POPULAÇÕES E TERRITÓRIOS

Miguel Padeiro

Professor Auxiliar, Universidade de Coimbra

Aula prática 01

2020-2021

Conteúdos

Tipos de dados populacionais

1

Medidas de evolução e distribuição

2

Medidas da estrutura da população

3

As pirâmides etárias

4

1Tipos de dados populacionais

Tipos de dados populacionais

Dados quantitativos – dados numéricos, obtidos

através de observações, inquéritos => permitem

análise estatística

Dados qualitativos – textos, imagens, descrições.

Obtidos através de observações, levantamentos,

“focus groups”, entrevistas, diários de bordo

Dados primários Dados secundários

Oriundos da fonte original, isso é,

informação recolhida no terreno

pelo investigador: amostragens,

inquéritos, entrevistas, observações

e medições

Recolhidos a partir de bases de

dados estatísticas como as do INE

(Instituto Nacional de Estatística) ou

da Eurostat a nível europeu.

Tipos de dados populacionais

A falta de harmonização internacional na recolha e no tratamento

dos dados (Eurostat, por exemplo, ou ainda à escala global

porque muitos países não dispõem dos meios necessários)

Definições variadas

Os vieses nos dados primários e secundários

Pordata. http://www.pordata.pt

INE. http://www.ine.pt

Eurostat. https://ec.europa.eu/eurostat/home?

OCDE. https://data.oecd.org/

Nações Unidas. http://data.un.org/

FAO. http://www.fao.org/statistics/en/

OMS. https://www.who.int/gho/database/en/

Fontes de dados

8

• Censos da população

(+) exaustividade, abrangência (do ponto vista demográfico s. restrito), desagregação espacial da informação (subsecção

estatística)

(-) Periodicidade (decenal)

• Estatísticas demográficas

(+) abrangência (nascimentos, casamentos celebrados, divórcios decretados e óbitos - gerais e infantis - verificados e,

ainda, informação sobre a população estrangeira), desagregação espacial

(-) população estrangeira (legal vs residente)

• Inquérito ao Emprego (comum à UE)

(+) periodicidade trimestral e, neste contexto, desagregação territorial (estratificação da amostra por NUTS II; alguma

informação representativa para regiões NUTS II)

(-) abrangência (a segmentação da informação da população residente que resulte em subpopulações de reduzida

dimensão limita a fiabilidade da informação)

Fontes de dados

Burt (2009)

Uma amostra (sample) é um conjunto de dados recolhidos ou seleccionados a partir de uma população estatística.

A amostra deve ser representativa da população estudada.

A amostragem (sampling) é o procedimento utilizado para obter a amostra.

Burt (2009)

Motivos para realizar um estudo a partir de uma amostra e não da população total:

Burt (2009)

Recursos limitados (inquirir toda a

população requer tempo, dinheiro e

recursos humanos)

Exactidão: o erro (a intervalo de

confiança) pode ser mais pequeno que

os erros de medição em populações

grandes

2Medidas de evolução e distribuição

Medidas

Distribuição da populaçãoEvolução da população

Medidas

Distribuição da população

𝐷𝑗 =𝑃𝑗𝐴𝑗

=𝑛ú𝑚. 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠

á𝑟𝑒𝑎

Expresso em km2 ou em ha (hectare)

𝐷𝐶𝑜𝑖𝑚𝑏𝑟𝑎 =𝑃𝑗𝐴𝑗

=134 166

319= 420,6 ℎ𝑎𝑏./𝑘𝑚2

Medidas

Distribuição da população

Portugal 111,7 hab./km2

A densidade a nível regional varia entre

22,6 (Alentejo) a 937 hab./km2 (AML)

Medidas

Distribuição da população

Alemanha 231 hab./km2, Holanda 393,

Bélgica 364, Reino Unido 244

Gronelândia 0,03,

Mongólia 2,07

Macau 21 mil

Mónaco 19 mil

Singapura 8 mil

Medidas

Distribuição da populaçãoA densidade populacional, como

indicador, tem contudo algumas

limitações: é sensível aos limites

das áreas

Densidade

(hab./km2)Pop. Área (km2)

Évora 40,6 53 084 1 307,5

Borba 47,6 6 915 145,2

Marco de Canaveses 109,7 19 153 174,5

Moimenta da Beira 44,4 9 762 219, 9

Medidas

Distribuição da população

Exemplo: qual é a população de Londres?

Greater London: 1 572 km2, 8,8 milhões de hab.

