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Junho de 2011 Ano XVI Número 188
REIPor quê?De tal pergunta começarão a responder:
“Ah, mas o nosso líder tem que ser
escolhido pelo povo; porque nós é que
devemos ser responsáveis pelo nosso
destino; porque o rei vai querer me
mandar? Só porque nasceu rei?”. É,
as coisas não são assim. Artigo de
Aloysio Telles de Moraes NettoPág.5
Livro “1882”é lançadoem versãodedicadaao públicojuvenil
Pág.9
IBI faz homenagem a Princesa Dona Isabel em SergipePág.4
O mês de junho é muito especial para nós, monarquistas. O nosso chefe da Casa
Imperial, D. Luiz de Orleans e Bragança, e nosso Príncipe Imperial, D. Antonio de
Orleans e Bragança, fazem aniversário. É o momento ideal para reforçarmos os
laços e expandir ainda mais a nossa defesa por um Brasil monárquico constitucional
com democracia e justiça. Hoje, é preciso algo mais do que resgatar a verdadeira
história do Brasil, agredida todos os dias. É necessário mostrar que o sistema
republicano é o responsável pelas mazelas que vivemos.
Nas mãos de quem não é referência de virtude e moral, este sistema nunca vai
consolidar o funcionamento das instituições. É uma inverdade espantosa aquele
conceito de que Executivo, Legislativo e Judiciário funcionam em harmonia. Basta
ver o que vem acontecendo, com principal corte suprema do País legislando ao
invés de proteger a Constituição. A libertação do terrorista Battisti foi uma afronta a
um País ordeiro e conservador como o nosso. Sem um moderador, que é Rei, a
sociedade fica órfã. Temos que ter coragem e afirmar isso em todos os fóruns
possíveis.
É sempre bom lembrar o grande Rui Barbosa, tido como um dos defensores da
República pelos historiadores que ignoram o arrependimento dessa figura da nossa
história. Como ele disse: “Havia uma sentinela vigilante, cuja severidade todos
temiam, e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se
apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade. Era o Imperador Dom
Pedro II.”
Como ampliar a voz do nosso movimento? Participando de entidades como o
Instituto Brasil Imperial e defendendo conceitos que possam atrair ainda mais
brasileiros para nossas fileiras. Consultado nosso arquivo de edições da Gazeta
Imperial é possível encontrar subsídios dos nossos articulistas. Os países com
maior desenvolvimento social e econômico são monarquias constitucionais
parlamentares! Os reis exercem a função de manter a identidade da nação. As
instituições funcionam efetivamente exercendo dentro de um sistema justo as suas
reais prerrogativas.
Defenda o pensamento monárquico! Tem dúvidas sobre como fazer isso? Mande-
nos um e-mail e tire suas dúvidas, monte um núcleo em seu município. Que o
exemplo de nossos Príncipes Imperiais D. Antonio e D. Luiz,
grandes estadistas, perdurem por muito tempo. Vida longa a
Família do Imperial do Brasil! Vida longa ao Movimento
Monárquico Brasileiro! Vida longa ao Instituto Brasil
Imperial!
Saudações Monarquistas!
Vida longa a FamíliaImperial do Brasil!
Imperial ImperialGazetaGazeta
02
Prezados amigos dirigentes de núcleos monarquistas brasileiros.
Imagem do MesImagem do Mes^
Imperial ImperialGazetaGazeta
Jornal editado pelo Instituto Brasil Imperial
www.brasilimperial.org.br
A Gazeta Imperial é uma publicação do
Instituto Brasil Imperial. Artigos, sugestões de
reportagens, divulgação de eventos
monárquicos e imagens podem ser enviados
para [email protected]
Alessandro Padin Editor e jornalista responsável
José Bonifácio de Andrada e Silva, o
Patriarca da Independência do Brasil
Primeira reunião do InstitutoBrasil Imperial é um sucesso
A Coordenação do IBI em Sergipe promoveu palestras para lembrar a libertação dos escravos no Brasil
A Coordenação do Instituto Brasil
Imperial (IBI) em Sergipe promoveu
palestras, Salão do Hotel San
Manuel, para lembrar a assinatura
da libertação dos escravos no Brasil.
O coordenador local, Dr. João
Francisco dos Santos, falou sobre a
biografia da Princesa Dona Isabel,
nascida Dona Isabel Cristina
Leopoldina Augusta Micaela
Gabriela Rafaela Gonzaga de
Bragança e Bourbon, (Rio de
Janeiro, 29 de julho de 1846 — Eu,
França, 14 de novembro de 1921)
que foi a última princesa imperial do
Brasil e regente do Império por três
ocasiões, na qualidade de herdeira
de seu pai, o imperador Dom Pedro
II, e da imperatriz Dona Teresa
Cristina de Bourbon-Duas Sicílias.
Foi a terceira Chefe de Estado
brasileira após sua avó Leopoldina e
sua trisavó Dona Maria I. Foi
cognominada a “Redentora” por ter,
através da Lei Áurea, abolido a
escravidão no Brasil.
Em uma segunda palestra, abordou
o tema “Os Príncipes do Brasil e
como vivem”, tecendo grandes
elogios à postura exemplar da
Família Imperial e em particular ao
Chefe da Casa Imperial Brasileira,
Dom Luiz de Orleans e Bragança. O
Príncipe Dom Antonio de Orleans e
Bragança que esteve em visita a
Sergipe em novembro passado, foi
h o m e n a g e a d o c o m o
Descerramento de uma Placa no
Salão do Hotel San Manuel
Da redação do IBI
O Jornal da cidade e a Televisão
Sergipe Concessionária da Rede
Globo de Televisão também foram
homenageados pela excelente
cobertura que deram à visita do
IBI comemora o dia de D. Isabel do Brasil, “A Redentora da Escravidão”
Instituto Brasil ImperialInstituto Brasil Imperial
Príncipe Imperial em novembro
passado. O Presidente do Instituto
Brasil Imperial, Comendador
Antonyo da Cruz, parabeniza ao
coordenador do IBI em Sergipe, Dr.
João Francisco de Souza, que deu o
exemplo a outros coordenadores e
presidentes de núcleos para que
preparem atividades para todas as
datas monárquicas.
