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“Por que a maioria dos evangélicos não querem o Evangelho”? (parte 1/3) Fonte: Blog GRAÇA BRUTA (http://gracabruta.wordpress.com/) vinculado à Primeira Igreja Batista de Londrina, Paraná, Brasil (http://piblondrina.com.br/pequenos-grupos), matéria do Pr. Alexandre O. Chaves, cuja biografia encontra-se na última página desta matéria, ou clicando sobre seu nome, com a tecla Ctrlpresa. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas”. 2 Timóteo 4:3-4. O ser humano é incapaz de, com certeza, saber o que comerá no jantar, ou se comerá. No entanto, estuda, se esforça e investe tempo e recursos para prever o futuro com o intuito de controlá-lo. Faz estimativas e projeções dos mercados; se esmera fazendo checklists intermináveis, se angustia com a incerteza dos resultados, passa noites em claro sem perceber o tamanho da prepotência em que está mergulhado; como se fosse possível para um simples ser humano ter todo este controle. A menos que se perceba como uma espécie de Atlas, personagem mitológico entre os gregos, condenado por Zeus a sustentar o mundo nas costas.

POR QUE A MAIORIA DOS EVANGÉLICOS NÃO QUEREREM O EVANGELHO

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  • Por que a maioria dos evanglicos no

    querem o Evangelho? (parte 1/3)

    Fonte: Blog GRAA BRUTA (http://gracabruta.wordpress.com/) vinculado Primeira Igreja

    Batista de Londrina, Paran, Brasil (http://piblondrina.com.br/pequenos-grupos), matria do Pr.

    Alexandre O. Chaves, cuja biografia encontra-se na ltima pgina desta matria, ou clicando

    sobre seu nome, com a tecla Ctrl presa.

    Porque vir tempo em que no suportaro a s doutrina; mas, tendo comicho nos

    ouvidos, amontoaro para si doutores conforme as suas prprias concupiscncias; E

    desviaro os ouvidos da verdade, voltando s fbulas. 2 Timteo 4:3-4.

    O ser humano incapaz de, com certeza, saber o que comer no jantar, ou se comer. No

    entanto, estuda, se esfora e investe tempo e recursos para prever o futuro com o intuito de

    control-lo. Faz estimativas e projees dos mercados; se esmera

    fazendo checklists interminveis, se angustia com a incerteza dos resultados, passa noites em

    claro sem perceber o tamanho da prepotncia em que est mergulhado; como se fosse possvel

    para um simples ser humano ter todo este controle. A menos que se perceba como uma espcie

    de Atlas, personagem mitolgico entre os gregos, condenado por Zeus a sustentar o mundo nas

    costas.

  • Precisamos, no mnimo, ter a conscincia do que est por trs deste obstinado comportamento.

    O que significa agir assim? Significa, a princpio, no mnimo, desprezo ou rebeldia s palavras

    de Jesus que disse: No andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que

    beberemos, ou com que nos vestiremos? Porque todas estas coisas os gentios procuram.

    Decerto vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai

    primeiro o reino de Deus, e a sua justia, e todas estas coisas vos sero acrescentadas. No

    vos inquieteis, pois, pelo dia de amanh, porque o dia de amanh cuidar de si mesmo.

    Basta a cada dia o seu mal. Mateus 6:31 ao 34.

    Por que Jesus nos diz tais palavras? Ser que Sua proposta uma vida relapsa e irresponsvel?

    Creio que no, pois nos ensina a andar com sabedoria e cuidado diante do nico dia que temos

    como um presente de Deus, ou seja, o hoje. Antes, o que Jesus est nos ensinando viver a

    condio humana em sua plenitude e verdade, algo que Ele descreve muito bem quando diz:

    Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo no pode fazer

    coisa alguma.

