POP 27 - APLICAÇÃO DE INJETÁVEIS

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APLICAO DE INJETVEIS

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 1 de 20

SETOR: FARMCIA FILIAL CHAPEC 1 Tarefa: Instrues para a correta administrao de medicamentos injetveis, a fim de evitar erros na administrao destes medicamentos e danos a sade dopaciente.

Executante: Farmacutico (a) e/ou profissional devidamente treinado. Resultados esperados: Correta aplicao da tcnica prescrita e indicada pelo medicamento administrado totalizando o sucesso do tratamento. Recursos necessrios: Local apropriado, luvas, algodo, lcool 70%, seringa, agulha, medicamento com receiturio mdico, stopper e/ou esparadrapo, livrode registros, caneta

Atividades:DAS DEFINIESSanitizao: conjunto de procedimentos que visam a manuteno das condies de higiene. Soluo Sanitizante: um agente/produto que reduz o nmero de bactrias a nveis seguros de acordo com as normas de sade. (Res. GMC N 26/96). Desinfeco: Descreve o mtodo capaz de eliminar muitos ou todos os microorganismos patognicos, com exceo dos esporos. Desinfetante: um produto que mata todos os microrganismos patognicos, mas no necessariamente todas as formas microbianas esporuladas em objetos e superfcies inanimadas. (Res.GMC N 26/96). Germicida: um produto de ao letal sobre os microrganismos, especialmente os patognicos (germes). (Res. GMC N 26/96). Superfcies fixas: Aquelas de grande extenso, tais como pisos, paredes, mobilirios, etc. Medicamentos Injetveis: Preparaes para uso parenteral, estreis, destinadas a serem injetadas no corpo humano. Procedimento assptico: Operao realizada com a finalidade de preparar injetveis com a garantia de sua esterilidade. Recipiente: Embalagem primria destinada ao acondicionamento do injetvel, de vidro ou de plstico, que atendam os requisitos sanitrios legais. Produto estril: Medicamento ou material estril para uso ou aplicao parenteral. Anti-sepsia: Emprego de substncia ou mtodo capaz de impedir a ao de microrganismos, ou seja, a eliminao das formas vegetativas de bactrias patognicas de um tecido vivo.

Dra.

Carine Raquel Richter Schmitz

CRF/SC: 7077 Farmacutica Responsvel tcnica

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APLICAO DE INJETVEISAssepsia: o conjunto de medidas adotadas para impedir que determinado meio seja contaminado.

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 2 de 20

Drogaria: Estabelecimento de dispensao e comrcio de drogas, medicamentos, insumos farmacuticos e correlatos em suas embalagens originais. Farmcia: Estabelecimento de prestao de servios farmacuticos de interesse pblico e/ou privado destinada a prestar assistncia farmacutica e orientao sanitria individual ou coletiva, onde se processe a manipulao e/ou dispensao de produtos e correlatos com finalidade profiltica, curativa, paliativa, esttica ou para fins de diagnsticos. Medicamento: Produto farmacutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profiltica, curativa, paliativa ou para fins de diagnstico. Receita: Prescrio escrita de medicamento, contendo orientao de uso para o paciente, efetuada por profissional legalmente habilitado. Responsabilidade Tcnica: o ato de aplicao dos conhecimentos tcnicos e profissionais, cuja responsabilidade objetiva, est sujeita sanes de natureza cvel, penal e administrativa. Superviso Farmacutica: Constitui a superviso, no estabelecimento, efetuada pelo farmacutico responsvel tcnico ou seu farmacutico substituto. Funcionrio Habilitado Aplicao de Injetveis: Funcionrio da farmcia que tenha recebido treinamento e/ou curso especfico para aplicao de injetveis, cujo certificado seja reconhecido pela autoridade sanitria competente. A cpia do mesmo deve permanecer na farmcia.

Contaminao: Qualquer material: poeira, sujeiras, bactrias, vrus, fungos, que de alguma forma cheguem a entrar em contato com o medicamento, a sala de aplicao ou o prprio paciente, podendo causar uma infeco.