Urban Area: 1 737,9 km2, 9,8 milhões de hab.

Metro Area: 8,382 km2, 14 milhões de hab.

Medidas

Distribuição da populaçãoEvolução da população

Medidas

Evolução da população

Variação absoluta da população

𝑗 = 𝑃𝑡2− 𝑃𝑡1= 𝑝𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑜𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

Pop. 1981 Pop. 2019 Var. abs.

Coimbra 140 002 134 166 - 5 836

𝑗 = 𝑃𝑡2− 𝑃𝑡1= 𝑝𝑜𝑝. 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑜𝑝. 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 134 166 – 140 002 = - 5 836

Medidas

Evolução da população

Taxa de variação (variação relativa)

𝑇𝑥𝑗 =𝑃𝑡2− 𝑃𝑡1

𝑃𝑡1=

𝑝𝑜𝑝.𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 −𝑝𝑜𝑝.𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙

𝑝𝑜𝑝.𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙× 100

Expresso em %

Pop. 1981 Pop. 2019 Var. abs. Tx. Var.

Coimbra 140 002 134 166 - 5 836 - 4,17%

𝑇𝑥𝑗 =𝑃𝑡2 − 𝑃𝑡1

𝑃𝑡1=134 166 − 140 002

140 002× 100 = − 4,17%

Medidas

Evolução da população

Saldo Natural

Diferença entre o número de nados vivos e o número de

óbitos, num dado período de tempo

SN(0,t) = NV(0,t) - Ob(0,t)

NV Ob SN

Portugal 85 500 108 539 -23 039

Medidas

Evolução da população

Saldo Migratório

Diferença entre o número de entradas e saídas por

migração, internacional ou interna, para um determinado

país ou região, num dado período de tempo

SM(0,t) = I(0,t) - E(0,t)

I E SM

Portugal 29896 60 826 -30 930

Exercício 1

Tendo em conta o período 1981-2019,

calcular, para os 3 municípios:

1) a variação absoluta

2) a taxa de variação

Localidade 1981 2019 Var abs Tx var

Cantanhede 38 887 35 011

Lousã 13 014 17 158

Tábua 13 477 11 368

Exercício 1

Tendo em conta o período 1981-2019,

calcular, para os 3 municípios:

1) a variação absoluta

2) a taxa de variação

Localidade 1981 2019 Var abs Tx var

Cantanhede 38 887 35 011 - 3 876 - 10,0%

Lousã 13 014 17 158 + 4 144 + 31,8%

Tábua 13 477 11 368 - 2 109 - 15,6%

Exercício 2 Calcular, para o ano de 2018:

1) O saldo natural

2) O saldo migratório

3) A população portuguesa em 2018

País Pop 31-12-2017 NV Ób I E

Portugal 10 291 000 87 020 113 051 43 170 50 154

Exercício 2 Calcular, para o ano de 2018:

1) O saldo natural

2) O saldo migratório

3) A população portuguesa em 2018

País Pop 31-12-2017 NV Ób I E

Portugal 10 291 000 87 020 113 051 43 170 50 154

SN = N – Ó

SM = I - E

SN = 87 020 – 113 051 = - 26 031

SM = 43 170 – 50 154 = - 6984

Exercício 2 Calcular, para o ano de 2018:

1) O saldo natural

2) O saldo migratório

3) A população portuguesa em 2018

País Pop 31-12-2017 NV Ób I E

Portugal 10 291 000 87 020 113 051 43 170 50 154Pode-se fazer

das duas

maneiras

Pt2 = Pt1 + SN+ SM P2018 = P2017 + (- 26 031)+ (- 6 984) = 10 257 985

Pt2 = Pt1 + N – Ó + I - E P2018 = P2017 + 87 020 – 113 051 + 43 170 – 50 154

P2018 = 10 257 985

Exercício 2 Calcular, para o ano de 2018:

1) O saldo natural

2) O saldo migratório

3) A população portuguesa em 2018

País Pop 31-12-2017 NV Ób E I

Portugal 10 291 000 87 020 113 051 50 154 43 170

País SN SM Pop 31-12-2018

Portugal -26 031 -6 984 10 257 985

Exercício 3

Qual era a população portuguesa em

2015?País SN SM Pop 2015 Pop 2016

Portugal -23 447 28 953 10 310 526

Dados fictícios.

