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Ponto & Vírgula - Janeiro 2013

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A edição de janeiro da revista Ponto & Vírgula traz uma matéria especial com a escritora Lucília Junqueira de Almeida Prado.

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Ribeirão Preto, 14 de dezembro de 201216

Ribeirão Preto, 14 de dezembro de 201216

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Direção GeralIrene Coimbra

a.poeti [email protected]

EdiçãoPonto & Vírgula Editora e

Produtora de Eventos

Diagramação e ArteABS Produções(16) 9137-1033

[email protected]

ImpressãoNova Enfi m - Gráfi ca e Editora

(16) 3234-1508novaenfi [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade do autor. A opinião

da revista é expressa em editorial.

Ponto & Vírgulaem revista

Irene Coimbra

Ribeirão Preto, 14 de dezembro de 201216

EditorialExpediente

2013 chegou!!! Com ele também chegou a revista que fal-tava em Ribeirão Preto: a Revista “Ponto & Vírgula”!

Uma revista que tem como objeti vo divulgar escritores, poetas, músicos, arti stas em geral e todos os envolvidos em Educação e Cultura.

É mais um projeto concreti zado pela professora, escrito-ra, empreendedora idealista, produtora e apresentadora do programa “Ponto & Vírgula” da TVRP, Irene Coimbra.

A revista “Ponto & Vírgula” tem todos os ingredientes para ser sucesso, assim como já é sucesso a “Antologia Pon-to & Vírgula”, que em sua primeira edição, lançada em 22 de maio de 2012, reuniu 39 escritores, na segunda, lançada em 7 de dezembro de 2012, 46 escritores e já parti ndo para a Terceira Edição, com previsão de mais de 60 escritores.

Nesta primeira edição da “Ponto & Vírgula”, de acordo com a matéria dos colunistas convidados por Irene Coimbra, já dá pra se ter uma idéia do nível cultural da revista.

A princípio não haverá colunistas fi xos. Todos os interes-sados em divulgar matérias de sua autoria, poderão enviá-las diretamente para Irene (a.poeti [email protected] ou [email protected])

As selecionadas serão publicadas e as não selecionadas serão devolvidas. A cada edição haverá novos convidados.

Por enquanto é só!

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Destaque

Dia 20 de dezembro de 2012, vés-pera do anunciado “fi m do mundo”, no apartamento da Escritora Lucília Junqueira de Almeida Prado, ti ve um bate-papo super descontraído com ela. O tempo em sua companhia pas-sou voando, e foi uma delícia ouvir seus casos pitorescos!

Hoje, com permissão dela, com-parti lho-os com vocês:

1ºLucília: Certa vez, recebi um tele-

fonema de São Paulo, pedindo que eu fosse para lá , a fi m de receber o prêmio Jaboti . Eu nem sabia que esta-va concorrendo, pois quem manda o livro para ser julgado, é a editora. Saí do telefone eufórica e o primeiro fi lho que encontrei, agarrei-o pelo braço, sacudi-o e gritei: “Aloísio! Aloísio! Ga-nhei o Jaboti ”. E ele, com a maior cara de pau, me perguntou: - “Macho ou fêmea?”

2ºLucília: Quando eu ti nha 17 anos,

Dona Vera Paranaguá, dama da so-ciedade de São Paulo, resolveu fazer uma festa, em benefí cio dos praci-nhas que lutavam na Itália. O últi mo quadro da festa, representava uma escadaria, por onde mocinhas da sociedade paulista deveriam descer representando cada uma, a persona-gem de um país. Fui convidada para encerrar o espetáculo, descendo a escadaria representando a Marquesa de Santos, representante do Brasil. Na hora do almoço, quando minha mãe contou para meu pai, ele sorriu de orelha a orelha. E falou: “Filhota, mas que glória! E quem você vai repre-sentar?” Inocentemente respondi: “A Marquesa de Santos”. Meu pai empa-lideceu, e dando um murro na mesa

Casos pitorescos deLucília Junqueirade Almeida Prado

gritou: “Não admito que minha fi lha represente uma puta!”.

Pois não é que ti veram de inventar uma tal de Viscondessa de Cachoeira, para que eu descendo da escadaria, vesti da à moda do império, abanan-do-me com um grande leque, repre-sentasse o meu país? Foi uma beleza, mas ninguém sabia quem era a tal vis-condessa.

3ºLucília: Vivi 53 anos na fazenda

muito chegada aos problemas dos colonos. Certo dia, uma mulher cha-mada Maria Simplício, tendo fi cado viúva com 4 fi lhos, foi me pedir que a levasse ao médico, pois se ele acabas-se com certas tonturas, ela e os fi lhos teriam força para tocar 10.000 pés de café. Levei-a ao Dr. Ribamar, um mé-dico nordesti no, muito bondoso, e ele perguntou: “O que sente, minha fi lha?” Então, Maria Simplício levan-

do a mão à cabeça disse: “ Tirando uma dor fi lha da mãe que sinto aqui na cabeça, um aperto no gorgomilo, um travo nas costas, umas pontadas na anca,tremedeira nas pernas e essa aziazinha que me persegue seu dou-tor, sou saninha de tudo.”

Dr. Ribamar, olhando-a com pena disse: “Minha fi lha, você tem um zoo-lógico na barriga”.

Receitou-lhe um vermífugo poliva-lente e ela e os fi lhos puseram todas as bichas pra fora.

Dai por diante tocou sua vida com a força de um homem.

