de frutferas devem apresentar um padro, dado pela altura, dimetro do caule, nmero de ramos, tipo de enxertia, tipo de embalagem, estado vegetativo. Estes padres so definidos por legislao prpria, regulamentada para cada espcie, pelas comisses estaduais de sementes e mudas. importante que o agricultor ou o responsvel tcnico pelo pomar, conheam estes padres, o que permitir selecionar mudas padronizadas e de boa qualidade. Ao adquirir as mudas, escolher aquelas que apresentam as seguintes caractersticas: Razes fortes e sadias; Local de enxerto bem cicatrizado; Ramificao de formao da planta bem distribuda; No apresentar caule torto ou bifurcado. 5 TRANSPORTE DAS MUDAS As mudas devem ser transportadas do viveiro para a propriedade rural de maneira adequada, para assim evitar ferimentos e proteg-las contra o vento. 6 ESPAAMENTO A determinao da distncia adequada entre as plantas de fundamental importncia para se aproveitar ao mximo a rea e explorar a planta pelo maior tempo possvel. O espaamento varia de acordo com espcie, variedade, clima, tipo de solo, emprego de mecanizao, tamanho da rea, finalidade do pomar, bem como com o sistema de conduo adotado. No quadro abaixo, sugere-se o menor e o maior espaamento, entre plantas e entre linhas de plantio, bem como a variao da rea necessria para cada planta. Recomenda-se que o espaamento entre plantas seja menor do que o espaamento entre as linhas. QUADRO 3: Sugesto de espaamento para diversas espcies frutferas.Espcie Abacate Abacaxi Banana Carambola Citros Coco Figo Espaamento (metros) Entre plantas Entre linhas 8,0 a 10,0 8,0 a 10,0 0,3 a 0,5 0,80 a 1,20 1,5 a 2 3a4 3,0 a 5,0 4,0 a 5,0 4,0 a 7,0 7,0 a 10,0 8,0 a 10,0 6,0 a 10,0 2,5 a 4,0 3,0 a 4,0 rea necessria por planta (m2) 64 a 100 0,24 a 0,6 4,5 a 8 12 a 20 28 a 70 48 a 100 7,5 a 16,0

Fruta do Conde Goiaba Graviola Jabuticaba Jaca Lichia Espcie Maa Macadmia Mamo Manga Maracuj Marmelo Nectarina Noz pec Pra Pssego Pitanga Rom Tamarindo Uva

4,0 a 5,0 4,0 a 6,0 5,0 a 6,0 5,0 a 6,0 4,0 a 6,0 5,0 a 8,0 7 a 10 7,0 a 10,0 8,0 a 10,0 10,0 7,0 a 8,0 8,0 a 10 Espaamento (metros) Entre plantas Entre linhas 4,0 a 6,0 5,0 a 6,0 6,0 a 8,0 7,0 a 8,0 2,0 a 4,0 3,0 a 5,0 8,0 a 10,0 8,0 a 10,0 2,0 a 3,0 4,0 a 5,0 4,0 a 6,0 5,0 a 7,0 5,0 a 6,0 6,0 a 8,0 8,0 a 10,0 8,0 a 10,0 5,0 a 6,0 5,0 a 7,0 5,0 a 6,0 6,0 a 8,0 4,0 a 5,0 4,0 a 5,0 4,0 a 5,0 5,0 a 6,0 8,0 a 10,0 8,0 a 10,0 2,0 a 3,0 3,0 a 4,0

16 a 30 25 a 36 20 a 48 49 a 100 80 a 100 50 a 100 rea necessria por planta (m2) 20 a 36 42 a 64 6 a 20 64 a 100 8 a 15 20 a 42 30 a 48 64 a 100 25 a 42 30 a 48 20 a 25 20 a 30 64 a 100 6 a 12

7 LOCAO DO POMAR Em terrenos inclinados, recomenda-se sempre o plantio em curvas de nvel. O plantio em curvas de nvel indispensvel para prevenir a eroso do solo. As curvas de nveis so demarcadas com aparelhos como: nvel de mangueira, trapzio de cavalete, nvel de preciso. Em solos com declividade acentuada, recomenda-se a construo de terraos, com a finalidade de impedir a descida da enxurrada, permitindo, assim, a entrada da gua no solo ou a sua drenagem para fora do terreno. O plantio das mudas no campo deve ser feito em covas ou em sucos, sendo o plantio em covas indicado para terrenos mais acidentados e, fruteiras, que necessitam de maiores espaamentos como as mangueiras, laranjeiras, coqueiros etc. 8 ABERTURA DAS COVAS As covas podem ser abertas mecanicamente ou manualmente. As dimenses das covas dependem da espcie frutfera e do tipo de solo, podendo variar de 40 x 40 x 40 cm a 60 X 60 X 60 cm.