Condessa Elisa Mendes, Dr. João Francisco
dos Santos e Dr. Geovan Teles Franca
Jantar comemorativo no Restaurante
do Hotel San Manuel
Representante do ex-deputado e empresário
Marcos Franco, do Jornal da Cidade, e
representante da presidência da Televisão
Sergipe concessionária da Rede Globo,
receberam diploma pelo apoio a causa
monárquica do Brasil
O coordenador do IBI, Dr. João Francisco dos
Santos, fazendo uma das palestras do encontro
monárquico em homenagem a Princesa Dona
Isabel. A força do movimento no Nordeste
04
JUNHO
2 Amilton Clemente de Paula Itaperuna - RJ
2 Nilton de souza Moraes Maricá - RJ
3 Davidson Halevy O. Marinho Bentes Brazilandia - DF
4 Eduardo Ximenes São Paulo - SP
5 João Francisco dos Santos Aracajú - SE
6 Ricardo José de Souza Goiania - GO
10 Marcio Cruz Bastos Ribeirão Preto - SP
11 Paulo R. Maciel Luz Baependi - MG
12 Relryk Abreu silva Tremenbé - SP
14 Francisco Joaquim de Souza Neto Taguatinga - DF
16 Gustavo Ferreira Cintra do Prado São Paulo - SP
17 Fabrizio Vasconcelos Santos - SP
18 Jorge augusto Costa Meneghelli Colatina - ES
19 Cleber Barros de Lima Muniz Rio de Janeiro - RJ
20 Jorge Walas Alves de Lima Lageado - PE
23 Antonio Carlos Garcia Sorocaba - SP
23 José Jorge Correia Conceição Recife - PE
28 Jadeir Luciano Prudente Itaperuna - RJ
JULHO
1 Alessandro José Padin Fereira Praia Grande - SP
3 Robson José Côgo Serra - ES
4 Alexandre Maurano São Paulo - SP
7 Lucas Gabriel Ribeiro Wagner Petrópolis - RJ
12 Raimundo Nonato Taubaté - SP
13 Adenauer Melo de Oliveira Mont Royal - Canadá
13 Txiliá Credidio Jaboatão do Guararapes - PE
17 Jounalist M.F. Machado Niagara Falls - Canadá
24 Adriane Kuchkarin São Paulo - SP
26 Niels J. Peterson Petrópolis - RJ
30 Dorival Bueno Balneário Camburiú - SC
31 Ivanês Lopes Natal - RN
AniversariosAniversarios´Atualize seu cadastro no nosso site
www.brasilimperial.org.br
D. ANTONIO DE ORLEANS E BRAGANÇA
Aniversário de
Príncipe Imperialdo Brasil
24 de junho
Mas porque um Rei e não um presidente?De tal pergunta começarão a responder: “Ah, mas o nosso líder tem que ser escolhido pelo povo;
porque nós é que devemos ser responsáveis pelo nosso destino; porque o rei vai querer me mandar?
Só porque nasceu rei?”. É, as coisas não são assim.
Atualmente, dentro do pensamento
deturpado a que as pessoas foram e
são submetidas, muitas pensam
que ter um presidente escolhido
pelo povo é melhor do que ter um
Monarca chefiando o país. Mais
u m a v e z f a z e m o s a q u e l a
perguntinha bem simples: “OK, mas
por quê?”.
De tal pergunta começarão a
responder: “Ah, mas o nosso líder
tem que ser escolhido pelo povo;
porque nós é que devemos ser
responsáveis pelo nosso destino;
porque o rei vai querer me mandar?
Só porque nasceu rei?”. É, as coisas
não são assim.
Quando nós estudamos um pouco
de Teoria Geral do Estado, vemos
que o Estado – conjunto de Povo,
Território e Governo – que compõe a
maioria dos países atualmente,
surgiu não do nada, mas de uma
evolução social e política. Existiu
primeiro a família, que evoluiu para
a sociedade tribal com a união entre
várias famílias de mesma origem,
que veio a ser o embrião das
c idades, que começaram a
estender seu território (através da
associação entre comunidades ou
dominações umas sobre as outras),
que foram abrangendo territórios
até que surgiram os primeiros
exemplos de Estado, na Suméria,
Egito, Oriente Médio e Roma, bem
como também na América pré-
colombiana. Esta teoria é a mais
aplicada, e por consecução lógica é
provavelmente a mais correta. Um
exemplo disso é a origem do povo
Aloysio Telles de Moraes Netto
05
ArtigoArtigo
de Israel, originalmente uma
família, cujo surgimento está
descrito na Bíblia (Abraão, Isaac,
Jacó, e daí pra frente até
hoje).Contudo, se for observado,
mesmo sendo entidades de
grandes proporções, os Estados
Nacionais ainda hoje são...
f a m í l i a s , s ó q u e s u p e r
desenvolvidas.
Naturalmente, a chefia de uma
família não é escolhida de maneira
“democrática”. Sempre haverá
quem comanda a família. Seja o
pai, a mãe, ambos, um irmão ou
irmã mais velhos, um dos avós...
enfim, numa família sempre haverá
esta figura. O que não significa que
necessariamente em uma família os
demais membros não terão voz ou
vez. É claro, em se tratando de uma
família monoparental onde só há um
adulto e crianças, ou um casal e
crianças, não há muito espaço para
votações, mas quando todos já são
mais adul tos, todos podem
participar das discussões familiares
e interferir nos destinos do grupo,
mas a última palavra, que mantém a
ordem é do(s) chefe(s) da família.
Em um Estado onde as coisas
funcionam, o pensamento deve ser
o mesmo. O Monarca é aquele pai
de uma família em que todos os
filhos são adultos, de maneira que
estes ajudam no sustento da casa,
os mesmos t em a té ma i s
obrigações do que o pai, mas este é
o que dá a última palavra, e é
respeitado justamente porque não
abusa de seu poder familiar. Deixa a
família seguir seu curso, somente
traçando objetivos de acordo com
sua experiência de vida e formação.
Numa república, o Estado fica
semelhante à “Casa da Mãe Joana”,
onde cada um faz o que quer,
porque não existe uma autoridade
O Monarca não pode participar da vida político-partidária. Seus interesses
transcendem tais anseios, e, por mais que o ser humano seja corruptível
(e nem os reis escapam a esta triste constatação), não existem motivos
para tal, que ensejem a corrupção do soberano
06
legítima, e por mais que se tente
colocar as decisões em voto, o
mesmo não surte efeito, porque um
irmão pode comprar o outro com um
brinquedo novo, uma roupa nova,
um prato de doce, em troca do que o
outro quer na hora da decisão
colegiada. Isso não ocorre numa
família normal, onde os filhos não
têm como comprar a opinião dos
pais, nem estes precisam comprar
os filhos (até porque suas decisões
serão as melhores para eles e para
todos).
Analogias e alegorias à parte, isto
ocorre nos sistemas monárquico e
republicano. O Monarca não pode
participar da vida político-partidária.
Seus interesses transcendem tais
anseios, e, por mais que o ser
humano seja corruptível (e nem os
re is escapam a esta t r is te
constatação), não existem motivos
para tal, que ensejem a corrupção
do soberano. Afinal, o rei não
depende de votos para se manter no
poder ou se sustentar, seus gastos
básicos são arcados pelo erário (da
mesma forma que é feito com os
presidentes da república), não
precisa prevaricar para ganhar
eleitorado ou base política, pois ele
continuará no mesmo lugar até
morrer. Ele não inova na conjuntura
política ao chegar ao governo como
rei porque já participa, enquanto
príncipe, dos atos oficiais de estado.
Aliás, registre-se que mesmo sendo
sustentado pelo Estado, o Monarca
ainda é mais econômico do que
presidentes, pois estes são
sustentados, recebem um valor bem
considerável de salário, e depois
que saem do poder continuam a dar
gastos para o governo, pois
continuam a receber proteção oficial
de ex-presidente e recebem uma
“pensão” pelo período em que
estiveram governando, mesmo que
tenham economizado todo o
dinheiro que receberam ou se
tiverem outras fontes de renda.
O presidente não representa a
c o n t i n u i d a d e d e g o v e r n o
necessariamente. Mesmo que ele
tenha sido indicado pelo seu
sucessor (como é o caso atual no
Brasil) vai querer inovar nos tratos
governamentais, nas políticas
públicas, e sempre visando, no
caso especial do Brasil, preparar a
“cama” para as próximas eleições,
seja para si, seja para algum amigo
próximo.
Sejamos claros: o atual governo, da
Sra. Dilma Roussef teve sua base
eleitoral nos programas sociais
criados pelo seu antecessor.