O saldo

migratório só

ficou positivo a

partir de 2017

Exercício 3

Qual era a população portuguesa em

2015?País SN SM Pop 2015 Pop 2016

Portugal -23 447 28 953 10 305 020 10 310 526

Exercício 3

Qual era a população portuguesa em

2015?País SN SM Pop 2015 Pop 2016

Portugal -23 447 28 953 10 305 020 10 310 526

Pt2 = Pt1 + N – Ó + I - E

Pt2 = Pt1 + SN+ SM

Pt2 – SN - SM = Pt1 10 310 526 – (-23 447) – 28 953 = 10 305 020

Exercício 4

Calcular

1) as densidades populacionais em 2005

e em 2018

2) a variação absoluta das densidades

3) a taxa de variação das densidades

País Pop. 2005 Pop. 2018 Área (km2)

Dinamarca 5 415 978 5 789 957 42 933

Hungria 10 087 064 9 767 600 93 030

Portugal 10 503 330 10 283 822 92 212

Exercício 4

País Pop. 2005 Pop. 2018Área

(km2)

Dens.

2005Dens. 2018 Tx var. dens. Var. dens.

Dinamarca 5 415 978 5 789 957 42 933 126,1 134,9

Hungria 10 087 064 9 767 600 93 030 108,4 105,0

Portugal 10 503 330 10 283 822 92 212 113,9 111,5

D = P / A

Exercício 4

País Pop. 2005 Pop. 2018Área

(km2)

Dens.

2005Dens. 2018 Tx var. dens. Var. dens.

Dinamarca 5 415 978 5 789 957 42 933 126,1 134,9 + 6,9%

Hungria 10 087 064 9 767 600 93 030 108,4 105,0 - 3,2%

Portugal 10 503 330 10 283 822 92 212 113,9 111,5 - 2,1%

D = P / A

Tx = [(dens18 – dens05)/dens05] x 100

Exercício 4

País Pop. 2005 Pop. 2018Área

(km2)

Dens.

2005Dens. 2018 Tx var. dens. Var. dens.

Dinamarca 5 415 978 5 789 957 42 933 126,1 134,9 + 6,9% +8,7

Hungria 10 087 064 9 767 600 93 030 108,4 105,0 - 3,2% - 3,4

Portugal 10 503 330 10 283 822 92 212 113,9 111,5 - 2,1% -2,4

D = P / A

Tx = [(dens18 – dens05)/dens05] x 100

Var = dens18 – dens05

3Medidas de estrutura da população

O que é a estrutura da população?

Estrutura da população (ou composição): proporções relativas de várias categorias presentes na população

MedidasAgregado

familiar

Sexo /

género

Condições sociais

Trabalho

Rendimento

Condições

de vidaNaturalidade &

nacionalidade

Idade

Educação

Medidas

Condições

sociais

População Activa (<> População em idade activa)

Conjunto de indivíduos com idade mínima especificada que, no período de

referência, constituem a mão-de-obra disponível para a produção de bens e serviços

que entram no circuito económico (empregados e desempregados)

Normalmente 15-64 anos – o INE utiliza 15-74 anos

Trabalho

𝑇𝐴 =População activa

Populaçã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙× 100

Taxa de actividade

Medidas

Condições

sociais

População Inactiva

Conjunto de indivíduos, qualquer que seja a sua idade que no período de referência,

não podem ser considerados economicamente activos, isto é, não estão empregados

nem desempregados

Corresponde à diferença entre a população total e a população activa

Trabalho

Inclui:

Estudantes

Reformados e pensionistas

Pessoas com mais de 65 anos

Jovens com menos de 15 anos

As migrações influenciam a

taxa de actividade e, daí, a

taxa de desemprego

Emigração dos 25-34 anos

nos anos a seguir à crise

Traduz-se numa diminuição

da população activa

Matematicamente, limita a subida da taxa

de desemprego, porque são sobretudo

os desempregados a sairem

Medidas

Condições

sociais

Taxa de desempregoTrabalho

𝑇𝐷 =População no desemprego

Populaçã𝑜 𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎× 100

(e não total)

A taxa de desemprego é

sensível à evolução da

população activa

Medidas

Condições

sociais

Trabalho

Rendimento

Níveis de rendimento

Distribuição dos rendimentos em Portugal

Índice de Gini

𝐺 =A

(𝐴 + 𝐵)× 100

Quanto maior o índice, mais

desigual é a sociedade Opcional:

Se x100, G varia de 0 a 100

Sem x100, varia de 0 a 1

Rendimentos

acumulados

dos 10% mais

pobres

Rendimentos

acumulados

dos 10% mais

ricosTraça-se a linha

que junta cada

camada de 10%

da populaçãoObtêm-se as

áreas A e B

Em Portugal, o índice tende a diminuir

37 em 1994, 31,9 em 2018

https://portugaldesigual.ffms.pt/evolucaodasdesigualdades

Medidas

Condições

sociais

Trabalho

Rendimento

Condições de vida

Condições da habitação: alguns indicadores

% de alojamentos com água e esgoto

% de alojamentos com aquecimento

% de alojamentos com problemas de

humidade

% de alojamentos com diversos materiais de

construção (betão, adobe…)

% de alojamentos por ano de construção

%𝑎𝑙𝑜𝑗. 𝑐𝑎𝑟𝑎𝑐𝑡. =Número de alojamentos com determinada caracterís𝑡𝑖𝑐𝑎

𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑎𝑙𝑜𝑗𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠× 100

Medidas

Condições

sociais

Trabalho

Rendimento

Condições de vida

Condições da habitação: alguns indicadores

% de alojamentos com água e esgoto

% de alojamentos com aquecimento

% de alojamentos com problemas de

humidade

% de alojamentos com diversos materiais de

construção (betão, adobe…)

% de alojamentos por ano de construção

As más condições dos

alojamentos em Portugal têm

consequências sobre a

mortalidade

Medidas

Condições

sociais

Trabalho

Rendimento

Condições de vida

Educação

Níveis de qualificações

% de literacia

% de pessoas com diversos níveis

de educação

Medidas

Condições

sociais

Trabalho

Rendimento

Condições de vida

Educação

Níveis de qualificações

% de literacia

% de pessoas com diversos níveis

de educação

Medidas

Agregado

familiar

Condições

sociais

Diversidade de famílias

% famílias monoparentais

% famílias unipessoais

Medidas

Agregado

familiar

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Naturalidade e nacionalidade

% de pessoas provenientes de determinado país

% de estrangeiros

Medidas

Agregado

familiar

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

A diferença entre estatísticas nos EUA e na

Europa

Race/ethnicity vs Naturalidade/nacionalidade

As estatísticas

oficiais referem-se

à “race” nos EUA

As estatísticas

oficiais referem-se

à naturalidade na

Europa

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Relação de masculinidade à nascença (sex-ratio at birth)

Número de meninos (nados vivos) por cada 100 meninas.

𝑅𝑀𝑁 =Nados vivos do sexo masculino

Nados vivos do sexo feminino× 100

Um valor superior a 100

significa que há mais

meninos do que meninas

Opcional:

Se x100, a RM varia à volta de 100

Sem x100, varia a volta de 1

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Relação de masculinidade à nascença (sex-ratio at birth)

Número de meninos (nados vivos) por cada 100 meninas.

Geralmente situado em valores

entre 1,03 e 1,06 (ou 103-106)

Tendência para nascerem mais

meninos do que meninas

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Factores da variação da RMN

Factores ambientais: exposição às poluições (várias

substâncias químicas) aumenta a probabilidade de ter meninos

Factores genéticos/biológicos (concepção vs ciclo de

ovulação; probabilidade de ter uma menina aumenta com a

idade)

Selecção do género da criança (China: RMnascimento = 115

meninos/100 meninas)

Latitude: RM menor (mais meninas) perto do Equador, maior

(mais meninos) mais longe

https://www.independent.co.uk/news/science/the-equatorial-enigma-why-are-more-girls-than-boys-

born-in-the-tropics-ndash-and-what-does-it-mean-1658981.html

https://www.nytimes.com/2009/04/21/health/21sex.html

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Relação de masculinidade (sex-ratio) da população total

Número de homens por cada 100 mulheres.

𝑅𝑀 =População do sexo masculino

População do sexo feminino× 100

Um valor superior a 100

significa que há mais

homens do que mulheres

Opcional:

Se x100, a RM varia à volta de 100

Sem x100, varia a volta de 1

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Relação de masculinidade (sex-ratio) da população total

Número de homens por cada 100 mulheres.

