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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática Mauro José da Rocha CRIAÇÃO DE UM OBJETO DE APRENDIZAGEM COM FUNÇÕES ARCO SENO E ARCO COSSENO APLICADAS NA ÁREA ELETROELETRÔNICA Belo Horizonte 2015

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS … · DIAGRAMA 2 – Função injetiva ... Resultado da análise dos livros citados em relação às funções sobrejetiva, injetiva e

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática

Mauro José da Rocha

CRIAÇÃO DE UM OBJETO DE APRENDIZAGEM COM FUNÇÕES ARCO SENO E

ARCO COSSENO APLICADAS NA ÁREA ELETROELETRÔNICA

Belo Horizonte

2015

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Mauro José da Rocha

CRIAÇÃO DE UM OBJETO DE APRENDIZAGEM COM FUNÇÕES ARCO SENO E

ARCO COSSENO APLICADAS NA ÁREA ELETROELETRÔNICA.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do título de

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática.

Orientador: Prof. Dr. João Bosco Laudares

Coorientador: Prof. Dr. Niltom Vieira Junior

Belo Horizonte

2015

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FICHA CATALOGRÁFICA

Elaborada pela Biblioteca da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Rocha, Mauro José da

R672c Criação de um objeto de aprendizagem com funções arco seno e arco

cosseno aplicadas na área eletroeletrônica / Mauro José da Rocha. Belo

Horizonte, 2015.

175 f.: il.

Orientador: João Bosco Laudares

Coorientador: Niltom Vieira Junior

Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática.

1. Matemática - Estudo e ensino. 2. Trigonometria. 3. Funções (Matemática).

4. Arcos. 5. Aprendizagem por atividades. 6. Material didático. I. Laudares, João

Bosco. II. Vieira Junior, Niltom. III. Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais. Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática. IV.

Título.

CDU: 51:373.5

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Mauro José da Rocha

CRIAÇÃO DE UM OBJETO DE APRENDIZAGEM COM FUNÇÕES ARCO SENO E

ARCO COSSENO APLICADAS NA ÁREA ELETROELETRÔNICA.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Ensino de Ciências e Matemática da

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do título de

Mestre em Ensino de Matemática.

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. João Bosco Laudares - PUC Minas (Orientador)

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. Niltom Vieira Junior - Instituto Federal de Minas Gerais – IFMG (Coorientador)

___________________________________________________________________________

Prof. Dr. Dimas Felipe de Miranda - PUC Minas - Banca Examinadora

___________________________________________________________________________

Prof. Dra. Adriana Maria Tonini - UFOP / CEFET MG - Banca Examinadora

Belo Horizonte, 11 de dezembro de 2015.

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A Deus, fonte inesgotável de amor e sabedoria. Mestre dos

Mestres e Senhor do céu e da terra. A Ele toda honra, toda

glória e adoração. Sem Deus nada existiria. Obrigado

Senhor, por ter me conduzido até aqui.

À minha esposa Tatiane e minha filha Sophia, pela

paciência, amor, incentivo e compreensão, demonstrados

durante o longo período de minha ausência, em função da

dedicação ao curso de Mestrado.

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AGRADECIMENTOS

Ao meu pai Domingos Rocha, que soube educar a nossa família de forma tão

carinhosa e correta, com dedicação, trabalho, amor e sabedoria.

A minha mãe Antônia Rocha, pelo seu enorme coração de mãe, que junto ao meu pai

sempre estiveram presentes, me ajudando nos momentos fáceis e difíceis da minha vida.

As minhas irmãs Marly Rocha e Marlene Rocha, sobrinhos, sogros Benedito

Fernandes e Neli Fernandes, cunhados, pelo carinho, força e otimismo.

Ao Prof. Dr. João Bosco Laudares, pela orientação, dedicação, competência, paciência

e comprometimento profissional.

Ao Prof. Dr. Niltom Vieira Júnior, pela colaboração espontânea e imprescindível para

a realização deste trabalho.

Ao meu amigo Mestre José Eustáquio Pinto, pelo apoio incondicional. Parceiro,

colaborador e incentivador ao longo de todo o curso.

Ao meu amigo e compadre Prof. Dr. Sílvio Alves de Souza, pelas inúmeras vezes que

me ajudou durante a elaboração do OA e da Dissertação. Deus te recompense.

Ao amigo Prof. Adriano Gabriel, pela importante leitura e revisão da parte escrita

desta Dissertação.

Aos colaboradores Belchior Elias, Bernardo Cunha, André Alves de Souza, Fabiano

Drumond Pena, Marcus Vinícios e José Giarola, pelo apoio durante o andamento do trabalho.

A todos os professores do Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e

Matemática, especialmente ao Prof. Dr. Dimas Felipe de Miranda, e a Coordenadora Dra.

Eliane Scheid Gazire, aos colegas de turma e funcionários da casa, pela convivência,

companheirismo e auxílio.

Aos membros da banca, por terem lido o meu trabalho e pelas contribuições durante o

exame.

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"A Matemática é o alfabeto pelo qual Deus escreveu o mundo."

(PITÁGORAS)

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RESUMO

O objetivo principal desse trabalho de pesquisa centra-se no ensino e aprendizagem das

funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, com o

auxílio de uma sequência de atividades e de um OA aplicado aos cursos de formação

profissional técnica de nível médio na área de eletroeletrônica. Os sujeitos dessa Pesquisa

foram 21 (vinte e um) estudantes do segundo ano do curso técnico em Eletrônica, do Centro

Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET MG. Nas atividades de

aplicações priorizamos os circuitos elétricos e o triângulo de potências. Na construção do OA

foi utilizado o software GeoGebra para criar as animações no intuito de dinamizar a execução

ou desenvolvimento das atividades. Esta Pesquisa foi desenvolvida no Mestrado em Ensino

de Ciências e Matemática, da PUC Minas e contou com apoio do Grupo de Pesquisa em

Informática e Metodologia em Educação Matemática – GRUPIMEM, sendo inserida no

Projeto de Pesquisa “Objetos de Aprendizagem para o Ensino de Matemática na Educação

Profissional Técnica de Nível Médio”, Edital 13/2012, financiado pela FAPEMIG. A

metodologia utilizada privilegiou quatro grandes pilares: Informática Educativa, Objetos de

Aprendizagem, Sequência Didática e Ensino das Funções Trigonométricas desse estudo. O

Produto derivado da Pesquisa, se constituiu de um OA composto por 4 (quatro) atividades,

nas quais comportam 24 (vinte e quatro) itens em forma de questionários de múltipla escolha

e suas diversas animações. Realizamos também um estudo desse conteúdo em 6 (seis) livros

didáticos aprovados no Programa Nacional do Livro Didático, sendo um deles utilizado na

própria instituição onde se deu a aplicação da Pesquisa.

Palavras-chave: Objetos de Aprendizagem. Funções seno e cosseno. Funções inversas arco

seno e arco cosseno. Sequência didática.

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ABSTRACT

The main objective of this research work focuses on the teaching and learning of sine

trigonometric functions cosine and their inverses, arc sine and arc cosine, with the aid of a

sequence of activities and an OA applied to vocational training courses technique average

level in the field of electronics. The research subjects were 21 (twenty-one) students from the

second year from the electronic course from the Federal center of technological Education in

Minas Gerais – CEFET MG. In the application activities, it was prioritized the electrics

circuits and triangle power. In the construction of OA was used the software GeoGebra to

create the animations in the intention in order to boost the delivery or development activities.

This research was developed in the Mastering of Learning Science and Mathematics, from

PUC Minas and had as a support from the research in Informatics and Methodologist in

Mathematics Educational group – GRUPIMEM, inserted in the project of search “ Objetos

de Aprendizagem para o Ensino de Matemática na educação Profissional Técnica de nível

Médio”, edictal 13/2012, established for FAPEMIG. The methodology used privileged four

big pillars: Educative Informatics, Learning goals, Didactics sequence and the learning of

trigonometric functions from this study. The product derivate from the research is from OA

formed by 4(four) activities, in each 24(twenty – four) items in a multiple choice

questionnaire and its animations. We perform a study with this subject in 6 (six) didactic

books approved by the National Didactic Book Program, including one being used in the own

institution where the research took place.

Keywords: Learning goals. Sine and cosine functions. Inverse sine arc and cosine arc

functions. Didactic sequence.

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LISTA DE DIAGRAMAS

DIAGRAMA 1 – Função sobrejetiva ....................................................................................... 58

DIAGRAMA 2 – Função injetiva ............................................................................................ 58

DIAGRAMA 3 – Função bjetiva.............................................................................................. 59

DIAGRAMA 4 – Função sobrejetiva ....................................................................................... 66

DIAGRAMA 5 – Função injetiva ............................................................................................ 67

DIAGRAMA 6 – Função bijetiva ............................................................................................ 67

DIAGRAMA 7 – Função não bijetiva ...................................................................................... 68

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Representação gráfica da função bijetora ........................................................... 60

FIGURA 2 – Representação gráfica da função sobrejetiva ...................................................... 61

FIGURA 3 – Representação gráfica da função injetiva ........................................................... 61

FIGURA 4 – Representação gráfica das Funções Seno e sua inversa, Arco Seno................... 72

FIGURA 5 – Representação gráfica da Função Seno .............................................................. 74

FIGURA 6 – Cópia da tela inicial, Atividade 1 ....................................................................... 85

FIGURA 7 – Cópia do texto explicativo da animação 1 (Bissetriz), Atividade 1 ................... 87

FIGURA 8 – Cópia da animação 1 (Bissetriz), Atividade 1 .................................................... 87

FIGURA 9 – Cópia do quarto item, Atividade 1 ...................................................................... 88

FIGURA 10 – Cópia do texto explicativo da animação 2 (Inversa), Atividade 1 .................... 88

FIGURA 11 – Cópia da animação 2 (Inversa), Atividade 1 .................................................... 89

FIGURA 12 – Cópia da tela inicial, Atividade 2 ..................................................................... 91

FIGURA 13 – Cópia do texto explicativo da animação 1, Atividade 2 (Construindo o Seno

e Cosseno) ................................................................................................................................ 91

FIGURA 14 – Cópia da animação 1, Atividade 2 (Construindo o Seno e Cosseno) ............... 92

FIGURA 15 – Cópia da animação 4, Atividade 2 (Funções Seno e Arco Seno) ..................... 94

FIGURA 16 – Cópia do sexto item, Atividade 2 ..................................................................... 94

FIGURA 17 – Cópia da tela inicial, Atividade 3 ..................................................................... 96

FIGURA 18 – Cópia do texto explicativo da animação 1, Atividade 3 (Circuito Resistivo) . 96

FIGURA 20 – Cópia do primeiro item, Atividade 3 ................................................................ 97

FIGURA 21 – Cópia da tela inicial, Atividade 4 ..................................................................... 99

FIGURA 22 – Cópia da animação 2, Atividade 4 (Círculo Trigonométrico Adaptado) ....... 100

FIGURA 23 – Cópia do quarto item, Atividade 4 .................................................................. 101

FIGURA 24 – Início da aplicação do OA .............................................................................. 106

FIGURA 25 – Estudantes realizando as atividades (em dupla) ............................................. 107

FIGURA 26 – Momento em que a estudante relata à respeito das duas opções iguais.......... 107

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FIGURA 27 – Cópia do 4° item, Atividade 1 ........................................................................ 110

FIGURA 28 – Cópia do texto explicativo da Animação1, Atividade 1 ................................. 110

FIGURA 29 – Cópia da Animação, Atividade 1 (Bissetriz) .................................................. 110

FIGURA 30 – Cópia do texto explicativo da Animação 2, 3° item, Atividade 2 .................. 114

FIGURA 31 – Cópia da Animação 2, 3° item, Atividade 2 (Escolha o Seno) ....................... 115

FIGURA 32 – Cópia do enunciado do 3° item, Atividade 2 .................................................. 115

FIGURA 33 – Cópia da Animação do 6° item, Atividade 2 (Seno e Arco Seno).................. 116

FIGURA 34 – Cópia do enunciado do 6° item, Atividade 2 .................................................. 116

FIGURA 35 – Cópia do texto explicativo da Animação do 2° item, Atividade 3 ................. 121

FIGURA 36 – Cópia da Animação do 2° item, Atividade 3 (Circuito Resistivo) ................. 121

FIGURA 37 – Cópia do enunciado do 2° item, Atividade 3 .................................................. 122

FIGURA 38 – Cópia do enunciado do 4° item, Atividade 4 .................................................. 126

FIGURA 39 – Cópia da Animação do 4° item, Atividade 4 (Círculo Trigonométrico

Adaptado) ............................................................................................................................... 127

FIGURA 40 – Cópia do enunciado do 3° item, Atividade 4 .................................................. 127

FIGURA 41 – Cópia da Animação do 3° item, Atividade 4 (Triângulo de Potências) ......... 128

FIGURA 42 - Registro do estudante I.B.F.G. sobre a resolução, Atividade 4 ....................... 134

FIGURA 43 - Registro do estudante G.C.G. sobre a resolução, Atividade 3 ........................ 136

FIGURA 44 - Registro do estudante P.P.M.Z.C. sobre a resolução, Atividade 3 .................. 137

FIGURA 45 - Registro do estudante G.C.G. sobre a resolução, Atividade 4 ........................ 138

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 1 ........................................ 111

GRÁFICO 2 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 2 ........................................ 117

GRÁFICO 3 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 3 ........................................ 123

GRÁFICO 4 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 4 ........................................ 128

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 - Livros didáticos do Ensino Médio selecionados para análise, quanto às funções

sobrejetiva, injetiva e bijetiva ................................................................................................... 56

TABELA 2 – Resultado da análise dos livros citados em relação às funções sobrejetiva,

injetiva e bijetiva ...................................................................................................................... 69

TABELA 3 - Livros didáticos do Ensino Médio selecionados para análise, quanto às funções

inversas arco seno e arco cosseno. ........................................................................................... 70

TABELA 4 – Resultado da análise dos livros em relação às funções inversas arco seno e arco

cosseno ..................................................................................................................................... 78

TABELA 5 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item, Atividade 1 .... 108

TABELA 6 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item, Atividade 2 ... 113

TABELA 7 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item ......................... 120

TABELA 8 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item, Atividade 4 ... 125

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LISTA DE SIGLAS

CEB Conselho da Educação Básica

CEFEMAT Grupo de Pesquisa em Educação Matemática do Centro Federal

de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CEFET MG Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CD Compact Disk

Circuito RL Circuito Resistor Indutor

CNE Conselho Nacional de Educação

CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

EJA Educação de Jovens e Adultos

FAPEMIG Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais

GRUPIMEM Grupo de Pesquisa em Informática e Metodologia para o Ensino

de Matemática

LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

MEC Ministério da Educação e Cultura

OA Objeto de Aprendizagem

PCN´s Parâmetros Curriculares Nacionais

PUC / Minas Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

TE Tecnologia Educacional

TIC Tecnologia da Informação e Comunicação

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 31

1.1 Questão .............................................................................................................................. 34

1.2 Objetivo geral .................................................................................................................... 34

1.3 Objetivos específicos ......................................................................................................... 34

1.4 Estrutura da dissertação .................................................................................................. 35

2 SEQUÊNCIA DIDÁTICA, INFORMÁTICA EDUCATIVA E OBJETOS DE

APRENDIZAGEM COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DAS FUNÇÕES

TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS INVERSAS .................................... 37

2.1 Sequência didática ............................................................................................................ 37

2.2 Informática educativa ...................................................................................................... 40

2.2.1 Informática educativa e o ensino de matemática ............................................................ 42

2.3 Objetos de aprendizagem ................................................................................................ 43

2.4 Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno ..... 44

3 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, DIRETRIZES PARA O ENSINO

TÉCNICO E ANÁLISE DA TEMÁTICA DE ESTUDO EM LIVROS DIDÁTICOS .... 47

3.1 Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) relacionados aos conhecimentos de

Matemática para o Ensino Médio ......................................................................................... 47

3.2 Diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional de nível técnico ...... 48

3.2.1 Introdução ....................................................................................................................... 48

3.2.2 Educação profissional de nível técnico ........................................................................... 49

3.2.3 Princípios da educação profissional ............................................................................... 50

3.2.3.1 Articulação da educação profissional técnica com o ensino médio ......................... 51

3.2.4 Competências para o trabalho ........................................................................................ 51

3.2.5 Flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização ................................................. 52

3.3 Resolução CNE / CEB n° 04/99 ....................................................................................... 53

3.4 Área profissional: indústria ............................................................................................ 53

3.4.1 Caracterização da área ................................................................................................... 53

3.4.2 Competências profissionais gerais exigidas ao técnico da área ..................................... 54

3.5 O livro didático ................................................................................................................. 54

3.5.1 Análise de três livros didáticos, quanto às funções: injetivas, sobrejetivas e bijetivas. . 56

3.5.1.1 Conclusão a respeito dos três livros didáticos analisados, quanto às funções

sobrejetiva, injetiva e bijetiva .................................................................................................. 69

3.5.2 Análise de três livros didáticos quanto às funções inversas Arco Seno e Arco Cosseno 70

3.5.2.1 Considerações a respeito dos três livros didáticos analisados, quanto às funções

inversas arco seno e arco cosseno ........................................................................................... 78

4 CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE APRENDIZAGEM – OA ........................................ 81

4.1 O software ExeLearning .................................................................................................. 83

4.2 O objeto de aprendizagem e o software GeoGebra ....................................................... 83

4.3 A construção das atividades ............................................................................................ 84

4.3.1 Atividade 1 ....................................................................................................................... 84

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4.3.2 Atividade 2 ....................................................................................................................... 90

4.3.3 Atividade 3 ....................................................................................................................... 95

4.3.4 Atividade 4 ....................................................................................................................... 98

5 APLICAÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES ........................................................... 103

5.1 Preparação para a aplicação das atividades de pesquisa ............................................ 103

5.2 Roteiro de aplicação das atividades de pesquisa ......................................................... 103

5.3 Público alvo para aplicação dessa pesquisa ................................................................. 104

5.4 Metodologia utilizada na aplicação das atividades ...................................................... 104

5.5 Descrição da aplicação das atividades .......................................................................... 106

5.6 Tabulação e análise dos resultados por atividade ....................................................... 108

5.6.1 Atividade 1 – Introdução às funções inversas ............................................................... 108

5.6.2 Atividade 2 – Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas ........................ 113

5.6.3 Atividade 3 – Aplicação das funções trigonométricas Seno, Cosseno e suas inversas,

Arco Seno e Arco Cosseno em circuitos elétricos .................................................................. 119

5.6.4 Atividade 4 – Aplicação das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco

seno e arco cosseno no triângulo de potências ....................................................................... 125

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 133

REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 141

APÊNDICE A: Relatório de respostas e questionário avaliativo..................................... 145

APÊNDICE B: Caderno de atividades ............................................................................... 151

APÊNDICE C: Produto educacional .................................................................................. 175

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1 INTRODUÇÃO

O motivo que nos fez direcionar atenção para o estudo das funções trigonométricas

seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, em particular sobre o seu ensino e

aprendizagem, foi a dificuldade apresentada pela maioria dos estudantes durante a introdução

desse conteúdo nos ensinos médio e técnico, bem como o excesso de cálculos e a defasagem

de significado dessas funções, sobretudo as inversas, arco seno e arco cosseno, confirmado

em Pinheiro (2008) e Vazquez (2010), no capítulo 2 desta Dissertação.

Durante dezenove anos, dedico-me à docência do conteúdo de Matemática,

trabalhados no Ensino Fundamental II, Ensino Médio Regular, Ensino Médio EJA (Educação

de Jovens e Adultos), formação de Oficiais na Academia do Corpo de Bombeiros Militar de

Minas Gerais. Dentre eles, dois anos no Ensino Técnico de Eletrotécnica, no Centro Federal

de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET MG.

Temos percebido, contudo, a enorme necessidade que os estudantes apresentam em

visualizar e entender, na sua linguagem, as resoluções de questões que envolvem funções

trigonométricas, ora apresentadas durante as aulas de Matemática. Eles não se satisfazem com

explicações puramente teóricas e excessivas de cálculos. Se o estudante entender o processo

de ensino e aprendizagem desse conteúdo como um todo, poderá ser motivado a buscar uma

possível inovação em sua abordagem e compreensão, bem como na sua percepção e correção

de parte desse processo.

Nessa pesquisa, apresenta-se como contribuição à comunidade acadêmica uma forma

alternativa (dinâmica e atrativa) no ensino e aprendizagem das funções trigonométricas seno,

cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, aplicadas parcialmente aos cursos da área

de eletroeletrônica. Para tanto, será dado ênfase na visualização e manipulação, com várias

animações, de elementos fundamentais para a resolução de problemas práticos propostos

usando Objeto de Aprendizagem - OA, que durante todo este trabalho será designado apenas

como OA.

Cresce muito, atualmente, o número de atividades desenvolvidas por educadores

matemáticos, que visam buscar o aperfeiçoamento da prática educativa com a introdução da

utilização de TIC - Tecnologia da Informação e Comunicação na educação.

Em, Rattner (1985 apud MORAES 2000, p.10),

[...] as inovações – como a informática – fazem parte de um processo de mudança

que está levando a alterações nas condições técnicas de produção e nas relações

sociais no trabalho, alterações essas que ainda são motivos de discussão e

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32

controvérsia. As novas tecnologias não são revolucionárias por si. Seu potencial

transformador só existe na medida em que for acompanhado de transformações

políticas, econômicas, sociais, e consequentemente, a Informática na Educação,

isoladamente, não será transformadora.

A orientação é que se utilize a Informática como aliada da educação, no sentido de

ajustar o plano de curso à tecnologia disponível. Ou seja, coloque a tecnologia na sala de aula

como ferramenta auxiliar ao ensino e aprendizagem dos conteúdos.

De acordo com Kenski (2007), se a tecnologia for utilizada com criatividade, ela pode

alterar a rotina existente dentro de sala de aula, aumentando assim o interesse e a colaboração

entre os alunos, tornando-os, portanto, cidadãos participativos e interativos.

A proposta inicial era trabalhar apenas com as funções seno e cosseno, mostrando o

seu significado geométrico no círculo trigonométrico. Entretanto, ao fazer o levantamento

bibliográfico a respeito desse assunto, localizamos no acervo de dissertações do Programa de

Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática da PUC Minas, a dissertação de Pinheiro

(2008), intitulada “O ensino de trigonometria na educação básica a partir da visualização e

interpretação geométrica no ciclo trigonométrico”. Essa pesquisa apontou o excesso de

fórmulas existentes nesse conteúdo como o grande problema metodológico no seu ensino e

aprendizagem, além da necessidade de se expandir a abordagem e aplicação das funções

trigonométricas inversas, arco seno e arco cosseno. Assim, ampliamos o nosso objeto de

estudo para as funções inversas arco seno e arco cosseno.

Ressaltamos que durante a revisão bibliográfica feita para essa Pesquisa, verificamos

que há uma enorme carência de trabalhos voltados para as funções trigonométricas inversas,

sobretudo aplicadas ao ensino técnico na área de eletroeletrônica.

Propomos a criação de um OA para facilitar o ensino e aprendizagem das funções

trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno. Esse estudo se

justifica pelas dificuldades na compreensão do tema, ocasionadas pela sua abstração e falta de

aplicações na sala de aula, fato esse que foi reforçado pelos resultados apresentados no

trabalho de Pinheiro (2008).

Neste trabalho, pretendemos também explorar a trigonometria de forma mais direta e

visual, utilizando o software GeoGebra, evitando o excesso de cálculos. Através de animações

feitas nele, o estudante pode perceber facilmente a mudança de comportamento dos gráficos

das funções trigonométricas seno (senóide) e cosseno (cossenóide), ao alterar os seus

parâmetros. Sem esse recurso computacional, o trabalho com esse conteúdo tende a ficar

bastante limitado no campo algébrico.

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As funções trigonométricas inversas, assim como as funções elementares, possuem

muitas aplicações interessantes no mundo real.

Segundo Laudares et al (1988), a trigonometria tem grande aplicação nas ciências

exatas e em particular no campo da eletricidade, eletrônica, cálculo de estruturas e topografia.

Ao utilizar uma função trigonométrica inversa, por exemplo, é possível determinar a

medida de um arco, em radianos, conhecendo-se o seno ou o cosseno. Porém, esse cálculo,

embora muito útil, na maioria das vezes, esbarra em dificuldades algébricas de expansão das

funções trigonométricas, pois na ausência de uma ferramenta computacional, de uma

calculadora científica ou de uma tabela trigonométrica, a definição/precisão do resultado pode

ficar comprometida.

Boylestad (2004), diz que a forma de onda senoidal é particularmente importante, pois

facilita imensamente a análise Matemática dos circuitos elétricos.

Esta Pesquisa teve como proposta construir uma sequência de atividades e um Objeto

de Aprendizagem de funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco

cosseno, aplicadas ao ensino médio e aos cursos técnicos da Área de Eletroeletrônica.

A proposta da elaboração de um OA surgiu, entre outros motivos, da necessidade de

atender as demandas do Projeto de Pesquisa “Objetos de Aprendizagem para o ensino de

Matemática na Educação Profissional Técnica de nível médio”, aprovado pelo Edital

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG 13/2012, que apoia

pesquisas relacionadas à Educação Básica, especialmente à educação profissional.

A construção do referido Projeto contou com a cooperação de dois grupos de pesquisa:

Grupo de Pesquisa em Informática e Metodologia em Educação Matemática – GRUPIMEM

da PUC Minas e do Grupo de Pesquisa em Educação Matemática – CEFEMAT, do Centro

Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais - CEFET MG. A linha de pesquisa comum

entre esses grupos é a tecnologia computacional no ensino de Matemática e ambos são

certificados por suas instituições e credenciados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico - CNPq.

O GRUPIMEM se reúne periodicamente e é composto pelos idealizadores do projeto,

mestres e mestrandos, advindos do Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e

Matemática, da PUC Minas, bem como alguns colaboradores na área de pesquisa em ensino e

tecnologia.

Uma das ações conjuntas desses grupos foi a formulação do referido Projeto aprovado

pela FAPEMIG que contempla experiências, investigações e pesquisas dos professores e

estudantes de iniciação científica partícipes dos grupos. Dentre as linhas temáticas propostas

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no Edital, a terceira é de interesse dos grupos, por contemplar projetos voltados para o

desenvolvimento de ações/produtos que possam ser utilizados na Educação Básica. Em

especial, a presente proposta conjunta visa ao desenvolvimento de OA`s, destacando-se,

ainda, a incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC’s pelos

professores de Matemática, em suas salas de aulas, atuantes no ensino médio e/ou em cursos

técnicos da área de eletroeletrônica.

De acordo com Laudares (1987), com a crescente necessidade de estreitar o diálogo

entre os professores das disciplinas de “formação geral” e das “disciplinas técnicas”, que é

uma demanda que ocorre nas escolas de Educação Profissional Técnica, o Projeto visa

disponibilizar recursos para atendê-la.

1.1 Questão

Em que medida recursos informatizados adequados, na forma de um OA auxilia o

estudante na melhoria de sua aprendizagem em relação às funções trigonométricas seno,

cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, no ensino médio e nos cursos técnicos da

área de eletroeletrônica?

1.2 Objetivo geral

Construir uma sequência didática e um Objeto de Aprendizagem com funções

trigonométricas seno e cosseno, bem como as suas inversas e aplicar estas funções no ensino

médio e em cursos técnicos da área eletroeletrônica, visando ampliar a compreensão do

estudante sobre esse conteúdo.

