porcelana natalia

Embed Size (px)

Citation preview

A porcelana um produto branco impermevel e translcido. Ela se distingue de outros produtos cermicos, especialmente, da faiana e da loua, pela sua vitrificao, transparncia, resistncia, completa iseno de porosidade e sonoridade. Basicamente as matrias primas da porcelana so: argila, quartzo, caulim e feldspato. Nem tudo que branco porcelana. A porcelana resultado de um complexo processo de fabricao a altas temperaturas, o que a diferencia de outras cermicas de uso domstico (como faiana e o grs, entre outras). totalmente isenta de porosidade (zero absoro de gua); tem elevada resistncia mecnica e trmica; esmalte liso e contnuo totalmente isenta de metais pesados (toxinas); produzida em temperaturas elevadssimas (1440C) e com diversificadas tcnicas de decorao (gravao de marcas e desenhos) que podem atingir at 1200C. Um teste simples: a legtima porcelana tem a caracterstica de sonoridade ao toque (som de sino).

Histria da Porcelana25/02/2003A cermica e a terracota so base dos utenslios domsticos desde o incio da histria da humanidade. No se sabe precisamente quando surgiram as primeiras peas de porcelana. Entretanto, no se discute que sua origem chinesa. Foi na China, durante a dinastia Han (206 a.C.-220 d.C.), que a massa da porcelana surgiu. Caracterizava-se pela sua brancura, translucidez e dureza. Essa massa era composta basicamente de feldspato e caulim. Desde ento, foi utilizada para fazer inmeros objetos utilitrios e decorativos. No final do sculo XIII, Marco Polo retornou Europa de uma das suas expedies trazendo algumas peas do ouro branco, como ficou conhecida a porcelana na poca. A partir desse momento, em vrios pontos da Europa, iniciou-se a tentativa de reproduo da massa. A principal causa do insucesso inicial foi a ausncia do caulim - necessrio em sua composio - nas argilas europias. Somente no sculo XVIII os artesos europeus tiveram sucesso na fabricao de sua primeira pea. Em Meissen, surgiu em escavaes uma argila branca (com alto teor de caulim). Esta substituiu uma anterior de cor vermelha. Devido esperteza de Hroldt (1731) e matria prima de qualidade, a manufatura de Meissen se expandiu e ganhou importncia como centro da porcelana na Europa. Contemporaneamente em outros pontos da Europa, como na Itlia e na Frana, surgiram manufaturas de porcelana. Entretanto a massa produzida em Meissen continuou sendo a mais branca, graas ao caulim existente naquela regio. A porcelana passou ento a ser muito apreciada, perdurando como arte at os dias de hoje, especialmente pelas inmeras possibilidades de pintura e riqussimas criaes que permite. um meio onde cada artista imprime suas caractersticas, sua criatividade e os traos do meio em que vive.

