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DIREITO ELEITORAL

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DIREITO ELEITORAL

PONTO 1: Direitos Políticos e Direito Eleitoral PONTO 2: Justiça Eleitoral PONTO 3: Ministério Público Eleitoral PONTO 4: Sistemas Eleitorais PONTO 5: Direito Partidário PONTO 6: Capacidade Eleitoral PONTO 7: Condições de Elegibilidade

1. Direitos Políticos e Direito Eleitoral:

- Direitos políticos: concepção CF (ampla); nexo com o DE, DP, DC.

- Direito Eleitoral: conceito; sufrágio e voto.

Fontes:

- CF;

- Lei Federal: LC 64/90;

- Lei Ficha Limpa LC 135/10;

- Lei 9504/97, lei permanente, conteúdo, alterações Lei 9840/99, Lei 11.300/06, Lei

12034/09;

- Lei 4737/65 Constituição Estadual;

- Lei 9096/95;

- Lei 6091/74;

- Resoluções TSE: função regulamentar Lei 12.034

- ADIN 3365

- INF 398 STF

-Princípio da anualidade: art. 161 CF (segurança jurídica)

- Processo eleitoral: exclusão das regras instrumentalizadoras (L. 10740/03).

- E.C. 52/06 (verticalização) e o STF: ADIN 3685-8 (Informativo 420 do STF) que

alterou o art. 17, p. u, CF.

- Lei 11.300: o TSE e STF (ADIN 3741, 3741, 3743).

- Lei Ficha-Limpa: o TSE (Consulta nº 1120-26, Carvalhido; Consulta nº 1147-09,

Versiani) e o STF (Caso Leonídio Correa Bouças – RO 633.703, Rel. Gilmar Mendes)

1 Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993)

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- Princípio da unicidade da chapa – art. 912.

2. Justiça Eleitoral:

Criação: - CE 323;

- Carta de 1934.

- Art. 1184, CF.

Órgão da Justiça Eleitoral:

- TSE: composição – art. 118, CF (3 STF – Pres e Vice -; 2 STJ – Correg; 2 OAB = 7).

- TRE: composição - (2TJ – Pres e vice; 2 JD; 2 OAB; 1 TRF).

- Juízes eleitorais: exercem função delegada da União. Pretor não pode ser juiz eleitoral.

- Juiz de Direito. Exercem sua jurisdição na zona eleitoral.

Zona eleitoral x circunscrição:

Zona eleitoral: equivale-se a Comarca - delimitação do exercício de jurisdição do Juiz.

O conceito é o mesmo, mas são diferentes.

A circunscrição - art. 865 do CE: é o âmbito de abrangência em que é realizada uma

eleição. Presidente - país inteiro. Prefeito/ Vice/ Vereador – Município. O resto - abrangência

é no estado – competência originaria do TRE.

2 Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, ou prefeito e vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de partidos. 3 Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo exercício e, na falta deste, ao seu substituto legal que goze das prerrogativas do Art. 95 da Constituição. 4 Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral: I - o Tribunal Superior Eleitoral; II - os Tribunais Regionais Eleitorais; III - os Juízes Eleitorais; IV - as Juntas Eleitorais. 5 Art. 86. Nas eleições presidenciais, a circunscrição serão País; nas eleições federais e estaduais, o Estado; e nas municipais, o respectivo município.

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Junta eleitoral: competência, composição.

Órgão colegiado da Justiça Eleitoral. Art. 406 CE.

Atualmente competência restrita de votação e apuração. Expede diploma para Prefeito

e Vice.

É composta por um Juiz (Presidente) e dois ou quatro membros (art. 367 CE).

Atribuições da Justiça Eleitoral: administrativa, legislativa, julgadora.

- Administrativa: cria o cadastro eleitoral, das seções, trata do alistamento,

transferência. Trará de toda a parte burocrática.

- Legislativa: concede férias, vantagens a seus servidores.