4ºLucília:Certa ocasião ti vemos um

caso de invasão de água de 400 al-queires de uma de nossas fazendas. O governo pagou em prestações grande parte. No fi m, fi cou faltando 750 mil cruzeiros. Passaram os me-ses, e nada de nos pagarem. Soube

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então que quem tomava conta des-ta dívida era o Sr. Andrea Matarazzo. Resolvi, sem marcar hora, ir ao seu escritório. Fui. Quando lá cheguei o secretário me perguntou: “Mas a se-nhora tem hora?” Respondi: “ Não, mas tenho tempo”. Sentei numa ca-deira, peguei meu tricô e comecei a tricotar. O Senhor Andrea, abria a porta para despedir e receber os agendados, me olhava espantado e não dizia nada. A noite chegou e eu tinha feito uma manga comprida de um paletó. O Sr. Andrea, louco para ir para casa, chamou-me dizendo: “A senhora é a pessoa mais teimosa que conheço”. Respondi: “ Não sou teimosa, sou persistente”. Ele riu, me fez entrar, e acabou pagando o que nos devia.

5ºLucília: Temos uma fazenda no

Mato Grosso, com uma casinha de ma-deira que consegui arrumar confortá-vel. Frente a ela, ti nham derrubado o mato, feito pastagens e deixado todos

os coqueiros. Era uma infi nidade de palmitais, que fomos comendo um a um. Naturalmente, depois de anos a consumi-los foram escasseando, e eu reclamei. “Quem anda derrubando meus coqueiros?” Meu marido então perguntou: “Como você quer comer o palmito sem derrubar os coqueiros?”

6ºLucília: O meu sogro era um ho-

mem provinciano, mandão prá ca-ramba. Certa vez, (grávida de meu quinto fi lho), conversando com uma cunhada na varanda da fazenda, eu disse: “Se eu ti ver outro menino, vai se chamar Bernardo. Se for uma mulher, vai se chamar Catarina. Meu sogro fi ngia cochilar na rede, ouviu e não disse nada, mas no dia seguinte comprou um casal de cachorros, e entregando-os para o caseiro, disse: “Olha Alcides, o nome deles é Ber-nardo e Catarina”. A minha vingança é que hoje ele tem um bisneto que se chama Bernardo e a promessa de uma bisneta chamar-se Catarina.

PerfilAlgumas obras de Lucília

Lucília Junqueira de Almei-da Prado, tem 65 livros infan-to-juvenis publicados (todos esgotados) e 16, entre contos e romances, para adultos. Re-cebeu no ano de 2012, duas importantes homenagens:

A primeira durante a 12ª. Feira Nacional do Livro de Ri-beirão Preto quando a Biblio-teca de Artes dos Estúdios Kai-ser de Cinemafoi inaugurada e levou seu nome: Biblioteca de Artes Lucília Junqueira de Al-meida Prado.

A segunda, dia 17 de no-vembro, de 2012, em São Pau-lo, no Bairro da Liberdade, pela Sociedade Brasileira de Cultu-ra Japonesa e de Assistência Social, quando recebeu o Di-ploma de Mérito pela eleva-da qualidade literária de suas obras e, em especial, pela ele-gante abordagem do tema da imigração japonesa em seus romances: “O Amor é um Pás-saro Vermelho” e “Sob as Asas da Aurora”

O romance “Sob as Asas da Aurora” conta a história de um casal de imigrantes japoneses, Missayo e Taro, que foram ad-ministradores da Fazenda La-geado, de sua propriedade e onde ela passou sua infância.

A romancista além do Ja-boti de 1971, recebeu outros prêmios, sendo o mais impor-tante o do “Pen Clube Interna-cional”, pelo conjunto de suas obras. Em 1980 foi considera-da a “Personalidade do Ano”. Neste ano e nos dois seguintes foi presidente da “Academia de Literatura Infantil e Juvenil”.

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São 65 livros infanto-juvenis publicados e 16, entre contos e romances, para adultos

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Artigo

A Casa do Poeta é um lugar onde poetas, músicos, pessoas ligadas à Arte se encontram.

Reuniu em 2012, talentos como os pianistas Gustavo Molinari e Sue-ly Cacita, a jovem soprano Carolina Strakovinch, o cantor seresteiro Le-andro Silva, e o fl auti sta Samuel Bas-ti anini (que veio de Franca somente para se apresentar na enti dade). Tem uma frequência de quarenta a sessenta pessoas, maioria da ter-ceira idade, que se encontram todo primeiro sábado do mês, das 15h às 18h, para declamarem poesias, can-tarem, lerem e discuti rem sobre seus trabalhos literários. A Casa traz todo mês, um escritor a ser entrevistado, um músico convidado e ao térmi-no da reunião oferece um delicioso Café! Além dos poetas de Ribeirão Preto, também parti cipam da Casa outros poetas da região como, a po-eti sa Sebasti ana Laxa, de Tambaú,

Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto em Destaque

Para quem ainda não conhece a Casa do Poeta e do Escritor de Ribeirão Preto, assim a descreve a poetisa Maris Ester A. Souza, Presidente da Casa

o poeta Vicente de Santo Antônio da Alegria, a poeti sa e declamadora Célia Natalina, de Batatais, entre ou-tros. Todos com o objeti vo de estar em união com os poetas de nossa cidade. No ano de 2012, dia 22 de abril, a Casa completou vinte e dois anos e a comemoração se deu no Centro Cultural Palace, comemoran-do também o “Dia Mundial do Livro” (24/04). O auditório do Palace fi cou lotado. Estudantes com seus pais, poetas, escritores, arti stas em geral compareceram ao evento. Uma fala marcante fi cou em minha memória quando convidada a falar algo, a es-critora, poeti sa e professora Ely Viei-tez Lisboa disse: “Olhando este pré-dio lotado, em uma segunda-feira, um público atento, gente que veio por interesse ao livro e à leitura, vejo que o mundo não está perdido!”

