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CURSOS ON-LINE – DIR. TRIBUTÁRIO EM EXERCÍCIOS - ICMS-SP PROFESSOR ALEXANDRE LUGON www.pontodosconcursos.com.br 1 Caros concursandos e futuros colegas! Há muito já venho aguardando uma melhor oportunidade para colaborar com vocês via cursos “on-line”. As oportunidades já surgiram em algumas ocasiões, mas por motivos variados fomos adiando esta nova jornada de trabalho. Agora espero me dedicar mais aos alunos que, muitas vezes, não têm a oportunidade de acesso aos cursos especializados voltados para concurso público ou, mesmo o tendo, procuram uma segurança maior para lograr êxito. No início, quando comecei a estudar para concursos públicos, tinha uma visão ainda muito limitada quanto à melhor estratégia a adotar visando um aprendizado correto. Muitos preferem estudar sozinhos, outros preferem freqüentar os cursos preparatórios. Realmente é de grande valia para o aluno a experiência daqueles que estão há anos engajados na rotina dos concursos públicos. A orientação objetiva de professores acostumados a fazer questões de prova em concurso público oferece aos alunos um caminho muito mais seguro a trilhar. As aulas teóricas passam a ser muito mais do que meros ensaios acadêmicos, mas sim um roteiro de estudo conjugado a exemplos de provas de forma a moldar o aprendizado. As aulas devem ser direcionadas para a direção da doutrina majoritária, das jurisprudências do Supremo Tribunal Federal , STJ e outros. Um dos aspectos mais relevantes ao longo desta modesta trajetória foi identificar a excelência e importância dos cursos de exercícios. Os módulos de teoria não seriam suficientes para a preparação do aluno rumo às provas. Necessário se faz o exercício constante do aluno, adequando a teoria aos casos que, rotineiramente, caem em provas. Portanto, neste trabalho que propomos a desenvolver em conjunto, vamos abordar exercícios específicos na Disciplina Direito Tributário para levar à tona os aspectos mais relevantes do programa do concurso ICMS. Vamos dar ênfase maior às questões da banca examinadora do concurso ICMS-SP 2006, Fundação Carlos Chagas, sem, no entanto, excluir a apreciação eventual de uma ou outra questão relevante, seja da ESAF ou UNB, ou seja qualquer outra banca examinadora que possa completar o aprendizado de um tópico essencial. O nosso curso terá a duração de 6 encontros. Será um trabalho estritamente objetivo com alvo definido, buscando dar condições ao aluno de fazer a prova de Direito Tributário com maior rapidez e precisão. O programa básico a ser seguido será aquele voltado ao concurso ICMS SP enfatizando principalmente, dentre outros, os seguintes temas: PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com PDF processed with CutePDF evaluation edition www.CutePDF.com

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Caros concursandos e futuros colegas!

Há muito já venho aguardando uma melhor oportunidade para colaborar com vocês via cursos “on-line”. As oportunidades já surgiram em algumas ocasiões, mas por motivos variados fomos adiando esta nova jornada de trabalho. Agora espero me dedicar mais aos alunos que, muitas vezes, não têm a oportunidade de acesso aos cursos especializados voltados para concurso público ou, mesmo o tendo, procuram uma segurança maior para lograr êxito.

No início, quando comecei a estudar para concursos públicos, tinha uma visão ainda muito limitada quanto à melhor estratégia a adotar visando um aprendizado correto. Muitos preferem estudar sozinhos, outros preferem freqüentar os cursos preparatórios. Realmente é de grande valia para o aluno a experiência daqueles que estão há anos engajados na rotina dos concursos públicos. A orientação objetiva de professores acostumados a fazer questões de prova em concurso público oferece aos alunos um caminho muito mais seguro a trilhar. As aulas teóricas passam a ser muito mais do que meros ensaios acadêmicos, mas sim um roteiro de estudo conjugado a exemplos de provas de forma a moldar o aprendizado. As aulas devem ser direcionadas para a direção da doutrina majoritária, das jurisprudências do Supremo Tribunal Federal , STJ e outros.

Um dos aspectos mais relevantes ao longo desta modesta trajetória foi identificar a excelência e importância dos cursos de exercícios. Os módulos de teoria não seriam suficientes para a preparação do aluno rumo às provas. Necessário se faz o exercício constante do aluno, adequando a teoria aos casos que, rotineiramente, caem em provas.

Portanto, neste trabalho que propomos a desenvolver em conjunto, vamos abordar exercícios específicos na Disciplina Direito Tributário para levar à tona os aspectos mais relevantes do programa do concurso ICMS.

Vamos dar ênfase maior às questões da banca examinadora do concurso ICMS-SP 2006, Fundação Carlos Chagas, sem, no entanto, excluir a apreciação eventual de uma ou outra questão relevante, seja da ESAF ou UNB, ou seja qualquer outra banca examinadora que possa completar o aprendizado de um tópico essencial.

O nosso curso terá a duração de 6 encontros. Será um trabalho estritamente objetivo com alvo definido, buscando dar condições ao aluno de fazer a prova de Direito Tributário com maior rapidez e precisão.

O programa básico a ser seguido será aquele voltado ao concurso ICMS SP enfatizando principalmente, dentre outros, os seguintes temas:

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PROGRAMA BÁSICO

1. UNIDADE I

Introdução ao estudo do Direito Tributário:

Receitas Públicas

Direito Tributário X Direito Financeiro

Definição de Tributo

1.1.Espécies tributárias:

Impostos

Taxas

Contribuições de Melhoria

Empréstimos Compulsórios

Contribuições Para-fiscais

2. UNIDADE II

Competência Tributária:

Competência para estabelecer normas gerais de Direito Tributário

Competência da União, Estados, D.F. e Municípios para instituir Tributos.

Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar:

Princípios Constitucionais Tributários e Imunidades

3. UNIDADE III

Legislação Tributária:

Leis

Emendas à Constituição

Leis Delegadas

Leis Complementares

Leis Ordinárias

Medidas Provisórias

Decretos Legislativos

Resoluções do Senado Federal

Tratados e Convenções Internacionais

Decretos

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Normas Complementares

Convênios ICMS

Vigência da Legislação Tributária

Aplicação da Legislação Tributária- Exceções à Irretroatividade

Interpretação e Integração

4. UNIDADE IV

Obrigação Tributária:

Elementos estruturais

Fato Gerador

Sujeito Ativo e Sujeito Passivo

Prestações

Obrigação Tributária Principal e Acessória

Princípio do "Non Olet"

Convenções Particulares

Solidariedade

Capacidade Tributária Passiva

Domicílio Tributário

Responsabilidade Tributária:

Responsabilidade por Substituição e por Transferência

Responsabilidade dos Sucessores

Responsabilidade de Terceiros

Responsabilidade por Infrações

5. UNIDADE V

Crédito Tributário:

Natureza Jurídica

Lançamento Tributário:

Definição

Regência do Lançamento Tributário

Hipóteses de Alteração

Modalidades do Lançamento Tributário

Hipóteses de suspensão da exigibilidade do Crédito Tributário:

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Moratória

Depósito do Montante Integral

Reclamações e Recursos

Liminares e Tutelas Antecipadas

Parcelamento

Extinção do Crédito Tributário

Pagamento

Compensação

Transação

Remissão

Prescrição e Decadência

Ação de consignação em pagamento

Conversão do depósito em renda

Pagamento antecipado e ulterior homologação

Decisão administrativa irreformável

Decisão judicial transitada em julgado

Dação em pagamento em bens imóveis

Exclusão do Crédito Tributário

• Isenção

• Anistia

6. UNIDADE VI

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

7. UNIDADE VII

Administração Tributária - Fiscalização

8. UNIDADE VIII

Direito Penal Tributário

Portanto, vamos dar início aos nossos trabalhos. A nossa aula de apresentação versará sobre o tema RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA.

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AULA ZERO: RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA

01. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No ato de aquisição de um estabelecimento comercial ficou convencionado entre as partes que o adquirente somente responderia pelos impostos incidentes sobre as operações tributáveis ativadas após a celebração do contrato negocial. Nesta hipótese, os impostos relativos às operações pretéritas:

a) só podem ser cobrados do adquirente, como sucessor, se forem apurados até a data da aquisição do estabelecimento.

b) só podem ser cobrados do adquirente, pois o alienante foi excluído da relação jurídica tributária.

c) só podem ser cobrados do alienante, pois a convenção particular é oponível à Fazenda Pública.

d) podem ser cobrados do alienante ou do adquirente, como sucessor.

e) não podem ser cobrados do alienante, pois a hipótese é de evasão lícita.

Comentários.

A questão versa sobre a prevalência da lei sobre os contratos em se tratando da definição dos elementos estruturais da relação jurídica tributária. De acordo com o inciso II do art. 121 do Código Tributário Nacional, a figura do “responsável tributário” , como sujeito passivo indireto, depende de previsão expressa em lei:

“Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária.... II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”

No entanto, a elaboração de contrato entre particulares para definição de responsabilidade é lei apenas entre as partes, não prevalecendo para fins de atribuição de responsabilidade tributária perante a Fazenda Pública, uma vez que a definição de sujeito passivo é matéria objeto de legalidade, exigindo previsão expressa em lei. É o que dispõe o art. 123 CTN, segundo o qual as convenções particulares não prevalecem para fins de alteração da definição legal do sujeito passivo, salvo previsão na própria lei:

“Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos,

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não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes”.

Por último, cabe ressaltar que, no caso exposto, tratando-se de sucessão de fundo de comércio, em situação regular, ou seja, fora de um processo de falência ou de recuperação judicial, estaria correto atribuir ao adquirente do fundo a responsabilidade pelos tributos devidos pelo fundo adquirido até a data da aquisição, desde que haja continuidade, pelo adquirente, na respectiva exploração. O que pode variar é o grau de responsabilidade, ora em caráter pessoal (diz o CTN “integral”), ora em caráter subsidiário. Segundo o art. 133 CTN: “A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão.”.

Gabarito oficial: alternativa “d”.

Portanto, correto o gabarito oficial (alternativa “d”), uma vez que a convenção particular não prevalece sobre a definição legal de responsável, nos termos do art. 133 CTN. Definição de responsabilidade tributária é assunto que exige previsão em lei.

A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade do sucessor é para os fatos geradores ocorridos até a data da transferência, independentemente de ter havido ou não, até esta data, a apuração do crédito tributário. Vale o surgimento prévio da obrigação pela ocorrência do fato gerador.

A alternativa “b” está errada, pois o alienante somente estaria excluído da responsabilidade na hipótese do art. 133, I CTN, caso o alienante cessasse totalmente suas atividades, o que não foi mencionado na questão.

A alternativa “c” está errada, pois, como já explicamos, nos termos do art. 123 CTN, as convenções particulares, regra geral, não têm poder de alterar definição legal do sujeito passivo. Trata-se de matéria objeto de legalidade.

A alternativa “e” está errada. Além do já exposto, face à definição do alienante como responsável legal, conforme art. 133, I CTN, não há como excluir a aplicação de tal dispositivo pela alegação de um planejamento tributário. A evasão lícita é nome impróprio atribuído

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como sinônimo de elisão fiscal, ou seja, redução ou exclusão de tributo por meios lícitos. Não seria a justificativa da questão. Prevalece a alternativa “D”.

02. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, a responsabilidade por infração:

a) não dispensa procedimento constitutivo da respectiva penalidade, assegurada ampla defesa.

b) não está sujeita aos institutos da decadência ou prescrição tributárias.

c) é exclusiva do contribuinte, não alcançando os demais sujeitos passivos da obrigação tributária.

d) não pode ser aplicada, autonomamente, aos demais sujeitos passivos da obrigação tributária.

e) deve ser apurada mediante comprovação da conduta dolosa ou culposa do contribuinte.

Comentários.

Está correto o gabarito oficial: alternativa “a”.

Em se verificando a existência de infração à legislação tributária, cabe constituição do crédito por lançamento de ofício, para aplicação de uma multa, conforme dispõe os incisos VI e VII do art. 149 CTN:

“art. 149. O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: ...VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação”.

Portanto, haverá ato de constituição de crédito tributário, assegurando-se a ampla defesa, como princípio constitucional.

A alternativa “b” está errada. Uma vez que a constituição do crédito seja relativa a tributos ou penalidades, está sujeita a prazo decadencial, prazo este que é fatal, sob pena de perda da faculdade de lançar por parte da Fazenda Pública. No caso de infração, aplica-se a contagem segundo o art. 173 CTN:

“art. 173. O direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados: I - do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado; II - da data em que se tornar definitiva a decisão que houver

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anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Parágrafo único. O direito a que se refere este artigo extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituição do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, de qualquer medida preparatória indispensável ao lançamento.”

Além do exposto, uma vez constituído o crédito pelo lançamento, a sua exigibilidade via ação judicial de execução fiscal fica sujeita, invariavelmente, a prazo prescricional, cuja inércia da Fazenda Pública acarreta perda da faculdade de exigir. Isso se aplica tanto aos tributos como também às penalidades pecuniárias, ambos prestações integrantes do crédito tributário. Vide art. 174 CTN: “a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva.”

A alternativa “c” está incorreta, uma vez que a responsabilidade por infrações poderá ser atribuída tanto ao contribuinte como aos responsáveis tributários, que são os sujeitos passivos indiretos da relação jurídica, diferenciando-se dos contribuintes, que possuem relação direta e pessoal com o fato gerador. Isso fica evidenciado nas várias hipóteses de responsabilidade tributária, como, por exemplo, no §único do art. 134 CTN, que define como responsável solidário o terceiro responsável, estendendo a estes a responsabilidade pelas multas de caráter moratório:

“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: ....Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter moratório.”

A alternativa “d” também está incorreta, uma vez que o CTN prevê hipóteses de responsabilidade pessoal do agente, principalmente quando este age com excesso de poder, como, por exemplo, evidenciado no art. 135 CTN:

“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior (art. 134 CTN) , ...”

A alternativa “e” está errada, pois, ao contrário do Direito Penal Tributário, que tem por objeto os crimes e contravenções, no Direito Tributário Penal, cujo objeto são as infrações administrativo-fiscais, a regra é que a responsabilidade pelas infrações não depende de comprovação de conduta dolosa, basta a culpa, ou seja basta negligência ou imprudência. Repito que no Direito Tributário Penal,

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entenda-se, aquele que cuida da análise das infrações administrativo-fiscais, a responsabilidade por infrações é, via de regra, objetiva, salvo exigência expressa em contrário na lei: “Art. 136. Salvo disposição de lei em contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.” Já no Direito Penal Tributário a responsabilidade se diz subjetiva, depende do dolo.

03. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) O art. 134 CTN dispõe que o síndico é responsável pelos tributos devidos pela massa falida. Neste caso, o dispositivo legal refere-se a fatos geradores ativados:

a) pela massa falida ou pelo síndico, a qualquer tempo.

b) pelo falido, antes da quebra.

c) pela massa falida, na condição de contribuinte, após a quebra.

d) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.

e) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra.

Comentários.

Está correto o gabarito oficial: alternativa “C”. Trata-se da responsabilidade de terceiros, prevista no art. 134 CTN. Há um rol de terceiros elencados no respectivo artigo aos quais o CTN atribui responsabilidade tributária por fatos praticados pelos seus representados. No caso exposto na questão, o síndico responderia pelos tributos devidos pela “massa falida”, isto é, pelos fatos geradores praticados pela massa falida na qualidade de contribuinte, entenda-se, aqueles ocorridos após a decretação da falência, sob a gerência do síndico.

Mas vale ressaltar a exigência de dois requisitos: (1) a impossibilidade de exigência do crédito diante da própria massa falida e (2) também que o terceiro responsável tenha interferido no fato gerador, diga-se, no caso em comento, que o síndico tenha agido com culpa (negligência ou imprudência): Art. 134 CTN “nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis:...V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatário”

A alternativa “a” está incorreta, pois presume fato praticado pelo síndico. Neste caso este seria contribuinte e não responsável. Também

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se refere a fato praticado pela empresa antes da quebra, o que não seria objeto da responsabilidade solidária do síndico, no art. 134 CTN.

A alternativa “b”, “d” e “e” estão incorretas, pois envolvem fatos praticados pelo falido, pressupondo fatos praticados antes da decretação da falência, mesmo que apurados após a sua decretação. Igualmente não seriam de responsabilidade solidária do síndico.

Analisando o exposto, vale ressaltar que os fatos praticados pelo falido, antes pois da decretação da falência, não estiveram sob a gerência e administração do síndico, portanto, passando à responsabilidade da massa falida após a falência e não ao síndico da massa. Além disso, os fatos geradores praticados eventualmente pelo próprio síndico não teriam relação com a massa falida e o síndico seria o próprio contribuinte e não responsável.

04. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A denúncia espontânea da infração fiscal nos termos das disposições codificadas:

a) elide a responsabilidade pela multa fiscal, ainda que apresentada após o início do procedimento administrativo.

b) não elide a responsabilidade pela multa fiscal.

c) elide a responsabilidade pelo respectivo delito fiscal.

d) não elide a responsabilidade pela multa nem pelo delito fiscal.

e) não elide a responsabilidade pelo pagamento do tributo.

Comentários.

Correto o gabarito oficial: alternativa “e”.

A denúncia espontânea, assim entendida a confissão da infração à legislação tributária apresentada antes de procedimento de fiscalização relacionado com a matéria objeto da confissão, desde que acompanhada do pagamento integral do tributo e juros de mora, exclui a responsabilidade pela infração. Portanto, trata-se de exclusão da aplicação da multa fiscal, diga-se, responsabilidade por infrações administrativo-fiscais, conforme disposto no art. 138 CTN:

“art. 138. a responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração.Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.”

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Está incorreta a alternativa “a” uma vez que, iniciado o procedimento de fiscalização relacionado com a infração, não há que se falar mais em espontaneidade da denúncia.

A alternativa “b” está errada, pois, configurados os requisitos do artigo mencionado, haveria exclusão da responsabilidade pela multa. Portanto, a presente assertiva contraria o objeto do próprio art 138 CTN, que é a exclusão da responsabilidade pela infração.

A alternativa “c” está incorreta, pois o art. 138 CTN não trata de exclusão de responsabilidade por crimes fiscais, mas sim de exclusão de responsabilidade por infrações de caráter administrativo-fiscais. O cometimento de crimes ou delitos fiscais poderá ter extinta a punibilidade em hipóteses específicas previstas em lei penal, como, por exemplo no art. 34 Lei 9249/95, diante do pagamento do tributo antes do recebimento da denúncia.

A alternativa “d” está incorreta pois contraria, na sua primeira parte, o art. 138 CTN, conforme comentário à alternativa “b”.

Correto portanto o gabarito (alternativa “e”), uma vez que a denúncia espontânea, para fins de exclusão de responsabilidade da infração, exige o pagamento integral do tributo e dos juros de mora, portanto não elide, isto é, não dispensa o pagamento do tributo.

05. MINISTÉRIO PÚBLICO SERGIPE (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A responsabilidade de terceiros em matéria tributária não se aplica:

a) pessoalmente, quando da prática de atos ilícitos, sobre os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados.

b) pessoalmente, sobre os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, quando seus atos forem lícitos ou sem excesso de poder.

c) solidariamente sobre os tabeliães pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.

d) solidariamente, quando da pratica de atos lícitos, sobre os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.

e) solidariamente, sobre os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.

Comentários.

Gabarito correto: alternativa “b”.

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A questão envolve a análise dos atos praticados por terceiros responsáveis conforme disciplinado nos arts. 134 e 135 do CTN. Trata-se, conforme já explicado em questões anteriores, da responsabilidade de terceiros.

A alternativa “a” está incorreta, uma vez que o terceiro responsável elencado no art. 134 CTN, quando age com excesso de poderes, extrapolando os limites da representação, passa a ser responsabilizado pessoalmente pelo crédito tributário:

“Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos:I - as pessoas referidas no artigo 134 CTN”.

A alternativa “c” está errada, uma vez que o art. 134 CTN elencou os tabeliães como responsáveis solidários pelos atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício. De fato, como já exposto anteriormente na questão n.º 03 desta aula, esta responsabilidade do terceiro responsável exige dois requisitos: a impossibilidade de exigência do crédito contribuinte interferido no fato gerador e também que o terceiro responsável tenha, diga-se, nesse caso, que o tabelião tenha agido com culpa (negligência ou imprudência). A única crítica que a doutrina faz é quanto ao equívoco traduzido no próprio art. 134 CTN: uma vez que exige a impossibilidade de se exigir o tributo do contribuinte para, só então, admitir a responsabilidade do terceiro responsável, este último não deveria ser designado como responsável “solidário” e sim como responsável “subsidiário”. A intenção do legislador era criar uma solidariedade, mas a essência do art. 134 CTN traduziu uma subsidiariedade. Vale ressaltar, que a quase totalidade dos concursos, no entanto, adotam como gabarito a atribuição de responsabilidade solidária para os terceiros responsáveis nos moldes do art. 134 CTN:

“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício¨.”

A alternativa “d” está incorreta, pois, de acordo com o art. 134 CTN, os administradores de bens de terceiros, que interfiram no fato gerador, isto é, que venham a agir com negligência ou imprudência – culpa -, mesmo sendo lícito o ato, poderão se enquadrar na atribuição de responsabilidade solidária do respectivo art. 134: “Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo

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contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes”. Vale ressaltar que só seriam pessoalmente responsáveis no caso da prática de atos ilícitos, conforme art. 135 CTN.

A alternativa “e” está incorreta, pois se enquadra nas hipóteses de responsabilidade solidária conforme disposto no art. 134 CTN:

“Art. 134. Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;”. Com as devidas críticas que já elaboramos anteriormente, seria uma hipótese de responsabilidade solidária, nos moldes literais do CTN.

Portanto, o gabarito fica sendo a alternativa “b”, uma vez que a prática de atos lícitos não configura hipótese de responsabilidade pessoal conforme previsto no art. 135 CTN.

06. MINISTÉRIO PÚBLICO PERNAMBUCO (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Em tema de responsabilidade tributária é incorreto afirmar que:

a) a sucessão pode ocorre sobre bens, denominada responsabilidade por sucessão real.

b) inexiste diferença entre responsabilidade por transferência e por substituição.

c) a responsabilidade por transferência pode dar-se também por subsidiariedade.

d) a prática de ato com excesso de poder ou infração de lei também resulta em responsabilidade por substituição.

e) o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até data da abertura da sucessão.

Comentários.

Gabarito: alternativa “b”. Alternativa incorreta.

A responsabilidade, quanto ao momento de surgimento da figura do “responsável” classifica-se em duas modalidades: responsabilidade por substituição e responsabilidade por transferência. A primeira exige que no momento da ocorrência do fato gerador já exista o responsável designado como tal. Exemplo: uma concessionária, ao revender os

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veículos adquiridos da montadora, não irá recolher o seu ICMS, uma vez que a montadora, no momento do respectivo fato gerador em foco, quando da venda inicial do veículo para a concessionária, já está designada como responsável que deverá ou já terá recolhido o tributo no lugar da concessionária. Portanto, quando da ocorrência do fato gerador, já existe o responsável.

Ao contrário, no caso da responsabilidade por transferência, quando da ocorrência do fato gerador, só existe o contribuinte. Isso significa que o surgimento do responsável, designado em lei, depende de fato posterior ao fato gerador, portanto, intermediário entre o fato gerador e o surgimento da figura do responsável. Exemplo: na sucessão “causa mortis” os tributos devidos pelo “de cujus” não pagos até a abertura da sucessão passam para a responsabilidade do Espólio. Este último é responsável que surge, não no momento do fator gerador, mas apenas após a abertura da sucessão. Portanto, a alternativa “b” está incorreta.

A alternativa “a” está correta. Real vem de “res”, significa “coisa”. Trata-se de sucessão de bens imóveis ou bens móveis, seja “inter vivos” ou “causa mortis”. Exemplo nos art. 130 e 131 CTN: “Art. 130 CTN - Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, sub-rogam-se na pessoa dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o respectivo preço”. Já no art. 131: “São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação; III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.”

A alternativa “c” está correta. Exemplo na sucessão de fundo de comércio, prevista no art. 133, II CTN. O surgimento do responsável exige fato posterior ao fato gerador, na questão, a transferência do fundo de comércio. No caso do alienante continuar a exploração ou reiniciar dentro de 6 meses da data da alienação do fundo, o adquirente será subsidiariamente responsável pelos tributos devidos pelo fundo adquirido, ativados até a data da transferência.

A alternativa “d” está correta, pois o sujeito passivo na condição de responsável já existe desde a prática do fato gerador, configurando a tal da substituição tributária.

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A alternativa “e” está correta pois coincide com a sucessão “causa mortis” prevista no art. 131, III CTN: “Art. 131. São pessoalmente responsáveis: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da abertura da sucessão.”

07. ICMS SP 2002 – VUNESP - O sócio gerente da empresa WDR, que se retirou da sociedade em 1995, registrando a alteração social na Junta Comercial e informado o fato pela DECA na data da sua retirada:

a) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa, uma vez que ela continuou suas atividades.

b) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa posteriores a sua retirada.

c) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade.

d) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade, comportando benefício de ordem.

e) pode ser responsabilizado por substituição tributária pelos débitos fiscais da empresa posteriores a sua retirada, se previsto contratualmente.

Comentários.

Gabarito oficial: alternativa “b”.

A responsabilidade do sócio pelos tributos devidos pela empresa configura hipótese de responsabilidade solidária nos moldes do art. 134, VII CTN: “No caso de liquidação de sociedade de pessoas”. No entanto, o sócio gerente figura como responsável pessoal apenas quando praticar atos que configurem excesso de poder nos termos do art. 135 CTN: “Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; ... III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado.”

Diante do exposto, o simples fato de ser sócio gerente não lhe atribuiria tal responsabilidade, salvo configurado o dolo, a infração, o excesso de poder. Em se retirando da sociedade não haveria a possibilidade de enquadramento legal como responsável, pois não mais estaria na gerência da empresa.

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A alternativa “a” está errada, pois caberia responsabilidade para os atos praticados com excesso de poder sob sua gerência, ocorridos antes da sua retirada.

A alternativa “c” está errada, pois a responsabilidade solidária somente se daria nos moldes do art. 134, VII CTN: “nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis: ....VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.”

A alternativa “d” está errada pelo motivo exposto na alternativa “c”, sem prejuízo de se afirmar que na solidariedade tributária não cabe benefício de ordem nos termos do art. 124 parágrafo único CTN.

A alternativa “e” está errada, uma vez que a responsabilidade tributária decorre de previsão expressa em lei, não cabendo às convenções particulares alteração da previsão legal, salvo exceção na própria lei tributária. Vide art. 123 CTN (já analisado).

08. PROCURADOR FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF . Em atenção ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.

( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá ensejo à restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de sua não-realização ou realização em dimensão diversa da presumida.

( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim definitivo, não dando ensejo à restituição ou complementação do imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de sua não-realização final.

( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.

( ) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por efeito o diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com uma base de cálculo estimada.

a) V, F, F, F

b) F, V, F, V

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c) F, V, V, F

d) V, F, V, V

e) V, F, V, F

Comentários.

Gabarito oficial: alternativa “b”.

Trata-se da responsabilidade por substituição tributária progressiva ou “para frente”, prevista no art. 150 §7 CF. Trata-se da inclusão pela EC 3/93 de dispositivo constitucional permitindo que a lei atribua a alguém a qualidade de responsável por imposto ou contribuição face à fato gerador que ainda não tenha ocorrido, exigindo, portanto, pagamento antecipado por um fato que presuma-se vai ocorrer no futuro: é o instituto do fato gerador “presumido”.

O dispositivo constitucional prevê restituição do tributo caso o fato gerador não ocorra: "Art. 150 § 7º CF: A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido."

A ocorrência do fato gerador presumido, porém em dimensão diversa da presumida, isto é, por um valor a maior ou a menor, não acarreta restituição do tributo eventualmente recolhido de forma antecipada nem seu reajuste a maior. Este é o entendimento atual do STF que está em fase de reavaliação mediante processos judiciais em tramitação.

O presente instituto do fato gerador presumido, com recolhimento antecipado do imposto, antes mesmo da ocorrência do respectivo fato gerador, deverá ser usado em hipótese de substituição tributária “para frente” ou progressiva, ou seja, aquela em que o substituído está na operação subseqüente. Ex: o caso já exposto da montadora de veículos recolhendo antecipadamente os tributos que a concessionária deveria recolher nas operações de venda final ao consumidor.

Não há que se confundir a substituição progressiva com a substituição regressiva, esta última também chamada de “diferimento”, ou seja, aquela em que o substituído está na operação precedente. Por exemplo, contribuinte recolhendo os tributos devidos pela operação anterior, substituindo aquele que havia vendido a mercadoria anteriormente para o próprio contribuinte e fazendo recolhimento por um fato gerador que já havia ocorrido anteriormente.

Face ao exposto, estão corretas apenas as afirmativas II e IV.

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09. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional.

a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta coma situação que constitua o respectivo fato gerador.

b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz.

c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis.

d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador.

Comentários.

Gabarito: alternativa “c”.

A alternativa “a” está errada, pois o vínculo do responsável com o fato gerador é um vínculo indireto e decorre da lei. No caso de vínculo direto, estamos diante da figura do contribuinte. Vide art. 121 CTN.

A alternativa “b” está errada, pois a capacidade tributária passiva não depende da capacidade civil. Basta a ocorrência do fato gerador e o respectivo vínculo do sujeito passivo. Vide art. 126 CTN.

A Alternativa “c” está correta, pois, nos termos do art. 124, I, CTN, quando duas ou mais pessoas praticam o mesmo fato gerador, aplica-se o instituto da solidariedade tributária: “Art. 124. São solidariamente obrigadas: I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal;”

A alternativa “d” está incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio de eleição quando este dificulta ou impede a fiscalização ou a arrecadação: “Art. 127 § 2º CTN - A autoridade administrativa pode recusar o domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a

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arrecadação ou a fiscalização do tributo, aplicando-se então a regra do parágrafo anterior.”

A alternativa “e” está incorreta, uma vez que os acordos particulares ou convenções particulares não têm força legal para definição de sujeito passivo tributário. Trata-se de matéria objeto de lei. Portanto um contrato não prevalece sobre uma lei. Lei só se altera por outra lei, não cabendo aos contratos a alteração da definição legal do sujeito passivo. Vide art. 123 CTN.

10. ICMS RN 2005- ESAF - Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.

( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

a) VFF

b) VFV

c) VVV

d) FFV

e) FVV

Comentários.

Gabarito oficial alternativa “b”.

A primeira assertiva está verdadeira, de acordo com o art. 131, II CTN : “Art. 131. São pessoalmente responsáveis:... II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.” Trata-se de sucessão “causa mortis” seja de bens móveis ou imóveis, segundo a qual os

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sucessores terão responsabilidade limitada e proporcional ao montante recebido na sucessão.

A segunda assertiva está errada, pois contraria o disposto no art. 134 CTN. Esse artigo já foi objeto do nosso estudo e traduz uma responsabilidade subsidiária em sua essência, apesar da indicação no texto como sendo “solidária”. O texto exige que, para a atribuição de responsabilidade aos terceiros responsáveis, não seja possível exigir o tributo do contribuinte e que o terceiro tenha interferido no fato gerador, seja por ação ou omissão. Ressaltamos que o artigo em foco enfatiza expressamente e literalmente uma responsabilidade “solidária”. Trata-se da intenção do legislador conturbada no texto do próprio artigo, que traduz somente haver a responsabilidade caso seja impossível exigir o tributo do contribuinte. Portanto, já ressaltamos ser um artigo em conflito, determinando uma solidariedade, mas explicando na essência uma subsidiariedade.

Não obstante, é importante frisar que, em concurso público, é tradição o gabarito “responsabilidade solidária” e, mesmo que se copie o texto do art. 134 CTN, conforme a própria assertiva que estamos analisando, devemos atentar para a literalidade do texto, sem adulterá-la. Concluindo, erra o texto quando diz em seu início “...mesmo na possibilidade de se cobrar o tributo do contribuinte...”, pois o art. 134 CTN exige a impossibilidade de se executar o contribuinte para o surgimento da responsabilidade dita “solidária” no artigo.

A terceira assertiva está verdadeira, pois traduz a sucessão tributária empresarial, onde empresa que sucede outra empresa responsabiliza-se pelos tributos devidos pela empresa sucedida até o ato da sucessão. Vide art. 132 CTN: “Art. 132 - A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.”

11. AUDITOR INSS 2002 - ESAF - A fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou ação fiscal na empresa XYZ, em 20 de junho de 2002, para verificar o cumprimento de obrigações tributárias, inclusive o recolhimento de contribuições devidas à seguridade social, ocasião em que foi lavrado o respectivo termo de início de fiscalização. No referido termo, o agente fiscal do INSS intimou a empresa a apresentar os documentos comprobatórios de escrituração em seus livros, bem assim os comprovantes de recolhimento das contribuições devidas. Em 15 de julho de 2002, percebendo que poderia ser apenado por haver cometido infração à legislação pertinente, consistente no fato de ter deixado de recolher aos cofres públicos

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contribuição descontada de seus empregados, o representante legal da empresa, antes mesmo de apresentar à fiscalização os documentos solicitados no termo inicial de fiscalização, denunciou espontaneamente a infração, incluindo em tal denúncia a prova de recolhimento aos cofres do INSS do valor integral da contribuição, acrescido dos juros de mora exigidos por lei. É sabido que a referida contribuição, recolhida pelo sujeito passivo, submete-se à modalidade de lançamento por homologação. Com base nos elementos ora apresentados e tendo em vista a legislação pertinente à matéria, é correto afirmar que a responsabilidade pela infração cometida:

a) ficou excluída, considerando-se que houve denúncia espontânea da infração, acompanhada do pagamento integral da contribuição e dos juros de mora.

b) Não ficou excluída, porquanto a autoridade administrativa competente do INSS deveria, previamente ao pagamento, arbitrar o montante do valor da contribuição devida, em consonância com as normas legais reguladoras do lançamento por homologação.

c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora devidos.

d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS, considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.

e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime de sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago, inclusive, o valor da multa de mora incidente sobre a contribuição recolhida fora do prazo fixado em lei.

Comentários.

Gabarito oficial: alternativa “c”.

Trata-se de assunto já abordado anteriormente relativo à denúncia espontânea disciplinada no art. 138 CTN. O dispositivo afasta a responsabilidade por infrações à legislação tributária na hipótese de confissão espontânea da infração desde que acompanhada do pagamento integral do tributo e dos juros de mora. Nos termos do parágrafo único, “não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração”. Na questão acima, a denúncia não foi espontânea, uma vez que foi efetivada em 15 de julho

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de 2002, tendo, no entanto, a fiscalização sido iniciada em 20 de junho de 2002.

12. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, observadas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.

a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for responsável, pelos tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas, devidos pela massa falida.

c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra não responde pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.

d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis sub-rogam-se nas pessoas dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

Comentários.

Gabarito: alternativa “e”.

A alternativa “e” versa sobre a responsabilidade pessoal dos empregados nos atos dotados de excesso de poder: “Art. 135 CTN. São pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos: ....II - os mandatários, prepostos e empregados.”

A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dos sucessores e cônjuge meeiro pelos tributos devidos pelo “de cujus” até a data da partilha ou adjudicação é limitada ao montante do quinhão do legado ou da meação, mas, no entanto, não inclui os serventuários de justiça, de acordo com o art. 131, II CTN.

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A alternativa “b” está incorreta, uma vez que a responsabilidade dita “solidária” no art. 134 CTN, e por nós já estudada anteriormente, não se estende às multas de caráter formal, mas apenas às multas de caráter moratório. Vide o parágrafo único do próprio artigo.

A alternativa “c” está incorreta, uma vez se tratar de hipótese de sucessão tributária empresarial, prevista no art. 132 CTN, segundo o qual “a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas”. Trata-se, portanto, de responsabilidade pessoal decorrente de uma transferência de responsabilidade tributária.

A alternativa “d” está incorreta, uma vez se tratar de sucessão tributária “intervivos” de bens móveis e imóveis. Na sucessão de bens imóveis, a prova de quitação constante do ato de transferência exclui a responsabilidade do sucessor por tributos anteriores relativos ao imóvel adquirido. Trata-se do art. 130 CTN. No entanto, tal dispositivo não se aplica na sucessão de bens móveis, regida pelo art. 131, I CTN: “São pessoalmente responsáveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos”. Conste prova de quitação no ato de transferência ou não, o sucessor há de ser responsabilizado pelos tributos devidos pelo bem móvel até a data da sucessão.

13. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Entre os sujeitos passivos de ICMS, não podem ser elencados:

a) os entes com personalidade jurídica de direito público.

b) os importadores de mercadorias do exterior.

c) os substitutos tributários.

d) as cooperativas.

e) os prestadores de serviços de transporte municipal.

Comentários.

Gabarito oficial: alternativa “e”.

Trata-se da análise do fato gerador do ICMS, nos termos do art. 155, II CF: “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”. Portanto, os serviços de transporte municipal, diga-se

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intramunicipal, não estão no campo de incidência do ICMS, mas sim sujeitos ao ISS, face ao art. 156, III CF.

Sucessos!

Lugon.

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LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

01. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No ato de aquisição de um estabelecimento comercial ficou convencionado entre as partes que o adquirente somente responderia pelos impostos incidentes sobre as operações tributáveis ativadas após a celebração do contrato negocial. Nesta hipótese, os impostos relativos às operações pretéritas:

a) só podem ser cobrados do adquirente, como sucessor, se forem apurados até a data da aquisição do estabelecimento.

b) só podem ser cobrados do adquirente, pois o alienante foi excluído da relação jurídica tributária.

c) só podem ser cobrados do alienante, pois a convenção particular é oponível à Fazenda Pública.

d) podem ser cobrados do alienante ou do adquirente, como sucessor.

e) não podem ser cobrados do alienante, pois a hipótese é de evasão lícita.

02. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, a responsabilidade por infração:

a) não dispensa procedimento constitutivo da respectiva penalidade, assegurada ampla defesa.

b) não está sujeita aos institutos da decadência ou prescrição tributárias.

c) é exclusiva do contribuinte, não alcançando os demais sujeitos passivos da obrigação tributária.

d) não pode ser aplicada, autonomamente, aos demais sujeitos passivos da obrigação tributária.

e) deve ser apurada mediante comprovação da conduta dolosa ou culposa do contribuinte.

03. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) O art. 134 CTN dispõe que o síndico é responsável pelos tributos devidos pela massa falida. Neste caso, o dispositivo legal refere-se a fatos geradores ativados:

a) pela massa falida ou pelo síndico, a qualquer tempo.

b) pelo falido, antes da quebra.

c) pela massa falida, na condição de contribuinte, após a quebra.

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d) pelo falido e apurados contra a massa falida, após a quebra.

e) pelo falido ou sua massa falida, apurados após a quebra.

04. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A denúncia espontânea da infração fiscal nos termos das disposições codificadas:

a) elide a responsabilidade pela multa fiscal, ainda que apresentada após o início do procedimento administrativo.

b) não elide a responsabilidade pela multa fiscal.

c) elide a responsabilidade pelo respectivo delito fiscal.

d) não elide a responsabilidade pela multa nem pelo delito fiscal.

e) não elide a responsabilidade pelo pagamento do tributo.

