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1 T Por que ler histórias com acumulação? Ler e explorar livros odo bom professor sabe o que diversos estudos apontam: as crianças pequenas têm vontade e facilidade de aprender. Ter a oportunidade de frequentar uma instituição de educação infantil entre 4 e 6 anos de idade aumenta significativamente a chance de um melhor desempenho escolar no futuro. Mas só o fato de ir à escola é suficiente? Um conjunto importante de variáveis determina o caminho de cada criança. Embora não tenhamos como controlar e isolar todas as possibilidades, hoje já conhecemos alguns elementos que fazem a diferença, como ler e explorar os livros. Se as crianças que estão em sala tiverem a oportunidade de escutar ou ler de dois a três livros por mês, em um ano terão lido uma média de 20 livros e no fim da educação infantil terão um repertório em torno de 60 livros. Isso fará uma diferença significativa na vida dessas crianças. Colocar a literatura no dia-a-dia das crianças é o primeiro passo para que elas sejam convidadas a partici- par do mundo letrado e para que possam entrar no mundo da linguagem escrita. Conhecendo muitas histórias, a criança vai aos poucos compreendendo as características dos diversos tipos de texto. Mas, para isso, é essencial que o trabalho a ser feito seja pensado, planejado e estruturado de forma intencional. É preciso ler os livros para as crianças e convidá-las a ler também. É por meio dessas experiências com a leitura que elas podem desfrutar das histórias e dos diversos tipos de texto. Além disso, é importante “desmontar” o texto. Dessa forma, pouco a pouco, as crianças percebem cada vez mais como se escreve. Assim, gradualmente, podem ler mais e melhor. “Desmontar” o texto quer dizer criar situações em torno da leitura e do livro para que seja possível conhecer as diferentes dimensões que compõem uma história: Como a história é contada? Que recursos o autor utiliza na forma de escrever? Como a história é apresentada graficamente (letras, ilustrações e recursos gráficos utilizados)? As histórias com acumulação Para desenvolver esse trabalho, alguns tipos de texto funcionam mais que outros. As histórias com repetitição, como se pode ver no Caderno de orientações “Histórias com repetitição”, e as histórias com acumulação lançam mão de um recurso muito interessante que favorece a compreensão e a memorização do texto pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma. Por exemplo, as histórias com acumulação apre- sentam um evento desencadeador da narrativa, que a partir daí é contada de maneira repetitiva, ou seja, a mesma ação é realizada por diversos personagens e a repetição de um mesmo acontecimento se dá por acumulação: surge um personagem, que não consegue resolver a questão levantada pela história, aparece outro, que também não consegue, e assim sucessivamente. Esse tipo de estrutura facilita a antecipação do que virá por parte das crianças, tornando mais fáceis a leitura e a retenção da história. Por meio de textos como esses, é possível estruturar atividades que permitam a construção de diferentes conhecimentos. As situações de leitura participativa, por exemplo, convidam a criança a assumir o papel de leitora, desafiando-a para novos aprendizados. Elas experimentam as diferentes maneiras de Ver: Caderno de estudos Fascículo NABO GIGANTE 4dez08.p65 14/07/2009, 17:03 1

Por que ler histórias com acumulação? - Portal TRILHAS · acumulativas. O texto de O nabo gigante serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadas a seguir

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Por que ler histórias com acumulação?

Ler e explorar livros

odo bom professor sabe o que diversos estudos apontam: as crianças pequenas têm vontade efacilidade de aprender. Ter a oportunidade de frequentar uma instituição de educação infantil entre

4 e 6 anos de idade aumenta significativamente a chance de um melhor desempenho escolar no futuro.

Mas só o fato de ir à escola é suficiente? Um conjunto importante de variáveis determina o caminho decada criança. Embora não tenhamos como controlar e isolar todas as possibilidades, hoje já conhecemosalguns elementos que fazem a diferença, como ler e explorar os livros.

Se as crianças que estão em sala tiverem a oportunidade de escutar ou ler de dois a três livros por mês,em um ano terão lido uma média de 20 livros e no fim da educação infantil terão um repertório em tornode 60 livros. Isso fará uma diferença significativa na vida dessas crianças.

Colocar a literatura no dia-a-dia das crianças é o primeiro passo para que elas sejam convidadas a partici-par do mundo letrado e para que possam entrar no mundo da linguagem escrita. Conhecendo muitashistórias, a criança vai aos poucos compreendendo as características dos diversos tipos de texto. Mas, paraisso, é essencial que o trabalho a ser feito seja pensado, planejado e estruturado de forma intencional.É preciso ler os livros para as crianças e convidá-las a ler também. É por meio dessas experiências com aleitura que elas podem desfrutar das histórias e dos diversos tipos de texto.

Além disso, é importante “desmontar” o texto. Dessa forma, pouco a pouco, as crianças percebem cada vezmais como se escreve. Assim, gradualmente, podem ler mais e melhor. “Desmontar” o texto quer dizercriar situações em torno da leitura e do livro para que seja possível conhecer as diferentes dimensões quecompõem uma história: Como a história é contada? Que recursos o autor utiliza na forma de escrever?Como a história é apresentada graficamente (letras, ilustrações e recursos gráficos utilizados)?

As histórias com acumulação

Para desenvolver esse trabalho, alguns tipos de texto funcionam mais que outros. As histórias comrepetitição, como se pode ver no Caderno de orientações “Histórias com repetitição”, e as histórias comacumulação lançam mão de um recurso muito interessante que favorece a compreensão e a memorizaçãodo texto pelas crianças, permitindo uma leitura autônoma. Por exemplo, as histórias com acumulação apre-sentam um evento desencadeador da narrativa, que a partir daí é contada de maneira repetitiva, ou seja, amesma ação é realizada por diversos personagens e a repetição de um mesmo acontecimento se dá poracumulação: surge um personagem, que não consegue resolver a questão levantada pela história,aparece outro, que também não consegue, e assim sucessivamente. Esse tipo de estrutura facilita aantecipação do que virá por parte das crianças, tornando mais fáceis a leitura e a retenção da história.