Gostaria de ressaltar que a Casa do Poeta não existi ria sem o trabalho

do nosso incansável vice-presidente, um dos fundadores e um dos maio-res trovadores de Ribeirão Preto, Othniel Fabelino de Souza, também conhecido como Oefe Souza. A ele o nosso eterno agradecimento. Nota: A Casa do Poeta fi ca na Rua Liberdade, 182 – Campos Elíseos.

Othniel Fabelino de Souza, vice-presidente, um dos fundadores da Casa do Poeta de Ribeirão Preto

Maris Ester A. Souza, Presidente da Casa do Poeta

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Ely Vieitez Lisboa

Poesia & Prosa

É um equívoco pensar que fazer poemas é mais fácil que escrever em prosa. Ao contrário, o gênero poéti co é mais exigente, os conceitos e asser-ções são mais sugeridos que explíci-tos. Na poesia há que se usar muito bem a linguagem fi gurada. Um bom poema é aquele que consegue dar uma roupagem nova, como algo que nunca foi dito.

Ora, os poemas têm mais do au-tor que sua prosa, quer sejam crôni-cas, contos ou romances; eles refl e-tem sua alma, sua sensibilidade, sua essência e sua cosmovisão. Antes, contudo, de explicitar o argumento, é preciso lembrar algo inquesti oná-vel: são muito tênues os limites en-tre a realidade, na obra literária, e a fi cção. Aliás, enfati ze-se que, muitas vezes, o conceito de fi cção é muito equivocado.

Pensa-se, em geral, que obras de fi cção são as alicerçadas somente na criati vidade, quando o autor cria uma realidade fi ctí cia, sonhada, ide-alizada. O autor não é um demiurgo que cria do nada. Quando escreve uma novela, um conto, um roman-ce, o material que usa é a própria realidade. Ele a toma, recria, muda, de acordo com sua fi losofi a de vida,

"Na vida, como na Literatura, nada é muito lógico e matemático, gerando discussões e celeumas que ficam sempre em aberto"

seus conceitos de arte, sua mundivi-dência. É a sua visão de mundo.

Aprofundando nesses conceitos, é preciso lembrar de certos debates sobre a criati vidade na Arte. Nunca se chegou a um consenso se a Arte imita a vida, ou vice-versa. Minha experiência pessoal, nesse assunto, é interessante. Em 2003 publiquei o romance epistolar Cartas a Cas-sandra, obra premiada pela Aca-demia de Letras de Minas Gerais e que atraiu muitos leitores. No livro, a narradora conversa com as possí-veis leitoras sobre a vida, em cartas--capitulo e as personagens, com suas histórias densas e muitas vezes trá-gicas, são mulheres várias, de classe social diferente. Como procedimento literário, as cartas são da infância, da mocidade e da idade adulta. Casual-mente, logo após o lançamento do livro, aconteceram fatos em minha vida, que pareciam copiados da obra. Premonição?

Aliás, na vida, como na Literatura, nada é muito lógico e matemáti co, gerando discussões e celeumas que fi cam sempre em aberto. Existem os conceitos de apolíneo e fáusti co, nas Artes. A tendência do primeiro é seguir regras clássicas, já consagra-das; o segundo prioriza a liberdade

de criação, o novo, o inusitado em Arte. São sobejamente conhecidas as característi cas anti téti cas das cha-madas Escolas Literárias. Enquanto o Romanti smo opta pelo subjeti vismo, o Parnasianismo, ao contrário, prega o objeti vismo, a valorização da for-ma, da linguagem perfeita.

Conti nuando o raciocínio acima, há uns dias, assisti ndo no Canal 3, do SESC, a um Documentário sobre o grande poeta Lêdo Ivo, ele cita uma afi rmação de Tolstoi: “Se queres ser universal, fala de tua aldeia”. A citação pede rica discussão sobre o assunto. Na realidade, quando um autor escreve sobre suas dúvidas, busca respostas para seus questi ona-mentos fi losófi cos ou metafí sicos, ele não fala somente de si, mas de todos os seres humanos, iguais em essên-cia, criaturas do mesmo barro, para usar a metáfora bíblica.

Como se vê, o tema Poesia e Pro-sa suscita um aprofundamento, por sua complexidade. Acima está o iní-cio da abordagem, muito ainda pela rama. É só um prólogo. Convido lei-tores interessados a conti nuar com a pesquisa sobre o assunto.

Ely Vieitez Lisboa é escritora. E-mail: [email protected]

“Se queres ser Universal,fala de tua aldeia”

Tolstoi

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Poemas do Mês

PoetandoNely Cyrino de Mello

No princípio, o Verbo,pairando sobre as águas,navegando nas estrelas

em que se fez Luz.

O verbo se fez homeme o homem se fez poeta.

Rei, escravo, profeta.O poeta surfa nas palavrase se afoga nos seus versos

como o surfista brinca com o mar.

Traz o coração inquieto,a mente borbulhante,prestes a transbordar.

Ele captura a chamaque acende os sentimentos.

A poesia se derramano espaço descalço,

na magia, no assombro,inundação de abraços.

Como o pescador às pérolas,o poeta busca palavras

na concha do pensamento,formadas pelo atrito e pela dor.

E em delírio, explodindo,como gotas de cascatas

molhando a alma, matando a sede,

ele oferta seu poema, sublime doação do amor!

EscrevoGuilherme Mapelli Venturi

Escrevo em vão,escrevo por qualquer razão.

Escrevo para passar o tempo,escrevo a qualquer momento.

Escrevo por prazer,escrevo sem querer.

