105
PONTE ROLANTE MANUAL DO OPERADOR

PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

  • Upload
    others

  • View
    121

  • Download
    11

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

PONTE ROLANTE

MANUAL DO

OPERADOR

Page 2: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 2

EMPRESA RESPONSÁVEL

M.G. M - ENG. DE PROD. E SEG. NO TRABALHO LTDA C.N.P.J: 02.152.507/0001-96

Av: Arquiteto Nildo Ribeiro da Rocha, 4102 A - Térreo e-mail: [email protected]

Telefax: (0xx44) 3226-9788 /9 9869-4039 Maringá - Pr

Responsável Técnico

ILSO JOSÉ MANHONI

Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho CREA/PR nº 29.865/D

Certidão de Registro

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná-CREA-PR, certifica que o (a) profissional, encontra-se regularmente registrado(a) neste Conselho Regional, nos termos da Lei Federal nº 5.194/66, possibilitando-o(a) a exercer sua profissão no Estado do Paraná, circunscrita à(s) atribuição(ões) constantes de seu registro.

Atribuições profissionais:

DA RESOLUCAO 359 - ARTIGO 04 de 31/07/1991 do CONFEA. Ao profissional em questão foi apostilado em 28/10/2002 o curso de Engenharia de Segurança do Trabalho.

Instrutores O documento em questão foi elaborado pelo profissional Antônio Carlos de Souza, Técnico em Segurança do Trabalho, com registro no Ministério do Trabalho e Emprego Nº 004516-0/MTE-PR.

Page 3: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 3

APRESENTAÇÃO

Foi pensando na prevenção de acidentes do trabalho, envolvendo ponte

rolante, que elaboramos este manual, de forma clara e objetiva, procurando fazer

com que você, futuro operador, além do conhecimento das normas de segurança,

tenha conhecimento do equipamento que opera e dos riscos que o mesmo oferece.

Nas indústrias é crescente a utilização de meios de elevação com operação a

partir do solo (controle remoto), onde o movimentador é também operador, ou seja,

ele é responsável pelas duas funções. O perigo é que tanto o pessoal da produção

quanto o pessoal da manutenção operam e movimentam, com isso exercem uma

atividade a qual não estão acostumados ou mesmo preparados. A facilidade com que

os meios de elevação movimentam a carga engana quanto as situações de perigo.

Pela demonstração de condições de acidentes típicos é preciso que elas sejam

conhecidas e consequentemente evitadas. No setor de transportes, apesar do alto

grau de automatização, ainda existe um grande percentual de trabalho manual,

especialmente na movimentação de cargas por meio de talhas, guindastes, etc. que

de agora em diante chamaremos de meios de elevação. Meios de elevação, como

talhas, facilitam a movimentação de cargas, por meio destes podemos reduzir muito

nosso trabalho braçal, porém, deveremos usar mais a “cabeça”.

O homem ao lado da carga que é o movimentador forma uma equipe com o

operador do meio de elevação. A atuação do movimentador é fundamental para a

execução de uma movimentação com segurança.

Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente

preservação da integridade física de cada companheiro de trabalho, dependerá de

sua conduta em operar a ponte rolante.

Existem ponte rolante de diversas capacidades, tamanhos e modelos com

diversos dispositivos aplicáveis a diversos modelos, tais como: garras especiais para

tambores, fardos, mecanismos , etc.

Lembre-se que a manutenção do ambiente de trabalho e a conseqüente

preservação da integridade física de cada companheiro de trabalho, dependerá de

sua conduta em operar a PONTE ROLANTE.

Page 4: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 4

Breve Histórico

Evolução dos meios de transporte

Em toda a sua existência sobre a face da terra, o homem teve que se

movimentar de um lado para o outro. Nessas andanças, para a sua sobrevivência,

utilizava em épocas remotas simples e unicamente suas forças físicas.

Assim, corria atrás da sua presa e, uma vez abatida, tinha que arrastá-la até

sua toca para poder degustá-la.

Desenvolvimento dos meios de transporte

Com o correr dos tempos e o desenvolvimento da sua inteligência, o homem

passou a fazer uso de ferramentas rudimentares, por exemplo a alavanca, a fim

de deslocar cargas de grande volume ou peso. A alavanca representou um grande

avanço, sendo até hoje uma das ferramentas mais úteis e muito atual.

Todo desenvolvimento para o transporte de materiais, porém, surgiu com a

criação da roda. No início os transportes eram feitos apenas a pequenas distâncias,

fazendo-se uso da força física do homem e, depois, dos animais por ele

domesticados

As cargas, que eram até então pequenas, multiplicaram-se com o uso da

roda, possibilitando ganho de tempo em cada trabalho a ser realizado.

Com a chegada dos tempos modernos, a invenção da máquina a vapor,

utilização dos motores, máquinas e da eletricidade possibilitaram ao homem a

movimentação de materiais em grandes volumes, para longas distâncias.

Por outra via, a aquática, desenvolveu-se paralelamente um sistema

diferente: Inicialmente, um simples tronco de árvore, depois a canoa, depois

barcos de maiores proporções, chegando hoje aos navios de todos os calados,

fabricados para o transporte dos mais variados produtos, tais como petróleo,

automóveis, granulados, etc, além dos luxuosos transatlânticos e iates.

A movimentação via terrestre desenvolveu-se pelos sistemas rodoviários,

permitindo a troca de mercadorias entre diversos povoados, vilas, cidades, estados,

países.

Por outro lado, o sistema ferroviário, com grande capacidade de carga e

passageiros, desenvolveu-se, contudo sem a flexibilidade que o sistema rodoviário

oferece.

Page 5: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 5

SUMÁRIO

1. .Introdução.............................................................................................................. 06.

2. Aspectos da Legislação Portaria 3214/78................................................................ 07

3. Qualificações necessárias ao Operador................................................................... 08

3.1. Qualificações necessárias ao Operador............................................................. 08

4. Equipamentos de Elevação de Materiais ................................................................. 10

4.1. Equipamentos................................................................................................. 10

4.2. Tipos de Equipamentos.................................................................................... 12

4.3. Componentes Básicos....................................................................................... 15

4.4. Princípios de funcionamento e limitações......................................................... 17

5. Operação e Manuseio de Carga................................................................................ 20

5.1. Operação e Manuseio de Cargas...................................................................... 21

5.2. Operação da Ponte Rolante.............................................................................. 21

5.3. Talhas.............................................................................................................. 22

5.4. Cronograma Ideal para uma Movimentação.................................................... 23

5.5. Modos de movimentação.................................................................................. 26

6. Capacidade, Peso e Centro de Cargas...................................................................... 35

7. Dispositivos de Içamento......................................................................................... 36

7.1. Ligas................................................................................................................. 36

7.2. Especificação dos Dispositivos........................................................................... 37

7.3. Correntes......................................................................................................... 38

7.4. Barra de Carga............................................................................................... 41

7.5. Cintas ............................................................................................................. 42

8. Cabos de Aço........................................................................................................... 50

8.1. Constituição de Cabos de Aço........................................................................... 50

8.2. Operação com Cabos de Aço........................................................................... 50

8.3. Tipos de pernas Cabos de Aço........................................................................ 51

9. Manutenção............................................................................................................ 65

10. Riscos ambientais................................................................................................... 66

11. Medidas de Controle ............................................................................................. 71

11.1. Controle dos fatores de riscos................................................................. 71

11.2. Normas de Segurança........................................................................... 71

11.3. Comunicação operador e movimentador................................................ 75

11.4. Sinalização para uma Movimentação.................................................... 76

12. . Prevenção e Combate à Incêndios......................................................................... 97

12.1. Triângulo do Fogo................................................................................. 97

13. Testes..................................................................................................................... 101

14. Bibliografia .............................................................................................................. 105

Page 6: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 6

1. INTRODUÇÃO

Para Proprietários, Usuários e Operadores

Para manobrar uma ponte rolante de maneira segura e eficiente, requer-se do

operador habilidade e precaução.

Para desenvolver habilidade necessária, o operador deve:

- ser instruído no uso correto da ponte rolante;

- entender as possibilidades e limitações da ponte rolante a;

- familiarizar-se com a construção da ponte rolante e mantê-la em boas

condições;

- ler e entender os avisos e procedimentos de operação no manual do

equipamento.

Operador:

Homem de confiança da empresa, exerce o papel de inspetor, de avaliador. É

o responsável direto pela linha de produção da empresa.

Estado Físico: 100% (sono, embriaguez, ressaca, problemas pessoais)

devem ser expostos ao encarregado, gerente, assistente social, etc.

Áreas de Circulação:

- Piso molhado, escorregadio, ondulações, saliências = acidentes sérios;

- Verificar tubulações elevadas, fiação elétrica, pontes rolantes, vãos e

aberturas;

- Trabalhos externos – asfalto mole, chão de terra.

É responsabilidade da empresa certificar-se de que o operador seja capaz de

ver e ouvir bem e disponha de habilidade física e mental necessária para

manusear o equipamento de maneira segura.

Page 7: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 7

2. ASPECTOS DA LEGISLAÇÃO Portaria 3214/78 (Ministério do Trabalho)

NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais.

11.1.3 Os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como

ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes-rolantes, talhas,

empilhadeiras, guinchos, esteiras-rolantes, transportadores de diferentes tipos,

serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de

resistência e segurança, e conservados em perfeitas condições de trabalho.

11.1.3.2 Em todo equipamento será indicado, em lugar visível, a carga

máxima de trabalho permitida.

11.1.5 Nos equipamentos de transporte com força motriz própria, o operador

deverá receber um treinamento específico, dado pela empresa, que o habilitará nessa

função.

11.1.6 Os operadores de equipamentos de transporte motorizado deverão ser

habilitados e só poderão dirigir se durante o horário de trabalho portarem um cartão

de identificação, com o nome e fotografia, em lugar visível.

11.1.6.1 O cartão terá validade de 1 (um) ano, salvo imprevisto, e, para a

revalidação, o empregado deverá passar por exame de saúde completo, por conta do

empregador.

11.1.7 Os equipamentos de transporte motorizados deverão possuir sinal de

advertência sonora (buzina).

11.1.8 Todos os transportadores industriais serão permanentemente

inspecionados e as peças defeituosas, ou que apresentem deficiências, deverão ser

imediatamente substituídas.

11.1.10 Em locais fechados e sem ventilação é proibida a utilização de

máquinas transportadoras, movidas a motores de combustão interna, salvo se

providas de dispositivos neutralizadores adequados.

Page 8: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 8

3. Qualificação do Operador

O fator humano é um aspecto de grande importância na operação de

maquinas e equipamentos na área portuária. Além de ser responsável pelos

comandos, ooperador deve estar plenamente capacitado para avaliar as

condições gerais do equipamento, antes de iniciar o serviço ou de paralisar

as atividades quando a máquina apresentar uma falha qualquer.

Assim, os operadores devem ser qualificados por instituição de ensino

contratada, para poderem ser autorizados a operarem máquinas ou

equipamentos motorizados). Essa capacitação será comprovada através da

emissão de um certificado (NR 11).

Anualmente, as empresas deverão realizar cursos de reciclagem

destinados aos operadores sobre os procedimentos e padrões operacionais

de cada equipamento.

Os postos de trabalho devem ser adaptáveis às características

antropométricas do operador (NR- 17). Conforme a situação ambiental

(presença de gases, poeiras e calor), a máquina deve dispor de cabine

fechada e climatizada.

Todos os operadores de equipamentos móveis de transporte

(guinchos, empilhadeiras, pontes-rolantes) serão identificados por um

crachá específico, que deverá constar nome, foto, tipo de equipamento

autorizado a operar, prazo de validade, data e assinatura do emitente

3.1. Qualificações necessárias ao Operador

Conhecimento: São os procedimentos corretos adquiridos através de

manuais dos fabricantes, treinamentos específicos, etc.

Habilidade: È a execução de diversas manobras em tempo hábil,

utilizando os conhecimentos e reflexos.

Atitude: Adquirindo conhecimento e habilidade, espera-se que o

operador saiba agir adequadamente em cada situação de serviço que se

apresenta. Para isto, pressupõe-se que ele teve um treinamento adequado

com acompanhamento do seu aprendizado, de forma a reciclar os seus

conhecimentos.

Page 9: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 9

3.2. Características Básicas do Operador

Atenção: O operador deve possuir um aguçado espírito de

observação, estando sempre alerta para o que se passa na sua área de

trabalho e para as condições de funcionamento do equipamento que opera.

Previsão: É a capacidade de prever situações adversas, valendo-se,

sobretudo, da sua posição de visualização das áreas de movimentação da

carga (dependendo da tarefa) e da experiência do operador.

Decisão: É a capacidade de ação do operador no momento exato da

ocorrência de uma situação adversa.

3.3. Responsabilidade do Operador

Advertência: O comando de uma ponte rolante para ser seguro e

eficiente

requer perícia, extremo cuidado, vigilância, concentração bem como

observância das normas e instruções comprovadas de segurança.

De forma geral não deverão operar Ponte Rolante

Quem não souber ler e escrever;

Quem for menor de 18 (dezoito anos);

Quem tiver visão e / ou audição deficientes, “sem a devida correção

indicada” por médico credenciado pela empresa;

Quem possuir doença cardíaca;

Quem estiver fazendo uso de medicamentos controlados

(Temporariamente ou não);

O operador que estiver fisicamente ou mentalmente indisposto;

Quem não for adequadamente instruído para operar a ponte;

Quem não estiver habituado com equipamentos de elevação e

transporte de carga;

Page 10: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 10

4. Equipamentos de Elevação Movimentação de Materiais

Na indústria moderna o uso de equipamentos para ERGUER, BAIXAR,

TRANSPORTAR pesadas cargas a distâncias limitadas vem sendo cada vez mais

difundido. Embora esses equipamentos estejam-se sofisticando dia-a-dia, a sua

operação está baseada nos princípios clássicos da Física, de onde se tira toda

aplicação prática para atender às necessidades de transporte industrial de nossos

dias. Juntamente com a sofisticação técnica, surgem novos riscos que precisam

ser bem conhecidos com o objetivo de se prevenirem possíveis acidentes.

4.1. Equipamentos Uma das grandes necessidades da indústria, é o manuseio e a movimentação

de peças de grande porte em grandes áreas, sem prejudicar o trânsito de veículos,

estocagem de materiais e posicionamento de máquinas e equipamentos. Isto coloca

em destaque a Ponte Rolante, pois ela permite o aproveitamento de toda área útil

para transporte, com rapidez, segurança e versatilidade.

Trata-se de um equipamento de elevação e transporte de cargas que se move

sobre trilhos elevados, sendo que sua movimentação se faz através de redutores de

velocidades acionados por motores elétricos. Os redutores transmitem o torque para

as rodas motrizes localizadas nos truques da ponte. A ponte permite movimentos

Page 11: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 11

Page 12: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 12

4.2. Tipos de equipamentos

4.2.1. Talha

O conjunto Gancho / Moitão é montado sobre rolamento de encosto,

conferindo maior facilidade no giro de carga. Possui fim de curso na

elevação. Neste modelo pode-se compor dupla ou multi-velocidades na

elevação e/ou translação.

O cabo de aço é alojado no corpo do

tambor (usinado), não remontando

um sobre o outro.

Tem duplo sistema de frenagem

(mecânico / anti-recuo /

eletromagnético (velocidade única))

garantindo paradas precisas,

aumentando a segurança do

equipamento. No corte de energia,

freia a carga automaticamente.

4.2.2. Pórtico Rolante

Equipamentos desenvolvido para trabalhar totalmente sobre Pistas de

Rolamento apoiadas normalmente ao nível do piso. Basicamente, suas

formas construtivas constituem tração dupla e individual nas duas

extremidades (Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos redutores imerso

em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de manutenções, rodas

confeccionadas em ferro Nodular com duas bordas guias, ângulos de

assentamento, mancais e rolamentos com graxeiras

Acionamento através de Botoeira

pendente móvel independente da

carga, interligada ao quadro de

comando elétrico, o qual aciona os

motores simultaneamente, Sirene

intermitente a qual avisa quando o

equipamento está em uso

Page 13: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 13

4.2.3. Guindaste Giratório

Construído em Aço Carbono, Coluna Tubular e Viga tipo I reforçada

com Tirante, dimensionada para ter peso próprio reduzido com alta eficiência

contra deflexões.

Aplicado para movimentação em

células de montagens, linhas de

produção, deck náutico, fundição,

usinagem, big-bag e todo tipo de

movimentação que necessite de

agilidade, segurança e

confiabilidade no processo.