05. MINISTÉRIO PÚBLICO SERGIPE (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A responsabilidade de terceiros em matéria tributária não se aplica:

a) pessoalmente, quando da prática de atos ilícitos, sobre os tutores e curadores, pelos tributos devidos pelos tutelados e curatelados.

b) pessoalmente, sobre os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, quando seus atos forem lícitos ou sem excesso de poder.

c) solidariamente sobre os tabeliães pelos tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão de seu ofício.

d) solidariamente, quando da pratica de atos lícitos, sobre os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes.

e) solidariamente, sobre os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores.

06. MINISTÉRIO PÚBLICO PERNAMBUCO (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Em tema de responsabilidade tributária é incorreto afirmar que:

a) a sucessão pode ocorre sobre bens, denominada responsabilidade por sucessão real.

b) inexiste diferença entre responsabilidade por transferência e por substituição.

c) a responsabilidade por transferência pode dar-se também por subsidiariedade.

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d) a prática de ato com excesso de poder ou infração de lei também resulta em responsabilidade por substituição.

e) o espólio é pessoalmente responsável pelos tributos devidos pelo de cujus até data da abertura da sucessão.

07. ICMS SP 2002 – VUNESP - O sócio gerente da empresa WDR, que se retirou da sociedade em 1995, registrando a alteração social na Junta Comercial e informado o fato pela DECA na data da sua retirada:

a) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa, uma vez que ela continuou suas atividades.

b) não pode ser responsabilizado pelos débitos fiscais da empresa posteriores a sua retirada.

c) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade.

d) pode ser responsabilizado solidariamente pelos débitos fiscais da empresa , de qualquer período, enquanto ela estiver em atividade, comportando benefício de ordem.

e) pode ser responsabilizado por substituição tributária pelos débitos fiscais da empresa posteriores a sua retirada, se previsto contratualmente.

08. PROCURADOR FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF . Em atenção ao tema substituição tributária, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correta correspondente.

( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, o fato gerador presumido é provisório e, por isso, dá ensejo à restituição ou complementação do imposto pago na hipótese de sua não-realização ou realização em dimensão diversa da presumida.

( ) Segundo o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, o fato gerador presumido não é provisório mas sim definitivo, não dando ensejo à restituição ou complementação do imposto pago, senão, no primeiro caso, na hipótese de sua não-realização final.

( ) A substituição tributária progressiva, ou para frente, é técnica de tributação introduzida no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda Constitucional no 03, de 17 de março de 2003, e regulamentada pela Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996.

( ) Instituto que atende ao princípio da praticabilidade da tributação, a substituição tributária pode ser: regressiva, ou para trás, tendo por

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efeito o diferimento do tributo; e progressiva, ou para frente, pressupondo a antecipação do fato gerador, calculando-se o tributo devido de acordo com uma base de cálculo estimada.

a) V, F, F, F

b) F, V, F, V

c) F, V, V, F

d) V, F, V, V

e) V, F, V, F

09. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional.

a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta coma situação que constitua o respectivo fato gerador.

b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz.

c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis.

d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo.

e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador.

10. ICMS RN 2005- ESAF - Avalie o acerto das formulações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, marque a resposta correta.

( ) O sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro são pessoalmente responsáveis pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

( ) Mesmo no caso de ser possível a exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte, respondem solidariamente com

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este, nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis, os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados.

( ) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas.

a) VFF

b) VFV

c) VVV

d) FFV

e) FVV

11. AUDITOR INSS 2002 - ESAF - A fiscalização do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou ação fiscal na empresa XYZ, em 20 de junho de 2002, para verificar o cumprimento de obrigações tributárias, inclusive o recolhimento de contribuições devidas à seguridade social, ocasião em que foi lavrado o respectivo termo de início de fiscalização. No referido termo, o agente fiscal do INSS intimou a empresa a apresentar os documentos comprobatórios de escrituração em seus livros, bem assim os comprovantes de recolhimento das contribuições devidas. Em 15 de julho de 2002, percebendo que poderia ser apenado por haver cometido infração à legislação pertinente, consistente no fato de ter deixado de recolher aos cofres públicos contribuição descontada de seus empregados, o representante legal da empresa, antes mesmo de apresentar à fiscalização os documentos solicitados no termo inicial de fiscalização, denunciou espontaneamente a infração, incluindo em tal denúncia a prova de recolhimento aos cofres do INSS do valor integral da contribuição, acrescido dos juros de mora exigidos por lei. É sabido que a referida contribuição, recolhida pelo sujeito passivo, submete-se à modalidade de lançamento por homologação. Com base nos elementos ora apresentados e tendo em vista a legislação pertinente à matéria, é correto afirmar que a responsabilidade pela infração cometida:

a) ficou excluída, considerando-se que houve denúncia espontânea da infração, acompanhada do pagamento integral da contribuição e dos juros de mora.

b) Não ficou excluída, porquanto a autoridade administrativa competente do INSS deveria, previamente ao pagamento, arbitrar o montante do valor da contribuição devida, em consonância com as normas legais reguladoras do lançamento por homologação.

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c) Não ficou excluída, pois não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início do procedimento de fiscalização, ainda que tenha sido pago o valor integral da contribuição e dos juros de mora devidos.

d) Não pode remanescer na esfera administrativa do INSS, considerando-se que o pagamento integral da contribuição e dos juros de mora devidos extingue a punibilidade criminal do agente.

e) Possibilitará que haja condenação do agente pela prática de crime de sonegação fiscal, considerando-se que deveria ter sido pago, inclusive, o valor da multa de mora incidente sobre a contribuição recolhida fora do prazo fixado em lei.

12. ISS FORTALEZA 2003 – ESAF - Marque a resposta correta, observadas as pertinentes disposições do Código Tributário Nacional.

a) O sucessor a qualquer título, o cônjuge meeiro e os serventuários da Justiça, estes nos atos em que intervierem, respondem pessoal e integralmente pelos tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação.

b) Na impossibilidade de a Fazenda Pública exigir da massa falida o cumprimento de obrigações tributárias, o síndico responde solidariamente com a massa, nos atos em que ele intervier ou pelas omissões de que for responsável, pelos tributos e correspondentes multas moratórias e punitivas, devidos pela massa falida.

c) A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra não responde pelos tributos devidos pelas pessoas jurídicas fusionadas, transformadas ou incorporadas.

d) Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade ou a posse de bens móveis e imóveis sub-rogam-se nas pessoas dos respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação.

e) Os empregados são pessoalmente responsáveis pelos créditos correspondentes a obrigações tributárias resultantes de atos praticados com excesso de poderes ou infração de lei, contrato social ou estatutos.

13. ICMS DF 2001 (FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) - Entre os sujeitos passivos de ICMS, não podem ser elencados:

a) os entes com personalidade jurídica de direito público.

b) os importadores de mercadorias do exterior.

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c) os substitutos tributários.

d) as cooperativas.

e) os prestadores de serviços de transporte municipal.

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AULA 1: ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 01. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) Direito Tributário é o conjunto de normas que a) regula o destino dos valores arrecadados a título de tributo dentro da máquina do Estado b) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária da Administração Pública Direta e Indireta c) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária apenas da Administração Pública Direta d) regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos e) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. O gabarito oficial é a alternativa “ D”. As alternativas “a”, “b” e “c” estão incorretas, pois, apesar do Direito Tributário ser uma disciplina que surge de uma especialização do Direito Financeiro, de fato, quem normatiza ou regula o comportamento dos agentes na condução orçamentária, bem como a destinação dos tributos é o Direito Financeiro, quando este disciplina o “orçamento público”. Vale ressaltar novamente: o Direito Financeiro normatiza a atividade financeira do Estado, isto é, as receitas públicas, as despesas públicas, crédito público e orçamento público. Em contrapartida, o Direito Tributário se especializou no estudo e na normatização de uma das Receitas Públicas, provavelmente a mais importante: o tributo. O disposto nas alternativas “a”, “b” e “c” não se confunde com aquilo que se denomina “repartição de receita tributária”, conforme está previsto na Constituição Federal, nos art. 157 a 162. Estes percentuais de repartição de receita tributária são hipóteses excepcionais de vinculação de receita de impostos, bem como outros tributos, determinados pela Constituição e são objeto da disciplina Direito Tributário. A alternativa “e” também está errada, pois como já mencionado, as leis orçamentárias, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias são instrumentos da normatização do orçamento público, o qual é objeto de normatização pelo Direito Financeiro. A alternativa “d” dada como gabarito é uma afirmativa muito ampla e não muito feliz. Isto porque no universo dos ingressos públicos, o tributo é apenas umas das receitas públicas, mas não a única. Isto significa que nem todo dinheiro levado aos cofres públicos será um tributo. Há outras receitas públicas como, por exemplo, os preços públicos e os preços quase privados. As receitas públicas podem ser classificadas: receitas públicas originárias ( atividade atípica de Estado ) e receitas públicas derivadas ( atividades típicas de Estado ). Todos esses recursos são receitas públicas, no entanto, o tributo é apenas uma espécie de receita pública classificada como “receita derivada”, pois advém de atividade típica de Estado, dotado de “Poder de Império”. Conclui-se, portanto, que o gabarito “d”, foi um tanto infeliz, uma vez que a receita pública é normatizada pelo Direito Financeiro, exceto uma delas: o tributo. Portanto, nem todo dinheiro levado ao cofre público corresponde a tributo ou seja, nem todo dinheiro levado ao cofre público será objeto do Direito Tributário. Poderíamos repetir a clássica definição de Direito Tributário como um “ramo didaticamente autônomo do Direito Público que estuda e normatiza as relações

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jurídicas entre o Estado e o contribuinte, relativas à instituição, fiscalização e arrecadação da receita pública derivada específica referente ao conceito de tributo.” 02. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo a) pode constituir sanção de ato ilícito b) está submetido à reserva legal c) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza d) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. e) é toda prestação pecuniária facultativa Gabarito oficial “B”. Segundo o CTN, no seu art. 3º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. Portanto, ressalvada a alternativa “b”, as demais alternativas estão em desacordo com a definição de tributo, Incorreta alternativa “a” , pois sanção de ato ilícito é sempre uma penalidade, como por exemplo a multa fiscal. Tributo não é punição, mas sim prestação pecuniária que se paga pela prática de ato lícito previsto em lei tributária. Incorreta a alternativa “c”, pois os tributos são prestações pecuniárias, portanto em dinheiro, salvo exceção prevista no CTN, como por exemplo, a dação em pagamento em bens imóveis, se autorizada em lei. Portanto, não admite pagamento de tributos em valores que não se expressem em moeda. Daí se conclui que a prestação de serviços não é meio de pagamento de tributos, diga-se o que se chamaria pagamento de tributo “in labore”. Incorreta a alternativa “d” por discordar da própria definição de tributo no art 3.º CTN, uma vez que a atividade de cobrança do tributo diz-se plenamente vinculada, ou seja, não há juízo de conveniência ou oportunidade no lançamento, pois, é ato não discricionário da Fazenda Pública. Vide art. 142 CTN. “A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de responsabilidade funcional.” A alternativa “e”, está incorreta, pois, ao contrário do disposto na questão, tributo não é prestação facultativa, uma vez que tem natureza legal, ou seja, é instituído em lei. Isto decorre do princípio da legalidade disposto no art. 150, I CF “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça”. No entanto, as prestações de natureza contratual, por exemplo, um “preço público” ou “tarifa” têm natureza contratual, daí o seu caráter facultativo, o que os diferencia dos tributos. Correto o gabarito alternativa “b”, como já exposto no parágrafo anterior, face á natureza legal da prestação denominada tributo.

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03. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo: a) relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação. b) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. c) relevante a correta destinação do valor arrecadado. d) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei. e) irrelevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. Gabarito alternativa “e”. Correto o gabarito em detrimento das demais alternativas que versam sobre o mesmo tema. A questão tem fundamento legal no art. 4.º CTN: “Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la: I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei; II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.”. O CTN, ao ser publicado, em 1966, trazia no seu art. 4.º a diferença entre as espécies tributárias básicas: imposto, taxa e contribuição de melhoria: o fato gerador. A correta identificação do fato gerador determina a espécie tributária. Nos termos do art. 5.º CTN, tinham natureza tributária à época: “rt. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria”. A denominação e demais formalidades adotadas em lei seria irrelevante para identificar um tributo. Isto significa que um tributo desingnado “taxa”, com fato gerador de imposto, imposto ele seria, não taxa. A lei seria plenamente válida. A destinação legal do produto arrecadado também não seria o fator determinante para a identificação do tributo. Temos que tomar muito cuidado na correta identificação do tributo, uma vez que, após essa identifcação feita passaremos a analisar as demais características daquele tributo. Por exemplo: uma taxa não pode ter base de cálculo de imposto ( art. 145 par. 2.º CF): “art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.” Ocorre que mesmo que o tributo tenha nome de taxa, pode não ser uma taxa e sim um imposto, pela análise do fato gerador. Daí não haveria nenhuma inconstitucionalidade. Seria válido, portanto, fazermos duas questões da ESAF a respeito, como subsídio para este estudo.

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PRIMEIRA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA: AFRF 1998/ ESAF Certo projeto de lei criando uma "taxa" para remunerar o serviço de processamento da declaração do imposto tem por fato gerador o aferimento de renda superior a 3 mil reais. Noutro dispositivo, cria-se uma "contribuição de melhoria", que tem por fato gerador a saída de mercadorias de estabelecimentos industriais situados em vias públicas asfaltadas pela União. Um terceiro artigo institui um "imposto sobre grandes fortunas" para o qual se prevê, como fato gerador, a transmissão causa mortis de imóveis de valor superior à determinada quantia. Chamado a opinar sobre esse projeto, estaria incorreta a seguinte asserção: a) o projeto de lei está escorreito, pois obedece aos princípios da legalidade e da anterioridade tributárias b) taxa não pode ter fato gerador idêntico ao que corresponda a imposto e, no primeiro caso, o fato gerador corresponde ao do imposto de renda c) o fato gerador da contribuição de melhoria, no projeto, não guarda relação com a valorização do imóvel d) o fato gerador do imposto criado corresponde ao de um imposto que não compete à União e) há impropriedade na denominação dos tributos que se pretende criar Gabarito oficial alternativa “a”. O gabarito oficial não nos é muito relevante. Não há dados no texto para avaliação da observância ao princípio da anterioridade. Daí ser a alternativa incorreta desejada na questão. Relevantes as demais alternativas as quais estão corretas. Ocorre que no texto há a criação de três tributos, todos com uma denominação incorreta, pois eles serão identificados pelos seus fatos geradores respectivos. Exemplo: no primeiro dispositivo o tributo não é uma taxa e sim um imposto. Observe que no texto o autor denomina o tributo como “taxa” e logo em seguida determina o fato gerador com sendo de um “imposto”. Diante desta conclusão, mesmo que tenha base de cálculo de imposto será plenamente constitucional, pois não se trata de uma taxa e sim de um imposto. SEGUNDA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA AFTN – SET/94 ESAF I – O Município X criou a “taxa de instalação industrial” , a ser cobrada das industrias que se instalassem na zona industrial por ele criada. Para incentivar a instalação de fabricas naquele distrito industrial, previu a Lei que a taxa somente seria devida quando se iniciasse a produção, seria de 1% do valor dos produtos que saíssem do estabelecimento. A lei municipal não definiu expressamente o fato gerador daquele tributo. II – O Município Y criou a “taxa de iluminação pública”, cuja base de calculo, para maior justiça fiscal, foi graduada segundo a capacidade econômica, aferida pelo valor da energia elétrica consumida pelo contribuinte. III – O Município Z instituiu, pelo exercício do poder de policia sobre o zoneamento de atividades, a taxa de localização de estabelecimentos bancários, que incidiria à módica alíquota de 1 milésimo por cento do valor dos empréstimos concedidos pelo contribuinte.

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Assinale agora qual é, respectivamente, a situação jurídica dessas três taxas: a) Todas as três são juridicamente validas b) Somente uma é valida, sendo inconstitucionais as outras duas c) Somente duas são juridicamente validas: a primeira e a terceira d) Somente são validas as duas primeiras: uma porque ligada ao poder de policia local, relativo ao zoneamento urbano; a outra, porque se refere a prestação de serviço publico, diretamente ao contribuinte ou posto à sua jurisdição e) Todas as três são invalidas juridicamente. Gabarito oficial alternativa “e”. Vale uma ressalva. A questão é muito antiga e, atualmente, a taxa de iluminação pública, disposta na segunda assertiva, foi considerada pelo STF como inconstitucional a partir de 2000, por ser um serviço inespecífico e indivisível. Hoje é possível a cobrança da CIP – contribuição para custeio da iluminação pública. Vide art. 149-A CF. O nos é relevante observar no texto é que o autor determina que nos três casos, são instituídas taxas com base de cálculo de impostos, daí a sua inconstitucionalidade. Observe que o autor não entra na análise do fato gerador, isto é, diz ter sido instituído uma taxa e ponto final! Não há, como na primeira questão subsidiária, um tributo designado taxa e com fato gerador de imposto. Nesta questão em análise (SEGUNDA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA ) os tributos são taxas. Portanto, neste tipo de questão, o autor não quer entrar na discussão quanto à natureza do tributo, ele determinou o tributo criado e agora resta a análise final da base de cálculo. Como já sabemos, uma taxa não pode ter base de cálculo de imposto, daí, nas três análises serem inconstitucionais. TERCEIRA QUESTÃO SUBSIDIÁRIA: ICMS MG 2004 Considerando-se o conceito de tributo e a classificação de suas espécies, é INCORETO afirmar que: a) A classificação das espécies tributárias independe da denominação e demais características formais adotadas pela lei, sendo necessário, no entanto, a análise do fato gerador e da base de cálculo da obrigação instituída. b) As taxas podem ser exigidas tanto pela União, pelos Estados-membros, pelo Distrito Federal e pelos Municípios, desde que realizem a prestação do serviço público específico e divisível ou o coloquem à disposição do contribuinte. c) O imposto de acordo com o Código Tributário Nacional, é um tributo cujo fato gerador independe da prática de uma atividade estatal específica em relação ao contribuinte, sendo expressamente vedada pela Constituição Federal de 1988 a vinculação de sua arrecadação ou transferência constitucional a uma despesa específica. d) O tributo não constitui sanção de ato ilícito, isto é, a exigência preconizada pela legislação não pode caracterizar a aplicação de uma penalidade pela prática de ato contrário à sua determinação

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Gabarito oficial alternativa “c”. Nos interessa analisar a alternativa “a”. Está correta. Fez-se uma afirmativa mais abrangente do que o art. 4.º CTN, incluindo-se na relevância, para identificar a natureza jurídica do tributo, a análise, não só do fato gerador, mas também da sua base de cálculo. Correta a afirmativa, pois forma um contexto verdadeiro. O universo de fato gerador e base de cálculo identifica corretamente um tributo. Mas, em contrapartida, vale ressaltar que somente a base de cálculo não seria suficiente. Por exemplo, se soubéssemos que um tributo é denominado taxa e tem base de cálculo o valor do imóvel, não seria isso suficiente para afirmarmos ser taxa ou imposto. Seria necessário a correta identificação do fato gerador. Caso fosse fato gerador de taxa, seria no contexto um tributo inconstitucional, mas em sendo fato gerador de imposto, seria constitucional. A alternativa “b” está correta pois coincide com o fato gerador de taxa de serviço, nos termos do art. 77 CTN. A alternativa “c” dita como incorreta, fez uma afirmativa um tanto confusa. Em verdade, na sua primeira parte, ressalta o art. 16 CTN, segundo o qual o imposto é tributo não vinculado, cujo fato gerador representa uma manifestação econômica do contribuinte. Seu fato gerador é fato do indivíduo, não depende, portanto, de contraprestação imediata do Estado. Vide art. 16 CTN “Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.” Na segunda metade da afirmativa, ressalta a determinação constitucional de que imposto é tributo de receita não vinculada por expressa proibição constitucional nos termos do art. 167, IV CF “Art. 167. São vedados: IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo.” Vale observar que há exceções expressas onde se exige a vinculação da receita do imposto à despesas específicas, como para a saúde, o ensino e outras. Daí a terceira afirmativa da questão estar incorreta. A alternativa “d” está correta e já foi abordada em questões anterirores. 04. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005) Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas: a) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis b) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade

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c) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização imobiliária d) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é facultativo e) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária. Gabarito oficial alternativa “c”. As taxas têm como fato gerador uma contraprestação estatal relacionada à serviços públicos específicos e divisíveis ou ao exercício regular do poder de polícia, enquanto as contribuições de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obra pública. Quanto às taxas vide art. 145, II CF que é repetido no art. 77 CTN: “ CF Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição” Quanto às contribuições de melhoria vide art. 145, III CF e art. 81 CTN. “Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas” “ CTN Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado” Vale observar que tanto as taxas como as contribuições de melhoria são “tributos vinculados” ou seja, seus fatos geradores estão vinculados a uma contrapartida imediata do Estado em relação ao contribuinte. Ao contrário dos impostos, classificados como “tributos não vinculados”, uma vez que o fato gerador não se relaciona com atuação do Estado dirigida ao contribuinte, e sim com a manifestação econômica do próprio contribuinte. Vide art. 16 CTN. Também é importante ressaltar que o fato gerador da taxa e definido não somente no CTN, no seu art. 77, bem como na própria CF art.145, II. Já, com relação às contribuições de melhoria, a CF art. 145, III não definiu o seu fato gerador, deixando-o em aberto. Segundo o STF, fica recepcionado o art. 81 CTN” ....valorização imobiliária decorrente de obra pública” Diante do exposto, podemos concluir que a alternativa “a” está incorreta, pois a contribuição de melhoria não se relaciona com serviços públicos, somente a taxa. As contribuições de melhoria têm como fato gerador a valorização imobiliária decorrente de obras públicas. A alternativa “b” está incorreta, pois ambas são tributos vinculados, conforme já explicado por nós.

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A alternativa “c” está correta, pois se enquadra no contexto já explicado. Fazemos uma pequena ressalva. Deveriam ter especificado que as taxas visam custeio de serviços públicos específicos e divisíveis, e não qualquer serviço público. Vale a nossa crítica A alternativa “d” está incorreta, pois relaciona as contribuições de melhoria aos serviços públicos e, além disso, as torna facultativa, o que não é característica de tributos, os quais são compulsórios dada a natureza legal. A alternativa “e” está incorreta, primeiro por não especificar os serviços públicos vinculados às taxas, conforme já ressaltamos; além disso, as contribuições de melhoria estão relacionadas à valorização imobiliária decorrente de obras públicas e não qualquer valorização imobiliária. 05 ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público - Sergipe 2005) A respeito dos tributos previstos na Constituição, é correto afirmar que: a) a contribuição de melhoria não pode ser exigida antes do início da obra pública. b) os empréstimos compulsórios poderão ser instituídos pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública. c) as taxas podem ter a mesma base de cálculo de imposto. d) na ausência do exercício do poder de tributar pelos Estados e pelos Municípios, a União poderá dispor, por intermédio de lei ordinária federal, sobre os tributos de competência dessas pessoas políticas. e) após a Emenda Constitucional n.º 29, de 13.09.2000, o Imposto sobre Propriedade Territorial Urbano pode ser exigido através de alíquotas progressivas desde que o Município possua plano diretor. Gabarito oficial alternativa “a”. Correto o gabarito uma vez que pressupõe a contribuição de melhoria que a valorização seja decorrente de obra pública, conforme já estudamos no art. 81 CTN. Antes de seu início não teria sido decorrente da realização de uma obra. O STF aceita, no entanto, que seja cobrada mesmo antes do término da obra, basta que tenha ocorrido, para o respectivo imóvel, o seu fato gerador, isto é, a valorização imobiliária. A alternativa “b” está incorreta, pois empréstimo compulsório é tributo especial de competência exclusiva da União. Vide art. 148 CF. A alternativa “c” está incorreta nos termos do art. 145 § 2.º CF, conforme já em questões anteriores : “art.145. § 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.” A altenativa “d” está incorreta uma vez que os entes tributantes têm competência definida na Constituição para impostos, não cabendo invasão de competência no campo de atuação das entidades tributantes. Um ente tributante deve restringir-se ao seu campo de competência, não podendo, inclusive, nem delega-la, nos termos do art. 7 CTN. “Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição”. Vale observar que o

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que se admite é a delegação das funções de fiscalizar, arrecadar e executar, mas não da função de instituir os tributos. Daí se afirmar que a competência como um todo é indelegável. O que se admitiria seria apenas a delegação da capacidade de se exigir o cumprimento da obrigação, o que envolve apenas as três funções restantes: fiscalizar, arrecadar e executar. Retornando ao cerne da questão, sendo o exercício da competência uma faculdade do ente tributante, diante da inércia de seu titular, outro ente não poderia invadir sua competência, pois o exercício é inapropriável, cada uma tem uma esfera de competência designada pela Constituição que direta e expressamente ou através da técnica da predominância do interesse. A alternativa “e” está incorreta pois a EC 29/00 atribuiu aos Municípios a competência para instituir alíquotas progressivas de IPTU em função do valor venal do imóvel. Vide art. 156 § 1, I CF. “ 156 Compete aos municípios: "§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" Vale ressaltar no próprio artigo a antiga permissão da progressividade do IPTU em função do tempo, o que permanece válido: Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes... § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:.....II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo”. Portanto, conclui-se que, a EC 29/00 não tem vínculo com a progressividade extra-fiscal explicitada no art. 182 par.4.º , II CF. A EC 29/00 trata de possibilitar a progressividade das alíquotas de IPTU em função da capacidade econômica, ou seja, em função do valor do imóvel, o que antes era negado pelo STF. 06. ICMS SP 2002 ( VUNESP) As taxas de Fiscalização e Serviços Diversos como instituídas nos termos da Lei 7645/91 são: a) tributos vinculados b) impostos não vinculados c) contribuições parafiscais d) preços públicos retribuitórios e) impostos vinculados Gabarito correto alternativa “a”. Conforme já foi anteriormente explicado na questão n.º 04, no quarto parágrafo dos respectivos comentários, as taxas têm como fato gerador um situação prevista em lei que está vinculada a uma atuação Estatal, a uma contraprestação imediata do Estado em relação ao contribuinte. Ao contrário, os impostos são tributos que dependem apenas do próprio contribuinte na manifestação de sua capacidade econômica, daí denominados tributos não vinculados, nos moldes do art. 16 CTN. Incorretas as alternativas “b” e “e” , pois taxas e impostos são tributos totalmente distintos. Já estudamos na questão n.º 04 a função de ambos como tributos básicos com funções diferenciadas no Sistema tributário Nacional. As taxas têm função de ressarcir

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custo de serviços públicos específicos e divisíveis, enquanto os impostos visam redistribuição de riqueza, função meramente redistributiva e não ressarcitiva. Incorreta a alternativa “c”, pois as contribuições especiais são tributos especiais, hoje, dotadas de natureza jurídica tributária. Visam custeio de atividades paralelas às funções de Estado, como custeio da Seguridade Social e outras. Não se confundem com as taxas, pois estas últimas são tributos básicos, com fato gerador definido em norma geral e função tributária definida, conforme já por nós estudado, relacionando-se com os serviços públicos específicos e divisíveis ou com poder de polícia. Incorreta a alternativa “d”, pois os preços públicos são receitas originárias, de natureza contratual, facultativos, o que os diferem dos tributos, em especial, das taxas, as quais são compulsórias, instituídas em lei. 07. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a contribuição é: a) receita originária, nos termos do parágrafo 1.º do art. 20 CF b) contribuição de melhoria na importação e comercialização c) preço público, por se tratar de atividade relativa a petróleo d) receita derivada provinda de contribuição especial tributária e) movimentação de caixa Gabarito oficial alternativa “d”. Correto o gabarito oficial, pois, conforme já abordamos o tema, na questão n.º 01, os tributos são espécies de receitas públicas derivadas, advém de função típica de Estado. Ao contrário as receitas públicas originárias, advém de função atípica de Estado, destacando-se os preços públicos. Além disso, vale ressaltar que as contribuições especiais, dentre as quais a CIDE, bem como as contribuições sociais e os empréstimos compulsórios têm natureza tributária especial, sem fato gerador rigidamente direcionado em norma geral, ficando a cargo da lei instituidora. O que os diferencia dos impostos, taxas e das contribuições de melhoria é o fato de aqueles têm função de custeio de despesa especial, como Seguridade Social, Intervenção no modelo econômico, ao passo que estes, os impostos, as taxas e contribuições de melhoria têm função tributária rígida e definida pela análise estrita do seu fato gerador. Quero dizer que uma contribuição especial pode ter mesmo fato gerador de um imposto, por exemplo, sem no entanto, se transforma em imposto, uma vez que, ao contrário dos impostos, visa o custeio de uma atividade especial: exemplo a CIDE do petróleo visa subsídios a preço de combustíveis, desenvolver projetos ambientais relacionados à industria do petróleo e outros... Em resumo, as contribuições especiais e os empréstimos compulsórios não são identificados apenas pela análise de seu fato gerador, mas sim por circunstâncias especiais que lhes tornam um tributo especial: custeio de atividades especiais. Daí o art. 4.º CTN ter sua rigidez direcionada ao art. 5.º CTN, ou seja, aos impostos, taxas e contribuições de melhoria.

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08. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) A contribuição para custeio da iluminação pública, recém introduzida em nosso sistema tributário a) tem natureza extra-fiscal b) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou Distrito Federal c) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios d) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos e) equipara-se às taxas Gabarito oficial alternativa “b”. Tem fundamento no art. 149 A da Constituição Federal. “Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Elas foram atribuídas aos Municípios e Distrito Federal para fazer face ao custeio da iluminação pública, uma vez ter o STF declarada com inconstitucional a cobrança de taxas de iluminação pública, por ser serviço público inespecífico ( geral ) e indivisível. Tem função, portanto fiscal, visando custeio da iluminação pública. Ressalte-se que estão sujeitas à anterioridade, bem como ao requisito da noventena previstos nos art. 150, III, “b” e “c” CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; 09 (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com finalidades extra-fiscais, para instituição de a) IR b) IR e IPTU c) IPTU e ITR d) IR e ITR e) IPTU e ICMS Gabarito oficial alternativa “c”. A progressividade extra-fiscal de alíquotas é admitida para dois impostos: IPTU e ITR. Vide art. 182, § 4.º, II CF ( IPTU ): Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes... § 4º - É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, sub-utilizado ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:.....II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo”. Vide também art. 153,§ 4, I CF 4º O imposto previsto no

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inciso VI do caput: I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a manutenção de propriedades improdutivas”. As demais alternativas estão incorretas. O Imposto de Renda admite progressividade, nos moldes do art. 153, § 2, I CF, mas a progressividade se faz em função da renda, ou seja, trata-se de progressividade em função da capacidade econômica, e não em função de critérios de controle, diga-se, extra-fiscal, como solicitado na questão. Além disso vale ressaltar que o IPTU admite dois critérios de progressividade de alíquotas, um deles já exposto acima ( em função de critérios extra fiscais ), a progressividade no tempo e outro critério disposto no art. 156, § 1o., I CF, ou seja, em função do valor do imóvel, o que caracteriza progressividade em função da capacidade econômica. “art. 156 § 1o., I Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, II, o IPTU poderá ser :"I – ser progressivo em razão do valor do imóvel” Quanto ao ICMS, este não admite progressividade de alíquotas por nenhum dos dois critérios, seja em função de caráter extra-fiscal ou em função da capacidade contributiva. Crítica: o ICMS poderá ser seletivo e, nesta hipótese, teria função extra-fiscal, o que implica em progressividade na razão inversa da essencialidade do produto. Mas esta questão teria que ser tratada como critério de seletividade e, não creio fosse tratada como critério de progressividade. Portanto, vale a regra, ICMS não é progressivo. 10 (Fundação Carlos Chagas- Procurador Manaus) Em nosso Sistema financeiro, o pedágio cobrado pela utilização de rodovias qualifica-se como a) Taxa de serviço b) Taxa de polícia c) Preço público d) Imposto sobre serviço prestado e) Contribuição social Gabarito oficial alternativa “c”. Em verdade muitos autores divergem a respeito. Longe de ser questão simples de resolver, uns dizem “taxa” enquanto outros “preço público”. Em verdade, acho brilhante o prof. Sacha Calmon quando define: “ depende da natureza da sua instituição- se por lei será uma taxa, se contratual será um preço público.” Portanto, não vamos ficar presos a uma reposta, vai depender de como ele será instituído. No entanto, é comum nesta pergunta, em concursos, o gabarito “preço público”, o que resulta de uma realidade brasileira, onde, hoje em dia, os pedágios têm tido feição contratual e não instituição por lei. Daí o gabarito tradicional: preço público. Vale observar que alguns autores, ainda diferenciam as tarifas, como espécies de preço público, cobrados mediante delegação de serviço público por entes privados. Mesmo assim, o gabarito será dado pelo gênero- preço público- e não pela espécie – tarifa.

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11. (Fundação Carlos Chagas- ICMS DF- 2001) As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque a) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa b) Obedecem ao princípio da legalidade c) Constituem sanções de atos ilícitos d) Observam o princípio da anterioridade e) São aplicadas pelos gentes da fiscalização Gabarito alternativa “c”. Na questão n.º 02 já abordamos o assunto, diferenciando tributo das multas. Na verdade o art. 3.º CTN que define tributo º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”, deixa bem claro que tributo não tem natureza punitiva, ao contrário das multas. Vale ressaltar que o art. 3.ºCTN é perfeito para a definição das multas, desde que fizéssemos a devida alteração “ ...que constitua sanção de ato ilícito...” Incorreta a alternativa “b”, pois tanto os tributos como as multas, por constituírem o objeto da obrigação tributária principal, sofrem lançamento para constituição do respectivo crédito tributário. O não pagamento no prazo permite execução fiscal que, no entanto, vai depender de prévia inscrição em dívida ativa, pois sem o título executivo extra judicial, a CDA ( certidão de dívida ativa ), não há como se instrumentalizar uma ação de execução fiscal. Portanto, as multas também exigem inscrição como dívida ativa. Incorreta a alternativa “b” pois ambos sujeitam-se à legalidade: CTN Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: I - a instituição de tributos, ou a sua extinção; ....V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela definidas” Incorreta a alternativa “d”, uma vez que as multas não estão submetidas à Anterioridade, apenas os tributos. Vide art. 150, III, b CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: ...b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;” Incorreta a alternativa “e” pois ambos são exigidos pela fiscalização, pois, como já foi exposto, são objeto de lançamento para constituição do crédito tributário, sendo inclusive a multa objeto de lançamento de ofício nos moldes do art. 149 CTN. “O lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos seguintes casos: ...IV - quando se comprove falsidade, erro ou omissão quanto a qualquer elemento definido na legislação tributária como sendo de declaração obrigatória; V - quando se comprove omissão ou inexatidão, por parte da pessoa legalmente obrigada, no exercício da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ação ou omissão do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que dê lugar à aplicação de penalidade pecuniária; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação;”

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12. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001) As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas: a) acessórias b) complementares c) extraordinárias d) extrafiscais e) parafiscais Gabarito correto alternativa “e”. Os tributos são classificados: fiscais, extra-fiscais e parafiscais. Considera-se fiscal um tributo quando tem função eminentemente arrecadatória visando cumprir as funções de Estado, exemplo, IR, IPTU, ICMS. Classifica-se como extra-fiscal, quando prevalece além da função arrecadatória, outra, a de controle ou intervenção na economia. Destacam-se II, IE, IPI, IOF, ITR. Vale ressaltar que o ICMS seletivo e o IPTU progressivo no tempo teriam função extra-fiscal, o que seria exceção à regra. Por último, a parafiscalidade implica em tributo que visa custeio de função paralela à de Estado, exemplo as contribuições da seguridade social cobradas do empregador sobre a folha salarial. Além disso, é característica também da parafiscalidade a transferência da capacidade ativa ( função de exigir o cumprimento da obriação ) e dos recursos à entidade beneficiada. Note-se, no, entanto, que nem toda transferência de capacidade ativa implica em parafiscalidade. 13. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001) Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva correta: a) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à exigência de prévia autorização orçamentária b) A União pode institui-lo por meio de lei ordinária federal c) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição d) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário e) A competência para instituir empréstimo compulsório é da União, podendo ser excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal. Correto o gabarito alternativa “d”.

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O empréstimo compulsório é tributo de competência da União. Vide art. 148 CF. “ A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.” Incorreta a alternativa “a”, pois a súmula 418 STF não tem mais eficácia, uma vez que, desde a EC 01/69 ele já ganha natureza tributária, segundo jurisprudência do próprio STF, ainda não resumida em nova súmula. Incorreta a alternativa “b”, pois é necessária lei complementar federal em qualquer hipótese, inclusive no caso de guerra, calamidade pública ou investimento público. Incorreta a alternativa “c”. Não há que se confundir fato gerador com as circunstâncias autorizadoras. Se a pergunta é quando a União poderá criar o tributo por lei complementar, a resposta será umas das 3 circunstâncias autorizadoras: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. Estas não são fatos geradores, mas sim os fundamentos que autorizam a publicação da lei instituidora pela União. Outra coisa é definir o seu fato gerador, aquela circunstância prevista em lei, que, em nela se enquadrando, fica o contribuinte obrigado ao pagamento do tributo. O empréstimo compulsório pode se utilizar de qualquer fato gerador, inclusive copiar fato gerador de imposto, pois imposto não se transforma, uma vez que o empréstimo tem uma característica que lhe diferencia dos demais tributos: restituição obrigatória. Incorreta alternativa “e”, uma vez ser de competência exclusiva da União, competência dita indelegável, como já estudamos no art. 7.º CTN. QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1 AFRF 2002-2 ESAF A assertiva errada, entre as constantes abaixo, é a que afirma que a) a instituição de empréstimos compulsórios só pode ser feita por lei complementar. b) um dos fundamentos possíveis do empréstimo compulsório é a calamidade pública. c) a simples iminência de guerra externa pode justificar a instituição de empréstimos compulsórios. d) no caso de investimento público de relevante interesse nacional e de caráter urgente não se aplica o princípio da anterioridade. e) os recursos provenientes de empréstimo compulsório só podem ser aplicados para atender à despesa que tiver fundamentado a sua instituição. Gabarito oficial alternativa “d”. Vale ressaltar que, nos termos do art. 150 § 1 CF, o empréstimo compulsório só configura exceção à anterioridade nas hipóteses de guerra externa e calamidade pública. Vale ressaltar que, na alternativa “e” é dito como tributo de receita vinculada.