Na abertura da cova, deve-se proceder retirada da camada de solo da superfcie at 20 a 30 cm de profundidade, colocando-se em um lado da cova e a camada mais profunda (subsolo) de outro lado (foto abaixo).

As covas devem ser preparadas com antecedncia de 30 a 90 dias do plantio. 9 ADUBAO DE PLANTIO

A adubao de plantio deve ser feita de acordo com os resultados da anlise de solo e da recomendao para cada espcie frutfera. Em cada cova, colocam-se 20 litros de esterco curtido. Essa quantidade depender do tipo de esterco utilizado (de granja, de curral ou composto orgnico). Preparar as covas para plantio efetuando a mistura da terra de cima com os adubos, enchendo a cova.

Na falta da anlise de solo, seguem abaixo algumas sugestes de adubao apresentadas no Quadro 4.

QUADRO 4: Sugestes de Adubao de plantio (na cova) para algumas rvores frutferasADUBOS (g/cova) FRUTEIRAS Abacateiro Acerola Ameixeiras e Pessegueiros Bananeira Caquizeiro Caramboleira Figueira Goiabeira Gravioleira Jabuticabeira Jambeiro Laranjeira, Limoeiro e Tangerina Macieira Mamoeiro Mangueira Maracujazeiro Marmeleiro Nectarineira Nespereira Nogueira Pec Pereira Pinha Pitangueira Videira Superfosfato simples 500 300 400 600 500 300 400 400 300 400 200 400 400 200 100 250 600 400 300 150 300 100 300 150 Fosfato de Arax 2.000 1.000 2.000 2.000 1.000 500 1.500 1.500 500 1.000 1.000 2.000 2.000 800 800 1.300 2.000 2.000 1.500 700 1.500 500 1.000 700 Cloreto de Potssio 50 100 200 200 300 100 100 50 100 200 100 50 150 50 50 100 200 100 50 50 150 100 200 Aps pegamento Sulfato de Amnio 50 50 50 100 100 50 50 100 50 50 50 50 50 100 50 150 50 50 50 50 50 50 50 50

10 PLANTIO DA MUDA As mudas devem ser distribudas junto s covas ou aos sulcos, de acordo com a capacidade diria de plantio. A retirada no ato do plantio deve ser feita com cuidado, para evitar o destorroamento do torro. Havendo enrolamento do sistema radicular, deve-se cortar por volta de 1 a 2 cm do fundo do recipiente, para eliminar possveis razes defeituosas, alm de se fazer um corte longitudinal em toda extenso da embalagem. Com o auxlio de um enxado ou uma cavadeira, abri-se uma coveta no centro da cova com dimenses suficientes para colocar a muda. A muda deve ser colocada na coveta com cuidado, para que o torro no desfaa. Coloque terra ao redor do torro (foto 1) e comprima o solo para evitar formao de bolsas de ar. (foto 2)

Foto 1

Fonte : Senar

Foto 2

Fonte : Senar

A muda deve ser plantada de tal forma que o colo da planta permanea ao nvel do solo (Foto 3). Para plantio realizado em covas ou em sucos recentemente preparados, o colo da muda deve ficar cerca de 5 cm acima do nvel do solo , j que haver acomodao natural do mesmo. No plantio de muda de raiz nua (sem torro), deve-se evitar o dobramento das razes, adotando-se, tambm, os cuidados recomendados para enchimento da cova ou suco, com antecedncia de 60 dias. (Foto 5) Para plantio de estacas diretamente na cova (ex: figueira), recomenda-se que 2/3 da estaca fiquem enterrados mantendo-se, pelo menos, 2 gemas acima do nvel do solo. Deve-se fazer boa compactao do solo ao redor da estaca. (Foto 6 e 7)

A operao de plantio se completa com o estaqueamento e tutoramento (foto 8) da muda bem como com o preparo de uma espcie de bacia ao redor desta (foto 9 e 10), utilizando-se terra raspada da superfcie. O preparo da bacia importante para conter a gua de irrigao junto a muda. A irrigao deve ser feita com mangueira ou regador sem crivo, colocando-se entre 20 e 30 litros de gua por cova de forma a se eliminar todos os espaos vazios, fazendo com que haja um perfeito contato do solo com as razes. Esta irrigao inicial deve ser feita estando chovendo ou no.

11 TRATOS CULTURAIS 11.1 Cobertura Morta Procede-se a cobertura da cova com capim seco sem semente ou material similar, com objetivo de manter umidade no solo e diminuir a necessidade de irrigao.

