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Por que Brasil e México não ficam ricos? E. Bacha e R. Bonelli CDPP São Paulo, 16 de setembro de 2015

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Por que Brasil e México não ficam ricos?

E. Bacha e R. BonelliCDPP

São Paulo, 16 de setembro de 2015

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Motivação

• Em ambos os países, crescimento lento mais de uma década após a reestruturação da dívida

• E mesmo depois que o Brasil– Derrotou hiperinflação, introduziu responsabilidade fiscal,

implementou políticas de redistribuição de renda• E o México

– Abriu economia, adotou câmbio flutuante, reprivatizou sistema bancário, “reindustrializou” exportações

• Também não adiantou– Em particular, por que a abertura ao comércio não catalisou o

crescimento no México – aparentemente contrariando a tese de “integrar para crescer”?

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PIB pc em relação ao dos EUA: 1950-2014 Convergência até 1980-81, divergência até anos 2000

(2014 US$, PPPs)19

5019

5219

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0020

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14

0.20

0.25

0.30

0.35

0.40

0.45

0.50BRA / US MEX / US

27%

32%

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BRA e MEX: Crescimento do PIB, médias móveis de 10 anos, 1950-2014 (%a.a.)

1950

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2000

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2014

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6%

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9%

10%

MEXICO BRAZIL

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O que deu errado?

• Análise comparativa enfatiza...– ... similaridades macroeconômicas – ... e diferenças estruturais

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Sumário da apresentação

• Periodização macroeconômica comparada • Acumulação de capital e colapsos• Decomposição do crescimento da produtividade do trabalho• (Crescimento da PTF e variações termos de troca)• Crescimento da produtividade do trabalho e

heterogeneidade estrutural 1. Por regiões 2. Por bens comercializáveis vs não comercializáveis3. Por tamanho de empresa 4. Por informalidade do trabalho

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Periodização do crescimento, 1950-2014 (% a.a.)

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BRA: Crescimento do estoque de capital e do PIB, 1950-2014 (% a.a.)

1950

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2000

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-4%

-2%

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2%

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12%

14%K' Y'

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MEX: Crescimento do estoque de capital e do PIB, 1950-2014 (% a.a.)

1950

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1998

2000

2002

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2014

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0%

2%

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10%

12%K' Y'

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Capital e PIB

• Y’ mais volátil em bases anuais, claro• Como resultado, correlações entre Y’ e K’ não

são especialmente altas (0,58 BRA e 0,68 MEX)

• Interessante: correlação entre K’ nos dois países é de 0,83

• Reforça a semelhança de desempenho dos dois países no longo prazo

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Acumulação de capital e os colapsos

Decomposição da taxa de crescimento do capital (K’)

Identidade: K' = s(1/p)v – δ

onde s = taxa de poupança total (inclui externa) *p = preço relativo do investimento (relação de deflatores da FBCF e do PIB)v = relação produto-capital **δ = taxa de depreciação

* exclusive VE** capital não está corrigido por grau de utilização

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BRA: decomposição de K’

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MEX: decomposição de K’

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Principais conclusões (1/3)

• Surpresa! Queda de K’ entre Idade de Ouro e Quase Estagnação não é acompanhada pela taxa de poupança.

• Culpado comum nos dois países pela queda de K’ foi a redução na relação produto-capital

• Pode ter sido um fenômeno tecnológico • Pode também ter havido um efeito composição• Outra possibilidade é má alocação de recursos • Mas, especialmente no caso do MEX, a queda em K’ foi

muito súbita para ser explicada somente por fatores estruturais

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Principais conclusões (2/3)

• Inicialmente, crise da dívida forçou redução súbita do PIB, tornando parte do estoque de capital ocioso

• Redução na poupança externa também teria exercido um efeito depressivo sobre a acumulação, antes que a poupança doméstica reagisse

• Redução de v ocorreu no caso do BRA no contexto de substituição ineficiente de importações de bens de capital, que também contribuiu para elevar p

• No México, distorções nas políticas sociais aparentemente fomentaram a informalidade e a baixa produtividade

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Principais conclusões (3/3)

• PIB mais intensivo em uso de capital e preços relativos da FBCF mais elevados se tornaram aspectos permanentes depois de 1980 nos dois países

• Juntos eles justificam porque K’ caiu tanto, mesmo em presença de taxas de poupança que não caíram

• BRA, sendo mais fechado, sofreu mais com a elevação dos preços relativos do investimento

• A abertura no MEX foi capaz de segurar a elevação no preço relativo do investimento, mas não evitou uma queda ainda maior do que no Brasil da relação produto -capital

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Crescimento do PIB por trabalhador

• Análise neoclássica das contribuições do aumento da relação capital – trabalho e da PTF para o crescimento do PIB por trabalhador

