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1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP Marcos Daniel Nemitz UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 2006) MESTRADO EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE SÃO PAULO 2009

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO PUC - SP ... Daniel Nemi… · E juntos vamos celebrar a confiança Nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê. 2

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO

PUC - SP

Marcos Daniel Nemitz

UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)

MESTRADO EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA, SOCIEDADE

SÃO PAULO

2009

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Marcos Daniel Nemitz

UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)

DISSERTAÇÃO APRESENTADA À BANCA

EXAMINADORA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE SÃO PAULO, COMO EXIGÊNCIA

PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE

MESTRE EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA,

SOCIEDADE, SOB A ORIENTAÇÃO DA Prof. (a)

Dr.(a) Alda Junqueira Marin

SÃO PAULO

2009

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Marcos Daniel Nemitz

UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)

DISSERTAÇÃO APRESENTADA À BANCA

EXAMINADORA DA PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE

CATÓLICA DE SÃO PAULO, COMO EXIGÊNCIA

PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE

MESTRE EM EDUCAÇÃO: HISTÓRIA, POLÍTICA,

SOCIEDADE, SOB A ORIENTAÇÃO DA Prof. (a)

Dr.(a) Alda Junqueira Marin

Comissão Examinadora

______________________________________________

______________________________________________

______________________________________________

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Baião Das Comunidades

Zé Vicente

Somos gente nova vivendo a união,

Somos povo semente de uma nova nação ê, ê....

Somos gente nova vivendo o amor,

Somos comunidade, povo do senhor, ê, ê...

1.vou convidar os meus irmãos trabalhadores:

Operários, lavradores, biscateiros e outros mais.

E juntos vamos celebrar a confiança

Nossa luta na esperança de ter terra, pão e paz, ê, ê.

2. vou convidar os índios que ainda existem,

As tribos que ainda insistem no direito de viver.

E juntos vamos reunidos na memória,

Celebrar uma vitória que vai ter que acontecer, ê, ê.

3. convido os negros, irmãos no sangue e na sina;

Seu gingado nos ensina a dança da redenção.

De braços dados, no terreiro da irmandade,

Vamos sambar de verdade, enquanto chega a razão, ê, ê.

Esta era uma das músicas cantadas na reuniões e assembléias da Pastoral da Juventude.

O tempo passou...

Os princípios permaneceram...

Hoje posso atribuir um novo significado:

Somos gente nova vivendo a união, Somos povo semente!!! A continuidade entrego ao tempo!

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Agradecimentos À Eliana, minha mulher, por tudo e por tanto... Ao Heitor, meu filho, pela compreensão. À profª Drª Maria Rita de Almeida Toledo pela orientação brilhante, minha eterna gratidão. À profª Drª Paula Perin Vicentini, pela orientação inicial e as contribuições durante a qualificação. À profª Drª Alda Junqueira Marin, pelas contribuições da qualificação e por ter acolhido este trabalho. À Associação Brasileira de Psicopedagogia, por ter facilitado meu acesso aos arquivos. À ex-presidente profª Drª Neide de Aquino Noffs, pelos esclarecimentos. À editora responsável pela Revista Psicopedagogia Maria Irene Maluf, pelos esclarecimentos para compreender a Revista, As secretárias da ABPp Marlene Derado e Rosângela Bruno Durão pela solicitude. À profª Drª Eloisa Quadros Fagali, por ter ensinado os caminhos da psicopedagogia. À Neiva Augusta da Silva pela ajuda para entender a produção de um periódico. À Telma Pantano, pela discussão das categorias de classificação. À Débora e Ferruccio, que ajudaram com os gráficos. À Ieda, pelo abstract. À Maria Célia Cançado, pela revisão. À Cris, pelo incentivo. Aos amigos conquistados nesta etapa da vida, Crisney, Dolores, Lícia, Lúcia Matias, Marcelo, Tânia e Yáscara, por tantas conversas... À Elisabeth Adania, secretária do programa, pela ajuda constante. À Roseli Castro pela presença. À Mônica Guttman, por tantas conquistas. Ao CNPQ, pela bolsa concedida.

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RESUMO

NEMITZ, Marcos Daniel, UM ESTUDO SOBRE O CICLO DE VIDA DO PERIÓDICO

PSICOPEDAGOGIA – REVISTA DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA (1982 – 2006)

Dissertação (mestrado), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.

Este trabalho foi desenvolvido sobre o periódico Psicopedagogia – Revista da

Associação Brasileira de Psicopedagogia, no período compreendido entre 1982 a 2006.

O periódico foi considerado como o impresso representativo da história da

Psicopedagogia no Brasil, principalmente pelo importante papel que tem desempenhado no

processo de formação dos psicopedagogos, e na identificação da Psicopedagogia como área

de conhecimento pertencente ao campo da Educação.

Nesta pesquisa foi utilizado como referencial teórico o conceito de campo de Pierre

Bourdieu. Para este autor, campo também é concebido como um espaço em que se estabelece

uma relação de concorrência. A disputa estabelecida dentro desta concorrência refere-se à

monopolização da autoridade e do saber científico sobre o tema. (Bourdieu, 1983)

Esta pesquisa busca compreender o impresso como estratégia de constituição da área

de estudos da Psicopedagogia dentro do campo da Educação.

O periódico é tomado como objeto de pesquisa e analisado como um dispositivo de

normatização da prática psicopedagógica, ao mesmo tempo em que é considerado como

suporte material que permite ampliar a discussão existente dentro do campo educacional, de

um ponto de vista psicopedagógico.

Palavras-chaves: Psicopedagogia – Periódico – Processo de Aprendizagem –

Fracasso Escolar – Associação Brasileira de Psicopedagogia.

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ABSTRACT

NEMITZ, Marcos Daniel, A study about the life cycle of the periodial in the psycho pedagogy periodical – Brazilian Association Magazine of Psycho pedagogy (1982 – 2006), Dissertation (master), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2009.

This work was based in the psycho pedagogy periodical – Brazilian Association

Magazine of Psycho pedagogy, in the period 1982 – 2006.

The periodical was considered the printed matter representative of the Brazilian

Psycho pedagogy history, mostly because of the important role that is has played in the

formation process of the psycho pedagogies and in the Psycho pedagogy as knowledge area in

the Education field.

In this research was used as theoretical reference Pierre Bourdieu’s concept of field.

This author understands field as a space in which it is established a competition relation. The

dispute in this competition is the one for the authority monopolization and the scientific

knowledge about the theme (Bourdieu, 1983).

This research aim is the understanding of the printed matter as strategy for the

constitution of the Psycho pedagogy as study area inside the Education field.

The periodical is taken as research object and is been analyzed as dispositive to

normatize the Psycho pedagogy practice, at the same time it is considered as a material

support that permits to amplify the discussion within the Education field from a Psycho

pedagogical point of view.

Key words: Psycho pedagogy – Periodical – Learning Process – School failure or

Learning failure – Psycho pedagogy – Brazilian Association.

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RELAÇÃO DE QUADROS

Quadro 1 - Apresentação Geral do Formato do Periódico ............................................p. 71 Quadro 2 – Periodização do Ciclo de Vida do Periódico...............................................p.75 Quadro 3 - Ritmo da Publicação – Relação Ano/Mês (1982 – 2006) ...........................p. 77 Quadro 4 - Formato do Periódico – Fase Boletim..........................................................p.80 Quadro 5 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim ..................................................................................................................p.86 Quadro 6 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional......................................................................................................p. 117 Quadro 7 - Formato do Periódico – Fase Revista Nacional ...........................................p. 119 Quadro 8 - Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Nacional........................p. 129 Quadro 9 – Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Indexada........................p. 162 Quadro 10 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada ..........................................................................................................................p.163 Quadro 11 -Formato do Periódico – Fase Revista Indexada...........................................p.171

RELAÇÃO DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Ritmo da Publicação .......................................................................................p.78 Gráfico 2 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Boletim ...................................... p.111 Gráfico 3 – Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Resenhas Publicadas........................p.115 Gráfico 4 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Revista Nacional.........................p.156 Gráfico 5 - Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Indexada........................p.172 Gráfico 6 - Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Súmulas de Teses e Dissertações ..p.175

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SUMÁRIO

Introdução...........................................................................................................................p.12

O percurso do pesquisador................................................................................................p. 14

A pesquisa e seu objeto.......................................................................................................p. 16

As Categorias para a Classificação dos Artigos publicados pelo periódico..................p. 29

A organização dos capítulos...............................................................................................p. 31

Capítulo 1

1 - O Fracasso escolar como objeto em disputa: memória e

conhecimento......................................................................................................................p. 32

1.2 - O fracasso escolar em discussão............................................................................... p. 47

1.2.1 - Saberes da Sociologia da Educação....................................................................... p.47

1.2.2 - Saberes da Psicologia Escolar................................................................................ p. 53

1.2.3 - Saberes da Psicopedagogia................................................................................... p. 58

Capítulo 2

2 - O lócus de produção da revista de Psicopedagogia: A Associação Brasileira de

Psicopedagogia – Estratégias e Táticas...................................................................... p. 64 2.1 - O Ciclo de Vida do Periódico dado ao conhecimento.............................................p. 69

2.1.1 - A periodização para a pesquisa............................................................................. p. 69

2.1.2 - Conhecendo o Periódico – A Fase Boletim........................................................... p. 79

2.1.2.1 - As capas da Fase Boletim................................................................................... p. 81

2.1.2.2 - As características do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia....p. 84

2.1.2.3 - O Editorial da Fase Boletim................................................................................ p. 89

2.1.2.4 - Outros espaços do periódico da Fase Boletim................................................... p. 93

2.1.2.5 - As propagandas da Fase Boletim....................................................................... p. 98

2.1.3 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia

publicados pela Fase Boletim.............................................................................. p. 100

2.1.4 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?....................p. 110

2.1.4.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Boletim.......................p.112

2.1.4.2 – As Resenhas publicadas durante a Fase Boletim........................................... p. 113

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Capítulo 3

3 - Um novo periódico: Psicopedagogia - Revista da Associação Brasileira de

Psicopedagogia -A Fase Revista Nacional -1991 a 2002 .........................................p. 116

3.1 - As características da Revista.................................................................................. p. 116

3.1.1 - As capas - Fase Revista Nacional....................................................................... p. 121

3.1.2 - O índice - Fase Revista Nacional .........................................................................p. 127

3.1.3 - O Expediente - Fase Revista Nacional ................................................................p. 128

3.1.4 - Outros espaços de capa na Fase Revista Nacional............................................ p. 128

3.2 - Novos dispositivos de leitura: a seção Conversa com o leitor................................p. 131

3.2.1 - A seção Conversa com leitor dada a conhecer pelo seu discurso

Fase Revista Nacional.......................................................................................... p. 132

3.3 - A seção Compartilhando – Fase Revista Nacional - A ABPp dada a

conhecer?.............................................................................................................. p. 139

3.4 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia

publicados pela Fase Revista Nacional............................................................... p. 147

3.5 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa? – Fase Revista

Nacional .................................................................................................................p. 155

3.5.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Nacional.........................p. 157

3.6 - Resenhas publicadas durante a Fase Revista Nacional.........................................p. 158

3.7 - Nova Fase ou Novo Periódico? -

- Fase Revista Indexada - 2003 a 2006.....................................................................p. 159

3.7.1 - Características gerais da Fase Revista Indexada............................................p. 159

3.7.1.1 - A s capas da Fase Revista Indexada.................................................................p. 164

3.7.1.2 - O Retorno dos Editoriais - Fase Revista Indexada........................................p. 166

3.8 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia

publicados pela Fase Revista Indexada...............................................................p. 168

3.9. - Análise dos quadros e gráficos – Fase Revista Indexada.....................................p. 170

3.9.1 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?................... p. 171

3.9.2 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Revista Indexada......p. 173

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Considerações Finais...............................................................................................p.177

Referências Bibliográficas.......................................................................................p. 180

Anexos.......................................................................................................................p.184

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Introdução

O periódico Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia é

editado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia e enviado aos seus associados pelo

correio. O que o associado recebe em suas mãos, em 2009, é algo materialmente diferente do

que outros receberam em outros momentos da história deste periódico. Ou seja, o periódico

carrega em sua materialidade as marcas da sua história.

Roger Chartier afirma

...as tentativas feitas para decifrar diferentemente as sociedades, penetrando o dédalo das relações e das tensões que as constituem a partir de um ponto de entrada particular (um acontecimento, obscuro ou maior, o relato de uma vida, uma rede de práticas específicas) e considerando que não há prática ou estrutura que não seja produzida pelas representações, contraditórias e afrontadas, pelas quais os indivíduos e os grupos dão sentido a seu mundo. (Chartier, 2002, p.66)

Partindo desse pressuposto, a pesquisa tem como objetivo compreender as

representações que podem estar contidas neste periódico.

Os primeiros contatos com esta publicação geraram grande surpresa, à medida que se

comparava o formato em Revista na atualidade com o formato em Boletim no seu início.

Manusear o Boletim leva a imaginar as sensações dos seus leitores daquele momento. É muito

provável que os leitores experimentassem diferentes sensações que jamais serão conhecidas, e

ao historiador não cabe permanecer no universo das sensações. Com isso, há que se

questionar sobre o momento histórico desta publicação: a criação deste Boletim estaria imersa

nos mesmos anseios que assolavam o Brasil naquele momento histórico? O ano da publicação

do primeiro Boletim, 1982, marca um momento importante da história do país. A população

vivia o clima da anistia política, com o movimento deflagrado em 1979, que pedia anistia

àqueles que foram perseguidos pelo regime militar implantado a partir de 1964. Ao mesmo

tempo, era o ano de eleições pluripartidárias, marcando um parcial retorno à liberdade

democrática por meio das eleições diretas para cargos executivos, como governador de

estado, que ficara proibido com o A.I. número 3 em fevereiro de 1966. A ditadura militar que

assolava o país desde 1964, vivia o último mandato de um presidente militar, o general João

Batista Figueiredo (Koshiba, 2003).

Este clima de retorno à liberdade democrática do país tomava conta de diversos

setores da sociedade. Pode-se encontrar a população organizada em diferentes movimentos

sociais, bem como afirmar que o cidadão brasileiro respirava um ar de luta pela liberdade,

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contagiando aqueles que desejavam exprimir uma forma de pensar até então sufocada pelo

clima de perseguição e censura imposto à sociedade e principalmente aos meios de

comunicação social por meio do AI-5. Com a revogação do AI – 5 e o movimento de Anistia

em 1979, os setores sociais retomam parte da liberdade de expressão. (Koshiba, 2003, p. 552

– 558) A publicação do Boletim da Associação dos Psicopedagogos de São Paulo apresenta

em seu primeiro número um texto em que expressa:

O Boletim pretende ser um veículo para o debate, tão necessário entre nós. Ao mesmo tempo divulgará relatos de pesquisa, experiências pessoais, trabalhos teóricos e práticos, informações sobre cursos e divulgação de bibliografia específica. (Boletim AEPSP, 1982, p.3)

O objetivo em promover o debate, como é citado, e ao mesmo tempo em divulgar e

informar, nos permite algumas reflexões. Como é tratado o conhecimento num país que

convive há anos com a censura? Pensando sobre este contexto em que o Brasil vivia, ou seja,

contexto de cerceamento e perseguição política, sucedido pelo clima de anistia e liberdade,

pode-se pensar que está implícito, no lançamento de um Boletim com este objetivo citado

anteriormente, um ato, se não de ousadia, ao menos um ato de comemoração da liberdade e da

retomada do direito de expressão que lhes fora roubado. Divulgar relatos de pesquisa,

experiências e teorias, fazendo circular o conhecimento, remete-nos ao desejo de divulgar

tudo aquilo que outrora fora proibido, a vontade de expressar pensamentos e compreensões

sufocados por um regime ditatorial, que nesse momento dá sinais de término. Com o fim do

AI-5, o cidadão encontra-se livre para expor novas formas de pensar e compreender

polêmicas as quais durante anos foram proibidas. Sabe-se que o sistema de ensino muito

sofreu com os anos de censura. Dessa forma, pode-se afirmar que o clima de retorno à

liberdade tomou conta daqueles que, de uma forma ou de outra, conviveram com a ordem

ditatorial. Se não sofreram com a perseguição política diretamente, pelo menos foram

influenciados pelo rigor do AI-5. Nesse momento, há uma população que viveu por quase

duas décadas cuidando do que falava e de sua forma de expressar. Uma expressão mal

colocada poderia ser interpretada como atitude de discordância da ordem vigente. São muitos

os relatos de educadores que viveram esse momento e muitas vezes foram obrigados a se

justificar perante o sistema sobre suas afirmações, às vezes mal interpretadas.

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O percurso do pesquisador

A minha escolha profissional se deu em meio ao contexto político dos anos 1980. Em

1984 concluí o 2º grau no interior de São Paulo, na cidade de São José do Rio Preto, e naquele

momento era membro da pastoral da juventude da Igreja Católica. Fui convocado para

representar minha comunidade nas reuniões da Pastoral da Juventude Diocesana, na discussão

de como deveria ser a participação da juventude no movimento Diretas Já. Fui para a

primeira reunião sem saber muito bem do que se tratava, e acabei por entender o que

acontecera no país por meio das discussões nessas reuniões. Decidimos pelo apoio ao

movimento e nos comprometemos a levar a discussão para os grupos de base onde cada um

participava, ficamos responsáveis pelo papel de multiplicadores. Toda a nossa discussão era

fundamentada em preceitos religiosos e tinha como base a Teologia da Libertação1.

Acompanhei o processo como era possível naquele momento para um jovem do interior, pois

as informações ainda demoravam um pouco para chegar.

Experimentava um misto de satisfação e indignação. Ficávamos muito satisfeitos por

discutir os rumos do país, dar nossa contribuição, sentíamo-nos atuantes diante da realidade

brasileira, fato muito importante para um militante pastoral fundamentado pela Teologia da

Libertação. Experimentamos a indignação quando a emenda Dante de Oliveira não foi

aprovada. Em paralelo, discutíamos a necessidade da consciência crítica e ao mesmo tempo

ser sujeito da história, um tema muito presente em todas nossas reuniões, assembléias, cursos

e encontros: ser sujeito da história. No ano seguinte promovemos diversas discussões sobre

as próximas eleições e a assembléia constituinte de 1986.

Enquanto isso, decidi-me por uma profissão que permitisse dar continuidade àquelas

discussões, optei por fazer o vestibular para o curso de História. Acreditava que dessa forma

continuaria como agente da formação de jovens com consciência crítica. Vivia a idealização

do engajamento político. Ingressei na faculdade de História em 1986, na UNESP de Franca, e

1 O papel desempenhado pela Teologia da Libertação na historiado Brasil, já foi objeto de estudos de muitas pesquisas em diferentes áreas de conhecimento. Frei Betto é autor do livro O que é comunidade eclesial de base, publicado pela editora brasiliense em 1981. Neste livro o autor apresenta a metodologia utilizada por estas comunidades e analisa sua importância política para a história recente. Sobre a prática pastoral e prática política o autor afirma na p. 87: Nos últimos anos, o controle direto pelo aparelho repressivo do Estado de todos os espaços de articulação da sociedade civil, exceto a Igreja, permitiu que, à sobra desta, se desenvolvesse em muitas regiões um intenso trabalho pastoral, eminentemente popular, capaz de despertar nos fiéis a dimensão social e política da fé cristã. Certos expedientes, como o interesse pelos instrumentais de análise da realidade, tornaram-se comuns na prática pastoral, como parte integrante do processo de evangelização. Propiciar um conhecimento mais crítico e aprofundado da realidade social tornou-se condição da evangelização.

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me afastei da militância na pastoral da juventude, passei a me dedicar ao movimento

estudantil.

Com a conclusão da graduação ingressei na Rede Estadual de Ensino na cidade de São

Paulo. Estava maravilhado com a possibilidade de ensinar história. Muito rápido descobri que

ensinar não era assim tão simples. Experimentava uma frustração muito grande quando me

deparava com o aluno que não aprende. Apesar de toda a análise crítica que conhecia sobre o

nosso sistema educacional, nada parecia suficiente para aceitar a realidade que se colocava à

minha frente. Lecionei história para o curso de magistério na rede estadual. Ficava

impressionado com o preconceito que havia entre os professores, considerando a formação em

magistério como algo menor dentro da Educação.

Por volta de 1994, ouvi comentários a respeito da existência de um curso de

especialização em Psicopedagogia, que foi apresentado como um curso que procurava

entender as dificuldades de aprendizagem. Identifiquei-me com essa proposta, mas demorei

alguns anos para tomar a iniciativa de fazer o curso, estagnado pelo preconceito em torno do

tema psicopedagogia. Neste intervalo fiz diversos cursos de extensão universitária com temas

voltados para ensino de história, também disciplinas como aluno especial nos programas de

mestrado em História, depois em Educação. Posteriormente comecei a procurar cursos sobre

ensino e aprendizagem. Em 1997, tomei a decisão de fazer o curso de Especialização em

Psicopedagogia da PUC – COGEAE. Durante o curso escolhi fazer o estágio na área de

Psicopedagogia Institucional. Na minha visão daquele momento, esta vertente possuía uma

possibilidade maior de atuar com as dificuldades de aprendizagem dentro da instituição

escolar. Em 2000, após o término do curso na PUC, me associei a ABPp e comecei a receber

a Revista Psicopedagogia como Associado. Passei a participar de cursos e grupos de estudos

sobre psicopedagogia, e do Núcleo Psicopedagógico Integração. Enquanto isso, continuei

como professor de história, mas na rede particular.

Por meio do Núcleo Psicopedagógico Integração comecei a dar aulas, em 2004, no

Curso de especialização em Psicopedagogia das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires.

Também fui assistente da professora Eloísa Fagali, no curso de Especialização em

Psicopedagogia do Instituto Sedes Sapientiae, no módulo de Psicopedagogia Institucional.

Desenvolvemos, ao mesmo tempo, diversos trabalhos em escolas, focalizando a

Psicopedagogia Institucional, no Núcleo Integração.

Retomei o plano de fazer o curso de mestrado: agora estava claro meu desejo de

realizar uma pesquisa na área de Educação. Cheguei ao Programa de Educação: História,

Política, Sociedade da PUC-SP, mas ainda não estava decidido qual seria o tema de pesquisa.

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Durante as aulas de Anteprojeto, ministradas pela professora Maria Rita de Almeida Toledo,

foi que descobri as possibilidades de pesquisa com periódicos. A partir daí, iniciei a

elaboração de um pré-projeto que resultou nesta pesquisa.

A pesquisa e seu objeto

Esta pesquisa toma por objeto o periódico Psicopedagogia – Revista da Associação

Brasileira de Psicopedagogia. As análises buscaram compreender a forma como a

Psicopedagogia entrou no campo da Educação, em meio a qual contexto histórico os

psicopedagogos construíram um discurso, que passou a integrar o campo educacional, no que

diz respeito à discussão sobre o fracasso escolar.

O periódico foi criado em 1982 pela então Associação Estadual de Psicopedagogos do

Estado de São Paulo. Permanece em circulação, sendo o número 79 lançado no primeiro

semestre de 2009. Durante seu ciclo de vida este periódico não passou por nenhuma

interrupção de produção ou circulação. Ele pode ser considerado como o impresso oficial

representativo da história da psicopedagogia no Brasil, não apenas pelos seus vinte e cinco

anos, completados em 2007, mas principalmente pelo importante papel que tem

desempenhado no processo de formação dos psicopedagogos, e na identificação da

psicopedagogia como área de conhecimento pertencente ao campo da educação.

O conceito de campo aqui utilizado segue o referencial teórico de Pierre Bourdieu.

Para este autor, campo é concebido como um espaço em que se estabelece uma relação de

concorrência. A disputa estabelecida dentro desta concorrência é a disputa pela

monopolização da autoridade e do saber científico sobre o tema. (Bourdieu, 1983)

Por meio da análise do ciclo de vida do periódico eleito pode-se compreender a

entrada da Psicopedagogia no campo da Educação no Brasil.

A escolha deste impresso como objeto de pesquisa se deu por ser este o veículo de

comunicação entre a Associação Brasileira de Psicopedagogia e seus associados. Esta função

veículo de comunicação - é atribuída ao periódico pela própria direção da entidade que o

publica. Isto ocorre no momento da sua criação. No seu primeiro número, o então Boletim da

Associação de Psicopedagogos de São Paulo, encontra-se um texto de apresentação. Neste

texto a Associação afirma, em seu segundo parágrafo, a intenção de ser um veículo para o

debate. Tal afirmação mostra que o Boletim nasce com a função de fomentar um debate

reconhecido como necessário pela Associação. Ao mesmo tempo, afirma que servirá para a

divulgação de um saber específico de um grupo que tem por intenção trabalhar com a

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aprendizagem como um objeto de estudos. Esta pesquisa, ao reconstruir os passos deste

periódico, revela a história do grupo que se apresenta a sociedade como psicopedagogos. Com

isso vai-se trilhando o caminho percorrido pelo grupo, reconstruindo seu percurso para

compreender a forma como entra no campo da Educação.

Em 2009, pode-se constatar que o Boletim tornou-se uma Revista. Em Abril do

mesmo ano foi publicado o número 79, com uma tiragem de 3.000 exemplares, e completa

vinte e sete anos de existência. Esta trajetória aponta elementos que permite tomar este

periódico como objeto de estudos para adentrar o universo da pesquisa. Tem por objetivo

compreender como a psicopedagogia entra no campo da Educação partindo da teoria de Pierre

Bourdieu que compreende campo, pela definição dos objetos de disputas e dos interesses

específicos que são irredutíveis aos objetos de disputas e aos interesses próprios de outros

campos (Bourdieu, 1983, p.89).

A obra de Pierre Bourdieu é o resultado do trabalho de vários pesquisadores que

juntamente com ele durante a década de 1950, em meio ao período pós-guerra, criaram

ferramentas que permitiram compreender a estrutura e o funcionamento do mundo social. Sua

obra é avaliada como uma das mais complexas teorias no campo da ciência social. Esta

complexidade apresenta-se de forma muito fértil, e é possível encontrar contribuições de

diversas áreas como: sociologia, filosofia, economia, lingüística, ciência política e psicologia.

Ao mesmo tempo, há um grande esforço, por parte do teórico, em superar o pensamento

binário.

Revisitando os fundamentos das obras de Marx, Weber e Durkheim, para elaborar uma

concepção original do mundo social, o autor enfatiza a dimensão relacional das posições

sociais ocupadas pelos seus membros dentro do mundo social. Apresenta-se uma concepção

de sociedade como espaço social por meio da qual assinala um rompimento com uma visão

de sociedade puramente estratificada, definidos a partir de princípios de classificação como

poder, prestígio e riqueza. (SILVA, 2007: 29 – 39)

Ao construir seu modelo de análise, Bourdieu tomou como objeto de estudos a

sociedade francesa dos anos 60 – 70. Estabeleceu como ponto central das investigações a

análise da relação entre as estruturas objetivas e as estruturas incorporadas pelo agente social,

ou seja, as dos campos sociais e as do habitus. Por meio desses conceitos procura

compreender o lugar ocupado pelas pessoas dentro do campo, tratando este como um espaço

complexo, para que se possa compreender a forma como se classificam dentro deste espaço.

Dentro de sua teoria, o espaço social fica configurado por um jogo social. Este jogo por sua

vez é marcado por vários interesses que também estão presentes no campo social global. Os

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interesses transformam-se nas condições de funcionamento do campo estimulando as pessoas

a pertencerem ao jogo social. Com isso é estabelecida uma luta dentro de um campo, formada

por forças que criam modelos e estilos próprios definindo seu funcionamento. Para Bourdieu,

este jogo social é constituído por agentes que hora reproduzem e hora transformam a ordem

social:. o resultado de um passado que o produziu e que por sua vez encontra-se atuando nas

práticas e representações do agente. (SILVA, 2007: 29 – 39)

Em sua obra, algumas propriedades do campo, Pierre Bourdieu mostra que um campo

é estruturado por meio de posições ou postos que colaboram para a compreensão das

propriedades próprias daquele campo. Estas propriedades podem ser analisadas

independentemente das características de seus ocupantes. Aponta como leis gerais dos

campos a existência de leis de funcionamento invariantes. A estruturação de tais leis faz parte

da história específica de cada novo campo. A constituição de um novo campo apresenta-se

com uma especificidade própria, particular ao campo. Dentro deste campo desenvolve-se uma

luta da qual se deve encontrar sua forma específica. Nesta luta estará presente o novo que está

entrando, construindo a abertura de um espaço, ao mesmo tempo em que podemos identificar

outros agentes ocupando a posição dominante, por estarem dentro do campo há mais tempo.

O dominante por sua vez tentará defender o monopólio e excluir a concorrência. A definição

de um campo ocorre com a presença de objetos de disputas, estabelecendo interesses

específicos que são irredutíveis aos objetos de disputas. Os interesses que se apresentam

como parte integrante deste jogo de disputas não são percebidos por quem não foi formado

para entrar neste campo. Para se constatar o funcionamento do campo, é necessário

reconhecer a existência de objetos de disputas e pessoas prontas para disputar o jogo dotados

de habitus. O habitus aponta a existência de um capital de técnicas e de referências que se

configura como uma condição de funcionamento do campo ao mesmo tempo em que é

produzido por ele.

A estrutura de um campo se apresenta como um estado da relação de forças existente

entre os agentes que participam da luta. Estes agentes possuem um capital específico válido

em relação ao próprio campo. Os agentes recém chegados para participar do jogo, por sua

vez, possuem menos capital e com isso tendem à estratégia de subversão, considerada como

heresia. A prática de tais heresias provoca a produção de um discurso defensivo por parte dos

agentes monopolizadores do saber específico daquele campo. A existência desta disputa diz

respeito a outra propriedade do campo: a existência de um certo número de interesses

fundamentais em comum. Para os recém chegados é exigido o conhecimento prático dos

princípios do jogo e ao participarem da luta contribuem para a reprodução do jogo produzindo

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a crença no valor do que está sendo disputado. Por fim, Pierre Bourdieu aponta como

característica fundamental para o funcionamento de um campo, a existência de uma história

da obra. Há um efeito de campo quando se torna impossível compreender uma obra sem

conhecer a história do campo de produção da obra. (Bourdieu, 1983, p. 89-95)

Esta pesquisa busca compreender o impresso como estratégia de constituição de uma

área de estudos disposta a compreender, inicialmente, por que o aluno não aprende.

Partindo deste pressuposto pergunto: como se deu a constituição da história deste

periódico? A história do periódico é reveladora da história da Associação Brasileira de

Psicopedagogia? O que esta história pode nos revelar acerca da constituição do debate em

torno do tema Psicopedagogia? Como se deu a entrada da psicopedagogia dentro do campo da

Educação?

Estas são perguntas iniciais que não se esgotam nesta pesquisa. O próprio trabalho na

coleta de dados com o periódico foi indicando caminhos a serem percorridos e, ao mesmo

tempo, elaborando novas perguntas. Encontrando informações e as transformando em dados

que serão úteis para a reconstrução dessa história, estes por sua vez geram novas perguntas

que levam a procurar respostas explorando o arquivo da Associação Brasileira de

Psicopedagogia. Ao mesmo tempo, as perguntas geradas pelo objeto de pesquisa também são

respondidas por consultas e leituras realizadas sobre o tema da imprensa periódica como

objeto de estudos para a História da Educação.

Com o desenvolvimento das discussões, práticas e pesquisas sobre o tema, foi possível

acompanhar os debates nos quais a área de Psicopedagogia definiu seu objeto de estudo.

Inicialmente a área apresenta-se pesquisando o aluno que não aprende. Durante a década de

1980, verifica-se um debate sobre a definição do objeto de estudos da Psicopedagogia. Por

meio desta pesquisa, observa-se que na década de 1990 o seu objeto de estudos foi

prioritariamente o processo de aprendizagem. Houve a entrada dos profissionais em

Psicopedagogia dentro do campo da Educação, com práticas e representações produzidas e

colocadas em circulação pela Revista. Esta constatação apresenta como pergunta: quem eram

estes profissionais? A Revista Psicopedagogia é tomada como objeto de pesquisa e analisada

como um dispositivo de normatização da prática psicopedagógica, ao mesmo tempo em que é

considerada como suporte material que permite ampliar a discussão existente dentro do

campo educacional, em torno de temas como o fracasso escolar, de um ponto de vista que

veio a se chamar psicopedagógico.

Tratar o campo da Educação como um espaço de lutas, significa lembrar que o campo

científico possui formas próprias de interesse específico.

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Esta mesma investigação leva ao conhecimento de vários trabalhos realizados em

programas de outras universidades. Nas páginas seguintes é apresentada uma breve revisão

bibliográfica das pesquisas sobre impressos.

Em seu artigo A imprensa de Educação e Ensino: concepção e organização do

repertório português, Antonio Nóvoa (1997) apresenta a imprensa periódica como fonte para

a história da educação, chamando a atenção para o fato de que, nesse tipo de impresso, pode-

se encontrar as manifestações de diversos atores em relação ao campo educativo. Ao

apresentar as razões que o motivaram a produzir um Repertório Analítico da Imprensa de

Educação e Ensino (Séculos XIX – XX), o autor afirma

Em primeiro lugar, a imprensa é o melhor meio para apreender a multiplicidade do campo educativo, como afirma Pierre Caspard quando deixa clara a intenção do grupo francês em contribuir para uma história total da educação. De fato, a imprensa revela as múltiplas facetas dos processos educativos numa perspectiva interna ao sistema de ensino (cursos, programas, currículos, etc.), mas também no que diz respeito ao papel desempenhado pelas famílias e pelas diversas instâncias de socialização das crianças e dos jovens. A imprensa constitui uma das melhores ilustrações de extraordinária diversidade que atravessa o campo educativo. (Nóvoa, 1997, p.12)

Essa reflexão tem dado suporte para diversas pesquisas de História da Educação no

Brasil, sobretudo, para as que têm se dedicado a estudar a história da profissão docente e a

cultura docente.

A tese de doutorado de Denice Catani foi apresentada em 1989 ao Programa de Pós-

graduação em Educação da FEUSP, com o título: Educadores à meia luz. O objetivo da

autora foi contribuir para compreensão da história dos investimentos dos professores paulistas

no trabalho de delimitação e organização do espaço destinado ao debate de questões relativas

ao ensino. A pesquisa procurou explicitar as características da argumentação utilizada para

apresentar o problema da organização dos serviços de ensino e os da organização do trabalho

do professor. Sempre atenta para compreender os processos de constituição de conhecimentos

sobre educação no Brasil. O trabalho foi realizado por meio da reconstrução do ciclo de vida

do periódico produzido pela Associação Beneficente do Professorado Público de 1902 a 1918:

Revista de Ensino.

Paula Perin Vicentini, (1997), em sua dissertação de mestrado apresentada junto à

FEUSP, analisou a história do Centro do Professorado Paulista (CPP), desde a sua fundação

(1930) até 1964, tendo em vista o processo de organização do magistério enquanto categoria

profissional. Neste trabalho, privilegiou como fonte de pesquisa o órgão informativo da

entidade, intitulado à época, Revista do Professor (1934 – 1965). Utilizou também outras

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fontes como os documentos relativos à vida administrativa da entidade, depoimentos

fornecidos por seus dirigentes, o noticiário da grande imprensa e a historiografia disponível

sobre o período. A autora constatou que o uso de uma revista de ensino é de grande

importância na reconstrução das lutas travadas pela legitimidade no campo educacional. Essa

constatação possibilitou a análise de aspectos que enfatizam as grandes reformas de ensino e

as mudanças na legislação educacional. Para a realização deste trabalho, usou como

referencial teórico a noção de campo de Pierre Bourdieu.

Ana Flávia Souza Sofiste (2007) realizou uma pesquisa sobre os embates e as disputas

no campo da Educação Física acerca da identidade desse profissional. A pesquisa foi

apresentada como dissertação de mestrado junto ao programa EHPS da PUC-SP, com o titulo

Profissional ou Professor de Educação Física? Interfaces de uma profissão regulamentada.

Neste trabalho, a autora também utilizou como referencial teórico a noção de campo de Pierre

Bourdieu. Para apreender as disputas travadas no campo da Educação Física, analisou os

discursos produzidos sobre o debate em torno da regulamentação presentes na Revista

Brasileira de Ciências do Esporte, na Revista E.F. e no Boletim do MNCR, além de

documentos produzidos pelo Conselho Federal de Educação Física (CONFEF) e pelo

Movimento Nacional Contra a Regulamentação do Profissional de Educação Física (MNCR).

Com as obras citadas até aqui, é possível constatar a grande contribuição que o uso dos

periódicos e outros impressos como fonte e objeto de pesquisa tem dado à História da

Educação. Por meio dos trabalhos de Vicentini (1997) e Sofiste (2007), pode-se compreender

como se desenvolveram as investigações desses pesquisadores, que utilizaram a teoria de

Pierre Bourdieu como referencial teórico. Em seus trabalhos, os periódicos e outros

impressos serviram como fonte para pesquisa e nos permite compreender como a noção de

campo foi se constituindo dentro de cada área ali pesquisada. Conhece-se, por meio desses

trabalhos, a forma como o debate travado no interior dos periódicos, por meio dos artigos,

contribuíram para a entrada de novos atores dentro de um campo já consolidado, e como

ocorreu a construção da identidade deste campo. Vicentini (1997) e Sofiste (2007) utilizaram

também o conceito de habitus defendido por Pierre Bourdieu (1983). Delimitar o habitus

permite compreender um capital de técnicas, referências e conjunto de crenças que é a

condição para o funcionamento e produto de um campo. São elementos que contribuem para a

investigação sobre a constituição da identidade de um campo. Tendo como referência os

trabalhos citados aqui, e sobretudo os conceitos de Pierre Bourdieu, passei a investigar meu

objeto de estudos e também a explorar os arquivos da Associação Brasileira de

Psicopedagogia (ABPp) em busca de elementos para compor este trabalho.

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Essa pesquisa procura agregar à vertente anteriormente explicitada a dos estudos sobre

materialidade do impresso. Buscou-se por meio da materialidade da Revista Psicopedagogia

compreender as discussões que colaboraram para a constituição dessa área de estudos

chamada Psicopedagogia. Dessa forma, a Revista Psicopedagogia apresenta-se como fonte de

informação historiográfica e, ao mesmo tempo, como objeto material de investigação, que

permite ao pesquisador o estudo das práticas que formalizam o discurso da Psicopedagogia

em torno do tema de seu objeto de estudos: o processo de aprendizagem.

Para esta análise utilizo as constatações de Roger Chartier

De um lado, os dispositvos formais – textuais ou materiais – inscrevem em suas próprias estruturas as expectativas e as competências do público que visam, portanto, organizam-se a partir de uma representação da diferenciação social. De outro, as obras e os objetos produzem sua área social de recepção bem mais do que são produzidos por divisões cristalizadas e prévias. (Chartier, 2002, p.76)

Entre os trabalhos que subsidiaram a perspectiva adotada, destaca-se a tese de

doutorado de Maurilane de Souza Biccas, O Impresso como Estratégia de Formação de

Professores (as) e de Conformação do Campo Pedagógico em Minas Gerais: o caso da

Revista do Ensino (1925 – 1940), foi apresentada à Faculdade de Educação da Universidade

de São Paulo em 2001. Este trabalho procurou evidenciar as motivações que levaram os

responsáveis pela educação no estado de Minas Gerais a criarem um periódico destinado aos

professores. (Biccas, 2001) A riqueza de dados apresentada em seus três volumes ofereceu-

me uma grande contribuição para elaborar minhas planilhas, que tiveram por objetivo

construir meu banco de dados para compor a pesquisa.

No mesmo programa de estudos ao qual pertenço, Programa de Estudos Pós-

Graduados em Educação: História, Política, Sociedade, da PUC-SP, encontrei vários trabalhos

que utilizaram a Imprensa Periódica como objeto de estudos. A dissertação de mestrado de

Marly Leibruder, O subsídio Recordando e Renovando da rede municipal de São Bernardo

do Campo (1982 – 1995): Análise material de um impresso de formação e normatização das

práticas docentes na escola para a infância, estudou o subsídio pedagógico Recordando e

Renovando, tomando-o como objeto material de investigação, como manifestação da cultura

escolar e fonte de informação historiográfica que intermediou como manifestação da cultura

escolar. (Leibruder, 2007, p. 20) Trata-se de um trabalho inserido dentro do âmbito da

História Cultural e das práticas pedagógicas, trabalhando com a materialidade do periódico e

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entende que os impressos oficiais podem ser modelos para determinar as estratégias textuais e

editoriais de difusão e imposição dos saberes pedagógicos.

A dissertação de mestrado de Omar Schneider (2003), A revista de Educação Physica

(1932-1945), também apresentada a este Programa, buscou compreender o uso que fizeram do

periódico como um lugar de poder para que pudessem construir uma idéia entre os leitores

sobre as finalidades da Educação Física no âmbito educacional. Seu referencial teórico partiu

das discussões produzidas pela História Cultural. Esta apresenta proposições que orientam

para uma arqueologia dos objetos e tem como proposta para o trabalho do pesquisador,

interrogar os objetos pela sua materialidade na tentativa de compreender as práticas que os

produziu. Para o exame do periódico, a Revista Educação Physica, o autor buscou

compreender os ritmos e fases pelos quais passou o periódico, dando atenção à fórmula

editorial utilizada e atento aos procedimentos e intervenções dos editores para constituir um

periódico comercial com destino pedagógico. Assim, analisou os dispositivos dos editores

para controlar a leitura do impresso e regrar seu uso. Schneider (2003) partiu da premissa de

que o impresso pode ser uma alternativa para compreender o campo pedagógico. O impresso

apresenta-se como possibilidade para produzir uma história da educação menos centrada na

figura de personalidades e atos oficiais e mais centrada na investigação de iniciativas

editoriais, nas quais os grupos envolvidos na sua produção lutam por projetos distintos. Com

isso, o autor propõe-se a entender o processo de formação da imprensa e focar a atenção nas

representações veiculadas por meio do impresso, tratando-o como objeto cultural que,

constitutivamente, guarda as marcas de sua produção e de seus usos.

A dissertação de Ana Maria Smith Santos (2005), apresentada com o título Os

Cadernos de Educação da Escola Cabana (1997 – 2004), faz uma análise dos textos oficiais

do projeto político pedagógico da Escola Cabana de Belém do Pará. Santos pesquisou o

periódico produzido pela Secretaria Municipal de Educação de Belém intitulado: Cadernos de

Educação. O referencial teórico adotado pela autora é o mesmo de Omar Schneider (2003).

Ou seja, sua orientação para investigação é a arqueologia dos objetos e como metodologia

constitutiva utiliza o referencial teórico da História Cultural. O foco de seu trabalho é a

análise dos dispositivos materiais e textuais, tentando compreender a contribuição da forma e

do conteúdo na prescrição de práticas. Para esta concepção teórica, os textos são objetos

culturais e guardam as marcas das práticas de sua produção, ao veicular um regramento de

saberes aos seus leitores (Santos, 2005).

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No texto Reforma escolar, pedagogia da Escola Nova e usos do impresso, Marta M.

Chagas de Carvalho e Maria Rita de Almeida Toledo (2000) trabalham com a produção e

circulação de impressos para compreender as estratégias utilizadas dentro do processo de

difusão da chamada pedagogia da Escola Nova. Por meio desse caminho, foi possível delinear

as estratégias de intervenção do impresso dentro das tentativas de remodelação da escola

imprimindo uma nova mentalidade pedagógica no professorado.

Toledo (2001), Biccas (2001), Schneider (2003), Santos (2005) e Leibruder (2007)

afirmam que o uso dos impressos, periódicos e livros como fonte para a pesquisa é um

caminho que nos permite compreender os dispositivos utilizados pelos editores para controlar

a leitura e regrar seu uso. É possível também por meio dos trabalhos de Biccas (2001),

Schneider (2003), Santos (2005) e Leibruder (2007), compreender como o periódico foi

utilizado como um lugar de poder, objetivando educar os leitores e produzir saberes

necessários a um determinado momento histórico.

No interior da Revista Psicopedagogia, objeto de pesquisa deste trabalho, encontra-se

um artigo intitulado A contribuição das publicações BOLETIM e REVISTA

PSICOPEDAGOGIA para a construção da identidade da Psicopedagogia. O artigo está

publicado na Revista número 38 de 1996. A autora é Marisa T. D. S. Baptista e é apresentada

pela Revista como Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP e coordenadora do Programa

de Mestrado em Psicologia da Universidade São Marcos. O artigo é fruto de uma pesquisa

realizada com as edições do Boletim número 1 de 1982 até a edição número 24 de 1992.

Possui uma Introdução em que a autora faz uma breve descrição do ciclo de vida da Revista

Psicopedagogia destacando os números publicados com sua periodicidade, a Associação

como a responsável pela sua publicação e a caracterização da pesquisa da qual resultou o

artigo.

Marisa Baptista apresenta a pesquisa como sendo realizada em duas fases. Para a

primeira fase afirma que foi denominada “Levantamento de dados” e foi subdividida em três

etapas. Para a primeira etapa elaborou um quadro geral dos autores caracterizados segundo

sua formação universitária, atividade profissional declarada, local de moradia e assuntos

sobre os quais escreveu. Na segunda etapa, foram levantados os aspectos formais da revista

e sua vinculação com a ABPp. Na terceira etapa, analisou as intenções e os objetivos dos

editoriais, além das matérias publicadas que foram caracterizadas quanto à forma e

conteúdo dos trabalhos. A segunda fase da pesquisa, trabalhou com a análise do material e

esta serviu como base para a publicação do artigo na Revista nº 38. Após esta introdução, a

autora apresenta a análise dos aspectos formais das publicações. Para tal trabalho, dividiu o

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ciclo de vida da Revista em três períodos: O primeiro período, chamado período inicial,

compreende as publicações de 1982 até 1986 produzidas pela Associação Estadual de

Psicopedagogos de São Paulo, a AEPp, e é classificada como Boletim. O segundo período

trabalhou com as edições de 1986 a 1987, com o nome de Intermediário, com a justificativa

de que a diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia e a da Revista permanecem a

mesma diretoria da Associação Estadual de Psicopedaogogos de São Paulo. Ou seja, a autora

estuda os membros da diretoria e seus respectivos cargos de poder. Chama a atenção para o

fato de ocorrer uma mudança no nome da Associação e, no seu interior, a composição da

diretoria permanecer a mesma. O terceiro período a autora denominou de período de

transformações, que vai de 1987 a 1992, e justifica este recorte pela introdução de mudanças

formais da revista. Para finalizar esta apresentação dos períodos, apresenta seus critérios de

análise: a organização administrativa, padrão gráfico e estrutura editorial.

A autora apresenta suas reflexões sobre cada período de acordo com os critérios

citados. Chama atenção para o fato de que no primeiro período, a estrutura da Revista se

mantém a mesma. No Período Inicial a autora faz a descrição de acordo com os critérios

mencionados. No Período Intermediário, apesar das mudanças do nome, da Associação

Estadual para Associação Brasileira, esta mudança não foi comunicada formalmente pela

Revista, conforme também já foi citado nesta dissertação. No Período das Transformações, a

autora apresenta diversas mudanças: mudanças na organização administrativa, apresentação

gráfica, estrutura editorial, indexação da Revista e destaca a introdução da seção Conversa

com o leitor a partir do número 21 e a introdução de Entrevistas e Leituras Comentadas a

partir do número 23.

A autora apresenta um segundo ponto de discussão com o nome de Perfil dos Autores

e trabalha, conforme já foi mencionado antes, com a classificação dos autores segundo a

origem territorial e a informação sobre a formação acadêmica dos mesmos. A respeito da

origem territorial não são apresentadas as informações no artigo. Sobre a formação

acadêmica dos autores, são elaborados um quadro e um gráfico facilitando a visualização dos

dados. No terceiro ponto do artigo são apresentados os Tipos de Matérias Publicadas no

Período Analisado. A autora apresenta as categorias criadas para sua classificação expondo

seus critérios para elaboração de cada categoria. O quarto ponto do artigo se refere à Análise

de Conteúdo subdividido em Análise dos Editoriais, Análise das Matérias Específicas ao

Campo da Psicopedagogia, Análise das Matérias Caracterizadas como “Pesquisa e

Reflexão” no campo específico da Psicopedagogia. Para finalizar, a autora apresenta a

Conclusão.

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Ao apresentar suas considerações sobre a Análise do Conteúdo, aponta os editoriais

como espaço em que aparece a política da Associação. Num primeiro momento, os editoriais

evidenciam o início incipiente da formação da identidade da Psicopedagogia, afirma que

ainda não existem profissionais específicos e conseqüentemente necessita arregimentar

interessados a partir de campos afins. Chama a atenção para o editorial do Boletim número 3,

de novembro de 1983, o qual apresenta a evolução da perspectiva inicial do Boletim. Neste

editorial é assumida explicitamente uma identidade para a psicopedagogia cujo foco é a

atenção para a forma como os temas são tratados: os termos educação, reeducação,

dificuldades e problemas de aprendizagem são substituídos por problemas

psicopedagógicos. Após a análise dos editoriais, dedica sua reflexão às outras classificações

que foram realizadas com os artigos produzidos pela Revista. Faz a análise das matérias

específicas ao campo da Psicopedagogia, e por meio dela aponta que existe a presença mais

constante de alguns, ao mesmo tempo em que outros aparecem de forma mais efêmera.

Como tema principal para este bloco de matérias é apontada a Psicopedagogia em si mesma

ou nos psicopedagogos. Aponta outras áreas em que classificou as matérias: área prática,

onde se encontram aglutinados os trabalho psicopedagógico concreto; área prática e

preventiva aglutinando os trabalhos que tratam das ações com a tentativa de evitar que os

problemas se estabeleçam; Campo de Investigação incluindo os trabalhos que focalizam a

psicopedagogia como campo de trabalho; Prática Clínica Terapêutica apontada como uma

área com o maior número de matérias publicadas; Prática Terapêutica onde o tema

privilegiado é o Atendimento Psicopedagógico; Diagnóstico com atenção para aspectos a

serem observados num diagnóstico psicopedagógico; abordagens para referência do

psicopedagogo e os instrumentos a serem utilizados. Posteriormente faz a Análise das

matérias caracterizadas como “pesquisa e reflexão” no campo específico da

Psicopedagogia, Explicitação da identidade da Psicopedagogia, Psicopedagogia clínica ou

curativa e Psicopedagogia preventiva. Para finalizar o artigo, apresenta sua conclusão. Uma

conclusão muito importante em que destaca pontos polêmicos e ao mesmo tempo aponta para

possíveis objetos de pesquisas. Inicialmente afirma que os artigos publicados ao longo do

ciclo de vida da Revista contribuíram significativamente para a consolidação da

Psicopedagogia como um campo de trabalho e também como uma área de conhecimento.

Em seguida, chama atenção para os objetivos das gestões da revista, que não se

concretizaram integralmente, e neste momento refere-se ao objetivo de discutir a identidade,

quando a autora considera dois elementos importantes para compor um processo de

identidade: a igualdade e a diferença. A igualdade é o traço unificador que permite o

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reconhecimento, enquanto que a diferenciação é o elemento que permite a distinção entre

diferentes identidades. Após considerar os dois elementos afirma que, ao focalizar a

Psicopedagogia Clínica, categoria utilizada na classificação das matérias em sua pesquisa,

identifica claramente um traço de igualdade ao apresentar ao longo do tempo, como seu

objeto de preocupação os problemas de aprendizagem. Ao mesmo tempo, mostra que os

elementos que se diferenciam e se transformam são: o significado de problemas de

aprendizagem, a forma de entendê-los, identificá-los e trabalhar com eles. Por fim, aponta

um paradoxo identificado por meio da pesquisa: uma constância no objetivo de privilegiar e

desenvolver a Prevenção. Por outro lado, o número de artigos publicados sobre a

Psicopedagogia Preventiva foi significativamente menor. Sobre o paradoxo observado

levanta vários questionamentos deixando-os como possibilidades de objeto de pesquisas

futuras.

O Artigo publicado por Marisa Baptista é parte de sua análise dos dados da pesquisa

realizada. A autora pesquisa as edições de 1982 até 1992, ou seja, inicia sua pesquisa com o

Boletim número um de 1982 e vai até a Revista número 24 de 1992. Este trabalho apresenta

um recorte temporal diferente do apresentado nesta pesquisa, no momento em que se

trabalharam as edições de número um, de 1982, até edição número 71 de 2006. Neste artigo a

autora deixa claro que publica a análise dos dados realizada. Não foi sua intenção publicar a

pesquisa completa. Com isso não deixa claro no artigo publicado seu referencial teórico

utilizado de forma que permitisse discutir semelhanças e diferenças sobre os referenciais

teóricos que utilizamos. Marisa Baptista trabalha com as origens dos autores que publicaram

artigos no período. Este aspecto não foi abordado aqui nesta pesquisa. As duas pesquisas

diferem também quanto as categorias utilizadas para a classificação dos artigos. Com isso

pode-se afirmar que se trata de duas pesquisas diferentes apesar de ambas apresentarem o

mesmo objeto de pesquisa. Dessa forma, o artigo de Marisa Baptista foi classificado dentro

da categoria desta pesquisa, Discursos Sobre a área de Psicopedagogia, fazendo parte do

espaço de discussão criado dentro da Revista sobre a área de Psicopedagogia.

Com a articulação dos aspectos mencionados, procurou-se compreender a maneira

como os psicopedagogos adentram o campo da Educação. Analisando os discursos sobre a

área da Psicopedagogia, por meio dos artigos encontrados no interior da Revista, foi possível

compreender a forma como a Associação Brasileira de Psicopedagogia, por meio de seus

interlocutores, construiu um discurso de defesa de sua área de atuação dentro do campo da

Educação. Possibilitou ver a forma como se desenvolveu a discussão sobre a definição do

objeto de estudos da Psicopedagogia, como também de outros pressupostos. Além da

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discussão sobre o objeto de estudos, encontra-se a discussão sobre o reconhecimento

profissional.

Para realizar esta pesquisa, foi consultado o arquivo da Associação Brasileira de

Psicopedagogia, onde se encontram todos os exemplares arquivados com três cópias de cada

número. Apenas o Boletim número dois, de abril de 1983, não possuía o exemplar original.

Foram encontradas três fotocópias do original encadernadas, permitindo a qualquer

pesquisador conhecer o exemplar.

Para organizar o grande volume de informações, foi criado um banco de dados com o

auxílio do programa de informática da Excel Microsoft, criado para facilitar a visualização

dos dados de cada número publicado, e foi de grande ajuda na comparação e análise dos

mesmos. Dentro deste banco foram registrados 588 artigos, publicados nos 71 números

correspondentes ao ciclo de vida do periódico, do seu lançamento em 1982 até 2006, data dos

vinte e cinco anos de sua existência. Para a elaboração desse banco, foram destacados, em

cada número publicado, os seguintes campos: ano, número da revista, título do artigo, autor e

número de páginas. Após a coleta desses dados, cada artigo passou por uma análise na qual se

procurou identificar, para efeito de classificação, o gênero discursivo e o objeto de pesquisa

de cada um. Estes dados constituíram uma planilha, e esta por sua vez gerou um gráfico,

permitindo uma visualização rápida e objetiva sobre a incidência dos objetos de pesquisa ao

longo do ciclo de vida do periódico.

A elaboração desta planilha foi precedida pela elaboração de outras planilhas, que

permitiram a compreensão da produção do periódico. São planilhas elaboradas para conhecer

melhor a publicação, e delas surgiram perguntas que me levaram a pesquisar e sintetizar

novas informações, que exigiam a elaboração de outras planilhas. Ou seja, o próprio objeto de

pesquisa indicou os caminhos necessários a serem percorridos, para se dar a conhecer. Além

disso, com a finalização da pesquisa, verificou-se que o conjunto de dados pode vir a se

constituir em objeto de estudos para outras pesquisas. Sendo assim, a opção foi dar-lhe

visibilidade publicando-o nesta dissertação.

O banco de dados poderá se constituir como importante material de pesquisa e

consulta para outros pesquisadores interessados pela área da Psicopedagogia.

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As Categorias para a Classificação dos Artigos publicados pelo periódico

Os artigos publicados pelo periódico foram classificados e analisados por meio de

planilhas que constituem os anexos desta dissertação. Para a análise foram criadas categorias

de classificação dos artigos. Primeiramente cada artigo foi classificado de acordo com seu

Gênero Discursivo e posteriormente de acordo com seu Objeto de Pesquisa. Com a leitura de

cada artigo procurei identificar o gênero discursivo utilizado pelo autor de acordo com as

categorias criadas. Classifiquei os artigos em três categorias de gêneros discursivos.

À primeira categoria atribuí o título de Reflexão Teórica. Como Reflexão Teórica,

considerei o artigo em que o autor explica sua reflexão, como compreende um determinado

tema. Para isso parto do pressuposto de que o autor utilizou um levantamento bibliográfico.

São os textos em que foi possível observar que o autor destaca conceitos e opiniões de

diferentes teóricos para tratar sobre um tema. O seu objetivo é esclarecer um conceito, uma

técnica ou ainda uma forma de trabalhar com seu objeto de estudos.

Outra categoria utilizada nesta classificação foi chamada como Relato de Prática.

Nessa categoria estão classificados os artigos escritos com o objetivo de relatar um trabalho

que vem sendo desenvolvido e que não foi encerrado. Trabalhos pertencentes a projetos mais

amplos. A publicação do artigo configura-se como um momento em que o autor traz à luz a

maneira como o trabalho em questão tem sido desenvolvido. São experiências que possuem

continuidade após a publicação do artigo.

À terceira categoria utilizada, atribuí o título de Relato de Pesquisa. Nesta categoria

estão incluídos os artigos que possuem sua origem numa Dissertação de Mestrado, Tese de

Doutorado, Realização de Monografia ou outras formas de pesquisas realizadas pelo autor.

Para tanto, o autor apresenta um problema de pesquisa e explica os procedimentos para

coletar e avaliar as informações que o ajudaram a esclarecer tal problema.

Num segundo momento da leitura dos artigos, procurei identificar o Objeto de

Pesquisa presente no texto. A variedade de Objeto de Pesquisa demonstrou-se muito grande.

Em uma primeira classificação, quinze categorias possíveis. Observei que muitas delas não

tinham razão para sua existência, uma vez que sua incidência era muito pequena. Solucionei

tal problema criando uma categoria genérica chamada Outros. Ao mesmo tempo, observei

que algumas outras categorias que havia criado se enquadravam dentro de outras como

subcategorias. Com isso procurei rever os critérios e permanecer atento para renomeá-los

conforme a necessidade. Dessa forma segue a lista com as categorias criadas para Objeto de

Pesquisa.

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Processo de Alfabetização - Nesta categoria estão classificados os artigos que

possuem como objeto de pesquisa a forma como se dá a alfabetização. Dentro destas formas

encontramos o processo saudável da alfabetização. Considero que existe um percurso para a

alfabetização e dentro deste encontramos situações que levam à realização do objetivo com

êxito. Ao mesmo tempo considerei a existência das situações que podem ser caracterizadas

como desvios deste percurso. Caracterizando dessa forma uma dificuldade para que o aluno se

aproprie da leitura e da escrita.

Processo de Aprendizagem - Estão agrupados nesta categoria os artigos que

possuem como objeto de estudos os estágios de desenvolvimento pelos quais passam o sujeito

durante a aprendizagem. Estão incluídas as compreensões cujo foco de análise recai sobre as

habilidades necessárias de conceitos mais amplos para aprendizagem da matemática,

literatura, gramática, história, geografia e outros.

Fundamentos Teóricos - Esta categoria agrupa os artigos que utilizaram como objeto

de reflexão abordagens teóricas como a psicanálise, as teorias desenvolvidas por Piaget,

Vygotski e fornecem o referencial necessário para fundamentar a compreensão, atuação e/ou

intervenção do psicopedagogo.

Falhas no processo de Aprendizagem - Neste grupo estão classificados os artigos

que têm como objeto de estudos as manifestações dos desvios ocorridos durante o processo de

aprendizagem. Nesta categoria estão incluídas as dificuldades que têm causado polêmicas e

debates entre educadores como: dislexia, disortografia, discalculia, déficit de atenção,

hiperatividade etc. São diagnósticos que necessitam de equipes multidisciplinares para a sua

realização. Com isso, temos muitos artigos escritos por profissionais de outras áreas, como

por exemplo, a medicina e fonoaudiologia.

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica – Esta categoria é formada pelos artigos

que possuem como objeto de estudos as compreensões, ações e formas de intervenção frente

às situações de não aprendizagem. São artigos cujo enfoque recai sobre a atuação do

psicopedagogo e suas orientações sobre procedimentos práticos com vistas a compreender e

ampliar a visão do profissional sobre a queixa de não aprendizagem da criança.

Psicopedagogia Hospitalar – Esta categoria agrupa os artigos cujas reflexões tem por

objetivo compreender as possibilidade para o psicopedagogo atuar dentro das instituições

hospitalares e ou parcerias com a atuação médica.

Psicopedagogia Institucional – Categoria formada pelos artigos que apresentam

como objeto de estudos a atuação do psicopedagogo dentro das Instituições ou como

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profissional externo à instituição com o objetivo de desenvolver projetos de caráter

psicopedagógico com estas instituições.

Discurso sobre a área de psicopedagogia - Artigos que têm como foco de análise a

atuação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, a história da Psicopedagogia, as

discussões sobre a área de atuação dos psicopedagogos.

Psicopedagogia no Ensino Superior – Categoria formada pelos artigos que possuem

como foco de análise a atuação com alunos do ensino superior ou análise de possibilidades de

trabalhos para serem desenvolvidas dentro das universidades.

Criança Marginalizada – Estão agrupados nesta categoria artigos cujo objeto de

estudos são os trabalhos realizados com crianças e/ou adolescentes em situação de

vulnerabilidade social.

Após a classificação dos artigos de acordo com estes critérios, foram gerados gráficos

que forneceram uma visão sobre a incidência dos objetos de pesquisa ao longo do ciclo de

vida do periódico.

A organização dos capítulos

Este trabalho que ora se apresenta, resultou na organização de três capítulos: o

primeiro, situando o nascimento da Psicopedagogia em meio a discussão sobre o fracasso

escolar. Para isso é apresentado o tema sob três pontos de vista diferentes: os saberes

construídos pela área da Sociologia da Educação, seguido dos saberes construídos pela

Psicologia Escolar e, por último, os saberes construídos pela Psicopedagogia.

O segundo capítulo, a partir dos conceitos desenvolvidos por Michel de Certeau sobre

Estratégias e Táticas, é apresentada a Associação Brasileira de Psicopedagogia como

produtora do periódico. Em seguida apresenta-se o ciclo de vida do periódico com a análise

das características reveladas pela sua materialidade. Neste segundo capítulo é apresentada a

análise da primeira fase: a Fase Boletim (1982 – 1990).

O Terceiro capítulo analisa duas fases do ciclo de vida do periódico. A segunda fase,

momento em que o Boletim é transformado em Revista, com o título Psicopedagogia –

Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia, é nomeada como Fase Revista Nacional

(1991 – 2002). A análise da terceira fase: Fase Revista Indexada (2003 – 2006), finaliza o

capítulo.