- Julgadora: julga conflitos – crimes eleitorais - impõe multa quando preciso.

- Consulta: requisitos (formulação em tese; matéria eleitoral; legitimidade; período de

tempo); natureza jurídica (ADIN 1805 - Informativo 104 STF); competência.

Finalidade: buscar orientação em tese do TSE sobre matéria que há dúvida sobre

determinada matéria.

Busca prevenir ou evitar problema futuro, mas não vincula nem quem responde a

consulta e nem quem é feita pergunta, nem terceiros. Não se responde consulta sobre caso

concreto.

Não cabe ADIN contra consulta respondida pelo TSE – uma vez que não vincula.

6 Art. 40. Compete à Junta Eleitoral; I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição. II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração; III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178; IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais. 7 Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.

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Competência: Tribunais podem responder consultas e matéria eleitoral – TSE e TRE

Arts. 238 e 309 CE.

8 Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, I - elaborar o seu regimento interno; II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei; III - conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos; IV - aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juizes dos Tribunais Regionais Eleitorais; V - propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios; VI - propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juizes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento; VII - fixar as datas para as eleições de Presidente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei: VIII - aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas; IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; X - fixar a diária do Corregedor Geral, dos Corregedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede; XI - enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25; XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político; XIII - autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa providência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo; XIV - requisitar a força federal necessária ao cumprimento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o solicitarem, e para garantir a votação e a apuração; (Redação dada pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) XV - organizar e divulgar a Súmula de sua jurisprudência; XVI - requisitar funcionários da União e do Distrito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria; XVII - publicar um boletim eleitoral; XVIII - tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral. 9 Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais: I - elaborar o seu regimento interno; II - organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional provendo-lhes os cargos na forma da lei, e propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior a criação ou supressão de cargos e a fixação dos respectivos vencimentos; III - conceder aos seus membros e aos juizes eleitorais licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos submetendo, quanto aqueles, a decisão à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral; IV - fixar a data das eleições de Governador e Vice-Governador, deputados estaduais, prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juizes de paz, quando não determinada por disposição constitucional ou legal; V - constituir as juntas eleitorais e designar a respectiva sede e jurisdição; VI - indicar ao tribunal Superior as zonas eleitorais ou seções em que a contagem dos votos deva ser feita pela mesa receptora; VII - apurar com os resultados parciais enviados pelas juntas eleitorais, os resultados finais das eleições de Governador e Vice-Governador de membros do Congresso Nacional e expedir os respectivos diplomas, remetendo dentro do prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tribunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos; VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político; IX - dividir a respectiva circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como a criação de novas zonas, à aprovação do Tribunal Superior; X - aprovar a designação do Ofício de Justiça que deva responder pela escrivania eleitoral durante o biênio; XI - nomear preparadores, unicamente dentre nomes indicados pelos juizes eleitorais, para auxiliarem o alistamento eleitoral; (Revogado pela Lei nº 8.868, de 14.4.1994) XII - requisitar a força necessária ao cumprimento de suas decisões solicitar ao Tribunal Superior a requisição de força federal; XIII - autorizar, no Distrito Federal e nas capitais dos Estados, ao seu presidente e, no interior, aos juizes eleitorais, a requisição de funcionários federais, estaduais ou municipais para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço; XIV - requisitar funcionários da União e, ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou Território, funcionários dos respectivos quadros administrativos, no caso de acúmulo ocasional de serviço de suas Secretarias; XV - aplicar as penas disciplinares de advertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos juizes eleitorais; XVI - comprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior; XVII - determinar, em caso de urgência, providências para a execução da lei na respectiva circunscrição; XVIII - organizar o fichário dos eleitores do Estado.

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Natureza Jurídica: ADIN 1805 - Informativo 104 STF.

3. Ministério Público Eleitoral:

Fundamento: art. 12710, CF; LC 75/93 (LOMPU).