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QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 2 AFTN – DEZ/91 Lei Complementar da União instituiu empréstimo compulsório para absorver temporariamente poder aquisitivo da população, em face da tendência à hiperinflação. Esse empréstimo compulsório: a) é inconstitucional por ter sido instituído por lei complementar. b) Deveria ter sido instituído por lei ordinária federal. c) é constitucional por ter sido instituído por lei complementar. d) é inconstitucional, pois não corresponde às hipóteses constitucionais de empréstimo compulsório. e) É constitucional, pois se trata de matéria urgente e de relevante interesse nacional. Gabarito oficial alternativa “d”. As circunstâncias autorizadoras estão previstas na atual CF 88, no art. 148 CF. O CTN não foi recepcionado no seu art. 15, III , pois contraria a atual disciplina do texto constitucional.. Vide CTN Art. 15. Somente a União, nos seguintes casos excepcionais, pode instituir empréstimos compulsórios: I - guerra externa, ou sua iminência; II - calamidade pública que exija auxílio federal impossível de atender com os recursos orçamentários disponíveis; III - Conjuntura que exija a absorção temporária de poder aquisitivo. Já a Constituição disciplina o empréstimo compulsório, sem ter incluído o disposto no art. 15, III CTN. “CF Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".” 14 . ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001- adaptada) Qual dos impostos abaixo admitem a característica de seletividade e não cumulatividade? a) IR e Imposto de Exportação b) IPVA c) IPI e ICMS d) IR e IPI e) ITR e IPTU Gabarito alternativa “c”. Vale ressaltar que a seletividade é exigida obrigatoriamente para o IPI e facultativamente para o ICMS. Já a não-cumulatividade é obrigatória para os dois impostos. Vide art. 150, § 3, I e II CF 3º - O imposto previsto no inciso IV do art. 153: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; e art. 155, , § 2.º , I e III CF "§ 2º O imposto previsto no inciso II do art 155 , atenderá ao seguinte:" I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito

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Federal; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços 15.( Fiscal De Tributos Estaduais Do Pará- 2002) Identifique o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto: a) imposto b) taxa c) empréstimo compulsório d) contribuição social e) contribuição de melhoria Gabarito oficial alternativa “e”. Já abordamos em questões anteriores a contribuição de melhoria e verificamos a sua função ressarcitiva do custo de uma obra pública que acarrete valorização imobiliária. Seu fundamento ético-jurídico se prende à esta função de evitar enriquecimento injusto diante de uma valorização imobiliária fruto de obra pública em detrimento de toda uma sociedade. Vale ressaltar que o exercício da competência é facultativo. Vide art. 81 CTN. 16. ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte: a) imposto b) taxa c) contribuição de melhoria d) pedágio e) preço público Gabarito oficial alternativa “a”. Já fizemos anteriormente a abordagem do art. 16 CTN, onde definimos imposto como tributo não vinculado. Vide questão n.º 04. QUESTÃO SUBSIDIÁRIA AFTN/89 ESAF Quando tem por fato gerador uma situação que independe de qualquer atividade estatal especifica relativa ao contribuinte, diz-se um “tributo não vinculado”. Nesse sentido, é “tributo não vinculado”. a) a taxa de fiscalização b) a contribuição de melhoria c) a taxa de limpeza publica d) a taxa de melhoramento dos portos. e) O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza. Gabarito oficial alternativa “e” 17. AFTN – SET/94 ESAF

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Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo, a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável. a) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa. b) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto. c) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição. d) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição. e) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto. Gabarito oficial alternativa “b”. Em observando o texto, identificamos um tributo denominado taxa, com fato gerador de imposto. Diante do art. 4.º CTN, por nós já estudado, trata-se de imposto e não de taxa. Resta na questão identificar a possibilidade de exigência do imposto antes da ocorrência do fato gerador. Trata-se de permissivo constitucional no art. 150 par. 7.º CF, ou seja, é o instituto do fato gerador presumido: “"§ 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”. Vale observar que o instituto em questão se aplica apenas aos impostos e contribuições, não às taxas. Concluímos, que como no texto, o tributo era um imposto e não uma taxa, foi correta a lei na utilização do permissivo constitucional do fato gerador presumido. 18. AFTN – SET/94 ESAF Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar: I – os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a estrutura impositiva das taxas que decorrem de um fato revelador de uma atividade estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte. II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de calculo uma grandeza dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado. III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta ultima tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal voltada à realização de obra publica que valorize o imóvel do contribuinte. a) os três enunciados são falsos. b) os três enunciados são verdadeiros. c) I – verdadeiro II – verdadeiro III – falso d) I – falso II – falso III – verdadeiro e) I – falso II – verdadeiro III – falso Gabarito oficial alternativa “a”

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A primeira assertiva erra, pois, qualquer que seja o tributo, quer tributo vinculado ou não-vinculado, deve ter como elemento de sua estrutura a existência de fato gerador, sem o qual o tributo não existe. Vide a explicação de tributo vinculado na questão n.º 04. A segunda assertiva está incorreta, pois já definimos taxa como tributo vinculado, que exige contraprestação imediata do Estado em relação ao contribuinte. Vide a explicação de tributo vinculado na questão n.º 04. A terceira assertiva está incorreta. Primeiramente, nos termos do art. 4.º CTN, a diferença entre taxa e contribuição de melhoria se faz pela análise do fato gerador e, não, pela destinação do produto arrecadado. Em acréscimo, apesar de ambas terem função ressarcitiva do respectivo custo, é prática usual do legislador, em ambas, que o recurso não seja direcionado por lei para a manutenção do respectivo custo, e que retorne ao bolo orçamentário. Isto caracteriza tributo de “receita não vinculada” o que não prejudica a sua função, qual seja, ressarcir o custo, uma vez que o recurso vai repor o montante retirado do orçamento para o respectivo custeio, 19. AFTN – MAR/94 O imposto é um tributo que: a) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa. b) apresenta-se vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contribuinte. c) tem por função arrecadar recursos para custear ass despesas gerais da Administração em favor da coletividade ou de grupo sociais específicos. d) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte. e) Oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis. Gabarito correto alternativa “d”. Vide art. 16 CTN. Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte”. Portanto, como já estudamos, é tributo não vinculado. Incorreta a alternativa “a”, pois contraria o disposto no art. 167, IV CF, em regra o define como sendo tributo de receita não vinculada. “ são vedadas : IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo” Incorreta a alternativa “b” pela mesma justificativa do comentário à alternativa “d”, diga-se, é tributo não vinculado Incorreta a alternativa “c” pela mesma justificativa da alternativa “a”, diga-se, é tributo de receita não vinculada, regra geral. Incorreta a alternativa “e”, pois refere-se ao fato gerador de taxas.

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20. ICMS RN 2005 ESAF Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a seqüência em que foram preenchidas. • Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera os serviços públicos: _________________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; ___________________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; ________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. a) específicos/ unitários/ potencialmente b) individuais/ autônomos/ virtualmente c) utilizáveis/ independentes/ normalmente d) potenciais/ necessários/ essencialmente e) divisíveis/ específicos/ efetivamente Gabarito oficial alternativa “e”. Trata-se de simples definição do fato gerador da taxa de serviço no art. 77 e 79 CTN. CTN Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. CTN Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: I - utilizados pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de unidade, ou de necessidades públicas; III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.

LISTA GERAL DE TODOS OS EXERCÍCIOS RESOLVIDOS NA AULA 1 01. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) Direito Tributário é o conjunto de normas que f) regula o destino dos valores arrecadados a título de tributo dentro da máquina do Estado g) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária da Administração Pública Direta e Indireta h) regula o comportamento dos agentes públicos na condução orçamentária apenas da Administração Pública Direta i) regula o comportamento das pessoas de levar dinheiro aos cofres públicos

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j) compõem a Lei Orçamentária, a Lei Plurianual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias. 02. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) Sobre o conceito de tributo construído a partir da definição do Código Tributário Nacional, é correto afirmar que o tributo f) pode constituir sanção de ato ilícito g) está submetido à reserva legal h) pode ser pago por intermédio de prestação de serviço de qualquer natureza i) deve ser cobrado mediante atividade administrativa plenamente discricionária. j) é toda prestação pecuniária facultativa 03. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005 ) A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo: f) relevante para qualificá-la a destinação legal do produto da sua arrecadação. g) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. h) relevante a correta destinação do valor arrecadado. i) relevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei. j) irrelevante para qualificá-la a denominação e demais características formais adotadas pela lei e a destinação legal do produto da sua arrecadação. 04. ( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral De Justiça- Sergipe 2005) Um dos elementos que diferenciam as taxas das contribuições de melhoria é o fato de que as taxas: f) remuneram serviços públicos específicos e indivisíveis, ao passo que as contribuições de melhoria remuneram serviços públicos específicos e divisíveis g) não dizem respeito a nenhuma atividade estatal específica, ao passo que as contribuições de melhoria apresentam o atributo da referibilidade h) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida a realização de obras públicas e a conseqüente valorização imobiliária i) são cobradas pela prestação de serviços públicos, ainda que apenas postos à disposição do usuário, ao passo que o pagamento das contribuições de melhoria é facultativo j) remuneram serviços públicos, ao passo que as contribuições de melhoria têm como contrapartida apenas a valorização imobiliária. 05 ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público - Sergipe 2005)

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A respeito dos tributos previstos na Constituição, é correto afirmar que: f) a contribuição de melhoria não pode ser exigida antes do início da obra pública. g) os empréstimos compulsórios poderão ser instituídos pela União, pelos Estados, pelos Municípios e pelo Distrito Federal para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública. h) as taxas podem ter a mesma base de cálculo de imposto. i) na ausência do exercício do poder de tributar pelos Estados e pelos Municípios, a União poderá dispor, por intermédio de lei ordinária federal, sobre os tributos de competência dessas pessoas políticas. j) após a Emenda Constitucional n.º 29, de 13.09.2000, o Imposto sobre Propriedade Territorial Urbano pode ser exigido através de alíquotas progressivas desde que o Município possua plano diretor. 06. ICMS SP 2002 ( VUNESP) As taxas de Fiscalização e Serviços Diversos como instituídas nos termos da Lei 7645/91 são: f) tributos vinculados g) impostos não vinculados h) contribuições parafiscais i) preços públicos retribuitórios j) impostos vinculados 07. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) De acordo com o parágrafo 4.º do art. 177 CF, acrescentado pela EC n.º 33/01, poderá ser instituída contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. Em relação à CIDE relativa às atividades de petróleo, a contribuição é: f) receita originária, nos termos do parágrafo 1.º do art. 20 CF g) contribuição de melhoria na importação e comercialização h) preço público, por se tratar de atividade relativa a petróleo i) receita derivada provinda de contribuição especial tributária j) movimentação de caixa 08. (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) A contribuição para custeio da iluminação pública, recém introduzida em nosso sistema tributário f) tem natureza extra-fiscal g) é uma contribuição sui generis que pode ser instituída pelos Municípios ou Distrito Federal h) é uma contribuição que somente pode ser instituída pelos Municípios i) é uma contribuição que pode ser instituída por quaisquer dos entes políticos j) equipara-se às taxas

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09 (Fundação Carlos Chagas- Procurador PI- 2005) Em nosso sistema tributário, a progressividade das alíquotas pode ser utilizada com finalidades extra-fiscais, para instituição de f) IR g) IR e IPTU h) IPTU e ITR i) IR e ITR j) IPTU e ICMS 10 (Fundação Carlos Chagas- Procurador Manaus) Em nosso Sistema financeiro, o pedágio cobrado pela utilização de rodovias qualifica-se como f) Taxa de serviço g) Taxa de polícia h) Preço público i) Imposto sobre serviço prestado j) Contribuição social 11. (Fundação Carlos Chagas- ICMS DF- 2001) As multas fiscais são distintas dos tributos, entre outras razões, porque f) Não são passíveis de inscrição como dívida ativa g) Obedecem ao princípio da legalidade h) Constituem sanções de atos ilícitos i) Observam o princípio da anterioridade j) São aplicadas pelos gentes da fiscalização 12. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001) As receitas compulsórias, cuja arrecadação e utilização são conferidas, pelo Poder Público competente, a uma entidade paraestatal dotada de autonomia administrativa e financeira, são chamadas: f) acessórias g) complementares h) extraordinárias i) extrafiscais j) parafiscais 13. ( Agente Fiscal Mato Grosso Do Sul 2001)

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Com referência à instituição de empréstimos compulsórios, assinale abaixo a assertiva correta: f) O empréstimo compulsório não é uma espécie de tributo, não estando sujeito à exigência de prévia autorização orçamentária g) A União pode institui-lo por meio de lei ordinária federal h) Cabe à lei complementar definir as hipóteses excepcionais para sua instituição i) Aos empréstimos compulsórios aplicam-se as disposições constitucionais relativas aos tributos e às normas gerais de Direito Tributário j) A competência para instituir empréstimo compulsório é da União, podendo ser excepcionalmente atribuída ao Distrito Federal. 14 . ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001- adaptada) Qual dos impostos abaixo admitem a característica de seletividade e não cumulatividade? f) IR e Imposto de Exportação g) IPVA h) IPI e ICMS i) IR e IPI j) ITR e IPTU 15.( Fiscal De Tributos Estaduais Do Pará- 2002) Identifique o tributo cujo fundamento ético-jurídico é o não enriquecimento injusto: f) imposto g) taxa h) empréstimo compulsório i) contribuição social j) contribuição de melhoria 16. ( Auditor Do Tribunal De Contas Do Es- 2001) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte: f) imposto g) taxa h) contribuição de melhoria i) pedágio j) preço público

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17. AFTN – SET/94 ESAF Determinada lei estadual instituiu tributo designado taxa de transporte e descreveu sua base de calculo como sendo o valor do frete. Elegeu os transportadores como responsáveis pelo pagamento desse tributo, que deveriam pagá-lo antes mesmo da concretização do transporte, assegurando, no entanto, imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realizasse o transporte. Dada a natureza jurídica do tributo, a atribuição ao sujeito passivo da obrigação tributaria da condição de responsável. f) não se poderia dar, porque o tributo é uma taxa. g) Poderia dar-se, porque o tributo é um imposto. h) Poderia dar-se, porque o tributo é uma contribuição. i) Não se poderia dar, porque o tributo é uma contribuição. j) Não se poderia dar, porque o tributo é um imposto. 18. AFTN – SET/94 ESAF Sobre o valor de “verdade” dos enunciados que seguem, podemos afirmar: I – os fatos geradores são figuras típicas dos tributos não-vinculados, não compondo a estrutura impositiva das taxas que decorrem de um fato revelador de uma atividade estatal, direta e especificamente dirigida ao contribuinte. II – Taxa é um tributo não-vinculado que tem como base de calculo uma grandeza dimensível de fato estranho a qualquer atividade estatal referida ao obrigado. III – O traço característico que diferencia a taxa da contribuição de melhoria, é que esta ultima tem como pressuposto o fato de o produto de sua arrecadação ter destinação legal voltada à realização de obra publica que valorize o imóvel do contribuinte. f) os três enunciados são falsos. g) os três enunciados são verdadeiros. h) I – verdadeiro II – verdadeiro III – falso i) I – falso II – falso III – verdadeiro j) I – falso II – verdadeiro III – falso 19. AFTN – MAR/94 O imposto é um tributo que: f) admite, sendo geral, sua vinculação a órgão, programa, fundo ou despesa. g) apresenta-se vinculando seu fato gerador a uma atuação estatal em favor do contribuinte. h) tem por função arrecadar recursos para custear ass despesas gerais da Administração em favor da coletividade ou de grupo sociais específicos. i) Tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal especifica, relativa ao contribuinte. j) Oferece ao contribuinte, como hipótese de incidência, a prestação efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis. 20. ICMS RN 2005 ESAF

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Preencha as lacunas do texto abaixo e escolha, em seguida, a opção que contém a seqüência em que foram preenchidas. • Para fins de instituição e cobrança de taxas, o Código Tributário Nacional considera os serviços públicos: _________________, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários; ___________________, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; ________________ utilizados pelo contribuinte, quando por ele usufruídos a qualquer título. f) específicos/ unitários/ potencialmente g) individuais/ autônomos/ virtualmente h) utilizáveis/ independentes/ normalmente i) potenciais/ necessários/ essencialmente j) divisíveis/ específicos/ efetivamente

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01. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) É correto afirmar que

a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade

tributária b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os

descentralizados, de capacidade tributária. Gabarito oficial alternativa “d”. Comentários: Trata-se de se estabelecer a diferença básica entre “competência tributária” e “capacidade tributária ativa”. A competência tributária traduz parcela do Poder Político atribuído às entidades tributantes, na esfera tributária, ou seja, o Poder de Tributar. Compreende funções inerentes à instituição de tributos, à fiscalização, à arrecadação de tributos e à execução de leis, serviços, atos ou decisões administrativas, visando à aplicação da lei tributária. No entanto, vale observar que, salvo a atribuição de instituir tributos, as demais mencionadas ( fiscalizar, arrecadar, executar ) traduzem a capacidade de exigi-lo. Na relação jurídica tributária, a capacidade de exigir o cumprimento do dever jurídico do sujeito passivo tributário é de titularidade daquele que ocupa o pólo ativo da obrigação tributária, na qualidade de sujeito da relação jurídica que vai cobrar, diga-se, exigir do pólo passivo o cumprimento da obrigação. Trata-se, portanto, daquele que o CTN denomina “sujeito ativo”, portanto, o titular da capacidade tributária ativa. Vide art. 119 CTN: “Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento.” Ocorre que nem sempre o titular da competência exerce todas as atribuições inerentes à competência, transferindo à outra pessoa jurídica de direito público a capacidade para as atribuições de fiscalizar, arrecadar, executar. Isto significa que há a transferência da capacidade ativa. Por exemplo, caso a União instituísse uma contribuição social sobre a folha salarial, a ser paga pelo empregador, e transferisse ao INSS a capacidade para exigir seu cumprimento, o sujeito ativo seria o INSS e não a União. Observe que a função de instituir o tributo é inerente ao titular da competência, sendo intransferível, daí se dizer que a competência como um todo é indelegável. No entanto, as funções de exigir cumprimento poderiam ser transferidas, desde que a outra pessoa jurídica de direito público. Vide art. 7.º CTN: “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra...§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido.” Vale observar, ainda, que a simples transferência isolada da função de arrecadar, admitida esta mesmo à entes privados, não configura delegação de competência, nem transferência de capacidade ativa, mas sim, o simples cometimento de um encargo, o encardo de arrecadar. Vide o parágrafo 3.º do art. 7.º CTN:... § 3º Não constitui delegação

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de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos.” Portando, nos termos do que foi exposto acima, correto o gabarito oficial alternativa “d”. A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a transferência da função de arrecadação isolada, configura mero cometimento de encargo e não transferência de competência ou capacidade ativa, conforme exposto no texto acima. A alternativa “b” está incorreta, uma vez que, como já explicamos acima, a expressão “competência” é bem mais abrangente do que “capacidade ativa”, não se confundindo. Alguém pode ser titular da competência sem ser sujeito ativo tributário. A recíproca é verdadeira, alguém pode ser sujeito ativo tributário, sem ser titular da competência tributária. A alternativa “c” está incorreta, pois, nos termos do art. 7.º CTN já verificamos que a competência é indelegável, mas a capacidade ativa é transferível A alternativa “e” está incorreta, uma vez que a atribuição da capacidade ativa aos entes descentralizados é indevida, uma vez que o próprio ente centralizado, titular da competência, poderia ser sujeito ativo, basta que exerça as atribuições inerentes à exigência do cumprimento da obrigação tributária. QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1. Procurador da Fazenda Nacional- 2004- ESAF Considerados os temas competência tributária e capacidade tributária ativa, marque com V a assertiva verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente.

I. A competência tributária é delegável. II. A capacidade tributária ativa é indelegável.

III. A União é quem detém a competência tributária no que toca às contribuições sociais para o financiamento da Seguridade Social.

IV. Lei complementar pode delegara qualquer pessoa jurídica de direito público a competência tributária.

a) V,F,V,V b) F,V,F,V c) F,F,V,F d) V,V,V,F e) F,V,F,F

Gabarito official alternativa “c”

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02. ICMS SP A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à referida competência é correto afirmar que:

a) são titulares do poder de tributar, no Brasil, a União, os Estados, o DF, os municípios e suas respectivas autarquias.

b) A competência tributária não admite renúncia nem delegação, por parte do titular do poder de tributar que a recebeu da Constituição, porém, seu exercício será facultativo, podendo o titular deixar de arrecadar os tributos que lhe competem.

c) Os municípios não detêm competência tributária, uma vez que são os Estados onde os mesmos se localizam que legislam sobre tributos municipais

d) Os Estados não detêm competência tributária, uma vez que é a União que por eles legisla, em termos de tributos estaduais, tendo os Estados apenas a função de arrecadá-los.

e) A União, os Estados e os Municípios possuem competência legislativa e, conseqüentemente, a competência tributária, porém o Distrito Federal não possui competência tributária, pois não possui poder legislativo próprio.

Gabarito oficial alternativa “b”. Como já foi exposto na questão n.º 01, a competência é indelegável. Vale afirmar que o Poder de Tributar é conferido pelo Constituinte, não admitindo renúncia, o que não se confunde com o seu exercício. Exercício da competência envolve a instituição do tributo por lei. Trata-se do exercício positivo da competência, ou como alguns preferem, o simples exercício da competência. Apesar do disposto na Lei de Responsabilidade fiscal sobre a necessidade da criação dos tributos previstos na Constituição, é pensamento majoritário na doutrina, que o exercício da competência é uma faculdade do seu titular e não uma obrigação. Por exemplo, o imposto sobre grandes fortunas não foi ainda instituído pela União, depende, para tanto, da publicação de uma lei. Sem lei , o tributo não existe. A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a competência tributária pressupõe autonomia política. As autarquias não a possui. Poderá, quando for o caso, receber transferência de capacidade tributária ativa. A alternativa “c” está incorreta, uma vez que os Municípios são titulares de Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, o qual não poderá sofre invasão pelos Estados. Vide art. 156 CF. A alternativa “d” está incorreta, uma vez que uma vez que os Estados são titulares de Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, o qual não poderá sofre invasão pela União. Vide art. 155 CF. A alternativa “e” está incorreta, uma vez que uma vez que Distrito Federal é titular de Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, idêntico ao dos Estados, nos termos do art. 155 CF. Vale ressaltar, que a federação brasileira tem característica peculiar, ou seja, a presença de duas entidades políticas que normalmente não fazem parte da estrutura de uma federação: os municípios e o Distrito Federal. Além disso, vale ressaltar que o DF têm

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também competência tributária cumulativa, nos termos do art. 147 CF, uma vez que não se subdivide em municípios. QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1 ( ICMS –SP/2002 VUNESP ) A Constituição Federal, no capítulo reservado ao Sistema Tributário Nacional, discrimina as competências tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, distingue as espécies de tributos e estabelece as limitações ao poder de tributar, determinando que:

a) os tributos instituídos pela União, pelos Estados e pelos municípios não obrigam os referidos entes entre si

b) os impostos e as taxas são especialmente diferenciados na competência da União, dos Estados e dos municípios, e as contribuições cabem a todos eles, cumulativamente

c) a cobrança do imposto exige a publicação da lei que o instituiu no exercício financeiro anterior, aplicando-se a mesma aos fatos geradores ocorridos após sua vigência

d) É obrigatória a instituição do tributo por lei e permitido o aumento, daqueles já instituídos, por decreto

e) É permitido à União conceder isenção de impostos estaduais e municipais, com a finalidade de promover o desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do país.

Gabarito oficial alternativa “c”. Trata-se da aplicação dos princípios da anterioridade e da irretroatividade nos moldes do art. 150, III, “b” e “c” CF. A alternativa “a” está incorreta, uma vez que a imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, “a” CF se aplica à vedação de cobrança de impostos sobre o patrimônio, a renda e serviços entre as entidades políticas, e não, para qualquer tributo. A alternativa “b” está incorreta, pois a competência das entidades no que se refere a impostos é privativa, diga-se, cada um tem seu rol exclusivo. No Direito Tributário, competência privativa entenda-se sinônimo de exclusiva, pois como já aprendemos, é indelegável. Mas no que diz respeito às taxas e contribuições de melhoria, há um rol de competência compartilhada entre as entidades federadas. A alternativa “d” está incorreta uma vez que o princípio da legalidade, previsto no art 150, I CF, regulado no art. 97 CTN, é aplicável tanto para instituição quanto para a majoração de tributos. A dispensa de lei, com o permissivo de utilização dos decretos, somente nas hipóteses de exceção à legalidade, nos moldes do art. 153 §1.º CF. ( II,IE,IPI,IOF) ou em caso excepcional para a CIDE do petróleo, nos moldes do art. 177, § 4o., I, b CF. A alternativa “e” está incorreta. Vale lembrar que a CF 88 adota o sistema de competência, onde a regra é a concessão de isenção pelo próprio titular da competência, vedado, regra geral que seja concedida por ente diverso do seu titular. Vide art. 151, III CF: “É vedado à

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União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.”. 03. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Entre os sujeitos passivos do ICMS, não podem ser elencados

a) os entes com personalidade de direito público b) os importadores de mercadorias do exterior c) os substitutos tributários d) as cooperativas e) os prestadores de serviços de transporte municipal

Gabarito oficial alternativa “e”. Correto o gabarito, uma vez que os prestadores de serviços de transporte municipal são contribuintes de ISS, nos termos do art. 156, III CF. Para o ICMS, a CF no art. 155, fez previsão de fato gerador diverso: prestação de serviço de transporte intermunicipal e interestadual, bem como de serviço de comunicação. Não há que se confundir a possibilidade de que os prestadores de serviços de transporte municipal também pratiquem outros fatos geradores e sejam contribuintes de outros tributos, inclusive o próprio ICMS, mas, para isso, há que se verificar o fato gerador específico do ICMS. Isso não foi objeto da alternativa “e”. A alternativa “a” está incorreta, uma vez que, regra geral, não há vedação constitucional à tributação de pessoas jurídicas de direito público em relação ao ICMS. Vale ressaltar que a imunidade recíproca se refere a impostos sobre o patrimônio, renda e serviços. A alternativa “b” está incorreta, uma vez que, com o advento da EC 33/01, o Congresso firmou no texto constitucional o disposto no art. 155 § 2, IX, “a” CF, admitindo o importador como contribuinte do ICMS, inclusive pessoa física não contribuinte habitual do impostos: “incide ICMS sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço”. A alternativa “c” está incorreta, uma vez que na substituição tributária, o contribuinte fica sendo substuído pelo responsável tributário, o substituto. Portanto, o substituto é sujeito passivo indireto, na qualidade de responsável tributário A alternativa “d” está incorreta, pois não há impedimento constitucional à tributação das cooperativas. 04. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 ) Aos Municípios, Estados e União, respectivamente, competem instituir impostos, dentre outros, sobre

a) Transmissão causa mortis, transmissão inter vivos, e operações de crédito ,

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câmbio e seguro b) Territorial rural, serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos

automotores c) transmissão inter vivos, Transmissão causa mortis e Territorial rural d) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e

Transmissão causa mortis e) operações de crédito , câmbio e seguro; Territorial rural e circulação de

mercadorias Gabarito alternativa “c”. A questão tem como fundamento o disposto na CF art. 153, 155 e 156 acerca da competência privativa para impostos. “Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: I - importação de produtos estrangeiros; II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; III - renda e proventos de qualquer natureza; IV - produtos industrializados; V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; VI - propriedade territorial rural; VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: I - propriedade predial e territorial urbana; II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar”. Vale ressaltar que os impostos sobre transmissão se subdividem em transmissão “inter-vivos” e “causa-mortis”. No que se refere à transmissão inter-vivos, cabe destacar a possibilidade de transmissão à título gratuito ( doação- ITDC ) ou oneroso ( compra e venda- ITBI ). Face ao exposto, o gabarito oficial, alternativa “c” fez indicação de competência para o município de impostos sobre transmissão inter-vivos, mas não especificou se seria título gratuito ( doação ) ou oneroso ( compra e venda). Daí concluímos não ser o gabarito muito preciso, ma, no entanto, não há melhor opção dentre as alternativas. 05 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, o Distrito Federal é competente para instituir

a) isenções de impostos municipais, nos limites do seu território. b) Impostos estaduais e federais c) Qualquer tributo, à exceção das contribuições sociais d) Somente os impostos deferidos á competência dos Estados e) Isenções de impostos federais

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Gabarito oficial alternativa “a”. O Distrito Federal é titular de Poder de Tributar, com rol privativo de impostos, idêntico ao dos Estados, nos termos do art. 155 CF. Vale ressaltar, que a federação brasileira tem característica peculiar, ou seja, a presença de duas entidades políticas que normalmente não fazem parte da estrutura de uma federação: os municípios e o Distrito Federal. Além disso, vale ressaltar que o DF têm também competência tributária cumulativa, nos termos do art. 147 CF, uma vez que não se subdivide em municípios. Portanto terá competência para impostos municipais. Daí,resulta o poder de conceder isenção de impostos municipais. Vale lembrar que a CF 88 adota o sistema de competência, onde a regra é a concessão de isenção pelo próprio titular da competência, vedado, regra geral que seja concedida por ente diverso do seu titular. Vide art. 151, III CF: “É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.”. Apesar da regra mencionada acima, o Distrito Federal poderia conceder isenção de tributos municipais face à competência cumulativa para instituir impostos municipais, descrita no art. 147 CF. As alternativas “b”, “c” e “e” estão incorretas face ao exposto no texto acima, destacando-se a competência do DF para impostos elencados em rol privativo, idêntico ao dos Estados, no entanto, estendendo-se para impostos municipais, face à competência cumulativa. No entanto, não teria competência para impostos da União. A alternativa “d” está incorreta, uma vez que, além dos impostos idêntico aos do Estado, há, conforme já mencionado, competência cumulativa para impostos municipais, nos termos do art. 147 CF. 06. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Configura fato gerador do ITCD:

a) Constituição de direito reais sobre imóveis b) Constituição de usufruto sobre imóveis c) Doação de bens imóveis aos entes públicos d) Doação de bens móveis, direitos, títulos e créditos e) Dação em pagamento

Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se de avaliação do rol de competência dos Estados e Distrito Federal, previsto no art. 155, I CF. –“transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos”. As demais alternativas não se enquadram na previsão de fato gerador para o ITCD. A alternativa “c”, não foi elencada como gabarito, pressupondo a hipótese de imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a” CF e 150 § 2.º CF. A alternativa “e” está incorreta, face à dação em pagamento ser uma transferência de bem a título oneroso, admitida pelo CTN, no caso de bens imóveis, como modalidade indireta de extinção de crédito tributário, nos termos do art. 156, XI CF. 07. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de outra unidade da federação para consumo próprio

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a) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS sobre combustível

b) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS, relativamente ao combustível

c) Não é contribuinte do ISS d) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do

ICMS sobre combustível e) Não é contribuinte do ICMS

Gabarito oficial, alternativa “b”. A questão envolve a compreensão dos art. 155 § 2.º, X, “b” CF, bem como do art. 4. LC 87/96 e do art. 2.º § 1, III LC 87/96 LC 87/96 art. 2.º § 1º O imposto incide também: III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.”

LC 87/96 “ Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior. ...........IV – adquira lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos derivados de petróleo e energia elétrica oriundos de outro Estado, quando não destinados à comercialização ou à industrialização.” A questão foi mal formulada, primeiramente, porque não indicou ser o combustível derivado do petróleo. Na verdade, a imunidade prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF é restrita à derivados do petróleo. O ICMS não incidirá: “b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica.”. Com bem disse um aluno, empresa de transporte consome diesel e não álcool combustível. Por este prisma, vamos tentar salvar a questão. Partindo dessa premissa, a transferência do combustível derivado do petróleo foi imune para saída do estado de origem. Ocorre que o adquirente, no estado de origem, na hipótese de aquisição de mercadoria decorrente de operação imune, prevista no art. 155 § 2.º, X, “b” CF, deverá recolher ICMS quando da saída da mercadoria de seu estabelecimento, ou, em consumindo ou incorporando ao ativo fixo, deverá recolhe-la quando da entrada no Estado, seja ou não contribuinte habitual do imposto. Vide art. 2.º § 1, III LC 87/96 “O imposto incide também: ...III - sobre a entrada, no território do Estado destinatário, de petróleo, inclusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e de energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou à industrialização, decorrentes de operações interestaduais, cabendo o imposto ao Estado onde estiver localizado o adquirente.”. Concluindo a questão, a empresa de transporte, em questão seria contribuinte do ICMS devido na entrada da mercadoria no Estado de destino.

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Além do exposto, como se trata de transporte municipal, a empresa também será contribuinte do ISS, pois transporte intramunicipal também constitui fato gerador de outro imposto, ISS, previsto no art. 156, III CF, o que difere do transporte intermunicipal, o qual seria, objeto do ICMS, nos termos do art. 155, II, CF. Portanto, está correto o gabarito alternativa “b”. 08. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, o ICMS e o ISS incidem conjuntamente sobre

a) Transporte de natureza municipal b) Serviços e peças utilizados na retífica de motores c) Recauchutagem de pneus d) Aviamento de receitas médicas e) Guarda e estacionamento de automóveis

Gabarito oficial alternativa “b”.

Trata-se da verificação da incidência do ICMS e ISS, conjuntamente ou em separado em hipóteses diversas. Dispõe o art. 156, III CF sobre a incidência do ISS, determinando: “Compete aos Municípios instituir impostos sobre: ...III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar”. Portanto, para que o município faça incidir ISS, necessário não se tratar de serviço da competência do Estado, prevista neste art 155,II CF:”... Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: ...II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior”. Além dessa exigência, para que o município possa fazer incidir ISS sobre um determinado serviço, necessário que este tenha sido elencado pela União em lei complementar federal. Trata-se hoje da lei complementar LC n.º 116/93, que foi publicada em substituição ao antigo decreto-lei 406/68. Observar que a Lei complementar em questão não institui ISS, apenas elenca um rol de serviços que serão tributáveis, à critério facultativo dos municípios. Há casos, no entanto, que uma mercadoria é prevista na Lista do ISS, prevista na respectiva LC116/03, mas não será objeto de circulação ( ato de comércio), sendo apenas fornecida a mercadoria como indispensável à prestação do serviço. Nesta hipótese a lei complementar, que elabora a lista do ISS, não faz qualquer ressalva indicando a incidência do ICMS. Para que a mercadoria, prevista na lista do ISS, seja objeto de ICMS, é necessária que a Lei Complementar faça uma ressalva, indicando a circulação de ICMS para aquela mercadoria. Trata-se do previsto no art. 7.º § 2.º LC116/03 em substituição do antigo Decreto-Lei 406/68 em seu art. 8.º § único.

Em hipótese diversa, caso o serviço prestado não esteja elencado na Lista do ISS, prevista na LC116/03, não há que se cogitar de incidência do ISS, o serviço não será tributado por falta de tipificação. Em outra hipótese, caso o serviço prestado não esteja elencado na Lista do ISS, prevista na LC116/03, mas esteja sendo prestado juntamente com fornecimento de mercadoria, haverá incidência sobre o valor total da operação, nos termos do art. 155, § 2, IX, b CF “... incidirá também: b) sobre o valor total da operação, quando

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mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios”

O gabarito alternativa “b” revela serviço constante da lista do ISS, LC 116/03, portanto sujeito ao ISS, porém com ressalva para mercadorias, que ficaram sujeitas à incidência do ICMS.

As alternativas “a”, “c” e “e” estão incorretas por constituírem hipóteses de incidência de ISS, sendo serviços constantes da Lista elaborada pela LC 116/03, sem que haja fornecimento de mercadorias associadas. Para a outra hipótese, alternativa “d”, não há tipificação do ISS.

09. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:

a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes b) Aviamento de fórmulas médicas c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes e) Edição de livros, jornais e periódicos

Gabarito oficial alternativa “c”. Trata-se de hipótese de serviço tipificada na Lista do ISS, sem fornecimento de mercadoria associada. Vide art. 156, III CF, conforme já explicado na questão anterior.

A alternativa “a” está incorreta face à incidência do ICMS sobre o valor total da operação. O fornecimento de alimentação em bares e restaurantes é fato gerador previsto na LC 87/96: “Art. 2° O imposto incide sobre: I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares”. Trata-se, portanto, de circulação de mercadorias, associadas à prestação de serviços não compreendidos na competência dos municípios. Daí a incidência do ICMS sobre o valor total da operação. Vide art. 155 § 2, IX, b CF: incide ICMS “b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios”,

A alternativas “b” e “e” estão incorretas, face à não incidência por ausência de tipificação na Lista da LC 116/03.

A alternativa “d” está incorreta, pois revela serviço constante da lista do ISS, LC 116/03, portanto sujeito ao ISS, porém com ressalva para mercadorias, que ficaram sujeitas à incidência do ICMS. Trata-se do previsto no art. 7.º § 2.º LC116/03 em substituição do antigo Decreto-Lei 406/68 em seu art. 8.º § único.

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10. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, o

a) destinatário deve se creditar da alíquota interestadual e se debitar da alíquota interna b) remetente deve aplicar a alíquota interna c) remetente é isento do imposto d) imposto é diferido para o destinatário da mercadoria ou serviço e) destinatário deve se debitar da alíquota interestadual

Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da aplicação do princípio da não cumulatividade ao ICMS, conforme ditame constitucional no art 155, § 2.º, I CF, segundo o qual o valor a ser recolhido em cada operação será debitado, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. No entanto, há de se acrescentar que, em uma operação de saída de mercadoria de um Estado para outro Estado, sendo operação entre contribuintes, a saída do Estado de origem se fará mediante aplicação da alíquota interestadual, sendo que, no Estado de destino, quando da revenda ou do consumo, o destinatário, diante da prática do fato gerador, deverá recolher o ICMS pela aplicação da alíquota interna do Estado de destino, compensando-se o que fora recolhido na operação anterior pela alíquota interestadual. Vide o disposto no art. 155, § 2, VII CF. “- em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;” 11. ( ICMS –SP/2002 VUNESP ) Atendendo ao princípio da não-cumulatividade, o RICMS garante ao contribuinte do ICMS o creditamento do imposto anteriormente cobrado

a) na apuração do imposto a recolher b) na apuração do impostos devido por produtor rural em saída não tributada c) relativamente às mercadorias entradas, mas não relativamente aos serviços

recebidos d) relativamente às mercadorias entradas, exceto o imposto recolhido sobre o consumo

de energia elétrica e) relativamente aos serviços recebidos, mesmo quando beneficiados pela isenção

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Gabarito oficial alternativa “a”. Os fundamentos da questão são idênticos aos apresentados na questão n.º 09. Trata-se do princípio da não cumulatividade. A alternativa “b” está incorreta, pois o produtor rural, nesta hipótese será substituído. Trata-se da substituição regressiva, com diferimento no recolhimento do imposto para a operação subsequente. A alternativa “c” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da não-cumulatividade se aplica também ao serviços objeto do ICMS. A alternativa “d” está incorreta, pois o creditamento do ICMS, decorrente do princípio da não-cumulatividade se aplica também à energia elétrica, em casos específicos, previstos no art. 33, II LC 87/96. A alternativa “e” está incorreta, pois em caso de isenção, os créditos anteriores serão anulados, salvo disposição de lei em contrário, nos termos do art. 155, §2, II CF. 12. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Um imposto é não-cumulativo quando:

a) Incide sobre o valor acrescido das mercadorias ou serviços em todas as etapas do

processo b) Não admite a incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil c) Não admite a incidência de taxa ou acréscimos legais sobre a mesma operação

tributável d) É monofásico, incidindo somente na primeira passagem da mercadoria ou serviço no

ciclo produtivo e) Incide sobre a última passagem da mercadoria ou serviço no ciclo produtivo

Gabarito oficial alternativa “a” . Trata-se da aplicação do princípio da não-cumulatividade ao ICMS, conforme ditame constitucional no art 155, § 2.º, I CF, segundo o qual o valor a ser recolhido em cada operação será debitado, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal. Incorretas as alternativas “b” e “c”, pois a não-cumulatividade não se confunde com a possibilidade de incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil. Não há que se proibir a bitributação, salvo nas hipóteses expressamente previstas na Constituição ou em caso de invasão de competência. O ICMS monofásico é não-cumulativo, nos moldes do art. 155, § 2, XII, h CF. No entanto, como haverá apenas uma única incidência, não haverá créditos em operações anteriores, uma vez se tratar de incidência única. Isto não que dizer que a não-cumulatividade, que é princípio observado pelo ICMS, se confunda com a regra de incidência única prevista no artigo exposto.

