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ABRIL, MAIO E JUNHO 2011 - ANO XXVIII Nº 104 ANO JUBILAR DO CSA No dia 06 de junho, o Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, acompanhado de Dom Itamar Vian e do Ministro Provincial dos Capuchinhos na Bahia e Sergipe, frei Rubival Cabral Britto, abençoou a nova recepção do Colégio Santo Antônio e da nova fachada. Autoridades, políticos, funcionários e professores, diretores (as) de outras instituições de ensino participaram deste momento que faz parte de nosso ano jubilar. Agradecemos a Deus a inspiração e a força para mudar, ressignificar e caminhar na vida, como também aos amigos que, com orações, nos têm acompanhado. Por tudo, Deus seja louvado! Frei Ruy, Diretor do CSA.

Ponto de Encontro - Abr, mai, jun - 2011

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Page 1: Ponto de Encontro - Abr, mai, jun - 2011

ABRIL, MAIO E JUNHO 2011 - ANO XXVIII Nº 104

ANO JUBILAR DO CSA No dia 06 de junho, o Cardeal Dom Geraldo Majella

Agnelo, acompanhado de Dom Itamar Vian e do

Ministro Provincial dos Capuchinhos na Bahia e

Sergipe, frei Rubival Cabral Britto, abençoou a nova

recepção do Colégio Santo Antônio e da nova

fachada. Autoridades, políticos, funcionários e

professores, diretores (as) de outras instituições de

ensino participaram deste momento que faz parte de

nosso ano jubilar.

Agradecemos a Deus a inspiração e a força para

mudar, ressignificar e caminhar na vida, como

também aos amigos que, com orações, nos têm

acompanhado. Por tudo, Deus seja louvado! Frei Ruy,

Diretor do CSA.

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ABRIL, MAIO E JUNHO 2011 ....................................................................................................................... 02 VOCAÇÃO

VIVA A BEM-AVENTURADA DULCE DOS POBRES “Bem-aventurada és tu, irmã Dulce, porque acreditaste na palavra do Senhor, e te tornaste santa no amor sem limites a Deus, provado no amor aos semelhantes mais humildes e necessitados. Por isso, tu és chamada Bem-aventurada Dulce dos pobres!

É um momento de muita emoção para nossa Arquidiocese de São Salvador da Bahia viver o acontecimento da Beatificação da Irmã Dulce. Agradecemos de coração comovido ao Santo Padre o Papa Bento XVI ter elevado às honras dos altares alguém que aqui viveu, amou a nossa gente, especialmente os mais sofridos, aos quais deu a maior prova de amor, entregando toda a sua vida por eles.

Hoje, estamos celebrando a santidade de Deus que deseja ver reproduzida em cada um de seus filhos. Estamos celebrando a vitória do amor de Deus no coração desta criatura tão pequenina e frágil para realizar tantos milagres de amor. O que é a santidade de Deus? Deus é o Amor infinito e por isso é a verdade, é a justiça, é a misericórdia, é o perdão, é a bondade.

A santidade cristã consiste na união com Cristo. O Concílio Vaticano II, na Constituição conciliar, Lúmen gentium, afirma que: “A Igreja é indefectivelmente santa. Cristo, Filho de Deus, que com o Pai e o Espírito é proclamado “o único santo, amou a Igreja como sua esposa, entregou-se por ela para santificá-la e uniu-a a si, como seu corpo, enchendo-a do dom do Espírito Santo para a glória de Deus”.

Assim hoje contemplamos a vida santa da Irmã Dulce, com todos os frutos em favor não só dos carentes de tudo, especialmente da saúde, mas também do testemunho da sua união com Deus, através da escuta e contemplação da sua Palavra e da comunhão diária do seu Corpo e do seu Sangue na celebração da Eucaristia que é a oferta do sacrifício redentor de Cristo ao Pai celeste. Meus queridos irmãos e irmãs, viver a santidade como já disse não é privilégio para algumas pessoas, mas é dever de todo cristão batizado. Na 1ª Carta de Pedro 1,15-16, o apóstolo nos diz: “Como é santo aquele que vos chamou, tornai-vos santos, também vós, em todo o vosso proceder. Pois está escrito: ‘Sereis santos porque eu sou santo’ (Lv 11, 44s; 19,2)”. A Palavra de Deus não diz alguns, mas todos que ouvirem a Palavra de Deus, se converteram no seguimento de Jesus.