11.2 Capinas Deve-se manter o pomar limpo, sem ervas daninhas, principalmente no perodo seco. Pode-se fazer o coroamento, prximo planta, e roar o mato entre as linhas. A capina deve ser feita bem superficialmente para evitar danos s razes da planta, e o mato prximo s plantas deve ser retirado com as mos para evitar ferimentos planta ou, at mesmo, eliminao da sua parte area. A capina mecnica recomendada no controle das plantas daninhas, somente nas entrelinhas de plantio, em reas mecanizveis. O controle qumico feito por meio de herbicidas. H vrios tipos de herbicidas, cuja utilizao depende do tipo de mato mais comum na rea. Existem herbicidas especficos para as plantas de folhas estreitas e largas, e outros que controlam estes dois tipos de plantas. 11.3 Irrigao Em perodo de estiagem prolongada (seca), as plantas devem ser irrigadas, e a quantidade de gua vai depender do tipo de fruteira, bem como da intensidade da seca. Irrigar preferencialmente no perodo da tarde ou noite. Na fruticultura, os sistemas de irrigao mais utilizados so: asperso convencional, microasperso e gotejamento. Os sistemas de irrigao por microasperso sob copa e gotejamento so bastante utilizados por proporcionarem maior economia de gua e por no molharem a parte area (copa) das plantas, o que reduz o ataque de doenas.

11.4 Adubao de formao e frutificao

As plantas de pomar devem receber adubao anual, conforme a recomendao da anlise do solo. Algumas sugestes so apresentadas no quadro 5.

QUADRO 5: Sugestes de AdubaoQuantidade (gramas/planta) e poca Plantas em formao Plantas em Produo Perodo das chuvas Perodo das chuvas Incio Meio Final Incio Meio Final 200 200 300 250 300 700 700 700 100 100 200 200 200 200 250 300 100 200 200 300 600 400 500 1.000 300 1.000 1.000 1.000 100 200 300 300 300 500 500 500 100 200 200 200 200 300 300 400 200 100 100 300 300 300 300 400 500 300 500 400 400 700 700 300 100 150 100 100 200 200 200 300 100 200 200 200 200 500 500 500 100 200 100 200 200 300 300 400 200 300 1000 500 700 1.000 1.500 1.000 250 300 300 300 250 400 400 1.100 100 200 300 200 350 250 1.000 700 800 500 1.500 1.000 150 100 400 400 500 500 800 1.000 100 100 250 250 300 500 500 1.000 100 200 300 300 600 400 500 1.000 100 300 350 150 250 500 500 1.000 100 200 300 300 500 300 400 800 150 400 200 200 300 500 700 1.000 100 200 100 200 200 200 200 200 100 100 150 150 200 200 300 100 150 150 200 200 300

Fruteiras Abacateiro Aceloreira Amexeira e Pessegueiro Bananeira Caquizeiro Caramboleira Figueira

Adubos Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 12-16-12 Sulfato de Amnio Frmula: 12-16-12 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 4-14-8 Sulfato de Amnio Frmula: 4-14-8 Frmula 10 -10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 4-14-8 Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 12-6-12 Sulfato de Amnio Frmula: 10-6-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-6-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio Frmula: 10-10-10 Sulfato de Amnio

Goiabeira Gravioleira Jabuticabeira Jambeiro Laranjeira Limoeiro Tangerineira Macieira Mamoeiro Mangueira Maracujazeiro Marmeleiro Nectarineira Nespereira Nogueira Pec Pereira Pinha Pitangueira Videira

Frmula: 4-14-8 Frmula: 4-6-25

300

400

600 200 200 500

11.5 Espaldeiramento O espaldeiramento necessrio para a sustentao da planta e a distribuio de ramos. Ex: maracujazeiro e videira. 11.6 Abertura de copa A abertura de copa visa a dar melhor conformao e arquitetura planta, permitindo maior arejamento e melhor iluminao da copa, alm de facilitar os tratos culturais e a colheita. Ex: goiabeira e pessegueiro. 11.7 Quebra de dormncia A quebra de dormncia antecipa e uniformiza a brotao e florao. Ex: Videira, pessegueiro e caquizeiro. 11.8 Induo florao A induo florao antecipa, uniformiza e permite o escalonamento da produo. Ex: abacaxizeiro e mangueira. 11.9 Raleio de Frutos O raleio visa eliminar o excesso de frutos, objetivando melhorar a qualidade dos frutos remanescentes. Ex: tangerineira, pessegueiro e goiabeira. 11.10 Ensacamento dos frutos O ensacamento de frutos auxilia no controle de pragas e doenas e os protege contra queimadura de sol. Ex: goiabeira e pessegueiro. 11.11 Polinizao artificial das flores A polinizao artificial garante a fecundao e fertilizao das flores, possibilitando o maior vingamento de frutos. Ex: maracujazeiro e gravioleira. 11.12 Escoramento de ramos e plantas O escoramento tem a finalidade de evitar a quebra de ramos com excesso de produo bem como o tombamento de plantas. 11.13 Desfolha A desfolha uma tcnica utilizada para limpeza da planta, com objetivo de melhorar a aerao, a iluminao e, conseqentemente, a sanidade do pomar. Ex: bananeira.