Por meio de textos como esses, é possível estruturar atividades que permitam a construção de diferentesconhecimentos. As situações de leitura participativa, por exemplo, convidam a criança a assumir opapel de leitora, desafiando-a para novos aprendizados. Elas experimentam as diferentes maneiras de

Ver:

Caderno

de estudos

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se ler um texto, com apoio da memorização, antes mesmo de dominar a leitura. Ao convidar as crian-ças a entrar no texto – para desvendá-lo aos poucos (ajudando-as a observar a maneira como o textofoi escrito) –, oferecemos uma variedade significativa de conhecimentos que, em médio prazo, ajudarãoa formar leitores autônomos.

O importante é realizar um bom planejamento e promover uma prática significativa às crianças, permitindoque o livro apresentado seja explorado em todo o seu potencial. Ao fazer isso, estamos promovendoaprendizagens que são essenciais na formação leitora desses meninos e dessas meninas, o que se trans-formará no alicerce da vida escolar futura.

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Sobre os livros

s três livros escolhidos para este Caderno de orientações contam histórias com acumulação. Neles,encontramos narrativas engraçadas e fantásticas que oferecem oportunidades de aprendizado e

que permitem às crianças entrar no universo encantado das histórias.

As histórias possuem uma estrutura de repetição acumulativa que torna a leitura e a compreensão dahistória mais fáceis. Um mesmo acontecimento se repete várias vezes, vai se acumulando sucessivamente,até a história se inverter ou surpreender. Essa maneira de contar a história favorece a participação maisautônoma das crianças na leitura, fazendo com que elas antecipem os acontecimentos e memorizem o texto.

O nabo giganteDe Aleksei Tolstói, ilustrado por Niamh SharkeySão Paulo: Editora Girafinha, 2006.

Essa história trata de um casal de velhinhos que planta na horta um nabo que cresce até ficar gigante.Vários bichos da fazenda se unem aos velhinhos na tentativa frustrada de arrancá-lo da terra. A velhinhalembra-se de chamar o ratinho, que, apesar de pequeno, se une ao grupo e ajuda na tentativa de tirar onabo do solo.

No decorrer da narrativa, os personagens são apresentados de forma quantitativa, ora em ordem decres-cente (seis canários, cinco gansos), ora em ordem crescente (dois porcos, três gatos). O narrador tambémindica características qualitativas dos bichos: amarelos, brancos, barrigudos etc.

A narrativa dessa história pode ser dividida em três momentos: no início, os bichos são apresentados emuma sequência que segue da maior para a menor quantidade de animais; no meio da narrativa, os animaisaparecem novamente, mas dessa vez da menor para a maior quantidade; no fim, a narrativa se invertenovamente, e os bichos aparecem tal como no início da história.

A ilustração também ajuda na leitura, porque traz informações que confirmam ou completam o texto.No começo da história, por exemplo, a expressão “três gatos pretos” está separada de forma que cada umdos gatos segura um cartaz com uma palavra. Os recursos utilizados pelo autor e pelo ilustrador ampliam osentido do texto, como no caso das palavras “torta”, que aparece realmente torta, e “gigante”, escrita comletras grandes, ou ainda quando a onomatopeia “pop” aparece em tamanho enorme na página, em alusãoao que seria a “sonoridade” do nabo ao ser retirado da terra.

A casa sonolentaDe Audrey Wood, ilustrado por Don WoodSão Paulo: Editora Ática, 2005.

Essa história começa num dia chuvoso em uma casa onde todos dormem na mesma cama. A avó dorme,vem um menino e se deita em cima dela e todos os personagens que aparecem dormem um em cima dooutro, até surgir uma pulga, que inverte a ação repetitiva dos personagens. Na ordem contrária em queapareceram na história, os personagens são acordados pela pulga. No fim, não chove mais, e, como noscontos de fada, há um lindo arco-íris iluminando a casa sonolenta, onde todos acordaram.

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A ilustração reforça a história, porque o espaço da narrativa não muda: todos dormem no mesmo quarto,na mesma cama; os personagens vão se amontoando na cama para dormir. A diagramação do textoenfatiza essa ideia, pois as frases que se repetem e se acumulam também são representadas graficamentedesta forma: as linhas aumentam em quantidade, fazendo com que o texto seja maior conforme aspessoas e os bichos se acumulam na cama. A história é contada em versos. Quando a narrativa é invertida,o quarto azul chuvoso e sonolento começa a ser invadido pelo sol, as cores aparecem, os personagens vãosaindo da cama e os versos não se acumulam mais no texto, pois já não mantêm uma estrutura repetitiva.Nesse momento da história, narra-se somente o acontecimento indicado na ilustração da página.

Qual o sabor da Lua?Texto e ilustrações de Michael GrejniecSão Paulo: Brinque-Book Editora, 2008.

Essa história trata de alguns bichos que querem saber qual o gosto da Lua, mas não conseguem alcançá-la.A tartaruga sobe numa montanha, mas não consegue tocar a Lua. Então, chama o elefante, pedindo a elepara subir nas costas dela, mas continuam sem alcançá-la. Outros animais são chamados e se acumulamem cima da tartaruguinha, até que, no alto do monte de animais, o pequeno ratinho consegue, enfim,pegar um pedaço da Lua e o divide com todos os outros bichos. Mas, para cada um, a Lua tem um sabordiferente, aquele de que cada um mais gosta.

Nessa narrativa, os animais e a Lua falam, pensam e agem como se fossem gente (isso se chama personi-ficação). No texto, são utilizados recursos que facilitam a memorização da sequência da história: a repeti-ção interligando personagens (a tartaruga chama o elefante, o elefante chama a girafa etc.) e a fraseutilizada para um animal convidar o outro, que é sempre a mesma (em forma de discurso direto:“Se você subir nas minhas costas, talvez a gente consiga alcançar a Lua”).