Aplicao Intradrmica (ID): Tambm chamada intracutnea ou cutnea, utilizada para testes alrgicos e algumas vacinas. aplicada na camada mais profunda da pele, chamada derme. Sua caracterstica a formao de uma bolinha (ppula na pele). Local de aplicao: geralmente feita na parte interna do antebrao, por ser de fcil acesso, pouco pigmentada e com poucos pelos. Posio: geralmente sentado com o antebrao apoiado em suporte especfico. Volume mximo recomendado: geralmente no ultrapassa 0,1mL. Quantidades superiores devem ser divididas em duas partes, ou mais aplicaes.

Dra.

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N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 3 de 20

Aplicao Intravenosa (IV): Endovenosa (EV) ou Intravenosa (IV) aplicada na veia e o efeito imediato. Deve ser aplicada lentamente para se evitar mal estar, hipotenso,formigamento e ondas de calor, fenmeno de origem nervosa que acometem pessoas ansiosas. Com este cuidado, evita-se tambm a elevao do volume circulatrio, prejudicial aos cardacos. A injeo geralmente indolor e deve ser aplicada somente por pessoa realmente habilitada, podendo causar srios problemas se for mal aplicada. Locais de Aplicao: Veias do Brao Somente hospitalar Veias do dorso da mo Somente hospitalar Veia do P Somente hospitalar

Aplicao Intramuscular (IM): feita no msculo, parte do corpo responsvel pelos movimentos, rica em vaso sangneos que facilitam a absoro de grande nmero de medicamentos. Possui tambm grande nmero de nervos que comandam a atividade muscular, sendo, por isso, muito importante que se identifique com exatido as reas apropriadas para a aplicao, a fim de evitar possveis complicaes. Este o tipo de injeo mais utilizado em farmcias. As injees intramusculares devem ser sempre profundas, isto , aplicadas com agulhas de tamanho apropriado e com ngulo reto (90), salvo excees, para favorecer a absoro e no haver retorno do medicamento para a camada subcutnea. Os medicamentos mais doloridos e irritantes so aplicados por esta via. Locais de aplicao: Regio gltea, lateral externa da coxa, regio ventro-gltea e deltoideana. Volume mximo recomendado: Msculos Utilizados: Brao ou regio deltoideana (volume de lquido mximo de 3ml) Ndega ou regio dorsogltea (volume de lquido no mximo de 5ml, se ultrapassar devem ser aplicados em dois locais diferentes) Quadril ou regio ventrogltea (volume de lquido no mximo de 5ml) Coxa (volume de lquido no mximo de 4ml)

Aplicao Subcutnea (SC): Feita no tecido subcutneo, que fica entre a pele e o msculo, usada para a aplicao de vacinas, insulinas, anticoagulantes e outros medicamentos que devam ser absorvidos lentamente. um tipo de aplicao geralmente indolor, feito com seringas especficas e agulhas curtas, chamadas agulhas de insulina. Locais de Aplicao: parte posterior dos braos, parte anterior e lateral externa das coxas, abdome e ndegas. Volume mximo recomendado: 1,5mL.

Dra.

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DA SALA DE APLICAODeve possuir no mnimo 2 m , ou de acordo com a Vigilncia Sanitria local ou Legislao Municipal em vigor. A sala ainda deve ter: Boa iluminao e ventilao; O acabamento das paredes deve ser de material impermevel, liso, resistente, at o teto, com cantos arredondados. O piso deve ser autonivelante, impermevel e de fcil lavagem e, se possvel, com ralo sanfonado. O acabamento pode ser feito com tinta epxi. Pia com armrio; Sabo lquido; Toalha de papel; lcool 70 % ; Algodo seco ; Bancada ou mesa (fabricada com materiais que permitam sua correta desinfeco) para preparo das injees; Cadeira; Suporte para brao; Esparadrapo antialrgico e stopper; Lixeira com pedal com saco plstico conforme ABNT (usado para descartar os no perfuro-cortantes); Recipiente para descartar lixo hospitalar conforme ABNT (seringas, agulhas, frascos, ampolas, algodo etc.); Relacionar os nomes dos funcionrios que esto aptos a aplicar injees em papel timbrado da empresa; Rotina para manter higiene e limpeza da sala, mantendo sempre uma boa impresso;2