Escrevo por necessidade,escrevo com a saudade.

Escrevo sem saber,escrevo por escrever.

Escrevo sem entender,escrevo sem sofrer.

Escrevo para minha própria reflexão,

escrevo para refletirem.Escrevo...

ViajandoNilva Mariani

Vou por essas estradas desoladas de minha terra, essas rotas

tristonhas,cheias de pó, quentes e ensolaradas,

vermelhas, longas, tristes e enfadonhas.

O trem, serpente gigantesca de aço,

nelas arrasta-se, lambendo o pó.Dos livros ergo os olhos por espaço,

contemplo a paisagem e sinto dó

dessas árvores tão moças, mas tãoenvelhecidas pela terra má;

amarguradas, velho o coração,sem brilho, moças, mas tão tristes já.

E eu penso num tão jovem coração,ofusco e triste qual pobre ancião...

Poemas Perdidos

Heloísa Crosio

No escuro do quarto, O sono que não chega.

Nem a lua ilumina a janela!

Silêncio na madrugada quente,Sem vento... Somente

apaixonados sentimentos!

Tempo lento das horas que não passam,

Dos ponteiros que não andam,Do corpo que te chama!

E nos meus devaneios, escrevo poemas

Que vagam pelos meus pensamentosNa solidão que me inflama!

E quando o sono chegaVence os sonhos,

e rouba meus poemas.Tudo fica perdido... esquecido!

Jesus CristoPoeta Toledo

O Teu nome Eu chamo.

A Tua bênção Eu clamo.

A Tua forçaEu proclamo.O Teu poderEu conclamo.A Tua belezaEu declamo.

PorqueEu Te amo.

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Poema

Antonio Ventura

PonteCaminhamos lado a lado.Rimos juntos das mesmas coisas.

No entanto,sou só eu que tenho um pássaropousado no ombro.

Eu sou a ponte que seus olhos procuram.A única distância é seu medo.

Desenho: Carlos Alberto Paladini

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Educação

Antônio Carlos Tórtoro

A ideia de fazer uma coletânea de meus artigos — publicados em jornais, revistas e sites — sobre Educação, família, realidade esco-lar, e suas relações com os aconte-cimentos divulgados pela mídia no cotidiano, nasceu no dia em que, durante o lançamento de meu livro Piacevolezza, no Ponto de Encon-tro, do Shopping Santa Úrsula, meu amigo, e pai de ex-aluna, Sebastião Correia de Carvalho, aberta a pala-vra ao público presente, indagou--me sobre qual a riqueza que eu ha-via obtido nos mais de trinta anos de magistério.

Minha resposta foi: grande parte de minha experiência, ao conviver com os jovens e suas famílias, está registrada em meus artigos escritos nos últimos vinte anos.

Nesse momento, o Ex-Prefeito, Dr Welson Gasparini, também pai de ex-alunos, e que prestigiava o evento, quase me impôs a necessi-dade de, imediatamente, publicar o material de que eu dispunha, a fim de que um número maior de pais, a exemplo dele, pudessem conhe-cer um pouco da minha maneira de pensar a escola e suas relações com as famílias.

A partir daí, a ideia tomou corpo e, como eu não estava sonhando sozinho, Marcos Botelho e o Shop-ping Santa Úrsula tornaram realida-de a publicação de REPERCUTINDO

Repercutindo Educação

“A complexidade começa logo que há sistema, isto é, inter-relações de elementos diversos numa unidade que se torna complexa (una e múltipla)”.

Morin

EDUCAÇÃO e a sinestesia decor-rente de suas relações.

A escritora Ely Vieitez Lisboa diz sobre o livro : “Iniciando o livro, descobre-se logo a razão da leitura agradável, apesar dos temas apa-rentemente comuns e já muito ex-plorados. Os argumentos, as análi-ses, os posicionamentos do Tórtoro Professor, Coordenador Pedagógico e Orientador Educacional são sem-pre frutos do vivido, do vivenciado dia a dia e não meras teorias. É isto que dá força aos textos, com títu-los, argumentações e abordagens diferentes”.

A Dra. Vera Lucia Hanna comen-tou: “A obra apresenta um estilo agradável, de quem sabe realmen-te lidar com as palavras, fazendo--as vetores de uma informação sempre pertinente à transparência dos fatos relatados. Trata-se de um escritor que viaja pela vida, olhan-do à frente o seu destino, sem dei-xar, contudo, de enxergar todos os fatos que acontecem à direita e à esquerda da paisagem existencial. Assim sendo, sua temática é eclé-tica, refletindo Educação, compor-tamento de pais e filhos diante de problemas escolares, valor da lei-tura, modismos, cidadania, bulling, até mesmo aquele que surge do comportamento de adultos que de-veriam massacrá-lo, para melhor orientação e equilíbrio dos jovens”.

A publicação do material de que eu dispunha permitiu

que um número maior de pais

pudesse conhecer um pouco da minha maneira de pensar

a escola e suas relações com as

famílias

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Artigo

Brasil PP Salomão *A éti ca, seja do ponto de vista fi -

losófi co, ou que objeti va o estudo do comportamento moral ou ainda sob o conceito de que é a conduta esperada pela aplicação de regras morais, sempre estará umbilicalmente ligada ao direito.

Mesmo o direito sendo ciência, e, que a ética não possa ser vista como objeto descritível de uma ci-ência, inexoravelmente, tal qual as paralelas, em um momento infinito, ou até finito, elas se encontrarão. Se o direito é o hospedeiro de normas de superposição, que envolvem os fatos da vida, e da morte, para lhes dar sentido e sobretudo limites, e punições pela desobediência, a éti-ca não pode ser vista como um fe-nômeno especulativo. Não significa que o direito seja apofântico, pois ele cuida do “dever ser”, tal qual a

Ética e Direitoética. Não diferem por aí, como pre-tendem alguns diversos autores.