A ilustração ajuda as crianças a anteciparem a história, pois, além de mostrar as ações dos personagensque se repetem, há sempre uma página em branco que anuncia o próximo bicho a fazer parte do grupo.

O que há em comum nos três livros?

Para explorar o potencial de livros com histórias com acumulação, vale a pena observar alguns recursospresentes nas três histórias:

1. Os autores utilizam a mesma maneira de contar a história: personagens que entram na narrativa, ora seunindo, ora se amontoando, numa acumulação repetitiva;2. Nos três textos, há um começo típico de histórias infantis (“Há muito tempo” ou “Era uma vez”), emboranão sejam contos de fada clássicos. Os autores “brincam” com o universo narrativo;3. A repetição também ocorre nas ações dos personagens: todos da fazenda se unem para arrancar onabo da terra; os personagens dormem um em cima do outro; os bichos sempre dizem a mesma frase natentativa de alcançar a Lua;4. Nessas três histórias, somos levados a pensar nas escolhas que os autores fizeram. Por que o nabo égigante? Por que existe uma casa onde todos dormem? Por que o ratinho, que tem tão pouca força, resolvea situação? Nessas narrativas, os fatos e as ações são impossíveis de acontecer no mundo real. Essas sãohistórias classificadas como fantásticas.

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Em relação às ilustrações, nos três livros, elas completam ou reforçam o sentido do texto e favorecem aantecipação da narrativa, pois as ações dos personagens se repetem. Além de conversar sobre a maneiracomo cada texto foi escrito, é interessante ver, falar, folhear, consultar e comentar com as crianças sobre osrecursos utilizados pelos ilustradores. É possível convidar as crianças a observar alguns recursos utilizadosnas ilustrações:

1. As imagens que se assemelham ao texto: “quatro galinhas pintadas” acompanha o desenho de quatrogalinhas pintadas; a palavra “elefante” junto com a ilustração do animal; um gato extremamente assustadoacompanhado do texto “que assustou o gato”;2. A repetição por acumulação: os personagens aparecem se amontoando (em cima da cama, na pirâmidepara alcançar a Lua, no cordão para arrancar o nabo);3. As imagens (assim como as histórias) criam um ambiente encantado e de fantasia: a vaca segura nabarriga da velhinha; a cama de madeira se torna flexível; a pirâmide de bichos alcança a Lua.

As atividades desenvolvidas aqui são referências para a exploração de livros com histórias de estruturasacumulativas. O texto de O nabo gigante serviu de referência para a elaboração das propostas apresentadasa seguir. Contudo, você pode experimentar o mesmo tipo de atividade com outros livros que possuam aestrutura semelhante. Este Caderno de orientações é um convite para que você coloque em jogo seusconhecimentos, ampliando-os com as sugestões apresentadas. É por essa razão que já indicamos nestetexto dois outros livros que compõem o acervo enviado junto com este material. Bom trabalho!

Lembrete

Sabemos que, quando gostam de uma história, as crianças pedem para que ela seja lida e relidadiversas vezes. Por isso, não hesite em contar várias vezes a mesma história. A formação de futurosleitores se dará no equilíbrio de experiências em que eles possam ler e escutar histórias por puroprazer – desfrutando de literatura de qualidade – com outros momentos em que possam apro-fundar conhecimentos sobre o texto. Portanto, o desafio está em não transformar a leitura dehistórias numa atividade mecânica. Assim, procure garantir a leitura por prazer de maneira inde-pendente das atividades com foco no texto. Este Caderno de orientações apresenta um roteiro detrabalho que não deve ser escolarizado, mas, ao contrário, servir de instrumento para que ascrianças façam uma viagem pelo mundo da literatura e do conhecimento.

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Sumário

Atividade 1 Conhecer o livro

Atividade 2 Falar sobre o livro

Atividade 3 Ordenar as ilustrações da história

Atividade 4 Escrever os nomes dos bichos da história

Atividade 5 Conversar sobre o tempo na narração

Atividade 6 Relacionar os bichos e suas características

Atividade 7 Ler trechos da história

Atividade 8 Usar diferentes tipografias

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Atividade 1Conhecer o livro

professor apresenta o livro O nabo gigante, chama atenção para

a ilustração da capa, propõe possíveis relações entre a ilustração

e o título da história, convida as crianças a localizar o título e, por

fim, lê a história em voz alta.

Roteiro de trabalho

Preparação

Ler o livro para conhecer a história, as ilustrações e as informações presentes nas capas. Você pode treinara leitura em voz alta para ficar mais preparada no momento de ler para as crianças.

Organização do espaço e das crianças

Essa é uma atividade coletiva. Você pode decidir com as crianças como elas ficarão organizadas, mas oimportante é que todas consigam visualizar o livro.

Orientações para o professor Mostrar o livro para as crianças. Você pode dizer: “Hoje vocês conhecerão um novo livro!”

Explicar às crianças que elas primeiro observarão a capa do livro, pensando no que podem saber sobrea história antes mesmo de lê-la. Pode-se dizer: “Será que vocês conseguem me dizer do que se trata essa histó-ria antes mesmo que eu leia? Olhem a capa”.

Apresentar o livro às crianças destacando a ilustração da capa. Perguntar o que a ilustração sugere.Explorar os detalhes da ilustração. A intenção não é de que as crianças dêem a resposta certa, mas querelacionem as pistas oferecidas com seus conhecimentos anteriores. Você pode perguntar: “Quem são essaspessoas? Será que são personagens da história? Onde elas estão sentadas?”

Mostrar as ilustrações da contracapa e perguntar às crianças quais alimentos são aqueles e por que hátantos desenhados no livro. Ajudar que estabeleçam relações entre as ilustrações e o conteúdo da história.