OBS.: SOMENTE ADMINISTRAR MEDICAMENTOS MEDIANTE PRESCRIO MDICA. Para maior segurana do profissional e do paciente, na hora de aplicar injees observe os seguintes itens da receita mdica: nome e nmero do CRM do mdico, nome do paciente, data, nome do medicamento, dosagem, via de administrao e concentrao. Siga rigorosamente as orientaes contidas na receita e na bula. No misture medicamentos em uma mesma seringa sem conhecimento ou sem que a receita solicite.

Dra.

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APLICAO DE INJETVEISDO LIVRO DE REGISTRO DA APLICAO DE INJETVEIS

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A Resoluo n" 328 de 22/06/1999 da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria do Ministrio da Sade, regulamenta as Boas Prticas de Dispensao em Farmcias e Drogarias, que dispem sobre o Livro de Registro do Receiturio de Aplicao de Injetveis. Este controle de grande interesse da sade, em Farmcias Comerciais e Hospitalares, Drogarias e Postos de Sade, pois complementam a ateno do profissional que realizou a aplicao, dando segurana ao mdico e consumidor, evitando troca de medicamentos, pois os dados ficam registrados e podem ser consultados posteriormente. Os itens registrados normalmente so: Data Nome do paciente Endereo Nome do medicamento administrado, concentrao, via de administrao, lote, data de validade e fabricante Nome do mdico prescritor e respectivo CRM Nome ou assinatura do profissional responsvel pela aplicao Dvidas e atualizaes acessar o site www.anvisa.gov.br

DOS TIPOS DE MEDICAMENTOS INJETVEISVeculos aquosos Veculos oleosos Veculos com p em suspenso P para ressuspender / reconstituir

Dra.

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APLICAO DE INJETVEISTIPOS SERINGAS E AGULHAS SERINGAS Seringa 1ml Insulina Seringa 1 ml Tuberculina ou Vacina Seringa 3 ml Seringa 5 ml Seringa 10 ml Seringa 20 ml Seringa 60 ml

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 6 de 20

CALIBRE25 x 8 e 30 x 8

COR DO CANHOVerde

VIA DE ADMINISTRAOIntramuscular Endovenosa Intramuscular Endovenosa Endovenosa (Usada para retirar medicamento de frasco / ampola) Subcutnea Intradrmica Subcutnea Intradrmica Subcutnea Intradrmica Subcutnea Endovenosa Subcutnea Endovenosa Todos Todos Todos

TIPO FSICO DO PACIENTE

CARACTERSTICAS DO MEDICAMENTO

1 = crianas acima de 2 anos, adultos magros (lateral Solues aquosas da coxa) e oleosas 2 =Adulto (normal), especfico para glteos 1 = crianas acima de 2 anos, adultos magros (lateral da coxa) Solues aquosas 2 =Adulto (normal) Solues aquosas e oleosas Insulinas Vacinas Insulinas Vacinas Insulinas Vacinas Vacinas Solues Aquosas Vacinas Solues Aquosas

25 x 7 e 30 x 7

Preto

40 x 12 13 x 3,8 13 x 4,0 13 x 4,5 20 x 5,5 20 x 6,0

Rosa Cinza Claro Cinza Mdio Marron Prpura Mdio Azul

Crianas de 0 a 2 anos Crianas e adultos magros

Dra.

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NOTA: Normalmente as agulhas 25X7 ou 30X7 so usadas para solues oleosas e suspenses (penicilinas) para facilitar a aplicao e evitar entupimentos.