Criaram o chamado Programa de
Aceleração do Crescimento, e
colocaram sob a tutela desta
senhora, que à época era a ministra
da Casa Civil (cujo ministério não
tem NADA A VER com a matéria do
suposto programa, que deveria
estar sob a tutela do ministério das
cidades ou do planejamento, por
exemplo). Após ser eleita, o
denominado PAC foi transferida
para outra pasta, porque não era
mais necessário vincular a imagem
desta ministra ao programa, que
sequer tinha concluído um quarto
do que p rometera quando
resolveram lançar o PAC 2! (que
legal...).
Num sistema Monárquico, o
governo não fica limitado a quatro
anos: suas diretrizes gerais são
traçadas quando é formado um
novo gabinete de ministros, e o
primeiro ministro permanecerá no
comando do governo enquanto
estiver tocando seus projetos, sob a
atenção do imperador, que só
intervém em último caso (e a
supervisão do Imperador garante
que deslizes ocorram o menos
possível). Se ocorrer alguma
irregularidade grave, como um
grande esquema de corrupção
( v i d e M e n s a l ã o ) , o u s e
simplesmente o Primeiro-Ministro e
seu gabinete forem incompetentes,
no primeiro caso o Imperador pode
dissolver o parlamento e convocar
novas eleições, e no segundo caso
o povo se encarrega de escolher
outros representantes mais dignos
d e c o n f i a n ç a . To n y B l a i r
permaneceu no poder na Inglaterra
por dez anos, e Gordon Brown, seu
sucessor, só três, exatamente
porque o povo escolheu quem
queria para governar, e não era este
último. Aliás, ressalte-se que
dissolver o parlamento não é a
mesma coisa que fechá-lo (como
ocorreu várias vezes após o golpe
republicano). Quando se fecha o
Parlamento, o governante governa
sozinho por tempo indeterminado.
Quando é dissolvido, é convocada
nova eleição antes do término da
legislatura, mas o Parlamento não
deixa de atuar.
No modelo atual, o presidente não
dissolve nem fecha o parlamento (e
pelo menos esta regra tem sido
atendida nos últ imos anos).
Contudo, ainda que ocorram
escândalos, os políticos que estão
no poder podem continuar no poder
sem problema nenhum (para eles).
No caso do Mensalão foi uma
vergonha sobre a outra. Todo o alto
escalão do governo federal e do
partido do governo, bem como seus
aliados, caiu. Aliás, este é o motivo
para Dilma ter sido escolhida como
sucessora de Lula, pois não sobrou
NINGUÉM no PT, além de uma ex-
secretária de estado, no comando
do ministério das minas e energia,
mera técnica, que nunca tinha
recebido a devida instrução para
conduzir um Estado, nem mesmo
tinha sido eleita para nada, nem
para síndica de prédio! Isto sem
falar no lindo caso ocorrido com a
Sra. Erenice, braço direito de longo
tempo da Sra. Dilma, que, mal virou
ministra em seu lugar, nem esperou
esquentar a cadeira do ministério
para ser envolvida em mais
escândalos de corrupção. Será que
ela mudou de lado somente depois
que a Dilma se separou dela? Será
que a Sra. Dilma sabia do que
acontecia antes e depois de sua
saída? (mistério...) Mas, apesar de
todos seus “companheiros” terem
sido flagrados e culpabilizados
pelos escândalos citados, o Exmo.
Sr. Presidente Lula permaneceu o
“Impávido Colosso”, como se nada
Tony Blair permaneceu no poder na Inglaterra
por dez anos, e Gordon Brown, seu sucessor,
só três, exatamente porque o povo escolheu quem
queria para governar, e não era este último. Aliás,
ressalte-se que dissolver o parlamento não é a
mesma coisa que fechá-lo (como ocorreu várias
vezes após o golpe republicano)
07
pudesse atingi-lo. Será mesmo que
ele não sabia do que estava
acontecendo ao lado de seu
gabinete, este tempo todo?
E para completar o cenário de
degradação moral, o Sr. Zé Dirceu,
ex-Chefe da Casa Civil antes de
Dilma, mesmo respondendo a um
processo criminal pelos escândalos
foi um dos principais artífices da
campanha que ganhou o comando
da república. O Sr. Pallocci retornou
como CHEFE DA CASA CIVIL (esse
cargo deve ter alguma coisa, pois
está mais concorrido do que a
presidência), e a própria amiga
Erenice, recém envolvida em
escândalos, foi cumprimentar sua
excelência (só dela, porque minha
excelência não é) no dia da posse...
Ta i s f a t o s e n o j a m a t é o s
republicanos que eventualmente
estejam de boa fé.
Este é o cenário do nosso
presidencialismo. Note bem que
n ã o e s t o u f a l a n d o , c o m o
acertadamente falam outros
colegas da Causa Monárquica, de
“causos” ocorridos na época de
Deodoro, Floriano ou Getúlio. Estou
falando de algo que aconteceu (e
acontece) AGORA, na atual
conjuntura política, que não aceita
mais golpes de estado como antes
(quando era fácil tomar o poder sem
a ex i s tênc ia de me ios de
comunicação), mas o uso do poder
em proveito próprio com fins quase
exclusivamente financeiros, sem
qualquer responsabilidade moral e
quase nenhuma legal. Estas sim
permanecem desde novembro de
1889.
Agora, vamos ver a Monarquia,
sistema de governo onde nós temos
o nosso grande “pai” (ou “mãe”) da
Nação. Alguém pode apontar um
ato de corrupção perpetrado pelos
Imperadores do Brasil? Concordo,
nem sempre a história mostrou
tudo perfeito, em especial algumas
atitudes de Dom Pedro I. Mas,
mesmo que este tivesse um estilo
de vida, digamos, liberal, ao ter
vários romances e até casos
extraconjugais, independente de
seus deslizes na vida privada, seu
trato com as coisas públicas foi
excelente, garantindo a integridade
nacional e a independência
brasileira desde o início e a
legitimidade do governo português,
dando constituições para ambos os
países, ao invés de querer ser
absolutista, como muitos ainda
afirmam. Ele foi tão “mau”
governante que governou o Brasil,
Po r tuga l , venceu o i rmão
usurpador lá e ainda colocou os
dois filhos nos tronos de Brasil e
Por tuga l an tes de morrer,
precocemente, infelizmente.
Vejamos: existe algum caso de
c o r r u p ç ã o p r o v o c a d o p o r
monarcas no mundo ocidental, nos
dias atuais? Já sabemos a
resposta, e essa pergunta acaba
sendo quase retórica.
No Brasil nós ainda temos esta
figura do Chefe de Estado e Chefe
de Governo ao mesmo tempo. Tal
circunstância é muito pior do que a
Monarquia, pois concentra poder
demais nas mãos de alguém. A
criação do presidencialismo se deu
nos Estados Unidos posto que lá
eles estavam ainda acostumados
com o poder absoluto do Rei da
Inglaterra, antes que o instituto do
Par lamenta r i smo es t i vesse
desenvolvido. O Chefe de Estado,
como já foi falado muito aqui na
figura do Monarca, tem a função de
representar o país internamente e
externamente, garantir a unidade
nacional e socorrer o povo nos
momentos de dificuldade, como
ocorre quando é necessário
dissolver o Parlamento ou demitir um
primeiro ministro incompetente. Ele
deve conhecer bem sua nação,
haver uma identificação entre os
cidadãos e o Monarca, para que
estes confiem nele e ele os proteja. É
um pacto de confiança mútua. Por
isso é necessário alguém que tenha
recebido esta formação como
missão de vida, e viva em função de
seu país.