    (Jo 5:19)

    No texto acima, Jesus expe sua impotncia para que a conscincia desta mesma impotncia

    seja gerada em ns. Alm do mais, para que serve a inquietude da nossa alma, se no para

    nosso prprio mal? Como diz a bblia: Quem de vocs, por mais que se preocupe, pode

    acrescentar uma hora que seja sua vida? Lucas 12:25. Sabemos muito bem disto.

    consenso que nossas preocupaes s nos atrapalham. Porm, consenso tambm que o ser

    humano tem uma tendncia preocupao e ansiedade. Qual o porqu disto? Antes de

    pensarmos na razo, precisamos entender o que significa este modo inquieto de levar a vida.

    O significado da inquietude de nossas almas tem como base o desconfiar do carter de Deus e

    o compactuar com a opinio de satans que nos incita a fazer parte da rebelio daqueles que se

    acham os verdadeiros dignos do trono, do comando e da glria. Precisamos entender que

    quando satans pergunta a Eva: assim que Deus disse? (Gn3:1), quer na verdade semear

    um pensamento que coloque Deus em suspeita, para em seguida pr no corao humano a

    proposta de uma rebelio, em que o controle estaria em nossas mos.

    Quando em virtude da resposta da mulher, satans se manifesta dizendo: Certamente no

    morrero. (Gn3:4), ele faz isto em contraposio palavra de Deus que havia

    dito, Certamente morrers. (Gn2:17). Com isto satans sugeriu que Deus mau e mentiroso

    e promove a desconfiana no carter de Deus. Age desta forma para ter um alicerce onde possa

    edificar o inferno, dimenso onde o homem pensa que Deus, como Deus sereis (Gn3:5),

    mas que na verdade, quem governa o diabo.

    Este foi o mago da queda, a incredulidade na palavra de Deus aliada tese de que o ser

    humano poderia ser como Deus. Porm, a manuteno desta situao se d por meio de outras

    ferramentas, a saber, a fobia e as trevas. O prncipe deste sculo consegue xito em manter

    pessoas aprisionadas, do mesmo modo como os donos de engenhos no passado, costumavam

    fazer com seus escravos, usando a ferramenta do medo para isto (Hb 2:14-15).

  • (continua na tera-feira)

    Na graa bruta que nos chama verdade,

    Alexandre.

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    Por que a maioria dos evanglicos no

    querem o Evangelho? (parte 2/3)

    (continuao) Satans faz isto gerando inimizade entre os homens e Deus, pois onde a

    comunho com o Deus que amor, se quebra, o medo se instala. Outra ferramenta bastante

    utilizada por ele a mentira, a iluso como forma de aprisionar as pessoas, enquanto que Deus,

    se vale da verdade para libert-las. E conhecereis a verdade e a verdade vos libertar. Joo

    8:32. Porm, quem quer saber a verdade para ser liberto?

    Depois da queda, o velho homem virou amante da mentira, das tangas e dos disfarces. Rejeita a

    verdade, pois, a verdade, passa necessariamente pela cruz, e a cruz significa o seu fim. A partir

    disto que chamamos de queda, o velho homem passa a ver em Deus um inimigo, do qual busca

  • se proteger em esconderijos (Gn 3:10) os mais diversos possveis. Pode ser na esbrnia ou na

    vida de cidado bem-comportado, no terreiro de macumba ou at dentro das assim chamadas

    igrejas. Neste caso especfico, tentam aplacar a ira desta pseudodivindade com bajulaes de

    mentira cantadas aos quatro ventos, sacrifcios monetrios entendidos assim, visto no serem

    frutos do amor e da alegria, mas do medo e do interesse.

    Reunir- se com a igreja nestes termos, manifestar uma enorme cegueira espiritual, ao ponto de

    no mais conseguir fazer distino entre Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo e o Diabo.

    Quando entoamos cnticos ao Senhor e oramos ou ministramos com nossas almas repletas de

    medo, interesses e tangas, onde nossas aes so frutos de uma conscincia coagida de escravos,

    a qual deuzinho estamos cultuando? Fao esta pergunta tendo em vista que esta atmosfera

    cltica incompatvel com Jesus Cristo, pois onde a conscincia do Amor se instala o medo

    expulso (1Jo 4:18), e onde o Esprito do Senhor se faz presente a liberdade lei. (2Co 3:17).