Outra é a visão que se faz da de-ontologia onde se reconhece, como afirmado acima, que é a conduta esperada pela aplicação de REGRAS morais voltadas ao comportamento social. Sem sanções. É essa natureza normativa da ética que a colocará paralelamente ao direito, que tam-bém faz o regramento ora vedando, ora permitindo, ora determinando “que seja feito”, e, quase sempre, com sanções.

Para descrever tal encontro da éti ca com o direito, na verdade, segui a lição da poeti sa cá das Terras de Ri-beirão Preto, Elisa Alderani, quando no poema FERIDAS diz: “Abri a ga-veta das lembranças - Tirei tudo que dentro estava”.

* Advogado

Nelson Jacintho *Pediu-me, a minha amiga Irene,

que escrevesse um arti go sobre o meu livro “Postura é Fundamental” para a Primeira Edição de sua Revis-ta “Ponto e Vírgula”. Antes de tudo quero me congratular com essa pes-soa incansável que é Irene Coimbra e agradecê-la pelo genti l convite que me fez para parti cipar desse novo ór-gão de imprensa e porque não dizer de literatura que vem engrandecer mais o nosso rico parque literário! Irene é dessas pessoas incansáveis que sempre estão de olho no futuro.

Em relação ao livro “Postura é Fundamental”, é um livro que, como o próprio nome diz, valoriza a boa postura das pessoas, desde o nascimento até a morte. A postura é realmente fundamental na vida das pessoas.

Pessoas que não têm boa pos-

Postura é fundamental!tura, certamente, se já não estão sofrendo, vão sofrer. Sabemos que todas as células do organismo de-pendem de oxigênio. Sabemos que o oxigênio é levado pelo sangue a todas as partes do organismo. Re-giões do nosso corpo que não re-cebem o sangue necessário, com o respectivo oxigênio, certamente vão ficar doentes. Quando sentamos ou deitamos em uma posição em po-sição inadequada, os tecidos vão receber menor oxigenação e, com o passar do tempo, vão adoecer. O oxigênio é vida para as células, teci-dos e órgãos. Com o passar da idade os nossos órgãos vão se tornando cada vez mais preguiçosos. As de-fesas naturais vão diminuindo o seu vigor e, o organismo vai, cada vez mais, ficando à mercê de doenças degenerativas que vão nos acome-tendo, no outono da vida!

Costumo falar que a lei da gravi-dade é ingrata com ao corpo huma-no, que tenta fi car ereto. Ela vai nos atraindo, nos puxando com maior intensidade à medida que a nossa musculatura vai perdendo o tônus normal, vai nos deixando arcados com o passar do tempo.

* Médico Ortopedista

Se o direito é o hospedeiro

de normas de superposição que

envolvem os fatos da vida e da morte,

a ética não pode ser vista como um fenômeno

especulativo

Dr. Brasil Salomão

Dr. Nelson Jacintho

A lei da gravidade é ingrata com o

corpo humano, que tenta ficar ereto

Saúde

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Dicas de Português

Casos em que a crase é empregada, obrigatoriamente: - à medida que, - às vezes,- à noite, - à moda. Ex: - À medida que o tempo passa, mais gosto de você.- Às vezes vou ao teatro.- Se você sair à noite, tome cuidado.- Quero uma pizza à moda italiana. A crase não ocorre: antes de - palavras masculinas, - antes de verbos, - de pronomes pessoais, - de nomes de cidade que não uti lizam o arti go feminino, - da palavra “casa” quando tem signifi cado do próprio lar, - da palavra “terra” quando tem senti do de solo - e de expressões com palavras repeti das (dia a dia)P&V

Um pouquinho sobre Crase, pra você relembrar

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VpM: Por que escolheu fazer Moda como Faculdade?

Susana Almeida: Desde pequena sempre gostei muito de tecidos e es-tampas. Enquanto minha avó costura-va, fi cava ao lado da máquina fazendo combinações com os retalhos. Essa curiosidade só aumentou conforme cresci e quando ti ve que decidir o que queria fazer da vida, só pensei em uma coisa: Moda!

VpM: Logo quando você terminou a Ffaculdade, veio para São Paulo e começou a trabalhar como assistente de produção. Como foi vivenciar essa profi ssão?

Susana Almeida: Sempre gostei de folhear as revistas de Moda, apesar de não seguir tantas tendências. Quando cheguei em São Paulo e ti ve a oportu-nidade de entrar para a área de produ-ção foi como sonho, nunca imaginei que

Vagas para Moda

Aline Olic

Quem estreia a nossa seção é a Susana Almeida

pudesse conseguir tão rá-pido produzir as fotos das revistas que eu gostava de ler. No início foi... deslum-brante! É a palavra certa. Eu pagava para trabalhar e não ti nha hora pra viver, conhe-ci pessoas incríveis e lugares maravilhosos, andava carre-gada de sacolas de lojas que jamais pensei passar pela calçada, almocei com gente famosa, e fi z contatos que guardo a sete chaves. Não imaginava que precisasse de tantas pessoas e tanto trabalho para uma foto. Para trabalhar com produ-ção de moda, tem que ser forte, extroverti do, muito comunicati vo e disposto.

As pautas sempre vão mudar de um dia para o outro, as fotos sempre podem atrasar horas e horas, e de repente a edi-tora da revista vai pedir o vesti do mais difí cil da marca mais complicada de se produzir, e é a pro-ati vidade que faz a diferença nessa hora. Não é um traba-lho fácil, mas quando se vê o resulta-do é muito grati fi cante.