O Estado é representado e
protegido pelo Monarca, mas a
verdadeira soberania pertence ao
povo, e este é quem decidirá o seu
destino, em especial suas políticas
públicas. Assim, temos a figura do
primeiro ministro, que não é
escolhido individualmente, mas é
nomeado pelo partido que for
escolhido pelo povo, de acordo com
suas propostas de governo em
eleições livres, democráticas,
universais, periódicas e justas. E, se
o partido vencedor estiver fazendo
um bom trabalho, o povo continuará
a escolhê-lo nas eleições, e será
f i s c a l i z a d o p e l o s p a r t i d o s
opositores, como numa democracia.
Se não estiver trabalhando bem,
outro grupo político – liderado por
outra pessoa – será escolhido. Aqui,
nestes moldes nós temos a figura do
Chefe de Governo, que é o grande
administrador da Nação.
Concentrar ambos os poderes –
Chefia de Estado e Governo – é,
portanto, conferir poderes quase
absolutos a um governante.
Por fim, podem falar: “Simples:
vamos eleger um presidente e um
primeiro ministro separadamente”.
Também não daria certo, já que
seria ainda pior: teríamos ou dois
inimigos, pois poderiam ser de
partidos diferentes e poderiam
acabar disputando entre si o poder,
ou não teríamos efeitos práticos,
pois se fossem aliados, na verdade
um seria o fantoche do outro, e
haveria um presidencialismo
travestido de parlamentarismo
republicano.
Repita-se: o Monarca não se
imiscui na política, deixando tal
função para o gabinete chefiado
pelo primeiro ministro. Assim, como
não haveria motivos para disputa
política (pois um nunca poderia
ocupar o lugar do outro), ambos
trabalhariam juntos, dentro de suas
atribuições.
Enfim, como podemos ver,
principalmente na questão moral e
de formação, o Monarca, sim,
sempre será mais preparado e mais
legítimo para desempenhar o papel
de Chefe de Estado do que uma
pessoa aventureira (e muitas vezes
escolhida como falta de opção para
um grupo político). O de Chefe de
Governo, este sim, pode (e deve)
ficar com os representantes eleitos
pelo povo, desde que seja fiel aos
que lhes elegeram, e saiba que não
está ali de favor, mas está prestando
um serviço nobre, coadjuvando o
Monarca nos rumos do País.
Entendido o porquê de um Rei (e no
nosso caso brasileiro, Imperador), e
não um presidente?
Salve o Imperador. Salve o Brasil.
Rio de Janeiro, 5 de maio de 2011.
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Na entrevista informe que conheceu o curso através do IBI.
I CURSO NACIONAL INTERDISCIPLINAR FEITO POR INTENSIVISTAS BRASILEIROS
Pau que nasce torto morre torto!
Quem no Brasil ainda não ouviu esta
frase?
Lembro-me de minha saudosa avó
que muito a utilizava quando se
referia a alguém que já tinha em seu
curso de vida algum desvio de
conduta. Imaginemo-nos então,
aplicando esta frase ao nosso país. O
nascimento da República Federativa
do Brasil – a república nasce de um
golpe/trapalhada militar em 15 de
novembro de 1889. Dom Pedro II, por
não aceitar que o sangue de irmãos
brasileiros manchasse nosso solo,
não reagiu a este atentado. Um pouco
mais tarde, aquele que numa dita
“Proclamação” é substituído por seu
vice Floriano, e governa o país com
mãos de ferro e revoltas acontecem
por todos os cantos e, aquilo que o
sereno Imperador não queria,
acontece, irmãos lutando contra
irmãos. A liberdade sonhada por D.
Pedro I passa a ser um pesadelo. Rui
Barbosa um monarquista iludido com
o ideal republicano, mais tarde
proferiu a célebre frase – “De tanto ver
triunfar as nulidades, de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver
crescer a injustiça, de tanto ver
agigantarem-se os poderes nas mãos
dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, a rir-se da
honra, a ter vergonha de ser
honesto...- Essa foi a obra da
República nos últimos anos. O Brasil
republicano tem na sua historiografia,
grandes momentos de perturbação
da “Ordem”, fechamentos do
Congresso Nacional e Assembleias,
regimes ditatoriais, presos políticos,
censura, e mais mortes em busca da
t ã o s o n h a d a “ d e m o c r a c i a ” .
Presidentes sendo depostos por suas
ideologias não serem compatíveis
com as ideologias de algumas
classes dominantes, mil i tares
sedentos pelo poder. Mais tarde, já
Lembro-me de minha saudosa avó que muito a utilizava quando se referia a alguém que já tinha em seu curso de
vida algum desvio de conduta. Imaginemo-nos então, aplicando esta frase ao nosso país
ArtigoArtigo
Edson Murilo PrazeresIBI-SC
08
numa ta l “Nova Repúbl ica” ,
presenciamos e nos comovemos
com a morte de um presidente que
trazia um pingo de esperança ao
povo, aí também, surgiu uma dúvida
se o seu vice deveria ou não assumir
a Presidência. Apareceu no linguajar
do povo uma palavra não usual em
nosso dia a dia, a CORRUPÇÃO, o
ato já existia, mas a palavra nosso
povo aprendeu tarde demais, talvez.
Foi esta palavra que derrubou, até
agora, o primeiro presidente eleito
após um longo período de ditadura.
Surg iu nesse momento um
movimento nacional denominado
“Caras Pintadas”, nos mostrando
mais uma vez a força estudantil,
unida aos descontentes em todo o
país. E, aquela palavra maldita
continua a nos perseguir.
Há! Tivemos também um Plebiscito,
para que escolhêssemos a Forma e o
Sistema de governo. Uma coisa que
os criadores da república haviam
prometido ao povo brasileiro e levou
104 anos para se tornar realidade.
Mas também não aconteceu porque
eles quiseram, e sim, porque havia
vigilantes, pessoas que não deixaram
de lutar pela moralização no Estado
brasileiro. Até a data em que
aconteceria o plebiscito, os nobres
presidencial istas republ icanos
conseguiram antecipar de 7 de
setembro para 21 de abril de 1993.
Talvez fosse o medo de um novo Grito
de Independência. As propagandas
d o r e g i m e p r e s i d e n c i a l i s t a
republicano transformaram-se em
propagandas políticas antecipadas
para as eleições presidenciais no ano
seguinte. Contudo, com curto espaço
de tempo, nós monarquistas
conseguimos 13% dos votos válidos
em favor da Monarquia. Daí pra frente
o que temos vivenciado chega a ser
uma vergonha, um verdadeiro
deboche para nós brasileiros e para a
nossa rica e mal cuidada nação.
Políticos que roubam a verba da
merenda escolar, dinheiro de obras
p a r a e s c o l a s e h o s p i t a i s
simplesmente somem, grupos de
políticos e de politiqueiros saem com
dinheiro em cuecas, desvios e mais
desvios na Previdência Social.