IDENTIFICAO DE AGULHAS DESCARTVEIS (TABELA DE EQUIVALNCIA) Ingls (Polegadas) 16 G1 1/2 18 G1 1/2 19 G1 19 G1 1/4 20 G1 20 G1 1/4 21 G1 21 G1 1/4 Mtrico (Milmetro) 40 x 16 40 x 12 25 x 10 30 x 10 25x 9 30 x 9 25 x 8 30 x 8 Ingls (Polegada) 21 G1 1/2 22 G1 22 G1 1/4 23 G1 24 G 3/4 26 G 1/2 27,5 G 1/2 30 G1/2 40 x 8 25 x 7 30 x 7 25 x 6 20 x 5,5 13 x 4,5 13 x 3,8 13 x 3 Mtrico (Milmetro)

DO PROCEDIMENTORequisitos bsicos para administrao parenteral (todas as vias de administrao de medicamentos, exceto a oral e enteral): Drogas estreis; Serem lquidas; Estarem isentas de substncias pirognicas; Os materiais para o preparo devem estar estreis ou de preferncia serem descartveis; A administrao tem que ser LENTA.

Dra.

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TCNICA DE LAVAGEM DAS MOSSem tocar a pia, as mo so umedecidas e ensaboadas com cerca de 2 ml de sabo lquido, por aproximadamente 15 segundos ou 5 vezes cada posio a seguir.

1 - Palma com Palma. 2 - Palma direita sobre o dorso da mo esquerda e vice versa. 3 - Palma com palma, entrelaando-se os dedos. 4 - Parte posterior dos dedos em palma da mo oposta; polpas digitais direitas em contato com as da mo esquerda. 5 - Frico rotativa do polegar direito com a palma esquerda e vice-versa. 6 - Frico rotativa em sentido horrio e anti-horrio com os dedos da mo direita unidos sobre a palma esquerda e vice-versa.

Os pulsos tambm podem receber frico rotativa. As mo so secas com papel toalha descartvel de boa qualidade (contra-indica-se o uso de toalhas coletivas de tecidos ou em rolo, assim como os secadores eltricos). Fechar a torneira usando papel toalha descartvel.

PREPARO DA INJEO1. Identifique o material a ser utilizado durante a aplicao confrontando com a receita; 2. Lave bem as mos e antebrao quando possvel antes de preparar a injeo (conforme descrito anteriormente); 3. Seque as mos com toalha de papel; 4. Aplique um anti-sptico nas mos (ex.: lcool 70 %), calce as luvas e aplique o anti-sptico novamente; 5. Abra a embalagem da seringa utilizando o local correio de abertura, sempre pelo lado do mbolo da seringa, para diminuir o risco de contaminao. Certifique-se de que o invlucro no esteja molhado, mido ou danificado; 6. Conecte a agulha aplicando uma fora e rotacionando-a para que ela fique travada. Se houver alguma demora na preparao mantenha a seringa dentro da embalagem;

Dra.

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APLICAO DE INJETVEIS7. No toque na agulha, bico da seringa ou na haste (parte que fica dentro do cilindro) durante o manuseio da seringa; 8. Retire o protetor da agulha e aspire o medicamento; 9. Reencape a agulha tomando o cuidado para no tocar a ponta contaminando-a ou se ferindo. 10. Troque a agulha; 11. Retire o ar da seringa; 13. Realize anti-sepsia do local da aplicao com algodo e lcool 70%.

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 9 de 20

NOTA: Um procedimento correio usar uma agulha para aspirar o medicamento da ampola ou frasco ampola, e outra para realizar a aplicao, desta maneira diminui o risco de contaminao e de agulhas rombudas, melhorando a eficincia e segurana durante a aplicao.

AMPOLA1. Realize a desinfeco do gargalo da ampola com algodo e lcool 70 %; 2. Utilize uma proteo (algodo seco) para abrir a ampola; 3. Aspire o contedo da ampola para a seringa; 4. Troque a agulha para evitar contaminaes ou agulhas rombuda; 5. Retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente o lquido; 6. Despreze a ampola vazia no descarte apropriado.

FRASCO AMPOLAExistem hoje medicamentos que j se apresentam em suspenso e outros que esto na forma de p ou lioflizados tendo que ser realizado sua suspenso colocando um diluente; 1. Retire o lacre do frasco ampola e faa a desinfeco da tampa de borracha com algodo e lcool 70%;2. 2.Realize a desinfeco do gargalo da ampola do diluente com algodo e lcool 70%, abra a ampola, aspire o contedo e injete-o pela parede interna do frasco ampola;

Dra.