1.3 Objetivos específicos

a) identificar a contribuição das TIC´s na formação do técnico, a partir das Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio,

b) propor uma sequência de atividades com foco na parte visual e manipulativa, através

de animações construídas no software GeoGebra, que estimule a compreensão do

objeto de estudo, que seja aplicável no OA proposto.

c) desenvolver um OA para o ensino e aprendizagem das funções seno, cosseno e suas

inversas, arco seno e arco cosseno aplicado aos temas de: (1) análise das formas de

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ondas em circuitos elétricos; (2) análise da potência elétrica instantânea e (3) análise

do triângulo de potências.

d) aplicar o OA desenvolvido aos estudantes de curso técnico e, a partir do feedback

observado, realizar melhorias.

1.4 Estrutura da dissertação

A estrutura desta dissertação é constituída de seis capítulos, incluindo a introdução, no

capítulo 1, e as considerações finais, no capítulo 6.

No capítulo 2, encontra-se a fundamentação teórica que norteou esta pesquisa. Nele,

foi desenvolvida a concepção de sequência didática, com referência em Zabala (1998), bem

como a apresentação e análise de 4 (quatro) sequências didáticas do mesmo autor. Abordamos

também, neste capítulo, a informática educativa como ferramenta relevante para o processo

educacional. Nessa abordagem foram citados vários autores, dentre eles Oliveira (2012, p. 9):

[...] a denominação Tecnologia Educacional (TE) não despontou no Brasil com

conceituação única. Os educadores depararam com diferentes conceitos, desde a sua

chegada, caracterizada pela compreensão diferenciada do papel dos instrumentais

tecnológicos no processo educativo.

Analisamos neste mesmo capítulo a informática educativa com o ensino de

Matemática, confirmando que a utilização das tecnologias no processo de ensino e

aprendizagem da Matemática pode ser considerada como uma prática alternativa, que visa

facilitar novos rumos para as relações entre professor e estudante. Foram definidos os

“Objetos de Aprendizagem”, segundo vários autores, enfatizando a referência aos recursos

digitais. Por fim, esse capítulo traz um registro histórico acerca da trigonometria, priorizando

o significado das funções trigonométricas seno e cosseno.

No capítulo 3, estudamos as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Profissional de Nível Técnico, da área de eletroeletrônica. Os Parâmetros Curriculares

Nacionais - PCN´s relacionados aos conhecimentos de Matemática para o Ensino Médio

foram os norteadores desse estudo.

Neste capítulo, analisamos 6 (seis) livros didáticos, sendo 3 (três) que abordam o

conteúdo objeto de estudo dessa pesquisa, funções inversas, e 3 (três) que abordam as funções

trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno.

No capítulo 4, foram descritas as etapas pelas quais o produto final, denominado

“Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno”, foi

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desenvolvido. Em sua elaboração, foi utilizado o ambiente informatizado ExeLearning, para

edição de interfaces educacionais em html, e as animações contidas nos itens das atividades

foram criadas no software GeoGebra.

No capítulo 5, fizemos o levantamento e análise dos resultados obtidos com a

aplicação das atividades, que compõem o OA, em consonância com a questão, objetivos e

referências da pesquisa. As atividades foram aplicadas, no mês de junho de 2015, para um

grupo de 21 (vinte e um) estudantes do curso de Eletrônica, do CEFET MG, campus I.

Elaboramos uma metodologia para aplicação das atividades e representamos os dados

obtidos, após a sua aplicação, em forma de tabelas e gráficos para melhor visualização e

compreensão.

Finalmente, no capítulo 6, apresentamos as considerações finais e as reflexões sobre as

contribuições que este trabalho de Pesquisa proporcionou para o ensino e aprendizagem das

funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, aplicadas aos cursos de ensino médio e

da área de eletroeletrônica. Como produto desta Pesquisa, elaboramos um OA composto por

24 (vinte e quatro) itens, em forma de questões, distribuídos em 4 (quatro) atividades. Este

produto educacional contém um CD com o software que será utilizado como apoio para a

execução das atividades e um Caderno de Atividades com todas as atividades propostas neste

OA.

O apêndice desta dissertação está dividido em três partes:

a) Apêndice A: Relatório de resposta e questionário avaliativo.

b) Apêndice B: Caderno de Atividades.

c) Apêndice C: Produto Educacional – Em anexo a esta Dissertação.

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2 SEQUÊNCIA DIDÁTICA, INFORMÁTICA EDUCATIVA E OBJETOS DE

APRENDIZAGEM COMO ALTERNATIVA PARA O ENSINO DAS FUNÇÕES

TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS INVERSAS

Neste capítulo, o objetivo é apresentar a sequência didática, bem como alguns

exemplos descritos e sua importância no contexto do ensino e aprendizagem. Utilizamos

Zabala (1998), pela relevância do seu trabalho e por ser uma referência nesse tema. Em

seguida, avaliamos a utilização da Informática Educativa como ferramenta de suporte ao

docente, possibilitando estender à sala de aula e estreitar a relação entre professor e aluno, no

processo de ensino. Verificamos que essa utilização otimiza o processo e melhora a

capacidade do discente em assimilar certos conteúdos. Como alternativa de suporte ao

docente, apresentamos várias definições de Objetos de Aprendizagem, segundo alguns

autores.

No processo de ensino e aprendizagem, é papel do professor estimular a criatividade

do aluno através de opções didáticas variadas, explorando os recursos disponíveis.

Segundo Cunha (2014, p.34),

cabe ao professor estimular a criatividade e prever diferentes caminhos para a

aprendizagem de conceitos e resultados importantes da Matemática. O grande

desafio é organizar situações didáticas que possam contribuir na transformação do

saber cotidiano para o saber escolar.

2.1 Sequência Didática

Entende-se como definição de sequência didática, segundo Zabala (1998, p. 18), “um

conjunto de atividades ordenadas, estruturadas e articuladas para a realização de certos

objetivos educacionais, que têm um princípio e um fim conhecidos, tanto pelos alunos quanto

pelos professores.”

O primeiro elemento que identifica uma sequência didática (método) é o tipo de ordem

em que se propõem as atividades. A maneira de situar uma atividade em relação à outra e não

apenas o tipo de tarefa é um critério que permite realizar algumas identificações ou

caracterizações preliminares da forma de ensinar, ou seja, a organização do conjunto de

atividades que se coloca, determina de certa forma, que tipo de ensino que se propõe.

Zabala (1998), destaca que as atitudes ou determinadas habilidades sociais identificam

as fases de uma sequência didática. Ele pontua a importância das relações interpessoais entre

professor e aluno, aluno e aluno, no processo de ensino e aprendizagem. Essas relações

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colaboram para uma troca de experiências, de forma que todos envolvidos nesse processo são

beneficiados e a comunidade escolar cresce em termos educacionais.

A sequência do modelo tradicional, de acordo com Zabala (1998), é formada por

quatro fases: (a) Comunicação da lição; (b) Estudo individual sobre o livro didático; (c)

Repetição do conteúdo aprendido, sem discussão nem ajuda mútua; (d) Julgamento ou sanção

administrativa do professor.

As habilidades desenvolvidas nessa lição são: técnicas de estudo, tomar notas,

memorização e síntese. Essa técnica privilegia a memorização no processo de ensino

tradicional.

As atitudes que se desenvolvem nessa sequência são restritas e preveem apenas a

manutenção da ordem e do respeito dos professores. Os objetivos nesse caso são bem

definidos e consistem no trabalho cognitivo e preveem que os alunos dominem determinados

conhecimentos.

A seguir serão analisadas suscintamente três sequências didáticas citadas por Zabala

(1998). Essas sequências são muito utilizadas e conhecidas no campo didático como, por

exemplo, a aula expositiva unidirecional.

a) sequência didática:

apresentação, por parte do professor, de uma situação problema;

busca de soluções;

exposição do conceito e o algoritmo;

generalização;

aplicação;

exercitação;

prova ou exame;

avaliação.

Os tópicos dessa sequência didática são procedimentos fundamentais que se referem à

utilização de algoritmo, quanto à compreensão dos conteúdos em questão, sendo que, os

atitudinais aparecem mais claramente no momento do diálogo entre aluno e professor.

Pretende-se que os alunos saibam fazer os algoritmos de determinados conteúdos, conheçam

as definições associadas e consigam resolver os problemas nos quais sejam necessários a

utilização da fórmula correspondente.

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b) sequência didática:

apresentação feita pelo professor de um problema relacionado a um determinado

tema;

diálogo entre professor e alunos;

comparação entre diferentes pontos de vista;

conclusões;

generalização;

exercícios de memorização;

prova ou exame;

resultado do exame.

Essa sequência didática tem como objetivo desenvolver conteúdos de caráter

conceitual. O diálogo e o debate são os pontos fortes dessa técnica. São valorizados também

os conteúdos atitudinais, tais como: interesse em fazer propostas, participação nos debates e

diálogos e respeito pela opinião diversa. É importante ressaltar que esses conteúdos atitudinais

não serão avaliados, mas eles acabam influenciando diretamente no comportamento do aluno.

A intenção é a aprendizagem de conteúdos conceituais que versam sobre temas históricos,

sociais, literários, artísticos ou científicos.

A avaliação que se faz, nesse caso, é o desenvolvimento posterior dos alunos aos

debates e diálogos acerca de assuntos abordados durante o encaminhamento da sequência

didática. O que está sendo avaliado é o conhecimento sobre o tema, a capacidade de dialogar

e debater e o respeito às diferentes opiniões dos colegas.

c) sequência didática:

o professor apresenta uma situação problemática relacionada a um tema;

proposição de problemas ou questões;

proposta das fontes de informações;

busca da informação;

elaboração das conclusões;

generalização das conclusões e síntese;

exercícios de memorização;

prova ou exame;

avaliação.

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A maioria das atividades que compõe essa sequência didática aparece com conteúdos

de modo conceitual, procedimental e atitudinal. Os alunos controlam o ritmo de execução da

mesma, atuando constantemente e utilizando uma série de habilidades e técnicas, como por

exemplo: debate, diálogo e trabalho em pequenos grupos, pesquisa bibliográfica, trabalho de

campo, entrevista e elaboração de questionários.

Pela necessidade de se trabalhar em grupo para executar determinada atividade, podem

surgir algumas divergências de ideias, posturas e conflitos. Isso requer dos alunos o

desenvolvimento de algumas atitudes, tais como: tolerância, cooperação, respeito e rigor.

As avaliações servem, nesse momento, para classificar os alunos para uma possível

comparação com as observações feitas pelo professor durante o desenvolvimento da

sequência didática. Essas avaliações são tão importantes quanto as convencionais.

Segundo Zabala (1998), o professor precisa trabalhar primeiramente os conteúdos para

depois torná-los objetos de avaliação.

Esses objetivos são: os alunos devem conhecer os termos tratados, devem saber fazer

investigações, questionários e entrevistas, ser mais organizados, tolerantes e cooperativos.

Embora nenhuma das quatro sequências didáticas apresentadas anteriormente é

perfeita ou completa, pode-se considerar que todas elas contêm instrumentos suficientes para

justificar a sua utilização e trazem em si o objetivo de auxiliar o professor e o aluno em um

ensino e aprendizagem mais eficiente.

Todos os professores, de alguma forma, já utilizaram ou utilizarão uma ou outra

sequência didática. Em todas elas, a intenção é muito clara e bem definida. São formas que o

professor dispõe para incrementar o ensino e aprendizagem, diversificando as técnicas,

criando espaços e momentos de estudo adequados a cada realidade.

2.2 Informática Educativa

No mundo de hoje, a informação se torna cada vez mais relevante. Em função das

mudanças que ocorrem em velocidade cada vez mais intensa, o seu acesso se torna cada vez

mais fácil. Essas mudanças estão no campo político, social, econômico e tecnológico,

refletindo diretamente nos costumes, culturas e educação da sociedade. Tais mudanças são

alavancadas pela revolução tecnológica e principalmente pela informática.

A educação, por sua vez, tem um papel fundamental na orientação e formação do

cidadão. Ela contribui para difundir as informações, proporcionando o avanço da revolução

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tecnológica. Atualmente, o acesso à informação se dá de várias maneiras, entre elas estão os

livros, a internet e telefonia móvel. O indivíduo precisa se capacitar para enfrentar os desafios

trazidos pela nova concepção da informação e a escola é um lugar privilegiado para sua

preparação. Quando há um trabalho eficaz, essa informação pode se transformar em

conhecimento.

Segundo Costa e Oliveira (2004, p. 25), “conhecimento é toda alteração provocada no

estado cognitivo, isto é, no seu estoque mental de saber acumulado, proveniente de uma

interação positiva com uma estrutura de informação.”

Nesse contexto, é quase imperceptível a diferença entre informação e conhecimento,

porém há de se ressaltar que o conhecimento tem um perfil de uma informação com valor

agregado. Ou seja, o objetivo da educação não é apenas a informação, e sim a formação e o

conhecimento.

Uma das proposições da informática educativa é a possibilidade de criação de um

Objeto de Aprendizagem. Para isso utilizam-se recursos tecnológicos disponíveis.

Nesse contexto, essa Pesquisa de Mestrado propõe a criação de um OA que utiliza

dois ambientes informatizados: o software Geogebra e o software ExeLearning.

A seguir serão apresentados alguns aspectos importantes da informática educativa. O

objetivo é situar o trabalho dentro de seu propósito e, parte deste, é a criação de um OA. Nele

serão desenvolvidas as quatro atividades propostas como facilitadora do ensino e

aprendizagem das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco

cosseno, aplicadas a área de eletroeletrônica.

Segundo Oliveira (2012, p. 9),

a denominação Tecnologia Educacional - TE não despontou no Brasil com

conceituação única. Os educadores depararam com diferentes conceitos, desde a sua

chegada, caracterizada pela compreensão diferenciada do papel dos instrumentais

tecnológicos no processo educativo.

Baseado nos documentos do XI Seminário Brasileiro de Tecnologia Educacional -

TE, realizado em 1979, a TE passou por duas fases distintas: a primeira emplacada pelo

ideário de modernização, que foi pautada pela eficiência dos aparelhos e equipamentos e, a

segunda, compreende o período em que se maximiza a importância de atividades previamente

planejadas, priorizando princípios e métodos de organização da instrução e pouca atenção aos

problemas de adoção e implantação.

A seguir, trazemos alguns autores acerca da tecnologia educacional, justificando a

importância do papel da Tecnologia da Comunicação e Informação - TIC para o sistema

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educacional brasileiro.

Segundo Kuenzer et al (1986, p. 30),

A tecnologia educacional, em seus termos mais simples, representa a racionalização

do sistema de ensino em todas as suas formas e níveis, tendo em vista sua eficiência,

medida por critérios internos da economia de recursos escassos, e sua eficácia,

medida pela adequação de seu produto às necessidades do modelo de

desenvolvimento vigente. Ou seja, significa a absorção, pela educação, da ideologia

empresarial.

Valente (1991) afirma que o papel do computador na educação vem se definindo na

medida em que se questiona a função do professor e da escola. Para ele a função da escola não

é ensinar, mas promover o aprendizado. Nesse contexto, o professor passa ser o facilitador no

processo, enquanto que no contexto anterior era o de apenas transmissor do conhecimento.

Segundo Moran (2013, p. 53), é fundamental o trabalho com diferentes linguagens: ”a

educação escolar precisa compreender e incorporar mais as novas linguagens, desvendar seus

códigos, dominar as possibilidades de expressão e as possíveis manipulações”.

Assim, a Tecnologia da Comunicação e Informação - TIC pode colaborar para o

desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem, incentivando o seu usuário na

busca por meios e formas para esse processo acontecer.

De acordo com Pinto (2015), a incorporação dessas novas tecnologias, citadas por

Moran (2013), no processo de ensino e aprendizagem está diretamente associada à mudança

de paradigmas quanto à aceitação das mesmas pelos profissionais da educação. E essa

mudança não é muito simples, pois Borba e Penteado (2001) lembram que a utilização do

computador foi um fator de resistência para muitos profissionais da educação.

De acordo com Chaves et al (1988), o recurso computacional pode contribuir

positivamente para acelerar o desenvolvimento cognitivo e intelectual do estudante,

principalmente no que se refere ao raciocínio lógico e formal, desde que seja proposto um

trabalho coordenado. Eles acreditam que a máquina traz elemento motivacional, tanto para os

estudantes quanto para os educadores.

2.2.1 Informática Educativa e o Ensino de Matemática

Segundo Cunha (2014), a utilização das tecnologias no processo de ensino e

aprendizagem da Matemática pode ser considerada como uma prática alternativa, que visa

facilitar a criação de novos rumos para as relações entre professor e aluno. É fácil perceber

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que a tecnologia está cada dia mais presente nas escolas, porém sua utilização ainda não traz

um benefício eficaz para o aluno.

Várias formas de pensamentos visuais aparecem ao se trabalhar com o computador na

sala de aula, entre elas a utilização da imagem como objeto facilitador de aprendizagem.

Mesmo que o aluno seja levado a fazer uma interpretação equivocada do que se observou, a

ação visual tem seu valor pelo simples fato de ter proporcionado o espírito investigativo.

Ressalta-se também o dinamismo e a superioridade dos vários recursos tecnológicos

frente aos modelos tradicionais, devido ao leque de possibilidades que o computador permite.

Exemplificando, ao trabalhar com funções, podemos utilizar o software Geogebra para

construir gráficos de forma mais rápida e precisa do que utilizando os recursos tradicionais

(lápis e papel), assim como temos a opção de utilizar o software Mupad como ferramenta de

construção de gráficos, solução de funções, integração, derivação, entre outras.

2.3 Objetos de aprendizagem

Verificamos, a partir de análise bibliográfica, que não existe uma única definição para

objetos de aprendizagem, mas sim várias definições são encontradas em livros especializados,

teses, dissertações e artigos.

Trabalhamos, nessa pesquisa, a concepção de OA segundo Wiley (2000), que define

objetos de aprendizagem como sendo qualquer recurso digital que possa ser utilizado para o

suporte ao ensino.

Segundo Cunha (2014), o termo Objetos de Aprendizagem surgiu no início do século

XXI e passou a ser utilizado para se referir a recursos digitais. Utilizaremos ao longo de todo

este trabalho essa concepção de OA. Destacamos a sua versatilidade, devido à possibilidade

de ser utilizado em diversos ambientes educacionais e ser capaz de renovar a prática docente

do professor por meio de interações com os ambientes informatizados, desde que a sua

proposta seja coerente com o ambiente educacional e a sua utilização seja planejada e

coordenada.

Vários outros autores definem OA, entre eles destaca-se Tavares (2007, p.124):

Um OA é um recurso (ou ferramenta cognitiva) auto-consistente no processo de

ensino e aprendizagem, ou seja, não depende dos outros objetos para fazer sentido.

Dessa forma, pode-se conceber como um Objeto de Aprendizagem um livro

didático, uma revista, a própria atividade humana, e outros.

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Oliveira et al (2001), afirmam que a interação entre informática e educação, utilizando

os objetos de aprendizagem computacionais, favorece efetivamente o processo de

aprendizagem do estudante.

Outras definições podem ser encontradas em Reis (2010) e Macêdo et al (2007, p.20).

Confirmamos pelas definições apresentadas anteriormente a amplitude desse assunto,

uma vez que o material pedagógico tradicional, estático e rígido, está perdendo o seu espaço,

em algumas instituições de ensino, para os materiais digitais e interativos. O OA é o modelo

ideal para esse contexto.

Rodrigues (2006) cita as três fases de construção do AO, cujo título é “Transbordando

o Conhecimento”:

a) a primeira diz respeito ao planejamento da construção;

b) a segunda refere-se à implementação propriamente dita do objeto em uma linguagem

de programação;

c) a terceira refere-se à criação de orientações ao usuário final.

A utilização do OA não pode ser aleatória. O professor deve escolher o mais adequado

ao propósito a ser desenvolvido em determinada atividade. Assim, o ambiente informatizado

envolve o aluno e o professor, de tal forma que o ensino e a aprendizagem ficam melhores

compreendidos.

2.4 Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno

Ao estudar a história da trigonometria, encontra-se que os primeiros indícios de

rudimentos de trigonometria surgiram tanto no Egito quanto na Babilônia, a partir do cálculo

de razões entre números e entre lados de triângulos semelhantes.

Isto pode ser observado no Papiro Ahmes1, no Egito, conhecido como Papiro Rhind,

com data de aproximadamente 1650 a.C., contendo 84 (oitenta e quatro) problemas, dos quais

quatro fazem menção ao “seqt”, que representava a razão entre afastamento horizontal e

elevação vertical de um ângulo. Na construção das pirâmides era essencial manter uma

inclinação constante das faces, o que levou os egípcios a introduzirem o conceito de “seqt”.

1O Papiro Ahmes é o mais extenso documento egípcio em matemática que chegou aos nossos dias. Ele é uma

cópia de um antigo papiro do séc. XIX a.C. que esteve em poder do escriba Ahmes. Foi adquirido no Egito por

H. Rhind e por isso é usualmente conhecido como Papiro Rhind (CHACE, 1986).

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Além da utilização da trigonometria nas medições das pirâmides, apareceu no Egito

(1500 a.C. aproximadamente) a ideia de associar sombras projetadas por uma vara vertical a

sequências numéricas, relacionando seus comprimentos com horas do dia (relógios de sol).

A trigonometria baseada na meia corda de uma circunferência, apresentada pelos

hindus, chegou à Europa através dos árabes.

O nome seno vem do latim “sinus” que significa: seio, volta, curva, cavidade. Muitos

acreditavam que este nome originou-se devido ao fato do gráfico da função correspondente

ser bastante sinuoso. Mas, na verdade, “sinus” é a tradução latina da palavra árabe “jaib”,

que significa dobra, bolso ou prega de uma vestimenta, contrário ao conceito Matemático de

seno. No entanto, trata-se de uma tradução defeituosa que dura até hoje. Quando os autores

europeus traduziram as palavras matemáticas árabes em latim, eles traduziram “jaib” na

palavra “sinus”. Fibonacci ao utilizar do termo “sinus rectusarcus” rapidamente encorajou o

uso universal de seno.

A palavra cosseno surgiu somente no século XVII, como sendo o seno do

complemento de um ângulo. Os conceitos de seno e cosseno foram originados pelos

problemas relativos à Astronomia.

Atualmente, o ensino da trigonometria encontra certas dificuldades, pois os

professores, muitas das vezes, não se sentem seguros em trabalhar com as funções

trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, por se tratar de um

assunto de difícil compreensão pelos alunos.

Segundo Vazquez (2010), é necessário refletir sobre a prática pedagógica em sala de

aula a respeito do ensino de trigonometria. Os estudantes apresentam muita dificuldade de

aprender esse conteúdo devido à exigência da simples memorização de fórmulas.

Esse pensamento corrobora com o núcleo da proposta da dissertação de mestrado de

Pinheiro (2008), apresentada na PUC Minas. Ele propõe a minimização do uso excessivo de

cálculos algébricos na trigonometria e afirma que a maioria dos livros didáticos de ensino

médio ainda apresenta o estudo de trigonometria de forma linear e descontextualizada.

Vazquez (2010), por sua vez, diz que é necessário investigar sobre a maneira como o

estudante aprende determinados conteúdos, analisar suas dificuldades, consultar quais são as

suas necessidades e identificar meios de relacionar o conteúdo com a prática.

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Silva (2011, p.16), salienta que,

A partir de nossa prática docente, identificamos algumas dificuldades apresentadas

pelos alunos na aprendizagem da trigonometria, entre elas: perceber a utilidade das

razões trigonométricas, além das situações escolares; aplicar os conhecimentos

trigonométricos teóricos na resolução de problemas; compreender e assimilar

conhecimentos trigonométricos e aplicá-los em momentos posteriores.

Mediante análises feitas em três livros didáticos e apresentadas neste trabalho,

podemos afirmar que o conteúdo das funções trigonométricas, em especial as funções inversas

arco seno e arco cosseno, são abordadas de forma insuficiente. Isto colabora para uma grande

deficiência no ensino deste conteúdo.

Ao propor o OA, abordando o ensino das funções inversas na área de eletroeletrônica,

objetivamos uma melhor compreensão deste assunto pelos estudantes, tornando o conteúdo

mais atrativo para eles.

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3 PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, DIRETRIZES PARA O ENSINO

TÉCNICO E ANÁLISE DA TEMÁTICA DE ESTUDO EM LIVROS DIDÁTICOS

Neste capítulo, estudamos as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Profissional de Nível Técnico de escolaridade, da área de eletroeletrônica e analisamos livros

didáticos que abordam o conteúdo funções trigonométricas: seno, cosseno e suas inversas,

arco seno e arco cosseno.

3.1 Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) relacionados aos conhecimentos

de Matemática para o Ensino Médio

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (BRASIL,

1999), à medida que a sociedade se desenvolve, aumenta a importância do ensino da

Matemática, devido as suas especificidades. Pois ela trabalha o raciocínio lógico e abstrato,

colaborando, então, para o crescimento do homem em termos sociais e profissionais. A

Matemática, além de seu caráter formativo e instrumental, é também uma ciência, com suas

características estruturais específicas, “pois é uma ferramenta que serve para a vida

cotidiana”.

Segundo Pinheiro (2008, p.15),

[...] a descoberta científica consiste em processos de elaboração intelectual que

caracterizam a atividade do homem. Para Aristóteles, a lógica é um instrumento para

o conhecimento. Nela, associamos os procedimentos, regras e leis que devem ser

empregados naqueles raciocínios que se referem a todas as coisas das quais

possamos ter um conhecimento universal e necessário.

De acordo com os PCN´s, no processo de ensino e aprendizagem, o conteúdo de

Matemática requer do estudante autonomia e capacidade de pesquisa, sendo agente

responsável pela aquisição de seu conhecimento. Assim, aprender é condição básica para

prosseguir aperfeiçoando-se ao longo da vida.

A relação entre Matemática e tecnologia vai além das calculadoras e máquinas. O

aprendizado há de ser contínuo, pois o homem desenvolve capacidades e habilidades para

além de manipulação desses instrumentos. Ele também compartilha seu conhecimento e

coloca-o a serviço do seu crescimento profissional.

Num mundo globalizado, onde o computador e os recursos tecnológicos tem um papel

relevante, é cada vez mais importante o ensino e aprendizagem da Matemática, para o Ensino

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Médio, e a capacidade de adequação das tecnologias em situações diversas.

Pouco adianta se modificarmos a forma ou metodologia de ensino da Matemática, se

mantivermos o conhecimento matemático restrito às informações, definições e exemplos,

assim como a exercitação. Os conceitos apresentados de forma fragmentada, mesmo que de

modo aprofundado, não garantem que o estudante estabeleça alguma significação para as

ideias isoladas e desconectadas umas das outras (PCN´s, 1999, p. 86).

As atividades que cumprem o papel de aprendizagem das técnicas não devem ser

eliminadas, mas a preocupação excessiva com a memorização de fórmulas, aplicação de

regras preestabelecidas e repetição de procedimentos algébricos são características de uma

educação tecnicista. Esse é um modelo que tende a limitar a capacidade de abstração,

generalização ou até mesmo de formalização do conteúdo.