Paulo nos adverte: “Se eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, mas não tivesse o amor, eu seria como um bronze que soa ou um címbalo que retine”. Portanto a Beata Irmã Dulce em toda a sua vida foi e é a mensageira e missionária do amor. Damos graças a Deus porque suscitou e continua suscitando, em nosso meio, imitadores da Bem-aventurada Dulce”. (Homilia do Cardeal Geraldo Majella Agnelo, Arcebispo Emérito de São Salvador da Bahia, na beatificação dia 22 de maio).

PARTICIPAÇÃO DOS FRADES CAPUCHINHOS NA CELEBRAÇÃO DE BEATIFICAÇÃO DA IRMÃ DULCE Num clima orante e de muita emoção, os Frades Capuchinhos da Bahia e Sergipe, juntamente, com confrades vindos de outras Províncias e todo

povo de Deus, participaram da Cerimônia de Beatificação da Irmã Dulce. Tivemos participação em dois momentos especiais: com Frei Mário Sérgio, que além de cantar no palco principal, também motivou todo o Povo de Deus com mensagens de esperança e de fé, em nome da família franciscana. Em seguida, os confrades conduziram, para o altar, o andor com a imagem de Santo Antônio. Foi um momento muito especial, pois Santo Antônio era o santo de devoção da Irmã Dulce, mas também, de todo povo baiano. A Cerimônia de Beatificação foi presidida pelo Cardeal Geraldo Agnelo, Arcebispo Emérito de São Salvador da Bahia, Delegado Papal, e contou com a participação de

mais de 500 religiosos – entre, arcebispos, bispos, padres, diáconos e seminaristas e devotos de todo o Brasil que, mesmo debaixo de chuva, permaneceram irmanados na mesma fé. (Frei Gilson Marinho)

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ABRIL, MAIO E JUNHO 2011 ....................................................................................................................... 03 INFORMANDO

ABERTURA DO ANO CLARIANO EM CANINDÉ-CE

No dia em que a nossa Ordem na liturgia celebra a memória de Santa Camila Batista, dá-se inicio

o nosso tão esperado Encontro. Dias preparados com tanto esmero e amor pelas nossas Irmãs.

O Mosteiro e a Cidade de Canindé, com o coração alargado, acolheu e acolhe durante toda esta

semana todas as Irmãs com muito carinho, é a Clara no hoje da história, história esta de 800

anos. Assim, na manhã de hoje, com o soar dos sinos da Basílica de São Francisco, convidando

os fiéis para o louvor divino, aos poucos, pelos corredores do claustro, as Irmãs se dirigiam para

a Capela do Mosteiro para a Oração da Manhã e a Santa Missa. Presidiu a celebração o Frei

Raimundo, OFM – Assistente Espiritual da Federação Sagrada Família e concelebrada pelo Frei

José Carlos Pedroso, OFMCap que até a sexta-feira, assessorará o nosso Encontro com reflexões

e estudos de nossa espiritualidade.

Na homilia o Frei Raimundo nos recordava a graça deste momento para toda a nossa Ordem no

Brasil e para cada uma de nós e nos levou a refletir o sentido de estarmos aqui: o de celebrarmos

a nossa vocação, de modo sempre mais profundo, firme, coração agradecimento pelo imenso

BENEFÍCIO. A abertura do Encontro, deu-se na Basílica de São Francisco, com a Celebração

Eucarística presidida pelo Ministro Provincial, Frei Marconi Lins, OFM e demais frades. As Irmãs

foram em peregrinação do Mosteiro até a Basílica, rezando e cantando com o Povo de Deus que

piedosamente as aguardavam pelas ruas de Canindé saudando-as e muitos deles até se

emocionavam ao ver aquele grupo tão grande de Irmãs que peregrinavam ao encontro do Pai São Francisco. Houve uma pequena pausa do

percurso na Capela de Nossa Senhora das Dores, para um momento de oração silenciosa e logo em seguida se prosseguiu o caminho.