Perguntar às crianças como elas acham que essa história se chama. Escutar suas observações, estimulan-do-as a estabelecer relações. Você pode perguntar: “Será que está escrito no título o nome desses velhinhos?”Ler o título. Se alguma criança não souber o que é um nabo, você pode explicar.

Convidar as crianças a observar as ilustrações internas do livro. Mostrar apenas as primeiras páginas,ajudando-as a pensar sobre o assunto da história a partir das ilustrações que estão observando. Chamaratenção para os diferentes personagens e suas ações. Você pode lançar uma pergunta que as ajude a acom-panhar a leitura: “Será que o velhinho vai conseguir tirar o nabo da terra? Vamos ler a história para saber!”

Ler a história e, no fim, convidar as crianças a falar sobre a narrativa. Peça que apontem as partes de quemais gostaram para que você possa reler ou que falem os personagens de que lembram.

Fazer antecipações

sobre os

acontecimentos

da história.

Comentar a

história e

destacar

algumas partes.

Falar sobre as

ilustrações tentando

fazer antecipações

da história.

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

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O que as crianças podem aprender Ao falar sobre a história antes de ler o livro (relacionando o texto com a ilustração), favorece-se que as

crianças imaginem e antecipem a narrativa.

Ao apresentar o livro “por fora” e “por dentro”, explorando a capa, a contracapa, o título e as ilustrações,as crianças aprendem sobre o livro como objeto e observam suas características.

Ao ler a história para as crianças, contribui-se para que elas aprendam alguns comportamentos típicosde leitores: ler com ritmo e entonação, antecipar e verificar o conteúdo da história, comentar o textodepois da leitura, etc.

O que mais é possível fazer

Em outros momentos de leitura desse livro, você pode retomar a apresentação destacando outrasinformações presentes na capa, como, por exemplo, o nome da editora (que vem acompanhado de umdesenho ou logotipo), os nomes do autor e do ilustrador (que aparecem em lugares diferentes) e asinformações da contracapa. A cada leitura é importante variar o aspecto do livro a ser explorado.

O que é possível fazer em casa

Você pode sugerir que as crianças contem aos seus pais, colegas e vizinhos sobre a nova história queconheceram.

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Atividade 2Falar sobre o livro

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor relê a história O nabo gigante junto com as crianças,

chamando atenção para as ilustrações e sua relação com o texto.

Roteiro de trabalho

Preparação

Estudar as relações entre livro, texto e ilustração.

Organização do espaço e das crianças

Essa é uma atividade coletiva. É importante que as crianças estejam organizadas de forma a enxergar o livro.

Orientações para o professor Iniciar a atividade explicando às crianças que, em alguns momentos, você interromperá a leitura para

conversar sobre a história e a ilustração: “Hoje vou ler a história, mas vou parar em algumas partes para quea gente possa ver como a ilustração ‘conta’ essa mesma história”.

Escolher algumas páginas e convidar as crianças a observarem as ilustrações. É importante deixar que elascomentem e estimular que observem detalhes que poderiam passar despercebidos. Por exemplo, napágina em que o velhinho tenta, pela primeira vez, arrancar o nabo da terra, para dar a impressão de queo nabo é gigante, o desenho do velhinho ocupa quase toda a página e o nabo não aparece por inteiro, só épossível ver o seu talo. Mesmo sem ter lido a informação de que o nabo cresceu muito e ficou gigante, aoobservar essa ilustração, já é possível imaginar o que aconteceu. Para ajudá-las a pensar sobre os detalhesdessa ilustração, você pode dizer: “Vocês repararam que nessa página o ilustrador só desenhou o talo do nabo?Por que será que ele fez isso?”. Deixe que as crianças façam essas relações.

Chamar atenção das crianças para a diagramação do texto, que utiliza alguns recursos interessantes.No começo da história, por exemplo, três gatos seguram cartazes, cada um com uma palavra, compondo aexpressão “três gatos pretos”; na página em que há uma grande chuva, o texto está escrito na ilustração da nuvem.

Fazer com que as crianças usem a ilustração como apoio para antecipar a história e ter o texto de memória. Por exemplo, quando o velhinho tenta arrancar o nabo da terra, o personagem que será chamado paraajudar, na sequência, sempre aparece na ilustração. Você pode destacar essa informação solicitando quefalem, ao longo da leitura, qual será o próximo animal.

Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode apenasenfatizar a informação de que o personagem que será chamada pelo velhinho já está desenhado napágina. Peça que observem isso e tentem antecipar a sequência dos personagens na narrativa.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode dar maisênfase na relação entre a diagramação, os desenhos e o texto. Para problematizar, você pode perguntar:“Por que nessa página há trechos do texto perto de cada animal? Por que essa frase foi dividida em três plaqui-nhas ou cartazes?”.

Observar as ilustrações

e tentar estabelecer

relações com

a história.

Observar atentamente

os detalhes da

ilustração, usando-os

para antecipar partes

da história.

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O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças observem detalhes da ilustração e os relacionem com o texto, contribui-se

para que elas aprendam sobre os diferentes tipos de relação entre texto e ilustração e que se apropriemmelhor da narrativa.

Ao informar as crianças que interromperá a leitura para conversar sobre a história, possibilita-se oaprendizado sobre a diferença entre ler o texto e falar sobre o texto lido.

O que mais é possível fazer

São muitas as observações que se pode fazer sobre a ilustração desse livro. Você pode lançar outrosdesafios, propondo que as crianças pensem sobre a relação entre texto e ilustração. Segue uma sugestão:

Entregar às crianças uma folha com uma parte da história escrita. Ler com elas e propor que criem umailustração para essa parte da história.

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Atividade 3Ordenar as ilustrações da história

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor entrega às crianças cartelas com desenhos dos animais

da história O nabo gigante e propõe que as crianças organizem

essas cartelas de acordo com a sequência de aparição dos bichos

na narrativa.