Com relação ao estudo de funções, seu ensino isolado não proporciona ao estudante

nenhuma ideia de aplicabilidade. Portanto, ao fazer a interdisciplinaridade entre o tema

estudado e outros conteúdos, sobretudo aplicados a vida cotidiana e a resolução de problemas

práticos, proporcionará ao estudante uma melhor compreensão do assunto em questão.

Em particular, as funções trigonométricas são melhores compreendidas quando

associadas à problemas de medições, como por exemplo, no cálculo de distâncias inacessíveis

e modelagem de fenômenos periódicos. Nessa direção, o excesso de manipulação algébrica é

minimizado ao enfatizar o entendimento e significado dos conceitos trigonométricos para o

estudante.

3.2 Diretrizes curriculares nacionais para a educação profissional de nível técnico

3.2.1 Introdução

A Constituição Federativa do Brasil, em sua 4ª edição, em 1992, estabelece no

capítulo 3, seção I, Art. 214°: “A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração

plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à

integração das ações do Poder Público, que conduzam à”:

a) erradicação do analfabetismo;

b) universalização do atendimento escolar;

c) melhoria na qualidade do ensino;

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d) formação para ao trabalho;

e) promoção humanística científica e tecnológica do país.

Em outubro de 1998, foi instalada uma comissão para organizar um plano de trabalho

específico para a definição das Diretrizes Curriculares Nacionais, por avisos ministeriais de

números 382 e 383, instituída pela Câmara de Educação Básica, do Conselho Nacional de

Educação. Foram realizadas várias reuniões, em diversos estados da federação, bem como

ampla discussão acerca da criação de uma resolução que estabelecesse a construção de um

currículo base, que atendesse a demanda da sociedade brasileira, enquanto oferta de uma

educação profissional técnica adequada.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de

Nível Técnico, fica estabelecida a liberdade das instituições de ensino técnico em construir a

sua própria matriz curricular, conforme a sua peculiaridade regional e sua demanda por mão

de obra local (BRASIL, 2012).

A resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012, define Diretrizes Curriculares Nacionais

para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e preconiza, em seu Art. 5º, que “os

cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio têm por finalidade proporcionar ao

estudante conhecimentos, saberes e competências profissionais necessários ao exercício

profissional e da cidadania, com base nos fundamentos científico tecnológicos, sócio histórico

e culturais” (BRASIL, 2012).

3.2.2 Educação profissional de nível técnico

Ao longo dos anos, a formação no ensino técnico tem passado por diversas

transformações, exigindo cada vez mais do técnico uma formação mais ampla, ao contrário de

épocas pretéritas, na qual a formação era restrita, ou seja, o técnico não necessitava transitar

por outra atividade ou área de formação.

A formação do técnico atualmente imprime em sua conduta uma postura mais

dinâmica, crítica e inovadora, possibilitando o mesmo a contribuir para o processo do

crescimento tecnológico, bem como acompanhar o avanço de novas tecnologias. Diante disso,

o seu crescimento profissional passa pelo seu crescimento pessoal, ampliando o seu campo de

atuação. Consequentemente, o mercado de trabalho torna-se mais competitivo e exige dos

profissionais técnicos uma maior capacitação.

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Segundo Pinto (2015), o estreitamento entre teoria e prática é defendido no Inciso VI

do Art. 5° da Resolução nº 6, de 20 de setembro de 2012, ressaltando a necessidade da

harmonia entre teoria e prática no processo de ensino e aprendizagem. Reforçando a

importância do uso de recursos alternativos que visam facilitar a compreensão de significados,

o inciso VIII desse mesmo artigo preconiza que deve haver:

[...] contextualização, flexibilidade e interdisciplinaridade na utilização de

estratégias educacionais favoráveis à compreensão de significados e à integração

entre a teoria e a vivência da prática profissional, envolvendo as múltiplas

dimensões do eixo tecnológico do curso e das ciências e tecnologias a ele

vinculadas. (BRASIL, 2012, p. 2).

A articulação entre a educação básica e a técnica deve sinalizar quais são as

competências exigidas e necessárias ao estudante do ensino médio. Tais competências, de

acordo com o Art. 41° da LDB e do Decreto Federal 2208/97, podem ser aproveitadas no

ensino técnico caso sejam comuns aos dois ensinos. Cabem, portanto, às escolas de ensino

médio criar seus projetos pedagógicos, de modo a desenvolver as competências desejadas,

ficando a cargo das escolas técnicas o seu aproveitamento ou não (BRASIL, 1996).

3.2.3 Princípios da educação profissional

A articulação da educação profissional de nível técnico com o ensino médio é um dos

princípios fundamentais das Diretrizes Curriculares Nacionais, bem como os valores estéticos,

políticos e éticos, também são princípios mencionados nesse documento. O desenvolvimento

de competências para a educação profissional requer flexibilidade, interdisciplinaridade e

contextualização na organização curricular. Outras competências também são exigidas, tais

como: identidade dos perfis profissionais e atualização permanente dos cursos e currículos.

Esses são princípios importantes da educação profissional, citados nas Diretrizes Curriculares

Nacionais para a Educação Profissional de Nível Técnico (BRASIL, 2000).

A educação profissional não está desconexa da educação básica, pois ela é, antes de

tudo educação e, rege-se pelos princípios norteadores da Constituição Federal e pela Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB. Destaca-se o Art. 3° da LDB: “a valorização

dos profissionais da educação deve estar contemplado na formulação e no desenvolvimento

dos projetos pedagógicos das instituições de ensino profissional” (BRASIL, 1996).

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3.2.3.1 Articulação da educação profissional técnica com o ensino médio

Há uma diferença na formação de ensino técnico e de ensino médio, não podendo

confundir as duas. Dessa forma, o ensino médio é a etapa de consolidação da educação básica

e, mais especificamente, de desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento

crítico.

A articulação do ensino integrado entre a educação profissional e o ensino médio deve

ser entendida por uma complementaridade entre os dois ensinos, mantendo-se a identidade de

cada uma delas. Propõem uma região comum, com interseção de finalidades e uma ação

combinada e planejada entre os dois tipos de ensino.

Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de Nível

Técnico (2000, p.290),

[...] quando competências básicas passam a ser cada vez mais valorizadas no âmbito

do trabalho e quando a convivência e as práticas sociais na vida cotidiana são

invadidas em escala crescente por informações e conteúdos tecnológicos, ocorre um

movimento de aproximação entre as demandas de trabalho e as da vida pessoal,

cultura e social.

Esperamos, portanto, que o ensino médio contemple em seu planejamento curricular e

desenvolvimento, ações concretas que contribuam com o estudante que cursa as duas

modalidades (ensino médio e ensino profissional) para uma formação profissional adequada e

abrangente.

3.2.4 Competências para o trabalho

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de

Nível Técnico (2000),

As escolas vêm trabalhando intensamente na perspectiva do conceito de competência,

portanto ainda não conseguem definir claramente esse termo de forma a orientar a sua prática

pedagógica. Entende-se por competência profissional a capacidade de mobilizar, articular e

colocar em prática conhecimentos, valores e habilidades, necessários para o desempenho

eficaz das atividades desempenhadas no exercício da função.

Nesse sentido, o conhecimento é concebido como apenas o saber; a habilidade refere-

se ao saber fazer relacionado com a prática do trabalho, enquanto que o verdadeiro valor se

expressa no saber ser, no saber conviver e no saber construir eficazmente. Pode-se dizer

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então, que um profissional é competente quando consegue conciliar conhecimentos

necessários ao desempenho de suas funções, habilidades para a resolução de problemas,

mobilidade de valores, articulação de recursos humanos e materiais. Esse tipo de profissional

age eficazmente diante do habitual e do inesperado, superando as expectativas da empresa.

Este conceito de competência aumenta a responsabilidade das escolas técnicas

profissionalizantes, na organização dos seus currículos, visando à formação integral do

estudante de forma a criar capacidade de resolver problemas novos, comunicar ideias, tomar

decisões, ser criativo, ter iniciativa e ter autonomia intelectual.

3.2.5 Flexibilidade, interdisciplinaridade e contextualização

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional de

Nível Técnico (BRASIL, 2000),

Refere-se à flexibilidade um princípio fundamental no que diz respeito à organização

do currículo, contemplando os seguintes aspectos: oferta dos cursos, organização dos

conteúdos por disciplinas, módulos ou etapas cronológicas, metodologias, projetos e gestão

dos currículos. Está ligada ao grau de autonomia das instituições de educação profissional. O

documento ressalta que a autonomia da instituição de educação profissional está ligada

diretamente ao seu projeto pedagógico elaborado, executado e avaliado amplamente por toda

a comunidade escolar, especialmente pelos docentes.

A flexibilidade permite agilidade da instituição de educação na proposição,

atualização e incorporações de inovação, possibilitando corrigir rumos, adaptar às mudanças.

Essa flexibilidade curricular atende ao estudante individualmente em suas particularidades,

pois possibilita a ele construir seu itinerário próprio, cursando as disciplinas de seu interesse

dentro de um prazo flexível.

O currículo flexível traz dentro de si a possiblidade de um trabalho interdisciplinar,

porém o Parecer CNE / CEB n° 15/98 tratou amplamente da questão, que se destaca a

seguinte frase: “interdisciplinaridade deve ir além da mera justaposição de disciplinas”,

apontando a possibilidade de relacionar as disciplinas em projetos, aulas, pesquisa e ação.

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3.3 Resolução CNE / CEB n° 04/99

Essa Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Profissional de Nível Técnico e contém 19 (dezenove) artigos.

O parágrafo único do seu primeiro artigo versa sobre educação profissional integrada

às diferentes formas de educação, à ciência e à tecnologia, ao trabalho, que objetivam garantir

ao cidadão brasileiro o direito de contínuo desenvolvimento de aptidões para a vida

profissional e social (BRASIL, 2000).

No terceiro artigo, a resolução expõe os seguintes princípios norteadores da educação

profissional de nível técnico:

a) independência e articulação com o ensino médio;

b) respeito aos valores estéticos, políticos e éticos;

c) desenvolvimento de competências para a laboralidade;

d) flexibilidade, contextualização e interdisciplinaridade;

e) identidade dos perfis profissionais de conclusão de curso;

f) currículos e cursos atualizados permanentemente;

g) autonomia da instituição de ensino para construir o seu projeto pedagógico (BRASIL,

2000).

No Art. 11° dessa resolução, o MEC define que “a escola poderá aproveitar

conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente relacionados com o perfil

profissional de conclusão da respectiva qualificação ou habilitação profissional, adquiridos

em diversas situações comprovadas” (BRASIL, 2000).

No Art. 15° da referida resolução, o MEC, propõe colaboração com as instituições de

ensino técnico, no sentido de promover processo nacional de avaliação da educação

profissional desse nível e divulgação dos resultados (BRASIL, 2000).

3.4 Área profissional: indústria

3.4.1 Caracterização da área

Os processos contínuos ou discretos são as formas de transformação de matérias

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primas em bens de consumo ou de produção. Os contínuos são automatizados e podem conter

operações biofísicoquímicas durante o processo. Por outro lado, o processo discreto e não

contínuo, requer uma participação do funcionário, caracterizado por operações físicas de

controle das formas dos produtos. O documento ressalta a importância da presença humana

em ambos os processos para garantir o controle (BRASIL, 2000).

As atividades industriais de maior destaque, no ano 2000, excluída a indústria

química, são mecânica, eletroeletrônica, automotiva, gráfica, metalúrgica, siderúrgica, e

outras (BRASIL, 2000).

3.4.2 Competências profissionais gerais exigidas ao técnico da área

A seguir estão relacionadas algumas competências profissionais, de forma resumida:

a) aplicar métodos e técnicas de gestão de pessoas para coordenar e desenvolver equipes

de trabalho para a produção, manutenção e instalação;

b) aplicar normas técnicas, visando o bem estar da equipe de trabalho;

c) criar tabelas de custos de fabricação e manutenção de máquinas e equipamentos;

d) projetar produtos, ferramentas, máquinas, utilizando técnicas de desenhos aprendidas

nos cursos de formação técnica;

e) avaliar as características e propriedades dos materiais e insumos, tendo como foco o

controle de qualidade;

f) desenvolver projetos de manutenção e instalação de sistemas industriais;

g) projetar e promover melhorias no sistema de produção, incorporando novas

tecnologias ao setor de atuação;

h) sugerir atividades que visem à conservação da energia, bem como a utilização correta

e racional. Propor também o uso de energias alternativas (BRASIL, 2000).

3.5 O livro didático

O livro didático é uma das fontes de estudo e informação mais utilizada no contexto

escolar da educação brasileira. Hoje, o livro didático divide a atenção dos estudantes com os

sites educativos de pesquisa, softwares, blogs e vídeoaulas, disponíveis e/ou postados no

ambiente computacional. No entanto, um bom livro didático de Matemática deve diversificar

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suas representações de linguagens, prezar pelos conceitos e definições e apresentar ao

professor propostas de reflexão sobre sua prática didática. O livro didático deve também

propor ao estudante atividades diversificadas, com os três níveis de dificuldade (fácil, médio e

difícil) e direcionar o trabalho para a aplicação das ferramentas matemáticas na resolução de

situações problemas no seu contexto real.

Segundo Pais (2006, p.49), cabe ao professor:

[...] fazer articulações permanentes entre o livro didático e outras formas de

expressão do saber, pois no plano educacional mais amplo, a tendência é que todos

os recursos possam ser redimensionados e multiplicados para corresponder à

multiplicidade contida no fenômeno que interliga ensino e aprendizagem.

Dante (2014) cita em sua coleção “Projeto Múltiplo – Matemática”, que a educação

brasileira passa, de maneira geral, por fase de grandes mudanças, em termos de recursos

didáticos, de adaptação curricular, de expectativas de aprendizagem, de perfil cognitivo e

cultural dos nossos jovens. Essas transformações ocasionam mudanças no trabalho do

educador, podendo até mesmo causar desconforto ou insegurança para ele. Sendo assim, um

dos objetivos do livro didático hoje é fornecer elementos que ajudem a atender às

necessidades desse novo cenário educacional, tal como: atribuir ao aluno o papel central no

processo de ensino e aprendizagem. Como agente da sua aprendizagem e em constante

interação com o livro e diversos textos, o estudante é solicitado a responder perguntas, a

confrontar soluções, a verificar regularidades, a refletir sobre a sua prática e tirar conclusões.

O ideal é que os conteúdos sejam introduzidos na forma de situação problema e

posteriormente sistematizados, de modo que o aluno crie autonomia em seus estudos e

aprenda a aprender.

Segundo Lajolo et al (1999), os livros didáticos são centrais na produção, circulação e

apropriação de conhecimentos, sobretudo dos conhecimentos que cabem a escola difundir.

Dentre os diversos livros existentes, todos podem ter - e efetivamente têm - papel importante

na escola. Talvez o livro didático seja uma das modalidades mais antigas de expressão escrita,

sendo uma das condições para o funcionamento da escola.

Didático, então, é o livro que vai ser utilizado em aulas e cursos, que provavelmente

foi escrito, editado, vendido e comprado, tendo em vista essa utilização escolar e sistemática.

Sua importância aumenta ainda mais em países como o Brasil, onde uma precária situação

educacional faz com que ele acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias de

ensino, marcando, pois, de forma decisiva, o que se ensina e como ensinar o que se ensina

(Lajolo et al, 1999).

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O adjetivo “didático” qualifica e define certo tipo de obra, nesse caso, o livro didático é

instrumento específico e importantíssimo de ensino e de aprendizagem formal. Embora não

seja o único material de que professores e estudantes vão valer-se no processo de ensino e

aprendizagem, ele pode ser decisivo para a qualidade do aprendizado resultante das atividades

escolares (Lajolo et al, 1999).

3.5.1 Análise de três livros didáticos, quanto às funções: injetivas, sobrejetivas e bijetivas.

Tabela 1 - Livros didáticos do Ensino Médio selecionados para análise,

quanto às funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva

Livro Título Volume Autores Editora Ano

1 Matemática Uma

Nova Abordagem 1

José Ruy

Giovanni e

José Roberto

Bonjorno

FTD

2ª edição 2011

2

Matemática

Contexto e

Aplicações

1 Luiz Roberto

Dante

Ática,

5ª edição 2011

3

Matemática

Construção e

Significado*

1

Juliane

Matsubara

Barroso

Moderna,

1ª edição 2008

Fonte: Elaborada pelo autor

* Obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. Editora Executiva: Juliana

Matsubara Barroso.

Foram elaborados alguns parâmetros norteadores para análise dos livros didáticos

escolhidos, enumerados a seguir:

P1 – O livro apresenta algum registro histórico a respeito das funções sobrejetiva,

injetiva e bijetiva?

P2 – O autor trabalha primeiramente o conteúdo para depois defini-lo ou

conceituá-lo?

P3 – A linguagem utilizada pelo autor durante a exposição do conteúdo é clara,

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objetiva e de fácil entendimento?

P4 – A parte ilustrativa (tabelas, diagramas e gráficos) apresentada atende

adequadamente a demanda do conteúdo proposto?

P5 – O autor apresenta algum exemplo contextualizado e/ou questão interessante para

o estudante?

P6 – Os exercícios propostos seguem a mesma linha pedagógica (linguagem)

trabalhada no desenvolvimento do conteúdo?

P7 – As atividades contemplam os diversos níveis de dificuldade (fácil, médio e

difícil) e apresentam questões-problemas de aplicação, em situações reais, referentes

as funções sobrejetivas, injetivas e bijetivas?

P8 – Durante a exposição dessas funções, o autor traz algum recurso didático

alternativo, como curiosidades, desafios ou problemas de aplicação em situações

reais?

P9 – Em algum momento o livro indica algum site e/ou software computacional, bem

como propõe a utilização de calculadora para enriquecer o ensino e aprendizagem do

conteúdo trabalhado?

A seguir foi feito um estudo/resumo de cada livro analisado e algumas colocações que

se fizeram necessárias para o conhecimento e análise do conteúdo estudado (funções

sobrejetiva, injetiva e bijetiva).

Livro 1) Matemática Uma Nova Abordagem

Autores: José Ruy Giovanni e José Roberto Bonjorno

Volume 1 - 2ª Edição - Editora FTD – Ano: 2011

FUNÇÕES: SOBREJETIVA, INJETIVA E BIJETIVA:

O livro inicia o assunto ressaltando que irá destacar as possíveis qualidades de uma

função f: A→B, utilizando diagramas de Venn.

FUNÇÃO SOBREJETIVA – A condição para que uma dada função seja sobrejetiva é

apresentada logo na introdução do assunto. Após expor que, nesse caso, o conjunto domínio

deve se igual ao conjunto imagem, os autores trazem, como exemplo, a função f(x) = x2

e a

sua representação no diagrama a seguir.

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Diagrama 1 – Função sobrejetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 1, temos: Domínio= { -2, -1, 0, 1 }, Contra domínio = { 0, 1, 4} e

Imagem = { 0, 1, 4 }.

Os autores concluem que a função f, ora representada é sobrejetiva.

Observa-se que nesse momento o livro conclui o estudo dessa função e não propõe a

sua representação gráfica.

FUNÇÃO INJETIVA – O livro inicia essa função de maneira formal. Diz-se que f(x) é

injetora se, e somente se, para quaisquer x1, x2 ϵ A, com x1 ≠ x2 , tivermos f(x) ≠ f(x).

Apresenta, como exemplo, a função f(x) = x + 1 e constrói o seu diagrama a seguir.

Diagrama 2 – Função injetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 2, temos: Domínio = {0, 1, 2}, Contra domínio = {1, 2, 3,4 } e Imagem =

{1, 2, 3}

Observa-se que f associa elementos distintos de A, à elementos distintos de B. Os

autores concluem que f é injetora.

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FUNÇÃO BIJETIVA – Diz-se que a função é bijetiva se, e somente se, ela é injetiva e

sobrejetiva simultaneamente.

Observação: Sobre essa função é dito somente isso e utiliza-se uma exposição por diagrama

e depois por gráfico.

A função f(x) = 2x + 1 representa uma função bijetiva. A confirmação é justificada

pelo diagrama seguinte:

Diagrama 3 – Função bjetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 3, temos: Domínio = {0, 2, 3}, Contradomínio = {1, 5, 7 } e

Imagem = {1, 5, 7}.

Os autores concluem que f é sobrejetiva e injetiva simultaneamente e por consequência

bijetiva.

O livro traz as representações gráficas somente após a exposição das três funções.

A seguir temos três representações gráficas, cada uma de uma função. A pergunta

implícita é: “o gráfico representa uma função bijetiva?” Para tanto, o autor analisa se a dada

função é sobrejetiva e injetiva, simultaneamente. É indicado traçar retas paralelas ao eixo x

pelos pontos que pertencem ao contradomínio. Se cada uma dessas retas interceptar o gráfico

em um único ponto, a função daquele gráfico é bijetiva.

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Figura 1 – Representação gráfica da função bijetora

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

Na figura 1, a função representada é injetora e sobrejetiva ao mesmo tempo, portanto é

bijetiva. Cada reta traçada verticalmente sob o gráfico intercepta o mesmo em apenas um

ponto.

Observação:

Nesse livro falta mostrar qual função o gráfico representa. Não é mencionado de onde

é retirado o contradomínio.

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Figura 2 – Representação gráfica da função sobrejetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

A função representada pelo gráfico da figura 2, não é bijetiva, pois é sobrejetiva, mas

não injetiva.

Observação: Os autores justificam que uma das retas paralelas ao eixo x, intercepta o gráfico

em mais de um ponto.

Figura 3 – Representação gráfica da função injetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

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A função representada pelo gráfico da figura 3, não é bijetiva, pois é injetiva, mas não

é sobrejetiva.

Importante:

Os autores justificam que se uma das retas traçadas, paralelas ao eixo das abscissas,

não interceptar o gráfico, f não é sobrejetiva.

A seguir o livro traz cinco exercícios de reconhecimento de várias funções, utilizando

diagramas, gráficos e funções, para classificá-las enquanto injetiva, sobrejetiva e bijetiva. Não

propõe nenhuma questão de aplicação dessas funções em situações problemas.

Considerações relevantes:

O livro 1 – “Matemática Uma Nova Abordagem – Versão Trigonometria”, apesar de

apresentar o título “Versão Trigonometria” oferece pouco recurso didático ao estudante no

que diz respeito às funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva. É importante ressaltar que para

trabalhar com as funções trigonométricas inversas é necessário que se tenha claramente o

conceito de função bijetiva, pois para uma função admitir a sua inversa, ela precisa ser

bijetiva.

De acordo com o exposto no livro, para uma função ser bijetiva, ela precisa ser

sobrejetiva e injetiva simultaneamente. Diante das nove questões elaboradas para análise do

livro, o mesmo atende adequadamente somente a três delas. As questões atendidas são P3, P4

e P6, que indagam, respectivamente, a respeito da clareza e objetividade da linguagem

apresentada, da ilustração envolvendo tabelas, diagramas e gráficos; da coerência das

atividades propostas com relação ao conteúdo e exemplos trabalhados.

As outras questões não atendidas pelo livro também são relevantes caracterizando-o

então como incompleto para o estudo das funções sobrejetivas, injetivas e bijetivas.

Livro 2) Matemática Contexto e Aplicações

Autor: Luiz Roberto Dante

Volume 1 - Editora Ática – Ano: 2011

FUNÇÕES: INJETIVA, SOBREJETIVA E BIJETIVA

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Os outros dois livros analisados iniciam esse estudo pela função sobrejetiva, esse,

portanto, inicia com a função injetiva. O motivo não é explicitado.

FUNÇÃO INJETIVA (ou injetora) – Inicia-se com a definição bem formal.

Exemplo do rigor na linguagem matemática: x1 ≠ x2 , em A → f(x1) ≠ f(x2), em B.

Em seguida, o autor utiliza o recurso de diagrama para facilitar o entendimento da

definição. Colocam-se três diagramas, sendo os dois primeiros para funções injetivas (no

primeiro ficando dois elementos no contradomínio sem correspondentes, e no segundo, o

contradomínio é igual ao conjunto imagem). No terceiro diagrama coloca-se uma situação que

descaracteriza essa função, pois um elemento do contradomínio possui dois correspondentes

no domínio.

Após a definição e a representação por diagramas, o livro propõe a função f(x) = x2 – 1

e substitui dois valores simétricos na variável independente e conclui que essa função não é

injetiva, por possuir apenas uma mesma imagem (zero) para os dois elementos do domínio.

Observação: Interessante que esse exemplo une as duas representações (algébrica e por

diagrama). O livro não conclui o exemplo com a representação gráfica.

Na sequência, o livro mostra o exemplo f(x) = 2x, afirmando que essa função é

injetiva, porém, apenas algebricamente.

Apenas no final da exposição desse conteúdo, o livro traz a representação gráfica no

plano cartesiano. Ele coloca em forma de observação e sugere que desenhemos retas paralelas

ao eixo x e verifiquemos o seguinte: se todas as retas traçadas interceptarem o gráfico apenas

uma vez, a função é injetiva, mas se alguma reta traçada interceptar o gráfico mais de uma

vez, a função não é.

A seguir são colocados dois exemplos referindo-se a esse tipo de função, sendo apenas

o segundo afirmativo.

São propostos dois exercícios de simples identificação. O primeiro com cinco

diagramas e o segundo com quatro gráficos (apenas para verificar se cada gráfico representa

ou não uma função injetiva).

Observação:

Falta uma situação problema que culmine em uma função injetiva.

FUNÇÃO SOBREJETIVA (ou sobrejetora) – A explicação dessa função é bem mais

resumida e não apresenta gráfico algum. Inicia-se definindo função sobrejetiva e logo a seguir

são colocados três diagramas de Venn, sendo os dois primeiros representando função

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sobrejetiva e o terceiro uma função não sobrejetiva.

No primeiro há um elemento do contradomínio que tem dois correspondentes no

domínio e, no segundo, todo elemento do conjunto contradomínio recebe apenas uma flecha

do conjunto domínio. No terceiro, há dois elementos no contradomínio que não possuem

correspondentes no domínio, descaracterizando, portanto, a função sobrejetiva (não pode

sobrar elemento no contradomínio sem correspondência, ou seja, contra domínio = imagem).

A seguir, o livro coloca três exemplos puramente algébricos de identificação de função

sobrejetiva.

As atividades propostas continuam sendo apenas de identificação, se f é ou não

sobrejetiva. As três atividades são representadas da seguinte forma: (I) Linguagem de função;

(II) Diagrama; (III) Gráfico.

FUNÇÃO BIJETIVA (ou bijetora) – O livro inicia o assunto informando que para uma

função f ser bijetiva, ela precisa ser injetiva e sobrejetiva, simultaneamente. Ilustra-se a

questão com quatro diagramas, sendo o primeiro representando uma função bijetiva e os

outros três negando.

Observação:

A cada função negada, o autor justifica que não é injetiva, ou não é sobrejetiva, ou

ainda não é nenhuma e nem outra.

São propostos os quatro exemplos de funções a seguir: f(x) = 3x, f(x) = x + 1, f(x) = x2

e f(x) = 2x. Afirma que as duas primeiras são bijetivas e as duas últimas não são bijetivas.

O trabalho é puramente algébrico e apresenta apenas a definição.

O livro propõe apenas dois exemplos de identificação, sendo o primeiro pelo diagrama

e o segundo pelo gráfico.