Geralmente situado em valores

abaixo de 1 (ou de 100)

Porque a mortalidade

masculina é maior que a

mortalidade feminina ao longo

da vida

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidade

Factores da variação da RM

Migrações: mais homens a migrar => diminui a RM

nos países de emigração e aumenta a RM nos países de

imigração

Mortalidade masculina relacionada com

comportamentos mais violentos ou menos saudáveis

País RM(núm. de mulheres por

cada 100 homens)

Qatar 324,35 30,83

Emirados Árabes

Unidos228,20 43,82

Oman 188,14 53,15

Bahrain 162,66 61,48

Kuwait 148,20 67,48

Arábia Saudita 139,36 71,75

Butão 116,02 86,20

Maiores RM do mundo

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidadeIdade

Índices de dependência (de jovens, de idosos, total)

𝐼𝐷𝑗 =𝑃0−14𝑃15−64

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

𝐼𝐷𝑖 =𝑃65+𝑃15−64

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

𝐼𝐷𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =𝑃0−14 + 𝑃65+

𝑃15−64=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠 + 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

Em Portugal, o IDi passou de 24,4

para 32,9 entre 2001 e 2017

Em Portugal, o IDj passou de 24,1

para 21,5 entre 2001 e 2017

Em Portugal, o IDt passou de 48,5 para 54,4 entre 2001 e 2017

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidadeIdade

População idosa: 65+, podendo-se agora distinguir várias faixas “jovens idosos” 65-74, “idosos” 75-84, “velhos idosos” 85+

Índice de envelhecimento

𝐼𝐸 =𝑃65+𝑃0−14

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

Em Portugal, o IE passou de 101,6 para 153,2 entre 2001 e

2017 = FORTE ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO

Medidas

Agregado

familiarSexo

Condições

sociais

Naturalidade &

nacionalidadeIdade

Idade média, idade mediana de uma população (em Portugal, a idade mediana passou de 27,8 anos em 1960 para 42,4 anos em 2017)

4A pirâmide etária

Princípios de construção

Dois histogramas: homens e mulheres

Expressos em % da população total ou (por vezes) em número total de indivíduos

Classificados por grupos de 5 anos (0-4, 5-9, 10-14 anos, etc.)

• Pirâmide clássica• Natalidade elevada

• Mortalidade elevada

• População jovem

• Esperança de vida baixa

• A população deve aumentar nos próximos anos

• Países em desenvolvimento

• Fase inicial da transição demográfica

Média 5,0 filhos por mulher (dos mais elevados do mundo)

Uganda, 2017

Pirâmide em ovoPopulação essencialmente adulta

Envelhecimento em curso, a mortalidade não é tão elevada como nos países em desenvolvimento (é semelhante aos países desenvolvidos)

Natalidade muito baixa, mas a diminuição é relativamente recente

A população deve diminuir e o envelhecimento acentuar-se

Coreia do Sul, 2017

Pirâmide rectangular ou em coluna

Mortalidade baixa

Natalidade baixa há várias décadas

Forte envelhecimento

Não há previsão de aumento da natalidade

Países desenvolvidos

Islândia, 2017

IrregularidadesSimétricas: rupturas visíveis dos dois lados (conflitos, revoluções…)

Assimétricas: visíveis só de um lado, devendo-se a um excendente de homens ou de mulheres (imigração masculina por exemplo)

Bélgica, 1989

Kuwait, 2017

A

FemaleMale

2010

Visualizar em: https://youtu.be/RLmKfXwWQtE

Pirâmides demográficas: forma poderosa de prever o futuro — Kim

Preshoff

Bahrain, 2017Bélgica, 2017 Mali, 2017

Argélia, 2017

Portugal, 2017

Rússia, 2017

Dos territórios ou populações aqui indicados, 6 correspondem às pirâmides que analisaram. Relacione-os.

Flórida

Nigéria

Camden borough, London

Qatar

Alto Trás-os-Montes

EUA

Ucrânia

População imigrante em NYC

Itália

Argentina

Nigéria

Qatar

Alto Trás-os-Montes

EUA

Flórida

Camden

borough,

London

Exercício 5

Calcule o valor da relação de

masculinidade à nascença dos países

seguintes. O que pode explicar as

diferenças?

País M F RMN

Egipto 1 309 488 1 247 952

Portugal 44 309 42 711

Filipinas 870 832 797 288

Exercício 5

Calcule o valor da relação de

masculinidade à nascença dos países

seguintes. O que pode explicar as

diferenças?

(Dados World Bank, 2018)

País M F RMN

Egipto 1 309 488 1 247 952 104,9

Portugal 44 309 42 711 103,7

Filipinas 870 832 797 288 109,2

𝑅𝑀𝑁 =Nados vivos do sexo masculino

Nados vivos do sexo feminino× 100

Exercício 6

A partir das pirâmides etárias da página

seguinte, calcule os índices seguintes:

- índice de envelhecimento

- índice de dependência de jovens

- índice de dependência de idosos

- índice de dependência total

Que evolução mostram estes dados?