Chegando finalmente na Basílica, às 10hs deu-se início a celebração da Santa Missa, como já foi dito anteriormente, presidida pelo Frei Marconi

e concelebrada pelo frades. A Liturgia, sob a responsabilidade das Irmãs, salientou a figura de Clara que há 800 anos vem encantando tantas

jovens para o seguimento de Jesus Cristo Pobre, humilde e crucificado; carisma este, tão antigo, tão novo e tão especialmente belo, capaz de

responder aos anseios mais profundos de nossa humanidade sedenta do infinito.

O Frei Marconi em sua homilia falou da alegria de estarmos todos e todas juntas aqui para celebrarmos os 800 anos da Fundação de nossa Ordem,

800 anos da vocação de Clara que como LUZ irradiou e incendiou o amor de Deus, pela sua vida escondida em Cristo. Salientou também da beleza

da clausura e da vida contemplativa que longe de ser lugar de fuga, é lugar de encontro com Deus que se irradia como luz luminosa aos corações

dos irmãos e irmãs de perto e de longe. Agradeceu as Irmãs pelas orações que sustenta e fortalece os frades em suas diversas missões e assim

celebramos a complementaridade que nos irmana e nos faz uma única família. No final da Santa Missa, um coro de jovens entoou uma música que

em sua letra nos falava da sua alegria na acolhida às Irmãs. (Fonte: www.clarissas.com.br).

ECONTRO DOS VISITADORES ECONOMICOS DA CCB “A economia sem autoridade não deixa nada para a solidariedade”. (DVE p.2)

“A visita pastoral(...), contribui muito para a animação da nossa vida e para a renovação e unidade dos irmãos” (Const. Cap. IV, art. I nº 161.1). “Os visitadores tenham um diálogo sincero com os irmãos, (...) acerca de todas as coisas tanto espirituais como temporais, (...)”. (Const. Cap. IV, art. I nº 162.1). Entre os dias 09 e 14 de maio ocorreu o Encontro de Visitadores Econômicos para a América Latina, na cidade de Bogotá – Colômbia. Com a participação de 8 “hermanos” procedentes do Brasil, Argentina, México, Honduras e Colômbia. O encontro foi assessorado pelo Frei Rubiano, Ecônomo Geral da Ordem. No clima fraterno e de formação para os novos visitadores da Ordem, Frei Rubiano ressaltou o Diretório para a Visita Econômica e os princípios fundamentais da Fraternidade. Esse é o ponto de partida para a realização

das visitas que consiste em: transparência, participação, equidade, austeridade, subsidiaridade e solidariedade. Todos os princípios fundamentais são interligados e importantes. Não podemos valorizar um e desvalorizar outro, pois, todos apontam numa direção que é a prática da solidariedade, “Esta não consiste antes de tudo em dar coisas aos outros, mas é interdependência recíproca e fraterna” (Diretório: pg.2). O momento foi tão frutuoso, que levou todos os participantes a parabenizarem a Ordem pela iniciativa, comprometendo-se em repassar a experiência a todos os frades. (Frei Elenilson P. do Nascimento OFMCap.)

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PONTO DE ENCONTRO 2011 ....................................................................................................................... 04

SAUDADES

SERVIÇO, TESTEMUNHO, BUSCA FIRME DA SANTIDADE: FREI MIGUEL GAGLIARDI E FREI GRACIANO MOSCA

PONTO DE ENCONTRO INFORMATIVO DA PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DA PIEDADE

SITE: www.capuchinhosbase.org.br e-mail: [email protected] Telefax: 71. 3329-4699 - Direção: frei Rubival C. Britto - Edição e diagramação: frei Gilton Oliveira e frei Marcos do Couto - Impressão: Vento Leste – Exemplares: 500

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PONTO DE ENCONTRO 2011 ....................................................................................................................... 05 INFORMANDO II