Roteiro de trabalho

Preparação

Para cada grupo de crianças, separar um conjunto de cartelas com o desenho dos animais da história.

Organização dos espaços e das crianças

Essa atividade deve ser realizada em pequenos grupos. É preciso pensar nos agrupamentos para que ascrianças possam colaborar entre si.

Orientações para o professor Mostrar o livro às crianças e perguntar se conseguem lembrar quantos são os animais que o casal de

velhinhos tinha e como eles são apresentados na história.

Conversar com elas e destacar a ordem numérica em que os animais são apresentados: do maior para omenor número (seis canários, cinco gansos, etc.).

Dividir as crianças em grupos, entregar as cartelas e pedir que sejam ordenadas considerando a sequênciaem que são apresentadas na história. Você pode dizer: “Vocês vão ordenar os bichos dessa história lembrandocomo eles aparecem pela primeira vez no texto”.

Fazer coletivamente a ordenação dos primeiros dois animais da sequência para dar o exemplo. Vocêpode propor: “Qual é o primeiro bicho que aparece? Então, esse será o bicho que vocês vão colocar primeiro.Depois, quem é apresentado? Coloquem os gansos embaixo dos canários. Vamos organizar um embaixodo outro”.

Reler com as crianças essa parte da história para que verifiquem se colocaram as cartelas na ordem certa.

Seguir as mesmas orientações para as duas outras partes da história em que os bichos aparecem. Para otrecho em que os animais surgem no meio da história, você pode propor que as crianças lembrem qual é oprimeiro animal chamado para ajudar a puxar o nabo da terra. E, no fim da história, propor que recordem asequência em que os bichos caem um em cima do outro.

Finalizar a atividade conversando com as crianças sobre as três situações da história. Você pode dizer:“Nessa história, os bichos aparecem em três momentos diferentes: no início, quando são apresentados pelaprimeira vez; no meio, quando ajudam os velhinhos a puxar o nabo; no fim, quando caem um em cima dooutro. Em cada um dos momentos, eles aparecem em ordem diferente”.

Retomar de

memória os bichos

que aparecem na

história e suas

características.

Retomar a sequência da

narrativa ordenando as

cartelas.

Verificar a ordem em que

sequenciaram as cartelas,

identificando as

informações do texto.

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Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode realizar amesma proposta coletivamente.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode pedir que, indivi-dualmente, desenhem a ordem da sequência de aparição dos bichos em cada um dos momentos da história.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças ordenem os bichos da história considerando as três partes em que aparecem

no texto, possibilita-se a retomada da história memorizada a partir da sequência de sua narrativa.

Ao conversar com as crianças sobre a sequência numérica em que os animais são apresentados, favorece-seque elas façam uso dos recursos presentes no texto para recuperar a história de memória.

Ao reler partes da história para que as crianças verifiquem se ordenaram na sequência correta, contribui-se para que elas identifiquem informações no texto.

O que mais é possível fazer

As crianças geralmente gostam de fazer desenhos da história. Para dar continuidade a essa proposta, vocêpode convidá-las a desenhar:

Partes da história (por exemplo, todos os personagens juntos tentando arrancar o nabo da terra).

O início, o meio ou o fim da história.

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Atividade 4Escrever os nomes dos bichos da história

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor mostra cartelas com desenhos dos bichos da história

O nabo gigante e pede para que as crianças os nomeiem.

Depois divide as crianças em grupos e pede que escrevam o nome

dos bichos numa lista.

Roteiro de trabalho

Preparação

Preparar seis tiras de papel (5 x 15 cm) e um conjunto de cartelas com os desenhos dos bichos da históriapara cada grupo de crianças. Separar lápis e uma folha grande para a escrita da lista.

Organização do espaço e das crianças

A primeira parte dessa atividade é coletiva. A segunda parte pode ser realizada em grupos de seis crianças.

Orientações para o professor Retomar com as crianças quais os seis animais que o casal de velhinhos da história tinha, mostrando as

ilustrações das cartelas e solicitando que nomeiem os bichos. Você pode dizer: “Vou mostrar o desenho dosanimais e vocês vão me dizer qual o nome de cada um deles. Vocês me falam e eu escrevo nesse cartaz”.

Escrever lentamente os nomes para que as crianças consigam visualizar a sua escrita. Conforme vocêescreve (sempre em letra maiúscula), pode compartilhar com as crianças: “Até aqui escrevi GAN, agora vouescrever SO”. Nesse momento, escolha partes das palavras para ler às crianças (por exemplo, GALIfaltando NHA, ou VA faltando CA) em vez de pronunciar letra por letra.

Separar as crianças em grupos e pedir que escrevam o nome de um dos animais nas tiras de papel quereceberam. Cada criança do grupo deve escrever o nome de um bicho. Nesse momento, você guarda ocartaz com a lista que acabou de fazer. Você pode dizer: “Agora vou entregar a vocês algumas tiras de papel.Cada criança do grupo deve escrever o nome de um animal”.

Passar pelos grupos auxiliando as crianças com dificuldade. Por exemplo, se uma criança escreveuA para a sílaba VA, você pode perguntar: “Que outra palavra conhecemos começa com as mesmas letras deVACA?”. E, quando a criança responder, você pode escrever essa palavra para que ela veja, indicando queobserve se essa palavra pode lhe ajudar em sua escrita. Lembrar que as crianças estão aprendendo aescrever, então não é necessário fazer muitas observações para que cheguem à escrita correta.

Propor que as crianças colem em uma folha ou cartolina as tiras com as palavras escritas, fazendo umalista dos nomes dos bichos que o casal de velhinhos tinha.

Nomear os bichos.

Retomar os nomes de

memória e pensar

sobre como se escreve

cada um deles.

Escrever,

comparar nomes

e comentar com

que letra começa.