Considerações relevantes:

O livro 2 – “Matemática Contexto e Aplicações”, também atende parcialmente a

demanda proposta nos 9 (nove) parâmetros utilizados para análise do livro didático, no que

diz respeito as funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva. Dos 9 (nove) parâmetros elaborados

para análise, o livro atende adequadamente somente a quatro deles, que corresponde a 44,44%

(quarenta e quatro, vírgula quarenta e quatro por cento).

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Os parâmetros atendidos foram P3, P4, P6 e P8, que indagam, respectivamente, a

respeito da clareza e objetividade da linguagem apresentada, da ilustração envolvendo tabelas,

diagramas e gráficos, da coerência das atividades propostas com relação ao conteúdo e

exemplos trabalhados, dos recursos didáticos alternativos utilizados durante a exposição do

conteúdo. O autor trabalha 9 (nove) exemplos comparativos que ajudam no entendimento das

funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva.

Os outros parâmetros não atendidos pelo livro também são relevantes, deixando o

estudante, portanto, sem algumas informações importantes, como por exemplo: registro

histórico e opções de aprofundamento utilizando recursos informatizados (softwares,

calculadoras e computadores) para o estudo dessas funções.

Livro 3) Matemática Construção e Significado

Editora executiva: Juliane Matsubara Barroso

Volume 1 - 1ª Edição - Editora Moderna - Ano: 2008

FUNÇÕES: INJETIVA, SOBREJETIVA E BIJETIVA

Esse livro inicia esse conteúdo informando ao leitor que as funções sobrejetiva,

injetiva e bijetiva são subitens da função inversa e que os conceitos apresentados a seguir são

necessários para o entendimento do conceito da função inversa.

Observação: Dentre os três livros didáticos analisados, esse foi o único que relacionou de

maneira efetiva e direta essas funções com a função inversa.

FUNÇÃO SOBREJETIVA – Inicia-se com a definição totalmente formal e com linguagem

puramente Matemática. Ressalta-se à frente que para a função ser sobrejetiva, o conjunto

imagem deve ser igual ao conjunto contra domínio. Segue exemplo a seguir representado pelo

Diagrama de Venn.

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Diagrama 4 – Função sobrejetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 4, temos: Domínio = {0, 1, 2}, Contradomínio = {0, 1, 4 } e Imagem =

{0, 1, 4 }.

O livro apresenta os dois exemplos seguintes: f(x) = x2

e f(x) = 2x e justifica através de

diagramas de Venn que a primeira função é sobrejetiva, ressaltando que contra domínio =

imagem, mas para a segunda função é apresentada apenas uma justificativa textual.

Importante:

Durante as explicações das três funções não é apresentado nenhum gráfico. A

representação gráfica é utilizada apenas em um exercício resolvido, após as explicações.

FUNÇÃO INJETIVA – A exposição desse conteúdo segue a mesma linha de

explicação da função sobrejetiva, anteriormente trabalhada, porém apenas com o exemplo

f(x) = 2x + 1. Ele é representado no diagrama e é dada a seguinte explicação: “Quaisquer

dois elementos distintos de A, tem como imagem elementos distintos em B”.

Observação:

Na representação por diagrama adotada pelo autor, há sobra do elemento 7 (sete) no

conjunto contradomínio, mas nada é falado a esse respeito.

A seguir o diagrama apresentado no livro.

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Diagrama 5 – Função injetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 5, temos: Domínio = {0, 1, 2}, Contradomínio = {1, 3, 5, 7} e Imagem =

{1, 3, 5}.

FUNÇÃO BIJETIVA – Define-se essa função dizendo que ela deve ser sobrejetiva e injetiva.

A seguir, o livro mostra um exemplo de uma função e o representa no diagrama. A

autora analisa se a função f(x) = x – 3 é bijetiva. No diagrama abaixo é mostrado que a

função dada é bijetora, por ser injetiva e sobrejetiva.

Diagrama 6 – Função bijetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 6, temos: Domínio = {7, 8, 9}, Contradomínio = {4, 5, 6} e Imagem =

{4, 5, 6}.

Observação:

A autora utiliza as mesmas justificativas anteriores para as funções injetiva e

sobrejetiva.

No exercício resolvido a seguir, a proposta é mostrar que a função t(x) = x2 + 1 não é

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bijetiva. O livro prova pela negação, de modo que se a função não for injetiva ou sobrejetiva

ou as duas, ela consequentemente não será bijetiva.

O exercício anterior é resolvido pela forma de diagrama e de gráfico.

São utilizados os valores simétricos: x1 = 2 e x2 = -2.

Diagrama 7 – Função não bijetiva

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

No diagrama 7, temos: Domínio = {-2, 2}, Contradomínio = {5} e Imagem = {5}.

Importante:

A autora propõe como encerramento de conteúdo um único exercício de classificação

de função injetora, sobrejetiva e bijetiva, por diagramas.

Considerações relevantes:

O livro 3 – “Matemática Construção e Significado”, também atende parcialmente a

demanda proposta nas nove questões utilizadas para análise do livro didático, no que diz

respeito as funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva. Dos 9 (nove) parâmetros elaborados para

análise, o livro atende adequadamente somente a dois deles. Os parâmetros atendidos são P3 e

P8, que indagam, respectivamente, a respeito da clareza e objetividade da linguagem e dos

recursos didáticos alternativos utilizados durante a exposição do conteúdo.

Os outros parâmetros não atendidos pelo livro também são relevantes, deixando o

estudante, portanto, sem muitas informações importantes. Como exemplo, podemos citar:

registro histórico a respeito do conteúdo, gráficos ilustrativos para facilitar a compreensão do

conteúdo, exercícios bem elaborados, contemplando os três níveis de dificuldade (fácil, médio

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e difícil) que levem o estudante a desenvolver as habilidades necessárias nesse conteúdo e

opções de aprofundamento utilizando recursos informatizados (softwares, calculadoras e

computadores), para o estudo das funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva.

Após o estudo: Livro 1 - “Matemática Uma Nova Abordagem – Versão

Trigonometria”, Livro 2 - “Matemática Contexto e Aplicações” e Livro 3: “Matemática

Construção e Significado“, obtivemos o seguinte resultado:

Tabela 2 – Resultado da análise dos livros citados em relação às funções sobrejetiva,

injetiva e bijetiva

Parâmetros

Livros

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

1 Não Não Sim Sim Não Sim Não Não Não

2 Não Não Sim Sim Não Sim Não Sim Não

3 Não Não Sim Não Não Não Não Sim Não

Fonte: Dados da pesquisa

Na tabela 2, as respostas “sim” foram dadas quando foi verificado que o autor atendeu

aos parâmetros levantados em todo conteúdo sobre as funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva,

e “não” quando deixou de atender integralmente ou parcialmente o parâmetro em análise.

3.5.1.1 Conclusão a respeito dos três livros didáticos analisados, quanto às funções

sobrejetiva, injetiva e bijetiva

De acordo com a análise feita, utilizando os parâmetros preestabelecidos, verificamos

que os três livros didáticos trabalham o conteúdo na mesma linha (de maneira superficial,

dando pouca importância a esse conteúdo). Eles não apresentam registro histórico, não

propõem recurso informatizado como alternativa didática e os exercícios são apenas de

reconhecimento das funções através de suas características.

Os livros não exigem praticamente nenhuma habilidade de raciocínio/construção e sim

de comparação/operacionalização, a partir de um modelo preestabelecido nos exemplos

fornecidos durante o desenvolvimento do conteúdo. Esses livros não atendem adequadamente

ao estudante no que diz respeito à construção do conceito de funções injetiva, sobrejetiva e

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bijetiva, de forma a ser utilizado na concepção da função inversa.

3.5.2 Análise de três livros didáticos quanto às funções inversas Arco Seno e Arco Cosseno

Tabela 3 - Livros didáticos do Ensino Médio selecionados para análise, quanto às

funções inversas arco seno e arco cosseno.

Livro Título Volume Autores Editora Ano

1

Matemática

Construção e

significado

2

Editora

executiva:

Juliane

Matsubara

Barroso

Moderna,

1ª edição 2008

2

Matemática

Ciência e

aplicações

2

Gelson Iezzi,

Osvaldo Dolce,

David

Degenszajn,

Roberto Périgo

e Nilze de

Almeida

Atual,

4ª edição 2006

3

Matemática

Contexto e

aplicações

2 Luiz Roberto

Dante

Ática,

4ª edição 2011

Fonte: Elaborada pelo autor

Foram elaborados nove parâmetros norteadores para análise dos livros didáticos

escolhidos, enumerados a seguir:

P1 – O livro apresenta algum registro histórico a respeito das funções inversas arco

seno e arco cosseno?

P2 – O autor trabalha primeiramente o conteúdo para depois defini-lo ou conceituá-lo?

P3 – O autor se refere à função bijetiva, como pré-requisito, para abordar as funções

inversas arco seno e arco cosseno?

P4 – A linguagem utilizada pelo autor durante a exposição do conteúdo é clara,

objetiva e de fácil entendimento?

P4 – A parte ilustrativa (tabelas, diagramas e gráficos) apresentada atende

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adequadamente a demanda do conteúdo proposto?

P6 – Os exemplos propostos são contextualizados e apresentam questões interessantes

para o aluno?

P7 – Os exercícios propostos seguem a mesma linha pedagógica (linguagem)

trabalhada no desenvolvimento do conteúdo e apresentam questões-problemas de aplicação

em situações reais?

P8 – Durante a exposição das funções inversas arco seno e arco cosseno, o autor traz

algum recurso didático alternativo, como curiosidades, desafios ou problemas de aplicação em

situações reais?

P9 – Em algum momento o livro indica algum site e/ou software computacional, bem

como propõe a utilização de calculadora para enriquecer o ensino e aprendizagem do

conteúdo trabalhado?

A seguir foi feito um estudo/resumo de cada livro analisado e algumas colocações que

se fizeram necessárias para o conhecimento e análise do conteúdo estudado (funções inversas

arco seno e arco cosseno).

Livro 1) Matemática – Construção e Significado

Editora Executiva: Juliane Matsubara Barroso

Volume 2 – Ensino Médio - Editora Moderna - 1ª Edição - 2008

FUNÇÕES ARCO SENO E ARCO COSSENO - O livro inicia justificando a ideia de função

inversa e prepara o estudante para a compreensão das funções seno, cosseno e tangente,

limitando os seus domínios para torná-las bijetivas e invertíveis.

O autor apresenta dois quadros, denominados “Recorde”. O primeiro informa que para

uma função ser bijetiva é necessário que ela seja injetiva e sobrejetiva, simultaneamente. O

segundo cita a inversão da imagem e do domínio entre as funções originais e suas inversas.

FUNÇÃO ARCO SENO – Inicia-se esse estudo limitando o gráfico da função g(x) = sen(x),

no intervalo [-π/2, π/2] para o eixo das ordenadas e [-1, 1] para o eixo das abscissas. Nesse

intervalo a função seno é bijetiva. A seguir o livro define a função arco seno apenas como

função f(x), como inversa da função anteriormente definida f(x), invertendo-se os intervalos

[-1, 1] e [-π/2, π/2]. No final o livro deixa claro que essa função é um arco cujo seno é x.

A seguir os gráficos de f e g são esboçados em um único plano cartesiano, cada um

com uma cor diferente. Ao seu lado é informado que esses gráficos são simétricos em relação

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à reta bissetriz do 1° e 3° quadrantes.

Figura 4 – Representação gráfica das Funções Seno e sua inversa, Arco Seno

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

Figura 4 - Na sequência, parte-se para o recurso gráfico, colocando o que representa a função

f(x) = sen(x), (na cor preta) cujo domínio = [-π/2 , π/2] e imagem = [-1, 1]. Desenha-se uma

reta bissetriz do 1° e 3° quadrantes e rebate o gráfico de f em torno dessa bissetriz gerando

então o gráfico da função f-1

, chamada de função f(x) = arco seno, (na cor azul) inversa da

função seno.

Observações:

a) Os gráficos ficaram muito bem feitos e de fácil entendimento.

b) Inicialmente, ao limitar os intervalos para a função g(x) = sem (x) se tornar bijetiva, o

livro não deixa claro para o leitor qual é o eixo que se está limitando o gráfico. Dessa

forma, é necessária a interpretação, a partir do gráfico, para se entender.

c) O livro não informa inicialmente que os gráficos estão esboçados abaixo. É preciso ler

todo o conteúdo para perceber essa informação.

d) Não é apresentado nenhum exemplo ao final da exposição dessa função. Ao terminar

as três funções arco seno e arco cosseno, o livro traz um único exercício resolvido

abordando as duas funções, simultaneamente. É um exemplo que não tem foco em

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aplicação de função, e sim na manipulação algébrica.

FUNÇÃO ARCO COSSENO – Segue-se a mesma metodologia de explicação da função arco

seno.

O livro apresenta uma observação em um quadrinho ao lado do conteúdo, dizendo que

as sentenças abaixo são equivalentes:

. y = arcsen(x),com -1 ≤ x ≤ 1 e sen(y) = x, com -π/2 ≤ y ≤ π/2.

. y = arccos(x),com -1 ≤ x ≤ 1 e cos(y) = x, com 0 ≤ y ≤ π.

O exercício resolvido apresentado foi o seguinte:

Determinar o valor de: tg[arcsen(-1/2) + arccos1].

Após o exercício anterior, o autor coloca a sua resolução e são propostos outros quatro

exercícios exigindo apenas resoluções diretas de cálculos. Não há nenhuma explicação no

livro que dê suporte ao estudante para resolvê-los.

Considerações relevantes:

O Livro 1 – “Matemática Construção e Significado”, segundo a análise feita a partir

dos parâmetros preestabelecidos, oferece ao estudante recurso didático insuficiente no que diz

respeito às funções inversas arco seno e arco cosseno, atingindo um percentual positivo de

55% (cinquenta e cinco por cento), em relação aos itens analisados.

A seguir serão citados os parâmetros que esse livro, segundo a análise, não atendeu

adequadamente: o livro não apresenta nenhum registro histórico - P1, perdendo a

oportunidade de tornar o conteúdo mais atrativo e interessante para o aluno; o autor apresenta

inicialmente as definições e conceitos - P2, o que seria mais indicado, trabalhar inicialmente o

conteúdo, de forma geométrica, algébrica e aritmética, para depois conceituá-lo, o livro

também não apresenta exemplos contextualizados - P6, tornando, portanto, o conteúdo

desinteressante para o estudante e, por fim, não são citados no livro sites de pesquisa - P9,

e/ou aprofundamento, bem como os recursos computacionais e as calculadoras.

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Livro 2) Matemática – Ciência e Aplicações

Autores: Gelson Iezzi, Osvaldo Dolce, David Degenszajn, Roberto Périgo

e Nilze de Almeida.

Volume 2– Ensino Médio - Editora Atual - 4ª edição - 2006

FUNÇÕES ARCO SENO E ARCO COSSENO - O livro inicia o conteúdo informando ao

leitor que é necessário fazer adaptações nos domínios das funções a serem invertidas, devido

as mesmas serem periódicas (injetivas).

FUNÇÃO ARCO SENO – Inicia-se esse assunto expondo o valor do seno, com o exemplo

sen(x) = ½ , com a seguinte questão: Qual é o conjunto de arcos cujo seno seja ½ ? Existem

infinitos arcos côngruos nessas condições.

Para tornar a função inversível (bijetiva) é necessário que se faça uma restrição no

domínio da função para [-π/2 , π/2].

Como representação, o livro propõe uma ilustração gráfica, colocada a seguir,

destacando apenas um dos eixos (vertical – contradomínio).

Figura 5 – Representação gráfica da Função Seno

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

Na figura 5 foi feita a restrição sobre o domínio da função f(x) = sen(x), e pode-se

notar que cada elemento do intervalo [-1, 1] passa ser imagem exclusivamente de um arco(x)

de [-π/2 , π/2].

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Com isso, a função f(x) = sen(x) torna-se bijetora e, portanto, inversível.

O livro apresenta três exemplos ilustrativos, sendo que o primeiro de interpretação

gráfica, o segundo de resolução imediata, exigindo apenas o entendimento da relação inversa

f(x) e f-1

(x) e no terceiro exemplo, coloca-se a função arcsen(x) dentro da função cosseno,

exigindo primeiro a resolução da função arcsen(x).

Foram propostos oito exercícios com vários níveis de dificuldade algébrica, porém

nenhum deles tem aplicação em situação problema.

FUNÇÃO ARCO COSSENO – Esse estudo começa restringindo o domínio da função

f(x) = arccos(x), considerando D = [0 , π]. Nesse intervalo, o conjunto contradomínio da

f(x) = arccos(x) varia de [-1 , 1].

Logo a seguir, é apresentado o gráfico apenas em um eixo (x), variando conforme dito

anteriormente no intervalo [0 , π].

Observação: O autor deixa claro que para cada valor de x corresponde a um único valor de y.

O livro apresenta o gráfico das duas funções g(x) e g-1

(x), invertendo os intervalos

domínio e imagem, entre os dois gráficos. É utilizado novamente o rebatimento da função

cos(x) em torno da reta bissetriz do 1° e 3° quadrantes.

Para concluir o autor mostra dois exemplos ilustrativos, sendo o primeiro bem mais

fácil que o segundo.

Importante:

São propostos dez exercícios com diferentes níveis de dificuldades, porém, exigindo

apenas manipulações algébricas para resolvê-los.

Considerações relevantes:

O Livro 2 – “Matemática Ciência e Aplicações”, segundo a análise feita a partir dos

parâmetros preestabelecidos, oferece ao estudante recurso didático suficiente no que diz

respeito às funções inversas arco seno e arco cosseno, atingindo um percentual positivo de

78% (setenta e oito por cento) em relação aos itens analisados. A seguir serão citados os dois

parâmetros que esse livro, segundo a análise, não atendeu adequadamente: o livro não

apresenta exemplos contextualizados - P6, tornando, portanto, o conteúdo desinteressante para

o estudante e não são citados sites de pesquisa - P9, e/ou aprofundamento, bem como os

recursos computacionais e as calculadoras. Os outros sete parâmetros são contemplados de

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forma adequada e satisfatória pelo livro, prezando por uma boa qualidade e facilitando o

ensino e aprendizagem para o estudante das funções inversas arco seno e arco cosseno.

Livro 3) Matemática Contexto e Aplicações

Autor: Luiz Roberto Dante

Volume 2 – Ensino Médio – Editora Ática - 4ª Edição – 2011

FUNÇÕES ARCO SENO E ARCO COSSENO – O livro começa informando que por estudo

anterior de trigonometria, a função f(x) = sen(x) não admite inversa, por não ser injetiva e

sobrejetiva. O mesmo acontece com a função f(x) = cos(x).

Observação: O autor fala em escolher certos domínios e contradomínios para tornar essas

funções bijetivas e consequentemente invertíveis.

FUNÇÃO ARCO SENO – Na função f(x) = sen(x), deve-se limitar o domínio no intervalo[-

π/2 , π/2], gerando nesse intervalo um contradomínio [-1, 1]. Sendo assim essa função admite

inversa.

Observações:

a) A linguagem utilizada é muito formal

b) Os gráficos ficaram muito bem feitos e de fácil entendimento

c) Falta informar qual função cada gráfico representa

d) Abaixo do gráfico é informado que a inversa de f(x) = sen(x) é f(x) = arcsen(x)

Em seguida, o livro apresenta o gráfico dessa função, destacando-se a curva, em outra

cor, limitada por esses intervalos.

Importante:

O estudante provavelmente terá dificuldade de interpretar o texto: “lê-se: y é o arco de

-π/2 a π/2, cujo seno é x”, colocado no livro como conclusão dessa função, por se tratar de

uma linguagem estritamente técnica e formal.

FUNÇÃO ARCO COSSENO – É adotada a mesma linha de exposição daquela

utilizada na função anterior. Inicialmente, definem-se os intervalos para que a função

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f(x) = cos(s) admita sua inversa. Nesse caso, o domínio deve estar no intervalo [0 , π] e o

contradomínio continua o mesmo da função seno. Esboça-se o gráfico e destaca-o de uma cor

diferente, nos intervalos acima citados. Logo abaixo do gráfico, o livro coloca em linguagem

puramente Matemática que a inversa da função f(x) = cos(x) é a f(x) = arccos(x).

Em nenhum momento o livro apresenta o gráfico da função inversa. Ele mostra três

exercícios resolvidos que utilizam apenas manipulações algébricas e depois propõe outros três

para resolução, porém na mesma linha dos anteriores.

No tópico “Funções inversas usando calculadora”, o livro ensina, utilizando a

calculadora, como obter um ângulo a partir do valor do seu seno ou cosseno. Finaliza esse

tópico mostrando três exercícios resolvidos utilizando a calculadora e propõe vários outros

exercícios para o leitor resolvê-los.

Observação:

O autor encerra o conteúdo colocando a função na forma y = arccos(x) e entre

parênteses conclui com a seguinte explicação: “y é o arco de 0 a π, cujo cosseno é x”.

Considerações relevantes:

O Livro 3 – “Matemática Contexto e Aplicações”, segundo a análise feita a partir dos

parâmetros preestabelecidos, oferece ao estudante recurso didático razoável no que diz

respeito às funções inversas arco seno e arco cosseno, atingindo um percentual positivo de

resposta.

A seguir serão citados os três critérios que esse livro, segundo a análise, não atendeu

adequadamente: o livro não apresenta nenhum registro histórico P1, perdendo a oportunidade

de tornar o conteúdo mais atrativo e interessante para o estudante; também não apresenta

exemplos contextualizados - P6, perdendo a oportunidade de tornar o conteúdo mais atrativo e

interessante para o estudante e, por fim, o autor não apresenta no livro nenhum recurso

didático alternativo – P8, como desafios, curiosidades e chamadas de atenção para o conteúdo

em questão, perdendo a oportunidade de chamar a atenção do estudante e tornar o conteúdo

mais prazeroso de se estudar.

Os outros seis critérios são contemplados de forma adequada e satisfatória pelo livro,

prezando por uma boa qualidade e facilitando o ensino e aprendizagem para o estudante das

funções inversas, arco seno e arco cosseno.

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Após o estudo dos livros - Livro 1: “Matemática Construção e Significado”, Livro 2:

“Matemática Ciência e Aplicações” e Livro 3: “Matemática Contexto e Aplicações”, obteve

os seguintes resultados.

Tabela 4 – Resultado da análise dos livros em relação às funções inversas arco seno e

arco cosseno

Parâmetros

Livros

P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9

1 Não Não Sim Sim Sim Não Sim Sim Não

2 Sim Sim Sim Sim Sim Não Sim Sim Não

3 Não Sim Sim Sim Sim Não Sim Não Sim

Fonte: Elaborada pelo autor

Na tabela 4, as respostas “sim” foram dadas quando foi verificado que o livro atendeu

às questões levantadas em todo conteúdo sobre as funções inversas arco seno e arco cosseno,

e “não” quando deixou de atender integralmente ou parcialmente o parâmetro em análise.

3.5.2.1 Considerações a respeito dos três livros didáticos analisados, quanto às funções

inversas arco seno e arco cosseno

De acordo com a análise feita a partir dos parâmetros preestabelecidos, os três livros

didáticos trabalham o conteúdo funções inversas arco seno e arco cosseno de forma

satisfatória. Dos critérios relacionados ao registro histórico P1, apenas o livro 2 aborda;

também a proposta de indicação de sites e/ou recursos computacionais, bem como

calculadoras - P9, apenas o livro 3 contempla e o mais grave é o critério “exemplos

contextualizados - P6”, que nenhum dos três livros analisados atende, ou seja, nenhum deles

trabalha com exemplos de aplicação em situações reais.

Por outro lado, esses três livros analisados apresentam a função bijetiva - P3 como

pré-requisito para o estudo de funções inversas; utilizam uma linguagem clara e objetiva - P4,

facilitando, portanto, o ensino e aprendizagem do conteúdo abordado. É importante ressaltar

também a boa qualidade das ilustrações - P5 nos três livros. Por fim, os exercícios propostos –

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P7 são elaborados de acordo com a linha didática trabalhada durante a exposição do conteúdo

do livro, criando assim um material de consulta para o estudante caso tenha dúvidas durante a

execução das atividades.

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4 CONSTRUÇÃO DO OBJETO DE APRENDIZAGEM – OA

Neste capítulo, serão descritas as etapas pelas quais o produto final, fruto desse

trabalho, denominado “Criação de um Objeto de Aprendizagem com funções arco seno e arco

cosseno, aplicadas na área eletroeletrônica”, foi elaborado. Para tanto, nos orientamos pelas 3

(três) fases de construção do OA, citadas em Rodrigues et al (2007), anteriormente.

O objetivo geral da construção deste OA é a oportunidade de oferecer ao educador

matemático e ao estudante, do Ensino Médio e do Ensino Técnico, da Área de

Eletroeletrônica, uma ferramenta complementar de estudo, que lhes proporcione um ambiente

interativo, interessante e agradável, de se aprender o conteúdo em questão.

Após a delimitação do tema de pesquisa, começamos várias leituras, como suporte

teórico, para orientar na construção de um OA que atendesse o público alvo da pesquisa, no

que diz respeito a qualidade e interatividade, tanto do ambiente informatizado a ser utilizado

na hospedagem do OA, quanto na importância das atividades propostas.

Após esses cuidados terem sidos contemplados, iniciamos os trabalhos de produção do

OA, definindo-se primeiramente o ambiente computacional no qual ele seria criado.

Conforme informações contidas nos tópicos 4.2 e 4.3 desta Dissertação, o ExeLearning foi o

ambiente escolhido para a construção do OA.

O OA foi construído a partir de pesquisas realizadas a respeito de Objetos de

Aprendizagens e da definição do conteúdo do trabalho de pesquisa realizado, entre o

Mestrando e o Orientador.

Todos os 24 (vinte e quatro) itens e animações das 4 (quatro) atividades constantes

nesse OA foram pensados de modo a contribuir para o ensino e aprendizagem do conteúdo

“funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno”, de forma

mais significativa e interativa. Foram observadas e contempladas as orientações de Zabala

(1998), no que diz respeito aos modelos apresentados em seus trabalhos sobre as sequências

didáticas.

As atividades compostas nesse OA foram elaboradas com o objetivo de propor um

ensino e aprendizagem a partir dos conceitos matemáticos aplicados em outros contextos

externos, prioritariamente, nos cursos técnicos da área de eletroeletrônica. Espera-se que os

estudantes desenvolvam suas capacidades cognitivas no conteúdo “Funções trigonométricas

seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno” de forma eficaz.

Segundo os PCN´s - Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, o

estudante concebe a Matemática como um conjunto de técnicas e estratégias a serem

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aplicadas em outras áreas do conhecimento. Diante disso, o conteúdo matemático citado foi

desenvolvido considerando-se definições, conceitos, propriedades, bem como as

representações, geométrica, algébrica e aritmética.

Como ferramenta computacional auxiliar ao ensino e aprendizagem do conteúdo em

questão, várias animações foram utilizadas na construção dos itens das atividades.

O OA foi desenvolvido de modo que não é necessário o conhecimento do

funcionamento do software GeoGebra para o manuseio das animações. Para explorar as

animações basta que o estudante utilize o mouse do computador e as suas instruções.

Foram excluídas do OA todas as funções do software GeoGebra que não são

necessárias às atividades, evitando então que o estudante perca o foco do trabalho no qual está

se submetendo ou a desorganização do ambiente informatizado.