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Capítulo 1

1 - O Fracasso escolar como objeto em disputa: memória e conhecimento

Este capítulo procura compreender a memória existente sobre a Psicopedagogia no

Brasil, como também o debate existente dentro da área sobre o tema.

Pesquisando as produções publicadas sobre a história da Psicopedagogia no Brasil,

foram encontrados vários trabalhos que nos remetem à memória da Psicopedagogia. Como

citado, Bourdieu destaca a importância da construção da memória/história para a legitimação

da intervenção dos atores em determinado campo. Ela própria é mote de disputa entre os

novos e velhos atores.

Jacques Le Goff afirma que a memória, é um elemento essencial do que se costuma

chamar identidade, individual ou coletiva, cuja busca é uma das atividades fundamentais dos

indivíduos e das sociedades de hoje, na febre e na angústia. (Le Goff, 1984, p.46)

A constituição, nesta perspectiva, de uma memória/história da atuação da área da

Psicopedagogia e de seus fundadores, institucionais ou físicos, parece ter sido estratégia

fundamental de legitimação e importância na intervenção desses profissionais no campo da

Educação. Destacar a memória constituída sobre a Psicopedagogia pode indicar uma das

estratégias de legitimação das práticas e saberes promovidos por esses profissionais.

Dentre os vários trabalhos que constituem a memória da psicopedagogia no Brasil, no

Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, material proposto para utilizar como

objeto de pesquisa, o número 13, de 1987 possui um artigo de Beatriz J. Scoz em parceria

com Mônica Hoene Mendes, relatando a memória da Psicopedagogia no Brasil2. Uma das

autoras, Beatriz J. Scoz, apresenta em 1989, um artigo sobre a importância da Psicopedagogia

para a Educação. Neste artigo de 1989, a autora apresenta um sub-título retomando o histórico

da Psicopedagogia no Brasil com relatos já apresentados pelo artigo de 1987.

O artigo de 1987 é apresentado com o título: A Psicopedagogia no Brasil: Evolução

Histórica. Neste artigo as autoras explicitam sua preocupação em não perder a memória de

um movimento que já possuía alguns anos. O objetivo apresentado é deixar algo por escrito

enquanto temos as pessoas que participaram do processo em condições de registrar suas

memórias. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 15). Vale ressaltar que o artigo foi apresentado 2 As autoras, Beatriz J. Scoz e Mônica H. Mendes, ambas são pedagogas e psicopedagogas. No momento da publicação do artigo eram membros da Associação Brasileira de Psicopedagogia e professoras, vindo posteriormente tornarem-se presidentes da Associação. Beatriz J. Scoz foi presidente na gestão 1989 e 1990 com Mônica H. Mendes como vice presidente. Mônica H. Mendes foi presidente na gestão 1991 – 1992.

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no Primeiro Seminário Estadual de Psicopedagogia da Universidade Estadual do Rio de

Janeiro em 1987. Na introdução as autoras destacam dois aspectos que consideram muito

importantes: a criação dos primeiros cursos e o surgimento da Associação Brasileira de

Psicopedagogia.

O relato histórico apresentado pelas autoras se inicia com o subtítulo: Alguns fatos que

marcaram a história da Psicopedagogia no Brasil, nesta parte as autoras chamam a atenção

para o argumento da profª Leny Magalhães Mrech, professora da Faculdade de Educação da

USP, que afirma: um dos fatos que merece destaque é o desmembramento das antigas

faculdades de educação em faculdades de Pedagogia e Psicologia. (Boletim da ABPp, nº 13,

1987, p. 15). Para Mrech a formação dos antigos cursos de Educação permitira uma formação

voltada para a atuação psicopedagógica que se perdeu com o desmembramento das faculdades

de educação gerando a perda de uma visão de conjunto. A partir do final de 1970 e início de

1980, a universidade passa por uma revisão curricular em busca de um referencial mais

globalizante e menos tecnicista. Como se vê, as autoras procuram legitimar a Psicopedagogia

como o lugar precípuo de retomada da perspectiva globalizante anteriormente perdida,

legitimando o nome e as práticas desenvolvidas pelas instituições fundadoras e seus agentes.

Em seguida, as autoras apresentam as influências externas. Essas influências são

marcadas, segundo as autoras, pelas contribuições de profissionais Argentinos e Norte-

Americanos para tratamentos de dificuldades de aprendizagem em relação à leitura e escrita.

Esse segundo ponto é importante porque redimensiona a ação do psicopedagogo, atribuindo

sua existência ao cenário internacional. A identidade desses praticantes, nesta perspectiva, vai

além do território nacional, acompanhando o desenvolvimento internacional da ciência.

Um outro tópico apresentado no artigo é um relato sobre os primeiros cursos com

enfoque psicopedagógico. Neste tópico são ressaltados os cursos de extensão universitária

oferecidos pelo Instituto Sedes Sapientiae e pela PUC-SP durante o final da década de 1960 e

início de 1970. Segundo as autoras, estes cursos são procurados por profissionais que

atuavam com as crianças que não respondiam às solicitações das escolas. Com isso, destaca

que foi nesse contexto que surgiu no Instituto Sedes Sapientiae o primeiro curso de

Psicopedagogia Institucional em 1979, por meio de um contato entre Maria Alice Vassimon,

pedagoga e psicodramatista e Madre Cristina Sodré Dória, diretora do Instituto Sedes

Sapientiae. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 18). Segundo as autoras

O objetivo do curso, era o da construção de um modelo próprio que possibilitasse a integração do processo educativo dentro da nossa realidade e que também levasse em conta, a problemática das crianças pertencentes às camadas

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majoritárias da população. Nesse sentido, desde o início o curso já inclui em sua programação o atendimento individual às crianças da rede pública, reforçando uma prática peculiar do Instituto Sedes Sapientiae desde os seus primórdios. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 18).

O argumento apresenta os marcos fundadores da prática, delimitando tempo e espaço

para essa ação.

Na década de 1980, novos cursos começam a aparecer na cidade de São Paulo. Sobre

esse aspecto as autoras citam a criação do curso de Psicopedagogia na PUC-SP em 1980 e

posteriormente um outro curso nas Faculdades São Marcos. Com isso, destacam a

proliferação de novos cursos na cidade.

Em seguida, as autoras constroem suas argumentações destacando o papel

desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia a partir de seu surgimento em

1980. Para as autoras, a Associação surge a partir dos questionamentos, a respeito do perfil

profissional do psicopedagogo e da necessidade de definição de suas funções, que começam a

aparecer nas primeiras turmas de alunas do Instituto Sedes Sapientiae. (Boletim da ABPp, nº

13, 1987, p. 19). Após o destaque dado ao papel desempenhado pela Associação, as autoras

ressaltam os vários Encontros de Psicopedagogos que acontecem em diferentes estados

brasileiros, promovidos por universidades locais. Esses Encontros, além de ampliar a

discussão teórica sobre a forma de lidar com a aprendizagem, promovem também um

intercâmbio com teóricos de diferentes países da América Latina, em sua maioria argentinos.

Paralelo a isso a Associação amplia a sua atuação com a criação de subsedes chamadas

capítulos. Para finalizar o artigo, as autoras destacam a existência de várias tendências de

atuação no campo da Psicopedagogia. Assim, as autoras chamam a atenção para a

importância de se criar Associações de Psicopedagogos locais para contribuir para o

desenvolvimento do nível dos recursos humanos, otimizando desempenhos e desenvolvendo

com autonomia e liberdade de opinião, uma coesão de grupo que de outra forma, seria

dificilmente alcançada. (Boletim da ABPp, nº 13, 1987, p. 22).

O artigo é finalizado com quatro questões para reflexão. Por meio delas, as autoras

perguntam sobre as necessidades encontradas pelos psicopedagogos sobre sua atuação e papel

profissional.

Em revista publicada pelo Instituto Sedes Sapientiae, Construção Psicopedagógica,

uma das instituições fundadoras da Psicopedagogia, há também um artigo sobre o surgimento

da Psicopedagogia. Este artigo tem por título: A Construção do Curso de Formação em

Psicopedagogia: Clínica e Institucional, cujas autoras são duas professoras do curso, Vera

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Maria Rossetti Ferretti e Eloisa Quadros Fagali. Ambas fazem parte da equipe citada no

próprio artigo como sendo o grupo de profissionais responsáveis pela criação do curso. Por

meio deste artigo, encontra-se uma parte da memória do primeiro curso de Psicopedagogia do

Brasil. O artigo é escrito em 1991, portanto, o curso em questão possuía precisamente 12

anos. O relato das autoras divide o processo, de doze anos, em quatro momentos diferentes.

Inicialmente, como introdução do artigo, é apresentado o contexto dos anos de 1970, situando

as necessidades educacionais daquele momento histórico e relacionando-as com as práticas

pedagógicas desenvolvidas pelo Instituto Sedes Sapientiae. Posteriormente, as autoras

apresentam a proposta curricular do curso de Psicopedagogia oferecido pela instituição, com

destaque para a abordagem teórica que o curso possui. Ao mesmo tempo é apresentada a

equipe interdisciplinar, formada por psicopedagogos, psicólogos e psicodramatistas, que foi

responsável pela implantação do primeiro curso de formação em Psicopedagogia. A equipe

era formada por Maria Alice Vassimon, Eliana Maria H.P Carreirão, Consuelo de Assis

Carvalho, Eloisa Quadros Fagali, Sonia Maria Madi Rezende, Vera Maria Rossetti Ferretti e

Maria Teresa Lopes. As ideias das autoras são construídas ressaltando que a consolidação do

curso se deu em meio a uma construção participativa aluno-professor, ampliando e

redefinindo o perfil do curso.

O artigo apresenta um tópico com o subtítulo: A Evolução do Curso. Este tópico é

apresentado em quatro partes: O primeiro momento: Uma visão ampliada de educação – as

autoras afirmam que a característica predominante de reeducação atendia à prática do corpo

docente e da demanda da própria população que buscava o curso. Esta reeducação era

considerada como um processo de reintegração do aluno. Em seguida, as autoras destacam

que foi nesse momento que emergiu a necessidade de se criar a Associação de

Psicopedagogos, enfatizando que a criação da Associação se deu por parte de ex-alunos e

independente do curso. Também neste momento aconteceu em Buenos Aires o Primeiro

Congresso Latino Americano de Psicopedagogia, e as autoras destacam a grande contribuição

deste congresso por meio da integração da abordagem psicanalítica com o construtivismo.

Segundo as autoras:

no entanto a abordagem do curso do Sedes tomou como principal referência as construções fenomenológicas, buscando novos construtos com base na psicologia do consciente e nas necessidades da realidade brasileira. Porém as contribuições e reflexões vindas principalmente da Argentina, muito enriqueceram nossas pesquisas. (Ferretti & Fagali, 1992, p.3)

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No segundo momento do curso, ocorre a Alteração do nome do curso: Psicopedagogia

Clínica e Institucional. Esse momento, segundo as autoras, ocorre em 1989 e é marcado por

uma preocupação maior sobre a identidade do terapeuta. É destacado que o trabalho

psicopedagógico vai além da reeducação e o psicopedagogo clínico é um professor especial,

que deveria realizar a tarefa da construção do conhecimento sem perder de vista o propósito

terapêutico de sua ação. (Ferretti & Fagali, 1992, p.3)

O terceiro momento: A busca do trabalho grupal e o esboço de contribuições para a

Instituição Escolar e enfatiza a ampliação das abordagens que consideram o homem como

ser social. A formação oferecida pelo curso passou a priorizar o trabalho grupal valorizando a

reflexão e prática da Psicopedagogia Institucional Escolar. O curso possuía um estágio

supervisionado e desenvolvido em pequenos grupos dentro das escolas públicas municipais.

O quarto momento: Diferenciações no papel do Psicopedagogo é o momento da

publicação do artigo, ou seja, 1992. As autoras enfatizam que as pesquisas desenvolvidas

pelos alunos se avolumam e como prova disso temos a criação de um espaço de troca

ocorrido em 1991 com a Primeira jornada de Psicopedagogia do Sedes Sapientiae e também

com a criação da Revista Construção Psicopedagógica. (Ferretti & Fagali, 1992, p. 4)

Como se vê, as autoras se aproximam dos argumentos apresentados no artigo já citado,

indicando os lugares de fundação das práticas da Psicopedagogia e seus saberes específicos e

diferenciados, a retomada da vocação interdisciplinar, a sua sintonia com o movimento

internacional.

O livro de Nádia Ap. Bossa (1994), A Psicopedagogia no Brasil - Contribuições a

Partir da Prática é parte da dissertação de mestrado apresentada, pela mesma autora, no

programa de Psicologia da Educação na PUC-SP3. Tem por objetivo compreender como se

estruturou o corpo teórico da Psicopedagogia. Para isso, a autora reconstrói a memória desta

área de conhecimento no Brasil, na Argentina e as primeiras pesquisas sobre aprendizagem na

Europa. A autora apresenta seu compromisso em contribuir para a construção de um corpo

teórico próprio da Psicopedagogia (Bossa, 1994, p.1). Para isso apresenta a pergunta: “o que é

psicopedagogia?”. Para responder tal pergunta surgem novas: “qual é o objeto de estudo da

psicopedagogia? Quais são suas origens? Como se dá a formação de especialistas? Como se

dá a prática?” (Bossa, 1994, p.1). São perguntas colocadas pela autora com o objetivo de

definir o corpo teórico da Psicopedagogia. Para responder estas perguntas investiga os

trabalhos de alguns autores brasileiros que apresentaram sua contribuição para a formação

3 Nádia AP. Bossa, é pedagoga e psicopedagoga e no momento da publicação do livro era professora do curso de Especialização em Psicopedagogia da PUC-SP.

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desse corpo teórico definindo o que é Psicopedagogia. Alguns destes estudos foram

encontrados pela autora no interior da Revista Psicopedagogia. No primeiro capítulo do livro

a autora cita quatro artigos escritos por psicopedagogas brasileiras que se encontram

publicados na Revista Psicopedagogia. Foram publicados pela Revista nos anos de 1991 e

1992. São artigos que relatam o papel desempenhado pela Psicopedagogia diante de queixas

de dificuldade de aprendizagem e definem o que é Psicopedagogia. Este livro apresenta-se

como uma leitura básica dos cursos de especialização em Psicopedagogia na atualidade. É

também por meio dele que o psicopedagogo atual tem acesso a sua memória. Seu enfoque é o

relato das pesquisas que contribuíram para as primeiras práticas com o objetivo de

compreender os problemas de aprendizagem apresentados como objeto de estudos para a

Psicopedagogia. Aponta elementos que contribuíram para constituir a identidade do

profissional psicopedagogo. Sua fonte de pesquisa são livros e artigos que retratam

apontamentos de teóricos sobre como desenvolveram uma visão do que consideram

problemas de aprendizagem. No segundo capítulo Nádia Bossa apresenta as origens do

pensamento argentino acerca da Psicopedagogia (Bossa, 1994, p. 27). Aponta a dificuldade

em afirmar onde nasceu a Psicopedagogia levando a autora a afirmar que a preocupação com

os problemas de aprendizagem teve origem na Europa ainda no século XIX (Bossa, 1994,

p.28).

A respeito da forma como eram tratados os problemas de aprendizagem, a autora

aponta a existência de uma preocupação que no início pertencia aos filósofos, médicos e

educadores.

Sobre a forma como eram pensados estes problemas, Bossa (1994) afirma que a

literatura francesa aponta os trabalhos da psicopedagoga francesa Janine Mery e, esta por sua

vez, atribui as origens dessas reflexões e discussões como sendo da Europa por meio dos

trabalhos de George Mauco, fundador do primeiro centro médico-psicopedagógico na França.

Neste centro podemos encontrar as primeiras tentativas de articulação entre Medicina,

Psicologia, Psicanálise e Pedagogia, com o objetivo de solucionar problemas considerados de

comportamento e de aprendizagem.

Os teóricos citados pela autora não têm a intenção de atribuir o nome de

Psicopedagogia para a atuação de um determinado profissional ou filiar as suas posições a essa

área de estudos que posteriormente veio a se chamar Psicopedagogia. Sendo assim, a autora

utiliza-se de uma memória sobre a forma como são compreendidos e trabalhados os problemas

de aprendizagem para compor um relato, uma memória, para justificar a sua compreensão

acerca do que considera ser o campo de atuação dos profissionais que trabalham com o que

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está sendo chamado de dificuldade de aprendizagem naquele momento histórico, o século

XIX. Localiza as primeiras experiências nesse sentido na fundação de uma escola destinada às

crianças mentalmente deficientes, em 1837, na França, e a introdução de classes especiais para

educação de crianças com retardo mental, por Edouard Claparède, em 1898. Posteriormente

nos fala sobre o método de aprendizagem criado por Maria Montessori, para atender

inicialmente crianças com retardo mental. Esses seriam, segundo a Autora, os marcos

referentes ao século XIX que fundariam os saberes da Psicopedagogia. Nadia Bossa (1994)

observa que a compreensão daquilo que se considerava dificuldade de aprendizagem era

realizado sempre com a ajuda da área médica. Com estas constatações, a autora questiona em

que momento a dificuldade de aprendizagem é tratada do ponto de vista pedagógico.

No século XX, segundo a autora, aparecem as primeiras consultas médico-pedagógicas

com intuito de encaminhar crianças para as classes especiais. Com este fato considera que nos

EUA e na Europa, no momento em que cresce o número de escolas particulares e de ensino

individualizado para crianças consideradas de aprendizagem lenta, começam a mostrar, ainda

que timidamente, a aceitação de que existem outras formas de aprender. (Bossa, 1994) A partir

da segunda década do século XX, surgem os primeiros centros de reeducação para

delinqüentes infantis e também as escolas para crianças de aprendizagem lenta. Em 1946,

surgem os primeiros centros psicopedagógicos chefiados por J. Boutonier e George Mauco

unindo psicologia, psicanálise e pediatria no intuito de tratar comportamentos socialmente

inadequados para readaptá-los. (Bossa, 1994).

O fracasso no desempenho escolar de alguns alunos também é motivo de preocupação

no Brasil durante a primeira metade do século XX. Nádia Bossa apresenta as preocupações

com este tema no Brasil, na segunda metade do século XX, evidenciados nos cursos de

extensão universitária oferecidos pela PUC-SP e nas oficinas de reeducação promovidas pelo

Instituto Sedes Sapientiae, a partir de 1970. Os profissionais brasileiros, nesse período, diante

das complicações advindas do processo de aprendizagem, sentiam-se despreparados para

resolver tais problemas. Com isso, procuravam subsídios nos cursos voltados para a prática

com excepcionais, que não traziam uma resposta aos seus anseios e encaminhavam as crianças

com tais “dificuldades de aprendizagem” para psicólogos e/ou neurologistas. Portanto, Bossa,

com seu relato, delimita os saberes constitutivos do campo, as referências teóricas e as

heranças advindas de outras áreas do conhecimento, assim como as instituições e os

personagens fundadores do mesmo.

Bossa toma como referência as afirmações de Beatriz Scoz e Mônica Mendes. São dois

artigos publicados pelo Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia número 13 e 17,

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respectivamente em 1987 e 1989. Segundo as autoras, ambas ex-presidentes da Associação

Brasileira de Psicopedagogia, o primeiro curso regular de Psicopedagogia nasceu no Instituto

Sedes Sapientae, em 1979, em meio a um contexto onde havia uma:

inquietude para encontrar um caminho que possibilitasse uma visão mais globalizante, que incluísse desde uma concepção mais total do aspecto psicomotor, até uma compreensão mais profunda do desenvolvimento do raciocínio e dos aspectos emocionais envolvidos na aprendizagem. (Scoz, 1989, p. 23)

Percebe-se aí o que para elas constituiria os marcos fronteiriços da área da

Psicopedagogia com a Psicologia ou mesmo a Medicina.

A dissertação de mestrado de Mônica H. Mendes (1998) apresentada junto a

Universidade São Marcos, intitulada Psicopedagogia – uma identidade em construção, se

propõe a relatar o processo de construção da identidade da Psicopedagogia. A autora é

pedagoga, psicopedagoga e ex-presidente da Associação. O trabalho possui um capítulo

chamado: “Contando a História de uma Identidade”, em que a autora reconstrói a história da

Psicopedagogia no Brasil a partir da pergunta: Por que surge a demanda por

psicopedagogia? (Mendes, 1998, p.24). Para responder, Mendes estabelece um recorte

temporal localizado no final da década de 1970 e início da década de 1980. Neste período tal

demanda foi provocada por um índice significativo de repetência escolar e evasão. Para

construir sua argumentação apresenta dois tópicos dentro do capítulo em questão com os

subtítulos: Alguns dados que ilustram lacunas da área de formação e atuação dos psicólogos

escolares, e em seguida Alguns dados que ilustram lacunas da área de formação e atuação

dos pedagogos. Para compor suas idéias faz um relato sobre a história do psicólogo

educacional baseado em artigos de revistas científicas e livros. Cita o artigo de autoria de

Maria Helena de Souza Patto, publicado na Revista Marco Eventos de 1985, a obra Psicologia

e Ideologia de 1984 da mesma autora, e também um artigo de Rosas e Xavier publicado sob o

título: Quantos e quem somos?. Este último foi publicado por um periódico do Conselho

Federal de Psicologia, de 1988. Por fim, cita o livro de Yvone Khouri, Psicologia Escolar de

1984. Estas fontes forneceram-lhe elementos com os quais a são apresentados os trabalhos

realizados por psicólogos para trabalharem com as dificuldades de aprendizagem. Em meio

aos seus comentários, a autora destaca trechos de relatos dos psicólogos sobre o trabalho

desenvolvido:

A partir destes relatos, constatamos que alguns psicólogos escolares trabalhavam prioritariamente (e preventivamente) com os professores e até mesmo com grupos de pais. Os demais atuavam na área clínica. De acordo com pesquisa realizada e

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publicada em 1984, pelo Sindicato dos Psicólogos e Conselho Regional de Psicologia – 6ª região, enquanto na Grande São Paulo encontrava-se uma percentagem de 28,9% de psicólogos trabalhando na área de Psicologia Clínica, somente 4,4% dos psicólogos estavam atuando na área de Psicologia Escolar. Como afirma Bastos: “Os resultados (da pesquisa) mostram o trabalho em escola com um reduzido poder de atrair novos profissionais ao longo de suas carreiras, o que podemos creditar, por um lado, às precárias condições de trabalho (referindo-se a remuneração), ou a ausência de um campo ou trabalho claramente conquistado. Temos que ter em mente, que as atividades desempenhadas nesta área não confirmam um padrão definido de atuação – em muitos casos ela se confunde com o trabalho pedagógico ou se trata de uma atuação clínica no contexto escolar” (Mendes, 1988, p.31)

Na seqüência da dissertação, é apresentado o tópico Alguns dados que ilustram

lacunas da área de formação e atuação dos pedagogos onde se faz um breve relato das

origens do curso de Pedagogia no Brasil. Enfatiza a década de 1970 como um período de

expansão um tanto desordenada de cursos e escolas, além do despreparo teórico do

pedagogo e também do surgimento das chamadas teorias do déficit que sugerem o aluno de

baixo poder aquisitivo como depositário de todos o defeitos, e a função da escola, a de

redimi-los, curando-os de suas deficiências. (Mendes, 1998, p.33)

Para finalizar o tópico, Mendes relata dois depoimentos. Primeiramente o de uma

pedagoga que, trabalhando com a orientação educacional em uma escola particular e diante

de vários tipos de dificuldades de aprendizagem, inclusive deficiência mental, buscou os

cursos de especialização oferecidos pela PUC-SP por volta de 1974. Seu objetivo era

encontrar recursos e conhecimentos que a instrumentalizasse para lidar com estes quadros.

Mais tarde, já em 1980, a pedagoga fez a especialização em Psicopedagogia oferecida pelo

Instituto Sedes Sapientiae. Participou da segunda turma formada pelo Instituto e

posteriormente participou da fundação da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

(Mendes, 1998, p.34)

Em seguida, o tópico termina com o relato de uma psicóloga escolar, que atuando

junto ao projeto de Psicologia Escolar da Prefeitura de São Paulo, revela

(...) o coordenador pedagógico não conhecia coisas básicas do desenvolvimento (...) quando a gente falava das funções básicas de alfabetização, eles não sabiam (...) quem tinha isso era o psicólogo, que em geral tinha feito um curso de psicomotricidade (...) Era o psicólogo quem dizia o que serve para tal idade, como que é o desenvolvimento cognitivo, esse exercício é para que período (...)” Quando Carmem percebe o movimento da Psicopedagogia, conclui: (...) aí eu penso, agora a Pedagogia não precisa mais da Psicologia e pode andar, pode ir embora (...) Quando a Associação Brasileira de Psicopedagogia foi criada em 80, era o único lugar que a gente tinha pra pensar essas questões da escola. Era um interlocutor. (Mendes, 1998, p.35)

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Posteriormente, Mônica Mendes apresenta o tópico Encontrando os Fundamentos

Teóricos. Neste tópico, reafirma Bossa (1994), Scoz (1987 e 1989) ao dizer que a

Psicopedagogia utiliza-se de fundamentos teóricos oriundos de várias áreas do conhecimento,

além da Psicologia e da Pedagogia, na Psicolingüística, na Sociolingüística, na Neurologia,

na Fonoaudiologia, na Psicanálise, etc. (Mendes, 1998, p.36). Destaca com isso que a

bibliografia utilizada pelos psicopedagogos brasileiros conta com a influência da Argentina e

da França.

A partir dessa afirmação, Mônica Mendes destaca a influência da França e da Argentina

na formação dos psicopedagogos brasileiros. Ou seja, a autora recua no tempo e no espaço para

compor a memória da Psicopedagogia no Brasil. Isto se deve ao fato da Psicopedagogia

encontrar-se inserida num contexto histórico que ultrapassa as necessidades da educação

brasileira. Estudar o processo de aprendizagem, utilizá-lo como objeto de estudos, não é algo

exclusivo de brasileiros, argentinos ou franceses. Vemos aqui a Psicopedagogia se ampliando

como área de estudos dentro do campo de Educação.

Sendo assim, a autora Monica Mendes se fundamenta nos estudos de Elcie Salzano

Masini (1993) para afirmar que o primeiro Centro Psicopedagógico foi criado em Paris em

1946. Durante a década de 1940 e 1950, os profissionais franceses utilizaram testes com alunos

considerados portadores de dificuldades de aprendizagem, realizando encaminhamentos para

reeducação ou terapia. Estes profisssionais, que assim concebiam o trabalho psicopedagógico,

criavam equipes formadas por médicos, psicólogos, psicanalistas, pedagogos, reeducadores de

psicomotricidade tendo o médico como o responsável pelo diagnóstico. Na década de 1960,

essa concepção diagnóstica passou a ser questionada. Mendes cita um trabalho de Pedagogia

Institucional ocorrido na França, onde o psicólogo e o pedagogo conviviam com professores e

alunos em todas as atividades escolares. Dessa forma, Mendes retrata os trabalhos ocorridos no

primeiro Centro Psicopedagógico Francês.

Ao retratar o caso argentino, Mônica Mendes nos fala que a atividade psicopedagógica

na Argentina antecede o primeiro curso de 1956 na Universidade de El Salvador. Ou seja,

muito antes da criação do primeiro curso regular já realizavam atividades de cunho

psicopedagógico com crianças consideradas portadoras de dificuldade de aprendizagem.

Temos a partir de 1970 a criação dos Centros de Saúde Mental, em Buenos Aires com equipes

de Psicopedagogia fazendo diagnóstico e tratamento.

Ao tratar do caso brasileiro, Mônica Mendes utiliza-se do seu artigo, em pareceria com

Beatriz Scoz, publicado na Revista Psicopedagogia para justificar os objetivos dos

profissionais que buscavam os cursos de formação. Ressalta que as primeiras contribuições

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foram dadas por profissionais vindos da Argentina para proferir palestras, seminários e cursos.

Estes primeiros trabalhos possuíam um enfoque que atribuía maior ênfase para as questões

orgânicas como explicação dos problemas de aprendizagem. A autora faz um relato dos cursos

oferecidos pela PUC-SP durante a década de 1970, que tinham por objetivo atender

principalmente aos educadores, que não sabiam lidar com os problemas de aprendizagem.

Estes são cursos de extensão universitária oferecidos pela PUC-SP, sob a coordenação da profª

Geny Golubi de Moraes, muitos deles tratando de problemas de aprendizagem apresentados

por crianças portadoras de deficiência mental. Como exemplo a autora cita: A Criança

Problema Numa Sala Comum, Dificuldades Escolares, Pedagogia Terapêutica e outros. Com

isso, a autora destaca que tais cursos podem ser considerados como precursores dos atuais

cursos de Especialização em Psicopedagogia.

Em seguida relata um pouco da bibliografia utilizada no período, destacando que esta se

concentrava principalmente nas obras de Ana Maria Poppovic com ênfase para aspectos

psiconeurológicos da leitura e da escrita.

Cita a entrevista de Edith Rubinstein4 concedida para a realização do seu trabalho, onde

esta enfatiza que os profissionais de Porto Alegre estabeleceram um grande contato com

profissionais Argentinos, além da Associação de Dislexia do Uruguai e da Sociedade

Internacional de Leitura (International Reading Association) com sede na Argentina.

Em seguida a autora passa a relatar o surgimento dos cursos regulares destacando a

criação do primeiro curso regular em 1979 no Instituto Sedes Sapientiae. Este curso nasceu,

segundo Mendes, apoiado numa proposta própria. Não se apoiou em modelos estrangeiros

privilegiou os instrumentos pedagógicos e a abordagem construtivista, no desenvolvimento dos

conceitos. Segundo a autora os cursos do Instituto Sedes Sapientiae se transformam e passaram

a atender uma demanda institucional. Explica tal situação pelo efeito multiplicador da

população que passa pelo curso como também pela percepção mais clara das próprias

limitações, por parte dos profissionais que atuavam nas escolas. A autora destaca as

contribuições de Emilia Ferreiro durante a década de 1980 como um dos fatores que levaram

os professores a tratar os problemas de aprendizagem anteriormente considerados fora dos

padrões normais, passam a ser entendidos pelas escolas como parte do processo de

desenvolvimento do aluno. (Mendes, 1998, p.41)

Em 1978, o Instituto Sedes Sapientiae criou um curso de especialização, sob a

coordenação da profª Drª Elcie Salzano Mazini, com um enfoque psicopedagógico. Era um

4 Edith Rubinstein é pedagoga e psicopedagoga, foi presidente da Associação Brasileira de Psicopedagogia durante as gestões 1982 – 1984 e 1985 – 1986.

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curso com duração de um ano com o titulo: Aprendizagem – Uma Visão Global de Pessoa no

Processo de Educação. A partir de 1979, o curso passa por reestruturações mudando de nomes.

Em 1986, passa a chamar-se Psicopedagogia – Reflexão e Prática, em 1991 Especialização em

Psicopedagogia – Reflexão e Prática, sob a coordenação da Prof. Marília Toledo, com uma

fundamentação teórica da fenomenologia existencial priorizando o contexto escolar e seus

aspectos preventivos. (Mendes, 1998, p.41)

Em paralelo a isso, surge o curso de Especialização em Psicopedagogia, na PUC-SP, no

início da década de 1980, sob a coordenação da profª Geny Golubi de Moraes. Segundo os

relatos de Mendes, este curso possuía uma proposta de trabalho clínico, mas a partir de 1996

passou a contemplar o enfoque institucional, ampliando assim sua proposta de formação

oferecendo estágios na área clínica e institucional.

Em 1985, a Universidade São Marcos cria um curso de Especialização em

Psicopedagogia, sob a coordenação da profª Elcie Salzano Mazini. Sua proposta é criar um

espaço que a partir de suas dúvidas, diferentes profissionais que atuam em educação possam

refletir à luz de fundamentações teóricas da Psicopedagogia. (Mendes, 1998, p.42)

Com isso a autora destaca que, em relação aos cursos que surgem, o diferencial entre

eles passa a ser a exigência da prática do estágio. Para isso cita sua experiência como

professora em diferentes cursos de Especialização em Psicopedagogia enfatizando ter

observado que é no espaço do estágio que os profissionais têm a oportunidade de dirimir suas

dúvidas trabalhando com os conceitos apreendidos na formação e também adquirindo maior

segurança em suas intervenções.

Após o relato da criação de diferentes cursos, Mendes destaca o papel da Associação

brasileira de Psicopedagogia como o pioneirismo de um grupo que estava fundamentado num

discurso, daqueles que ao se apropriarem de uma fundamentação teórica, embasavam sua

prática em um referencial (a partir de então) denominado psicopedagógico. (Mendes, 1998,

p.44) Nesse momento a autora chama a atenção para o papel da Associação como um órgão

formador por meio de palestras, encontros e com destaque para a publicação de uma revista

que até hoje tem contribuído para divulgar a Psicopedagogia. (Mendes, 1998, p.46)

Esta é a primeira dissertação destacando o papel da Revista Psicopedagogia como um

veículo de divulgação de um saber pertinente à área da Psicopedagogia5.

5 A autora não utiliza o conceito de campo de Pierre Bourdieu. Seu enfoque é a construção da identidade do psicopedagogo, trata-se de outro referencial teórico. Toma-se aqui o trabalho como objeto iluminado pelas noções de Bourdieu, mas a forma como compõe seu trabalho nos permite constatar as propriedades do campo destacadas por Pierre Bourdieu em seu artigo Algumas propriedades do campo e que tratarei no final do capítulo.

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Posteriormente, a autora apresenta em seu trabalho um capítulo com uma relação de

obras que constituía a bibliografia básica dos cursos do Instituto Sedes Sapientiae e da PUC-

SP. Para isso, apresenta o título da obra, seu autor, ano de publicação e um pequeno

comentário sobre a obra. Trata-se aproximadamente de quatro páginas da dissertação. Em meio

a este relato, a autora destaca o papel desempenhado, a partir de 1982, pela publicação da

revista BOLETIM. Trata-se, na verdade, da revista Psicopedagogia, tomada aqui pelo título que

possuía em seu nascedouro. Para Mendes esta publicação apresenta-se: definindo-se como um

espaço importante para a divulgação de trabalhos teóricos e práticos da Psicopedagogia,

tanto de autores nacionais como de autores estrangeiros. (Mendes, 1998, p.46)

Ao finalizar esta parte da sua dissertação afirma que

Como podemos ver, a partir de 1985 as publicações passam a apresentar uma abordagem de cunho psicanalista, vendo o indivíduo tanto em seus aspectos cognitivo e emocional (levando em conta, principalmente os aspectos inconscientes) e não através de seus distúrbios orgânicos. (Mendes, 1998, p.47)

O foco do trabalho de Mônica Mendes (1998) é relatar a construção da identidade da

Psicopedagogia. A proposta é compreender o que os profissionais consideram importante para

a formação de um psicopedagogo. Não está preocupada em reconstruir o processo histórico da

Psicopedagogia, nem tampouco da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp). A

memória da Psicopedagogia no Brasil, na Argentina e na França é utilizada pela autora como

elementos constitutivos da identidade dos profissionais que se apresentam como

psicopedagogo e, com isso, oferecer elementos para discutir a identidade destes profissionais.

O periódico produzido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia é utilizado na sua

pesquisa como fornecedor de artigos que apresentam a memória da Psicopedagogia e não

como uma fonte de pesquisa para a história. Em sua dissertação, Mônica Mendes reforça o

trabalho escrito por Nádia Bossa, pois utiliza também seu livro para escrever sua dissertação,

apresentando-o como uma de suas fontes documentais. (Mendes, 1998, p.88). A dissertação

de Mendes acrescenta novos elementos em relação à memória da Psicopedagogia no

momento em que apresenta a visão da psicopedagoga Elcie Salzano Mazini, trazendo novos

elementos que não foram trabalhados pelos outros autores que pesquisei. Desta forma, pode-

se tomar a dissertação de Mônica Mendes como mais uma fonte para compreender o percurso

dos profissionais de Psicopedagogia e da Associação.

Com os elementos apresentados até aqui, é possível constatar a maneira como se

constituiu a memória da Psicopedagogia no Brasil. Os autores que trazem o tema foram

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apresentados na ordem cronológica de sua publicação. Pode-se observar que Beatriz Scoz e

Monica Mendes, ao publicarem seu artigo na Revista Psicopedagogia em 1987, oferecem aos

leitores o primeiro trabalho sobre a memória da Psicopedagogia. Logo no seu início as autoras

colocam uma nota afirmando que os dados utilizados para a elaboração do artigo se referem

fundamentalmente ao histórico da Psicopedagogia em São Paulo. . (Boletim da ABPp, nº 13,

1987, p. 14). Ou seja, as autoras nos revelam por meio desta nota que existe uma outra

memória que neste momento não está sendo contemplada. Não são explicitados os critérios

utilizados pelas autoras para fazer este recorte. O artigo publicado foi apresentado no Primeiro

Seminário Estadual de Psicopedagogia promovido pela Universidade Estadual do Rio de

Janeiro em 1987. A partir da publicação do artigo de Beatriz Scoz e Mônica Mendes em 1987,

pode-se afirmar que a Psicopedagogia possui uma memória registrada e veiculada para os

seus membros, constituindo-se dessa forma como uma memória oficializada, identificando o

tempo e o lugar, os saberes e os marcos teóricos das práticas então denominadas como da

Psicopedagogia.

Em 1989, Beatriz Scoz apresenta um novo artigo publicado pela Revista

Psicopedagogia com o título: A importância da Psicopedagogia para a Educação. Neste

artigo a autora retoma a mesma memória que publicou em 1987, sintetizada por meio de um

subtítulo: A Psicopedagogia no Brasil: breve histórico. Neste breve histórico a autora

reafirma os elementos apresentados anteriormente. Pergunta-se: por que a necessidade de

reafirmação dessa memória? Seria para colocar em sintonia os novos membros da área?

Haveria outra memória em disputa?

Posteriormente encontram-se publicados o artigo de Eloisa Fagali e Vera Rossetti

Ferretti na já citada Revista Construção Psicopedagógica do Instituto Sedes Sapientiae. Esta é

uma revista com periodicidade mais espaçada, sua publicação é bienal. Sua abrangência é

menor quando comparada à da Revista Psicopedagogia que, por ser publicada pela

Associação Brasileira de Psicopedagogia, possui abrangência nacional, enquanto a Revista

Construção Psicopedagógica é divulgada para os alunos do curso do Instituto Sedes

Sapientiae. Ou seja, pode-se afirmar que a memória divulgada pelo Boletim da Associação

possui uma entrada diferente no campo da Educação, levando-a a ocupar uma posição de

destaque dentro dele. Ainda, o artigo publicado pela Revista Construção Psicopedagógica

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retrata a memória do curso de Psicopedagogia do Instituto Sedes Sapientiae, estabelecendo

um recorte, excluindo partes da memória da Psicopedagogia no Brasil6.

Posteriormente foi encontrado o trabalho de Nádia Bossa publicado no formato de

livro, com uma abrangência muito maior do que a da Revista Psicopedagogia. Na atualidade o

livro é considerado bibliografia básica nos cursos de formação, como também em concursos

públicos para psicopedagogos aos quais tive acesso à bibliografia apresentada para o

candidato. Neste trabalho a autora cita os três artigos apresentados anteriormente e acrescenta

autores que não figuravam nos artigos. Bossa (1994) retoma como marco inicial do processo

histórico da Psicopedagogia elementos das histórias da Argentina e da França. Recua ao

século XIX na França para mostrar que a preocupação com as dificuldades de aprendizagem

já existia. A autora apresenta a memória da Argentina e a influência que esta recebeu por

meio das idéias da França. Ao mostrar a memória da Psicopedagogia no Brasil, a autora deixa

claro que utilizou os artigos publicados pela Revista Psicopedagogia como também o artigo

publicado pela Revista Construção Psicopedagógica. Dessa forma, Bossa nos mostra o lugar

ocupado por estas memórias dentro da área da Psicopedagogia. Por outro lado, ao acrescentar

os elementos constitutivos das memórias da Argentina e da França, Bossa acaba por alçar as

memórias argentina e francesa à condição de memória brasileira. Dessa forma a autora amplia

o conjunto de elementos que formam a memória brasileira.

A dissertação de Mônica Mendes é escrita após a publicação do material citado

anteriormente. Neste trabalho, apresenta todo este material e acrescenta autores como Elcie

Salzano Masini que retrata a existência de um curso com enfoque psicopedagógico no

Instituto Sedes Sapientiae durante mais de uma década. Confrontando as datas é possível

constatar que este curso era oferecido pelo Instituto paralelamente ao curso Especialização em

Psicopedagogia que carrega o título de primeiro curso do país.

A constituição da área da Psicopedagogia no Brasil ocorre dentro das premissas

apontadas por Pierre Bourdieu. Em seu texto, Algumas propriedades do campo, Pierre

Bourdieu nos fala que a estruturação de um campo científico se define entre outras coisas

6 Com isso temos dois artigos sobre a memória da Psicopedagogia, temos duas memórias publicadas: a primeira de Beatriz Scoz e Mônica Mendes, pela Revista Psicopedagogia, com abrangência nacional, e a segunda por Ferretti e Fagali, pela Revista Construção Psicopedagógica, partindo do curso de Especialização do Instituto Sedes Sapientiae. A Revista Construção Psicopedagógica possui uma abrangência menor, inicialmente seu público são os alunos do próprio Instituto Sedes Sapientiae e seu foco de análise recai sobre o Instituto como protagonista desta memória. Neste momento, a memória da Psicopedagogia torna-se um objeto de disputa entre os membros da área. Esta constatação remete-nos a Pierre Bourdieu quando afirma para que um campo funcione, é preciso que haja objetos de disputa e pessoas prontas para disputar o jogo. (Bourdieu,1983, p.89) . A disputa estabelecida dentro da área estabelece o efeito de campo apontado por Pierre Bourdieu, mostrando o funcionamento do campo da Educação.

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através da definição dos objetos de disputas e dos interesses específicos... (Bourdieu, 1983).

Os trabalhos de Bossa (1994) e Mendes (1998) sinalizam um conflito saudável no que diz

respeito à memória da Psicopedagogia no Brasil. Bossa escreve sobre os fundamentos teóricos

da Psicopedagogia e Mendes sobre a identidade do psicopedagogo. O recorte estabelecido por

cada autora aponta para movimentos dentro da área e o comportamento de seus atores em seu

interior. A questão colocada é o tratamento que deve receber o fracasso escolar. A

Psicopedagogia surge como uma área disposta a contribuir com a discussão sobre fracasso

escolar. Bourdieu fala em definição de objetos de disputas, estariam as duas autoras diante da

disputa de uma memória tentando estabelecer dentro da área uma memória predominante? A

nota colocada por Beatriz Scoz comunica o leitor sobre a existência de uma outra memória

quando afirma A coleta e a análise de dados se referem fundamentalmente ao histórico da

Psicopedagogia de São Paulo. A pergunta é: como a memória de São Paulo se sobrepõe a

outras memórias? Quem são os atores e como participam destas memórias?

Tais perguntas poderão ser respondidas pela análise dos dados coletados da Revista

Psicopedagogia. A forma como a Associação divulga os saberes da Psicopedagogia por meio

do periódico pode ser reveladora deste tipo de disputa dentro da área. Ao mesmo tempo a

Revista é reveladora de uma disputa dentro do campo da Educação, quando publica em seu

editorial informações sobre a luta pela profissionalização da Psicopedagogia.

1.2 - O fracasso escolar em discussão:

1.2.1 - Saberes da Sociologia da Educação

Como se pode perceber pela análise dos artigos citados, a memória do nascimento da

área restringe-se às condições teóricas e institucionais do tratamento do fracasso escolar. A

representação do fracasso escolar nessa memória é da sua naturalização como problema

pedagógico ou psicológico, sem dimensões sociais. As autoras não procuram se debruçar

sobre o contexto da escola e da sociedade brasileira como produtora do fracasso. Restringem-

se a instaurar o movimento institucional e dos heróis fundadores. Porém, a análise dessa

posição, inserida dentro do campo educacional, pode ser contrastada a outras formas

analíticas ou de representação do que foi ou é o fracasso escolar.

A coleção História Geral da Civilização Brasileira, editada pela Difel em São Paulo,

dividida em quatro volumes e dirigida pelo historiador Boris Fausto, tem como título para o

tomo III O Brasil Republicano. O quarto volume da coleção trata do tema Economia e

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Cultura, e o analisa dentro do período de 1930 a 1964. Publicado neste Tomo encontramos o

artigo do professor Celso de Rui Beisiegel com o título Educação e sociedade no Brasil após

1930. O autor é professor e chefe de departamento na Faculdade de Educação da

Universidade de São Paulo. Neste artigo publicado em 1984, Beisiegel discute a forma como

se construíram no Brasil as relações entre a escola e o acesso da população às oportunidades

de escolarização. O autor afirma que durante a segunda metade do século XX, a educação

escolar passou por muitas mudanças. Beisiegel analisa as mudanças sofridas pela educação

brasileira, e destaca como resulta- do a extensão das oportunidades de acesso à escola,

também denominado pelo autor processo de democratização do ensino.

Para Beisiegel (1984), durante a década de 1960, o antigo sistema de ensino foi

substituído por outro considerado acessível à maioria da população. No bojo dessas mudanças

percebem-se dois movimentos: o primeiro é o aumento relativo das matrículas nos vários

níveis de educação, e o segundo é a substituição dos diferentes modelos de ensino de nível

médio por um modelo único de escola. Pode-se afirmar também que são tomadas várias

iniciativas com o objetivo de levar a educação comum para todos, ou seja, levar a educação

aos adultos não atingidos pela escola primária.

Por meio das estatísticas constata-se a diminuição das taxas de analfabetismo. Esta

diminuição pode ser atribuída às campanhas de educação de adultos empreendidas pelo antigo

Ministério da Educação e Saúde, além dos esforços dos estados para realizar a educação

supletiva de adolescentes e adultos analfabetos. Encontramos também outras campanhas

levadas a efeito nas décadas de 1950 e 1960, além do Mobral em 1970. Os critérios utilizados

para aferição do analfabetismo podem ser discutíveis questionando o verdadeiro significado

desses índices de alfabetização. Por outro lado, constatamos por meio do aspecto quantitativo,

uma grande abertura de oportunidades de acesso à educação escolar. Setores da sociedade

antes completamente excluídos do sistema escolar passaram a ter oportunidades por meio do

ensino supletivo. Estes argumentos permitem ao autor afirmar que houve um crescimento no

número de matrículas em relação à população em geral, observando ainda que a quantidade de

pessoas candidatas ao ensino superior aumentou em muito o seu número, isso se deve à

contribuição dada pela expansão do ensino de nível médio como também do ensino supletivo.

Por um lado, a ampliação do novo modelo de escola pode ser considerada como um

novo empreendimento voltado para a realização do lucro. Por outro, colaborou permitindo aos

excluídos que pudessem ter como objetivo viável a freqüência ao ensino superior e a obtenção

de um diploma. Esta constatação revela a existência de dois pólos no ensino superior

brasileiro. Num dos pólos encontra-se o modelo de escola que vem sendo constituído dentro

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do modelo implementado por D. João VI, ainda no início do século XIX. Trata-se de um

modelo de escola seletiva, elitista e com grande competição pelas vagas disponíveis. No outro

pólo, encontram-se escolas com o objetivo de absorver a clientela possível de ser atingida,

exigindo delas seu certificado de conclusão do nível médio e o rigoroso pagamento das

mensalidades. Dessa forma, pode-se afirmar que todos têm a possibilidade de ingressar no

ensino superior. Isto permite para as análises educacionais um ponto de referência que é a

tendência de democratização das oportunidades. Os governos municipais e estaduais,

juntamente com a iniciativa privada, promoveram o desenvolvimento de um sistema escolar

institucionalmente habilitado a proporcionar os serviços de educação às diversas modalidades

de procura por parte da população, confirmando assim esta tendência à democratização.

Se recuarmos no tempo, encontraremos durante o final da primeira república dois

sistemas de educação. Um, estava organizado para o atendimento das classes privilegiadas,

enquanto outro, organizado para atender a educação do povo em geral. Esta forma de

caracterização nos permite apontar a existência de uma dualidade de sistemas.

Beisiegel (1984) afirma que ao se examinar as alterações da legislação do ensino de

nível médio, encontra-se um caminho para a compreensão das orientações mais gerais da

evolução do sistema escolar. No que se refere à Reforma Francisco Campos, pode-se

encontrar algumas inovações. Dentro desta Reforma são encontrados documentos dispondo

sobre o ensino secundário que organizava o ensino comercial, e outro consolidando as

disposições sobre a organização do ensino secundário. Estes documentos deixavam entrever o

impulso centralizador da Revolução de 1930, além de organizar os ramos secundários e

comercial do ensino de nível médio para todo o território nacional. Ao mesmo tempo, o

antigo ensino secundário era substituído por um sistema organizado em séries e currículos

definidos, subdivididos em dois ciclos, o fundamental, de cinco anos, e o complementar, com

dois anos letivos. (Beisiegel, 1984, p.391)

Após esta Reforma, há a constituição de 1934 com uma orientação centralizadora para

com as questões relativas ao ensino. Em seguida, a constituição de 1937 atribuía para a União

a incumbência de fixar as bases e determinar os quadros da educação nacional traçando as

diretrizes para o ensino brasileiro.

O sistema educacional brasileiro ficou organizado com duas barreiras: no plano

vertical havia o exame de admissão na passagem para o primeiro ciclo do nível médio,

constituindo-se como um obstáculo para o acesso ao ensino secundário: no plano horizontal

havia uma separação entre os diferentes ramos do ensino de nível médio. Mantinha-se, então,

o já citado anteriormente sistema dualista do ensino brasileiro. Esses dois sistemas eram

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encontrados no início da escola primária. Enquanto um era voltado para a população mais

pobre, encaminhando-a para as escolas de nível médio que eram escassas, o outro, voltado

para atender as elites, encaminhava sua clientela para as escolas superiores e/ou posições

privilegiadas na sociedade.

Em paralelo às mudanças empreendidas pela Reforma do Ensino repetia-se um

fenômeno comum na história das leis no Brasil: uma legislação com objetivos acima das

possibilidades reais de realização do Estado brasileiro, fixando uma situação fictícia para a

lei. (Beisiegel, 1984. p.398)

Este processo, que ora é chamado de democratização das oportunidades, possui suas

limitações, inicialmente colocadas na forma quantitativa. O desenvolvimento do avanço da

escolaridade não foi homogêneo. Enquanto as regiões mais ricas, como sul e sudeste,

possuíam um número maior de escolas para a população, em estados do norte e nordeste não

havia uma rede de escolas em condição de absorver toda a população. Essas diferenças não

estavam presentes apenas para as regiões geográficas, como também entre as zonas urbana e

rural. Havia uma grande desigualdade também nos índices levantados na comparação entre a

população urbana e rural. Não obstante o grande número de crianças que não chegavam a

ingressar na escolaridade básica nos deparamos também com a evasão escolar, um desafio

para os governos, mostrando-se como o principal indicador da deficiência do ensino. Como

indicadores expressivos acerca do fracasso escolar, há que se apontar também: a grande

retenção e evasão de alunos, o alto índice de crianças que permaneciam retidas na primeira

série além do descumprimento da obrigatoriedade escolar para as crianças de 7 a 14 anos de

idade.

As explicações atribuídas ao fracasso escolar apontavam a responsabilidade para o

mau rendimento dos alunos, como uma característica de organização e funcionamento de

ensino no país. Entre outros fatores, é apontada a relação entre a oferta de prédios escolares e

o crescimento regional, os altos índices de reprovação nas séries iniciais, o despreparo do

corpo docente, a falta de recursos didáticos e a resistência à modernização. Além desses

fatores, há também um desencontro entre a escola com suas propostas pedagógicas e as

características sócio-culturais de significativas parcelas da população. Esse desencontro se

exprime também nos conteúdos de um ensino desvinculado dos estilos de vida das populações

ainda não urbanizadas, ou mesmo na ordenação de trabalhos letivos. Com isso, se configura

um quadro composto por escolas desprovidas de recursos de um lado e com boas escolas de

outro, sinalizando um rendimento escolar muito diferenciado.

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Para compreender o fracasso escolar é necessário pensar também na diversidade da

clientela. A educação escolarizada é vista como um privilégio econômico e social. Somente

uma minoria tem condições de arcar com o custo de uma educação escolarizada. A

compreensão e valorização da instrução dependem dos conhecimentos de círculos sociais

dominantes. Para Beisiegel (1984), a desigualdade econômica, social e cultural colabora para

gerar uma indiferença entre os menos privilegiados diante das possibilidades educacionais e

de buscar o ensino como forma de mudança da situação em que vivem. A dinâmica

estabelecida por esses fatores acaba valorizando as classes mais privilegiadas.

Além desses fatores, Beisiegel (1984) aponta a existência de outros fatores

colaborando para o fracasso escolar, que são os fatores considerados pelo autor como causas

extra-escolares. Como causas extra-escolares mais recorrentes, são apresentadas para explicar

o fracasso escolar, a subnutrição e a denominada carência cultural. Beisiegel adverte que o

conceito de privação verbal utilizado como justificativa para a teoria da carência cultural não

possui correspondência na realidade. Amparado nos estudos de Luiz Pereira, afirma que

existe um choque cultural sobre segmentos que apresentam um rendimento aquém do

esperado pelo sistema educacional.

O conteúdo da escola primária é extraído dos modos de vida e da cultura das camadas

sociais médias e superiores urbanas, entrando em choque com os estilos de vida das

populações das camadas sociais baixas. Amplos segmentos da população subalterna vivem

segundo valores e princípios pertencentes a uma cultura onde estão ausentes os conteúdos e a

organização do processo educativo concernentes a sua realidade. Estes contextos culturais

estão excluídos da escola. Portanto, essas populações são de fato carentes quando se analisa a

situação de um ponto de vista da cultura dominante. Esta carência atua dificultando a

assimilação dos conteúdos propostos pela cultura dominante e se exprime sob a forma de

deficiências de rendimento na escola. (Beisiegel, 1984. p.406)

Além desses dois fatores apresentados anteriormente, Beisiegel aponta ainda a

existência do abandono precoce da escola para trabalhar, e com isso o autor finaliza sua

discussão sobre os fatores extraescolares.

Beisiegel utiliza argumentos que relativizam as mudanças provocadas pela

democratização das oportunidades. A extensão do ensino, além de aparecer como elemento

constitutivo das representações sobre a democratização das oportunidades, também faz parte

do processo de fortalecimento do principal instrumento de inculcação dessas mesmas

representações mistificadoras do real.

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A ampliação das oportunidades levaria à ampliação da ação ideológica desenvolvida

pelo sistema escolar. A ação pedagógica não se esgota no processo de inculcação ideológica,

uma vez que a escolarização traz aprendizados de técnicas básicas de comunicação e de

ajustamento às condições da vida moderna.

A inculcação ideológica está nas atividades voltadas para a transmissão dos

conhecimentos. A formação das habilidades está presente nos conteúdos dos conhecimentos e

das próprias habilidades. Ao transmitir técnicas de comunicação e outros conhecimentos, a

escola também transmite e desenvolve simultaneamente conhecimentos, atitudes, sentimentos

e valores em que se exprimem, e mediante os quais se consolidam representações da

existência social.

A experiência das oportunidades nos setores mais decisivos do ensino, na antiga

escola secundária e no ensino superior, se deu em função das reivindicações educacionais das

populações urbanas.

A experiência do ensino comum e o crescimento dos degraus superiores da

escolaridade provocaram mudanças na composição da clientela e do corpo docente das

instituições escolares.

Ocorreu a incorporação de diversos setores da sociedade por parte da escola que

caracterizou-se como local de encontro de todos os setores da população e como campo de

repercussão de todas as tensões que conturbam a vida na sociedade.

O professor vem sendo transformado num tipo social mais complexo, submetido ao

empobrecimento relativo, obrigado a lutar por suas reivindicações, exposto a diferentes

alternativas teóricas e políticas de encaminhamento de suas reivindicações.

Os alunos provenientes de todos os estratos da população são portadores das

representações da existência social e das experiências concretas dos sistemas de vida dos

diferentes segmentos da sociedade.

Essa diversidade permite uma reelaboração importante de todas estas experiências. A

história recente mostra que o ensino no Brasil não corresponde à idéia de processo eficaz de

transmissão e consolidação de representação, de conhecimentos, sentimentos e atitudes

comprometidas com a tranqüila aceitação da ordem dominante. A situação atual não se

apresenta mais como a identificação entre o processo da escolaridade e a inculcação

ideológica a serviço de uma determinada ordenação da vida coletiva.

A escola tem sua contribuição juntamente com outras instituições na formação de

atitudes, sentimentos e conhecimentos, apresentando grande participação no processo de

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inculcação ideológica. Sua atuação complexa e contraditória não deve justificar a oposição de

muitos em relação à democratização das oportunidades.

Conscientes da impossibilidade de eliminar, dentro da escola, os efeitos negativos de

situações geradas fora da escola, o autor cita como exemplo, as iniciativas de Lourenço Filho

por meio da Campanha de Educação de Adultos.

Na mesma linha de atuação, existem vários programas de educação popular

empreendidos nos primeiros anos da década de 1960, o MEB (Movimento de Educação de

Base), MCPs (Movimentos de Cultura Popular), CPCs (Centros Populares de Cultura) e o

Programa Nacional de Alfabetização. Todos tinham como intenção estender a atuação do

processo educativo às origens sociais das desigualdades que buscavam combater.

No início da década de 1960, o movimento estudantil viu a prática da educação de

adultos como possível recurso de dinamização do próprio movimento estudantil. Foi adotado

o método Paulo Freire, uma vez que este respondia às expectativas dos grupos dirigentes,

tanto no governo da União, quanto no movimento estudantil e na área de educação. Para

Beisiegel, investir no método proposto por Paulo Freire foi muito mais objetivando as

possibilidades que este sinalizava como meio de mobilização da população do que por

motivos educacionais propriamente ditos. A prática educativa desenvolvida por meio do

método foi reconhecida e prestigiada, e posteriormente foi recusada devido às suas

implicações políticas.

Na análise de Beisiegel fica clara a politização do problema do fracasso escolar em

contraste com aquele estabelecido pela memória da Psicopedagogia. Se nesta área o

tratamento do fracasso dependeria do desenvolvimento das novas práticas interdisciplinares,

para os sociólogos, a análise do fracasso deveria ser conduzida pela problematização das

relações sócio-culturais do Brasil e da escola que foi constituída historicamente.

1.2.2 - Saberes da Psicologia Escolar

O livro de Maria Helena de Souza Patto, A produção do Fracasso Escolar – Histórias

de Submissão e Rebeldia faz parte de suas reflexões realizadas por meio de uma pesquisa de

Livre Docência. A autora é professora do Instituto de Psicologia da Universidade de São

Paulo e tem suas atividades docentes e em pesquisa, concentradas na área de Psicologia

Escolar. Este livro teve sua primeira edição lançada em 1990. Na sua introdução, a autora

explica que o objetivo da pesquisa foi contribuir para compreensão do fracasso escolar

enquanto processo psico-social complexo, o que a levou a permanecer numa escola pública

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de primeiro grau e num bairro de periferia da cidade de São Paulo, onde foram realizadas

observações em vários contextos e entrevistas formais e informais com todos os envolvidos no

processo educativo que nela se desenrola, incluindo os alunos e suas famílias. Constatando

que as crianças não fazem parte das pesquisas sobre fracasso escolar, a autora conviveu com

um grupo de quatro crianças multirrepetentes. Esta convivência teve por objetivo encontrar

respostas para suas perguntas: Quem são estas crianças? Como vivem na escola e fora

dela?Como vivem a escola e como participam do processo que resulta na impossibilidade de

escolarizarem-se? Para trabalhar com os dados colhidos por meio da observação, a autora

afirma que buscou subsídios no complexo conceito sociológico de vida cotidiana. O elemento

teórico que permeou sua análise tem como pressuposto a determinação histórico-social da

ação humana. O trabalho apresenta-se composto de uma primeira parte em que a autora

apresenta uma profunda revisão de trabalhos que tratam sobre o tema do fracasso escolar e

uma segunda parte em que apresenta o relato da pesquisa e seus resultados. (Patto, 1990, p.22)

A autora parte do princípio de que é necessário pensar nas idéias sobre o fracasso

escolar no Brasil, e para isso faz uma análise histórica sobre a forma como foram produzidas

estas idéias, buscando elementos que mostrassem a forma como se consolidou a visão de

mundo predominante na sociedade brasileira. Aponta que essa visão de mundo possui um

modo dominante de pensar que se instituiu em países do leste europeu e da América do Norte

durante o século XIX. Seu objetivo foi recolher informações que permitissem entender a

filiação histórica das idéias que tratam da pobreza e da dificuldade escolar tratada pelo senso

comum como sua conseqüência natural. Para compor sua reflexão, a autora parte da análise

das revoluções ocorridas na França e Inglaterra durante o século XVIII. Destaca como ponto

importante para sua análise a contribuição destas revoluções de forma determinante para o

surgimento de relações de produção, que são vistas como justificativa de uma nova maneira

de organizar a vida social. Para discutir este processo histórico, a autora fundamenta-se nos

trabalhos do historiador inglês E. J. Hobsbawn por meio de sua análise sobre as revoluções do

século XVIII. Souza Patto afirma que a partir destas revoluções podemos falar sobre uma

visão de mundo que vai se tornando predominante. Esta visão de mundo apresenta uma

crença no progresso do conhecimento humano, na racionalidade, na riqueza e no controle

sobre a natureza. Podemos encontrar também nesta visão os princípios iluministas

canalizando para a racionalidade econômica e científica. Com isso se constitui uma ideologia

que encontra receptividade entre os mais beneficiados pela nova ordem econômica e social: os

que se dedicam às atividades que giram em torno do comércio – o pensamento burguês.

Segundo a autora, esta ideologia se irradiou pelo mundo criando um modelo de cidadão ideal.

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Esta idealização, por sua vez, contribuiu para a crença de que o progresso científico, técnico e

administrativo viria como fruto de um mundo racional pautado pela liberdade individual. O

liberalismo clássico configurou-se como a ideologia política da burguesia.

Para Souza Patto, a crença no talento individual colabora para entendermos os

caminhos da psicologia nascente e as explicações sobre o fracasso escolar. O nacionalismo

permite entender o surgimento dos sistemas nacionais de ensino. Para a burguesia, defender

os interesses do povo significava a defesa de um regime constitucional e dessa forma estaria

constituindo uma nação.

A crença em uma vida social igualitária e justa unia forças e destacava a necessidade

de instituir mecanismos sociais que garantissem a transformação do trabalhador em cidadão.

Essa situação trazia à tona a necessidade da constituição de direitos e deveres do aparelho

judiciário, de uma imprensa livre com a permissão de denúncias e críticas, da participação

popular nas decisões por meio do voto, tudo isso com a missão de ilustrar o povo e a

instrução pública universal.

Souza Patto afirma que os sistemas de ensino não são uma realidade nos primeiros

setenta anos do século XIX. Os significados atribuídos à escola são diferentes, de acordo com

o lugar que cada classe ocupa nas relações sociais de produção. Os países mais desenvolvidos

adotaram a escola como instituição estratégica na imposição do pensamento nacional, pois

consideravam a constituição das nações como algo a ser construído. No século XX nos

deparamos com o pensamento de que a escola obrigatória e gratuita não possui poderes

suficientes para transformar a humanidade, tirando-a do lugar da ignorância e de oprimida.