    Para mim, rejeitar isto rejeitar a verdade.

    Este amor mentira to absurdo, que nem as consequncias imanentes, que apontam para as

    fraquezas humanas, tm sido capazes de quebrantar o corao humano. Vivemos desta maneira

    teomnica como se fosse possvel ao ser humano ter todo este controle em suas mos; ainda que

    em um segundo momento a verdade a seu respeito fique exposta, lotando os consultrios que

    tratam dos angustiados, cardacos, depressivos e afins.

    No quero listar estas doenas como estigma, pois sabido que existem vrios outros fatores

    que as causam. O que estou apontando que mesmo em face da fragilidade humana exposta

    por elas, muitos ainda permanecem endurecidos e no aceitam sua realidade nua e crua de reles

    mortais, verdade esta que tentam desesperadamente negar, escondendo seus defeitos e

    propagandeando de forma marqueteira aquilo que entendem ser suas qualidades. Mas o que

    dizem as escrituras?

    Porque, se algum cuida ser alguma coisa, no sendo nada, engana-se a si

    mesmo.

    Glatas 6:3.

    Para viver desta forma, o ser humano precisa fazer da mentira seu habitat natural, o engano

    passa ser o que chamamos de verdade. Fecha os olhos para o bvio, para o fato mais evidente a

    seu respeito. Busca ignorar a concluso mais lgica sobre si, o fato de que mesmo querendo ser

    Deus, simplesmente no . Pelo contrrio, finito, frgil, inconstante e mortal. p, humus,

    humano. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos p. Salmo 103:14.

    (continua quinta-feira)

    Na graa bruta que nos d a boa notcia,

    Alexandre.

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  • Por que a maioria dos evanglicos no

    querem o Evangelho? (parte 3/3)

    (continuao) Esta realidade de que somos apenas humanos facilmente aceitvel do ponto

    de vista dos discursos; aceitamos nossa fragilidade de modo superficial, porm isto logo

    negado por nosso jeito de viver, e por nossa notvel f em ns mesmos. Se no fosse assim,

    como poderamos explicar a loucura de depositar toda a nossa confiana em um ser to frgil,

    inconstante e que est o tempo todo ameaado pela morte, se no pelo fato de que abraamos a

    estupidez de nos vermos como deuses?

    Isto s se torna possvel pela obstinao do velho homem em no enxergar a verdade. Por esta

    razo, este homem, sem perceber, passa a viver na dimenso daquilo que talvez seu mundo

    secular, pragmtico e emprico mais critica, ou seja, um viver sem concrees e sem lgicas,

    aquilo que gosto de chamar de f s avessas.

    Gosto de nominar esta pseudof desta forma para tentar ser menos grosseiro, pois no fundo

    jamais poderamos associar isto f, mas sim burrice. Vivendo pela estupidez da f s

    avessas, ou seja, a f no homem, este sistema organizacional do mundo mergulha em uma

    armadilha paradoxal, que nega as suas prprias bases de rebeldia contra Deus.

    Pois quem em s conscincia confiaria de modo lgico, seu futuro, sua vida, o bem do planeta,

    ou o que quer que seja, a um ser to fraco e ao mesmo tempo to prepotente, algo que

    aumentaria ainda mais os riscos, como no caso do ser humano? Mas o que fazemos, dando

  • crdito mentira. A loucura tanta que muitos confiam a prpria salvao s capacidades

    humanas, ao passo em que desconfiam das capacidades do amor de Deus. Do Deus que disse:

    Esta consumado.

    Na verdade, o mundo no vive pela lgica ou pela razo como advogam seus sbios de araque,

    so burros na verdade. Por isto, o mundo vive pela f burra e pelo devaneio do homem de

    querer ser quem no de querer ser Deus. O estilo de vida de nossa sociedade nos infla em

    direo autodivinizao, que at aceita a ideia de um deus, desde que Deus seja eu. Por esta

    razo o Evangelho odiado. Apenas o outro Evangelho aceito. Um evangelho sem cruz,

    sem a morte do velho homem. Um evangelho do deus diabo, do deus do medo, do deus que

    escraviza, do deus patro, do deus mentira, do deus da religio.