Dentre as 4 (quatro) atividades propostas no OA, as duas primeiras tem como

objetivos revisar o conteúdo “funções inversas” e introduzir o conceito de “funções

trigonométricas inversas arco seno e arco cosseno”. Didaticamente, essa revisão proporciona

ao estudante uma familiaridade com esse conteúdo, para que, posteriormente, possa aplicar

nas atividades direcionadas ao ensino técnico da área de Eletroeletrônica.

As duas últimas atividades contem itens cujo propósito é aplicar as funções

trigonométricas inversas na análise de circuitos elétricos e nos triângulos de potências. Dessa

forma, objetivou-se criar um OA que pudesse ser utilizado tanto no Ensino Médio regular,

referente às duas primeiras atividades, quanto no Ensino Técnico Profissional, na área de

eletroeletrônica, se tratando das duas últimas atividades.

Segundo Pinto (2014), na elaboração das atividades, procura-se contemplar alguns

parâmetros que Zabala (1998) destaca como necessários para reconhecer a validade de uma

sequência didática programada para desenvolver determinado conteúdo, tais como:

a) itens das atividades adequados ao nível de desenvolvimento intelectual dos estudantes;

b) permitir verificar os conhecimentos prévios que cada estudante tem em relação aos

novos conteúdos de aprendizagem;

c) propor conteúdos de forma funcional;

d) itens que promovam a atividade mental do estudante;

e) estimular a autoestima e o autoconceito em relação às aprendizagens que se propõem;

f) ajudar o estudante a adquirir habilidades relacionadas com o aprender a aprender,

contribuindo para que o aluno seja cada vez mais autônomo em suas aprendizagens.

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A seguir, são feitas descrições sobre o ambiente computacional ExeLearning, Objeto

de Aprendizagem e software GeoGebra, utilizados na construção do OA.

4.1 O software ExeLearning

Nos registros históricos do ExeLearning, constam que ele se desenvolveu graças à

colaboração do fundo da Comissão do Governo da Nova Zelândia para o Ensino Superior e

foi dirigido pela Universidade de Auckland, a Universidade de Tecnologia de Auckland e

Politécnica de Tairawhiti. Mais tarde, foi apoiada pela CORE Education, uma organização

filantrópica educativa na Nova Zelândia para a investigação e o desenvolvimento

educacional2.

Optamos por utilizar o ExeLearning como ambiente para a construção deste OA pelo

fato de ser um editor de código aberto, que permite ao pesquisador publicar conteúdos

didáticos em suportes digitais sem a necessidade de ser ou tornar-se especialista em HTML ou

em XML. Os meios criados no ExeLearning podem ser exportados em formato de pacotes de

conteúdo IMS, SCORM 1.23 ou IMS Common Cartridge, ou como páginas HTML simples e

independentes. No caso deste OA, o arquivo final foi exportado como página HTML, de

modo que a sua utilização fique disponível para acesso na rede mundial de computadores

(internet) ou no modo off-line.

Conforme citado anteriormente, as animações foram construídas com a utilização do

software GeoGebra, transformadas em aplicativos e exportadas para o software ExeLearning.

Dessa forma, se o equipamento utilizado estiver on-line, o OA funciona totalmente e caso o

equipamento estiver off-line, o OA funciona parcialmente (as animações não abrem).

4.2 O objeto de aprendizagem e o software GeoGebra

A proposta de ensino e aprendizagem das funções trigonométricas inversas está

inserida nas atividades de um OA informatizado, necessitando, portanto de um software que

nos possibilitasse a representação algébrica e geométrica, de forma dinâmica, do conteúdo em

questão.

2 Desenvolvedores do ExeLearning: http://exelearning.org/ (acesso em 16/10/2014)

3SCORM - Sharable Content Object Reference Model é uma coleção de padrões e especificações para e-

learning baseado na web.

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O software GeoGebra, versão 4.2, foi escolhido pelo fato de atender às necessidades

exigidas na construção das animações propostas neste OA, e de fácil aquisição. Sua interface

amigável facilita a sua manipulação.

O GeoGebra é um aplicativo dinâmico para o estudo de Matemática e aborda

conceitos de geometria e álgebra. A sua distribuição é livre, nos termos da General Public

License - GNU, e é escrito em linguagem Java, o que lhe permite estar disponível em várias

plataformas. Ele foi desenvolvido por Markus Hohenwarter, da Universidade de Salzburg,

para a educação matemática nas escolas.

O software GeoGebra permite ao usuário realizar construções geométricas e criar

funções que podem se modificar posteriormente de forma dinâmica.

4.3 A construção das atividades

Este OA contém 4 (quatro) atividades elaboradas a partir de itens de múltipla escolha,

com 4 (quatro) opções de respostas. Em cada opção de resposta, o estudante obtém um

retorno. Esse retorno só é apresentado ao estudante após a marcação das opções dos itens. O

objetivo desse retorno é oferecer dicas para tomada de decisão para a próxima tentativa de

opção de resposta, caso ele erre a opção anterior. As animações contidas nos itens das

atividades foram construídas utilizando o software GeoGebra 4.2, tornando possível a

representação geométrica e dinâmica das situações existentes nelas. Desse modo, o estudante

pode fazer experimentos, testar conjecturas, fazer inferências e tomar decisões para responder

os itens propostos.

A seguir serão descritos título, conteúdo, objetivos e desenvolvimento de cada uma

das atividades propostas nesse OA.

4.3.1 Atividade 1

TÍTULO: Criando o conceito de função inversa

CONTEÚDO: Função Afim

OBJETIVOS: Relembrar alguns conceitos importantes, tais como: relação entre duas

grandezas para o conteúdo de função; conjuntos domínio e contra domínio de uma função;

construção do gráfico de uma função; análise gráfica e reta identidade. Com esses conceitos e

definições essa atividade pretende proporcionar ao estudante a compreensão do conceito de

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função inversa.

DESENVOLVIMENTO: Essa atividade foi construída a partir de uma situação problema

denominada “máquina de transformação numérica” e utiliza do preenchimento de uma tabela

numérica referente ao problema em questão e a construção automática do seu respectivo

gráfico. São propostas também duas animações para dinamizar os itens constantes nela.

Possui 6 (seis) itens, sendo os 3 (três) primeiros relacionados e correlacionados diretamente

ao problema inicial e os 3 (três) últimos abordando o conceito de função inversa, a partir de

duas animações distintas.

Foi elaborado e disponibilizado dentro da atividade, a partir de um ícone específico, o

“suporte teórico”. É um apoio ao estudante no que diz respeito ao conteúdo, abordado e

exigido dentro dos itens da atividade. O estudante pode consultá-lo, caso necessário. Os

conteúdos desse suporte teórico são necessários para a execução dessa atividade e os

conceitos das funções sobrejetiva, injetiva e bijetiva são desenvolvidos de forma objetiva e

didática. A definição de função inversa, a partir de explicações claras e construção dos

gráficos de uma função original e de sua inversa também é citada.

A figura 6 apresenta cópia da tela inicial da atividade 1, com suas opções de acesso:

suporte teórico e desenvolvimento (itens). Nesta tela encontram-se também o título, o

conteúdo, o objetivo e o método.

Figura 6 – Cópia da tela inicial da atividade 1

Fonte: Elaborada pelo autor (software ExeLearning)

O primeiro item da Atividade 1 tem o objetivo de verificar se o estudante consegue

relacionar as grandezas do problema proposto inicialmente: número de entrada e número

transformado, aos conjuntos domínio e contra domínio. Antes, porém, o estudante é

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convidado a preencher a tabela com os dados de entrada do problema e observar a construção

automática do seu gráfico, simultaneamente.

A opção correta (alternativa C) desse item exige que o estudante compreenda que a

reta é construída a partir da tabela preenchida e representa todos os pares ordenados possíveis

referente ao problema. A limitação do intervalo [-5; 5] para inserção dos números de entradas

na tabela, foi proposta apenas para orientar o estudante.

O segundo item da Atividade 1 propõe a construção da função, devendo relacionar a

grandeza número transformado “t”, em função do número de entrada “n”, obtida através do

entendimento do problema apresentado para essa atividade.

Alterações de ordem foram feitas nas variáveis das opções de respostas. O objetivo é

verificar se o estudante compreende corretamente as variáveis dependente e independente no

tratamento de função. O modo como as opções de respostas são apresentadas exige que o

estudante esteja atento à operação básica que norteia a resolução do problema.

É importante que ele tenha o cuidado de analisar a intenção dos parênteses das opções

de respostas “C e D”. Os retornos das respostas erradas nesse item atentam para a propriedade

distributiva, exigida pela colocação dos parênteses.

Observemos a similaridade dos itens B: t = 2n + 1 e C: t = 2(n + 1), mas a diferença

significativa dos seus resultados.

O terceiro item da Atividade 1 aborda a função inversa e propõe ao estudante a

construção da função que represente o raciocínio inverso do problema inicial. Procuramos

manter o mesmo padrão de construção do item anterior. É importante ressaltar que as

variáveis “t” e “n” são mantidas como no item anterior e que o estudante perceba, nesse

momento, que a pergunta feita implicitamente leva ao procedimento inverso. Ou seja, se ele

será capaz de construir a função que responda a seguinte pergunta: qual é o número de entrada

que gera um determinado número transformado? Para tanto, explicita-se a variável “n”, nas

opções de respostas. Nesse item são explorados, como no item anterior, os parênteses e as

operações inversas, com o objetivo de verificar o entendimento do estudante quanto a esses

conceitos.

Para resolver esse item, subtrai-se primeiramente uma unidade, para então dividir por

dois. Espera-se que o estudante perceba que esses procedimentos são inversos aos citados no

problema do início da atividade “máquina de transformação numérica”. No problema são

colocados os termos: “dobra esse número e adiciona uma unidade”. A resposta correta desse

item é a função n = (1 – t)/2, representada pela letra C.

O quarto item da Atividade 1 utiliza uma representação gráfica da situação problema

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do início dessa atividade e a partir da compreensão do gráfico, propõe uma questão que elenca

quatro opções de resposta a partir da análise da animação 1.

Para uma melhor visualização da relação entre as retas “original e sua inversa”,

construímos uma reta bissetriz entre o 1° e 3° quadrantes. Essa animação auxilia o estudante a

conceber a ideia de função inversa, com valores gerados pela manipulação do seu botão de

arraste. No item 4, é necessário o estudante perceber que a abscissa de um par ordenado,

representado pela letra B, equivale ao valor da ordenada do outro par ordenado, representado

pela letra C, tornando assim esses pares ordenados equidistantes da reta bissetriz. A partir

dessa compreensão, esperamos que o estudante consiga construir o conceito de função

inversa.

Nas figuras 7, 8 e 9 são apresentadas as cópias do texto explicativo da animação 1

(Bissetriz), da própria animação 1 e do quarto item, atividade 1.

Figura 7 – Cópia do texto explicativo da animação 1 (Bissetriz), Atividade 1

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

Figura 8 – Cópia da animação 1 (Bissetriz), Atividade 1

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

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Figura 9 – Cópia do quarto item, Atividade 1

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

O quinto e o sexto itens da Atividade 1 objetivam consolidar o estudo de função

inversa desenvolvido na atividade 1. Para resolver esses itens, o estudante necessita do apoio

da animação 2, denominada “inversa”, ora apresentada em cópia nas figuras 10 e 11.

Figura 10 – Cópia do texto explicativo da animação 2 (Inversa), Atividade 1

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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Figura 11 – Cópia da animação 2 (Inversa), Atividade 1

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

O quinto item da Atividade 1 pretende verificar se o estudante manipula

adequadamente a animação 2 (inversa), interpreta os valores gerados através dos pares

ordenados B e C e consegue relacionar as distâncias D1 e D2, obtidas entre os pontos B e A, C

e A, com as coordenadas desses pares ordenados. Para resolver esse item, ele precisa saber

também o significado dos termos “equidistantes” e “simétricos”. Ao perceber as distâncias

iguais, esperamos que o estudante verifique o que ocorre com as coordenadas dos pares que

geram essas distâncias iguais. Se ele perceber que os pares invertidos (abscissa e ordenada)

geram distâncias iguais entre as retas representadas pelas funções: “original e identidade” e

“inversa e identidade”, provavelmente acertará esse item.

A opção correta para esse item é a letra C, que relaciona distâncias D1 e D2 iguais entre

os pontos B e A, C e A, e as coordenadas dos pontos B e C.

O sexto item da Atividade 1 propõe uma análise nos elementos distâncias D1 e D2 e

coordenadas dos pontos B e C. A partir da manipulação do botão de rolagem e observação dos

elementos citados anteriormente, o estudante analisará as quatro afirmações apresentadas nas

opções de respostas desse item e julgará qual é a correta. O sexto item encerra a Atividade 1,

relacionando a animação 2 (inversa) com as opções de resposta desse item e volta a citar os

termos do problema inicial “máquina de transformação numérica”, como número de entrada e

número de saída. Porém, pretendemos nesse momento que o estudante consiga relacionar as

coordenadas dos pares ordenados B e C, com os valores de entrada e de saída da máquina do

problema inicial dessa atividade.

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A opção correta é a letra D, que afirma que o ponto B está relacionado ao número de

entrada da “máquina de transformação numérica”. Nesse instante, o estudante pode perceber

que esse ponto possui a ordenada igual ao dobro da abscissa, adicionada uma unidade. Essa é

justamente a operação que essa máquina executa.

4.3.2 Atividade 2

TÍTULO: As funções seno, cosseno e suas inversas.

CONTEÚDO: Estudo das funções seno, cosseno e suas inversas, com representações e

restrições do domínio.

OBJETIVOS: Levar o estudante a construir o conceito de funções seno, cosseno e suas

inversas pelos métodos algébrico (equações), numérico (tabelas) e geométrico (gráficos). A

atividade está construída com hierarquia de dificuldades, de forma que ao superar uma

questão anterior, o estudante esteja preparado para executar a etapa imediatamente posterior.

DESENVOLVIMENTO: Nessa atividade desenvolvemos os conceitos das funções inversas

às funções trigonométricas seno e cosseno. Utilizamos 5 (cinco) animações que irão auxiliar o

estudante na compreensão e execução de cada item da atividade 2.

Foi elaborado e disponibilizado na atividade 2, a partir de um ícone específico, o

“suporte teórico”. É um apoio ao estudante em relação ao conteúdo abordado nos itens dessa

atividade. Ao executar essa atividade, o estudante deverá consultá-lo, caso necessário. Os

conceitos e definições das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, são

desenvolvidos por construções.

As figuras 12, 13 e 14 trazem as cópias das telas iniciais da Atividade 2, com suas

opções de acesso: suporte teórico e desenvolvimento (itens). Nesta tela, encontram-se também

o título, o conteúdo, o objetivo e o método.

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Figura 12 – Cópia da tela inicial, Atividade 2

Fonte: Elaborada pelo autor (software ExeLearning)

A Atividade 2 é iniciada com a animação 1, conforme figura 13, cujo objetivo é

desenvolver a percepção das funções seno e cosseno, em relação a um determinado ângulo.

Figura 13 – Cópia do texto explicativo da animação 1, Atividade 2

(Construindo o Seno e Cosseno)

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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Figura 14 – Cópia da animação 1, Atividade 2 (Construindo o Seno e Cosseno)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

No primeiro item, o objetivo é verificar se o estudante compreende o comportamento

das funções trigonométricas seno e cosseno, ao variar o ângulo com o botão de arraste da

animação 1. O estudante deverá ser capaz de comparar os valores das duas funções e perceber

que o ângulo de 45° é o único das opções de respostas, cujo seno e cosseno são iguais.

Ressaltamos que ele é o menor ângulo positivo, com essa possibilidade.

No segundo item da Atividade 2, esperamos que o estudante manipule o botão da

animação 1 (escolhendo o seno e o cosseno), até obter um ângulo que gere o valor do seno

igual a 0 (zero) e do cosseno igual a -1 (menos um). Esse item objetiva introduzir a ideia de

função trigonométrica inversa, através de uma questão dinâmica. Ou seja, ele tem a

oportunidade de testar diversos valores para o seno e cosseno e verificar os ângulos

relacionados a esses valores. Observamos que ele terá que fazer o caminho inverso do qual

está acostumado nas funções seno e cosseno.

Antes, porém, a pergunta que se fazia era a seguinte: qual é o valor do seno ou do

cosseno de um determinado ângulo? Nesse item, a pergunta pode ser feita e interpretada da

seguinte maneira: qual é o ângulo, cujo seno ou cosseno vale x? Ainda não é apresentado o

termo arco seno e arco cosseno ao estudante. Colocamos apenas a ideia geradora desse

entendimento. Procuramos colocar nos itens de resposta os valores dos ângulos (90°, 180°,

270° e 360°) formados a partir do encontro do círculo trigonométrico com os eixos

cartesianos, pois todos esses ângulos geram valores diferentes para o seno e o cosseno.

O objetivo do terceiro item da Atividade 2 é introduzir o conceito e o entendimento de

arco seno. O estudante pode perceber que esse item é muito similar ao segundo item dessa

atividade, porém a proposta da animação 2 (escolha o seno) é inversa da animação 1, utilizada

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no segundo item. Na animação 2, o estudante pode variar os valores dos segmentos de reta do

eixo seno manipulando o botão A e observando o que ocorre com os ângulos formados a

partir dessa variação. Tivemos o cuidado de facilitar o significado da função arco seno, dentro

do próprio item, aliado a uma animação que reforça essa compreensão. Pretendemos que ao

responder esse item, o estudante tenha o seguinte entendimento: “então, o ângulo cujo seno

vale 0,5, é 30°”.

O quarto e o quinto itens da Atividade 2, têm objetivo similar ao do item anterior,

apenas diferindo no tipo da função. A animação 3 (escolha o cosseno) será utilizada para o

estudante obter o ângulo desejado a partir da sua manipulação e o conceito de arco cosseno

deverá ser compreendido, a partir do mesmo raciocínio desenvolvido no terceiro item dessa

atividade.

No quinto item, oportunizamos ao estudante a verificação dos seus conhecimentos

prévios sobre máximo e mínimo de uma função. Esperamos que ele consiga responder esse

item conciliando os conhecimentos adquiridos nos itens anteriores dessa atividade, a fim de

consolidar a definição e o conceito de função trigonométrica inversa arco cosseno. É

importante o estudante observar que, ao variar o valor do cosseno, são formados dois ângulos

cuja soma é igual a 360°. Nesse caso, existem dois ângulos que possuem o mesmo cosseno.

Esse é o ponto crucial para responder corretamente o quinto item da Atividade 2.

No sexto e sétimo itens, utilizamos duas animações denominadas (seno e arco seno,

cosseno e arco cosseno) e pressupomos que para o estudante responder esses itens

corretamente tenha assimilado adequadamente o significado de arco seno e arco cosseno,

desenvolvidos anteriormente. As figuras 15 e 16 são cópias da animação (seno e arco seno) e

do sexto item.

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Figura 15 – Cópia da animação 4, Atividade 2 (Funções Seno e Arco Seno)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

Figura 16 – Cópia do sexto item, Atividade 2

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

As animações apresentadas nesse item são mais complexas, exigindo do estudante o

conceito das funções trigonométricas inversas arco seno e arco cosseno bem assimilado.

Quanto às opções de respostas, expressas por intervalos em radianos, o estudante precisa

relacionar o número pi (π) ao arco de 180°.

O objetivo da animação do sexto item da Atividade 2 é proporcionar uma visualização

do comportamento das funções f(x) = sen(x) e da sua inversa g(x) = arcsen(x). Nesse item, o

estudante deverá manusear o botão de arraste (vermelho) da sua animação, de modo a

encontrar um intervalo no qual tanto a função “f” quanto a função “g” decrescem

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simultaneamente.

Para obter um resultado correto, o estudante deverá ser capaz de relacionar o eixo

vertical dessa animação ao valor do seno do ângulo, e o eixo horizontal ao valor do arco

(ângulo).

Nessa atividade, o sétimo item e o sexto item são similares, alterando o tipo de função:

f(x) = cos(x) e g(x) = arccos(x). Nesse item, acrescentamos ideia de máximo e mínimo que as

funções f e g atingem, ao variar o ângulo pela manipulação do botão de arraste.

4.3.3 Atividade 3

TÍTULO: As funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco

cosseno, em circuitos elétricos.

CONTEÚDO: Estudo das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e

arco cosseno, aplicadas à análise de circuitos elétricos.

OBJETIVOS: Contextualizar o uso das funções seno, cosseno e suas inversas, arco seno e

arco cosseno em problemas reais relacionados à área de eletroeletrônica. A atividade foi

elaborada com hierarquia de dificuldades, de modo a fixar conceitos com o uso de

ferramentas matemáticas na análise de circuitos.

DESENVOLVIMENTO: Essa atividade é composta de 6 (seis) itens e foram utilizadas 4

(quatro) animações, sendo 3 (três) circuitos elétricos: um resistivo (R), um indutivo (L), um

resistivo e indutivo (RL) e 1 (um) diagrama fasorial. As animações auxiliarão o estudante na

compreensão dos itens e na sua resolução. Os itens foram elaborados de acordo com o

conteúdo abordado nos cursos técnicos na área de eletroeletrônica, atendendo, portanto, ao

objetivo principal do OA.

A figura 17 apresenta cópia da tela inicial da Atividade 3, com suas opções de acesso:

suporte teórico e desenvolvimento (itens). Nesta tela, encontram-se também: título, conteúdo,

objetivo e método.

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Figura 17 – Cópia da tela inicial, Atividade 3

Fonte: Elaborada pelo autor (software ExeLearning)

O primeiro item da Atividade 3 se refere ao circuito resistivo, apresentado na

animação 1, e objetiva verificar se o estudante consegue relacionar as grandezas elétricas:

tensão, corrente e potência. Ao movimentar os botões de arraste dessa animação, o circuito

elétrico é modificado em função dessas alterações. No texto explicativo da animação, o

estudante é orientado a fixar o mesmo instante de tempo e interpretar o comportamento desse

circuito. As ondas do circuito foram coloridas para facilitar a sua visualização.

Esse item torna-se mais simples de ser resolvido se o estudante ler as suas opções de

resposta, movimentar as grandezas elétricas através dos botões de arraste e analisar o que está

acontecendo com os elementos do circuito.

As figuras 18, 19 e 20 são cópias do texto explicativo referente a animação 1, da

própria animação 1 e do primeiro item da Atividade 3, respectivamente.

Figura 18 – Cópia do texto explicativo da animação 1, Atividade 3

(Circuito Resistivo)

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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Figura 19 – Cópia da animação 1, Atividade 3 (Circuito resistivo)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

Figura 20 – Cópia do primeiro item, Atividade 3

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

O segundo item também é referente a animação 1 (circuito resistivo), porém inverte-se

a pergunta feita no primeiro item. Nesse item, objetiva-se verificar se o estudante é capaz de

obter o menor tempo para uma determinada frequência. Essa questão apresenta uma expressão

que o possibilita calcular o tempo em função da tensão e da frequência. O estudante precisa

manipular a expressão algébrica para encontrar o resultado pretendido. Caso seja necessário,

pode consultar o suporte teórico da Atividade 3, e esclarecer os termos da expressão desse

item, bem como a relação existente entre eles.

O terceiro e quarto itens da Atividade 3 possuem, como apoio, a animação 2,

denominada “circuito indutivo” e o suporte teórico. O estudante também pode contar com

uma “pista” para cada um desses itens, acessado pelo ícone localizado no canto superior

acima das opções de resposta, cujo objetivo é atentar o estudante para algum detalhe que faça

a diferença na resolução do item. O nosso objetivo ao propor o terceiro item dessa atividade

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foi verificar se o estudante consegue relacionar corrente e frequência, nesse tipo de circuito.

Pretendemos que ele, a partir da manipulação da animação desse item, chegue a

seguinte conclusão: ao variar a frequência, em um circuito indutivo, a sua corrente também

será alterada.

No quarto item, o estudante é orientado a fixar o mesmo instante de tempo e variar as

grandezas elétricas, para verificar o comportamento do circuito e interpretar os itens de

resposta apresentados. De acordo com o conteúdo desenvolvido neste OA até o presente

momento e o aprendizado adquirido pelo estudante, ele está apto a relacionar potência, tensão

e corrente adequadamente, para assinalar corretamente a opção P = VI.

No quinto item da Atividade 3, o estudante é orientado, inicialmente, a manusear a

animação circuito Resistor Indutor (RL) e relacionar as grandezas elétricas: resistência,

corrente e tensão. O objetivo é interpretar o comportamento desse circuito em função dessas

variações. O estudante será capaz de perceber que a corrente elétrica e a resistência são

inversamente proporcionais. Caso ele tenha alguma dúvida conceitual a respeito desse item,

poderá consultar o suporte teórico dessa atividade, pois o mesmo possui as informações

necessárias para sua resolução.

Para responder ao sexto item da Atividade 3, sugerimos que o estudante fixe os

valores de L ou R no diagrama fasorial da animação 4. O objetivo desse item consiste em

verificar se o estudante é capaz de analisar o comportamento das grandezas envolvidas nesse

diagrama, bem como o ângulo ø formado entre elas. Ele possui o ícone na parte superior das

opções de respostas denominado “pista”, dispondo de informações relevantes para auxílio na

sua resolução. Para responder a esse item corretamente, o estudante deverá recorrer aos seus

conhecimentos sobre as funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e

arco cosseno, estudadas ao longo das Atividades 2 e 3. Ele poderá consultar o suporte teórico

disponível nessa atividade, caso seja necessário.

4.3.4 Atividade 4

TÍTULO: O estudo do triângulo de potências com a utilização das funções trigonométricas

seno, cosseno e suas inversas.

CONTEÚDO: Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco seno

aplicadas ao estudo de triângulo de potências e fator de potência.

OBJETIVO: Estudar o triângulo de potências e contextualizar o uso das funções seno,

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cosseno e suas inversas em problemas relacionados à área de eletroeletrônica. A atividade está

construída com níveis diferentes de dificuldades, de modo a fixar conceitos perante o uso de

ferramentas matemáticas na análise de triângulo de potências.

DESENVOLVIMENTO: Essa atividade é composta de 5 (cinco) itens e foram utilizadas 2

(duas) animações denominadas: triângulo de potências e círculo trigonométrico adaptado. A

segunda animação concilia os conteúdos de trigonometria e triângulo de potências e nela os

eixos seno e cosseno foram substituídos pelos elementos do triângulo de potências: potência

reativa e potência ativa, respectivamente.

As animações são de fácil manuseio e auxiliam o estudante na compreensão dos itens

e na sua resolução. Os itens foram elaborados de acordo com o conteúdo abordado nos cursos

técnicos na área de eletroeletrônica, atendendo, portanto, ao objetivo principal do OA.

A figura 21 apresenta cópia da tela inicial da Atividade 4 com suas opções de acesso:

suporte teórico e desenvolvimento (itens). Nesta tela, encontram-se também a estrutura: título,

conteúdo, objetivo e método.

Figura 21 – Cópia da tela inicial, Atividade 4

Fonte: Elaborada pelo autor (software ExeLearning)

O primeiro item da Atividade 4 proporciona ao estudante utilizar os conhecimentos

prévios sobre o triângulo de potências e/ou consultar o suporte teórico disponível no menu da

atividade. Nosso objetivo ao propor esse item é verificar se o estudante identifica os

elementos do triângulo de potências e consegue correlacioná-los de forma adequada. Podemos

observar que todas as opções de respostas citam os elementos do triângulo de potências e

fazem relações entre eles.