Segundo Souza Patto este é um processo que ocorre após a Primeira Guerra Mundial. O

modelo de escola difundido após esta data é apresentado por meio de uma pedagogia calcada

nos conhecimentos acumulados pela psicologia nascente, que valoriza a natureza do

desenvolvimento infantil, valorizando assim a participação ativa da criança no processo de

aprendizagem.

Os pedagogos liberais, no início do século XX, estavam carregados de um humanismo ingênuo, mas bem intencionado que os levava a acreditar na possibilidade de a escola realizar uma sociedade de classes igualitária, ou seja, uma sociedade na qual os lugares sociais seriam ocupados com base no mérito pessoal. À psicologia científica coube buscar a explicação e a mensuração das diferenças individuais. É neste sentido que a análise desta ciência, enquanto expressão cultural da nova ordem social que emerge do mundo feudal, torna-se fundamental à compreensão da natureza da pesquisa e dos discursos educacionais sobre a reprovação escolar que vigoram nos países capitalistas desde o final do século passado. No entanto, seu surgimento se dá no mesmo lugar e na mesma época em que foram formuladas as primeiras teorias racistas respaldadas no cientificismo do

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século XIX, fato que não pode ser ignorado quando nos propomos a desvendar a natureza de seu discurso. (Patto, 1990, p.48)

Segundo Souza Patto, a psicologia científica durante o século XIX, trabalhando com a

ciência experimental e influenciada pela teoria da evolução natural, além da crença no

cientificismo que marca a época, desempenhou como papel social a capacidade de apontar os

mais talentosos e os menos aptos para colaborarem com uma vida social fundamentada na

igualdade social. Para a autora, a psicologia ocupou uma posição de destaque entre as ciências

que participaram da defesa do que ela chama de ilusionismo que escondeu as desigualdades

sociais. (Patto, 1990, p.58)

Em seguida a autora discute as contribuições da psicologia diferencial. Esta forma de

pesquisa trabalha com a investigação quantitativa e tem por objeto as diferenças existentes

entre indivíduos e grupos, e colabora para medir a capacidade intelectual e comprovar a sua

determinação hereditária. Para apresentar essa forma de trabalho a autora destaca o nome de Sir

Francis Galton (1822-1911) que possuía como objetivo principal, segundo a autora, medir a

capacidade intelectual e comprovar a sua determinação hereditária. A autora aponta que os

objetivos deste pesquisador vão mais longe, com planos de interferir nos destinos da

humanidade através da eugenia. (Patto, 1990, p.58)

Com o título: Teoria da carência cultural: o preconceito disfarçado?, a autora se refere

às pesquisas que mostram a existência de uma correlação positiva entre classe social e nível de

escolaridade. Considerando tais pesquisas, questiona as teses defendidas pelos liberais

iluministas que, segundo a autora, não passam de palavras.

Ao desenvolver sua argumentação sobre as influências da Teoria da Carência Cultural

nas pesquisas sobre educação, afirma que os grupos sociais mais explorados não aceitam a

condição socialmente imposta de explorados e subjugados, adotando estratégias e formas de

luta para denunciarem a desigualdade em que vivem. O momento histórico em que vivenciam

tais fatos é marcado por movimentos reivindicatórios, como os movimentos ocorridos na

sociedade norte americana em luta pelos direitos sociais durante a década de 1960.

Frente às discussões teóricas acerca do fracasso escolar a autora defende a idéia de que

a resposta política vem através da academia por meio da teoria da carência cultural. Esta

compreensão, por meio da teoria da carência cultural, é uma forma de explicar a perpetuação de

uma parcela da população no fracasso escolar. O argumento baseado nas visões ambientalistas

para explicar o desenvolvimento humano é a forma encontrada por alguns pesquisadores para

não incorrerem no risco ou no erro de argumentos racistas que são, durante a década de 1960 e

1970, rechaçados pela sociedade. Aponta que não pode usar argumentos racistas. Esta

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argumentação tem uma visão biologizada de vida social valendo-se de uma definição

etnocêntrica de cultura. Estas teorias ambientalistas, com nova fachada científica, passam a

orientar a política educacional. Sobre este tema, a autora apresenta como exemplo o trabalho de

Esther Milner, de 1951 em que são apresentadas afirmações chaves servindo de base a

inúmeros programas de intervenção desenvolvidos nos anos sessenta. Estes trabalhos têm por

objetivo estudar as relações de prontidão de leitura com padrões de interação entre pais e filhos.

Souza Patto questiona a visão etnocêntrica que permeia as conclusões da autora na pesquisa, ao

mesmo tempo em que aponta uma dificuldade dos pesquisadores em perceber que a

precariedade dos instrumentos de avaliação e do contexto das observações pode ser a

responsável pelos resultados negativos encontrados (Patto, 1990, p.73).

A construção da visão dos educadores está inserida num contexto ideológico em que as

relações de poder não estão apenas na sociedade, mas também estão entranhadas no próprio

corpo da ciência. Com isso, as pesquisas contribuem para confirmar aos educadores sua visão

preconceituosa das crianças pobres e de suas famílias, impedindo-os de ampliarem sua visão

com olhos mais críticos. Podemos afirmar, segundo a autora, que mesmo os mais críticos não

estão imunes a esta visão, apontando explicações para a reprovação e evasão escolar que

defendem as teses da teoria da carência cultural. Diante desse quadro, Patto afirma que é

construído um discurso incoerente reafirmando as deficiências da clientela como a principal

causa do fracasso escolar. Ou seja, o tema das diferenças individuais numa sociedade de

classes movimenta-se num terreno minado de preconceitos e estereótipos sociais.

A autora prossegue com sua argumentação e analisa o periódico Revista Brasileira de

Estudos Pedagógicos. Por meio desta análise procurou compreender a forma como a teoria da

carência cultural aparece nos discursos oficiais. Encontra o tema como assunto central de dois

números da RBEP na década de 1970. Com esta constatação Souza Patto aponta que a Teoria

da Carência Cultural, enquanto explicação engendrada pela psicologia educacional norte-

americana, não freqüentou assiduamente a RBEP. Mas esta explicação foi evidenciada na

produção acadêmica de docentes e de alunos de pós-graduação de cursos de psicologia, e na

produção científica do departamento de pesquisas educacionais da Fundação Carlos Chagas.

Souza Patto cita a pesquisa realizada por A. J. Gouveia, de 1970 a 1976, em que analisando o

objeto de relatos de pesquisas presentes na revista Ciência e Cultura da SBPC, no rol de

pesquisas financiadas pelo INEP, e o Caderno de Pesquisa da FCC, destaca as categorias

características dos alunos e ou do ambiente de que provem e idem, focalizadas em função do

desempenho escolar (ambas variáveis independentes), que ocupam lugares de destaque dentro

do programa de pesquisas coordenado por Ana Maria Poppovic, no Departamento de Pesquisas

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Educacionais da Fundação Carlos Chagas. Segundo Souza Patto, Ana Maria Poppovic foi

adepta da literatura norte americana da teoria da carência cultural. Este referencial teórico

está presente, segundo Segundo Patto, na produção cientifica de Poppovic nos anos

subseqüentes a 1970, investigando a evolução e o nível ótimo de desenvolvimento das

habilidades necessárias a aprendizagem da leitura e da escrita. Segundo Souza Patto, os

pressupostos que nortearam estas pesquisas foram revistos mais tarde, inclusive por integrantes

do próprio grupo.

Conduzindo a pesquisa educacional com estes pressupostos, Souza Patto afirma ser este

um discurso que transforma o aluno em causa do fracasso.

Como é possível perceber, os discursos sobre o fracasso escolar aparecem com força no

final da década de 1970, como problema a ser tratado pelos campos da Educação e da

Psicologia. Nesses campos é possível perceber o embate entre diferentes perspectivas que

tomam esse objeto e disputam pela legitimidade de tratamento do mesmo. A memória

constituída pelos discursos da Psicologia pode ser entendida como uma estratégia de

legitimação da posição de seus defensores, instituidores de saberes e práticas.

1.2.3 - Saberes da Psicopedagogia

A dissertação de mestrado de Beatriz Scoz tem por título Problemas de Aprendizagem

na escola pública – um desafio para a psicopedagogia no Brasil, e foi apresentada ao

programa de Psicologia da Educação em 1992 da PUC-SP. A autora é pedagoga e

psicopedagoga, professora pesquisadora da Universidade Unifieo.

Neste trabalho a autora realiza uma investigação sobre o que é considerado problema

de aprendizagem. Ou seja, a autora adentra a pesquisa cientifica trazendo a discussão sobre o

fracasso escolar colocada entre os psicopedagogos. Suas primeiras constatações sobre o

problema apontam para a dificuldade de definição, e então recorre a uma retrospectiva sobre a

forma como se desenvolveu o conceito de problema de aprendizagem. Segundo a autora o

enfoque orgânico predominou entre educadores e terapeutas ao longo da história da educação.

As raízes desse enfoque podem ser encontradas no século XVIII e XIX com seu

desenvolvimento na medicina e biologia por meio da psiquiatria. O conceito de anormal saiu

dos hospitais e migrou para as escolas. As crianças que encontravam alguma forma de

dificuldade para aprender recebiam a designação de anormais escolares. A incorporação da

psicanálise colaborou para modificar a visão dominante de doença mental como concepção

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corrente sobre as causas das dificuldades de aprendizagem. A influência de fatores ambientais

e o desenvolvimento da personalidade são fatores que enfatizaram a mudança: de criança

anormal para a designação criança problema.

A autora identifica como um divulgador da corrente psicanalítica nos meios

educacionais Arthur Ramos, médico com produção científica destacada sobre problemas

escolares. A grande contribuição de Ramos, segundo a autora, foi no sentido de chamar a

atenção para a relação adulto/criança, na época em que psiquiatras enfatizavam características

orgânicas, e que predominavam explicações hereditárias do desenvolvimento humano, quando

a dimensão orgânica era considerada responsável pelos problemas de aprendizagem.

Durante a década de 1960, nos deparamos com um novo impulso da medicalização,

quando médicos norte americanos introduziram no Brasil a abordagem psiconeurológica e

noções de DCM (Disfunção Cerebral Mínima) e Dislexia. Sobre este tema, Scoz cita o

trabalho de Souza Patto (1990), afirmando que os primeiros trabalhos de interesse psicológico

no Brasil eram as teses de conclusão de curso nas faculdades de medicina na Bahia e Rio de

Janeiro, consideradas como os primeiros estudos realizados com testes psicológicos europeus.

Outra vertente para compreensão dos problemas de aprendizagem é atribuído por Scoz

ao movimento Escola Nova. No momento em que buscava respostas em experiências

educativas consagradas nos EUA e Europa, segundo a autora, o movimento apresenta uma

nova concepção de infância reconhecendo a especificidade psicológica da criança.

Continuando com o desenvolvimento do conceito, a autora apresenta outras

contribuições para a abordagem dos problemas de aprendizagem. A divulgação da escola

nova colaborou para que os educadores utilizassem testes e instrumentos de mensuração, na

tentativa de encontrar índices que os conduzissem a um diagnóstico dos problemas de

aprendizagem. Para a autora, esta forma de pensar a dificuldade de aprendizagem se

constituiu como uma grande influência na formação do pensamento educacional brasileiro.

Scoz enfatiza que a partir da década de 1980, com as contribuições de Emilia Ferreiro, os

psicopedagogos vem reformulando a sua linha de análise. Por meio da teoria desenvolvida

por Emilia Ferreiro, os educadores começaram a rever o papel representado pelo erro na

construção do conhecimento, contribuindo dessa forma para o redimensionamento dos

problemas de aprendizagem. Com estas idéias, a autora observa também que ocorreu uma

mudança no posicionamento das escolas frente aos alunos. Esta mudança se manifesta na

forma de avaliar os alunos, levando-os também a compreender o que fazem e o que procuram

fazer.

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Outra vertente apontada por Scoz é o modelo sócio interacionista de Vygotsky. Para

Scoz, o autor muda completamente o enfoque de problema de aprendizagem ao relativizar o

papel representado pela maturação. Ao ressaltar a importância do pensamento de Vygotsky

para a compreensão dos problemas de aprendizagem, a autora enfatiza que à medida que as

crianças vão crescendo, internalizam as operações e as direções verbais fornecidas pelos

adultos, utilizando-as para dirigir seu próprio pensamento. Este é o caminho por meio do

qual formas historicamente determinadas e socialmente organizadas para operar a

informação influenciam o conhecimento do indivíduo e a consciência de si e do mundo. (Scoz,

1992, p. 30)

Prosseguindo em suas reflexões, Scoz aponta a tendência enfatizada pela abordagem

maturacional, pois esta valoriza processos intra-individuais e a considera um fator

secundário no desenvolvimento das formas mais complexas do comportamento humano,

constituindo um processo passivo, incapaz de descrever, adequadamente, fenômenos mais

complexos. (Scoz, 1992, p. 30)

A autora defende a idéia de que o domínio do conhecimento de zona de

desenvolvimento proximal, desenvolvido por Vygotsky, permite-nos compreender o processo

de maturação do ser humano, como também os processos que se encontram em vias de

desenvolver. Com isso, a autora conclui que por meio da mediação, a criança poderá

desenvolver capacidades que antes não estava conseguindo. Para Scoz, esta teoria nos permite

repensar outras, que desenvolvem o conceito de problemas de aprendizagem, frente aos

diferentes processos desenvolvidos pelo ser humano para realizar sua aprendizagem.

Isso não significa que a aprendizagem seja, por si só, desenvolvimento mas que, na criança, uma correta organização da aprendizagem induz ao desenvolvimento mental, mobilizando todo um grupo de processos de desenvolvimento, impossível de ser ativado sem o auxílio da aprendizagem. (Scoz, 1992, p. 32)

A ênfase de Scoz recai sobre a compreensão que o educador possui sobre o processo

de aprendizagem. A proposta da autora é trabalhar com a aprendizagem dentro de um ponto

de vista que a considere prioritariamente social, onde possamos apostar nas capacidades que a

pessoa possui, por meio de um trabalho que valorize mais as qualidades do ser humano do

que os possíveis desvios que se manifestem durante seu processo de aprendizagem. Scoz

também chama nossa atenção para o fato de que a teoria proposta por Vygotsky não

compactua com instrumentos de medida, que fazem parte da psicometria, que contribuem

para uma postura frente à aprendizagem que considera incapazes para aprender aqueles que

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apresentam um distanciamento frente ao esperado pelo sistema de ensino. A autora propõe

que os mais variados métodos de diagnósticos dos problemas de aprendizagem devem ser

revistos, e que os educadores permaneçam atentos para as diferenças qualitativas no ambiente

social das crianças, considerando essas diferenças com mais firmeza, pois dessa forma o

problema de aprendizagem não estará restrito à própria criança. Scoz aponta que uma teoria

do desenvolvimento embasada nos princípios do materialismo dialético desmistifica entre os

educadores a visão do problema de aprendizagem como doença, considerado por muitos como

o grande responsável pelo fracasso escolar. Após estas constatações, Scoz enfatiza as

contribuições de Jorge Visca7 e Sara Pain para a compreensão psicopedagógica dos problemas

de aprendizagem. Esses dois autores tomam a Psicopedagogia como campo principal de seus

estudos, na tentativa de elaborar uma teoria da prática psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 34)

Segundo Scoz, Jorge Visca concebe a aprendizagem como uma construção

intrapsíquica com continuidade genética e diferenças evolutivas, resultantes das pré-

condições energético-estruturais do sujeito e das circunstâncias do meio. (Scoz, 1992, p. 34)

Ao mesmo tempo, aponta que Sara Pain define a aprendizagem como um processo de

transmissão de conhecimentos, ou seja, de aquisições culturais de uma civilização para a

outra, garantindo a continuidade da conduta humana. (Scoz, 1992, p. 36) Em seguida, Scoz

acrescenta que esta autora, Sara Pain, considera um problema de aprendizagem não como o

contrário de aprender, mas como processo diferente deste.

Dessa forma Scoz destaca, sobre as contribuições de Sara Pain:

A autora oferece duas valiosas contribuições à Psicopedagogia: a necessidade de se observar a maneira peculiar e singular com que cada sujeito se mantém ignorando e a de uma mudança na concepção de problema de aprendizagem, adotando-se uma visão sem preconceitos – e não apenas “patologizante”-, daqueles que fazem algo diferente da norma. (Scoz, 1992, p. 37)

Ao finalizar esta parte, Scoz acrescenta suas considerações sobre os dois autores, Jorge

Visca e Sara Pain:

Com a percepção do indivíduo de uma maneira mais completa, ambos os autores tiveram o mérito de oferecer à Psicopedagogia uma visão da pluricausalidade de

7 Jorge Visca possui diversos livros publicados na área de Psicopedagogia. Segundo seu livro, Clínica Psicopedagógica - Epistemologia Convergente, 1987, Artes Médicas, Porto Alegre, 1987, é professor de graduação em escolas comuns, graduado como professor em Ciências da Educação na Universidade de Buenos Aires em1966. Graduado como Psicólogo Social pela Escola Privada de Psicologia Social fundada por Enrique Pichon Rivière, fundador e diretor do centro de estudos psicopedagógicos.

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fatores que envolvem o processo de aprendizagem, e os problemas dele decorrentes, o que evidencia, assim a necessidade de um conhecimento multidisciplinar na ação psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 38)

Ao finalizar o primeiro capítulo de sua dissertação, Scoz escreve sobre as

contribuições oferecidas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia aos psicopedagogos.

Para a autora, a discussão sobre os problemas de aprendizagem entre os psicopedagogos

contou com importante papel desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia

por meio de seus trabalhos. Faz ainda uma análise sobre as discussões realizadas pela

Associação desde sua fundação em 1980 até o momento da realização de sua pesquisa em

1992.

A análise de Scoz sobre o papel da Associação inicia-se em 1984, A partir da

realização do Primeiro Encontro de Psicopedagogos, onde se discutiu sobre uma atuação dos

psicopedagogos que objetivasse uma melhoria da qualidade de ensino nas escolas. A

Associação prosseguiu com sua atuação promovendo atividades sob a liderança de

profissionais de diferentes áreas de atuação enfatizando a necessidade de conhecimentos

multidisciplinares para elaborar a atuação psicopedagógica.

Em 1986, encontramos a realização do Segundo Encontro de Psicopedagogos

promovido pela Associação. Este encontro teve como tema Psicopedagogia: O Caráter

Interdisciplinar na Formação e na Atuação Profissional, com o objetivo de enfatizar a

multiplicidade de fatores envolvidos no processo de aprender e nos problemas de

aprendizagem.

Em 1988 a Associação promoveu o Primeiro Congresso e o Terceiro Encontro de

Psicopedagogos simultaneamente. Com uma temática que enfatizava a necessidade de uma

abordagem convergente, capaz de promover uma integração de conhecimentos na

compreensão da aprendizagem humana.

Após esses eventos, a Associação, em decorrência da expansão e abertura de cursos de

formação em Psicopedagogia de forma indiscriminada, e preocupada com a qualidade dos

cursos oferecidos, elaborou um documento sobre Identidade Profissional do Psicopedagogo.

Neste documento procurou firmar seu posicionamento sobre os objetivos da Psicopedagogia e

sobre a delimitação do campo de estudos e de atuação.

A elaboração do documento levou a Associação a buscar uma assessoria com Sara

Pain para a redação final do documento.

Em 1990, com a realização do Quarto Encontro de Psicopedagogos promovido pela

Associação, foram aprofundadas alguns pontos elencados pelo documento. O tema tratado

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propiciou a consideração do documento, como também uma convergência mais direta entre o

conhecimento de diferentes ciências e a Psicopedagogia.

Em 1992, com a realização do Segundo Congresso e Quinto Encontro de

Psicopedagogos, a Associação apresentou como tema A práxis Psicopedagógica na Realidade

Educacional Brasileira.

Segundo Scoz, ao destacar uma práxis psicopedagógica, a Associação adota uma

posição que tem como objetivo transformar a instituição escolar e oferecer aos alunos a

possibilidade de repensar o tratamento que se dá à aprendizagem nas escolas brasileiras. Por

meio de um enfoque multidisciplinar levando em conta uma pluricausalidade de fatores que

interferem no processo de aprender, sem perder de vista a dimensão mais ampla da

sociedade. (Scoz, 1992, p. 42)

Nos parágrafos finais, Scoz enfatiza a ação transformadora da Psicopedagogia.

Segundo a autora, a Psicopedagogia se apropriou de várias áreas do conhecimento para

aprofundar sua área de estudos e de atuação. Apresentou como objetivo contribuir para uma

percepção global do fato educativo e para a compreensão satisfatória dos objetivos da

Educação e da finalidade da escola. (Scoz, 1992, p. 42)

A dissertação de Beatriz Scoz apresenta a compreensão da área da Psicopedagogia

sobre o fracasso escolar. Na sua análise deixa evidente que a psicopedagogia considera como

um processo diferente aquilo que muitas vezes é chamado como fracasso escolar. Chama

atenção para o papel da ABPp como espaço provocador desta discussão.

Percebe-se, portanto, que no início da década de 1980, pelo menos três perspectivas se

colocam em disputa sobre as questões do fracasso escolar. A Psicopedagogia fortalece-se por

ter estabelecido lugares de poder, como a Associação, os congressos e, sobretudo, sua revista.

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CAPÍTULO 2

2 - O lócus de produção da revista de Psicopedagogia: A Associação Brasileira de

Psicopedagogia – Estratégias e Táticas

Este capítulo tem por objetivo relatar a fundação da Associação Brasileira de

Psicopedagogia e sua estrutura de funcionamento. Este é um conhecimento importante para se

compreender a forma como a Psicopedagogia se organiza dentro do Brasil8. Os dados aqui

apresentados foram coletados por meio de uma consulta ao Estatuto em vigor a partir de

20059.

A Associação Brasileira de Psicopedagogia, identificada também pela sigla ABPp, é

editora do periódico Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Tendo circulado inicialmente como Boletim, a publicação hoje em dia é uma Revista

Indexada com tiragem de 3.000 exemplares, e teve um papel importante na divulgação das

atividades da entidade que foi fundada em 1980.

A Associação nasceu com o objetivo de reunir os profissionais com uma prática que se

auto denominava Psicopedagogia. Segundo Mendes e Scoz (1987), a fundação da Associação

surge em decorrência dos questionamentos existentes naquele momento, acerca do perfil

profissional do psicopedagogo e da necessidade de definição de suas funções. Mendes e Scoz

enfatizam que esta discussão já tinha lugar junto às turmas de alunas do Instituto Sedes

Sapientiae. De acordo com a Ata de Fundação, esta ocorreu em 13/08/1980 no Instituto Sedes

Sapientiae, com a presença de vinte e duas psicopedagogas que se auto denominam, conforme

8 Neste capítulo parte-se dos conceitos de Estratégia e Tática. Carvalho e Toledo (2007) afirmam na p. 90 de seu artigo citado na bibliografia desta dissertação: Incidindo na zona de intersecção entre os modelos inscritos nos produtos culturais e seus usos, entre usos prescritos e usos efetivos, o conceito de estratégia, tomado a Certeau (1994; também Chartier; Hébrard, 1988, p. 97 – 108), ganha pertinência, remetendo a práticas cujo exercício pressupõe um lugar de poder. Aplicado, por exemplo, a uma história dos impressos de destinação escolar, o conceito põe em evidência dispositivos de imposição de saberes e normatização de práticas, referidos a lugares de poder determinados: uma casa de edição; um departamento governamental; uma instância eclesiástica; uma iniciativa de reforma educacional; etc. Sobre tática, as mesmas autoras afirmam: O conceito de apropriação como tática que subverte dispositivos de modelização, também tomado a Michel de Certeau (1994), põe em cena esse hiato entre os usos e suas prescrições. O hiato evidencia a complexidade da relação entre modelos pedagógicos e seus usos no cerne de uma história cultural das práticas e dos saberes pedagógicos. CARVALHO, M.M.C.,TOLEDO, M.R.A. 2007. Os sentidos da forma: análise material das coleções de Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, in: Oliveira, Marcus A. Taborda de. Cinco Estudos em História e Historiografia da Educação., Autêntica, Belo Horizonte – MG. 9 No momento da consulta ao Estatuto em vigor a partir de 2005 fui informado pela secretaria da Associação que o mesmo encontra-se em discussão para alterações.

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consta em ata, profissionais militantes da área da Psicopedagogia.10 A Associação visava

permitir a troca de experiências e a organização desses profissionais para a defensa de seus

interesses comuns. No momento da sua criação, a ação da Associação se restringia ao estado

de São Paulo. Com a realização do II Encontro de Psicopedagogos, ocorrido em 1986, a

Associação de Psicopedagogos de São Paulo foi transformada em Associação Brasileira de

Psicopedagogia. Mendes e Scoz afirmam em seu artigo publicado no Boletim número treze de

1987, que havia um interesse de grupos de psicopedagogos de outros estados, não só em

aprofundar a sua formação, sem depender apenas dos Encontros realizados em São Paulo a

cada dois anos, como também, em divulgar em seus Estados de origem, a sua área de

atuação. Neste momento Mendes e Scoz afirmam haver outros grupos de psicopedagogos

atuando em outros estados11. A transformação da Associação Estadual em Associação

Nacional mostra a ampliação das discussões dentro da área. Esta transformação permite a

entrada de novos elementos em uma forma de se organizar que, a partir de 1986, é obrigada a

encontrar um novo formato para acolher os novos membros. Assim, a reorganização é

também a entrada de novos pontos de vista, ampliando e rediscutindo prática e saberes que já

existiam.

A partir de 1986, surge então a Associação Brasileira de Psicopedagogia. A entidade

manteve a sede no estado de origem e criou subsedes, chamadas de Seções12 ou Núcleos, em

outros estados. (Boletim ABPP, nº 13, 1987, p.21).

De acordo com o Estatuto vigente a partir de 2005, a Associação se apresenta com

quatro órgãos dirigentes. Estes órgãos são: Assembléia Geral, Conselho Nacional, Conselho

Fiscal e Diretoria Executiva.

A assembléia geral tem caráter soberano sendo instituída em duas categorias: ordinária

e extraordinária. A Assembléia Geral, quando Ordinária, tem como proposta reunir-se

10 Este dado foi obtido por meio de consulta a Ata de Fundação da entidade.

11 No artigo publicado no Boletim nº 08 de 1985, por Clarissa S. Golbert, Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na região de Porto Alegre, a autora relata o trabalho dos psicopedagogos de Porto Alegre – RS. (GOLBERT, 1985, Boletim da AEPpSP, nº 08, p.11 – 23). O artigo de Golbert faz parte da memória da Psicopedagogia no Brasil, mas não aparece em nenhum dos trabalhos (livro, dissertação e artigos) citados aqui. Isto permite perguntar: Por que esta memória não aparece relatada nestes artigos? Esta é uma pergunta que indica caminhos para futuras pesquisas sobre o tema. 12 Em artigo publicado no Boletim número 13 de 1987, Mônica H. Mendes e Beatriz Scoz afirmam que com a criação da ABPp no Segundo Encontro de Psicopedagogos de 1986, ocorreu a transformação da Associação de Psicopedagogos de São Paulo, em Associação Brasileira de Psicopedagogia com a proposta de criação de capítulos em outros estados do Brasil. As autoras utilizam-se da palavra capítulo para se referirem, até onde foi possível entender, a Seção. Consultei o primeiro Estatuo da ABPp, com data de registro em cartório de 10/07/1986 e não encontrei nenhuma referência para a palavra capítulo. No Editorial do Boletim número 13 é comunicado a abertura de dois capítulos da ABPp fundados no Rio Grande do Sul em novembro de 1986 e Rio de Janeiro em agosto de 1987.

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trienalmente, para eleger a nova Diretoria Executiva e Conselho Nacional e para inteirar-se

das atividades da Diretoria Executiva, em fim de mandato, convocada pelo seu Presidente.

Para quaisquer outros assuntos, a Assembléia Geral Extraordinária com a proposta de reunir-

se sempre que convocada pelo Presidente da ABPp, ou por requerimento endossado por , no

mínimo, 2/3 (dois terços) dos associados Titulares quites com a tesouraria. (Estatuto da

Associação Brasileira de Psicopedagogia, p. 13 - 14 )

O Conselho Nacional é constituído por três categorias: Conselheiros Eleitos, Diretores

Gerais de Seção e Coordenadores de Núcleos e Conselheiros Vitalícios.

A escolha do Conselho Nacional é realizada por meio da Assembléia Geral em caráter

ordinário. São eleitos trinta Conselheiros dentre os associados Titulares, em dia com suas

obrigações de contribuição e taxas com sua Seção ou Núcleo e com a ABPp, para mandatos

de 3 (três) anos, permitida a reeleição, sem restrições.

O Conselho Vitalício é formado pelos ex-presidentes da Associação. Todos os

Presidentes automaticamente ao término de seus mandatos tornam-se membros do Conselho

Vitalício.

Após a realização da Assembléia Ordinária, o Conselho Nacional escolhido se reúne

para escolher o presidente e montar sua Diretoria Executiva. A Diretoria Executiva é

composta por dez cargos: Presidente, Vice Presidente, Tesoureiro, Tesoureiro Adjunta,

Secretário, Secretário Adjunto, Diretor Cultural e Científico, Diretor Cultural Adjunto,

Relações Públicas e Relações Públicas Adjunto13.

A Diretoria Executiva tem por direito criar as assessorias conforme suas propostas de

administração, e a obrigatoriedade de formar um Conselho Fiscal composto de três associados

Titulares e dois suplentes, nomeados pela Presidência da ABPp.

Segundo consta em seu estatuto a Associação possui quatro categorias de associados

que são: associados Titulares, Associados Contribuintes, Associados Instituições e

Associados Honorários.

Para ser associado Titular é necessário possuir o título de reconhecimento como

psicopedagogo emitido pela ABPp –Nacional. Os critérios para tornar-se um associado titular

são

Ser associado contribuinte da ABPp há pelos menos 3 (três) anos consecutivos e estar em dia com o pagamento da devida contribuição seja ela quadrimestral, semestral ou anual; Apresentar certificado de conclusão do Curso de Especialização

13 No Anexo desta dissertação é apresentado o quadro: Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia – período 1982 a 2006.

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em Psicopedagogia; Comprovar o exercício efetivo de atendimento psicopedagógico, em consultório ou instituição, pelo período de 5 (cinco) anos, no mínimo; Redigir e apresentar, à Comissão de Reconhecimento, seu Memorial descrevendo sua trajetória profissional; Apresentar currículo, circunstanciado com cópia encadernada dos comprovantes, em ordem cronológica crescente; Apresentar declaração de Supervisão, de no mínimo 5 (cinco) anos, preferencialmente com Psicopedagogos associados Titulares da ABPp; Apresentar declaração, por profissional habilitado, de terapia pessoal de no mínimo 3 (três) anos; Comprovar a participação, como congressista, em pelo menos um Congresso de âmbito Nacional e outro regional promovidos pela ABPp. (Estatuto da Associação Brasileira de Psicopedagogia, p. 3)

O Associado Titular possui como direito ter seu nome, endereço e telefone divulgado

no site da ABPp e na Revista, quando houver disponibilidade de espaço e desde que esteja

quite com a Tesouraria da ABPp. Para ser admitido como sócio titular, o pretendente deve

submeter-se ao processo descrito acima, sob a avaliação de três membros associados titulares

determinados pelo Conselho Nacional.

O associado, para ser considerado associado contribuinte, deve pagar a taxa anual

estabelecida pelo Conselho Nacional.

O associado Instituições trata-se de pessoa jurídica que contribui com a Associação

mediante pagamento da anuidade estabelecida pelo Conselho Nacional.

Os associados honorários são profissionais admitidos pela Diretoria ABPp,

reconhecidos pelos trabalhos científicos de relevância prestados à Psicopedagogia. A categoria

de associado honorário é a que possui menos direitos. Segundo o estatuto este associado tem o

direito da participar das assembléias com direito a voz, mas sem voto.

Nas demais categorias de associados, todos possuem o direito de votar para o Conselho

Nacional e para o cargo de presidente da seção à qual está filiado. Para ter o direito de ser

votado é necessário ser sócio titular. O Conselho Nacional é composto por associados Titulares

somente.

Todos os associados, exceto os associados honorários, podem participar das

assembléias com direito a voz e voto e tem o direito de receber um exemplar, de cada edição

da revista publicada pela ABPp nacional

A receita da Associação vem das contribuições dos associados. As seções e Núcleos

ligados à ABPp Nacional contribuem com 10% de sua arrecadação. Também fazem parte da

contribuição financeira os cursos, conferências e congressos promovidos pela Associação. O

material científico produzido pela Associação pode ser vendido, gerando também receita para a

Associação.

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Em 2009, a Associação possui um total de 2.081 associados. Após o terceiro ano

consecutivo de inadimplência o associado é excluído automaticamente do sistema

informatizado. Considerando que a Associação possui quase trinta anos de existência,

poderíamos supor que contaria com um número maior de associados, mas conforme a regra, o

associado pode ser excluído ao longo do tempo caso não pague sua anuidade. Nos arquivos da

associação encontrei um Livro dos Sócios da ABPp . Este livro foi aberto com data de 1980, o

ano da fundação da Associação. O livro possui 50 páginas e está preenchido manualmente até a

página 25, perfazendo um total de 1.398 sócios, e a última data de registro é de junho de 1992.

Dentro do livro encontrei cinco fichas em papel cartão com o título: sócios quites com a

associação em 1986. Nesta ficha existe o registro manuscrito de 543 associados.

A Associação Brasileira de Psicopedagogia possui Núcleos e Seções que se encontram

instalados em diferentes cidades e estados. Um Núcleo é formado por associados da ABPp há

no mínimo um ano. Este Núcleo, para existir, necessita de um número mínimo de dez

associados, que exerçam suas atividades na mesma região. A formação do Núcleo deverá ser

promovida, orientada e acompanhada pela Presidente da ABPp ou membros do Conselho

Nacional ou da diretoria executiva por esta designados. (Estatuto da Associação Brasileira de

Psicopedagogia, p.32)

Cada Núcleo possui sua própria coordenação. Composta por coordenador, tesoureiro e

secretário. Os cargos são exercidos por sócios titulares. Os Núcleos estão submetidos ao

Estatuto da ABPp Nacional. O Estatuto exige como pré-requisito para a abertura de Núcleos a

realização de dois eventos de orientação técnico-científicas, na área de Psicopedagogia,

dentro de um período de dois anos.

A partir da existência de um Núcleo em uma determinada região, poderá ser formada

uma Seção. Para isso o núcleo deverá comprovar sua existência, organização e funcionamento

por o período mínimo de dois anos. As seções possuem regimento próprio e obedecem ao

Estatuto da ABPp Nacional. Estas Seções criam seus estatutos próprios, que devem manter-se

compatibilizados com o Estatuto da ABPp Nacional. Ou seja, conforme ocorrerem mudanças

no estatuto da Nacional, deverá ocorrer uma adequação do Estatuto da Seção.

Toda Seção deve obrigatoriamente organizar ao menos um evento científico dentro do

período de um ano, além de promover reuniões científicas bimestralmente.

Toda seção tem por função promover a divulgação da Psicopedagogia em sua região,

participando de eventos, pesquisas, produção científica, observar o cumprimento das normas

estatutárias e do Código de Ética vigentes. (Estatuto da Associação Brasileira de

Psicopedagogia, p.30)

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Por meio da publicação da Revista Psicopedagogia a Associação atuou promovendo a

discussão e ao mesmo tempo controlando os saberes que foram veiculados pela Revista.

Associação arregimentou pessoas para discutirem sobre a aprendizagem, ao mesmo tempo em

que podemos ver que a existência de uma Associação dentro da área, permite que haja um

controle de algumas práticas psicopedagógicas. Alçando-as a um lugar de domínio dentro da

área por meio da Revista Psicopedagogia. Assim como afirma Bourdieu quando fala que na

estrutura do campo existe uma relação de força entre os agentes ou as instituições engajadas

na luta ou, se preferirmos, da distribuição do capital específico que, acumulado no curso das

lutas anteriores, orienta as estratégias ulteriores. (Bourdieu, 1983, p. 90)

O periódico adquiriu no processo de configuração das práticas e identidade da área da

Psicopedagogia grande importância: como instrumento estratégico, a análise desse periódico

acaba por desvelar as relações de força e seus deslocamentos ao longo da história da

Associação. Daí a importância de tomá-lo como objeto fundamental.

2.1 - O Ciclo de Vida do Periódico dado ao conhecimento

2.1.1 - A periodização para a pesquisa

O lançamento da primeira edição deste periódico ocorreu em agosto de 1982. Esta é a

data encontrada na capa do primeiro fascículo do Boletim da Associação de Psicopedagogos de

São Paulo, como foi chamado no momento da publicação. Logo no segundo fascículo o título

aparece como Boletim da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo. (Boletim

AEPSP, 1982)

A Associação Estadual de Psicopedagogos traz em seus propósitos uma forma de

compreender a Educação e o que é chamado de dificuldade de aprendizagem. É dentro do bojo

da liberdade democrática da década de 1980 que nasce o objeto de estudos desta pesquisa. Um

Boletim que, como já foi dito anteriormente, tem por objetivo ser um veículo para o debate e,

como sabemos, o debate gera a polêmica. A atitude da Associação Estadual de Psicopedagogos

pode ser vista dentro deste contexto como um sinal de retomada da liberdade de expressão que

se anuncia após duas décadas de censura, perseguição e cerceamento da livre expressão do

pensamento.

Olhando seu nascimento desta forma, podem-se gerar diversas outras perguntas de

pesquisa que não fazem parte deste trabalho, mas que poderão servir de estímulo para outros

trabalhos e pesquisadores.

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Ao tomar esta publicação como objeto de estudos pode-se compreender o que revela o

ciclo de vida deste periódico. Ao retomar o contexto histórico brasileiro no momento do

nascimento do primeiro Boletim, depara-se com os desejos de um grupo que está se

organizando e parece refletir um pouco os desejos maiores de toda a sociedade, como a

liberdade de expressão.

O Boletim da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo nasce, assim, em

agosto de 1982. Todos os números do Boletim e da Revista estão arquivados e disponíveis para

a consulta na atual sede da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Foi criado também, por

ocasião da comemoração dos 25 anos da publicação do periódico, em 2007, um Cd ROM com

todos os números publicados até aquela data. Este Cd ROM produzido pela Associação e

colocado à venda para seus associados facilitou o acesso de todos às informações e artigos que

compõem parte da história da Associação. Foi feito uso deste material em vários momentos da

pesquisa, mas manipular o objeto concretamente nos permite conhecer características do

documento que não seria possível somente por meio do contato virtual. A materialidade do

documento apresenta-se assim como algo imprescindível para a pesquisa histórica.

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Quadro 1 - Apresentação Geral do Formato do Periódico

Edições ano tipo de

editorial nº de paginas

súmario nº fotos nº ilustrações

Propaganda capa cores Categoria

01 ago-82 editorial 30 sim 0 0 0 titulo azul Boletim estadual 02 abr-83 editorial 39 sim 0 0 1 tema preta Boletim estadual 03 nov-83 editorial 33 sim 0 0 1 índice verde Boletim estadual 04 abr-84 editorial 45 sim 0 0 0 índice vermelha Boletim estadual 05 ago-84 editorial 38 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 06 dez-84 editorial 48 sim 0 0 0 índice rosa Boletim estadual 07 abr-85 editorial 92 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 08 ago-85 editorial 56 sim 0 0 4 índice lilás Boletim estadual 09 dez-85 editorial 52 sim 0 0 0 índice azul Boletim estadual 10 abr-86 editorial 50 sim 0 0 0 índice vermelha Boletim estadual 11 ago-86 editorial 75 sim 0 0 0 índice preta Boletim Nacional 12 dez-86 editorial 77 sim 0 0 0 índice verde Boletim Nacional 13 jun-87 editorial 73 sim 0 4 0 imagem vermelha Boletim Nacional 14 dez-87 editorial 92 sim 0 3 0 imagem laranja Boletim Nacional 15 jun-87 editorial 83 sim 0 4 0 imagem verde Boletim Nacional 16 dez-88 editorial 86 sim 0 3 0 imagem laranja Boletim Nacional 17 jun-89 editorial 98 sim 0 3 0 imagem vermelha Boletim Nacional 18 jun-90 editorial 130 sim 0 0 0 imagem verde Boletim Nacional 19 jul-90 editorial 155 sim 0 0 0 imagem lilás Boletim Nacional 20 dez-90 editorial 132 sim 0 0 0 imagem verde limão Boletim Nacional 21 1º

sem/91 conversa c/ leitor

44 sim 0 0 0 título preto Revista ABPp

22 2ºsem/91 conversa c/ leitor

46 sim 0 0 0 imagem rosa Revista ABPp

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74 sim 0 0 0 imagem azul Revista ABPp

24 2º sem/92

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25 93 conversa c/ leitor

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60 sim 0 3 0 título preta Revista ABPp

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76 sim 0 2 0 imagem várias Revista ABPp

55 2001 conversa c/ leitor

112 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp

56 2001 conversa c/ leitor

112 sim 0 0 0 imagem várias Revista ABPp

57 2001 conversa c/ leitor

110 sim 3 4 0 título preta Revista ABPp

58 2001 conversa c/ leitor

80 sim 18 0 0 imagem várias Revista ABPp

59 2002 conversa c/ leitor

77 sim 0 2 0 imagem marrom Revista ABPp

60 2002 conversa c/ leitor

93 sim 0 2 0 imagem azul Revista ABPp

61 2003 editorial 86 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

62 2003 editorial 142 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

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74

63 2003 editorial 242 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

64 2004 editorial 87 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

65 2004 editorial 179 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

66 2004 editorial 255 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

67 2005 editorial 79 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

68 2005 editorial 268 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

69 2005 editorial 271 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

70 2006 editorial 77 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

71 2006 editorial 151 sim 0 0 0 sumário cinza Revista ABPp Indexada

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Do ponto de vista da materialidade, como mostra o Quadro 1, o ciclo de vida deste

periódico pode ser dividido em três fases. O conjunto da publicação pode ser encontrado no

formato de Boletim ou de Revista. No formato Revista pode-se constatar a existência de duas

fases: a Fase Revista Nacional e a Fase Revista Indexada.

Inicialmente o periódico é publicado no formato de Boletim, do número um ao número

21. Na Fase Boletim foi publicado do número um ao dez como Boletim da Associação

Estadual de Psicopedagogos de São Paulo e do número 11 ao número 21, ainda é publicado no

formato de Boletim, porém apresentado como Boletim da Associação Brasileira de

Psicopedagogia.14 A partir da publicação do número 21 passa a ser apresentado no formato de

Revista com o título: Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Para uma melhor compreensão deste trabalho, foi organizada a periodização do ciclo de

vida da Revista de acordo com o quadro abaixo:

Quadro 2 – Periodização do Ciclo de Vida do Periódico

Números

da Revista

Ano de Publicação Título Apresentado na Capa Nome

atribuído ao

período

01 ao 20 Agosto/1982 até

Dezembro/1990

Boletim da Associação

Brasileira de Psicopedagogia

Fase Boletim

21 ao 60 1º semestre/1991 até

novembro/2002

Psicopedagogia Revista da

Associação Brasileira de

Psicopedagogia

Fase Revista

Nacional

61 ao 71 2003 até 2006 Psicopedagogia Revista da

Associação Brasileira de

Psicopedagogia

Fase Revista

Indexada

O quadro 3, na página 77, apresenta o ritmo da publicação do periódico dentro dos

seus 25 anos de existência. Por meio deste quadro observa-se a constância de algumas

características e inconstância de outras. Destaca-se a atenção para o número de publicações no

ano. Transformando os dados em números pode-se verificar: a publicação anual corresponde a

14 O nome da Associação sofreu mudança durante o IIº Encontro de Psicopedagogos realizado em 1986, por meio de uma Assembléia Geral, segundo consta no texto de apresentação publicado na segunda capa do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia, número 13, ano 6, junho de 1987.

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8%, a publicação semestral 28%, a publicação quadrimestral corresponde a 52%, a publicação

trimestral 8% e um ano atípico, com cinco publicações correspondendo dessa forma a 4%.

Por meio dessas mudanças vê-se a evolução desta publicação. Ao mesmo tempo, surge a

pergunta: o por quê deste comportamento em relação à publicação. Quais os fatores que

explicam esta inconstância da periodicidade da publicação? A proporcionalidade revela uma

opção pela quadrimestralidade, uma vez que ela representa a maioria absoluta da amostra. A

questão é: como se deu essa opção? E o que ela pode revelar?

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Quadro 3 – Ritmo da Publicação - Relação Ano/Mês (1982 - 2006)

Mês / Ano

Jan. Fev. Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Total de publicações no ano.

Periodicidade

1982 1 1 publicação única

1983 1 1 2 semestral 1984 1 1 1 3 quadrimestral 1985 1 1 1 3 quadrimestral 1986 1 1 1 3 quadrimestral 1987 1 1 2 semestral 1988 1 1 2 semestral

1989 1 1 publicação única

1990 1 1 1 3 quadrimestral 1991 1 1 2 semestral 1992 1 1 2 semestral 1993 1 1 1 3 quadrimestral 1994 1 1 1 1 4 Trimestral 1995 1 1 1 3 quadrimestral 1996 1 1 1 1 1 5 atípico 1997 1 1 1 3 quadrimestral 1998 1 1 1 1 4 Trimestral 1999 1 1 1 3 quadrimestral 2000 1 1 1 3 quadrimestral 2001 1 1 1 3 quadrimestral 2002 1 1 2 semestral 2003 1 1 1 3 quadrimestral 2004 1 1 2 semestral 2005 1 1 1 3 quadrimestral 2006 1 1 1 3 quadrimestral

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Gráfico 1

Ritmo da Publicação

0

1

2

3

4

5

6

1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Publicações no ano

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O Quadro 3, apresentado acima, permitiu a criação do Gráfico – 1 facilitando a

visualização dos dados. Por meio de uma observação atenta constatam-se as constâncias e

inconstâncias no ritmo da publicação discutidas anteriormente.

A materialidade do periódico integrou o questionário que orientou a pesquisa.

Configurou-se como elemento central para estabelecer um diálogo entre o pesquisador e sua

fonte. Como afirmam Carvalho e Toledo15 (2007) a respeito de estudos realizados com

impressos, é importante analisá-los da perspectiva de sua produção e distribuição, como

produtos de estratégias editoriais em complexa correspondência com estratégias políticas e

pedagógicas determinadas. Dessa forma, a Revista Psicopedagogia apresenta-se como

suporte material e também como um dispositivo normatizador das práticas e prescrições

outorgadas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Todas as edições do periódico foram analisadas e catalogadas por meio de planilhas

elaboradas a partir do programa Excel da Microsoft.

2.1.2 - Conhecendo o Periódico – A Fase Boletim

Neste capítulo é descrito e analisado elementos da materialidade do Boletim da

Associação Brasileira de Psicopedagogia. A Fase é formada por 20 edições que permitem

conhecer as mudanças ocorridas dentro da área por meio da configuração material do

periódico.

15 Sobre pesquisas com impressos encontramos importantes discussões realizada pelas autoras no artigo Os sentidos da forma: análise material das coleções de Lourenço Filho e Fernando de Azevedo, in: Oliveira, Marcus A. Taborda de. Cinco Estudos em História e Historiografia da Educação. 2007, Autêntica, Belo Horizonte – MG.

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Quadro 4 - Formato do Periódico – Fase Boletim

Edição Número de artigos

Número de páginas

Número de ilustrações

Número de fotos

Formato (cm)

Índice/sumário

1 3 31 0 0 13,8 x 20,8

Sumário

total em 1982

3 31 0 0

2 4 45 0 0 15 x 21,5 Sumário 3 5 36 0 0 15 x 21,5 Sumário total em 1983

9 81 0 0

4 6 52 0 0 15 x 21,5 Sumário 5 6 43 0 0 14 x 21,3 Sumário 6 7 52 0 0 14 x 21,3 Sumário Total em 1984

19 147 0 0

7 6 97 0 0 13,8 x 21 Sumário 8 7 67 0 0 13,8 x 21 Sumário 9 9 72 0 0 13,8 x 21 Sumário Total em 1985

22 236 0 0

10 7 63 0 0 13,8 x 21 Sumário 11 9 79 0 0 13,8 x 21 Sumário 12 4 77 3 0 15,8 x

21,5 Sumário

Total em 1986

20 219 3 0

13 8 75 4 0 15,8 x 21,5

Índice

14 5 94 3 0 15,8 x 21,5

Índice

Total em 1987

13 169 7 0

15 5 86 4 0 15,8 x 21,5

Índice

16 4 90 3 0 15,8 x 21,5

Índice

Total em 1988

9 176 7 0

17 4 102 3 0 15,8 x 21,5

Índice

Total em 1989

4 102 3 0

18 3 135 0 0 15,8 x 21,5

Índice

19 5 158 0 0 15,8 x 21,5

Índice

20 3 136 0 0 15,8 x 21,5

Índice

Total em 1990

11 429 0 0

Total Geral

110 1590 20 0

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2.1.2.1 - As capas da Fase Boletim

Durante a Fase Boletim, de Agosto de 1982 a Dezembro de 1990, encontram-se as

publicações do número um ao número 20.

As capas utilizadas para a publicação do periódico são um primeiro elemento que nos

chama atenção. O Boletim não possuía apenas um modelo de capa repetido em todas as

publicações. Para cada número publicado encontra-se uma capa com formatação diferente,

não caracterizando uma padronização das capas. Na Fase Boletim, as capas exibem uma

diagramação igual. No alto da capa era colocado um cabeçalho que se repete em todos os

números. Abaixo deste cabeçalho era colocada uma ilustração, mantendo desta forma a

diagramação. O que mudava a cada número publicado eram somente as ilustrações. Ao se

deparar com esse formato de capa, o leitor percebia a identidade dos diferentes números,

presente por meio da diagramação. Por outro lado percebia as diferenças entre eles ao

focalizar as ilustrações, ainda que essas não levassem a uma relação direta com o conteúdo da

revista.

Apenas as publicações de número um e número dois fogem a este modelo. Na capa

do Boletim número um, no lugar das chamadas para os artigos de seu interior, encontra-se um

tema: A Psicopedagogia em Questão. A capa do Boletim número dois traz como tema

Dificuldades na aprendizagem da Leitura e da Escrita. Ambas são capas de fundo branco,

apenas com o título no centro, sem ilustração, trazendo o cabeçalho citado anteriormente no

alto. As demais capas, dos números três, ao número 12 apresentam a capa com o mesmo

cabeçalho no alto, fundo branco e no lugar do tema aparece a chamada para os artigos

constantes no seu interior. Com isso privilegia-se mostrar, logo no início, os conteúdos de

cada número. Os títulos e autores são o chamariz do Boletim.

Edição nº 1 Edição nº 2 Edição nº 3

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82

Edição nº 4

Edição nº 5

Edição nº 6

Edição nº 7

Edição nº 8

Edição nº 9

Edição nº 10

Edição nº 11

Edição nº 12

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83

Edição nº 13

Edição nº 14 Edição nº 15

Edição nº 16

Edição nº 17

Edição nº 18

Edição nº 19

Edição nº 20

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A mudança de Associação de Psicopedagogos de São Paulo para Associação

Brasileira de Psicopedagogia pode ser observada no Boletim de número 12 por se tratar do

primeiro número a ser publicado com o nome Boletim da Associação Brasileira de

Psicopedagogia.

As capas adotadas para este período, exceto as capas do número um e número dois,

mostram a preocupação esboçada pelos editoriais. Essas capas apresentam uma chamada para

os artigos do interior do Boletim. É colocado o título do artigo e logo abaixo o seu autor.

Chama a atenção do leitor, para colocar seu foco sobre os artigos. É estabelecida uma ordem.

Quais os critérios norteadores desta ordem? Quando se pensa na existência de critérios para

definir esta ordem, pode-se pensar na existência de estratégias que selecionam os artigos para

participar da publicação como também no estabelecimento desta ordem: o artigo que vem

primeiro e o artigo que vem por último. A capa adotada já esboça esta ordem para o leitor.

Para as capas dos números 13 ao 20 foi introduzido o uso da imagem. A diagramação

permanece a mesma descrita no parágrafo anterior. A mudança ocorre com a introdução de

ilustração no lugar dos títulos dos artigos. Do número 13 ao número 17 encontra-se uma

ilustração no estilo de charge. Todas elas apresentam alguma referência ao mundo da escrita

ou da matemática por meio de números e/ou letras. Na parte baixa da capa, quase no rodapé, é

publicada a relação dos títulos dos artigos, mas desta vez sem seus autores. Os números

dezoito, dezenove e vinte possuem um estilo de ilustração diferente dos anteriores. Enquanto

nas anteriores temos charges com referências ao mundo do conhecimento, nos três últimos

números o tipo de ilustração muda. Observa-se a mudança no traço do desenho como também

na sua proposta de mensagem. O número 18 destoa de todos os demais quanto ao seu estilo.

Traz um desenho abstrato que lembra figuras geométricas em perspectiva. Nos números 19 e

20 retorna o estilo charge, mas desta vez com referências à infância por meio de brinquedos.

A chamada para os artigos é mantida. Continuam sendo publicados os títulos sem os autores.

A observação das mudanças ocorridas com as capas nos traz a pergunta: o que teria ocorrido

para provocar a mudança? Observa-se que a assinatura da ilustração é, nos três últimos

números, diferente das anteriores. Consultando o expediente, pode-se constatar que a gráfica

havia mudado e que, por sua vez, coincide com a mudança de diretoria da Associação.

2.1.2.2 - As características do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia

A coleta de dados contribuiu para a elaboração de planilhas formando assim um banco

de dados. Estas planilhas foram criadas segundo as necessidades diante da descrição, uma vez

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que os dados organizados em forma de planilhas facilitam a sua compreensão e atribui aos

dados a objetividade necessária para descrever o que é encontrado.

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Quadro 5 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim

Publicações recebidas

Nº do Boletim /seções

Índice geral

Preço da assinatura

Cupom de assinatura

Texto: "como associar-se"

Resenha bibliográfica

Ficha de sócio

Livros Periódicos

Noticiários Notas

1 x X I.N.E.* x 0 x 0 0 x 0

2 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0

3 x X I.N.E. x 2 x 0 0 I.N.E. 0

4 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0

5 x X I.N.E. x 1 x 0 0 I.N.E. 0

6 x X I.N.E. x 1 I.N.E 0 0 I.N.E. 0

7 x X I.N.E. x 1 x 0 0 x 0

8 x X x x 0 x 0 0 x 0

9 x X x x 0 x 0 0 x 0

10 x X x x 2 x 0 0 x 0

11 x X x x 2 x 0 0 - 0

12 x I.N.E. I.N.E. I.N.E. 0 I.N.E. 0 0 - 0

13 x X x x 2 x 1 2 - 4

14 x X x x 4 x 0 5 - 6

15 x X x x 3 x 2 8 - 7

16 x X x x 2 x 3 13 - 4

17 x - x - 2 x 0 8 - 7

18 x X x - 2 x 0 11 - 3

19 x X x - 0 x 3 9 - 0

20 x X x - 1 x 1 6 - 0

* I.N.E = Informação não encontrada.

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Em todos os números do Boletim, conforme mostra o Quadro 5, encontra-se o

sumário. Por meio destes sumários podemos perceber que a publicação dos artigos é o ponto

mais importante do Boletim. Isto porque antes e depois dos artigos existem páginas com

informações, mas estas não são citadas no sumário. Nota-se com isso uma hierarquização do

conteúdo do Boletim: por meio do sumário localiza-se rapidamente a informação desejada,

enquanto que para as demais informações há a necessidade de se percorrer página por página

do Boletim.

A partir do número 13 até o número 20, a apresentação muda. Passa a ser apresentado

como índice e não mais como sumário. Este índice é divido em partes: editorial, artigos,

destaques e seções. O número dezessete é a única publicação do período que apresenta uma

entrevista. É colocada como mais uma parte do índice. A entrevista é realizada com a

professora Sara Paín, doutora em Filosofia pela Universidade de Buenos Aires, e naquele

momento - julho de 1988 - é apresentada como professora na Universidade Paris XIII e

Faculdade de Educação de Toulouse. Os entrevistadores são Sônia Maria B. Albuquerque

Parente, apresentada no início da entrevista como psicóloga e psicanalista; e Lino de Macedo

professor adjunto no Departamento de Psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento, do

Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Na identificação dos entrevistadores não

é citado que ambos pertencem à diretoria da Associação. Sônia Maria B. Albuquerque Parente

ocupa o cargo de Diretora Cultural Adjunto e o professor Lino de Macedo é membro do

Conselho editorial do Boletim.

O editorial é o texto de abertura do Boletim, logo após a primeira capa o leitor se

depara com o editorial. Na Fase Boletim, seu texto nunca excede a uma página. São quatro

números apresentando um texto editorial com mais de cinco parágrafos e sete números

apresentando um texto com menos de cinco parágrafos. Em seguida ao editorial, é publicado o

sumário e na seqüência são publicados os artigos. Após a publicação do último artigo

encontramos informações sobre a assinatura do Boletim, informações como preço, endereço e

telefone da sede da Associação para os interessados em receber o Boletim via correio. Logo

após é apresentado um texto com o título Como associar-se e na seqüência a Ficha de sócio

para a Associação. O Boletim número oito, de agosto de 1985, publica pela primeira vez o

Cupom de Assinatura. Ou seja, três anos depois da primeira publicação.

Existe uma seção com o nome Noticiário. Esta seção aparece no sumário dos primeiros

números. Posteriormente ela é mencionada no sumário eventualmente. Nesta fase, o

Noticiário esteve ausente nos números três, cinco e seis. Não havendo assim nenhuma

publicação de notícias sobre a Associação nos números citados. O Boletim era enviado pelo

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correio aos associados da Associação Brasileira de Psicopedagogia. Assim, a condição de

associado garante o direito de receber o Boletim. A seção Noticiário apresenta as últimas

notícias sobre a atuação da Associação. São apresentadas a programação de cursos e

conferências e aquisições de livros e periódicos para a Biblioteca da Associação. No Boletim

número três, de novembro de 1983, e no quatro, abril de 1984, é publicado o comunicado da

realização do I Encontro Estadual de Psicopedagogos. O primeiro comunicado é um texto

curto, apresentando a data de realização, o tema e o endereço para envio de trabalhos a serem

apresentados no Encontro. O segundo comunicado possui quatro páginas. Apresenta:

objetivos, temário, sub-temas, local de realização, atividades, prazo para entrega de trabalhos,

taxas de inscrição e finaliza com a Ficha de Inscrição.

O Segundo Encontro de Psicopedagogos é noticiado no Boletim número oito de

Agosto de 1985, um ano antes de sua realização prevista para julho de 1986. A comunicação

do Encontro aparece juntamente com os demais artigos. No seu interior havia o programa do

Encontro com objetivos, temário e prazo para entrega de trabalhos. Foi publicado com o

formato de um folder de divulgação ocupando o espaço de uma página. Os números nove e

dez, dezembro/85 e abril/86 respectivamente, trazem o mesmo programa com a ficha de

inscrição sem citação de sua existência no índice. O leitor encontrará a informação folheando

o Boletim, como quem encontra uma notícia ou propaganda em meio aos artigos, mas a

formatação que possui não corresponde nem à notícia nem à propaganda, lembra mais um

artigo junto aos demais.

Esta forma de apresentar o conteúdo do Boletim revela uma hierarquização das

informações. Ou seja, a publicação de artigos vem em primeiro lugar, possui um lugar de

destaque. Após o último artigo publicado podemos encontrar uma resenha bibliográfica. Não

se encontram resenhas no Boletim número um, oito e nove. Nos demais se tem uma oscilação,

mas garantindo no mínimo uma resenha publicada em cada número.

Com esta descrição da materialidade do Boletim, como mostra o Quadro 5, conclui-se

que existe uma prioridade em oferecer ao leitor um conhecimento sobre a Psicopedagogia por

meio dos artigos e resenhas publicados. Estes artigos fazem parte da espinha dorsal do

Boletim, levando a crer que sem artigos não haveria publicação. Portanto, a intenção colocada

pelo primeiro número, veículo para o debate, cumpre-se com esta constatação. A seção de

Noticiário falha em três números, ou seja, não é uma prioridade. O cupom de assinatura

demorou três anos para ser incluído. Encontra-se a informação disponível para tornar-se um

assinante, mas não se tem a facilitação proporcionada pelo cupom de assinatura. Com isso,

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pode-se concluir que a finalidade do Boletim da Associação Brasileira de Psicopedagogia,

inicialmente, é circular entre os psicopedagogos associados.

2.1.2.3 - O Editorial da Fase Boletim

O editorial está presente em todos os números do Boletim deste período. No número

um o editorial não é mencionado no sumário. Do número dois ao número sete o editorial faz

parte do sumário e é publicado na primeira página do Boletim. Funciona como o elemento de

abertura da edição. O sumário aparece em seguida. Os números oito, nove, e dez permanecem

com o editorial na página um, mas não é citada a sua existência no sumário.

Todos os editoriais do período são assinados pela direção da Associação. O editorial

do número um possui cinco parágrafos. Seu texto apresenta o Boletim como a expressão de

uma conquista da Associação, e afirma que o Boletim pretende ser um veículo para debate e

divulgará trabalhos que estão relacionados com as áreas de problemas de aprendizagem e

reeducação. Em seguida afirma destinar-se aos profissionais da educação e reeducação e logo

após solicita, em nome da Associação, a colaboração sob forma de artigos, reservando o

direito de publicação à Associação. (Boletim AEPSP, nº 1, 1982) O Boletim número dois

publica seu Editorial com quatro parágrafos. Registra a satisfação em publicar o segundo

número e comenta os artigos publicados neste número. Por meio da leitura do Editorial

confirma-se o tema da capa: Dificuldades de Aprendizagem da Leitura e da Escrita. Seu texto

é finalizado com a afirmação de que a “troca de idéias” é que permite encontrar perspectivas

novas para velhos problemas e com isso pede artigos para a publicação. (Boletim AEPSP, nº

1, 1983)

Os editoriais publicados pelos números três, quatro, cinco e seis aumentam o tamanho

do seu texto. O número três possui sete parágrafos e os demais oito parágrafos. Todos eles

ocupam o espaço de uma página. Possui em média 30 linhas cada um.

Os textos dos Editoriais dos números três ao seis trazem um primeiro parágrafo

introdutório. Constantemente é manifestada a satisfação em continuar publicando o Boletim, é

destacado um tema que se sobressai nos artigos ali publicados. Nos parágrafos seguintes é

comentado cada artigo publicado, finalizando com um parágrafo padrão. Este último

parágrafo expressa o objetivo da associação e pede a colaboração do leitor por meio de artigos

para a publicação. Ou seja, passam a ser um paratexto. Antecipam o que o leitor vai ler e

regram o funcionamento da leitura.