Ambiente coberto ou não.

4.2.4. Ponte Rolante

Equipamento desenvolvido para trabalhar totalmente sobre a

produção ou estoque, pois suas pistas e vigas de rolamento são suspensas

por pilares e/ou consoles, conforme o local a ser instalado. Basicamente,

suas formas construtivas constituem tração dupla e individual nas duas

extremidades (Truck’s ou Cabeceiras) com mecanismo dos redutores imerso

em óleo, possui frenagem mecânica automática livre de manutenções, rodas

confeccionadas em ferro Nodular com duas bordas guias, ângulos de

assentamento, mancais e rolamentos com graxeiras.

Acionamento através de

Botoeira pendente móvel

independente da carga,

interligada ao quadro de

comando elétrico, o qual

aciona os motores

simultaneamente, Sirene

intermitente a qual avisa

quando o equipamento está

em uso

Page 14: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 14

4.2.5. Movimento

É um equipamento de elevação e transporte de carga, que se

movimenta assentando sobre trilhos fixados normalmente nas vigas laterais

do edifício

Os três movimentos da ponte rolante são obtidos através de seus

componentes fundamentais, que são: pontes, trole ou carro e guincho

Dispõe de sistema de:

Freio mecânico e servofreio automático e hidráulico, que são acionados pelo

operador para fazê-la parar.

Pára-choques. Os quatro cantos da ponte são dotados de pára-choques

molas, borrachas, madeira, que são equipamentos de segurança para

proteger as extremidades dos edifícios ou outras ponte que esteja nas

mesmas vigas de rolantes. Esses pára-choques não devem ser usados para

parar a ponte, e sim como segurança.

Page 15: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 15

4.3. Componentes Básicos

4.3.1. Carro Trole

Componente responsável pela translação e suporte da Talha, tanto

elétrica quanto manual, sendo o trole movido por arraste manual, motorizado

ou por corrente para modelo Univiga, já no modelo Duplaviga a translação

normalmente é motorizada e suporta talha elétrica de cabo de aço. Sua

tecnologia também pode ser utilizada para Carro de Transferência ou

Vagonete.

4.3.2. Trole Manual - Sistema Univiga

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera

blindados. Eixos distanciadores fixados nas chapas laterais para

acoplamento na viga de translação. O movimento (deslocamento) do carro é

feito pelo operador, por arraste manual.

4.3.3. Trole Motorizado (Sistema Univiga)

Construído em aço carbono, rodas com rolamentos de esfera

blindados. Eixos distanciadores fixados nas chapas laterais para ajuste de

acoplamento na viga.

Compacto conjunto do redutor

(alto frenante) estando seu

mecanismo imerso em banho de

óleo

Page 16: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 16

4.3.4. Trole Motorizado (Sistema Duplaviga) É um componente motorizado que sustenta o mecanismo de elevação e se

desloca longitudinalmente sobre as traves ate o limite de segurança fixado nas

extremidades dos trilhos, nas vigas da ponte. É composto de motor, redutor, freio,

acoplamento, mancais, suportes, etc.

Trole, assim como a ponte, se movimenta livremente e deve possuir chave-

limite nas extremidades dos trilhos para fazê-lo parar. Os trilhos são equipados

com batentes protetores, que são equipamentos de segurança e não devem ser

usados papa frear o trole.

Guincho

É um componente motorizado fixado no trole que exerce a força necessária

para elevar ou baixar a carga até os limites de segurança, através do mecanismo de

elevação composta de: motor, freio de motor, redutor, eixo, freio de carga, tambor

(dromo), cabos de aço, polias, suporte, caixa de gancho, mancais e gancho.

Page 17: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 17

4.4. Princípios de funcionamentos e limitações

4.4.1. O que é a Chave Limite

É um dispositivo que limita a

altura da carga manuseada,

sendo que ao entrar em

contato com a mesma, o

movimento de subida e

descida da carga é

interrompido.

Chave de Transferência - Rádio Controle / Cabine

Todas as pontes rolantes

possuem uma chave de

transferência, que passa o

comando do Rádio Controle para

o Controle da Cabine, e vice-

versa.

Obs.: Caso a bateria do controle

esteja com carga completa, e a

ponte não funcionar, verifique a

posição da chave de

transferência.

Batente da ponte

Page 18: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 18

Equipamentos fundamentais da Ponte Rolante

Sistema de transmissão. Eixo de Translaçãodo Carro

Eixo, mancais, rolamentos,

retentores, engrenagem,

acoplamentos e parafusos de

fixação

. Batente do carro

Sistema de Translação da Ponte

Trilho de Translação da Ponte

Trilhos, suportes, chapas de base,

presilhas, batentes e parafusos de

fixação

Page 19: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 19

4.4.2. Freios

Cada unidade do guincho de um guindaste deverá ser equipada com pelo

menos um freio automático, referido como freio de retenção, aplicado diretamente ao

eixo do motor ou alguma parte no conjunto de engrenagem.

Cada guincho de um guindaste, será equipado com um sistema de freios para evitar

excesso de velocidade, além do freio de retenção, exceto os guinchos com

engrenagem helicoidal, onde o ângulo da rosca helicoidal impede a carga de acelerar

na direção de descida.

Os freios de retenção para motores do guincho, não deverão ter sua

capacidade de carga menor do que a seguinte porcentagem:

_ 125% quando usada com um meio de freio de controle que não seja mecânico.

_ 100% quando usado em conjunto com um sistema de freio de controle mecânico.

_ 100% cada se dois freios de retenção são fornecidos.

Freios de retenção em guinchos deverão ter uma ampla capacidade térmica

para a freqüência de operação exigida pelo serviço.

Freios de retenção em

guinchos deverão ser

aplicados automaticamente

quando a energia é retirada.

Quando necessário, os freios

deverão ser providos com um

meio de ajuste para

compensar desgaste. A

superfície de desgaste de

todos os tambores ou discos

de freios de retenção deverá

ser lisa.

SISTEMA DE FREIO DE CONTROLE

O sistema de controle de energia regenerativo, dinâmico, contra-torque, ou o

sistema mecânico, deverão ser capazes de manter velocidades seguras de descida

das cargas nominais.

O sistema de controle de freio deverá ter ampla capacidade térmica para a

freqüência de operação exigida pelo serviço.

Page 20: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 20

5. Operação - Içamento e Manuseio de Carga

Para movimentar cargas com meios de elevação são utilizados lingas e

dispositivos de movimentação.

As Lingas são, por exemplo: cabos, correntes, cintas e laços sintéticos.

Por meio delas é que fazemos o acoplamento da carga ao meio de elevação.

Dispositivos de movimentação são aqueles que fazem um acoplamento

direto ou mesmo através de uma Linga à carga.

São considerados dispositivos de movimentação: ganchos e garras

especiais, suportes para eletroimãs, travessões, etc. A escolha da Linga

deveria ser feita pela engenharia de produção ou pelo planejamento, mas na

maioria das vezes, quem tem de escolher é o próprio movimentador.

A escolha da linga adequada para a movimentação deve ser feita por uma

pessoa devidamente qualificada para este fim. Neste manual indicaremos alguns

critérios que devem ser seguidos para uma decisão correta,

Page 21: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 21

5.1. Operação e Manuseio de Cargas

Aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para cargas com superfície lisa, oleosa ou escorregadia, assim

como laços de cabo de aço com ganchos para aplicação nos olhais da carga.

• Correntes: para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham

chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da

carga.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cargas com superfícies extremamente

escorregadias ou sensíveis, como por exemplo, cilindros de calandragem, eixos,

peças prontas e pintadas.

• Cordas de Sisal e Sintéticas: para cargas com superfície sensível, de baixo

peso, como tubos, peças de aquecimento e refrigeração ou outras peças passíveis de

amassamento.

• Combinação Cabo e corrente: para o transporte de perfis e trefilados. Neste

caso a corrente deve ficar na área de desgaste onde possivelmente existam cantos

vivos e o cabo fica nas extremidades exercendo função de suporte e facilitando a

passagem da Linga por baixo das cargas.

Não aplicáveis são:

• Cabos de Aço: para materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.

• Correntes: para cargas com superfície lisa ou escorregadia.

• Cintas e Laços Sintéticos: para cantos vivos e cargas em altas temperaturas.

Page 22: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 22

5.2. Operação da Ponte Rolante

O bom operador de ponte rolante usa os controles de maneira a aplicar

corretamente a aceleração e a frenagem, sem danificar seus componentes. Neste

capítulo serão fornecidas informações básicas sobre operações com a ponte rolante.

Ao se operar a ponte para pegar cargas próximas ás extremidades das vigas

deve-se, antes de atingi-las, parar completamente a ponte e depois, com movimentos

curtos e lentos, completar-se o trajeto até que os pára-choques da ponte e das vigas

se toquem levemente.

Quando a ponte é equipada com controles manuais, deve ser acelerada

movendo-se a manipula gradativamente na direção desejada. A aceleração correta

elimina a patinação das rodas da ponte, permite á carga perdurada adquirir impulso

quase na mesma proporção que a ponte e evita, a ela e ao motor, esforços

desnecessários.

Quando o controle é magnético, a manipula pode ser levada de uma só vez

até o fim, pois a aceleração é automática e se processa por meio de relés adequados.

Os calos nas rodas da ponte são originários de patinação e freadas bruscas.

Não se deve operar a ponte a longas distâncias pelas vigas de rolamento com a

manípula de comando mal ajustada entre as posições neutra e toda força.

Page 23: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 23

5.3. Talhas

a) A capacidade de carga das talhas deve estar claramente posicionada no

corpo da talha, bem como o trilho também deve ter assinalada sua capacidade de

carga;

b) As talhas devem estar seguramente presas aos seus suportes através de

travas ou manilhas;

c) Talhas podem ser sustentadas em estrutura rígida (trilhos) ou por ganchos.

Quando suspensas por ganchos, estes devem ser providos com trava que não

permitam o escape da talha;

d) As talhas elétricas devem ser providas com limite de fim de curso que não

permita ao cabo de aço sobre-enrolar no tambor e romper-se;

e) Os trilhos por onde correm as talhas devem ter batente de fim de curso

para evitar a queda da talha;

f) O tambor das talhas com entalhe simples para acomodação do cabo deve

ser livre de projeções que possam danificar o cabo;

g) Só utilizar talhas que apresentem cabos, correntes, ganchos e demais

componentes em adequadas condições de uso;

h) Manter mãos e dedos distantes de pontos de pinçamento;

j) Não permanecer sob cargas suspensas;

Page 24: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 24

Talhas Elétricas

a) O botão de subida da talha deve ser projetado de forma que requeira

permanente pressão para levantar ou abaixar a carga;

b) O cabo elétrico da caixa de comando deve ser sustentado por um cabo ou

corrente paralela protegendo o cabo de possíveis esforços e danificações;

c) A talha deve ser aterrada de maneira a evitar possível choque elétrico no

operador em caso de falha do circuito;

d) Um mínimo de duas voltas de cabo deve permanecer no tambor quando o

bloco do gancho estiver no piso mais baixo do edifício onde a talha opera.

Talhas Pneumáticas

a) Talhas pneumáticas acionadas por pistão devem ter porca do tipo castelo

cupilhada para segurar o pistão;

b) Quando acionadas por pistão, um grampo em U deve ser usado para

prevenir que o gancho escape do suporte do pistão.

Talhas manuais

a) As talhas manuais podem ser portáteis para uso em serviços de montagem

ou manutenção. É recomendável que sejam de corrente em função da sua

resistência;

b) Devem ser equipadas com freio de carga mecânico que permita controlar a

velocidade de subida e descida da carga.

Page 25: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 25

5.4. Cronograma Ideal para uma Movimentação

a) Preparação:

• Conhecer o peso e centro de gravidade de carga;

• Determinar qual Linga e se necessário preparar proteção para os

cantos vivos;

• Preparar o local de destino com caibros e cunhas se necessário.

b) Informar ao operador o peso da carga.

c) Colocar o gancho do meio de elevação perpendicularmente sobre

o centro de gravidade da carga.

d) Acoplar a Linga à carga. Se não for utilizar uma das pernas da

Linga, acoplá-la ao elo de sustentação para que não possa se

prender a outros objetos ou cargas. Quando necessário, pegar a

Linga por fora e deixar esticar lentamente.

e) Sair da área de risco.

f) Avisar a todos os envolvidos no processo de movimentação e a

todos que estiverem nas áreas de risco.

g) Sinalizar ao operador. A sinalização deve ser feita por uma única

pessoa.

h) Ao iniciar a movimentação devemos verificar:

• se a carga não se ganchou ou prendeu;

• se a carga está nivelada ou corretamente suspensa;

• se as pernas têm uma carga semelhante.

i) Se a carga pender mais para um lado, abaixá-la para prendê-la

corretamente.

j) Movimentação da carga.

k) . No transporte de cargas assimétricas ou onde haja influência de

ventos deve-se usar um cabo de condução que seja longo o

suficiente para que se fique fora da área de risco.

l) Abaixar a carga conforme indicação do movimentador.

m) . Certificar-se de que a carga não pode se espalhar ou tombar.

n) Desacoplar a Linga.

o) . Prender os ganchos da Linga no elo de sustentação.

p) Ao levantar a Linga verificar se ela não pode se prender a nada.

Page 26: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 26

5.5. Modos de movimentação

a) A pessoa responsável pela movimentação de carga deve se certificar de que: 1- A carga, laço ou acessório de carga, esteja devidamente apoiada na base do gancho; 2- A carga esteja segura, equilibrada e devidamente posicionada no gancho, laço ou acessório de carga, logo após o levantamento de poucos centímetros; 3- O cabo de elevação não possui dobramento; 4- As diversas linhas do cabo do moitão não estejam torcidas entre si; 5- O gancho esteja colocado na carga de forma a minimizar balanços; 6- cabo esteja devidamente posicionado nos canais dos tambores e polias, mesmo que o cabo esteja sem carga ou tenha ficado sem carga anteriormente. b) Durante a operação de levantamento de carga, deve-se tomar cuidado para que: 1- Não ocorra a aceleração ou desaceleração repentina da carga; 2- A carga fique livre de quaisquer obstruções. c) Os equipamentos não podem ser usados para movimentações

laterais, a não ser quando especificamente autorizado por uma

pessoa qualificada, que tenha se certificado de que:

1- Nenhuma parte do equipamento será sobrecarregada; 2- O cabo de elevação não irá se encostar ou se atritar com nenhuma parte da estrutura do equipamento, que não tenha função especifica de apoiar o cabo; 3- A puxada lateral não provocará a saída do cabo das polias ou canais do tambor; 4- A puxada lateral não provocará balanço excessivo do bloco ou da carga. d) O operador não pode levantar abaixar ou movimentar o equipamento, caso haja alguma pessoa sobre a carga ou no gancho.

Page 27: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 27

5.5.1. Modos de movimentação e quanto a carga pode pesar em

cada modo de operação.

A movimentação com Lingas de

uma perna é mais simples. A

carga pode ser igual a capacidade

de carga da perna

A movimentação com Lingas de duas pernas. Quanto maior a angulação menor a capacidade de carga da

Linga pois as forças resultantes são crescentes

Para efeito de cálculos usamos, como exemplo, sempre Lingas que

comportam 1.000Kg por perna.

• corrente 10mm grau 2

• cabo de aço 12mm

• corda de polipropileno 24mm

• corrente 8mm grau 5

• corrente 6mm grau 8

Devemos demonstrar com isto o quanto a carga pode pesar em cada

modo de operação

Page 28: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 28

Linga em cesto perpendicular à carga

pode ter o peso igual a capacidade de

quatro pernas independentes

somadas. Mas isso somente se o

diâmetro da peça for grande o

suficiente e não houver cantos vivos.

Só pode ser usada quando não

houver risco da carga escorregar

Dois laços em perpendicular, por causa

da força aplicada no lançamento.

Devemos contar com apenas 80% da

capacidade da carga.

Se utilizarmos uma Linga em cesto

onde as extremidades estão presas a

um único elo de sustentação onde a

corrente trabalhe sem dobras ao

redor da carga e com uma angulação

inexpressiva. Podemos calcular com

a capacidade de cada perna como

cheia

Page 29: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 29

Se utilizarmos uma Linga em cesto

ou em laço devemos contar com

apenas 80% de sua capacidade de

carga por causa da dobra que é feita

no laçamento.

