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DIREITO TRIBUTÁRIO EXAME ORDEM FGV Prof. Cristiano Colombo

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Ponto 1: EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Ponto 2: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA

Ponto 3: ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA

Aula 03 Ponto 4: PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO

PONTO 1: EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

As duas hipóteses de EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO são: ISENÇÃO E ANISTIA. A exclusão do crédito tributário não dispensa o contribuinte das obrigações acessórias.

“Art. 175. Excluem o crédito tributário: I - a isenção; II - a anistia. Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não dispensa o cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.”

ISENÇÃO

“Art. 176. A isenção, ainda quando prevista em contrato, é sempre decorrente de lei que especifique as condições e requisitos exigidos para a sua concessão, os tributos a que se aplica e, sendo caso, o prazo de sua duração.

Parágrafo único. A isenção pode ser restrita a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares.

Art. 177. Salvo disposição de lei em contrário, a isenção não é extensiva:

I - às taxas e às contribuições de melhoria;

II - aos tributos instituídos posteriormente à sua concessão.

Art. 178 - A isenção, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso III do art. 104. (Redação dada pela Lei Complementar nº 24, de 7.1.1975)

Art. 179. A isenção, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei ou contrato para concessão.”

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ANISTIA A Anistia é a exclusão do crédito tributário relativa às penalidades. Pela anistia, o legislador extingue a punibilidade do sujeito passivo infrator, impedindo a constituição do crédito tributário. Se o crédito já está constituído dá-se a remissão (perdão), não a anistia. A Anistia se refere exclusivamente à penalidade e há de ser concedida antes da constituição do crédito tributário. Decorre sempre de lei, portanto, matéria de reserva legal. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando: I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele; II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas. A anistia pode ser concedida: a) em caráter geral; b) limitadamente: às infrações da legislação relativa a determinado tributo; às infrações punidas com penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra natureza; a determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela peculiares; sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que a conceder, ou cuja fixação seja atribuída pela mesma lei à autoridade administrativa. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. O despacho que concede a anistia não gera direito adquirido.

“Art. 180. A anistia abrange exclusivamente as infrações cometidas anteriormente à vigência da lei que a concede, não se aplicando:

I - aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenções e aos que, mesmo sem essa qualificação, sejam praticados com dolo, fraude ou simulação pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefício daquele;

II - salvo disposição em contrário, às infrações resultantes de conluio entre duas ou mais pessoas naturais ou jurídicas.

Art. 182. A anistia, quando não concedida em caráter geral, é efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com a qual o

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interessado faça prova do preenchimento das condições e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concessão. Parágrafo único. O despacho referido neste artigo não gera direito adquirido, aplicando-se, quando cabível, o disposto no artigo 155.”

PONTO 2: LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA “Legislação Tributária” e Lei Artigo 96 do CTN Conforme o Código Tributário Nacional, Lei e “Legislação Tributária” não são expressões sinônimas. A Lei é a regra jurídica de caráter abstrato, emanado do Poder ao qual a Constituição atribui a competência legislativa, com observância das regras constitucionais pertinentes à elaboração das Leis. (cf. Hugo de Brito Machado) A Legislação Tributária abrange além das leis, os tratados, as convenções internacionais, decretos e as normas complementares, que tratem no todo ou em parte sobre tributos e relações jurídicas pertinentes, nos termos do artigo 96 do CTN. A expressão “legislação tributária” entre aspas, deu-se em razão do legislador incluir neste conceito atos administrativos. É o caso dos decretos regulamentares (Regulamento do Imposto de Renda, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados), que não são leis em sentido formal e material, mas atos administrativos em alto grau de abstração e generalidade, indutores de condutas. Legislação significa coletâneas de Leis e no caso a expressão “legislação tributária” dá conceito mais amplo, abrigando, inclusive, atos administrativos em seu objeto. Leis, Tratados, Convenções Internacionais e Decretos O artigo 98 do CTN O artigo 98 dispõe que os tratados e convenções internacionais revogam ou modificam a legislação interna, e serão observados pela que lhes sobrevenha. Da Constituição Federal e o do Tratado Internacional 1º.) A celebração de Tratado Internacional dá-se pelo Presidente da República, nos termos do artigo 84, VIII da CRFB/1988; 2º) O Tratado é referendado pelo Congresso Nacional, via Decreto Legislativo, com fundamento no artigo 49, I da CRFB/1988; 3º.) O Presidente expede Decreto, para promulgar o ato internacional.