• Justifica-se porque variações no emprego entre a Era de Ouro e a Era da Quase Estagnação foram relativamente pequenas

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BRA: periodização do crescimento do produto por trabalhador y' = αk' + TFP’

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MEX: periodização do crescimento do produto por trabalhador y' = αk' + TFP’

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Conclusões

• Antes vs depois de 1980: crescimento da produtividade caiu para quase zero no Brasil e para abaixo de zero no México

• k‘ e PTF’ dividem a responsabilidade pelo colapso; queda de k’ mais importante no BRA; a de PTF’ mais importante no México

• 2011-14 um pouco diferente: PTF’ negativo BRA e positivo MEX– Especulação: MEX teria sido mais bem sucedido que no passado

em lidar com fontes estruturais de lenta produtividade, mas sofre com lento crescimento EUA

– BRA: fim do boom de commodities e má alocação de recursos

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PTF no Brasil em 2004-2010:reformas ou ciclo econômico + relações de troca?

• Na aceleração de PTF’ em 2004-10 (2,0% a.a. BRA) Lisboa e Pessoa (artigo de 2013) conjecturam que os ganhos de produtividade teriam sido consequência da maturação de reformas empreendidas no governo FHC e começo do governo Lula

• Mas o rápido aumento da PTF também pode ter sido em parte devido à ascensão da China, que beneficiou o Brasil e prejudicou o México

• Literatura documenta associação entre variações nos TT e na PTF (dois gráficos seguintes)

• Literatura também documenta associação entre PFT’ e variações cíclicas de Y

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PTF e Termos de Troca – Brasil Nível, 1980=119

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14

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1

1.05

0.8

1

1.2

1.4

1.6TFP BRA nível ToT BRA nível

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PTF e Termos de Troca – México Nível, 1980=119

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1

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0.55

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0.95

1.05

TFP MEX nível ToT MEX nível

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Resultados de regressões de TFP’ em TT’ e GAP’ confirmam essas associações em 1981-2014 no Brasil e no México

Brazil and Mexico, 1981-2014 (34 observations) Dep. Var. Dep. Var. Dep.Var. Dep. Var.

Variable TFP' Brazil (1) TFP' Brazil (2) TFP' Mexico (3) TFP' Mexico (4)

Constant -0,073 0,098 -0,210 -0,449(t-ratio) (-0,26) (-0,42) (-0,76) (-2,18)Terms of trade rate of change 0,080 0,065 0,177 0,092(t-ratio) (-1,94) (-1,93) (-4,63) (-2,95)Utilization gap change (Brazil) -0,915 (t-ratio) (-5,66) Output gap change (Bra) HP filter -0,876 (t-ratio) (-7,80) Unemployment rate change (Mex) -1,604 (t-ratio) (-5,50) Output gap change (Mex) HP filter -0,712(t-ratio) (-8,96)Adjusted R2 0,671 0,775 0,669 0,818Standard error of regression 1,60 1,33 1,58 1,18DW 1,68 1,21 1,90 1,61F-ratio 34,68 57,68 34,29 75,02

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TFP-Brasil em nível: (1) progresso técnico zero entre 1980 e 2014: crescimento pós-1992 apenas compensa perda inicial; (2) regressão (eq. 1)

subestima ciclo, deixando espaço para outras variáveis explicativas19

8019

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1

1.1

Observed Fitted

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TFP-México em nível: (1) progresso técnico decrescente na década perdida, praticamente estagnado depois em nível 20% inferior ao inicial; (2)

regressão (eq. 3) capta corretamente movimentos no período 19

8019

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14

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1

1.05

Observed Fitted

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Crescimento e heterogeneidade estrutural em quatro dimensões

• Paralelismo da evolução das variáveis macro não encontra correspondência quando se observa a evolução estrutural mais em detalhe:– Por estados, de acordo com seu nível de renda per capita– Por setores que participam ou não do comércio exterior– De acordo com o tamanho das empresas: grandes vs. médias e

pequenas– Pela evolução da informalidade do trabalho

• Análise da evolução da heterogeneidade estrutural deixa claro que México e Brasil cada qual se tornou infeliz a sua maneira

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Dimensão regional: disparidades na dispersão de rendas pc por estados

(sigma: DesvPad / Média)

0.46

0.50

0.54

0.58

0.62

0.66

0.70

0.74

0.78Sigma Mexico 1990 - 2013Sigma Brazil 1990-2012

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Participação no comércio e produtividade setorial (traded vs non-traded, 1989-2009)

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

0.7

0.9

1.1

1.3

1.5

1.7

1.9Bra trade /nontrad Mex trade /nontrad

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Tamanho de empresa e ganhos de produtividade: MEX (McKinsey; Ind, Com, Serv)

Crescimento produtividade aumenta fortemente com tamanho da empresa

Faixas de tamanho (PO) Mexico: Crescimento produtividade 1998-2008 (% aa)

0 - 10 -6,5%

11 -30 -2,2%

31 - 100 0,2%

101 - 250 2,9%

251 - 500 2,4%

501 + 5,9%

Total 2,0%

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Tamanho de estabelecimentos e ganhos de produtividade: Brasil, 1996-2013

Relação inversa entre tamanho e aumento da produtividade

Average Productivity Growth Rates (% p.a.)