O Brasil republicano tem na sua historiografia, grandes momentos de
perturbação da “Ordem”, fechamentos do Congresso Nacional e Assembleias,
regimes ditatoriais, presos políticos, censura, e mais mortes em busca da
tão sonhada “democracia”
09
Qualquer notícia sobre desvios de
verba pública já não damos muita
atenção, pois já são tão corriqueiras e
até a finalização dos processos nós
brasileiros honestos e pagadores de
impostos, já sabemos o veredicto,
“pizza”. Isto me faz lembrar o trecho
final de Rui Barbosa que diz: “E nessa
d e s t r u i ç ã o g e r a l d e n o s s a s
instituições, a maior de todas as
ruínas, Senhores, é a ruína da justiça,
colaborada pela ação dos homens
públicos, pelo interesse dos nossos
partidos, pela influência constante dos
nossos Governos . E nesse
esboroamento da justiça, a mais
grave de todas as ruínas é a falta de
p e n a l i d a d e a o s c r i m i n o s o s
confessos, é a falta de punição
quando se aponta um crime que
envolve um nome poderoso,
apontado, indicado, que todos
conhecem...”. É, meu povo, é com
todos estes descasos que temos
vividos esses quase 122 anos de
República. Uma República que não
respeita seu povo, que não lhe dá
saúde, educação, moradia, não lhe
dá dignidade. Não podemos e não
devemos esmorecer, vamos lutar por
dias melhores e com isto podemos
começar a vislumbrar um futuro mais
justo e digno a partir das eleições
municipais do próximo ano. Sendo
mais seletivos em nossas escolhas,
não reelegendo políticos de carreira.
Escolha aquele que faz pela sua
comunidade. Não precisamos
derramar o sangue irmão, pois nossa
arma é o Título Eleitoral, embora ele
tenha sido desprezado pelo TSE na
última eleição. Vamos construir um
novo Brasil, um Brasil Imperial. É nele
que encontraremos a Justiça, a
Dignidade e vamos descobrir o
verdadeiro significado da palavra
“DEMOCRACIA” como os grandes
países monárquicos da Europa e
Oriente. Lembrem-se, pau que nasce
torto morre torto! Vamos mudar, ainda
dá tempo.
Florianópolis (por obrigação), em 10
de junho de 2011.
A história da Independência para os jovensA edição juvenil da obra “1822” nasceu de uma demanda de pais e professores, segundo Laurentino Gomes
LiteraturaLiteratura
Chega às livrarias de todo o Brasil
neste começo de junho, pela editora
Nova Fronteira, a edição juvenil do
meu último livro, “1822”, sobre a
Independência do Brasil. A versão
original da obra foi lançada em
setembro do ano passado e desde
então permanece nos primeiros
lugares das listas das obras mais
vendidas no Brasil e em Portugal.
D e s t i n a d a a e s t u d a n t e s
adolescentes, na faixa etária entre
nove e dezesseis anos, a nova edição
vem com 232 páginas e ilustrações da
artista plástica gaúcha Rita Brugger, a
mesma que havia trabalho comigo na
versão juvenil de “1808”, sobre a fuga
da familia real portuguesa para o Rio
de Janeiro. A adaptação do texto foi
realizada por Luiz Antonio Aguiar,
escritor especializado em linguagem
para o público jovem.
…
A edição juvenil nasceu de uma
demanda de pais e professores.
Desde que lancei o primeiro livro
comece i a ouv i r de les uma
observação curiosa. Todos diziam
que eu usava uma linguagem
acessível, fácil de entender, mas que
a obra para adultos era muito grande,
com cerca de 400 páginas. Por isso,
assustava os adolescentes, não
habituados a ler livros tão volumosos.
Laurentino GomesJornalista e escritor
Decidi então facilitar a vida desse
público fazendo uma versão mais
condensada, mais visual e mais
lúdica, mas sem perder a substância
do conteúdo. O estudante que ler a
edição juvenil conseguirá entender
os personagens e acontecimentos
da Independência do Brasil tanto
quanto o leitor da versão adulta.
…
Publicada em 2008 pela Editora
Planeta, a versão juvenil de “1808”
recebeu o selo de obra “altamente
recomendável” pela Fundação
Nacional do Livro Infantil e Juvenil
(FNLIJ). Já foi adotada como livro
paradidático por inúmeras escolas e
vendeu cerca de 100 mil exemplares
no Brasil e em Portugal, refletindo o
sucesso das obras voltadas para os
leitores adultos. Juntos, “1808” e
“1822” já venderam mais de um
milhão de cópias nos dois países.
Além dos livros em papel para
adultos e jovens, tenho lançado
ainda versões eletrônicas das duas
obras. É o caso dos e-books, os
chamados livros digitais, para serem
lidos em aparelhos como Kindle e
iPad, e dos audiolivros, destinados a
deficientes visuais e leitores que
passam muitas horas no trânsito das
grandes cidades. Também lancei um
DVD sobre a história da corte
portuguesa no Brasil.
…
Estamos em um novo século que pede
uma nova linguagem e novos formatos
capazes de atingir diferentes públicos.
H á u m p ú b l i c o j o v e m q u e ,
aparentemente, não está lendo muito
no papel, mas passa boa parte do
tempo surfando na internet e é muito
seduzido pela linguagem audiovisual.
Para atingir esses novos leitores é
preciso desenvolver novos formatos.
As versões juvenil e digitais de “1808”
e “1822” nasceram desse esforço,
tanto quanto o meu site pessoal
(www.laurentinogomes.com.br), no
qual os leitores podem encontrar
conteúdo extra relacionados ao tema
e também me acompanhar no blog e
nas redes sociais, como Twitter,
Facebook e Orkut.
Sobre a obra:
Livro: 1822 – edição juvenil ilustrada
Autor: Laurentino Gomes (adaptação
Luiz Antonio Aguiar e ilustrações de
Rita Brugger)
Preço de capa: R$ 29,90
Páginas: 232
Gênero: infanto-juvenil
Formato: 15,5 x 23 cm
Selo: Nova Fronteira
Laurentino Gomes: despertar nos mais jovens o
interesse pela História do Brasil
10
Pobre RuyNão se pode omitir um fato pouco conhecido da vida de Ruy, que se deu em 1889,
quando da formação do gabinete a suceder o governo demissionário de João Alfredo,
chefiado pelo senador visconde de Ouro Preto, este o convida para compor o
ministério, Ruy impõe como condição a implantação da federação
Artigo
O falecido ex vice-presidente José
Alencar, em 2009, após uma grave
operação a que fora submetido então,
declarou numa entrevista, que não
temia a morte, temia sobretudo a
desonra, pois um político desonrado é
um homem morto em vida, enquanto
um político honrado continua vivo,
mesmo depois de morto. Creio que
era o único ator da república que
pensava assim. Quando se reflete
sobre essas sábias palavras, logo nos
vem dois exemplos do segundo caso,
homens que vivem mesmo depois de
mortos, são eles D. Pedro II e Ruy
Barbosa.
O primeiro foi muito festejado por todo
o Brasil em 2007, quando da edição
de mais um estudo biográfico, mais
um dos muito que já foram feitos,
desta vez da lavra do acadêmico José
Murilo de Carvalho. O segundo tão
decantado como a Águia de Haia, é
igualmente um orgulho nacional
brasileiro. Contudo não se pode omitir
um fato pouco conhecido da vida de
Ruy, que se deu em 1889, quando da
formação do gabinete à suceder o
governo demissionário de João
Alfredo, chefiado pelo senador
visconde de Ouro Preto, este o
convida para compor o ministério,
Ruy impõe como condição a
implantação da federação como uma
das propostas do gabinete. Ouro
Preto oferece uma maior autonomia
das províncias, e propõe a Ruy que
este fizesse a federação quando ele
fosse presidente do Conselho de
Ministros, ou seja, chefe do governo.