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As edições de número sete a dez publicam um Editorial de tamanho menor. Trata-se de

um texto com três parágrafos para os números sete e oito e dois parágrafos para os números

nove e dez. O corpo do texto ocupa um espaço equivalente a um terço da página, localizado

no alto da página. Nos números sete, oito e nove é anunciada a publicação dos textos dos

trabalhos apresentados no Primeiro Encontro de Psicopedagogos, realizado no ano anterior.

Com isto, o número de páginas do Boletim aumenta e o texto editorial não traz o resumo dos

artigos como nos números anteriores. A publicação dos trabalhos apresentados no Encontro

segue até o Boletim número nove que já aparece de forma mista: trabalhos apresentados no

Encontro e outros artigos trazendo assuntos inéditos.

O Editorial publicado no Boletim número dez, destaca a variedade de temas e

abordagens das publicações até aquele momento. Valoriza esta variedade como incentivo à

liberdade de investigação.

O Boletim números 11 e 12 apresentam um editorial comentando o Segundo Encontro

de Psicopedagogos.

O Editorial dos números 13 e 14 continua sendo assinado pela direção da Associação.

No Boletim número 13 é comunicado o início da nova diretoria da Associação para o biênio

87-88. Justifica a introdução de duas novas seções: Publicações Recebidas e Notas, com o

intuito de propiciar um acesso cada vez maior ao conhecimento. Também comunica a

abertura de dois capítulos da ABPp no Rio Grande do Sul e que neste número existe a

transcrição da conferência da Drª Guiomar Namo de Mello, deputada estadual naquele

momento, e ex-secretária municipal da Educação da cidade de São Paulo. Por fim, nos dois

últimos parágrafos comunica a publicação, nesta edição, de três trabalhos apresentados no 1º

Seminário de Psicopedagogia promovido pela Universidade do Rio de Janeiro Ao falar do 1º

Seminário de Psicopedagogia da UERJ, justifica ser essa uma atividade precursora da abertura

do capítulo da ABPp-RJ. (Editorial do Boletim da ABPp, nº 13, junho 1987)

O Editorial dos números 15 e 16 não possui assinatura. No Editorial do número 15 é

destacada a realização do Primeiro Congresso e IIIº Encontro de Psicopedagogos realizado

pela Associação.

Após comentar a realização do Congresso, o Editorial do número 15 apresenta os

temas que serão encontrados no interior deste número por meio dos artigos, os Relatos de

Experiência e os Destaques. Para finalizar o Editorial, o último parágrafo convoca os leitores

para participarem do Iº Congresso e IIIº Encontro de Psicopedagogos. Este Editorial não

possui uma assinatura como os demais que são assinados pela Associação.

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O Editorial do número 16 comenta o êxito alcançado no I Congresso Brasileiro de

Psicopedagogia atribuindo isso ao vigor e a força da Associação. Em seguida, explica que não

foi possível publicar os trabalhos apresentados no Congresso, como sempre é feito, devido à

grande quantidade de trabalhos inscritos. Posteriormente, comunica que será realizada uma

seleção dos trabalhos para serem publicados num livro do Congresso e outros serão

publicados no próximo Boletim. Para finalizar, este Editorial comenta que os leitores terão por

meio deste Boletim, o contato com temas importantes, oferecendo contribuição valiosa para o

campo de atuação psicopedagógica. A frase em destaque faz referência ao campo de atuação

psicopedagógica. A Associação neste momento, por meio de seu Editorial, não teve a

intenção de usar o termo Campo enquanto conceito teórico.

O Editorial do Boletim número 17 é assinado pela Editora. Na abertura do texto

aparece o tema mudanças. Apresenta duas mudanças: a mudança de Diretoria e a mudança de

Editora. Enfatiza que apesar da mudança, dará continuidade ao que é essencial e percorrerá

novos caminhos que as contingências tragam. (Boletim ABPp, nº 17, 1989, p.5).

Neste número, o 17, diferente dos editoriais anteriores, nos quais eram escritos

comentários sobre cada artigo, é feita uma conclusão do texto justificando a escolha dos

artigos por meio de temas que tratassem das duas grandes áreas de atuação da Psicopedagogia:

Escola e Clínica, conjugados com a divulgação de trabalhos apresentados no I Congresso

Brasileiro de Psicopedagogia. Este Editorial contextualiza o trabalho realizado até aquele

momento pela Associação. Enfatiza a importância da mudança, da participação política em

temas ligados à Educação e conclui com a importância, para o Boletim, de fazer escolhas de

temas que ofereçam subsídios para a atuação dos profissionais Psicopedagogos.

O Editorial do Boletim número 18 afirma que está sendo retomada a publicação dos

trabalhos apresentados no Iº Congresso Brasileiro de Psicopedagogia com temas relacionados

à área clínica. Justifica que o enfoque adotado é uma preparação para o tema do II Congresso

que tratará sobre a Formação e a Atuação do Psicopedagogo. No último parágrafo, chama o

Boletim de Revista. Nesse momento parece ter ocorrido uma confusão. Ao mesmo tempo

demonstra uma intenção que mais tarde se concretizará no número 21, quando deixa de ser

publicado no formato Boletim e passa a ser publicado no formato Revista. O texto destaca em

negrito o nome da Associação (ABPp) e palavras como formação e Atuação do

Psicopedagogo que serão os temas do próximo Encontro de Psicopedagogos. Para finalizar,

comunica a publicação de um relatório de atividades da ABPp durante 1989. Justifica ser para

o conhecimento dos associados e leitores em geral. Sobre este relatório, destaca ainda o

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documento síntese sobre a Identidade Profissional do Psicopedagogo como sendo um marco

da gestão 89/90 na ABPp. (Boletim ABPp, nº 18, Junho de 1990, p.5).

O Editorial do Boletim número 19 trata apenas dos temas abordados pelos artigos

publicados. Nos números anteriores se pautava por um diálogo da Associação com o leitor,

pois usa o espaço para comunicados. Neste número encontram-se os parágrafos em forma de

perguntas que remetem aos temas retratados pelos artigos publicados. Desse modo, o texto

estabelece um diálogo com o leitor por meio de perguntas. São quatro parágrafos, doze linhas,

em forma de perguntas que, no quinto e sexto parágrafos são comentadas como respostas

encontradas nos artigos publicados. É um texto que problematiza os temas abordados pelos

artigos publicados. E por fim, enfatiza serem temas que contribuirão para o aprimoramento

da prática psicopedagógica e educacional em geral. (Boletim da ABPp, nº 19,1990, p.5).

O Editorial do Boletim número 19 está publicado na página cinco. Logo em seguida,

mais precisamente na página sete, pois a página seis está em branco, foi publicada uma Moção

apresentada no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo - Julho de 1990, analisada no

capítulo anterior. O Editorial do Boletim número 20 comunica a publicação de trabalhos

apresentados no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo realizado em julho de 1990.

Justifica que a publicação destes trabalhos contribui para a determinação do perfil do

profissional psicopedagogo. Também enfatiza a contribuição que é dada, por meio da

publicação, para a ação escolar e que este é um movimento que vai ao encontro da realidade

educacional de nosso país. No penúltimo parágrafo destaca o artigo, de autoria de Alicia

Fernández, tratando do tema modalidade de aprendizagem e que a identificação desta não é

uma necessidade apenas para o aluno, mas também para o profissional. No último parágrafo

chama a atenção para dois artigos que tratam sobre a necessidade de integração de diferentes

áreas de conhecimento como a Psicanálise, a Sociologia, e a Sócio e Psicolingüística, entre

outras, para a melhor compreensão dos processos de aprendizagem. (Boletim ABPp, nº 20,

Dezembro de 1990, p.5).

Por meio deste Editorial, a Associação mostra sua preocupação em publicar trabalhos

que contribuam para a determinação do perfil do profissional Psicopedagogo. Ao falar em

perfil do profissional emerge um questionamento: o que está sendo chamado de perfil pode ser

o que Pierre Bourdieu trata como habitus? Para Bourdieu habitus é um ofício, capital de

técnicas, de referências, um conjunto “crenças”. (Bourdieu, 1983, p. 89)

A direção da Associação está partindo do princípio de que estes profissionais já

possuem um perfil que permita sua identificação dentro do campo da Educação e que, ao

mesmo tempo, este perfil pode ser discutido, avaliado e divulgado pela Associação. Ou seja,

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existe uma prática que identifica os profissionais que fazem uso dela, diferenciando estes

profissionais dos demais que se encontram dentro do campo da Educação. Neste momento –

1990 - a Associação apresenta pela primeira vez a idéia de existência de um perfil dos

psicopedagogos. A palavra perfil pode ser usada para falar em descrição e contorno. A

Associação, neste momento, está se referindo a descrição de características que identificam a

prática e a forma de atuação do profissional que adentra o campo da Educação. A publicação

deste Editorial pertence à edição número 20 de 1990. Ou seja, a Associação já possui nesse

momento dez anos de existência como representante do grupo de psicopedagogos, e comenta

neste Editorial a realização do quarto Encontro de Psicopedagogos.

Com isso os editoriais mostram as estratégias de controle da leitura no momento em

que destacam os temas que serão encontrados pelo leitor, ao mesmo tempo em que apresenta

uma sinopse dos artigos, mostrando e regrando o que deverá ser encontrado pelo leitor. Dessa

forma os editoriais reiteram e legitimam seus próprios critérios de seleção de saberes que

podem fazer parte do debate psicopedagógico. Assim, o debate está instaurado, mas se

desenrola dentro de um universo regrado pelo conselho editorial do Boletim, que é a

Associação Brasileira de Psicopedagogia.

2.1.2.4 - Outros espaços do periódico da Fase Boletim

Esta primeira fase da publicação, como Boletim da Associação Brasileira de

Psicopedagogia, publica o Expediente na página dois.

O expediente do Boletim número um apresenta a direção da Associação e em seguida

o conselho editorial, os autores da capa com os dados de identificação da gráfica que o

imprimiu. A partir do número dois até o número seis o expediente permanece igual. Ocupa o

espaço de uma página inteira. Logo acima vem seu título: Boletim da Associação Estadual de

Psicopedagogos de São Paulo, abaixo sua periodicidade e segue identificando os membros da

direção da Associação e Conselho Editorial do Boletim. Em seguida aparece um pequeno

texto com instruções sobre como conseguir números avulsos do Boletim. Para isso, cita o

endereço da Associação. Após este texto, identifica a produção gráfica. No final da página, é

publicado um texto de três parágrafos, que passa a ser um texto padrão para os demais

números, informando o leitor sobre o tipo de publicação que será encontrada no interior do

Boletim, endereço para o envio dos artigos para publicação, seguido do critério adotado pela

Associação para escolha dos artigos a serem publicados. Por fim, um último parágrafo atribui

a responsabilidade aos autores pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos.

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Do número 13 ao número 20, o expediente encontra-se publicado na página quatro, e

na página três é publicado o índice. Na página dois é publicada a relação de nomes e seus

respectivos cargos que compõem a diretoria da Associação, identificando também o biênio ao

qual pertence aquela diretoria. Acima, na mesma página, é publicado um texto de

apresentação da Associação. Este texto aparece pela primeira vez no Boletim número 13.

Trata-se de um texto padrão para todos os números desta fase. Possui seis parágrafos curtos

contando a origem da Associação, sua finalidade, suas realizações, a transformação em

Associação Brasileira e a existência das seções em outros estados.

A contagem de páginas inicia-se com a primeira capa, isto é, a capa é contada como

página um e a segunda capa como página dois.

Durante a Fase Boletim, cada número é encerrado com a publicação da Ficha de Sócio

na última página. Somente o Boletim número seis de dezembro de 1984 não apresenta esta

ficha. Todos os demais trazem a mesma ficha, com informações que identificam a pessoa:

nome, endereço, data de nascimento, endereço profissional e finalizam com espaço para

registrar as áreas de interesse no Campo da Psicopedagogia. A expressão Campo da

Psicopedagogia aparece com letra maiúscula dentro da frase.

Dentro desta idéia de campo de atuação, pode-se considerar uma consciência

disseminada nos discursos do dia a dia pelo senso comum, de que para atuar profissionalmente

deve-se estar inserido dentro de uma área de interesses, atuando juntamente com outras

pessoas, que acabam por formar um grupo com interesses em comum e com isso

desenvolvendo práticas comuns. A palavra, da forma como é usada nesta ficha, tem como

objetivo compreender a área de interesse do novo associado. Quais os temas e ou informações

que este associado procura no momento em que demonstra seu interesse por tornar-se um

membro, um associado da ABPp? A resposta ali colocada ajudará como um critério para a

diretoria da Associação. De um lado o associado torna público seu interesse, sua procura. De

outro, temos a Associação que toma posse desse conhecimento e pode usá-lo de diferentes

formas para realizar seu trabalho enquanto Associação.

No momento em que a Associação preocupa-se com áreas de interesse no campo da

Psicopedagogia estamos também diante da criação de critérios identificadores das

preferências dentro da área. Ou seja, a Associação está, neste momento, trabalhando com um

leque de opções para fornecer ao seu Associado. Este leque de opções trata de uma construção

histórica das produções da área. A possibilidade de apontar as preferências nos remete à

possibilidade de escolhas a serem feitas. Conseqüentemente existem diferentes agentes dentro

desta área que são portadores de capitais culturais que podem ser divulgados por meio da

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Associação. Este capital cultural, segundo Bourdieu, é algo que pode e deve ser divulgado

dentro do campo. Refiro-me aqui a um capital cultural que foi construído dentro do campo da

Educação, em relação às técnicas e teorias construídas historicamente. Nesse mesmo número

do Boletim encontra-se no Editorial uma referência ao conceito de modalidade de

aprendizagem, de Alicia Fernandez. Este é um conceito específico da Psicopedagogia,

construído pela psicopedagoga Alicia Fernandez, dentro da área de atuação psicopedagógica.

A autora utiliza-se de conceitos oriundos da Psicanálise e da Psicogênese do Conhecimento

para compor um conceito novo. Com isso cria o conceito de Modalidade de Aprendizagem16

partindo de estudos científicos que realizou na sua atuação como psicopedagoga na Argentina.

Estamos, então, diante da transformação de princípios e crenças oriundos de campos já

existentes em novos conceitos e crenças que contribuirão na composição do Habitus já

existente no campo de Educação. Em todos os números esta ficha é precedida por um texto

com instruções sobre como associar-se, reproduzido abaixo:

“como associar-se Os interessados em filiar-se à AEP São Paulo, com direito a receber o Boletim da Associação, deverão remeter à sede da Associação a ficha anexa devidamente preenchida, acompanhada de um cheque nominal no valor de 3 ORTNs (ou 1 ORTN em 3 meses consecutivos) em nome da Associação Estadual de Psicopedagogos de São Paulo, correspondente à anuidade de 1985.” (Boletim da AEPSP, nº 7, 1985, p. 96)

A quarta capa do Boletim, nesse período, configura-se inicialmente como um espaço

inconstante. No número um aparece em branco. O número dois e três possui uma propaganda

das Aerolineas Argentinas. Os números quatro e cinco anunciam a realização do Primeiro

Encontro de Psicopedagogos, promovido pela Associação. Os números seis, sete e oito

aparecem em branco. Do número nove ao vinte, adquire uma constância publicando as

Normas para apresentação de trabalhos. Trata-se de um texto que ocupa uma página inteira

dividido em quatro partes: introdução sobre a observação das normas, instruções para redação

dos trabalhos, instruções para referência bibliográfica, finalizando com as instruções sobre o

uso de figuras e tabelas nos artigos.

16 Este conceito é explicado por Alicia Fernándes no livro A Inteligência Aprisionada da editora Artmed. Na página 107 deste livro a autora inicia suas discussões sobre o conceito: Em cada um nós, podemos observar uma particular “modalidade de aprendizagem”, quer dizer, uma maneira pessoal para aproximar-se do conhecimento e para conformar o seu saber. Tal modalidade de aprendizagem constrói-se desde o nascimento, e através dela nos deparamos com a angústia inerente ao conhecer-desconhecer. As discussões sobre Modalidade de Aprendizagem são retomadas e ampliadas por Alicia Fernández no livro Os Idiomas do Aprendente editado pela mesma editora.

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A forma como as informações são colocadas pelo expediente estabelecem uma

hierarquia das informações. Em primeiro lugar aparecem as informações sobre a Associação,

para depois aparecerem as informações sobre o Boletim. Dessa forma, a Associação é

colocada em destaque mostrando o pertencimento do Boletim à Associação, e com essa ordem

o seu lugar dentro dessa hierarquia. Esta hierarquização nos remete a um regramento da

leitura. O que é propiciado ao leitor em primeiro plano e em segundo plano. O texto

apresentado como Normas para apresentação de trabalho, na quarta capa, deixam claras as

normas para publicação de trabalhos no interior do Boletim. São normas estabelecidas pelo

Conselho Editorial e este, por sua vez, é composto por membros da diretoria da Associação.

A presença de ilustrações existem apenas nos boletins do número 13 ao 17. São

ilustrações em formato de charges logo após o título do artigo. Todas as ilustrações

apresentam relação com o tema abordado por aquele artigo. Não existe a presença de nenhuma

fotografia nesta fase. A diagramação segue o formato de livro onde as frases e parágrafos do

texto são publicados de forma contínua. Não existe um intervalo para descanso dos olhos do

leitor, como se vê em outros periódicos que usam como recurso a ilustração e/ou o

destacamento de trechos e frases chaves do autor.

O espaço posterior aos artigos, espaço dedicado a partir de agora, permite

compreender um pouco das articulações realizadas pela Associação. São articulações

realizadas entre a Associação e outras entidades de classes. Dessa forma este ficou

caracterizado como espaço de comunicação da Associação com seus membros. Como mostra

o quadro da página 86 nesta dissertação, o Boletim possui uma grade de seções fixas. Ao

mesmo tempo, encontram-se algumas lacunas entre uma edição e outra. Verifica-se que a

seção Índice Geral aparece em todos os números do período e trata-se de um espaço em que é

publicado o índice de todos os números anteriores.

Uma seção constante na maioria dos números é a seção Resenha Bibliográfica. Nesta

fase, a seção não é encontrada somente na publicação número 19. O mesmo não se pode

afirmar a respeito do número 12, encontrado com defeito de publicação. Portanto, considerada

como informação não encontrada, antes de considerá-la não existente.

Esta seção, Resenha Bibliográfica, não possui uma constância no número de resenhas

publicadas. Ora é publicada com a resenha de um só título e ora é publicada com mais títulos.

No Boletim número 14, encontram-se quatro resenhas de títulos diferentes publicadas. São

resenhas escritas por associados, alguns são membros da diretoria da Associação. Não fica

esclarecido por que esta edição possui um número maior de resenhas. Ao analisar os temas

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dos quais tratam os livros escolhidos, não foram encontrados nenhum indício que justificasse

o número.

Outra seção que aparece em quase todos os números é a seção de publicações

recebidas. Encontra-se subdividida em duas partes, sendo uma voltada para livros e outra para

periódicos. É uma área de comunicação da Associação com o associado, uma possibilidade de

o associado tomar contato com o material que está disponível na sede da Associação. O

número de periódicos recebidos é maior que o número de livros. Em algumas edições

encontra-se a publicação de recebimento de vários periódicos, e nenhuma de livros. Por meio

dos títulos recebidos, pode-se compreender um pouco da área de interesse. É possível

também, por meio de um levantamento, ver a estruturação de áreas de interesses da

Associação e por sua vez dos associados. Essa idéia ocorre visto que houve um esforço por

parte de algum associado ou diretor em fornecer os dados da Associação para que esta

recebesse tal publicação. Existe um interesse mínimo em ter a posse de determinado material

para formar um banco de consultas para o associado. Olhando esta área como banco de

consultas, é possível traçar um perfil dos temas que mais aparecem, os que são freqüentes,

revelando assim uma hierarquização de interesses do associado. Esta é uma seção que

permanecerá presente em todos os números de seu ciclo de vida. Enquanto as outras seções

falham, deixam de aparecer em alguns números, esta é uma seção com a permanência igual a

dos artigos, pois encontrei lacunas apenas nos números 11, 12 e 58. A Seção desaparecerá

somente no período em que o periódico torna-se indexado a organismos internacionais. Trata-

se de uma seção que podemos considerar valorizada pelos editores no momento em que se

observa a sua constância dentro do periódico. Ao mesmo tempo esta seção revela o

regramento das leituras realizado pela Associação. O que a Associação indica como leitura

para seus associados? Estas indicações possuem dois lados. Por um lado indica temas

colaborando com a formação de um perfil de psicopedagogo necessário para seu

pertencimento ao campo da Educação. Por outro, controla as possibilidades de leitura dos seus

associados alçando temas à posição de domínio dentro da área de estudos.

Neste primeiro período da publicação, encontra-se uma seção chamada notas, que

publica diferentes informações sobre os trabalhos realizados pela ABPp. A seção aparece com

certa constância na Fase do Boletim e desaparece ao tornar-se Revista. Ainda assim, na Fase

do Boletim, são encontradas algumas lacunas. De um total de vinte números publicados neste

período, a seção é constante em seis números, do 13 ao 18. Seu perfil é o mesmo, ou seja, ali

se publicam as realizações da ABPp não apenas em São Paulo, como também em outros

estados. Eventos como cursos e simpósios de diferentes localidades que se relacionam todos

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dentro da área de Educação e Psicologia. No Boletim número 16, na página 74, há um

comunicado da Associação com grande destaque. Trata-se de um texto de dois parágrafos

ocupando o espaço central da página, destacado por linhas em negrito acima e abaixo do texto.

Antes e depois do texto a página aparece em branco. Isto atribui um destaque para o texto

chamando atenção do leitor. Tudo isso mostra o valor atribuído à informação pelos editores.

Seu conteúdo revela as mudanças realizadas na publicação a partir da diretoria do biênio

87/88 e que se referem à diagramação do Boletim como também à introdução de novas

seções. Em seguida, o texto comunica que esta diretoria traz uma inovação: a abertura de

assinatura da Revista, desvinculada da filiação como sócio da ABPp. Justifica tal atitude

como uma forma de favorecer os leitores de outros Estados que não têm interesse em filiar-se

à Associação, mas que podem dessa forma manter contato com a ABPp. Ou seja, a

justificativa reforça o caráter de comunicação da Associação com seus membros ao mesmo

tempo em que demonstra um interesse em divulgar a Psicopedagogia. A chamada para o texto

é: Revista Boletim. É uma das primeiras vezes que o Boletim é chamado de Revista. O texto

está publicado no número 16 e o formato Revista surge a partir do número 21. Temos aí um

prenúncio da mudança que muito provavelmente já era objeto de discussão da diretoria da

Associação, ou até mesmo era uma bandeira de luta da diretoria empossada para o biênio

87/88. Este comunicado suscita algumas perguntas: qual a visão desta diretoria (biênio 87/88)

em relação ao papel a ser desempenhado pela Associação na sociedade? O boletim tem como

papel fundamental comunicar-se com os associados ou divulgar os estudos da Psicopedagogia

por meio de seus artigos? Ou esta diretoria trabalha com a duas propostas? São perguntas que,

uma vez respondidas, ajudam a compreender o curso do processo histórico criado pela

Associação. Com isso, esta seção Notas configura-se como um espaço revelador deste

processo histórico.

2.1.2.5 - As propagandas da Fase Boletim

Após o exame de cada edição, constata-se que existem dois tipos de propagandas

marcando este período do Boletim. A primeira propaganda que aparece em todo o período

encontra-se na quarta da capa do Boletim número três de novembro de 1983. Trata-se de uma

propaganda que ocupa todo o espaço da capa, em fundo branco com o tipo em verde. É uma

propaganda da Aerolineas Argentinas. As demais formas de propaganda aparecem

concentradas no Boletim número oito. São quatro propagandas colocadas todas no final da

publicação assim que se encerram os artigos. As quatro referem-se à venda de livros. A

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primeira pertence à Cortez Editora, a segunda à Livraria da Vila, a terceira à Editora Artes

Médicas e a quarta ao Centro de Estudos Simonne Ramain. Exceto esta última, do Centro de

Estudos, as demais trazem um quadro com o logo da editora ou livraria e uma lista de livros

com seus títulos e autores. A editora Artes Médicas apresenta também os preços dos livros. A

propaganda do Centro de Estudos Simonne Ramain, anuncia a formação de turmas para o

curso: Formação em Psicomotricidade – Método Ramain. São propagandas colocadas uma em

cada página diferente, no final da página, após o texto daquela página ocupando metade da

página. Não se encontram propagandas de produtos sem relação com o trabalho da

Associação. As propagandas de livrarias fazem indicação de leituras. O que a Associação

sugere como leitura?

Assim como já foi citado anteriormente, foi utilizado para esta pesquisa o acervo do

arquivo da Associação Brasileira de Psicopedagogia que foi recolhido pela direção da

entidade em 2007. Por meio de um pedido, realizado aos associados mais antigos, conseguiu-

se montar um excelente acervo com três exemplares originais de cada número de toda a

coleção, tanto da fase do Boletim quanto da fase da Revista. Apenas um número, o Boletim

número dois, não consta do acervo com a impressão original. Para substituí-lo existem três

exemplares em reprodução xerográfica, encadernados em formato espiral. A penúltima página

destes volumes possui uma propaganda da Aerolineas Argentinas. A página seguinte traz o

texto Como associar-se (reproduzido anteriormente), acompanhado da Ficha de Sócio. Não

foi encontrada numeração para que se pudesse identificá-las como páginas ou capas como as

demais. A ordem em que aparecem nos leva a crer que houve um erro de encadernação. Por

meio da observação dos números seguintes, é possível crer que o texto e a ficha de sócio

fazem parte de uma página final do Boletim e a propaganda da Aero Lineas trata-se da quarta-

capa daquele número, pois propaganda semelhante compõe a quarta-capa do número seguinte,

o Boletim número três, como já foi dito anteriormente. Ainda sobre o Boletim número dois,

encontrei um texto de agradecimento à Aero Líneas Argentinas por ter, graciosamente,

transportado as professoras Ana Maria Rodriguez Muñiz e Maria Rita de Chiara, ambas de

Buenos Aires. O texto apenas agradece a Aero Lineas Argentinas. Foram Investigados todos

os números do período, na tentativa de entender como teria sido a presença das duas

professoras no Brasil. Não existe nenhuma referência nos Boletins do período, sobre qualquer

evento que pudesse contar com a participação das professoras.

O Boletim número três apresenta um texto após a publicação dos artigos e antes da

Resenha Bilbiográfica, de uma página, assinado por Orphila Conte. Seu título é Ana Maria

Poppovic. O texto enaltece o trabalho de Ana Maria e destaca a obra Alfabetização-

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Disfunções Psiconeurológicas como sendo de importância vital para os psicopedagogos.

Enfatiza o caráter visionário da obra e seus recursos, ainda não sistematizados para um

melhor conhecimento e conseqüente subsídio para o trabalho de re-educação.(Boletim da

AEPpSP, 1983, nº 3, p.30). Em várias passagens do texto, a autora lamenta a ausência de Ana

Maria Poppovic o que leva a acreditar que se trata de uma homenagem póstuma. O texto não

deixa claro se é uma homenagem pelo aniversário de morte ou se esta teria ocorrido

recentemente. Apenas presta uma homenagem a Ana Maria Poppovic e no último parágrafo

revela ser um testemunho sobre sua obra. Aponta Ana Maria como uma inspiração e

parâmetro claro e seguro para o trabalho do psicopedagogo ao trabalhar com as dificuldades

de aprendizagem. Procurando informações sobre o falecimento de Ana Maria Poppovic, foi

constatado que seu falecimento ocorreu em junho de 1983. Com isso, foi possível concluir que

este texto trata de uma homenagem à educadora por ocasião do falecimento. O Boletim

número três é de novembro de 1983 e o número dois de abril. Sendo assim, a homenagem para

a educadora saiu publicada no número imediatamente seguinte ao falecimento.

2.1.3 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia publicados pela Fase Boletim

A elaboração da planilha de Classificação dos Artigos publicados pela Revista

Psicopedagogia, revelou a existência de artigos cujos temas discutem a área de

psicopedagogia. Foi criada uma categoria na qual pudesse aglutinar todos esses artigos e que

recebeu o nome de Discursos Sobre a Área da Psicopedagogia. Tratam-se de artigos

publicados com temáticas que discutem as ações promovidas pela ABPp. O objetivo presente

nestes artigos é divulgar, discutir e/ou debater temas referentes à psicopedagogia, e por meio

da sua leitura tomar conhecimento sobre a discussão existente entre os membros da

Associação.

A primeira publicação sobre esse tema encontra-se no Boletim número seis, de

dezembro de 1984. É um artigo de três páginas com um relato sobre o Primeiro Encontro de

Psicopedagogos ocorrido em novembro de 1984. A autora, Nádia Dumara Ruiz da Silveira, é

membro do Conselho Editorial da Revista naquele momento, e apresenta como objetivos do

Encontro: reunir psicopedagogos, pesquisadores e profissionais de diferentes áreas que

contribuam para o conhecimento teórico e prático da psicopedagogia, discutir tendências

teóricas e práticas, e por último propor a criação da Associação Brasileira de

Psicopedagogos.

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Segundo a autora, o tema do encontro foi: A visão preventiva e terapêutica no

processo de aprendizagem, tanto no âmbito da educação formal como da educação informal,

dentro de diferentes instituições. A programação se concretizou por meio de conferências,

mesas redondas, painéis, grupo de vivência, sessões de temas livres e cursos. Contou com a

participação de quatrocentos educadores, que possuem como meta comum a necessidade de

caracterizar o desenvolvimento do processo de aprendizagem e suas conseqüências. No

encerramento do Encontro, a Associação Estadual de Psicopedagogos se pronunciou com as

seguintes propostas: criação de cursos de formação de psicopedagogos nos diversos estados,

fundação de novas associações nos diversos estados, aprofundamento das discussões sobre o

papel do psicopedagogo na realidade educacional brasileira, trocas de experiências

psicopedagógicas entre as diferentes localidades, pautas de discussões sobre o uso de

instrumentos de avaliação e mesmo do direito da realização do trabalho psicopedagógico em

relação a diferentes grupos de profissionais. São propostas que deveriam ser colocadas em

prática pela diretoria da Associação nos próximos anos. A autora lembra que todas elas estão

embasadas em princípios definidos pela Associação Estadual de Psicopedagogos.

A necessidade da interdisciplinariedade na realização do trabalho psicopedagógico. Que se intensifique cada vez mais a reflexão sobre a atuação de cada profissional e que nessa reflexão não se perca de vista que a criança ou o ser humano em qualquer idade deve ser a preocupação maior de todos, acima de qualquer radicalização. (Boletim AEPp-SP nº 06, 1984 p. 46)

Neste momento verificamos as características do campo citadas por Bourdieu (1983).

A entrada da Psicopedagogia no campo da Educação provoca uma disputa por um lugar que

estava sendo ocupado pela psicologia escolar.

Nadia Dumara escreve, em 1984, como membro do Conselho Editorial de 1982 –

1984. Escreve logo após a realização do Primeiro Encontro com o objetivo de informar o

leitor. Beatriz Scoz escreve em 1992, oito anos após a realização do Encontro, com o objetivo

de mostrar a importância da ABPp na formação do psicopedagogo.

O papel desempenhado pela Associação na organização dos psicopedagogos é

analisado por Beatriz Scoz por meio de sua produção acadêmica. Scoz é

pedagoga/psicopedagoga, e foi presidente da Associação em 1989 e 1990. Em sua dissertação

de mestrado apresentada junto ao programa de Psicologia da Educação na PUC-SP, discute

no primeiro capítulo as contribuições da Associação para área. Faz um relato de todos os

Encontros de Psicopedagogos promovidos bienalmente pela Associação até 1992. Na sua

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visão a discussão sobre os problemas de aprendizagem entre os psicopedagogos foi

propiciada pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, por meio de seus trabalhos.

Em sua análise chama a atenção para o Primeiro Encontro de Psicopedagogos

realizado em 1984. Este apresentou como tema a atuação dos psicopedagogos e seu objetivo

foi uma melhoria da qualidade de ensino nas escolas. Scoz enfatiza que a preocupação neste

Encontro foi além da discussão sobre problemas de aprendizagem. A forma como argumenta

em sua dissertação, base dos artigos que publicou no periódico, mostra que por meio deste

Encontro a Associação revela sua preocupação com algo mais amplo do que apenas discutir

sobre a dificuldade de aprendizagem. Para Scoz a Associação, ao promover este Encontro,

mostra sua preocupação com a qualidade de ensino da escola brasileira. Segundo a autora, a

Associação prosseguiu com sua atuação promovendo atividades com profissionais de

diferentes áreas de atuação, enfatizando a necessidade de conhecimentos multidisciplinares

para elaborar a forma de atuação psicopedagógica. (Scoz, 1992, p. 39)

A ênfase atribuída por Scoz ao papel da Associação mostra uma tentativa de legitimar

as práticas psicopedagógicas dentro do campo da Educação. Esta ação revela a existência de

disputas dentro deste campo. Ao mesmo tempo surge a pergunta: quem são os personagens

dessa disputa? São perguntas que apontam para novas pesquisas.

No Boletim número sete, de abril de 1985, encontra-se a publicação de um convite para

o Segundo Encontro de Psicopedagogos. Neste texto é apresentada a justificativa para São

Paulo ter sido escolhida para sediar o Segundo Encontro e convida profissionais da área de

Educação para participarem e encaminharem propostas de temário.

O Boletim número oito, de agosto de 1985, apresenta a programação do Segundo

Encontro de Psicopedagogos a ser realizado em julho de 1986.

Nesta programação encontramos objetivos, temário e prazo para entrega de trabalhos.

Entre os objetivos, encontram-se os mesmos citados para o Primeiro Encontro tendo sido

acrescentado como quinto objetivo: criar a Associação Brasileira de Psicopedagogia e

Capítulos Estaduais.

No mesmo Boletim número oito, de 1985, encontra-se publicado o artigo:

Considerações sobre as atividades dos profissionais em Psicopedagogia na região de Porto

Alegre, de autoria de Clarissa S. Golbert, apresentada como professora nos curso de pós-

graduação em Educação e Lingüística na PUC-RS. Este é o primeiro artigo publicado na

história do periódico com a temática sobre a área da Psicopedagogia.

Neste trabalho, a autora toma como base depoimentos de profissionais envolvidos com

atividades psicopedagógicas. Para escrever o artigo entrevistou um grupo de profissionais,

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apresentados como pessoas de reconhecida capacitação e representatividade. É formado por

seis docentes que trabalham com a preparação de profissionais em educação. Não é

mencionado no artigo em quais cursos da área de educação esses docentes trabalham. Dentro

do grupo destaca a existência de três profissionais desenvolvendo atividades psicopedagógicas

na linha terapêutica ou remediativa. O artigo foi elaborado a partir de dados coletados por

meio de um instrumento de pesquisa, um questionário respondido individualmente, segundo

explica a autora no segundo parágrafo. Com as respostas coletadas pelos questionários foi

elaborado um conjunto de idéias apresentados pela autora por meio do artigo, mas que antes foi

submetido à apreciação de outros dez profissionais em Psicopedagogia. Este grupo de dez

profissionais teve por função concordar ou discordar das idéias apresentadas pelos

questionários, por meio de críticas e/ou sugestões. Com isso, demonstra que o artigo utiliza

uma metodologia, porém ao mesmo tempo reconhece que a amostra é pequena, chamando a

atenção do leitor para o fato que referem-se à uma realidade peculiar à Porto Alegre. Com esta

afirmação toma o cuidado de comunicar o leitor de que tais idéias não se aplicam às outras

regiões do Brasil e nem mesmo a outras cidades do Rio Grande do Sul.

Ao entrar no universo da pesquisa a autora descreve a realidade de Porto Alegre em

relação à Psicopedagogia. Porto Alegre é apresentada como possuidora de três agências de

preparação de profissionais em Psicopedagogia. Estas três agências, como são chamadas no

artigo, são descritas pela autora como segue abaixo:

- A Clínica Médica Pedagógica de Porto Alegre e desde 1970 prepara profissionais em Psicopedagogia Terapêutica, e que, desde 1983, criou o Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógicos de Porto Alegre, destinado à formação e atualização em Psicopedagogia, Consultoria Escolar e Pesquisa. - A Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, que desde 1972 desenvolve a área de Concentração em Aconselhamento Psicopedagógico, dentro de seu Curso de Pós-Graduação em Educação, a nível de (sic) Especialização e/ou Mestrado. - A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que em 1974/1975 desenvolveu o Curso de Especialização em Psicopedagogia Terapêutica e, a partir de 1984 desenvolveu o Curso de Especialização em Aconselhamento Psicopedagógico dentro de seu Cursos de Pós-Graduação em Educação. (Golbert, BoletimAEPpSP, nº 08, 1985, p. 11 - 12)

Após esta identificação a autora apresenta um subtítulo Caracterização da

Psicopedagogia. Nesta parte do artigo percebemos que a autora tem por objetivo esclarecer

como nasce a Psicopedagogia enquanto pressuposto teórico. A autora afirma que a

Psicopedagogia tem seu nascimento a partir das vinculações entre psicologia e pedagogia a

partir de pressupostos teóricos desenvolvidos em países de língua francesa. Ao fazer esta

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colocação não leva em consideração a influência dos autores argentinos apontados por Bossa e

Mendes, conforme citação no primeiro capítulo desta dissertação. Bossa e Mendes chamam a

atenção para os pressupostos teóricos não apenas franceses, mas também argentinos. Em seus

trabalhos, Bossa e Mendes dedicam um subtítulo a participação da Argentina, que não é citada

no artigo de Golbert.

Golbert afirma que a Psicopedagogia procura desenvolver ações preventivas ou

terapêuticas para tratar de questões oriundas do processo de aprendizagem da pessoa. Para

tanto necessita da sistematização de pressupostos teóricos próprios. Com isso a autora justifica

que naquele momento há a falta de um corpo teórico próprio, à Psicopedagogia por ser nova

em todo o mundo e dependente da Psicologia e Pedagogia.

Em seguida a autora passa a discutir o objeto de estudos da Psicopedagogia e o divide

em dois enfoques: preventivo e terapêutico. Dentro de um enfoque preventivo considera como

objeto de estudos o ser humano em desenvolvimento, enquanto ser educável. No enfoque

terapêutico considera o objeto de estudos a identificação, análise e elaboração de uma

metodologia de diagnóstico e tratamento das dificuldades de aprendizagem. Em relação ao

objeto de estudos é necessário lembrar que Golbert escreve em 1985, quando as discussões

sobre a definição do objeto de estudos estão no seu início. Somente na década de 1990 é que se

encontra uma bibliografia definindo o objeto de estudos da Psicopedagogia como processo de

aprendizagem. Ao prosseguir com suas idéias, Golbert destaca que o trabalho desenvolvido

com as dificuldades de aprendizagem no Brasil remonta aos anos de 1950. A partir desse

período, segundo a autora, existe um grande grupo de alunos que, mesmo apresentando

integridades motoras, sensoriais, intelectuais e emocionais apresentam desadaptação escolar

e/ou dificuldades para as aprendizagens escolares, de forma mais ou menos persistente. A

autora afirma que são indivíduos portadores de alterações em processos que dão origem a

diferentes dificuldades. Estas alterações são relativas ao sistema nervoso central, fatores

psicodinâmicos e sócio-cultural que não afetam a aprendizagem básica, mas incidem na

aquisição de habilidades de aprendizagem escolar. Como continuidade para a discussão destes

temas a autora fala sobre a formação do Psicopedagogo. Neste tópico do artigo, defende uma

formação multidisciplinar e assentada em diversas ciências. Sustenta como argumento que a

formação do Psicopedagogo deve ser embasada em pressupostos teóricos de diferentes pontos

de vista e cita pontos de vista filosófico, sociológico e psicológico que possam fornecer

elementos para sua formação. Do ponto de vista filosófico, elementos que permitam encontrar

a idéia de homem e os valores implícitos em cada teoria educacional. Do ponto de vista

sociológico, a autora afirma que é necessário uma formação para possibilitar ao psicopedagogo

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a compreensão do seu tempo e do seu espaço sócio-cultural. Do ponto de vista psicológico a

formação deve ser abrangente e profunda, envolvendo principalmente, o estudo do

desenvolvimento sob os pontos de vista evolutivo e dinâmico, das relações interpessoais na

família e na escola, da teoria de aprendizagem. Ao finalizar esta discussão em seu artigo,

afirma que o psicopedagogo promove a integração entre estas diversas áreas do conhecimento,

e esta integração não lhe é dada “a priori” e sim é construída por ele.

Ao dar continuidade em sua argumentação, discute os princípios que norteiam a ação

dos psicopedagogos. Dedica um tópico específico dentro de seu artigo no qual procura refletir

sobre as ações necessárias para tal profissional e quais devem ser seus objetivos para com elas.

A forma como constrói o artigo leva o leitor a se fazer perguntas que são respondidas na

seqüência pela autora. Ou seja, no tópico seguinte a autora inicia com a pergunta quem é o

psicopedagogo. Nesta etapa faz afirmações claras com o objetivo de delimitar a atuação desse

profissional. Ao finalizar o tópico, enfatiza a complexidade do trabalho de um psicopedagogo

ao afirmar a necessidade de um autoconhecimento, que seja colocado a serviço de seu trabalho

com o processo da aprendizagem. Dentro desta perspectiva, passa a discutir o papel

desempenhado pelo psicopedagogo na dinâmica escolar. Enfatiza suas contribuições no

assessoramento dos profissionais envolvidos com o ensino-aprendizagem dentro da instituição

escolar. Frente a isso, o profissional tem a função de esclarecer as dificuldades de

aprendizagem, não apenas com origens no próprio aluno, mas também na instituição e suas

formas de organização. Acrescenta que o papel do psicopedagogo integra diretamente a

dinâmica da aprendizagem, encontrando facilitadores que permitam o aluno buscar a

aprendizagem. Assim desenvolve sua argumentação, discutindo as diferenciações entre o papel

do psicopedagogo e de alguns técnicos. Ressalta a existência de uma interface no papel

desempenhado pelo psicopedagogo junto a outros profissionais e os limites abstratos que

impedem, muitas vezes, a possibilidade de definir os papéis de forma objetiva. Sobre

dificuldade, afirma não pertencer apenas ao funcionamento do nível técnico, mas também a

natureza do ser humano: não é possível definir os limites da linguagem e do pensamento, dos

processos de aprendizagem e das características pessoais, e assim por diante.

Ao finalizar o artigo, Clarissa Golbert chama a atenção para o fato de ter tratado o

psicopedagogo como profissional na reflexão feita no artigo, e lembra que não existe

reconhecimento da profissão. Encerra o artigo questionando os rumos a serem tomados pela

definição do papel do psicopedagogo e enfatizando que poderá acontecer na medida em que as

pessoas que no Brasil trabalham nesta área se unirem e buscarem este objetivo. Após o

encerramento de sua argumentação, a autora publica a lista com os nomes e a identificação do

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currículo profissional de cada docente participante da pesquisa. Em seguida apresenta a lista

dos dez profissionais que participaram da discussão crítica do artigo, como também da

professora orientadora do trabalho. (Golbert, BoletimAEPpSP, nº 08, 1985, p. 11 - 12)

Este artigo é publicado com a data de 1985. É citado por Sonia Azambuja Fonseca em

1994. Pode-se ver que, em 1985, Clarissa Golbert desenvolveu a discussão mostrando a

preocupação em definir o objeto de estudos da Psicopedagogia e firmar uma posição frente à

dificuldade de aprendizagem como uma situação que não tem sua origem somente no aluno.

Retomando o lugar atribuído ao do 2o encontro pelas memorialistas oficiais da

Associação, é importante destacar que este foi divulgado pelos Boletins número 11 e 12. Nos

editoriais dessas edições encontra-se uma justificativa afirmando que nestes números foram

publicados como artigos os trabalhos apresentados durante o Segundo Encontro. O tema desse

Segundo Encontro foi: Psicopedagogia: O Caráter Interdisciplinar na Formação e na Atuação

Profissional. Em sua dissertação, Scoz afirma que este Encontro teve o objetivo de debater a

multiplicidade de fatores envolvidos no processo de aprender e nos problemas de

aprendizagem. (Scoz, 1992, p. 40)

Sobre este mesmo Encontro pode ser encontrado um comentário no editorial do Boletim

número 12 de dezembro de 1986. Neste é comunicado que a publicação de trabalhos

apresentados no Segundo Encontro de Psicopedagogos se encerra, mas os trabalhos que não

foram publicados pelo Boletim serão encontrados no livro publicado pela Editora Artes

Médicas com o título: Psicopedagogia: o caráter interdisciplinar na formação e atuação do

profissional. Em seguida, aparece um parágrafo:

A opção por uma publicação mais densa, desvinculada do Boletim se justifica por um lado, pelo grande volume de trabalhos apresentados no II Encontro, por outro, pela nossa intenção de democratizar cada vez mais o acesso ao conhecimento. (Editorial do Boletim da ABPp, nº 12, dezembro de 1986).

O Boletim nº 11, de agosto de 1986 publicou uma Moção Apresentada no Segundo

Encontro de Psicopedagogos. No primeiro parágrafo deste documento, as autoras Monica

Mendes e Beatriz Scoz afirmam que as decisões tomadas no Primeiro Encontro foram

praticadas. A confirmação é feita por meio das exposições feitas no Segundo Encontro. O que

vem sendo praticado é a atuação mais direta junto às camadas menos privilegiadas da

população. Chamam atenção para as decisões tomadas no Segundo Encontro com destaque

para a proposta de delinear com objetividade os princípios éticos que “iluminam e regem a

atuação dos profissionais psicopedagogos.” A frase seguinte justifica que o perfil desse

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profissional vai progressivamente se definindo e criando raízes cada vez mais fortes nos

pressupostos teóricos e filosóficos que lhe dão suporte. Em seguida é ressaltada a

necessidade de propiciar aos educadores e demais profissionais que contribuem para o

desenvolvimento do processo de aprendizagem, uma formação com uma atuação mais

objetiva frente ao processo de aprendizagem. O texto da Moção é finalizado com o

compromisso de criar um Código de Ética que garanta o desempenho sério e compromissado

desse profissional. (Boletim da AEPpSP, nº 11, 1986, p. 5 – 6)

O boletim número 14, de dezembro de 1987, publicou na sessão Notas a chamada

para a realização do Primeiro Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e IIIº Encontro de

Psicopedagogos. Esta chamada é apresentada com o tema: “Psicopedagogia: o resgate da

integração no processo ensino-aprendizagem”, além da data e local de realização do evento.

(Boletim da ABPp, nº 14, 1986, p.85)

O Boletim número 15, de junho 1988, apresentou na sessão Notas a chamada para

Reuniões Científicas, que são apresentadas como um espaço propício à troca de experiências

e à discussão de temas relevantes para a Psicopedagogia. Em seguida é apresentada a

programação de quatro reuniões com seus respectivos temas, palestrantes, datas e horários.

(Boletim da ABPp, nº 15, 1988, p. 73)

Em junho de 1988 o Editorial do Boletim número 15 publica comentários sobre a

preparação do Primeiro Congresso e Terceiro Encontro de Psicopedagogos que ocorreu

simultaneamente. Segundo o Editorial a equipe da ABPp – São Paulo, contou com a

colaboração valiosa de membros da diretoria das seções da ABPp – Rio de Janeiro e Rio

Grande do Sul, assim como associadas do Paraná e de Minas Gerais. Destaca que a

Associação cumpriu um papel importante fornecendo subsídios para os educadores

fundamentalmente nas escolas públicas. Em seguida comenta que isto ocorreu também por

meio de artigos publicados no Boletim. Ao mesmo tempo em que o Boletim é usado como

espaço para divulgar as ações da Associação junto à área de Psicopedagogia, é utilizado

também para enaltecer estas mesmas ações. Ao mesmo tempo pode-se perguntar: estes

subsídios seriam os Boletins? A Associação não possuía nenhuma outra publicação. Ou estes

subsídios seriam materiais produzidos especificamente para os educadores?

O Boletim número 16 é lançado logo após a realização do Primeiro Congresso e

Terceiro Encontro. No seu Editorial encontram-se comentários enfatizando o êxito do

Congresso. Em paralelo a isso, mais uma vez, é enaltecido o trabalho da Associação no

Congresso.

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O Boletim número 16, de dezembro de 1988, publicou uma Moção apresentada no Iº

Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e IIIº Encontro de Psicopedagogos de São Paulo. A

Moção apresenta uma pequena retrospectiva do primeiro e segundo Encontro. Nessa

retrospectiva é apresentado o tema de cada Encontro e as decisões já citadas acima. Em

seguida, o texto apresenta uma síntese do que foi o Iº Congresso Brasileiro de

Psicopedagogia e simultaneamente IIIº Encontro de Psicopedagogos. O tema deste

Congresso/Encontro foi: Psicopedagogia: o Resgate da Integração no Processo

Ensino/Aprendizagem. É destacado como aspecto de maior importância ocorrido neste

evento: o espaço aberto à discussão envolvendo a participação de elementos de vários

Estados do Brasil, que se posicionaram com respeito ao perfil do psicopedagogo. (Boletim

da ABPp, nº 16, 1988, p. 5 – 6). A moção é assinada por duas associadas: Beatriz Judith Lima

Scoz e Mônica Hoehne Mendes, respectivamente Vice-presidente e Diretora-cultural em

exercício na Associação, no Biênio 87/88. O tema da moção destaca a necessidade de

fortalecer o trabalho da Associação, promovendo a abertura de mais seções em outros

estados. .

Em 1989 o editorial do Boletim número 17, destaca o compromisso da gestão 89-90

com a definição do perfil do psicopedagogo. Neste momento é citada pela primeira vez nos

Editoriais a preocupação com a regulamentação da profissão de psicopedagogo. No mesmo

Editorial é relatada a participação da Associação nas discussões sobre a nova Constituição

Estadual em relação ao tema da Educação. Esta participação, segundo o editorial em questão,

foi em atendimento ao convite da Deputada Guiomar Namo de Melo. A participação da

Associação pode ser vista como um indício do reconhecimento da mesma como representante

da área de Psicopedagogia.

O Boletim número 18 publicou na seção notas a chamada para o IV Encontro de

Psicopedagogos a ser realizado em julho de 1990 na Universidade de São Paulo. O tema para

este encontro foi: A identidade do Psicopedagogo: Formação e atuação profissional.

(Boletim da ABPp, nº 18, 1990, p. 117)

Em 1990, é realizado o Quarto Encontro de Psicopedagogos promovido pela

Associação. Após a realização do Quarto Encontro foi publicado pelo Boletim número 19 a

Moção apresentada no IV Encontro de Psicopedagogos de São Paulo. Esta moção apresenta

o tema do IV Encontro, e a intenção deste em aprofundar a discussão do perfil do

psicopedagogo. Em seguida comunica a abertura de uma seção da ABPp no Estado do Ceará

e a existência de intenções em abrir outras seções no próprio estado de São Paulo. Menciona a

criação de um documento norteador para a definição do perfil do psicopedagogo e dos

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campos de conhecimento que fazem parte deste perfil: Psicanálise, Psicolingüística e

Neurologia. Posteriormente relata como resultados deste Encontro: continuidade do

aprofundamento das áreas de conhecimento, encaminhamento de um documento sobre o

perfil dos psicopedagogos, encaminhamento também para Faculdades e Universidades e

divulgação nos meios de comunicação de paradigmas que envolvem a formação e a atuação

psicopedagógica. Por fim, afirma ter atingido os objetivos propostos com um melhor nível de

qualidade, seriedade e comprometimento da ação psicopedagógica. (Boletim ABPp, nº 19,

1990, p.5).

O mesmo Boletim número 19 publicou também a Moção apresentada no IV Encontro

de Psicopedagogos de São Paulo – julho 1990. Esta Moção enfatiza o trabalho desenvolvido

pela Associação Brasileira de Psicopedagogia, promovendo a organização dos profissionais

em torno da Psicopedagogia por meio da discussão de seus pressupostos teóricos. Em seguida

destaca a apresentação do documento que serve como elemento norteador para a definição

do perfil do psicopedagogo. Com isso aponta as três áreas selecionadas para aprofundar os

conhecimentos: Psicanálise, Psicolingüística e Neurologia. O texto é finalizado chamando a

atenção para os objetivos que foram atingidos com estas ações. (Boletim da ABPp, nº 19,

1990, p. 07)

Como se vê, a Psicopedagogia percorreu um caminho, durante os anos de 1980, por

meio dos Encontros e Reuniões Científicas que apresentou como objetivo definir o perfil do

profissional psicopedagogo. O espaço para a divulgação dessas definições foi o Boletim. De

acordo com a Moção apresentada no IV Encontro e publicada pelo Boletim em 1990, os

psicopedagogos entram na nova década com este perfil definido. Os discursos veiculados

pelos artigos nesta Fase entrelaçam aspectos constitutivos da área da Psicopedagogia com

aspectos pertencentes ao papel da Associação dentro da área.

Inicialmente a Psicopedagogia se propôs a discutir sobre as Dificuldades de

Aprendizagem, como mostra Beatriz Scoz, por meio do papel desempenhado pela Associação.

A área de estudos apresenta como discussão no Primeiro Encontro, seis anos após a fundação

da Associação, temas mostrando outra compreensão sobre a aprendizagem. Neste encontro

fala-se em multiplicidade de fatores que atuam nas chamadas dificuldades e é reconhecida a

necessidade de atuar dentro da instituição escolar. No Segundo Encontro, ao falar em

convergência de conhecimentos, sinaliza a preocupação em discutir quem é esse profissional

e como ele atua frente ao que propõe. Dessa forma, a Associação apresenta seus primeiros

movimentos em direção ao estabelecimento de regras e controle da área que se expande. São

mecanismos buscando estratégias de controle também do crescimento indiscriminado da

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oferta de cursos de Especialização em Psicopedagogia. Por outro lado pode-se perguntar:

qual seria a força desta Associação diante da crescente oferta de cursos dentro do campo da

Educação?

Esta preocupação é reafirmada pela Associação com a realização do Terceiro

Encontro, no qual foi discutido sobre a identidade profissional. Vê-se a construção de um

modelo de atuação reagindo contra críticas ou outras formas de atuação não legitimadas pela

Associação.

Os Quarto e Quinto Encontros se complementam enfatizando a existência de uma

práxis psicopedagógica. A área de estudos vai gradativamente se ampliando por meio das

discussões promovidas pela Associação.

2.1.4 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?

Na introdução foram apresentadas as categorias elaboradas para classificação dos

artigos publicados em cada Fase. Após a finalização das planilhas, que integram o anexo desta

dissertação, foram gerados gráficos que são analisados aqui.

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Gráfico 2

Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Boletim

0

1

2

3

4

5

6

7

8

1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990

Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de AprendizagemDiagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de AlfabetizaçãoDiscursos sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Crianças marginalizadasPsicopedagogia no Ensino Superior Outros

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2.1.4.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Boletim

Nesta fase estão presentes as onze categorias de classificação, como mostra o Gráfico

2. O primeiro aspecto que chama a atenção do observador é a oscilação. O ano de 1989

apresenta uma igualdade da incidência das cinco categorias presentes. Pode-se verificar que

neste ano foi publicado apenas um exemplar, o número 17. No editorial deste número foi

possível encontrar elementos que ajudassem a compreender a constância revelada pelos

gráficos. Foram encontrados vários elementos que chamam a atenção e ajudam a reflexão.

Segundo este editorial, é o início da gestão 1989/1990, que tem como compromisso a

definição do perfil do psicopedagogo, visando à regulamentação da profissão. Outros

aspectos relevantes: a Associação está envolvida com a discussão da nova Constituição

Estadual no capítulo sobre Educação; o editorial relata a realização de um seminário: Teorias

de aprendizagem: Vygotsky e Piaget em confronto que despertou grande interesse dos

professores das redes de ensino público e privado. Posteriormente o editorial revela que o

Boletim 17 pautou a escolha de seus artigos por atenderem simultaneamente às duas grandes

áreas de atuação da Psicopedagogia – Escola e Clínica – combinado com o interesse em

divulgar trabalhos apresentados no I Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. (Boletim

ABPp, 1989, nº 17, p. 5). Estes são os fatos que contextualizam o ano de 1989 segundo o

Editorial. Por outro lado, deve-se lembrar que neste número foram publicados cinco artigos

classificados em cinco categorias diferentes, ou seja, foi publicado um artigo de cada

categoria. As categorias que apareceram são: Processo de Aprendizagem, Diagnóstico e

Intervenção Psicopedagógica, Falhas no Processo de Ensino Aprendizagem, Processo de

Alfabetização, Discursos sobre a área de Psicopedagogia. Podemos considerar dois fatos

importantes: o Seminário promovido suscita uma discussão que está presente nos temas dos

artigos ao mesmo tempo que o I Congresso apresenta uma temática que enfatiza a necessidade

de uma abordagem convergente, capaz de promover uma integração de conhecimentos na

compreensão da aprendizagem humana, conforme revela Beatriz Scoz. (Scoz, 1992). Dessa

forma, têm-se vários elementos que ajudam a pensar a constância que se manifestou.

Alguns temas possuem uma incidência maior dentro da Fase, o que revela a existência

de uma maior valorização de alguns temas. O tema Diagnóstico e Intervenção

Psicopedagógica é o que mais aparece. Exceto no ano de 1982, marcado pela publicação

apenas do número um, todos os outros anos apresentam Diagnóstico e Intervenção

Psicopedagógica como o tema mais publicado. O tema Psicopedagogia no Ensino Superior

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aparece apenas uma vez dentro deste período. Artigos sobre Psicopedagogia Hospitalar não

foram publicados neste período.

No ano de 1982 houve a publicação apenas do número um, no qual foram publicados

artigos somente com o tema Fundamentos Teóricos. Isto se deve ao fato de as duas primeiras

edições do Boletim serem temáticas. O tema que aparece na capa do Boletim número um é A

Psicopedagogia em Questão. Isso justifica o aparecimento apenas de Fundamentos Teóricos

no gráfico. O tema de capa do número dois é Dificuldades de Aprendizagem na Leitura e

Escrita, o que explica o aparecimento de quatro categorias: Processo de Aprendizagem,

Falhas no Processo de Aprendizagem, Processo de Alfabetização e Outros.

2.1.4.2 – As Resenhas publicadas durante a Fase Boletim

Durante o ciclo de vida do periódico encontra-se uma seção com o título de Resenhas.

Para uma melhor compreensão dos temas abordados nesta seção, foi elaborada uma planilha,

que faz parte do anexo, catalogando todas as resenhas publicadas dentro Fase Boletim. Por

meio dos dados obtidos a partir do gráfico 3 gerado pela planilha, verifica-se a incidência dos

objetos de pesquisa das resenhas publicadas.

As planilhas mostram uma constância na publicação das resenhas durante Fase

Boletim. Somente o ano de 1986 não possui a publicação de resenhas, enquanto nos demais

anos que compõe esta Fase, encontramos resenhas publicadas em todos eles.

A classificação das resenhas permite compreender o que está sendo proposto e

valorizado pela área em termos de publicações. É possível ter uma visão sobre as propostas de

leituras feitas pelo conselho editorial da Revista, ao mesmo tempo em que se pode considerar

também como propostas de montagem de bibliotecas pessoais para os psicopedagogos.

Foram criadas onze categorias para classificação dos objetos de pesquisa como já foi

apresentado anteriormente. O gráfico 3 apresenta a incidência de cada categoria dentro da

Fase, por meio de porcentagens. Apresentar a incidência em forma de porcentagem foi uma

alternativa que facilitou a compreensão desses dados.

Dessa forma verifica-se que durante a Fase Boletim a categoria Outros é a que possui

maior incidência com 38,1%, seguida por três categorias com a mesma incidência:

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica, Processo de Alfabetização e Processo de

Aprendizagem com 19,05% cada uma delas; por último, Fundamentos Teóricos com 4,76%

tem a menor incidência. As demais categorias não possuem resenhas publicadas na Fase

Boletim.

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114

A classificação dos artigos e das Resenhas publicadas por meio de seus objetos de

pesquisa permite compreender como a Psicopedagogia adentra o campo da Educação durante

a Fase. A análise mostra as categorias mais lidas pelos membros da área e com isso se verifica

o regramento das práticas e saberes da Fase.

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115

Gráfico 3

Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Resenhas Publicadas

7,27%

16,67%

4,76%

20,00%

50,00%

10,91%

16,67%

7,27%

19,05%

5,45%

16,67%

10,91%

19,05%

38,18%

19,05%

38,10%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

Fase Boletim Fase Revista Nacional Fase Revista Indexada

Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de Alfabetização

Outros

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116

CAPÍTULO 3

3 - Um novo periódico: Psicopedagogia - Revista da Associação Brasileira de

Psicopedagogia

A Fase Revista Nacional -1991 a 2002

Neste capítulo a materialidade do periódico mostra a transformação do Boletim da

Associação Brasileira de Psicopedagogia em Revista. O novo título: Psicopedagogia –

Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia apresenta a nova Fase: Revista Nacional.

Formada por 40 edições, o capítulo apresenta a descrição do que foi esta Fase.

3.1 - As características da Revista

Esta é a Fase mais longa dentro da periodização estabelecida para o ciclo de vida do

periódico, iniciando-se no número 21, publicado no primeiro semestre de 1991 e se

encerrando com o número 60 publicado em novembro de 2002. Por meio da análise de todos

os números pode-se encontrar 16 seções fixas, como mostra o Quadro 6. Tratam-se das seções

encontradas presentes em todos os números lançados durante esta Fase. Inicialmente, ao

montar o quadro classificando as seções, foram identificadas 26 seções presentes. Ao encerrar

o quadro e analisá-lo, dez destas seções tratavam, na verdade, de inserções pontuais dentro de

determinados números. Sendo assim, o quadro foi re-elaborado excluindo o que aparecia uma

só vez e que anteriormente havia sido tratado como seção.

As seções permanentes, ou que pelo menos aparecem na maioria das quarenta edições

que compõem esta fase, são: Conversa com o Leitor, Compartilhando, Entrevistas,

Colaboração Nacional, Artigos, Mesa Redonda, Teses, Relatos de Experiências, Destaques,

Resenhas, Publicações Recebidas, Ficha de sócio, Ficha para Assinatura, Propaganda da

ABPP e Propaganda Externa.