Órgãos do MPE:

- Procurador-Geral Eleitoral: é o mesmo Procurador-Geral da República. Não tem limite de

recondução – art. 128, § 1º11, CF. atua no TSE. Auxiliado pelos Sub-procuradores da

República.

- Procurador –Regional Eleitoral: atribuição perante o TRE. É um Procurador Regional da

República de 2º grau. Tem limite de recondução – 1 biênio + 1 recondução – art 76, §2º12, LC.

- Promotor Eleitoral: função delegada pela União. Indicação pelo Procurador Geral de Justiça

e designação pelo Procurador Regional Eleitoral.

- Matéria regulamentada na Resolução 30/2008 do CNMP: estabelece parâmetros para

indicação e designação de membros do MP para exercer função eleitoral em primeiro grau.

XIX - suprimir os mapas parciais de apuração mandando utilizar apenas os boletins e os mapas totalizadores, desde que o menor número de candidatos às eleições proporcionais justifique a supressão, observadas as seguintes normas: (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) a) qualquer candidato ou partido poderá requerer ao Tribunal Regional que suprima a exigência dos mapas parciais de apuração; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) b) da decisão do Tribunal Regional qualquer candidato ou partido poderá, no prazo de três dias, recorrer para o Tribunal Superior, que decidirá em cinco dias; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) c) a supressão dos mapas parciais de apuração só será admitida até seis meses antes da data da eleição; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) d) os boletins e mapas de apuração serão impressos pelos Tribunais Regionais, depois de aprovados pelo Tribunal Superior; (Incluído pela Lei nº 4.961, de 4.5.1966) e) o Tribunal Regional ouvira os partidos na elaboração dos modelos dos boletins e mapas de apuração a fim de que estes atendam às peculiaridade locais, encaminhando os modelos que aprovar, acompanhados das sugestões ou impugnações formuladas pelos partidos, à decisão do Tribunal Superior. 10 Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. 11 Art. 128, § 1º - O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução. 12 Art. 76, § 2º O Procurador Regional Eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por iniciativa do Procurador-Geral Eleitoral, anuindo a maioria absoluta do Conselho Superior do Ministério Público Federal.

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Filiação Partidária - também está estabelecida nesta resolução o período de quarentena –

desfiliação 2 anos antes deve ocorrer para ser Promotor Eleitoral.

Intervenção em todos os processos Art. 7213 CE. Quando não autor da ação será

“custus legis”.

Salvo execução de multa eleitoral (Fazenda Pública) – não reconhecimento de

legitimidade ativa do MPE para ajuizamento de execução de multa.

4. Sistemas Eleitorais:

Majoritário: considera-se eleito o mais votado. Cargos de Presidente da República,

Governado de Estado, Prefeito Municipal e Senador.

Pode ser simples ou maioria absoluta. Devido ao segundo turno. Só nos Municípios

com mais de 200 mil eleitores.

Maioria absoluta (exclusão dos brancos e nulos): metade mais um dos votos válidos.

Maioria simples: segundo turno.

Senador República e Prefeitos nos municípios com menos de 200 mil eleitores –

apenas um voto a mais.

- Principio da Unicidade de chapa – art. 9114 do CE: vota na chapa e não no individuo.

Por exemplo, a votação do Presidente, importa a do Vice também, Governador e vice, Prefeito

e Vice.

Proporcional: leva-se em consideração os votos elegidos pela filiação partidária.

Distribuição partidária.

13 Art. 72. Durante o processo e até a exclusão pode o eleitor votar validamente. 14 Art. 91. O registro de candidatos a presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, ou prefeito e vice-prefeito, far-se-á sempre em chapa única e indivisível, ainda que resulte a indicação de aliança de partidos.

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Aplicado aos cargos: deputado federal/ estadual e vereador.