VpM: Hoje você é produtora em as-sessoria. Conta pra gente: o que faz uma produtora dentro de assessoria?

Susana Almeida: Basicamente cuido da logísti ca do produto com o produtor. Os produtores nos enviam as pautas das revistas e temos que fazer de tudo para encaixarmos cada um de nossos clientes.

Enviamos as peças e torcemos para que seja emplacado, dessa forma, sain-do créditos nos editoriais. Cuidamos também da organização do acervo. En-trada e saída das peças de acordo com a

estação, tabela de preços, envio de fotos em sti ll para as pautas de consumo. E os clientes que desfi lam no Fashion Week, cuidamos de backstage, organizamos a fi la de imprensa para as entrevistas com os esti listas, cabeleireiros e maquiado-res. E, seeti ng, onde mapeamos a sala do desfi le e cuidamos para que cada con-vidado sente na cadeira correta. Para não ter confusão minutos antes do desfi le, os nomes mais importantes sempre têm o privilégio da fi leira A.

VpM: Você já trabalhou várias vezes no SPFW. Queremos saber a sua visão! Para você, além de uma semana de Moda, o que é o SPFW?

Susana Almeida: Vejo o SPFW como uma vitrine de ideias tenden-ciosas, que refl etem tudo o que nos cerca socialmente, fi nanceiramente, nacionalmente e mais. E também ser-ve para infl ar o ego dos exibidos.

VpM: Dentro da Moda, qual campo você mais admira e por quê.

Susana Almeida: Entrei na faculda-de imaginando que fosse ir para a área de esti lo e modelagem, mas durante o curso descobri todas as outras possibili-dades de trabalho, me apaixonei por produção e fotografi a de Moda, tanto é que cheguei em São Paulo traçada a conseguir me inserir nessa área.

Hoje ainda não estou sati sfeita, quero conhecer mais. Gosto muito também da área de criação e estampa-ria, ainda quero me aventurar por ela.

VpM: Você trocaria sua profi ssão por outra em outra área?

Susana Almeida: Só se a proposta valesse muito a pena! Eu amo traba-lhar com Moda.

VpM: Espero que tenham gostado da entrevista tanto quanto nós gos-tamos de entrevistá-la.

Valeu Su!!! :)htt p://www.vagasparamoda.com.br/

Formada em Moda e com cursos como Produção de Moda, Direção de Arte e Estamparia, a Su tem o currículo perfeito para ninguém botar defeito. Já traba-lhou como assistente de produção tendo seu nome divulgado em revistas como Esti lo, Marie Claire, entre outras. Foi produtora de objetos em uma diverti da série do canal Multi show, trabalhou para uma conhecida empresa carioca de vestuário feminino e hoje, trabalha como produtora em uma assessoria de co-municação super badalada.

A seguir, o nosso bate-papo/entrevista.

Susana Almeida

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Falar de moda nos dias de hoje parece fácil com tantas informações disponíveis não apenas na internet, como também na televisão, revistas e livros. Mas moda não se resume apenas em tendências para a próxi-ma estação. Ela vai além, ela refl ete o comportamento e os valores de uma sociedade, de um grupo de pessoas, de uma cultura.

Já dizia Chanel que “a moda sai de moda, o esti lo jamais”, mas, de alguma maneira, ao tentarmos nos diferenciar, nunca fi camos tão iguais. Talvez seja por essa sensação do tem-po passar mais rápido ou talvez essa busca desenfreada por consumir mais e mais. Queremos tudo o que está dis-ponível para comprar. E, quanto me-

Priscila Okano

O conceito de auto-ajuda é alvo de devoção dos brasileiros. Não é em vão que vários escritores e demais arti stas têm se dedicado ao gênero. Todo ser humano tem necessidade de relacionamento. O indivíduo que não a possui, segundo a psicologia, sofre de alguma espécie de patologia ou distúrbio. De acordo com o psicólogo Abraham Maslow, relacionamento so-cial ocupa o terceiro lugar na pirâmide das necessidades humanas.

O elemento crucial para relaciona-mentos exitosos é o amor. Claro, em suas diversas nuances. No grego, cuja cultura helenista ainda nos infl uencia, há três expressões traduzidas para amor em português: phileo, eros e ágape. Phileo é o amor presente em uma amizade, de onde se origina a palavra philos, amigo. Também é usa-da, em outro contexto, para amante. Eros é o amor entre um homem e uma mulher, de onde se origina o termo eróti co e usado para descrever o sen-ti mento de caráter sexual. O que dife-

Matheus Viana

Quem é você? Quem você quer ser?

nos disponível for o produto, maior o nosso senso de “esti lo” e status social. Hoje em dia, parece que nos torna-mos mais imagem do que indivíduos.

Esti lo é o nosso indivíduo expres-sando quem ele é. Mas fi ca difí cil ex-pressar-se quando há tantas opções disponíveis. E a indústria sabe disso e coloca a nossa disposição um leque vasto de possibilidades. Nesse verão, somos românti cos, no inverno, somos góti cos. Na estação seguinte, viramos todos hippies.

Não, isso não quer dizer que esta-mos errados, nem que a indústria é um monstro que nos domina. Afi nal de contas, desde que a moda era uma simples forma de proteção contra o frio, o Homem busca sua identi dade.

Entretanto, com os avanços adquiri-dos ao longo dos séculos até chegar-mos ao século XXI, é possível ver mais niti damente essa busca interna se exteriorizando através da moda, por exemplo. E, diante de tantas possibili-dades, a pergunta que fi ca não é mais “quem é você?”, e, sim, “quem você quer ser?”.