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APLICAO DE INJETVEIS3. Homogenize bem o p com o diluente colocando o frasco ampola entre as mos e realizando movimentos rotacionais; 4. Aspire o contedo e troque a agulha; 5. Retire as eventuais bolhas da seringa, expulsando o ar e deixando somente a suspenso; 6. Despreze o frasco ampola no descarte apropriado.

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DA ROTINA DE APLICAOO profissional que efetua este procedimento segue esta rotina: 1) L e interpreta a prescrio mdica, avaliando a dosagem, via de administrao; 2) Conversa com o paciente, buscando mais informaes, como histrico fisiopatolgico e de reaes alrgicas; 3) Anota no livro especfico todos os dados da prescrio bem como preencher a ficha de procedimento que deve ser entregue ao paciente; 4) Em caso de paciente com histrico de variao de PA (Presso Arterial), esta deve ser aferida antes de qualquer procedimento; 5) Em caso de pessoas idosas a PA deve ser sempre aferida; 6) Constatando-se PA em nveis fora da normalidade, o paciente deve ser informado e encaminhado ao mdico; 7) Separa e retira da embalagem primria a medicao a ser aplicada; 8) Em caso de frasco ampola, realiza a assepsia do anel de abertura com lcool 70%; 9) Em caso de frasco com rolha de borracha, retira cuidadosamente o lacre sem tocar na borracha; 10) Lava e faz assepsia das mos, conforme descrito anteriormente; 11) Cala as luvas, realizando a assepsia com lcool 70%; 12) Abre a embalagem da seringa, utilizando o sistema de descolamento de celulose, evitando rasgar o papel da embalagem; 13) Aspira a medicao na seringa utilizando a primeira agulha; 14) Realiza a troca da agulha, escolhendo o modelo adequado aplicao; 15) Faz assepsia com lcool 70% no local da aplicao; 16) Descarta a seringa sem separar a agulha do corpo da mesma e do algodo na caixa especfica; 17) O lixo gerado recolhido por empresa competente conforme descrito no PGRSS, a qual d o fim apropriado.

Dra.

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APLICAO DE INJETVEISTCNICAS DE APLICAO

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 11 de 20

VIA INTRAMUSCULAR a introduo do medicamento direto no msculo, devido a absoro ser mais rpida. TCNICA: a agulha inserida na pele formando um ngulo de 90, alcanando o tecido muscular. Quadrante superior externo da regio gltea (msculo glteo mximo): quadrante superior externo da ndegas, identificar bem o local para no causar danos no nervo citico. Divida a ndega em 4 quadrantes imaginrios e faa no quadrante externo superior.

Mtodo mais recomendado para aplicao de injees em adultos e crianas maiores de 2 anos (nas crianas menores o melhor e mais seguro local de aplicao na coxa); No aplicar volumes maiores que 5 ml (quantidade maior deve ser aplicado em dois locais diferentes); D preferncia s agulhas 30x7 ou 30x8 para evitar o risco de perda de medicamento por refluxo e formao de ndulos doloridos.

Dra.

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Regio do msculo deltide: encontra-se na face lateral da parte superior do brao. o local menos recomendado para IM, por ser pequeno e frgil, podendo ser dolorida e sujeita a complicaes. usado em adultos. Orientar o paciente no sentido de que os injetveis intramusculares devem ser preferencialmente administrados no Glteo Mximo (ndega). - TECNICA : medir 4 dedos abaixo do ombro, no meio do msculo, no sentido da largura.