- Quociente eleitoral (art. 10615 CE; art. 5º16 LE – exclusão brancos e nulos): através

deste quociente que o partido terá direito a algum cargo.

Ex: Eleição com 14 mil votantes

2 mil – brancos

2 mil – nulos.

10 mil – votos válidos.

10 cargos a vereador.

QE: Votos válidos dividido pelo nº de vagas.

10.000/ 10 = 1.000 votos. Para alguém ter vaga tem que ter 1.000 votos.

- Quociente partidário (art. 10717 CE): numero de votos do partidos dividido pelo

quociente eleitoral.

Ex:

A – 4.000 – 4 vagas.

B – 3.000 – 3 vagas.

C – 2.000 – 2 vagas.

D – 1.000 – 1 vaga.

E – 900 – não tem vaga.

- Sobras eleitorais (art. 10918 CE).

15 Art. 106. Determina-se o quociente eleitoral dividindo-se o número de votos válidos apurados pelo de lugares a preencher em cada circunscrição eleitoral, desprezada a fração se igual ou inferior a meio, equivalente a um, se superior. 16 Art. 5º Nas eleições proporcionais, contam-se como válidos apenas os votos dados a candidatos regularmente inscritos e às legendas partidárias. 17 Art. 107 - Determina-se para cada Partido ou coligação o quociente partidário, dividindo-se pelo quociente eleitoral o número de votos válidos dados sob a mesma legenda ou coligação de legendas, desprezada a fração. 18 Art. 109 - Os lugares não preenchidos com a aplicação dos quocientes partidários serão distribuídos mediante observância das seguintes regras:

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5. Direito Partidário:

Partido Político:

- Natureza jurídica: antes e pós CF (art. 17, §2º19).

- Mandando de Segurança contra dirigente partidário: Lei 9259/96 e jurisprudência; Lei 12.016

(LMS – art. 1º, §1º20).

- Coligação (art. 6º21 LE 9504/97): união temporária de partidos políticos para que juntas

concorram a eleição.

Parte legítima das ações eleitorais passam a ser da coligação como um todo, uma vez

coligado apresentar individualmente ação eleitoral será considerado parte ilegítima.

- Possibilidade em ambos os sistemas

- Equivalência a partido político.

- Competência (lides partidárias): regra é justiça comum: porque tem autonomia os partidos

político e por serem pessoas jurídicas de direito privado. Por exceção, é justiça eleitoral.

Fidelidade Partidária:

- TSE e as Consultas 1398 (Min César Asfor Rocha; j. 27/03/07) e nº 1407 (Min. Ayres Brito.

J. 16/10/07).

I - dividir-se-á o número de votos válidos atribuídos a cada Partido ou coligação de Partidos pelo número de lugares por ele obtido, mais um, cabendo ao Partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher; II - repetir-se-á a operação para a distribuição de cada um dos lugares. 19 Art. 17, § 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 20 Art. 1º, § 1o Equiparam-se às autoridades, para os efeitos desta Lei, os representantes ou órgãos de partidos políticos e os administradores de entidades autárquicas, bem como os dirigentes de pessoas jurídicas ou as pessoas naturais no exercício de atribuições do poder público, somente no que disser respeito a essas atribuições. 21 Art. 6º É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário.

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- STF e os MS 26602, 26603, 26604: desfiliação injustificada não é ato ilícito.

- Resolução nº 22.610/07 do TSE (disciplina o processo de perda de mandado eletivo em caso

de desfiliação partidária);

- Hipóteses de justa causa de desfiliação (art. 1º, §1º22, Res. nº 22.610/07):

- incorporação ou fusão do partido;

- criação de novo partido;

- mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;

- grave discriminação pessoal.

Prazo para pedido judicial: 30 dias do ato de desfiliação, para o partido, mais 30 dias

subseqüentes para o interessado ou MPE (art. 1º, §2º23, Resolução nº 22.610/07).

O mandatário que se desfiliou ou pretende se desfiliar pode fazer justa causa.