Se utilizarmos uma Linga em

cesto sem fim onde a corrente

trabalhe sem dobras ao redor da

carga e com uma angulação

inexpressiva. Devemos contar

com 80% da capacidade da carga

de suas pernas uma vez que ela

trabalha dobrada sobre o gancho.

Se utilizarmos uma Linga sem fim

em laço, devemos contar também

com apenas 80% da capacidade de

suas pernas uma vez que ela sofre

dobramentos no laço e no gancho.

Page 30: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 30

5.6. Balanço da Carga

O balanço da carga é o resultado da conexão flexível entre a ponte e a carga

(cabo de aço da ponte). Quando se liga o motor da ponte, ela imediatamente se

movimenta, porém a carga fica ligeiramente para trás, com o cabo de aço formando

um ângulo com a perpendicular. O mesmo acontece quando se diminui a marcha;

nesse caso o impulso da carga traciona a ponte. O operado experiente tira vantagem

desse movimento (balanço avançado da carga) para evitar que a carga balance

quando a ponte estiver totalmente parada.

Em lugar de deixar que a carga passe de ponte e depois voltar atrás ate

atingir o prumo, o operador deve: parar a ponte antes do lugar de descarga; quando

a carga balançar, acelerar a ponte rapidamente para frente acompanhando o

balanço da carga, de maneira que tanto a ponte como a carga possa ter seus

movimentos simultaneamente interrompidos quando atingirem o local de descarga.

O trole

Assim como a ponte, o trole possui chave-limite para desligar a força e fazê-lo

parar. Os trilhos do trole têm batentes nas extremidades. Não se deve permitir que o

trole atinja esses batentes em grande velocidade

5.7. Movimentação com Travessões

Com travessões podemos fazer movimentações mesmo com pouca altura de

elevação, evitando total ou parcialmente a angulação das pernas.

As cargas abaixo do Travessão devem ser presas de tal forma que não possam

se dobrar e cair (carga ou peças individuais). Devemos considerar como única

desvantagem do Travessão o seu próprio peso, pois quanto maior seu peso menor o

peso que poderemos transportar, devido a limitação do meio de elevação.

Page 31: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 31

Se utilizarmos Travessões e a

carga não for alinhada em seu

centro a carga pende e pode

escorregar e cair

Movimentação com angulação invertida, as Lingas podem escorregar por baixo da carga

Em Travessões com dois pontos de fixação superior, se a carga é alocada mais para um lado, esta carga só estará sendo suportada em uma das fixações superiores do Travessão

A carga está no centro, as duas fixações superiores estão igualmente carregadas

Page 32: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 32

5.8. Como se Assegurar que a Carga não se Solte Possibilidades de acidentes nunca podem ser descartadas. A Linga pode se

soltar do gancho do meio de elevação, ou mesmo o gancho da Linga, pode se soltar

da carga.

Travas adequadas nos ganchos

do meio de elevação e do

Travessão impedem que a carga

possa se soltar

5.9. Estocagem da Carga

Armazenamento de materiais.

O peso do material armazenado não poderá exceder a capacidade de carga

calculada para o piso.

O material armazenado deverá ser disposto de forma a evitar a obstrução de

portas, equipamentos contra incêndio, saídas de emergências, etc.

Material empilhado deverá ficar afastado das estruturas laterais do prédio a

uma distância de pelo menos 0,50m (cinqüenta centímetros).

A disposição da carga não deverá dificultar o trânsito, a iluminação, e o

acesso às saídas de emergência.

O armazenamento deverá obedecer aos requisitos de segurança especiais a

cada tipo de material.

Os perfis devem ser mantidos preferencialmente amarrados e alinhados.

Evitar balanços ou distorções que possam causar amassamento ou torções

nos perfis.

Perfis menores sempre apoiados sobre perfis maiores.

Page 33: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 33

5.10. Finalização da movimentação

O movimentador só pode sinalizar, para que a carga seja depositada, após ter

verificado se todos os envolvidos (ou não) estejam fora da área de risco. Acidentes

sempre acontecem quando o movimentador tenta rapidamente, enquanto a carga

desce, preparar ou limpar a área de destino, e acaba tendo o dedo esmagado ou pior.

Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com

as mãos, mas sim, por meio de acessórios como ganchos e engates ou cabos.

Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos

ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mão, ela

tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada, não podemos

pará-la com nossa força.

Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que

facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o

material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

5.11. Lingamento e Deslingamento de Cargas

A operação de içamento de carga é a que gera o fator de risco com maior

probabilidade de dano ao trabalhador no setor portuário. É um serviço constante

que envolve milhares de trabalhadores utilizando diversos tipos de lingas e com

grande variedade de cargas e embalagens. Como a operação envolve carga suspensa,

há grande potencial, em caso de queda, de resultar em acidentes graves seja de

natureza humana ou material. Assim, as pessoas responsáveis por essas operações,

contratadas pelos operadores portuários, devem ser capacitadas para orientar o

serviço e tomar as decisões adequadas no momento de substituir uma linga ou

paralisar um guindaste com problemas mecânicos ou elétricos.

Principais fatores de risco . Uso de lingas inadequadas ou sem certificação;

. Aparelhos auxiliares defeituosos ou não certificados;

. Cargas desniveladas;

. Uso de equipamento inadequado para lingamento da carga;

. Ângulos dos ramais das lingas acima do recomendado;

. Falta de plataformas nos trabalhos de lingamentos em terra;

. Má distribuição da carga nos travessões e travessões;

. Pessoal inabilitado para operação de equipamento;

. Pessoal inabilitado nos sinais de mão para operação de guindar;

. Materiais soltos sobre a carga;

. Falta de procedimentos operacionais e treinamentos da equipe de

trabalho.

Page 34: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 34

5.12. Inspeção Diária

Relatório de entrada - Manutenção a cada 8 horas de operação

Ponte rolante nº Operador chapa nº

Data Inicio Termino Inspeção Bom Reparar Observações

1- Chave geral

2- Chave do sistema de iluminação

3- Sirene

4- Lâmpada – piloto

5- Buzina

6- Painel de comando

7- Cabos

8- Ganchos

9- Movimento da ponte

10- Freio da ponte

11- Pára –choque

12- Movimento do trole

13- Freio do trole

14- Batentes

15- Movimento do guincho

16- Freio do guincho

17- Chave – limite

18- Extintor de incêndio

19- Limpeza da cabina

20- Acessório individuais

Observações

Importante: só inicie a operação da ponte rolante após ter entregue este relatório ao encarregado e ter recebido autorização para opera – lá.

_____________________________ Assinatura do Operador

______________________________ Assinatura do Encarregado

Page 35: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 35

6. Capacidade, Peso e Centro de Cargas

6.1. Estabilidade e Centro de Gravidade:

O centro de gravidade de qualquer objeto é o ponto central de equilíbrio do

mesmo. Todos os objetos tem centro de gravidade (CG). Uma máquina carregada têm

um novo centro de gravidade combinado.

A estabilidade de uma empilhadeira é determinada pela posição de seu CG ou

pela posição do CG combinado quando a máquina está carregada.

O CG da carga é móvel devido as partes móveis do equipamento. O CG

desloca-se para frente e para trás, conforme o tranlado e deslocando-se para cima e

para baixo conforme os movimentos d o guincho de elevação.

O centro da gravidade e por seqüência, a estabilidade da empilhadeira

carregada é influenciada por diversos fatores como: dimensão, peso, forma e posição

da carga, altura de elevação da carga, o grau de inclinação para frente e para trás, a

pressão dos pneus e as forças dinâmicas que surgem com a máquina em movimento.

Estas forças dinâmicas são causadas pela aceleração, freadas, curvas e

operações em superfícies irregulares ou em aclives.

Esses fatores também são importantes para uma empilhadeira sem carga que

é fácil de tombar lateralmente, em comparação com uma máquina com carga na

posição mais baixa possível.

Page 36: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 36

7. Dispositivos de Içamento

7.1. Lingas

As lingas são dispositivos feitos de cabo de fibra, de arame ou de correntes,

com laços e sapatilhas que servem para fazer a ligação da carga com o aparelho de

guindar que irá sustentar as cargas nas manobras de içamento. Assim, a carga que

é içada pelo guindaste ou pau de carga é chamada de lingada..

Na verdade, existe uma grande variedade de lingas, sendo algumas

específicas para a movimentação de uma determinada carga ou embalagem. Por

exemplo: linga de barril, de corrente, de funda, de patolas, de rede, de tabuleiro, etc.

Existem também as cargas pré-lingadas que utilizam lingas descartáveis, isto é, que

não podem ser reutilizadas após o primeiro tracionamento. Assim, é recomendado ao

operador portuário que faça a inutilização destas lingas, cortando-as, para que não

sejam reutilizadas. A escolha da linga adequada para a movimentação deve ser feita

por uma pessoa devidamente qualificada para este fim. Neste manual indicaremos

alguns critérios que devem ser seguidos para uma decisão correta,

Linga/Material Uso Adequado Não Utilizar

Cabo de aço

Para cargas com superfícies lisas, oleosas ou escorregadias, assim como em laços de cabo de aço com ganchos ara aplicação nos olhais da carga.

Em materiais com cantos vivos ou em altas temperaturas.

Correntes

Para materiais em altas temperaturas e cargas que não tenham superfícies escorregadias como vigas, chapas ou perfis. Lingas de corrente com gancho podem ser acoplados aos olhais da carga.

Para cargas com superfícies lisas ou escorregadias

Cintas e Laços sintéticos

Para cargas com superfícies extremamente escorregadias ou sensíveis, como exemplo: cilindros de calandragem, eixos, peças prontas e pintadas.

Em cargas com cantos vivos, em altas temperaturas.

Cordas de sisal e sintéticas

Para cargas com superfície sensível, de baixo peso como tubos e outras passíveis de amassamento.

Em peças de grande peso, com cantos vivos.

Cabos de aço e correntes

Para o transporte de perfis e trefilados. Neste caso, a corrente deve ficar na área de desgaste ou cantos vivos e o cabo de aço nas extremidades.

Para cargas com superfícies lisas ou escorregadias

Page 37: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 37

7.2. Especificação dos Dispositivos

Quando temos que ajeitar a carga ou estabilizá-la, não devemos fazê-lo com

as mãos, mas sim, por meio de acessórios como ganchos e engates ou cabos.

Se a carga ao ser depositada deve ser ajeitada manualmente, não podemos

ficar entre ela e obstáculos fixos, pois mesmo quando movimentada com a mão, ela

tem uma energia potencial tão grande que, depois de movimentada, não podemos

pará-la com nossa força.

Ao depositar a carga devemos observar, para que tenhamos uma base que

facilite a retirada da Linga por baixo da carga, utilizando caibros por exemplo. Se o

material for redondo, devemos nos assegurar de que ele não possa rolar.

Fixação de Cabos de Aço, Correntes e Cordas

Page 38: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 38

7.3. Corrente

As correntes são fabricadas em diversas formas e especificações. Devido às

suas qualidades, são largamente utilizadas nas operações de movimentação de

cargas. No processo industrial de fabricação das correntes, os elos são dobrados e

depois soldados. A certificação de uma corrente exige uma série de ensaios de

dobramentos e de tração, que testam a solda e o tratamento térmico realizado As

correntes são classificadas por classes de qualidade também chamada de grau, de

acordo com sua tensão de ruptura, conforme quadro abaixo.

Lingas simples - em aço forjado usadas em fundições, Pontes rolantes,

Empreiteiros de Construção e para todos os trabalhos onde se tornam necessários

Guindastes para remoção de material, como cargas e descargas de navios e

caminhões.

Quadro XVIII: Graus de qualidade de Correntes

Grau 2 5 8

Tensão de ruptura 200N/mm2

(20,4Kg/mm2) 500N/mm2

(51Kg/ mm2) 800N/mm2

(81,6Kg/mm2)

Matéria Prima (DIN 17115)

U – ST 35 Aço nobre Aço nobre

Ni 0,7%, Cr 0,4% e Mo

0,15%

Carga de Trabalho, teste e ruptura.

1:2,5:4

Símbolo de Identificação Formato e

cor.

Circulo natural/cinza

Pentágono Verde

Octógono Vermelho

Page 39: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 39

Características

O diâmetro nominal de uma corrente é o diâmetro da seção de seus elos. Esta

medida deve ser feita na parte oposta à solda. O comprimento da corrente varia com

as dimensões e o número de elos que a compõem.

As dimensões dos elos de uma corrente variam ligeiramente em função de

seu diâmetro nominal e do tipo da corrente. As relações entre as dimensões do elo da

corrente e seu diâmetro podem ser obtidas, aproximadamente pelo quadro abaixo:

Quadro XX: Dimensões de Elos de Correntes

Dimensões Relação

Largura Interior Largura Exterior Comprimento Interior

e = 1,3 d b = 3,3 d p = 3.d

Figura 33: Dimensões dos elos de uma corrente

O passo de uma corrente é medido pelo comprimento interno de seu elo.

Somente corrente com o passo igual a três vezes o seu diâmetro pode ser utilizado

para movimentação e amarração de cargas. As correntes de elos grandes não devem

ser utilizadas na movimentação, porque os elos longos podem ser dobrados e

quebrar.

Capacidade de Carga

A capacidade da linga deve ser inscrita na plaqueta de identificação. Em caso

de dúvida, considera-se que a corrente tem grau 2. Deve ser observado também qual

o número de pernas que tem a linga: caso haja mais de um, deve ser definido o

ângulo mais seguro e adequado (< 45° ou até 60º). A seguir, deve ser consultada a

tabela de carga do fabricante. Vale ressaltar que não é permitido ângulo superior a

60°. Caso seja necessário, devem-se utilizar travessões, balancins ou expansores.

. Vantagens e Limitações do Uso de Correntes

Entre as varias vantagens das correntes sobre as outras lingas, citamos:

- Podem ser encurtadas;

- Durabilidade;

- Não precisam ser trocadas totalmente;

Page 40: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 40

- Possuem alongamento de 25% antes de

romper;

- Possibilidade de combinação com outros

tipos de matérias de lingas(cabos de aço e

cinta);

- Sua utilização em cantos vivos (apoio de três

pontos).

Figura 34: Canto vivo

Canto vivo é a expressão usada nas situações em que o raio no canto da

carga a ser movimentada for menor do que o diâmetro nominal da linga. Quanto a

limitações de uso citamos:

- Não devem ser utilizadas em cargas escorregadias;

- Só podem ser aplicadas as com passo de 3 vezes o diâmetro;

- Só podem ser aplicadas as fabricadas conforme a norma DIN 5687-8.

Inspeções e Substituições de lingas de Correntes

Como toda linga as correntes devem ser vistoriadas periodicamente pelos

responsáveis pela movimentação das cargas, devendo verificar se há a presença das

seguintes irregularidades que podem exigir a retirada de elos ou de trechos da linga

de correntes:

- Danos mecânicos (entalhamento, amassamento, fissuras e pontos de

contato elétrico);

- Deformação por dobra ou torção;

- Redução maior que 10% do seu diâmetro médio;

- Alongamento externo do elo de mais de 3%;

- Alongamento interno do elo de mais de 5%;

- Alongamento da corrente em mais de 5%.

Figura 35: 1) Dobramento; 2)Esmagamento; 3) Alargamento; 4)Rompimento.

Page 41: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 41

7.4. Barra de Carga / Movimentação com Travessões

São utilizados vários aparelhos auxiliares para fazer a ligação da carga ao

gancho do equipamento de guindar. Entre estes os mais utilizados são os balancins

ou travessões e o quadro posicionador utilizado na movimentação de contêineres. Os

travessões ou balancins são bastante utilizados nas operações de movimentação de

carga, por evitarem a formação de ângulos indesejáveis nos terminais ou pernas das

lingas. Eles permitem também diminuir o comprimento da linga e,

conseqüentemente, a altura do guindaste ou pau de carga. O peso bruto desses

aparelhos é seu único inconveniente, já que se soma ao peso da carga no momento

do içamento, o que, por vezes, limitando a capacidade de carga do aparelho de

guindar. Muitos destes aparelhos utilizados nos portos foram fabricados sem a um

projeto técnico. A NR 29 para corrigir esta falha exige em seu item 29.3.5.10 que

todos os equipamentos deguindar e acessórios neles utilizados para içamento de

carga devem ser fabricados conforme as normas técnicas nacionais ou

internacionais, serem periodicamente vistoriados e testados por pessoa física ou

jurídica devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e

Agronomia – CREA.

Os proprietários ou arrendatários desses aparelhos devem ter consigo a

certificação, com a respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do CREA,

os projetos construtivos e os resultados dos testes e ensaios recomendados. Quando

em operação, esses aparelhos devem trazer em seu corpo a sua capacidade de carga

e peso bruto grafada de forma visível.