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A alternativa “e” é incorreta pois colide com a definição do respectivo princípio da não-cumulatividade já exposta. QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1 ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI ) A observância do princípio da não-cumulatividade

a) É de rigor, para todos os impostos previstos em nosso sistema tributário b) É de rigor apenas para os impostos deferidos à competência dos Estados c) Permite que somente o valor agregado em cada passagem de mercadoria pelo ciclo

produtivo sofra a incidência do imposto d) É incompatível com a técnica do diferimento do tributo e) Pelo contribuinte, libera o consumidor da repercussão tributária

Gabarito alternativa “c”. Incorretas as alternativa “a” e “b”, uma vez que a não-cumulatividade somente será obrigatória ao IPI, ICMS, imposto residual e contribuições sociais residuais. Incorreta a alternativa “d”, uma vez que o diferimento é simples técnica de substituição regressiva, com recolhimento postecipado do tributo, no entanto, respeitado o princípio da não-cumulatividade. Incorreta a alternativa “e”, pois repercussão tributária, sinônimo de translação, é característica dos impostos indiretos, onde o sujeito passivo de direito tem o dever legal de recolher o tributo, como no ICMS, mas transfere, por sistemática legal, o encargo financeiro a uma terceiro, que deverá desembolsa-lo na qualidade de sujeito passivo de fato. Isso é plenamente compatível com a aplicação da não-cumulatividade, em nada obstando o cumprimento do princípio. 13. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 ) Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional

b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais

c) somente a União poderá instituir contribuições sociais d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços

prestados

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e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

Gabarito oficial alternativa “e”. Trata-se o permissivo do art. 153, §4, III CF, segundo o qual o município poderá exercer opção para ser sujeito ativo do ITR: “III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.” A alternativa “b” está incorreta, pois a instituição de imposto novo, pelo exercício da competência tributária residual, exige lei complementar federal. Vide art. 154, I CF.”Art. 154. A União poderá instituir: I- mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;” A alternativa “b” já objeto de questões anteriores, sendo incorreta por ferir o sistema tributário atual, o qual exige, regra geral, a concessão de isenções pelo próprio titular da competência, denominada isenção autônoma. A possibilidade de isenção heterônoma seria exceção nos moldes do ICMS e do ISS em hipóteses de exportação, o que abordaremos futuramente. Vide, por exemplo, art. 155, § 2, XII, “e” CF. A alternativa “c” está incorreta, pois há hipótese em que a competência para contribuições será do Estado, DF ou Município: art. 149 §1.º CF ¨” Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.” A alternativa “d” está incorreta, conforme já estudado, pois a taxa é de competência compartilhada entre todas as entidades da federação, cada uma, segundo a predominância do seu interesse. 14. Fundação Carlos Chagas- Ministério Público Sergipe – 2005 ) À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema Tributário, é correto afirmar que

a) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social e as contribuições de intervenção no domínio econômico devem obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal.

b) os empréstimos compulsórios instituídos para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, só podem ser exigidos no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei que os instituiu.

c) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, recolhidas pelo Empregador, podem ter suas alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas , em razão da atividade econômica da empresa ou da utilização intensiva de mão de obra.

d) O princípio da irretroatividade veda não somente a cobrança de tributos em relação

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a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou, mas também em relação às multas que devem ser aplicadas, independentemente se são mais benéficas ou não ao contribuinte.

e) Os impostos extra-fiscais ( imposto de importação, exportação, IPI e IOF ) podem ter suas alíquotas alteradas sem a necessidade de lei estabelecendo condições e limites para tal modificação.

Gabarito alternativa “c”. Trata-se da possibilidade do estabelecimeto de alíquotas diferenciadas por critérios incidentais, nos moldes do art. 195§ 9.º CF. Vale ressaltar que tal hipótese também se aplica a dois impostos, IPTU e IPVA, nos moldes do art. 155, §6, II CF e 156, §1,II CF.

A alternativa “a” está incorreta. O princípio da anterioridade nonagesimal é exceção ao princípio da anterioridade, sendo o primeiro previsto no art. 195 parágrafo 6.º CF. Aplica-se às contribuições sociais. Há que cogitar de anterioridade nonagesimal quando o tributo respeita apenas à exigência dos 90 dias a partir da sua publicação para a respectiva cobrança. No entanto, a CIDE respeita o princípio matriz, anterioridade. É verdade que também respeita a “noventena”, apelido dado à exigência do prazo mínimo de 90 dias nos termos do art. 150, III, “c” CF, que deverá ser observado, em regra, conjugado à anterioridade. No entanto, noventena somente se confundiria com anterioridade nonagesimal, caso o tributo apenas respeitasse a noventena, como por exemplo, o IPI. Não é o caso da CIDE. Por último, vale fazer uma ressalva: caberia cogitar da anterioridade nonagesimal apenas em hipótese excepcional, prevista no art. 177, par. 4.º , I , b CF. A alternativa “b está incorreta, uma vez que, nesta hipótese, os empréstimos compulsórios não estão obrigados à anterioridade, nos termos do art. 150 §1 CF. A alternativa “d está incorreta, uma vez que há hipótese excepcional de retroatividade de lei que define infrações ou lhe comina penalidades, quando mais benéfica do que a lei anterior, para caso não definitivamente julgado, nos moldes do art. 106, II CTN. A alternativa “e” está incorreta, uma vez que o permissivo constitucional de dispensa da legalidade, em caráter excepcional, exige que a alteração de alíquota do II, IE,IPI e IOF, feita por ato do poder executivo, respeite os limites máximos e mínimos previstos em lei. Vide art. 153§ 1.º CF.

15. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) Em nosso sistema tributário a seletividade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do:

a) IPI b) ICMS

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c) IPI e do ICMS d) IR, IPI e ICMS e) IPI, ICMS e ISS

Gabarito alternativa “c”. Vale ressaltar que o IPI deverá ser seletivo, enquanto o ICMS poderá sê-lo. Nesta última hipótese, o ICMS que normalmente é tributo fiscal, assume característica extra-fiscal. 16. ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público- Pernambuco- 2002) Tendo em vista o Sistema Tributário Nacional, considere os princípios abaixo: I. Os princípios da capacidade contributiva e da proibição do confisco têm o mesmo significado face ao idêntico fundamento constitucional. II. A possibilidade de a União instituir isenção de tributos dos Estados e municípios, nos casos de relevância e interesse público, não ofende o princípio da uniformidade da tributação. III.No direito positivo brasileiro, a aplicação do princípio da anterioridade da lei tributária é regra, sendo exceção os tributos não sujeitos a tal princípio. IV.Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária não podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. V.O princípio da uniformidade geográfica, por guardar semelhança com o princípio da igualdade, não comporta qualquer atenuação ou exceção em sua aplicabilidade. Diante disso, APENAS são corretos (A) I e II. (B) I e V. (C) II e III. (D)) III e IV. (E) IV e V. Alternativa correta “d”. A afirmativa I está incorreta, uma vez que o princípio da capacidade contributiva, previsto no art 145§1 CF, analisado sobre o prisma da característica essencial do tributo, o fato

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gerador, revela que todo imposto gradua a capacidade econômica do contribuinte, enquanto as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação no seu custo, daí serem, estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício. Já o princípio do não confisco revela uma tributação com razoabilidade na alíquota, para não arrebatar a renda ou o patrimônio do contribuinte, previsto no art. 150, IV CF. São princípios diferentes, ambos, no entanto, derivados da isonomia. A afirmativa II já foi estudada anteriormente e ofende o disposto no art. 151, III CF. A afirmativa III também já foi objeto de comentários. Exceções ao princípio da anterioridade estão previstas no art. 150 §1. CF. A afirmativa IV revela o princípio disciplinado no art. 150, V CF, derivado também da isonomia, e que protege a liberdade de locomoção, sendo, portanto, uma garantia individual, consubstanciando cláusula pétrea expressa. A afirmativa V está errada, uma vez que a tributação uniforme exigida pelo Constituinte à União, tendo como premissa a isonomia, como tratamento igual às situações equivalentes, encontra na própria isonomia, fundamento de exceção, quando, situações sócio-econômicas não equivalentes, serão ajustadas mediante a concessão de isenções, incentivos fiscais e outros benefícios, visando a consagração da justiça fiscal. Portanto, o princípio comporta exceções, nos moldes do art. 151, I CF, justamente para realização da isonomia àqueles que se encontrem em situação não equivalente. “ Art. 151. É vedado à União: I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País”. 17. ( Fundação Carlos Chagas- Advogado Alagoas ) O princípio da capacidade contributiva aplica-se

a) Somente aos empréstimos compulsórios b) A todos os tributos c) Aos impostos, taxas e contribuições de melhoria d) Apenas aos impostos e) Exclusivamente às contribuições parafiscais

Gabarito oficial alternativa “d”. O princípio da capacidade contributiva, previsto no art 145 §1 CF, analisado sobre o prisma da característica essencial do tributo, o fato gerador, revela que todo imposto gradua a capacidade econômica do contribuinte, daí sujeito ao princípio da capacidade contributiva. Já as taxas e contribuições de melhoria, graduam a contraprestação estatal, dimensionando o seu custo, daí serem, estes dois últimos sujeitos ao princípio do custo-benefício e não ao princípio da capacidade contributiva. 145 § 1º - “Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do

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contribuinte.” QUESTÃO SUBSIDIÁRIA 1. UNB-AGU-2003- Analise a veracidade: Visando implementar a justiça fiscal, a Constituição Federal consagra o princípio da capacidade contributiva, segundo o qual os tributos devem ser graduados de acordo coma capacidade econômica do contribuinte. Comentário. Afirmativa verdadeira. Cuidado! Devemos atentar para o princípio da capacidade contributiva por outro enfoque, sobre um prisma um tanto mais abrangente, além da letra da Constituição. Trata-se um outro enfoque, onde, qualquer tributo, e não apenas os impostos, terá função de consagrar isonomia, através da justiça fiscal, através de mecanismos diversos, como, por exemplo a concessão de isenções, benefícios fiscais, incentivos e etc... Seria possível uma taxa, uma contribuição e, não só os impostos, atingir esta meta. Daí, sobre um novo prisma, é princípio mais abrangente. 18. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que o princípio da

a) Capacidade contributiva é inaplicável às multas fiscais e às tarifas b) Legalidade é inaplicável às tarifas c) Isonomia não admite a progressividade das alíquotas tributárias d) Anterioridade tributária se aplica a todos os impostos de competência da União e) Seletividade se aplica ao ICMS e ao IPI

Gabarito oficial alternativa “e”. Trata-se de aplicação facultativa ao ICMS e obrigatória ao IPI, conforme já foi exposto. O ICMS está disciplinado no art. 155, §2, III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços. O IPI está previsto no art. 153, §3, I - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;. Vale ressaltar que a frase foi um tanto dúbia, dando a margem de dúvida quando a obrigatoriedade ou não para o ICMS. A resposta merece ser mais precisada pelo examinador. A alternativa “a” está falsa, pois o STF estende a capacidade contributiva às multas, num prisma abrangente de consagração da isonomia. A alternativa “b” foi tida como falsa, no entanto, merece nossa crítica, uma vez que as tarifas, espécies de preço público, são facultativas exatamente face a sua natureza contratual, ao contrário das taxas, compulsórias, face a sua natureza legal. Daí, a questão gerar dúvida quanto ao alcance do examinador, contrariando inclusive súmula do STF. A Alternativa “c” está errada, uma vez que a progressividade de alíquotas é instrumento de

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justiça fiscal, portanto, ferramenta da isonomia econômica. A alternativa “d” está errada, pois já estudamos a possibilidade de exceções, conforme previsto no art. 150, § 1CF. 19. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus ) Em nosso sistema tributário, é vedado ao município instituir

a) ISS sobre serviços de transporte municipal b) IPTU com alíquotas progressivas em função do valor do imóvel c) Contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública d) Alíquotas diferenciadas para o IPTU, segundo a localização e o uso do imóvel e) ISS sobre serviços prestados aos entes públicos

Gabarito oficial alternativa “e”. O examinador abraçou a hipótese da não incidência constitucional, ou seja, da imunidade recíproca, prevista no art. 150, VI, a CF. No entanto, a resposta dada poderia ser mais especificada pelo examinador. A alternativa “a” está falsa, uma vez que já verificamos ser hipótese de incidência de ISS, prevista na lista do ISS, LC 116/03. A alternativa “b” está falsa, uma vez que o IPTU é imposto real que admite progressividade de alíquota em função da capacidade econômica, conforme previsto no art. 156 par. 1o. , I CF, fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel." A alternativa “c” está falsa, uma vez que a EC 39/02 incluiu dispositivo constitucional, no art. 149- A CF para permitir aos municípios e DF “instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III.” A alternativa “d” está falsa, face ao permissivo consititucional no art 156 par. 1o. , I CF, fruto da EC 29/00. “§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:" ...; e II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel." 20 ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada

a) em todos os tributos do nosso sistema tributário b) nos impostos federais e municipais c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio

imobiliário d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo

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Gabarito oficial “c”. Em verdade, um tanto impreciso o gabarito, uma vez que a técnica da progressividade de alíquotas é adotada segundo dois critérios. Primeiro, a progressividade em função da capacidade contributiva é permitida ao IR e ao IPTU, conforme disposto nos art. 153, par. 2., I CF e 156 par. 1o. , I CF. Em outro prisma, a progressividade de caráter extrafiscal seria admitida para o IPTU e ITR, nos termos dos art. 182, par. 4.,II CF e 153 , par.4, I CF. 21. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 ) Considere as seguintes afirmações:

I. Os Estados, DF e os Municípios poderão estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

II. É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, DF e Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.

III. Os Estados, DF e Municípios podem instituir taxas, dentre outros, sobre os templos de qualquer culto, serviços das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos.

Conclui-se que SOMENTE está correto o que se afirma em

a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

Gabarito alternativa “c” Afirmativa I fere o princípio da não diferenciação de alíquotas para bens ou serviços em função da procedência ou destino, previsto no art 152 CF. Afirmativa II fere o princípio da não tributação mais onerosa disposto no art. 151, II CF. Afirmativa III está correta, uma vez que a imunidade recíproca não abrange taxas, mas apenas impostos, nos termos do art. 150, VI, a CF.

01. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) É correto afirmar que

a) os tributos são recolhidos na rede bancária mediante delegação da capacidade

tributária b) os conceitos de competência e capacidade tributária são equivalentes

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c) a competência e a capacidade tributária são indelegáveis d) a competência é indelegável, mas a capacidade tributária pode ser delegada e) os entes públicos centralizados são investidos de competência, e os

descentralizados, de capacidade tributária. 02. ICMS SP A competência tributária, representando delimitação do poder de tributar, é matéria de índole constitucional, sendo, por tal motivo, fixada pela Constituição Federal. Quanto à referida competência é correto afirmar que:

a) são titulares do poder de tributar, no Brasil, a União, os Estados, o DF, os municípios e suas respectivas autarquias.

b) A competência tributária não admite renúncia nem delegação, por parte do titular do poder de tributar que a recebeu da Constituição, porém, seu exercício será facultativo, podendo o titular deixar de arrecadar os tributos que lhe competem.

c) Os municípios não detêm competência tributária, uma vez que são os Estados onde os mesmos se localizam que legislam sobre tributos municipais

d) Os Estados não detêm competência tributária, uma vez que é a União que por eles legisla, em termos de tributos estaduais, tendo os Estados apenas a função de arrecadá-los.

e) A União, os Estados e os Municípios possuem competência legislativa e, conseqüentemente, a competência tributária, porém o Distrito Federal não possui competência tributária, pois não possui poder legislativo próprio.

03. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Entre os sujeitos passivos do ICMS, não podem ser elencados

a) os entes com personalidade de direito público b) os importadores de mercadorias do exterior c) os substitutos tributários d) as cooperativas e) os prestadores de serviços de transporte municipal

03. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 ) Aos Municípios, Estados e União, respectivamente, competem instituir impostos, dentre outros, sobre

a) Transmissão causa mortis, transmissão inter vivos, e operações de crédito , câmbio e seguro

b) Territorial rural, serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores

c) transmissão inter vivos, Transmissão causa mortis e Territorial rural d) serviços de qualquer natureza, propriedade de veículos automotores e

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Transmissão causa mortis e) operações de crédito , câmbio e seguro; Territorial rural e circulação de

mercadorias 04. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, o Distrito Federal é competente para instituir

a) isenções de impostos municipais, nos limites do seu território. b) Impostos estaduais e federais c) Qualquer tributo, à exceção das contribuições sociais d) Somente os impostos deferidos á competência dos Estados e) Isenções de impostos federais

05. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Configura fato gerador do ITCD:

a) Constituição de direito reais sobre imóveis b) Constituição de usufruto sobre imóveis c) Doação de bens imóveis aos entes públicos d) Doação de bens móveis, direitos, títulos e créditos e) Dação em pagamento

06. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Uma empresa de transporte coletivo municipal, sediada no DF, que adquire combustível de outra unidade da federação para consumo próprio

a) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, mas isenta do ICMS sobre combustível

b) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados, e do ICMS, relativamente ao combustível

c) Não é contribuinte do ISS d) É contribuinte do ISS, relativamente aos serviços prestados e imune à incidência do

ICMS sobre combustível e) Não é contribuinte do ICMS

07. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, o ICMS e o ISS incidem conjuntamente sobre

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a) Transporte de natureza municipal b) Serviços e peças utilizados na retífica de motores c) Recauchutagem de pneus d) Aviamento de receitas médicas e) Guarda e estacionamento de automóveis

08. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Em nosso sistema tributário, está sujeita a incidência exclusiva do ISS a seguinte atividade:

a) Fornecimento de alimentação em bares e restaurantes b) Aviamento de fórmulas médicas c) Colocação de molduras em estampas ou pinturas d) Conserto de motores, com fornecimento de peças e componentes e) Edição de livros, jornais e periódicos

09. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) Nas operações interestaduais entre contribuintes do ICMS, o

a) destinatário deve se creditar da alíquota interestadual e se debitar da alíquota interna b) remetente deve aplicar a alíquota interna c) remetente é isento do imposto d) imposto é diferido para o destinatário da mercadoria ou serviço e) destinatário deve se debitar da alíquota interestadual

10. ( ICMS –SP/2002 VUNESP ) Atendendo ao princípio da não-cumulatividade, o RICMS garante ao contribuinte do ICMS o creditamento do imposto anteriormente cobrado

a) na apuração do imposto a recolher b) na apuração do impostos devido por produtor rural em saída não tributada c) relativamente às mercadorias entradas, mas não relativamente aos serviços

recebidos d) relativamente às mercadorias entradas, exceto o imposto recolhido sobre o consumo

de energia elétrica e) relativamente aos serviços recebidos, mesmo quando beneficiados pela isenção

11. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

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Um imposto é não-cumulativo quando:

a) Incide sobre o valor acrescido das mercadorias ou serviços em todas as etapas do

processo b) Não admite a incidência de outro imposto sobre a mesma operação contábil c) Não admite a incidência de taxa ou acréscimos legais sobre a mesma operação

tributável d) É monofásico, incidindo somente na primeira passagem da mercadoria ou serviço no

ciclo produtivo e) Incide sobre a última passagem da mercadoria ou serviço no ciclo produtivo

12. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 ) Em sede de competência tributária, é correto afirmar que:

a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional

b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais

c) somente a União poderá instituir contribuições sociais d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços

prestados e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo

constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios.

13. Fundação Carlos Chagas- Ministério Público Sergipe – 2005 ) À respeito dos princípios e das limitações ao Poder de Tributar que regem o Sistema Tributário, é correto afirmar que

a) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social e as contribuições de intervenção no domínio econômico devem obedecer ao princípio da anterioridade nonagesimal.

b) os empréstimos compulsórios instituídos para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, só podem ser exigidos no exercício financeiro seguinte ao da publicação da lei que os instituiu.

c) as contribuições sociais destinadas à Seguridade Social, recolhidas pelo Empregador, podem ter suas alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas , em razão

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da atividade econômica da empresa ou da utilização intensiva de mão de obra. d) O princípio da irretroatividade veda não somente a cobrança de tributos em relação

a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os instituiu ou aumentou, mas também em relação às multas que devem ser aplicadas, independentemente se são mais benéficas ou não ao contribuinte.

e) Os impostos extra-fiscais ( imposto de importação, exportação, IPI e IOF ) podem ter suas alíquotas alteradas sem a necessidade de lei estabelecendo condições e limites para tal modificação.

14. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) Em nosso sistema tributário a seletividade, em função da essencialidade dos produtos fabricados ou comercializados, é atributo exclusivo do:

a) IPI b) ICMS c) IPI e do ICMS d) IR, IPI e ICMS e) IPI, ICMS e ISS

15. ( Fundação Carlos Chagas- Ministério Público- Pernambuco- 2002) Tendo em vista o Sistema Tributário Nacional, considere os princípios abaixo: I. Os princípios da capacidade contributiva e da proibição do confisco têm o mesmo significado face ao idêntico fundamento constitucional. II. A possibilidade de a União instituir isenção de tributos dos Estados e municípios, nos casos de relevância e interesse público, não ofende o princípio da uniformidade da tributação. III.No direito positivo brasileiro, a aplicação do princípio da anterioridade da lei tributária é regra, sendo exceção os tributos não sujeitos a tal princípio. IV.Atendendo ao princípio da liberdade de tráfego, os titulares de competência tributária não podem, de regra, estabelecer limites ao fluxo de pessoas ou mercadorias por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais. V.O princípio da uniformidade geográfica, por guardar semelhança com o princípio da igualdade, não comporta qualquer atenuação ou exceção em sua aplicabilidade. Diante disso, APENAS são corretos (A) I e II. (B) I e V. (C) II e III. (D)) III e IV. (E) IV e V.

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16. ( Fundação Carlos Chagas- Advogado Alagoas ) O princípio da capacidade contributiva aplica-se

a) Somente aos empréstimos compulsórios b) A todos os tributos c) Aos impostos, taxas e contribuições de melhoria d) Apenas aos impostos e) Exclusivamente às contribuições parafiscais

17. (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001)

Em nosso sistema tributário, é correto afirmar que o princípio da

a) Capacidade contributiva é inaplicável às multas fiscais e às tarifas b) Legalidade é inaplicável às tarifas c) Isonomia não admite a progressividade das alíquotas tributárias d) Anterioridade tributária se aplica a todos os impostos de competência da União e) Seletividade se aplica ao ICMS e ao IPI

18. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus ) Em nosso sistema tributário, é vedado ao município instituir

a) ISS sobre serviços de transporte municipal b) IPTU com alíquotas progressivas em função do valor do imóvel c) Contribuição para o custeio dos serviços de iluminação pública d) Alíquotas diferenciadas para o IPTU, segundo a localização e o uso do imóvel e) ISS sobre serviços prestados aos entes públicos

19 ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) A progressividade é uma técnica impositiva que, em nosso país, pode ser utilizada

a) em todos os tributos do nosso sistema tributário b) nos impostos federais e municipais c) nos impostos que incidem sobre a renda e sobre o patrimônio

imobiliário d) nos impostos que incidem sobre a circulação de riquezas e) em todos os impostos que incidem sobre o consumo

20. (Fundação Carlos Chagas- Procurador Maranhão 2005 )

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Considere as seguintes afirmações:

I. Os Estados, DF e os Municípios poderão estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

II. É vedado à União tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, DF e Municípios, bem como a remuneração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes.

III. Os Estados, DF e Municípios podem instituir taxas, dentre outros, sobre os templos de qualquer culto, serviços das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos.

Conclui-se que SOMENTE está correto o que se afirma em

a) I b) II c) III d) I e II e) II e III

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01 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) No Distrito Federal são imunes ao IPTU os terrenos: a) pertencentes à Igreja, mas sem destinação religiosa b) ocupados por posseiros ou sem-terra c) de propriedade dos entes autárquicos federais d) pertencentes às empresas públicas federais ou estaduais e) pertencentes às sociedades de economia mista Gabarito alternativa “c”. O gabarito tido como verdadeiro, indica a imunidade recíproca das autarquias. De fato, a imunidade recíproca prevista no art. 150, VI, “a” CF para as entidades políticas, é extensiva às autarquias e fundações públicas, pelo disposto no parágrafo 2.º do art. 150 CF. “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; § 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.” Vale ressaltar tratar-se de uma imunidade condicionada à vinculação às finalidades essenciais ou delas decorrentes. Incorreta a alternativa ‘a’, uma vez que a imunidade geral atribuída aos templos também está condicionada à vinculação às finalidades essenciais, ao contrário do que diz a assertiva da alternativa em questão. Vide art. 150, VI, ‘b’ CF. ““Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: b) templos de qualquer culto; § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.” A alternativa ‘b” está incorreta uma vez não corresponder às hipóteses constitucionais de previsão de imunidade. As alternativas ‘d’ e ‘e’ estão incorretas, pois, como já exposto no art. 150 , VI, ‘a’ CF e 150 § 2 CF, comentário da assertiva letra ‘c’ acima, a imunidade recíproca é extensível às autarquias e fundações públicas. Portanto, não é extensível a toda a administração indireta, não o sendo às empresas públicas nem às sociedades de economia mista. Há situações excepcionais em que o STF interpreta a Constituição, estendendo a imunidade recíproca também às empresas públicas quando exercerem “delegação de serviços públicos”, como foi a decisão aplicada à Empresa de Correios e Telégrafos que exercem o serviço de “postagem”. Entende o STF, portanto, que as empresas públicas delegatárias de serviços público ou, mesmo, se exercessem atividade econômica, no entanto, em regime de monopólio, teriam imunidade recíproca por extensão.

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1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 01 ICMS RN 2005 ( ESAF) Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a resposta correta. Cabe à União exigir o imposto sobre produtos industrializados antes de decorridos noventa dias da data de publicação da lei que o majorar? Empresa pública federal goza de imunidade tributária no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas atividades que não tenham fins lucrativos? Cabe aos Estados e ao Distrito Federal estabelecer hipótese de imunidade tributária em relação a fato que esteja sujeito à incidência do imposto sobre propriedade de veículos automotores? As contribuições sociais para a seguridade social só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data de publicação da lei que as houver instituído ou aumentado? a) Não, sim, não, não b) Não, não, não, sim c) Sim, sim, sim, não d) Sim, não, sim, sim e) Sim, sim, não, não Gabarito oficial alternativa “b”. Vale ressaltar, em complemento à questão n.º 01 já explicada anteriormente, a assertiva n.º II. Em regra, as empresas públicas não possuem imunidade, salvo na hipótese excepcional prevista de delegação de serviço público ou atividade econômica em regime de monopólio. Portanto, para a assertiva II a resposta é “não”. Na assertiva I, o IPI não poderá ser cobrado antes dos 90 dias, uma vez que este se submete à denominada “noventena” do art. 150, III, “c” CF. Portanto, como o IPI, é uma exceção ao princípio da anterioridade, por ter sido incluído no rol das exceções, no art. 150 §1 CF, mas, no entanto, não foi incluído como exceção à noventena, deverá aguardar os 90 dias da publicação para a respectiva cobrança. Poderíamos dizer que, como ele só se sujeita aos 90 dias, estaria sujeito ao princípio da anterioridade nonagesimal. Na afirmativa III, vale ressaltar que Estados não concedem imunidade. Imunidade é não incidência prevista na Constituição Federal. Na afirmativa IV, é correto afirmar que as contribuições sociais está sujeitas ao princípio da anterioridade nonagesimal, previsto no art. 195 § 6 CF.” § 6º - As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". CF.

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02. ( ICMS –SP/2002 VUNESP ) A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para o consumidor final local é considerada hipótese de a) Não-incidência b) Isenção c) Imunidade d) Anistia e) Remissão Gabarito oficial alternativa “c”. As hipóteses de não incidência previstas na Constituição Federal configuram imunidade tributária. Não há que se confundi-las com as hipóteses de não incidência previstas em lei, que revelam uma isenção. Na questão, trata-se da imunidade objetiva prevista no art. 150, VI, d CF. “ é vedado instituir impostos sobre d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.” 03. PROCURADOR DF 2004 Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, assinale a opção que apresenta resposta correta. I. É legítima a cobrança de IPTU de lotes vagos e prédios comerciais de entidade religiosa. II. É admitida a cobrança cumulada de taxa de serviço de limpeza de logradouros públicos e de coleta domiciliar de lixo. III. É lícita a utilização de informes pertinentes à CPMF para a constituição de crédito tributário relativo a impostos. IV. Os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos são abrangidos por imunidade tributária. a) F, F, V, F b) F, V, V, F c) F, F, V, V d) V, F, V, V e) V, F, F, F Gabarito oficial alternativa “c”. A afirmativa I é falsa, uma vez que o STF concedeu imunidade geral de impostos sobre patrimônio, renda e serviços aos templos, extensível aos lotes vagos e prédios comerciais.

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Trata-se de mudança de posição, face à decisão muito antiga quando ainda negava esta imunidade. Praticamente, depois dessa mudança de posicionamento do STF, quanto aos templos, a imunidade ganhou um caráter bem mais abrangente, sendo vedada sua extensão, no entanto, diante de contratos de locação, mesmo assim, salvo se a renda da locação não reverter para a função essencial. A afirmativa II é falsa, pois a cobrança de taxa de coleta de lixo é permitida, não o sendo a taxa de limpeza pública, face ao STF ter entendimento de ser este um serviço não específico, diga-se, geral, bem como também indivisível. Portanto, não caberia cobrança de taxa, por ofensa ao fato gerador, previsto no art. 145, II CF e art. 77 CTN. A afirmativa III é verdadeira, face a se tratar de norma procedimental, ou seja, critério de apuração, nos termos do art. 11 Lei 9311/96 e do art. parágrafo 2.º, do art. 1.º LC 105/01. A afirmativa IV é verdadeira, face à decisão do STF dando à imunidade recíproca interpretação extensiva aos filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos. 04( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral do Estado de São Paulo) Assinale a falsa: a) A imunidade do art. 150, VI, a CF é decorrente do princípio da isonomia dos entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa de Estado e pela autonomia dos municípios b) A imunidade tributária é aplicável apenas a impostos porque estes são concebidos em atendimento às despesas gerais do Estado, ao passo que os demais tributos pressupõe prestações diretas, imediatas e pessoais. c) O art. 184 § 5.º CF que dispõe sobre isenção de tributos relativos às operações de transferência de bens imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, veicula típica imunidade tributária d) A imunidade prevista no art. 150, VI, d CF é objetiva, pouco importando a qualificação da entidade que opera tais bens. e) Somente as pessoas políticas detentoras de competência tributária podem conceder e revogar isenções. Gabarito oficial alternativa “b” tido como falso.. A afirmativa “b” está falsa, face á existência de casos de imunidades específicas relacionadas a outros impostos, como, por exemplo, as contribuições sociais, nos termos do art. 195 parágrafo 6.º CF. A alternativa “a” é verdadeira, pois a imunidade recíproca, conforme já exposto anteriormente, se alicerça na unidade federativa de Estado, sendo cláusula pétrea expressa, nos termos do 60§4.º CF. Por exemplo, quando à União foi permitido, pela EC 3/93, cobrar o antigo “IPMF” dos Estados e Municípios, o STF considerou inconstitucional tal

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permissão por ofensa à respectiva cláusula pétrea. A alternativa “c” é verdadeira, pois, mesmo com a imprecisão de terminologia, dizendo ser “isento”, quando a Constituição protege um fato contra tributação, trata-se de uma imunidade tributária. A alternativa “d” está correta, pois a imunidade é do livro, jornal, periódico e do papel destinado a sua impressão, não se estendendo à entidade. Trata-se de imunidade objetiva, alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo, portanto, IR ou PIS e COFINS. A alternativa “e” está correta, uma vez que o poder de conceder isenção é fruto do exercício da competência, apesar de ser uma exoneração do tributo, é próprio do titular da competência tributária. 05. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus ) Configura hipótese de imunidade tributária no âmbito municipal, a incidência de a) ITBI sobre os compromissos de compra e venda de imóveis b) IPTU sobre os imóveis pertencentes às editoras e livrarias c) ISS sobre os serviços prestados com relação empregatícia d) ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica e) Taxas relativas a serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais Gabarito oficial alternativa “d” Trata-se do previsto no art. 156, parágrafo 2.º, I CF. “§ 2º - O imposto previsto no inciso II do art. 156: I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil” A alternativa ‘a’ está falsa por falta de previsão constitucional. A alternativa ‘b’ está falsa, uma vez que a imunidade objetiva dos livros, como já exposta, não alcança a entidade, mas apenas o próprio livro. Trata-se de imunidade objetiva, alcançando o II, IE, IPI e o ICMS apenas. Não alcança a entidade, não abrangendo, portanto, IR ou PIS e COFINS. A alternativa ‘c’ está falsa por falta de previsão constitucional. A alternativa ‘e’ está falsa por falta de previsão constitucional, uma vez que a imunidade geral prevista no art. 150, VI CF não se aplica às taxas, mas apenas aos impostos. Além

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disso, vale ressaltar que o art. 5, XXXIV CF é caso de imunidade específica de taxas, não alcançando serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais 06. ( Fundação Carlos Chagas- Minist. Público Amazonas – 2006 ) Assinale a afirmação que viola as regras constitucionais à competência tributária ou à limitação do poder de tributar a) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos b) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária c) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários são de competência da União d) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios e) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores em suas próprias finalidades Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da imunidade geral prevista no art. 150, VI, c CF “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei; “ Vale ressaltar que trata-se de imunidade condicionada, nos termos do art. 150 par. 4.º CF. A alternativa “b” está correta nos termos do art. 146, II e III CF. A alternativa “c” está correta nos termos do art. 153, V CF A alternativa “d” está correta nos termos do art. 148 CF A alternativa “e” está correta. Já foi objeto de explicação na aula n.º 01 a parafiscalidade, sendo requisito seu a transferência da capacidade ativa e dos recursos ao ente que irá administrar os tributos. Vale ressaltar que nem toda transferência de capacidade ativa ou de recursos implica em parafiscalidade, por se relacionar às funções paralelas ás funções típicas de Estado. Ex. A União institui contribuição social sobre a folha salarial e determina ao INSS a administração dos recursos bem como a capacidade para exigir o seu cumprimento, face tratar-se de tributo voltado a uma função paralela ás funções típicas de

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Estado, qual seja o custeio da Seguridade Social. 07. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI ) A prestação de serviços de comunicação social, através da recepção livre e gratuita de imagens televisivas, em nosso sistema tributário, configura hipótese de: a) isenção tributária b) não incidência tributária c) imunidade fiscal d) incidência de ICMS e) incidência de ISS Gabarito oficial alternativa “c”. Trata-se do previsto no art. 155, parágrafo 2o., X, d CF. O ICMS “X - não incidirá: d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita”. Vale ressalvar que o disposto neste artigo foi incluído pela EC 42/03, permanecendo a previsão de incidência apenas para os serviços de comunicação onerosa. 08. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI ) Em nosso sistema tributário, o município não participa da arrecadação a) do IPI b) da contribuição de intervenção no domínio econômico c) do IR-fonte d) do IPVA e) do ITR Gabarito oficial alternativa “b”. Trata-se de gabarito um tanto impreciso, mas, provavelmente, a melhor opção. No que concerne às contribuições interventivas, caberia percentual aos municípios do montante de 25% a ser repartido pelos Estados, relativo ao recebido por estes da União, do total arrecadado com a CIDE do petróleo. Vide art. 159, parágrafo 4.º CF. “Art. 159. A União entregará: III - do produto da arrecadação da contribuição de intervenção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, vinte e cinco por cento para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na forma da lei, observada a destinação a que refere o inciso II, c, do referido parágrafo; § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.”Portanto, somente nesta hipótese os Municípios participarão

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da arrecadação da CIDE. As demais alternativas estão incorretas, porque os municípios participam da receita de todos os demais tributos, conforme disposto nos art. 157 a 159 CF, conforme discriminado a seguir: 1. IPI: art. 159. A União entregará: II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados.” 2. IR fonte: Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem; 3. IPVA e ITR: Art. 158. Pertencem aos Municípios: II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da opção a que se refere o art. 153, § 4º, III; III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios” 09. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e 30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir a) de 1.º janeiro e 1.º março do exercício seguinte, respectivamente b) de 1.º de dezembro do mesmo exercício e 1.º de janeiro do exercício seguinte, respectivamente c) de 1.º março do exercício seguinte d) da respectiva publicação e vigência e) do primeiro dia do exercício seguinte Gabarito alternativa “a”. O ICMS é tributo que atende aos dois princípios: anterioridade e noventena. Vide art. 150, III CF. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; ) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”. Observe que não foi incluído no rol das exceções no art. 150 par. 1.º CF. Portanto, para a primeira hipótese, publica da lei em 30 agosto, aplica-se em 1.º janeiro seguinte. Nesta hipótese já se está atendendo ao prazo mínimo de 90 dias. Na segunda hipótese, publicada a lei em 30 novembro, aplica-se no exercício seguinte, observado o prazo mínimo de 90 dias, 1.º de março.