País IE IDI IDJ IDT

Mundo 1970

Mundo 2080

Os dados das pirâmides aparecem

em %. Podemos efectuar os cálculos

com base nessas % em vez de

calcular primeiro os contingentes por

faixa etária.

País IE IDI IDJ IDT

Mundo 1970 14,1 9,2 65,4 74,4

Mundo 2080 108,6 33,2 30,6 63,7

𝐼𝐷𝑗 =𝑃0−14𝑃15−64

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

𝐼𝐷𝑖 =𝑃65+𝑃15−64

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

𝐼𝐷𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =𝑃0−14 + 𝑃65+

𝑃15−64=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠 + 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 15 𝑒 64 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100

𝐼𝐸 =𝑃65+𝑃0−14

=𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 65 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝑜𝑢 𝑚𝑎𝑖𝑠

𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 0 𝑒 14 𝑎𝑛𝑜𝑠× 100 Os dados das pirâmides aparecem

em %. Podemos efectuar os cálculos

com base nessas % em vez de

calcular primeiro os contingentes por

faixa etária.

Exercício 7

Calcule o valor da relação de

masculinidade dos países seguintes.

O que pode explicar as diferenças?

País M F RM

Ukraine 20 560 382 23 824 773

Portugal 4 857 125 5 412 292

Saudi Arabia 19 783 531 14 484 997

Exercício 7

Calcule o valor da relação de

masculinidade dos países seguintes.

O que pode explicar as diferenças?

País M F RM

Ukraine 20 560 382 23 824 773 86,3

Portugal 4 857 125 5 412 292 89,7

Saudi Arabia 19 783 531 14 484 997 136,6

𝑅𝑀 =População do sexo masculino

População do sexo feminino× 100

Exercício 8

País População

Número de

mulheres 15-49

anos

Nados

vivos

A 5 000 000 1 000 950 51 300

B 5 000 000 497 000 34 870

C 5 000 000 1 984 000 90 560

Calcule a taxa bruta de natalidade e a

taxa de fecundidade.

Que observação se pode fazer em

relação aos resultados?

A que se deve a aparente

contradição?

Exercício 8

País População

Número de

mulheres 15-49

anos

Nados

vivosTBN TF

A 5 000 000 1 000 950 51 300 10,3

B 5 000 000 497 000 34 870 7,0

C 5 000 000 1 984 000 90 560 18,1

𝑇𝐵𝑁𝐴 =𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠

𝑝𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙=

51 300

5 000 000× 1000

Exercício 8

País População

Número de

mulheres 15-49

anos

Nados

vivosTBN TF

A 5 000 000 1 000 950 51 300 10,3 51,3

B 5 000 000 497 000 34 870 7,0 70,2

C 5 000 000 1 984 000 90 560 18,1 45,6

𝑇𝐹𝐴 =𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑖𝑣𝑜𝑠

mulheres em idade fértil (entre 15 e 49 anos)=

51 300

1 000 950× 1000

Exercício 8

País População

Número de

mulheres 15-49

anos

Nados

vivosTBN TF

A 5 000 000 1 000 950 51 300 10,3 51,3

B 5 000 000 497 000 34 870 7,0 70,2

C 5 000 000 1 984 000 90 560 18,1 45,6

Observação:

- o país B apresenta a TBN mais baixa (7,0), mas a TF mais elevada (70,2);

- o país C apresenta a TBN mais elevada (18,1), mas a TF mais baixa (45,6)

Exercício 8

País População

Número de

mulheres 15-49

anos

Nados

vivosTBN TF

A 5 000 000 1 000 950 51 300 10,3 51,3

B 5 000 000 497 000 34 870 7,0 70,2

C 5 000 000 1 984 000 90 560 18,1 45,6

Porquê?

O país B é provavelmente um país mais envelhecido: tem muito menos mulheres em idade

compreendida entre 15 e 49 anos

A taxa de natalidade, no caso de B, é baixa por não haver muitas mulheres em idade fértil e

por causa do envelhecimento.

No caso de C, a taxa de natalidade aparenta ser elevada, mas é por haver muitas mulheres

entre 15 e 49 anos. Na realidade, as mulheres em idade fértil estão a ter poucos filhos.