“Reconhecimento de justa causa para desfiliação” – art. 1º, §3º24, Resolução nº 22.610/07.

Competência: dos mandatos federais é do TSE, demais casos, Tribunal regional.

Art. 2º25 da Resolução nº 22.610/07.

6. Capacidade Eleitoral:

- Ativa:

22 Art. 1º - O partido político interessado pode pedir, perante a Justiça Eleitoral, a decretação da perda de cargo eletivo em decorrência de desfiliação partidária sem justa causa. § 1º - Considera-se justa causa: I) incorporação ou fusão do partido; II) criação de novo partido; III) mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; IV) grave discriminação pessoal. 23 Art. 1º, § 2º - Quando o partido político não formular o pedido dentro de 30 (trinta) dias da desfiliação, pode fazê-lo, em nome próprio, nos 30 (trinta) subseqüentes, quem tenha interesse jurídico ou o Ministério Público eleitoral. 24 Art. 1º § 3º - O mandatário que se desfiliou ou pretenda desfiliar-se pode pedir a declaração da existência de justa causa, fazendo citar o partido, na forma desta Resolução. 25 Art. 2º - O Tribunal Superior Eleitoral é competente para processar e julgar pedido relativo a mandato federal; nos demais casos, é competente o tribunal eleitoral do respectivo estado.

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Direito de votar.

Voto e sufrágio são diferentes. Sufrágio é o poder de decisão em abstrato (referendo e

plebiscito). E voto é a efetivação do direito de sufrágio.

Art. 14, §1º26, CF – obrigatório e facultativo.

Alistamento:

- documentação (art. 4427, CE);

- fundamento legal – a partir art 44 do CE e Res. 21538/03 TSE.

- idade mínima: 16 anos.

- prazo limite: art. 9128 LE. Até 151 dias antes das eleições. Nesse prazo fecha-se o cadastro

eleitoral.

- vedação: estrangeiros e conscritos.

- Resolução 23.274 – Fernando Gonçalves) não recepciona pela CF – art. 5º, II29, CE.

Desnecessidade exprimir na língua nacional.

- Resolução 21.290 (Gilmar Mendes): portador deficiência que torne impossível ou oneroso o

cumprimento da obrigação eleitoral = certidão quitação eleitoral prazo indeterminado.

26 Art. 14, § 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; II - facultativos para: a) os analfabetos; b) os maiores de setenta anos; c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 27 Art. 44. O requerimento, acompanhado de 3 (três) retratos, será instruído com um dos seguintes documentos, que não poderão ser supridos mediante justificação: I - carteira de identidade expedida pelo órgão competente do Distrito Federal ou dos Estados; II - certificado de quitação do serviço militar; III - certidão de idade extraída do Registro Civil; IV - instrumento público do qual se infirá, por direito ter o requerente idade superior a dezoito anos e do qual conste, também, os demais elementos necessários à sua qualificação; V - documento do qual se infira a nacionalidade brasileira, originária ou adquirida, do requerente. 28 Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição. 29 Art. 5º Não podem alistar-se eleitores: II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional.

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- Resolução 21.819 (Fernando Neves): eleitor com necessidades especiais = auxilio para votar.

Transferência:

É um direito em caso de mudança e não uma obrigação. E há vinculo sócio-afetivo.

Requisitos - art. 5530 CE;

- Revisão eleitoral (art. 9231 LE): procedimento que visa depurar o cadastro eleitoral. Res.

21.538.

Caráter subjetivo - quando existir uma denúncia fundamentada de fraude. A

competência é do Tribunal Regional Eleitoral. Art. 58, caput32, Res. 21.538.

Caráter objetivo – nº de população diferenciado de mínimo de eleitorado –

competência do TSE. Art. 58, §1º33, Res. 21.538.

O cancelamento neste caso é em massa.

Cancelamento individual (art. 7134, CE).