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Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode propor que,em grupo, elas escrevam o nome de um ou mais bicho com letras móveis. Deixe o cartaz em um canto da salapara que elas possam consultá-lo se sentirem necessidade.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que, depois denomear e observar a escrita dos nomes dos bichos no cartaz, elas desenhem os seis bichos e escrevam seusnomes ao lado dos desenhos, individualmente.

O que as crianças podem aprender Ao escrever o nome dos bichos lentamente na frente das crianças, favorece-se que elas observem as relações

entre o que foi falado e o que está sendo escrito.

Ao propor que as crianças escrevam o nome dos bichos, possibilita-se a reflexão sobre como se escreve,analisando oralmente a palavra e procurando algum tipo de correspondência com as unidades da escrita.

O que mais é possível fazer

Você pode propor outras atividades com os nomes dos bichos. Seguem algumas sugestões:

Escrever o nome dos bichos em tiras de papel e mostrar às crianças apenas a primeira ou a última sílaba,pedindo que digam que nome está escrito.

Você pode usar as mesmas tiras, mas mostrando o nome por inteiro rapidamente e perguntando às criançasse é, por exemplo, o nome GANSO que está escrito ali.

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O

Atividade 5Conversar sobre o tempo na narração

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor pede que as crianças observem as expressões que

indicam a passagem de tempo na história O nabo gigante e

escreve uma lista.

Roteiro de trabalho

Preparação

Marcar no texto as expressões que indicam quando se passa a história e o tempo de sua narração.Separar o livro, um calendário e um papel grande para redigir a lista.

Organização do espaço e das crianças

Essa atividade é coletiva. As crianças podem estar organizadas em roda.

Orientações para o professor Contar às crianças que você vai ler de novo a história, mas dessa vez elas devem descobrir quando a

história aconteceu e quanto tempo durou. Você pode dizer: “Hoje vou ler novamente essa história. No fimda minha leitura, vocês vão dizer quando essa história aconteceu e quanto tempo se passou desde que ovelhinho plantou até quando conseguiu colher o nabo com a ajuda do ratinho”.

Ler a história para as crianças e, no fim, perguntar se elas descobriram quando a história aconteceu. Vocêpode dar exemplos para ajudar as crianças: “Será que foi hoje? Será que faz muito tempo?”. Você tambémpode reler a primeira página e perguntar se nessa parte há alguma informação nesse sentido.

Avisar as crianças que, ao encontrarem as expressões de tempo usadas na história, você irá fazer umalista para registrá-las. Escrever na frente das crianças a primeira expressão encontrada (“Há muito tempo”).

Perguntar às crianças se conseguiram descobrir quanto tempo se passou entre plantar e colher o nabo.Se achar necessário, você pode ajudá-las dizendo: “Vou ler novamente a parte da história em que o ve-lhinho planta o nabo, e vocês me dizem se conseguem descobrir quanto tempo ele levou para colher o nabo”.

Conversar com as crianças sobre os meses e as estações do ano. Marcar no calendário que o nabo foiplantado em setembro, mês de primavera.

Reler a página em que o autor narra a grande chuva que caiu na horta e pedir que as crianças identifiquemquando isso aconteceu. Escrever no cartaz a expressão “Naquela noite”.

Reler a parte da história em que o velhinho olha o nabo gigante. Retomar a frase “A primavera passou e osol do verão amadureceu os vegetais” e conversar sobre quanto tempo se passou entre a primavera e overão. Anotar no calendário, contando quantos meses já se passaram na história e compartilhar com ascrianças a escrita da expressão “A primavera passou” na lista.

Escutar a história,

prestando atenção na

passagem do tempo

na narrativa.

Identificar

informações no

texto sobre

o tempo.

Localizar

informações

no texto.

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Seguir a mesma orientação para identificar a passagem do tempo na parte da história em que o velhinhoacorda e decide colher o nabo, escrevendo na lista a expressão “‘Numa bela manhã de março”.

Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode proporque tentem reconhecer algumas das expressões de tempo presentes na história, sem que haja necessidadede fazer a lista.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode propor que primeiroelas identifiquem todas as expressões presentes na história à medida que você lê e, em seguida, as escrevamem duplas.

O que as crianças podem aprender Ao solicitar que as crianças descubram quando a história aconteceu e quanto tempo durou, favorece-se

que elas prestem atenção nos recursos discursivos para marcar a passagem do tempo na narrativa.

Ao propor que as crianças ditem as expressões encontradas, elaborando uma lista, contribui-se para queelas reúnam uma coleção de expressões de tempo usadas em textos narrativos.

O que mais é possível fazer

Para dar continuidade a esse trabalho, você pode seguir completando a lista de expressões à medida que ascrianças lerem novas histórias.

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O

Atividade 6Relacionar os bichos e suas características

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor pede que as crianças identifiquem os bichos da

história O nabo gigante e suas características. Escreve na

lousa e conversa com elas sobre a ordem das palavras nas frases.

Depois entrega às crianças tiras com a descrição dos bichos e as

convida a localizar o texto de cada tira na história, ordenando-as.

Roteiro de trabalho

Preparação

Elaborar tiras de papel, em quantidade suficiente para cada grupo, com a quantidade e as característicasdos bichos escritas em letra maiúscula. Por exemplo:

SEIS CANÁRIOS AMARELOS

Organização do espaço e das crianças

Essa atividade pode ser realizada em pequenos grupos. É importante organizar as crianças de forma quepossam colaborar entre si.

Orientações para o professor Entregar às crianças as tiras e orientar que elas precisam lembrar quais são os bichos da história e as

suas características para depois encontrar a tira correspondente a cada bicho. Você pode dizer: “Com ajudadas ilustrações e da história que já temos ‘na cabeça’, vocês vão dizer quais são os bichos dessa história e comoeles são. Depois encontrarão a tira que corresponde a cada animal”.