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10. ( Fundação Carlos Chagas- ICMS BA) As alíquotas diferenciais foram introduzidas em nosso sistema tributário recentemente, como técnica incidental que pode ser adotada pelo: a) ITBI e IPTU b) IR e IPTU c) IR, IPI e IPTU d) IPTU e IPVA e) IPI, ICMS e ISS Gabarito alternativa “d”. A CF 88 prevê três hipóteses de alíquotas diferenciais por critérios incidentais, diga-se, por critérios aleatórios, que não sejam qualquer progressividade: IPTU, IPVA e Contribuições Sociais do Empregador. IPTU- art. 156 parágrafo 1o., II CF "§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá: II – ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso do imóvel." IPVA art. 155 parágrafo 6o, II CF § 6º O imposto previsto no inciso III: II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização Contribuição Social, 195 par. 9.º CF “As contribuições sociais previstas no inciso I deste artigo poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, em razão da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra, do porte da empresa ou de condições estruturais do mercado de trabalho”. Observe que não há que se confundir as alíquotas diferenciadas por critérios incidentais com as alíquotas progressivas já estudas na aula n.º 02. 11. (UNB – AGU 2005- questão adaptada) Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas verdadeiras. I. Considere a seguinte situação hipotética. Determinado estado da Federação editou

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norma geral de direito tributário sobre matéria acerca da qual a legislação federal era omissa. Posteriormente, a matéria veio a ser objeto de disposição específica na legislação federal. Nessa situação, se a lei federal for completamente oposta à estadual, ficará esta integralmente sem eficácia enquanto perdurar a validade daquela. Verdadeiro. Trata-se de competência concorrente, competência para se legislar sobre Direito Tributário. Não se trata de criar tributo e sim, norma geral. A omissão da União defere aos Estados competência legislativa plena, mas sobrevindo lei federal a norma do Estado incompatível ficará com sua eficácia suspensa. Vide art. 24 CF. CF “ § 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades. § 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário” II. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação. Verdadeiro. Trata-se de dispositivo incluído pela EC 42/03, no art. 52, XV CF. III. Entre os princípios tributários, encontra-se o da igualdade de tratamento tributário aos contribuintes que estejam sob mesma situação. A Constituição Federal, porém, considera que, entre as pessoas jurídicas com fins lucrativos, as empresas de grande porte devem receber tratamento diferenciado do assegurado às demais. Verdadeiro. Observe que o princípio da isonomia, no art. 150, II CF, prevê tratamento igual para os equivalentes e desigual para os não equivalentes. “Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;”. Daí, uma empresa de grande porte deverá ter tratamento diferenciado das demais sob pena de ofensa ao princípio da isonomia. Por exemplo, elas não são incluídas no SIMPLES, somente as microempresas e as empresas de pequeno porte. IV. As receitas provenientes de exportação não são sujeitas à incidência de contribuições sociais nem de IPI. Verdadeiro. Trata-se de imunidade prevista na CF art. 153,par.3.º , III CF e 149 par. 2.º, I CF.

a. 1 b. 2 c. 3 d. 4 e. nenhuma

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GABARITO D 12. (UNB – AGU 2005- questão adaptada) Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas verdadeiras. I. É constitucionalmente admissível que a União crie uma contribuição de intervenção no domínio econômico sobre minerais e energia elétrica. Verdadeiro. Vale ressaltar que a CF prevê imunidade no caso apenas para impostos, ressalvada a incidência de II, IE e ICMS. Portanto, não há imunidade de contribuição interventiva. Vide CF 155 § 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomunicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.” II. Caso a União deseje criar uma contribuição de intervenção no domínio econômico sobre a comercialização do milho, a Constituição Federal faculta-lhe estabelecer uma alíquota fixa por saca de milho, independentemente do valor sobre o qual se efetivem as operações. Gabarito verdadeiro. Alíquota fixa é aquela onde não se aplica percentual, trata-se da aplicação de unidade monetária por unidade de medida de mercadoria. Ex. 1 real por saca. Vide art. CF 149 § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: III - poderão ter alíquotas: a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduaneiro; b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. III. Considere a seguinte situação hipotética: Determinado estado decidiu, a partir de 2004, instituir contribuição social, a ser cobrada de seus servidores, para custeio do sistema de previdência dos servidores estaduais. Nessa situação, a Constituição Federal faculta à unidade federada a referida instituição, desde que a alíquota não ultrapasse a estabelecida pela União para a contribuição dos servidores federais. Falso. Caso o servidor estadual ou municipal esteja sujeito à regime previdenciário público criado pelo próprio Estado ou Município, a competência para instituir a contribuição social, que regra geral seria da União, passa a ser do próprio Estado ou Município. No entanto, a alíquota não pode ser inferior ao do servidor federal, e não, como disse a assertiva, superior. “CF 149 § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União.”

a. VVV

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b. VFV c. FFV d. VVF e. FFF

Gabarito alternativa D 13. ( UNB- ADVOGADO PETROBRAS- 2003- ) A respeito do poder de tributar das entidades federativas, julgue os itens a seguir. I. O princípio da anterioridade, por se revestir da natureza de cláusula pétrea da Constituição da República de 1988, não poderá ser afastado da incidência dos impostos decorrentes do exercício da competência residual pela União, ainda que tal determinação conste expressamente em texto de emenda constitucional. Verdadeiro. Segundo o STF o princípio da anterioridade é garantia individual, sendo, portanto, cláusula pétrea expressa. Portanto, não cabe exceção por Emenda à Constituição. II. Cabe a lei complementar federal dispor sobre o fato gerador e a base de cálculo dos impostos previstos na Constituição da República, inclusive do imposto sobre serviços (ISS) e do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Verdadeiro. Nos termos do art. 146, III CF, caba à lei complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. Portanto, a lei complementar não vai instituir o ISS ou o IPVA, mas apenas definir norma geral para seus respectivos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes, entenda-se, definição a nível de norma geral. Isto não se confunde com a definição dos fatos geradores, base de cálculo e contribuintes que deverá ser feita também na lei instituidora dos respectivos tributos. III. A contribuição de intervenção no domínio econômico hoje vigente incide sobre as receitas decorrentes da exportação, para o exterior, de gasolina, disel e querosene de aviação. Falso. Fundamento no art. 149 par. 2.º I CF “2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação;”. Trata-se de hipótese de imunidade tributária.

a. VVV b. VVF c. VFV d. VFF

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e. FFF GABARITO B 1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 13 AFRF 2003 ESAF Indique a opção que preenche corretamente as lacunas, consideradas as pertinentes disposições constitucionais. 1 As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico previstas no caput do art. 149 da Constituição Federal _______________ sobre as receitas decorrentes de exportação. __________________ sobre a importação de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível. 2 As contribuições de intervenção no domínio econômico, previstas no art. 149 da Constituição Federal, estão submetidas ao princípio da ______________. a) incidirão/ podendo incidir também/ anterioridade b) não incidirão/ mas poderão incidir/ anterioridade c) não incidirão/ mas poderão incidir d) incidirão/ não podendo incidir/ anterioridade e) não incidirão/ não podendo incidir também/ anterioridade mitigada ou nonagesimal Gabarito alternativa “b” Fundamentos já explanados anteriormente. Vide art. 149 parágrafo 2.CF. Atente-se, também que as CIDEs respeitam o princípio da anterioridade. Nãoconfundir com as contribuições sociais, sujeitas à anterioridade nonagesimal. 14. ICMS RN 2005 ( ESAF) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas, em seguida, marque a resposta correta. ( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. ( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes. ( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade.

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a) V, V, V d) F, F, V b) V, V, F e) F, V, F c) V, F, V Gabarito alternativa “c” A afirmativa I é verdadeira, pois o STF estende a imunidade das entidades de assistência social, sem fins lucrativos, prevista no art. 150, VI, “c” CF. às entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. A afirmativa II é falsa, uma vez que a imunidade recíproca das entidades políticas é incondicionada. Vale ressaltar, no entanto, que está sujeita à restrições do art 150 par. 3.º CF, onde se lê “desde que não explore atividade econômica”. “150 § 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel”. No entanto, a doutrina majoritária entende que locação não seria ato de comércio, portanto, não se enquadraria na restrição do parágrafo 3.º , salvo se fosse locação para fins comerciais. A afirmativa III é verdadeira, uma vez que trata-se de imunidade condicionada, prevista no art. 150, VI, “c” CF. Vale observar o parágrafo 4.º do art. 150 CF. § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. O STF considera que, diante do contrato de locação, que por si desclassifica a imunidade, poderá, no entanto, ser mantida a imunidade caso a renda da locação reverta para a função essencial. 1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14 PROCURADOR DF 2004 ESAF Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta: I. É indevida a exigência do IPTU em relação aos imóveis alugados a terceiros, pertencentes às entidades que gozam de imunidade tributária, referidas no art. 150, VI, c, da Constituição Federal, desde que a renda dos aluguéis seja aplicada nas finalidades essenciais de tais entidades. Verdadeiro. Vide comentário da questão anterior

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II. A imunidade tributária conferida pelo art. 150, VI, c, da Constituição Federal às instituições de assistência social sem fins lucrativos alcança as entidades fechadas de previdência social que conferem benefícios aos seus filiados mediante o recolhimento das contribuições pactuadas. Falso. O STF somente estende a imunidade do artigo citado às entidades fechadas de previdência social desde que não cobrem contribuição de seus filiados. III. Os Estados e o Distrito Federal não têm competência para instituir empréstimo compulsório, ainda que se destine ao atendimento de despesas extraordinárias de caráter urgente que decorram de calamidade pública. Verdadeiro. Competência da União. Art. 148 CF IV. A Constituição Federal impede que as contribuições sociais para a seguridade social tenham base de cálculo própria de impostos. Falso. Não há impedimento, uma vez que são tributos especiais, caracterizados, não somente pelo fato gerador, mas por outras características, como, por exemplo, seu fim: custeio da seguridade social a) somente I, II e II são verdadeiras. b) somente I e III são verdadeiras. c) somente II e III são verdadeiras. d) somente I, III e IV são verdadeiras. e) somente III e IV são verdadeiras. Gabarito alternativa “b” 2.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14 AFRF 2003 ESAF Analise: 1 Entidade fechada de previdência privada, que só confere benefícios aos seus filiados desde que eles recolham as contribuições pactuadas, goza de imunidade tributária? 2 Segundo entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal, filmes fotográficos destinados à composição de livros, jornais e periódicos estão abrangidos por imunidade tributária? 3 A Constituição Federal veda a instituição de contribuição social para a seguridade social sobre o lucro auferido por pessoas jurídicas, que decorra de comercialização de livros, jornais, periódicos e papel destinado a sua impressão?

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a) Não sim, não b) Não, não, sim c) Não, não, não d) Sim, sim, não e) Sim, não, sim Gabarito alternativa “a” Conteúdo já explanado em questões anteriores 15. ICMS RN 2005 ( ESAF) Marque a opção correta. a) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital. b) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural. c) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e cobrado pelos Municípios. d) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda Constitucional n°3, de 17 de março de 1993. e) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico. Gabarito alternativa “b”. Trata-se de aplicação de dispositivo já estudado, no art. 145 par. 2.º CF. Vale ressaltar que estão incorretas as alternativas “a” e “c”, uma vez que o AIR e o IVVC foram extintos pela EC 03/93. Incorreta a alternativa “d”, pois o IPMF foi considerado inconstitucional, uma vez que a EC 3/93, neste tributo, autorizou exceção à anterioridade e violou a imunidade recíproca. Incorreta a alternativa “e”, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos termos do art. 149 CF. 16. ( AFRF 2005 ESAF ) I. Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante? Não, uma vez que CIDE é de competência exclusiva da União, nos termos do art. 149 CF.

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II. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico? Não, uma vez que a destinação da sua receita segue o disposto no inciso II, do parágrafo 4.º do art. 177 CF II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis? Sim, por se enquadrar na hipótese prevista no art. 156, II CF. Exemplo: na compra de um imóvel em inventário, de fato o que se faz é uma escritura de cessão de direitos hereditários, sujeita, portanto ao ITBI a) Não, não, sim b) Não, não, não c) Sim, sim, sim d) Não, sim, sim e) Não, sim, não Gabarito oficial alternativa “a” 17. ( AFRF 2005 ESAF ) O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange: a) todos os produtos relacionados na TIPI. b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero. c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a otação “Zero”. d) todos os produtos com alíquota. e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não relacionados na TIPI. Gabarito oficial alternativa “b”. Todos os casos de alíquota, mesmo zero, situam-se no campo de incidência tributário, digo, há fato gerador, apesar da alíquota zero. Alterando-se a alíquota, tributa-se. Na hipótese da notação NT, trata-se de uma não incidência prevista na lei. É como se a lei dissesse a expressão “não incide tributo sobre o fato X”. Portanto, fora do campo de

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incidência. Portanto, nem todos os produtos da TIPI terão incidência, pois alguns vêm com a notação NT. Melhor alternativa, portanto “b”. 18. ( AFRF 2005 ESAF ) Considerando o que decorre do sistema constitucional tributário brasileiro, julgue os itens a seguir, e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A progressividade do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana pode ser estipulada em função de subutilização do solo urbano. Verdadeiro. Com certeza trata-se da hipótese de progressividade do IPTU no tempo, prevista no art. 182, §4, II CF, progressividade caráter extra-fiscal, ou seja, para controle do cumprimento da função social da propriedade. Isto também é possível para o ITR, nos termos do art. 153 parágrafo 4., I CF ( ) As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza são estipuladas por lei complementar. Verdadeiro. Trata-se do diposto no art. 156 parágrafo 3, III CF. “156 § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementarI - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas” ( ) A chamada “competência residual da União” consiste na possibilidade de instituir imposto não cumulativo, podendo, eventualmente, a base de cálculo desse ser a mesma de outro, já prevista na Constituição. Falso. Trata-se do previsto no art. 154, I CF. A competência residual é a atribuição para a União instituir, por lei complementar, imposto “novo”, entenda-se com fato gerador e base de cálculo diferentes dos demais previstos no seu rol de competência e da competência dos demais entes. “Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição.” ( ) A medida provisória que majore contribuição para o financiamento da Previdência Social somente poderá surtir efeitos no exercício seguinte se convertida em lei até o último dia do exercício precedente. Falso, tal afirmativa estaria correta para os impostos sujeitos à anterioridade. Vide art. 62 §2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro

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seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. Quanto às contribuição, segundo o STF, a MP deverá aguardar 90 dias a contar da sua primeira publicação, em respeito à anterioridade nonagesimal, mesmo sem que se tenha ainda convertido em lei. 195 § 6º - “As contribuições sociais de que trata este artigo só poderão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, "b". a) V V F V b) F F V F c) V F V F d) F V F F e) V F F V Gabarito alternativa “VVFF” questão anulada 1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 18 PFN 2004- ESAF Considerando o entendimento atualmente dominante no Supremo Tribunal Federal, assinale a resposta que completa constantemente a assertiva. “A alíquota de contribuição social destinada ao financiamento da Seguridade Social, majorada por medida provisória que tenha sido editada na primeira metade do exercício financeiro, objeto de reedição e conversão em Lei, poderá ser exigida...” a) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da Lei resultante da conversão. b) depois de decorridos noventa dias da data da publicação da medida provisória originária. c) depois de decorridos noventa dias da data da reedição da medida provisória. d) no próximo exercício financeiro. e) depois de decorridos noventa dias do início do próximo exercício financeiro. Gabarito alternativa “b” Vide explicação anterior. 19. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 ) Em sede de competência tributária, é correto afirmar que: a) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional b) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais c) somente a União poderá instituir contribuições sociais

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d) somente o Município poderá instituir taxas por serviços prestados e) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios. Gabarito alternativa “e”. Trata-se da possibilidade do município fiscalizar e arrecadar o ITR, mediante termo de opção. Vide art. 153 parágrafo 4., III CF. 153 § 4º O imposto previsto no inciso VI do caput III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. A alternativa “b” está incorreta pois fere a regara constitucional da isenção autônoma, isto é, a regra de que a isenção será concedida pelo respectivo ente tributante titular da competência, conforme disposto no art. 151, III CF. “É vedado à União: III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios.”. A alternativa “c” está incorreta, pois fere a competência dos Estados, DF e Municípios para contribuições sociais dos seus servidores para o respectivo regime previdenciário, nos termos do art. 149 parágrafo 1. CF. A alternativa “d” contraria a competência compartilhada entre todas as entidades de federação para instituição de taxas, respeitado o âmbito das respectivas atribuições para a prestação de serviços públicos. 20. ICMS MG 2004 Considerando-se a competência tributária, é CORRETO afirmar que:

a) A instituição de normas que evitem o conflito de competência entre os entes federados prescinde de lei complementar, devendo as referidas pessoas jurídicas de direito público estabelecerem tais regras por Convenio.

b) A lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação para prevenir desequilíbrios da concorrência, cabendo à União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

c) A União, para instituir validamente os empréstimos compulsórios e as contribuições de intervenção no domínio econômico, depende que estes estejam previstos em lei complementar.

d) O exercício da competência residual das contribuições de intervenção no domínio econômico, pela União, deve se realizar por lei complementar.

Gabarito alternativa “b” Trata-se de instituto previsto na Constituição Federal, art. 146-A CF, introduzido pela EC 42/03, como instrumento fiscal de combate ao monopólio, dentre outros atribuídos á União. “Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo” A alternativa “a” está incorreta pois, nos termos do art. Art. 146, III CF, cabe à lei

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complementar: I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. A alternativa “c” está incorreta, uma vez que as Contribuições interventivas, CIDE, não são objeto de lei complementar. Basta a instituição por lei ordinária. Logicamente, se o legislador decidir instituí-las por lei complementar, não haverá impedimentos, face ao quorum de maioria absoluta, como foi o caso do COFINS, instituído por lei complementar e alterado sucessivamente por lei ordinária. No entanto, não havia necessidade. No caso do empréstimo compulsório, no entanto, é necessário a instituição por lei complementar, inclusive no caso de guerra externa ou calamidade pública. A alternativa “d” está incorreta, uma vez que a competência residual da União, originariamente atribuída para a instituição de imposto residual, com base no art. 154, I CF, foi estendida às contribuições sociais, com fundamento de validade no art. 195 parágrafo 4.º CF “195 § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. “. Portanto, não se cogita de contribuição interventiva residual, mas sim de contribuição social residual. 01 (Fundação Carlos Chagas- Auditor Fiscal – DF 2001) No Distrito Federal são imunes ao IPTU os terrenos: f) pertencentes à Igreja, mas sem destinação religiosa g) ocupados por posseiros ou sem-terra h) de propriedade dos entes autárquicos federais i) pertencentes às empresas públicas federais ou estaduais j) pertencentes às sociedades de economia mista 02. ( ICMS –SP/2002 VUNESP ) A não exigência do ICMS nas operações de saída de livro jurídico da loja revendedora para o consumidor final local é considerada hipótese de f) Não-incidência g) Isenção h) Imunidade i) Anistia j) Remissão 03. PROCURADOR DF 2004 Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, assinale a opção que apresenta resposta correta. V. É legítima a cobrança de IPTU de lotes vagos e prédios comerciais de entidade religiosa. VI. É admitida a cobrança cumulada de taxa de serviço de limpeza de logradouros públicos e de coleta domiciliar de lixo.

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VII. É lícita a utilização de informes pertinentes à CPMF para a constituição de crédito tributário relativo a impostos. VIII. Os filmes e papéis fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos são abrangidos por imunidade tributária. a) F, F, V, F b) F, V, V, F c) F, F, V, V d) V, F, V, V e) V, F, F, F 04( Fundação Carlos Chagas- Procuradoria Geral do Estado de São Paulo) Assinale a falsa: f) A imunidade do art. 150, VI, a CF é decorrente do princípio da isonomia dos entes constitucionais, sustentado pela estrutura federativa de Estado e pela autonomia dos municípios g) A imunidade tributária é aplicável apenas a impostos porque estes são concebidos em atendimento às despesas gerais do Estado, ao passo que os demais tributos pressupõe prestações diretas, imediatas e pessoais. h) O art. 184 § 5.º CF que dispõe sobre isenção de tributos relativos às operações de transferência de bens imóveis desapropriados para fins de reforma agrária, veicula típica imunidade tributária i) A imunidade prevista no art. 150, VI, d CF é objetiva, pouco importando a qualificação da entidade que opera tais bens. j) Somente as pessoas políticas detentoras de competência tributária podem conceder e revogar isenções. 05. ( Fundação Carlos Chagas – Procurador Manaus ) Configura hipótese de imunidade tributária no âmbito municipal, a incidência de f) ITBI sobre os compromissos de compra e venda de imóveis g) IPTU sobre os imóveis pertencentes às editoras e livrarias h) ISS sobre os serviços prestados com relação empregatícia i) ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica j) Taxas relativas a serviços prestados aos entes públicos federais ou estaduais 06. ( Fundação Carlos Chagas- Minist. Público Amazonas – 2006 ) Assinale a afirmação que viola as regras constitucionais à competência tributária ou à limitação do poder de tributar

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f) Compete à União instituir impostos sobre a renda obtida pelos partidos políticos, das instituições de educação e de assistência social sem fins lucrativos g) Caberá à Lei Complementar dispor sobre os conflitos de competência entre os entes políticos e estabelecer normas gerais em matéria tributária h) Os impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativos a títulos ou valores mobiliários são de competência da União i) Somente a União pode instituir empréstimos compulsórios j) Ocorrerá o fonômeno da parafiscalidade quando a entidade a quem se delegou o poder de arrecadar o tributo, receber autorização legal para ficar e aplicar aqueles valores em suas próprias finalidades 07. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI ) A prestação de serviços de comunicação social, através da recepção livre e gratuita de imagens televisivas, em nosso sistema tributário, configura hipótese de: f) isenção tributária g) não incidência tributária h) imunidade fiscal i) incidência de ICMS j) incidência de ISS 08. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor PI ) Em nosso sistema tributário, o município não participa da arrecadação f) do IPI g) da contribuição de intervenção no domínio econômico h) do IR-fonte i) do IPVA j) do ITR 09. ( Fundação Carlos Chagas- Auditor Tribunal de Contas MG – 2005 ) Distintos fatos geradores do ICMS cujas alíquotas são aumentadas nos dias 30 de agosto e 30 de novembro de determinado exercício poderão ser cobrados a partir f) de 1.º janeiro e 1.º março do exercício seguinte, respectivamente g) de 1.º de dezembro do mesmo exercício e 1.º de janeiro do exercício seguinte, respectivamente h) de 1.º março do exercício seguinte i) da respectiva publicação e vigência j) do primeiro dia do exercício seguinte 10. ( Fundação Carlos Chagas- ICMS BA) As alíquotas diferenciais foram introduzidas em nosso sistema tributário recentemente,

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como técnica incidental que pode ser adotada pelo: f) ITBI e IPTU g) IR e IPTU h) IR, IPI e IPTU i) IPTU e IPVA j) IPI, ICMS e ISS 11. (UNB – AGU 2005- questão adaptada) Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas verdadeiras. V. Considere a seguinte situação hipotética. Determinado estado da Federação editou norma geral de direito tributário sobre matéria acerca da qual a legislação federal era omissa. Posteriormente, a matéria veio a ser objeto de disposição específica na legislação federal. Nessa situação, se a lei federal for completamente oposta à estadual, ficará esta integralmente sem eficácia enquanto perdurar a validade daquela. VI. Apesar da forma federativa do Estado brasileiro, o Senado Federal tem competência para avaliar o desempenho das administrações tributárias das unidades da Federação. VII. Entre os princípios tributários, encontra-se o da igualdade de tratamento tributário aos contribuintes que estejam sob mesma situação. A Constituição Federal, porém, considera que, entre as pessoas jurídicas com fins lucrativos, as empresas de grande porte devem receber tratamento diferenciado do assegurado às demais. VIII. As receitas provenientes de exportação não são sujeitas à incidência de contribuições sociais nem de IPI.

a. 1 b. 2 c. 3 d. 4 e. nenhuma

12. (UNB – AGU 2005- questão adaptada) Analise a veracidade das alternativas abaixo e indique o número de alternativas verdadeiras. IV. É constitucionalmente admissível que a União crie uma contribuição de intervenção no domínio econômico sobre minerais e energia elétrica.

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V. Caso a União deseje criar uma contribuição de intervenção no domínio econômico sobre a comercialização do milho, a Constituição Federal faculta-lhe estabelecer uma alíquota fixa por saca de milho, independentemente do valor sobre o qual se efetivem as operações. VI. Considere a seguinte situação hipotética: Determinado estado decidiu, a partir de 2004, instituir contribuição social, a ser cobrada de seus servidores, para custeio do sistema de previdência dos servidores estaduais. Nessa situação, a Constituição Federal faculta à unidade federada a referida instituição, desde que a alíquota não ultrapasse a estabelecida pela União para a contribuição dos servidores federais.

a. VVV b. VFV c. FFV d. VVF e. FFF

13. ( UNB- ADVOGADO PETROBRAS- 2003- ) A respeito do poder de tributar das entidades federativas, julgue os itens a seguir. IV. O princípio da anterioridade, por se revestir da natureza de cláusula pétrea da Constituição da República de 1988, não poderá ser afastado da incidência dos impostos decorrentes do exercício da competência residual pela União, ainda que tal determinação conste expressamente em texto de emenda constitucional. V. Cabe a lei complementar federal dispor sobre o fato gerador e a base de cálculo dos impostos previstos na Constituição da República, inclusive do imposto sobre serviços (ISS) e do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). VI. A contribuição de intervenção no domínio econômico hoje vigente incide sobre as receitas decorrentes da exportação, para o exterior, de gasolina, disel e querosene de aviação.

a. VVV b. VVF c. VFV d. VFF e. FFF

14. ICMS RN 2005 ( ESAF)

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Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas, em seguida, marque a resposta correta. ( ) A imunidade tributária conferida pela Constituição Federal a instituições de assistência social sem fins lucrativos somente alcança as entidades fechadas de previdência social privada se não houver contribuição dos beneficiários. ( ) É permitido à União exigir imposto sobre a renda auferida por Municípios que provenha de aluguel de imóveis a eles pertencentes. ( ) O imóvel pertencente a entidade sindical de trabalhadores, ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao imposto sobre propriedade predial e territorial urbana (IPTU), desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades essenciais de tal entidade. d) V, V, V d) F, F, V e) V, V, F e) F, V, F f) V, F, V 15. ICMS RN 2005 ( ESAF) Marque a opção correta. f) Cabe aos Estados e ao Distrito Federal instituir e cobrar adicional de até cinco por cento do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas nos respectivos territórios, a título de imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital. g) Não é permitido instituir e cobrar a taxa de conservação de estradas de rodagem cuja base de cálculo seja idêntica à do imposto sobre propriedade territorial rural. h) O imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos é instituído e cobrado pelos Municípios. i) É permitido à União continuar a exigir o imposto sobre movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira, que instituiu com base na Emenda Constitucional n°3, de 17 de março de 1993. j) É permitido à União, aos Estados e ao Distrito Federal instituir, nos respectivos âmbitos de atuação, contribuições de intervenção no domínio econômico. 16. ( AFRF 2005 ESAF ) I. Aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios compete instituir contribuições de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, desde que para o custeio, em benefício dos respectivos sujeitos passivos, e no âmbito territorial do ente tributante? II. A Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível (CIDE) foi instituída pela União com a finalidade de financiamento de projetos de proteção ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico?

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III. Compete aos municípios o imposto sobre a cessão, a título oneroso, de direitos à aquisição, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis? a) Não, não, sim b) Não, não, não c) Sim, sim, sim d) Não, sim, sim e) Não, sim, não 17. ( AFRF 2005 ESAF ) O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados abrange: a) todos os produtos relacionados na TIPI. b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com alíquota zero. c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a otação “Zero”. d) todos os produtos com alíquota. e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda que não relacionados na TIPI. 18. ( AFRF 2005 ESAF ) Considerando o que decorre do sistema constitucional tributário brasileiro, julgue os itens a seguir, e marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A progressividade do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana pode ser estipulada em função de subutilização do solo urbano. ( ) As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de qualquer natureza são estipuladas por lei complementar. ( ) A chamada “competência residual da União” consiste na possibilidade de instituir imposto não cumulativo, podendo, eventualmente, a base de cálculo desse ser a mesma de outro, já prevista na Constituição. ( ) A medida provisória que majore contribuição para o financiamento da Previdência Social somente poderá surtir efeitos no exercício seguinte se convertida em lei até o último dia do exercício precedente. a) V V F V b) F F V F c) V F V F d) F V F F e) V F F V

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19. ( Fundação Carlos Chagas- Procurador PI 2005 ) Em sede de competência tributária, é correto afirmar que: f) lei ordinária federal poderá instituir novos impostos, desde que não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos previstos no texto constitucional g) lei ordinária federal poderá instituir isenções de tributos estaduais e municipais h) somente a União poderá instituir contribuições sociais i) somente o Município poderá instituir taxas por serviços prestados j) o ITR é um tributo federal que, nos termos de permissivo constitucional, poderá ser fiscalizado e cobrado pelos Municípios. 20. ICMS MG 2004 Considerando-se a competência tributária, é CORRETO afirmar que:

e) A instituição de normas que evitem o conflito de competência entre os entes federados prescinde de lei complementar, devendo as referidas pessoas jurídicas de direito público estabelecerem tais regras por Convenio.

f) A lei complementar poderá estabelecer critérios especiais de tributação para prevenir desequilíbrios da concorrência, cabendo à União, por lei, estabelecer normas de igual objetivo.

g) A União, para instituir validamente os empréstimos compulsórios e as contribuições de intervenção no domínio econômico, depende que estes estejam previstos em lei complementar.

h) O exercício da competência residual das contribuições de intervenção no domínio econômico, pela União, deve se realizar por lei complementar.

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01. ICMS SP 2002 ( VUNESP ) Os benefícios e os incentivos fiscais, assim considerado o subsídio, a isenção, a redução de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão, deverão ser concedidos: a) mediante lei complementar federal, se relativo a crédito presumido de ICMS, nas operações interestaduais b) com autorização de lei complementar nacional, referendada por lei ordinária federal, estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária c) com autorização de lei ordinária nacional, mediante lei ou decreto federal, estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária d) mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a meteria ou o tributo a que se refere e, quanto ao ICMS, autorizadas por deliberação dos Estados e do DF, na forma regulada por lei complementar federal e) mediante decreto federal, estadual ou municipal que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária, respeitadas as condições estabelecidas pela lei de Responsabilidade Fiscal. Gabarito alternativa “d” Trata-se da disciplina dos chamados “favores fiscais”, cujo exigência de lei específica foi estendida pela EC 03/93 a diversos benefícios, tais como, o subsídio, a isenção, a redução de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão. Dispõe o parágrafo 6.º do art. 150 CF: “"§ 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativas a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no artigo 155, § 2º, XII, g." Observe que foi feita uma exceção ao final do respectivo parágrafo, indicando que o ICMS receberá disciplina diversa, exigindo deliberação dos Estados, nos termos regidos em lei complementar federal. O citado implica que os favores fiscais, como por exemplo, uma isenção, relacionados ao ICMS, não serão concedidos por ato unilateral do próprio Estado, necessitando deliberação conjunta entre os mesmos: 155, § 2º, XII, g."compete à lei complementar g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.” 02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A concessão de isenção do ICMS em nosso sistema tributário, depende: a) de resolução do Senado Federal b) exclusivamente de lei ordinária estadual c) de lei ordinária federal autorizativa d) de permissivo de lei complementar e) de convênio celebrado entre as unidades federativas

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Gabarito alternativa “e”. Vale ressaltar o comentário à questão n.º 01. Nos termos do art. 155, § 2º, XII, g. "compete à lei complementar: g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão concedidos e revogados”. Observe que a lei complementar em questão é a LC 87/96, que até o momento não versa sobre a respectiva regulamentação. Portanto, transitoriamente, isenção de ICMS será concedida mediante convênio entre os Estados, regido este pela LC 24/75, celebrado no CONFAZ, e aprovado pela unanimidade dos Estados presentes. Vide art. 34 parágrafo 8.º CF: “§ 8º - Se, no prazo de sessenta dias contados da promulgação da Constituição, não for editada a lei complementar necessária à instituição do imposto de que trata o art. 155, I, "b", os Estados e o Distrito Federal, mediante convênio celebrado nos termos da Lei Complementar nº 24, de 7 de janeiro de 1975, fixarão normas para regular provisoriamente a matéria”. 03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) As alíquotas internas do ICMS são: a) aplicadas nas operações interestaduais, quando o destinatário da mercadoria não for contribuinte do tributo b) inferiores às previstas para as operações interestaduais c) fixadas por lei complementar d) uniformes para todas as mercadorias e serviços e) aplicadas quando o destinatário da mercadoria, em outro Estado da federação, for contribuinte do imposto Gabarito alternativa “a”. Trata-se da aplicação do disposto no art. 155, § 2º, VII CF. “ VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;” A alternativa “b” está errada, uma vez que, nos termos do art. VI, “salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais;” A alternativa “c” está errada, uma vez que o ICMS é objeto de lei ordinária estadual, não sendo exigido lei complementar para sua alíquota. A alternativa “d” está errada, uma vez que não há previsão constitucional para tal exigência. A alternativa “e” está errada, pois contraria o disposto no art. 155, § 2º, VII CF. 04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário o aplicador da norma

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a) deve interpretar analogicamente dispositivos que tipifiquem infrações tributárias b) pode empregar analogia, desde que não implique exigência de tributo não previsto em lei c) não pode empregar critérios de equidade d) não pode se valer de princípios do direito público em geral e) dever interpretar extensivamente dispositivos que concedam isenções fiscais Gabarito alternativa “b”. Trata-se de previsão no CTN, no parágrafo 1.º do art. 108, proibindo-se que os elementos da estrutura do tributo ( %, fato gerador, base de cálculo e contribuintes), quanto omitidos na lei instituidora do tributo, possam ser supridos pela aplicação analógica da lei de casos semelhantes ao respectivo fato gerador. Se uma lei deixa de mencionar uma alíquota, não caberia analogia para suprir a lacuna da lei, uma vez que estaria sendo cobrado tributo não instituído, por falta de elemento essencial de sua estrutura. Incorreta a alternativa “a”, uma vez que analogia é método de integração cuja exigência não foi prevista em caráter obrigatório ,no CTN, para infrações. Integração significa o preenchimento da lacuna da lei. Há casos não solucionados diretamente pelo texto legal, por falta de previsão específica. Nestas hipóteses o CTN elencou vários métodos para a solução de casos concretos de maneira a suprir esta omissão do legislador. Vide art 108 CTN: “Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade.” Incorreta a alternativa “c”, uma vez que cabe equidade como o último dos critérios de integração previstos no art. 108 CTN Incorreta a alternativa “d”, uma vez que cabe a utilização dos princípios gerais do direito público como o penúltimo dos critérios de integração previstos no art. 108 CTN Incorreta a alternativa “e”, uma vez que o Código Tributário Nacional exige, para as isenções, modalidade de exclusão do crédito, interpretação literal. Portanto veda interpretação extensiva. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.” 05. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e rescindido, de comum acordo, o respectivo contrato de compra e venda, o tributo regularmente recolhido

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a) pode ser devolvido ao comprador ou vendedor, dependendo da convenção das partes b) não pode ser devolvido ao comprador ou vendedor porque a venda foi fraudulenta e a fraude legitima o tributo c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do imposto. d) Deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venda a non domino, nula de pleno direito e) Deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos Gabarito alternativa “c”. Trata-se da interpretação do fato gerador. Interpretar é buscar o conteúdo, diga-se, o alcance do artigo de uma lei ou de um instituto legal. Diferentemente, quando se cogita de integração, trata-se, como já exposto na questão anterior, de buscar preencher a omissão do legislador para solução de casos concretos. Dentre os critérios de interpretação, o CTN, no seu art. 118, I determina a necessidade de não se levar em consideração a “nulidade” ou “anulabilidade” eventual de uma determinada situação jurídica. Pode parecer estranho ou até contrário ao bom senso, mas esta é uma análise rígida que devemos adotar, principalmente diante de um concurso público, face ao previsto no mencionado artigo: “118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos” Vale ressaltar que a alternativa “c”, gabarito oficial, menciona, na frase, “não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do imposto”, dando a entender a impossibilidade de devolução. Prefiro acreditar que a norma geral não exige a devolução, o que não seria, propriamente proibido, mas sim, inexigível do legislador ordinário. 06. PROCURADOR SERGIPE 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No que concerne à interpretação e à integração da legislação tributária, tal como tratadas pelo Código Tributário Nacional, é correto afirmar que: a) Os princípios gerais de direito tributário deverão ser o primeiro instrumento a ser utilizado, pela autoridade administrativa, para aplicar a legislação tributária na ausência de disposição expressa. b) Deve-se interpretar literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga de imunidades e isenções c) Os princípios gerais de direito privado devem ser utilizados para definição dos efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas de direito privado. d) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias e) Segundo o CTN não há nenhuma hipótese em que a norma tributária deve ser interpretada de forma literal

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Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se de réplica fiel do disposto no artigo 110 CTN. “A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências tributárias”. Por exemplo, imagine uma lei instituidora de tributo, ITBI, que definisse em determinado artigo um bem imóvel como abrangendo também os veículos automotores. Teríamos uma lei tributária, dando ao instituto “bem imóvel” interpretação extensiva e diversa daquela dada pelo próprio Direito Civil, disciplina que cria o referido instituto. Tal procedimento é, portanto, vedado. Incorreta a alternativa “b”, uma vez que o primeiro método de integração, em verdade, é a analogia. Vale relembrar que integração significa o preenchimento da lacuna da lei. Há casos não solucionados diretamente pelo texto legal, por falta de previsão específica. Nestas hipóteses o CTN elencou vários métodos para a solução de casos concretos de maneira a suprir esta omissão do legislador. Vide art 108 CTN: “Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na ordem indicada: I a analogia; II - os princípios gerais de direito tributário; III - os princípios gerais de direito público; IV - a eqüidade.” Incorretas as alternativas “b” e “e”. Vide art. 111 CTN: “Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre: I - suspensão ou exclusão do crédito tributário; II - outorga de isenção; III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias”. Portanto, na alternativa “b” foi mencionado, incorretamente, a “imunidade”, pois para este instituto não há exigência de interpretação literal. Por várias vezes, o STF, aplica às hipóteses de imunidade interpretação extensiva. Já a alternativa “e” nega a existência de interpretação literal, contrariando o próprio art. 111 CTN. Incorreta a alternativa “c”, uma vez que, nos termos do próprio CTN, os princípios gerais do direito privado são usados para interpretação dos seus institutos, mesmo quando usados por lei tributária, mas não para atribuir efeito jurídico no campo tributário. Vide art. 109 CTN: “Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários.” 1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06. PFN 2004 ESAF Em relação ao tema interpretação e integração da legislação tributária, regulado pelo Código Tributário Nacional, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.

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( ) Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias, suspensão ou extinção do crédito tributário e outorga de isenção. Falso, uma vez que, nos termos do art. 111 CTN, não se enquadram na exigência de interpretação literal as hipóteses de extinção do crédito tributário. ( ) Em caso de dúvida quanto à natureza ou às circunstâncias materiais do fato, ou à natureza ou extensão dos seus efeitos, interpreta-se da maneira mais favorável ao acusado a lei tributária que define infrações, ou lhe comina penalidades. Verdadeiro, por se tratar da interpretação mais favorável ao contribuinte “ in dúbio pró réu” para a lei que define infrações, ou lhe comina penalidades, nos termos do art. 112 CTN. ( ) O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei; o da equidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido. Verdadeiro, por aplicação dos parágrafos 1.º e 2.º do art. 108 CTN: § 1º O emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei. § 2º O emprego da eqüidade não poderá resultar na dispensa do pagamento de tributo devido.” 2.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06. AFRF 2003 ESAF Relativamente à interpretação e integração da legislação tributária, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Interpreta-se da maneira mais favorável ao sujeito passivo a legislação tributária que disponha sobre dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias. Verdadeiro, por disposto no art. 111 CTN, já anteriormente exposto por nós. ( ) Os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, bem assim para definição dos respectivos efeitos tributários. Falso, por disposto no art. 109 CTN, já anteriormente exposto por nós. Note-se que os efeitos tributários serão objeto da própria lei tributária, o que não se confunde com a definição dos institutos privados, objeto dos princípios gerais do direito privado.