Conhea porcelana da China2006-12-08 19:04:15 cri

A pedido do nosso estimado ouvinte Alberto Hindeburgo Fetter, vamos hoje falar sobre a porcelana da China. Existem na China oito variedades de porcelana, divididas conforme a maneira de seu fabrico em diferentes fornos, isto , as porcelanas Ru, Guan, Geyao, Ding, Jun, Jingdezhen, Yaozhou e Cizhou. Hoje apresentaremos dois tipos de porcelana mais famosas da China: a porcelana Ru e a porcelana Jun. A porcelana chinesa tem uma longa tradio, e, na dinastia Song (906 - 1297), atingiu sua poca de ouro. Naquela altura, a porcelana era j um artigo importante de exportao da China para o exterior, e, hoje, nalguns pases europeus, asiticos e africanos, ainda se conservam inmeros objetos de porcelana dessa poca. Na dinastia Song existiam cinco famosos fornos de porcelana, nas provncias de Henan, Hebei e Zhejiang, entre os quais, o de Ruyao era o primeiro e o melhor. Nos ltimos cinqenta anos, os arquelogos procuraram localizar a sua posio exata, mas, sem sucesso, at que, em Outubro de 1987, conseguiram descobrir as runas deste forno, no distrito, de Baofeng, provncia de Henan. Foi, para o estudo da histria da porcelana da China, uma descoberta de inqualificvel valor. As runas do forno Ruyao localizam-se na aldeia Qingliangsi, do distrito de Baofeng. Os arquelogos recolheram, em escavaes experimentais, numa superfcie de apenas duzentos metros quadrados, grande quantidade de dados. Descobriram tambm uma oficina de trabalho de 5,4 metros de comprimento por 3,4 metros de largura, dois fornos de porcelana de baixa temperatura, de configurao redonda, e 37 preciosas peas de fina porcelana, das destinadas ao uso exclusivo de imperador. Uma jarra particularmente, de cor azul e vermelha, fez admirar os arquelogos, que a consideram, pela sua forma, rara na dinastia Song. A aldeia Qingliangsi possui matrias-primas abundantes para o fabrico de porcelana, como a gata, argila e quartzo. Os arquelogos descobriram runas da mina de gata em Heilaogua, a meio quilmetro a sudeste da aldeia Qingliangs, e ali constaram existir gata vermelha, amarela, preta e branca. Originalmente, o forno Ruyao produzia s porcelana de uso dirio para o povo, mas, mais tarde, em 1107, fio controlado pelas autoridades locais e comeou a produzir porcelana destinada corte, posteriormente, tornandose num forno especial que cozia apenas para o palcio imperial. Os materiais usados no revestimento interior da porcelana eram finos, de cor branca.

O esmalte era misturado com gata, apresentando cores do preto avermelhado, ao azul e preto-rosa. Como os solos contm tambm bronze, a superfcie da pea apresentava um tom avermelhado luz do sol, importante marca da porcelana do forno Ruyao. Devido bonita superfcie e a serem utilizadas s pelo imperador, as peas de porcelana do forno Ruyao eram raramente procuradas, em comparao com as peas dos outros famosos fornos da dinastia Song. Atualmente, no mundo, s existem 70 desenhos diferentes, de peas deste forno Ruyao, respetivamente em Beijing, Shanghai, Taiwan, Inglaterra e Estados Unidos. Estas escavaes das runas de Ruyao puseram a descoberto apenas uma pequena parte dos fornos, a maior parte ainda se encontra por desenterrar. O trabalho ser, no entanto, em breve concludo, e os segredos de Ruyao patenteados ao mundo. Vamos a seguir falar um pouco sobre a porcelana Jun. A tcnica do fabrico e cozimento da porcelana Jun da dinastia Song perdeu-se havia j mais de 800 anos, antes da sua recuperao no incio da dcada de 60 do sculo XX. A porcelana Jun, que foi declarada presente nacional da China, exporta-se hoje em dia para muitos pases do mundo. A vila de Shengou do distrito de Yuxian, da provncia do Henan, comeou a produo da porcelana Jun a partir da dinastia Song (906 - 1297). Caracterizada pela modstia, raridade e serenidade, a cermica, objeto decorativo, fabricava-se imitando objetos em bronze. Na porcelana Jun destaca-se o vermelho e violeta entre o amarelo, castanho, verde, azul e azul-verde. A cor vermelha inclui o vermelho-chama, vermelho-sangue-de-galo, vermelho-rosa, vermelho-ma, vermelho-cinbrio e vermelho-feijo; o violeta, tem as variantes violeta-uva, violeta-rosa, violeta-beringela, etc. H, no total, cerca de cinco mil cores diferentes. Consta que, na dinastia Song, havia uma mulher que vivia de cozer louas. Ofereceu um faustoso copo de vinho ao imperador que ficou contente e a mandou fabricar-lhe outro igual. Tentou vrias vezes e falhou. Por fim, lanou-se no forno quando o prazo estava prximo. Aps a sua morte, foi realmente encontrada no forno uma pea linda, provavelmente devido aos ornamentos de metal que ela usava, segundo se analisou posteriormente. Da veio a tcnica de combinao de esmalte e cobre oxidado no fabrico da cermica Jun. Esta inveno chamase "transformaes no forno" que so to misteriosas que cada pea igualmente esmaltada tem cor diferente quando sai do mesmo forno. Mesmo os ceramistas experientes no tm certeza da cor que vo ter as suas peas aps cozidas. impossvel encontrar duas peas com a mesma cor. Algumas peas transparentes e vivas, do a sensao de jade; outras de multi-camadas, mostram cores diferentes sob raios variados. Se h marcas de estrela e fio no esmalte da pea, so consideradas as melhores. Estas marcas ou traos so claros a olho nu e bastante suaves ao toque. As melhores marcas assemelham-se a aves. So mais estranhos os montes, guas, quiosques, pavilhes, cascatas, mares de nuvens e vales no esmalte das peas "transformadas no forno", por essa razo, nenhum colecionador quer perder a oportunidade de obter uma pea da porcelana Jun. Um ditado chins disse: "Uma propriedade de dez mil yuans no vale mais do que uma pea de porcelana Jun". Isto demonstra o valor desta cermica. Existem dois motivos para isto; a escassez, "o que falta caro" e a dificuldade em fabricar e cozer peas deste tipo. A porcelana Jun que surgiu na dinastia Tang (618 - 907) e atingiu o seu auge na dinastia Song, tem uma histria de cerca de mil anos. Entretanto, a porcelana Jun era reservada ao uso imperial. plebe era proibido guard-la. Aps a morte do imperador Huizong da dinastia Song que patrocinava a porcelana Jun, o fabrico da cermica Jun foi interrompido e a tcnica desapareceu com o tempo. Na dinastia Yuan (1279 - 1368) e na dinastia Ming