Figura Uso de balancins

Na verdade, existem também vários outros tipos de garras utilizadas para a

movimentação de cargas, devendo ser obedecidas às mesmas regras do balancim

quanto à sua identificação e capacidade de carga. Todos os elementos devem

também ser certificado e o proprietário dispor dos projetos construtivos.

Page 42: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 42

7.5. Cintas

As cintas são fabricadas a partir de fibras sintéticas e possui uma ótima

capacidade de carga, se analisarmos seu peso. São bastante empregadas quando

não existem cantos vivos e o material a ser içado não pode sofrer riscos ou

amassamentos. Para serem reconhecidas, as cintas de poliéster devem ter uma

etiqueta azul. Por terem boa elasticidade, resistência à luz, ao calor e aos ácidos

solventes, as cintas de poliéster são as mais utilizadas no trabalho portuário.

Entretanto, sua fragilidade se manifesta quando em contato com produtos básicos,

motivo pelo qual deve ser evitado o seu contato com sabões. As cintas de poliamida

têm a etiqueta de cor verde e são resistentes às bases. Sua desvantagem é que

absorvem muita umidade, fato que provoca uma redução na sua capacidade de

carga. Cintas de movimentação de polipropileno, de etiqueta marrom, têm uma baixa

capacidade de carga e são pouco flexíveis, sendo empregadas em alguns casos por

sua resistência química. Quando utilizadas em terminais metálicos, estes devem ser

construídos de tal forma que seja possível se passar um pelo outro, a fim de fazer

uma laçada.

Formas de Levantamento

As cintas elevam e movimentam sua carga em qualquer uma das quatro

formas diferentes de levantamento ilustrado.

Algumas cintas são especificamente designadas para serem utilizadas em

somente um tipo de levantamento.

Para reduzir atritos e evitar cortes nas cintas, são utilizados revestimentos de

materiais sintéticos resistentes a elas ajustáveis, em especial os poliuretanos..

Page 43: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 43

As inspeções visuais devem ser feitas periodicamente, com o objetivo de

detectar avarias superficiais, tais como cortes e outros danos. Entretanto, o mais

importante é respeitar o tempo de utilização, observando a data de fabricação que

deve constar na etiqueta.

Figura 36: 1) Olhal normal (forma Basket); 2) Olhal torcido (forma Choker); 3) Olhal reduzido (Ganchos pequenos)

Envelhecimento

Devido ao envelhecimento das fibras, em especial quando usadas ao ar livre

ou em banhos químicos, a data de fabricação das cintas deve estar na etiqueta.

Para reduzir o atrito e para evitar cortes nas cintas podemos usar

revestimentos com materiais sintéticos resistentes, em especial de poliuretano.

Normalmente estes de perfis são ajustáveis à cinta.

1) Cinta movimentando bobina com proteção para canto vivo

2) Cinta de poliéster para elevação de cargas

Page 44: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 44

7.5.1. Para utilização de cintas existem algumas regras especiais:

• Quando se eleva uma carga, o ângulo de abertura entre as pontas da cinta

não deve ultrapassar 120º.

• Somente cintas com olhais reforçados podem ser utilizadas em laço.

• Para utilizar diversas cintas num travessão todas devem estar numa perna

perpendicular para não haver esforço maior numa das pernas.

• As cargas não podem ser depositadas sobre as cintas para que não sejam

danificadas.

• Não se pode dar nó nas cintas.

• Após utilização em banhos químicos, as cintas devem ser neutralizadas e

enxaguadas para que não haja concentração química.

Segurança também requer Inspeção

As cintas devem ser examinadas em intervalos não superiores a duas

semanas, quando usadas em levantamentos gerais de diferentes tipos de cargas.

1º. Coloque a cinta em uma superfície plana com área apropriada.

2º. Examine os dois lados da cinta.

3º. Cintas tipo Anel devem ser examinadas em todo seu comprimento e

perímetro.

4º. As alças dos olhais devem ser examinadas particular e cuidadosamente.

5º. Todo equipamento deve ser examinado somente por uma pessoa,

designada para esta inspeção.

10 itens para um levantamento seguro

1. Não exceder às especificações do fabricante, nas limitações de peso e

estabilidade.

2. Nunca aplique uma sobrecarga no equipamento de elevação.

3. Uma operação suave e balanceada rende muito mais, além de evitar

desgaste do equipamento e acidentes.

4. Nunca use cintas avarariadas.

5. Posicionar a cinta corretamente na carga, para propiciar uma fácil

remoção, após o uso.

6. Não deixe a carga em contato direto com o piso. Coloque calços ao

descarregá-la para melhor poder elevá-la.

7. Não posicione a cinta em cantos agudos ou cortantes.

8. Utilize ganchos com um raio de apoio nunca inferior a “1”, de seção lisa e

redonda.

Page 45: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 45

9. Evite a colocação de mais de 1 par de cintas, no mesmo gancho.

10. Quando elevar uma carga pesada com mais de uma cinta, verifique se o

total do peso está bem distribuído na tensão dos vértices da cinta.

7.6. Ganchos

As principais recomendações para a utilização dos ganchos são:

Todos os ganchos devem dispor de travas de segurança que impeçam a saída

acidental do laço, da linga ou do acessório de ligação durante a movimentação;

Os olhais, manilhas ou anelões com diâmetro estreito para o gancho, não

devem ser usados neste caso, pois provocam a deformação e destruição dos

acessórios;

Os esforços devem ficar no assento do gancho, nunca em sua ponta;

Os ganchos devem ser substituídos quando houver deformação em sua

abertura superior a 10%.

Figura Diferentes travas de segurança para ganchos de guindar

Figura: Uso do gancho

Substitua os elementos de ligação quando:

• Houver deformação mecânica por amassamento, entalhamento e trincas;

• Houver deformação por abertura, torção ou amassamento.

Page 46: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 46

7.7. Marcação de Carga Máximas

As informações sobre cargas máximas definidas nos ensaios do aparelho de

içar e dos acessórios devem ser indicadas de forma clara e visível.

Nos guindastes, a indicação pode ser pintada em seu corpo, com tinta

resistente às intempéries, e escritas em placas afixadas no interior da cabine para

que o operador possa consultar quando necessário. Nos paus-de-carga, a indicação

geralmente é fixada junto à base, próxima à articulação.

Os acessórios devem trazer gravadas sua capacidade de carga e a data de

fabricação. As lingas de cabo de aço, correntes, cordas e cintas devem trazer placas

indicando sua capacidade, data de fabricação e fabricante.

Os acessórios devem trazer

gravadas sua capacidade de

carga e a data de fabricação.

As lingas de cabo de aço,

correntes, cordas e cintas

devem trazer placas

indicando sua capacidade,

data de fabricação e

fabricante

7.8. Manilhas

A manilha é um acessório utilizado tanto na movimentação quanto na fixação

de cargas. É formada por duas partes facilmente desmontáveis, que consistem em

um corpo e um pino. As manilhas são classificadas quanto ao grau, forma e tipo de

pino.

Quadro XXIII: Classificação das manilhas

Grau M

Manilha de aço carbono

T Manilha de aço-liga

Forma Manilha reta

Manilha curva

Tipo de pino

W Pino rosqueado com olhal e colar

X Parafuso com cabeça e porca sextavada

e contrapino.

Page 47: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 47

7.9. Olhais

O projeto do RLP, patenteado pela Gunnebo, pode ser utilizado em aplicações nas quais um ponto de elevação convencional não seria plenamente adequado.

Destina-se a ser utilizado como um ponto de Elevação, de Amarração ou Tração.

O RLP pode girar 360º e articular 180º

Forjado em material Grau 10 permite Carga Máxima de Trabalho superior aos

olhais Grau 8 e DIN 580.

** Em caso de aplicação 1 perna e onde a carga é limitada a carregamento reto no

sentido da rosca (sem força de dobramento) pode-se usar ELP com a Carga indicada

na tabela, multiplicado por quatro.. Nota: As profundidades rosqueadas necessitam

ser no mínimo 1xM para aço, 1,25xM para ferro fundido e 2xM para liga de alumínio

Page 48: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 48

7.10. Segurança e Inspeção de Cintas

Condições de segurança

• Conhecer o peso e o centro da gravidade da carga;

• Verificar condições de embalagem ou de amarração da carga;

• Se necessário, preparar proteções para cantos vivos;

• Preparar local de destino;

• Colocar o gancho de elevação perpendicularmente sobre o centro de gravidade

da carga;

• Não exceder as especificações técnicas;

• Não sobrecarregar o sistema ou equipamento de elevação;

• Posicionar a cinta corretamente na vaga;

• Verificar se a carga está livre para movimentação;

• Verificar o balanceamento da carga;

• Utilizar ganchos com raio de apoio nunca inferior a um ø de 1´ de seção lisa e

redonda;

• Em longos percursos de movimentação ou para cargas assimétricas, utilizar

guia não metálica na condução;

• Se a carga pender, baixá-la imediatamente;

• Evitar a colocação de mais um par de cintas no mesmo gancho;

• Operar a movimentação com suavidade, evitando movimentos bruscos;

• Nunca utilize cintas avariadas (ver inspeções);

• Sinalize o local de movimentação;

• Avise a todos os envolvidos e todos que estiverem na área de risco;

• Saia da área de risco;

Page 49: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 49

Inspeções

A inspeção preventiva é de fundamental importância para a manutenção dos

níveis de segurança e economia. As cintas devem ser examinadas em intervalos

regulares, dependendo da freqüência de uso, por pessoa treinada.

Cinta gasta por abrasão

Mesmo que os fios externos não cheguem a se romper, podem atingir um ponto

de desgaste que diminui o coeficiente de segurança da cinta, tornando seu uso

precário à segurança. Em situações de desgaste excessivo por abrasão, solicitar

proteções.

Não utilizar cintas onde o desgaste por abrasão seja maior que 10% da espessura

original da cinta.

Corte no sentido longitudinal

Ocorre geralmente quando a cinta é utilizada em contato com a área não plana

da carga. Nunca utilizar cinta sem proteção em carga que tenha a largura

inferior à da cinta. Na ocorrência de corte no sentido longitudinal, onde o corte

ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de uso.

Corte no sentido transversal

Ocorre quando a cinta sofre tensão desequilibrada ou contato com cantos vivos,

agudos ou abrasivos. Nunca utilizar sem proteções a cinta em contato com

cantos vivos, agudos ou abrasivos. Na ocorrência de corte no sentido transversal,

onde o corte ultrapasse 10% da largura da cinta, a cinta deve ser retirada de

uso.

Critérios básicos para inspeções de rotina

1. Colocar a cinta em uma superfície plana;

2. Examinar com atenção ambos os lados;

3. Examinar cuidadosamente os olhais;

4. Examinar cuidadosamente as proteções e os acessórios se houver;

5. Todo o pessoal envolvido com o uso e as inspeções deve ser treinado.

Page 50: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 50

8. Cabos de Aço

8.1. Constituição

O cabo de aço em si é um conjunto de pernas dispostas em forma de

hélice, podendo ou não ter um centro ou alma de material metálico ou de

fibra, constituindo-se em um elemento flexível de transmissão de força.

A classificação de um cabo de aço é feita, geralmente, por um número

que indica a quantidade de pernas que compõem o cabo, outro que indica o

número de arames existentes em cada perna e de letras que informam o tipo

de alma.

8.2. Especificação de Cabos de Aço

O item 29.3.5.23 remete os fabricantes de lingas utilizadas na área

portuária à obediência às recomendações técnicas das NBR 6327/83 – Cabo

de Aço Para Usos Gerais; NBR 11900/91 – Extremidade de Laços de Cabo

de Aço; NBR 13541/95 Movimentação de Carga – Laço de cabo de Aço; NBR

135442/95 - Movimentação de Carga – Anel de Carga; NBR 13543/95 –

Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço – Utilização e Inspeção; e

NBR 13544/95 – Movimentação de Carga – Manilhas, da Associação

Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 65

Ex.: 6x37 AF, seria um

cabo com 6 pernas de 37

fios e alma de fibra natural

Page 51: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 51

8.3. Tipos

WARRINGTON - Pernas do cabo construídas com duas bitolas de arames;

bastante flexível e menos resistente ao desgaste, pois os arames mais finos

SEALE - Pernas do cabo construídas com três bitolas de arame, sendo o cabo

menos flexível da série, porém mais resistente ao desgaste à abrasão.

FILLER - Pernas do cabo construídas com vinte e cinco arames (seis de

enchimento) apresentando boa flexibilidade.

COMUM - As pernas do cabo são construídas por um só tipo de arame. É um

termo intermediário entre a flexibilidade e resistência ao desgaste, dos outros tipos

acima.

Page 52: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 52

8.4. Designação do Cabos de Aço

Ddesignação do cabo é o tipo de torção que ele sofreu em sua

fabricação, podendo ser: regular e Lang, podendo em ambos os casos ser à

direita ou à esquerda (TRD – TER e TLD - TLE). A maioria dos cabos é

fabricada a direita por serem os mais utilizados sendo os de torção esquerda

de uso bastante restrito. Nos cabos regulares (ou torção cruzada) as pernas

são torcidas na direção contraria aos fios. Nos cabos Lang arames e pernas

são torcidos no mesmo sentido.

8.5. Resistência dos Cabos de Aço

A carga de ruptura teórica do cabo representa a resistência dos fios

expressa em quilos por milímetro quadrado, multiplicado pelo total de

área da seção de todos os fios.

Page 53: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 53

8.6. Carga de Ruptura do Cabos de Aço.

Carga de Ruptura Efetiva em % da Carga de Ruptura

Construção do Cabo

96 Cordoalha de 3 e 7 fios

94 Cordoalha de 19 fios

90 6x12

87,5 6x24

86 6x7

82,5 6x25, 6x19, 8x19.

80 6x41,6x37

72 6x42,18x7

8.7. Interpretação da Especificação de um Cabo

½ 6 x 36 WS + AF POL TRD 180 – 205 Kgf/mm²

Resistência à Tração

Sentido de Torção (Torção Reta Direita)

Acabamento (Polido)

Tipo de Alma (Alma de Fibra)

Disposição dos Arames (Warrington – Seale)

Número de Arames por perna Número de Pernas Diâmetro do cabo

A escolha de um cabo de aço ideal para o trabalho tem a seguinte indicação

dos fabricantes para as situações mais comuns da área portuária:

Quadro XI: Aplicação de Cabo de Aço.

Aplicação Cabo de Aço Ideal

Pontes Rolantes 6x41 Warrington Seale + AF, torção regular, performado, IPS, polido

Guindastes e Gruas 6x25 Filler + AACI ou 19x7, torção regular, EIPD, polido

Laços para uso geral 6x25 Filler + AF ou AACI, ou 6x41 Warrington Seale + AF ou AACI,

polido

Page 54: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 54

8.8. Cargas de Trabalho e Fatores de Segurança

A carga de trabalho de um cabo de aço de uso geral, não deve ultrapassar a

um quinto da sua carga de ruptura mínima efetiva.

O fator ou índice de segurança é a relação entre a carga de ruptura mínima

efetiva do cabo e a carga aplicada.

No quadro XI estão enumerados os principais fatores de segurança utilizados em

diversas aplicações.

Quadro XII: Aplicações de Cabos de Aço e Fatores de Segurança.

Aplicações Fatores de Segurança

Cabos e cordoalhas estáticas 3 a 4

Cabo para tração no sentido horizontal

4 a 5

Guinchos 5

Pás, guindastes e escavadeiras 5

Pontes rolantes 6 a 8

Talhas elétricas 7

Derricks (Guindastes) 6 a 8

Laços (Eslingas) 5 a 8

Elevadores de baixa velocidade (carga)

8 a 10

Elevadores de alta velocidade (passageiros)

10 a 12

Figura 24: Passo do cabo: distância entre as passagens consecutivas de uma

perna pela mesma geratriz da perna (NBR 6327/83).

Page 55: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 55

Tabela de cabos de aço.