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117

Quadro 6 - Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional

Seções Número da edição

Conversa com o Leitor

Compartilhando Entrevistas Colaboração Nacional

Artigos Mesa Redon- da

Teses Relatos de experiên cias

Memorial

Desta ques

Leituras comenta das

Resenhas Publicações Recebidas

Ficha de sócio

Endereços das Seções

Ficha para assinatura

Propaganda da ABPP

Propaganda externa

Agenda - nº de eventos

Seminários e Conferências

21 0 0 0 0 5 0 0 2 0 3 0 1 8 2 11 2 5 0 0 0

22 1 0 0 0 4 0 0 2 0 2 0 1 2 2 7 2 1 0 0 0

23 1 0 2 0 4 0 0 2 0 2 1 1 8 2 7 1 1 0 0 0

24 1 0 0 0 5 0 0 0 0 1 1 1 2 2 7 1 1 0 0 0

25 1 0 1 0 4 0 0 3 0 2 0 1 0 2 7 1 1 0 2 0

26 1 0 1 0 3 0 0 3 0 1 0 1 0 0 0 1 1 1 x 0

27 1 0 1 0 4 0 0 1 0 0 0 8 0 0 0 0 2 2 0 0

28 1 0 1 0 4 0 0 1 1 0 0 1 0 0 0 0 2 3 0 0

29 1 0 1 0 3 0 0 1 1 0 0 2 14 0 0 0 1 6 0 0

30 1 0 1 0 3 0 0 2 1 1 0 2 16 0 0 0 3 0 0 0

31 1 0 0 0 4 0 0 2 0 2 0 2 7 0 0 0 3 0 0 0

32 1 0 1 0 3 0 0 3 0 1 0 1 7 0 0 0 1 0 0 0

33 1 1 1 1 2 1 0 1 0 1 0 1 18 0 0 0 0 1 0 0

34 1 1 1 2 4 1 0 2 0 1 0 1 12 0 0 0 2 1 0 0

35 1 1 1 1 6 1 0 2 0 1 0 1 12 0 0 0 2 1 0 0

36 1 1 2 1 3 2 1 2 0 1 0 1 21 0 0 0 2 1 0 0

37 1 1 0 2 4 1 0 2 0 1 0 1 17 0 0 0 2 1 0 0

38 0 1 0 1 7 0 2 4 0 2 0 1 31 0 0 0 1 1 0 0

39 1 1 0 1 5 1 1 2 0 1 0 2 18 0 0 0 1 3 0 0

40 1 1 0 1 4 1 1 1 0 1 0 1 30 0 20 0 1 2 0 0

41 1 1 1 1 5 2 1 2 0 1 0 1 0 0 20 0 1 2 0 0

42 1 1 1 3 4 1 1 0 0 1 0 1 32 0 0 0 1 2 0 0

43 1 1 1 1 4 1 2 1 0 1 0 1 33 0 24 0 1 2 0 0

44 1 1 0 1 8 0 0 1 0 1 0 2 17 0 0 0 0 2 0 0

45 1 1 1 1 5 1 2 3 0 1 0 1 14 0 0 0 0 1 0 0

46 1 1 0 1 4 2 2 2 0 1 0 2 42 0 0 0 0 3 0 0

47 1 1 1 2 4 2 1 2 0 1 0 2 22 0 0 0 0 4 0 0

48 1 1 0 0 7 1 0 3 0 1 0 2 26 0 0 0 0 4 0 0

49 1 1 0 1 8 0 0 2 0 1 0 2 17 0 0 0 1 2 0 0

50 1 1 0 2 6 0 DM 1 0 2 0 1 11 0 24 1 1 2 0 0

51 1 1 0 0 10 1 0 0 0 0 0 2 20 0 24 0 1 1 0 0

52 1 1 0 0 10 0 1 2 0 0 0 2 18 0 0 0 0 1 0 0

53 1 1 0 0 13 0 1 0 0 0 0 1 16 0 24 0 0 1 0 1

54 1 1 0 0 6 0 0 0 0 0 0 2 22 0 0 0 1 0 0 0

55 0 0 0 0 5 14 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

56 1 1 0 3 7 0 1 2 0 1 0 2 17 0 0 0 2 2 0 0

57 0 0 1 2 6 0 3 3 0 1 0 3 34 1 24 0 1 0 0 1

58 1 1 0 0 5 8 4 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 5 0 0

59 1 1 homenagem 0 7 0 1 0 0 1 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0

60 1 1 0 0 7 0 1 1 0 0 2 2 28 0 0 0 1 0 0 0

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Ao observar o formato da Revista, mostrado pelo quadro 7, imediatamente percebe-se

uma mudança. Ampliou-se o tamanho, mudou-se a diagramação, mudando com isso toda sua

organização tipográfica. Por um lado encontra-se uma Revista que estabelece um diálogo

maior no momento em que cada seção é claramente demarcada, mostrando ao leitor seu início

e seu fim. A seguir, foram destacados os recursos que são utilizados para mostrar ao leitor

que, ao virar a página, estará em uma nova seção: título da seção em negrito em todas as

páginas, tamanho de letras diferentes para títulos e corpo de texto, traços contínuos para

indicar o encerramento de um texto, mudança no tipo da letra, por exemplo, para informar o

nome do autor do texto, diagramação do texto de artigos em três colunas verticais dentro da

mesma página, mudando esta diagramação quando se trata de outra seção. A publicação

adquiriu enfim um formato de Revista, perdendo as características que na fase anterior nos

remetiam ao formato de livro.

Nesta fase, a Revista apresenta um formato diferente que pode propiciar outra relação

do leitor com a leitura. No formato que se apresenta para esta fase, é possível fazer uma leitura

menos cansativa, pois a diagramação das páginas propicia, por exemplo, descanso para os

olhos com espaços em branco maiores que as duas fases anteriores. Na Fase Boletim, depara-

se com o formato livro, tipo de letra igual para todas as páginas sem descanso para os olhos

entre um texto e outro. Na Fase Revista, ao iniciar uma nova seção, o leitor primeiramente se

depara com o título da seção, logo abaixo o título do texto disponível para leitura. Ambos

estão em negrito com letras em tamanho maior que as letras que compõem o texto. A seguir é

apresentado o nome do autor com um asterisco que nos remete para o final do texto, no qual

se encontram os dados de identificação do autor.

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Quadro 7 -Formato do Periódico – Fase Revista Nacional

Edição Número de

artigos Número de páginas

Número de ilustrações

Número de fotos Formato (cm)

Índice/ Sumário

21 3 44 4 0 21 x 28 índice 22 4 45 4 0 21 x 28 índice Total em 1991

7 89 8 0

23 4 24 0 1 21 x 28 índice 24 5 36 0 0 21 x 28 índice Total em 1992

9 60 0 1

25 4 38 1 1 21 x 28 índice 26 3 40 0 1 21 x 28 índice 27 4 32 0 1 21 x 28 índice Total em 1994

11 110 1 3

28 4 40 0 1 21 x 28 índice 29 3 48 0 1 21 x 28 índice 30 3 48 0 2 21 x 28 índice 31 4 42 0 0 21 x 28 índice Total em 1994

14 178 0 4

32 3 46 1 1 21 x 28 índice 33 6 42 5 2 21 x 28 índice 34 6 48 9 0 21 x 28 índice Total em 1995

15 136 15 3

35 7 48 13 1 21 x 28 índice 36 4 52 14 2 21 x 28 índice 37 6 52 6 1 21 x 28 índice 38 8 68 4 0 21 x 28 índice 39 6 51 4 0 21 x 28 índice Total em 1996

31 271 41 4

40 5 68 5 0 21 x 28 índice 41 6 48 4 2 21 x 28 índice 42 7 44 5 1 21 x 28 índice Total em 1997

18 160 14 3

43 5 64 1 0 21 x 28 índice 44 9 56 5 0 21 x 28 índice 45 6 68 5 0 21 x 28 índice 46 5 68 4 29 21 x 28 índice

Total em 1998

25 256 15 29

47 6 56 3 1 21 x 28 índice 48 7 60 3 0 21 x 28 índice 49 9 60 3 0 21 x 28 índice 50 6 52 3 7 21 x 28 índice

Total em 1999

28 228 12 8

51 10 56 4 4 21 x 28 índice 52 10 84 3 5 21 x 28 índice

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Edição Número de artigos

Número de páginas

Número de ilustrações

Número de fotos Formato (cm)

Índice/ Sumário

53 13 84 1 0 21 x 28 índice Total em 2000

33 224 8 9

54 6 76 2 0 21 x 28 índice 55 edição especial

19 112 0 0 21 x 28 índice

56 17 112 0 0 21 x 28 índice 57 7 110 4 3 21 x 28 índice 58 17 96 18 66 21 x 28 índice Total em 2001

66 506 22 69

59 7 76 2 0 21 x 28 sumário 60 7 92 2 0 21 x 28 sumário Total em 2002

14 168 4 0

Total Geral

271 2386 141 133

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A divisão interna da Revista permanece privilegiando os artigos. A seção de artigos é a

maior. As demais, são compostas por um texto, enquanto a seção de artigos possui sempre

mais de um texto, de autores diferentes. Do número 21 ao número 32 não é possível encontrar

um padrão na publicação. Observa-se que de um número para o outro, dentro do período

desses onze números, são mantidos a mesma qualidade e os mesmos objetivos, porém não

existe ainda a definição do estilo e da forma para comunicação com o leitor. Em alguns

números a página um é o cupom de assinatura com as instruções necessárias para efetivá-la.

Em outros, encontra-se o cupom como um encarte externo, que deve ser destacado do corpo

da Revista, preenchido e enviado pelo correio. A página um, então, passa a ser uma

apresentação da diretoria da Associação em primeiro plano, seguido do Conselho Editorial da

Revista. Após estas informações, em alguns números é apresentado o índice, alternando com

outros números que trazem as normas para publicação antes do índice, enquanto que em

outros as normas para publicação aparecem no final da Revista, após as seções. A partir do

número 33 de 1995, a Revista adquire formato e apresentação que sofrem poucas e pequenas

mudanças, mantendo sua diagramação, até o número 60. O estabelecimento deste novo padrão

é bem visível. E também é bem visível que a mudança no formato se deve à mudança da

gráfica da Revista. A partir do número 33 a Revista passa a ser editada pela Editora Salesiana

Dom Bosco. O fato é comunicado para os leitores na Seção Conversa com o Leitor, assinada

pela vice-presidente da Associação, que por sua vez possui o cargo de Editora Responsável

dentro da equipe do Conselho Editorial da Revista.

O projeto gráfico mostra-se diferente do anterior. As mudanças se iniciam no tipo de

papel utilizado, com uma gramatura diferente daquela utilizada nas edições anteriores. O

papel para confecção das capas também possui gramatura diferente do papel das páginas. As

ilustrações para a primeira e quarta capas são mais coloridas. É possível perceber que, a partir

deste momento, o leitor tem em mãos uma publicação mais cara.

3.1.1 - As capas - Fase Revista Nacional

Nesta fase as capas passam a ser impressas em papel com gramatura diferente, trata-se

de um tipo de papel diferente do utilizado nas fases anteriores. Todas as capas são coloridas,

com quatro cores diferentes em média.

No alto da capa, em letras grandes, aparece Psicopedagogia como título, sempre

grifado, geralmente em letras vermelhas. Na ponta direita da Revista, abaixo do grifo, são

colocadas duas linhas com informações: na primeira linha o volume e na segunda o número da

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Revista com o ano da publicação. No pé da página, do lado direito da Revista, é colocado o

logo da Associação – ABPp – acompanhado do nome completo da Associação. Do número 21

ao número 27, aparece o nome completo da Associação Brasileira de Psicopedagogia. O nome

ocupa lugares diferentes dentro da capa em cada número. A partir do número 28, é colocado o

logo acompanhado do nome da Associação com um lugar fixo que permanecerá até o número

50, quando ocorre uma nova mudança de projeto gráfico e editora.

O primeiro número desta fase, a Revista número 21, apresenta uma capa com título,

sem ilustração. Isto nos lembra o primeiro número do Boletim que também foi publicado com

título e sem ilustração.

O número 22 traz na capa uma charge como ilustração. Do número 23 até o número

39, predominam ilustrações que nos remetem à arte abstrata. Do número 40 até o número 50,

exceto o número 47, as capas trazem ilustrações com rostos. Do número 40 ao número 49 são

utilizados rostos de crianças para compor a ilustração. O número 50 apresenta o perfil de um

rosto de mulher. Do número 51 ao número 60 não é possível se falar de um eixo de

similaridade entre as capas. Elas mostram uma mudança de um número para o outro. O

número 52 é uma edição comemorativa dos 20 anos da Associação. Com isso, a capa deste

número apresenta fotos de algumas capas do período. Os números 55 e 58 apresentam-se

como Edição Especial. Trata-se da publicação dos textos completos das conferências e mesas

de debate do Fórum Psicopedagógico, promovido pela Associação em julho de 2001. Do

número 52 ao 59, existe um tema em destaque em cada capa. Do número 34 ao 51 é publicada

a chamada para os conteúdos da Revista nas capas. São destacados os títulos dos artigos.

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Edição nº 21 Edição nº 22 Edição nº 23

Edição nº 24 Edição nº 25 Edição nº 26

Edição nº 27 Edição nº 28 Edição nº 29

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124

Edição nº 36 Edição nº 37 Edição nº 38

Edição nº 33 Edição nº 34 Edição nº 35

Edição nº 30 Edição nº 31 Edição nº 32

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125

Edição nº 39 Edição nº 40 Edição nº 41

Edição nº 42 Edição nº 43 Edição nº 44

Edição nº 45 Edição nº 46 Edição nº 47

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Edição nº 48 Edição nº 49 Edição nº 50

Edição nº 51 Edição nº 52 Edição nº 53

Edição nº 54 Edição nº 55 Edição nº 56

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3.1.2 - O índice - Fase Revista Nacional

Nesta fase da publicação, o índice esteve presente em todos os números, sofrendo

alterações na diagramação.

Do número 21 ao 24, o índice é publicado na página número três. A página é dividida

em duas colunas: na primeira coluna encontra-se o expediente da Revista e na segunda, o

índice divido em seções. Cada seção possui um título, separado por traço contínuo, e o título

de seu texto é colocado abaixo acompanhado do autor e número de página.

Do número 25 ao 32 o índice passa a ser publicado sozinho na página três e mantém a

mesma diagramação. Do número 33 ao 60 o índice passa a ser publicado na página um,

Edição nº 60

Edição nº 57 Edição nº 58 Edição nº 59

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dividindo o espaço com o expediente publicado dentro de um retângulo na parte mais baixa da

página. A diagramação do índice mantém-se a mesma do número 27 ao número 60, que

encerra a Fase Revista Nacional.

3.1.3 - O Expediente - Fase Revista Nacional

Do número 21 ao número 24, o expediente ocupa uma coluna na mesma página onde é

publicado o índice. Este expediente é dividido em partes. As partes apresentam, na ordem que

segue, Conselho Editorial, Comissão Editorial, Comissão Administrativa e Editora

Responsável. Em seguida, ainda como parte desse expediente, temos: Normas para

Apresentação de Trabalho, Histórico e Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

Do número 26 ao número 32 o expediente passa a ser apresentado na página dois.

Neste bloco de revistas, o expediente apresenta informações sobre a gráfica que produziu a

Revista e a equipe de trabalho. Divide a página com as Normas para Publicação.

Do número 33 ao número 60, o expediente passa a ser publicado na página um dentro

de um retângulo, abaixo do índice. A partir deste número a produção da publicação é da

Editora Salesiana Dom Bosco, e podemos observar a presença de um jornalista responsável

compondo a equipe de expediente. A partir da publicação com a Editora Salesiana Dom

Bosco, constata-se uma profissionalização da Revista. As outras informações que geralmente

dividiam a página com o expediente passam a ocupar a última página da Revista. São elas:

Normas para Publicação, Conselho Editorial, Histórico e Diretoria da Associação Brasileira de

Psicopedagogia.

O histórico trata de um texto de três parágrafos: o primeiro parágrafo conta a fundação

da Associação em 1980, o segundo apresenta a Associação como entidade de caráter

científico cultural e o terceiro e último cita o número de seções da Associação pelo Brasil e as

apresenta.

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3.1.4 - Outros espaços de capa na Fase Revista Nacional

Quadro 8 - Tipos de Propagandas Veiculadas – Fase Revista Nacional

Tipo de propaganda

nº da edição Propaganda externa, sem vículo com a ABPp

Propaganda sobre produtos comercializados pela ABPp

Propaganda de eventos promovidos pela ABPp

21 0 1 1 22 1 1 0 23 0 1 0 24 0 1 0 25 0 1 0 26 1 0 0 27 2 1 1 28 3 1 1 29 4 2 1 30 0 2 1 31 0 2 1 32 0 1 0 33 1 0 0 34 1 1 1 35 1 1 1 36 1 1 1 37 1 1 1 38 1 1 0 39 1 1 0 40 1 1 0 41 1 1 0 42 1 1 0 43 2 1 0 44 2 1 0 45 1 1 0 46 4 0 0 47 2 1 0 48 2 1 0 49 2 0 1 50 2 1 1 51 2 1 1 52 1 1 0 53 1 1 0 54 0 0 1 55 0 0 2 56 2 0 2 57 0 2 0 58 2 1 0 59 0 0 1 60 0 0 1

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As Segundas capas são exploradas como espaço de propaganda. Nesta fase é possível

encontrar: catorze números em branco; nove números com propagandas externas ao trabalho

desenvolvido pela Associação, mas todas da área da educação; treze números divulgando

atividades, cursos, palestras e produções de material científico da Associação; dois números

com a relação das seções e núcleos da Associação espalhados pelo Brasil; um número com o

expediente; um número com o Conselho Editorial, histórico e diretoria da Associação; e um

número comemorando os vinte anos da Associação.

As Terceiras capas, durante esta fase, também passam a ser exploradas como espaço

para publicação, da seguinte forma: Dezoito números apresentam propagandas de atividades,

como encontros, palestras e cursos, ou material científico produzido pela Associação, como

fitas com gravações em vídeos dos cursos e palestras promovidos. Em nove números, a

terceira capa encontra-se em branco. Cinco números apresentam propagandas externas ao

trabalho da Associação, divulgam encontros científicos ou escolas. Quatro apresentam o texto

com as normas para a publicação de trabalhos na Revista. Três trazem propagandas da

Revista e ficha de adesão de sócio para a Associação. Uma divulga os vinte anos da

Associação. Uma apresenta o histórico da Associação juntamente com o Conselho Editorial da

Revista.

As Quartas-capas, nesta fase, passam a ocupar um papel importante na publicação

como espaço de propaganda. Do número 21 ao número 26 é publicado o índice daquele

número. Do número 27 ao número 31 são publicadas informações sobre a Associação: cursos

promovidos pela Associação ou livros publicados pela Editora da Associação. O número 32

publica o índice novamente e do número 33 ao número 52 são publicadas propagandas de

livros da Editora Salesiana Dom Bosco, responsável pela publicação deste bloco de Revistas.

Do número 53 ao número 60 a editora responsável pela publicação é outra, e com isso muda o

tipo de propaganda da quarta-capa. São propagandas diferentes em cada número

predominando propagandas sobre as atividades da Associação. O Quadro 8 permite conhecer

o tipo de propaganda veiculada pelo periódico.

Pode-se ver que as segundas, terceiras e quartas capas configuraram-se como um

espaço utilizado para fazer divulgações. Inicialmente, as segundas e terceiras capas, foram

utilizadas como espaço de divulgação da própria Associação. A propaganda externa à

Associação predominou a partir do número 33 na quarta capa. Seria um espaço de trocas entre

o Conselho Editorial do periódico e a editora?

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3.2 - Novos dispositivos de leitura: a seção Conversa com o leitor.

Neste período desaparece o Editorial. Não foi encontrado com o título tradicional de

Editorial. A seção Conversa com o Leitor somente não aparece nos números 38, 55 e 57. Tem

a função de um editorial, mas é publicado com um título diferenciado. Do número 25 ao

número 60 a seção é assinada pela Editora Responsável pela publicação, que é a vice-

presidente da ABPp. Dentro deste período alguns números fogem a esta regra. O número 21

traz a seção assinada por A Editora. Não existe uma identificação se esta Editora é a

responsável pela produção da Revista, a gráfica, ou se é a Editora Responsável, membro do

Conselho Editorial. A edição número 22 publica esta seção assinada pela presidente da ABPp,

identificando o nome da presidente daquele momento. As edições 23 e 24 apresentam a seção

assinada pela vice-presidente da ABPp identificando o nome da pessoa. A edição número 27

apresenta uma seção diferente de todas as demais: enquanto todas as outras apresentam um

texto de conversa com o leitor da revista, a número 27 apresenta um trecho de uma poesia de

Fernando Pessoa e logo abaixo votos de feliz natal assinado por A Diretoria. A edição número

38 não publica a seção e não apresenta justificativa para isso. A edição número 55 é uma

edição especial, em formato de livro, com textos do Fórum Psicopedagógico realizado em

2001. As edições de número 25 a 60 publicam a seção Conversa com o Leitor assinada pela

vice- presidente da ABPp. É assinada com o nome da pessoa e sem identificação do cargo que

ocupa. Para isso é necessário que se recorra ao quadro da diretoria da ABPp publicado pela

revista. Na edição número 57, apesar de não haver nenhuma referência explícita, é possível

perceber um caráter especial na publicação. Sua capa apresenta uma chamada para a

aprovação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001, em que o poder executivo autoriza a implantação

de assistência psicológica e psicopedagógica nos estabelecimentos de ensino básico. No seu

interior, no lugar da Conversa com o Leitor, encontra-se uma entrevista realizada com a

presidente da ABPp e mais três textos. A entrevista foi concedida ao site Psicopedagogia On

Line, onde a presidente faz um balanço de sua gestão enfatizando o avanço que conseguiu

sobre a regulamentação da profissão por meio da aprovação da lei citada anteriormente. Os

três textos seguintes são: um Comunicado assinado pelo deputado estadual Claury Santos

Alves da Silva, um segundo texto chamado justificativa e assinado pelo deputado Barbosa

Neto e um terceiro texto chamado Justificativa-Psicopedagogia assinado pela deputada

federal Marisa Serrano. Investigando as demais seções deste número da revista não foi

encontrada nenhuma outra menção à lei aprovada. As seções de Artigos, Relato de

Experiência, Colaboração Nacional, Súmula de Monografia, Resenha e Destaque, não

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publicaram nenhum texto aludindo à nova lei, mantiveram seu caráter publicando artigos

referentes à teoria e prática psicopedagógica. Ainda neste mesmo número foram incluídas as

seções Evento e Relato de Evento. Em cada uma foi publicado um texto sobre o VIII Encontro

de Psicopedagogia promovido pela Seção Curitiba. Os dois textos relatam o evento que

ocorreu em maio de 2001. Apesar de ser um evento promovido por uma seção da ABPp, o

tema da regulamentação profissional não é citado.

3.2.1 - A seção Conversa com leitor dada a conhecer pelo seu discurso -

Fase Revista Nacional

O que podem revelar os textos Conversa com o leitor? Com esta pergunta investigou-

se a publicação desta coluna. Realizando a leitura de todos os textos, foram encontrados textos

nos moldes do Editorial. Trata-se de uma conversa estabelecida entre o Conselho Editorial da

Revista com seu leitor. Em alguns momentos encontra-se um discurso em que a autora se

posiciona como um membro da ABPp que tem o espaço da Revista como meio de

comunicação com o Associado. Em outros, um discurso cujo teor demonstra um

distanciamento entre o Conselho Editorial e a ABPp. Sendo assim, o melhor caminho seria

apresentar um pequeno resumo de cada texto para se obter uma visão do processo. A outra

opção seria criar mais uma tabela, mas o texto, neste momento, fornecerá uma visão melhor.

A Revista número 21 comunica a transformação do Boletim em Revista e apresenta os

artigos desse número que marca a transformação do Boletim da Associação Brasileira de

Psicopedagogia em Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

A Revista número 22 comunica a finalização do primeiro ano daquela gestão da ABPp

e faz um balanço da gestão biênio 91/92. O texto é assinado pela presidente da Associação

Mônica Mendes. Cada parágrafo comenta uma realização da gestão que encerra seu primeiro

ano de mandato e finaliza convidando o leitor para participar do cronograma científico

cultural organizado pela ABPp. Neste texto o teor do discurso está a serviço da ABPp.

A Revista número 23 apresenta um texto comentando o II Congresso Brasileiro de

Psicopedagogia realizado no primeiro semestre de 1992. Não faz comentários sobre os artigos

presentes na edição e é assinado pela vice-presidente da ABPp.

A revista número 24 comunica a publicação de alguns textos apresentados no II

Congresso Brasileiro de Psicopedagogia em julho de 1992. A editora responsável se despede

do público leitor com o fim de seu mandato que durou quatro anos.

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A Revista número 25 comunica a entrega da Revista para um novo editor, comenta os

artigos e destaca a publicação do Código de Ética como um importante documento que a

Associação tem o empenho de divulgar. (Boletim ABPp, nº 25, 1993, p.4).

A Revista número 26 agradece a colaboração dos leitores por meio do envio de artigos,

apresenta os temas e destaca o aumento da tiragem dos exemplares da Revista, ao mesmo

tempo em que convida para eventos da ABPp.

A Revista número 27 publica uma poesia e votos de Feliz Natal. Sem comentários

sobre os artigos ou sobre a ABPp.

A Revista número 28 comunica que será realizado o VI Encontro de Psicopedagogia

da ABPp.

A Revista número 29 comunica a realização do VI Encontro de Psicopedagogos e seu

objetivo em “refletir sobre o papel do profissional nos diferentes contextos institucionais. Em

seguida relata os nomes de alguns dos profissionais que participaram do evento ressaltando

que estes representam diversas linhas de pensamento. (Revista Psicopedagogia, nº 29, p.4,

1994).

A Revista número 30 publica um texto de congratulações pelo Encontro realizado e

comunica a publicação de alguns trabalhos neste número.

A Revista número 31 publica uma poesia e agradecimento da diretoria que encerra sua

gestão em 1995.

A Revista número 32 comunica a nova Comissão Editorial, a publicação de artigos

selecionados pela Comissão anterior e pede sugestões para os próximos números.

A Revista número 33 comunica que pretende manter a mesma linha editorial do grupo

anterior, e ainda a introdução das seções Compartilhando e Colaboração Nacional, os critérios

utilizados na seleção dos artigos que serão publicados e, por fim, que a publicação da Revista

a partir deste momento será realizada pela Editora Salesiana Dom Bosco. Esta mudança da

Editora responsável pela publicação já pode ser observada pelo manuseio da Revista. Trata-se

de um papel de gramatura diferente dos anteriores. A materialidade neste momento revela a

mudança com a utilização de um papel mais espesso e uma capa também mais elaborada,

utilizando um número maior de cores na sua confecção. Tais características nos remetem a um

aumento no custo da publicação.

A Revista número 34 menciona a intenção de propiciar novas aproximações,

compartilhamos com os nossos associados. São expressões que mostram o uso do espaço para

comunicação explícita entre a Associação e o associado. A partir deste número a Revista

reassume sua intenção inicial em ser um veículo de comunicação entre a ABPp e o associado.

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No texto divulga informações que nos mostram o trabalho da Associação e a constituição da

área. As informações registradas são: pessoas que comparecem na sede da ABPp para

conhecer o trabalho realizado pelo grupo; a criação de um novo estatuto e o pedido de

encaminhamento de contribuições; a criação de novos Núcleos da ABPp em outros estados e

outras cidades; a regularização da mala direta como forma de facilitar a comunicação com os

associados e com isso, fortalecer a Associação; a realização de um Congresso em 1996,

envolvendo diferentes áreas de conhecimento, e por fim, um pedido aos profissionais

sugerindo-lhes que explicitem cada vez mais as contribuições da Pedagogia, da Educação, à

Psicopedagogia, para que parcerias com as demais áreas se instalem de forma gradativa,

competente... Que se privilegie a essência desta intervenção, e não mais a aparência...

Contamos com seu apoio! (Revista Psicopedagogia, nº 34, 1995, p.3).

A Revista número 35 comunica o aumento do número de artigos para comissão

Científica, em seguida relata as vantagens conseguidas pela comissão de publicação, sem

mencioná-las, mas agradece a Editora Salesiana Dom Bosco pela colaboração e orientação

com pareceres, opiniões e informações. No final do texto pede a colaboração com resenhas de

livros para publicação e comunica a decisão em reunião do Conselho da ABPp por não

publicar os memoriais. (Revista Psicopedagogia, nº 35, 1996, p.2).

A revista número 36 relata a dificuldade em publicar os novos números. Por meio

desse texto, pede ajuda aos leitores para divulgar a ABPP e angariar novos sócios, divulgar e

participar do congresso e tentar manter a pontualidade nos seus compromissos financeiros

com a entidade. (Revista Psicopedagogia, nº 36, 1996, p.2,). Ainda neste número comunica a

criação de uma nova seção destinada à publicação de obras de referência e resumos de teses

que contribuirão para o fortalecimento da Psicopedagogia como área de ciências. Também

relata um trabalho que está sendo feito refletindo sobre critérios para proporcionar aos

órgãos que atuam em Ciências e Tecnologia, uma maneira ágil e funcional de organizar os

dados científicos da Psicopedagogia. (Revista Psicopedagogia, nº 36, 1996, p.2).

A Revista número 37 apresenta um texto em que destaca o momento importante da

Psicopedagogia. Esse momento não é explicitado pelo texto Conversa com o leitor. O texto

afirma que pretende distribuir este número da Revista no Congresso Brasileiro. Procurei nos

demais textos e artigos e encontrei, na seção Compartilhando, referências que demonstram o

que pode ser considerado como um momento importante e que justifique a distribuição da

Revista; trata-se de uma audiência com o Ministro da Educação e do Desporto, Paulo Renato

de Souza. O texto relata que na audiência foi formalizado um convite para a participação do

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ministro no Congresso de Psicopedagogia, uma explicitação dos objetivos da ABPp, no III

Congresso, a discussão da área de atuação do Psicopedagogo e seu perfil profissional.

A revista número 38 não possui a seção Conversa com o Leitor. Nas páginas em que

estaria publicada esta seção, encontramos a publicação da seção compartilhando e, logo em

seguida, na mesma edição, a publicação do Código de Ética da ABPp. Não existe, neste

número, nenhuma referência ao fato da não publicação da seção Conversa com o Leitor.

A Revista número 39 destaca o encerramento do biênio 95/96, por meio de um texto de

despedida e também se desculpa pelo atraso na publicação. Ao mesmo tempo, afirma que foi

um ano marcado por turbulências e embates, mas com vitalidade de crescimento de nossa

modalidade profissional. (Revista Psicopedagogia, nº 39, 1996, p. 2).

Na Revista número 40 é destacado o trabalho da presidente Neide Noffs. Segundo o

texto, a presidente utiliza contatos e conhecimentos a favor da psicopedagogia e

conseqüentemente do seu reconhecimento. No parágrafo seguinte, comunica ações que tentam

facilitar o acesso da revista à comunidade de psicopedagogos. Neste momento o texto assume

uma postura de separação entre a Associação e o Conselho Editorial. Relata que fazemos parte

dos grupos de trabalho em boa parte dos projetos em andamento. Posteriormente, lista as

decisões tomadas pelo Conselho Editorial e suas ações para ter acesso à comunidade dos

Psicopedagogos. Em seguida, comunica a preparação de um folder sobre o reconhecimento da

profissão, encartado junto à revista, e sua distribuição para colaborar com a Comissão de

Reconhecimento da Profissão. Ao finalizar o texto, solicita cuidados no envio de artigos para

publicação ficando atento às normas. Comunica que a demora na resposta do artigo faz parte

do processo anônimo que é percorrido pelos artigos no momento em que são submetidos à

comissão de leitores críticos do Conselho Editorial.

A Revista número 41 agradece o apoio dos associados pelos artigos. Comunica que as

deliberações das comissões da ABPp estão em andamento e solicita a participação dos

leitores. Para finalizar o texto, solicita indicações de bibliotecas públicas para aumentar o

número de permutas. Essas permutas não são esclarecidas. Considerando-se que no final da

revista, nas últimas páginas, temos a seção publicações recebidas, subentende-se que são

permutas da Revista com livros e periódicos de outras entidades.

A Revista 42 é considerada um número especial por publicar sobre a regulamentação

da profissão. Segundo o texto, o número atrasou a pedido da presidente da ABPp, que

solicitou a espera na publicação deste número com o intuito de publicar os pareceres das

conselheiras da ABPp sobre a regulamentação da profissão.

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Estes pareceres foram publicados na página seguinte, por meio de uma seção

introduzida especificamente neste número, intitulada Regulamentação. Esta seção possui três

páginas com pequenos textos assinados pelas conselheiras da ABPp, representantes de seções

de diferentes estados e cidades. No final do texto Conversa com o Leitor a editora responsável

destaca a entrevista com Ivan Capellatto17 e sua opinião sobre a regulamentação.

A Revista número 43 destaca que este é um momento delicado para o reconhecimento

da profissão. Apresenta a revista como um instrumento reconhecido no meio científico de

divulgação do trabalho do Psicopedagogo: é a única forma de buscarmos uma iniciativa no

nosso discurso enquanto psicopedagogos. Muitas são as formações, muitas são as práticas...

É hora de sabermos dividir e construir um espaço que é nosso!!!. (Revista Psicopedagogia, nº

43, 1998, p. 3).

Neste momento a ABPp é destacada como órgão de luta da Psicopedagogia, é a

revista a serviço da ABPp somente.

Na Revista 44 comunica que o projeto de regulamentação da profissão está na

Comissão de Educação da Câmara. O Conselho Editorial optou pelo atraso na publicação da

revista, em função do encaminhamento financeiro. Em seguida, afirma: Felizmente nosso

congresso foi um sucesso e vamos poder arcar com os compromissos de 1998. (Revista

Psicopedagogia, nº 44, p. 3, 1998). A frase revela que uma das fontes de recursos para a

confecção da Revista é a ABPp, e que os eventos promovidos pela ABPp, como os

Congressos, é também mais uma fonte de recursos a serem usados na publicação da Revista. É

a primeira vez que aparece esta comunicação.

A Revista número 45 apresenta um texto de despedida. É o término de uma gestão.

Agradece o apoio recebido e comunica que possui artigos aprovados na fila para publicação,

além do espaço livre para manifestações como forma de garantia para a apresentação das

diferentes vertentes teóricas. (Revista Psicopedagogia, nº 45, 1998, p. 3)

Na Revista número 46 são publicados os agradecimentos pela colaboração das

diferentes comissões e da presidente da ABPp. Para finalizar o texto, afirma que esta diretoria

está deixando uma estrutura montada e facilitadora para o próximo grupo.

A revista número 47 apresenta o texto da nova gestão, biênio 99/2000. Afirma que

haverá uma continuidade da gestão anterior. Esta continuidade parece clara quando vemos na

17 Na entrevista publicada na edição número 42, de 1997, p. 34 – 35, Ivan Capellatto é apresentado como psicólogo, supervisor do GEIC (Grupo de Estudos e Pesquisas em Psicopedagogia da Infância e Adolescência) de Cuiabá – MT e Londrina – PR , professor convidado do Curso de Terapia Breve e Familiar do THE MILTON H. ERICKSON FONDATION INC., em Phoenix – Arizona – USA. Professor convidado do curso de Reciclagem de Psicopedagogia da Infância do Departamento de Pediatria da Maternidade de Campinas. (Revista Psicopedagogia, 1997, nº 42, p. 34)

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página anterior a publicação da seção Compartilhando assinada pela presidente da ABPp,

Nívea Maria de Carvalho Fabrício que até o número anterior assinava os textos como Editora

Responsável, função esta que cabe a vice presidente da ABPp. Neste texto da seção Conversa

com o Leitor, a nova Editora Responsável afirma ter aceitado o cargo de vice presidente da

ABPp e que tem por função cuidar da revista.

A Revista número 48 afirma que a publicação da Revista Psicopedagogia tem por

intenção veicular artigos que contribuam para a fundamentação e instrumentalização do

profissional, e em seguida apresenta os artigos desta edição.

Na Revista número 49, a seção apresenta os artigos publicados nesta edição. Afirma

existir nos artigos publicados um referencial prático teórico tão necessário para práxis

psicopedagógica, segundo a autora. Em seguida, afirma que ampliar o campo da

Psicopedagogia, conversando com outras áreas (sociologia, filosofia, lingüística) é uma

constante em nossa prática, porém neste número da nossa Revista isso torna-se mais uma vez

evidente. (Revista Psicopedagogia, nº 49, 1999, p. 3,).

A Revista número 50 apresenta o resumo de todos os artigos publicados. A autora

enfatiza a prática como forma de ampliar o referencial teórico. A afirmação extraída do texto

nos mostra esta ênfase:

Os artigos e relato de experiência que compõem esta revista atendem sem dúvida a uma crescente demanda, que é a de propiciar ao profissional psicopedagogo um referencial prático, e ampliam sem dúvida alguma o referencial teórico. (Revista Psicopedagogia, nº 50, 1999, p.3).

A Revista número 51 apresenta o texto com um título: Aprender a conhecer, Aprender

a ser, Aprender a viver, Aprender a fazer. A autora explica que este é um dos parâmetros

apontados pela UNESCO para a educação do século XXI e, neste momento, permeia a edição

número 51 como um todo.

A Revista número 52 apresenta-se como edição comemorativa dos 20 anos da ABPp.

Logo no início do texto anuncia a comemoração e posteriormente chama a atenção para o

novo projeto gráfico envolvendo capa e logotipo da revista. Em seguida explicita o caminho

que é traçado pela Revista e pela Associação com o objetivo de construir uma identidade. Em

seguida afirma: A publicação da revista Psicopedagogia é, sem dúvida, uma demonstração

dessa realidade. (Revista Psicopedagogia, nº 52, 2000, p. 3).

A edição número 53 traz como título Educação no terceiro milênio: uma forma de

construir a felicidade do ser humano. Afirma que o compromisso desta edição é atualizar o

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profissional da Psicopedagogia. Em seguida, chama a atenção para os avanços da ciência e

tecnologia que nos impulsionam para novos conhecimentos. Após essa afirmação enfatiza a

visão transdisciplinar na educação, como uma possibilidade para o terceiro milênio. Nos

parágrafos finais do texto destaca o livro de Edgar Morin: Os sete saberes necessários à

Educação do futuro.

Aponta a possibilidade da leitura desta edição contribuir para as divergências do dia-a-

dia do profissional e finaliza o texto com uma frase do Talmude.

Na edição número 54 a autora justifica o atraso da publicação por meio de uma

reflexão acerca do tempo e do erro. Esta reflexão é embasada em argumentos de Edgar

Morin, citado no número anterior. Neste texto cita novamente o livro e destaca trechos da

obra. Posteriormente aponta a volta da seção Colaboração Nacional e afirma que os artigos

desta edição levam a refletir sobre as propostas de Edgar Morin.

A edição número 55 é apresentada, logo na capa, como edição especial. Tem esse

caráter porque publica os textos completos das conferências e mesas de debate do Fórum

Psicopedagógico promovido pela ABPp, realizado em julho de 2001. Esta edição é publicada

em setembro de 2001. Por se tratar de Edição Especial, ela não apresenta todas as seções.

Apresenta uma edição diferenciada com o formato de livro. Inicia-se com a seção Palavra da

Presidente e logo em seguida, no lugar da seção Conversa com o Leitor, é publicado um texto

de Apresentação assinado por Vânia Maria C. B. de Souza que ocupa o cargo de Diretora de

Relações Públicas Adjunta da ABPp.

A edição número 56 apresenta um texto assinado por duas autoras: Maria Cristina

Natel, da Coordenação Editorial e Vânia Maria C. B. de Souza que a partir da edição número

55 tem seu nome publicado na Coordenação Editorial substituindo Maria Cristina Natel. O

texto apresenta os artigos chamando a atenção do leitor para os variados enfoques que ali

existem.

A edição número 57 é diferenciada das demais. Não é apresentada na capa como

edição especial, mas destaca a aprovação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001. O texto da lei é

publicado na própria capa: Autoriza o Poder Executivo a implantar assistência psicológica e

psicopedagógica em todos os estabelecimentos de ensino básico, com o objetivo de

diagnosticar e prevenir problemas de aprendizagem. (Revista Psicopedagogia, nº 57, 2001,

capa). As seções Compartilhando e Conversa com o Leitor não são publicadas. Nas páginas

em que estas apareceriam encontram-se: entrevista com a presidente da ABPp, comunicado do

deputado autor do projeto de lei, seguido de duas justificativas, ambas assinadas por

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deputados que participaram da aprovação do projeto de lei. As demais seções da Revista são

mantidas neste número.

A edição número 58 também é uma edição especial. Apresenta-se na capa como edição

especial por publicar os textos do mesmo fórum já citado na edição número 55. São edições

com capas iguais, com a diferença que a número 58 publica o canto direito inferior com a

informação volume 2. No seu interior segue o mesmo padrão atribuído para a número 55.

A edição número 59 apresenta um texto em que a autora justifica ter assumido o cargo

de Editora da Revista Psicopedagogia com o objetivo de reformular para atender aos padrões

estabelecidos para uma revista cientifica. Com isso, explica que as reformulações praticadas

nesta edição visam atender as exigências da ABNT e a busca de novos indexadores. Em

seguida apresenta os novos campos da revista. A palavra campo aqui é utilizada com o mesmo

significado de seções.

A edição número 60 apresenta um texto com epígrafe de Guimarães Rosa do romance

Grande Sertão Veredas. O texto enfatiza as mudanças da revista com o objetivo de expandir e

melhorar a qualidade. Posteriormente comunica o aumento da tiragem, convida o leitor a

visitar o site da ABPp e ler o Diálogo Psicopedagógico, um novo boletim da ABPp que está

sendo lançado. Finaliza o texto com um parágrafo em comemoração ao dia do Psicopedagogo

em 12 de novembro.

Como podemos ver a seção Conversa com o leitor desempenhou o papel de fazer a

comunicação entre o Conselho Editorial da Revista e o leitor. Os textos voltam-se para

comentários sobre os artigos publicados por aquele número. Ao mesmo tempo, em muitos

desses textos, comentam-se ações da Associação. São revelações possíveis quando se analisa

o periódico da perspectiva de sua produção e distribuição, e reconhece-se em seus discursos

estratégias editoriais em correspondência com estratégias políticas e pedagógicas modelando

práticas de leituras.

3.3 - A seção compartilhando – Fase Revista Nacional

A ABPp dada a conhecer?

A partir da edição número 33, foi introduzida uma nova seção. Trata-se da seção

Compartilhando. É um espaço destinado à comunicação entre a presidente da ABPp e o

associado, reafirmando a intenção da Revista em ser um veículo de comunicação entre a

Associação e o associado como foi explicitado pelo Boletim da Associação Estadual de

Psicopedagogos do Estado de São Paulo. (Boletim AEPSP, 1982, p.3)

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O texto desta seção é assinado pela presidente em exercício. A Revista passa a ter duas

seções que ocupam um espaço semelhante ao do Editorial. Constata-se por meio da leitura

destas duas seções que, a partir deste número, a seção Compartilhando dedica-se a comunicar

realizações da Associação, sendo um espaço reservado para a presidente da Associação,

enquanto a seção Conversa com o leitor será um espaço reservado para comunicação de

realizações do Conselho Editorial em relação à Revista.

A Revista número 33 apresenta o primeiro texto da seção Compartilhando. Neste, a

presidente explica que esta nova seção foi criada com a intenção de propiciar novas

aproximações com nossos associados através da veiculação de informações envolvendo a

ABPP. (Revista ABPp, nº 33, 1995, p.3).

No decorrer do texto há uma explicação sobre a estrutura e o funcionamento da

Associação. A autora, a presidente em exercício Neide de Aquino Noffs, apresenta como é

composto e formado o Conselho Nacional, como também a periodicidade de suas reuniões.

Explica o funcionamento das reuniões do Conselho e apresenta as comissões existentes com

seus temas, objetivos e respectivos coordenadores. Posteriormente apresenta outras áreas de

trabalho da Associação e finaliza afirmando que pretende fortalecer os profissionais que

trabalham com a Psicopdegogia esclarecendo que esta é uma área de atuação multidisciplinar

em que devemos trabalhar em parceria respeitando prioritariamente a Educação de onde

originariamente somos egressos... (Revista ABPp, nº 33, 1995, p.3).

O texto apresentado pela edição número 34 está assinado pela vice-presidente Nívea

Maria de Carvalho Fabrício. Esta autoria me chamou a atenção, pois a Conversa com o leitor

que vem logo a seguir está assinada pela presidente. Nessa troca de autoria dos textos não foi

encontrada a existência de nenhuma errata no número posterior. A partir do número 35 a

autoria desses textos volta a ser publicada como anteriormente. Parece estar-se diante de uma

troca ou erro que nem sequer foi notada ou preferiu-se ignorar. O texto da seção

Compartilhando da edição número 34 que temos aqui é a narração de questões vinculadas ao

Conselho Editorial da Revista. O discurso deste número gira em torno das decisões tomadas

pelo Conselho Editorial sobre os critérios adotados e deliberados em reunião do Conselho para

definir o entrevistado pela Revista.

A Revista número 35 publica um texto comunicando o encerramento de um ano da

gestão (biênio 95/96) e apresenta uma lista das realizações da gestão finalizando com

agradecimentos.

A Revista número 36 anuncia a realização do III Congresso de Psicopedagogia pela

Associação. Apresenta um breve resumo dos trabalhos das Comissões Científicas. Segundo

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relato da seção Compartilhando, as seções ou núcleos da Associação participam da

organização do evento representadas por suas Comissões Científicas. Estas fazem indicações

de temas e palestrantes para participarem do Congresso com o objetivo de assegurar as

especificidades regionais. As decisões foram tomadas pela Comissão Científica Nacional que

utilizou como critério o caráter inédito das apresentações e a representatividade qualitativa

representativa (Revista Psicopedagogia, 1996, nº 36, p. 3) Comunica a participação da

Associação como parecerista do documento Parâmetros Curriculares Nacionais para o

Ensino Fundamental – Documento Introdutório na seção Fundamentos Psicopedagógicos. O

fato é destacado como um marco desta área de conhecimento por ter em seu conhecimento

específico um fato reconhecido. Para finalizar o texto, comunica o recebimento de uma carta

do secretário municipal de Educação de Londrina apoiando o trabalho da ABPp frente à

regulamentação da profissão e um parágrafo pedindo a colaboração dos associados para

divulgarem a ABPp.

A Revista número 37 publica um texto apresentando os avanços conseguidos pela

ABPp em relação à regulamentação da profissão. Apresenta como fato importante a

participação do Ministro da Educação e do Desporto na sessão de encerramento do III

Congresso. Agradece a seção Goiás que conseguiu um espaço na agenda do Ministro da

Educação por meio de um parlamentar. Finaliza o texto com um relato da discussão realizada

na reunião do Conselho da ABPp.

A Revista número 38 publica um texto apresentando os resultados da avaliação do III

Congresso. São dados coletados com os participantes e tabulados pelo Conselho Nacional

pertencente a ABPp. Posteriormente comunica que o Código de Ética foi aprovado pela

Assembléia realizada durante o Congresso, e o crescimento da Associação por meio da

criação de novas seções e aumento do número de membros inscritos.

A Revista número 39 publica um relato de atividades realizadas pela gestão 95/96 que

chega ao seu fim. Comunica o surgimento de novas seções e núcleos da ABPp pelo Brasil.

Finaliza com o resultado da eleição dos conselheiros para o biênio 97/98, apresentando todos

os nomes acompanhados do número de votos recebidos.

A Revista número 40 publica um relato de atividades realizadas pela gestão em ordem

cronológica. Dentro desta atividade, a que possui maior destaque é o comunicado sobre o

projeto de lei para a regulamentação da profissão. Em seguida publica a síntese do projeto de

lei.

A Revista número 41 publica um texto explicando a finalidade da seção dentro da

revista: atualizar a classe de psicopedagogos, relatando os acontecimentos mais relevantes

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envolvendo o período entre o último número da revista e a atual. Posteriormente comunica

que a prioridade do momento é os informes envolvendo a regulamentação da profissão. Com

isso, o texto informa detalhes sobre o procedimento de um projeto de lei dentro da Assembléia

Legislativa e todo o seu trâmite até o momento da aprovação. Junto é publicada uma foto que

registra o momento da entrega do projeto. Para finalizar, a autora enfatiza que a aprovação

dependerá da vontade política dos Psicopedagogos. (Revista ABPp, nº 41, 1997, p.2).

A Revista número 42 publica o texto acompanhado de uma foto da presidente Neide de

Aquino Noffs, e da ex-presidente e conselheira nata Edith Rubinstein em companhia do

Deputado Federal Jair Meneghelli. Por meio do texto, é explicado que o Projeto de Lei para a

regulamentação da profissão foi aprovado junto à Comissão de Trabalho, de Administração e

Serviço Público. O texto destaca a participação do Deputado na defesa do Projeto e finaliza

com a publicação do relatório da comissão acompanhado de uma carta da ABPp enviada à

Comissão.

A Revista número 43 comunica a realização do VIII Encontro de Psicopedagogos com

o tema: Psicopedagogia: desafios na formação e atuação profissional. Após o encerramento

do texto é publicado um em tempo em que a autora comunica que haverá uma audiência

pública para que seja discutido com os diferentes segmentos a importância da lei 3124/97. Em

seguida, há um discurso de protesto da autora que afirma: a psicopedagogia não pode ser

confinada como reserva de mercado de qualquer profissão já existente.” (Revista ABPp, nº

43, 1998, p.2). Ao finalizar o texto comunica que está sendo elaborado um parecer a respeito

da lei citada.

A Revista número 44 comunica que representantes da Psicopedagogia participaram

juntamente com representantes da Psicologia de uma teleconferência e uma audiência pública

sobre o tema: Especialização não é profissão. Em seguida a autora relata as dificuldades

financeiras da ABPp que quase não permitiram a publicação da Revista, e que esta situação

foi sanada com a realização do Encontro de Psicopedagogos que trouxe a verba necessária

para a publicação da Revista.

Revista número 44 ainda comenta dois fatos ligados ao tema da regulamentação da

profissão. O primeiro deles, ocorrido em 24/04/98, foi a participação do prof. Dr. Lino de

Macedo, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e da então Presidente da

Associação, a Drª Neide de Aquino Noffs, em uma teleconferência organizada pelo CRP

(Conselho Regional de Psicologia) para discutir o tema “Especialização não é profissão”. O

outro fato teria ocorrido em 18/06/98, em Brasília, onde uma equipe de assessoria do

Congresso promoveu uma situação chamada de audiência pública. Foi uma discussão

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realizada com quatro representantes do CRP e quatro representantes da ABPp. O tema da

discussão foi a Psicopedagogia como profissão. Pode-se constatar por meio destes dois fatos o

que Pierre Bourdieu afirma no parágrafo transcrito abaixo. Ou seja, a realização de tal

discussão nos mostra a reação daqueles que, até aquele momento, monopolizam o capital

específico dentro do campo da Educação. A participação de representantes da ABPp nessa

discussão é o reconhecimento da existência de novos agentes na relação de força dentro do

campo da Educação.

Pierre Bourdieu afirma em seu texto Algumas propriedades do campo

Aqueles que, num estado determinado de relação de força, monopolizam (mais ou menos completamente) o capital específico, fundamento do poder ou da autoridade específica característica de um campo, tendem a estratégias de conservação – aquelas que nos campos da produção de bens culturais tendem à defesa da ortodoxia -, enquanto os que possuem menos capital (que freqüentemente são também os recém-chegados e portanto, na maioria das vezes, os mais jovens) tendem à estratégias de subversão – as da heresia. É a heresia, a heterodoxia, enquanto ruptura crítica, freqüentemente ligada à crise, juntamente com a doxa, que faz com que os dominantes saiam de seu silêncio, impondo-lhes a produção do discurso defensivo da ortodoxia, pensamento “direito” e de direita, visando a restaurar o equivalente da adesão silenciosa da doxa. (BOURDIEU, 1983, p.90)

A Revista número 45 relata o sucesso do VIII Encontro de Psicopedagogos, e os

resultados dos dados tabulados a partir de entrevista realizada com os participantes do

Encontro, mostrando o número de profissionais que participaram do Encontro e suas

formações. Em seguida comunica que o projeto de lei sobre a regulamentação da profissão

encontra-se em compasso de espera em função das eleições e a redefinição do quadro do

Congresso Nacional. Finaliza comunicando que nos próximos números da revista serão

publicadas algumas falas dos representantes que participaram da audiência pública discutindo

a regulamentação da profissão.

Na revista número 46 foi publicado o maior texto da seção Compartilhando até este

número. Um texto com oito páginas. O texto é a transcrição da audiência pública realizada em

18/06/1998 na Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados. A audiência foi

convocada pela relatora do projeto nº 3.124-A/97 que propõe a regulamentação da profissão

de Psicopedagogia. No texto são relatados os nomes de todos os participantes da audiência e

funcionários do congresso. Não existe nenhuma frase da presidente, como de hábito, tratando-

se assim de uma transcrição de toda a audiência na sua íntegra.

Na Revista número 47 o texto anuncia o início de uma nova gestão: biênio 99/2000. A

autora relata a manifestação de apoio recebida de diferentes regiões do Brasil. Afirma que

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manterá os trabalhos da gestão anterior em relação à regulamentação da profissão. Destaca o

apoio da presidente da gestão anterior Neide Noffs. Finaliza comunicando que já está em

preparação o Congresso de Psicopedagogia e que existe uma conselheira membro da diretoria

cuidando da inserção da ABPp na internet.

Na Revista número 48 o texto relata o final do primeiro semestre de gestão destacando

as realizações desta diretoria. Ressalta a realização de uma imersão dos membros da diretoria

ocorrida em Campos do Jordão com o objetivo de discutir, refletir e traçar metas para a

Psicopedagogia e área de formação de Psicopedagogos. Comunica que na abertura e

fechamento das reuniões do Conselho Nacional haverá a apresentação de um trabalho

científico. Para finalizar o texto comunica que a presidente da comissão de regulamentação,

Neide Noffs, participou de uma reunião em Brasília com o deputado Barbosa Neto e relembra

a necessidade de todos conversarem com os deputados federais da Comissão de Educação de

cada região e anuncia a publicação do livro dos Congressos de 96 e de 98 a serem lançados

em 1999.

Na Revista número 49 o texto destaca que a Psicopedagogia tem crescido no Brasil.

Exemplifica dizendo que existem cursos de especialização, assim como de Mestrado Stricto

Senso, além de vários congressos e publicações sobre o tema. Agradece os convites recebidos

para a ABPp participar dos congressos e encontros espalhados pelo Brasil. Elabora uma lista

por cidades que sediaram eventos relacionados com a Psicopedagogia e convidaram a ABPp.

Comunica que estes eventos culminarão na realização do I Congresso Latino-americano – V

Congresso e IX Encontro Nacional de Psicopedagogos do ano 2000 em São Paulo. Para

finalizar comunica a realização de uma imersão do Conselho da ABPp e a definição do tema

do Congresso: Ampliando a Psicopedagogia: avanços teóricos e práticos.

Na revista número 50 é feito um relato dos trabalhos realizados durante o primeiro ano

desta gestão. Com destaque para a reunião do Conselho Nacional que aconteceu em Goiânia

com o apoio da Seção de Goiás, a transformação do núcleo de Santa Catarina em Seção e a

eleição da empresa Futuro para a organização do Congresso de Psicopedagogia.

Na Revista número 51 relata a comemoração dos 20 anos da ABPp e realização do V

Congresso Brasileiro de Psicopedagogia, a realização de um pré-congresso com a participação

dos coordenadores de cursos de Psicopedagogia do Brasil e a realização de uma audiência

pública sobre a regulamentação da profissão em Brasília.

Na revista número 52 a seção aparece com o título A maioridade da ABPP. Destaca a

realização do V Congresso de Psicopedagogia por meio do número de trabalhos apresentados.

O texto cita que foram apresentados 300 trabalhos e atendeu a 1418 inscritos. Posteriormente

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relata a realização da Assembléia Geral da ABPp durante o Congresso sendo aprovada a

prorrogação de mais um ano para todas as diretorias e conselhos das gestões que se

encontravam em exercício em 2000. Nesta assembléia também foi eleito o conselho fiscal e

uma comissão para a discussão do novo estatuto da ABPp. Para finalizar o texto a autora cita

que a comemoração dos 20 anos da ABPp indica sua maioridade.

A Revista número 53, no lugar do texto habitual, publicou um conto hindu, de autor

desconhecido. O conto ressalta a necessidade de se olhar para nossos defeitos e reconhecer

que eles poderão gerar beleza. A autora justifica que as informações ordinárias serão

apresentadas no último número do ano 2000, a próxima edição.

A Revista número 54 destaca a publicação da audiência pública realizada em

06/06/2000 junto à Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Esta comissão debate o

Projeto de Lei de regulamentação da Psicopedagogia como profissão. Comunica a realização

de uma reunião com a presidente do Conselho Federal de Psicologia para debater

possibilidades de acordos. Comunica a contratação de uma advogada para orientação sobre o

registro da Psicopedagogia no Código de Ocupação.

A Revista número 55 publica a seção com o título Palavra da Presidente. Nesta é

comunicada a decisão de realizar um fórum Psicopedagógico sobre Avaliação, momento em

que será votado, em assembléia geral, o novo estatuto da ABPp. Dessa forma, justifica que a

realização do Fórum acontece para garantir a Assembléia Geral.

Na Revista número 56 de 2001 a autora inicia o texto comemorando a aprovação do

projeto de lei nº 3124/97 na Comissão de Educação, Cultura e Desporto. Em seguida

comunica a realização do Fórum de Psicopedagogia com o tema: Debate Nacional sobre

Avaliação na Aprendizagem que atendeu a um público de 800 pessoas inscritas. Também

comunica a existência de uma Comissão de Credenciamento. Esta Comissão é responsável

pelo credenciamento e reconhecimento do profissional como Psicopedagogo Especialista e

postulante ao título de Sócio Titular. Para finalizar comunica a realização das eleições para o

Conselho Nacional e a aprovação do Projeto de lei nº 128/2000, que estabelece a implantação

de assistência psicológica e psicopedagógica em todos os estabelecimentos públicos de Ensino

do Estado de São Paulo.

Na revista número 57 não é publicada a Seção Compartilhando. Esta é uma edição

diferenciada em relação às demais. Isto se deve à publicação da Lei nº 10.891 de 20/09/2001.

Em seu lugar são publicadas: entrevista com a presidente da ABPp, Nívea Maria de Carvalho

Fabrício e logo em seguida um Comunicado e duas Justificativas, todos os textos estão

tratando do significado e importância da Lei nº 10.891, para a Psicopedagogia.

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Na Revista número 58 a presidente se despede por concluir seu mandato e destaca as

realizações como a compra do prédio da nova sede sem desfazer do prédio da sede anterior.

Faz referência ao processo eleitoral que pela primeira vez teve chapas concorrentes: três

chapas. Afirma que duas chapas eram encabeçadas por membros da diretoria e a outra não.

Finaliza parabenizando a nova presidente, Maria Cecília Gasparian, solicitando a ela que

continue sendo a mediadora que sempre foi quando diretora da ABPp.

Na revista número 59 a nova presidente, Maria Cecília Gasparian, se apresenta ao

leitor com texto de agradecimento à diretoria anterior. Em seguida comunica que a ABPp

estará promovendo uma série de eventos para atender a uma demanda existente em relação a

cursos de atualização e aperfeiçoamento. Afirma que a proposta desta gestão é

uma política pública, atendendo as classes menos favorecidas, demonstrando a eficácia de nossa atuação, poderemos ter força política para vencermos mais uma batalha na grande luta pela qualidade, espaço de trabalho e dignidade do psicopedagogo. (Revista ABPP, nº 59, 2002, p.2).

Na revista número 60 a presidente da ABPp relata sua participação em Encontros de

Psicopedagogia realizados pelo Brasil todo, os pedidos de abertura de Núcleos em outros

estados e as atividades realizadas pela ABPp Nacional. Posteriormente comunica a realização

de convênios entre a ABPp e lojas e livrarias para compra de material para psicopedagogos.

Também comunica o estabelecimento de um convênio com uma seguradora para adesão de

Seguro de Vida Profissional. Comunica a elaboração do novo do site da ABPp, do

Informativo Diálogo Psicopedagógico e da reformulação da Revista Psicopedagogia visando

maior cientificidade.

A seção Compartilhando encerrou sua publicação na Revista número 60. A partir da

Revista número 61, pertencente a Fase Revista Indexada, observa-se o retorno do Editorial. A

leitura destes editoriais revelou um discurso voltado para as mudanças ocorridas no interior da

Revista. O foco dos editoriais recai sobre as ações do Conselho Editorial. O papel

desempenhado pela seção Compartilhando é interrompido. As ações da Associação passam a

serem comunicadas pelo site da ABPp e do Informativo Diálogo Psicopedagógico.

Com a finalização da Fase Revista Nacional pode-se verificar que este foi um período

de grande diálogo entre a Associação e seus associados. A seção compartilhando foi o espaço

utilizado para essa comunicação. O tema mais recorrente foi o Projeto de Lei de

regulamentação da profissão. Com esta análise verifica-se o papel da Associação Brasileira de

Psicopedagogia diante da construção histórica da área da Psicopedagogia. Por um lado

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encontra-se uma Associação arregimentando os profissionais, provocando o debate sobre o

conhecimento da área e da defesa de seus interesses. Por outro lado, encontra-se também a

Associação controlando os saberes e práticas por meio da publicação do seu periódico. Esse

controle também tem por objetivo organizar a área de Psicopedagogia para que continue

pertencendo ao campo da Educação.

3.4 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia publicados pela Fase Revista Nacional

Em 1992, na realização do Segundo Congresso e Quinto Encontro de Psicopedagogos,

a Associação apresentou como tema A práxis Psicopedagógica na Realidade Educacional

Brasileira. Segundo Scoz, ao destacar a existência de uma práxis psicopedagógica, a

Associação adota uma posição que tem como objetivo propor mudanças na instituição escolar e

oferecer aos alunos a possibilidade de repensar o tratamento que se dá à aprendizagem nas

escolas brasileiras, por meio de um enfoque multidisciplinar levando em conta uma

pluricausalidade de fatores que interferem no processo de aprender, sem perder de vista a

dimensão mais ampla da sociedade. (Scoz, 1992, p. 42)

O Congresso aparece na Revista número 23, do primeiro semestre de 1992, por meio

do texto intitulado Flash!.Este texto apresenta um subtítulo: Psicopedagogia apresenta

“flashs” do II Congresso Brasileiro de Psicopedagogia e V Encontro de Psicopedagogos,

promovido pela ABPp no mês de julho, em São Paulo. O texto é composto dos comentários de

participantes de diferentes estados do Brasil. Os participantes comentam os temas apresentados

no Congresso e a importância destes para suas respectivas atuações e para o desenvolvimento

da Psicopedagogia no seu estado. (Revista Psicopedagogia, nº 23, 1992, p. 8). O modo como se

apresenta o congresso contrasta com a avaliação de Scoz. A opinião dos participantes parece

indicar uma zona de consenso sobre as práticas e objetos da área.

A Revista número 28, de 1994, publicou artigo intitulado Mesa Redonda – A formação

do Psicopedagogo: Análise e Reflexão de autoria de Sônia Azambuja Fonseca. A autora é

apresentada como psicóloga, pedagoga, psicopedagoga e professora coordenadora geral do

Centro de Estudos Médicos e Psicopedagógico de Porto Alegre. Neste artigo a autora tem como

objeto de estudos o processo de formação em Psicopedagogia. Afirma que esta formação

decorre da concepção sobre a área de conhecimento e do seu campo de atuação. Esta

afirmação, sobre o processo de formação em Psicopedagogia, é explicada pela autora como

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decorrência da concepção que tem sobre aquela área do conhecimento e do seu campo de

atuação ou dos princípios filosóficos, teóricos e metodológicos que orientam a práxis do

profissional que nela atua. Com isso a autora apresenta seus questionamentos: O que é a

Psicopedagogia? Qual o seu objeto de estudo? Quem é o psicopedagogo?. Em relação a esse

tema afirma que se pode encontrar respostas diferenciadas e que isto se deve aos diferentes

referenciais filosóficos, teóricos e metodológicos utilizados por cada profissional que atua com

formação em Psicopedagogia no sul do país. Neste ponto do artigo, em nota de rodapé, a

autora faz referência ao artigo publicado por Clarissa Golbert no Boletim número oito de 1985.