30 Art. 55. Em caso de mudança de domicílio, cabe ao eleitor requerer ao juiz do novo domicílio sua transferência, juntando o título anterior. 31 Art. 92. O Tribunal Superior Eleitoral, ao conduzir o processamento dos títulos eleitorais, determinará de ofício a revisão ou correição das Zonas Eleitorais sempre que: I - o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele Município; III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. 32 Art. 58. Quando houver denúncia fundamentada de fraude no alistamento de uma zona ou município, o Tribunal Regional Eleitoral poderá determinar a realização de correição e, provada a fraude em proporção comprometedora, ordenará, comunicando a decisão ao Tribunal Superior Eleitoral, a revisão do eleitorado, obedecidas as instruções contidas nesta resolução e as recomendações que subsidiariamente baixar, com o cancelamento de ofício das inscrições correspondentes aos títulos que não forem apresentados à revisão (Código Eleitoral, art. 71, § 4º). 33 Art. 58, § 1º O Tribunal Superior Eleitoral determinará, de ofício, a revisão ou correição das zonas eleitorais sempre que: I - o total de transferências de eleitores ocorridas no ano em curso seja dez por cento superior ao do ano anterior; II - o eleitorado for superior ao dobro da população entre dez e quinze anos, somada à de idade superior a setenta anos do território daquele município; III - o eleitorado for superior a sessenta e cinco por cento da população projetada para aquele ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (Lei nº 9.504/97, art. 92). 34 Art. 71. São causas de cancelamento: I - a infração dos artigos. 5º e 42;

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- Capacidade Passiva:

Direito de ser votado.

Aquisição de capacidade eleitoral passiva:

- Requisito positivo.

- Requisito negativo – ter inelegibilidade.

- Condições de registrabilidade – requisitos burocráticos.

7. Condições de Elegibilidade:

I. Nacionalidade brasileira.

- Conceito:

Art. 1235, CF: natos e naturalizados.

Regra: quanto ao exercício - Igualdade de direitos. Ressalvada exceção prevista na CF -

art. 12, §2º36, CF.

II - a suspensão ou perda dos direitos políticos; III - a pluralidade de inscrição; IV - o falecimento do eleitor; V - deixar de votar em 3 (três) eleições consecutivas. 35 Art. 12. São brasileiros: I - natos: a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país; b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil; c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; II - naturalizados: a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade brasileira. 36 Art. 12, § 2º - A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição.

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- Situações dos portugueses (com residência permanente no país + reciprocidade. Art. 12,

§1º37, CF) - Quase nacionalidade (mesmos direitos dos brasileiros naturalizados).

II. Pleno exercício dos direitos políticos - art. 14, §3º, II38, CF:

Não está no pleno gozo dos direitos políticos aquele que incide no art. 15 da CF.

Art. 1539 CF:

- auto-aplicabilidade: STF

- “vedada a cassação”: conceito de cassação – privação dos direitos políticos calcada

em motivos eminentemente políticos – perseguição política.

- perda e suspensão dos direitos políticos (distinção);

A diferença é cronológica - ambas impedem direito de votar e ser votado. A suspensão

é temporária, ao passo que a perda é definitiva.

- Hipóteses do art. 15 CF:

Inciso I:

- Perdas dos direitos políticos;

- duas hipóteses no art. 12, §4º40, CF: atividade nociva ao interesse nacional;

37 Art. 12, § 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Constituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) 38 Art. 14, § 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: II - o pleno exercício dos direitos políticos. 39 Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II - incapacidade civil absoluta; III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos; IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 40 Art. 12, § 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional; II - adquirir outra nacionalidade por naturalização voluntária. II - adquirir outra nacionalidade, salvo no casos: (Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis; (Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994)

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- aquisição de outra nacionalidade, salvo dupla nacionalidade ou adquirir outra

nacionalidade por imposição.