Ruy não aceita, e passa a atacar o
novo governo em formação pela
imprensa, artigos esses que seriam
publicados nas suas obras completas
com título Queda do Império.
Medeiros e Albuquerque em suas
Memórias, diz que essa atitude de
Ruy muito influenciou os ânimos do
período que teve por desfecho o 15 de
novembro. Curiosamente, Josué
Montelo conta no seu excelente -
Anedotário da Academia pag. 160, o
relato do major Carlos Nunes Aguiar,
que Rui que redigira o decreto de
banimento da família imperial, com
Luís Severiano Soares RodriguesEconomista, pós-graduado
em história, sócio
correspondente do Instituto
Histórico e Geográfico de
Niterói e Artista Plástico
Imperial ImperialGazetaGazeta
11
ele assistira da casa do mesmo no
Flamengo (Rui ainda não morava em
Botafogo), de binóculos a saída do
vapor Alagoas na passagem da barra
da baía do Rio de Janeiro, e quando
Rui lhe passou o binóculo vê-o com os
olhos molhados, e daquele dia em
diante, nos muitos revezes e injustiças
que Ruy sofreu na sua carreira
republicana, sempre lhe dizia: "você
teve razão ao chorar quando o
Imperador partiu".
Como fruto do golpe de estado que
impôs a república aos brasileiros,
temos que Ruy Barbosa passa
tranquilamente de membro do partido
liberal a ministro da fazenda do
governo provisório, na sua gestão,
coloca em prática suas concepções
teóricas de moeda fiduciária, que
levam a jovem republiqueta ao
completo descontrole monetário e
inflacionário. Ruy renuncia com todo o
ministério, após uma crise com o
marechal presidente, nesse momento
Ruy deve ter sentido que algo havia de
errado com o produto que sem
perguntar impuseram ao povo
brasileiro. No governo de fuzilamentos
do mal. Floriano, Ruy teve sorte, pois
apenas amargou o exílio na Europa,
mais precisamente em Londres,
curiosamente numa monarquia, entre
set/1893 e jul/1895. Em 1914 o
c o n s e l h e i r o R u y B a r b o s a ,
estranhamente Ruy não abriu mão do
honroso título que o imperador lhe
deu,faz a mea culpa, quando em
discurso no senado declara: "(... ) de
tanto ver triunfar as nulidades, de
tanto ver prosperar a desonra, de
tanto ver crescer a injustiça, de tanto
ver agigantarem-se os poderes nas
mãos dos maus, o homem chega a
desanimar da virtude, a ter vergonha
de ser honesto. Essa é a obra da
república nos últimos anos. No outro
regime(a monarquia) o homem que
tinha certa nódoa em sua vida era um
homem perdido para todo o sempre,
as carreiras políticas lhe estavam
fechadas. Havia uma sentinela
vigilante, de cuja severidade todos se
temiam a que, acesa no alto,
guardava a redondeza, como um farol
que não se apaga, em proveito da
honra, da justiça e da moralidade
gerais".Outra frase muito lembrada de
Ruy é a de que "o parlamento no
Império era uma escola de estadistas,
na república uma praça de negócios".
Amargas e atuais palavras. A
sentinela qual um farol, de que nos
fala Ruy, era justamente D. Pedro II.
Pobre Ruy, depois destas palavras,
podemos ter certeza, que quando
morreu o visconde de Ouro Preto em
1912, Ruy deve ter se lembrado que
se extinguira o único homem que
sabia que ele viria a ter o seu
governo, mas era tarde, na república
Ruy não teve o seu governo, perdera
três eleições para presidente da
república, da qual fora elemento
fundamental para a implantação.
Isabel Lustosa, no seu “Histórias de
Presidentes”, que em 1919, Ruy e
um jornalista foram ao Palácio do
Catete, para falar com o presidente
Delfim Moreira, e este dá um chá de
cadeira nos dois, e de vez em
quando uma fresta se abria na porta
e eles percebiam que era Delfim
Moreira espiando, e quando eles
olhavam, a porta se fechava
suavemente. Ruy ter ia d i to
:"estranho país é o Brasil, onde até
um louco pode ser presidente da
república e eu não posso".
No ano seguinte Ruy, daria novo
testemunho, de que a sua opção
pela república foi por ter a classe
política dominante nos partidos de
então se negado a fazerem a
federação, mesmo tendo entre seus
entusiastas, além dele, Joaquim
Nabuco e um grande pensador
político ter muito teorizado sobre o
tema, este foi o já falecido então,
Tavares Bastos, falando inclusive
que o Imperador era favorável à
federação, que o Conselheiro
Saraiva a propusera no seio do
partido liberal, mas a maioria dentro
deste, não comungava com essa
idéia para já, em palestra na Liga da
Defesa Nacional, ecomentando a
revogação do banimento da Família
Imperial, aproveita para mais uma
vez para falar das instituições que
ajudara a derrubar: "nunca deixei de
acatar respeito ao príncipe reinante,
nunca neguei ao imperador as suas
virtudes pessoais ... social e
nacionalmente, foi um alto padrão de
moralidade, um fanal penetrante, que
brilhava dos cimos do poder,
exercendo com a vigilância da sua luz,
que sobre o governo, que sobre a
administração, que sobre o estado
geral dos costumes, uma ação
incalculavelmente saneadora. Sem
algumas virtudes notáveis, não seria
possível exercitar função tão útil;e,
para medir o bem que deveria ter
causado, pelo mal que a sua falta
causaria, basta calcular em que
estado se acharia o Brasil, ao cabo
daqueles sessenta anos, se durante
eles se houvesse regido o Império
com o mesmo gênero de moralidade e
idoneidade com que se tem dirigido a
república nos seus trinta de mal
simulado governo constitucional e
n o m i n a l d e m o c r a c i a " . ( O b r a s
completas- Tomo I pag.236/237 -
Discursos, Orações e Conferências.
Editora Iracema - Bahia s/d). Por
essas palavras lamentamos que Ruy
não tenha esperado, o seu governo
para fazer a federação com a
monarquia, teria sido algo pensado e
es tudado e imp lan tado com
segurança e experimentação, para
funcionar di reito, ao invés daquilo que
nasceu em 1889, que foi o ninho das
oligarquias, e hoje a despeito do erros
do passado, ainda funciona mal.
Pelas palavras de Ruy, também
entendemos por que ele chorou
quando o Imperador partiu.
Vimos que Ruy Barbosa pagou caro
pelas suas opções, ou pelos seus
erros, com acharmos melhor, acho
que ele pagou caríssimo. Assim frente
às graves irregularidades e absurdos
que desde 2008, vêm se acumulando
no senado da República, e até hoje
não foi dada uma resposta à
sociedade brasileira, e o bravo
senador José Sarney, mostrando
quem manda por lá, cremos que o
busto de Ruy presente no plenário do
mesmo, deve estar sent indo
desconfortável, mantê-lo lá é
desrespeitar a memória e as palavras
do próprio Ruy Barbosa. Ele foi muito
castigado em vida, apesar de suas
glórias, não devemos castigar-lo
mais, depois de morto. Melhor seria,
no lugar do busto de Ruy, se colocar o
Busto do senador Pinheiro Machado,
um notório oligarga e manipulador
político, cujo perfil melhor se adéqua
ao Brasil republicano, nestes 122
anos de fa rsa com p i tadas
tragicômicas, mais trágicas do que
cômicas, com tendência ao bizarro.