Mostrar a página em que todos os bichos são apresentados. Apontar para os canários e perguntar quebichos são aqueles, quantos deles há na história e como eles são.

Escrever na lousa, conforme as crianças respondem, organizando o texto tal como escrito no livro, porexemplo: SEIS CANÁRIOS AMARELOS. Ao terminar a escrita, ler a frase inteira apontando as palavras.

Seguir a mesma orientação para os outros bichos.

Escrever uma frase embaixo da outra.

Chamar atenção das crianças para a ordem em que as palavras aparecem nas frases: antes do nome doanimal, aparece a informação da quantidade de bichos e, depois do nome, a sua característica. Compartilharcom elas que, no livro, essas frases estão sempre escritas desse jeito, assim como nas tiras que receberam.

Pedir às crianças que ordenem as tiras que receberam começando pelos SEIS CANÁRIOS AMARELOSaté UMA VACA MARROM BEM GRANDE. Nesse momento, apague a lista escrita na lousa.

Retomar o texto de

memória com o

auxílio da ilustração.

Ordenar as tiras,

relacionando as

informações

do texto.

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Circular entre os grupos, auxiliando-os. Por exemplo, se ficarem em dúvida entre a tira em que estáescrito GANSO e aquela em que está escrito GALINHA, você pode dizer: “Quantos gansos têm na história?Onde vocês acham que está escrito CINCO?” ,(apontando para a palavra CINCO da tira dos gansos e para apalavra QUATRO da tira das galinhas).

Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode apenasmostrar as ilustrações dos bichos, pedindo que recuperem de memória suas características.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode entregar uma folhacom as frases que apresentam os bichos e pedir que elas localizem e circulem onde estão escritos a quan-tidade, o nome do bicho e a sua característica.

O que as crianças podem aprender Ao propor que as crianças retomem as características dos bichos, favorece-se que elas recuperem a

história memorizada e se detenham no recurso da descrição em uma narrativa.

Ao solicitar que as crianças localizem os nomes dos bichos e ordenem as cartelas segundo a sequênciada narrativa, possibilita-se que atentem para a função dos nomes no texto.

Ao chamar atenção para a organização das frases que apresentam as características dos bichos na histó-ria, contribui-se para que as crianças observem a função dos nomes nas frases.

O que mais é possível fazer

Você pode dar continuidade a essa atividade ressaltando como o ilustrador caracteriza os bichos, propon-do que as crianças observem as expressões na cara dos bichos, notando se mudam e como mudam emcada parte da história. Peça que tentem nomear cada uma dessas expressões.

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O

Atividade 7Ler trechos da história

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer.

professor convida as crianças para ler trechos de O nabo gigante,

fazendo uma leitura compartilhada da narrativa.

Roteiro de trabalho

Preparação

Marcar os trechos da história que você lerá e as partes que as crianças lerão.

Organização do espaço e das crianças

Essa atividade deve ser realizada em grupos pequenos. Você pode organizar a turma de forma que,enquanto dá atenção especial a um grupo, as demais crianças realizem outra atividade que tenhamcondições de fazer sozinhas (por exemplo, brincar com jogos conhecidos).

Ao longo de alguns dias, você fará essa mesma proposta de forma a atender cada grupo separadamente.

Orientações para o professor Sentar com as crianças em roda e explicar a atividade. Você pode dizer: “Hoje teremos uma atividade em

que cada grupo vai fazer uma proposta diferente. Alguns terão jogos para brincar e um único grupo sentarácomigo para ler a história O nabo gigante”.

Explicar às crianças, já no pequeno grupo, que hoje elas te ajudarão a ler partes do texto. Você podedizer: “Hoje vamos ler juntos essa história. Mas vamos fazer de um jeito diferente. Eu vou ler algumas partes evocês lerão as outras. Lembrem-se: é importante que vocês tentem ler o texto exatamente como o autor escreveu”.

Combinar que você interromperá a sua leitura e indicará às crianças a parte da história que deve ser lida.

Conversar com elas sobre os recursos que já conhecem para recuperar o texto de memória. Você pode dizer:“Se vocês não souberem alguma parte do texto, como podem fazer para lembrar?”

Deixar o livro no centro da mesa, de forma que você e as crianças consigam visualizá-lo.

Ler a primeira página do livro e dizer às crianças que elas devem continuar as duas próximas páginas emque os personagens são apresentados.

Retomar a leitura até a página em que o velhinho procura a velhinha pedindo ajuda. Avisar as crianças queelas continuarão a narrativa de memória. Caso precisem de ajuda para lembrar o personagem seguinte,retome com elas o fato de que o desenho do personagem que será chamado a seguir já aparece na página.

Deixar que as crianças leiam até o momento em que todos os personagens juntos tentam arrancar onabo da terra: “Ainda assim o nabo não se mexia”. Seguir lendo até a parte em que a velhinha pega o rato.Propor que as crianças leiam as duas páginas seguintes.

Identificar os

recursos que

caracterizam a

relação entre

texto e ilustração.

Ler partes da

história,

recuperando o

texto de memória.

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Retomar a leitura, finalizando a história, e conversar com as crianças sobre a experiência de lerem trechosda história sozinhas, pedindo que compartilhem as estratégias que usaram na leitura.

Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade se mostre muito difícil para algumas crianças, você pode proporque elas leiam somente a parte final da história, em que todos juntos e o ratinho tentam puxar o nabo daterra.

Se o desafio proposto nessa atividade parecer muito fácil para algumas crianças, você pode propor queelas fiquem responsáveis por ler trechos mais longos da história.

O que as crianças podem aprender Ao convidar as crianças para ler partes da história atentando para a relação do texto com a ilustração e

para a estrutura repetitiva do texto, possibilita-se que elas leiam com autonomia.