Priscila B. OkanoBióloga e consultora de Moda em

busca de sua identi dade fazendo as vezes de escritora

Ensaios sobre auto-ajudare de pornéia, que é a relação sexual desprovida de eros. Já ágape é o amor altruísta. O amor que, por exemplo, um pai ou uma mãe sente pelo fi lho ao ponto de dar a própria vida por ele. Foi este o amor que levou Jesus a se sacrifi car pela humanidade.

Este Jesus, citando a Lei mosaica, elucida: “Amem o Senhor vosso Deus de todo coração, de toda a alma e de todo entendimento... E o seu próxi-mo como a ti mesmo”. (Evangelho segundo Mateus 22:37 e 39). O verbo amem usado no texto original é ága-peseis. Portanto, o intento é de que amemos a Deus, ao nosso próximo e a nós mesmos com o amor ágape nes-ta ordem inversa ao conceito de auto--ajuda predominante e preconizado pelo adágio: “cada um por si e Deus por todos”.

Matheus VianaJornalista, professor de Ensino Reli-

gioso e capelão escolar no IAVEC – Ins-ti tuto Avançado Vida de Ensino Cristão

O elemento crucial para

relacionamentos exitosos é o amor em suas diversas

nuances

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Todo ser humano possui fraquezas e paixões. É fato que se alcançarem pontos extremos, fugindo ao con-trole daquele que convive com elas, ele será levado a um delicado estado emocional e material.

Não se pode esquecer que o direi-to de um vai até onde se inicia o do outro. Se as fraquezas ou paixões de uma pessoa, além dela mesma, esti -verem prejudicando terceiros, reve-lado fi ca que se ultrapassou o sinal vermelho.

Para o seu próprio bem e dos que o cercam, o ser humano inteligen-te e maduro não deixa se tomar por maus costumes; entretanto não pro-cede de maneira a se reprimir em demasia, porque a repressão tende a ser maléfi ca. A autorrepressão, so-bremaneira, deixa o indivíduo com forte sentimento de culpa que ten-de a aniquilar a sua própria estima, provocando-lhe diversos distúrbios, como se falou e mais se falará neste.

Cezar Augusto Bati sta

Fraquezas e paixões*

“As paixões são todas boas por natureza e nós apenas temos de evitar o seu mau uso e os seus excessos”.

René Descartes

Quanto ao cerceamento por par-te de autoridades, se ele pudesse receber mais instrução e educação, ti vesse maiores oportunidades e lhe fossem propiciadas condições para se conhecer, a reprimenda poderia ser bem menor do que a que é vista hoje.

No que se refere às restrições im-postas a ele pelo cônjuge, por paren-tes ou por verdadeiros amigos, cabe somente a ele o afastamento do que lhe sufoca; senti r-se livre, tanto inter-na quanto externamente, é uma op-ção maravilhosa.

Há de se encontrar um ponto de equilíbrio, pois as fraquezas tentam--no frequentemente, e doses peque-nas de paixão, de ardor por alguém ou por alguma ati vidade são o que o im-pulsionam, o que dão colorido à Vida.

O prudente é que a pessoa pro-cure desvendar o seu interior e sabe-dora das suas difi culdades aceite-as sem violência, sem conformismo, e uti lizando-se de bom senso procure

eliminá-las ou reduzi-las, para o quê é importante que ela aprenda a acei-tar críti cas e a uti lizá-las no aprimora-mento das suas característi cas.

Em muitos procedimentos o indiví-duo não enxerga que está vivendo um período de descontrole emocional, não enxerga que está deixando muito de lado a razão e sendo levado ape-nas pelo coração. Nesse instante, se alguém em quem ele confi a for capaz de lhe mostrar, educadamente, que está exagerando com relação a algu-mas medidas e ele constatar a veraci-dade daquela críti ca, poderá corrigir o desvio apresentado.

* * **Do livro: “AME-SE - Ensaio sobre

autoesti ma” - Cezar Augusto Bati sta

Produzido e apresentado porIrene Coimbra na TVRP – Canal 9

“Ponto & Vírgula” também está na TV!

www.programapontoevirgula.com.br/

O Poeta de Ontem – O Poeta de Hoje Dicas de Português

Li e Gostei – Ouvi e Gostei – Entrevistas

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Welson Gasparini* Atendendo convite da Irene Coim-

bra, é uma alegria e uma honra para mim, fi gurar entre os arti culistas con-vidados para a primeira edição da revista “Ponto & Virgula” que, certa-mente, assim como seus outros em-preendimentos na área cultural, de-verá alcançar total sucesso.

Segundo conceituados economis-tas a crise econômica atualmente vi-vida pelo mundo é uma das maiores dos últi mos cinquenta anos. O amplo noti ciário que tem absorvido as prin-cipais páginas dos grandes jornais e o tempo das emissoras de rádio e televisão deixa, em todos nós, uma insegurança terrível. Todos os gover-nantes, horrorizados com esse qua-dro, milagrosamente encontram nos seus tesouros, em curto espaço de tempo, recursos inacreditáveis, co-locando-os urgentemente nas mãos de grandes empresas e grandes ban-cos para salvá-los da falência. Vive-se uma grande emergência mostrando a necessidade de medidas urgentes vol-tadas para a estabilização do quadro econômico.

A miséria dos pobres não conse-

Welson Gasparini

A importância de cultivar valores de vida!

gue o mesmo destaque e atenção dos governantes do que a tragédia dos ricos grupos econômicos; ela acontece normalmente, sem causar grandes emoções ou provocar man-chetes. Por que os governantes não reconhecem a tremenda crise social vivida pela humanidade e também para ela achem recursos em seus te-souros? São, portanto, dois pesos e duas medidas: para a crise fi nanceira, medidas emergenciais; para a crise social nunca há recursos e com isto se prolonga, diariamente , o sofrimento de milhões, talvez bilhões, de seres humanos.