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No segundo item da Atividade 4, o estudante é orientado a utilizar a animação 1

(triângulo de potências), fixar os valores fornecidos para a potência reativa e aparente e

observar o que ocorre com o ângulo formado entre elas. Esse item apresenta a função arco

seno cujo objetivo é verificar se ele consegue identificar o ângulo solicitado na questão. A

pergunta nesse item é a seguinte: qual é o ângulo formado entre as potências reativa e

aparente quando se fixa determinados valores para essas potências?

O terceiro item da Atividade 4 tem por objetivo relacionar as potências ativa e reativa,

o fator de potências e a corrente elétrica, bem como o ângulo formado entre as potências ativa

e reativa. O estudante é orientado a utilizar novamente a animação 1, fixando apenas a

potência reativa em 500 W e manipulando o botão de arraste até obter o valor da potência

ativa equivalente a 650 W. Assim, o valor da potência aparente fica determinado, bem como o

ângulo formado entre as representações das potências ativa e aparente.

Em outro momento, o estudante é induzido a variar o valor da potência ativa e

verificar o que ocorre com os outros elementos do triângulo de potências. Para responder a

esse item, ele deverá avaliar cada opção de resposta, saber o significado e o comportamento

do fator de potência e de corrente. Caso o estudante apresente dificuldade no conceito ou no

entendimento do fator de potência e de corrente elétrica, poderá consultar o suporte teórico

dessa atividade.

As figuras 22 e 23 trazem as cópias da animação 2 (círculo trigonométrico adaptado)

e do quarto item da Atividade 4.

Figura 22 – Cópia da animação 2, Atividade 4 (Círculo Trigonométrico Adaptado)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

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Figura 23 – Cópia do quarto item, Atividade 4

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

O quarto item da Atividade 4 utiliza a animação 2. Nela, o seno corresponde à parcela

reativa e o cosseno corresponde à parcela ativa do triângulo de potências. O objetivo desse

item é mostrar ao estudante que as representações das parcelas, reativa e ativa estão em

função do ângulo formado entre elas. Na animação 2, o estudante é orientado a variar esse

ângulo, através do botão de arraste e verificar o comportamento das parcelas ativa e reativa no

triângulo de potências. É um item de fácil entendimento que exigirá do estudante habilidade

na manipulação dessa animação e na interpretação dos resultados obtidos ao variar o ângulo.

O estudante será levado a concluir que quando a parcela reativa aumenta, o ângulo também

aumenta e quando a parcela reativa diminui o ângulo também diminui (ou seja, a parcela

reativa e o ângulo são grandezas diretamente proporcionais). A parcela ativa apresenta

proporção inversa a do ângulo, em termos de crescimento ou decrescimento.

No quinto item da Atividade 4, o objetivo é verificar se o estudante consegue

relacionar as grandezas de potência, tensão, corrente e o ângulo formado entre a corrente e a

tensão, envolvidas no problema e utilizar a função arco cosseno para calcular o ângulo

solicitado. O estudante aplicará os conhecimentos assimilados no curso da área de

eletroeletrônica, sobre grandezas elétricas mencionadas nas atividades anteriores, tais como:

corrente, tensão, fator de potência, potência reativa. Para tanto, ele pode contar, se necessário,

com o auxílio do suporte teórico disponível nessa atividade, contendo informações sobre as

grandezas envolvidas nesse item. Ao final dos cálculos, a pergunta que o estudante é levado a

elaborar é a seguinte: Qual é o ângulo cujo cosseno seja √ /2? Essa pergunta está relacionada

à função trigonométrica inversa arco cosseno, a qual foi objeto de pesquisa desse trabalho e

abordada anteriormente nas atividades 2, 3 e 4.

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5 APLICAÇÃO E ANÁLISE DAS ATIVIDADES

Neste capítulo são feitos o levantamento e a análise dos resultados obtidos na

aplicação do Objeto de Aprendizagem, composto pelas atividades propostas na pesquisa, para

parte de uma turma do curso de Eletrônica, do Centro Federal de Educação Tecnológica de

Minas Gerais - CEFET / MG, campus I.

5.1 Preparação para a aplicação das atividades de pesquisa

Na etapa seguinte foram definidos alguns passos fundamentais para direcionar os

trabalhos da etapa de aplicação do OA.

a) definir com o orientador do trabalho de pesquisa, o roteiro de aplicação das atividades

do OA, bem como os procedimentos a serem adotados após a sua aplicação.

b) elaborar um material impresso, denominado “relatório de respostas”, que servirá como

suporte para a transcrição das respostas obtidas na resolução das atividades. Neste

material o estudante também poderá colocar suas sugestões e dificuldades

apresentadas em cada item das atividades. No Apêndice A encontra-se o modelo desse

relatório.

c) elaborar um “questionário avaliativo”, composto por 4 (quatro) perguntas, no intuito

de obter dos estudantes uma avaliação do OA quanto a sua eficácia. No Anexo II

encontra-se o modelo desse questionário.

d) definir com o professor dos estudantes que realizarão as atividades: o dia para a sua

aplicação, o tempo disponível, o laboratório a ser utilizado para a realização dos

trabalhos, o curso (turma) e a quantidade de estudantes que irá participar das

atividades de pesquisa.

e) salvar, no dia anterior à aplicação, os arquivos que compõe o OA nos computadores

do laboratório a serem utilizados.

5.2 Roteiro de aplicação das atividades de pesquisa

A seguir serão descritos os passos que foram seguidos para a aplicação das atividades

do OA.

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a) explicar os objetivos do trabalho de pesquisa e sua importância para o ensino e

aprendizagem das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco

cosseno, aplicadas no ensino médio regular e nos cursos da área de eletroeletrônica. Nesse

caso, o OA foi aplicado somente para o curso de eletrônica;

b) fazer uma breve revisão do conteúdo “Funções trigonométricas inversas, arco seno e arco

cosseno”, a pedido do professor de Matemática regente da turma;

c) orientar os estudantes participantes da pesquisa sobre o funcionamento do ambiente

informatizado do OA a ser utilizado;

d) distribuir o relatório de respostas, referido no item 5.1.2 e orientar os estudantes quanto

ao objetivo e preenchimento do mesmo. Este relatório será preenchido pelos estudantes,

concomitantemente ao OA durante as atividades de pesquisa;

e) iniciar as atividades do OA e solicitar aos estudantes o registro de tempo necessário para a

solução de cada atividade, em local definido;

f) solicitar a quatro estudantes voluntários o preenchimento do questionário avaliativo.

5.3 Público alvo para aplicação dessa pesquisa

Essa pesquisa foi aplicada para um grupo de estudantes do curso de Eletrônica, 2° ano,

ELT 2C, do turno tarde, CEFET MG, Campus I. A escolha dessa turma se deu em função da

disponibilidade de horário da turma e pela evolução do conteúdo desenvolvido na disciplina

de Matemática. Esse grupo foi composto por 21 (vinte e um) estudantes e eles se inscreveram

de forma voluntária durante a aula do professor de Matemática, regente da turma.

5.4 Metodologia utilizada na aplicação das atividades

O tratamento dos dados coletados na aplicação das atividades foi feito a partir da

análise de erros como metodologia de investigação e avaliação.

Em Cury (2013), o trabalho investigativo sobre as respostas, em um primeiro

momento, pode levar em conta a tarefa inicial de correção, entretanto é necessário ter um

objetivo na pesquisa e o levantamento de questões que possam ser investigadas.

Mesmo com a informatização das atividades e recursos computacionais disponíveis

para interação entre o estudante e o OA, foi utilizada nesta Pesquisa a abordagem qualitativa

com a observação dos participantes.

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As quatro atividades foram elaboradas com questionários de múltipla escolha com a

padronização de quatro opções de resposta para cada item, sendo apenas uma delas a opção

correta. Para cada alternativa incorreta marcada pelo estudante pesquisado, uma mensagem

aparece na tela. Se a resposta estiver correta, aparecerá na tela a mensagem “Opção correta!

Parabéns.”. Se a resposta estiver incorreta, aparecerá na tela uma mensagem de orientação ao

estudante, contendo informações adicionais ou sugestões para o mesmo explorar o suporte

teórico do OA. Dessa forma, o estudante terá maior probabilidade de acertar o item na

próxima tentativa.

Caso o estudante acerte o item na primeira tentativa, consideramos que ele teve êxito

nesse item, fazendo o uso do ambiente informatizado de forma adequada. Se ele acerta na

segunda ou terceira tentativas, consideramos que o estudante fez uso com êxito das

ferramentas de interação e de apoio teórico, disponibilizadas no OA. Acertando na quarta

tentativa, percebemos que o ambiente informatizado e as ferramentas de apoio e interação do

OA não foram suficientes para o estudante obter êxito no item, considerando assim,

estatisticamente, que na quarta tentativa o estudante chega à alternativa correta por eliminação

das três tentativas anteriores.

As quatro atividades foram corrigidas e tabuladas relacionando o número de tentativas

necessárias para se chegar à resposta correta em cada item. Sendo assim, foi feito um

tratamento estatístico das respostas encontradas e, posteriormente, uma análise dos resultados

obtidos.

No Relatório de Respostas encontra-se uma categorização das possíveis dificuldades

cometidas pelos estudantes, que provavelmente os levaram ao erro em determinado item. Os

tipos de categorias são descritas a seguir:

a) incompreensão do enunciado: relacionada à dificuldade de interpretação do

enunciado e/ou dos dados disponíveis no item;

b) dificuldade no conteúdo: relacionada à defasagem do conteúdo assimilado, possíveis

erros na manipulação algébrica ou falta de compreensão dos dados fornecidos no item

da atividade;

c) falta de coerência da resposta com os dados da atividade: relacionada à

inconsistência entre a resposta e os dados;

d) incompreensão do ambiente informatizado: relacionada à dificuldade no manuseio

dos recursos disponíveis no OA.

É importante ressaltar que os estudantes poderiam cometer mais de um tipo de erro na

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resolução de cada item. Dessa forma, a contagem final leva em conta que pode ter ocorrido

mais de um erro no mesmo item.

5.5 Descrição da aplicação das atividades

A aplicação das atividades ocorreu conforme o roteiro descrito anteriormente, de

forma tranquila e produtiva. No momento do início da aplicação, um estudante passou a

integrar o grupo, mesmo não estando inscrito anteriormente.

Figura 24 – Início da aplicação do OA

Fonte: Arquivo do autor

Os estudantes deram início às atividades no horário previsto. Eles se assentaram em

dupla devido à disposição dos equipamentos, entretanto cumpriram o que foi proposto de

forma individual.

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Figura 25 – Estudantes realizando as atividades (em dupla)

Fonte: Arquivo do autor

Uma estudante relatou que o 3° item da Atividade 2 apresentava duas respostas com a

letra B. Nesse momento, a turma foi informada que se tratava de um erro de digitação e que

era para considerar, entre as opções repetidas, a primeira com B e a segunda como C.

Figura 26 – Momento em que a estudante relata à respeito das duas opções iguais

Fonte: Arquivo do autor

Os dois primeiros estudantes que terminaram as atividades entregaram os relatórios de

resposta às 18h. Foi solicitado que um deles preenchesse o questionário avaliativo.

Até às 18:10h, 13 (treze) estudantes já haviam terminado as atividades e entregues os

relatórios de respostas preenchidos.

O estudante A.C.S. ao entregar o questionário avaliativo, às 18:23h, relatou que achou

as dicas muito importantes, quando se errava o item. Segundo ele, as dicas ajudaram a

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compreender o item para fazer uma nova tentativa.

Às 18:37h haviam ainda 3 (três) estudantes respondendo os itens da atividade 4.

Os 2 (dois) últimos estudantes entregaram os relatórios de respostas e concluíram os

trabalhos exatamente às 18:40h, horário previsto para o término dos trabalhos.

A duração da aplicação das atividades foi de 2 horas, iniciando às 16:40 h e

finalizando às 18:40 h.

A maioria dos estudantes, ao sair do laboratório, relatou que a participação no trabalho

de pesquisa foi muito satisfatória e prazerosa. Percebe-se que o trabalho atendeu as

expectativas dos mesmos e que eles acharam muito interessante ter uma ferramente

computacional que aborde determinados conteúdos do seu curso.

O resultado da tabulação e sua análise, referentes às atividades aplicadas, apontaram

algumas correções e reformulações a serem feitas em alguns itens. Essas adaptações serão

feitas no Produto Final da Dissertação e os itens originais de aplicação farão parte do apêndice

da dissertação.

5.6 Tabulação e análise dos resultados por atividade

A seguir, tabelas de frequências dos números de acertos por item em cada atividade e

análise desses resultados.

5.6.1 Atividade 1 – Introdução às funções inversas

A tabela 5 apresenta a frequência do número de estudantes que acertou cada item

dessa atividade, de acordo com o número de tentativas.

Tabela 5 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item,

Atividade 1

1ª tentativa 2ª tentativa 3ª tentativa 4ª tentativa

1° Item 16 4 1 0

2° Item 21 0 0 0

3° Item 19 2 0 0

4° Item 5 8 5 3

5° Item 8 11 2 0

6° Item 11 3 4 3

Fonte: dados da pesquisa

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De acordo com a tabela 5, percebemos que:

a) O 2° item, que trata da obtenção da função a partir dos dados do problema, obteve o

número máximo de acertos na primeira tentativa. Concluímos, portanto, que os estudantes

alcançaram, nesse item, um excelente resultado. Podemos inferir que os mesmos foram

capazes de compreender o enunciado e os dados, construir a expressão exigida, entender e

manipular o OA.

b) O item de pior desempenho foi o 4° Item, que trata de “conceitos básicos sobre função -

domínio, contra domínio e definição”. Neste item, apenas 24% (vinte e quatro por cento)

dos estudantes acertaram na primeira tentativa e 14% acertaram na quarta tentativa. Isso

sugere que os 3 (três) estudantes que acertaram na quarta tentativa provavelmente o

fizeram por exclusão. Podemos inferir que esses estudantes não compreenderam e não

souberam resolver esse item. Ao revisitar esse item, percebemos que ele exige uma

compreensão do problema inicial “máquina de transformação numérica” e a compreensão

da animação 1, que pretende retratar esse problema em termos dos conjuntos envolvidos

na questão (domínio e contra domínio).

c) No 6° item, 52% (cinquenta e dois por cento) dos estudantes acertaram na primeira

tentativa e não relataram ter nenhuma dificuldade. No entanto, 48% (quarenta e oito por

cento) dos estudantes não acertaram na primeira tentativa. Dentre esses: 2 (dois) não

assinalaram nenhuma dificuldade, 4 (quatro) assinalaram ter dificuldade no conteúdo

abordado, 2 (dois) assinalaram dificuldade de incompreensão no enunciado e 1 (um)

assinalou dificuldade no conteúdo abordado e na incompreensão do enunciado. Esse item,

portanto, não traz preocupação no que diz respeito ao OA proposto, uma vez que nenhum

estudante assinalou ter dificuldade na incompreensão do ambiente informatizado.

As figuras 27, 28 e 29 representam cópias referentes ao 4° item da Atividade 1, texto

explicativo da animação bissetriz e própria animação bissetriz. O objetivo dessas cópias é

confirmar que a linguagem utilizada não foi de fácil entendimento, porém, o gráfico 1

demonstra que não houve dificuldade por parte dos estudantes quanto ao ambiente

informatizado, o que indica que a animação atendeu aos objetivos por ela propostos neste

item.

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Figura 27 – Cópia do 4° item, Atividade 1

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

Figura 28 – Cópia do texto explicativo da Animação1, Atividade 1

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

Figura 29 – Cópia da Animação, Atividade 1 (Bissetriz)

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

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O gráfico 1 apresenta o resultado da tabulação das frequências relativas aos tipos de

dificuldades por item, da Atividade 1.

Gráfico 1 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 1

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 1, podemos afirmar que:

a) O ambiente informatizado atendeu às expectativas de forma adequada, pois apenas 1 (um)

estudante, equivalente a 4,8% (quatro, vírgula oito por cento) do total, apresentou

dificuldade no 5° item.

b) O OA mostrou-se eficaz quanto aos itens 1, 2 e 3, pois o número de dificuldades nesses

itens não foi grande, sendo apenas 1 (uma).

c) Em relação aos itens 4, 5 e 6, pode-se ter a seguinte análise: O OA apresenta-se eficaz,

pois 12 (doze) estudantes assinalaram dificuldade no conteúdo abordado e este fato

compromete o entendimento do enunciado.

Incompreensãodo Enunciado

Dificuldade noconteúdoabordado

Falta decoerência da

resposta com osdados daatividade

Incompreensãodo ambiente

informatizado

1° Item 1 1 0 0

2° Item 0 0 0 0

3° Item 0 0 0 0

4° Item 5 5 0 0

5° Item 5 2 2 1

6° Item 4 5 1 0

0

1

2

3

4

5

Qu

anti

dad

e a

ssin

alad

a

Tipos de dificuldades

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Algumas considerações:

a) Dois estudantes não marcaram nenhum tipo de dificuldade e não erraram nenhum item da

Atividade 1.

b) Oito estudantes erraram alguns itens relacionados a seguir e não justificaram (assinalaram)

o tipo de dificuldade apresentada.

A orientação dada pelo pesquisador no início da aplicação do OA foi que se o estudante

não acertasse o item na primeira tentativa, assinalasse, no relatório de respostas, o tipo de

dificuldade apresentada. Essa orientação foi repetida pelo pesquisador por várias vezes

durante a aplicação das atividades.

A seguir a relação desses itens:

Estudante A) 3°, 4° e 5° itens

Estudante B) 4° e 6° itens

Estudante C) 1°, 3° e 4° itens

Estudante D) 1° item

Estudante E) 4° e 5° itens

Estudante F) 4° item

Estudante G) 1°, 4°, 5° e 6° itens

Estudante H) 5° item

c) O tempo médio gasto pelos estudantes na execução da Atividade 1 foi de 12min e 25 seg.

A seguir encontram-se as transcrições dos comentários que os estudantes fizeram

no relatório de respostas, na íntegra, à respeito da Atividade 1.

Transcrição dos comentários feitos pelos estudantes no espaço

reservado para sugestões, críticas e outros, do relatório de respostas

A matéria ainda não foi estudada por nós. (estudante L.C.)

Muito bem feita. Ótima plataforma. (estudante G.A.G.P.)

Atividade muito tranquila. (estudante V.S.C.L. de S.)

Tabela e gráfico não funcionava corretamente. (estudante F.R.M.)

Atividade bem elaborada, ilustrada e bem feita. (estudante P.R.G.)

Atividade interessante e serve para aumentar o potencial de estudo, mas poderia

ser incluídas mais questões nela. (estudante G.C.G.)

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Importância da dica para a compreensão. (estudante A.C.S.)

Não houve nenhuma dificuldade na compreensão da atividade. (estudante L.M.A.)

Observações:

a) Onze estudantes não fizeram nenhum registro nesse espaço.

b) O estudante C.B.S.S. teve dificuldade, mas não relatou qual foi.

5.6.2 Atividade 2 – Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas

A tabela 6 apresenta a frequência da quantidade de estudantes que acertou cada item

dessa atividade, de acordo com o número de tentativas.

Tabela 6 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item, Atividade 2

1ª tentativa 2ª tentativa 3ª tentativa 4ª tentativa

1° Item 20 1 0 0

2° Item 18 2 1 0

3° Item 21 0 0 0

4° Item 18 0 3 0

5° Item 15 5 1 0

6° Item 12 3 5 1

7° Item 12 5 4 0

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com a tabela 6, percebemos que:

a) O 3° Item, que trata da introdução da função inversa arco seno, por meio de uma

animação, obteve um número máximo de acertos na primeira tentativa. Esse resultado já

era previsível, pois a linguagem utilizada foi de fácil entendimento e a sua animação

consegue descrever o seu objetivo de forma eficaz. Podemos concluir, portanto, que para

este item, o OA cumpriu o seu papel como instrumento de ensino e aprendizagem de

forma satisfatória.

b) O 1° item apresentou um resultado semelhante ao do 3° item, diferindo apenas pelo fato

de 1 (um) estudante ter acertado este item na segunda tentativa. equivalente a 5% (cinco

por cento). Portanto a análise deste item é similar à do 3° item.

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c) O item de pior desempenho por parte dos estudantes foi o 6° item, que refere ao estudo da

função f(x) = sen(x) e da sua inversa g(x) = arcsen(x), apresentadas na animação deste

item. É importante ressaltar que 12 (doze) estudantes acertaram esse item na primeira

tentativa, correspondendo 57% (cinquenta e sete por cento). No entanto, 5 (cinco)

estudantes acertaram na 3ª tentativa e 1 (um), na 4ª tentativa.

d) Ao observar os dados e sua animação, podemos inferir que alguns estudantes não

compreenderam, de forma adequada, a linguagem utilizada para os intervalos, fornecidos

nas respostas, bem como o comportamento das funções seno e arco seno ao variar o

ângulo.

e) O 7° item apresentou resultado similar ao do 6° item.

As figuras 30, 31 e 32 apresentam cópias do 3° item da Atividade 2. O objetivo é

confirmar que a linguagem utilizada é de fácil entendimento e que a animação conseguiu

auxiliar o estudante na resolução deste item, de forma eficaz.

Figura 30 – Cópia do texto explicativo da Animação 2, 3° item, Atividade 2

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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115

Figura 31 – Cópia da Animação 2, 3° item, Atividade 2 (Escolha o Seno)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

Figura 32 – Cópia do enunciado do 3° item, Atividade 2

Fonte: Elaborada pelo autor (software ExeLearning)

As figuras 33 e 34 apresentam cópias do 6° item, da Atividade 2, com a sua animação

e enunciado. O objetivo é confirmar que a linguagem utilizada não é de fácil entendimento e a

animação não conseguiu auxiliar o estudante na resolução deste item, de forma eficaz.

Page 103: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS … · DIAGRAMA 2 – Função injetiva ... Resultado da análise dos livros citados em relação às funções sobrejetiva, injetiva e

116

Figura 33 – Cópia da Animação do 6° item, Atividade 2 (Seno e Arco Seno)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

Figura 34 – Cópia do enunciado do 6° item, Atividade 2

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

O gráfico 2 apresenta o resultado da tabulação das frequências relativas aos tipos de

dificuldades por item, da Atividade 2.

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117

Gráfico 2 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 2

Fonte: Dados da pesquisa

Incompreensãodo Enunciado

Dificuldade noconteúdoabordado

Falta decoerência daresposta comos dados da

atividade

Incompreensãodo ambiente

informatizado

1° Item 0 1 0 0

2° Item 1 1 0 0

3° Item 0 0 0 0

4° Item 0 2 1 0

5° Item 2 2 0 0

6° Item 4 4 0 0

7° Item 3 5 0 0

012345

Qu

anti

dad

e a

ssin

alad

a

Tipos de dificuldades

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118

De acordo com o gráfico 2, percebemos:

a) Os estudantes alcançaram no 3° item um resultado excelente em todos os quesitos:

compreensão do enunciado e dos dados, domínio do conteúdo abordado, construção da

expressão exigida, entendimento e manipulação do OA. Isso pode ser facilmente

observado, pois todos os estudantes realizaram este item sem nenhuma dificuldade.

b) No 6° item podemos observar que houve 4 (quatro) estudantes assinalando dificuldades de

compreensão no enunciado do item, que corresponde a 19% (dezenove por cento) e quatro

com dificuldades no conteúdo abordado no item. Nenhum estudante assinalou ter

dificuldades no ambiente informatizado ou na incompreensão/coerência das respostas

fornecidas nesse item.

Portanto, podemos ter a seguinte análise: O OA apresenta-se eficaz, pois pela tabela 2,

15 (quinze) estudantes acertaram este item até a segunda tentativa. Quatro estudantes

assinalaram ter dificuldade no conteúdo abordado, fato esse que compromete o entendimento

do enunciado, mas não se refere à compreensão do OA.

Algumas considerações:

a) Três estudantes não marcaram nenhum tipo de dificuldade e não erraram nenhum item da

Atividade 2.

b) Seis estudantes erraram alguns itens relacionados a seguir e não justificaram (assinalaram)

o tipo de dificuldade apresentada.

A seguir encontra-se a relação desses itens:

Estudante A) 5°, 6° e 7° itens

Estudante B) 7° item

Estudante C) 6° item

Estudante D) 7° item

Estudante E) 2° item

Estudante F) 1°, 5° e 6° itens

c) O tempo médio gasto pelos estudantes na execução da Atividade 2 foi de 13min e 25 seg.

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119

A seguir, encontram-se as transcrições dos comentários que os estudantes fizeram no

relatório de respostas, na íntegra, a respeito da Atividade 2.

Transcrição dos comentários feitos pelos estudantes no espaço

Reservado para sugestões, críticas e outros, do relatório de respostas,

Aumentar o tamanho da letra nos gráficos. (estudante Y.S.)

Muito bem feito. Ótima plataforma. (estudante G.A.G.P.)

Muito legal. Os gráficos ajudam na compreensão do enunciado e exercício.

(estudante F.R.M.)

Bem elaborada e facilitada pela animação, que é bem explicativa. (estudante

G.C.G.)

Enunciado de fácil entendimento no item 5 dessa atividade. (estudante D.R.S.)

Erro de interpretação devido a semelhança entre as opções. (estudante P.P.M.Z.C)

As animações ajudaram em muito na compreensão. (estudante L.M.P.)

Observações:

a) Doze estudantes não fizeram nenhum registro nesse espaço.

b) Os comentários dos estudantes foram satisfatórios, em sua grande maioria.

5.6.3 Atividade 3 – Aplicação das funções trigonométricas Seno, Cosseno e suas inversas,

Arco Seno e Arco Cosseno em circuitos elétricos

A tabela 7 (sete) apresenta a frequência do número de estudantes que acertou cada

item da Atividade 3, de acordo com o número de tentativas.

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120

Tabela 7 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item

1ª tentativa 2ª tentativa 3ª tentativa 4ª tentativa

1° Item 17 3 1 0

2° Item 12 5 4 0

3° Item 18 1 2 0

4° Item 20 1 0 0

5° Item 18 1 2 0

6° Item 11 8 2 0

Fonte: dados da pesquisa

De acordo com a tabela 7, percebemos que:

a) Nenhum estudante necessitou da quarta tentativa para acertar os itens propostos nessa

atividade.

b) Os estudantes tiveram um excelente desempenho no 4° item, pois todos eles acertaram

esse item utilizando apenas uma tentativa, exceto 1 (um) que necessitou de duas

tentativas. Esse resultado corresponde a 95% (noventa e cinco por cento) do grupo que

acertou o 4° item na primeira tentativa. O item em questão refere-se à manipulação de um

circuito indutivo representado em uma animação e a obtenção da relação entre tensão,

corrente e potência, para um mesmo instante de tempo. De acordo com o desempenho

apresentado pelos estudantes, esse item atendeu satisfatoriamente aos objetivos por ele

proposto.

c) Os estudantes obtiveram os seus piores desempenhos nessa atividade, no 2° e 6° itens,

necessitando de até três tentativas para acertá-los. Observando o gráfico 2, ambos os itens

apresentam 1 (um) estudante que não compreendeu o ambiente informatizado, o que torna

esses itens preocupantes. Apesar de se tratar de apenas 5% (cinco por cento) do grupo

total, entendemos que o OA “ambiente informatizado” não pode ser um dos causadores de

dúvida durante a execução da atividade proposta, é uma ferramenta de auxílio e um

facilitador para o estudante.

d) No 6° item, nenhum estudante necessitou da quarta tentativa para acertá-lo, porém 8 (oito)

deles acertaram utilizando duas tentativas e 2 (dois) gastaram três tentativas. Isso equivale

a 48% (quarenta e oito por cento) do total do grupo. Apenas 11 (onze) estudantes

acertaram na primeira tentativa, o que corresponde a 52% (cinquenta e dois por cento).