Prosseguindo com suas reflexões a autora apresenta suas definições sobre

Psicopedagogia. Estas são apresentadas em um pequeno texto que afirma que Psicopedagogia é

uma ciência aplicada e amplia seus argumentos citando que naquele momento, 1994, a

Psicopedagogia encontra-se em fase de estruturação de seu corpo teórico. Posteriormente, a

autora afirma que o psicopedagogo é um profissional que reúne conhecimentos de várias áreas.

Diante dessas constatações, a autora propõe sua reflexão por meio de mais questionamentos: os

cursos estão fornecendo um referencial teórico e currículo básico que dê conta da

multiplicidade de variáveis que interferem na complexidade da aprendizagem humana?

Apresenta como justificativa para tal questionamento o fato de se ter deparado com respostas

unilaterais a respeito da aprendizagem humana. Avalia que as respostas apresentadas não

fornecem uma compreensão suficiente e consistente. Também afirma que para a compreensão

do processo de aprendizagem humana é necessário um enfoque não apenas multidisciplinar,

mas interdisciplinar. Em seguida apresenta um novo questionamento que recai sobre os cursos

de formação em Psicopedagogia: estão os cursos de formação fornecendo instrumentalização

suficiente aos futuros psicopedagogos quanto a avaliação e a prática psicopedagógica? Este

questionamento, para a autora, é decorrência de suas observações sobre um profissional que

apresenta uma prática interpretativa e analítica diante de todas as produções do sujeito. Neste

ponto o artigo se refere ao psicologismo observado em alguns profissionais e chama a atenção

para o quanto isso é preocupante. Ao finalizar a argumentação sobre este questionamento a

autora afirma ser esta questão, no seu entendimento, uma questão de foco, de identidade

profissional e de ética profissional. Posteriormente a autora afirma ser fundamental que o

psicopedagogo tenha claro que seu objeto de estudo é o sujeito e o seu processo de

aprendizagem e que este objeto de estudo não é exclusivamente psicológico, mas

psicopedagógico. Para tanto a autora chama a atenção para a necessidade de uma formação do

psicopedagogo com uma instrumentalização adequada para lidar com aspectos relacionados

ao desenvolvimento cognitivo e psicolingüístico além da aprendizagem matemática. Neste

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momento defende que a formação do psicopedagogo deve ser multidisciplinar, assentada sobre

diversas ciências, visando sempre que possível, a difícil interdisciplinaridade.

Em seguida cita novamente Clarissa Golbert e destaca os seguintes três pontos sobre a

formação do psicopedagogo: primeiro para Fonseca, é necessária uma formação que possibilite

a discussão a partir de um ponto de vista filosófico, acerca da concepção de homem como

também dos valores que estão implícitos nas teorias educacionais. Segundo, ao mesmo tempo,

é necessário na formação uma reflexão do ponto de vista sociológico para a compreensão do

seu tempo e do seu espaço sócio-cultural. Terceiro, a autora aponta ainda que, do ponto de

vista psicológico, uma fundamentação abrangente e profunda, envolvendo principalmente o

estudo do desenvolvimento – psicologia evolutiva e dinâmica – das relações interpessoais na

família e na escola, das teorias de aprendizagem, da aquisição do conhecimento e das

dificuldades de aprendizagem.

Posteriormente chama a atenção para a existência de uma Psicopedagogia tradicional

com seu foco de trabalho priorizando o estudo do fracasso da criança nas aprendizagens.

Aponta com isso a existência de uma Psicopedagogia atual, que esta se volta para o estudo dos

processos de desenvolvimento e o estudo do aprender (sentido amplo) e das aprendizagens

escolares (sentido restrito). Finaliza com a afirmação de que a compreensão do processo que

leva ao êxito poderá esclarecer o fracasso.

Com tais afirmações, a autora chama a atenção para o trabalho que é desenvolvido pelo

psicopedagogo com pontos de vista do aluno, do professor, da escola e da família na tentativa

de integrar com as informações de outros profissionais sem perder de vista o seu referencial

que é o conhecimento e o entendimento dos processos de aprendizagem. Enfatiza as

características formativo-pessoais necessárias para favorecer a práxis do profissional em

Psicopedagogia. O artigo é finalizado com uma citação da autora Madalena Freire sobre a

construção responsável do educador e uma lista de características formativo-pessoais

favoráveis e prática psicopedagógica. (Revista Psicopedagogia, nº 28, 1994, p.19 - 22)

Este artigo, de Sonia Azambuja Fonseca, foi publicado em 1994 . Foi publicado após a

dissertação de Beatriz Scoz e ao mesmo tempo em que é publicado o livro de Nádia Bossa: A

psicopedagogia no Brasil. Os três estudos convergem para o mesmo ponto. Ou seja, as três

autoras apresentam como objeto de estudos para a psicopedagogia o processo de aprendizagem.

Na Revista nº 44 de 1998, Maria Cecília Almeida e Silva publicou um artigo intitulado

O objeto da Psicopedagogia. O artigo discute sobre a mudança ocorrida em relação ao objeto

de estudos da Psicopedagogia ao longo do tempo. A autora não faz uma análise cronológica

sobre a mudança. Compreende como o foco de análise da psicopedagogia se transforma a partir

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de sua percepção, por meio de sua atuação, de que seu objeto de estudos deve ser mais amplo

caso queira atingir o êxito da aprendizagem. No início de seu artigo a autora afirma que o

objeto da Psicopedagogia não é dado a priori, mas sim construído historicamente. Esta

construção se dá primeiro pela ruptura com o pré-saber psicopedagógico generalizado e,

depois, pela retificação, pelo alargamento, pela complementação das características positivas

desse pré-saber psicopedagógico, percebidas através da história da sua prática no Brasil.

Afirma que inicialmente a Psicopedagogia está atenta para questões sintomáticas das

dificuldades de aprendizagem – desatenção, desinteresse, lentidão, astenia, etc. – e sua

preocupação é remediar esses sintomas. Neste momento, chama a atenção para o fato de que

tratar os sintomas se revela insuficiente para o êxito escolar. Com esta constatação a

Psicopedagogia começa a entender o sintoma como sinal da desarticulação dos diferentes

aspectos da aprendizagem, a saber: o aspecto afetivo, o aspecto cognitivo e o aspecto social.

Ao descobrir que os sintomas podem ser considerados como valores relativos, a

Psicopedagogia se depara com a mudança de objeto. O objeto passa a ser a gênese da

aprendizagem. Esta é considerada pela autora como uma nova fase para a Psicopedagogia, pois

seu objeto passa a ser o processo de aprendizagem. Portanto, muda também seus objetivos: sua

intenção passa a ser remediar ou refazer o processo de aprendizagem. Da mesma forma, a

noção de Psicopedagogia muda de qualidade e passa a ser percebida como um saber

independente, tendo, é claro, seus próprios instrumentos corretivos e profiláticos. (Silva,

Revista Psicocopedagogia, nº 44, 1998, p. 40 - 42)

Em 1998, com este artigo publicado pelo número 44, Silva reafirma a discussão sobre o

objeto de estudos da Psicopedagogia. No final dos anos 1990, podem-se verificar vários autores

discutindo sobre o objeto de estudos e demonstrando consenso. Eles, então, reconhecem o

processo de aprendizagem como objeto de estudos para a Psicopedagogia. O espaço para esta

discussão foi a Revista, que segue regrando os saberes da área. A Revista nº 48 de 1999

publicou o artigo A maturidade da Psicopedagogia nos 500 anos do Brasil, assinado pela

diretoria da ABPp. O artigo é iniciado com a apresentação do contexto de mudanças pelo qual

passa o país, e dentro deste contexto, aponta a Psicopedagogia em busca de sedimentar sua

teoria e sua prática, através do reconhecimento e legalidade profissional. O artigo explica que

ocorreu uma reunião do Conselho Nacional da ABPp, e nesta reunião foi produzido um texto,

que é este artigo, publicado pela Revista número 48. Este texto é apresentado dentro dos

fundamentos teóricos propostos por Edgar Morin, valorizando a necessidade de transformação

da educação por meio de uma visão de integração sistêmica, que possibilite ao homem evoluir

em ações responsáveis e comprometidas com o desenvolvimento e saúde do ser humano. Um

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pouco mais à frente no artigo, são citados os quatro pilares da educação como um conjunto de

pressupostos que a Psicopedagogia precisa estar preparada para interagir. Por meio desse

artigo, o Conselho Nacional propõe que a Psicopedagogia deva estar aberta ao diálogo entre as

ciências, buscando o entrelaçamento de conhecimentos e o exercício da livre reflexão.

(Diretoria da ABPp, Revista Psicopedagogia, nº 48, 1999, p. 27 - 28)

O artigo, assinado pela diretoria da Associação, por um lado apresenta questionamentos

sobre a maturidade da Psicopedaogia, por outro lado, ao apresentar um referencial teórico,

contribui para a ampliação como também para o regramento dos saberes psicopedagógicos.

Na revista nº 49 de 1999, foi publicado o artigo Psicopedagogia: que opção é essa? de

autoria de Amélia Americano Franco Domingues de Castro. Apresentada como professora da

Unicamp e da USP. A autora inicia o artigo relembrando que em outro artigo, em 1992, falou

sobre a Psicopedagogia como uma terceira opção18. Neste artigo, e 1999, a autora apresenta a

Psicopedagogia como uma nova forma de aliança entre dois campos associados, referindo-se a

psicologia e pedagogia. Para explicar o que chama de nova aliança, enfatiza que a psicologia

afirmou sua independência científica por meio de um processo que ocorreu no final do século

XIX, organizando sua metodologia, abrangendo diversos aspectos da vida humana e

elaborando pontos de vista explicativos. A primeira forma de aliança entre psicologia e

pedagogia ocorreu por meio da psicologia aplicada à educação. Nesta forma de aliança a

pedagogia torna-se um apêndice da Psicologia que por sua vez, aplicada à educação se

fundamenta pela necessidade de entender como a criança aprende, já que a psicologia estuda a

criança. Uma segunda forma de aliança apontada pela autora é a realizada pela psicologia da

educação. Identifica-a como a educacional psychogy dos anglo-saxões. Nesta forma de aliança

explica que a pedagogia torna-se ciência auxiliar associada à formação de professores. Nesta

forma de relação, segundo a autora, a psicologia corre o risco de assumir função colateral, se

não subordinada. Com estas considerações a autora apresenta a terceira opção: a

Psicopedagogia, que promove a cooperação, interação e influência recíproca. Para Amélia

Americano, a terceira opção é o estabelecimento de uma circularidade entre as áreas

associadas. Não se trata de uma separação do conhecimento e sim de uma cooperação,

interação e influência recíproca. Aponta a existência de uma nova aliança em que o ponto

central não está na generalidade, mas recai sobre o processo educativo. A busca de soluções

liga a teoria à prática. Existe uma relação de circularidade que se estabelece entre as áreas

associadas. Quando diante de um problema pedagógico, recorre-se à pedagogia para entendê-

18 Pesquisei na Revista Psicopedagogia e o artigo não foi publicado por esta revista.

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lo e busca na psicologia os instrumentos para sua resolução. Após apresentar sua visão da

natureza da Psicopedagogia, a autora prossegue em suas reflexões dedicando um tópico do

artigo para o tema Qual o reflexo dessas relações na metodologia da pesquisa pedagógica, em

seus objetivos e resultados?. Como resposta para tal pergunta fala de uma etapa pré-

psicopedagógica, e refere-se à forma como são utilizadas as posturas teóricas frente aos objetos

de pesquisa. Como etapa pré-psicopedagógica está se referindo às relações encontradas dentro

da pesquisa entre pedagogia e psicologia. Afirma que a relação encontrada é paralela à da

psicologia aplicada à educação, que para esta forma de pesquisa pode ser considerada

antepassada da pesquisa psicopedagógica, por seu potencial para atacar problemas e pela

abertura interdisciplinar. Para Amélia Americano a pesquisa psicopedagógica tem propósitos

que vão se tornando bem definidos, ou seja: diagnóstico, intervenção visando à reeducação (às

vezes, “remediação”) e prevenção. Prosseguindo em suas colocações, apresenta exemplos de

sua experiência como pesquisadora e afirma: a intenção é indicar os caminhos que vem sendo

abertos em nosso meio e as possibilidades de trabalho. O segundo tópico deste artigo é

Primeiro grupo de exemplos. Para compor este tópico seleciona trabalhos de pesquisas nos

quais “se fazia Psicopedagogia sem o saber”, e “avant la lettre”(grifos da autora) e justifica

sua afirmação porque o termo Psicopedagogia não freqüentava o vocabulário dos

profissionais. Para esta discussão cita vários trabalhos, com seus respectivos títulos e autores,

acompanhado de um pequeno comentário sobre o objeto de estudos e o modelo de pesquisa de

cada um deles. O terceiro tópico do artigo é intitulado Segundo grupo de exemplos. Neste ponto

da reflexão, nas palavras da autora, este grupo de exemplos permite que se observe a variedade

de aspectos que a pesquisa psicopedagógica vem assumindo. Apresenta o autor, a obra, seu

objeto de pesquisa e o modelo de pesquisa, encerrando o tópico com a afirmação de que sua

proposta é indicar as possibilidades abertas pela pesquisa nacional. O tópico seguinte é: Como

se Insere o professor na pesquisa psicopedagógica?. Para discutir este tema, seleciona obras

que apresentam pesquisa que incide diretamente sobre a atuação docente. O penúltimo tópico

deste artigo é: E quanto à pesquisa psicopedagógica: serão eles somente os seus beneficiários?

Neste ponto da reflexão chama a atenção para o trabalho do professor. Uma vez que o

problema da aprendizagem é detectado pelo professor, é fundamental seu envolvimento nas

experiências psicopedagógicas. Como um último tópico Amélia Americano apresenta as Teses

Citadas. Apresenta a bibliografia com dezoito teses e dissertações selecionados por ela para

apresentar a discussão que realizou no artigo. Destes dezoito trabalhos, sete apresentam data de

realização anterior a 1990, enquanto onze trabalhos apresentam a data dentro da década de

1990. Dos dezoito trabalhos, apenas um foi realizado fora do estado de São Paulo, produzido

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na Universidade Federal de Uberlândia. Há uma Tese de Livre Docência produzida na UNESP

de Rio Claro, e os demais são todos trabalhos produzidos pela USP ou Unicamp. A autora

encerra o artigo apresentando sua bibliografia de referência.

Na revista 52, de 2000, foi encontrado o artigo Os 20 anos da Associação Brasileira de

Psicopedagogia: reflexões sobre a identidade do Psicopedagogo. A autora é Beatriz Scoz, ex-

presidente da Associação e autora de outros artigos publicados pela Revista, tratando do tema

da Psicopedagogia e sua memória citada nos outros capítulos desta dissertação. No início do

artigo a autora ressalta sua intenção de discutir o significado dos vinte anos da Associação

Brasileira de Psicopedagogia. Chama atenção para o fato de que vinte anos é a conquista da

maioridade e como tal a Psicopedagogia deve atuar trabalhando com os professores que estão

sendo colocados no lugar de ignorantes. Para isso defende a realização do trabalho

psicopedagógico para ajudá-lo a ressignificar e reconstruir seu próprio processo de

ensinante/aprendente19, a resgatar seu saber, a autorizar-se a pensar, para que assim possa

autorizar os demais. Para discutir seu tema a autora usa como referencial teórico os estudos de

Antonio Carlos Ciampa, pertencente à psicologia social20. Segundo a autora, ela estabelece

relações entre os pontos sobre a construção da identidade das pessoas, com a construção da

identidade do psicopedagogo. Scoz enfatiza a construção da identidade da psicopedagogia ao

longo desses vinte anos de existência da ABPp e, dentro desse ponto de vista, afirma que a

identidade do psicopedagogo deve estar ancorada nas questões cientificas e acadêmicas e deve

também ser construída a partir de uma ação contextualizada na sociedade e em um tempo

histórico. Segundo a autora, Antonio Carlos Ciampa afirma que a identidade é metamorfose e

se concretiza em cada momento de uma forma específica, dadas as condições históricas e

sociais, sob o risco de tornar-se irracional caso não realize este movimento. É necessário haver

a convergência de interesses entre uma organização e a sociedade em que está inserida. A

ABPp, também tem sofrido e precisa continuar sofrendo metamorfose, para preservar sua

racionalidade e sua autoconservação. Enfatiza que ao discutir projetos de identidade

precisamos considerar que tais projetos não seguem apenas uma linha de desenvolvimentos dos

processos de produção, mas também utiliza elementos pertencentes ao universo subjetivo da

19 Ensinante/Aprendente é um conceito desenvolvido por Alicia Fernández, psicopedagoga argentina, no livro A Inteligência Aprisionada, da editora Artmed. Este conceito pode ser encontrado no capítulo 1 – Da hiperacomodação ao aprender. 20 O referencial teórico de Antonio Carlos Ciampa utilizado neste artigo é o mesmo utilizado por Mônica Hoene Mendes em sua dissertação de mestrado, MENDES, Mônica H. 1998. Psicopedagogia – Uma Identidade em Construção, Dissertação (Mestrado em Educação), Univ. São Marcos, São Paulo, citado no capítulo 1 desta dissertação.

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história de cada um. Dessa forma, afirma que a construção da identidade é uma questão de

aprendizagem. Para finalizar seu artigo ressalta a necessidade de que a psicopedagogia mais do

que outra área de conhecimento esteja sempre aberta para perguntar sobre sua identidade e

para isso é necessário considerar os conhecimentos adquiridos nos seus vinte anos de

existência. (Scoz, Revista Psicopedagogia, nº 52, 2000, p. 16 - 21)

Na revista número 53 de 2000, foi encontrada a publicação do artigo Capítulo cearense

de Psicopedagogia – um breve histórico. Sua autora, Cleomar Landim de Oliveira, é psicóloga,

pedagoga e Psicopedagoga. Também é apresentada como uma das fundadoras da Associação

no Ceará. Neste artigo é feito um breve relato sobre a fundação do Capítulo Cearense da

Associação Brasileira de Psicopedagogia, em dezembro de 1989. Segundo a autora, a abertura

deste Capítulo da Associação se deu durante um evento da Associação Cearense de Dislexia,

intitulado como Primeira Jornada Cultural. A entidade promoveu atividades científicas e

culturais com o objetivo de aprofundar as questões referentes ao perfil do psicopedagogo,

além de debates e divulgação das teorias e práticas psicopedagógicas entre universidades,

educadores e órgãos oficiais ligados à educação. A partir de 1991 foi instalado o Curso de

Extensão Universitária em Psicopedagogia. A autora informa que o Capítulo Cearense

promove cursos e encontros para profissionais envolvidos com Educação além de palestras em

escolas e instituições. Destaca ainda a existência de um Curso Livre de Psicopedagogia, que

naquele momento está na 12ª turma. Em janeiro de 1994 foi realizado o IV Encontro de

Psicopedagogia e também foi fundada a Escola de Psicopedagogia do Ceará – EPCE.

Na Revista número 53 de 2000, outro artigo intitulado O papel social do psicopedagogo

trata da publicação de uma palestra realizada no Congresso de Psicopedagogia em julho de

2000, pela ex-presidente da Associação Neide de Aquino Noffs. O texto tem inicialmente um

comentário sobre a realidade brasileira, apresentando alguns dados estatísticos do UNICEF

sobre a situação da infância no Brasil. Há um destaque para os artigos da Constituição

Brasileira sobre cidadania e educação como também para a LDB 9.394 e as Diretrizes

Curriculares Nacionais de 1999. Com estas considerações a autora coloca a pergunta: Até que

ponto o legal atende a demanda da população? Em seguida afirma que as desigualdades e

injustiças sociais nem sempre são diminuídas por meio da lei. Perante tal situação coloca a

pergunta: O que fazer? Sua resposta para esta pergunta propõe como reflexão uma lista de oito

questões, que são consideradas como ponto de partida para a atuação do psicopedagogo no

meio social. Estas afirmações geram uma nova pergunta feita pela autora: Mas quem é o

psicopedagogo que atua nesta vertente? Para responder à pergunta, tece considerações sobre a

formação do psicopedagogo e destaca ser muito importante que devemos cuidar para que o

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psicopedagogo não se reduza a um profissional prático com o domínio da solução de

problemas da cotidianidade do sujeito alijando-se do processo de investigação e pesquisa

sobre as condições concretas que geram essas aprendizagens (ou não). Em seguida cita o

Projeto de Lei 3.124/97, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de psicopedagogo e o

Projeto de Lei 128/2000 que propõe o trabalho do psicopedagogo para assistência ao aprendiz

e à instituição. A autora relata a visita realizada ao Ministério de Educação e Ciência de Madri,

destacando uma lista de funções de apoio especializado aos centros educativos que estão na

Espanha. Para finalizar seu artigo, chama a atenção para a necessidade de registrar os trabalhos

realizados sobre Psicopedagogia junto às escolas, e afirma que neste momento histórico, a

atuação do Psicopedagogo junto às instituições é urgente. Por fim, conclama os

psicopedagogos a se mobilizarem pela aprovação do Projeto de Lei que foi votado na Comissão

de Educação.

Nestes três últimos artigos publicados dentro da Fase Revista Nacional, encontra-se

inserções da Associação propondo discussões, relatando práticas da Associação como também

prescrições sobre a necessidade do trabalho psicopedagógico nas instituições. A autora chama

a atenção para a necessidade de registrar esses trabalhos. A importância do registro seria para

a constituição da memória?

3.5 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa? – Fase

Revista Nacional

Os artigos e as resenhas publicados pela Revista durante a Fase Revista Nacional,

foram classificados e analisados de acordo com as categorias elaboradas para classificação dos

artigos apresentadas na introdução desta dissertação.

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Gráfico 4

Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Revista Nacional

0

5

10

15

20

25

1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de AprendizagemDiagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de AlfabetizaçãoDiscurso sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Psicopedagogia no Ensino SuperiorOutros

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3.5.1 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa - Fase Revista Nacional

Esta é a fase mais longa de todo o ciclo de vida do periódico. Compreende o período

de 1991 a 2002. O gráfico 4 desta Fase, assim como o da Fase anterior, revela uma oscilação

em relação aos temas. Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica é novamente o tema que

mais aparece. Este tema não aparece apenas nas publicações do ano de 2002, e está presente

em todos os outros anos da publicação, sempre com incidência maior que os demais, ou num

patamar de igualdade. Fundamentos Teóricos, Processo de alfabetização e Processo de

Aprendizagem são três temas presentes em todos os anos da publicação. É oportuno lembrar

que na década de 1990, conforme se vê neste capítulo, fica definido como objeto de estudos

para a psicopedagogia o Processo de Aprendizagem, justificando assim sua presença

significativa dentro do período. Observando no gráfico 4 as barras da categoria Processo de

aprendizagem é possível constatar que elas estabelecem um ritmo ascendente, apresentando

uma queda no ano de 1995 e voltando a crescer logo em seguida. Psicopedagogia

Institucional também é um tema muito presente dentro do período, não aparece apenas em

1995 e 2002. Nos anos de 1993 e 2001 houve uma grande incidência na publicação deste

tema. Recortando do gráfico o período de 1991 a 1993 podemos verificar um ritmo ascendente

para este tema. A realização do VI Encontro de Psicopedagogos em julho de 1994 teve como

tema A Psicopedagogia Institucional, o que contribui para se compreender o ritmo ascendente

para o tema revelado pelo gráfico, que se mostra antes da realização do Encontro. Ou seja, o

Encontro de Psicopedagogos aparece como o ponto culminante da discussão sobre

Psicopedagogia Institucional. O tema Discursos sobre a Área de Psicopedagogia nesta fase

aparece a partir de 1994. Só não aparece em 1995 e 2002, no restante apresenta uma pequena

presença em todos os anos. Dentro desta categoria estão incluídos os artigos que tratam da

atuação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, da história da Psicopedagogia e das

discussões sobre a atuação dos psicopedagogos. A partir dos anos 1990 se intensifica a

discussão sobre os trabalhos da comissão de regulamentação da profissão de psicopedagogo.

A partir do número 33 de 1995 foi introduzida a seção Compartilhando assinada pela

presidente da Associação Neide Noffs. A seção aglutinou toda a discussão sobre este tema em

nome da Associação. Considerando que esta seção discute o mesmo tema elencado por esta

categoria, pode-se afirmar que o debate sobre a Área da Psicopedagogia tornou-se uma

constante entre os psicopedagogos. O tema Falhas no Processo de Aprendizagem aparece

apenas no ano de 1991. Não aparece dentro do período de 1992 a 2002. A idéia de falha ou

dificuldade possui outra compreensão entre os psicopedagogos, pois para a criação destas

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categorias foi observado como está sendo abordado o objeto de pesquisa pelo autor do artigo.

Dessa forma, a visão de falha ou dificuldade é pouco freqüente na discussão entre os autores.

Essa categoria se fez presente na Fase Boletim durante a década de 1980, discutindo temas

como Dislexia, Déficit de Atenção e outros. A definição do processo de aprendizagem como

objeto de estudos da Psicopedagogia na década de 1990, contribui para a mudança na forma

de tratar essas diferenças. A categoria Psicopedagogia Hospitalar aparece a partir de 1996 e

até 2002, deixando de aparecer apenas em 1997, sendo um tema recorrente entre os

psicopedagogos.

A Categoria Psicopedgogia no Ensino Superior é um tema que se faz presente

timidamente a partir de 1999 até 2002. Este tema não aparece no último ano da fase que é

2002.

3.6 - Resenhas publicadas durante a Fase Revista Nacional

A seção de Resenhas apresentou-se durante a Fase Revista Nacional com uma pequena

ausência de publicação. As edições número 50, 55 e 58 não possuem a seção de Resenhas

publicadas.

De acordo com o gráfico 3 analisado e publicado na página 116 desta dissertação,

podemos afirmar que durante esta Fase foi apresentado um número maior de categorias com

resenhas publicadas. A categoria Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica se destaca como

a mais publicada com 38,1% de incidência, seguida por Fundamentos Teóricos com 20% de

incidência; Processo de Aprendizagem e Outros apresentam a mesma incidência, 10,91%;

Falhas no Processo de Aprendizagem e Psicopedagogia Institucional com 7,27% de

incidência cada uma; e por último Processo de Alfabetização com uma incidência de 5,45%.

A partir de 1996 encontramos outra seção publicada no ciclo de vida do periódico. A

seção chamada Súmula de Teses e Dissertações. Seu nome não se mantém o mesmo durante o

ciclo de vida do periódico. O mais comum é aparecer com o nome Súmula de Tese variando

para Súmula de Teses e Dissertação ou ainda Súmula de Monografia. A análise revela ser um

espaço destinado à publicação de resenhas sobre pesquisas realizadas e apresentadas em forma

de monografia, dissertação ou teses. No caso de monografia, são as monografias produzidas

por alunos no encerramento do curso de Especialização em Psicopedagogia. É uma seção

presente apenas na Fase Revista Nacional e Revista Indexada.

Foi criada uma planilha com a classificação destas súmulas englobando as três fases do

periódico. Como esta planilha trabalha com um volume menor de dados por período, foi

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possível a confecção de um gráfico englobando as três Fases do periódico, permitindo assim

uma comparação mais objetiva dos dados de todo o período da publicação. Na fase Revista

Indexada foi publicada apenas uma súmula no ano de 2004. Conseqüentemente não é possível

criar uma planilha nem um gráfico. Portanto, esta seção gerou uma planilha para todo o ciclo

de vida do periódico contendo as duas Fases juntas.

Na Fase Revista Nacional pode-se encontrar a categoria Processo de Aprendizagem

com a maior incidência 33,3%. Em seguida, tem-se a categoria Falhas no Processo de Ensino

Aprendizagem com 16,67%, Psicopedagogia Institucional e Outros com 11,11% cada; e cinco

categorias com a mesma incidência, de 5,56%, que são: Fundamentos Teóricos, Diagnóstico e

Intervenção Psicopedagógica, Processo de Alfabetização, Discursos Sobre a Área de

Psicopedagogia e Psicopedagogia no Ensino Superior.

Os dados apresentados aqui permitem compreender a forma como a área de

Psicopedagogia adentra o campo da Educação durante a década de 1990 e início do século

XXI. Durante esta Fase é possível encontrar uma revista com grande diversidade de temas e

com um destaque maior para a atuação da Associação. Por meio da Seção Compartilhando e

do Projeto de Lei de regulamentação da profissão houve um destaque para a atuação da

Associação Brasileira de Psicopedagogia.

3.7 - Nova Fase ou Novo Periódico?

A Fase Revista Indexada - 2003 a 2006

Neste capítulo é analisada a Fase Revista Indexada. Dentro do ciclo de vida do

periódico, esta é a fase que não se encerra porque está em curso. Para esta fase foram

analisadas edições do número 61 ao número 71, dos anos de 2003 a 2006. Coincidentemente,

2006 é o ano em que se comemorava 25 anos de publicação. A edição de número 71 era a

mais recente quando foi iniciada a pesquisa dessa dissertação.

3.7.1 - Características gerais da Fase Revista Indexada

Esta Fase tem início a partir de 2003, com a indexação do periódico e encerra-se em

2006. Apresenta-se com muitas mudanças. A primeira mudança encontra-se nas capas. A

partir da edição número 62 as capas seguem um padrão. O título da Revista - Psicopedagogia -

aparece no alto da página em letras grandes e pretas. Abaixo, em letras menores, a

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identificação de pertencimento à Associação, seguida do número da edição, ano e o número

do ISSN. Em seguida tem-se um traço contínuo preto. Forma-se, então, um quadro de fundo

branco e grande onde é publicado o índice da Revista com o nome da seção em negrito e

abaixo o título do texto que pertence àquela seção. Todos os nomes e títulos aparecem

primeiro em português seguido de sua versão em inglês.

Na primeira página da Revista encontra-se a apresentação do Conselho Editorial

distribuído entre os cargos: Editora, Conselho Executivo, Conselho Editorial Nacional e

Conselho Editorial Internacional. Na segunda página aparecem os dados da Associação

Brasileira de Psicopedagogia: endereço e site seguido por duas colunas: a primeira, com a lista

das bases de dados de indexação da Revista; e a segunda com o expediente. Logo abaixo

temos um retângulo com os dados de catalogação da Revista. Na terceira página é apresentada

a diretoria da Associação, a identificação do grupo de Conselheiras Natas e a identificação das

Conselheiras Eleitas. Na quarta página é reproduzido o sumário idêntico ao que foi publicado

na primeira capa. Essas quatro páginas não possuem numeração, constituindo-se como

páginas de apresentação do periódico, deixando claro que pertence à Associação Brasileira de

Psicopedagogia, pois a segunda página é dedicada integralmente a apresentação da

Associação. Após as quatro páginas, iniciam as páginas numeradas com o Editorial. Após o

Editorial são publicados os artigos mencionados no sumário. No final da Revista, após o bloco

de artigos, encontram-se as oito últimas páginas também sem numeração. Estas apresentam,

na seqüência: Normas para publicação, texto composto de duas páginas em português; a

tradução do texto Normas para publicação em espanhol; Normas Administrativas para Novos

e Antigos Associados da ABPp; e a última página com Informações importantes para o

associado da ABPp e para quem deseja associar-se, seguido de Formulário de Associação

para pessoa jurídica e pessoa física.

A edição número 61 de 2003 marca sua entrada nesta nova fase. Diferencia-se das

demais quanto a sua estrutura de organização. Apresenta na segunda capa o programa

detalhado do VI Congresso Brasileiro de Psicopedagogia que aconteceu simultaneamente com

o II Congresso Latino Americano de Psicopedagogia, X Encontro Brasileiro de

Psicopedagogos e I Expo Psicoped. O evento foi promovido pela Associação e sua publicação

nesta edição possui um caráter de divulgação. A segunda capa das edições 62 a 71 passam a

apresentar a lista de endereços dos Núcleos e Seções com o nome de suas respectivas

presidentes espalhados pelo Brasil, adquirindo com isso uma constância na sua apresentação.

A terceira capa da edição número 61 e número 65 se diferenciam das demais. A edição

número 61 apresenta a continuidade do programa do evento citado na segunda capa, o VII

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Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. Esta terceira capa publica o programa de Oficinas e

Cursos Confirmados para o evento. A edição número 65 de 2004, publica a Agenda de

Eventos da ABPp Nacional 2º semestre 2004, com o título: 4º Ciclo de Palestras - “Diálogos

Psciopedagógicos”. Abaixo apresenta a programação de Oficinas e Cursos promovidos pela

Associação. As demais edições que constituem a Fase não apresentam eventos promovidos

pela Associação, consolidando a terceira capa como um espaço para publicar um texto com o

histórico da Associação Brasileira de Psicopedagogia composto de seis parágrafos. O texto, no

seu primeiro parágrafo, define o caráter da Associação. No segundo parágrafo relata sua

origem. O terceiro parágrafo apresenta o papel desempenhado pela Associação nos últimos

anos quanto a formação do psicopedagogo. No quarto parágrafo relata os eventos promovidos

pela Associação e destaca em negrito o site da Associação. O quinto parágrafo apresenta o

Projeto Pertencer, promovido pela Associação. Segundo o texto, este projeto visa não só o

atendimento da população carente, promovendo a inserção social e a divulgação da

importância da prática psicopedagógica, como também implantar um novo modelo de estudo

e pesquisa nesse campo. O sexto e último parágrafo específica que todas as pessoas

interessadas nessa área de atuação podem associar-se a ABPp. Este texto está publicado em

todas as terceiras-capas das edições que compõe a Fase, exceto, como já foi dito, as edições

número 61 e 65. O mesmo texto migra, na edição número 65, para a quarta-capa. Na edição

número 61 o texto não foi publicado.

As quartas-capas configuram-se como um espaço para a divulgação de Encontros e

Congressos científicos promovidos pela Associação adquirindo, dessa forma, uma constância

dentro da Fase.

O Quadro 9 mostra que as propagandas dessa fase, são todas sobre os eventos

promovidos pela Associação.

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Quadro 9- Tipos de Propagandas Veiculadas – Fases Revista Indexada

Tipo de propaganda

nº da edição

Propaganda externa, sem vículo com a ABPp

Propaganda sobre produtos comercializados pela ABPp

Propaganda de eventos promovidos pela ABPp

61 0 0 1 62 0 0 1 63 0 0 1 64 0 0 1 65 0 0 1 66 0 0 1 67 0 0 1 68 0 0 1 69 0 0 1 70 0 0 1 71 0 0 1

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QUADRO 10 Seções do Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada

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A Revista desta fase é composta por dez sessões. Por meio da análise do quadro 8 é

possível constatar que, das dez sessões, apenas três estão presentes em todos os números,

enquanto que as demais não possuem a mesma constância. As dez sessões são: Editorial,

Artigos de Revisão, Artigos Originais, Relato de Pesquisa, Artigo Especial, Resenhas, Relato

de Experiência, Ponto de Vista, Dissertação de Mestrado e Cartas ao Editor. Estas são sessões

que aparecem pelo menos uma vez dentro da Fase. As três sessões que apresentam constância

são: Editorial, Artigos Originais e Artigos de Revisão.

A materialidade desta fase revela que a Revista adquiriu um caráter mais científico.

Adequou-se aos padrões exigidos para seu reconhecimento no meio científico. Com estas

mudanças a publicação abandona as características que remetem a uma revista comercial. O

primeiro contato de um leitor, ao visualizar a capa, decodifica que se trata de uma revista de

caráter científico. Não possui mais o espaço de propagandas que havia na quarta-capa. Nesta

fase, adotou estratégias necessárias para seu pertencimento e reconhecimento ao campo da

Educação. As mudanças ocorreram em atendimento às exigências das bases de dados às quais

está indexada. Ao mesmo tempo em que a Revista Psicopedagogia se reorganiza para

pertencer ao campo, pode-se dizer também que o campo está se reorganizando para ceder um

espaço ao novo elemento. Trata-se de um equilíbrio de forças que vai sendo conquistado

dentro do campo.

3.7.1.1 - A s capas da Fase Revista Indexada

Edição nº61 Edição nº 62 Edição nº 63

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Edição nº 64 Edição nº 65 Edição nº 66

Edição nº 67 Edição nº 68 Edição nº 69

Edição nº 70 Edição nº 71

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3.7.1.2 - O Retorno dos Editoriais - Fase Revista Indexada

O Quadro 10 permite conhecer a materialidade desta Fase.

A partir da edição número 61 as seções Conversa com o Leitor e Compartilhando

foram extintas. Nos seus lugares retorna o editorial. Todos os editoriais, a partir deste número,

são apresentados com título. Na edição, de número 61, o título é: Novas tendências. O texto

comunica o novo formato da Revista, que objetiva obter a indexação em novas bases de

dados, e a formação do novo Conselho Editorial. Este novo Conselho é composto por

profissionais de renome na educação e na Psicopedagogia brasileira e estrangeira. O texto

apresenta ainda novas normas de publicação adotadas e que se encontram dentro dos

parâmetros científicos internacionais. O discurso concentra-se em aspectos relativos à Revista.

A edição número 62 tem o editorial com o título: Inserindo novas fronteiras. Destaca o

fato de que neste número temos autores de diferentes países. Comunica que os artigos

publicados são dos autores palestrantes do VI Congresso, cujo tema trata sobre o

entrelaçamento dos saberes. Para finalizar afirma haver uma heterogeneidade nos artigos, mas

que os contrastes de posições privilegiam um tema comum sobre as dimensões cognitivas,

afetivas e sociais do ser humano. O discurso mantém sua idéia central sobre a revista, com um

destaque para o VI Congresso como fornecedor dos artigos da edição.

Na edição número 63 o editorial tem como título: Um aporte para o futuro. Seu texto

retoma a origem da Psicopedagogia e seu compromisso com a educação, aponta a práxis

psicopedagógica como confluência de saberes, destaca o momento de redefinição do papel da

educação e da Psicopedagogia no mundo. Para concluir, apresenta a abertura de espaço nesta

edição para a reflexão dos diferentes pontos de vista do saber que se projetam para o futuro da

Psicopedagogia no Brasil e no mundo.

A edição número 64 traz como título de editorial: Psicopedagogia: reforçando nossa

identidade.... Destaca a responsabilidade em publicar a revista pelo comprometimento com o

percurso histórico da própria revista. No primeiro parágrafo, encontramos a afirmação

esta publicação vem divulgando um saber que sem dúvida tem promovido o fortalecimento do corpo teórico da nossa profissão, pelo incentivo a novas pesquisas, estudos e práticas, servindo de modelo a uns e ponto de partida a outros. (Revista ABPp, nº 64, 2004, p. 1).

Nesta citação encontramos referência à constituição da área da Psicopedagogia. Para

finalizar o texto relata os artigos que fazem parte desta edição.

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A edição número 65 tem como título Singularidade. O texto explica que a Revista está

indexada junto a bases como o INEP e o Latindex, e comunica que se encontra em via de

obtenção da indexação em bases de dados da Fundação Carlos Chagas.

A edição número 66 tem como título do editorial: Novos Caminhos. Comunica a

introdução da seção Artigos Especiais e que serão textos elaborados a convite do Editor, de

grande relevância para a especialidade. Relata um resumo sobre os artigos que fazem parte

desta edição. (Revista ABPp, nº 66, 2004, p. 185).

A edição número 67 tem como título do editorial: Um momento especial. Justifica o

título pelo fato da Revista completar 25 anos de existência. Posteriormente relata os artigos da

edição.

A edição número 68 tem como título do editorial: Vários focos, uma só luz.... O texto

apresenta os artigos que fazem parte da edição e destaca a diversidade de pensamento presente

por meio de seus autores.

A edição número 69 tem como título do editorial: O Caminho se faz.... Comunica a

satisfação em apresentar a edição que recebeu a qualificação Qualis B Nacional pela CAPES21

e obter sua indexação junto ao LILACS. O texto dedica dois parágrafos a esta conquista.

Posteriormente apresenta os artigos da edição.

A edição número 70 tem por título do editorial: Gerando reflexões.... Apresenta os

artigos da edição e enfatiza a característica que a revista possui em divulgar novos

desdobramentos do conhecimento, capazes de provocar reflexões sobre as questões do

aprender.. (Revista ABPp, nº 70, 2006, p.1).

A edição número 71 apresenta como título do editorial: Revista Psicopedagogia:

refletindo o amadurecimento científico de nossa Associação. O texto destaca a

Psicopedagogia como área em permanente evolução, a chegada do VII Congresso Brasileiro

de Psicopedagogia promovido pela ABPp e o tema predominante desta edição que é a

Transdisciplinaridade. Em seguida, apresenta os artigos da edição.

Nesta fase da Revista encontra-se o retorno dos Editoriais. Eles desapareceram na

passagem da Fase Boletim para a Fase Revista, substituídos pelas seções Compartilhando e

Conversa com o leitor. Por meio da análise dos discursos utilizados nestes editoriais,

conforme descrevo acima, constatamos que desempenham o papel que anteriormente ficou a

cargo das duas seções. O espaço do Editorial, na Fase Revista Indexada é utilizado como

21 A qualificação Qualis é feita pela CAPES sobre os periódicos e revistas dos programas de pós-graduação para a divulgação da produção intelectual. Esta classificação é feita de acordo com a categoria indicativa de sua qualidade. São três categorias: “A” alta, “B” média e “C” baixa. É classificada também de acordo com a sua circulação: Internacional, Nacional e Local.

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forma de comunicação entre a Associação e seus membros, como também entre o Conselho

Editorial da Revista e seus leitores. Os avanços e conquistas da Psicopedagogia dentro campo

da Educação são objetos de apreciação pelos textos editoriais. Por um lado a Associação

apresenta seus avanços com a indexação da Revista em bases de dados internacionais. Por

outro, a Revista mostra as conquistas e avanços da Psicopedagogia dentro do campo com suas

reformulações, principalmente as reformulações esboçadas nesta última fase. Pode-se dizer

que é uma via de mão dupla: a Revista é reformula para atender as exigências científicas e

pertencer ao campo da Educação. Isto gera necessidades que levam os membros da área da

Psicopedagogia, a se transformarem para serem aceitos e pertencerem ao campo da Educação.

Durante esta Fase encontra-se por meio dos editoriais um discurso voltado para as realizações

do Conselho Editorial. Percebe-se um controle maior para que a Revista atenda as exigências

impostas pelas bases de dados as quais está indexada. Com isso temos o papel da Associação

liderando e conduzindo este movimento.

3.8 - A discussão dentro da área – Os discursos sobre a área de Psicopedagogia

publicados pela Fase Revista Indexada

A revista número 62 de 2003, publicou o artigo com o título Psicopedagogia e

Eqüidade Social: o contexto como protagonista, a diversidade como norma. Sua autora,

Carmen Pastorino, é apresentada pela Revista como socioanalista, psicopedagoga, doutora

Honoris Causa em Psicopedagogia pela Associación Uruguaya de Psicopedagogia,

FundaciónInstituto Psicopedagógico Uruguayo. O artigo está publicado dentro da Seção

Artigo de Revisão. A autora divide o artigo em duas partes: na primeira parte aponta os

avanços os novos compromissos da Psicopedagogia, e na segunda parte aponta aspectos da

realidade da educação na América Latina e suas perspectivas. Segundo a autora o século XXI

exige do psicopedagogo a responsabilidade na construção de uma sociedade livre e justa. Para

isso aponta que a área de Psicopedagogia vem construindo um novo paradigma que leva em

conta todas as dimensões que encerra o processo de aprendizagem, por meio de suas relações

com os determinantes históricos, socioeconômicos, culturais, familiares e genéticos.

Integrando estes diferentes saberes científicos que se transversalizam. Enfatiza a tarefa de

assessoramento, orientação e co-participação dos profissionais psicopedagogos, em relação às

situações de ensino e aprendizagem que se desenvolvem na América Latina dentro de uma

perspectiva histórica com relação aos fins da Educação. De acordo com cada contexto

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histórico em que se vive na América Latina, a autora chama a atenção à diversidade e às

diferenças como norma para que todos possam atingir seu pleno desenvolvimento e sua

inserção social. Para finalizar enfatiza que a tarefa da Psicopedagogia é atuar não apenas no

âmbito da inclusão, mas com todas as crianças que fazem parte desse sistema.

(Psicopedagogia, 2003, nº 62, p. 173 - 178)

Na Revista número 66 de 2004 foi publicado o artigo com o título Rumos da

Psicopedagogia Brasileira. As autoras: Edith Rubinstein, Marisa Irene Castanho e Neide de

Aquino Noffs, são apresentadas como psicopedagogas e conselheiras da Associação Brasileira

de Psicopedagogia. O artigo tem como objetivo apresentar o projeto Rumos da

Psicopedagogia Brasileira. Este projeto pretende analisar a direção que a Psicopedagogia e

os psicopedagogos vem tomando ao longo dos anos. Por meio do artigo pretendem

compartilhar com os psicopedagogos os Rumos da Psicopedagogia no Brasil. No momento da

publicação o projeto encontrava-se no seu início e sendo assim foram apresentados três

subtemas dos seis que possui. Estes subtemas são: Histórico das bases teóricas, Formação e

Conceito/idéia que os profissionais de áreas afins têm sobre o psicopedagogo e a

Psicopedagogia. Após a apresentação destes subtemas são apresentadas as considerações

finais em que as autoras afirmam que não há uma uniformidade de modelos teóricos dentro da

área de Psicopedagogia. A Psicopedagogia constrói modelos de intervenção amparados pela

diversidade e consideração da alteridade no processo educacional. Propõe que seja feito um

investimento na formação continuada do profissional, além de legalizar/oficializar através de

leis o que já está legitimado. (Psicopedagogia, 2004, nº 66, p. 225 -238)

A Revista número 70 de 2006 publicou o artigo O Impacto da Psicopedagogia no Distrito

Federal. A autora é Maria Therezinha de Lima Monteiro e é apresentada pela Revista como

professora de Epistemologia Genética no curso de pós-graduação stricto sensu, Mestrado em

Educação na Universidade Católica de Brasília. A discussão realizada pela autora parte da

constatação do fracasso escolar como um fato que remonta aos anos de 1930 no Brasil.

Apresenta como marco das preocupações com a qualidade da educação as eleições para

governos estaduais em 1982. Segundo a autora, a partir desta data, o fracasso escolar passou a

ser utilizado como um indicador da ineficiência do sistema. Com isso afirma que a

Psicopedagogia não deve voltar-se para a escola com o objetivo de prevenir o fracasso escolar,

mas otimizar o processo de ensino aprendizagem, possibilitando a construção da própria

inteligência e saúde mental da criança. Para esta afirmação a autora retoma a memória de

Beatriz Scoz sobre a Psicopedagogia, apresentada na sua dissertação de mestrado, mostrando

o papel desempenhado pela Associação Brasileira de Psicopedagogia na construção de um

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modelo teórico próprio para a área de Psicopedagogia. Em seguida, faz referências ao artigo

publicado na revista número 66 por Rubinstein, Castanho e Noffs citados anteriormente nesta

dissertação, para mostrar o desenvolvimento da Psicopedagogia no Brasil e o

desenvolvimento da prática psicopedagógica nos cursos universitários. Posteriormente a

autora enfatiza as contribuições de Jean Piaget por meio da epistemologia Genética,

colaborando para a criação de uma prática psicopedagógica no Brasil, ao enfrentar problemas

na compreensão dos conteúdos de aprendizagem. Para finalizar seu artigo a autora destaca as

contribuições da Associação Brasileira de Psicopedagogia no cenário educacional brasileiro e

enfatiza o trabalho desenvolvido pela ABPp – Seção Brasília nos últimos dez anos de sua

atuação. Assim finaliza o artigo e apresenta um trabalho de pesquisa que vem sendo

desenvolvido pela autora e demais pesquisadores sobre o grau de influência da

Psicopedagogia sobre a educação no Distrito Federal. (Psicopedagogia, 2006, nº 70, p. 68 -

74)

Os artigos publicados na Fase Revista Indexada classificados dentro da categoria

Discursos sobre a área de Psicopedagogia, seguem mostrando e divulgando o trabalho

desenvolvido pela Associação Brasileira de Psicopedagogia. Nesta fase pode-se observar a

entrada de um artigo proveniente de uma Associação de Psicopedagogia estrangeira. Trata-se

do artigo publicado na edição número 62 em que a autora pertence a Associação de

Psicopedagogia Uruguaia.

3.9. - Análise dos quadros e gráficos – Fase Revista Indexada

Esta Fase do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia mostra uma estabilidade em sua

publicação. O ritmo de produção, conforme mostra o gráfico 1 publicado na página 78 desta

dissertação, é estável. O número de artigos publicados não é constante, mas verifica-se que

nenhuma edição é publicada com menos de sete artigos, e o maior número de artigos por

edição – 11 artigos – está nos exemplares 61 e 62. Uma justificativa para isso está no editorial

da Revista número 62, que comunica a publicação de alguns trabalhos apresentados no VI

Congresso Brasileiro de Psicopedagogia. O número de páginas publicadas em cada exemplar

também aumentou consideravelmente. Os artigos possuem um rigor científico exigido pelos

organismos de indexação, e com isso os artigos ficaram maiores em número de páginas. As

ilustrações estão presentes, mas não aparecem apenas com o objetivo ilustrativo, fazem parte

do artigo acrescentando informações. Não existem fotos publicadas em nenhum número. Ou

seja, a Revista adquiriu um padrão de publicação. Este padrão por sua vez, tem o objetivo de

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atender aos critérios de avaliação dos organismos aos quais está indexada. Os dados descritos

aqui podem ser confirmados pela análise do Quadro 11.

Quadro 11 - Formato do Periódico – Fase Revista Indexada

3.9.1 - O que revelam os gráficos: incidência dos objetos de pesquisa?

Utilizando-se dos mesmos critérios das Fases anteriores, foram analisadas as planilhas

e gráficos de classificação dos artigos e resenhas publicados na Fase Revista Indexada.

Edição Número de artigos

Numero de páginas

Número de ilustrações

Número de fotos Formato (cm)

Índice/ Sumário

61 11 89 2 0 21 x 28 índice 62 11 203 1 0 21 x 28 índice 63 8 295 2 0 21 x 28 índice Total em 2003

30 587 5 0

64 8 87 2 0 21 x 28 índice 65 8 179 2 0 21 x 28 índice Total em 2004

16 266 4 0

66 7 255 0 0 21 x 28 índice 67 7 85 2 0 21 x 28 índice 68 8 179 0 0 21 x 28 índice 69 9 271 0 0 21 x 28 índice Total em 2005

31 790 2 0

70 9 80 0 0 21 x 28 índice 71 10 190 0 0 21 x 28 índice Total em 2006

19 270 0 0

Total Geral 96 1913 11 0

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Gráfico 5 – Incidência dos Objetos de Pesquisa – Fase Revista Indexada

Incidência dos objetos de pesquisa - Fase Revista Indexada

0

2

4

6

8

10

12

2003 2004 2005 2006

Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Discursos sobre a Área de Psicopedagogia

Psicopedagogi Hospitalar Psicopedagogia no Ensino Superior Outros

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3.9.2 - A Incidência dos Objetos de Pesquisa durante a Fase Revista Indexada

Esta é a fase mais curta do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia. A pesquisa é

encerrada no ano de 2006 quando a publicação completa vinte cinco anos. Neste período a

Revista torna-se indexada a diversos organismos, inclusive internacionais. O rigor científico

exigido por estes organismos é grande.

O Gráfico 5 mostra que durante esta Fase a categoria Processo de Aprendizagem é o

tema mais recorrente. Em todos os anos é o tema que possui maior incidência, sozinho ou

dividindo esta posição com outro tema.

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica é o segundo tema mais recorrente da

Fase.

Podemos constatar o reaparecimento da categoria Falhas no Processo de

Aprendizagem. O que poderia explicar o retorno desta categoria? Num primeiro momento

pode-se constatar a presença de artigos tratando de temas relacionados ao processo de

inclusão. Dentro deste tema encontram-se diferentes formas de avaliar o processo de

aprendizagem, muitas vezes destacando manifestações diferenciadas na forma de aprender

como possíveis falhas que pertencem a processos de inclusão. A confirmação desta

constatação demanda um refinamento da pesquisa, avaliando o referencial teórico adotado

para discutir o tema. Este refinamento não foi o foco desta pesquisa.

A categoria Psicopedagogia Institucional permanece presente como vinha se

mostrando na fase anterior, é uma categoria que somente não aparece no ano de 2005.

Fundamentos Teóricos é uma categoria presente de forma mais tímida quando

comparada às duas Fases anteriores, Boletim e Revista Nacional. Esta categoria está presente

em quase todos os anos das fases anteriores. Na Fase Revista Indexada aparece em 2003 e

2006 somente.

Discursos sobre a Área de Psicopedagogia é uma categoria presente em todos os anos,

porém com poucos artigos.

A categoria Psicopedagogia Hospitalar adquire mais espaço quando comparada às

Fases anteriores. Está presente em todos os anos, e no ano de 2003 é a terceira categoria com

o maior número de artigos.

O gráfico 5 permite verificar que a categoria Psicopedagogia no Ensino superior

tornou-se um tema mais freqüente entre os psicopedagogos. Está presente em todos os anos da

publicação.

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Na Fase Revista Indexada a seção Resenhas está ausente em alguns números. A

análise do gráfico 3, na página 115, mostra que a categoria Fundamentos Teóricos é a que se

destaca dentro da Fase com 50% de incidência seguida por Psicopedagogia Institucional,

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica e Processo de Alfabetização com 16,67% de

incidência cada.

A seção introduzida a partir de 1996 com o título de Súmula de Teses e Dissertações

não apresenta constância na Fase Revista Indexada. Foram encontradas apenas três

publicações em toda a Fase, classificadas em três categorias: Processo de Aprendizagem,

Processo de Alfabetização e Psicopedagogia Hospitalar com uma incidência de 33,3% cada.

Conforme mostra o gráfico 6 publicado na página seguinte.

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Gráfico 6

Incidência dos Objetos de Pesquisa nas Súmulas de Teses e Dissertaçãoes Publicadas

11,11%

0,00%

5,56%

0,00%

33,33% 33,33%

5,56%

0,00%

16,67%

0,00%

5,56%

33,33%

5,56%

0,00%

33,33%

5,56%

0,00%

11,11%

0,00%0,00%0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

Fase Revista Nacional Fase Revista Indexada

Psicopedagogia Institucional Fundamentos Teóricos Processo de Aprendizagem

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Falhas no Processo de Aprendizagem Processo de Alfabetização

Discursos sobre a Área de Psicopedagogia Psicopedagogia Hospitalar Psicopedagogia no Ensino Superior

Outros

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Esta fase revela a entrada da Psicopedagogia no campo da Educação ampliando as

bases de Indexação do periódico. Por um lado amplia o rigor científico da publicação

oferecendo uma Revista que segue normas e padrões determinados pelo campo ao qual

pertence. Por outro, a publicação esboça uma desvinculação tão direta que possuía, em

relação a Associação como vimos na Fase Revista Nacional. A necessidade de manter sua

indexação é um fator que contribui para a mudança na sua relação com a Associação.

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Considerações Finais

Chegando ao término deste trabalho de pesquisa, verificam-se várias questões e

aspectos que poderiam ser retomados. Isso mostra que o trabalho final é fruto do

amadurecimento da pesquisa e aponta a necessidade de refletir sobre a metodologia adotada.

Esta pesquisa analisou a Revista Psicopedagogia como um dispositivo de

normatização da prática dos psicopedagogos. Ao mesmo tempo procurou-se compreender as

estratégias editoriais e os instrumentos utilizados, que pudessem revelar a entrada das práticas

psicopedagógicas no campo da educação.

Durante o processo de descrição dos elementos materiais da Revista Psicopedagogia

foi sendo revelado o que deveria ser lido para conceituação desta dissertação e como esta

leitura deveria ocorrer. Esses elementos materiais mostraram também a forma como a

psicopedagogia adentrou o campo da educação em meio ao debate sobre o fracasso escolar.

Identificar as estratégias editoriais que produziram e fizeram circular os saberes da

área de Psicopedagogia foi uma condição necessária para compreender os possíveis usos que

deles são feitos. Ao mesmo tempo é necessário pensar que um periódico, após a sua

circulação, pode seguir por caminhos que não foram previstos pelos objetivos presentes no

momento de sua produção. Além de que, um periódico permite aos seus leitores que façam

usos diferentes em lugares e épocas muito distintas. Estes pressupostos fazem desta pesquisa

um elemento gerador de novos problemas e debates para a área de Psicopedagogia.

Os dispositivos materiais permitiram periodizar em três fases o ciclo de vida da

Revista, e a definição dessas fases foi revelada pela própria materialidade do periódico, com a

análise das capas.

A primeira fase, chamada Fase Boletim, revela uma padronização da leitura e do

leitor. Esta padronização pode ser observada a partir de sua composição e textualização,

quando é encontrado um Boletim publicado no formato de livro. O Boletim se configurou

como um espaço reservado ao debate científico por meio de temas pertinentes à área. A

comunicação das ações promovidas pela Associação Brasileira de Psicopedagogia ficou, num

primeiro momento, restrita ao editorial, por meio dos comentários acerca dos Encontros de

Psicopedagogos. Num segundo momento, estas comunicações foram realizadas também por

meio da inserção de artigos no interior do Boletim, com discussões da área ocorridas nos

eventos promovidos pela Associação. No final da década de 1980, últimos anos da Fase

Boletim, encontra-se a discussão sobre a regulamentação da profissão.

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A segunda fase, chamada Fase Revista Nacional, apresenta a transformação material

de Boletim para Revista. Com este formato é mantido o caráter normatizador da leitura,

apresentando ao leitor temas referentes ao objeto de estudos da Psicopedagogia, definido a

partir desta década como sendo o processo de aprendizagem. O espaço para apresentação das

ações da Associação Brasileira de Psicopedagogia é ampliado com a criação da seção

Compartilhando. Esta seção é constituída como um espaço em que o leitor toma

conhecimento do debate sobre a regulamentação da profissão de psicopedagogo. Ao mesmo

tempo, cresce o número de artigos publicados com o tema Discursos Sobre a Área de

Psicopedagogia. Estes artigos mostram-nos o debate sobre as possibilidades da área dentro do

campo da educação. Encontrou-se um conjunto de artigos de autoria da diretoria da

Associação Brasileira de Psicopedagogia, como também de pesquisadores membros da

Associação, além de pesquisadores acadêmicos sem vínculos com a Associação, apresentando

suas visões sobre a pertinência da área ao campo da educação. Nesta fase, o espaço

anteriormente reservado para o editorial é transformado numa nova seção, que recebe o nome

de Conversa com o Leitor. Esta seção restringe-se à apresentação da produção da Revista

enquanto dispositivo de leitura. A publicação de artigos oriundos de diferentes seções da

Associação Brasileira de Psicopedagogia mostra ao leitor a expansão da Associação para

outros estados brasileiros. Estes artigos permitem ao leitor o contato com fundamentos

teóricos sobre o processo da aprendizagem que são estudados em outras regiões do país. Ao

mesmo tempo é revelada uma predominância de artigos oriundos da região sul e sudeste do

Brasil.

A terceira fase, chamada Fase Revista Indexada, apresenta uma nova transformação na

materialidade do periódico. Sua indexação a organismos internacionais é refletida pelos

gráficos como um período de estabilidade que não aparece nas fases anteriores. A

materialidade do periódico adquire uma padronização. Esta materialidade revela também sua

pertinência ao campo da educação como um periódico científico. Verificamos a supressão das

seções Compartilhando e Conversa com o Leitor e o retorno do editorial. A partir destas

transformações verifica-se, pela sua materialidade, a manutenção de um modelo que permite

sua permanência como periódico científico. Conforme demonstram os gráficos, nesta Fase os

Discursos Sobre a Área de Psicopedagogia apresentam uma tendência à diminuição da sua

incidência.

A análise do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia permitiu verificar a conformação

de saberes acerca da Psicopedagogia, moldando as práticas psicopedagógicas, como também

disseminando conteúdos, procedimentos e valores. A Revista Psicopedagogia teve a função,

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estratégica para seus leitores, de formação dos psicopedagogos, fomentando o debate dentro

da área.

Segundo os pressupostos de Roger Chartier (1991), pode-se deparar com a construção

de diferentes significados por parte do leitor para um texto. Estes significados são construídos

de acordo com a forma como o texto é recebido por seus leitores. Por meio das publicações de

resenhas de livros, teses e dissertações, eram exigidos do leitor conhecimentos prévios sobre o

campo da educação como também da área da psicopedagogia. A publicação de resenhas

apresenta-se como estratégias para aquisição de determinadas obras e para a constituição de

bibliotecas específicas.

A Revista Psicopedagogia contribuiu por um lado para difundir idéias e teorias sobre a

prática psicopedagógica, e por outro colaborou conformando a leitura e o modo como o leitor

deveria se apropriar dos conteúdos veiculados.

Durante o ciclo de vida, a Revista apresenta-se também como referência de fontes

bibliográficas.Verificam-se diferentes formas de apresentar bibliografias voltadas para apoiar

o estudo e a atualização da prática psicopedagógica.

Como órgão oficial de divulgação da Associação Brasileira de Psicopedagogia, o

periódico explicitou estratégias para o fomento do debate psicopedagógico dentro da área, a

partir de concepções teóricas que fundamentam as práticas psicopedagógicas. Esta

constatação confirma a permanência do objetivo inicial do periódico, publicado pelo editorial

do Boletim número um em 1982.

Para finalizar, a análise do ciclo de vida da Revista Psicopedagogia revela que, ao

mesmo tempo em que o periódico é produzido, produz e constrói a área de psicopedagogia

dentro do campo da educação. Espera-se que, da mesma forma, esta dissertação possa

contribuir para o debate dentro da área da psicopedagogia, estimulando novos temas e novas

abordagens sobre a Psicopedagogia – Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia.