Monarquista, anuncie seusprodutos e serviços aqui
Monarquista, anuncie seusprodutos e serviços aqui
Imperial ImperialGazetaGazeta
12
Edvaldo F. EsquivelBaiano, jornalista e estudioso
da monarquia brasileira
O mais insuportável dos anacronismosO ideal monarquista vive no Brasil. Mas ainda sofre provações. Exemplo disto foi um jornalista da televisão
brasileira que fraquejou, feio, durante transmissão do casamento real, em Londres. Displicente, ele taxou
de “anacrônica” a monarquia inglesa. Anacrônica é a fome, que assola boa parte dos países republicanos!
ArtigoArtigo
Uns dizem que a restauração da
Monarquia-Parlamentarista no Brasil
é uma causa perdida. Será? Outros,
porém, retrucam lembrando que as
grandes causas impossíveis foram
justamente as que fizeram avançar a
Humanidade! De quebra, a assertiva
de que a História sempre foi uma
associada do progresso das nações e
por isto alimenta esse sonho íntimo
dos brasileiros de ter um rei de volta.
Um sonho que não está no presente e
sim no futuro. É dele que o Brasil de
hoje mais precisa. Temos um regime
republicano-presidencialista que
nunca conseguiu se encontrar com o
seu futuro de grande nação. Parece
a t é u m a p r a g a . M a s , s e
considerarmos as circunstâncias
nada civilizadas da implantação da
república entre nós, logo teremos a
resposta: golpe de estado. A nação
parece perdida, em que pesem os
avanços democráticos das últimas
décadas. Interessante é que
repudiam tanto o golpe militar de
1964, que derrubou João Goulart e
convenientemente esquecem o de 15
de novembro de 1889. Ali estava o
começo de todos os desacertos
institucionais. Só que nos dias de
hoje, ainda, causa espanto falar-se de
Monarquia no Brasil. Por quê? Por
falta de conhecimento histórico. Falta
daquelas informações básicas - e
sem deformações - que faltaram às
diversas gerações de brasileiros nas
escolas. Que se estudem então o
Brasil Império. O Plebiscito de 93,
após 25 anos de regime-militar, fez o
povo dançar. Ninguém sabia, ao
certo, o que era Monarquia! O ranço
da escravidão permeou, como se não
tivesse sido a república responsável
por um novo tipo de escravidão: a
miséria. E o povo lá, embasbacado,
tateando o voto no futuro do Brasil.
Não deu outra, boa parte do
eleitorado votou errado. Pelé mais
uma vez estava certo. Aliás, na
história deste país o que mais teve foi
eleição equivocada. A pátria é amada.
E é verdade que um rei a defende
sobre todas as coisas. Triste é ver
pessoas esclarecidas, independente
de ideologias, com posições político-
partidárias firmes, fugir de questão
inadiável como é a volta do regime
monárquico-parlamentarista. Ora,
bolas! Desvaneçam-se os tabus.
Chegou o momento de ousar, de
O casamento real,em Londres, foi uma festa da democracia inglesa, mas
desconcertou convicções republicanas mundo afora
pensar forte e livre, de perder o
“complexo do esquerdismo”. Sim. Ele
constrange, faz lembrar a guilhotina,
na França; os fuzilamentos na Rússia.
E daí? As revoluções se autodevoram
mesmo... O importante é arejar as
idéias. Nada de temer o novo. Sem
pejo de apoiar – ou sequer discutir – a
volta da Monarquia ao Brasil.
Imperial ImperialGazetaGazeta
13
Bobagem. Temos o exemplo da
Espanha! Do rei Juan Carlos I! Da
democracia monárquica construída
sobre o sepulcro do franquismo. Uma
coisa tem a ver com a outra. No Brasil
atual, falar de monarquia é simples,
minha gente! É como falar de futebol.
De Bahia e Vitória. Os argumentos
e s t ã o n a s r u a s , c a m p o s e
construções. É só ter a História na
mão e a certeza na mente. Faça-se a
discussão salutar da volta às nossas
origens. E nós fomos uma nação
monárquica. O que muitos fingem
ignorar, e isto sempre me pareceu
irônico, porquanto o país ficou
independente de Portugal em 7 de
setembro de 1822 e D. Pedro I fundou
o Brasil Império. Não há nada de
absurdo! E muito menos de
anacrônico. Por sinal, recorro a esta
última palavra porque ela foi usada
recentemente por um jornalista da
televisão para justificar o seu
espanto. Sim. Pude ouvi-la durante a
transmissão do casamento do
príncipe William com Catharine
Midlleton, os duque e duquesa de
Cambridge. Diante da dificuldade de
aceitar – ou mesmo compreender –
que um país tão desenvolvido como a
Inglaterra ainda viva sob uma
monarquia constitucional, o jornalista
preferiu taxar esse regime de
“anacrônico”. Ele simplesmente
esqueceu que nos dias de hoje as
democracias mais sólidas - e
avançadas - do mundo estão nos
países de Monarquia-Parlamentarista.
As exceções são raras. Muito
engraçado. Sempre há um momento
em que aparece alguém, que gosta de
criticar os Estados Unidos – e seu
imperialismo – para citar precisamente
este país como exemplo de república-
presidencialista! Bravo. Mas esquece
as republiquetas, que tanto maculam
o conceito de Democracia. Vale
lembrar aqui, inclusive, um dos
slogans da campanha do Plebiscito
de 1993: “Coroe a Democracia! Vote
no Parlamentarismo-Monárquico”.
Assim, à luz dos novos tempos,
felizmente, a monarquia nada tem
anacrônica. Anacrônica é a fome, que
assola boa parte dos países de
regime republicano-presidencialista!
E como já disse o poeta baiano,
“gente é pra brilhar, não pra morrer de
fome...”!
A carta de despedida de D.Pedro I"Meu querido filho, e meu imperador. Muito lhe agradeço a carta que me escreveu, eu mal a pude ler porque
as lágrimas eram tantas que me impediam a ver...”
MemoriaMemoria
O reconhecimento internacional da
Independência, em decorrência dos
tratados firmados com Portugal
(1825) e Inglaterra (1826), assim
como a perda da Província Cisplatina,
que se tornou o estado independente
do Uruguai, afetaram as finanças do
Império e contribuíram para o
desgaste político do imperador
D.Pedro I.Paralelamente, com a
morte de d. João VI (1826), cresciam
os embates em torno da sucessão ao
trono português, entre d. Pedro,
herdeiro legítimo, e seu irmão d.
Miguel. D. Pedro abdicou em favor de
sua filha, Maria da Glória, afastando
assim os temores de uma nova união
entre Brasil e Portugal.
Esses acontecimentos contribuíram
para que d. Pedro I abdicasse ao
trono brasileiro, no dia 7 de abril de
1831, partindo para Portugal. Aqui
ficou seu filho Pedro de apenas cinco
anos de idade como futuro imperador.
Carta de Despedida de d. Pedro I para
seu filho d. Pedro II
"Meu querido filho, e meu imperador.
Muito lhe agradeço a carta que me
escreveu, eu mal a pude ler porque as
lágrimas eram tantas que me
impediam a ver; agora que me acho,
apesar de tudo, um pouco mais
Da redação do IBI
descansado, faço esta para lhe
agradecer a sua, e para certificar-lhe
que enquanto vida tiver as saudades
jamais se extinguirão em meu
dilacerado coração. Deixar filhos,
pátria e amigos, não pode haver
maior sacrifício; mas levar a honra
ilibada, não pode haver maior glória.