VI ASSEMBLEIA DE FORMAÇÃO A VI assembleia do Conselho Internacional de Formação, em Frascati- Itália, foi muito boa e produtiva. A riqueza da experiência e da partilha somou-se à participação do Ministro Geral da OFM, frei José Carballo e do nosso Ministro Geral, frei Mauro Johri. Ambos partilharam experiências muito importantes. Do primeiro, frei J.Carballo se destaca a necessidade de "cada irmão redescobrir o sentido da vocação". Do nosso frei Mauro a lapidar e profunda expressão "passar da vida em comum para a comunhão de vida". A produção desta sexta reunião diz respeito à elaboração do esboço do estatuto do "novo" Secretariado geral da Formação e do Conselho Internacional de Formação que após a Assembléia, já foi aprovado pelo Definitório Geral, incluindo a novidade do "Visitador Geral da Formação". Finalmente deverá ser finalizado o "Enkiridion" com todos os principais textos da Igreja, da Ordem e da Família Franciscana relativos à Formação. Cremos que se trata, não apenas, de uma nova iniciativa, mas de um percurso mais envolvente e comprometedor que nos ajude a passar da esperança da formação, para a formação da esperança da Ordem. Agradecemos muito a presença integral do Ministro Geral e, de modo particular, o apoio da CCB, da nossa querida Província e do Definidor Geral, frei José Gislon. (Frei Ruy)

ASSEMBLEIA DA CCB

De 14 a 17 de março de 2011 em Guaramiranga-CE, realizou-se a Assembleia da CCB – Conferência dos Capuchinhos do Brasil que contou com a presença dos Ministros Provinciais, Ministros Vice-Provinciais e ecônomos de todas as circunscrições do Brasil. A Assembleia foi marcada pela apresentação e orientação da Dra. Irmã Maria Tereza Diniz, FPCC – Advogada e membro da EAJUD - Entidade de Assessoria Jurídica e Defesa dos Diretos. Na oportunidade, apresentou o tema: Organização religiosa - marco regulatório do terceiro setor, com enfoque na preservação da identidade institucional da Vida Consagrada. Tendo como outros sub-temas, o reconhecimento da organização religiosa como pessoa jurídica, diferente da entidade prestadora de serviço, e o novo marco legal para as Entidades Sem Fins Lucrativos. Também houve a participação do Frei José Gislon, que apresentou uma síntese da situação da nossa Ordem. Sem esquecer a Assessoria do SEBRAE sobre alternativas de investimentos para o 3° Setor. Por fim, além dos momentos de partilhas das experiências e confraternização, houve a eleição e posse da nova diretoria da CCB, a

saber: Presidente: Frei Airton Carlos Greigoleto (Província de São Paulo), Vice-Presidente: Frei Davi Nogueira Barbosa (Província do Paraná e Santa Catarina), Tesoureiro: Frei Álvaro Morés (Província do Rio Grande do Sul) e Secretário: Frei Constantino Deon (Vice-Província do Brasil Oeste). Que Deus abençoe esta nova Diretoria da CCB e que Nossa Senhora ajude-os a trilhar novos caminhos e superar os desafios que surgirão na caminhada! Frei Rubival C. Britto.

O NOVICIADO

O noviciado é um tempo propício para o cultivo da vida fraterna,

por meio da vida de oração, buscando, em si, o discernimento do

chamado de Deus.

Fazer o noviciado é lembrar, por toda vida, a graça especial, vivida

em um tempo de discernimento e amadurecimento do chamado,

para receber, de Deus, os conselhos evangélicos. Morar na casa do

noviciado é como se estivesse fazendo um segundo noviciado, pois

a vivência fraterna, a vida de oração e a contemplação divina,

proporcionam-nos a caminhar com os noviços e sentir a presença

de Deus em cada momento.

Para mim, tem sido uma experiência enriquecedora morar no

noviciado. Vejo a oração como o sustentáculo da vida de um

consagrado, que sem ela é como “um barco sem leme”, “um corpo

sem cabeça”. Aqui estamos caminhando bem, nos trabalhos, na

formação, na vida espiritual, conseguimos criar uma harmonia

entre trabalho e oração. Assim, no noviciado tenho experimentado um pouco daquilo que sempre desejei: ser um frade menor capuchinho. No

meu trabalho cotidiano interno, na missão que o Senhor me confiou como sacerdote, nas missas diárias, no atendimento ao povo de Deus, tem

me fortalecido ainda mais na minha opção de vida.