Quero, porém, destacar a omis-são dos nossos governantes e de to-dos nós quanto a uma reação urgen-te diante de outra crise igualmente grave: a de valores morais e éti cos de vida. Muitas das nossas escolas formam uma juventude totalmente alienada quanto à importância des-tes valores. As famílias, através dos pais e das mães, já não transmitem aos seus fi lhos os valores espirituais e morais que deveriam conduzir os seus atos. Há, sim, uma preocupação de orientá-los para que sejam vito-

riosos nas suas profi ssões, alcançan-do o maior êxito econômico possível.

A degradação moral e éti ca chegou a tal ponto que a sociedade respeita e admira o bem sucedido economi-camente, desculpando suas desones-ti dades, vendo nas suas ações uma conduta “esperta”. A malandragem, em muitos casos, chega a ser indica-da aos jovens como o caminho mais fácil para o sucesso.

*Jornalista e Deputado Federal

As famílias já não transmitem

aos seus filhos os valores espirituais

e morais que deveriam conduzir

os seus atos

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Jarbas Cunha*Para sorte da Irene Coimbra o

mundo não acabou no dia 21 de de-zembro de 2012 e ela pode, assim, começar 2013 realizando um sonho para o qual muito se empenhou: a criação da revista “Ponto & Vírgula”. Para quem já ti nha um programa de tevê “Ponto & Virgula” e uma anto-logia de poetas, cronistas e conti stas “Ponto & Virgula” só faltava mesmo, como exclamação do seu ardor como ati vista cultural em Ribeirão Preto, a revista “Ponto & Virgula”.

O que, é afi nal, o ponto e vírgula senão uma pausa mais longa do que a vírgula e menor do que a do ponto? É um instrumento gramati cal mais ou menos do ti po bom-bril: tem mil e uma uti lidades!

Conforme escrevi alhures, voltan-do ao tema central (???), o mundo físico só acaba para quem morre; já o mundo espiritual, segundo funda-mentadas crenças religiosas, nem mesmo para quem morre porque a alma, até prova em contrário, é imortal.

2012 – que já foi tarde – foi um ano marcado pela discussão em torno do fi m do mundo mas sequer houve consenso sobre a data fatal: alguns, apregoaram o 12 de dezembro; ou-tros, baseados em interpretação equi-vocada do calendário Maia, no dia 21.

Jarbas Cunha

Seja lá como for – 12 ou 21 – o fato é que o mundo não acabou e acabou se consti tuindo em tema para minha primeira colaboração para a “Ponto & Virgula”.

A discussão sobre o fi m do mun-do ainda vai conti nuar, acredito, por muito tempo: diria mais – até o fi m do mundo!

A vida no planeta, logicamente, não durará para sempre mas também não é moti vo para a gente se preocu-par agora. Os riscos maiores, segun-do li na revista VEJA, virão, apenas, dentro de um bilhão de anos quando a intensidade da radiação solar deve aumentar a ponto de queimar o que esti ver vivo e evaporar a água da ter-ra; se mesmo sem água o homem so-breviver, em 3 bilhões de anos a Galá-xia de Andrômeda colidirá com a Via Lactea. O perigo maior, entretanto, está previsto para daqui a 5 bilhões de anos quando o Sol se tornará uma estrela gigante vermelha e consumirá a terra com suas chamas...

Portanto, não há razões para pres-sa ou precipitação; ainda temos mui-to tempo – tempo até demais – para aplacarmos nossas iras, nossas cobi-ças e criarmos um espaço terreno me-lhor em prol de uma vida mais feliz...

Um bilhão de anos, afi nal, são um bilhão de anos; são 1 bilhão de vezes 365 dias... é tempo que não dá nem

para imaginar sem o auxílio de uma calculadora!!!

Vamos, pois, tentar aguentar o mundo enquanto o mundo nos aguenta... vivendo um dia de cada vez e sabendo aproveitar, de cada dia, aquilo que houver de melhor: a mú-sica, a literatura, a amizade, a frater-nidade e não perder nenhuma opor-tunidade de rir da vida e de rir com a vida. Conforme os versos do poeta “a alegria é a melhor coisa que existe” e é “muito melhor ser alegre do que ser triste!!!!!”

*Jornalista

Ainda vamos ter de aguentar este mundo pelo menos mais 1 bilhão de anos!!!

“Esforça-te e tem bom ânimo; não pasmes, nem te espantes, porque o Senhor teu Deus é contigo por

onde quer que andares”Josué 1:9

Ainda temos muito tempo para aplacarmos nossas iras e criarmos um

espaço terreno melhor em prol de

uma vida mais feliz

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1ª Coletânea de Histórias Infanti s – Marlene CerviglieriA arte de ser... Poeta! – Heloísa CrosioA Possuída – Vanessa BossoBazar Literário – Nilva Mariani Histórias que a vovó não contou – Nely Cyrino de MelloIdenti dade – O tempo como senhor da história – Odete Silva DiasNora e Sogra – Thereza FreirezO Catador de Palavras – Antônio VenturaOs Girassóis de Girona – Ely Vieitez LisboaOs Meninos de Treze Anos – Imaculada ConceiçãoPepe – em defesa da natureza – Renata CanalesPoemas de Irene – Irene CoimbraPostura é Fundamental! – Nelson JacinthoSherazade – Dante MarcucciSob as Asas da Aurora – Lucília Junqueira de Almeida Prado

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