Contra- indicado para menores de 10 anos e adultos com pequeno desenvolvimento muscular. Evitar aplicar em: Adultos muito magros; Crianas abaixo de 10 anos; Idosos; Injees muito freqentes; Volume acima de 3,0 ml;

Regio do vastus lateralis (face ntero-lateral da coxa): Encontra-se no interior da parte externa da coxa, no msculo que d nome ao local. Grandes enervaes e vasos sangneos esto ausentes nessa rea, o que garante maior segurana. Local preferido para administrar injees em crianas, pessoas magras, etc... A regio encontrada colocando-se uma mo abaixo do trocanter maior, na parte superior da coxa. A agulha inserida na rea lateral da coxa num ngulo de 45, inclinada para o joelho e ngulo de 90 no caso de adultos obesos. (distncia de 12 a 15cm abaixo do trocanter maior e, interiormente com a distancia de 9 a 12cm acima do joelho). No deve ser local para uso freqente de aplicaes; No aplicar volumes maiores que 3,0 ml.

Dra.

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Aplicao realizada no tero mdio do msculo glteo lateral, que constitui o quadril. E considerado o local mais seguro e indolor para aplicao intramuscular, porm devido ao desconhecimento por parte do paciente e tambm do profissional, este local normalmente no lembrado para realizao da injeo. O local seguro e ideal para aplicao em adultos, idosos e crianas. No aplicar volumes maiores que 5,0 ml; O local deve ser demarcado apoiando a palma da mo sobre a articulao do quadril; Com a ponta do indicador, localizar a parte anterior dos ossos ilaco, facilmente palpvel (com treinamento), manter o dedo fixo neste ponto, abrir a mo formando um V entre o dedo indicador e o dedo mdio; No centro deste V que se deve introduzir a agulha ligeiramente voltada para cima em direo crista ilaca;

Dra.

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APLICAO DE INJETVEISMTODOLOGIA

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 14 de 20

1. feita a assepsia com algodo embebido em lcool 70% no local escolhido para a aplicao; 2. Verifica se o bisel da agulha est no sentido das fibras musculares (lateralizado) evitando o corte das mesmas; 3. Introduz a agulha em um ngulo de 90 neste local; 4. Antes de injetar o medicamento, puxa o mbolo da seringa para trs para verificar se a agulha atingiu algum vaso sangneo. Se aparecer sangue na seringa, deve-se retirar a agulha, trocar a mesma e repetir os itens 1,2 e 3.

5. Injetar o medicamento lentamente para diminuir o desconforto durante a aplicao; 6. Aps aplicao retirar a agulha com movimento firme e rpido, retirar o conjunto, descartando-o em embalagem especfica (DescarPack, ou outras do tipo) e fazer presso por alguns instantes no local, com algodo seco; 7. Realizar uma boa compresso para evitar sangramento, se necessrio colocar um esparadrapo antialrgico no local do curativo stopper. Obs.: Jamais se deve massagear o local aps a aplicao.

TCNICA EM Z Est tcnica muito usada em aplicaes intramusculares de medicamentos oleosos (ex.: anticoncepcionais) ou a base de ferro, pois evita o refluxo (evitando perda de medicamento), ndulos, ou inflamaes quando ocorre retomo destes tipos de medicamentos. O local ideal para realizar esta tcnica a regio dorso-gltea.

Dra.

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Tcnica: 1. Aps preparo da medicao e anti-sepsia das mos conforme descrito anteriormente, puxar firmemente a pele para baixo ou para o lado com a parte lateral da mo; 2. Introduzir a agulha com movimento firme mantendo a pele puxada; 3. Verificar se existe refluxo de sangue aspirando lentamente, caso no ocorra, aplicar lentamente; 4. Retirar a agulha e somente depois soltar a pele. Desta maneira a pele fechar a sada impedindo o retomo do medicamento injetado. 5. Outra alternativa usar a lateral da mo ou puxar a pele para o lado ou para baixo. Voltando posio relaxada, a pele vedar a sada do lquido injetado para fora do msculo. VIA INTRADRMICA: Introduo de pequena quantidade de lquido na camada drmica (entre a epiderme e a derme); Normalmente usadas com diagnsticos. (testes de alergia); propsitos