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( ) Na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará sucessivamente, na rigorosa ordem, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de direito tributário e a equidade. Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem sucessiva prevista no próprio artigo. 3.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 06. ISS FORTALEZA 2003 ESAF O Código Tributário Nacional estabelece expressamente a seguinte regra no seu capítulo intitulado “Interpretação e Integração da Legislação Tributária”. a) em caso de dúvida quanto à capitulação legal do fato, os dispositivos de lei tributária que tratam de fato gerador, definem infrações, ou lhes cominam penalidades, devem ser interpretados da maneira mais favorável ao sujeito passivo. Falso, pois o art. 112 CTN, que exige interpretação mais favorável ao contribuinte, se aplica quando houve situação de dúvida em lei que trate de infrações e não na lei que define tributos. Observe que a alternativa “a” mencionou “os dispositivos de lei tributária que tratam de fato gerador, ....”, dando margem de interpretação abrangente também aos tributos. b) os princípios gerais de direito privado utilizam-se para pesquisa da definição, do conteúdo e do alcance de seus institutos, conceitos e formas, mas não para definição dos respectivos efeitos tributários. Verdadeiro, já explicado anteriormente, conforme disposto no art. 109 CTN. c) a legislação tributária que dispõe sobre lançamento de crédito tributário deve ser interpretada literalmente. Falso, por não se enquadrar nas hipóteses previstas no art. 111 CTN. Lançamento não é hipótese de exclusão nem de suspensão, mas sim de constituição do crédito tributário. d) o emprego da analogia não poderá resultar na exigência de tributo previsto em lei. Falso, porque a vedação de emprego da analogia, no art. 108 parágrafo 1.º, dirige-se ao tributo não previsto em lei. e) na ausência de disposição expressa, a autoridade competente para aplicar a legislação tributária utilizará, sucessivamente, na rigorosa ordem que se segue, a analogia, os princípios gerais de direito público, os princípios gerais de direito tributário e a eqüidade.

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Falso, por disposto no art. 108 CTN, já anteriormente exposto por nós. Houve inversão na ordem dos métodos de integração, o que não se admite, pois deverão ser usados na ordem sucessiva prevista no próprio artigo. 07. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de tributo devido. Nesta hipótese, o Fisco a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais vantajosa em termos de arrecadação c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas Gabarito oficial alternativa “a”. Trata-se da aplicação do disposto no art. 144 CTN c.c. art. 105 CTN. Isto é, nada mais do que a aplicação rígida do princípio da irretroatividade, com fundamento na CF art. 150, III, “a” CF: “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: III - cobrar tributos: a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”. Diante do mencionado dispositivo, o CTN no art. 105 CTN, faz sua regulamentação dispondo: “A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.” Portanto, em se tratando de tributos, haverá a necessidade da aplicação, quando do lançamento, da lei em vigor à época do fato gerador, sob pena de se fazer retroagir a lei nova e posterior, em afronta aos dispositivos citados. Veja a determinação do art. 144 CTN. “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Não há que se deixar de mencionar a hipótese excepcional de retroatividade de lei tributária, para tributos, prevista no art. 106, I CTN. Mas não se trata de aplicação ao caso exposto, por se tratar de retroatividade de lei tributária “expressamente interpretativa”, ou

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seja, não se trata de retroagir lei modificativa. Vide art. 106, I CTN: A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados;” Esse dispositivo admitiria a retroatividade por ser interpretação autêntica, advinda do mesmo órgão, não se tratando de lei nova, que cria ou altera tributos, mas sim lei interpretativa. 08. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista. Nesta hipótese, o Fisco a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais vantajosa em termos de arrecadação c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas Gabarito oficial alternativa “d”. Sem deixar de ressaltar tudo o que foi dito na questão anterior acerca da irretroatividade da lei tributária, como princípio regra, vale mencionar uma outra exceção, o art. 106, II CTN, que dispõe sobre a retroatividade da lei mais benigna quanto às infrações: Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.” Observe que, no Direito Tributário, ao contrário do Direito Penal, a lei mais benigna de infrações somente retroage para casos não definitivamente julgados. 1.ª QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08

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INSS 2002 ESAF Sobre o tema legislação tributária, é correto afirmar que, nos termos do Código Tributário Nacional: a) a aplicação da legislação tributária restringe-se a fatos geradores futuros, isto é, àqueles ocorridos a partir de sua vigência, em consonância com o princípio constitucional da irretroatividade das leis. b) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, quando seja expressamente interpretativa, incluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos interpretados. c) a lei tributária aplica-se a ato pretérito que não tenha sido definitivamente julgado, quando deixe de defini-lo como infração. d) a lei tributária aplica-se a ato ou fato pretérito, não definitivamente julgado, quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, inclusive no caso de envolver inadimplemento de obrigação principal, desde que o ato ou fato não se tenha realizado por meio de fraude. e) é permitido à autoridade administrativa empregar a eqüidade para dispensar o cumprimento de obrigação tributária principal, quando se depara com ausência de disposição legal expressa para decidir litígio tributário cujo julgamento é de sua competência. Gabarito alternativa “c”, por aplicação do disposto no art. 106, II, “a” CTN. 09. ICMS MG 2005 ESAF Considerando o disposto no art. 146 CF, marque com Va assertiva verdadeira e F a assertiva falsa, assinalando ao final a opção correspondente I. Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. II. Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. III. Lei ordinária pode criar modalidades de lançamento do crédito tributário. IV. Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis a) VFFF b) FVFV c) VFFV d) FFFV e) VFVF Gabarito oficial alternativa “a”. A alternativa I está correta, pois trata-se da previsão de modalidades de extinção em “normas gerais”, o que a CF atribui à competência da Lei Complementar Federal, no seu

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art. 146: “III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: ...b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;” Portanto, se é correto pensar que a lei que vai instituir um tributo deverá elencar as hipóteses de extinção do crédito, vale também ressaltar que não poderá elencar hipótese de extinção de crédito não prevista em norma geral, objeto de lei complementar federal. A alternativa II está incorreta, uma vez que exoneração de tributo dada em lei é objeto de isenção e não imunidade. Imunidade é limitação constitucional à competência tributária, diga-se, é hipótese de não incidência constitucional. A alternativa III está incorreta, uma vez que a definição de normas gerais sobre crédito tributário, como já comentado na afirmativa I, é objeto de lei complementar federal, nos termos do art. 146, III, “b” CF. A alternativa IV está incorreta, uma vez que o CTN somente admite como hipótese de extinção do crédito tributário, a dação em pagamento em bens imóveis, nos termos do art. 156, XI CTN. 10. PFN 2004 ESAF Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que apresenta resposta correta a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados. c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não for contribuinte do imposto. d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se do disposto no inciso V do parágrafo 2.º do art. 155 CF. V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros.” Incorreta a alternativa “a”, por incluir os Governadores dentre os legitimados para iniciativa. Vide inciso IV do parágrafo 2.º do art. 155 CF; “IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada

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pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação”. Incorreta a alternativa “b” por ferir o disposto no 155 parágrafo 2.º, V CF, já exposto no comentário ao gabarito oficial. Incorreta a alternativa “c” por ferir o disposto no art. 155 par.2.º VII CF, uma vez que, quando o destinatário for não contribuinte, deverá a mercadoria sair do Estado de Origem pela alíquota interna do Estado de origem: VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;” Incorreta a alternativa “e”, pois a EC 33/01, contrariando antiga súmula do STF, súmula 660, determinou ser incidente o ICMS na importação por pessoa física ou jurídica, contribuinte ou não, independentemente do destino que se dê à mercadoria: Vide art. 155 par.2.º , IX, “a” CF “ incidirá também: a)sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do exterior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do destinatário da mercadoria, bem ou serviço;” 11. AFRF 2003 ESAF Responda com base na Constituição Federal. • Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1° de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1° de janeiro de 2003? • É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade territorial rural? • No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação? a) sim,sim,sim b) sim,não,sim c) sim, não, não d) não, não, sim e) não, não, não Gabarito oficial alternativa “e”. Quanto às perguntas n.º 01 e n.º 02, caberá resposta negativa, uma vez que a utilização de medidas provisórias, em matéria tributária, tem limitações processuais e matérias. Quanto às primeiras, vale ressaltar a necessidade de obediência ao princípio da anterioridade e

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noventena, o que faz exigir a aplicação da MP apenas no exercício seguinte a sua publicação. Há exceções, que são as mesmas exceções aos princípios da anterioridade e noventena, previstas no art. 150 par. 1.º CF. Vide no art. 62 par. 2.º CF. “Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada”. Vale observar a exigência da conversão em lei no ano anterior ao início da cobrança. Daí a pergunta n.º 1 ser de resposta negativa, pois no texto, a conversão em lei se deu no ano de 2003, não cabendo a aplicação da MP senão apenas no exercício de 2004. Quanto às limitações materiais, vale relembrar que uma MP se converte em lei, diga-se, em lei ordinária. Apesar do raciocínio, face à sistemática do processo legislativo das MPs, já anteriormente explanado em decisões do STF, o Constituinte atual, no art. 62 par. 1.º CF vem fazer esta ressalva de forma expressa: “§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: III – reservada a lei complementar”. Daí a pergunta n.º 2 ser de resposta negativa, pois no texto, refere-se à instituição de normas gerais, que, nos moldes do art. 146, III CF, exigem lei complementar federal. Quanto à terceira indagação, a resposta também é negativa, pois, como já anteriormente explicado, alíquotas interestaduais e de exportação são objeto de Resolução do Senado Federal. 1.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 11. AFTN 2002-I ESAF Segundo decorre da Constituição, especialmente depois da redação dada pela Emenda Constitucional no 32, de 2001, pode(m) ser objeto de medida provisória. a) normas sobre limitações constitucionais ao poder de tributar. b) Matéria tributária disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. c) Majoração de imposto de renda, quando, embora convertida em lei no mês de janeiro seguinte, tenha sido aprovada antes do início do exercício em que será cobrada. d) Aquela que constitua reedição, na mesma sessão legislativa, de outra que não tenha sido rejeitada, mas apenas perdido sua eficácia por decurso de prazo. e) Matéria tributária não sujeita a restrição em razão do processo legislativo. Gabarito alternativa “e”. Valem os comentários à questão anterior. A alternativa “a” exige lei complementar, não cabendo, portanto, medida provisória. A alternativa “b” e “d” encontram obstáculo no processo legislativo, nos termos do art. 62 par. 1.º , IV e 62 par. 10.ºCF. A alternativa “c” viola o par. 2.º do mencionado art. 62 CF.

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62 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: ...III – reservada a lei complementar; IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 62 § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 12. ISS RECIFE 2003 ESAF Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. II. De conformidade com a Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece o Código Tributário Nacional. IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram em vigor na data da sua publicação. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II, III, e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas. Gabarito oficial alternativa “a”. A afirmativa I é correta, conforme já explicado anteriormente, nos moldes do art. 62 par. 2.º CF. A afirmativa II é correta, pois retrata o princípio da territorialidade tributária, disposto no art. 102 CTN, com suas exceções para admitir a extraterritorialidade em caso de convênio

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entre duas ou mais entidades de federação ou nas hipóteses permitidas no CTN, como, por exemplo, no art. 120 CTN. A afirmativa III é correta por se tratar da aplicação da regra de vigência do art. 104 CTN, regra especial para os impostos sobre o patrimônio e a renda. Tal artigo não está recepcionado como regra de anterioridade, mas sim como uma regra especial de “vacatio legis”, nos dizeres do STF. Vide art. 104 CTN: “Entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação os dispositivos de lei, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda: I - que instituem ou majoram tais impostos; II - que definem novas hipóteses de incidência; III - que extinguem ou reduzem isenções, salvo se a lei dispuser de maneira mais favorável ao contribuinte, e observado o disposto no artigo 178.” A afirmativa IV está incorreta, por contrariar a regra regra especial de “vacatio legis” para normas complementares prevista no art. 103, III CTN.”Salvo disposição em contrário, entram em vigor: I - os atos administrativos a que se refere o inciso I do artigo 100, na data da sua publicação; II - as decisões a que se refere o inciso II do artigo 100, quanto a seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias após a data da sua publicação; III - os convênios a que se refere o inciso IV do artigo 100, na data neles prevista” 13. ISS RECIFE 2003 ESAF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte requisito, entre outros: a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais. b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) no caso de instituições de educação, oferecem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes. d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições. e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação nos eu resultado. Gabarito alternativa “b”. Trata-se da análise da imunidade geral do art.150, VI, “c” CF. “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: VI - instituir impostos sobre: c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei.” O CTN, no art. 14, regula o caráter “sem fins lucrativos”

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para adequar a referida imunidade dispondo três requisitos necessários para que a entidade se enquadre nessa característica “I – não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; (Redação dada pela Lcp nº 104, de 10.1.2001); II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais; III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão.” Diante do disposto acima, a alternativa que reproduz uma dessas exigências é a alternativa “b”. . 14. AFTN 2002-II ESAF O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos impostos discriminados na Constituição há de ser feito por a) lei complementar federal, em todos os casos. b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar estadual para os Estados e Municípios. c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios. d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso. e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os Municípios. Gabarito alternativa “a”. Trata-se da aplicação da exigência constitucional de lei complementar federal para estabelecimento de normas gerais em matéria tributária, nos termos do art. 146, III CF. Observe que temos exemplos de normas gerais no próprio Código Tributário Nacional, provavelmente a mais abrangente delas. Mas há outras, como a LC 87/96 ( sobre ICMS) e a LC 116/03 ( sobre ISS ) . Portanto, é bom relembrar que lei complementar federal também dispõe sobre norma geral de impostos estaduais e municipais, isto é, atingindo todas as esferas de poder, daí se dizer que atuam como lei “nacional”. Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239” A possibilidade de norma geral pelos Estados é exceção à primazia da União, nos moldes do art. 24 CF. Os Estados terão competência para suplementar a norma geral da União ou suprir a sua omissão para assuntos do seu interesse, mas vale frizar, a primazia é sempre da

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União. Art. 24. “Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico. § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas gerais. § 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.” 1.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14. AFTN 2002-I ESAF Avalie a correção das afirmações abaixo. Atribua a letra V para as verdadeiras e F para as falsas. Em seguida, marque a opção que contenha a seqüência correta. 1 – O Código Tributário Nacional, embora tenha sido aprovado como lei ordinária, pode regular as matérias para as quais a Constituição, que lhe é posterior, passou a exigir lei complementar. 2 – Cabe a lei complementar federal, em relação aos impostos em geral, como o ICMS e o ISS, a definição dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes. 3 – Resolução do Senado Federal, obedecidas as condições constitucionais, poderá estabelecer, para o ICMS, as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. a) sim,sim,sim b) sim,não,sim c) não,sim,sim d) sim,sim,não e) não,não,não Gabarito oficial alternativa “a” A afirmativa I e II tem o mesmo fundamento já explicado na questão 14, qual seja, o art. 146, III CF. O CTN, quando da sua publicação em 1966, veio na forma de lei ordinária, por inexistir, à época a exigência de lei coplementar para as normas gerais, o que só foi introduzido pela CF 1967, passando o CTN a ser recepcionado com “status” de lei complementar, isto é, só alterável por lei complementar. A afirmativa II tem fundamento no art. 146, III, “a” CF, já explicado anteriormente, segundo o qual, normas gerais em matéria tributária, exigem lei complementar federal. A afirmativa III tem fundamento no inciso IV do parágrafo 2.º do art. 155 CF; “IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. Observe a exigência de Resolução do Senado. Quando a questão disse “ poderá” entenda-se um “poder-dever”. Difícil o aluno fazer tal raciocínio... 2.º QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 14.

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AFRF2000 ESAF Escolha, das afirmações abaixo, qual está de acordo com a teoria da recepção das normas gerais contidas no Código Tributário Nacional – CTN. a) O CTN continua com força de lei ordinária. b) O CTN continua lei ordinária, mas com força de lei complementar. c) O CTN foi recebido como lei complementar, mas é revogável por lei ordinária. d) Sua força de lei complementar se adstringe aos conflitos de competência tributária entre a União e os Estados. e) O CTN é lei complementar em sentido formal, mas lei ordinária em sentido material. Gabarito alternativa “b”. Já explicado na questão n.º 14. 15. AFTN 2002-II ESAF Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e sócia, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. Nesse contexto, disporá sobre isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas. Ela o fará mediante a) resolução do Senado Federal b) decreto legislativo c) lei complementar d) lei ordinária e) lei delegada ou medida provisória Gabarito alternativa “d”. Nos termos do inciso III, do par 2.º do art. 43 CF: Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei: III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas” Vale observar não se tratar de exigência expressa de lei complementar! Daí o gabarito oficial. No entanto, dada permissão, pretendemos discordar desse raciocínio, uma vez que a CF deverá ser interpretada de forma sistemática, uma vez que tributo é matéria disciplinada no Sistema Tributário Nacional, art. 145 a 162 CF, devendo-se, pois, indagar-se do tipo de

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tributo, uma vez que alguns tributos são objeto de lei ordinária, mas outros, de lei complementar. Daí, porque o Constituinte, elencou a competência para os diversos tributos, atribuindo a exigência ou não de lei complementar em função da matéria. Não haveria por que se interpretar o artigo supracitado de forma isolada, uma vez se tratar de matéria tributária. Portanto, isenções deverão ser objeto de lei ordinária ou complementar, em função do tributo. Por último, cabe lembrar ao aluno, que por mais de uma vez essa questão tem sido respondida com o mesmo gabarito, ou seja, “União concede isenção de tributos por lei ordinária”. Vale a experiência do aluno em provas....Por isso não nos cansamos de aconselhar para que o aluno faça sempre todo concurso possível. 16. AFTN 2002-I ESAF O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por a) lei ordinária. b) lei complementar. c) lei delegada. d) decreto legislativo. e) resolução do Senado federal. Gabarito oficial alternativa “d”. Trata-se da aplicação dos art. 49,I CF cc art. 59, VI CF: “É da competência exclusiva do Congresso Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional” “Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções.” Observe que os Tratados Internacionais em matéria tributária deverão ser ratificados, aprovados, pelo Congresso mediante decreto legislativo. Vale ressaltar, no entanto, que a produção de efeitos internos, como legislação tributária, somente após a publicação de Decretos do Executivo. 17. INSS 2001 – CESPE UNB ( questão adaptada) Tributação põe em risco a aposentadoria. Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres (PGBL). Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam que os planos vão perder seu principal apelo.

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Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação. O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada, Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da Previdência Privada (ANAPP). Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo, 4/12/2000. p. F6 (com adaptações) Analise a veracidade das alternativas abaixo, indicando V ( verdadeiro ) ou F ( falso): I. Considerando o texto DT-I a cerca dos princípios constitucionais tributários, julgue: ( ) Se o Congresso Nacional aprovar lei instituindo IR sobre os rendimentos dos PGBLs e essa lei for publicada no Diário Oficial do dia 31.12.2001, o imposto incidirá sobre os fatos geradores ocorridos a partir do dia seguinte, 1o.1.2002. Verdadeiro. Trata-se da aplicação da regra de “vacatio legis”, art. 104 CTN combinada com a exigência do respeito ao princípio da anterioridade. Portanto, a lei que innstitui IR entraria em vigor no exercício seguinte a sua publicação e, nesta mesma data, já estaria atendendo ao princípio da anterioridade. Note-se que o IR é exceção à noventena, nos termos do art. 150 par. 1.º CF. A respeito das fontes do direito tributário, da vigência e aplicação da lei tributária, da incidência, não-incidência, imunidade e isenção e da interpretação da legislação tributária, julgue os itens a seguir: II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico. Falso, uma vez que os costumes são enquadrados no inciso III do art. 100 CTN, “práticas administrativas reiteradas” configurando fontes secundárias do Direito Tributário. III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa (IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os

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contribuintes deviam recolher o imposto no período de contribuintes deviam recolher o imposto, incidente no período de que trata a instrução anulada, embora dispensada do pagamento de multa, juros e correção monetária. Nessa situação, a nova IN cumpriu o disposto no CTN, e os contribuintes não se poderão eximir do recolhimento do tributo. Verdadeiro. O art. 100 parágrafo único do CTN dispensa a imposição de juros de mora e penalidades quando o contribuinte cumpre exigência estabelecida em normas complementares. No caso exposto, IN não poderia dispensar tributo, pois isenção exige lei. Em se corrigindo o ato normativo, caberá exigência do tributo eventualmente não recolhido, apenas dispensando-se a imposição de multa, juros e correção monetária. IV ( ) Em face das garantias constitucionais e das normas do CTN acerca do conceito e da vigência no tempo da legislação tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm natureza de atos administrativos normativos, somente, serão aplicáveis, para os contribuintes, quando possuírem conteúdo tributário, a partir de 1o de janeiro do ano subseqüente àquele em que forem publicadas. Falso, pois nos termos do art. 103, I CTN, ato administrativo normativo em matéria tributária, entra em vigor, salvo previsão em contrário, na data da sua publicação. 01. ICMS SP 2002 ( VUNESP ) Os benefícios e os incentivos fiscais, assim considerado o subsídio, a isenção, a redução de base de cálculo, o crédito presumido, a anistia ou remissão, deverão ser concedidos: a) mediante lei complementar federal, se relativo a crédito presumido de ICMS, nas operações interestaduais b) com autorização de lei complementar nacional, referendada por lei ordinária federal, estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária c) com autorização de lei ordinária nacional, mediante lei ou decreto federal, estadual ou municipal, que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária d) mediante lei específica federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente a meteria ou o tributo a que se refere e, quanto ao ICMS, autorizadas por deliberação dos Estados e do DF, na forma regulada por lei complementar federal e) mediante decreto federal, estadual ou municipal que disponha exclusivamente sobre a desoneração tributária, respeitadas as condições estabelecidas pela lei de Responsabilidade Fiscal. 02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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A concessão de isenção do ICMS em nosso sistema tributário, depende: a) de resolução do Senado Federal b) exclusivamente de lei ordinária estadual c) de lei ordinária federal autorizativa d) de permissivo de lei complementar e) de convênio celebrado entre as unidades federativas 03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) As alíquotas internas do ICMS são: a) aplicadas nas operações interestaduais, quando o destinatário da mercadoria não for contribuinte do tributo b) inferiores às previstas para as operações interestaduais c) fixadas por lei complementar d) uniformes para todas as mercadorias e serviços e) aplicadas quando o destinatário da mercadoria, em outro Estado da federação, for contribuinte do imposto 04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário o aplicador da norma a) deve interpretar analogicamente dispositivos que tipifiquem infrações tributárias b) pode empregar analogia, desde que não implique exigência de tributo não previsto em lei c) não pode empregar critérios de equidade d) não pode se valer de princípios do direito público em geral e) dever interpretar extensivamente dispositivos que concedam isenções fiscais 05. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e rescindido, de comum acordo, o respectivo contrato de compra e venda, o tributo regularmente recolhido a) pode ser devolvido ao comprador ou vendedor, dependendo da convenção das partes b) não pode ser devolvido ao comprador ou vendedor porque a venda foi fraudulenta e a fraude legitima o tributo c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do imposto. d) Deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venda a non domino, nula de pleno direito e) Deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos 06. PROCURADOR SERGIPE 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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No que concerne à interpretação e à integração da legislação tributária, tal como tratadas pelo Código Tributário Nacional, é correto afirmar que: a) Os princípios gerais de direito tributário deverão ser o primeiro instrumento a ser utilizado, pela autoridade administrativa, para aplicar a legislação tributária na ausência de disposição expressa. b) Deve-se interpretar literalmente a legislação tributária que disponha sobre outorga de imunidades e isenções c) Os princípios gerais de direito privado devem ser utilizados para definição dos efeitos tributários dos institutos, conceitos e formas de direito privado. d) A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, para definir ou limitar competências tributárias e) Segundo o CTN não há nenhuma hipótese em que a norma tributária deve ser interpretada de forma literal 07. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa de tributo devido. Nesta hipótese, o Fisco a) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador b) Deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais vantajosa em termos de arrecadação c) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário d) Deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas 08. PROCURADOR PI 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte praticou infração tributária no ano de 2000, sendo certo antes da lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista. Nesta hipótese, o Fisco a) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador e rege-se pela lei então vigente b) Deverá aplicar a multa fiscal mais gravosa vigente no ano de 2000, porque mais vantajosa em termos de arrecadação c) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, porque o lançamento tem eficácia constitutiva de crédito tributário

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d) Deverá aplicar a multa fiscal menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) Poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas 09. ICMS MG 2005 ESAF Considerando o disposto no art. 146 CF, marque com Va assertiva verdadeira e F a assertiva falsa, assinalando ao final a opção correspondente I. Somente lei complementar pode criar formas de extinção do crédito tributário. II. Lei ordinária pode atribuir imunidade a determinado grupo ou conjunto de contribuintes. III. Lei ordinária pode criar modalidades de lançamento do crédito tributário. IV. Lei ordinária pode prever a extinção do crédito tributário mediante dação em pagamento de bens móveis a) VFFF b) FVFV c) VFFV d) FFFV e) VFVF 10. PFN 2004 ESAF Em relação ao ICMS e sua disciplina na Constituição Federal, marque a assertiva que apresenta resposta correta a) Resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou dos Governadores de Estados e do Distrito Federal ou, ainda, de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação. b) Cabe a lei complementar estabelecer alíquotas máximas nas operações internas para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados. c) Quanto às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual, quando o destinatário não for contribuinte do imposto. d) É facultado ao Senado Federal fixar alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros. e) Não incide sobre a entrada de bem importado do exterior por pessoa física, no caso de o bem não se destinar ao emprego em atividade profissional, comercial ou industrial 11. AFRF 2003 ESAF Responda com base na Constituição Federal. • Medida Provisória publicada em 10 de dezembro de 2002 que majorou, a partir de 1° de janeiro de 2003, o imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza de pessoas

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físicas, mas não convertida em lei até 31 de dezembro de 2002, continuou a produzir efeitos a partir de 1° de janeiro de 2003? • É admitida a edição de medida provisória para estabelecer, em matéria de legislação tributária, normas gerais sobre a definição de base de cálculo do imposto de competência da União sobre propriedade territorial rural? • No tocante ao imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), cabe à lei complementar estabelecer as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação? a) sim,sim,sim b) sim,não,sim c) sim, não, não d) não, não, sim e) não, não, não 12. ISS RECIFE 2003 ESAF Avalie as formulações seguintes e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta. I. Em consonância com a Constituição Federal, medida provisória que implique majoração do imposto sobre propriedade territorial rural só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. II. De conformidade com a Lei n° 5.172, de 25 de outubro de 1966, a legislação tributária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios vigora, no País, fora dos respectivos territórios, nos limites em que lhe reconheçam extraterritorialidade os convênios de que participem, ou do que disponham o Código Tributário Nacional ou outras leis de normas gerais expedidas pela União. III. Os dispositivos de lei que definem novas hipóteses de incidência, referentes a impostos sobre o patrimônio ou a renda, entram em vigor no primeiro dia do exercício seguinte àquele em que ocorra a sua publicação, conforme estabelece o Código Tributário Nacional. IV. Determina o Código Tributário Nacional que, salvo disposição em contrário, os convênios que entre si celebram a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios entram em vigor na data da sua publicação. a) Apenas as formulações I, II e III são corretas. b) Apenas as formulações I, II e IV são corretas. c) Apenas as formulações I, III e IV são corretas. d) Apenas as formulações II, III, e IV são corretas. e) Todas as formulações são corretas. 13. ISS RECIFE 2003 ESAF É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social,

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sem fins lucrativos. No entanto, de acordo com o Código Tributário Nacional, tal imunidade tributária é subordinada à observância, pelas referidas instituições, do seguinte requisito, entre outros: a) aplicarem integralmente, no Brasil ou em suas controladas no exterior, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais. b) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título. c) no caso de instituições de educação, oferecem gratuitamente pelo menos 50% das vagas de seus cursos regulares a alunos carentes. d) não remunerarem seus empregados com salários superiores aos pagos por empresas públicas, em se tratando de cargos de iguais atribuições. e) não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação nos eu resultado. 14. AFTN 2002-II ESAF O estabelecimento, em caráter geral, da definição da base de cálculo e do fato gerador dos impostos discriminados na Constituição há de ser feito por a) lei complementar federal, em todos os casos. b) exclusivamente por lei complementar federal, para a União, e por lei complementar estadual para os Estados e Municípios. c) apenas em lei ordinária federal, estadual e municipal, conforme o caso, tendo em vista o princípio da autonomia dos Estados e Municípios. d) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal em qualquer caso. e) lei delegada, medida provisória ou lei ordinária federal quanto aos tributos da União, por lei estadual ou convênios para os Estados, e por lei municipal, para os Municípios. 15. AFTN 2002-II ESAF Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e sócia, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. Nesse contexto, disporá sobre isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas. Ela o fará mediante a) resolução do Senado Federal b) decreto legislativo c) lei complementar d) lei ordinária e) lei delegada ou medida provisória 16. AFTN 2002-I ESAF

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O Acordo para Isenção de Impostos Relativos à Implementação do Projeto do Gasoduto Brasil-Bolívia, celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Bolívia, em Brasília, em 5 de agosto de 1996, se obedeceu aos comandos constitucionais, foi aprovado por a) lei ordinária. b) lei complementar. c) lei delegada. d) decreto legislativo. e) resolução do Senado federal. 17. INSS 2001 – CESPE UNB ( questão adaptada) Tributação põe em risco a aposentadoria. Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres (PGBL). Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam que os planos vão perder seu principal apelo. Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação. O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada, Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da Previdência Privada (ANAPP). Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo, 4/12/2000. p. F6 (com adaptações) Analise a veracidade das alternativas abaixo, indicando V ( verdadeiro ) ou F ( falso): I. Considerando o texto DT-I a cerca dos princípios constitucionais tributários, julgue: ( ) Se o Congresso Nacional aprovar lei instituindo IR sobre os rendimentos dos PGBLs e essa lei for publicada no Diário Oficial do dia 31.12.2001, o imposto incidirá sobre os fatos geradores ocorridos a partir do dia seguinte, 1o.1.2002.

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A respeito das fontes do direito tributário, da vigência e aplicação da lei tributária, da incidência, não-incidência, imunidade e isenção e da interpretação da legislação tributária, julgue os itens a seguir: II. ( ) Devido ao princípio da estrita legalidade, que vige no direito tributário, não se admitem fontes informais, como o costume, para esse ramo do ordenamento jurídico. III.( ) Considere a seguinte situação hipotética: Uma lei criou determinado imposto e definiu os elementos necessários à sua cobrança. Pouco depois, uma instrução normativa (IN) da SRF estatuiu a desnecessidade de recolhimento daquele tributo durante determinado período. Inúmeros contribuintes, em face da instrução normativa, efetivamente deixaram de recolher o tributo. Posteriormente, a Receita Federal, constatando a ilegalidade da IN, por meio de uma nova instrução normativa, anulou-a estabeleceu que os contribuintes deviam recolher o imposto no período de contribuintes deviam recolher o imposto, incidente no período de que trata a instrução anulada, embora dispensada do pagamento de multa, juros e correção monetária. Nessa situação, a nova IN cumpriu o disposto no CTN, e os contribuintes não se poderão eximir do recolhimento do tributo. IV ( ) Em face das garantias constitucionais e das normas do CTN acerca do conceito e da vigência no tempo da legislação tributária, as ordens de serviço do INSS, que detêm natureza de atos administrativos normativos, somente, serão aplicáveis, para os contribuintes, quando possuírem conteúdo tributário, a partir de 1o de janeiro do ano subseqüente àquele em que forem publicadas.

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OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 01. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e rescindido o contrato, de comum acordo, o tributo regularmente recolhido: a) pode ser devolvido ao comprador ou ao vendedor, dependendo da convenção das partes b) não pode ser devolvido ao comprador porque a venda foi fraudulenta e a fraude legitima o tributo c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do tributo d) deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de venada a non domínio, nula de pleno direito e) deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos Gabarito alternativa “C”. Trata-se de regra de interpretação, segundo norma especial do CTN, no inciso I do art. 118, segundo a qual a definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos. Portanto, segundo entendimento doutrinário, a nulidade ou anulabilidade do ato ou negócio jurídico não interfere na interpretação do fato gerador. O efeito patrimonial operou-se perante a fazenda pública, mediante o registro da escritura de transcrição do imóvel, apesar de ser inexistente de fato. Mais fácil entender se fosse uma transferência existente sujeita à anulação, para a qual se aplicaria o mencionado dispositivo. No entanto, nos termos da doutrina, mesmo sendo um negócio nulo, cabe também a aplicação do mencionado artigo. Discordo, no entanto, no gabarito apresentado, com relação ao início da frase “ ....não pode ser devolvido”. O mencionado art. 118, I CTN, expressa regra de interpretação com abstração da validade jurídica do ato, mas não expressa proibição de se restituir tributo diante da invalidação do ato praticado, o que, ficará ao arbítrio do titular da competência. 02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito ativo da obrigação tributária a) pode ser um ente com personalidade jurídica de direito privado, se houver delegação de competência tributária b) pode ser investido de capacidade , sem ser titular da competência tributária. c) É sempre titular da competência para instituir o tributo d) Não pode cumular as titularidades da competência e da capacidade tributária e) Pode ser um ente com personalidade de direito público ou de direito privado

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Gabarito oficial alternativa “B”. A competência tributária nada mais representa do que a autonomia política específica no campo tributário, o verdadeiro Poder de Tributar, atribuído pelo Poder Constituinte às entidades políticas, quais sejam, União, Estados, DF e Municípios, denominados entes da federação. A competência, no entanto, é de exercício facultativo, o que significa, o exercício do Poder é uma faculdade do titular da competência. Mas a competência tributária, envolve outras atribuições, além da instituição do tributo, tais como a fiscalização, arrecadação e execução de normas, serviços e atos para o seu fiel cumprimento. Estas últimas três atribuições ( fiscalizar, arrecadar e executar ) compreendem em si a função de exigir cumprimento, função essa que será exercido pelo pólo ativo da relação jurídica, o SUJEITO ATIVO, nos termos do art. 119: “jeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o seu cumprimento”. Apesar de alguns autores levantarem a possibilidade de cogitarmos, nos dias de hoje, sobre a possibilidade ou não de ente privado ser sujeito ativo, principalmente depois que as contribuições corporativas ganharam natureza jurídica tributária, não devemos nos direcionar por esse raciocínio em prova de concursos, onde a regra prevalece como alternativa correta: sujeito ativo é pessoa jurídica de direito público. Observe, ainda que o titular da competência poderá transferir a capacidade de ser sujeito ativo, significa, transferir as funções de fiscalizar, arrecadar e executar, desde que a outra pessoa jurídica de direito público, nos termos do art. 7 CTN: “competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.” Diante do exposto, o titular da capacidade ativa poderia ser ente diverso do titular da competência, por atribuição dada por este” Ex. a União institui uma contribuição social e determina ao INSS que exija o cumprimento. 03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A transmissão das cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba rural é uma hipótese de: a) incidência de ICMS b) elisão fiscal de ITBI c) isenção fiscal de ITBI d) incidência tributária de ITBI e) evasão ilícita de ITBI Gabarito alternativa B A doutrina esclarece a distinção entre ELISÃO FISCAL e EVASÃO FICAL. A ELISÃO FISCAL, impropriamente chamada por alguns de EVASÃO LÍCITA, é procedimento lícito adotado pelo contribuinte para reduzir ou evitar pagamento de tributos. Trata-se do planejamento tributário, também denominado economia fiscal. A EVASÃO FISCAL seria método ilícito visando reduzir ou evitar pagamento de tributos.

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Portanto, na questão acima, o contribuinte, para fugir de forma lícita da incidência do ITBI, ao adquirir um bem imóvel, optou por se planejar e adquirir as cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba rural. 04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No sistema de incidência plurifásica, o operador econômico que, além do tributo próprio, recolhe aquele relativo às operações antecedentes ou subseqüentes, figura a) como contribuinte de direito e sucessor tributário b) como contribuinte e substituído tributário, simultaneamente c) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente d) somente como contribuinte de direito e) somente como substituto tributário Gabarito alternativa C. Nos termos do art 121, I CTN, denomina-se contribuinte quem tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador. Portanto, o operador econômico em questão, para os fatos por ele praticados será contribuinte de imposto. No entanto, quando a lei lhe atribui função de recolher imposto por fato antecedente, praticado em operação anterior, por outrem, no lugar do contribuinte ou por operações futuras que irão ocorrer, atuará como responsável por substituição, nos termos do art. art. 128 CTN, que determina que, “a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação”. Vale observar que para este recolhimento fruto da substituição tributária, o sujeito passivo que irá recolher, no lugar do substituído, será o substituto tributário, designado por lei. Vale lembrar que responsabilidade não se presume, deverá ser prevista em lei. Vide art. 121 CTN Art. 121, II CTN “Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária, denominada responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.” PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 04 AFRF 2003 ESAF Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios.