12 PODAS A poda tem como finalidade dar formato planta e estimular a produo. Para realizar a poda, o fruticultor deve conhecer o hbito de frutificao de cada fruteira, bem como os tipos de podas existentes. Assim, sero tecidos comentrios sobre as podas de formao, frutificao e limpeza. Basicamente, a poda, pode ser executada em duas pocas. No inverno, chamada de poda em seco e recomendada para frutferas que perdem as folhas (caduciflias), como pessegueiro, macieira, ameixeira, figueira. Mas o inverno uma referncia muito terica e pode induzir alguns erros. Existe um momento timo para inici-la. quando os primeiros botes florais surgirem nas pontas dos ramos, indicando que a seiva comeou a circular de novo pela planta. Se a poda for feita antes, estimular a brotao na hora errada. Se efetuada depois, forar as brotaes vegetativas, exigindo mais tarde uma nova poda. A poda verde ou de vero, por outro lado, realizada quando a planta est vegetando e destina-se a arejar a copa, melhorar a insolao e a colorao dos frutos e diminuir a intensidade de cortes na poda de inverno. tambm executada em plantas pereniflias (com folhas permanentes) como as ctricas, abacateiro, mangueira. Por ocasio da poda seca ou de inverno, deve-se considerar a localizao do pomar, as condies climticas e o perigo de geadas tardias antes da operao. A poda deve ser iniciada pelas cultivares precoces, passando as de brotao normal e finalizando pelas tardias. Em regies sujeitas a geadas tardias, deve-se atrasar o incio da poda o mximo possvel, at mesmo quando as plantas j apresentaram uma considervel brotao, normalmente as de ponteiros. 12.1 Poda de Formao a poda que consiste em dar planta a sua estrutura inicial, sendo realizada normalmente at o terceiro ano ps-plantio. Praticamente, todas as plantas frutferas necessitam deste tipo de poda. 12.2 Poda de Frutificao a poda que tem como finalidade manter o equilbrio da produo, atravs de desponte ou desbaste de ramos, bem como a eliminao de ramos ladres, que so galhos que sobem verticalmente de tamanho indefinido e no-produtivos. A intensidade dessa poda depende da espcie, da idade, do vigor, do nmero de pernadas/ ramificaes existentes e do sistema de conduo da planta. No so todas as fruteiras que necessitam deste tipo de poda. Geralmente as plantas de clima temperado necessitam desse tipo de poda, dentre elas destacamos: figueira, macieira, marmeleiro, pessegueiro e videira. 12.3 Poda de limpeza a poda que se realiza logo depois da colheita, tendo por finalidade retirar da planta os galhos secos, quebrados ou mal colocados. Aps essa poda, geralmente se faz um tratamento qumico das partes cortadas, para evitar o aparecimento de doenas.

Geralmente todas as fruteiras necessitam desse tipo de poda. Lembre-se de que uma poda mal feita prejudica a planta com srias conseqncias para a formao da produo. prefervel no faz-la a faz-la erradamente. 12.4 Encurtamento Consiste em diminuir o tamanho dos ramos mais promissores, de modo reduza assim a quantidade de frutos a serem produzidos. Ou no caso do pessegueiro, forar a brotao de gemas que iro produzir os ramos de substituio dos que esto no ano produzindo, preparando assim a planta para a prxima safra. Esse encurtamento reduz de 1/3 a 2/3 o tamanho normal do ramo. 12.5 Instrumentos para poda

Inmeros so os instrumentos e ferramentas utilizadas na execuo das diferentes modalidades de poda. At mesmo o machado, a foice e a serra grande ou tranadeira podem, algumas vezes, entrar na relao das ferramentas do podador. No existe bom podador sem boa ferramenta, isto apropriada, limpa, afiada e lubrificada. No considerando os casos especiais e raros, trs ferramentas so indispensveis ao podador: tesoura de poda, serrote de podar (reto e curvo) e a decotadeira. Existem tambm instrumentos especializados como tesouras para desbaste de cachos de uva, alicate para inciso anelar, entre outros mais. Um corte ideal e preciso, realizado de uma s vez, deve observar uma inclinao de 45 graus aproximadamente, no sentido oposto ao da gema mais prxima, o que evita o acmulo de gua, onde pode causar o apodrecimento do ramo e aparecimento de fungos. Cortes de espessura maior que 3,0 cm devem ser protegidos com pastas cicatrizantes base de cobre. Na supresso de galhos grossos, feita naturalmente com o serrote, o corte deve ser bem rente base do galho e bem inclinado. "Ainda que executada pelo mais genial podador, a pode no socorre s deficincias alimentares do solo, no contrabalanceia a influncia da umidade e de outras condies

adversas do meio, no dispensa o controle fitossanitrio dos pomares, no elimina problemas de polinizao, mas ajuda o fruticultor a resolver certas questes, proporcionando planta porte, disposio dos ramos e equilbrio vegetativo adequados a uma vida vegetal mais fecunda.