Cabos de Aço / Carga de Trabalho

Bitola do cabo Peso (K/g/m) Carga (Kg)

1/8” 0,034 85

¼” 0,156 395

5/16” 0,244 615

3/8” 0,351 885

½” 0,625 1555

5/8” 0,982 2415

¾” 1,413 3455

Emenda de Cabos

Diâmetro do

Cabo (pol)

Mínimo de

Grampos

Entre

grampos (mm)

Torque

N.m Kg.m

¼” 3 38 20 2

5/16” 3 48 41 4

3/8” 3 57 61 6

½” 3 76 88 9

5/8” 3 95 129 13

¾” 4 114 176 18

1” 5 152 305 31

Tipos de Ganchos

Diâmetro Espaçamento (mm) Carga de Trabalho (kg)

3/8” 25 500

5/8” 35 1.700

¾” 44 2.500

1” 57 4.700

1.1/2” 85 8.500

2” 108 25.000

Manilhas

Diâmetro D (pol) Diâmetro

D1(pol) Carga de Trabalho (kg)

3/8” 12,7 700

5/8” 19,0 2000

¾” 22,2 2.850

1” 28,6 5.100

1.1/2” 41,3 10.700

2” 57,2 19.200

Page 56: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 56

Figura 25: Modo correto de medir o diâmetro de um cabo de aço.

8.9. Laços

Para a fabricação da linga, é necessária a construção de um laço ou olhal

nas extremidades dos cabos, a fim de que se possam fazer os engates entre a carga e

o equipamento de içar. Os laços devem ser fabricados a partir de cabos de aço novos,

sendo utilizados os de classificação 6x19 ou 6x37, de torção regular, com alma de

aço ou de fibra, conforme NBR 6327 ou ISO 2408. A resistência dos arames deve ser

pelo menos 1764 MPa para almas de fibra e de 1960 MPa para cabos com alma de

aço. As extremidades de laços de cabo de aço – Olhais, classificam-se em:

a) Tipo 1 – Trançado flamengo com presilha de aço – É o mais seguro, visto

que parte da resistência do olhal é dada pelo trançado e não depende exclusivamente

da resistência da presilha. Este olhal é fabricado abrindo-se a ponta do cabo em

duas metades e separando-se as pernas três a três.

Page 57: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 57

Depois, basta curvar uma metade para formar um olhal, entrelaçando-se

outra metade, em seguida, no espaço vazio da primeira, fixando por meio de

presilha.

b) Tipo 2 - Trançado flamengo com presilha de alumínio – Apresenta as

mesmas características do tipo 1, mas com algumas restrições de uso:

•Altas temperaturas;

•Contato com águas salgadas;

•Contato com superfícies abrasivas.

c) Tipo 3 – Trançado manualmente sem presilha – Possui resistência mais

baixa que os anteriores e não pode ser utilizado em situações em que o laço possa

sofrer rotações ou cargas cíclicas. Este olhal é feito formando-se uma alça, de tal

forma que as pernas da extremidade morta sejam trançadas com o próprio cabo na

dimensão de, pelo menos, cinco passos..

d) Tipo 4 – Dobrado com presilha de alumínio – Este é o menos seguro dos

olhais, apesar de ter a mesma resistência do que os de tipo 1 e 2, pois neste caso a

resistência do cabo depende exclusivamente da presilha. O processo de fabricação é

feito com o cabo dobrado como um todo para formar uma alça, sendo sua

extremidade fixada ao corpo do cabo mediante uma presilha. Este tipo não deve ser

utilizado nas seguintes condições:

•Cargas suspensas que envolvam riscos humanos;

•Temperaturas altas;

•Contato com águas salgadas;

•Contato com superfícies abrasivas.

Formas e Dimensões

As formas e as

dimensões dos olhais

são padronizadas e

variam se o laço estiver

sem sapatilhos – NBR

13541, ou com

sapatilhos NBR 13544

Page 58: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 58

É recomendado que os comprimentos dos laços sigam a série de Renard (R 10), conforme o quadro XIIII

8.10. Laços com Uso de Grampos (Clips)

Os grampos são ideais para fixação de cabos e formação de laços em casos de

emergência, ou quando não se sabe com antecedência o comprimento da linga. O

número de grampos a serem utilizados deve ser de acordo com a sua dimensão e

bitola do cabo, conforme o quadro abaixo.

Quadro XV: Quantidade de grampos, espaçamentos e torque de aperto.

Notas:

a) Os valores de torque devem ser aplicados em grampos sem lubrificação. Em caso

de lubrificação, os valores têm que ser recalculados.

b) O cálculo dos valores de torque é baseado em cabos de aço da classificação

6x19 ou 6x37, torção à direita, com alma de fibra (AF) ou alma de aço (AACI),

conforme EB 471. Se o cabo for de composição Seale no diâmetro de 26,0 mm, ou

maior, então deve ser adicionado mais um grampo ao indicado na tabela

TN

Quan

tidade de

granpos

Espaçamento

(L) passo mm

B

Mínimo

Mm

Diâmetro

de rosca

Torque

Trabalho Ensaio

N.m Kgf.m N.m Kgf.m

3,2

3

19 8,0 M4 2,5 0,25 3,0 0,30

4,8 29 9,5 M5 6,0 0,60 7,0 0,70

6,4 38 12,5 M6 8,0 0,80 10,0 1,00

8,0

4

48 13,5

9,5 57 17,0 M8 20,0 2,00 28,0 2,80

11,5 67 18,0

13,0

5

76 22,0 M10 40,0 4,00 58,0 5,80

14,5 86 23,0

16,0 95 26,0 M12 75,0 7,50 100,0 10,00

19,0 6 114 28,0

22,0 7

133 32,0 M14 120,0 12,00 150,0 15,00

26,0 152 34,0

29,0

8

172 38,0

M16 180,0 18,00 230,0 23,00 32,0 191 40,0

35,0 210 42,0

38,0 229 48,0

Page 59: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 59

ERRADO

ERRADO

CERTO

ERRADO

Os terminais deverão ser de aço estampado a quente em todos os tamanhos

fabricados comercialmente. Quando um cabo recentemente instalado estiver em

operação durante uma hora, todas as porcas nos terminais de cabo deverão ser

apertadas novamente.

8.11. Inspeção e Substituição dos Cabos de Aço em Uso

Os cabos de aço devem ser inspecionados periodicamente para que possam

ser substituídos antes de apresentarem risco de ruptura. Os fabricantes

recomendam a observação dos seguintes aspectos:

a) - Número de arames partidos em um passo do cabo (6 fios partidos em

um passo ou 3 fios em uma única perna.)

Observar se as rupturas estão localizadas uniformemente ao longo do cabo

ou se estão concentradas em uma ou duas pernas. Neste caso há o perigo dessas

pernas se romperem antes do cabo. Outro aspecto importante é se as rupturas estão

na parte externa, interna ou no contato entre as pernas. Segundo recomendações da

AISI (American Iron and Steel Institute), ver quadro XV. Ou ainda as recomendações

do quadro XVI.

Quadro XVI: Numero de Fios Partidos Permitidos em Cabos de Aço (AISI).

Nº de Fios Partidos em Cabos de Uso Geral

Nº de Fios Partidos em Cabos estáticos(usos estruturais)

1 passo 1 perna 1 passo 1 perna

6 3 2 2

Page 60: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 60

Obs: a) Esta tabela não se aplica para cabos classificação 6x7 e b) O cabo deve ser

substituído quando se encontrar um fio partido na região de contato entre as

pernas.

Quadro XVII: Número de Fios Partidos Permitidos em Cabos de Aço.

Tipos de Cabo Substituir quando nº de arames rompidos atingir

3 diâmetros 6 diâmetros 30 diâmetros

Cabo de Aço 4 6 16

Cordoalha 10 15 40

Exemplo: Em um cabo de 16 mm caso haja em trechos de 48 mm (3d), 96 mm (6d)

ou 480 mm (30d) de comprimento um numero superior a 4, 6 ou 16 arames

partidos, respectivamente, o cabo deve ser substituído.

b) - Arames gastos por abrasão (Redução de 1/3 do diâmetro do cabo)

Observar se existe redução do diâmetro do cabo pelo desgaste dos fios por abrasão.

Este fato reduz o coeficiente de segurança do cabo, tornando perigoso seu uso. Se

este fato estiver associado ao de arames rompidos o cabo deve ser imediatamente

retirado do serviço;

c) - Corrosão (Oxidação, alma exposta)

Verificar o diâmetro do cabo em toda sua extensão, pois uma redução pode significar

decomposição da alma de fibra, mostrando que pode não haver mais a lubrificação

interna. A corrosão interna representa um grande perigo já que suas evidências

podem estar escondidas pelo aspecto externo;

d) - Maus tratos e nós

Observar o aparecimento de nós ou outras anomalias que possam acarretar um

desgaste ou ruptura prematura do cabo, principalmente próximo às fixações.

Vale lembrar que a inspeção visual de

um cabo se sobrepõe a qualquer norma

ou método de substituição das lingas.

Os cabos danificados devem ser

destruídos para que não sejam

reutilizados. Por exemplo: cabos de 40

toneladas utilizados em movimentação

de cargas de 20 toneladas.

Page 61: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 61

e) - Desequilíbrio dos cabos de aço:

Em cabos com uma só camada de pernas e alma de fibra (normalmente cabos

de 6 ou 8 pernas + AF) pode haver uma avaria típica que vem a ser uma ondulação

do cabo provocada pelo aprofundamento de 1 ou 2 pernas do mesmo, o que pode ser

causado por 3 motivos:

a) Fixação deficiente, que permite o deslizamento de algumas pernas, ficando

as restantes supertensionadas.

b) Alma da fibra de diâmetro reduzido

c) Alma da fibra que apodreceu, não dando mais apoio às pernas do cabo.

No primeiro caso, há o perigo das pernas supertensionadas se romperem. Nos

outros dois casos não há perigo iminente, porém haverá um desgaste desuniforme

do cabo, e por tanto um baixo rendimento.

Nos cabos de várias camadas de pernas, como nos cabos não rotativos e

cabos com alma de aço há o perigo da formação de “gaiolas de passarinho” e

“hérnias”, defeitos estes que podem ser provocados pelos seguintes motivos:

a) Fixações deficientes dos cabos, que possibilitam deslizamentos de pernas

ou camadas de pernas, permitindo que uma parte do cabo fique supertensionada e

outra frouxa. b) Manuseio e instalação deficiente do cabo, dando lugar a torções ou

distorções do mesmo.

Estes defeitos são graves, obrigando à substituição imediata dos cabos de aço.

Page 62: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 62

8.12. Lubrificação de Cabos de Aço

Para prevenir a corrosão externa dos cabos de aço, recomenda-se a sua

lubrificação periódica, bem como dos laços feitos com cabos de aço. A boa

lubrificação protege contra a corrosão e aumenta a durabilidade do cabo. Para essa

operação, nunca use óleo queimado. Prefira os lubrificantes especialmente

desenvolvidos para esse fim.

Figura 31:

Exemplos de lubrificação:

1) Com pincel;

2) Com estopa;

3) Por gotejamento ou

pulverização.

8.13. Outros Cabos

Todos os cabos que tenham ficado sem uso por um período de um mês ou

mais devido à parada do guindaste onde estavam instalados, deverão ser

inspecionados antes de serem usados. Essa inspeção deverá verificar todos os tipos

de deterioração e deverá ser realizada por uma pessoa designada cuja aprovação

será necessária para a continuidade de utilização do cabo. Um relatório escrito e

detalhado das condições do cabo deverá estar sempre disponível para auditorias do

SSTMA da International Paper .

Cada estropo deverá ser numerado e possuir um código de cor diferente para

cada mês, para atestar a realização da inspeção mensal. Um relatório escrito e

detalhado das condições dos estropos deverá estar sempre disponível para auditorias

do SSTMA da International Paper .

Se os arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo ou 3 fios em

uma perna; se aparecer corrosão acentuada no cabo;

Se o cabo apresentar um desgaste acentuado na sua medida original;

Se houver danos por alta temperatura ou qualquer outra distorção no cabo

(como: dobra, amassamento ou "gaiola de passarinho") será necessário

substituí-lo por um novo.

Page 63: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 63

O método mais eficiente de manuseio dos cabos de aço, no momento de sua

retirada da bobina, é a utilização de cavaletes ou mesas giratórias, para que o cabo

permaneça sempre esticado durante essa operação.

Já o repassamento de um cabo de aço da bobina para o tambor do equipamento

nunca deve ser feito no sentido inverso de enrolamento do cabo (formando um S),

porque esse procedimento provoca acúmulo de tensões internas que prejudicam sua

vida útil. Lembre-se: o melhor repassamento é aquele que é obedecido o sentido em

que o cabo estava sendo enrolado na bobina.

Especial atenção deve

ser dada as roldanas.

Cordas

As cordas é o mais antigo tipo de Linga, que se conhece. Elas são produzidas

a partir de fibras que são torcidas, trançadas ou encapadas. Antigamente as fibras

que se utilizavam na fabricação de cordas eram fibras naturais como Sisal ou

Cânhamo. Hoje estas fibras ou Polipropileno que as vezes são comercializadas com

nomes comerciais como nylon, diolen, trevira e outros. Como diferenciar as diversas

fibras:

Uma vez que existem diversos tipos de fibras com diferentes capacidades, é

necessário que se saiba qual é a fibra para se conhecer sua capacidade de carga.

Page 64: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 64

Em cordas, a partir de 3 mm de diâmetro devemos ter uma filaça de uma

determinada cor para identificar a fibra mas, cordas abaixo de 16 mm de diâmetro,

são muito finas e não devem ser utilizadas para movimentação. Em cordas a partir

de 16 mm deveria haver identificação do fabricante e do ano de fabricação. Por

normalização internacional as cores que identificam as fibras são:

Cânhamo ........................................................Verde

Sisal ..........................................................Vermelho

Cânhamo de Manilha .......................................Preto

Poliamida ........................................................Verde

Poliester ............................................................ Azul

Polipropileno ................................................Marrom

A cor verde, para cânhamo e poliamida, não é passível de ser confundida

uma vez que o cânhamo tem um acabamento rústico e a poliamida um acabamento

muito liso.

8.14. Qual é a hora de substituição do cabo

Se os arames rompidos visíveis atingirem 6 fios em um passo ou 3 fios em

uma perna; se aparecer corrosão acentuada no cabo; se o cabo apresentar um

desgaste acentuado na sua medida original; se houver danos por alta temperatura

ou qualquer outra distorção no cabo (como: dobra, amassamento ou "gaiola de

passarinho") será necessário substituí-lo por um novo

OBS: esta deformidade é crítica

impedindo desta forma a

continuidade do uso do cabo de

aço

Page 65: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 65

9. Manutenção Preventiva Periódica

Os equipamentos e seus componentes foram projetados e fabricados com um

fator específico de segurança. Entretanto, todas as máquinas começam a sofrer

desgastes desde o primeiro dia em que entram em operação. Este processo de

desgaste continua, inevitavelmente, até que, em algum momento do futuro, a

máquina não será mais capaz de suportar sua carga de serviço original podendo

ocorrer quebras ou falhas. Por isso, é necessário que todas as partes sujeitas a

desgastes ou defeitos sejam regularmente inspecionadas, consertadas ou

substituídas, conforme o plano de manutenção indicado pelas normas técnicas. As

Nornas determinam que as máquinas somente devem ser acionadas para o trabalho,

quando estiverem em perfeitas condições de uso .

Os setores de manutenção das empresas que fornecem os equipamentos

utilizados nas operações portuárias devem seguir as recomendações definidas no

manual técnico do fabricante.

Para um controle eficiente da manutenção, devem ser anotados em uma ficha

específica todos os serviços realizados em cada equipamento, onde ficará registrado

seu histórico. Os agentes de órgãos oficiais terão acesso a estes documentos que

serão comprobatórios da manutenção realizada.

9.1. Inspeções

Os equipamentos certificados devem ser inspecionados de doze em doze

meses, por técnico competente, que deve obrigatoriamente verificar: guinchos, cabos,

freios, etc.

Nova certificação deve ser realizada a cada quatro anos, quando sondagens a

martelo, raspagens de pintura e controles mais sofisticado, tais como ultra-som,

raios-X ou gama, poderão ser empregados para demonstrar a situação das soldas e

das estruturas do aparelho. Os acessórios devem sofrer inspeções freqüentes.

Page 66: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 66

10. Risco Ambientais

10.1. As Causas dos Acidentes

As situações que podem provocar um acidente são as mais variadas

possíveis. Em geral, podem contribuir para a ocorrência dos acidentes mais de uma

situação ou fator de risco, veja definição em 2.5.3. Daí a necessidade de que a

comissão investigadora saiba fazer as perguntas certas para obter as respostas

adequadas para as possíveis causas de um acidente.