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A partir da expedição do Decreto, com a promulgação do Tratado Internacional, publicado oficialmente o seu texto, passando a partir deste momento ter obrigatoriedade na ordem jurídica interna. A Constituição Federal não aplicou o princípio do efeito direto. O CTN procura conferir aos tratados uma superioridade frente à legislação interna, todavia, o STF tem se manifestado no sentido de que celebrados pelo Brasil, não podem versar sobre matéria reservada, pela Constituição Federal, à Lei Complementar. Assim, incorporados ao ordenamento jurídico, os tratados têm status de Lei Ordinária. Destarte, aplica-se a Lei de Introdução ao Código Civil, no sentido que: Lei posterior revoga a anterior naquilo que com ela for incompatível ou quando regular inteiramente a matéria de que se tratava a lei anterior (critério cronológico); se a lei nova, que estabelece disposições gerais ou especiais a par das existentes, não revoga nem modifica a lei anterior (critério da especialidade). Se o Tratado revoga uma lei, e, posteriormente, o tratado é revogado ou tiver perdido a sua vigência, a lei não é restaurada. Dessa forma não se aplica a represtinação. Artigo 99 Importa dizer que o conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se aos das leis em função dos quais foram expedidos, determinados com observância das regras de interpretação da lei. São servos da lei. Os decretos do Executivo fazem parte da “legislação tributária”, mas não podem substituir as leis. O artigo 97 do CTN traz o princípio da reserva de lei impondo-se a administrador tributário. Decreto é ato do Poder Executivo. A posição do Decreto é inferior à Lei. Os regulamentos são editados mediante Decreto, com o fim de explicar o modo e a forma de execução da Lei, ou para regular situações que não são reservada à Lei. Explicitar os textos legais. Normas Complementares Artigo 100 O Artigo 100 trata das normas complementares – que são na verdade atos administrativos, qualificados pelo CTN como “Legislação Tributária”. Visam completar, não inovar ou de qualquer forma modificar o texto que complementam. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos: I – os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas; (portarias, ordens de serviços, instruções normativas, atos semelhantes); II – as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa; (Atualmente, em nível federal, tem-se a Coordenação

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do Sistema de Tributação do Ministério da Fazenda, que visa unificar a interpretação mediante solução de consultas). III – as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas; ( Trata-se de uma posição do fisco na aplicação da legislação tributária. A reiterada conduta das autoridades fiscais em determinado sentido, faz com que essa prática torne-se norma complementar da lei.) IV – os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. (os convênios trazem normas que vinculam as partes.) As normas complementares não podem modificar as leis, nem os decretos e regulamentos. Dessa forma, não asseguram o direito do contribuinte do não-pagamento de tributo que seja efetivamente devido, uma vez que instituído em Lei. Neste caso, como já referido, apenas pagará o contribuinte o tributo em si, afastados os consectários. Ademais, o Parágrafo Único do artigo 100, assim preceitua: A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora e a atualização do valor monetário da base de cálculo de tributo. Dessa forma, este parágrafo único foi redigido com o intuito de proteger o contribuinte em face da inconstância da Administração Fiscal, para afastar a possibilidade daqueles que seguem os atos administrativos, virem a ser prejudicados. PONTO 3: ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA ARTIGO 194 -208 DO CTN Competência e Poderes – Autoridades Administrativas Fiscalização às pessoas naturais, jurídicas, contribuintes ou não, que gozem de imunidade ou isenção. Disposição legal não pode restringir: Exame de mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis, e efeitos comerciais e fiscais dos comerciantes, industriais ou produtores, ou da obrigação destes de exibi-los. Os livros obrigatórios de escrituração comercial e fiscal e os comprovantes do lançamentos neles efetuados serão conservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributários decorrentes das operações a que se referiram. São obrigados a prestar informações: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

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Dívida Ativa – Art. 201 Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular. Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito. Trata-se do inadimplemento do devedor seguido da inscrição, ato administrativo. Termo de Inscrição em dívida ativa, conterá: (artigo 202 do CTN) I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. A presunção é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição. Certidão Positiva com efeitos de Negativa: Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra a Fazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelo crédito tributário e juros de mora acrescidos.

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PONTO 4: PROCESSO JUDICIAL TRIBUTÁRIO

O Processo Judicial Tributário busca o controle da legalidade dos atos da administração tributária. Aplicam-se a Lei de Execução Fiscal – parte de execução e o Código de Processo Civil para o processo de conhecimento. O processo de conhecimento é sempre de iniciativa do contribuinte; Citado o executado terá o prazo de cinco dias para pagar ou garantir o juízo, mediante fiança bancária, depósito ou indicar bens; 5 dias a contar da ciência Findo o prazo, será feita a penhora de qualquer bem do executado, excetuado os absolutamente impenhoráveis, quando no auto de penhora, conterá a avaliação do bem. O Fisco não tem necessidade de ir a Juízo para que crédito seja reconhecido, pois, unilateralmente constitui o título executivo – Certidão de Dívida Ativa. O executado oferecerá embargos, no prazo de 30 dias, contados: a. do depósito; b. da juntada da prova da fiança bancária; c. intimação da penhora; (não se aplica a regra da juntada do mandado nos autos);

Não são admissíveis embargos do executado antes de garantida a execução.