So usados pequenos volumes, no mximo 0,05 ml injetados e os locais mais indicados so a face interna do antebrao, e regio escapular; Equipamento uma seringa de no mximo de 1ml e calibrada em 0,01 ml, com agulha de calibre 13 x 4,5 seringa de tuberculina a usada. o medicamento tem que ser feito em pequena profundidade. Tcnica: 1. Preparar a injeo conforme tcnica descrita anteriormente; 2. No realizar anti-sepsia do local para no atrapalhar a reao do teste (se necessrio lavar o local com soro fisiolgico, secando com algodo seco); 3. Esticar a pele com o dedo polegar e indicador; 4. Introduzir a agulha em ngulo de 15 com o bisel voltado para cima (seringa quase paralela ao brao); 5. Aspirar para verificar se no atingiu vaso sanguneo; 6. Injetar o lquido vagarosamente, retirar a agulha com auxlio do algodo (seco), observe apele se distender, formando uma bolha chamada ppula (semelhante casca da laranja); Dra. Carine Raquel Richter Schmitz 7. No massageie o local da aplicao.CRF/SC: 7077 Farmacutica Responsvel tcnica

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APLICAO DE INJETVEISVIA SUBCUTNEA: a administrao do medicamento no tecido subcutneo. Medicamento instilado entre a pele e o msculo absorvido mais lentamente que nas injees IM; O volume aplicado em geral de at 1 ml; A via costuma ser usada para a administrao de vacinas, insulina e anticoagulantes.- no caso da heparina se fizer lentamente pode causar menos desconforto. Os locais mais usados so parte superior do brao, coxa, abdmen, costas; Fazer o constante rodzio dos locais de aplicao em diabticos. So utilizadas agulhas 20X6, 10X6, 10X5 ou 13 x 4,5. Esta via indicada para drogas de absoro lenta e contnua. Tcnica: 1. Fazer assepsia do local, distender a pele do local da aplicao com o dedo indicador e polegar, mantendo a regio firme; 2. Introduzir a agulha com rapidez e firmeza, em ngulo de 45; 3. Soltar a pele e puxar o mbolo da seringa para trs, a fim de verificar se algum vaso foi atingido; 4. Injetar lentamente a medicao; 5. Aps a aplicao do medicamento, retirar o conjunto, descartando-o em embalagem especfica (DescarPack, ou outras do tipo) e fazer presso por alguns instantes no local, com algodo seco; 6. Colocar o curativo no local da aplicao; Obs.: A pele no deve ser friccionada para evitar a rpida absoro do medicamento. NOTA: Evite aplicar a insulina sempre no mesmo local para que no aparea leses, salincias e depresses na pele, pois o diabtico normalmente toma insulina diariamente, durante anos. No reutilizar agulhas, pois quando isso feito a mesma perde a lubrificao tomando as aplicaes mais dolorosas e a insulina que sobra na agulha pode cristalizar-se bloqueando a passagem na prxima aplicao. Com a reutilizao a ponta adquire formato de gancho provocando laceraes e micro traumas no local da aplicao. Neste caso, podem formar lipodistrofias e acarretar extravasamento de insulina no local de aplicao causando hipoglicemia.

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Dra.

Carine Raquel Richter SchmitzCRF/SC: 7077 Farmacutica Responsvel tcnica

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APLICAO DE INJETVEISCOMPLICAES QUE PODEM OCORRER

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 17 de 20

Abscessos spticos - causados pela falta de anti-sepsia. O local contaminado apresentando pus e inflamao. Higiene e anti-sepsia antes e depois da aplicao so procedimentos importantssimos.

Dor - as aplicaes costumam ser muito doloridas quando feitas rapidamente, quando o volume de medicamento for inadequado para tamanho do msculo, quando o local for imprprio para aplicao ou quando o msculo estiver contrado.

Enduraes - so causadas pela aplicao repetida no mesmo local, deixando a regio "empedrada". Nestes casos aconselhvel a mudana do local pois o medicamento reflui tomando sua absoro muito difcil. Massagens e compressas quentes so indicadas.

Embolias - so ocorrncias extremamente perigosas causadas pela injeo de substncias indevidas (oleosas, suspenses, ar, pedaos de cogulos entre outras) em veias ou artrias, causando a obstruo de pequenos vasos sanguneos, levando a necrose (morte) da rea atingida. Cuidado! No esquea de puxar o embolo para verificar se no foi atingido nenhum vaso acidentalmente antes da aplicao.