Firm size Employment share (ave. 2007-13)

1996-2007

2007-2013

1996-2013

Less than 10 employees 9.5 -- 3.8 --

10 to 29 13.5 -- 1.5 --

30 - 99 16.4 -2.3 0.5 -0.7

100 - 249 11.1 -1.3 -0.2 -1.2

250 - 499 8.6 0.0 -3.2 -1.3

500 + 40.8 0.0 -2.8 -0.7

Total 100.0 -0.3 -1.6 -0.7

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Análise com microdados também encontra relação negativa entre tamanho de empresa e crescimento da produtividade em 1997-2010

em 18 de 20 setores da indústria de transformação (empresas com 30+ empregados)

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Informalidade (trabalhadores informais / emprego total)

• Taxas de informalidade por estados, MEX e BRA

• Dois exercícios– Informalidade e renda per capita– Evolução no tempo

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Informalidade por estado: MEX, 2012O

xaca

Guer

rero

Chia

pas

Hida

lgo

Tlax

cala

Pueb

laM

icho

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de

Oca

mpo

Vera

cruz

de

Igna

cio

de la

Llav

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ayar

itZa

cate

cas

Mor

elos

Yuca

tán

Guan

ajua

toTa

basc

oCa

mpe

che

Nac

iona

l Sa

n Lu

is P

otos

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éxic

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rang

oJa

lisco

Colim

aSi

nalo

aQ

uint

ana

Roo

Tam

aulip

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uasc

alie

ntes

Que

réta

roDi

strit

o Fe

dera

lSo

nora

Baja

Cal

iforn

iaCo

ahui

la d

e Za

rago

zaCh

ihua

hua

Nue

vo Le

ónBa

ja C

alifo

rnia

Sur

020406080

10080.0

59.6

42.0

Taxa de emprego informal nas unidades federativas, 2012 - México.

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Informalidade por estado: BRA, 2012M

aran

hão

Piau

íPa

ráC

eará

Para

íba

Bah

iaA

cre

Am

azon

asTo

cant

ins

Serg

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Rio

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Ron

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Goi

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píri

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anto

Mat

o G

ross

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Rio

Gra

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Gro

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Rio

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Jane

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Sant

a C

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ina

São

Paul

oD

istr

ito

Fede

ral0

20406080

10076.5

47.6

30.0

Taxa de emprego informal por estado, 2012 - Brasil.

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Relação inversa entre informalidade e YpcPara cada 10% de aumento de Ypc informalidade diminui 2,3 pp

Apesar de ser 15% mais rico, MEX tem informalidade maior que BRADummy Campeche: efeito distorcedor do petróleo sobre Ypc

Var dep.: taxa informalidade

Adjusted R-squared 0.730Standard error 6.208Observations 59 states

Coefficients SError Stat t P-valueIntercept 266.8 17.8 15.0 0,000%log (PIB pc PPP) -22.8 1.9 -12.0 0,000%Dummy MEX 10.5 1.7 6.3 0,000%Dummy Campeche 50.0 7.4 6.7 0,000%

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Taxas de informalidade, BRA e MEX, anos selecionados

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

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2011

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Brazil - PNAD MEX: tasa de ocupación em el sector informalRate of informality - INEGI

Page 38: Por que Brasil e México não ficam ricos? E. Bacha e R. Bonelli CDPP São Paulo, 16 de setembro de 2015

Conclusões tentativas

• México abriu economia e teve sucesso em desenvolver setor industrial de 1ª classe no Norte rico, mas não passou por integração doméstica– Dinamismo das grandes empresas exportadoras não realimentou as empresas

pequenas, produtoras de não comercializáveis e informais no Sul pobre, daí resultando lento crescimento da produtividade agregada.

• Brasil teve sucesso em reduzir a polarização em várias dimensões– Mas em contraste com o México as empresas grandes na indústria não se

integraram à economia internacional e apresentaram pequenos ganhos de produtividade

– Isso forneceu pouco impulso ao restante da economia, levando a que o país se arrastasse por um caminho de lenta produtividade – exceto quando premiado pela loteria das commodities.

• Lição das duas experiências: é preciso fazer a integração doméstica e a internacional ao mesmo tempo!