13 CONTROLE DE PRAGAS E DOENAS O controle de pragas e doenas deve ser realizado com o uso de mudas sadias, variedades resistentes, tratos culturais adequados, controle biolgico, controle qumico e utilizao conjunta dessas tcnicas (manejo integrado). As espcies frutferas so atacadas por diversas pragas e doenas, sendo algumas de maior importncia e outras de importncia secundria.

13.1 Principais Pragas Entre as pragas mais comuns esto: Moscas-das-frutas, Pulges, Cochonilhas, Brocas do Caule, caros e Lagartas. Vejamos no quadro abaixo as principais pragas, seu reconhecimento e controle:

QUADRO 6: Principais pragas, seu reconhecimento e controle:Reconhecimento Controle Pequenos insetos sugadores de colorao preta ou verde-escura brilhante vivem em Pulverizao com inseticidas colnias, atacando as folhas, hastes, flores e caseiros e/ ou inseticidas fosforados Pulges principalmente os brotos, causando o sistmicos. enrolamento das folhas. Pequenos insetos recobertos por escamas Eliminao das partes afetadas. ou carapaas com aspecto de vrgulas, Pulverizaes com inseticidas cabea de prego, farinha, etc. e de fosforados sistmicos e leo mineral. Cochonilhas colorao pardacenta ou branca, que sugam Tratamento de inverno. a seiva enfraquecendo a planta. Perfuram os frutos desde o incio da maturao at a colheita. Nos frutos verdes Uso de frascos caa-moscas. causam a mancha-parda e nos maduros, as Eliminar frutos atacados. Uso de Moscas-das-frutas podrides. Provocam queda acentuada de iscas atrativas envenenadas. frutos. Atacam os ramos e troncos, perfurando-os. Logo que comea a surgir a serragem O lenho o alimento da larva, e as sobre o solo, injetar no orifcio de serragens, oriundas do processo de entrada da larva uma soluo Brocas-do-tronco e ramos mastigao so expelidas por buracos ou inseticida, querosene ou gasolina, janelas construdas ao longo do tronco. fechando logo em seguida com barro ou cera. Pontuaes, bronzeamento, Pulverizaes com acaricidas caros engruvinhamento e queda das folhas. especficos, visando pgina inferior Atraso no crescimento. da folha. Deve-se molhar bem as folhas. Cortam as folhas paralisando o crescimento Pulverizao com acaricidas Formigas das plantas. especficos visando pgina inferior da folha. Deve-se molhar bem as folhas. Folhas perfuradas e, quando novas podem Vaquinhas ser totalmente destrudas. Aplicar inseticidas O local da postura no acompanha o desenvolvimento do restante do fruto, Inicia-se com frutos ainda verdes do Gorgulho ficando enegrecido. A larva penetra no tamanho de uma azeitona. Pulverizar fruto e se alimenta da semente, ficando com inseticidas organofosforados. parte das sementes e polpa destrudas e Ensacar os frutos ainda verdes. enegrecidas. Causam danos em ramos, brotos, folhas e Lagartas troncos, perfurando, roendo ou mastigando. Inseticidas especficos As larvas penetram e destroem internamente o tecido da planta, Seleo e tratamento das mudas. Uso Moleque ou Broca-daprejudicando seu desenvolvimento. Fazem de iscas envenenadas (pedaos de bananeira galerias no rizoma. As folhas amarelecem, pseudocaule). os cachos ficam pequenos, e as plantas ficam sujeitas ao tombamento. Pragas

13.2 Principais Doenas Entre as doenas mais freqentes nas frutferas esto: Varola, Ferrugem, Fumagina, Gomose, Mal de Sigatoka, Antracnose e Virose. As plantas frutferas podem ser atacadas por diversas doenas e as mais comuns esto relacionadas no quadro abaixo:

QUADRO 7: Doenas mais comuns em plantas frutferasDoena Reconhecimento Controle Plantas Atacadas Abacate Mamo Manga Maracuj Ataca ramos, folhas, flores e frutos. As folhas O controle preventivo com apresentam manchas escuras de tamanho e pulverizaes iniciadas antes do contornos irregulares, formando reas florescimento e prosseguindo at necrosadas. As inflorescncias apresentam alguns dias antes da colheita. flores enegrecidas e caem. Nos frutos, surgem Antracnose leses irregulares envolvendo a casca com manchas pardas deprimidas que atingem a polpa. Surge principalmente no perodo chuvoso. Aparecem pstulas arredondadas, recobertas Rotao de culturas. Fiscalizao de massa pulverulenta amarela ou parda na na lavoura. Erradicar e destruir as Ferrugem pgina inferior das folhas e nos frutos. plantas atacadas.