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Comentários: FALSO. Nos termos do art. 116 CTN, sendo o fato gerador uma situação fática estaria correto a afirmativa acima, mas em sendo situação jurídica, diga-se uma ficção criada pelo direito, somente ocorreria o fato gerador, se a situação jurídica fosse constituída nos termos da lei, do direito aplicável. Vide art. 166, I CTN “Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos: I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios” ( ) A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. VERDADEIRO Trata-se da aplicação da cláusula “anti-elisão”, para os atos lícitos, que sejam tão limítrofes e próximos dos atos ilícitos, por serem dissimulatórios, que permitem à autoridade administrativa lançamento de tributos na hipótese de não pagamento de tributos, desde que autorizado por lei ordinária. Exemplo, se uma empresa de capital social de 1.000.000, visando se enquadrar em regra de isenção prevista em lei, a qual restringe às empresas de 100000 de capital social, viesse a celebrar um contrato de cisão em 10 empresas, cada qual isenta, face ao enquadramento na faixa de capital social previsto em lei para a respectiva isenção. ( ) Salvo disposição de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, podem ser opostas à Fazenda Pública para modificar a sujeição passiva, desde que o novo sujeito passivo comunique a existência do convencionado à repartição fazendária competente antes de ocorrer o fato gerador da correspondente obrigação tributária. FALSO. A definição legal do sujeito passivo tributário exige lei. Contratos não definem sujeito passivo, salvo, nas hipóteses excepcionais autorizadas em lei. Vide art. 123 CTN, nos termos do qual, “salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes” Portanto, um contrato de locação não determinando locatário como responsável pelo IPTU, em regra, não vale perante a Fazenda Pública para alteração da definição legal do sujeito passivo, na verdade, só valeria entre as partes. a) FVF b) FFV c) FFF

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d) VVF e) VFF 05. AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado contribuinte é o operador econômico ou financeiro: a) indicado pela livre escolha do legislador ordinário b) indicado pela livre escolha do legislador complementar c) que recolhe aos cofre públicos as quantias devidas a título de tributo d) que sofre o impacto da carga tributária, sem possibilidade de transferência e) que se encontra numa relação pessoal e direta com o fato gerador do tributo Gabarito alternativa E. Trata-se da aplicação do art. 121, I CTN, que define contribuinte como o sujeito passivo da obrigação tributária principal que se caracteriza pela prática do fato gerador, isto é, pelo vínculo direto com o fato gerador. Já o Responsável terá vínculo indireto decorrente de expressa disposição legal. 06.AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado substituto a) participa da relação jurídica tributária por livre escolha do legislador ordinário b) participa da relação jurídica tributária nos termos previstos em lei complementar c) não participa da relação jurídica tributária d) somente por antecipação recolhe o tributo devido aos cofres públicos e) substitui o contribuinte nos tributos incidentes sobre o patrimônio imobiliário Gabarito alternativa B. Em verdade, responsável decorre de previsão em lei, nos termos do art. 121, II CTN, “ responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.”. Há vínculo com o fato gerador, mas trata-se de vínculo indireto, ao contrário do contribuinte, este último com vínculo direto. A lei complementar federal define responsável a nível de norma geral, cabendo à lei de cada ente tributante, respeitada a lei complementar, a previsão na respectiva lei tributária ao instituir o tributo. Daí estarem incorretas as alternativas A e C. A alternativa D estaria incorreta, uma vez que a responsabilidade admite recolhimento antecipado, nos termos do art. 150 par. 7.º CF, o que é faculdade do legislador para facilitar a fiscalização, e não uma obrigação. Trata-se da aplicação conjugada do art. 128 CTN e do

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já mencionado art. da Constituição. Nos termos do art. 128, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.” Acrescente-se a possibilidade de exigência do pagamento mesmo antes da ocorrência do fato gerador, no termos do art 150 par. 7.º CF “A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido." Vale lembrar, no entanto, que este instituto do fato gerador presumido poderá ser usado ou não à critério do ente tributante. A alternativa E está incorreta, por criar uma restrição indevida. 07. ICMS SP 2002 A responsabilidade, atribuída por lei, ao fornecedor de determinada mercadoria, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas várias e futuras operações subseqüentes, é considerada, nos termos da legislação tributária vigente: a) substituição tributária b) responsabilidade tributária parcial c) responsabilidade tributária de terceiro d) responsabilidade tributária por sucessão e) diferimento Gabarito alternativa A. Trata-se da aplicação da substituição tributária aliada à exigência do pagamento antecipado, antes da ocorrência do fato gerador. Com já dissemos, é o permissivo do art. 150 § 7º, o fato gerador presumido, segundo o qual “a lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de impostos ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido”. Trata-se de substituição progressiva ou para frente, uma vez que, quando da ocorrência do fato gerador, nas operações futuras, a lei já designou o contribuinte dos fatos ocorridos nas operações antecedentes, como responsável pelos tributos cujos fatos deverão ocorrer no futuro. É o exemplo da montadora de veículos, revedendendo o veículo à concessionária, onde a lei exige da montadora que recolha antecipadamente o ICMS que deveria ser recolhido na operação subseqüente, quando a concessionária fosse vender o veículo ao consumidor final. Incorretos os demais gabaritos, pois não se trata de responsabilidade parcial, mas sim pelo valor integral; nem se trata de responsabildade de terceiros, do tipo solidária, do art. 134 CTN, muito menos de sucessão tributária, nos moldes dos art. 130 a 133 CTN. A Alternativa “e” está incorreta, uma vez que diferimento é nome atribuído à responsabilidade pelo recolhimento por fatos anteriores, de operações precedentes, a chamada substituição regressiva.

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08.PROCURADOR MARANHÃO – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No que diz respeito aos sujeitos da obrigação tributária, é certo que: a) a delegação de atribuições de arrecadação ou fiscalização de tributos implica em transferência da condição de sujeito ativo b) na hipótese principal, o sujeito passivo pode ser apenas o contribuinte c) as pessoas jurídicas de direito público e privado e as pessoas físicas podem figurar como sujeito ativo d) em se tratando de obrigação acessória, o sujeito passivo tanto pode ser um contribuinte como um terceiro e) a vinculação do sujeito passivo indireto com o fato tributável não poderá dar-se por transferência ou substituição Gabarito alternativa D. Trata-se de distinguir sujeito passivo de obrigação principal ( contribuinte ou responsável ) de sujeito passivo de obrigação acessória. Nos termos dos art. 121 e 122 CTN, sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato gerador; II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei. No entanto, o sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o seu objeto. Vale ressaltar, que o sujeito passivo de obrigação acessória não tem nome especial, mas pode coincidir com o contribuinte ou com o responsável. Vale lembrar que a obrigação tributária acessória, no art. 113,par.2o. CTN, de acessória não tem nada, pois pode existir independente da principal. Portanto o sujeito passivo da obrigação acessória poderá ou não coincidir com o sujeito passivo da obrigação principal. Daí o gabarito. A alternativa “b”, um tanto confusa, confesso, mas não foi tida como gabarito. Talvez, se o autor quisesse se referir a possibilidade de ser apenas o contribuinte o sujeito passivo da obrigação principal, isso excluiria obrigação principal ao responsável tributário. O que torna errada a frase. De outro lado, nada impede que um contribuinte, não sendo, portanto, responsável, seja o único sujeito passivo de uma obrigação principal, o que tornaria o gabarito verdadeiro. Temos que levar uma “bola de cristal!”.... A alternativa “a” está errada quando mencionou no texto o conectivo “ou”: arrecadação ou fiscalização. Entenda que a delegação isolada da função de arrecadação não transfere capacidade ativa, nem delega competência, mas será apenas um cometimento de um encargo, o encargo de arrecadar tributos, nos termos do art. 7 par. 3..CTN: “§ 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos”. Lembre-se, nos termos do art. 7 CTN, a competência é indelegável, a capacidade ativa é delegável a ente público, mas a função de arrecadar pode ser transferida isoladamente, mesmo a ente privado.Vejamos novamente: CTN art. 7 “A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir.

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§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. A alternativa C está incorreta, pois já verificamos a necessidade de ser pessoa jurídica de direito público para se enquadrar como sujeito ativo. A alternativa E está incorreta, pois, como já demonstrado na aula ZERO, a responsabilidade tributária, ao contrário do que foi dito, pode se operar por transferência ou por substituição, sendo a primeira aquela em que o responsável, para seu surgimento, depende de fato posterior ao fato gerador, enquanto na substituição, o responsável já existe como tal, desde o momento da ocorrência do fato gerador. Vide aula ZERO. PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08 CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No que se refere à obrigação tributária, é correto afirmar que a) a competência tributária do sujeito ativo da obrigação tributária é indelegável, sendo delegável apenas a capacidade tributária b) o sujeito ativo da obrigação tributária é o contribuinte ou responsável, visto que estão obrigados ao efetivo pagamento do tributo c) o sujeito passivo da obrigação tributária principal é sempre o responsável que tem a relação direta com o fato gerador d) o sujeito passivo pode delegar sua capacidade tributária ao sujeito ativo, nas obrigações tributárias acessórias e) é sempre possível que alguém seja contribuinte e responsável ao mesmo tempo, tanto nas obrigações principais, como nas acessórias Gabarito alternativa ‘A’. Valem os comentários das questões anteriores. Quanto ao gabarito, vale frisar, nos termos do art. 7 CTN, que a competência não se delega, uma vez que somente poderá ser o tributo instituído pelo titular da competência. Já a capacidade de exigir se cumprimento se transfere ao outro ente público. SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 08 AGU 2004 Analise veracidade

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“A Constituição Federal admite que a lei faculte aos municípios a cobrança do imposto territorial rural.” Verdadeiro, nos termos do art. 153 par. 4, III CF, uma vez que a Constituição permite aos municípios o exercício da capacidade ativa, mediante opção do próprio município, nos temos de lei. Dispõe o referido inciso que o ITR será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal. 09. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A obrigação tributária principal , segundo dispõe o Código Tributário Nacional, a) é um vínculo jurídico que nasce com a ocorrência do fato gerador e somente tem por objeto pagamento pelo contribuinte, de uma prestação , o tributo ao Estado. b) Compreende, além do tributo, a penalidade pecuniária c) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento válido d) Pode ser afetada por circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade e) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento homologado pelo Estado Gabarito alternativa B. Vale ressaltar que, nos termos do at. 113 CTN, a obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. Não há que se confundir com a obrigação acessória, esta sendo decorrente da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Vale frisar que a obrigação principal tem prestação de dar e não de fazer, diga-se, tem prestação de dar TRIBUTO ou MULTA. Não confundir com o crédito tributário, direito material da fazenda que se constitui com o lançamento, nos termos do art. 142 CTN. Daí incorretas as alternativas C e E. Por último, incorreta a alternativa D, face o disposto no art art. 140 CTN, segundo o qual as circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a obrigação tributária que lhe deu origem PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09 ICMS MG 2005 Considerando o tema “obrigação tributária”, marque com (V) a assertiva verdadeira e com (F) a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. ( ) A obrigação acessória nasce em razão da ocorrência de um fato gerador, contudo depende sempre de uma providência a ser tomada pela autoridade fiscal.

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Falso, pois basta o fato gerador, nos termos do art. 113 par. 1.ºCTN para fazer surgir o vínculo jurídico fazenda-contribuinte. O lançamento somente se faz necessário para a formalização desse vínculo, daí surgindo o crédito tributário. ( ) A definição legal do fato gerador deve ser verificada independentemente da validade jurídica dos atos praticados. Verdadeiro. Já analisada. Vide art. 118, I CTN. ( ) A pessoa interditada judicialmente pode ser considerada sujeito passivo da obrigação tributária. Verdadeiro. Já analisada. Vide art. 126 CTN. A incapacidade civil não interfere na capacidade tributária passiva ( ) Quando o fato gerador da obrigação tributária é um negócio jurídico sob condição suspensiva, considera-se nascida a obrigação desde o momento em que se verificar a condição. Verdadeiro. Nos termos do art. 117, I CTN. É necessário o implemento da condição para fazer surgir a obrigação, pois aí estará ocorrendo o fato gerador. SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09 ISS FORTALEZA 2003 ESAF Com base em disposições expressas do Código Tributário Nacional, avalie as formulações seguintes, relativas aos temas obrigação tributária e fato gerador, e, ao final, assinale a opção que corresponde à resposta correta: I. Fato gerador da obrigação tributária principal é a situação definida em lei, que impõe a prática ou a abstenção de ato não caracterizador de obrigação tributária acessória. Falso, nos termos do art. 114 CTN. Uma vez que as prestações de fazer ou não fazer não integram obrigação principal, mas sim a acessória. Vide art. 114. “Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente à sua ocorrência.”. Não há que se confundir com o fato gerador da acessória, o qual, nos termos do art. 115 CTN. é qualquer situação que, na forma da legislação aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal. II. Os efeitos dos fatos efetivamente ocorridos devem ser considerados na interpretação da definição legal do fato gerador.

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Falso. Nos termos do art. 118, II CTN. Já analisado, o fato gerador será interpretado à luz do efeito patrimonial e não dos efeitos decorrentes e sucessivos. Ex. Se a mercadoria foi importada, ocorre o fato gerador, mesmo que não tenha sido útil ao importador. III. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios. Falso. Já analisada no art. 116, I CTN. IV. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária. Verdadeiro. Já analisada no art. 116 parágrafo único CTN Gabarito A a) Apenas a formulação IV é correta. b) Apenas as formulações II e IV são corretas. c) Apenas as formulações III e IV são corretas. d) Apenas as formulações I, II, e III são corretas. e) Apenas as formulações II e III são corretas. TERCEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 09 ISS FORTALEZA 2003 ESAF Marque a resposta correta, em consonância com as disposições pertinentes do Código Tributário Nacional. a) É denominado responsável o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta coma situação que constitua o respectivo fato gerador. b) É vedado às leis tributárias atribuir capacidade tributária passiva à pessoa natural que o Código Civil considere absolutamente incapaz. c) As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente responsáveis. d) É vedado à autoridade administrativa recusar o domicílio eleito pelo sujeito passivo, no caso de tal eleição dificultar a arrecadação ou a fiscalização do tributo. e) Salvo disposição legal em contrário, acordo particular, por constituir lei entre as partes, pode ser oposto à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes, hipótese em que fica afastada a responsabilidade do contribuinte pelo pagamento dos tributos, dando lugar à responsabilidade tributária integral do terceiro que tem relação direta e pessoal com a situação constitutiva do gerador.

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Gabarito alternativa C. Trata-se do instituto da solidariedade, nos termos do art. 124 CTN: “são solidariamente obrigadas I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal II - as pessoas expressamente designadas por lei.” Alternativa A incorreta face ao já exposto no art. 121, II CTN “!responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição expressa de lei.” Alternativa B incorreta face ao já exposto no art. 126 CTN. Alternativa D incorreta, uma vez que cabe recusa do domicílio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadação ou a fiscalização do tributo, nos termos do art. 127 par. 2.º CTN. Alternativa E incorreta, face ao já exposto no art.123 CTN, segundo o qual, salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes. Entenda-se que quem define sujeito passivo tributário é lei e não contrato. 10. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Na cisão de uma sociedade, com versão de todo o seu patrimônio para outras duas pessoas jurídicas preexistentes, a responsabilidade pelos débitos tributários da sociedade cindida, relativos a fatos geradores anteriores á data da operação, é imputável a) Apenas à pessoa jurídica para a qual for atribuído semelhante encargo no protocolo de cisão b) A cada uma das pessoas jurídicas que absorveu o patrimônio da sociedade cindida, em caráter solidário. c) Apenas aos sócios da sociedade cindida, em caráter solidário d) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, na proporção do patrimônio recebido, sem solidariedade entre si. e) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, apenas na proporção do patrimônio recebido Gabarito alternativa D. Trata-se da sucessão tributária empresarial, nos termos do art. 132 CTN, segundo o qual a pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. Observe na questão que cada parte da empresa cindida será incorporada por empresa pré-existente, daí cada

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incorporadora sendo responsável, respectivamente, pelos fatos geradores anteriores, na proporção do patrimônio recebido, sem solidariedade entre si. 11. TCE AMAZONAS 2006 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A empresa X adquiriu da empresa Y seu estabelecimento e fundo de comércio e continuou explorando, naquele local, a atividade da alienante. Sucede que a alienante Y tem inúmeros débitos tributários. Nesse caso é incorreto afirmar que a empresa X: a) não teria nenhuma responsabilidade sobre os tributos devidos pela empresa Y se tivesse adquirido essa por meio de alienação judicial em processo de falência b) responde integralmente pelo passivo tributário da empresa Y, se esta cessou a exploração do seu comércio c) responde subsidiariamente com a empresa Y, se esta dentro de 6 meses, a contar da data da alienação, outra atividade de comércio d) responde solidariamente com a empresa alienante, se esta prosseguiu na exploração de sua atividade em outro local e) responde subsidiariamente com a empresa alienante , se esta prosseguiu na exploração de sua atividade em outro local Gabarito incorreto alternativa D. Observe que todas as alternativas, de B a E, exceto a D, se enquadram no dispositivo legal, previsto no CTN, art. 133, segundo o qual, a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade;II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou profissão. Observe que a alternativa D, tido como a incorreta, menciona responsabilidade solidária, não prevista, portanto, para o caso. Além disso, vale mencionar a afirmativa ‘A”, correta, nos termos do novo dispositivo, introduzido pela LC 118/05, no art. 133 parágrafos: § 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica na hipótese de alienação judicial: I – em processo de falência; II – de filial ou unidade produtiva isolada, em processo de recuperação judicial. Trata-se da artifício legal para aquecer a economia, excluindo a responsabilidade de adquirente de estabelecimentos comerciais, nos temos que dispõe. 12. CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

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Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu implemento c) se verifiquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados quando não houver oposição do sujeito ativo d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre do momento em que a situação esteja constituída e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicável, visto que quaisquer negócios jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou do momento do seu implemento. Gabarito alternativa B. Trata-se da aplicação do disposto no art. 117 CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei em contrário, os atos ou negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados: I - sendo suspensiva a condição, desde o momento de seu implemento; II - sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio. Portanto, na hipótese do gabarito trata-se de fato gerador, situação jurídica, sujeita à condição suspensiva. Portanto considera-se ocorrido apenas quando do seu implemento. PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 012 AGU UNB Analise a veracidade: I. Considerando-se que determinado tributo tem como hipótese de incidência uma situação jurídica, somente haverá o fato gerador quando se verificarem presentes e ocorridas as circunstâncias materiais necessárias à produção dos efeitos que são normalmente inerentes a esses fatos. Falso, pois está confundindo situação jurídica com situação fática, nos termos do art. 116 CTN. Caso já analisado. II. ( adaptada ) Considere a seguinte situação hipotética: Pedro vendeu a Afonso um imóvel por R$ 100.000,00. Na escritura ficou ajustada a condição de que Afonso somente lhe pagaria o preço se fosse declarado vencedor em uma demanda judicial de que participava. Se fosse sucumbente, ambos se comprometeriam com a resolução do contrário. No caso exposto, o ITBI é devido somente quanto da sentença judicial favorável à Afonso.

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Falso, pois no caso exposto, a sentença é tida como condição resolutária. O seu implemento desfaz a transferência, mas não impede que, desde a escritura lavrada anteriormente, já se considere ocorrido o fato gerador. Aplica-se o art. 117, II CTN “sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou da celebração do negócio”. SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 12 PFN 2004 Tendo em conta as disposições do Código Tributário Nacional, em relação aos temas capacidade tributária passiva e solidariedade, é correto afirmar que: a) a capacidade tributária passiva das pessoas naturais depende da capacidade civil. b) a capacidade tributária passiva depende da pessoa jurídica estar regularmente constituída. c) podem valer-se do benefício de ordem os devedores solidários, que são assim considerados por deterem interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal. d) a isenção subjetiva concedida a um não exonera os demais coobrigados. e) a isenção objetiva não exonera todos os coobrigados. Gabarito alternativa D No que se refere às alternativas A e B, incorretas, porque, nos termos do art. 126 do CTN, a capacidade tributária passiva depende do vínculo com o fato gerador, seja direto ou indireto, mas não depende da capacidade civil das pessoas naturais, de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do exercício de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens ou negócios, bem como não depende também de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. Quanto à alternativa C, trata-se dos efeitos da solidariedade, nos termos dos artigos 124 e 125 CTN, segundo os quais a solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. Vale ressaltar também o disposto no art. 125 CTN, segundo o qual, salvo disposição de lei em contrário, a isenção ou remissão de crédito exonera todos os obrigados, salvo se outorgada pessoalmente a um deles, subsistindo, nesse caso, a solidariedade quanto aos demais pelo saldo. Portanto, correto o gabarito D, pois a isenção ou remissão subjetiva não aproveita todos os devedores, ficando estes responsáveis pelo saldo. Incorreta a afirmativa E, pois a isenção ou remissão objetiva, entenda-se, do crédito exonera a todos.

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TERCEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 12 CESPE-UNB No atinente à obrigação, à capacidade, ao domicílio, à responsabilidade e ao crédito tributários, julgue os itens abaixo: I. ( ) Considere a seguinte situação, que é hipotética inclusive no que tange a legislação: Duas irmãs, Zuzu e Zozó, são co-proprietárias de um automóvel de elevado valor, por isso, são devedoras solidárias do imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA). Porém, não o pagarão. Algum tempo depois de consumado o lançamento do tributo, Zozó descobriu-se portadora de cardiopatia grave. No entanto, veio a saber que a lei estadual concedia isenção de IPVA aos que sofriam daquela patologia. Nessa situação, a despeito da solidariedade tributária entre as devedoras, a isenção concedida a Zozó não aproveitará a sua irmã. Verdadeiro, pois trata-se de isenção subjetiva, nos termos do art. 125, II CTN. Os demais devedores serão solidários pelo salvo. No caso só há mais uma devedor. 13 ICMS RN 2005 Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas. IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária. a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras. Gabarito alternativa A Alternativa A já objeto de análise verdadeira. Vide art. 124, I CTN. Alternativa B está falsa. Nos termos do art 113 par. 3.º CTN, “a obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária, diga-se, se converte em multa”.

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A alternativa C está falsa. Trata-se da aplicação do princípio do “non olet”, ou seja, o fato gerador, na sua interpretação, deverá o interprete se abstrair da licitude ou ilicitude do objeto da atividade da qual decorre. Leia-se o art. 118, I, “in fine” CTN, segundo o qual, s definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se: I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;. Portanto, se alguém aufere renda advindo de prática de ato ilícito, a renda é fato tributável, não confundindo-se com atividade ilícita da qual se originou, a qual será punida na esfera criminal. A alternativa D está incorreta, pois a aplicação da cláusula anti-elisão, prevista no art. 116 par. Único CTN, é atributo da autoridade administrativa. Quem lança é a Fazenda. Já estudamos o caso. 14 PROCURADOR DF 2004 (adaptada) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A impetração de mandado de segurança ou a propositura, pelo contribuinte, de ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos, implica renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. Verdadeiro. Trata-se da renúncia à instância administrativa, decorrente do ajuizamento de ação judicial relativa ao respectivo crédito tributario. A decisão administrativa não faz coisa julgada, portanto, o art. 38 par. único da lei 6830/80 fala do disposto acima, configurando a ação judicial renúncia à discussão na esfera administrativa. ( ) Extingue-se a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária, definidos na Lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990, quando o agente promove o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, no prazo de trinta dias, contado da sentença. Falso. Nos termos do art. 34 lei 9249 de 1995, somente se dá extinção da punibilidade para os crimes contra a ordem tributária, objeto da lei 8137/90, quando o agente paga os tributos antes do recebimento da denúncia. ( ) Não é permitido à administração tributária remeter ao Ministério Público representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária praticados por particulares, definidos nos arts. 1° e 2° da Lei n° 8.137, de 1990, antes de preferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente.

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Verdadeiro. Trata-se da aplicação do disposto no art. 83 lei 9340/96, exigindo-se o aguardo da decisão definitiva da esfera administrativa para, posteriormente, ser encaminhado ao Ministério Público a representação fiscal para fins penais. Analise a veracidade das alternativas acima, indicando V ( verdadeiro) ou F ( falso), assinalando, a seguir, a seqüência correta: a) V,V,V b) V,F,V c) V,F,F d) F,F,V e) F,F,F Gabarito B 15. INSS 2001 – CESPE UNB Tributação põe em risco a aposentadoria. Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres (PGBL). Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam que os planos vão perder seu principal apelo. Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação. O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada, Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da Previdência Privada (ANAPP). Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo, 4/12/2000. p. F6 (com adaptações)

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Considerando o texto DT-I e em relação ao direito tributário, julgue os itens abaixo: I.Considerando que, em uma situação hipotética, uma empresa de previdência privada conseguisse demonstrar ao Poder Judiciário que era inconstitucional o IR incidente sobre as retiradas dos participantes, isso, por si só, não bastaria para que, nos termos do CTN, a empresa tivesse reconhecido o direito de obter a devolução dos valores recolhidos à Secretaria da Receita Federal(SRF). Verdadeiro, com base no art. 166 CTN, a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la. No caso exposto, houve transferência do encargo tributário da empresa aos participantes da previdência. II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir, devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das nulidades disso decorrentes. Falso, face ao art 126,III. CTN. A capacidade tributária passiva independe de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade econômica ou profissional. III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional, posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que a fazenda cobrasse a dívida de Severo. Verdadeiro. Pois no caso exposto, a empresa não foi designada por lei como responsável, mas sim por contrato com a outra parte. Neste caso, vale a regra de que contrato não define sujeito passivo. No caso, a empresa não se transformou em substituto tributário, cabendo a execução de Severo. Vide art. 123 CTN.

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QUESTÕES 01. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Um contribuinte, utilizando-se de documentação apócrifa, aliena a incauto um imóvel rural inexistente ( terra-papel), recolhendo o ITBI devido na transação. Descoberta a fraude e rescindido o contrato, de comum acordo, o tributo regularmente recolhido:

a) pode ser devolvido ao comprador ou ao vendedor, dependendo da convenção das partes

b) não pode ser devolvido ao comprador porque a venda foi fraudulenta e a fraude legitima o tributo

c) não pode ser devolvido porque, sem embargo da desvalia do ato, aperfeiçoou-se o fato gerador do tributo

d) deve ser devolvido ao comprador, porque se trata de vena a non domínio, nula de pleno direito

e) deve ser devolvida ao comprador, a título de reparação de danos 02. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito ativo da obrigação tributária

a) pode ser um ente com personalidade jurídica de direito privado, se houver delegação de competência tributária

b) pode ser investido de capacidade , sem ser titular da competência tributária.

c) É sempre titular da competência para instituir o tributo d) Não pode cumular as titularidades da competência e da capacidade

tributária e) Pode ser um ente com personalidade de direito público ou de direito

privado 03. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A transmissão das cotas ou ações de uma sociedade que explora uma gleba rural é uma hipótese de:

a) incidência de ICMS b) elisão fiscal de ITBI c) isenção fiscal de ITBI d) incidência tributária de ITBI e) evasão ilícita de ITBI

04. ICMS DF 2001 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No sistema de incidência plurifásica, o operador econômico que, além do tributo próprio, recolhe aquele relativo às operações antecedentes ou subseqüentes, figura

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a) como contribuinte de direito e sucessor tributário b) como contribuinte e substituído tributário, simultaneamente c) como contribuinte e substituto tributário, simultaneamente d) somente como contribuinte de direito e) somente como substituto tributário

05. AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado contribuinte é o operador econômico ou financeiro:

a) indicado pela livre escolha do legislador ordinário b) indicado pela livre escolha do legislador complementar c) que recolhe aos cofre públicos as quantias devidas a título de tributo d) que sofre o impacto da carga tributária, sem possibilidade de

transferência e) que se encontra numa relação pessoal e direta com o fato gerador do

tributo 06.AUDITOR PI- 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Em nosso sistema tributário, o sujeito passivo designado substituto

a) participa da relação jurídica tributária por livre escolha do legislador ordinário b) participa da relação jurídica tributária nos termos previstos em lei complementar c) não participa da relação jurídica tributária d) somente por antecipação recolhe o tributo devido aos cofres públicos e) substitui o contribuinte nos tributos incidentes sobre o patrimônio imobiliário

07. ICMS SP 2002 A responsabilidade, atribuída por lei, ao fornecedor de determinada mercadoria, pela retenção e recolhimento do ICMS devido pelas várias e futuras operações subseqüentes, é considerada, nos termos da legislação tributária vigente:

a) substituição tributária b) responsabilidade tributária parcial c) responsabilidade tributária de terceiro d) responsabilidade tributária por sucessão e) diferimento

08.PROCURADOR MARANHÃO – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) No que diz respeito aos sujeitos da obrigação tributária, é certo que:

a) a delegação de atribuições de arrecadação ou fiscalização de tributos implica em transferência da condição de sujeito ativo

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b) na hipótese principal, o sujeito passivo pode ser apenas o contribuinte

c) as pessoas jurídicas de direito público e privado e as pessoas físicas podem figurar como sujeito ativo

d) em se tratando de obrigação acessória, o sujeito passivo tanto pode ser um contribuinte como um terceiro

e) a vinculação do sujeito passivo indireto com o fato tributável não poderá dar-se por transferência ou substituição

09. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A obrigação tributária principal , segundo dispõe o Código Tributário Nacional,

a) é um vínculo jurídico que nasce com a ocorrência do fato gerador e somente tem por objeto pagamento pelo contribuinte, de uma prestação , o tributo ao Estado.

b) Compreende, além do tributo, a penalidade pecuniária c) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento válido d) Pode ser afetada por circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão

ou seus efeitos, ou as garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade

e) É vínculo jurídico que nasce com o lançamento homologado pelo Estado 10. PROCURADOR SERGIPE – 2005 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Na cisão de uma sociedade, com versão de todo o seu patrimônio para outras duas pessoas jurídicas preexistentes, a responsabilidade pelos débitos tributários da sociedade cindida, relativos a fatos geradores anteriores á data da operação, é imputável

a) Apenas à pessoa jurídica para a qual for atribuído semelhante encargo no protocolo de cisão

b) A cada uma das pessoas jurídicas que absorveu o patrimônio da sociedade cindida, em caráter solidário.

c) Apenas aos sócios da sociedade cindida, em caráter solidário d) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, na proporção

do patrimônio recebido, sem solidariedade entre si. e) A cada uma das pessoas jurídicas incorporadoras, apenas na

proporção do patrimônio recebido 11. TCE AMAZONAS 2006 ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) A empresa X adquiriu da empresa Y seu estabelecimento e fundo de comércio e continuou explorando, naquele local, a atividade da alienante. Sucede que a alienante Y tem inúmeros débitos tributários. Nesse caso é incorreto afirmar que a empresa X: a) não teria nenhuma responsabilidade sobre os tributos devidos pela empresa Y se

tivesse adquirido essa por meio de alienação judicial em processo de falência

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b) responde integralmente pelo passivo tributário da empresa Y, se esta cessou a exploração do seu comércio

c) responde subsidiariamente com a empresa Y, se esta dentro de 6 meses, a contar da data da alienação, outra atividade de comércio

d) responde solidariamente com a empresa alienante, se esta prosseguiu na exploração de sua atividade em outro local

e) responde subsidiariamente com a empresa alienante , se esta prosseguiu na exploração de sua atividade em outro local

12. CEAL- ADVOGADO ALAGOAS- ( FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS) Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos, tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que a) esteja constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito, sendo que, para

tais efeitos , os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, após o momento da celebração do negócio

b) esteja definitivamente constituída, ainda que provisoriamente, nos termos do direito aplicável, sendo que, para tais efeitos, de regra, os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados , se suspensiva a condição, desde o momento do seu implemento

c) se verifquem as circunstâncias materiais necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios, e os negócios jurídicos condicionais reputam-se perfeitos e acabados quando não houver oposição do sujeito ativo

d) se verifique o seu implemento ou a prática do ato, e em certos casos a celebração do negócio, seja suspensiva ou resolutória a condição, porém devendo partir-se sempre do momento em que a situação esteja constituída

e) for constituído, nos termos da lei tributária aplicavel, visto que quaisquer negócios jurídicos reputam-se perfeitos e acabados, não sendo resolutória a condição, desde o momento da prática do ato ou do momento do seu implemento.

. 13 ICMS RN 2005 Marque a resposta correta, considerando as formulações abaixo. I. As pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação principal são solidariamente obrigadas. II. A obrigação tributária acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal relativamente à penalidade não pecuniária. III. O Código Tributário Nacional não permite a tributação de rendas provenientes de atividades ilícitas.

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IV. De acordo com o Código Tributário Nacional, cabe exclusivamente à autoridade judicial competente desconsiderar, em decisão fundamentada, os atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária.

a) Somente I é verdadeira. b) Somente I e II são verdadeiras. c) Somente I, II e III são verdadeiras. d) Somente II, III e IV são verdadeiras. e) Somente III e IV são verdadeiras.

14 PROCURADOR DF 2004 (adaptada) Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A impetração de mandado de segurança ou a propositura, pelo contribuinte, de ação de repetição do indébito ou ação anulatória do ato declarativo da dívida, esta precedida do depósito preparatório do valor do débito, monetariamente corrigido e acrescido dos juros e multa de mora e demais encargos, implica renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso acaso interposto. ( ) Extingue-se a punibilidade dos crimes contra a ordem tributária, definidos na Lei n° 8.137, de 27 de dezembro de 1990, quando o agente promove o pagamento do tributo ou contribuição social, inclusive acessórios, no prazo de trinta dias, contado da sentença. ( ) Não é permitido à administração tributária remeter ao Ministério Público representação fiscal para fins penais relativa aos crimes contra a ordem tributária praticados por particulares, definidos nos arts. 1° e 2° da Lei n° 8.137, de 1990, antes de preferida a decisão final, na esfera administrativa, sobre a exigência fiscal do crédito tributário correspondente. Analise a veracidade das alternativas acima, indicando V ( verdadeiro) ou F ( falso), assinalando, a seguir, a seqüência correta:

a) V,V,V b) V,F,V c) V,F,F d) F,F,V

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e) F,F,F 15. INSS 2001 – CESPE UNB Tributação põe em risco a aposentadoria. Se você está em dúvida entre aplicar em um fundo de investimento financeiro ou em um de previdência, espere. É que o governo ainda não decidiu se vai cobrar o IR sobre os rendimentos dos fundos de pensão e também do plano garantidor de benefícios livres (PGBL). Alguns representantes do setor de previdência privada dizem que isso significa a morte dos PGBLs. Outros, mais otimistas, acham que o golpe não será mortal. Mas todos concordam que os planos vão perder seu principal apelo. Hoje, a grande diferença entre os PGBLs e os fundos de investimentos financeiros (FIFs) é o fato de os primeiros não pagarem IR sobre os rendimentos. O imposto só incide no final do plano. Se o aplicador sacar o dinheiro acumulado, paga o IR referente ao montante. Se optar por receber a pensão vitalícia, o imposto é pago sobre as retiradas mensais de acordo com a tabela progressiva do IR, que pode chegar a 27% de taxação. O vice-presidente comercial e de marketing de uma das empresas de previdência privada, Geraldo Magela, entende que tal decisão desestimularia aplicações de longo prazo. “Isso nem combina com a política do governo de estimular a poupança”. Ele lembra que, em países como Estados Unidos, Canadá, Holanda e Inglaterra, a previdência privada goza de isenção fiscal. “No mundo todo é assim”, reforça Faud Norma, presidente da Associação da Previdência Privada (ANAPP). Norman observa que há fundos de pensão fechados que têm imunidade. Já as empresas abertas de previdência têm isenção de IR sobre os rendimentos das aplicações, que é dinheiro dos clientes. Paulo Henrique de Souza. “Caderno Invest”. In: Folha de São Paulo, 4/12/2000. p. F6 (com adaptações) Considerando o texto DT-I e em relação ao direito tributário, julgue os itens abaixo: I. Considerando que, em uma situação hipotética, uma empresa de previdência privada conseguisse demonstrar ao Poder Judiciário que era inconstitucional o IR incidente sobre as retiradas dos participantes, isso, por si só, não bastaria para que, nos termos do CTN, a empresa tivesse reconhecido o direito de obter a devolução dos valores recolhidos à Secretaria da Receita Federal(SRF). II. Considere a seguinte situação hipotética: Um indivíduo fez operar uma empresa de previdência privada em situação totalmente irregular, sem autorização dos órgãos legalmente competentes e cujos contratos continham cláusulas imorais e contrárias ao direito. Um aplicador contratou com essa empresa um plano de previdência privada e, em

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determinado momento, veio a resgatar o produto de seu investimento. Nessa situação, ainda que houvesse lei prevendo IR sobre tais atos jurídicos, esse tributo não poderia incidir, devido às ilegalidades relacionadas com o contrato e com a empresa e em razão das nulidades disso decorrentes. III. Considere a seguinte situação hipotética: Uma empresa de previdência privada firmou um contrato com seus investidores, mediante escritura pública, comprometendo-se a observar os ônus tributários incidentes sobre os resgates dos planos. Severo, um dos participantes do plano, requereu o resgate antecipado dos valores que investiria, mas, por ocasião do pagamento, a empresa não recolheu os tributos devidos. A fazenda nacional, posteriormente, ajuizou execução fiscal em face de Severo, o qual opôs embargos à execução, invocando o contrato que firmara coma empresa. O juiz julgou procedentes os embargos e extinguiu a execução fiscal, por ilegitimidade passiva de Severo, facultando à Fazenda Nacional ajuizar nova execução, dessa vez em face da empresa que assumira os encargos tributários. Nessa situação, o juiz equivocou-se, pois era juridicamente correto que a fazenda cobrasse a dívida de Severo.

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01. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MINISTERIO PUBLICO SERGIPE Considere as seguintes afirmações sobre o crédito tributário: I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por declaração, não é ato privativo de autoridade administrativa. II. A tutela antecipada e a medida liminar concedida em ação cautelar não são hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. III. O simples pagamento de tributo sujeito a lançamento por homologação extingue o crédito tributário. IV. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho. SOMENTE está correto o que se afirma em (A) II e III. (B) III. (C) III e IV. (D)) IV. (E) I e III. Gabarito alternativa D A afirmativa I está incorreta, uma vez que, em qualquer modalidade, compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento. Trata-se do art 142 CTN. No lançamento por declaração, a declaração é ato que antecede ao lançamento. O mesmo podemos afirmar quanto ao lançamento por homologação, onde o pagamento antecipado é ato que antecede o lançamento. A afirmativa II está incorreta, pois nos termos do art.151, V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, são causas de suspensão da exigibilidade do crédito. A afirmativa III está incorreta, pois, nos termos do art. CTN, 150 § 1º, o pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crédito, sob condição resolutória da ulterior homologação ao lançamento. Observe que trata-se de situação jurídica não definitiva, mas sujeita à condição resolutória. Não há que se confundir o que foi dito com o disposto no art. 3.º LC 118/05, acerca da repetição de indébito para tributos sujeitos à lançamento por homologação, onde, o prazo de repetição de indébito seria contado do pagamento antecipado, não da homologação. Portanto, para efeitos desta restituição, considerar-se-ia extinto o crédito no pagamento antecipado. Mas isso é outra coisa! A afirmativa IV foi tida como correta. Na verdade não traduziu na íntegra o disposto no CTN art. 186. “O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho”. Observe que a LC 118/05 incluiu, ao final do dispositivo, a expressão “acidente de trabalho”. O STJ sempre considerou os crédito decorrentes de acidente de trabalho incluídos no dispositivo, mesmo antes da alteração do CTN.

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02. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO O lançamento tributário é: a) competência derrogada da União para o Estado b) Imediato, oneroso e identificador do sujeito passivo c) Procedimento administrativo d) Obrigação exclusiva do contribuinte Gabarito alternativa D. Trata-se da natureza jurídica do lançamento, nos termos do art. 142 CTN, “procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível.”. Diga-se é um procedimento que declara a obrigação e constitui o crédito tributário. 3. ICMS SP 2002 VUNESP O lançamento a) é atividade privativa da autoridade administrativa, prevista na lei e restrita á autuação promovida pela fiscalização b) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que pode ser substituída por ordem judicial c) é definitivo, após a notificação, extinguindo-se a obrigação decorrente somente pelo pagamento do tributo declarado d) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que deve ser exercida mesmo nos casos de imunidade e isenção, quando os respectivos créditos não serão cobrados por força dessas dispensas e) reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei vigente à época Gabarito alternativa E. Trata-se da aplicação, via de regra da lei material vigente ao fato gerador, nos termos do art. 144 CTN, face ao princípio da irretroatividade. Há exceções, porém, não apresentadas na questão. As demais alternativas contrariam a natureza jurídica de lançamento, nos termos do art. 142 CTN. Vide o dispositivo: “compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade cabível”. Portanto, não se restringe ao auto de infração, conforme deixa claro na afirmativa “A” , pois é todo um procedimento, que se inicia com o primeiro ato de ofício e termina com a notificação do sujeito passivo. Caro colega, há quem opine em contrário, mas essa é a dogmática do CTN....