Hematomas - so manchas arroxeadas que aparecem no local da aplicao, causadas pelo extravasamento de sangue dos vasos sanguneos para os tecidos (pele), devido a um traumatismo. Normalmente quando isto ocorre alguns dias so necessrios para seu desaparecimento total.

Leses Nervosas - causadas quando as aplicaes so feitas prximas de nervos motores, podendo causar srios problemas desde dores intensas at comprometimento de movimentos. O conhecimento da anatomia dos locais exatos de aplicao evita este tipo de acidente.

Ndulos - so causados quando aplicao realizada com agulha menor que a indicada, introduzida parcialmente, ou grande inclinao, tomando a injeo muito superficial. Para evitar este tipo de problema verificar o tamanho ideal de agulha e tomar cuidado principalmente com medicamentos oleosos.

Dra.

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APLICAO DE INJETVEIS

N 0027 Data emisso:04/02/2010 Reviso n: 001 Data reviso: 04/02/2010 Pagina: 18 de 20

Reaes alrgicas ou Choque Anafiltico - so causadas pela injeo de medicamento ao qual o paciente alrgico, podendo ir desde reaes que provocam vermelhido e prurido (coceira) pelo corpo, at reaes complexas e graves como o choque anafiltico, que quando ocorre necessita urgncia de atendimento hospitalar. A reao pode comear durante ou aps aplicao, podendo o paciente apresentar: boca seca, formigamento da lngua, respirao ofegante, presso baixa, pele mida e fria. Este um dos motivos em no realizar aplicaes sem receiturio mdico. A preveno tambm pode ser feita realizando-se teste alrgico (a primeira aplicao deve ser feita preferencialmente em Hospitais e Clnicas Especializadas), no entanto esta prtica no vlida para todos os medicamentos como, por exemplo, para as penicilinas que devem ser aplicadas, sem exceo, somente em locais que ofeream suporte imediato ao paciente caso este desenvolva uma reao de hipersensibilidade.

Tonturas e desmaios - podem ocorrer em qualquer tipo de aplicao devido ansiedade, falta de alimentao ou medo com a expectativa da dor, antes ou aps aplicao. Normalmente no tem maiores conseqncias, mas ocorrendo deve-se colocar a pessoa deitada ou sentada em lugar ventilado para recuper-la do mal-estar. Se os sintomas no desaparecem rapidamente ou ocorrer desmaio acionar rapidamente assistncia mdica.

Dra.

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APLICAO DE INJETVEISCuidados:TODA MEDICAO INJETVEL SOMENTE SER ADMINISTRADA MEDIANTE PRESCRIO MDICA.

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Observar os seguintes itens da receita mdica: nome e nmero do CRM do mdico, nome do paciente, data, nome do medicamento, dosagem, via de administrao e concentrao. Siga rigorosamente as orientaes contidas na receita e na bula. No misture medicamentos em uma mesma seringa sem conhecimento ou sem que a receita solicitante seja previamente avaliada pelo farmacutico.

ADMINISTRAO CORRETA DE INJETVEISO profissional deve CERTIFICAR-SE de 5(cinco) certos:

1. 2. 3. 4. 5.

Paciente certo; Medicamento certo; Via certa; Horrio certo; Dosagem certa;

Descarte do Material Utilizado- Aps a aplicao, descarte a seringa e a agulha em coletores feitos especialmente para este fim, de paredes rgidas. - Nunca jogue agulhas descobertas em sacos plsticos. - Os protetores das agulhas no devem ser nelas recolocados. - Descarte materiais somente at o limite recomendado no DESCARTEX. - Para o descarte final do coletor, transporte o DESCARTEX fechado, segurando somente pela a ala e afastado do corpo.

ANEXO 1: RESUMO DIDTICO DAS TCNICAS DE APLICAO DE INJETVEIS ANEXO 2: TABELA DE COMPATIBILIDADES ENTRE MEDICAMENTOS INJETVEIS E DILUENTES (medinferm05 anexo)Dra.

Carine Raquel Richter Schmitz

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Dra.

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