Artigos da Lei de Execuções Fiscais

Art. 4º - A execução fiscal poderá ser promovida contra:

I - o devedor;

II - o fiador;

III - o espólio;

IV - a massa;

V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e

VI - os sucessores a qualquer título.

Art. 6º - A petição inicial indicará apenas:

I - o Juiz a quem é dirigida;

II - o pedido; e

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III - o requerimento para a citação.

§ 1º - A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita.

§ 2º - A petição inicial e a Certidão de Dívida Ativa poderão constituir um único documento, preparado inclusive por processo eletrônico.

§ 3º - A produção de provas pela Fazenda Pública independe de requerimento na petição inicial.

§ 4º - O valor da causa será o da dívida constante da certidão, com os encargos legais.

Art. 9º - Em garantia da execução, pelo valor da dívida, juros e multa de mora e encargos indicados na Certidão de Dívida Ativa, o executado poderá:

I - efetuar depósito em dinheiro, à ordem do Juízo em estabelecimento oficial de crédito, que assegure atualização monetária;

II - oferecer fiança bancária;

III - nomear bens à penhora, observada a ordem do artigo 11; ou

IV - indicar à penhora bens oferecidos por terceiros e aceitos pela Fazenda Pública.

§ 1º - O executado só poderá indicar e o terceiro oferecer bem imóvel à penhora com o consentimento expresso do respectivo cônjuge.

§ 2º - Juntar-se-á aos autos a prova do depósito, da fiança bancária ou da penhora dos bens do executado ou de terceiros.

§ 3º - A garantia da execução, por meio de depósito em dinheiro ou fiança bancária, produz os mesmos efeitos da penhora.

§ 4º - Somente o depósito em dinheiro, na forma do artigo 32, faz cessar a responsabilidade pela atualização monetária e juros de mora.

§ 5º - A fiança bancária prevista no inciso II obedecerá às condições pré-estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional.

§ 6º - O executado poderá pagar parcela da dívida, que julgar incontroversa, e garantir a execução do saldo devedor.

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Matéria de Embargos: art. 16, §2° da LEF. O prazo de impugnação dos embargos é de 30 (trinta) dias; Em caso de: Procedência: extingue-se a execução, com o levantamento da garantia dada pelo executado, cabendo à Fazenda Pública ressarcir as despesas da outra parte; Improcedência: prossegue-se à execução. Exceção de pré-executividade A Lei não previu defesa que pudesse ser oferecida antes de seguro o juízo; Pela Letra da Lei, ainda que seja nula a execução, deverá o executado garantir a execução, para posteriormente discutir; Pela construção jurisprudencial, é admitida a Exceção de Pré-executividade. Matérias: conhecidas de ofício, falta de condições da ação (possibilidade jurídica, legitimidade, interesse processual), pressupostos processuais, causas extintivas, como pagamento, prescrição. Ação Declaratória A Ação Declaratória pertence ao processo de conhecimento e segue o procedimento ordinário, conforme o Código de Processo Civil; Pede-se a declaração da existência (ex.: direito a ter um crédito em operação de ICMS) ou inexistência de relação jurídica tributária (ex.: tributo não é devido); A Coisa Julgada alcança ao futuro; Aplicável o artigo 273 do CPC, bem como o depósito judicial.

Ação de Repetição de Indébito Ação de Procedimento Ordinário; Tem como objeto específico a obtenção de sentença condenatória que determina ao órgão exator a devolução dos valores pagos indevidamente; Obedecerá o prazo de restituição do artigo 168 do CTN. Tem uma carga declaratória e condenatória. Mandado de Segurança Previsto no artigo 5º, LXIX da CRFB/1988 e Lei 12.016/2009:

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“Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funções que exerça. “ Pode ser repressivo ou preventivo; Repressivo: contra ato já praticado da autoridade (ato ilegal de lançamento ou de aplicação de penalidades); Preventivo: visa evitar que a autoridade fiscal venha praticar ato de lançamento, auto de infração, calçada em norma jurídica ilegal ou inconstitucional; O Direito Líquido e Certo é aquele que independe de dilação probatória; O prazo é 120 dias da ciência do ato da autoridade. Havendo controvérsia quanto a fatos, a ser superada com produção de provas, não cabe mandado de segurança. Pode ser feito o depósito. Pode buscar liminar presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora