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A alternativa D é incorreta pois em caso de imunidade não há fato gerador, não há o que lançar, enquanto na isenção há proibição expressa ao lançamento em virtude de lei. 04. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Quanto às modalidades de lançamento, é correto dizermos que: a) São duas: de ofício e por declaração b) São cinco: de ofício, por justificação direta, por justificação indireta, por declaração e por confissão. c) São três: por justificação indireta, por justificação direta e por confissão d) São três: de ofício, por declaração e por homologação Gabarito alternativa D Os autores, via de regra sustentam haver três modalidades de lançamento: de ofício, por declaração e por homologação. Vide art. 149, 147 e 150 CTN. No artigo 149 CTN, o lançamento é efetuado e revisto de ofício pela autoridade administrativa nos diversos casos, dentre os quais, quando a lei assim o determinar. Portanto, não depende de prévio pagamento ou declaração do contribuinte. Já no lançamento por declaração, nos termos do art 147 CTN, este é efetuado com base na declaração do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislação tributária, presta à autoridade administrativa informações sobre matéria de fato, indispensáveis à sua efetivação. Por último, nos termos do art. 150 CTN, o lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa. Observe que há uma modalidade derivada, o arbitramento, a qual é tida por alguns autores como espécie adaptada aos lançamento de ofício ou por declaração, enquanto outros adotam como modalidade autônoma. Em concurso já caíram as duas respostas. Vide, por exemplo o art. 148 CTN “quando o cálculo do tributo tenha por base, ou tem em consideração, o valor ou o preço de bens, direitos, serviços ou atos jurídicos, a autoridade lançadora, mediante processo regular, arbitrará aquele valor ou preço, sempre que sejam omissos ou não mereçam fé as declarações ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestação, avaliação contraditória, administrativa ou judicial’ 05. ICMS SP 2002 VUNESP O lançamento de ICMS é: a) sempre efetuado pela forma de homologação b) efetuado por homologação, quando à débito declarado c) efetuado por homologação, quanto à débito apurado e lançado d) misto, porque depende da declaração do movimento, pelo contribuinte, e fica submetido ao cálculo da autoridade lançadora

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e) sempre direto, porque depende de apuração, lançamento ou homologação da autoridade competente Gabarito alternativa B. Na verdade, para os tributos sujeitos à lançamento por homologação, o contribuinte informa à Fazenda, por meio de declaração, acompanhamento dos valores devidos. Incorreta a alternativa A, pois na hipótese de dolo, fraude ou simulação caberia lançamento de ofício. Vide art. 150 par. 4. CTN conjugada ao 149, VII CTN. Cabe lançamento de ofício, quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefício daquele, agiu com dolo, fraude ou simulação. Daí, se concluir, diante do disposto no par.4.º do art. 150 CTN, ao final, que se houver dolo, fraude ou simulação, adotar-se-á lançamento de ofício. Vide 150 4º “Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a ocorrência de dolo, fraude ou simulação”. A alternativa C está incorreta, pois em caso de apuração, o lançamento é efetuado de ofício. Incorreta a alternativa D, pois não se aplica a modalidade de lançamento por declaração. Por último, incorreta também a alternativa E, pois, regra geral, se utiliza ao ICMS, modalidade de lançamento por homologação. 06.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO No Direito Tributário entende-se como moratória: a) a prorrogação do prazo para pagamento do crédito tributário, com ou sem parcelamento b) a declaração expressa ou tácita do contribuinte de que não irá recolher determinado tributo c) a prorrogação espontânea e por prazo indeterminado no recolhimento do tributo federal ou estadual d) a forma de se obstar a execução do crédito tributário pelo credor, tendo em vista que o recolhimento é feito judicialmente, e não para o fisco Gabarito alternativa A Trata-se de hipótese de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, com postergação no prazo de vencimento, nos termos do art. 151 CTN. 07.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Assinale a alternativa que não diz respeito à restituição do tributo: a) cobrança ou pagamento espontâneo do tributo indevido ou a maior que o devido, em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido

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b) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória c) tributo regularmente lançado, pago pelo devedor quando, dez dias depois do seu recolhimento, o sujeito passivo se arrepende de seu pagamento e deseja ter seu dinheiro restituído. Opera-se o princípio do “arrependimento”, vez que existe o objetivo de discutir o tributo judicialmente. d) Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento Gabarito alternativa C. Esta alternativa nada tem haver com a repetição de indébito tributário, nos termos dos art. 165 a 169 CTN. Todas as hipóteses se enquadram nos dispositivos acerca da repetição de indébito. A alternativa “A” , “B” e “C” reproduzem as hipóteses autorizadoras do pedido de devolução, no art 165 CTN: O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo, seja qual for a modalidade do seu pagamento, ressalvado o disposto no § 4º do artigo 162, nos seguintes casos: I - cobrança ou pagamento espontâneo de tributo indevido ou maior que o devido em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na edificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória.” 08.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Considere as afirmativas a seguir: I. Na compensação, se o obrigado ao pagamento do tributo é credor da Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual seja extinta sua obrigação, isto é, o crédito tributário II. Transação é acordo, sendo certo ainda que a lei pode facultar, nas condições que estabeleça aos sujeito ativo e passivo da obrigação tributária, celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação do litígio e conseqüente extinção do crédito tributário III. Remissão é perdão, é dispensa. Só pode ser concedida pela autoridade administrativa para tanto expressamente autorizada por lei. IV. Pela decadência, ocorre a extinção do direito de o fisco constituir o crédito tributário São verdadeiras: a) I, II e III somente

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b) I, II, III e IV c) III somente d) II e IV somente Gabarito “B” Todas estão corretas. Todas são modalidades de extinção do crédito previstas no art. 156 CTN. Compensação é composição de dívidas, sem litígio entre Fazenda e contribuinte, prevista no art. 170 CTN. Transação são concessões recíprocas, havendo litígio, entre Fazenda e Contribuinte, nos termos do art. 171 CTN. Remissão é perdão do crédito, seja tributo ou infração, desde que lançados, nos termos do art. 172 CTN. Por último, a decadência, como modalidade de extinção do crédito, indica a perda da faculdade para lançamento do tributo, pela inércia da Fazenda Pública no prazo fatal previsto em lei. 09. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO As isenções tributárias podem ser concedidas: a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso Nacional, por medida provisória e por portaria b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e por decreto legislativo do Congresso Nacional c) por lei ordinária somente d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual ou federal Gabarito oficial alternativa C Em verdade, o examinador refere-se ao art.43 CF. “Para efeitos administrativos, a União poderá articular sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. ......§ 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros, na forma da lei:...III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas”. Tradicionalmente, o gabarito é “lei ordinária”, uma vez que o par. 2.º menciona: “...na forma da lei.”. Não indica lei complementar, daí o equívoco de querer se atribuir isenção de tributo à exigência exclusiva de lei complementar. Na verdade, deveria se fazer interpretação sistemática do referido artigo com o Sistema Tributário Nacional, onde a Constituição elenca alguns tributos objeto de lei complementar e outros de lei ordinária. Portanto, a isenção deverá seguir a exigência da lei, ordinária ou complementar, de acordo com a matéria. Vale frisar, no entanto, que questão, conforme exposto pelo examinador, é freqüentemente exigida em concurso, com o gabarito indicado: lei complementar.

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10.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa do tributo devido. Nesta hipótese, o Fisco: a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa em termos de arrecadação c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas. Gabarito alternativa A Trata-se da aplicação do princípio da irretroatividade, segundo o qual, lei nova, via de regra, aplica-se a fatos futuros. Quanto aos tributos, a regra será a aplicação do disposto no art. 144. CTN. “O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada”. Caberia, em caráter excepcional, retroatividade da lei tributária expressamente interpretativa, nos moldes do art. 106, I CTN, o que não foi objeto da questão. 11. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Um contribuinte praticou infração tributária o ano de 2000, sendo certo que, antes da lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista. Nesta hipótese, o Fisco: a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa em termos de arrecadação c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas. Gabarito alternativa D. As multas também se sujeitam, via de regra ao princípio da irretroatividade, nos moldes do art. 144 CTN. Vale também a leitura do art. 105 CTN “ A legislação tributária aplica-se

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imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim entendidos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.”. No entanto, em se tratando de infrações, caberá, por analogia ao Direito Penal ( há diferenças), a aplicação retroativa da lei mais benéfica ao contribuinte, desde que o caso não esteja transitado em julgado. Vide art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: a) quando deixe de defini-lo como infração; b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.” 12. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Decisão prolatada por órgão colegiado da Administração Pública anulou ato de infração anteriormente lavrado, diante da constatação de vício formal do procedimento fiscal. Nesta hipótese, consuma-se: a) decadência do prazo de 5 anos contados do fato gerador b) prescrição do prazo de 5 anos contados da data da lavratura do auto de infração c) decadência do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão administrativa d) prescrição do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão administrativa e) decadência do prazo de 5 anos contados da data da constatação do vício formal Gabarito alternativa C. Trata-se do prazo decadencial, previsto no art.173, II CTN, segundo o qual, o direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após 5 (cinco) anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento anteriormente efetuado. Para a doutrina majoritária é um novo prazo decadencial, considerando-se a regra de que decadência não se interrompe, nem se suspende. No entanto, para a minoria, é hipótese excepcional de interrupção de decadência. A ESAF já adotou as duas posições em concurso. A FCC não entrou no mérito. 13. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI È vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de informação obtida em razão de ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo, ressalvada a hipótese de: a) procedimentos impositivos instaurados contra o contribuinte b) inscrição dos débitos fiscais em dívida ativa c) requisição da autoridade policial d) requisição de órgão da imprensa escrita e) requisição de partido político

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Gabarito oficial alternativa B. Trata-se do sigilo fiscal e as hipóteses excepcionais quando a Fazenda não estaria violando a regra do sigilo, por permissão da própria lei. Vide art. 198. CTN “Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão do ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, os seguintes: I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações de autoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que seja comprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidade respectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação, por prática de infração administrativa. § 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representações fiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III – parcelamento ou moratória.” Vale ressaltar também a possibilidade de permuta de informações entre as fazendas públicas das entidades, mediante convênio, para permuta de informações, bem como com o estrangeiro, nos termos de tratados internacionais. 14. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR MARANHÃO Não estão sujeitos a prestar às autoridades administrativas todas as informações de que disponham com relação a bens, negócios, ou atividades de terceiros, no exercício de suas funções próprias, ainda que mediante intimação escrita, os a) inventariantes b) leiloeiros oficiais c) advogados d) liquidatários e) síndicos da massa falida Gabarito alternativa C. Trata-se do dever de prestar informações ao Fisco, quando intimados por escrito dirigido, de forma exemplificativa, nos termos do art. 197 CTN. “Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários e liquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão” No entanto, estão ressalvados os casos relacionados a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão, nos termos do parágrafo único do mencionado dispositivo.

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15. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Considera as seguintes proposições sobre crédito tributário: I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por declaração, não é ato privativo da autoridade administrativa II. A tutela antecipada e a medida liminar concedidas em ação cautelar não são hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário III. O pagamento de tributo, sujeito a lançamento por declaração, por si só já extingue o crédito tributário Está correto o que se afirma em a) I, II e III b) I e II, apenas c) I, apenas d) II, apenas e) III, apenas Gabarito alternativa E. A alternativa E versa sobre lançamento por declaração, não por homologação. Este último já tratamos anteriormente. Quanto ao lançamento de ofício e ao lançamento por declaração, o pagamento é ato posterior que extingue o crédito, não estando sujeito á condição. Verdadeira a altenativa III. A alternativa I está falsa, nos termos do art 142 CTN. Já foi analisada anteriormente. A alternativa II está falsa, nos termos do art. 151 CTN. Já foi analisada anteriormente. 16. . FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Quanto ao direito do contribuinte à restituição de tributos pagos indevidamente, é correto afirmar que: a) o prazo de decadência do direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso de 10 anos contados da data da da data da extinção do crédito tributário ou da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória. b) A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver efetuado, em nome próprio, seu recolhimento, independentemente de quem tenha assumido o respectivo encargo. c) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.

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d) O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo pago indevidamente ou a maior, não sendo tal direito, contudo, extensível à restituição de juros de mora e penalidades pecuniárias. e) O CTN estabelece hipóteses de interrupção da prescrição para que o contribuinte possa recuperar tributo pago indevidamente Gabarito oficial alternativa C. Trata-se da aplicação do prazo prescricional do art. 169 CTN. “prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.” Vale acrescentar que o prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada. Alternativa B incorreta, pois, nos termos do art. 166 CTN, a restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver assumido o referido encargo, ou, no caso de tê-lo transferido a terceiro, estar por este expressamente autorizado a recebê-la.. Portanto, não será apenas na hipóteses elencada na questão. A alternativa D este incorreta, pois, nos termos do art. 167 CTN, “a restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.” Observe que não há efeito extensivo às multas formais, mas às multas moratórias e juros de mora sim. A alternativa E foi tida como incorreta. Permito discordar, uma vez haver no dispositivo já citado, 169 par.único CTN, hipótese de interrupção de prescrição no ajuizamento da ação anulatória da decisão que denegou o pedido de restituição. Onde o examinador desejaria chegar com essa negativa, não vislumbro... Dispõe o artigo.... “o prazo de prescrição é interrompido pelo início da ação judicial, recomeçando o seu curso, por metade, a partir da data da intimação validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pública interessada.” 17. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS TCE MIN PÚBLICO AMAZONAS 2006 Tendo em conta as alterações no CTN produzidas pela LC 118/05, em matéria de garantias, privilégios e preferências do crédito tributário, é correto afirmar que: a) O crédito tributário, em qualquer hipótese, prefere a todos os outros. b) Não se presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento d) A concessão de recuperação judicial não depende da apresentação da prova de quitação dos tributos

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e) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos Gabarito oficial alternativa E. Trata-se de dispositivo novo que versa sobre a penhora eletrônica. Art. 185-A CTN. “ Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meio eletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferência de bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridades supervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, no âmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial.” Incorreta a alternativa B por ofensa ao art. 186 CTN, já analisado. Incorreta a alternativa C por ofensa ao art. 185 CTN, segundo o qual presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa. Como a questão não mencionou haver reserva de bens suficientes para quitar o tributo, dá-se a presunção legal de fraude em caráter absoluto. A alternativa C ofende o disposto no art 187 CTN, segundo o qual o crédito tributário tem cobrança não sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento A alternativa D também está incorreta, uma vez que a concessão de recuperação judicial exige quitação de tributos. Há no entanto a possibilidade de, por exemplo, parcelamento, o que o difere da antiga concordata. Vale ressaltar que o art. 191-A CTN admite a certidão positiva com efeitos de negativa, por exceção. Vide art. 191-A “A concessão de recuperação judicial depende da apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei.” 18. UNB AGU 2004 Em relação às garantias e aos privilégios do crédito tributário, julgue os itens a seguir: I. Um bem gravado com cláusula de impenhorabilidade em razão de doação de ancestrais não pode ser objeto de penhora em execução fiscal. Falso, uma vez que somente bens que a lei considera absolutamente impenhoráveis não serão garantia do crédito. A questão aqui falou de bem gravado pelo contribuinte com cláusula de impenhorabilidade. Vide art. 184 CTN. “Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus ou da

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cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare absolutamente impenhoráveis.” II. Presume-se como fraude o fato de um contribuinte em débito coma fazenda pública em fase de execução fiscal iniciar um processo de alienação de bens, caso não tenha reservado bens ou rendas suficientes para o pagamento do débito. Verdadeiro, nos termos do art. 185 CTN. Analisado anteriormente. Vale lembrar que a LC118/05 antecipou o marco inicial para presunção de fraude para a data da inscrição em dívida ativa. III. Sendo decretada a falência de uma pessoa jurídica, deve o fisco, de imediato, promover a habilitação do crédito do Estado junto à massa falida. Falso, nos termos do art. 187 CTN. Já analisada anteriormente. Tributo é executado no juízo de Fazenda Pública, não se misturando com processos de inventário, falência e outros. “Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, concordata, inventário ou arrolamento” Indique a seqüência correta V ou F a) VVV b) VFV c) VFF d) FVF e) FFF Gabarito oficial alternativa D QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 18 AFRF 2003 ESAF Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) Os bens do sujeito passivo, seu espólio ou sua massa falida gravados por ônus real respondem pelo pagamento do crédito tributário da Fazenda Pública. Verdadeiro. Art.184 CTN. Já analisada. ( ) Não se presume fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa em fase de execução, na hipótese de terem sido reservados bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida em fase de execução.

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Verdadeiro. Art. 185 CTN. Já analisada. ( ) Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação será preferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos bens do espólio, ou às suas rendas. Verdadeiro. Art. 192 CTN. Trata-se de uma garantia do credito tributário. a) F, V, F b) F, F, V c) F, F, F d) V, V, V e) V, V, F Gabarito alternativa D 19. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE No tocante às hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do crédito tributário, é correto afirmar que: a) O depósito do montante integral e o pagamento são causas de extinção do crédito tributário b) A concessão de tutela antecipada em algumas espécies de ação judicial e o depósito do montante integral são causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário c) O parcelamento e a transação são causas de extinção do crédito tributário d) A remissão e a moratória são causas de extinção do crédito tributário e) A conversão do depósito em renda e o parcelamento são causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário Gabarito alternativa B. É questão clássica para classificação dos institutos como modalidades de extinção, suspensão ou exclusão do crédito tributário. Basta o correto enquadramento conforme a seguir. Nos termos do art. 151 CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; VI – o parcelamento Nos termos do art. 156. Extinguem o crédito tributário: I - o pagamento;II - a compensação;III - a transação;IV - remissão;V - a prescrição e a decadência;VI - a conversão de depósito em renda;VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo 150 e seus §§ 1º e 4º;VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser

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objeto de ação anulatória;X - a decisão judicial passada em julgado.XI – a dação em pagamento em bens imóveis Nos termos do art. 175. Excluem o crédito tributário:I - a isenção;II - a anistia. PRIMEIRA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 19 PROCURADOR DF 2004 Avalie as indagações abaixo e em seguida assinale a opção de resposta correta. • Extinguem o crédito tributário a decisão administrativa irreformável (decisão definitiva na órbita administrativa, que não mais possa ser objeto de ação anulatória), a remissão e a anistia? • A remissão, a compensação, a decadência e a dação em pagamento em bens móveis extinguem o crédito tributário? • Suspendem a exigibilidade do crédito tributário o depósito do seu montante integral, as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo, a isenção e a concessão de tutela antecipada em ação judicial? • O Código Tributário Nacional admite que a autoridade administrativa, desde que observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária, desconsidere atos ou negócios jurídicos praticados com a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da obrigação tributária? a) Não, sim, sim, não b) Não, não, não, sim c) Não, sim, não, sim d) Sim, não, não, não e) não,não,não,não Gabarito alternativa B Todas alternativas já analisadas anteriormente. SEGUNDA QUESTÃO DE APOIO À QUESTÃO N.º 19 AFRF 2003 ESAF Avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta. ( ) A dação em pagamento em bens móveis,a remissão, a compensação e a decadência extinguem o crédito tributário. ( ) O parcelamento concedido na forma e condição estabelecidas em lei específica, o depósito do montante integral do crédito tributário, a homologação do lançamento e a

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concessão de medida liminar em mandado de segurança suspendem a exigibilidade do crédito tributário. ( ) As disposições do Código Tributário Nacional, relativas ao parcelamento, aplicam-se, subsidiariamente, à moratória. a) V, V, F d) F, F, V b) V, F, V e) F, F, F c) V, V, V Gabarito alternativa E. Vale ressaltar questão já analisada anteriormente. A terceira afirmativa merece destaque, nos termos do art. 155-A par 2.º CTN, uma vez que o erro se traduz no fato de que o parcelamento é espécie de moratória, daí, por que a questão deveria ter dito ao contrário, “Aplicam-se, subsidiariamente, ao parcelamento as disposições desta Lei, relativas à moratória” 20 .FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE ( adaptada) Considere as seguintes afirmações: I. O direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente se extingue com o decurso do prazo de 2 anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa II. Na restituição de vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar. III. A restituição de tributos pagos indevidamente importa na devolução, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias Somente está correto o que se afirma em a) II b) III c) I e II d) II e III e) Nenhuma das alternativas Gabarito E. Afirmativa I incorreta, nos temos do art 168, II CTN.” O direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contados: I - nas hipótese dos incisos I e II do artigo 165, da data da extinção do crédito tributário; II - na hipótese do inciso III do artigo 165, da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória”. Trata-se do prazo decadencial de 5 anos para o pedido de repetição de indébito”

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Afirmativa II incorreta, nos termos do art. 167 par único CTN a restiuição vence juros não capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar”. Observe, não confundir a correção monetária que se conta desde o pagamento indevido. Os juros são não capitalizáveis. A alirmativa III está incorreta, pois não se restituem todas as multas, são as não formais, nos termos do art. 167 CTN . “A restituição total ou parcial do tributo dá lugar à restituição, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias, salvo as referentes a infrações de caráter formal não prejudicadas pela causa da restituição.” 21. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153 do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a decadência e a prescrição do crédito tributário: a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam decididos os recursos administrativos. b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de cinco anos, independentemente de julgamento dos recursos administrativos c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a notificação de lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo administrativo, o prazo prescricional d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como durante todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública terá o prazo fatal de 5 anos para percepção da quantia apurada no processo administrativo, sob pena de ocorrer a chamada prescrição intercorrente e) Com a simples lavratura do auto de infração não se consuma o lançamento fiscal, em razão de sua provisoriedade, porém a decadência é impedida, fluindo, a partir daí o prazo prescricional, que não se suspende ou interrompe, tendo a Administração Pública cinco anos para a cobrança do crédito sob pena de prescrição intercorrente. Gabarito alternativa A Nos termos do CTN, art. 174, “ a ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da data da sua constituição definitiva”. Resta a grande pergunta. Quando o crédito se considera definitivamente constituído, na notificação do lançamento ou na decisão final do processo administrativo. Nos termos da antiga súmula 153 TFR, na notificação do lançamento, sendo a impugnação administrativa fator de suspensão da

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prescrição. O STF e STJ evoluíram e ampliaram o entendimento desta súmula, hoje adotando a “decisão definitiva do processo administrativo, ou, em não havendo impugnação administrativa, na data da notificação do lançamento.” Devemos tomar cuidado. A questão é nebulosa na pergunta, mas a intenção é saber o teor da súmula. 22. PFN ESAF Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta. I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco. II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência. III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar. IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação de tutela. a) Apenas III e IV estão corretos. b) Apenas IV está errado. c) Apenas I e II estão corretos. d) Apenas III está correto. e) Apenas I e III estão corretos. Gabarito alternativa B. As afirmativas I e II traduzem a atual posição do STF e STJ, divergindo, ou melhor, ampliando o entendimento da antiga súmula 153 TFR. A afirmativa III está correta, uma vez que não se admite a compensação mediante o aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial. Portanto, não caberia liminar, nem tutela antecipada para tal efeito. Daí estar incorreta a alternativa IV. 23. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Sobre a ação de consignação em pagamento, prevista no CTN, é correto afirmar que:

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a) a sua propositura, com a oferta de títulos de dívida pública, configura o depósito e suspende a exigibilidade do crédito tributário b) tem legitimidade ativa para a propositura da ação o sujeito passivo da obrigação tributária, assim entendido o contribuinte do imposto, ou o responsável legal, ou o terceiro interessado c) poderá ser proposta no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória d) poderá versar sobre crédito que o consignante não se proponha a pagar, permitindo, em razão do princípio da economia processual, discussão na própria ação sobre o montante efetivamente devido e) o sujeito passivo da obrigação tributária poderá buscar o reconhecimento do direito ao parcelamento, que lhe tenha sido negado administrativamente, pela via da ação consignatória. Gabarito alternativa C. Trata-se de ação que não visa contestar o crédito tributário, mas sim, contestar formalidades indevidas impostas pela Fazenda Pública quanto ao seu recebimento. Vide art. 164 CTN, quanto às hipóteses que admitem ajuizamento da presente ação, cujo objeto é a extinção do crédito tributário pela conversão do depósito em renda. “A importância de crédito tributário pode ser consignada judicialmente pelo sujeito passivo, nos casos: I - de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória; II - de subordinação do recebimento ao cumprimento de exigências administrativas sem fundamento legal; III - de exigência, por mais de uma pessoa jurídica de direito público, de tributo idêntico sobre um mesmo fato gerador. A consignação só pode versar sobre o crédito que o consignante se propõe pagar. Julgada procedente a consignação, o pagamento se reputa efetuado e a importância consignada é convertida em renda; julgada improcedente a consignação no todo ou em parte, cobra-se o crédito acrescido de juros de mora, sem prejuízo das penalidades cabíveis. 24. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS ADVOGADO ALAGOAS Considere: I. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, tendo portanto presunção “júris et jure”. II. Uma das características da dívida ativa é sua constituição bilateral, porque sempre nasce da vontade dos sujeitos ou partes III. A falta de um dos requisitos do termo de inscrição da dívida ativa é causa de nulidade do processo de inscrição, mas a Fazenda Pública pode sana-las até decisão de primeira instância. IV. A incidência dos juros de mora não exclui a liquidez do título para a propositura do executivo fiscal.

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É correto o que consta apenas em: a) I e II b) I, II e III c) I e IV d) II, III e IV e) III e IV Gabarito alternativa E Afirmativa I está incorreta. Trata-se de presunção legal relativa ou “júris tantum”. Vide art. 204 CTN. “A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro a que aproveite.” Afirmativa II está incorreta, uma vez que trata-se da ato unilateral da fazenda, visando instrumentalizar a ação de execução fiscal mediante a formalização de um título executivo extra judicial, a Certidão da Dívida Ativa. Vide art. 201. “Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.” Afirmativa III está correta. Vide art. 202. “O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito. Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.” No entanto, nos termos do art. 203 CTN, a omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo anterior, ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a parte modificada.”. Portanto, trata-se de vício sanável antes da ação de embargos ajuizada pelo contribuinte em face da Fazenda Pública interessada. Afirmativa IV verdadeira. Observe que um dos requisitos do art. 202 CTN, para a inscrição em dívida ativa é a fórmula de se calcular os juros de mora. Daí o art. 200 parágrafo único afirma: “A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos deste artigo, a liquidez do crédito.

QUESTÕES

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01. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MINISTERIO PUBLICO SERGIPE Considere as seguintes afirmações sobre o crédito tributário: I. A constituição do crédito tributário, por intermédio do lançamento por declaração, não é ato privativo de autoridade administrativa. II. A tutela antecipada e a medida liminar concedida em ação cautelar não são hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário. III. O simples pagamento de tributo sujeito a lançamento por homologação extingue o crédito tributário. IV. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for a natureza ou o tempo da constituição deste, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho. SOMENTE está correto o que se afirma em (A) II e III. (B) III. (C) III e IV. (D)) IV. (E) I e III. 02. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO O lançamento tributário é:

a) competência derrogada da União para o Estado b) Imediato, oneroso e identificador do sujeito passivo c) Procedimento administrativo d) Obrigação exclusiva do contribuinte

3. ICMS SP 2002 VUNESP O lançamento

a) é atividade privativa da autoridade administrativa, prevista na lei e restrita á autuação promovida pela fiscalização

b) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que pode ser substituída por ordem judicial

c) é definitivo, após a notificação, extinguindo-se a obrigação decorrente somente pelo pagamento do tributo declarado

d) é atividade privativa de autoridade administrativa, vinculada e obrigatória, que deve ser exercida mesmo nos casos de imunidade e isenção, quando os respectivos créditos não serão cobrados por força dessas dispensas

e) reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se pela lei vigente à época

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04. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Quanto às modalidades de lançamento, é correto dizermos que:

a) São duas: de ofício e por declaração b) São cinco: de ofício, por justificação direta, por justificação indireta, por declaração

e por confissão. c) São três: por justificação indireta, por justificação direta e por confissão d) São três: de ofício, por declaração e por homologação

05. ICMS SP 2002 VUNESP O lançamento de ICMS é:

a) sempre efetuado pela forma de homologação b) efetuado por homologação, quando à débito declarado c) efetuado por homologação, quanto à débito apurado e lançado d) misto, porque depende da declaração do movimento, pelo contribuinte, e fica

submetido ao cálculo da autoridade lançadora e) sempre direto, porque depende de apuração, lançamento ou homologação da

autoridade competente 06.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO No Direito Tributário entende-se como moratória:

a) a prorrogação do prazo para pagamento do crédito tributário, com ou sem parcelamento

b) a declaração expressa ou tácita do contribuinte de que não irá recolher determinado tributo

c) a prorrogação espontânea e por prazo indeterminado no recolhimento do tributo federal ou estadual

d) a forma de se obstar a execução do crédito tributário pelo credor, tendo em vista que o recolhimento é feito judicialmente, e não para o fisco

07.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Assinale a alternativa que não diz respeito à restituição do tributo:

a) cobrança ou pagamento espontâneo do tributo indevido ou a maior que o devido, em face da legislação tributária aplicável, ou da natureza ou circunstâncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido

b) reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória c) tributo regularmente lançado, pago pelo devedor quando, dez dias depois do seu

recolhimento, o sujeito passivo se arrepende de seu pagamento e deseja ter seu

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dinheiro restituído. Opera-se o princípio do “arrependimento”, vez que existe o objetivo de discutir o tributo judicialmente.

d) Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento

08.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO Considere as afirmativas a seguir:

I. Na compensação, se o obrigado ao pagamento do tributo é credor da Fazenda Pública, poderá ocorrer uma compensação pela qual seja extinta sua obrigação, isto é, o crédito tributário

II. Transação é acordo, sendo certo ainda que a lei pode facultar, nas condições que estabeleça aos sujeito ativo e passivo da obrigação tributária, celebrar transação que, mediante concessões mútuas, importe em terminação do litígio e conseqüente extinção do crédito tributário

III. Remissão é perdão, é dispensa. Só pode ser concedida pela autoridade administrativa para tanto expressamente autorizada por lei.

IV. Pela decadência, ocorre a extinção do direito de o fisco constituir o crédito tributário

São verdadeiras:

a) I, II e III somente b) I, II, III e IV c) III somente d) II e IV somente

09. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS – MATO GROSSO As isenções tributárias podem ser concedidas: a) por lei ordinária, por lei complementar, por decreto legislativo do Congresso

Nacional, por medida provisória e por portaria b) por decreto legislativo estadual ou distrital, por lei complementar, por lei ordinária e

por decreto legislativo do Congresso Nacional c) por lei ordinária somente d) somente em caso de calamidade pública, desde que seja por lei municipal, estadual ou

federal 10.FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Um contribuinte sonegou um tributo no ano de 2000, sendo certo que o auto de infração somente foi lavrado no ano de 2005, quando estava em vigor alíquota menos gravosa do tributo devido. Nesta hipótese, o Fisco:

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a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador

b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa em termos de arrecadação

c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário

d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna

e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas. 11. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Um contribuinte praticou infração tributária o ano de 2000, sendo certo que, antes da lavratura do auto de infração em 2005, foi reduzida a multa fiscal legalmente prevista. Nesta hipótese, o Fisco:

a) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que o lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador

b) deverá aplicar a alíquota mais gravosa vigente no ano de 2000, por que mais vantajosa em termos de arrecadação

c) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, por que o lançamento tem eficácia constitutiva do crédito tributário

d) deverá aplicar a alíquota menos gravosa vigente no ano de 2005, em obséquio ao princípio da aplicação da lei mais benigna

e) poderá aplicar, discricionariamente, qualquer das alíquotas. 12. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI Decisão prolatada por órgão colegiado da Administração Pública anulou ato de infração anteriormente lavrado, diante da constatação de vício formal do procedimento fiscal. Nesta hipótese, consuma-se: a) decadência do prazo de 5 anos contados do fato gerador b) prescrição do prazo de 5 anos contados da data da lavratura do auto de infração c) decadência do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão

administrativa d) prescrição do prazo de 5 anos contados do trânsito em julgado da decisão

administrativa e) decadência do prazo de 5 anos contados da data da constatação do vício formal 13. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR PI È vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública, de informação obtida em razão de ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo, ressalvada a hipótese de:

a) procedimentos impositivos instaurados contra o contribuinte

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16. . FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Quanto ao direito do contribuinte à restituição de tributos pagos indevidamente, é correto afirmar que:

a) o prazo de decadência do direito de pleitear a restituição extingue-se com o decurso de 10 anos contados da data da da data da extinção do crédito tributário ou da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa ou passar em julgado a decisão judicial que tenha reformado, anulado, revogado ou rescindido a decisão condenatória.

b) A restituição de tributos que comportem, por sua natureza, transferência do respectivo encargo financeiro somente será feita a quem prove haver efetuado, em nome próprio, seu recolhimento, independentemente de quem tenha assumido o respectivo encargo.

c) Prescreve em dois anos a ação anulatória da decisão administrativa que denegar a restituição.

d) O sujeito passivo tem direito, independentemente de prévio protesto, à restituição total ou parcial do tributo pago indevidamente ou a maior, não sendo tal direito, contudo, extensível à restituição de juros de mora e penalidades pecuniárias.

e) O CTN estabelece hipóteses de interrupção da prescrição para que o contribuinte possa recuperar tributo pago indevidamente

17. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS TCE MIN PÚBLICO AMAZONAS 2006 Tendo em conta as alterações no CTN produzidas pela LC 118/05, em matéria de garantias, privilégios e preferências do crédito tributário, é correto afirmar que:

a) O crédito tributário, em qualquer hipótese, prefere a todos os outros. b) Não se presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu

começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa

c) A cobrança judicial do crédito tributário é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento

d) A concessão de recuperação judicial não depende da apresentação da prova de quitação dos tributos

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e) Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, não pagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não forem encontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seus bens e direitos

18. UNB AGU 2004 Em relação às garantias e aos privilégios do crédito tributário, julgue os itens a seguir:

I. Um bem gravado com cláusula de impenhorabilidade em razão de doação de ancestrais não pode ser objeto de penhora em execução fiscal.

II. Presume-se como fraude o fato de um contribuinte em débito coma fazenda pública em fase de execução fiscal iniciar um processo de alienação de bens, caso não tenha reservado bens ou rendas suficientes para o pagamento do débito.

III. Sendo decretada a falência de uma pessoa jurídica, deve o fisco, de imediato, promover a habilitação do crédito do Estado junto à massa falida.

Indique a seqüência correta V ou F

a) VVV b) VFV c) VFF d) FVF e) FFF

19. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE No tocante às hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário e extinção do crédito tributário, é correto afirmar que:

a) O depósito do montante integral e o pagamento são causas de extinção do crédito tributário

b) A concessão de tutela antecipada em algumas espécies de ação judicial e o depósito do montante integral são causas de suspensão da exigibilidade do crédito tributário

c) O parcelamento e a transação são causas de extinção do crédito tributário d) A remissão e a moratória são causas de extinção do crédito tributário e) A conversão do depósito em renda e o parcelamento são causas de suspensão da

exigibilidade do crédito tributário

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20 .FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE ( adaptada) Considere as seguintes afirmações:

I. O direito de pleitear a restituição de tributo pago indevidamente se extingue com o decurso do prazo de 2 anos, contados da data em que se tornar definitiva a decisão administrativa

II. Na restituição de vence juros capitalizáveis, a partir do trânsito em julgado da decisão definitiva que a determinar.

III. A restituição de tributos pagos indevidamente importa na devolução, na mesma proporção, dos juros de mora e das penalidades pecuniárias

Somente está correto o que se afirma em

a) II b) III c) I e II d) II e III e) Nenhuma das alternativas

21. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Precedentes do Superior Tribunal de Justiça, assim como do STF, apoiado na súmula 153 do extinto Tribunal Federal de Recursos, apontam o seguinte entendimento sobre a decadência e a prescrição do crédito tributário:

a) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em princípio o prazo prescricional, que todavia, fica suspenso até que sejam decididos os recursos administrativos.

b) constituído, no qüinqüênio, através de auto de infração ou notificação de lançamento, o crédito tributário, não há que se falar em decadência, fluindo, a partir daí, em princípio o prazo prescricional, que se esgotará no prazo prescricional de cinco anos, independentemente de julgamento dos recursos administrativos

c) a cessação do prazo fatal da decadência dá-se tão somente com a solução definitiva do processo administrativo e não com a lavratura do auto de infração ou a notificação de lançamento, fluindo, a partir da solução definitiva do processo administrativo, o prazo prescricional

d) O prazo decadencial não se suspende nem se interrompe, por expressa disposição legal, correndo antes do auto de infração ou notificação de lançamento, assim como durante todo o processo administrativo. Escoado este prazo a Administração Pública

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terá o prazo fatal de 5 anos para percepção da quantia apurada no processo administrativo, sob pena de ocorrer a chamada prescrição intercorrente

e) Com a simples lavratura do auto de infração não se consuma o lançamento fiscal, em razão de sua provisoriedade, porém a decadência é impedida, fluindo, a partir daí o prazo prescricional, que não se suspende ou interrompe, tendo a Administração Pública cinco anos para a cobrança do crédito sob pena de prescrição intercorrente.

22. PFN ESAF Julgue os itens abaixo segundo o entendimento atualmente dominante no Superior Tribunal de Justiça e marque, a seguir, a opção que apresenta a resposta correta.

I. No caso de tributo lançado por auto de infração, diz-se definitivamente constituído o crédito tributário depois de fluído o prazo para interposição do recurso administrativo, sem que ele tenha ocorrido, ou decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do Fisco.

II. Na pendência do julgamento de impugnação ou recurso administrativo apresentado tempestivamente, não correm nem prescrição nem decadência.

III. A compensação de créditos tributários não pode ser deferida por medida liminar.

IV. A compensação de créditos tributários pode ser deferida por antecipação de tutela.

a) Apenas III e IV estão corretos. b) Apenas IV está errado. c) Apenas I e II estão corretos. d) Apenas III está correto. e) Apenas I e III estão corretos.

23. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS PROCURADOR SERGIPE Sobre a ação de consignação em pagamento, prevista no CTN, é correto afirmar que:

a) a sua propositura, com a oferta de títulos de dívida pública, configura o depósito e suspende a exigibilidade do crédito tributário

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b) tem legitimidade ativa para a propositura da ação o sujeito passivo da obrigação tributária, assim entendido o contribuinte do imposto, ou o responsável legal, ou o terceiro interessado

c) poderá ser proposta no caso de recusa de recebimento, ou subordinação deste ao pagamento de outro tributo ou de penalidade, ou ao cumprimento de obrigação acessória

d) poderá versar sobre crédito que o consignante não se proponha a pagar, permitindo, em razão do princípio da economia processual, discussão na própria ação sobre o montante efetivamente devido

e) o sujeito passivo da obrigação tributária poderá buscar o reconhecimento do direito ao parcelamento, que lhe tenha sido negado administrativamente, pela via da ação consignatória.

24. FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS ADVOGADO ALAGOAS Considere:

I. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez, tendo portanto presunção “júris et jure”.

II. Uma das características da dívida ativa é sua constituição bilateral, porque sempre nasce da vontade dos sujeitos ou partes

III. A falta de um dos requisitos do termo de inscrição da dívida ativa é causa de nulidade do processo de inscrição, mas a Fazenda Pública pode sana-las até decisão de primeira instância.

IV. A incidência dos juros de mora não exclui a liquidez do título para a propositura do executivo fiscal.

É correto o que consta apenas em:

a) I e II b) I, II e III c) I e IV d) II, III e IV e) III e IV