(1368 - 1644) j no havia possibilidade de reproduzi-la, o que fez com que o preo da porcelana Jun subisse gradualmente. A partir de 1955, departamentos de pesquisa organizaram velhos ceramistas para realizar investigao e mais de cem experimentaes. Sete anos depois, redescobriu-se a tcnica de produo da porcelana Jun. Mas, o cozimento das peas continuou a ser um grave problema. A tcnica-chave, "transformaes no forno" relacionase com o material, combustvel, esmalte, temperatura e posio do forno e estaes. Atravs dos longos esforos, podem-se produzir hoje mais de mil variedades da porcelana Jun. Produziram-se algumas obras de arte que se viam raramente antes, que mantm o estilo tradicional da cermica Jun da dinastia Song, em matria de formas, materiais e esmalte, na opinio dos peritos no assunto.

O que a porcelana?porcelana um produto branco, impermevel e translcido. Ela se distingue de outros produtos cermicos, especialmente, da faiana e da loua, pela sua vitrificao, transparncia, resistncia, completa iseno de porosidade e sonoridade. A porcelana conhecida na China pelo nome de yao e sua origem remota; embora as peas mais antigas de que temos noticia correspondam ao sculo VI d.C., e provvel que ela date do quarto milnio antes de Cristo. O equivalente europeu ao yao, portanto a autntica porcelana, a denominada massa dura, composta por uma substncia argilosa chamada caulim, por outra substncia feldsptica conhecida como pntus, bem como por quartzo e alabastro. Todas estas substncias devem ser pulverizadas e misturadas com gua para formar uma papa densa e leitosa que, ao ser levada ao forno e submetida temperaturas que oscilam entre 1.250 C e 1.350 C, transforma-se em uma massa vtrea, dura, densa, branca , impermevel e translcida que ressoa ao ser tocada; ou seja, naquilo que conhecemos como porcelana. Embora desde os primeiros anos do sculo XX se usasse um torno eltrico para trabalhar a massa j vitrificada de figuras de porcelana, as peas eram normalmente feitas com moldes. Neste mtodo, a massa ainda fria de porcelana derramada em um molde, em geral de gesso, de maneira que adira s faces interiores do mesmo. Feito isto, deixa-se secar durante algum tempo ao relento ou em lugar adequado, para que o gesso do molde absorva parte da umidade da massa.