Geralmente as investigações param em seu início, quando se identifica a

causa final de uma falha que causou o acidente. No entanto, esta é uma solução

simplista para se detectar as causas dos acidentes, que na verdade se encadeiam

numa série de fatores interligados que também devem ser estudados, a fim de

eliminar as falhas geradoras do fator de risco.

Como exemplo, podemos imaginar a seguinte situação: um trabalhador

elevando uma carga e sofre uma queda e quebra um braço. Quais poderiam ser as

causas deste acidente? O trabalhador tropeçou em algo ou escorregou no piso por

que havia óleo derramado? Ele estava calçado adequadamente? Estava caminhando

normalmente ou corria? Há quantas horas estava trabalhando? Fazia hora extra? O

trabalho é fatigante? Qual era o ritmo de trabalho? A produção do terno estava

dentro da media normal? Qual foi a última vez que o trabalhador se alimentou?

A investigação não pode terminar somente com o levantamento das situações

que contribuíram para que o acidente ocorresse. É necessário estudar também por

que estas falhas ocorreram. Por que o serviço continuou após o derrame do óleo?

Quem é o responsável por providenciar a limpeza? Por que o trabalhador não

utilizava o calçado de segurança? Quem faz a escalação ou o programa de horas

extras? Sem estas perguntas, as recomendações de segurança não poderão ser feitas

com maiores detalhes.

Em vez de somente dizer que o trabalhador deve ter mais cuidado ou uma

situação deve ser corrigida, a comissão poderá detectar problemas no gerenciamento

do programa de prevenção de acidentes, indicando quais os procedimentos falhos ou

ausentes.

Antigamente, era muito comum o uso dos conceitos de Condição Insegura ou

Ato Inseguro para definir as causas de acidentes. Estes conceitos estão

ultrapassados do ponto de vista técnico e não devem ser mais utilizados.

Modernamente, se utiliza o conceito de fator de risco presente no ambiente de

trabalho.

Page 67: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 67

10.2. Classificação dos Fatores de Riscos

O conceito de risco (Hazard), segundo Trivelato (1988), é bidimensional,

sendo mais um dado estatístico que é estimado, dimensionando-se a probabilidade

da ocorrência de acidentes e qual a extensão dos danos provocados. É a forma

adequada para avaliar o risco.

Segundo Trivelato para se identificar o risco é mais fácil de visualizar as

“situações” ou “fator de risco” que estão presentes no ambiente de trabalho. Assim,

ainda segundo Trivelato, “Fator de Risco” é uma condição ou conjunto de

circunstâncias que têm a capacidade de causar um dano ou um efeito indesejado,

que pode ser: morte, lesões, doenças ou danos à saúde, à propriedade ou ao meio

ambiente”.

Os fatores de riscos podem ser classificados de varias maneiras. Vamos

adotar as definições da NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA),

juntando-se a estes riscos os relacionados às condições de trabalho oferecidas aos

trabalhadores que podem ser classificadas como riscos ergonômicos e o de acidentes

de trabalho, conforme abaixo relacionadas:

a) Riscos Ambientais:

A NR 9, no item 9.1.5, define como riscos ambientais os agentes físicos,

químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função e sua

natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar

danos à saúde do trabalhador. A seguir damos a definição dos fatores de riscos

contidos na NR 9.

Fatores Físicos: Os agentes físicos são às diversas formas de energia a que possam

estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, radiações ionizantes,

radiações não ionizantes, temperaturas extremas (frio ou calor), pressões anormais e

umidade;

Som é a variação da pressão

atmosférica, dentro dos limites de

amplitude e banda de freqüência, aos

quais o ouvido humano responde.

Ruído é definido como qualquer som

indesejado

Page 68: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 68

Fatores Químicos: Os agentes químicos são as diversas substâncias, compostos ou

produtos que possam penetrar o organismo pela via respiratória, ou que, pela

natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvido pelo

organismo através da pele ou por ingestão.

Estes produtos podem estar na forma de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases,

vapores, substância, compostos ou produtos químicos em geral;

Concentrações de vapores quando se

empregam solventes orgânicos,

diluentes de tintas, tira-manchas,

agentes de limpeza e agentes secantes.

Os solventes mais comuns são: álcool,

tricloroetileno, xileno, tetracloreto de

carbono, cloreto de metileno, etc.

Produtos Químicos Diversos

Podem englobar qualquer uma das formas de agentes químicos apresentados

anteriormente, bem como os produtos usados normalmente nas empresas: soda

cáustica, ácido clorídrico, ácido sulfúrico, carbonatos de sódio e cálcio e uma

infinidade de outros produtos encontrados sob as mais diversas marcas comerciais

Fatores Biológicos: Consideram-se agentes biológicos os vírus, bactérias,

protozoários, fungos, parasitas, bacilos, entre outros.

b) Riscos Ergonômicos:

Os riscos ergonômicos são parâmetros que devem ser estabelecidos para a adaptação

das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de

modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente (NR

17, item 17.1).

Fatores ergonômicos: As condições de trabalho que devem ser incluídas na analise

são:

- Levantamento, transporte e descarga individual de materiais;

- Mobiliário dos postos de trabalho;

- Equipamento dos postos de trabalho;

- Condições ambientais do trabalho (soma-se aos riscos ambientais a iluminação);

Page 69: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 69

- Organização do trabalho (normas de produção, o modo operatório, a exigência de

tempo, a determinação do conteúdo de tempo, o ritmo de trabalho e o conteúdo das

tarefas).

Todo trabalho, independentemente

de sua natureza, coloca uma

tensão, tanto física como mental

no indivíduo que o executa.

Enquanto essas tensões forem

mantidas dentro de limites

razoáveis, o desempenho do

trabalho será satisfatório e a

saúde do trabalhador e seu bem-

estar serão mantidos.

C) Riscos de Acidentes

Este risco é de mais fácil visualização, pois ele se reside na situação e que se

apresenta o ambiente de trabalho, seja das instalações, das condições dos

equipamentos utilizados, entre outros. Alguns autores adotam a definição de “Risco

Situacional”, mas preferimos adotar aqui a definição de situação de “Risco de

Acidentes” ou “Fatores Mecânicos”.

Fatores Mecânicos (Risco de Acidentes): máquinas e equipamentos sem proteção,

uso de ferramentas inadequadas, iluminação inadequada, armazenamento

inadequada, falta de limpeza e irregularidades em pisos, eletricidade, probabilidade

de explosões e incêndio, falta de sinalizações, animais peçonhentos e outras

situações.

Alguns autores citam ainda que a falta de gestão por parte dos empregadores,

falta de investimentos no treinamento dos trabalhadores e ausência de

procedimentos técnicos de segurança para execução dos serviços, caracterizaria um

fator de risco ligado à Administração. São omissões, falhas ou erros técnicos,

administrativos ou conceituais que geram ou mantêm condições que comprometem a

segurança do trabalho. É necessário apurar esses fatores nas investigações de

acidentes. Eles são as causas indiretas dos acidentes, os que geram as condições

propicias de acidentes. Não basta saber que há uma condição insegura; é necessário

apurar porque ela existe, como foi criada.

Page 70: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 70

10.3. Fator de Risco Pessoal

Ações fora do padrão: É tudo aquilo que o trabalhador faz

voluntariamente ou não, e que pode provocar um acidente.

São atos imprudentes, inutilização,

desmontagem ou desativação de

proteções de máquinas, recusa de

utilização de equipamento individual de

proteção, operação de máquinas e

equipamentos sem habilitação e sem

treino, operação de máquinas em

velocidade excessiva, brincadeira,

posição defeituosa no trabalho,

levantamento de cargas com utilização

defeituosa dos músculos, transporte

manual de cargas sem ter visão do

caminho, permanência debaixo de

guindastes e de cargas que podem cair,

uso de fusíveis fora de especificação,

fumar em locais onde há perigo de fogo,

correr por entre máquinas ou em

corredores e escadas, alterar o uso de

ferramentas, atirar ferramentas ou

materiais para os companheiros e muitos

outros.

- o excesso de confiança dos que tem muita prática profissional

- a imperícia, isto é, a falta de habilidade para o desempenho da atividade

(pode decorrer de aprendizado e/ou treinamento insuficiente);

- as idéias preconcebidas como, por exemplo , a idéia de que o acidente

acontecerá por fatalidade, não sendo necessário cuidar de sua prevenção;

- o exibicionismo;

- a vontade de revelar-se corajoso ou indiferente ao perigo só para

impressionar os companheiros;

Page 71: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 71

11. Medidas de Controle

11.1. Controle dos Fatores de Risco

A identificação dos fatores de risco no trabalho é a primeira fase de um

conjunto de ações que visam definir quais a ações deverão ser tomadas para o

controle dos riscos nos locais de trabalho.

Após esta fase inicial de identificação dos riscos ações de controle devem ser

implementadas, seja pela eliminação do fator de risco (atuando na fonte), sua

atenuação na trajetória ou atuando no homem com a adoção de equipamento de

proteção individual – EPI.

No caso de agentes ambientais é necessária a avaliação quantitativa, como no

caso de ruído, presença de gases, poeiras, entre outros. Esta avaliação deve ser

acompanhada do monitoramento constante após a implantação das medidas de

proteção coletiva como, por exemplo, o uso de oxicatalizadores nos escapamentos

das empilhadeiras e o uso de exaustores nos porões de navios. Em muitos casos de

risco de acidentes será necessária a criação de procedimentos operacionais que

mudará a forma de executar determinadas fainas, ou até mesmo diminuir o ritmo da

produção, pois o ritmo acelerado da produção pode estar associado ao aumento da

freqüência de acidentes. O uso de EPI é importante, mas não é a solução para os

problemas de segurança, pois ele não elimina o risco, prometendo somente diminuir

a lesão do trabalhador em caso de acidente.

A adoção do EPI só deve ser usada apos a verificação de não haver outra

solução técnica que possa eliminar o risco do processo de trabalho. Ou então usá-lo

como uma medida complementar.

11.2. Normas de segurança nas operações com ponte rolante

São muitas as situações de risco nas operações com a ponte rolante, que

devem ser do conhecimento de todas as pessoas envolvidas na área. As normas de

segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas pelos seus auxiliares,

supervisores e todas as pessoas envolvidas. A seguir, encontramos algumas delas:

Page 72: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 72

11.2.1. Norma Operacional para Ponte Rolante

Empresa:

Setor: Função:

Nome do Funcionário:

A empresa através desta NORMA, dar ciência ao colaborador sobre o que está disposto no art. 157, inciso II da CLT e item 1.7, alínea b, incisos I, II e III da Norma Regulamentadora NR-01 – Portaria 3214/78 Mtb, referente os deveres do empregador e do empregado.

Antes de iniciar a operação da ponte rolante, verifique

1º - Extintor: verificar carga data de inspeção e estado geral (Cabine de Comando);

2º - Iluminação: verificar, quando existentes, se as luzes estão acesas;

3º - Carro: verificar o funcionamento do carro;

4º - Rádio Controle: verificar a carga da bateria do rádio controle;

5º - Freios: verificar o funcionamento dos freios;

6º - Chave Limite: verificar a posição da Chave Limite;

7º - Cabos e Correntes: verificar sinais de corrosão, fios ou elos partidos, quebrados

ou trincados, amassamentos e sinais de desgaste anormais.

8º - A carga a ser manuseada deve estar o mais próximo do piso (A altura

recomendada é de 50 cm);

9º - Observando-se que a carga está abaixando, acione a manutenção, pois há

problemas no freio;

10º - Não permitir o trânsito de pessoas próximas ou sob a carga manuseada;

11º - Visualizar o trajeto antes de iniciar o manuseio e alinhar a carga conforme o

trajeto.

• Certifique-se de que há espaço suficiente para levantar a carga;

• Tome cuidado especial com as instalações aéreo tais como tubulações de água, gás, elétrica, etc;

• Observe se a carga está segura, especialmente no caso de peças soltas;

• Levante a carga um pouco, se ela inclinar para um dos lados, abaixe-a e acerte o balanceamento;

• Não passe com a carga sobre pessoas e nem permita que elas passem sob a carga;

• Antes de levantar a carga, verifique sempre se os cabos ou correntes não estão cruzados;

• Não forçar correntes e/ou cabos presos ou dobrados;

• Evite o esmagamento de correntes e cabos ao abaixar a carga.

Assinaturas: SESMT _________________________________; Coordenador ________________________; Colaborador: ____________________________. Data expedição:_______/_______/_______

Page 73: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 73

11.2.2. Norma Operacional para Ponte Rolante

Empresa:

Setor: Função:

Nome do Funcionário:

A empresa através desta NORMA, dar ciência ao colaborador sobre o que está disposto no art. 157, inciso II da CLT e item 1.7, alínea b, incisos I, II e III da Norma Regulamentadora NR-01 – Portaria 3214/78 Mtb, referente os deveres do empregador e do empregado.

Normas de Segurança operação da ponte rolante

1. Faça rápida inspeção visual das situações gerais.

2. Informe-se sobre as condições da maquina que irá operar.

3. Inspecione a caixa de comando da botoeira.

4. Inspeciona a cabine de comando.

5. Inspecione os acessórios dispostos na maquina ( cabos, correntes, cintas,

etc ).

6. Inspecione as condições gerais de limpeza.

7. Ligue a chave geral da botoeira.

8. Inspecione a existência de trincas de soldas na estrutura geral.

9. Sincronize-se com o sinaleiro, receba-o bem e colabore com todos do piso.

10.Comunique imediatamente á supervisão de qualquer anormalidade

encontrada.

11.Conscientize-se da localização para içamento e arriamento de cargas em

movimento.

12. Analise a maneira melhor e mais segura para mover cargas.

13. Procure deslocar a carga, sempre que possível,o mais próximo do piso.

14.Todas as cargas devem ser acomodadas no local determinado e de modo

suave.

15. Só faça içamento de carga se o gancho e o cabo de aço estiverem no

prumo.

16. Ao levantar uma carga, por mais leve que seja, faça-o sempre de modo

suave.

17.Não pratique reversão no mecanismo tracionário da ponte, mesmo que

seja para teste.

18. Não pratique qualquer movimento da ponte se houver alguma pessoa na

faixa operacional.

19.Não opere a ponte se o sistema elétrico estiver bloqueado (manutenção).

20.Verifique a situação do varal da guia.

Page 74: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 74

21.Pare totalmente de operar a máquina se alguém do piso encontra-se em

posição insegura.

22.Evite conflitos com o pessoal do piso.

23.Não permita que outra pessoa não autorizada opere a ponte.

24.Verifique o estado dos cabos,cintas, correntes e outros acessórios antes de

operar a ponte.

25. O sinaleiro tem por obrigação conhecer e praticar todas as regras de

segurança.

26.Nunca improvise nas operações da ponte rolante.

27. Siga rigorosamente as instruções regulamentares da área.

28.È da responsabilidade do operador responder pela maquina durante seu

turno de trabalho.

29. Se a maquina não oferece condições de trabalho, não opere, comunique a

manutenção.

30. Só eleve a carga quando estiver bem presa no sistema de guincho.

31. Nunca deixe a carga suspensa pela ponte ao sair(t roca de turno,refeição

ou outros motivos.)

32. Evite saída e paradas bruscas.

33. Faça as revisões preventivas regulamentadas do equipamento.

34. Manuseie a ponte de botoeiras posicionando-se sempre defronte a caixa

de comando.

35. Ao operar a ponte de botoeira, não ande de costas nos corredores.

36. Em ponte de botoeiras, ao iniciar as operações, certifique-se se as

indicações dos botões correspondem aos movimentos marcados na simbologia

do comando.

37. Nas pontes de botoeiras a circulação do operador deve ser em corredores

adequados e seguros.

38. Se ocorrer o bloqueio dos botões de comando, desligue a chave geral.

39. Ao mover cargas, utilize equipamentos de segurança adequados.

40. Observe sempre as normas de segurança para sua proteção e a do

equipamento.

O melhor operador é aquele que respeitam

cuidadosamente as normas de segurança.

Assinaturas: SESMT _________________________________; Coordenador ________________________; Colaborador: ____________________________. Data expedição:_______/_______/_______

Page 75: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 75

11.3. Comunicação entre Operador e Movimentador

A movimentação de carga é normalmente uma operação que envolve mais de

uma pessoa, ou seja, é um trabalho de equipe. Quando temos mais de um

movimentador, que está envolvido no processo de movimentação, um deles deverá

ser eleito para sinalizar ao operador. Ele será responsável pela operação e somente

ele pode sinalizar após verificar se os outros movimentadores deixaram a área de

risco e se a Linga está bem colocada

Ambos os movimentadores

sinalizam ao operador,

porém com

diferentes intenções.