Inciso II:

É a suspensão dos direitos políticos;

Critério quantitativo (absoluta): pois o próprio CC permite o levantamento da

interdição. É processo especifico de interdição. Tem que ser capacidade civil absoluta;

Inciso III:

- é causa de suspensão de direitos políticos;

- efeito automático;

- abrangência: elemento subjetivo (dolo, culpa, preterdolo);

- infração penal (crime e contravenção);

- espécie de pena (PPL, PRD, PM);

- duração e cessação (cumprimento da pena e extinção da punibilidade);

- Livramento condicional e sursis;

- Súmula 09 TSE (cessação ocorre com o cumprimento da pena e independe de

reabilitação ou reparação do dano).

- Medida de Segurança e a Resolução 22.193 do TSE. (sentença absolutória imprópria

– interpretação sistemática da incapacidade civil absoluta com o crime – cabendo a

suspensão dos direitos políticos - Importa na suspensão dos direitos políticos na forma do art.

15, III, CF).

- medidas despenalizadoras (Lei 9099/95): não há que se falar em suspensão dos

direito políticos.

- Presos provisórios (Lei 7960/89, arts. 302, 312, 408 e 594 CPP): não houve trânsito

em julgado ainda, portanto, não tem direitos políticos suspensos, sendo possível o voto destes

presos.

- Perda de mandato (membros do CN e Deputados Estaduais x demais mandatos).

Regra: como conseqüência da suspensão dos direitos políticos perde seu mandato.

Esta Regra é aplicada: Presidente, Governador, Prefeito e Vereador.

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No demais casos, ou seja, Senadores, deputados federais e deputados estaduais, a perda

do mandato não é automática por força do ar. 55, §2º41, da CF. Por força do art. 27, §1º42, CF,

é aplicada também aos deputados estaduais.

Inciso IV:

- suspensão (eleitoralistas) ou perda (constitucionalistas)

- obrigação a todos imposta.

- cabimento da recusa: escusa de consciência – art. 5º, VIII43, CF.

- incidência da norma: recusa a obrigação legal + recusa a prestação alternativa (Lei

8239/91);

Inciso V:

Art. 37, CF e Lei 8429/92:

- decorrente de enriquecimento ilícito – art. 9º44.

41 Art. 55, § 2º - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa. 42 Art. 27, § 1º - Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 43 Art. 5º, VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 44 Art. 9° Constitui ato de improbidade administrativa importando enriquecimento ilícito auferir qualquer tipo de vantagem patrimonial indevida em razão do exercício de cargo, mandato, função, emprego ou atividade nas entidades mencionadas no art. 1° desta lei, e notadamente: I - receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público; II - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem móvel ou imóvel, ou a contratação de serviços pelas entidades referidas no art. 1° por preço superior ao valor de mercado; III - perceber vantagem econômica, direta ou indireta, para facilitar a alienação, permuta ou locação de bem público ou o fornecimento de serviço por ente estatal por preço inferior ao valor de mercado; IV - utilizar, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidores públicos, empregados ou terceiros contratados por essas entidades; V - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para tolerar a exploração ou a prática de jogos de azar, de lenocínio, de narcotráfico, de contrabando, de usura ou de qualquer outra atividade ilícita, ou aceitar promessa de tal vantagem; VI - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indireta, para fazer declaração falsa sobre medição ou avaliação em obras públicas ou qualquer outro serviço, ou sobre quantidade, peso, medida, qualidade ou característica de mercadorias ou bens fornecidos a qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; VII - adquirir, para si ou para outrem, no exercício de mandato, cargo, emprego ou função pública, bens de qualquer natureza cujo valor seja desproporcional à evolução do patrimônio ou à renda do agente público; VIII - aceitar emprego, comissão ou exercer atividade de consultoria ou assessoramento para pessoa física ou jurídica que tenha interesse suscetível de ser atingido ou amparado por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público, durante a atividade;

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- decorrente de lesão ao erário – art. 1045;

- decorrente de violação dos princípios - art. 1146.