Conjugando os resultados dos acertos na primeira e segunda tentativas, obtém-se um total

percentual de 90% (noventa por cento) dos estudantes acertando esse item na primeira ou

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121

na segunda tentativa. Concluímos que esse resultado não é comprometedor, mas requer

uma atenção especial para esse item. Esse fato nos motiva a fazer uma releitura desse item

e algumas modificações, simples, mas necessárias.

As figuras 35, 36 e 37 apresentam cópias do 2° item, Atividade 3, com a sua animação

e enunciado. Os objetivos são: verificar a linguagem utilizada e a sua animação, propostas

para a resolução deste item e a possível identificação das dificuldades ocasionadas.

Figura 35 – Cópia do texto explicativo da Animação do 2° item, Atividade 3

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

Figura 36 – Cópia da Animação do 2° item, Atividade 3 (Circuito Resistivo)

Fonte: Elaborada pelo autor (software GeoGebra)

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122

Figura 37 – Cópia do enunciado do 2° item, Atividade 3

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

O 2° item dessa atividade refere-se a um “circuito resistivo”, no qual o estudante

deverá manipulá-lo de forma adequada e obter os dados necessários e utilizá-los na expressão

disponível para a resolução da questão. Nesse item, constatamos que 7 (sete) estudantes

assinalaram ter dificuldade na compreensão do seu enunciado, sugerindo, portanto,

deficiência na interpretação desse item.

Esse fato pode ser confirmado no gráfico 3. Outra dificuldade apresentada por parte de

3 (três) estudantes, confirmada também no gráfico 3, diz respeito ao conteúdo abordado, o que

infere problema na manipulação algébrica, por parte de alguns estudantes. Esse fato se dá, por

se tratar de uma expressão com certo grau de complexidade e envolver dados de uma função

trigonométrica inversa arco seno.

O gráfico 3 apresenta o resultado da tabulação das frequências relativas aos tipos de

dificuldades por item, da Atividade 3.

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123

Gráfico 3 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 3

Fonte: Dados da pesquisa

De acordo com o gráfico 3, percebemos que:

a) Nenhum estudante assinalou ter dificuldade alguma em relação ao 4° item, o que deixa

claro que esse item atingiu o seu objetivo de forma satisfatória em todos os quesitos

exigidos da atividade.

b) Sete estudantes expressaram dificuldades em compreender o enunciado referente ao 2°

item, o que motiva uma reformulação do mesmo nesse aspecto.

c) Apesar de haverem 3 (três) marcações na coluna de incompreensão do ambiente

informatizado, apenas 2 (dois) estudantes assinalaram esse tipo de dificuldade; um deles

assinalou no 2° e 5° itens e o outro marcou no 6° item.

Algumas considerações:

a) Em relação à Atividade 3, 5 (cinco) estudantes não assinalaram nenhum tipo de

dificuldade e não erraram nenhum item, o que sugere um excelente aproveitamento desses

estudantes nessa atividade.

Incompreensãodo Enunciado

Dificuldade noconteúdoabordado

Falta decoerência da

resposta com osdados daatividade

Incompreensãodo ambiente

informatizado

1° Item 2 0 1 0

2° Item 7 3 0 1

3° Item 3 0 0 0

4° Item 0 0 0 0

5° Item 0 1 0 1

6° Item 1 3 0 1

01234567

Qu

anti

dad

e a

ssin

alad

a

Tipos de dificuldades

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124

b) Nessa atividade, 5 (cinco) estudantes, descritos a seguir, não acertaram os itens ora

relacionados na primeira tentativa e não justificaram (assinalaram) o tipo de dificuldade

apresentada.

A seguir, a relação desses itens:

Estudante A) 1° e 6° itens

Estudante B) 4°, 5° e 6° itens

Estudante C) 6° item

Estudante D) 6° item

Estudante E) 6° item

c) Observamos que nenhum dos 5 (cinco) estudantes, mencionados anteriormente, acertaram

o 6° item na primeira tentativa. De acordo com o gráfico 3, esse dado aumenta em 100%

(cem por cento) a quantidade de estudantes que apresentaram alguma dificuldade nesse

item, da Atividade 3.

d) O tempo médio gasto pelos estudantes na execução da Atividade 3 foi de 13min e 12

seg.

A seguir, encontram-se as transcrições dos comentários que os estudantes fizeram no

relatório de respostas, na íntegra, a respeito da Atividade 3.

Transcrição dos comentários feitos pelos estudantes no espaço

reservado para sugestões, críticas e outros, do Relatório de Respostas.

Os gráficos ajudaram muito na compreensão e fixação do conteúdo visto em sala

de aula, como por exemplo: o comportamento do Circuito RL (estudante

V.H.L.S.).

Aumentar o tamanho dos números e das letras na animação (estudante A.M.O.).

Conteúdo muito simples (estudante C.B.S.S.).

Muito bem feito. Ótima plataforma (estudante G.A.G.P.).

Enunciado do item 1 ficou muito confuso (aluno F.R.M.).

Série de exercícios muito bem elaborada e coerente com o conteúdo abordado. As

animações são muito boas, principalmente na parte de Circuito Indutivo, que é um

conteúdo que costuma gerar dúvida (estudante G.C.G.).

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125

Atividade muito interessante que serviu para fixar alguns conteúdos trabalhados na

disciplina de circuitos elétricos II, mostrando graficamente como ocorre o

funcionamento de um indutor, por exemplo. Serviu para ilustrar alguns conceitos

trabalhados em sala, além de explorar várias curiosidades que o programa nos

oferece (estudante P.P.M.Z.C.).

Atividade bem ilustrada e suporte teórico bem explicativo (estudante P.R.C.).

Muito interessantes, as animações (estudante V.S.C.L. da S.).

Observações:

a) Onze estudantes não fizeram nenhum registro nesse espaço.

b) Em relação aos comentários feitos pelos estudantes, percebe-se que a grande maioria

foi satisfatório, o que demonstra que o OA atingiu o objetivo para o qual ele foi

desenvolvido.

c) O estudante A.M.O. comentou que deveria aumentar o tamanho das letras e números.

d) Porém, ao observar esse aspecto da atividade, avalia-se como uma necessidade

particular,

pois não houve nenhum outro comentário a esse respeito e o tamanho da letra está no

padrão exigido.

5.6.4 Atividade 4 – Aplicação das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas,

arco seno e arco cosseno no triângulo de potências

A tabela 8 apresenta a frequência do número de estudantes que acertou cada item

dessa atividade, de acordo com o número de tentativas.

Tabela 8 – Frequência do número de acertos por tentativa em cada item, Atividade 4

1ª tentativa 2ª tentativa 3ª tentativa 4ª tentativa

1° Item 16 5 0 0

2° Item 19 2 0 0

3° Item 8 10 0 3

4° Item 21 0 0 0

5° Item 15 4 2 0

Fonte: Dados da pesquisa

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126

De acordo com a tabela 8, percebemos que:

a) O 4° item dessa atividade teve o número total de acertos na primeira tentativa e, de

acordo com o gráfico 4, nenhum estudante apresentou dificuldade na resolução desse

item. Pode-se concluir, portanto, que esse item atendeu perfeitamente aos objetivos

por ele proposto. Ele se refere ao do triângulo de potências e possui uma animação que

envolve o “círculo trigonométrico adaptado a um triângulo de potências”.

b) Os estudantes tiveram o pior desempenho no 3° item dessa atividade. Ele trata da

relação entre as potências ativa e reativa, fator de potência, corrente e o ângulo

formado entre as potências do triângulo de potências, a partir de uma animação. Na

tabela 4 pode-se constatar que 10 (dez) estudantes acertaram esse item na segunda

tentativa. Além disso, 3 (três) acertaram esse item apenas na quarta tentativa,

significando, portanto, que provavelmente acertaram por exclusão das três primeiras

opções de resposta.

c) Somando-se os acertos da 2ª e 4ª tentativas, obtidos pelos estudantes, temos o

equivalente a 62% (sessenta e dois por cento). Esse percentual sugere a quantidade de

estudantes que não entenderam esse item adequadamente para acertá-lo na primeira

tentativa.

d) Os demais itens dessa atividade tiveram resultados satisfatórios, com quantidade de

acertos, concentrados na primeira e segunda tentativas, acima de 90% (noventa por

cento), portanto não serão analisados.

Os estudantes tiveram melhor desempenho no 4° item da Atividade 4. As figuras 38

e 39 representam cópias do enunciado e da animação desse item.

Figura 38 – Cópia do enunciado do 4° item, Atividade 4

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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127

Figura 39 – Cópia da Animação do 4° item, Atividade 4 (Círculo Trigonométrico

Adaptado)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Os estudantes tiveram pior desempenho no 3° item da Atividade 4. As figuras

40 e 41 representam cópias do enunciado e da animação desse item, para conhecimento e

efetuar as alterações que se fizerem necessárias.

Figura 40 – Cópia do enunciado do 3° item, Atividade 4

Fonte: Elaborado pelo autor (software ExeLearning)

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128

Figura 41 – Cópia da Animação do 3° item, Atividade 4 (Triângulo de Potências)

Fonte: Elaborado pelo autor (software GeoGebra)

O gráfico 4 apresenta o resultado da tabulação das frequências relativas aos tipos de

dificuldades por item, da Atividade 4.

Gráfico 4 – Tipos de dificuldades dos estudantes, Atividade 4

Fonte: Dados da pesquisa

Incompreensãodo Enunciado

Dificuldade noconteúdoabordado

Falta decoerência da

resposta com osdados daatividade

Incompreensãodo ambiente

informatizado

1° Item 1 2 0 0

2° Item 1 1 0 1

3° Item 4 3 0 2

4° Item 0 0 0 0

5° Item 0 3 0 0

0

1

2

3

4

Qu

anti

dad

e a

ssin

alad

a

Tipos de dificuldades

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129

De acordo com o gráfico 4, percebemos que:

a) por se tratar de um conteúdo em que 43% (quarenta e três por cento) dos estudantes

afirmaram ter dificuldade, podemos inferir que o 4° item foi auto instrutivo e que o

ambiente informatizado cumpriu, de forma adequada, o seu papel de OA, proporcionando

ao estudante uma aprendizagem do conteúdo abordado, a partir do próprio item proposto e

de seus recursos;

b) no 3° item, percebemos 9 (nove) sinalizações de dificuldades, porém um estudante

assinalou ter dificuldade em dois quesitos, dificuldade no conteúdo abordado e

incompreensão do ambiente informatizado, devendo-se considerar, portanto, que 8 (oito)

estudantes assinalaram ter alguma dificuldade na resolução do 3° item da Atividade 4.

Dois estudantes apresentaram dificuldades no ambiente informatizado - OA, o que nos

remete a fazer algumas adaptações nesse item. Pretendemos com isso, atingir

satisfatoriamente a totalidade dos estudantes, no que diz respeito à sua compreensão e

manipulação;

c) continuando a análise dos resultados obtidos no 3° item da Atividade 4, constata-se que, a

partir de dados disponíveis no Relatório de Respostas, 5 (cinco) estudantes tiveram

alguma dificuldade nesse item, porém não assinalou nenhuma opção nesse sentido.

Somando-se os dois grupos: os 8 (oito) estudantes que assinalaram ter alguma dificuldade

e os 5 (cinco) que não assinalaram, tem-se um resultado constando 62% (sessenta e dois

por cento) dos estudantes apresentaram alguma dificuldade nesse item.

Algumas considerações:

a) ao dialogar com alguns estudantes, após a aplicação das atividades, a respeito do OA e

do curso que estão fazendo, eles disseram não ter estudado ainda o conteúdo

“triângulo de potências”, mas que têm uma boa noção a respeito do mesmo e que faz

parte do seu programa de curso. Alguns desses estudantes acharam o contato prévio

com esse conteúdo muito importante.

b) três estudantes acertaram todos os itens da Atividade 4 e não assinalaram nenhum tipo

de dificuldade. Essas informações sugerem que 14% (quatorze por cento) dos

estudantes que se submeteram a essa atividade compreenderam perfeitamente todos os

quesitos exigidos para sua interpretação, manipulação e execução dos itens propostos.

c) sete estudantes não acertaram algum item da Atividade 4 na primeira tentativa e não

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130

justificaram (assinalaram) o tipo de dificuldade apresentada.

d) a seguir, a relação desses itens:

Estudante A) 1° e 3° itens

Estudante B) 5° item

Estudante C) 1° e 3° itens

Estudante D) 5° item

Estudante E) 3° item

Estudante F) 3° item

Estudante G) 3° item

e) O tempo médio gasto pelos estudantes na execução da Atividade 4, foi de 12min e 20 seg.

A seguir encontram-se as transcrições dos comentários que os estudantes fizeram

no relatório de respostas, na íntegra, a respeito da Atividade 4.

Transcrição dos comentários feitos pelos estudantes no espaço

reservado para sugestões, críticas e outros, do relatório de respostas.

Essencial para reforçar o conteúdo da disciplina de circuito elétricos II (estudante

L.M.A.).

As animações ajudaram na compreensão (estudante V.S.C.L. da S.).

Interessante. As questões conseguiram uma excelente interação entre os conteúdos

de trigonometria e eletricidade (estudante G.C.G.).

Muito bem elaborado (estudante P.R.G.).

O conteúdo abordado não foi visto pela turma, mas não era de difícil compreensão,

entretanto a animação não apresentou o tipo de potência em um dos eixos,

podendo causar equívocos (estudante A.C.S.).

Os gráficos ajudaram na compreensão das questões da atividade (estudante

C.B.S.S.).

Muito bacana. Serviu para explorar algumas curiosidades sobre o assunto

abordado, além de tirar algumas dúvidas sobre o conteúdo e fixá-lo (estudante

P.P.M.Z.C.).

Gostei muito do ambiente criado, porém, especificamente nessa atividade tive um

pouco de dificuldade, já que ainda não estudei os triângulos de potência. Mesmo

assim foi possível fazer e analisar as atividades pela facilidade que a ferramenta

OA trouxe (estudante I.B.F.G.).

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131

Gostei de participar e acho que será útil (estudante P.R.T.P.).

Animações boas, mas um pouco confusas (estudante L.M.P.).

Observação:

Onze estudantes não fizeram nenhum registro nesse espaço.

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133

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Inicialmente, esta Pesquisa de Mestrado voltou-se à criação de um OA, que buscasse

uma alternativa eficaz ao ensino das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas,

arco seno e arco cosseno, com as aplicações na educação profissional técnica. Para tanto,

procuramos aprofundar as leituras sobre sequência didática, informática educativa, objetos de

aprendizagem e ensino das funções acima citadas.

O que nos impulsionou ao presente estudo foi a seguinte questão: Como elaborar e

utilizar recursos informatizados adequados, na forma de um OA para auxiliar o estudante na

melhoria de sua aprendizagem em relação às funções trigonométricas seno, cosseno e suas

inversas, arco seno e arco cosseno, no ensino médio e nos cursos técnicos da área de

eletroeletrônica?

Com o intuito de alcançar esse objetivo e obter uma aprendizagem eficaz no estudo

dessas funções, definimos objetivos específicos. A seguir discorreremos sobre o

desenvolvimento dessa pesquisa, em vista a esses objetivos.

1º Objetivo: Identificar nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional

Técnica de Nível Médio, a contribuição das TIC´s – Tecnologias da Comunicação e

Informação, na formação do Técnico.

Inicialmente, recorremos aos PCN´s - Parâmetros Curriculares Nacionais para o

Ensino Médio (BRASIL, 1999) e obtivemos a compreensão de que à medida que a sociedade

se desenvolve, aumenta-se a importância do ensino da Matemática devido as suas

especificidades. No processo de ensino e aprendizagem dos conteúdos matemáticos, o

estudante deve ter autonomia e capacidade de pesquisa e deve ser agente responsável pela

aquisição de seu conhecimento. Assim, aprender é condição básica para prosseguir

aperfeiçoando-se ao longo da vida.

Utilizamos também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional

de Nível Técnico, que cita em seu interior o capítulo 3, seção I, artigo 214, da Constituição

Federativa do Brasil, em sua 4ª edição, em 1992, que diz: “A lei estabelecerá o plano nacional

de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em

seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público, que conduzam à”:

Page 121: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS … · DIAGRAMA 2 – Função injetiva ... Resultado da análise dos livros citados em relação às funções sobrejetiva, injetiva e

134

a) Formação para ao trabalho

b) Promoção humanística científica e tecnológica do país

c) Educação profissional de nível técnico

Nessa Pesquisa analisamos também que o indivíduo precisa se capacitar para enfrentar

os desafios trazidos pela nova concepção da informação e a escola é um lugar privilegiado

para sua preparação. Quando há um trabalho eficaz, essa informação pode se transformar em

conhecimento. O resultado desse trabalho de Mestrado demonstra que o OA produzido

durante a Pesquisa colabora para o fim que se propõe, pois ele auxilia o estudante na

aprendizagem das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, sobretudo aplicado

aos cursos da área de eletroeletrônica.

Os registros feitos pelos estudantes durante a execução das atividades e os resultados

obtidos pelos estudantes demonstraram que o trabalho conseguiu atingir o primeiro objetivo

proposto, pois é possível identificar a importância das TIC´s durante a aplicação do OA. A

seguir, apresentamos o registro do estudante I.B.F.G. para confirmar essa conclusão.

Figura 42 - Registro do estudante I.B.F.G. sobre a resolução, Atividade 4

Fonte: Dados da pesquisa

Pelo registro do estudante I.B.F.G. podemos perceber que o OA conseguiu criar uma

situação de aprendizagem. O estudante afirma não ter estudado triângulo de potências, mas

conseguiu executar a atividade que aborda esse conteúdo.

Esse registro confirma a citação de Tavares (2007, p. 124), que diz: “um OA é um

recurso ou ferramenta cognitiva auto consistente no processo de ensino e aprendizagem, ou

seja, não depende de outros objetos para fazer sentido”.

2º Objetivo: Propor uma sequência de atividades com foco na parte visual e manipulativa,

através de animações construídas no software GeoGebra, para o ensino do objeto de estudo,

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135

que seja aplicável no OA proposto.

Elaboramos as atividades desse OA na forma de sequências didáticas, segundo as

orientações de Zabala (1998).

Para tanto, iniciamos esse trabalho propondo um problema de aplicação “máquina de

transformação numérica”, que objetivou formar o conceito de função inversa, de forma

didática. Concluímos que esse objetivo foi alcançado satisfatoriamente, podendo ser

confirmado nos resultados obtidos na aplicação deste OA e os registros feitos pelos estudantes

durante a execução das atividades.

Na primeira atividade, trabalhamos como construção de gráfico, a partir do

preenchimento de tabela e depois invertemos a função. Na segunda atividade, introduzimos as

funções trigonométricas inversas, embora ainda não aplicadas aos cursos técnicos. O objetivo

é que o estudante entenda como as funções inversas funcionam. Utilizamos, para tanto, de

várias animações construídas no software GeoGebra que dinamizaram as atividades e as

tornaram interessantes e atrativas. Essas duas primeiras atividades podem ser utilizadas nos

cursos regulares de ensino médio.

As outras duas atividades que compõem o OA também cumpriram o papel de elucidar

o conteúdo das duas primeiras, em aplicações básicas na análise de circuitos elétricos e no

triângulo de potências. Procuramos utilizar os três tipos de circuitos elétricos na terceira

atividade: circuito resistivo, circuito indutivo e circuito resistivo e indutivo, através de

animações, tornando os itens dessa atividade dinâmicos.

Desse modo, o estudante teve a oportunidade de aplicar os conceitos de funções

trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, ora adquiridos através das sequências de

atividades desse OA, nos circuitos elétricos e no triângulo de potências, que são objetos de

estudo do seu curso técnico.

A partir dos resultados e registros feitos pelos estudantes, podemos concluir que esse

objetivo foi alcançado satisfatoriamente, e que embora nenhuma das quatro sequências

didáticas apresentadas nesse OA é completa, podemos considerar que todas elas contem

instrumentos suficientes para justificar a sua utilização.

As sequências didáticas trazem em si o objetivo de auxiliar o estudante em um ensino

mais eficiente. São formas que o professor dispõe para incrementar o ensino e aprendizagem,

diversificando as técnicas, criando espaços e momentos de estudo adequados a cada realidade.

A seguir, apresentamos o registro do estudante G.C.G. feito sobre as atividades que

propusemos neste OA.

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Figura 43 - Registro do estudante G.C.G. sobre a resolução, Atividade3

Fonte: Dados da pesquisa

Concluímos que a sequência de atividades propostas neste OA atingiu esse objetivo,

pois podemos observar várias animações compondo os itens e que de acordo com o estudante

G.C.G. as atividades foram muito bem elaboradas e as animações são muito boas.

3º Objetivo: Desenvolver um OA para o ensino e aprendizagem das funções seno,

cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno aplicado aos temas, análise das formas de

ondas em circuitos elétricos, análise da potência elétrica instantânea e análise do triângulo de

potências.

Para desenvolver esse trabalho buscamos várias leituras acerca do significado de um

OA, bem como o seu processo de elaboração e a análise de 6 (seis) livros didáticos de

Matemática, que abordam as funções objeto de estudo dessa Pesquisa.

Segundo Cunha (2014), o termo OA surgiu no início do século XXI e passou a ser

utilizado para se referir a recursos digitais. Wiley (2000) define Objetos de Aprendizagem

como sendo qualquer recurso digital que possa ser utilizado para o suporte ao ensino.

Após a análise de 6 (seis) livros didáticos, inclusive o livro “Matemática, construção e

significado, editora executiva: Juliane Matsubara Barroso, Editora Moderna, 2008, volume 2”,

utilizado pela turma no qual o OA foi aplicado, constatamos que não houve nenhuma

atividade que exigisse o uso de tecnologia ou software específico para facilitar a

aprendizagem das funções seno, cosseno e suas inversas.

Este trabalho, portanto, foi desenvolvido segundo a concepção de OA de Wiley

(2000).

Outras definições de OA podem ser encontradas em: Tavares (2007), Oliveira et al

(2001), Reis (2010), Macêdo et al (2007, p.20).

Quanto à aplicação dessas funções na área de eletroeletrônica, nada foi encontrado,

apenas em um dos livros, o autor sugere a utilização da calculadora.

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137

Para a sua construção, nos orientamos em Rodrigues et al (2007), que cita as três fases

de construção do Objeto de Aprendizagem cujo título é “Transbordando o Conhecimento”,

descritas a seguir.

a) a primeira diz respeito ao planejamento da construção do OA;

b) a segunda refere-se a implementação propriamente dita do OA em uma linguagem de

programação;

c) a terceira refere-se à criação de orientações ao usuário final.

Destacamos a sua versatilidade, devido a possibilidade de ser utilizado em diversos

ambientes educacionais e ser capaz de renovar a prática docente do professor por meio de

interações com os ambientes informatizados.

Concluímos que esse objetivo foi contemplado dentro dessa pesquisa, uma vez a

construção deste OA se deu a partir das orientações de Rodrigues et al (2007), de forma eficaz

e a sua aplicação no curso da área de eletroeletrônica aconteceu de forma muito produtiva e

tranquila. Pelos registros, o OA conseguiu auxiliar de forma satisfatória o estudante na

aprendizagem de funções seno, cosseno e suas inversas, aplicada são estudo de circuitos

elétricos.

A seguir, colocamos o registro do estudante P.P.M.Z.C. para corroborar com a

conclusão que chegamos.

Figura 44 - Registro do estudante P.P.M.Z.C. sobre a resolução, Atividade 3

Fonte: Dados da pesquisa

Pelo registro do estudante P.P.M.Z.C., podemos perceber a eficácia do OA como

recurso digital auxiliar, uma vez que o professor já havia desenvolvido esse conteúdo

(circuitos elétricos) anteriormente. Esse estudante afirma que o OA serviu para fixar o

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138

conteúdo, ressaltando a importância das animações e recursos que o programa oferece.

4º Objetivo: Aplicar em campo o OA desenvolvido e, a partir do feedback observado,

realizar melhorias nesta ferramenta.

O OA necessitava passar por uma verificação quanto ao cumprimento do seu objetivo

principal, anteriormente citado. Definimos então que ele fosse aplicado, no intuito de ser

validado quanto a sua eficácia por um grupo de estudantes do 2° ano do curso de Eletrônica,

do CEFET MG, Campus I.

Elaboramos o roteiro de aplicação e o relatório de respostas, no qual cada estudante

registrou os resultados dos itens das atividades, bem como as dificuldades encontradas

durante a sua execução e as observações que julgasse necessárias.

A aplicação deste OA ocorreu de forma tranquila e produtiva e os estudantes se

mostraram felizes de participar do trabalho de execução das atividades propostas. A seguir

apresentamos cópias de algumas declarações dos estudantes que corroboram com essa

percepção do pesquisador.

Alguns resultados e/ou registros dos estudantes que executaram as atividades

sugeriram pequenas correções nesse OA. Avaliamos o resultado obtido nessa aplicação como

positivo, uma vez que a grande maioria dos estudantes acertaram quase todos os itens das

atividades na primeira tentativa. Além desses resultados, obtivemos vários registros

espontâneos dos estudantes, tecendo elogios das atividades do OA, bem como o ambiente

informatizado.

Seguem cópias de algumas declarações dos estudantes, feitas no relatório de respostas.

Figura 45 - Registro do estudante G.C.G. sobre a resolução, Atividade 4

Fonte: Dados da pesquisa

Todas as cópias dos registros apresentadas anteriormente foram feedbacks dos

estudantes durante a aplicação do OA e as indicações de modificações a serem feitas nessa

ferramenta, sugeridas a partir dos resultados dessa pesquisa, confirmam que esse objetivo

também foi alcançado de forma satisfatória. As sugestões de ajustes nos itens das atividades

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139

estão apresentadas no capítulo de aplicação e análise das atividades, dessa Dissertação.

Desse modo, a experiência vivenciada nesse trabalho de pesquisa enriqueceu nossa

formação enquanto professor, pois nos permitiu observar os benefícios que uma mudança na

estrutura das aulas e das atividades propostas pode trazer para o ensino e aprendizagem dos

conteúdos. Permitiu constatar o quanto é importante o educador desenvolver a sua

criatividade, elaborar material próprio, pesquisar o que outros professores estão fazendo para

otimizar o processo de ensino e aprendizagem.

Essa experiência influenciou a minha prática docente, levando-me a uma reflexão

sobre as minhas aulas, bem como o material que tenho utilizado para desenvolver os

conteúdos.

Mediante a análise descrita no capítulo 3 desta Dissertação, na qual percebemos que

há carência nos livros didáticos utilizados para esse estudo, de exemplos de aplicação do

conteúdo tratado nesta Pesquisa de Mestrado, criamos o OA desenvolvido, como um recurso

didático digital complementar durante a introdução das funções trigonométricas seno, cosseno

e suas inversas, arco seno e arco cosseno.