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ANEXO 1

Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Boletim – 1982 – 1990

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gênero discursivo

Objeto de pesquisa

A Psicopedagogia em questão Nádia D. R. Silveira 1 ago/82 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Considerações sobre o trabalho psicopedagógico e avalorização das relações afetivas na aprendizagem

Eloisa Quadros Fagali 1 ago/82 4 Relato depesquisa

Fundamentos Teóricos

Aportes de la Epistemologia Convergente Jorge Visca 1 ago/82 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Diagnóstico da dificuldade de aprendizagem da leiturae da escrita

Elsa L. G. Antunha 2 abr/83 12 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Aspectos emocionais da criança com dificuldade naaprendizagem da leitura e da escrita

Wanderley YanoeDomingos

2 abr/83 6 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Alfabetização em Psicopedagogia Genny Golubi de Moraes 2 abr/83 4 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Dislexia Celma Cenamo 2 abr/83 10 Reflexão teórica

Distúrbios daAprendizagem

Literatura infantil e ansiedade um estudo de reaçõesao texto

Leda Maria Codeço Barone 3 nov/83 11 Relato depesquisa

Processo deAprendizagem

Condiciones prévias para el ingreso en la escuelaprimária. Orientación para el pediatra

Ana Maria Nuñiz 3 nov/83 4 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

sensibilizaçao e expressao um projeto criativo para apré-escola

Eloisa Quadros Fagali 3 nov/83 5 Relato dePrática

Processo deAprendizagem

a importância da leitura e da literatura infantil noaprimoramento da linguagem e do desenvolvimentoemocional da criança

Maria Helena Martins 3 nov/83 6 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Ana Maria Poppovic Orphila Conte 3 nov/83 1 Homenagem Póstuma

Outros

O atendimento psicopedagógico realizado naUniversidade do Estado do Rio de Janeiro

Maria Lúcia Lemme Weiss 4 abr/84 6 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Ramain - a metodologia sob enfoque dinâmico demudança de atitude

Solange Thiers 4 abr/84 5 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Classificação dos Artigos do Periódico da Associaçã o Brasileira de Psicopedagogia - Fase Boletim - 198 2 a 1990

Número de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Página 1 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Orientação vocacional e aprendizagem Marina R. Müller 4 abr/84 3 Reflexão teórica

Outros

Relação psicólogo escolar x pedagogo: questão dedefinição de funções?

Sérgio aAtonio da SilvaLeite

4 abr/84 8 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Elementos legais para a abertura de escolas deprimeiro grau na rede particular de ensino e suasconsequencias na organização

Neide de Aquino Noffs 4 abr/84 9 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Crianças com distúrbios de aprendizagem: umacategoria de problemas de aprendizagem ignoradapor nós

Sylvia Ignes Duarte Megda 4 abr/84 9 Reflexão teórica

Distúrbios daAprendizagem

O uso do desenho estória no Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Leda Maria Codeço Barone 5 ago/84 11 Relato depesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Obstáculos à aprendizagem e ao desenvolvimento daleitura: uma experiência de tratamentopsicopedagógico realizada na Universidade do Estadodo Rio de Janeiro

Maria Lúcia Lemme Weiss 5 ago/84 4 Relato dePrática

Processo de Alfabetização

Distúrbios de linguagem em lesões cerebrais Fernanda dreux MirandaFernandes

5 ago/84 3 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Orientação Psicopedagógica Elcie F. Salzano Masini 5 ago/84 5 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O educador como agente de mudanças Vera Maria Nigro de SouzaPlacco

5 ago/84 5 Reflexão teórica

Outros

A supervisão na formação do psicólogo Elenir Rosa Golin Cardoso 5 ago/84 5 Reflexão teórica

Outros

Leitura criativa: revisão do conceito Carmem Lúcia Hussein 6 dez/84 6 Relato depesquisa

Fundamentos Teóricos

A psicopedagogia e a aprendizagem afetiva Monica Mendes 6 dez/84 2 Reflexão teórica

Processo deAprendizagem

As dificuldades de aprendizagem e problemas deleitura e escrita: caracterização, diagnóstico etratamento - o trabalho do psicopedagogo

Edith Rubinstein 6 dez/84 10 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 2 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Atendimento Psicopedagógico ao nível hospitalar Sara Bozzo de Schettini 6 dez/84 5 Discussão sobre aprática

Psicopedagogia Hospitalar

Indução das estruturas lógicas elementares: ummétodo do tipo "aprendizagem operatória" quepossibilita estudo longitudinal do funcionamentocognitivo

Lúcia Cunha de Carvalho 6 dez/84 9 Relato depesquisa

Processo deAprendizagem

Menores marginalizados: uma pedagogia da condutaanti-social ou das estratégias de sobrevivência?

Sandra Francesca Conti deAlmeida

6 dez/84 6 Relato depesquisa

Crianças marginalizadas

Encontro de Psicopedagogos: uma visãomuldisciplinar do Processo de Aprendizagem

Nadia D. R. Silveira 6 dez/84 3 Relato dePrática

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

La dislexia: um pretexto para avanzar em el estudiodel lenguaje

Mabel Condemarin 7 abr/85 18 Reflexão teórica

Distúrbios daAprendizagem

Sugestões para a avaliação das aprendizagensiniciais em leitura

Clarissa S. Golbert 7 abr/85 7 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Identificação de crianças disortográficas em sala deaula

Sônia Moojen Kiguel 7 abr/85 15 Relato depesquisa

Distúrbios daAprendizagem

Fundamentos para um sistema de ensino daortografia baseado na estrutura da língua

M. A. Carbonel deGrompone

7 abr/85 14 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Seleccion, adaptacion y creacion de textos literariospara uso escolar

Felipe Alliende 7 abr/85 14 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Classificación de los objetos Jacobo Feldman 7 abr/85 17 Reflexão teórica

Processo deAprendizagem

O psicopedagogo no ensino superior: um campo a serconquistado

Geraldina Poto Witter 8 ago/85 6 Reflexão teórica

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Considerações sobre as atividades dos profissionaisem psicopedagogia na região de Porto Alegre

Clarissa S. Golbert 8 ago/85 13 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Aspectos lingüísticos nos problemas deaprendizagem

Mary A. Kato 8 ago/85 6 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Psicopedagogia: algumas perspectivas paradelimitaçao de seu campo

Célia F. S. Linhares 8 ago/85 8 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 3 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Psicopedagogia com adultos Geraldina Poto Witter 8 ago/85 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Dislexia: ponto de vista neuropsicológico Elsa L. G. Antunha 8 ago/85 5 Reflexão teórica

Distúrbios daAprendizagem

O atendimento psicopedagógico realizado junto aoCentro de Aplicação da Psicologia da UniversidadeFederal de Minas Gerais

Paula Marília CabralRobeiro Justo e Ida Mariado Carmo Amaral BrontMachado

8 ago/85 8 Relato dePrática

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

O atendimento de crianças com problemasemocionais intensos e a psicopedagogia

Edith Rubinstein e M.Cristina C. Broide

9 dez/85 6 Relato dePrática

Processo de Alfabetização

É possível a psicopedagogia na escola? Marília Pinheiro Machadode Souza

9 dez/85 5 Relato deexperiência

Psicopedagogia Institucional

Experiência de atendimento psicopedagógico clínico,em forma grupal

Maria Lúcia Lemme Weisse Jance Correa

9 dez/85 8 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Ramain: terapia psicomotora no estudo clínico de umcaso

Solange Thiers 9 dez/85 8 Relato deexperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Ramain: uma proposta de trabalho que possibilita aeducação da criança e a formação do educador

Beatriz Leonel Scavazza 9 dez/85 6 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A educação da atitude e do movimento dentro dométodo Ramain

Leda Maria Codeço Barone 9 dez/85 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A literatura na escola - arte ou pedagogia? Maria Helena Martins 9 dez/85 3 Reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Leitura criativa: ensino e aprendizagem Carmem Lúcia Hussein 9 dez/85 7 Relato depesquisa

Processo de Alfabetização

A informática na educação: uma nova postura Equipe do ProjetoEducacional da DomusInformática

9 dez/85 10 Relato dePrática

Processo deAprendizagem

O sintoma de aprender Ricardo Goldenberg 10 abr/86 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Mudanças da auto-estima em menoresinstitucionalizados

Lúcia Maria Moraes Moysés 10 abr/86 17 Relato depesquisa

Crianças marginalizadas

Página 4 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

A importancia do objeto transicional na escola Clarisse MacedoSalamonde

10 abr/86 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A alfabetização e as idéias de Emília Ferreiro Suad Nader Saad 10 abr/96 5 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Utilização de um sistema motivacional na remediaçãode leitura: um estudo de caso

Maria Aparecida Cunha,Maria Lucia Mattos P.Guimarães, Maria da SaleteG. de Abreu e NeideAparecida de Souza

10 abr/86 6 Relato deexperiência

Processo de Alfabetização

Reflexões sobre a educação de menores de rua Maria Stela Santos Graciani 10 abr/86 8 Reflexão teórica

Crianças marginalizadas

O idoso e a educação Dante Silvestre Neto 10 abr/86 4 Relato dePrática

Outros

O caráter interdisciplinar na psicopedagogia Wanderley M. Domingues 11 ago/86 3 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

Caráter interdisciplinar na psicopedagogia Latife Yazigi 11 ago/86 2 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

A família e a escolaridade Alda Pellegrini Lemos 11 ago/86 6 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A conduta impulsiva, sua relação com o rendimentoescolar, e algumas alternativas de tratamento

Neva Milicic 11 ago/86 11 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Problemas de Aprendizagem - O que é isso?Confusões em um processo pouco conhecido

Elcie F. Salzano Mazini 11 ago/86 11 Relato deExperiência

Processo deAprendizagem

Aprendizagem e nível de competência Marília Amorim 11 ago/86 5 Reflexão Teórica

Processo deAprendizagem

Indução operatória feita através do computador Lúcia Cunha de Carvalho eTerezinha de Jesus Gomes

11 ago/86 11 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Aprendizagem e nível de competência: aalfabetização na Pré-escola. Comentários sobrepesquisas fundamentais na obra de J. Piaget

Luci Banks Leite 11 ago/86 2 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

O tesouro de Natália. Ilusão e realidade no aprender Dalva Rigon Leonhardt 11 ago/86 10 Relato deExperiência

Processo deAprendizagem

Página 5 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Análise das interrelações entre dez tarefas numéricasPiagetianas

Ana Maria Musiello 12 dez/86 14 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Um estudo sobre o processo de consolidação dasestruturas operatórias de classes

Maria Aparecida CóriaSabini

12 dez/86 6 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Mesa redonda: "O computador como instrumento noprocesso ensino-aprendizagem" - Projeto de trabalhopara crianças com dificuldades de aprendizagem.

Norma Dias A. C. Godoy eMonica Hoehne Mendes

12 dez/86 5 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Abordagem crítica da psicomotricidade na pré-escola Daniel Larry Benchimol 12 dez/86 13 Relato deExperiência

Fundamentos Teóricos

Educação enquanto Política Pública: Uma contradiçãoa ser explorada

Guiomar Namo de Mello 13 jun/87 9 Reflexão Teórica

Outros

A psicopedagogia no Brasil: Evolução Histórica Beatriz Judith Lima Scoz eMonica H. Mendes

13 jun/87 11 Reflexão Teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

A psicopedagogia e sua prática Edith Rubinstein 13 jun/87 4 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicopedagogia Clínica: O Diagnóstico Maria Lucia Lemme Weiss 13 jun/87 7 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Família e Problemas de aprendizagem Claudia Toledo Massadar 13 jun/87 5 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O Desenho do Par Educativo: Um recurso para oEstudo dos vínculos na aprendizagem

Ana Maria Rodriguez Muñiz 13 jun/87 8 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Uma breve discussão a respeito da concretude domaterial pedagógico

Leny Magalhães Mrech 13 jun/87 4 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

Atitudes de Professores e Alunos de 1º grau quantoao uso do computador na escola

Carla Witter 13 jun/87 12 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

O Ditado atrás do Estojo Célia Maria Boscolo,Luciana Chehda Bargud eRosana Corrêa Amá Brusco

14 dez/87 10 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Precondiciones Energéticos - Estructurales delAprendizaje

Jorge Visca 14 dez/87 8 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 6 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

A Imagem do Indio na Educação Formal: umapesquisa com professores e alunos de 1º grau deseis escolas municipais de São Paulo

Carmem Silvia RotondoTaverna, Clara SuelyRosemberg, Laura MariaJorge Carvalho, LígiaMiranda Azevedo, ReginaCastelo Branco e VeraScognamiglio Campos deOliveira

14 dez/87 14 Relato dePesquisa

Outros

Oficina Psicopedagógica para o Desenvolvimento doRaciocínio através da Sensibilização e linguagem nãoverbal

Eloisa Quadros Fagali,Maria Elizabeth Soares,Maria Inês Sestaroli, SoniaMaria D. Alfonso Martins eSuzana Erat

14 dez/87 10 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Rotulação de desenhos infantis: influência de visitaorientada à exposição DACOLEÇÃO, classe social eidade

Maria Theresa O. PereiraMello, Geraldina PortoWitter, Teresa C.Reingruber, Telma C.Witter, Renata Vaccari,Maria Lucia Pires de Melloe Maria Eugência A.Carvalho.

14 dez/87 10 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Construtivismo e aprendizagem da escrita Lino de Macedo 15 jun/88 10 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

A equipe interdisciplinar na escola: realidade ouutopia?

Berta Weil Ferreira 15 jun/88 6 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Institucional

Sobre o processo de formação do educador Madalena Freire e CleideLerzi

15 jun/88 2 Reflexão Teórica

Outros

O psicólogo para não psicólogos Cláudia Toledo Massadar 15 jun/88 4 Reflexão Teórica

Outros

Problemas psicossociais na Adolescência: as tarefasde desenvolvimento e a escola

Geraldina Porto Witter 15 jun/88 8 Reflexão Teórica

Outros

Tendências atuais no tratamento das desadaptaçõesescolares - Recursos Pedagógicos

Clarissa S. Golbert 16 dez/88 8 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

Página 7 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

Psicologia Soviética ou Sulamericana? - AAdolescência americana.

Berta Weil Ferreira 16 dez/88 8 Reflexão Teórica

Outros

Conceito de Escrita e Opinião de Escolares (1º a 8ºSéries) Sobre o que controla seu comportamentocognitivo no ato de escrever.

Geraldina Porto Witter eElza Penalva Pinto

16 dez/88 14 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

O ato didático e o enfoque psicopedagógico darelação professor-aluno.

Leny Magalhães Mrech 16 dez/88 8 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Multirepetentes: o crescimento na aprendizagematravés de grupos de tratamento psicopedagógicos

Maria Lucia Weiss 17 jul/89 6 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicopedagogia: algumas reflexões sobre seu sentidopara os profissionais da educação

Beatriz Judith Lima Scoz eMonica H. Mendes

17 jul/89 10 Reflexão Teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

A utilização do microcomputador na escola comoprevenção de distúrbios de aprendizagem

Rosane Aragon de Nevado 17 jul/89 8 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Metacognição e produção de textos: O que ascrianças sabem sobre os textos que escrevem?

Roxane H. R. Rojo 17 jul/89 20 Relato deExperiência

Processo de Alfabetização

A criança hiperativa e a aprendizagem Wanderley M. Domingues 17 jul/89 6 Reflexão Teórica

Distúrbios daAprendizagem

A psicologia escolar no estado de São Paulo Elcie F. Salzano Mazini 18 jun/90 12 Reflexão Teórica

Outros

Atendimento grupal em Psicopedagogia Terapêutica Lisete Annes Henriques,Janete Pereira Annes

18 jun/90 14 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Aproximações teóricas da Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógicaem Histórias Convergentes

Clarissa S. Golbert e DalvaR. Leonhardt

18 jun/90 30 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

O jogo da senha num contexto psicopedagógico Lino de Macedo, Ana RosaAbreu, Maria Anita Romeo

18 jun/90 4 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Uma síntese de teorias relacionadas, como recursoInstrumental na formulação do diagnóstico

Liette Franchi 19 jun/90 42 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A revisão da didática no Processo de Alfabetização Edith Rubinstein 19 jun/90 18 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

O processo e o vínculo na relação psicopedagógica Monica M Bigarella 19 jun/90 6 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

Página 8 de 9

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gênero discursivo

Objeto de pesquisaNúmero de páginas

Ano dapublicação

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número do exemplar

O papel do jogo no desenvolvimento de linguagemescrita

Roxane H. R. Rojo 19 jun/90 14 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

O relacionamento entre cognição e motivação nodesenvolvimento de estratégias de leitura em leitoresmenos efetivos

Maria Cecília CamargoMagalhães

19 jun/90 18 Relato deExperiência

Processo de Alfabetização

O sol de Gabriel, A chave do futuro Clarissa S. Golbert, DalvaR. Leonhardt

19 jun/90 13 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Tratamento Psicopedagógico didactico um pilarfundamental em la formacion del psicopedagogo

Alicia Fernández 20 dez/90 10 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Uma breve discussão a respeito da concretude domaterial pedagógico

Beatiz Vargas Dorneles 20 dez/90 12 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

Aspectos afetivos do desempenho escolar: algunsprocessos inconscientes

Maria Bernadete AmêndolaContart de Assis

20 dez/90 13 Reflexão Teórica

Processo deAprendizagem

A aprendizagem, deficits neurológicos e dificuldadesemocionais

Ana Maria Zenícola 20 dez/90 4 Reflexão Teórica

Distúrbios daAprendizagem

A implantação do modelo pedagógico em educaçãoespecial no município de Duque de Caxias a partir domodelo construtivista: mudança na práticapedagógica e institucional

Edicléa MascarenhasFernandes

20 dez/90 6 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Professora desesperada procura psicóloga paraclasse indisciplinada

Beatriz de Paula Souza 20 dez/90 8 Relato deExperiência

Outros

A psicologia na sala de aula e a construção deidentidades

Márcia Siqueira de Andrade 20 dez/90 13 Relato deExperiência

Fundamentos Teóricos

Identidade do Psicopedagogo Formação e AtuaçãoProfissional

Marcia Souto Maior MourãoSá

20 dez/90 4 Reflexão Teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

Uma proposta piagetiana de atuação psicopedagógicaem berçários de creches: análise de uma experiência

Durlei de Carvalho Cavichia 20 dez/90 15 Relato deExperiência

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

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ANEXO 2 Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação

Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Nacional – 1991 – 2002

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Classificação do Artigos do Periódico da Assossiaçã o Brasileira de Psicopedagogia - Fase Revista Nacio nal 1991 a 2002

Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa

Reeflexoes sobre a psicopedagogia na escola Maria Lúcia Lemme Weiss 21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica

Psicopedagogia Institucional

Psicopedagogia: um só termo e muitassignificações

Maria Apparecida MamedeNeves

21 1º sem/91 5 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

Utilização do jogo e da brincadeira empsicopedagogia

Edith Rubinstein 21 1º sem/91 5 Reflexão Teórica

Processo de Aprendizagem

Importância dos sinais de alterações qualitativas naavaliação psicopedagógica

Dora B. Piltcher, MariaAmazilda T. Reimão

21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Normalidade x Patologia no Processo deAprendizagem: abordagem psicopedagógica.

Sonia Maria Moojen Kiguel 21 1º sem/91 4 Reflexão Teórica

Processo de Aprendizagem

Contribuição da Psicanálise num estudo de umcaso escolar

Ana Maria Kriemler 21 1º sem/91 5 Relato deExperiência

Fundamentos Teóricos

De paredes e muralhas Carlos Luiz Gonçalves 21 1º sem/91 2 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

O método Tomatis - escuta e dificuldades escolares Carmen Leonor MarchioniMonteiro

21 1º sem/91 3 Reflexão Teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

Vivência de integração sem perda de identidade Claudia Nicolsky, CristinaCosta Lima, Helen de OliveiraAguiar, Marisa Mendes, MariaCecíli Machado.

21 1º sem/91 4 Relato deExperiência

Processo de Aprendizagem

Desvelando a criança que existe em seu aluno -algumas implicações para o fazer da professora pré-escolar

Maria da Graças FleuryUmbelino de Souza

22 2º sem/91 4 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Aprender e o não aprender na escola: o contexto ealgumas possibilidades de superação

Lucia Maria Vaz Perez 22 2º sem/91 3 Reflexão Teórica

Processo de Aprendizagem

Recuperar a infância na leitura: a imagem televisivaauxilia ou dificulta?

Dulce Rodrigues Pereira 22 2º sem/91 6 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

Na suspensão do desejo, a origem do pensamento Denise da Cruz Gouveia 22 2º sem/91 3 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Página 1 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Pontos de encontro e desencontro na PráticaPsicopedagógica: Argentina x Brasil

Carmem Lúcia Montti e NádiaAparecida Bossa

22 2º sem/91 5 Reflexão Teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Processo Diagnóstico da Dificuldade deAprendizagem num Enfoque sistêmico

Equipe "Síntese- Psicologia ePedagogia"

22 2º sem/91 7 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Leitura: o que é isso afinal? Dora Fraiman Blatyta 22 2º sem/91 6 Reflexão Teórica

Processo de Alfabetização

Sucessos e Insucessos de gruposPsicopedagógicos: uma experiência escolar.

Maria Lúcia Lemme Weiss 22 2º sem/91 4 Relato dePrática

Psicopedagogia Institucional

Método clínico de Piaget e avaliação escolar. Lino de Macedo 23 1º sem/92 6 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

O início do funcionamento mental segundo aPsicanálise - Reflexão para psicopedagogos

Roosevelt M. S. Cassorla 23 1º sem/92 8 Reflexão Teórica

Fundamentos Teóricos

A escola: uma análise contextualizada dos fatoresintra-escolares.

Maria Rita Santana 23 1º sem/92 7 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Institucional

Relatório de avaliação psicológica da clientela declasse especial para deficiente mental

Alice Ivone Marconi, SoniaVitaliano Graminha

23 1º sem/92 10 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Técnica do Grupo Operativo em Workshop paraProfissionais de Escolas Bilíngües. Ensino Bilíngüe:Vantagem ou Desvantagem?

Maria Cecília Machado, HelenAguiar, Augusta Nigri

23 1º sem/92 9 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Atendimento Psicopedagógico: Relato de umaExperiência em Curso de Pós-Graduação LatoSensu

Elena Etsuko Shirahige 23 1º sem/92 5 Relato dePrática

Fundamentos Teóricos

O psicopedagogo e os meios de comunicação demassa

Debora Miriam Raab Glina 23 1º sem/92 4 Reflexão teórica

Outros

A leitura psicopedagógica no contexto escolar Monica H. Mendes 23 1º sem/92 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Contribuição ao diagnóstico das dificuldades deaprendizagem escolar

Edna M. Maturano, Joceli M.Magna e Paula M. Murtha

24 2º sem/92 9 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A vivência profissional dos ex-alunos de cursos depós-graduação Lato Sensu em Psicopedagogia

Marisa T. D. S. Baptista 24 2º sem/92 4 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 2 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Aquisição da linguagem: qual o caminho? Rosana D. de Almeida, SoniaM.T. de Souza e Nivea M.C.Fabricio

24 2º sem/92 5 Relato dePrática

Processo de Alfabetização

Formação do Psicopedagogo na Instituição Evelise Maria Labatut Portilho 24 2º sem/92 3 Relato deexperiência

Psicopedagogia Institucional

Paralisia Cerebral - Um desafio psicopedagógico Ana Maria Zenicola 24 2º sem/92 2 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Levantamento de Produções Científicas Pertinentesà Área de Psicopedagogia

Beatriz Juditeh Lima Scoz 24 2º sem/92 4 Relato dePesquisa

Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia e Escola: uma parceria possível? Eliana Mara Alves Chaves 25 1993 4 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Institucional

A contribuição da psicopedagogia aos conteúdoscurriculares; Integração do afeto, desejo econhecimento em sala de aula

Eloisa Quadros Fagali e ZéliaDel Rio do Vale

25 1993 4 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A noção de signo linguístico para Vygotsky: reflexosde uma influência na Educação e Reeducação

Marcia Goldfeld e Suely B. deFreitas

25 1993 2 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

O Ensino Público como um desafio paraPsicopedagogia no Brasil

Leny Magalhães Mrech 25 1993 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

O Trabalho do NOAP junto aos profissionais queatuam na escola

Maria Luiza Gomes Teixiera,Suely B. de Freitas

25 1993 4 Relato deexperiência

Psicopedagogia Institucional

Problema de Aprendizagem Reativo e a AtuaçãoPsicopedagógica no Âmbito Escolar

Suzana Fróes Monteiro 25 1993 4 Relato deexperiência

Psicopedagogia Institucional

Atividades Terapêuticas: Grupos de AtendimentoPsicopedagógico para deficientes visuais

Claudia de Quadros Ramos 25 1993 3 Relato deexperiência

Psicopedagogia Institucional

Código de Ética Herval G. Flores, Sonia M. Collide Souza e Mõnica H. Mendes

25 1993 3 Código denormas

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Criança, seu Meio e a Comunicação perspectivasócio-histórica do desenvolvimento

Angel Pino 26 1993 7 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

O possível e o Necessário como Eixos daConstrução do Real vistos na situação de um jogo

Maria Célia Rabello MaltaCampos

26 1993 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Página 3 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Reflexoes sobre a Natureza do Trabalho Clínico:alguns pontos de Convergências entre aPsicopedagogia e a Psicologia Clínicias

Suely Gevertz 26 1993 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Abordagem Psicopedagógica em Crianças comDistúrbios de Aprendizagem

Vera Barros de Oliveira 26 1993 3 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

A Busca da Eficiência pela Deficiência Ademar R. de Souza, NunoLuiz Dutra Amaral

26 1993 2 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A Formação em Serviço do Professor Alfabetizador -Medidas Alternativas - Busca de Solução

Cleide Nébias 26 1993 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Instituto de Psicopedagogia Jean Piaget-Linguagem, Pensamento e Afetividade

Maria Nilza Moreira 27 1993 4 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Uma Introdução à Psicanalise em Cinco Lições Leandro de Lajonquière 27 1993 8 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Um Trabalho Interdisciplinar com Base na Teoria deJean Piaget

Maria Inês Rosenburg Glueck 27 1993 4 Relato dePesquisa

Fundamentos Teóricos

A Teoria de Jean Piaget e a Práxis Pedagógica Maria Ap. Cória Sabini 27 1993 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

O raciocínio da Criança no Jogo de Regras:Avaliação e Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Antonio Carlos Ortega,Christiny Maria BassetiCavalcante, Caludia BoettoRossetti, Cláudia Cypreste dosSantos, Flávia Cypreste,Renata Valadão LeiteArchanjo,Rosimar Macedo Alves,Terezinha de Jesus L.Loureiro.

27 1993 5 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Avaliação Educacional: das técnicas aos Valores Nilson José Machado 28 1994 10 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

II Congresso Brasileiro de Psicopedagogia VEncontro de Psicopedagogos Mesa Redonda: "AFormação do Psicopedagogo: análise e Reflexao"

Sonia Azambuja Fonseca 28 1994 4 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Página 4 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

O Elemento Criador na Aprendizagem Cristina Dias Allessandrini 28 1994 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Avaliação Assistida do Desempenho de Crianças na Ordenação e Descriçao de Sequencias Temporais-Lógicas-Análise Preliminar

Maria Regina FonsecaLindenberg e Maria BeatrizMartins Linhares

28 1994 5 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Humilhação ou Transcendência da Escrita? Oscar V. Onãtivia 29 1994 6 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Dificuldades na Leitura e Escrita - Contribuições daFonoaudiologia

Jaime Luiz Zorzi 29 1994 9 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

A psicopedagogia no Enfoque ExistencialFenomenológico

Roseli C. Rocha C. Baumel 29 1994 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Uma Varredura sobre as Metodologias deObservação Utilizadas em Psicologia doDesenvolvimento

Maria Cecília Sonzogno 29 1994 4 Relato deexperiência

Processo de Aprendizagem

O Otimismo Educativo de Reuven Feurstein Lorenzo Tébar Belmonte 30 1994 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Aspectos da Complexidade da Organização Escolar Maria Rita Santana 30 1994 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Problemas de Aprendizagem Normal: Revelação eDenúncia A/ Cerca do Indioma

Grácia Maria Fenelon 30 1994 4 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Vida diária e conhecimento: as condições doEstudante Trabalhador

Cilene Ribeiro de Sá LeiteChakur

30 1994 6 Relato dePesquisa

Outros

Uma análise Construtivista da Cópia e doRaciocínio na Torre de Hanói

Márcia zampieri Torres e Linode Macedo

30 1994 4 relato deprática

Processo de Aprendizagem

Uma Introdução à Abordagem de Reuven Feursteinna Avaliação de Indivíduos com Atraso noDesenvolvimento

Luiza Russo 31 1994 4 Reflexão teórica

Distúbios de Aprendizagem

A Ação Educativa como Reprodutora eMantenedora das Desigualdades Sociais

Ana Luiza Monteiro do Amarale Maria Dulce marrey Moncau

31 1994 6 Reflexão teórica

Outros

A Dimensão Psicomotora em AmbienteComputacional de Aprendizagem com SujeitoPortadores de Paralisia Cerebral

Berenice da Silva Franco 31 1994 4 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 5 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Aventuras Psicopedagógicas na Sala de Aula Acontribuição do Construtivismo Piagetiano

Tânia Ramos Fortuna 31 1994 6 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Work-shop: Vivência de Contos de fadas Dalva Rigon Leonhardt 31 1994 8 relato deprática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Uma Psicopedagogia Gaúcha no Japão:Observações Sobre o Sistema EducacionalJaponês

Raquel de Sennes Pinto 31 1994 3 Relato deexperiência

Outros

Utilização de computadores para oDesenvolvimento Cognitivo de Jovens Portadoresde Paralisia Cerebral

Angela Beatriz G. Moori 32 1995 11 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A psicopedagogia no Enfoque ExistencialFenomenológico

Neide de Aquino Noffs 32 1995 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Documento: a identidade do Psicopedagogo anexo do artigo anterior

Código de Ética anexo do artigo anterior

Viver o Êxito da Escola Lorenzo Tébar Belmonte 32 1995 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Novas Perspectivas para a prática pedagógica Cleide Nébias 32 1995 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Mesa Redonda: Fracasso escolar e IntervençoesPreventivas

Cleomar Landim de Oliveira 32 1995 5 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Letramento e Alfabetização: Colocações para umaReflexão sobre "Distúrbios de Aprendizagem"

Leda Verdiani Tfouni 32 1995 4 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

O uso de brinquedos e jogos na intervençaopsicopedagógica de criança com necessidadesespeciais

Leny Magalhães Mrech 33 1995 10 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O jogo e suas diferentes concepçoes Maria Angela Barbato Carneiro 33 1995 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

O Material Disparador - Considerações preliminaresde uma experiência clínica psicopedagógica

Vera Regina Passos Bosse 33 1995 3 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

TEACCH: Uma abordagem psicopedagógica notratamento do Autismo

Sonia Maria dos Santos Lewise Viviane Costa de Leon

33 1995 3 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 6 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Pensamento e Linguagem - uma articulaçãonecessária

Ana Maria Lacombe e CléliaArgolo Estill

33 1995 7 Relato dePrática

Processo de Alfabetização

Síndrome da 5ª Série: vínculo e aprendizagem Janete Carrér 33 1995 3 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Representaçao social de criança e suasimplicações para o psicopedagogo

Maria das Graças Fleury 33 1995 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A Psicopedagogia: construindo uma nova práxis Magda Anachoreta Alves 33 1995 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

As teorias das múltiplas inteligências & distúrbios deaprendizagem

Adriana Fóz Veloso 34 1995 3 Reflexão teórica

Diagnóstico deaprendizagem

A transferência do imaginário ou o imaginário datransferência: aspectos diferenciais da atuação dopsicopedagogo e do psicanalista em instituição

Leny Magalhães Mrech 34 1995 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica Vinh Bang 34 1995 5 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A dimensão da Educação Holística e aPsicopedagogia

Regina Lúcia Brandão Alencar 34 1995 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Palestra: "A criança hiperativa - características -conduta da família e da pré-escola"

Cleomar Landim de Oliveira 34 1995 2 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

Psicopedagogia de adultos e o PsicodramaPedagógico: uma vivência numa instituição Freinet

Isabel Cristina Hierro Parolim 34 1995 5 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A contribuição da psicanálise frente às dificuldadesde aprendizagem

Vera B. Zimmermmann 34 1995 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

As janelas do sonho: construtividade e estética emterapia de aprendizagem

Dalva Rigon Leonhardt 34 1995 8 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Afeto e aprendizagem Maria Lydia de Mello Negreiros 34 1995 3 Relato deexperiencia

Processo de Alfabetização

A profissionalização na instituição creche:metodologia psicopedagógica de atuação

Claudia Cunha 35 1996 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A função da mediação na debilidade auto-regulativada criança

Hugo Otto Beyer 35 1996 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 7 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

As relações entre a epistemologia e a psicologiagenéticas

Magda Ivonete Montagrinini 35 1996 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Estudo do processo de construção da leitura eescrita de crianças portadoras de necessidadesespeciais em ambientes computacionais quefavorecem a comunicação, criação de idéias eproduções textuais

Lucila Maria Costi Santarosa 35 1996 5 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

La Psicopedagogia y las Psicopedagogias Alícia Fernandez 35 1996 5 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Uso de carpetas dentro del enfoque de evaluaciónauténtica

Mabel Condemarin 35 1996 6 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Logo: o erro como ferramenta cognitiva Sueli de Abreu Mesquita, Leilade Oliveira Machado, MarciaBellotti Cortez

35 1996 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Pensando no fracasso escolar Simone Carlberg 35 1996 2 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Biblioterapia: um instrumento psicopedagógico Cláudia Feldman 35 1996 5 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Introduzindo conteúdos numa classe de alunos dedfícil abordagem psicopedagógica

Maria luisa Sampaio, SidneiLeal da Silva, Vera B.

35 1996 3 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O trabalho por equipes na escola Jean Piaget 36 1996 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Distúrbios de Aprendizagem ou de Escolarização Luiz Carlos Souza Sampaio eTânia Maria de Campos Freitas

36 1996 3 Relato dePrática

Distúrbios de aprendizagem

Da ação à comunicação: um Processo deAprendizagem

Suelly Cecília Olivan Limongi 36 1996 3 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

A construção do conhecimento: uma abordagempiagetiana

Maria Therezinha de LimaMonteiro

36 1996 8 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Autismo - aspectos psicodinâmicos Vera Regina Jardim RibeiroMarcondes Fonseca

36 1996 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 8 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A contribuição da teoria da modificabilibdadeestrutural cognitiva na educação das pessoasportadoras de necessidades especiais

Edith Rubinstein 36 1996 7 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Provas Piagetianas e teste visomotor de Bender Déborah Bulbarelli 36 1996 6 Relato dePesquisa

diagnostico psicopedagógico

Projeto Psicopedagogia Ruth Grunebaum, teresaMarco Nigri e Renata Simon

36 1996 1 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicopedagogia e a resolução nº 003/95, doConselho Regional de Psicologia

Márcio Pestana e Mônica A.Maman

37 1996 2 parecer juridico

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica e areinvenção da escola para além da modernidade

Maria Luiza Andreozzi daCosta

37 1996 6 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A construção do discurso escrito - vivências emsala de aula

Clarissa Golbert, Darli Collares,Carime R. Elias, Ellen Reis e

37 1996 5 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Aplicación de um programa de lenguaje oral yescrito em escuelas de bajo rendimiento: algunospanteamientos frente a la atención de niños comnecesidades educativas especiales

Mabel Condemarin 37 1996 7 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Os pesquisadores como sujeitos de aprendizagem:uma experiência de pesquisa em processo no Cap.Da UFRJ

Angela Alves Fonseca, ElianeCamargo de Albuquerque,Maria Cecília Machado, MíriamA. Kaiúcia, Regina CéliaPugliese, Rita de CássiaSouza, Rosane EvangelistaDias

37 1996 2 Relato dePesquisa

Outros

A psicopedagogia na sala de aula: do porquê aoque fazer

Tânia Ramos Fortuna 37 1996 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Projeto: atualização psicopedagógica escolar Ana Celina AquinoVasconcellos e Heloisa Gissoni

37 1996 2 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Os caminhos da escrita Hermínio Sargetim 37 1996 5 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Página 9 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Educação transformadora e EpistemologiaConstrutivista

Beatriz Vargas Dorneles e Linode Macedo

38 1996 6 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Relações interpessoais e avaliação do processoensino aprendizagem: apontamentos para umareflexão sobre a formação dos profissionais daPsicopedagogia

Maria Helena Melhado Stroilli 38 1996 5 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Repensando o papel das instituições: contribuiçõesda psicopedagogia

Beatriz Judith Lima Scoz 37 1996 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Fin de siglo: familia y transmissión Maria Cristina Rojas 38 1996 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A contribuição das publicações Boletim e RevistaPsicopedagogia para a construção da identidade daPsicopedagogia

Marisa T.D.S. Baptista 38 1996 11 Relato dePesquisa

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

O jogo do erro Mavisa Annunziata 38 1996 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Pedagogia psicanalítica ou Psicanálise paraeducadores

Marcos Gheiler M. 38 1996 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Projeto de capacitação e treinamento dosprofessores da Rede da Prefeitura de São Paulopertencentes às salas dos alunos portadores denecessidades especiais (SAPNES) e das salas deapoio pedagógico (SAPS) - Projeto Escola Viva

Leny Magalhães Mrech 38 1996 7 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A presença da Psicanálise na Escola de Bonneuil Maria Cristina Cupfer 38 1996 6 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

O estudo orientado: uma atividade complementar Nívea Gomes Basile, MariaLuisa Basile Wendriner, MariaCristina Basile e Maria IsabelBasile

38 1996 2 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Reflexões sobre a individualidade Elena Etsuko Shirahige 38 1996 6 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Da Psicanálise à Psicopedagogia Maria Valeria Pelosi HossepianSalles Lima

38 1996 2 Relato dePrática

Fundamentos Teóricos

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Quando uma escola torna-se terapêutica Eneida de Souza Cintra 38 1996 2 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Família: a relação entre a expectativa dos pais e aaprendizagem

Equipe da Síntese 39 1996 2 Relato dePrática

Fundamentos Teóricos

As modalidades de aprendizagem e os tipospsicológicos

Claudete Sargo e SuelyGrimaldi Moreira

39 1996 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Uma educação para o próximo século - paradigmapara uma nova pedagogia

Claudio João Paulo Saltini 39 1996 8 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Aprendizado: desafios e perspectivas Maria Ignez Saito 39 1996 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Psicopedagogia na visão multidisciplinar,Interdisciplinar e transdisciplinar

Beatriz Judith Lima Scoz 39 1996 6 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Oficina criativa e psicopedagogia na perspectivados coordenadores cognitivas

Cristina Dias Allessandrini 39 1996 6 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O especialista em educação: uma proposta detrabalho no Cap/UFRJ

39 1996 5 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Trabalho psicopedagógico em Instituição Hospitalar Andreia Cavani Jorge, RitaMittempergher e Vera MariaRossetti Ferretti

39 1996 2 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Hospitalar

A latência acordada: perplexidade dos pais de pré-adolescentes

Rosa Maria JunqueiraScicchitano

39 1996 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A Psicopedagogia na educação auxiliando nodesenvolvimento da fala em crianças de pré-alfabetização

Stela Maris Cortez Bacha 40 1997 5 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Cognição e afetividade: o desejo de saber Cláudio João Paulo Saltini 40 1997 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Memórias de brinquedo Lenita Medeiros Scocco 40 1997 4 Relato dePesquisa

Outros

Aportes de la teoria psicoanalítica de família a laclínica psicopedagógica

Maria Cristina Rojas 40 1997 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

El origen temprano de las patologias adictivas Sonia Abadi 40 1997 4 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Família, desejo e aprendizagem Eliane Kamlot 40 1997 7 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A conquista do espaço psicopedagógico na escola:relato de experiência

Sônia Maria Moojen 40 1997 9 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

aprofundando a discussão das relaçoes entredesnutriçao, fracasso escolar e merenda

Maria Aparecida AffonsoMoysés e Cecília AzevedoLima Collares

40 1997 13 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A pesquisa em Psicopedagogia na Educação: umapráxis interdisciplinar

Lina Cardoso Nunes 41 1997 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A função do psicopedagogo como terceiro narelação familiar de aprendizagem

Rejane Ruduit Dias 41 1997 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Inibição intelectual e tramas de lealdade familiar Elizabeth Polity 41 1997 2 Relato deexperiencia

Fundamentos Teóricos

A afetividade do educador Lenita Maria Costa de Almeida 41 1997 2 Relato dePesquisa

Fundamentos Teóricos

A brinquedoteca e a Psicopedagogia Institucional Neide de Aquino Noffs 41 1997 4 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Tendências na compreensão da dislexia: estudo naperspectiva psicopedagógica

Gislene de Campos Oliveira 41 1997 4 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

Com uma definição; porém sempre em processo.Um pouco da minha prática

Lidia Henriques Mendes 41 1997 2 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Sensibilização ao ato de ler e interpretar textos Ana Carina Tamanaha, AndréaKazue Leite Agari, Katia Tobo,Márcia da Silva, Rosa Aeram,Selma Mie Isotani, MariaCecília Sonzogno

41 1997 4 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Considerações sobre os aspectos psicodinâmicosdo autismo

Vera Regina Jardim RibeiroMarcondes Fonseca

41 1997 3 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Consequencias do pós-moderno na subjetividadeda dinâmica familiar

Ruth Blay Levisky 41 1997 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

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Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Família Grupo x Grupo Família Ana Margarida Cunha,Antonietta Donato, CeneideCerveny, Fernanda Schwyter,Fernanda M. Gomes, MariaCecília R. Da Silva, MarildaGoldfeder, Nívea Maria C.Fabrício, Ruth B. Levisky

41 1997 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A Adolescência, o adolescente, o pensamentoformal e seus desdobramentos

Maria Luiza Teixieira 42 1997 3 Reflexão teórica

Outros

Estruturas Infralógicas: conceituação Magda Ivonete Montagrinini 42 1997 2 Relato deexperiencia

Processo de Aprendizagem

A inclusão de portadores de N.E.E. (NecessidadesEducativas Especiais): problema de preconceito ounecessidades educativas dos profissionaisenvolvidos?

Verônica dos Reis MarianoSouza

42 1997 2 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica:avaliação do aluno ou da escola?

Maria Lucia Lemme Weiss 42 1997 6 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A produção da narrativa em pré-escolares e ainfluência da intervenção, num contexto de estória ede jogo: uma análise psicopedagógica

Maria Celia Rabello MaltaCampos

42 1997 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Leitura conjunta com repetentes da primeira sériede escola pública brasileira

Mercedes Cupolillo, RegianaSouza Silva, Shamia Socorro eKeith Topping

42 1997 5 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Olhar e escuta psicopedagógica na clínica Maria das Graças Sobral Griz 42 1997 3 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Alternativa na Integração social Cláudia Feldman e SandraCaruso Paiva

42 1997 4 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A regulamentação da profissão assegurando oreconhecimento do Psicopedagogo

Beatriz Judith Lima Scoz,Cristina Dias Alessandrini,Elisa Maria Pitombo, MargaridaAzevedo Dupas, Neide deAquino Noffs, Sonia MariaColli de Souza, Sueli GrimaldiMoreira

43 1998 6 Relato dePrática

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Revisitando a identidade do psicopedagogo: daAdolescência à maturidade.

Evelise Maria Labatut Portilho 43 1998 3 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Aplicações do conceito de inteligência emocional Maria Aparecida Cória Sabini 43 1998 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Desenho: mensageiro de imagens Vera Barros de Oliveira 43 1998 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A voz do self ouvida na dificuldade deaprendizagem

Claudete Sargo 43 1998 7 Relato deexperiencia

diagnostico psicopedagógico

Do nascimento ao início da vida escolar: o que fazerpara os filhos darem certo?

Nadia Ap. Bossa 43 1998 2 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A psicopedagogia selecionando contribuições dapsicanálise

Leda Maria Codeço Barone 43 1998 7 Relato deexperiencia

Fundamentos Teóricos

Distúrbios de aquisição e desenvolvimento delinguagem sob a ótica da neuropsicologia

Daniela Pimenta Bittar 43 1998 3 Relato deexperiencia

Processo de Alfabetização

O papel do psicopedagogo no processo deintegração do portador de deficiência

Marisa Potiens Zilio 44 1998 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Habilidades cognitivas - desenvolvimento doraciocínio e formação do educador

Ligia Leitao de MoraesCarvalho

44 1998 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

As trocas surdas-sonoras no contexto dasalterações ortográficas

Jaime Luiz Zorzi 44 1998 9 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

A informática como instrumento na Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica(Institucional e clínica)

Raquel Caruso Whitaker Lopese Sílvia Amaral de Mello Pinto

44 1998 7 Relato dePrática

Processo de Aprendizagem

A oficina de Bonecos como instrumentopsicopedagógico na construção do texto

Dilaina Paula dos Santos 44 1998 3 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica naparceria com os professores

Ana Silvia Borges FigueiralCoelho

44 1998 3 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Tônus e escrita: formas de comunicação e relaçãocom o mundo

Liane Cristina Müller Baccar 44 1998 7 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Por onde andará a Psicopedagogia Maria Lucia Almeida e SergioLuiz Baptista da Silva

44 1998 1 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

O objeto da Psicopedagogia Maria Cecilia Almeida e Silva 44 1998 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Crianças com problemas psiquiatricos emprogramas de brinquedoteca

A. Madanelo, L. H. Pagan e F.B. Assumpção Jr.

44 1998 5 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Informática e problemas de aprendizagem Maria Lucia Lemme Weiss 45 1998 5 Relato dePrática

Processo de Aprendizagem

Aprender/não aprender e gênero Marlene Rozek 45 1998 4 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

O raciocínio de crianças no jogo das quatro coresem um texto psicogenético

Claudia Cypreste dos Santos 45 1998 5 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Pedagogia y Psicologia profunda: ?construyendouma articulación posible?

Leon Tragtemberg 45 1998 6 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A avaliação sob um ponto de vistapsicopedagógico

Maria Aparecida Florense,Maria Lúcia Almeida e SérgioLuiz Baptista da Silva

45 1998 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O mestre e o jogo André Michelet 45 1998 7 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica àcriança queimada: uma experiência hospitalar

Cláudio Carneiro de Miranda eCláudia Ximenes Alves

45 1998 11 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Hospitalar

Psicopedagogia e informática - uma articulaçao naclínica

Ana Celina AquinoVasconcellos

45 1998 5 Relato deexperiencia

Processo de Aprendizagem

O ser construtivista no contexto psicopedagógico -o uso do jogo

Ana Maria S. Galvão Castro 45 1998 4 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicologia e educação: perspectivas nainterdisciplinaridade

Marisa Irene SiqueiraCastanho

45 1998 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A psicopedagogia e a Psicomotricidade - umencontro

Isabel Cristina Hierro Parolim 46 1998 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Dislexia, distúrbios da leitura-escrita... De queestamos falando?

Jaime Luiz Zorzi 46 1998 7 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

Resolução de problemas e tipos psicológicos deJung

Elena Etsuko Shirahige 46 1998 10 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Atendimento psicopedagógico de crianças emserviço especializado de psicologia infantil na áreade Saúde - uma perspectiva desenvolvimentista

Maria Beatriz Linhares 46 1998 7 Reflexão teórica

Psicopedagogia Hospitalar

"Por que" e "como" Psicopedagogia Institucional Eloisa Quadros Fagali 46 1998 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Projetos que deram certo! Brinquedoteca: o mesmoprincípio em duas realidades

Beatriz Picolo Gimenes 46 1998 4 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Algumas considerações sobre a subjetividade nocontexto psicopedagógico

Sylvia Maria Camargo Pires deAlmeida

46 1998 2 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Identificação e aprendizagem: papel dos pais eprofessores

Maria Helena Melhado Stroili 46 1998 2 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Posible articulación de tareas imposibles José Cukier 46 1998 6 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A psicopedagogia e suas parcerias em questões deaprendizagem - Um estudo de caso

Ana Maria Zenicola 47 1999 8 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A linguagem do desenho Erasmo Borges Souza Filho 47 1999 4 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Computadores x Educadores Maria Alice Leite Pinto 47 1999 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Ambiente familiar e aprendizagem escolar Edna Maria Marturano 47 1999 6 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Um olhar psicanalítico em direção à sociedadeglobalizada

Suely Gevertz 47 1999 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Niñez y adolescencia - la education hoy. Desafios Jose Cukier 47 1999 3 Reflexão teórica

Outros

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A alfabetização e o contar histórias Lina Cardoso Nunes, MagdaAnachoreta Alves e MariaCecília de Castello BrancoFantinato

47 1999 4 Relato deexperiencia

Processo de Alfabetização

O olhar e a escuta psicopedagógica na práticainstitucional

Diva Carlos Neto e Neto eKátia Regina Escobar deAlmeida

47 1999 4 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

O Banquete de Platão: a leitura como arte naprodução da subjetividade

Catalina Pagés 47 1999 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Reflexões sobre o entrelaçamento da atuação empsicopedagogia clínica e em psicologia clínica:estudo de caso

Anita Lilian Zuppo Abed 47 1999 4 Relato deexperiencia

Processo de Aprendizagem

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica dainstituição educativa

Sueli de Paula Cunha 48 1999 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

O Déficit de Atenção e a importante função deescutar

Rosangela Hofacker Cunha 48 1999 4 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

Psicologia da arte: uma perspectiva Vygotskyana Flavia Zambon Tronca 48 1999 3 Reflexão teórica

fundamentos teoricos

Sinfonia rural: alguns "nós" na educação de umatese sobre concepções de criança, educação edesenvolvimento infantil de uma comunidade

Maria das Graças Fleury 48 1999 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

La Psicopedagogia em España Marcio Martin Bris e JoséAntonio Luengo Latorre

48 1999 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicopedagogia operatória: uma projeção dopensamento piagetiano

Carmen Campoy Scriptori 48 1999 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A maturidade da psicopedagogia nos 500 anos deBrasil

Diretoria da ABPp 48 1999 2 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Um estudo inicial sobre a multi-repetência naUniversidade

Jesus Garcia Pascual 48 1999 8 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Os jogos infantis no currículo da pré-escola e seusaspectos culturais

Léa Stahlschmidt P. Silva,Adriana B. Guimaraes,Cristiane Elise Vieira, LucianaNazaré de S. Franck, MariaIsabel Steinherz Hippert

48 1999 6 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

O lúdico em crianças deficientes visuais e criançasnormais: análise da percepção de mães

Meiry Soares da Costa 48 1999 6 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Conceito de Psicopedagogia: uma prática paraalém do conceito teórico

Sônia Maria Moojen 48 1999 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia: que opção é essa? Amélia Americano FrancoDomingos de Castro

49 1999 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica naprática docente do professor de línguasestrangeiros

José Paulo de Araújo 49 1999 6 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A complexidade na aprendizagem: as dificuldadesinerentes à ação de conhecer

Laerte Abreu Júnior 49 1999 8 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Promovendo o aprender através da atitudeoperativa

Laura Monte Serrat Barbosa 49 1999 6 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Sociopsicomotricidade Ramain - Thiers e acomplexidade do movimento corporal

Ana Lucia Mandacaru Lobo 49 1999 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A indisciplina e as variáveis que a determinam Leila Cristina dos Santos F. Sá 49 1999 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A utilização de jogos psicopedagógicos no ensinode Matemática

Clarissa S. Golbert 49 1999 7 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

As representações que a criança faz de si mesmaconsiderações sobre a Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Lia Leme Zaia 49 1999 2 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Discurso de Abertura do IX Encontro Regional dePsicopedagogia

Maristela Nunes PinheiroFigueiredo

49 1999 1 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Da escuta do silêncio à leitura do desejo Ana Beatriz Machado deFreitas

49 1999 3 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Instrumentos psicopedagógicos para conhecimentodo sujeito que não aprende

Maria de Fatima Marques Gola 49 1999 2 Relato deexperiencia

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

O adolescente e a família Veronica Coates 49 1999 1 Reflexão teórica

Outros

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógicainstitucional

Anna Maria Vieira Pires Gil 50 1999 6 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Institucional

As contribuições da psicanálise para a formaçãosubjetiva do psicopedagogo

Ana Lúcia Mandacaru Lobo,Darcy Haddad Daccache, LedaMaria Codeço Barone, LucianaEstefino Saddi Mennucci,Maria de lurdes de SouzaZemel e Regina WeinfeldReiss

50 1999 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Gravidez na Adolescência: um enfoque atual Maria José Carvalho Sant'Anna 50 1999 1 Reflexão teórica

Outros

O papel da psicopedagogia na educação inclusiva -O profissional psicopedaogogo e a inclusão escolar

Neide de Aquino Noffs 50 1999 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Formação pessoal em psicopedagogia: essencialou acessória?

Leda Maria Codeço Barone 50 1999 2 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Nos ringues, a dança da luta entre a masculinidadee a feminilidade: machismo

Mary Pimentel Drumont 50 1999 7 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Caixa de areia e as miniaturas: um olharpsicopedagógico

Sonia Maria Gomes de SáKuster e Isabel Cristina HierroParolin

50 1999 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Transtornos de aprendizagem em adolescentes eminstituição hospitalar - Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica com famílias

Grácia Maria Fenelon 50 1999 2 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Hospitalar

A intervenção docente no desenvolvimento infantil Adriana O. Crespo 50 1999 12 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O adolescente e seu futuro profissional naatualidade. Um desafio para pais, educadores epsicopedagogos

Ana Maria Zenicola 51 2000 6 Reflexão teórica

Outros

A psicopedagogia nas ações comunitárias: umahistória em construção

Nanci Miyo Mitsumori 51 2000 6 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Psicopedagogia Institucional - uma práxis emconstrução

Simone Carlberg 51 2000 4 Relato dePrática

Psicopedagogia Institucional

Atendimento psicopedagógico no Processo deAlfabetização

Antonia Maria Nakayama 51 2000 2 Reflexão teórica

Processo de Alfabetização

Quatro aprendizagens fundamentais Marianela Rodrigues da Silva 51 2000 3 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Por que o pai não comparece aos consultórios depsicopedagogia?

Sérgio Luiz Baptista da Silva 51 2000 2 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

A construção da representação espacial na criança Magda Ivonette Montagnini 51 2000 2 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Impacto social da Bolsa - Escola, ensino eaprendizagem

Maria Therezinha de LimaMonteiro

51 2000 3 Reflexão teórica

Outros

Psicopedagogia Institucional - uma proposta deintervenção

Mônica Hoehne Mendes 51 2000 4 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

O foco das dificuldades na aprendizagem: o desejode saber e o desejo de ensinar

Daucy Monteiro de Souza 51 2000 10 Relato dePesquisa

Fundamentos Teóricos

Da prática à fundamentação teóricapsicopedagógica

Maria Lúcia de Alemida Melo 51 2000 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Facilitando a experiência de aprendizagem naInternet - esboço de uma sala de aulas virtual

Jose Paulo de Araújo 52 2000 12 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Os 20 anos da ABPP Beatriz Scoz 52 2000 6 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

A aprendizagem e sua relação com a organizaçãodo real

Lucia Helena Correa deOliveira Cavaggioni

52 2000 6 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Considerações sobre a revisão curricular nocontexto da sociedade atual

Marianela Rodrigues da Silva 52 2000 6 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Repensando o educador à luz do modelo sistêmico Elizabeth Polity 52 2000 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A psicopedagogia clínica como instrumento de açãosocial

Elenita Tonera 52 2000 1 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O processo de socialização Lauro de Oliveira Lima 52 2000 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Transfer... O processo de transferêncial empsicopedagogia

Julia Eugenia Gonçalves 52 2000 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Estágio supervisionado: uma atividade napreparação do exercício na escola

Lina Maria Fernandes de Gil 52 2000 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Para que mundo educa®mos? Ênio Brito Pinto 52 2000 9 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Diálogo, pesquisa e faz de conta: uma proposta quepode dar certo

Silvana Barros 52 2000 13 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica noEnsino Superior: um relato de experiência

Jesus Garcia Pascual, MariaClaudia Mont' Alverne, SorayaMoreira Pessoa, Maria BetâniaCavalcante de Abreu

52 2000 6 Relato deexperiencia

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

A formação de conceitos na criança Maria Cecília Iannuzzi Ferreira 53 2000 8 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógica numacomunidade terapeutica para dependentesquímicos

Maria Célia Rabello MaltaCampos e Gildete BatistaSouza

53 2000 5 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Hospitalar

A importância do diálogo na formação doconhecimento

Elcie F. Salzano Masini 53 2000 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Capítulo Cearense de psicopedagogia Cleomar Landim de Oliveira 53 2000 2 Reflexão teórica

atuaçao da ABPp

El aprendizaje como segmento de conducta Jorge Visca 53 2000 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

A importância do jogo na formação doconhecimento

Amélia Thereza de MouraVasconcellos

53 2000 8 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

La dislexia como transtorno del desarrollo Maria Antonieta Rebolo 53 2000 6 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

O papel social do psicopedagogo Neide de Aquino Noffs 53 2000 4 Reflexão teórica

Prática Psicopedagógica

O desejo de crescer e de aprender Cleomar Landim de Oliveira 53 2000 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Fortalecendo os pais: desafios de educar, hoje Marina da Silveira RodriguesAlmeida

53 2000 5 Reflexão teórica

Prática Psicopedagógica

Regulamentação da profissão de psicopedagogo Beatriz Scoz 53 2000 5 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Um aporte del psicoanálisis a la capacitación de loseducadores y profesionales afines

Marcos Gheiler 53 2000 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Sob o olhar da diferença Carla Cristina de S. SurianiMuniz, Fernanda Alves Mattosde Souza e Josiane CordeiroCovelli

53 2000 4 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Institucional

Regulamentação da profissão de psicopedagogo 53 2000 24 Relato dedebate

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Fatores que influenciam a aprendizagem antes daconcepção

João da Silva Carvalho Neto 54 2001 14 Relato dePesquisa

Processo de Aprendizagem

Processamento auditivo e distúrbio daaprendizagem

Mauro Spinelli 54 2001 8 Relato dePesquisa

Distúrbios de aprendizagem

Psicopedagogia no ambiente hospitalar Sivia Maria Riceto RonchinPasseri e gislene de CamposOliveira

54 2001 6 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Hospitalar

Currículo, cultura e aprendizagem Nivea Maria de CarvalhoFabrício

54 2001 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Doença mental na visão da psiquiatria Edmundo Clairefonte DiasMaia

54 2001 6 Reflexão teórica

Outros

Os quatro pilares do atendimento psicopedagógico Ana Luiza Snoeck Amaral 54 2001 4 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Dificuldades da avaliação na situação de transiçãoda família e da escola

Carlos Alberto de Medina 55 2001 6 Reflexão teórica

Prática Psicopedagógica

Diagnóstico: um trabalho para Sherlock Holmes? Ana Lisete Frontini PereiraRodrigues

55 2001 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Ponencia para el forum acerca de "Valuación" -Avaliação e Ética: avaliação como reconhecimentode autoria e construção grupal de conhecimentos

Alicia Fernández 55 2001 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Fragmentos de uma avaliação "amorosa" Léa Depresbiteris 55 2001 11 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A participação do psicopedagogo na avaliaçãoinstitucional

Cleide Nébias 55 2001 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A relação entre estilos de aprendizagem emetacognição na avaliação psicopedagógica emadultos

Evelise Maria Labatut Portilho 55 2001 6 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

As contribuições da técnica projetiva par educativopara a avaliação institucional

Janete Carrer 55 2001 4 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Institucional

Aspectos dinâmicos da avaliação diagnóstica Maria Angélica Moreira Rocha 55 2001 13 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Avaliação a partir da reflexão das ações doprofessor

Beatriz Judith Lima Scoz 55 2001 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Avaliação: um enfoque a partir da ciência pós-moderna - a reflexão das ações dos professores

Beatriz Scoz 55 2001 8 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

O Diagnóstico e Intervenção Psicopedagógicainstitucional: uma visão sistêmica

Maria Cecília Castro Gasparian 55 2001 4 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A relação entre tarefa do aluno e avaliação Maria Célia Rabello MaltaCampos

55 2001 5 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Saúde e educação: uma proposta para a prevenção Maria Ignez Saito 55 2001 3 Reflexão teórica

Outros

Avaliacão da aprendizagem através do desenho Ana Maria Zenicola 55 2001 3 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Avaliação psicopedagógica interventiva Edith Rubinstein e Denise daCruz Gouveia

55 2001 8 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Avaliação : ato reflexivo Lígia Fleury Leitão 55 2001 5 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Página 23 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Avaliação na progressão continuada Isabel Cristina Nache Borges 55 2001 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Avaliação dinâmica de áreas integradas - Teoria Cláudia Feldman 55 2001 7 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Dificuldade ou modalidade de aprendizagem? Claudete Sargo 55 2001 4 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Avaliação: inclusão - Promoção automática:exclusão

Elcie F. Salzano Masini 55 2001 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A contribuição da psicanálise para uma re-leituradas queixas escolares por parte dos educadores

Maria Célia R. Malta Campos 56 2001 7 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Adolescência, Família, escola e drogas Maria Ignez Saito 56 2001 3 Reflexão teórica

Outros

Psicopedagogia: identidade de uma especialidadeem construção

Maria Helena Melhado Stroili 56 2001 3 Reflexão teórica

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Mito de Héstia Cristiane Lopes Kaulich 56 2001 3 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Informática na dislexia Raquel Caruso Whitaker, SilviaAmaral de Mello Pinto

56 2001 7 Reflexão teórica

Distúrbios de aprendizagem

O mito da dificuldade de aprendizagem e dadeficiência

Elizabeth Chinche Bregantini 56 2001 8 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Vygotsky na clínica psicopedagógica Luciana Puglisi de Paula Souza 56 2001 7 Reflexão teórica

diagnostico psicopedagógico

Resíduo do 3º milênio: exclusão e fracasso naEducação Básica - Caminhando para a superação

Maria Cecília Machado 56 2001 4 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A Benéfica presença da frustração em nossas vidas Eneida de Souza Cintra 56 2001 2 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Incluir... Como? Regina Célia CelebroneLourenço

56 2001 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Dificuldades de aprendizagem em matemática: umenfoque metacognitivo

Evelise Maria Labatut Portilho 56 2001 4 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A disciplina RPI - Relações Pessoais einterpessoais

Marcos Meier e Sylvie Brandes 56 2001 6 Relato dePesquisa

Outros

Página 24 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Os direitos das crianças são direitos humanos -Educar para a cidadania

Vera Mayer da Silva e VerônicaAlfosin

56 2001 6 Relato deexperiencia

Outros

Formação em Psicopedagogia: transformação doprofissional junto àquele que aprende

Elena Etsuko Shirahige 56 2001 4 Reflexão teórica

Prática Psicopedagógica

Internet: questoes básicas da aprendizagem doadolescente

Maria Lúcia Lemme Weiss 56 2001 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Adolescência, cultura, vulnerabilidade e risco. Aprevenção em questão

Maria Ignez Saito 57 2001 5 Reflexão teórica

Outros

Por uma psicopegogia social Afrânia Márcia Pinto Ramos 57 2001 5 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A contribuição da linguagem corporal na aquisiçãoda linguagem escrita: um estudo de caso de umacriança com problema de aprendizagem escolar

Elisa Pitombo 57 2001 3 Relato deexperiencia

Processo de Alfabetização

Vicissitudes dos adolescentes em seus vínculoscom a família e a escola

Sonja M. R. Antiqueira Magri 57 2001 6 Relato dePesquisa

Outros

Famílias mutantes, parentabilidades distantes? Maria Consuello Passos 57 2001 5 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Do interesse à criança ao melhor interesse dacriança

Giselle Groeninga 57 2001 14 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Ecoar e espelhar como formas de conhecimento Luciana Pires 57 2001 9 Relato deexperiencia

Processo de Aprendizagem

E aí, como vai sua tese? (A clínica do trabalhoacadêmico)

Maria Lúcia de Alemida Melo 57 2001 8 Relato deexperiencia

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Contar e ouvir histórias: um acesso ao mundo daleitura e escrita