Ação Anulatória de Débito Rito Ordinário; Pressupõe a existência de ato administrativo cuja desconstituição seja objeto do processo; (art. 38 da LEF) Pode ser tanto ato de lançamento como outro ato qualquer promovido pela administração tributária, como auto de infração; Não há mais exigência de depósito preparatório como pressuposto de procedibilidade, sendo mera faculdade do contribuinte, que tenha como objetivo suspender a exigibilidade do crédito tributário. Assim, o ajuizamento da Ação Anulatória sem o depósito prévio, não afasta a execução fiscal QUESTÃO 68

ARTIGOS CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.

(Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens

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e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valor total exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento da indisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata o caput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminada dos bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido. (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)

QUESTÕES

1) As formas de extinção do crédito tributário, conforme o Código Tributário Nacional (CTN), não incluem a a) compensação. b) remissão. c) prescrição. d) isenção.

2) De acordo com o CTN, o crédito tributário não pode ser suspenso por a) conversão de depósito em renda. b) moratória. c) reclamações e recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. d) concessão de medida liminar em mandado de segurança.

3) João auferiu renda superior a R$ 100.000,00 no ano calendário de 2005, mas não apresentou declaração ao fisco federal em virtude de essa renda ter sido proveniente da prática de tráfico ilícito de substâncias entorpecentes. Em regular atividade fiscal, João foi compelido a pagar multa pecuniária pelo atraso na entrega de sua declaração de renda. Considerando a situação hipotética apresentada acima e as normas do sistema tributário nacional, assinale a opção correta. a) Constitui tributo a multa imposta a João pelo atraso na entrega de sua declaração de renda. b) João não está obrigado a pagar o imposto de renda em razão de os valores por ele auferidos terem sido provenientes de atividade ilícita. c) O imposto de renda poderá ser instituído por lei complementar, lei ordinária, medida provisória ou decreto.

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d) O imposto de renda deve ser informado pelos critérios da universalidade, da progressividade e da generalidade.

4) A fazenda pública municipal ajuizou execução fiscal contra a MN Consultoria e Serviços Ltda., pelo não-recolhimento, na forma e prazos devidos, do imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS). A executada foi citada para pagar a dívida com juros e multa de mora e encargos indicados na certidão de dívida ativa ou para garantir a execução. Tendo como referência inicial a situação hipotética acima, assinale a opção correta acerca das normas atinentes à execução fiscal. a) A certidão de dívida ativa poderá ser emendada até decisão proferida em recurso especial. b) O despacho do juiz que deferir a petição inicial determinará o arresto dos bens da MN Consultoria e Serviços Ltda., caso a dívida não seja paga, nem garantida a execução, por depósito ou fiança. c) A MN Consultoria e Serviços Ltda. não poderá apresentar reconvenção nos autos da execução fiscal proposta em seu desfavor. d) A lei veda que a petição inicial e a certidão de dívida ativa constituam um único documento.

05) O taxista João recebeu do fisco estadual uma correspondência na qual lhe foi informado que, mesmo tendo ocorrido o fato gerador do IPVA, ele não precisaria pagar o tributo, uma vez que fora aprovada uma lei, pela respectiva assembléia legislativa, que excluía o crédito tributário dos taxistas, relativamente ao IPVA. Nessa situação hipotética, pode-se dizer que a citada lei estabeleceu uma a) remissão. b) transação. c) isenção. d) anistia.

06) Suponha-se que determinada sociedade limitada, estando em débito com a fazenda pública estadual em razão do não-recolhimento do imposto sobre operações referentes à circulação de mercadorias relativo aos dois últimos anos, promova o parcelamento do valor devido. Nessa situação, o parcelamento a) extingue o crédito tributário. b) suspende a exigibilidade do crédito tributário. c) concede remissão ao crédito tributário. d) exclui o crédito tributário.

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07) Considere-se que a União conceda anistia tributária abrangendo infrações cometidas por pessoas jurídicas domiciliadas em certa região brasileira, em razão de condições que lhes são peculiares. Nessa situação hipotética e de acordo com as normas atinentes ao crédito tributário, assinale a opção correta. a) A anistia abrange as infrações administrativas e as contravenções penais cometidas pelas pessoas jurídicas beneficiadas. b) Não se aplica a anistia às infrações cometidas anteriormente à vigência da lei. c) Não se aplica a anistia a atos praticados com simulação pelas pessoas jurídicas beneficiadas. d) A lei concessiva da anistia abrange, também, as infrações cometidas com dolo ou culpa pelas pessoas jurídicas beneficiadas.