Lembre-se sempre de seu pai, ame a
,
sua e a minha pátria, siga os
conselhos que lhe derem aqueles que
cuidarem na sua educação, e conte
que o mundo o há de admirar, e que
me hei de encher de ufania por ter um
filho digno da pátria. Eu me retiro para
a Europa: assim é necessário para
que o Brasil sossegue, o que Deus
permita, e possa para o futuro chegar
àquele grau de prosperidade de que é
capaz. Adeus, meu amado filho,
receba a benção de seu pai que se
retira saudoso e sem mais esperanças
de o ver.”
D. Pedro de Alcântara
Bordo da Nau Warspite
12 de abril de 1831
Coroação de D.Pedro II
14
Olavo de CarvalhoPublicado no site Mídia sem Máscara
Princípios de uma política conservadoraNenhuma proposta revolucionária é digna de ser debatida como alternativa respeitável num quadro político
democrático. A revogabilidade das medidas de governo é um princípio incontornável da democracia, e toda
proposta revolucionária, por definição, nega esse princípio pela base
ArtigoArtigo
Nenhuma proposta revolucionária é
digna de ser debatida como
alternativa respeitável num quadro
p o l í t i c o d e m o c r á t i c o . A
revogabilidade das medidas de
governo é um princípio incontornável
da democracia, e toda proposta
revolucionária, por definição, nega
esse princípio pela base.
Estes princípios não são regras a ser
seguidas na política prática. São um
c o n j u n t o d e c r i t é r i o s d e
reconhecimento para você distinguir,
quando ouve um político, se está
diante de um conservador, de um
revolucionário ou de um "liberal", no
sentido brasileiro do termo hoje em
dia (uma indecisa mistura dos dois
anteriores).
1) Ninguém é dono do futuro. "O
futuro pertence a nós" é um verso do
hino da Juventude Hitlerista. É a
e s s ê n c i a d a m e n t a l i d a d e
revolucionária. Um conservador fala
em nome da experiência passada
a c u m u l a d a n o p r e s e n t e . O
revolucionário fala em nome de um
futuro hipotético cuja autoridade de
tribunal de última instância ele
acredita representar no presente,
mesmo quando nada sabe desse
futuro e não consegue descrevê-lo se
não por meio de louvores genéricos a
algo que ele não tem a menor ideia do
que seja.
Quando o ex-presidente Lula dizia
"não sabemos qual tipo de socialismo
queremos", ele presumia saber: (a)
que o socialismo é o futuro brilhante e
inevitável da História, quando a
experiência nos mostra que é na
verdade um passado sangrento com
um legado de mais de cem milhões
de mortos; (b) que ele e seus
cúmplices têm o direito de nos
conduzir a uma repetição dessa
experiência, sem outra garantia de
que ela será menos mortífera do que
a anterior exceto a promessa verbal
saída da boca de alguém que, ao
mesmo tempo, confessa não saber
para onde nos leva.
A mentalidade revolucionária é uma
mistura de presunção psicótica e de
irresponsabilidade criminosa.
2) Cada geração tem o direito de
escolher o que lhe convém. Isto
implica que nenhuma geração tem o
d i re i to de comprometer as
subsequen tes em esco lhas
drásticas cujos efeitos quase
certamente maléficos não poderão
ser revertidos jamais ou só poderão
sê-lo mediante o sacrifício de muitas
gerações. O povo tem, por definição,
o direito de experimentar e de
aprender com a experiência, mas,
por isso mesmo, não tem o direito de
usar seus filhos e netos como
cobaias de experiências temerárias.
3) Nenhum governo tem o direito de
fazer algo que o governo seguinte
não possa desfazer. É um corolário
incontornável do princípio anterior.
As eleições periódicas não fariam o
menor sentido se cada governo
eleito não tivesse o direito e a
possibilidade de corrigir os erros dos
governos anteriores. A democracia
é, portanto, essencialmente hostil a
qualquer projeto de mudança
profunda e irreversível da ordem
social, por pior que esta seja em
determinado momento.
Nenhuma ordem social gerada pelo
decurso dos séculos é tão ruim
quanto uma nova ordem imposta por
uma elite iluminada que se crê, sem
razão, detentora do único futuro
desejável. No curso dos três últimos
s é c u l o s n ã o h o u v e u m s ó
experimento revolucionário que não
resultasse em destruição, morticínio,
guerras e miséria generalizada. Não
se vê como os experimentos futuros
possam ser diferentes.
4) Nenhuma proposta revolucionária
é digna de ser debatida como
alternativa respeitável num quadro
p o l í t i c o d e m o c r á t i c o . A
revogabilidade das medidas de
governo é um princípio incontornável
da democracia, e toda proposta
revolucionária, por definição, nega
esse princípio pela base. É
impossível colocar em prática
qualquer proposta revolucionária
sem a concentração do poder e sem
a exclusão, ostensiva ou camuflada,
de toda proposta alternativa. Não se
pode discutir alternativas com base
na proibição de alternativas.
5) A democracia é o oposto da política
revolucionária. A democracia é o
g o v e r n o d a s t e n t a t i v a s
experimentais, sempre revogáveis e
de cur to prazo. A proposta
revolucionária é necessariamente
irreversível e de longo prazo. A rigor,
toda proposta revolucionária visa a
transformar, não somente uma
sociedade em particular, mas a Terra
inteira e a própria natureza humana.
É i m p o s s í v e l d i s c u t i r
democraticamente com alguém que
não respeita sequer a natureza do
interlocutor, vendo nela somente a
matéria provisória da humanidade
futura. É estúpido acreditar que
comunistas, socialistas, fascistas,
eurasianos e tutti quanti possam
integrar-se paci f icamente na
convivência democrática com
facções políticas infinitamente
menos ambiciosas. Será sempre a
convivência democrática do lobo
com o cordeiro.
6) A total erradicação da mentalidade
revolucionár ia é a condição
essencial para a sobrevivência da
liberdade no mundo. A mentalidade
revolucionária não é um traço
permanente da natureza humana.
Teve uma origem histórica - por volta
do século 18 - e terá quase
certamente um fim. O período do seu
apogeu, o século 20, foi o mais
violento, o mais homicida de toda a
História humana, superando, em
número de vítimas inocentes, todas
as guerras, epidemias, terremotos e
catástrofes naturais observadas
desde o início dos tempos.
Não há exagero nenhum em dizer
que a mentalidade revolucionária é o
maior flagelo que já se abateu sobre
a humanidade. É uma questão de
números e não de opinião. Recusar-
se a enxergar isso é ser um monstro
de insensibilidade. Toda política que
não se volte à completa erradicação
da mentalidade revolucionária, da
maneira mais candente e explícita
possível, é uma desconversa
criminosa e inaceitável, por mais que
adorne sua omissão com belos
pretextos democráticos, libertários,
religiosos, moralísticos, igualitários,
etc.
www.midiasemmascara.org
15
Atual Chefe da Casa Imperial
do Brasil, é primogênito e
herdeiro dinástico do falecido
Príncipe Dom Pedro Henrique de
Orleans e Bragança (1909-1981),
admirável figura de brasileiro,
chefe de família exemplar e artista
de conhecido talento; é neto de
Dom Luiz de Orleans e Bragança;
bisneto da Princesa Isabel, a
Redentora, e trineto do
Imperador Dom Pedro II.
D. LUIZ DE ORLEANS E BRAGANÇA
Aniversário de
Chefe da CasaImperial do Brasil
6 de junho