Só tenho que agradecer a Deus por tudo que Ele tem me proporcionado a viver no noviciado, e também à Província por ter depositado, em

mim, essa confiança em poder colaborar no noviciado com aquilo que recebi em toda minha formação. Continuemos unidos pela oração! Um

abraço fraterno! Frei Roberto Fernandes Pereira.

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PONTO DE ENCONTRO 2011 ....................................................................................................................... 06 FORMAÇÃO NO EXTERIOR

Poema dos Peregrinos de Assis...

Belo este teu olhar que contempla; Que se enrique com as tuas riquezas tão pobres. Aos olhos do menino Deus de Greccio.... Os teus sinos plangentes nossa Senhora dos anjos e também filhos teus, do alto eu vejo e me vês e cuida de mim. Somos mendicantes franciscanos de preces e súplicas como a criança que vive do aconchego do líquido amniótico e do leite materno que nos acolhe na maternidade da tua terra. Olhastes a ternura de um jovem do “meu Deus e meu tudo”, porém uma só coisa é necessária... Menina, mulher de uma singelidade clariana que se torna dama destas terras tão fecundas de trigais e olivais- derrama neste céu o óleo puríssimo da tua castidade e a Lâmpada eternamente luzente do que portas na mão como trono aconchegante da comunicação da Boa Nova. Clara, ostenta nos teus lábios a mais doce oração como o mais suave tocar do meus lábios na suave contemplação, dá-me olhos teus para ter o mundo em mim e ser parte dele na confluência das margens caridosa de Assis. Ó majestosa paisagem que enche os meus olhos com a pureza mais límpida de uma fonte a saciar a busca itinerante de um peregrino. O que importa meu Pai tão ricos brocados de ouro advindos de parte do mundo se não consigo despojar-me das minhas vestes para dar ao leproso a riqueza necessária para dar-lhe a vida numa nova pele de ser e viver. Do alto das tuas colinas eremo sou para ficar e permanecer e encontrar-se e dilatar-se... sem esquecer de confabular-se em realidade humana com gosto de ternura e vigor. As luzes de Assis me revela a grandeza do céu esmerado com o brilho das tuas estrelas... e o fascínio da tua luz. Tantas flores, tantas rosas a perfumar as tuas ruelas, e o que sentimos e inebriamos em suave fragrância - nos tornamos perfumados por aquilo que sentimos. Tarde rosácea e primaveril de tantos lugares encontro-te numa gruta e lá a revelação da tua palavra e do que fostes inspirado a saborear de inebriante voz que adentra aos recônditos da minha alma, fazei de mim a cada momento instrumento de tanta beleza, da alegria regozijante, das gotículas particularizadas da chuva no capuz do mistério inefável que esconde a história da tua caminhada. Senhor da vida, Senhor de tudo, Senhor aliançado na íris do olhar terno de Francisco que pinta na tela da vida, com arte, a cor que a vida lhe oferece como dom gratuito. Mas o que é a Aliança Francisco e Clara de Assis? É o arco, Senhor, na íris humana. Tem a cor que a gente pinta. Pinta com o vôo que sai dos pássaros ou são os pássaros que saem dos vôos? Pinta com a ternura de uma olhar de uma criança; pinta com os lábios o cântico de tuas criaturas, pinta com a ternura todo amor que há nesta vida, pinta com a vida a confluência o veio de tuas nascentes. Pinta em Assis todos os franciscanos de bom coração. Ó lobo de Gúbio acalenta o lobo veroz dentro da alma dual... Dentro ou fora dos teus muros somos garimpeiros dos bosques, da chuva que cai e molha o chão e as verduras, do silêncio e do cântico harmonioso do revoar do pássaros. Assis dos nossos, Assis de eterna grandeza, portastes no teu seio o nosso Francisco e a claridade inebriante de Clara. Dissestes ao Frei Rufino, Ao Frei Masseo, Ao Frei Egídio, são tantos... Não se preocupem! Tudo começa com a simplicidade de viver... E viveremos nos consumindo à serviço da luz, que continua resplandecendo na tua noite tão fascinante no luzeiro da manhã e na mística do anoitecer que se faz festa dentro de mim. Viva em mim Assis e eu com Francisco e Clara, viveremos em ti. (Frei Erivan Araújo de Souza,OFMCap).