    Mas a palavra de Deus nos exorta a buscarmos em Deus por sua Graa a firmeza dos mancos,

    dos fracos, dos que no so. Para que Deus seja nosso tudo, jamais confiando em ns mesmos

    e sempre com o esprito cauteloso daqueles que mesmo pensando estar em p, tomam cuidado

    para no cair. Orando sempre no esprito, para que o Senhor nos firme na proclamao do

    evangelho louco do Cristo crucificado. Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus

    Cristo, que h de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino. Que pregues a

    palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a

    longanimidade e doutrina. Porque vir tempo em que no suportaro a s doutrina; mas,

    tendo comicho nos ouvidos, amontoaro para si doutores conforme as suas prprias

    concupiscncias; E desviaro os ouvidos da verdade, voltando s fbulas. Mas tu, s sbrio

    em tudo, sofre as aflies, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministrio. 2

    Timteo 4:1-5. Amm.

    Na graa bruta dAquele que nos sustenta,

    Alexandre.

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    Quem somos?

    Graa Bruta um blog que deseja comunicar aquilo que, durante a caminhada no Evangelho,

    creio ser relevante, tambm, para outras pessoas. um espao mais livre, direto e apropriado

    para expor pensamentos, lutas e fraquezas prprias. local onde posso manifestar minhas

    alegrias e opinies sem que outros, exceto eu mesmo, tenha de arcar com isto.

    O Evangelho bruto; a graa bruta. Por esta razo revela o Deus que se exps brutalidade

    da cruz porque ama brutalmente. Muitas vezes amenizamos o Evangelho e condicionamos o

    Amor de Deus e Sua Graa. Tentamos proteg-la e, no fundo, esta proteo no passa de uma

    conformao com este mundo.

  • O mundo, anticristo e antigraa, lapida a graa e a transforma em algo bonito ou aceitvel.

    Porm, a Graa encarnada a pedra que os construtores rejeitaram, Aquela mesma sobre a

    qual Isaas profetizou dizendo:

    Quem deu crdito nossa pregao? E a quem se manifestou o brao do

    SENHOR?

    Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca;

    no tinha beleza nem formosura e, olhando ns para ele, no havia boa

    aparncia nele, para que o desejssemos.

    Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e

    experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o

    rosto, era desprezado, e no fizemos dele caso algum.

    Isaias 53:1 ao 3

    Isto intolervel para o mundo como sistema, bem como para a religio do mundo permeada

    com seus valores, pragmatismo, qualidades e foco no desempenho, aceitar a afronta da graa.

    revoltante um Deus incapaz de tratar com distino os melhores, desqualificando-os assim

    de seus mritos. Um Deus que trata com dignidade a samaritanos, adlteras, publicanos

    pecadores e leprosos. Que olha com amor a um ladro, ru confesso, concedendo-lhe o paraso

    dizendo, ainda:

    -Eu no vim chamar os justos, mas, sim, pecadores ao arrependimento. Lucas 5:32.

    digno de morte tal Deus, bem como seus seguidores e profetas, grita a religio do mundo!

    Por isto crucificaram a Jesus pelo medo da desvalorizao que a graa promove de tudo aquilo

    que supostamente possa ser usado como moeda de barganha em direo a um falso deus. Pois

    os lderes desta religio anticristo se auto-declararam corretores dos bens celestiais e no

    querem perder seus privilgios. Se o deixamos assim, todos crero nele, e viro os romanos, e

    tirar-nos-o o nosso lugar e a nao. Joo 11:48 .

    por esta razo que o blog Graa Bruta est no ar.

  • Alexandre O. Chaves Sobre Alexandre Chaves marido de Lili e pai do Lucas e do Mateus. Nascido em Londrina, pastor da Primeira Igreja Batista em

    Londrina e formado em Teologia pela Faculdade Sul Americana. (Para acessar o Facebook do Pr. Alexandre O. Chaves, clique em

    ctrl+link do seu nome em Vermelho abaixo de sua foto).

    [email protected]