Cristiane Laurito Costa 57 2001 4 Relato deexperiencia

Processo de Alfabetização

O alívio do estresse na criança hospitalizada Ivani Carvalho Amorim Oliveira 57 2001 5 Relato deexperiencia

Psicopedagogia Hospitalar

Com a palavra a criança: "Aluno novato vai à escolapara aprender e o aluno repetente para passar deano"

Léa Stahlschmidt P. Silva 57 2001 10 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Discurso de Abertura do VIII Encontro dePsicopedagogia - Seção Curitiba

Isabel Cristina Hierro Parolin 57 2001 2 Discurso Oficial

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

Página 25 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

VIII Encontro de Psicopedagogia Laura Monte Serrat Barbosa 57 2001 2 Discurso Oficial

Discurso sobre a Área dePsicopedagogia

O pediatra e as dificuldades na aprendizagem:intervenção preliminar

Héctor Daniel Vazquez 58 2001 6 Reflexão teórica

Psicopedagogia Hospitalar

Progressão continuada: re-significando a avaliaçãoescolar

Sandra M. Zákia L. Sousa 58 2001 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Quando o psicopedagogo e a escola olham para ostranstornos

Ana Maria Rodriguez Muñiz 58 2001 4 Reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

Avaliação no construtivismo sistêmico simbólico,um estudo da pedagogia simbólica

Carlos Amadeu BotelhoByington

58 2001 6 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A construção da cidadania como valor: umirremovível desejo para quem quer educar

Paulo Afonso Caruso Ronca 58 2001 2 Reflexão teórica

Outros

O ressignificar do processo avaliativo à luz dapsicopedagogia para portadores de necessidadeseducativas especiais

Marisa Pascarelli Agrello 58 2001 3 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Pediatria e psicopedagogia: parceria na avaliaçãodo desenvolvimento da criança

Ana Maria Rodriguez Muñiz 58 2001 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Hospitalar

O mito da avalição do "deficiente". As múltiplasformas de aprender em busca do "eficiente"

Elizabeth Chinche Bregantini 58 2001 3 Reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Psicopedagogia e pediatria Sonia Maria Colli de Souza 58 2001 3 Reflexão teórica

Psicopedagogia Hospitalar

Avaliação contínua: um passo para a aprendizagem Mônica Hoehne Mendes 58 2001 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Avaliando competências no professor e no aluno Cristina Dias Alessandrini 58 2001 10 Relato dePesquisa

diagnostico psicopedagógico

Avaliação a partir do potencial do aluno Vânia Maria de CarvalhoBueno de Souza

58 2001 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Avaliação num modelo de escola mais do queespecial

Nivea Maria de CarvalhoFabrício

58 2001 6 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Ana Maria Rodriguez Muñiz - Homenagem Fátima Gola, Maria Katiana V.Gutierrez, e Simone Cavallari

59 2002 3 Homenagem póstuma

Outros

Página 26 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Algumas contribuiçoes da psicanálise para acompreensão da tendência anti-social

Margarida Azevedo Dupas 59 2002 11 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A cartilha na alfabetização: por que permanece? Maria Aparecida Cória Sabini eZélia Rodrigues Neves

59 2002 7 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Competências na psicopedagogia: um enfoque parao novo milênio

Marisa Irene SiqueiraCastanho

59 2002 6 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

"Odeio matemática" - Um olhar psicopedagógicopara o ensino da matemática e suas articulaçõessociais

Isabel Cristina Hierro Parolin eLia Helena Schaeffer Salvador

59 2002 12 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A clínica psicopedagógica: o erro no processo decontrução do conhecimento como possibilidade deressignificação da história de aprendizagem

Rita de Cassia M. BrunelliBarroso Linkeis e Vera MariaSaveria Pricoli

59 2002 5 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Psicopedagogia: um significante Maria Luiza Andreozzi 59 2002 7 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Avaliação e ação psicopedagógica nas dificuldadesde alfabetização

Luciana Vellinho Corso 59 2002 7 Relato dePrática

Processo de Alfabetização

"Cállense muchachos, la classe va a empezar" - Lafunción analítica del educador

Marcos Gheiler 59 2002 4 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Leitura e escrita como fatores de inclusão:comparando a eficácia dos métodos fônico e globalde alfabetização

Alessandra Gotuzo SeabraCapovilla

60 2002 21 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Cognição e afetividade Maria das Graças Sobral Griz 60 2002 8 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

Do ensino à aprendizagem: um caminho a percorrer Maria Silvia Bacila Winkeler eMari Angela Calderari Oliveira

60 2002 8 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A formação de educadores para uma educaçãoinclusiva

Neide de Aquino Noffs 60 2002 4 Reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Ser "certinho" é sinal de adequação Ruth Blay Levisky 60 2002 7 Reflexão teórica

Processo de Aprendizagem

A formação continuada em serviço, doscoordenadores e os sentimentos dos professores

Marili Moreira da Silva Vieira eVera Maria Nigro de SouzaPlacco

60 2002 6 Reflexão teórica

Psicopedagogia Hospitalar

Página 27 de 29

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisanúmero de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Sono, ansiedade e qualidade de vida (WHOQOL -100): em universitário do 5º ano de Psicologia(Humanas) e Engenharia (Exatas), na Capital e noInterior de São Paulo

Maria Nilza Moreira 60 2002 8 Relato dePesquisa

Distúrbios de aprendizagem

Capacidade para a prática interdisciplinar: um relatode experiência

Maria Luiza Midhelini Wippel,Denise Fernandes Goulart,Ana Luiza Galvão BenderMoreira, Maria da GlóriaGracco Bozza

60 2002 8 Relato dePesquisa

Prática Psicopedagógica

Página 28 de 29

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ANEXO3

Classificação dos Artigos Publicados no Periódico da Associação Brasileira de Psicopedagogia – Fase Revista Indexada– 2003 a 2006

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Classificação dos Artigos do Periódico da Assocação Brasileira de Psicopedagogia - Fase Revista Indexa da 2003 a 2006

Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa

Psicopedagogia & Inclusão - O papel doprofissional e da escola

Elcie F. Salzano Masini 61 2003 5 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Grupo ensino: uma estratégia de Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica no ensino superior

Antonio Wilson Pagotti e SueliAssis de Godoi Pagotti

61 2003 10 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Um olhar semiótico para o processo deaprendizagem de sujeitos com deficiência mental

Rosana Aparecida Vieira MaiaAngelini

61 2003 10 Relato dePrática

Processo deAprendizagem

Angenor, estudo de caso de um cidadão brasileiro Elisa Pitombo 61 2003 5 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Os alicerces da aprendizagem Claudete Sargo 61 2003 6 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Liberdade e limite na educação infantil: algumascontribuições filosóficas e psicopedagógicas

Sergio Pereira da Silva e AndréaAfonso Borges

61 2003 9 reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Desenvolvimento do raciocínio verbal:aprendizagem por coordenação de ações,reconstrução e ressignificação de experiências

Maria Therezinha de Lima Monteiro 61 2003 5 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

O papel do adulto em situações de aprendizagem Ana Maria Falsarella 61 2003 4 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Afetividade, um instrumento didático João da Silva Carvalho Neto 61 2003 5 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Sala de aula: espaço de autoria de pensamento Jurema Nogueira Mendes Rangel 61 2003 6 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Educação nos tempos atuais: grandes desafios Lélia de Cassia Faleiros Oliveira 61 2003 5 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O conceito de "diferente" no processo de inclusãoe sua relação com os diversos segmentos sociais

Ana Lúcia Mandacaru Lobo 61 2003 4 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O mundo pré-operatório de Laurinha:considerações gerais sobre o estágio depensamento pré-operatório

Vera Regina Passos Bosse 61 2003 9 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Linguistica e surdez: compreendendo asingularidade da produção escrita de sujeitos

Dóris Anita Freire Costa 62 2003 13 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

A deficiência redescoberta: a orientação de pais decrianças com deficência visual

Maria Lúcia Toledo MoraesAmiralian

62 2003 9 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Página 1 de 7

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Los retos de la alfabetización: cómo comprender loque se lee cuando aún no se há aprendido deltodo a leer

Emilio Sánchez, J. Ricardo GarciaPérez

62 2003 12 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Ser adolescente Hoy Maria Cristina Rojas 62 2003 8 reflexão teórica

Outros

Estrategias de aprendizaje: bases para laintervención psicopedagógica

Maria Teresa Moreno Valdés 62 2003 7 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

La inclusión del niño com necesidades educativasespeciales: algo más que um desafío pedagógico

Neva Milicic e Soledad López deLérida

62 2003 11 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Dificultades de aprendizaje y neuropsicologíacognitiva

Jesús Alejandro Martinez Martin 62 2003 8 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A aplicação de teorias psicológicas aoplanejamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem

Maria Aparecida Cória Sabini 62 2003 11 reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia e eqüidade social: o contextocomo protagonista, a diversidade como norma

Carmem Pastorino 62 2003 6 reflexão teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

Complexidade e sistema na Psicopedagogia Maria Luiza Puglisi Munhoz 62 2003 10 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Aspectos da formação de leitores nas quatroséries iniciais do primeiro grau

Jaime L. Zorzi, Marisa T.Serapompa, Polyana S. Oliveira,Adriana T. Faria

62 2003 13 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

A formação continuada de professores e seuimpacto na prática cotidiana

Ana Maria Falsarella 63 2003 8 Relato dePesquisa

Outros

Campos de problematização moral dos jovens Maria Aparecida Memede Neves,Celso Wilmer, Stella M. P. deAzevedo Pedrosa

63 2003 10 reflexão teórica

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

A Influência dos distúrbios respiratórios naDificuldade de Aprendizagem

Renata C. Di Francesco 63 2003 4 Relato dePesquisa

Falhas no Processo deAprendizagem

Jogo e educação: o que pensam os educadores Tânia Ramos Fortuna, Aline Duránda Silveira de Bittencourt

63 2003 9 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Ensinar e aprender: saberes e práticas deprofessores de anatomia humana

Sérgio Augusto Nader Damascenoe Maria Aparecida Cória Sabini

63 2003 12 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Familia y modalidades de aprendizaje Maria Cristina Rojas 63 2003 6 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Página 2 de 7

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Prevenção na escola: uma proposta interdisciplinarentre a fonoaudiologia e a psicopedagogia

Monique Antunes de SouzaChelminski Barreto

63 2003 9 reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A microgênese na oficina criativa Cristina Dias Alessandrini 63 2003 22 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Dislexia y Disgrafia de superficie evolutivas emespañol: um experimento de rehabilitación

Jesús Alejandro Martinez Martin eJosé Orrantia Rodriguez

64 2004 17 Relato dePesquisa

Falhas no Processo deAprendizagem

Desejo de saber e anorexia ao saber Antonio Mamede Neves 64 2004 11 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Reflexiones teórico - prácticas del accionarpsicopedagógico em la escuela

Claudia Elvira Simon 64 2004 8 reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A interferência do ruído na aprendizagem Raquel Cecilia Fischer DreossiTeresa M. Momensohn Santos

64 2004 10 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

A psicopedagogia no contexto hospitalar: quando,como, por quê?

Claudia Terra do Nascimento 64 2004 9 reflexão teórica

Psicopedagogi Hospitalar

Avaliação e intervenção metafonológica emdistúrbio da linguagem escrita

Alessandra Gotuzo Capovilla,Ingrid Suiter e Fernando César

64 2004 12 reflexão teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

Uma visão psicanalítica do Transtorno do Déficitde Atenção e Hiperatividade

Denise da Cruz Gouveia 64 2004 3 reflexão teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

Atendimento psicopedagógico em enfermariapediátrica

Ivani Carvalho Amorim 64 2004 12 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Hospitalar

Produção Escrita e Mediação: o papel do contextoescolar na produção escrita de sujeitos comnecessidades educativas especiais

Dóris Anita Freire Costa 65 2004 14 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O olhar psicopedagógico na instituiçãoeducacional: o psicopedagogo como agente deinclusão social

Maria Luiza Garitano de Castro 65 2004 9 Relato dePrática

Psicopedagogia Institucional

Considerações sobre a avaliação do processoensino-aprendizagem no ensino superior

Maria Aparecida Cória Sabini,Sergio Augusto Nader Damasceno

65 2004 10 reflexão teórica

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Dislexia e disgrafia: dificuldades na linguagem Elisabeth Caldeira e Dulce MariaLazzaris de Oliveira Cumiotto

65 2004 8 reflexão teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

Intervenções multidisciplinares na escola: umavisão psicopedagógica

Elizabeth Polity 65 2004 11 reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A influência do perfil de leitor nas habilidadesortográficas

Jaime L. Zorzi, Marisa T.Serapompa, Adriana T. Faria ePolyana S. Oliveira

65 2004 11 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

Página 3 de 7

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

A influência da respiração oral no processo deaprendizagem da leitura e escrita em crianças pré-escolares

Katia A. Kuhn Chedid, Renata C. Di Francesco, Paula Andreya deSouza Junqueira

65 2004 7 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

"DDA" e outras novas siglas associadas alimitações de ensino aprendizagem escolar

Anna Maria Vieira Pires Gil 65 2004 13 reflexão teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

Desenvolvimento do raciocínio verbal de criançascarentes:a zona proximal de desenvolvimento

Maria Therezinha de Lima Monteiro 66 2004 20 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Dificuldade na compreensão da leitura: umaabordagem metacognitiva

Luciana Vellinho Corso 66 2004 10 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

A interação social de crianças com queixas dedificuldades de aprendizagem: reflexões paraprofessores e psicopedagogos

Eliane Giachetto Saravali 66 2004 9 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Rumos da psicopedagogia brasileira Edith Rubinstein , Marisa IreneCastanho e Neide de Aquino Noffs

66 2004 14 reflexão teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

Brincar e narrar: possibilidades de organização daexperiência

Leda Maria Codeço Barone 66 2004 6 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Diagnósticos em Psicopedagogia Sônia Maria Moojen 66 2004 11 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Consultoria em avaliação de desempenho: umaárea de atuação do psicopedagogo

Helena Correa Tonet 66 2004 13 reflexão teórica

Psicopedagogia Institucional

A vivência da reinserção escolar de crianças comcâncer: estratégia de atuação do psicólogo

Gisele Machado da Silva, ElizabethRanier Martins do Valle

67 2005 12 Relato dePesquisa

Outros

Evaluación de los estilos de aprendizaje ymetacognición em estudiantes universitarios

Evelise Maria Labatut Portilho 67 2005 12 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

O relatório psicopedagógico e sua importânciapara o trabalho do professor

Carolina Provvidenti de PaulaGurgel

67 2005 15 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Percursos históricos da psicopedagogia no RioGrande do Sul

Fabiana Ortiz Portella 67 2005 10 reflexão teórica

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

A gênese do símbolo e a entrada na cultura: areflexão epistemológica apóia a reflexãopsicopedagógica

Helena Vellinho Corso 67 2005 8 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Desmistificando a inclusão Maria Lucia Toledo MoraesAmiralian

67 2005 8 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Violência na/da escola: em busca de definições Rosana Maria C Del Picchia deAraújo Nogueira

67 2005 13 Relato dePesquisa

outros

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

As preocupações dos estudantes universitários:um estudo exploratório

Antonio Wilson Pagotti e GiulianoAntonio de Godoi Pagotti

68 2005 11 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

O ruído em salas de aula de curitiba: como osalunos percebem este problema

Dayanne Klodzinski, Fabiane Arns,Angela Ribas

68 2005 6 Relato dePesquisa

Processo deaprendizagem

Educação terapêutica da criança hemofílica Enza Sidoti, Maria CecíliaSonzogno, Nildo Alves Batista,Maria Tatiana Benigno, e GiuseppeTringalli

68 2005 8 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Hospitalar

Outros: Modernidade e pós-modernidade José Outeiral 68 2005 29 reflexão teórica

Outros

Conductas de aprendizaje em el aula: La siguientegeneración de evaluación e intervención

Cesar Merino Soto,Barbara ASchaefer, Frank C. Worrell

68 2005 6 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

A prevenção dos problemas de aprendizagem e ascapacidades e competências mínimas para aparticipação produtiva no século XXI

Marcelo Chelminski Barreto,Monique Antunes de SouzaChelminski Barreto

68 2005 8 reflexão teórica

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Um olhar psicopedagógico sobre a velhice Maria de Lourdes Bortolanza eSimone Krahl e Felipe Biasus

68 2005 9 Relato dePesquisa

Outros

El lugar del cuerpo de los alumnos em elaprendizaje áulico: impronta de dos modelos

Marta Busani, Maria CristinaFossati

68 2005 9 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Educação sexual para estudantes surdos Luiza Elena Leite Ribeiro do Valle 69 2005 7 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Diagnóstico inicial: Violência doméstica, motivo deconsulta e indicação de tratamentopsicopedagógico

Iara Abreu Wrege 69 2005 10 Relato dePrática

Outros

Contextualizando a vida: Estudo sob o enfoquepsicopedagógico com crianças e adolescentespacientes de doenças Hemato-oncológicas

Fany Miriam Axelrud 69 2005 12 Relato dePesquisa

Psicopedagogia Hospitalar

O brincar e a aprendizagem: concepções deprofessores da educação infantil e do ensinofundamental

Cristina de Andrade Varanda,Érica Relvas Prudêncio, MárciaCristina Portella Rocha Bidá

69 2005 10 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Psicopedagogia e transtornos psiquiátricos Claudete Sargo e Suely GrimaldiMoreira

69 2005 5 Relato dePrática

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Dificuldades de aprendizagem: Dislexia e Disgrafiana era da informação

Laura Monte Serrat Barbosa 69 2005 13 reflexão teórica

Falhas no Processo deAprendizagem

A psicopedagogia na educação superior:contribuições da teoria piagetiana

Eliane Giachetto Saravali 69 2005 11 reflexão teórica

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Sobre a possibilidade do jogo como mediador daaprendizagem do adulto

Carolina Sophia Vila Zambotto eMarisa Irene Siqueira Castanho

69 2005 15 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

A brinquedoteca em expansão mundial: Breverelato atual

Vera Barros de Oliveira 69 2005 3 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Múltiplos sentidos do terapêutico: intervençõespsicopedagógicas em diferentes contextos einfluências da forças culturais

Eloisa Quadros Fagali 70 2006 13 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Representações de valores humanos de alunos de5ª à 8ª série do ensino fundamental

Maria Aparecida Cória Sabini eValdir Kessamiguiemon de Oliveira

70 2006 8 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Estratégias de aprendizagem da criança emprocesso de alfabetização

Evelise Maria Labatut Portilho eSonia Maria Gomes de Sá Küster

70 2006 7 Relato dePesquisa

Processo de Alfabetização

A interdisciplinaridade como metodologia e apsicanálise como eixo referencial comum

Grácia Maria Fenelon 70 2006 12 Relato dePrática

Psicopedagogia Hospitalar

Trauma e filiação em Ferenczi: efeitos na relaçãoprofessor -aluno

Leda Maria Codeço Barone 70 2006 7 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

O desenvolvimento da criatividade e da autonomiana escola: o que nos dizem Piaget e Vygotsky

Ana Luisa Manzini Bittencourt deCastro

70 2006 13 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Princípios e práticas do empreendedrismo: umnovo paradigma em educação e empsicopedagogia

Clara Geni Berlim; Fabiana OrtizPortella; Ingrid SchroederFranceschini; Mônica Timm deCarvalho

70 2006 6 Relato dePrática

Psicopedagogia Institucional

O impacto da psicopedagogia na Educação noDistrito Federal

Maria Therezinha de Lima Monteiro 70 2006 9 Relato dePesquisa

Discursos sobre a Área dePsicopedagogia

O Caminho para a Transdisciplinaridade Maria das Graças Sobral Griz 70 2006 4 reflexão teórica

Fundamentos Teóricos

Análise da representação da imagem e esquemacorporal em crianças com problemas deaprendizagem

Juliana Christina Rezende deSouza

71 2006 6 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Escrita ortográfica: análise do desempenhoortográfico de universitários

Rosa Lise de Sousa Kusner,Graciela Inchausti de Jou, ValériaOliveira Thiers, Brasilio RicardoCirillo da Silva

71 2006 7 Relato dePesquisa

Psicopedagogia no EnsinoSuperior

Página 6 de 7

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Gênro Discursivo

Objeto de Pesquisa número de páginas

classificaçaoTítulo do artigo Nome do autor número do exemplar

ano dapublicação

Nível de leitura e compreensão de sentençasfaladas no ensino fundamental: diagnósticodiferencial dos problemas de leitura

Carolina Cunha Nikaedo, ElizeuCoutinho de Macedo, CleberDiana, Katerina Lukasova, CarolinaKuriyama, Fernanda Orsati,Fernando César Capovilla, LuaneNatalle

71 2006 9 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

Desempenho na resolução de problemasenvolvendo o conceito aditivo em sujeitos comdislexia do desenvolvimento

Anelise Caldonazzo, Cintia AlvesSalgado, Simone AparecidaCapellini, Sylvia Maria Ciasca

71 2006 8 Relato dePesquisa

Falhas no Processo deAprendizagem

Avaliação de vocabulário expressivo e receptivo naeducação infantil

Fernanda Ferracini, AlessandraGotuzo Seabra Capovilla, NatáliaMartins Dias, Fernando CésarCapovilla

71 2006 10 Relato dePesquisa

Processo deAprendizagem

Estilos de aprendizagem e inclusão escolar: umaproposta de qualificação educacional

Claudia Gomes 71 2006 11 Relato dePesquisa

Diagnóstico e IntervençãoPsicopedagógica

O estalo de Vieira à espera da leitura Clélia Argolo Estill 71 2006 7 Relato deexperiencia

Falhas no Processo deAprendizagem

Aspectos individuales que influencian em eldesempeño durante el examen psicológicas

Thomas Oakland e César MerinoSoto

71 2006 6 reflexão teórica

Outros

Dificultades em el aprendizaje de las matemáticas:uma perspectiva evolutiva

Josetxu Orrantia 71 2006 23 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Os neurobiomecanismos do aprender: a aplicaçãode novos conceitos no dia-a-dia escolar eterapêutico

Ana Alvarez, Ivana de CarvalhoLemos

71 2006 10 reflexão teórica

Processo deAprendizagem

Página 7 de 7

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ANEXO 4

Classificação das Resenhas Publicadas – Fase Boletim – 1982 -1990

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Classificação das Resenhas Publicadas - Fase Boleti m - 1982 a 1990

Programas de InformaçãoProfissional

J. A. Junior e Eduardo M. Edicom 1983 Leda MariaCodeço Barone

2 1982 1 Outros

O que é Leitura M. H. Martins Brasiliense 1982 Leda MariaCodeço Barone

3 nov/83 3 Processo deAprendizagem

Preparando a alfabetização -Instrumento de avaliação dorepertório básico

Sérgio Antonio da Silva Leite Edicom 1984 Antônio Jayro daFonseca MottaFagundes

4 abr/84 2 Processo deAlfabetização

Ensinando Observação: umaintrodução

M.F. Danna e M. A. Matos Edicom 1984 Márcia ReginaSaviolli

5 ago/84 3 Outros

Descrição, Definição e Registro deComportamento

Antonio Jayro F. M. Fagundes Edicom 1984 Cibele FreireSantoro

3 dez/84 3 Outros

A Adolescente e o sexo Darcy Raiça e Senira Anie F.Fernandez

Edicom 1985 Darcy Raiça eSenira Anie F.Fernandez

2 abr/85 2 Outros

Universidade Brasileira - a intençãoda extensão

Nádia Dumara Ruiz Silveira Loyola 1987 Maria F. deRezende eFusari

6 jun/87 1 Outros

Atirei o pau no gato. A pré escola emserviço

Marília Amorim Brasiliense 1986 Maria CecíliaMachado

13 jun/87 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia - O caráterInterdisciplinar na Formação eAtuação Profissional

Beatriz Judith Lima Scoz Artes Médicas 1987 Maria CecíliaMachado

14 dez/87 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Como enfrentar o Stress M. N. Lipp, A. S. P.F. Romano,M.A.Covolan e M.J.G. Neri.

Icone 1987 Nione T. A. deOliveira

14 dez/87 2 Outros

Alfabetizando com sucesso Marieta Lucia Machado Nicolau eMauro M.Adelia F.

EPU 1986 Carmem SilviaC.V. Canuto

14 dez/87 4 Processo deAlfabetização

A crise e as alternativas da psicologia Oswaldo h. Yamamoto Sylvia Leser deMello

14 dez/87 2 Outros

Problemas de Leitura na Criança Peter Bryant e Lynette Bradley -Tradução Irineo Constantino SchuchOrtiz

Artes Médicas 1987 Lucila Maciel dosSantos

15 jun/88 2 Processo deAprendizagem

Análise Experimental doComportamento

Paula Inez Cunha Gomide e LídiaNatália Dobrianskyj

Dione deRezende

15 jun/88 1 Outros

Introdução à Psicologia da Criança Paul Osterrieth - tradução de LuizDamasco Penna e J.B. DamascoPenna

Cia. EditoraNacional

1987 Elaine Zorzi 15 jun/88 1 Processo deAprendizagem

Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

Página 1 de 7

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

Estudos de Psicopedagogia Musical Violeta Hemsy de Gainza - TraduçãoBeatriz A. Canabrava

Summus Editorial

1988 Maria CecíliaMachado

16 dez/88 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Crianças e Bebês à Luz deObservações Psicanalísticas

Martha Harris - Tradução: Heloisa P.Attuy

Edições Vértice

1988 Anna ChristinaMotta Pachecode Mello

16 dez/88 2 Fundamentos Teóricos

A arte de escrever: odesenvolvimento do discurso escrito

Lucy Mc Cormick Calkins Artes Médicas 1989 Silvia R.Bergamin

17 jul/89 2 Processo deAlfabetização

Da Clínica à Sala de Aula - UmaInvestigação Antropológica

Suely Grimaldi Moreira Editora Loyola 1989 Claudete Sargo 18 jun/90 2 Processo deAprendizagem

Psicanálise da Alfabetização - Umestudo psicanalítico do ato de ler eaprender

Bruno Bettelheim e Karen Zelan -Tradução Luis Caon

Artes Médicas 1984 Maria da GlóriaNascimento

18 jun/90 5 Processo deAlfabetização

O Despertar do Espírito Françoise Dolto e Antoinette Muel Edições 70 1980 Maria da GlóriaNascimento

20 dez/90 4 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Pré - Escola é não é Escola Maria Lucia A. Machado Paz e Terra 1991 Marjory ValiasPasquinelli

21 1º sem/91 2 Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia - Contextualização,formação e atuação profissional

Scoz, Barone, Campos, Mendes(org.)

Artes Médicas 1991 Maria CecíliaMachado

22 2º sem/91 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Integração da Criança Deficiente naClasse

Pierre Vayer - Charles Roncin Manole 1989 Neide de AquinoNoffs

23 1º sem/92 2 Psicopedaogia Institucional

Eu aprendo aqui e ali Fátima Gola, Simone Cavallari, MariaAzevedo

Ática 1992 Suely GrimaldiMoreira

24 2 º sem/92 1 Outros

Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica

Maria Lucia L. Weiss Artes Médicas 1992 Maria CecíliaMachado

25 1993 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

De Piaget a Freud (psico) Pedagogiaentre o conhecimento e o saber

Leandro de Lajonquiére Vozes 1993 Luci Banks Leite 26 1993 2 Fundamentos Teóricos

Novas Contribuições da Psicologiaaos Processos de Ensino eAprendizagem

vários autores Tônia Frochtengarten

27 1993 2 Processo deAprendizagem

Dificuldades na Aprendizagem daLeitura. Teoria e Prática

Terezinha Nunes, Lair Buarque, PeterBryant

Cortez 1992 Eduardo Kanemoto

28 1994 2 Falhas noProcesso deAprendizagem

De Ler o Desejo ao Desejo de Ler Leda Barone Vozes 1993 Leny MagalhãesMrech

29 1994 2 Processo deAlfabetização

Página 2 de 7

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

A Paixão de Formar: Da Psicanáliseà Educação

Maria Cecília Pereira da Silva Artes Médicas Marion Minerbo 29 1994 2 Fundamentos Teóricos

A Psicopedagogia no Brasil -Contribuições a Partir da Prática

Nádia A. Bossa Artes Médicas 1994 Fátima Gola 29 1994 2 Fundamentos Teóricos

Escola e Alfabetização: Umaperspectiva Didática

Berta Braslavsky - tradução VeraMazagão Ribeiro

Unesp 1993 Cleide Nébias 30 1994 2 Processo deAlfabetização

O Desenvolvimento da Fala naCriança: do Inter para o Intrapsíquico

Alessandra Fernandes Carreira Alessandra Fernades Carreira

30 1994 3 Processo deAprendizagem

Psicopedagogia Institucional Aplicada Eloisa Quadros Fagali e Zélia Del Riodo Vale

Vozes 1993 Iara MariaAlvarez Gambale

31 1994 2 Psicopedagogia Institucional

Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica

Maria Lucia L. Weiss Patricia CatalaniRacca

31 1994 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

A Mulher Escondida na Professora Alicia Fernandez Artes Médicas 1993 Isabel CristinaHierro Parolin

32 1995 1 Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia e Realidade Escolar -O problema escolar e deaprendizagem

Beatriz Judith Lima Scoz Vozes 1994 Sonia MariaMoojen

33 1995 1 Fundamentos Teóricos

A Práxis Psicopedagógica Brasileira Sargo, C.; Weinberg, C.;Mendes,M.H.; Souza, S.M.C.; Moreira, S.G.

Editora ABPp 1994 Maria Célia R.Malta Campos

34 1995 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Técnicas ProjetivasPsicopedagógicas

Prof. Jorge Visca Wilma BarataBarbosa

35 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Refúgio num mundo sem coração - Afamília: santuário ou instituiçãositiada?

Christopher Lasch Paz e Terra 1991 Maria DulceMarrey Moncau

36 1996 2 Outros

Problemas de aprendizagem Lucinda Dias Antroposófica 1995 Cláudia Feldman 37 1996 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Avaliação Psicopedagógica dacriança de 7 a 11 anos

Nádia Ap. Bossa e Vera Barros deOliveira

Vozes 1996 Sandra CarusoPaiva

38 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Subjetividade Objetividade -Relações entre Desejo eConhecimento

Sara Pain Cevec 1996 Claudete Sargo 39 1996 1 Fundamentos Teóricos

Página 3 de 7

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

SDT - Teste do Desenho de Silver -Cognição e Emoção

Rawley Silver Casa doPsicólogo

1996 Ana LiseteFrontini PereiraRodrigues

39 1996 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia: teoria, clínica,investigación

Jorge Pedro Luis Visca 1993 Helenice MaiaGonçalves

40 1997 1 Fundamentos Teóricos

Contagem de freqüência deocorrência de palavras expostas acrianças na faixa pré-escolar e sériesiniciais do 1º grau

Angela Maria Vieira Pinheiro ABD (Associação Brasileira deDislexia)

1996 Ana LuizaMonteiro Amaral

41 1997 1 Falhas noProcesso deAprendizagem

Piaget e a intervençãoPsicopedagógica

Maria Luiza Andreozzi da Costa Olho D'Água 1997 Mirtes Firmo Leal 42 1997 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica

Maria Lucia L. Weiss Artes Médicas 1994 Ana PaulaValinho Agostinho

43 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

A informática e os problemasEscolares de aprendizagem

Alba Maria Lemme Weiss e MariaLucia R. M. da Cruz

DP&A Editora 1998 Maria CecíliaMachado

44 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia Clínica: Uma visãoDiagnóstica

Maria Lucia L. Weiss DP&A Editora 1997 Ana PaulaValinho Agostinho

44 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Quatro cores, senha e dominó:oficinas de jogos em uma perspectivaconstrutivista e psicopedagógica

Lino de Macedo, Ana Lúcia SícoliPetty, Norimar Christe Passos

Casa doPsicólogo

1997 Aparecida Duarte

45 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia: em busca de umafundamentação teórica

Maria Cecília Almeida e Silva Nova Fronteira

1998 Joel Birman 46 1998 1 Fundamentos Teóricos

O crocodilo tenebroso; Fifa, avaquinha fantástica; A abelha Belinhae Recanto colorido

Paula Furtado Minden Editora Ltda

Ana LiseteFrontini PereiraRodrigues

46 1998 1 Processo deAlfabetização

Personalidade e escolha profissional:subsídios de Keirsey e Bates

Maria de Lourdes Ramos da Silva EPU 1996 Lélia de CássiaFaleiros Oliveira

47 1999 1 Outros

Psicopedagogia Institucinal Sistêmica Maria Cecília Castro Gasparian Lemos Editorial

Elisabeth Polity 47 1999 1 Psicopedagogia Institucional

Projeto de Trabalho: uma forma deatuação psicopedagógica

Laura Monte Serrat Barbosa Mont Editora 1998 Marcia CristinaPinheiro Bertoldi

48 1998 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Escrita e número - relações iniciais Beatriz Vargas Dorneles Artmed Lino de Macedo 48 1998 1 Processo deAprendizagem

Página 4 de 7

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

Hiperatividade - Como lidar? Abram Topczewski Casa doPsicólogo

Mirtes Firmo Leal 49 1999 1 Falhas noProcesso deAprendizagem

O manifesto da Transdisciplinaridade Basarab Nicolescu - Tradução: LuciaPereira de Souza

Trion 1999 Laura MonteSerrat Barbosa

49 1999 1 Fundamentos Teóricos

O conto na psicopedagogia Jean Marie Gillig Artmed Rita de CássiaMonteiro deBarros e Couto

51 2000 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia: uma prática,diferentes estilos

Edith Rubinstein (org.) Casa doPsicólogo

Tania MarciaCaretta

51 2000 1 Fundamentos Teóricos

A emoção na sala de aula Ana Rita Silva Almeida Papirus 1999 Suzy Xavier daSilveira Zarza

52 2000 1 Processo deAprendizagem

O ato de aprender Elcie F. Salzano Masini (org.) Editora Mackenzie

1999 Valéria RivelinoLourenzo Moreira

52 2000 2 Processo deAprendizagem

Por que estou assim? Cybelle Weinberg Casa doPsicólogo

Lélis T. MarinoDuarte

53 2000 1 Outros

(Por) Uma educação com alma - Aobjetividade e a subjetividade nosprocessos de ensino/aprendizagem

Beatriz Scoz (org.) Vozes 2000 Elisa Pitombo 54 2001 2 Processo deAprendizagem

Problemas de Leitura e escrita: comoidentificar, prevenir e remediar numaabordagem fônica

Alessandra Gotuzo Seabra Capovillae Fernando César Capovilla

Ed. CientiaVinces, FAPESP, Memnon

Nacir de CamposAlcantara

54 2001 2 Falhas noProcesso deAprendizagem

A psicopedagogia no Âmbito daInstituição Escolar

Laura Monte Serrat Barbosa Expoente 2001 Laura MonteSerrat Barbosa

56 2001 1 Psicopedagogia Institucional

Psicanálise e educação: novosoperadores de leitura

Leny Magalhães Mrech Pioneira 1999 Maria Ignez Saito 56 2001 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Aprendendo a conviver comadolescentes

Francisco Baptista Neto e Luiz CarlosOsório

Insular 2000 Marcia MaristelaScalco

57 2001 2 Outros

Aprender com os jogos e situaçõesproblema

Lino de Macedo, Ana Lúcia SícoliPetty, Norimar Christe Passos

Artmed 2000 Carla GomesCardim

57 2001 3 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicanálise e educação: novosoperadores de leitura

Leny Magalhães Mrech Pioneira 1999 Nanci Mitsumori 57 2001 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Aprender a compreender: atividadesde linguagem e cognição

Carmen Silvia Micheletti, EstelaMarques, Quézia Bombonatto Silva eThais H. F. Pellicciotti

Editora Fácil Maria Katiana V.Gutierrez

59 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Página 5 de 7

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

A função do filho: espelhos elabirintos da infância

Esteban Levin Vozes 2001 Marcia CristinaPinheiro Bertoldi

59 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

O psicanalista diante da morte -Intervenção terapêutica napreparação para a morte eelaboração do luto

Tereza Marques de Oliveira Editora Mackenzie

2001 Maria Lúcia deAmorim

60 2002 2 Outros

Aprender a compreender: atividadesde linguagem e cognição (SegundoLivro)

Carmen Silvia Micheletti, EstelaMarques, Quézia Bombonatto Silva eThais H. F. Pellicciotti

Plexus Maria Katiana V.Gutierrez

60 2002 1 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

As Relações Interpessoais naFormação de Professores

Laurinda Ramalho de Almeida, VeraMaria de Souza Placco, AbigailAlvarenga Mahoney, Beatriz Scoz,Lúcia Maria Teixeira Furlani, Moacyrda Silva, Vera Lúcia Trevisan deSouza

Loyola 2002 Eda MariaCanepa

61 2003 2 Fundamentos Teóricos

Psicopedagogia & Psicomotricidade:Pontos de Intersecção nasdificuldades de aprendizagem

Auredite Cardoso Costa Loyola 2002 Cássia VirginiaMoreira deAlcântara

61 2003 3 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

O papalagui E. Scheurmann (org.) Marco Zero Cleonice deSales Forasteiroe Eliane MaraAlves Chaves

62 2003 2 Outros

Henri Wallon - Psicologia e Educação Abigail Alvarenga Mahoney; LaurindaRamalho de Almeida (orgs.)

Loyola 2000 Izilda MaltaTorres

63 2003 1 Fundamentos Teóricos

As emoções no processo dealfabetização e a atuação docente

Cleomar Azevedo Vetor 2003 Maria Deosdédite Giarreta

63 2003 3 Processo deAlfabetização

O estilo de aprendizagem e a queixaescolar: entre o saber e o conhecer

Edith Rubinstein Casa doPsicólogo

Denise da CruzGouveia

64 2004 2 Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Dificuldade de Ensinagem. Quehistória é essa...?

Elizabeth Polity Vetor 2002 Marilene dosSantos Grandesco

64 2004 2 Fundamentos Teóricos

O coordenador pedagógico e ocotidiano da escola

Vera Maria Nigro de Souza Placco eLaurinda Ramalho de Almeida

Loyola 2003 Izilda MaltaTorres

65 2004 1 Psicopedagogia Institucional

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Classificação doObjeto dePesquisa

Título do Livro Nome do autorda Resenha

Número da Edição

Ano daEdição

Número de Páginas

Autor do Livro Resenhado Editora dapublicação

Ano dapublicação do Livro

Psicopedagogo na Rede de Ensino -A trajetória Institucional de seusautores

Neide de Aquino Noffs Elevação 2003 Maria TeresaBaptista Oliveira

65 2004 2 Psicopedagogia Institucional

Aprender a Ler e a Escrever: umaproposta construtivista

Ana Teberosky - Teresa Colomer Artmed 2003 Rosa MariaJunqueira Scicchitano

66 2004 2 Processo deAlfabetização

A teia da vida: uma novacompreensão científica dos sistemasvivos

Fritijof Capra Cultrix 1996 Lenina LopesSoares Silva

66 2004 1 Fundamentos Teóricos

A Constituição da Pessoa naProposta de Henri Wallon

Abigail Alvarenga Mahoney; LaurindaRamalho de Almeida

Loyola 2004 Izilda MaltaTorres

67 2005 2 Fundamentos Teóricos

O Berço da Aprendizagem: umestudo a partir da Psicologia de Jung

Claudete Sargo Icone 2005 Ecleide CunicoFulanetto

67 2005 2 Fundamentos Teóricos

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ANEXO 5

Classificação dos Artigos Publicados como Súmula de Dissertação, Teses e Monografias

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Gênero Discursivo

Objeto de Pesquisa

A Psicopedagogia Institucional: a trajetória de seusatores-autores

Neide de AquinoNoffs

36 1996 1 FE/USP Tese dedoutorado

Psicopedagogia Institucional

Oficina Criativa e Psicopedagogia Cristina DiasAllesandrini

38 1996 1 IP/USP Dissertação de Mestrado

Processo deAprendizagem

A significação do processo de alfabetização nacriança

Júlia Eugêniagonçalves

39 1996 1 FE/UFF Dissertação de Mestrado

Processo deAlfabetização

O jogo de regras nos jogos da vida: sua funçãopsicopedagógica na sociabilidade e na afetividadede pré-adolescentes institucionalizados segundoPiaget

Beatriz PicoloGemenez

40 1997 1 Instituto Metodista deEnsino Superior

Dissertação de Mestrado

Diagnóstico eIntervenção Psicopedagógica

Psicopedagogia e prática docente: revisitando umcaso clínico e devolvendo-o à escola

Maria CecíliaMachado Cardoso

41 1997 1 UFRJ Dissertação de Mestrado

Falhas no Processode Aprendizagem

A psicopedagogia na Universidade: possibilidadesde Reflexão e Atuação - Proposta deInstitucionalização

Evlise MariaLabatut Portilho

42 1997 1 PUC/PR Dissertação de Mestrado

Psicopedagogia noEnsino Superior

O jogo Arca de Noé como instrumento de avaliaçãoe intervenção psicopedagógica

Cláudia BroettoRossetti

43 1998 1 UFES Dissertação de Mestrado

Processo deAprendizagem

Trilogia inevitável: família - aprendizagem - escola Regina FortesCelidonio

43 1998 7 Não mencionado

Tese dedoutorado

Processo deAprendizagem

O Psicopedagogo no atendimento ao deficiente - ovalor da interdisciplinaridade e do institucionalismo

Elizabeth Chinche Bregantini

45 1998 1 Insituto SedesSapientiae

Monografia de Curso deEspecialização emPsicopedagogia

Psicopedagogia Institucional

Diagnóstico psicopedagógico escolar de alunos de 7a 14 anos, com mais de dois anos de repetência na1ª série do 1º grau

Francisca Vasconcelos Leitão

46 1997 1 Universidade do Vale doParaíba

Dissertação de Mestrado

Falhas no Processode Aprendizagem

Classificação do Artigos Publicados como súmula de Dissertação, Tese ou Monografia

Número de Páginas

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número daEdição

Ano daEdição

Universidade em que foiapresentada a

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Gênero Discursivo

Objeto de PesquisaNúmero de Páginas

ClassificaçãoTítulo do artigo Nome do autor Número daEdição

Ano daEdição

Universidade em que foiapresentada a

Interesse e liberdade na escola proepreana: umestudo sobre a prática da escolha num ambienteeducacional construtivista

Doralice BeneditaCavenachi Corazza

46 1998 1 FE/Unicamp Dissertação de Mestrado

Processo deAprendizagem

O Estranho no Ninho - Estudo da Ferida Narcísicados Pais de Pessoas Especiais Deficientes Mentais

Maria CecíliaCorreia de Faria

47 1999 1 PUC/SP Dissertação de Mestrado

Outros

Psicopedagogia - Uma identidade em construção Mônica HoeneMendes

50 1999 1 Universidade São Marcos

Dissertação de Mestrado

Discurso sobre aárea de

Adolescente com dificuldades de aprendizagem:uma compreensão psicopedagógica

Gilze de MoraesRodrigues

52 2000 1 Não mencionado

Dissertação de Mestrado

Outros

Abrindo olhares para o ato de aprender Rosemary Jimenez Venturados Santos

53 2000 10 PUC/SP Dissertação de Mestrado

Falhas no Processode Aprendizagem

O Sentido da Vontade de Aprender - Compreensãodos aspectos psicológicos afetados na relação coma construção do conhecimento escolar

Maria CristinaCabral Ricardi

56 2001 2 PUC/SP Monografia de Curso deEspecialização emPsicopedagogia

Processo deAprendizagem

A Escola e a Família sob o Olhar de seus Agentes -Um Estudo das Representações de Pais eProfessores em uma Escola Cooperativa

Lélia de CássiaFaleiros Oliveira

57 2001 2 FE/USP Dissertação de Mestrado

Processo deAprendizagem

Freud: a presença na Antiguidade Clássica Ana LúciaMandacaru Lobo

57 2001 6 USP Dissertação de Mestrado

Fundamentos Teóricos

A relação entre escrita alfabética e escritainconsciente: um instrumento de trabalho naalfabetização de crianças psicóticas

Ilana Katz ZaguryFragelli

59 2002 5 IP/USP Dissertação de Mestrado

Processo deAlfabetização

O estilo de aprendizagem e a queixa escolar: entreo saber e o conhecer

Edith Rubinstein 60 2002 7 Universidade São Marcos

Dissertação de Mestrado

Processo deAprendizagem

O atendimento psicopedagógico em enfermariapediátrica

Ivani CarvalhoAmorim

64 2004 12 Não mencionado

Dissertação de Mestrado

Psicopedagogia Hospitalar

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ANEXO 6

Número de Artigos Publicados por Autor

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Nadia D. R. Silveira 1Eloisa Quadros Fagali 1 1 1 1Jorge Visca 1 1Elsa L. G. Antunha 1 1Wanderley Yanoe Domingos 1Geny Golubi de Moraes 1Celma Cenamo 1Leda Maria Codeço Barone 1 1Ana Maria Rodrigues Muñiz 1 1Maria Helena Martins 1Orphila Conte 1Maria Lucia Lemme Weiss 1 1 1 1 1 1Solange Thiers 1 1Marina R. Müller 1Sergio Antonio da Silva Leite 1Neide de Aquino Noffs 1 1Sylvia Ignes Duarte Megda 1Walter Trinca 1Fernanda Dreux Miranda Fernandes 1Elcie F. Salzano Masini 1 1 1Vera Maria Nigro de Souza Masini 1Elenir Rosa Golin Cardoso 1Carmen Lúcia Hussein 1Monica Mendes 1 1Edith Rubinstein 1 1 1 1 1Sara Bozzo de Schettini 1Lucia Cunha de Carvalho 1Sandra Francesca Conte de Almeida 1Mabel Condemarin 1 1Clarissa S. Golbert 1 1 1Sônia Moojen Kiguel 1 1

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

M. A. Carbonel de Grompone 1Felipe Alliende 1Jacobo Feldman 1Mary A. Kato 1Célia F. S. Linhares 1Paula Maria Cabral Robeiro Justo 1Ida Maria do Carmo Amaral Bront Machado 1Geraldina Porto Witter 2 1 1 1M. Cristina C. Broide 1Marília Pinheiro Machado de Souza 1Jane Correa 1Beatriz Leonel Scavazza 1Equipe do Projeto Educacional da DomusInformática 1Ricardo Goldenberg 1Lúcia Maria Moraes Moysés 1Clarisse Macedo Salamonde 1Suad Nader Saad 1Mércia Ap. Cunha 1Maria Lucia Mattos P. Guimarães 1Maria da Salete G. de Abreu 1Neide Ap. Souza 1Maria Stela Graciani 1Dante Silvestre Neto 1Wanderley M. Domingues 1Latife Yazigi 1Alda Pellegrini Lemos 1Neva Milicic 1Marília Amorim 1Lúcia Cunha de Carvalho 1Terezinh de Jesus Gomes Lankenau 1

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Luci Banks Leite 1Dalva Rigon Leonhardt 1 1Jacqueline Golbspan 1Ana Maria Musiello 1Maria Aparecida Cória Sabini 1Norma Dias A. C. Godoy 1Daniel Larry Benchimol 1Guiomar Namo de Mello 1 1Beatriz Judith Lima Scoz 1Claudia Toledo Massadar 1 1Leny Magalhães Mrech 1 1 1 1Carla Witter 1 1Célia Maria Boscolo 1Luciana Chehda Bargud 1Rosana Corrêa Armá Brusco 1Carmem Silvia Rotondo Taverna 1Clara Suely Rosenberg 1Laura Maria Jorge Carvalho 1Ligia Miranda Azevedo 1Regina Castelo Branco 1Vera Scognamiglio Campos de Oliveira 1Maria Elizabeth Soares 1Maria Ines Sestaroli 1Sonia Maria D. Alfonso Martins 1Suzana Erat 1Maria Theresa O. Pereira Mello 1Claudia Mello Gonçalves 1Tereza C. Reingruber 1Telma C. Witter 1Renata Vaccari 1Maria Lucia Pires de Mello 1

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1211

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Maria Eugênica A. Carvalho 1Lino de Macedo 1 1Berta Weil Ferreira 1Madalena Freire 1Cleide Lerzi 1Elza Penalva Pinto 1Rosane Aragon de Nevado 1Roxane H. R. Rojo 1 1Lisete Annes Henriques 1Janete Pereira Annes 1Liette Franchi 1Monica M Bigarella 1Maria Cecília Camargo Magalhães 1Alícia Fernandez 1Beatriz Vargas Dorneles 1Maria Bernardete Amêndola Contart de Assis 1Maria Ap Mamede Neves 1Dora B. Piltcher 1Maria Amazilda T. Reimão 1Maria das Graças Fleury Umbelino de Souza 1Lucia Maria Vaz Perez 1Dulce Rodrigues Pereira 1Denise da Cruz Gouveia 1Roosevelt M. S. Cassorla 1Maria Rita Santana 1 1Alice Ivone Marconi 1Sonia Viataliano Graminha 1Edna M. Maturano 1Joceli M. Magna 1Paula C. Murtha 1Marisa T. D. S. Baptista 1

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Rosana D. de Almeida 1Sonia M. T. de Souza 1Nivea M. C. Fabrício 1Evelise Maria Labatut Portilho 1Ana Maria Zenicola 1Eliana Mara Alves Chaves 1Zélia Del Rio do Vale 1Marcia Goldfeld 1Suely B. de Freitas 1Angel Pino 1Maria Célia Rabello Malta Campos 1Suely Gevertz 1 1Maria Nilza Moreira 1Leandro de Lajonquière 1Maria Inês Rosenburg Glueck 1Maria Ap. Cória Sabini 1Nilson José Machado 1Sonia Azambuja Fonseca 1Cristina Dias Allessandrini 1Oscar V. Onãtivia 1Jaime Luiz Zorzi 1Roseli C. Rocha C. Baumel 1Lorenzo Tébar Belmonte 1 1Grácia Maria Fenelon 1Luiza Russo 1Ana Luiza Monteiro do Amaral 1Maria Dulce Marrey Moncau 1Berenice da Silva Franco 1Tânia Ramos Fortuna 1Angela Beatriz G. Moori 1Maria Angela Barbato Carneiro 1

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Vera Regina Passos Bosse 1Sonia Maria dos Santos Lewis 1Viviane Costa de Leon 1Ana Maria Lacombe 1Clélia Argolo Estill 1Janete Carrér 1Adriana Fóz Veloso 1Vinh Bang 1Regina Lúcia Brandão 1Cleomar Landim de Oliveira 1Isabel Cristina Hierro Parolim 1Claudia CunhaHugo Otto BeyerMagda Ivonete MontagrininiLucila Maria Costi SantarosaSueli de Abreu MesquitaLeila de Oliveira MachadoMarcia Bellotti CortezJean PiagetLuiz Carlos Souza SampaioTania Maria de Campos FreitasSuelly Cecília Olivan LimongiMaria Therezinha de Lima MonteiroMárcio PestanaMônica A. MamanMaria Luiza Andreozzi da Costa

Darli CollaresCarime R. ElliasEllen ReisVera SantosAngela Alves Fonseca

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Eliane Camargo de AlbuquerqueMaria Cecília MachadoMiriam A. KaiúciaRegina Célia PuglieseRita de Cassia SouzaRosane Evangelista Dias Maria Helena Melhado StroilliMaria Cristina RojasMavisa AnnunziataMarcos Gheiler M.Maria Cristina CupferEquipe da SínteseClaudete SargoSuely Grimaldi MoreiraClaudio João Paulo SaltiniMaria Ignez SaitoStela Maris Cortez BachaLenita Medeiros ScoccoSonia AbadiLina Cardoso NunesRejane Ruduit DiasElizabeth PolityLenita Maria Costa de AlmeidaGislene de Campos OliveiraMaria Luiza Teixieira Verônica dos Reis Mariano de SouzaMaria Celia Rabello Malta CamposMercedes CupolilloRegiana Souza SilvaShamia Socorro Keith Topping

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

Vera Barros de OliveiraNadia Ap. BossaMarisa Potiens ZilioLigia Leitao de Moraes CarvalhoRaquel Caruso WhitakerSilvia Amaral de Mello PintoDilaina Paula dos SantosAna Silvia Borges Figueiral CoelhoLiane Cristina Müller BaccarMaria Lucia AlmeidaSergio Luiz Baptista da SilvaMaria Cecilia Almeida e SilvaMarlene RozekClaudia Cypreste dos SantosLeon TragtembergMaria Aparecida FlorenseAndré MicheletElena Etsuko ShirahigeMaria Beatriz LinharesErasmo Borges Souza FilhoMaria Alice Leite PintoJose CukierSueli de Paula CunhaRosangela Hofacker CunhaFlavia Zambon TroncaMarcio Martin BrisJose Antonio Luengo LatorreCarmen Campoy ScriptoriDiretoria da ABPpAmélia Americano Franco Domingos de Castro

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Número de Artigos Publicados Por Autor

Autores/Edições1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34

José Paulo de AraújoLaerte Abreu JúniorLaura Monte Serrat BarbosaAna Lucia Mandacaru LoboLeila Cristina dos Santos F. SáLia Leme Zaia Anna Maria Vieira Pires GilDarcy Haddad DaccacheLuciana Stefino Saddi MennucciMaria de Lourdes de Souza ZemelRegina Weinfeld ReissMaria José Carvalho Sant'AnnaMary Pimentel DrumontNanci Miyo MitsumoriSimone CarlbergAntonia Maria NakayamaMarianela Rodrigues da SilvaDaucy Monteiro de SouzaJose Paulo de AraújoLucia Helena Correa de Oliveira CavaggioniElenita ToneraLauro de Oliveira LimaJulia Eugenia GonçalvesLina Maria Fernandes de GilÊnio Brito PintoMaria Cecília Iannuzzi FerreiraGildete Batista SouzaAmélia Thereza de Moura VasconcellosMaria Antonieta ReboloMarina da Silveira Rodrigues AlmeidaCarla Cristina de S. Suriani Muniz

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Fernanda Alves Mattos de SouzaJosiane Cordeiro CovelliJoão da Silva Carvalho NetoMauro SpinelliSivia Maria Riceto Ronchin PasseriEdmundo Clairefont Dias MaiaAna Luiza Snoeck AmaralMargarida Azevedo DupasZélia Rodrigues NevesMarisa Irene Siqueira CastanhoLia Helena Schaeffer SalvadorRita de Cassia M. Brunelli Barroso LinkeisVera Maria Saveria PricoliLuciana Vellinho CorsoAlessandra Gotuzo Seabra CapovillaMaria das Graças Sobral GrizMaria Silvia Bacila WinkelerMari Angela Calderari OliveiraRuth Blay LeviskyMarili Moreira da Silva VieiraVera Maria Nigro de Souza PlacoMaria Nilza MoreiraSergio Pereira da SilvaAndrea Afonso BorgesAna Maria FalsarellaJurema Nogueira Mendes RangelLélia de Cassia Faleiros OliveiraMonique Antunes de Souza Chelminski Barreto

Antonio Mamede NevesClaudia Elvira Simon

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Raquel Cecilia Fischer DreossiTeresa M. Momensohn SantosClaudia Terra do NascimentoIngrid SuiterFernando Cesar CapovillaSergio Augusto Nader DamascenoElisabeth CaldeiraDulce Maria Lazzaris de Oliveira CumiottoMarisa T. SerapompaAdriana T. FariaPolyana S. OliveiraKatia A. Kuhn ChedidRenata C. di FrancescoPaula A. de Souza JunqueiraGisele Machado da SilvaElizabeth Ranier Martins do ValleCarolina Provvidenti de Paula GurgelFabiana Ortiz PortellaHelena Vellinho CorsoMaria Lucia Toledo Moraes AmiralianRosana Maria C Del Picchia de AraújoNogueiraAntonio Wilson PagottiGiuliano Antonio de Godoi PagottiDayanne KlodzinskiFabiane ArnasAngela RibasEnza SidotiMaria Cecilia SonzognoNildo Alves BatistaMaria Tatiana Benigno

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Giuseppe TringaliJosé OuteiralCesar Merino SotoBarbara A SchaeferFrank C. WorrellMarcelo Chelminski BarretoMaria de Lourdes BortolanzaSimone KrahlFelipe BiasusMarta BusaniMaria Cristina FossatiLuiza Elena Leite Ribeiro do ValleIara Abreu WregeFany Miriam AxelrudCristina de Andrade VarandaÉrica Relvas PrudêncioMarcia Cristina Portella Rocha BidáEliane Giachetto SaravaliValdir Kessamiguiemon de OliveiraSonia Maria Gomes de Sá KüsterAna Luisa Manzini Bittencourt de CastroJuliana Christina Rezende de SouzaRosa Lise de Sousa KusnerGraciela Inchausti de JotiValeria Oliveira ThiersBrasilio Ricardo Cirillo da SlivaCarolina Cunha NikaedoElizeu Coutinho de MacedoCleber DianaKaterina LukasovaCarolina Kuriyama

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Fernanda OrsatiLuane NatalleAnelise CaldonazzoCintia Alves SalgadoSimone Aparecida CapelliniSylvia Maria CiascaFernanda FerraciniNatalia Martins DiasClaudia GomesThomas OaklandJosetxu OrrantiaAna AlvarezIvana de Carvalho LemosCristiane Lopes KaulichElisabeth Chinche BregantiniLuciana Puglisi de Paula SouzaRegina Célia Celebrone LourençoMarcos MeierSylvie BrandesVera Mayer da SilvaVerônica AlfonsinAfrânia Marcia Pinto RamosElisa PitomboSonja M. R. Antiqueira MagriMaria Consuelo PassosGiselle GroeningaIvani Carvalho Amorim OliveiraLéa Stahlschmidt P. Silva

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ANEXO 7

Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia – período de 1982 a 2006

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Diretoria da Associação Brasileira de Psicopedagogia - período 1982 a 2007

Ano Presidente Vice-presidente Diretor Cultural Direto r culturalAdjunto

Diretor deRelações Públicas

Primeiro Secretário

Segundo Secretário

Primeiro Tesoureiro

Segundo Tesoureiro

Diretor deRelaçoes Públicas

Diretor Administrativo

Diretora Administrativa Adjunta

Diretora de Relações

Diretora Secretária

Diretora Secretária Adjunta

Diretora Financeira

Diretora Financeira Adjunta

1982/1984 Edith Rubinstein Matilde ArancibiaL.O. de Castro

1985/1986 Edith Rubinstein Orphila Conte Beatriz LimaScoz

Eunice MariaMuniz Rossa

Neide de AquinoNoffs

Monica Mendes Zélia Temin Silvia Maria P.Ayres Hochheimer

Denise daCruz Gouveia

1987/1988 Leda MariaCodeço Barone

Beatriz JudithLima Scoz

Monica HMendes

Eunice MariaMuniz Rossa

Neide de AquinoNoffs

Cecília Chiattone Denise da CruzGouveia substituída emdez /87 porMaria A. CruzCosta Magalhães

Silvia Maria P.Ayres Hochheimer

Renata Simonsubstituída emdez /87 porRosa MariaRamponi Serrão

1989/1990 Beatriz JudithScoz

Monica HoeneMendes

Neide de AquinoNoffs

Sonia Maria de A.Parente Jun/90Carmen Monte(em exercício)

Maria Célia MaltaCampos

Suely GrimaldiMoreira

Zuleica Pimentade Felice

Maria JoséLellis de Souzaem Jun/90Ademar Rodrigues deSouza

Rosa MariaRamponi Serrão

1991/1992 Monica HoeneMendes

Maria Celia MaltaCampos

Claudete Sargo Carmen AliciaMonti de Concina

Berenice Rozanczyh2º semestre/91 SueliGrimaldi Moreira

Rosana ApBachiega

Suely GrimaldiMoreira 2ºsem/91 Niveade CarvalhoFabricio- 1ºsem/92 CybeleWeinberg

Ademar Rodrigues deSouza

Sonia MariaColi de Souza

1993/1994 Maria Celia MaltaCampos

Ana Lisete F. P.Rodrigues

Nivea Maria deCarvalho Fabricio

Rosmeire VieiraRomero

Ademar Rodriguesde Souza nº 27Veronica S. Lima

Rosana ApBachiega

Ana LuizaMonteiro Amaralnº 29 MariaCristina Natel

Herval Gonçalves Flores

Roseli Alves nºEduardo Kanemoto

1995/1996 Neide AquinoNoffs

Nivea MariaCarvalho Fabricio

Claudete Sargo Ecleide C.Furlaneto

Suely Grimaldi Sonia Maria Collide Souza

Maria de FátimaMarques Gola

Herval Gonçalves Flores nº 33Elza Goes deOliveira

Daniel Kohl nº33Eliana deOliveira nº 35Maria CristinaNatel

1997/1998 Neide AquinoNoffs

Nivea MariaCarvalho Fabricio

Maria CristinaNatel

Marisa Irene SCastanho

Cristina DiasAllessandrini

Áurea Marly C GGutiérrez

Maria Tereza B.de Oliveira

Ademar Rodrigues deSouza

Marília Toledo

1999/2000 Nivea MariaCarvalho Fabricio

Maria CristinaNatel

Eliana deOliveira - nº 49:Ana Lizete F.P.Rodrigues

Ana Lizete F.P.Rodrigues nº 49Elizaneth ChincheBregantine

Cybele Wainberg nº49 Maria Alice LeitePinto

Cybele Weinberg

Lídia HenriqueMendes

Elizabeth Polity Elizabeth Polity

Nacir deCampos Alcântara

Ana LuciaMandaru Lobo

1999/2000/2001

Nivea MariaCarvalho Fabricio

Maria CristinaNatel

Ana Lizete F.P.Rodrigues

Elizaneth ChincheBregantine

Cibele Wainberg nº49 Maria Alice LeitePinto

nº 47 - DiretoraSecretária: Nacirde CamposAlcantara

nº 47 - DiretoraSecretária Adjunta:Ana Lucia Mandacaru Lobo

Maria AliceLeite Pinto

Maria KatianaV. Gutierrez

Elizabeth Polity Vânia M.C.B. Souza

Nacir deCampos Alcântara

Ana LuciaMandaru Lobo

Maria CecíliaGasparian

Mônica HMendes

2002/2004 Maria CeciliaCastro Gasparian

Vania CarvalhoBueno de Souza

Maria Irene deMatos Maluf

Wylma E.T.Ferraz Lima

Silvia Amaralde Mello Pinto

Andrea deCastro Jorge Racy

Neusa Torres Cunha

Quézia Bombonato Silva

Raquel Antunes Scartezini

2002/2004 Maria CeciliaCastro Gasparian

Maria Irene deMatos Maluf

Wylma E. T.Ferraz Lima

Cristina VandorosQuilici

Andréia de CastroJorge Racy

Silvia Amaralde Mello Pinto

Sandra Lia Nisterhofen Santili

Neusa Torres Cunha

Quézia Bombonato

Raquel Antunes Scartezini

2005/2007 Maria Irene Maluf Quezia Bombonato

Patrícia Vieira Rebeca LescherNogueira deOliveira

Edimara de Lima Silvia Amaralde Mello Pinto

Yara Prates

Neusa Torres Cunha

Claudia Feldman

Sandra LiaNisterhofen Santili

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