Ameixa Figo Goiaba Jabuticaba

Fusariose

Gomose

Mal-dopanam

Odio

Verrugose

Doena de natureza vascular. Inicialmente apresenta murcha das folhas nas extremidades dos ramos, que posteriormente se generaliza Rotao de culturas. Fiscalizao por toda a planta vindo em conseqncia um na lavoura. Erradicar e destruir as amarelecimento e posterior secamento de toda plantas atacadas. Maracuj a parte area produzindo um aborto de flores e no vingamento de frutos. Plantio alto, capinas cuidadosas, evitando ferir o tronco e razes. O fungo ataca os troncos, razes e ramos das Promover maior arejamento do rvores. Na regio afetada, a casca se rompe e tronco ao nvel do solo. Em rvores deixa escorrer um lquido de colorao parda. afetadas, raspar a parte doente e Abacate Formao de goma no fendilhamento da casca. pincelar a ferida com pasta Citrus Quando h um ataque em toda a periferia do bordalesa. Evitar excesso de Mamo tronco, a planta morre por estrangulamento. umidade, adubo orgnico e nitrogenado. Amarelecimento progressivo, indo das folhas Fazer plantios em solos no mais velhas para as mais novas. infectados. Utilizar mudas sadias Posteriormente, essas murcham, secam e de touceiras que no tenham quebram-se junto ao pseudocaule, dando apresentado a doena. Controle aspecto de guarda-chuva fechado. Em sistemtico da broca da bananeira. bananeiras atacadas, cortes mostram Inspees peridicas no bananal pontuaes de colorao pardo-avermelhadas para detectar possveis focos da no incio, tornando-se enegrecidas em estgios doena. Eliminar as plantas mais avanados. atacadas. Usar variedades Banana resistentes. Desinfeco de equipamentos. Apresenta-se sob a forma de um p brancoAbacate acizentado, que se deposita nas superfcies dos Ma rgos atacados, causando a queda das folhas, Pulverizaes com produtos a base Mamo flores e frutos. de enxofre Manga Doena fngica que ataca os frutos no incio Abacate do desenvolvimento, apresentando leses Laranja corticosas irregulares e salientes, de colorao Pulverizaes com fungicidas. Manga amarela e marrom clara.

14 FUNGICIDAS RECOMENDADOS PARA CONTROLE DE DOENAS 14.1 Calda bordalesa 1% Para se preparar a calda, utilizar: 1 kg de sulfato de cobre

1 kg de cal virgem 100 litros de gua.

Modo de Preparar: Para se ter uma calda bordalesa a 1%, usam-se as quantidades indicadas acima. O sulfado de cobre, bem triturado, colocado dentro de um saco de pano ralo, amarrado em uma vara atravessada sobre uma tinta de madeira, contendo 50 litros dgua, de modo a apenas mergulhar na gua. Dentro de aproximadamente uma hora, o sulfato de cobre est dissolvido. Em outra tina, com capacidade superior a 50 litros, pe-se a cal virgem, que apagada aos poucos, em pequenas quantidades, at formar uma pasta consistente. Em seguida, junta-se gua at completar 50 litros. Em um terceiro recipiente de 100 litros, juntam-se as duas solues simultaneamente, sempre em pequena quantidade, agitando-se a mistura, enquanto vai sendo preparada. A calda bordalesa deve ficar neutra. Para verificar, mergulhar na soluo, durante meio minuto, uma lmina de canivete bem limpa e, ao retir-la da soluo, observar se houve formao de ferrugem sobre a lmina, o que indica acidez. Se isso acontecer, juntar mais um pouco da soluo de gua e cal, at que no mais se processe a reao. Para pulverizao, a calda deve ser passada atravs de uma peneira ou filtro, para evitar impurezas e entupimento de bicos. A aplicao da calda deve ser feita no mesmo dia de seu preparo. Para o preparo e aplicao da calda bordalesa, no pode ser usado vasilhame de ferro. 14.2 Pasta bordalesa Para se preparar pasta, utilizar: l kg de sulfato de cobre 2 kg de cal virgem 10 litros de gua Modo de preparar: Utilizar o mesmo processo da preparao da calda bordalesa, tomando-se o cuidado de observar as quantidades dos ingredientes. A aplicao feita, utilizando-se de broxas. 14.3 Calda viosa uma alternativa para o controle de doenas de plantas. Age tambm como adubo foliar e tem como base a calda bordalesa enriquecida com sais minerais, destacando-se o cobre, zinco, magnsio, boro e nitrognio. A composio bsica para a preparao de 10 litros de calda viosa : 50 gramas de sulfato de cobre 10 a 20 gramas de sulfato de zinco 80 gramas de sulfato de magnsio 10 a 20 gramas de cido brico 40 gramas de uria 75 gramas de cal hidratada A cal a mesma que se utiliza para pintura de paredes, desde que seja nova. Os sais minerais no podem estar midos. A preparao deve ser seguida dos seguintes cuidados:

1. Colocar metade da gua num recipiente e nele preparar a gua de cal. 2. Colocar a outra metade em outro recipiente e dissolver os sais minerais. 3. No terceiro recipiente, colocar o volume de gua de cal j preparada, correspondente 4metade do volume desejado da calda. 4. Lanar aos poucos sobre a gua a soluo de sais, sob constante agitao. A calda assim preparada fica com pH entre 7,5 e 8,5 (usar papel indicador de pH), apresentando uma colorao azul caracterstica. Usar recipientes de plstico, amianto, madeira ou alvenaria que no so atacados por sais. Preparar a quantidade que vai ser utilizada no mesmo dia. No guardar sobras.

Esquema de preparo da calda Viosa A calda viosa indicada para controle de: figo, uva, laranja , pra , ma, banana, maracuj e goiaba. Para cultura da banana, devem-se acrescentar 30 gramas de cloreto de potssio para cada 10 litros de calda. A calda no tem ao curativa, por isso deve ser aplicada preventivamente.

15 INSETICIDAS RECOMENDADOS PARA CONTROLE DE PRAGAS 15.1 gua de fumo

Utilizada no controle de pulges, cochonilhas, lagartas c pulges. Para se preparar a soluo, utilizar: 10 cm de fumo de corda l litro de gua Modo de preparar: picar o fumo e deixar de molho dentro de l litro d'gua, por um dia. Para ser usada, a calda deve ser coada em pano fino: na pulverizao, empregar l litro dessa calda para 10 litros de gua. Para aumentar a aderncia, acrescentar 50 g de sabo comum aos 10 litros de calda diluda. Esta calda fermenta rapidamente e, portanto, deve ser usada logo aps estar preparada. 15.2 gua de sabo Utilizada no controle de pulges, lagartas, cochonilhas e piolhos. Para preparar a soluo, utilizar: 50 gramas de sabo comum (uma colher de sopa) 5 litros de gua Modo de preparar: misturar em 5 litros d'gua quente as 50 gramas de sabo raspado e agitar bem at dissolver o sabo. Deixar esfriar e pulverizar sobre as plantas. 15.3 Soluo de querosene e sabo Utilizada no controle da cochonilha farinhenta. Para preparar a soluo, utilizar: l litro de querosene 400 gramas de sabo em pedra l litro de gua Modo de preparar: colocar em uma vasilha a gua e o sabo cortado em fatias. Levar ao fogo c deixar ferver, mexendo sempre. Retirar a soluo, afastando-a do fogo, e acrescentar o querosene, batendo at virar uma pasta. Essa soluo dever ser usada no mximo at 2 dias aps o preparo. Para pulverizao, diluir l litro da soluo inseticida em 9 litros de gua. Material utilizado: cmara-de-ar velha, plstico de saco de adubo, papelo parafinado ou qualquer outro material similar. Como fazer:

Corta-se um disco com aproximadamente 12 centmetros de dimetro. No centro, fazse um furo mais ou menos do dimetro dos caules das mudas, na altura de aproximadamente 30 centmetros do solo. Corta-se o anel assim formado, de modo a poder sobrepor as duas partes e formar um cone (Figura A cone para proteo de formiga). Assenta-se o cone com a base virada para baixo, no caule da muda, mais ou menos uns 30 centmetros do cho, e, com um grampeador de papel, fio de arame ou

barbante, unir as duas extremidades, para fechar o cone, e amarrar com uma tira de borracha, para fixar ao tronco. As formigas-cortadeiras no conseguem atravessar o cone, deixando de atacar as plantas providas com este dispositivo (Figura B - cone de proteo contra formiga). 15.4 Pasta para pincelamento de tronco Utilizada para preveno de ataque de brocas e cochonilhas. usada no tratamento de inverno (perodo frio c seco do ano), pincelando o tronco e base dos ramos principais. Para preparar a pasta, utilizar: 1,0 kg de enxofre 2,0 kg de cal hidratada 0,5 kg de sal de cozinha Inseticida fosforado (dosagem especificada na bula) 15,0 l de gua

16 CONTROLE DE FORMIGAS 16.1 Cone para proteo contra formigasCone para controle de formiga

16.2 Sacos plsticos com iscas para formiga Material:

saquinhos plsticos de polietileno, de preferncia finos, como os usados para mudas de caf; isca granulada comercial para combater a formiga-sava.