“MI BUENOS AIRES QUERIDO!”

Acolhendo o decreto provincial, resolvemos enfrentar o doutorado em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica Argentina. Estamos escrevendo sobre a obra João Batista Libânio, sob a perspectiva da Teologia da Revelação. Para tanto, resolvemos passar uma temporada in loco,

pois queríamos conhecer os meandros da academia argentina, bem como era nossa intenção ser inseridos na cultura, na religiosidade e na fraternidade dos hermanos. Foram quase cem dias na Província Argentina-Uruguai, de modo especial no Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, situado na periferia de Buenos Aires.

Como capuchinho é capuchinho em qualquer lugar, fomos acolhidos na Fraternidade de Pompeya, no bairro de mesmo nome, como membro efetivo com direitos e deveres. Com direito a carta circular emitida pelo padre provincial (Hermano Léo) anunciando a nossa presença, nome na pauta das missas e das confissões, e com o dever de viver prazerosamente o nosso ser irmão menor, não se esquecendo dos pequenos gestos fraternos que engrandecem a nossa vida capuchinha: lavar, varrer, limpar os ambientes e os objetos comuns, enfim, vida de frade.

Encontramos irmãos generosos e atenciosos. Encontramos irmãos atentos e preocupados com os detalhes da vida comum e habilitados a nos surpreender positivamente. Tivemos até direito a bolo de aniversario e a tradicional música de parabéns cantada uníssona muitas vezes: “que los cumpla feliz!” Fizemos uma verdadeira festa celebrando o cotidiano da existência. Estávamos em casa!

Procuramos viver como frade-estudante: pegamos buzu, participamos da assembleia dos frades, vivemos em penitência a quaresma, celebramos com júbilo a páscoa da Ressurreição do Senhor, frequentamos com afinco às aulas, enfim, mergulhamos no Rio de La Plata e fomos banhados pelo dom da fraternidade, que não obedece a barreiras que suplanta as línguas que quebra toda divisão que gera a vida capuchinha. Foi assim a nossa vida na Argentina!

Já apresentamos em forma de verso toda nossa gratidão e nosso afeto à Província platina, mas por causa do Hermano Léo, dos frades de Pompeya e da UCA queremos expressar nosso muito obrigado por toda cortesia e hospitalidade recebidas em forma de tango, com Carlos Gardel:

Mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver no habrá más pena ni olvido! fray Jorge Rocha ofmcap.

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PONTO DE ENCONTRO 2011 ....................................................................................................................... 07

NOVOS PRESBÍTEROS CAPUCHINHOS “Nestes dias pascais em honra do Ressuscitado, contemplamos e experimentamos nos santos mistérios não somente a sua ressurreição e ascensão, como também o dom do seu Espírito Santo em Pentecostes”. Foi neste clima litúrgico que foram ordenados presbíteros os diáconos: :frei João Paulo Freire Dias e frei Gilton Santos de Oliveira, em Telha e Itabaiana, respectivamente, no Estado de Sergipe. Fomos testemunhas naquela Concelebração Eucarística da bondade de Deus e da força do seu Espírito e da continuidade do sacerdócio de Cristo na vida dos diáconos que receberam o sacramento da Ordem na condição de presbítero. A Concelebração foi presidida pelo Senhor. Bispo diocesano de Teixeira de Freitas- Caravelas, Dom Carlos Alberto dos Santos, que, pela imposição das mãos e oração consecratória gerou para a Igreja os novos presbíteros. Os dias 27 e 28 de maio foram de júbilo para as famílias dos ordenados, para a Ordem presente em nossa Província, para a Igreja que os gerou para o ministério ordenado e para todo o Povo de Deus para quem se destina a missão… (Frei Jorge Rocha)