Neste caso o operador não

deve fazer nada

Este é o procedimento correto,

penas um movimentador sinaliza ao

operador. Apenas aquele escolhido

antes do processo de

movimentação em conjunto com o

operador

Page 76: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 76

11.4. Sinalização para uma Movimentação

1-Início de Operação

O sinaleiro se identifica para o

operador como o responsável pela

emissão de sinais.

SINAL: Com o braço esquerdo

junto ao corpo e antebraço direito na

horizontal, com a palma da mão

virada para o operador, em posição de

“continência”, saúda o operador.

2. Translação da ponte (pórtico)

O sinaleiro ficará de frente para a cabine

do operador e indicará o lado para o qual

deseja a translação do equipamento.

Com o braço esquerdo junto ao corpo, e o

braço direito com a mão aberta, esticada

na horizontal indica a direção.

3. .Movimento do Carrinho (Trolei)

O sinaleiro ficará de frente para o Norte e

a direita do mar.

Com o braço esquerdo junto ao corpo e o

braço direito esticado na horizontal, com o

dedo indicador mostrará a direção.

Page 77: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 77

4.Subir os Ganchos

Indica a subida simultânea dos dois

ganchos.

Com os braços erguidos, os dedos

indicadores girando sempre no

sentido horário.

5.Abaixar os Ganchos

Indica a descida simultânea dos

dois

ganchos.

Com os braços para baixo e os

dedos indicadores girando sempre

no sentido anti-horário.

6. LEVANTAR A LANÇA

Braço esticado, dedos fechados, o

polegar apontando para cima.

Page 78: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 78

7. LEVANTAR A LANÇA

Braço esticado, dedos fechados, o

polegar apontando para cima.

8. BAIXAR A LANÇA

Braço esticado, dedos fechados,

polegar apontando para baixo.

9. PARE

Braço esticado, palma da mão

para baixo, mantendo esta

posição firme.

Page 79: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 79

10. Movimentos Lentos

Pequenos movimentos deverão ser

antecipados por este sinal nas

atividades de translação, direção,

elevação, içamentos, arriamento,

aproximação, etc.

Com os dois dedos, indicador e

polegar direitos, aproximam-os,

imitando o movimento de abrir e

fechar.

11. Parada de Emergência.

Este sinal é de parada de emergência.

Qualquer pessoa pode fazer este

sinal, mesmo sem autorização do

sinaleiro. Não pode ser feito nenhum

movimento com o equipamento.

A pessoa deverá cruzar os antebraços,

com as mãos abertas à altura do

rosto.

12. DESLOCAMENTO

Braço esticado para frente, mão aberta

e erguida, faça movimentos de

empurrar na direção do deslocamento.

Page 80: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 80

13. TRAVAR TUDO

Junte as duas mãos em frente

do corpo.

14. LEVANTAR A LANÇA /BAIXAR A

CARGA

Com o braço esticado, polegar para

cima, flexione os dedos, (abrindo e

fechando) enquanto durar o movimento

da carga.

15. BAIXAR A LANÇA/LEVANTAR

A CARGA

Com o braço esticado, polegar para

baixo, abra e feche os dedos

enquanto durar o movimento da

carga.

Page 81: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 81

.

16. GIRAR A LANÇA.

Braço esticado aponte com o dedo a

direção do giro da lança.

17. ESTENDER A LANÇA

Ambos os punhos em frente ao corpo

com o polegar apontando para frente.

18. RECOLHER A LANÇA

Ambos os punhos em frente ao corpo,

com um polegar apontando para o

outro.

Page 82: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 82

19. APOIAR A CARGA E

USAR OUTROS SINAIS

20. USE O GUINCHO PRINCIPAL

21. USE O GUINCHO AUXILIAR

Ponha a mão no cotovelo e use os

outros sinais.

Page 83: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 83

22. ACIONE UMA ESTEIRA

Travar a esteira no lado indicado pelo

punho erguido. Acione a esteira oposta

na direção indicada pelo movimento

circular do outro punho, que gira

verticalmente em frente ao corpo.

23. ACIONE AMBAS AS ESTEIRAS

Use os dois punhos em frente ao corpo,

fazendo um movimento circular

indicando a direção do movimento para

frente e para trás.

24. ACIONE UMA CAÇAMBA

Use as duas mãos em forma de concha,

fazendo movimentos uma em direção à

outra, em frente ao corpo.

Page 84: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 84

11.5. Normas de Segurança nas operações com ponte rolante

As normas de segurança devem ser seguidas pelo bom operador e copiadas

pelos seus auxiliares, supervisores e todas as pessoas envolvidas.

1 - Procure chegar à área pouco antes do início de seu turno;

2 - O primeiro operador do turno deve fazer uma rápida inspeção visual das

situações gerais;

3 - Informe-se sobre as condições da máquina que irá operar;

4 - O primeiro operador do turno deve verificar o check-list;

5 - Qualquer dúvida contate seu supervisor;

6 - Faça uma inspeção visual ao longo do barramento, certificando-se da

inexistência de algo ou alguém na área de movimentação da ponte e do carro;

7 - Inspecionem os acessórios dispostos na máquina (cabos, correntes,

cintas, etc.);

8 - Inspecione as condições gerais de limpeza;

9 - Teste o sistema de freios;

10 - Conscientize-se da localização para içamento e arriamento de cargas em

movimento;

11 - Analise a maneira melhor e mais segura para mover as cargas;

12 - Antes de efetuar o içamento da carga, faça uma verificação confirmando

se o sistema de guincho comporta tal peso;

13 - Procurem deslocar a carga, sempre que possível, o mais próximo do piso

(aproximadamente 50 cm);

Page 85: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 85

14 - Todas as cargas devem ser acomodadas no local determinado e de modo

suave, fácil de serem removidas, com segurança, sem risco de quedas;

15 - Só faça o içamento da carga se o gancho e o cabo de aço estiverem no

prumo com o sistema de guincho;

16 - Ao levantar uma carga, por mais leve que seja, faça-o de modo suave,

sem brusquidão;

17 - Não pratique reversão no mecanismo tracionário da ponte, mesmo que

seja para teste;

18 - Não pratique qualquer movimento da ponte se houver alguma pessoa na

sua faixa operacional;

19 - Caso o sistema de alimentação elétrica do barramento esteja bloqueado

por algum motivo, só o energize depois de informar-se da razão;

20 - Para acomodar cargas sobre carrocerias, mezaninos, cavalete,

dispositivos, faça operações lentas e seguras;

21 - Pare totalmente de operar a máquina se alguém do piso estiver gritando

para lhe chamar a atenção;

22 - Acompanhe as revisões ou manutenções da máquina;

23 - Evite conflitos com o pessoal do piso;

24 - Não pratique, não aceite, não permita, não acompanhe outras pessoas

leigas ou não autorizadas ao trabalho na ponte;

25 - Acompanhe, alerte e insista na programação prevista para revisões

coordenadas da máquina. Cobre a manutenção da assessoria técnica ou da

supervisão;

26 - Cabos, correntes, cordas, cintas, argolas com problemas ou suspeitas

exigem manutenção e testes indicados pelo fabricante;

27 - Todos os acessórios intermediários entre a ponte e a carga são

obrigatoriamente inspecionados e testados periodicamente;

28 - Nunca exceda o peso máximo indicado na própria unidade;

29 - Devido ao risco de acidentes fatais e grandes perdas na movimentação

de carga com ponte rolante, não altere as condições do equipamento,

fornecidas após testes técnicos e de segurança;

30 - Nunca improvise nas operações da ponte rolante;

Page 86: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 86

31 - Procure a colaboração da supervisão e colabore com ela;

32 - Mantenha seu supervisor informado das condições reais da máquina;

33 - É responsabilidade que o operador responder pela máquina em uso

durante seu turno de trabalho;

34 - Mesmo que seja do conhecimento do operador, a manutenção da

máquina só poderá ser realizada pela assistência técnica responsável;

35 - Se a máquina não oferecer condições de trabalho, não assuma

responsabilidades, a não ser autorizado por escrito pelo superior de maior

hierarquia e depois de tomadas as devidas medidas de segurança para evitar

acidentes pessoais;

36 - Só eleve a carga quando a mesma estiver pendurada de forma bem presa

ao sistema de guincho e em total segurança;

39 - Nunca deixem a carga suspensa pela ponte ao sair (troca de turno,

almoço ou outras situações);

40 - Evite saídas e paradas bruscas, pois causam danos as rodas, trilhos,

redutores, estruturas, alinhamento e edificação;

41 - Em trabalhos em áreas abertas, esteja atento para as intempéries:

proteja a carga e a si próprio;

42 - O operador deve ser elemento conhecedor, preparado e autorizado para

avaliar operacionalmente o profissional, a área a máquina e a carga . Evitem

saídas e paradas bruscas, pois causam danos às rodas, trilhos, redutores,

estruturas, alinhamento e edificação;

43 - Poderá haver o bloqueio dos botões de comando nas guias de contato.

Fique atento à chave geral.

Ex: Pontes 1 e 2 - as chaves se encontram na coluna B-03.

Pontes 3 e 4 - as chaves se encontram na coluna C-03.

Pontes 5, 6, 7 e 8 - as chaves se encontram na coluna E-03.

44 - Ao mover cargas, utilize equipamentos de segurança adequados;

45 - A ponte rolante deve receber lubrificação geral semanalmente;

46 - Observe sempre as normas de segurança, para sua proteção e a do

equipamento.

Page 87: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 87

11.6. Recomendações de Segurança.

I - Antes do içamento:

. O peso da carga a ser levantada deve ser verificado. Se o peso não estiver

marcado no corpo da carga, esse deve ser confirmado pela pessoa responsável

pela operação;

. Conhecendo-se o peso da carga e do aparelho auxiliar (spreader, cambão, etc.)

verificar se o equipamento de guindar e a linga são compatíveis com o peso a ser

movimentado;

. Assegurar que o laço a ser utilizado esteja adequado à carga a ser içada. Este

cuidado deve ser tomado para que não haja danos à carga e a linga;

. As lingas devem ser inspecionadas para ter assegurado suas boas condições,

sendo descartadas e substituídas imediatamente em caso de danos, conforme

recomendações indicadas no capítulo sobre lingas;

. Não permitir que haja materiais soltos sobre a carga a ser içada;

. Assegurar que a carga fique balanceada com a colocação dos laços nos pontos

indicados previamente. Caso os pontos não estejam marcados na carga, deve-se

utilizar a posição do centro de gravidade;

. O método escolhido para içamento deve impedir que haja escorregamentos.

Convém que os acessórios de ligação com a carga (ganchos ou manilhas) sejam

posicionados acima do centro de gravidade;

. Caso a carga seja composta por várias peças ou elementos, como tubos e

palanquilhas, deve-se procurar juntá-las através de cintamento;

. O laço não deve ser fixado no elemento de amarração de carga, exceto quando

este for certificado para este fim.

Page 88: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 88

II - Durante a fixação do laço:

.

Os laços devem estar livres de qualquer tendência de formar nós;

. Os olhais devem estar adequadamente assentados na cela do gancho, sem

excessos;

. O ângulo entre laços, no conjunto de laços, não deve exceder aquele para o

qual o conjunto de laços foi projetado e marcado;

. O laço não deve ser dobrado através de cantos vivos que possam danificá-lo ou

reduzir a sua resistência. Quando necessário, devem ser utilizadas calhas ou

outros acessórios para arredondar os cantos vivos.

Figura: Os ramais e os ângulos III - Durante a movimentação: . Não deve haver nada que impeça o livre movimento da carga. Por exemplo: parafusos ou juntas segurando a carga; . Não deve haver obstáculos, como cabos ou tubos que possam ser abalroados. A altura deve ser suficiente para o levantamento; . . Todas as pessoas envolvidas na operação devem poder se ver e se comunicar;

Page 89: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 89

. Todo o pessoal deve estar afastado da carga. Caso contrário, cuidados especiais

devem ser tomados antes de ser iniciado o levantamento e o controle dos

movimentos da carga;

. Quando o içamento for realizado de sobre a carroceria de um veículo, deve ser

disponibilizada.uma plataforma de trabalho contra o fluxo de carga para que os

trabalhadores se posicionem.antes do içamento;

. Não deve haver exposição de pessoas às cargas suspensas; . A carga deve estar balanceada; . A carga deve ser levantada ou abaixada uniformemente; . O laço não deve ficar preso sob a carga; devem ser utilizados calços para não danificar os laços; . Os laços não devem ser arrastados; . O guindaste deve ser utilizado para içar sempre na vertical; não deve ser

utilizado para puxar a linga ou cargas dos cantos (fora de boca);

. Toda a operação de guindar deve ser feita através de comunicação entre o

pessoal de terra e o operador do aparelho de guindar, seja através de rádio ou

por sinais de mão;

. O sinaleiro, o operador do guindaste e o responsável pela operação devem ser

capacitados no código de sinais de mão para içamento de cargas.

Page 90: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 90

11.7. EPI’s - Equipamento de Proteção Individual

Equipamento de proteção é toda medida ou dispositivo que pode reduzir ou

eliminar uma condição insegura de trabalho.

Pode ser:

Coletivo (EPC) - permite uma ambiente de trabalho seguro para todos

indistintamente.

Exemplos: exaltares de gases e vapores, proteção em escadas, corredores, esteiras, esmeril, máquinas, etc.

Individual (EPI) - protege apenas a pessoa que opera o equipamento ou

utiliza o EPI.

Exemplos: máscara, capacetes, etc.

Page 91: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 91

Exigência Legal Para a Empresa Seção IV, Capítulo V da CLT

Art. 166 - A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente,

equipamento de proteção individual adequado ao risco e em perfeito estado de

conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam

completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados.

Art. 167 - O equipamento de proteção só poderá ser posto à venda ou

utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação do Ministério do Trabalho.

Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho, em

sua Norma Regulamentadora 6, cuida minuciosamente do Equipamento de Proteção

Individual, incluindo, entre outras coisas, as informações citadas abaixo:

A recomendação ao empregador, quanto ao EPI adequado ao risco existente

em determinada atividade, é de competência:

Do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do

Trabalho - SESMT;

Da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes CIPA nas empresas

desobrigadas de manter o SESMT.

Nas empresas desobrigadas de possuir a CIPA, cabe ao empregador,

mediante orientação técnica, fornecer e determinar o uso de EPI adequado à

proteção da integridade física do trabalhador.

Obrigações do Trabalhador

Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:

Adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;

Fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo MTb;

treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado;

tornar obrigatório o seu uso;

substituí-lo, imediatamente, quando danificado ou extraviado;

responsabilizar-se pela sua higienização e manutenção periódica;

comunicar ao MTb qualquer irregularidade observada no EPI adquirido.

Obrigações do Empregado

Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:

usá-lo apenas para a finalidade a que se destina;

responsabilizar-se por sua guarda e conservação;

comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para

uso.

Page 92: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 92

Tipos de EPI’s

Proteção para:

Ouvidos: em trabalhos em que o ruído é intenso.

Vias respiratórias: em trabalhos que exalam poeiras, gases,

vapores, etc.

Mãos e Braços: em trabalhos com produtos químicos; materiais cortantes,

pesados, quentes, ásperos, com eletricidade; solda elétrica, etc.

Olhos: em trabalhos em que há risco de contato com materiais sólidos, líquidos e gasosos; em atividades em que haja radiação e luminosidade.

Pernas e Pés: em operações de soldagem; com líquidos corrosivos; em

ambientes úmidos; onde haja risco de cortes, escoriações, choques, etc.

Prevenir Quedas: em lugares altos ou com risco de queda por desequilíbrio.

Page 93: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 93

11.8. Relatórios de inspeções ( modelo)

Observações diárias – Relatório de entrada Manutenção a cada 8 horas de operação Ponte rolante n º__________ Operador chapa nº __________ Data: __/__/__ Ínicio: __________ Término: _______

INSPEÇÃO BOM REPARAR OBSERVAÇÕES

1 – Chave geral

2 – Chave do sistema de iluminação

3 – Sirene 4 – Lâmpada–piloto 5 – Buzina 6 – Painel de comando 7 – Cabos 8 – Ganchos 9 – Movimento da ponte 10 – Freio da ponte 11 – Pára–choques 12 – Movimento do trole 13 – Freio do trole 14 – Batentes 15 – Movimento do guincho 16 – Freios do guincho 17 – Chave-limite 18 – Extintor de incêndio 19 – Limpeza da cabine 20 – Acessórios individuais - Observações diversas

Importante: só inicie a operação da ponte rolante após ter entregue este relatório ao encarregado e ter recebido autorização para opera – lá.