- causa de suspensão;

IX - perceber vantagem econômica para intermediar a liberação ou aplicação de verba pública de qualquer natureza; X - receber vantagem econômica de qualquer natureza, direta ou indiretamente, para omitir ato de ofício, providência ou declaração a que esteja obrigado; XI - incorporar, por qualquer forma, ao seu patrimônio bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei; XII - usar, em proveito próprio, bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1° desta lei. 45 Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação, malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no art. 1º desta lei, e notadamente: I - facilitar ou concorrer por qualquer forma para a incorporação ao patrimônio particular, de pessoa física ou jurídica, de bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei; II - permitir ou concorrer para que pessoa física ou jurídica privada utilize bens, rendas, verbas ou valores integrantes do acervo patrimonial das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; III - doar à pessoa física ou jurídica bem como ao ente despersonalizado, ainda que de fins educativos ou assistências, bens, rendas, verbas ou valores do patrimônio de qualquer das entidades mencionadas no art. 1º desta lei, sem observância das formalidades legais e regulamentares aplicáveis à espécie; IV - permitir ou facilitar a alienação, permuta ou locação de bem integrante do patrimônio de qualquer das entidades referidas no art. 1º desta lei, ou ainda a prestação de serviço por parte delas, por preço inferior ao de mercado; V - permitir ou facilitar a aquisição, permuta ou locação de bem ou serviço por preço superior ao de mercado; VI - realizar operação financeira sem observância das normas legais e regulamentares ou aceitar garantia insuficiente ou inidônea; VII - conceder benefício administrativo ou fiscal sem a observância das formalidades legais ou regulamentares aplicáveis à espécie; VIII - frustrar a licitude de processo licitatório ou dispensá-lo indevidamente; IX - ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento; X - agir negligentemente na arrecadação de tributo ou renda, bem como no que diz respeito à conservação do patrimônio público; XI - liberar verba pública sem a estrita observância das normas pertinentes ou influir de qualquer forma para a sua aplicação irregular; XII - permitir, facilitar ou concorrer para que terceiro se enriqueça ilicitamente; XIII - permitir que se utilize, em obra ou serviço particular, veículos, máquinas, equipamentos ou material de qualquer natureza, de propriedade ou à disposição de qualquer das entidades mencionadas no art. 1° desta lei, bem como o trabalho de servidor público, empregados ou terceiros contratados por essas entidades. XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha por objeto a prestação de serviços públicos por meio da gestão associada sem observar as formalidades previstas na lei; (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem observar as formalidades previstas na lei. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005) 46 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de competência; II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo; IV - negar publicidade aos atos oficiais; V - frustrar a licitude de concurso público; VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou econômica capaz de afetar o preço de mercadoria, bem ou serviço.

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- prazo variável (art 1247 LIA), em conformidade com o ato de improbidade

administrativa;

- necessidade de previsão expressa na sentença;

- LACP ou LAP: não sanciona com suspensão dos direitos políticos;

- legislação esparsa (Estatuto da Cidade; LE).

47 Art. 12. Independentemente das sanções penais, civis e administrativas previstas na legislação específica, está o responsável pelo ato de improbidade sujeito às seguintes cominações, que podem ser aplicadas isolada ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato: (Redação dada pela Lei nº 12.120, de 2009). I - na hipótese do art. 9°, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, ressarcimento integral do dano, quando houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos, pagamento de multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de dez anos; II - na hipótese do art. 10, ressarcimento integral do dano, perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio, se concorrer esta circunstância, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de cinco a oito anos, pagamento de multa civil de até duas vezes o valor do dano e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de cinco anos; III - na hipótese do art. 11, ressarcimento integral do dano, se houver, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos de três a cinco anos, pagamento de multa civil de até cem vezes o valor da remuneração percebida pelo agente e proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de três anos.