Ao propor que as crianças conversem sobre os recursos que utilizaram para conseguir ler, favorece-seque elas ampliem e se apropriem de novas estratégias de leitura.

O que mais é possível fazer

Essa proposta de leitura pode ser feita novamente com um desafio maior na leitura: as crianças podemficar responsáveis por ler trechos em que o texto não possui uma estrutura repetitiva.

O que é possível fazer em casa

Propor às crianças que, em esquema de rodízio, levem o livro para casa e leiam junto com seus pais,colegas, vizinhos.

Contar aos colegas os

procedimentos que

utilizaram na leitura.

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O

Atividade 8Usar diferentes tipografias

professor retoma o livro O nabo gigante com as crianças,

destacando o uso de tipografias no texto. Depois apresenta

algumas palavras, propondo que pensem como poderiam escrevê-las

utilizando esse recurso.

Roteiro de trabalho

Preparação

Marcar as páginas em que se identifica o uso do recurso tipográfico.

Organização do espaço e das crianças

Essa é uma atividade coletiva, e as crianças precisam estar organizadas de forma que todas consigamvisualizar o livro.

Orientações para o professor Conversar com as crianças contando que você irá mostrar o livro para que elas observem alguns detalhes

do texto. Você pode dizer: “Hoje vamos observar como algumas palavras foram escritas nessa história e pensarpor que foram escritas desse jeito”.

Ler a primeira página da história e dizer às crianças que nessa página tem uma palavra escrita de umjeito diferente das demais. Passar o livro para elas apontando a palavra para que vejam a forma como estáescrita e perguntar: “Como essa palavra está escrita?”.

Perguntar qual palavra as crianças acham que está escrita de modo diferente. Caso as crianças não con-sigam responder, informe que é a palavra TORTA. Conversar sobre a relação entre a palavra e a formacomo foi escrita no livro.

Seguir folheando o livro até o momento em que aparece a palavra GIGANTE. Conversar sobre a relaçãoentre a palavra e a forma como foi escrita no livro. Por fim, fazer o mesmo com as palavras AINDA e POP.

Terminar de ler a história e apresentar às crianças duas palavras para que pensem nas diferentes formasem que podem ser escritas. Você pode usar as palavras ALTO e ELEFANTE.

Propor que as crianças pensem nos diferentes modos de escrever essas palavras. Você pode dizer: “Agoraque vimos algumas palavras escritas de jeitos diferentes, vamos pensar como poderíamos escrever essas palavrastambém de um jeito diferente? Vocês dão as suas sugestões e eu escrevo na lousa”.

Deixar que as crianças dêem sugestões, lembrando que precisam sempre considerar o significado de cadauma das palavras. Você pode convidar algumas crianças para ir até a lousa escrever ou também pode darsugestões às crianças, por exemplo, para a palavra ELEFANTE: “Como é um elefante? Ele é grande ou pequeno?Será que podemos escrever essa palavra com as letras bem grandonas? E com letras bem gordonas?”.

Pensar sobre a forma

tipográfica da escrita

das palavras e a relação

com o seu significado.

Pensar em como

escrever palavras

com diferentes

tipografias.

O que as crianças

podem pensar,

dizer e fazer .

Identificar as

palavras escritas com

diferentes tipografias.

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Possíveis adaptações

Caso o desafio proposto nessa atividade pareça muito difícil para algumas crianças, você pode realizarsomente a primeira parte da atividade, em que conversa com as crianças sobre as palavras da históriaO nabo gigante.

Se o desafio proposto nessa atividade for muito fácil para algumas crianças, você pode apresentar duasnovas palavras e propor que elas as escrevam usando uma tipografia diferente.

O que as crianças podem aprender

Ao propor que as crianças observem palavras com diferentes tipografias no texto, possibilita-se que elasaprendam a observar e reconhecer tipografias.

Ao perguntar às crianças por que as palavras estão escritas de um jeito diferente, favorece-se que elasrelacionem a tipografia com a sua intenção e o seu significado no texto.

Ao propor que as crianças deem sugestões de como escrever uma palavra fazendo uso de diferentestipografias, auxilia-se que elas aprendam a produzir tipografias.

O que mais é possível fazer

Você pode continuar propondo que as crianças observem e produzam tipografias, por exemplo, trazendooutros tipos de texto em que se faz uso desse recurso (folhetos de supermercado, rótulos de produtos,gibis etc).

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Créditos institucionais

TRILHAS

Iniciativa:Natura Cosméticos

Realização:Programa Crer para Ver, Natura Cosméticos

Desenvolvimento:Cedac

Ficha Técnica

Programa Crer para Ver, Natura CosméticosCoordenação:Maria Lucia Guardia e Lilia Asuca Sumiya

CedacCoordenação:Beatriz Cardoso e Tereza Perez

Concepção do conteúdo e supervisão:Ana Teberosky

Direção editorial:Beatriz Cardoso e Beatriz Ferraz

Consultoria literária:Maria José Nóbrega

Equipe de redação:Ângela Carvalho, Beatriz Cardoso, Beatriz Ferraz, Debora Samori, Maria Grembecki, Milou Sequerra, Patrícia Diaz

Equipe da Gerência de Educação e Sociedade, Natura Cosméticos:Maria Lucia Guardia, Lilia Asuca Sumiya, Fabiana Shiroma, Eliane Santos, Isabel Ferreira, Luara Maranhão, Gabriela Santos

Edição de texto:Marco Antonio Araujo

Coordenação de produção:Fátima Assumpção

Projeto gráfico:SM&A Design

Ilustrações:Vicente Mendonça

Revisão:Jandira Queiroz e Ali Onaissi

“ESTE CADERNO TEM OS DIREITOS RESERVADOS E NÃO PODE SER COPIADO OU REPRODUZIDO, PARCIAL OU TOTALMENTE,SEM AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO PROGRAMA CRER PARA VER, DA NATURA COSMÉTICOS, E DO CEDAC.”

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