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145

APÊNDICE A: Relatório de respostas e questionário avaliativo

Instrumentos utilizados durante a aplicação das atividades para o estudante registrar os

resultados, tipos de dificuldades encontradas, sugestões, críticas e avaliação do OA.

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática

“Relatório de respostas e questionário avaliativo”

Registros da aplicação das atividades do Objeto de Aprendizagem - OA: Funções

trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno aplicadas

na área técnica em eletroeletrônica.

Mestrando: Mauro José da Rocha

Orientador: Prof. Dr. João Bosco Laudares

Local da Aplicação: CEFET MG – Campus I

Professor colaborador do CEFET MG – Ms. Christiano Sena

Aluno colaborador (iniciais do nome e sobrenomes): ________________________

Curso / Turma / Ano: __________________________________________________

Belo Horizonte,

03/junho/2015

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Atividade 1 : CRIANDO O CONCEITO DE FUNÇÃO INVERSA

Tempo utilizado:_________________

Quadro 1 - Em cada item da Atividade 1, registre com a letra referente a

resposta assinalada, até obter a resposta correta.

Item

Tentativas

1º 2º 3º 4º 5º 6º

1

2

3

4

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Quadro 2: Registre com um x, possíveis erros que possam ocorrer em cada item, Atividade 1

Item

Tipos de Erros

1º 2º 3º 4º 5º

Incompreensão do

enunciado.

Dificuldade no conteúdo

abordado.

Falta de coerência da

resposta com os dados da

atividade.

Incompreensão do

ambiente informatizado.

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Espaço reservado para sugestões, críticas e outros.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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Atividade 2 : AS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS

INVERSAS ARCO SENO E ARCO COSSENO

Tempo utilizado:_________________

Quadro 3: Em cada item da Atividade 2, registre com a letra referente a

resposta assinalada, até obter a resposta correta.

Item

Tentativas

1º 2º 3º 4º 5º 6º

1

2

3

4

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Quadro 4: Registre com um x, possíveis erros que possam ocorrer em cada item, Atividade 2

Item

Tipos de Erros

1º 2º 3º 4º 5º

Incompreensão do

enunciado.

Dificuldade no conteúdo

abordado.

Falta de coerência da

resposta com os dados da

atividade.

Incompreensão do

ambiente informatizado.

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Espaço reservado para sugestões, críticas e outros.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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Atividade 3 : AS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS

INVERSAS ARCO SENO E ARCO COSSENO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS

Tempo utilizado:_________________

Quadro 5: Em cada item da Atividade 3, registre com a letra referente a

resposta assinalada, até obter a resposta correta.

Item

Tentativas

1º 2º 3º 4º 5º 6º

1

2

3

4

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Quadro 6: Registre com um x, possíveis erros que possam ocorrer em cada item, Atividade 3

Item

Tipos de Erros

1º 2º 3º 4º 5º

Incompreensão do

enunciado.

Dificuldade no conteúdo

abordado.

Falta de coerência da

resposta com os dados da

atividade..

Incompreensão do

ambiente informatizado

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Espaço reservado para sugestões, críticas e outros.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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Atividade 4 : O ESTUDO DO TRIÂNGULO DE POTÊNCIAS COM A UTILIZAÇÃO

DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS INVERSAS

Tempo utilizado:_________________

Quadro 7: Em cada item da Atividade 4, registre com a letra referente a

resposta assinalada, até obter a resposta correta.

Item

Tentativas

1º 2º 3º 4º 5º

1

2

3

4

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Quadro 8: Registre com um x, possíveis erros que possam ocorrer em cada item, Atividade 4

Item

Tipos de Erros

1º 2º 3º 4º 5º

Incompreensão do

enunciado.

Dificuldade no conteúdo

abordado.

Falta de coerência da

resposta com os dados da

atividade.

Incompreensão do

ambiente informatizado.

Fonte: Elaborado pelo autor (Microsoft Word)

Espaço reservado para sugestões, críticas e outros.

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática

QUESTIONÁRIO AVALIATIVO

a) O que você achou desse Objeto de Aprendizagem - OA?

b) Você teve dificuldade?

c) Achou esse OA confuso?

d) Você acha que esse OA contribui com o ensino e aprendizagem do conteúdo em sua

área de formação?

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APÊNDICE B: Caderno de atividades

Instrumento aplicado com o apoio da informática educativa

ATIVIDADES QUE COMPÕEM O PRODUTO DA DISSERTAÇÃO

Apresentação do Objeto de Aprendizagem - OA

Esse OA foi desenvolvido como parte da conclusão do Mestrado em Ensino de

Matemática, do programa de Pós-Graduação em ensino de Ciências e Matemática, da

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no período de 2014/2015.

Ele tem o objetivo de auxiliar o professor de Matemática do ensino médio regular e

dos cursos da área de eletroeletrônica, no ensino e aprendizagem das funções trigonométricas

seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno, bem como facilitar o entendimento

desse conteúdo pelos estudantes. Para tanto, se propõe trabalhar utilizando os campos

aritmético (tabelas), algébrico (equações) e geométrico (gráficos). Priorizamos a utilização de

animações gráficas dentro das atividades do OA.

O OA contém 4 (quatro) atividades abordando o conteúdo "Funções trigonométricas

seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco cosseno", e cada qual está organizada contendo

a seguinte estrutura: título, conteúdo, método, objetivo, suporte teórico e desenvolvimento

(itens da atividade).

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ATIVIDADE 1

CRIANDO O CONCEITO DE FUNÇÃO INVERSA

Conteúdo

Conceito de função inversa, utilizando representações e restrições.

Objetivo

Propor uma sequência didática envolvendo uma situação problema a ser resolvida a partir do

preenchimento de tabela e geração do respectivo gráfico. Dessa forma, o estudante é

estimulado a construir o conceito de função inversa a partir desse problema e as animações

construídas utilizando o software Geogebra.

Método

Resolver as atividades pelos métodos algébrico (cálculo) e geométrico (tabela e gráfico),

utilizando, portanto, os materiais concreto (lápis e papel) e tecnológico (calculadora e

computador). As atividades estão construídas com hierarquia de dificuldades.

Desenvolvimento

Sophia é uma garota esperta e curiosa. Ela inventou a “máquina de transformação numérica”.

Esta máquina é muito interessante, pois, coloca-se um número real qualquer na entrada dela e

ela realiza a seguinte operação: dobra esse número e adiciona, ao resultado obtido, uma

unidade. Ela chama o número de saída como transformado do número de entrada.

Por exemplo: Se o número de entrada for 3, então o de saída será 7.

Assim o transformado de 3 é 7, porque 2.3 = 6 e 6 + 1 = 7. Considere o intervalo real [-5, 5],

para o número de entrada.

Construção de uma tabela

Ao preencher a tabela a seguir com os números de entrada, substituindo o número zero por

números desejados e respeitando o intervalo real definido inicialmente [-5, 5], serão

calculados automaticamente os números transformados respectivos, através de uma função

inserida no sistema. O gráfico referente a situação problema será construído ao lado da tabela

automaticamente para auxiliar o estudante a responder as perguntas correspondentes.

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Figura 46 – Tabela da atividade 1 (Transformado)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Primeiro item

Ao analisar o gráfico e a tabela anteriores (transformado), pode-se concluir que:

A) O conjunto domínio é representado pelo número transformado.

B) O conjunto contra domínio é representado pelo número de entrada.

C) A representação gráfica define uma função para todos os elementos do conjunto do

número de entrada.

D) A representação gráfica define uma função apenas para os elementos positivos do

conjunto do número de entrada.

Obs.: A resposta correta desse item é C

Segundo item

Considerando n: número de entrada e t: transformado, a expressão (função) que descreve o

problema apresentado no início dessa atividade é :

A) t = 2n – 1

B) t = 2n + 1

C) t = 2(n + 1)

D) t = 2(n - 1)

Obs.: A resposta correta desse item é B

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154

Terceiro item

Qual das expressões (funções) abaixo poderá ser utilizada para descobrir os números de

entrada, considerando n: número de entrada e t: número transformado?

A) n = 2t + 1

B) n = 2t – 1

C) n = ( t - 1 ) / 2

D) n = t / 2 – 1

Obs.: A resposta correta desse item é C.

Texto explicativo referente a animação 1 (Bissetriz)

Ao arrastar o botão de arraste na parte inferior do gráfico (bissetriz) para a direita e

para a esquerda, percebe-se que serão construídas duas representações de retas cujos pontos

dessas retas são equidistantes “mesma distância” referentes a reta bissetriz do 1º e 3º

quadrantes “função identidade do tipo i(x) = x”. Essas retas podem representar a situação

inicial dessa atividade “máquina de transformação numérica”. Observe as coordenadas dos

pontos B e C e responda as questões dos dois próximos itens.

Figura 47 – Animação 1 (Bissetriz)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Quarto item

Considere a situação problema apresentada no início da atividade. Ao analisar o gráfico da

animação 1 (bissetriz), que representa as funções original e a sua inversa, pode-se concluir

que:

A) O conjunto domínio da função original é representado pelo número de entrada.

B) O conjunto imagem da função original é representado pelo número de entrada.

C) A representação gráfica, tanto da função original quanto da sua inversa, não definem uma

função devido ter-se invertido, em relação a situação 1, os conjuntos (número de entrada

"domínio") e ( transformado "contra domínio").

D) As representações gráficas das duas funções não define uma função para todos os

elementos do conjunto.

Obs.: A resposta correta desse item é A.

Texto explicativo referente a animação 2

O gráfico abaixo (inversa) representa a função original e a sua inversa, em relação à reta

bissetriz do 1º e 3º quadrantes. Essa reta passa pela origem e é a representação da função

identidade i(x) = x, ou seja, os valores reais de x e de y pertencentes a essa reta são iguais.

Ao clicar e mover o botão de arraste na parte inferior da tela, o ponto A se desloca sobre a reta

bissetriz, alterando as coordenadas dos pontos B e C pertencentes às retas das funções original

e inversa, respectivamente. Percebe-se que D1 e D2 são referentes as distâncias entre os pontos

A e B , A e C, respectivamente.

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Figura 48 – Animação 2 (Inversa)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Quinto item

Ao mover o botão da animação 2 (Inversa), percebe-se que as distâncias entre os pontos

B e A ; C e A se alteram. Dessa forma, ao observar esse comportamento pode-se concluir que:

A) As distâncias entre os pontos B e A ; C e A são diferentes.

B) As distâncias entre os pontos B e A ; C e A são simétricas por se tratar das funções

original e sua inversa.

C) Os pontos B e C estão equidistantes (mesma distância) em relação ao ponto A, gerando

portanto distâncias iguais.

D) À medida que o ponto A se aproxima da origem dos eixos cartesianos, as distâncias entre

B e A ; C e A aumentam.

Obs.: A resposta correta desse item é C.

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157

Sexto item

Ao analisar a representação gráfica da animação 2 (Inversa), atento às coordenadas dos pontos

B e C e as distâncias D1 e D2, pode-se afirmar que:

A) A reta que está associada ao ponto C representa a função do número de entrada do

problema "máquina de transformação numérica".

B) O ponto A está associado a reta que representa as funções número de entrada e número

transformado do problema "máquina de transformação numérica".

C) Percebe-se que as coordenadas dos pontos B e C são iguais, concluindo-se, portanto, que

as retas que estão associadas a esses pontos representam a mesma função referente ao

problema "máquina de transformação numérica".

D) A reta que está associada ao ponto B representa a função do número de entrada do

problema "máquina de transformação numérica".

Obs.: A resposta correta desse item é D.

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ATIVIDADE 2

AS FUNÇÕES SENO, COSSENO E AS SUAS INVERSAS.

Conteúdo

Estudo das funções seno, cosseno e suas inversas, através de representações e restrições.

Objetivo

Levar o estudante a construir o conceito de funções seno, cosseno e suas inversas pelos

métodos algébrico (cálculo) e geométrico (tabela e gráfico). A atividade está construída com

hierarquia de dificuldades, de forma que ao se superar uma questão anterior, espera-se que o

estudante esteja preparado para executar a etapa imediatamente posterior.

Método

Sequência didática envolvendo situações problema a serem resolvidas a partir de análise de

gráficos, utilizando o software Geogebra e afins.

Desenvolvimento

Texto explicativo referente a animação 1 (construindo seno e cosseno)

A animação 1 (construindo seno e cosseno) tem o objetivo de explicitar o valor do

seno e do cosseno de um determinado arco (ângulo), através do círculo trigonométrico e dos

gráficos dessas funções. Ao arrastar o botão "mova", o ângulo ß será alterado no círculo

trigonométrico. Observe também que os valores do seno e do cosseno referentes ao ângulo ß

serão exibidos automaticamente. Para facilitar a identificação, utilizamos cores diferentes para

representar os valores de seno e de cosseno, conforme legenda próxima ao gráfico. Pode-se

ocultar o gráfico da função seno, da função cosseno ou de ambas, clicando no botão

"selecione a função", caso seja necessário.

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Figura 49 – Animação 1 (Construindo seno e cosseno)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Primeiro item

Considere a animação 1 (construindo seno e cosseno), e arraste o botão "mova" até formar um

ângulo, cujo valor do seno seja igual ao do cosseno. Observe esse valor e assinale a seguir o

menor ângulo em que o valor do seno seja igual ao do cosseno.

Obs.: caso tenha dificuldade em arrastar o botão até os ângulos ficarem iguais, pode-se

utilizar as setas do teclado para a direita ou para a esquerda.

A) 30º

B) 45º

C) 60º

D) 90º

Obs.: A resposta correta desse item é B.

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160

Segundo item

Remetendo a ideia de função inversa, verifique nos gráficos das funções seno e cosseno,

representados ao lado do círculo trigonométrico da animação 1 (construindo seno e cosseno) e

determine o arco (ângulo) cujo o valor do senß2 = 0 e cosß2 = -1, e assinale a resposta correta

a seguir.

A) 360º

B) 270º

C) 180º

D) 90º

Obs.: A resposta correta desse item é C.

Texto explicativo referente a animação 2 (Escolha o seno)

A animação 2 (escolha o seno) tem o objetivo de informar o arco (ângulo)

correspondente a um determinado valor do seno definido anteriormente. Essa é a ideia inversa

da função seno, ou seja, na função seno pergunta-se normalmente qual será o valor do

segmento (seno) a partir de um determinado arco (ângulo). Para a inversa (arco seno), a

pergunta é ao contrário, ou seja, qual será o arco (ângulo) para um determinado valor do seno.

Para resolver os dois próximos itens, arraste verticalmente o ponto A no eixo dos senos e

observe o que ocorre com o ângulo formado, entre o eixo das abscissas e o segmento OP.

Figura 50 – Animação 2 (Escolha o seno)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Terceiro item

Utilize a animação 2 (escolha o seno) para responder a esse item. Qual é o arco (ângulo ß)

cujo valor do seno seja 0,5? Essa pergunta corresponde a expressão arco seno ß = 0,5.

Assinale a resposta correta a seguir.

A) 90º

B) 60º

C) 45º

D) 30º

Obs.: A resposta correta desse item é D.

Texto explicativo referente a animação 3 (escolha o cosseno)

A animação 3 (escolha o cosseno) tem o objetivo de fornecer o arco (ângulo) dado o

valor do seu respectivo cosseno. Na parte superior direita do círculo trigonométrico se

encontra uma barra de rolagem que permite alterar o valor do cosseno arrastando-se o botão

dessa barra para a direita ou para a esquerda. Ao movimentar esse botão, os ângulos formados

serão mostrados no círculo trigonométrico ao lado. Essa animação propõe o caminho inverso

ao que comumente se faz. Normalmente, oferece-se o ângulo e, a partir dele, descobre-se o

valor do seu cosseno. Para esse caso, oferece-se inicialmente o valor do cosseno e, a partir

dele, serão determinados os arcos correspondentes. Essa é a ideia da função inversa arco

cosseno.

Figura 51 – Animação 3 (Escolha o cosseno)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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162

Quarto item

Arraste o botão da barra de rolagem na animação 3 (escolha o cosseno), até que seja mostrado

o valor do cosseno igual a - 0,5. Localize os dois arcos (ângulos) correspondentes a esse valor

no círculo trigonométrico e assinale a resposta correta a seguir.

A) 120º e 240º

B) 90º e 270º

C) 60º e 300º

D) 30º e 45º

Obs.: A resposta correta desse item é A.

Quinto item

Determine, através da representação gráfica da animação 3 (escolha o cosseno), quais são os

arcos (ângulos α e ß) que geram os valores máximo e mínimo, respectivamente, para o

cosseno e assinale a resposta correta a seguir. Essa questão equivale as seguintes perguntas:

Qual deverá ser o arccos(α) = 1 ? Qual deverá ser o arccos(β) = -1 ?

A) 90º e 270º

B) 90º e 180º

C) 0º e 180º

D) 0º e 360º

Obs.: A resposta correta desse item é C

Figura 52 – Funções Seno e Arco Seno

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Sexto item

Considere a animação (funções seno e arco seno) e assinale a alternativa na qual as funções

f(x) = sen(x) e g(x) = arcsen(x) são decrescentes, com .

Pista: Movimente o botão vermelho ao longo do círculo trigonométrico.

A)

B)

C)

D)

Obs.: A resposta correta desse item é B

Figura 53 – Funções Cosseno e Arco Cosseno

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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164

Sétimo item

Analise a animação (funções cosseno e arco cosseno) e assinale a alternativa correta,

considerando o intervalo .

A) A função cosseno tem máximo em 1, enquanto a função arco cosseno tem mínimo em

zero radiano.

B) A função cosseno tem mínimo em zero, enquanto a função arco cosseno tem máximo

em .

C) A função cosseno é decrescente no intervalo , enquanto a função arco cosseno é

crescente entre .

D) A função cosseno é crescente no intervalo , enquanto a função arco cosseno é

decrescente no intervalo .

Obs.: A resposta correta desse item é C

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165

ATIVIDADE 3

AS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E AS SUAS INVERSAS,

ARCO SENO E ARCO COSSENO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS

Conteúdo

Estudo das funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas arco seno e arco seno,

aplicadas à análise de circuitos elétricos.

Objetivo

Contextualizar o uso das funções seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco cosseno em

problemas reais relacionados à área de eletroeletrônica. A atividade está construída com

hierarquia de dificuldades, de modo a construir conceitos mais concretos perante o uso de

ferramentas matemáticas na análise de circuitos.

Método

Sequência didática envolvendo situações problemas a serem resolvidas a partir de análise de

circuitos e gráficos, bem como aplicação de expressões constantes na questão e/ou no suporte

teórico da atividade, utilizando o software Geogebra e afins.

Desenvolvimento

Texto explicativo referente a animação 1 (circuito resistivo)

A animação 1 (circuito resistivo), tem o objetivo de, através das funções seno e

cosseno, analisar os valores instantâneos das grandezas elétricas: tensão, corrente e potência.

Na planilha lateral é possível informar o instante desejado e verificar o valor das grandezas na

tabela e nos pontos A, B e C. Por fim, o estudante ainda pode arrastar os botões Vp (tensão de

pico), f (frequência) e R (resistência) para verificar a influência desses itens no

comportamento do circuito.

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Figura 54 – Animação 1 (Circuito resistivo)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Primeiro item

Na animação 1 (circuito resistivo), ao variar a frequência f através do botão de rolagem, para

um mesmo instante de tempo t, percebe-se que há uma alteração na forma de onda senoidal

do circuito. Assinale a seguir a alternativa que descreva essa alteração.

A) O valor de pico da tensão diminui.

B) O valor de pico da tensão aumenta.

C) O período da senoidal que representa o pico de tensão aumenta ao diminuir o valor da

frequência.

D) O período da senoidal que representa o pico de tensão diminui ao diminuir o valor da

frequência.

Obs.: A resposta correta desse item é C

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Segundo item

Através da animação 1 (circuito resistivo), determine o menor tempo para que o circuito tenha

v(t) = vp/2, considerando f = 0,2 Hz. Utilize a expressão t=arcsen(v(t) / vp) / ω e assinale a

seguir a resposta correta.

A) (5 / 6) s

B) (5 / 12) s

C) (6 / 5) s

D) (12 / 5) s

Obs.: A resposta correta desse item é B

Terceiro item

Figura 55 – Animação 2 (Circuito indutivo)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Considerando a animação 2 (circuito indutivo), o que ocorre com o circuito puramente

indutivo ao variar a frequência,?

A) Ocorrerá apenas variação da tensão de pico VP.

B) Ocorrerá variação na corrente do circuito.

C) A corrente cresce ou decresce proporcionalmente com a tensão.

D) Ocorrerá alteração na indutância do circuito .

Obs.: A resposta correta desse item é B

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168

Quarto item

Estipule um mesmo instante de tempo, movimente os botões de rolagem (Vp, f, L), da

animação 2 (circuito indutivo), referente ao circuito indutivo em questão e observe o que

acontece com os gráficos e os valores correspondentes na tabela à direita da tela. Assinale a

alternativa que representa uma relação verdadeira desse circuito.

Pista: Estipule o mesmo tempo para Vp, f e L.

A) Vp = f / L

B) f = Vp / L

C) P = V.I

D) V = P.I

Obs.: A resposta correta desse item é C

Figura 56 – Animação 3 (Circuito RL)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Quinto item

Utilize a animação 3 (circuito RL), movimente o botão de arraste R (Resistência) e observe o

que ocorre com a corrente I e a tensão VL. Após obter uma conclusão, assinale a resposta

correta.

A) Ao aumentar o módulo da resistência, a corrente também aumenta o seu módulo, porque

resistência e corrente são proporcionais.

B) Ao diminuir o módulo da resistência, a corrente aumenta o seu módulo, porque corrente e

resistência são inversas.

C) Ao aumentar o módulo da resistência, o módulo da corrente diminui e o módulo da tensão

aumenta, porque corrente e tensão são inversas, ao variar a resistência do diagrama.

D) Ao diminuir o módulo da resistência, o módulo da corrente aumenta e o módulo da tensão

diminui, porque resistência e tensão são proporcionais.

Obs.: A resposta correta desse item é B

Figura 57 – Animação 4 (Diagrama fasorial)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Sexto item

Utilize a animação 4 (Diagrama fasorial), e mova os botões de arraste R e L para compreender

o que ocorre com os componentes desse diagrama. Após suas conclusões, analise cada

afirmação a seguir e assinale a que estiver correta.

Pista: Considere que o vetor UL está contido no eixo, portanto relaciona-se ao seno. O vetor

UR está contido no eixo x e relaciona-se ao cosseno.

A) Ao fixar o R em 300 Ohms e movimentar o botão L de forma crescente, observa-se que o

valor do seno do ângulo em questão diminui.

B) Ao fixar o L em 0,5 H e movimentar o botão R de forma decrescente, observa-se que o

valor do cosseno do ângulo em questão aumenta.

C) Ao fixar o R em 250 Ohms e movimentar o botão L de forma crescente, observa-se que o

valor do arco seno entre os vetores em questão diminui.

D) Ao fixar o L em 0,95 H e movimentar o botão R de forma decrescente, observa-se que o

valor do arco cosseno entre os vetores em questão aumenta.

Obs.: A resposta correta desse item é D

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ATIVIDADE 4

O ESTUDO DO TRIÂNGULO DE POTÊNCIAS COM A UTILIZAÇÃO DAS

FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS SENO, COSSENO E SUAS INVERSAS

Conteúdo

Funções trigonométricas seno, cosseno e suas inversas, arco seno e arco seno, aplicadas ao

estudo de triângulo de potências e fator de potência.

Objetivo

Estudar o triângulo de potências e contextualizar o uso das funções seno, cosseno e suas

inversas arco seno e arco cosseno em problemas reais relacionados a área de eletroeletrônica,

como os tópicos fator de potência e máxima transferência de potência. A atividade está

construída com hierarquia de dificuldades, de modo a construir conceitos mais concretos

perante o uso de ferramentas matemáticas na análise de circuitos.

Método

Atividades envolvendo situações problema a serem resolvidas a partir do triângulo de

potências, inserido no software Geogebra. Sugere-se consulta ao suporte teórico da atividade,

caso haja alguma dúvida.

Primeiro item

Considerando o triângulo de potências, apresentado no suporte teórico desta atividade,

assinale a seguir a alternativa correta.

Pista: Caso seja necessário, consulte o Suporte Teórico desta atividade.

A) São elementos (lados) do triângulo de potências: potência aparente, potência ativa e fator

de potência.

B) O maior lado do triângulo de potências é representado pela potência ativa.

C) O fator de potência garante que a potência ativa seja sempre menor ou igual a potência

aparente.

D) O senθ é dado pelo quociente da potência ativa pela potência aparente.

Obs.: A resposta correta desse item é C

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Figura 58 – Animação 1 (Triângulo de potências)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

Segundo item

Na animação 1 (triângulo de potências), movimente os botões de arraste até que se obtenha os

valores 485 W para a potência reativa e 970 W para potência aparente. Neste caso, o valor do

arco senθ, no triângulo de potências, é igual a:

A) 90°

B) 60°

C) 45°

D) 30°

Obs.: A resposta correta desse item é D

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Terceiro item

Na animação 1 (Triângulo de potências), fixe a potência reativa em 500 W e considere a

tensão constante durante todo o processo. Movimente o botão da potência ativa até atingir 650

W e observe o valor da potência aparente e do ângulo formado entre as potências ativa e

aparente. Agora, diminua a potência ativa para 300 W, observe o que está acontecendo e

assinale a seguir a opção correta.

A) O ângulo formado entre as potências aparente e ativa aumenta, assim como o valor da

corrente.

B) O fator de potência aumenta e o valor da corrente diminui.

C) O fator de potência diminui e valor da corrente também diminui.

D) O ângulo formado entre as potências aparente e ativa aumenta e o valor da corrente

permanece constante.

Obs.: A resposta correta desse item é C

Figura 59 – Animação 1 (Círculo Trigonométrico Adaptado)

Fonte: Elaborado pelo autor (software Geogebra)

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Quarto item

Utilize o Círculo Trigonométrico Adaptado, da animação 2. Considere o ângulo entre as

potências aparente e ativa do triângulo de potências contido nele. O eixo seno representa a

parcela reativa e o eixo cosseno, a parcela ativa. Ao variar o ângulo considerado, através do

botão de arraste "C", pode-se concluir que:

A) Se aumentar o ângulo, a parcela ativa e a parcela reativa também aumentam.

B) Se o ângulo diminuir, a parcela ativa aumenta e a parcela reativa diminui.

C) Se o ângulo aumentar, tanto a parcela ativa quanto a parcela reativa diminui.

D) Se o ângulo diminuir, a parcela ativa diminui e a parcela reativa aumenta.

Obs.: A resposta correta desse item é B

Quinto item

Em um circuito CA com reatância indutiva, a corrente I está atrasada em relação à tensão V.

A potência real é dada por P = VIcosθ, onde θ é o ângulo de fase entre V e I, e cosθ é o fator

de potência do circuito. A potência reativa Q, em volt-ampères reativos (VAr) é dada por

Q = VIsenθ.

Baseado nas informações anteriores, calcule, através da função arco cosseno, o ângulo θ em

um circuito onde a corrente é 2 A, a tensão 400 V e a potência real igual a 692 Watts.

Assinale a alternativa correta a seguir.

A) 30º

B) 45º

C) 60º

D) 90º

Obs.: A resposta correta desse item é A

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APÊNDICE C: CD contendo o Produto educacional (OA Digital)