_____________________________ Assinatura do Operador

______________________________ Assinatura do Encarregado

Page 94: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 94

PONTE ROLANTE

Relatório de Inspeção

N º _______/_______

Data:____/_____/____

Pagina ______/_____

INFORMAÇÕES GERAIS

Unidade TAG Capacidade Fabricante

Verificações Preliminares

Item de Inspeção Status Causa(s) da

Reprovação

Ação(ões)

Corretiva(s) A R

1 – Equipamento TAGueado

(identificação da ponte)

2 – Atendimento à periodicidade

mensal de inspeção.

3 – Registro da carga máxima de

trabalho permitida, em lugar visível, no

costado do equipamento.

4 – Atendimento às recomendações de

inspeções anteriores.

5 – Disponibilidade da área de

inspeção, para execução de exames

complementares aos exames visual e

dimensional.

6 – Disponibilidade dos setores de

apoio (planejamento e execução), para

o apoio aos trabalhos do executante da

inspeção.

7 – Habilitação do operador de ponte

rolante, para operá-la.

8 – Condições físicas e de segurança

da escada de acesso à ponte rolante.

9 – Estado de limpeza e conservação

da ponte rolante, quanto à proteção

anticorrosiva.

10 – Condição estrutural da ponte

rolante, de seus componentes e

dispositivos, em relação à existência de

processo corrosivo.

11 – Condições físicas do piso e do

guarda-corpo da ponte rolante.

12 – Nível de óleo lubrificante dos

redutores.

13 – Estado físico, fixação e

posicionamento dos batentes de fim de

curso, batedores de borracha,

parafusos e porcas.

14 – Condições físicas dos cabos de

aço.

15 – Condições físicas dos acessórios

de carga.

Page 95: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 95

Dispositivos elétricos

Item de Inspeção Status Causa(s) da

Reprovação

Ação(ões)

Corretiva(s) A R

Gaveta de Alimentação

16 – Aspectos Gerais

17 – Fusíveis de Força

18 – Chave Seccionadora

19 - Conexões

Outros Componentes

20 – Fusíveis de Comando

21 – Fusíveis de Força

22 – Relés Térmicos

23 – Contatores de Força e Auxiliares

24 – Transformador de Comando

25 – Sinalização, Iluminação e Alarme

26 – Cabos e Conexões

27 – Botoeira de Comando

28 - Motores

29 – Painel Elétrico

30 – Bancos de Resistências

Sem Carga

31 – Deslocamento da ponte rolante,

ao longo do percurso de rolamento.

32 – Deslocamento do carro

transversal, ao longo da extensão da

ponte.

33 – Funcionamento e ajuste dos

freios.

Page 96: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 96

Teste de Movimentação

Item de Inspeção Status Causa(s) da

Reprovação

Ação(ões)

Corretiva(s) A R

Sem Carga

34 – Pontos de contato e funcionamento das chaves de fim de curso.

35 – Deslocamento das carretilhas de sustentação dos cabos elétricos.

COM CARGA – TESTE DINÂMICO

36 – Movimentação da ponte,

utilizando todos os comandos

admissíveis.

37 – Funcionamento e ajuste dos

freios.

38 – Pontos de contato e

funcionamento das chaves de fim de

curso.

39 – Exame dimensional.

40 – Flecha das vigas principais da

ponte rolante.

COM CARGA – TESTE ESTÁTICO

41 – Movimentação da ponte,

utilizando todos os comandos

admissíveis.

Recomendações

Conclusões

Inspetor Data aprovação Data

Page 97: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 97

12. Prevenção e Combate à Incêndio

O fogo para poder existir, necessita, em conjunto, de oxigênio, calor e

combustível. Esses componentes são representados pela figura de um triângulo

equilátero, chamado “Triângulo do Fogo”, onde cada um desses elementos forma um

dos seus lados.

Se qualquer um deles for eliminado ou

isolado dos demais, o triângulo ficará

desfeito e será extinta a existência do fogo;

este é o princípio fundamental e básico do

combate à incêndios.

1.1. Triângulo do Fogo

Vejamos primeiro a extinção do fogo pela eliminação do combustível.

Diversos exemplos podem ser apresentados. Um deles é praticado a todo

momento pelas donas de casa, ao apagarem o fogo de um fogão à gás. Fechando-se o

gás - que neste caso representa o combustível - o mesmo deixa de fluir ao queimador

e a chama deixa de existir.

Outra situação que serve como exemplo é a de incêndios em florestas. Devido

ao grande perigo que representa a extinção de um incêndio nessas condições, e à

falta de equipamentos adequados para combatê-lo, faz com que as equipes de

combate preparem aceiros e derrubadas, com a finalidade de ser evitada a

propagação do sinistro.

Portanto, em caso de incêndio, além das providências normais ao alcance

para sua extinção, as equipes de combate devem remover, sempre que possível, todo

material combustível que existir nas proximidades do fogo e, dependendo de sua

localização, devem deixar o material atingido consumir-se, evitando apenas a

propagação do fogo.

Agora vamos ver a extinção do fogo, eliminando somente o calor, que, como

vimos, é outro dos lados do triângulo.

Page 98: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 98

A água é um dos principais agentes extintores; age eliminando o calor e

pode ser pulverizada, havendo porém certas restrições ao seu uso.

A água em fornos e sobre metais em ponto de fusão poderá provocar

explosões. Sobre o carbureto provocará aumento de calor e avivará a chama, e se

atirada de encontro a instalações elétricas ligadas, poderá trazer conseqüências

fatais.

O leigo muitas vezes terá estranhado a atitude dos bombeiros, jogando água

em paredes ou em materiais colocados a certa distância do fogo, mas eles estão, com

essa providência, evitando que o incêndio se alastre através da propagação do calor.

Após extinto um incêndio, dependendo do material envolvido, torna-se

necessária a efetivação do chamado rescaldo, ou seja, a eliminação de focos de calor

que possam transformar-se em brasas. Com o recebimento de maior quantidade de

oxigênio, as brasas transformam-se em chamas e o fogo é ativado.

O terceiro lado do triângulo é o representado pelo oxigênio.

O oxigênio é encontrado na atmosfera na proporção de 21%. No caso em que

essa porcentagem seja eliminada, ou reduzida à 15%, o fogo deixará de existir.

Um exemplo muito comum na extinção do fogo pela eliminação do oxigênio é

o ato de se apagar uma espiriteira à álcool, colocando-se a tampa sobre o pavio

aceso.

Por esse motivo é que as latas com tintas inflamáveis, e outras, devem ser

mantidas fechadas quando fora de uso.

Segundo a mesma técnica, é de boa prática o uso de tampas com dobradiças

nas bocas das latas de lixo, de modo que se fechem automaticamente após a

introdução dos resíduos.

Desse modo, qualquer início de incêndio que se origine dentro de uma dessas

latas não poderá progredir, provocando, no máximo, grande quantidade de fumaça,

sem permitir a formação de labaredas.

Em treinamentos práticos de incêndios é muito comum atear-se fogo em um

recipiente contendo inflamáveis, apagando-se a seguir com o uso de um simples

cobertor que, cobrindo toda a boca do recipiente, impede a entrada de oxigênio.

Ultimamente, vem sendo apresentado um quarto elemento, ou seja a Reação

em Cadeia, que transforma o conhecido triângulo em quadrado. Neste trabalho,

porém, vamos limitar-nos ao “Triângulo do Fogo”, pois o seu conhecimento é mais do

que suficiente para a Prevenção e Combate à Incêndios. Este quarto elemento é a

manifestação conjunta dos outros três componentes.

Page 99: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 99

12.1. Temperatura:

Ainda que a temperatura seja uma propriedade bastante familiar, é difícil

encontrar-se uma definição exata para ela. Estamos acostumados à noção de

temperatura antes de mais nada pela sensação de calor ou frio quando tocamos um

objeto. Além disso aprendemos pela experiência, que ao colocarmos um corpo quente

em contato com um corpo frio, o corpo quente se resfria e o corpo frio se aquece.

A temperatura de um corpo representa seu estado térmico com relação a sua

possibilidade de transmitir calor a outros corpos.

Para a medição da temperatura, criaram-se escalas térmicas, tais como,

Celsius ou Centígrada, Fahrenheit, Kelvin, etc. A escala utilizada no Brasil é a

Celsius ou Centígrada.

Ponto de Fulgor:

É a temperatura mínima em que um

combustível começa a desprender

vapores que, se entrarem em

contato com alguma fonte externa

de calor, se incendeiam. Só que as

chamas não se mantêm, não se

sustentam por não existirem

vapores suficientes

Ponto de Combustão:

Na experiência da madeira se o aquecimento

prosseguir, a quantidade de gás expelida do

tubo aumentará. Entrando em contato com

a chama do fósforo ocorrerá a ignição, que

continuará , mesmo que o fósforo seja

retirado. A queima, portanto , não para. Foi

atingido o “ponto de combustão”, isto é, a

temperatura mínima a que esse combustível

sólido, a madeira . sendo aquecido,

desprende gases que, em contato com a

fonte externa de calor, se incendeiam,

mantendo-se as chamas.

Page 100: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 100

Temperatura de Ignição:

Continuando o aquecimento da madeira

os gases, naturalmente, continuarão se

desprendendo. Em certo ponto, ao

saírem do tubo, entrando em contato

com o oxigênio (comburente), eles

pegarão fogo sem necessidade da chama

do fósforo

12.2. Condições Favoráveis à Combustão

Os três elementos do triângulo do fogo estão presentes na maioria das

situações de vida. Só ocorrerá a reação entre eles, se as condições do ambiente

fizerem os elementos entrarem em contato, em quantidades proporcionais e, de

acordo com as características de cada material.

Se uma pessoa trabalha em um escritório iluminado com uma lâmpada

incandescente de 100 watts e, além disso, ela fuma, haverá no ambiente:

Combustível: mesa, cadeira, papel, etc.;

Comburente: oxigênio presente na atmosfera;

Calor: representado pela lâmpada incandescente ligada e pelo cigarro aceso.

Apesar desses três elementos estarem presentes no ambiente, só ocorrerá

incêndio, se, por distração da pessoa que está trabalhando, uma folha de papel, por

exemplo, encostar no cigarro aceso.

Page 101: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 101

13. Treinamento Prático com Ponte Rolante

13.1. Exercício Prático

Exercício 01:

Exercício 02:

EXERCÍCIO COM BALDE E CORDA EM DIAGONAL

DESLOCAR A PONTE SEM ENCOSTAR O BALDE E A ALÇA NA CORDA

Page 102: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 102

13.2. Exercício - Movimentação de materias

Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste

Nome - Data - / /

01 – Cabo de aço é um conjunto de arames torcidos e estirados? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 02 – A parte central do cabo de aço é chamada de perna? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 03 – Se uma peça que vai ser transportada tiver cantos vivos, devemos colocar proteção para não danificar os cabos ou as cintas de sustentação? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 04 – Ao transportar uma peça devemos erguer o mais alto possível do piso? ( ) SIM, porquê senão a peça pode bater em outros equipamentos. ( ) Não, só o suficiente para não bater em outros equipamentos. 05 – Todos os ganchos para elevação de peças devem possuir trava?

( ) Verdadeiro ( ) Falso 06 – A alma de um cabo de aço pode ser de aço, de fibra, e de nylon? ( ) Verdadeiro ( ) Falso 07- Quais os movimentos de uma ponte rolante. ( ) vertical, transversal e longitudinal. ( ) vertical, lateral e longitudinal. ( ) vertical, transversal e lateral. 08- Para que serve o carrinho ou o trole da ponte rolante? ( ) Movimentar a carga no sentido vertical. ( ) Movimentar a carga no sentido transversal. ( ) Movimentar a carga no sentido longitudinal. 09 - A pessoa que vai engatar uma carga tem que ter uma boa comunicação com o operador da ponte rolante?

( ) Verdadeiro ( ) Falso 10 – Devemos assobiar no momento em que fazemos sinais para o operador da ponte ou guincho? ( ) Verdadeiro ( ) Falso

Page 103: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 103

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAS

Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste

Nome - Data - / /

1) Na sua opinião, como deverá agir um operador da ponte quando surge um

defeito mecânico ou elétrico?

a) Avisar o seu supervisor

b) Solicitar auxilio de qualquer outro colega

c) Tentar resolver o problema sozinho

2) Todo e qualquer reparo da ponte deverá ser efetuado

a) Pelo próprio operador

b) Por qualquer mecânico

c) Somente pela oficina de manutenção

3) Para o operador de ponte, a “Atenção” é um fator:

a) Muito importante

b) Importante em algumas situações

c) De pouca importância

4) Qual a precaução que o operador deve tomar quando tiver que transportar

uma carga, acima da capacidade da maquina?

a) Tentar transportar assim mesmo

b) Adicionar contra o peso na máquina e transportar

c) Não transportar

5) A capacidade de carga da ponte é reconhecida em virtude de:

a) Orientação da chefia

b) Ter capacidade de carregar um enorme fardo

c) Estar maçado no próprio equipamento

6) Os cabos de aço aplicado em uma carga, oferecerão mais resistência quando:

a) Em ângulo de 30º

b) Em ângulo de 45º

c) Em ângulo de 60º

7) Os avisos de segurança servem para:

a) Atrapalhar o serviço do operador

b) Confundir a operação

c) Orientar o operador

8) Indique a montagem correta dos grampos nos cabos de aço abaixo:

9) O cabo de aço 6x19 a sua estrutura e constituído por:

a) 6 arames e 19 pernas

b) 6 almas de fibra e 19 pernas

c) 6 pernas e 19 arames

10) Quais são as principais observações que o operador deve fazer numa inspeção dos cabos

de aço

_____________________________________________________________ _____________________________________________________________

Page 104: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 104

MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAS

Ponte Rolante ( ) Pré Teste ( ) Pós Teste

Nome - Data - / /

1) Quais os equipamentos de proteção individual para

amarração sinalização e movimentação de cargas ?

2) Quais os acessórios do movimentador de carga ?

3) Como podemos saber o peso da carga a ser elevada ?

4) Qual a influência do peso da carga na lança de um

guindaste ?

5) Quais os tipos de Lingas existentes ?

6) Como devemos medir um cabo de aço ?

7) Porque não podemos dar nós em cabos de aço ?

8) Quais as desvantagens na utilização de cintas ?

9) Quais as vantagens na utilização de Lingas combinadas ?

10) Como calcular a capacidade de carga das Lingas ?

11) Qual o procedimento para movimentação de cargas com

travessões ?

12) Como é feito a comunicação entre o operador e o

movimentador de cargas ?

Page 105: PONTE ROLANTE - mgmengenhariadotrabalho.com.brmgmengenhariadotrabalho.com.br/wp-content/uploads/2019/10/Manual-Op-Ponte-Rolante1.pdfsua conduta em operar a ponte rolante. Existem ponte

Manual Operador de Ponte Rolante 105

14. Bibliografia

Normas Regulamentadoras – NRs do Mte – Portaria 3214/78.

ABNT, NBR 6327 – Cabo de Aço para usos Gerais, Associação Brasileira

de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1983, 24 pág.

ABNT, NBR 5977, Contêiner – Carregamento, movimentação e fixação,

Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1980

ABNT, NBR 7475, Contêiner – Sistemas de Apoio e Fixação em

Equipamentos de Transporte Terrestre, Associação Brasileira de normas

Técnicas, Rio de Janeiro, 1986.

ABNT, NBR 7163 – Grampo Leve para Cabo de Aço, Associação Brasileira

de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1991.

ABNT, NBR 11098 – Grampo Pesado para Cabo de Aço, Associação

Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1989.

ABNT, NBR 13541 – Movimentação de Carga – Laço de Cabo de Aço,

Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995, 11 pág.

ABNT, NBR 13542 – Movimentação de Carga – Anel de Carga, Associação

Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.

ABNT, NBR 13543 – Movimentação de Carga – Laços de Cabo,

Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.

ABNT, NBR 13544 – Movimentação de Carga – Sapatilho para Cabo de

Aço, Associação Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.

ABNT, NBR 13545 - Movimentação de Carga – Manilha, Associação

Brasileira de normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1995.

ABNT, NBR 10871 – Sapatilho par Cabo de Aço, Associação Brasileira de

normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1989.

ABNT, NBR 7164 – Soquete para Cabo de Aço, Associação Brasileira de

normas Técnicas, Rio de Janeiro, 1991.