Modo de usar:

Colocar dentro de cada saquinho plstico 30 a 100 gramas de isca granulada e amarrlo com barbante ou similar. Distribu-los aos campeiros ou responsveis pela bateo de pasto, que, ao encontrar o formigueiro, deixaro uma quantidade de saquinhos se derramar, na dosagem do produto utilizado como isca. Encontrando o saquinho plstico com a isca, a formiga vai fur-lo o suficiente para retirar uma isca de cada vez, levando-a para o interior de seu formigueiro.

Vantagens: l) Pode ser usado no perodo chuvoso, sem risco de prejuzo (perda do produto) causado pela umidade. 2) Elimina a possibilidade de intoxicao de empregados. 17 CONTROLE DE MOSCAS-DAS-FRUTAS 17. l Garrafa caa-mosca Usada para controlar moscas-das-frutas. Consiste na utilizao de garrafas de plstico, que so cortadas na sua parte mediana. So feitas diversas "janelas" com 2 cm no sentido horizontal e 5 cm na vertical. A isca envenenada colocada na garrafa, atravs das janelas. Para preparar a isca envenenada, usar uma colherinha (caf) dos produtos Malatol ou Dipterex e duas colheres de sopa de acar e gua suficiente para formar uma pasta.

A garrafa, fechada na parte superior para evitar a entrada de gua da chuva, pendurada na planta, na proporo de uma para cada dez plantas do pomar.

Garrafa caa-mosca

18 COLHEITA O ponto ideal de colheita varia com a espcie frutfera, o destino da produo (industria ou mesa) e a distncia do mercado consumidor. A identificao feita pela observao do seu tamanho, colorao, composio qumica e queda natural dos frutos. No ato da colheita deve-se tomar alguns cuidados como: no arrancar os frutos das plantas, mas cort-los com tesoura apropriada ou destac-los com uma leve toro, evitar as pancadas que ferem os frutos e causam apodrecimento e no colocar os frutos amontoados uns sobre os outros para evitar machuc-los. Os frutos devem ser devidamente acondicionados nas caixas de colheita. Os frutos como limes devem ser colhidos secos, ou seja, sem gota de orvalho, chuva ou irrigao na sua superfcie, para evitar manchas que deprecie sua qualidade. Aps a colheita os frutos devem ser colocados em locais sombreados, ventilados, limpos e forrados ate o seu transporte para o local de preparo. Ao chegar ao local de preparo os frutos so limpos, selecionados, classificados, tratados e embalados. A limpeza dos frutos pode ser realizada por imerso ou pulverizao de gua, escovamento e ventilao. Para frutos sensveis, como figo, pssego, acerola e uvaia, a limpeza no recomendvel, de moda a evitar danos. Nestes casos, os frutos so colhidos selecionados e, em seguida, acondicionados em embalagens apropriadas. No processo de seleo, deve-se retirar os frutos mal formados, fora do padro, queimados pelo sol e atacados por pragas e doenas. A embalagem utilizada pode ser de diversos materiais (madeira, plstico, papelo e isopor), tipos e tamanhos, devendo ser escolhida de acordo com o fruto e a exigncia do mercado a que se destina. 19 COMERCIALIZAO Para efetuar uma adequada comercializao, necessrio bom conhecimento do mercado do seu produto. O produtor deve buscar informaes sobre demanda, formas de comercializao, variaes de preos ao longo do ano e possveis compradores. Os possveis canais de comercializao para os produtos frutcolas so supermercados, sacoles, centrais de abastecimento, feiras livres e agroindstrias. As associaes de produtores e cooperativas facilitam a comercializao da produo, porque trabalham com maior volume de produtos e mantm fornecimento constante aos clientes. Uma alternativa para o aproveitamento do excesso de produo nos picos de safra e de frutos fora do padro para comercializao ao natural a transformao deles em sucos, doces, polpas, frutos desidratados, bebidas fermentadas, iogurtes e gelias. 20 EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS USADAS NO POMAR

21 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA FACHINELLO, J. C.; NACHTIGAL, J. C.; KERSTEN, E. Fruticultura: fundamentos e prticas. Pelotas: UFPEL, 1996. 311p.

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