Porcelana ou Porcelanas?As primeiras peas de porcelana que chagaram Europa causaram assombro devido, fundamentalmente, a duas propriedades inexistentes na cermica at ento conhecida: a translucidez e o som por ela produzido ao serem tocadas. Isto fez que ambas caractersticas se associassem ao termo porcelana, de modo que posteriormente, qualquer material cermico que possusse uma ou ambas caractersticas era erroneamente qualificado como porcelana. O mesmo acontece, por exemplo, com a chamada massa mole e com o grs. A massa mole, foi fabricada pela primeira vez em Florena, por volta de 1575 e com ela foram produzidas as porcelanas conhecidas como Porcelana dos Mdicis. Fazem parte de sua composio ps de vidro, alabastro, cal, mrmore, esteatita e outros tipos de argilas locais que determinam e diferenciam os vrios centros produtores. Assim, em Capodimonte usava-se terra de Frascaldo; em Mennecy, a chamada massa de Barbin e, nas fbricas inglesas, cinzas de ossos queimados que do massa um caracterstico tom acinzentado. Porm, estes elementos sempre se fundem a uma temperatura mxima de 1.100 oC e a impermeabilizao da pea feita por uma camada de vernizes de chumbo que nunca se misturam com a massa. As cores empregadas na decorao devem ser frias e o azul deve ser sempre celeste. O grs surgiu pela

primeira vez na China durante a dinastia Shang (sculo VI d.C.) e sua semelhana com a porcelana to grande que, assim como ela, tambm chamado de yao. Na Europa, o grs foi descoberto de modo acidental, sem se conhecer a sua existncia na China, no sculo XII, na regio da Renania e, a partir do sculo XIV, passou a ser fabricado em quase toda a Europa Central e Inglaterra. Na verdade, a primeira porcelana feita em Meissen, no sculo XVIII era grs, pois sua massa fora submetida a uma temperatura mais baixa que a necessria para a fabricao da autntica porcelana. Diferente da porcelana, o grs no branco, mas apresenta tonalidades cinzas ou avermelhadas e , alm disso, tampouco translcido ou poroso. Sua massa feita com feldspato e argila e queimada a uma temperatura de cerca de 1200C, suficiente para vitrificar a pedra mas no a argila. Para impermeabilizar a pea necessrio cobri-la com um verniz feldsptico.

Caractersticas e produo de porcelanaA porcelana um produto branco impermevel e translcido. Ela se distingue de outros produtos cermicos, especialmente, da faiana e da loua, pela sua vitrificao, transparncia, resistncia, completa iseno de porosidade e sonoridade. Basicamente as matrias primas da porcelana so: argila, quartzo, caulim (caulim um minrio composto de silicatos hidratados de alumnio, como a caulinita e a haloisita, e apresenta caractersticas especiais que permitem sua utilizao no fabrico de papel, cermica, tintas, etc.) e feldspato. Estes materiais so encontrados em minas, cuidadosamente lavados e purificados. O processo de fabricao da porcelana divide-se em 5 etapas: - Modelagem a criao de um molde de gesso, para tornear uma pea. - Massa rea estritamente tcnica. Funciona sob superviso direta de laboratrio. Composio da Massa: Argila - 10% Caulim - 40% Feldspato - 25% Quartzo 25%

Existem dois tipos de massa:Pastosa a massa utilizada em peas modeladas em torno. Depois de misturada, a massa peneirada, em seguida colocada em filtroprensas (equipamento de filtragem da gua sob presso), que tem por finalidade retirar o excesso de gua deixando aproximadamente 25% de umidade. A massa prensada retirada e acondicionada em depsitos de envelhecimento, para sua conservao at a etapa subseqente de vcuo, que transforma a massa em uma mistura homognea e sem ar. Neste momento, atinge maior grau de plasticidade, podendo ser torneada.

Lquida Trata-se da mesma massa, porm diluda. Contm aproximadamente 30% de gua. Tambm chamada de barbotina. Usada na fabricao das peas para as quais se usa um molde. O molde preenchido com a massa lquida, e depois de um breve tempo de secagem parcial, aberto para a retirada da pea de seu interior. Fabricao Peas modeladas a torno: redonda Modelagem automtica Responsvel por 90% deste processo, sendo utilizado para produzir pratos, pires, xcaras, tigelas e saladeiras pequenas. Modelagem manual Para as peas de maior dimenso, como: saladeiras grandes, prato de arroz e prato de bolo. Peas moldadas a lquido: ocas, ovais e retangulares. Este processo tambm chamado de colagem. Consiste em encher formas de gesso com a massa lquida. Aps decorrido o tempo necessrio para formao das paredes na espessura desejada (absoro da gua pelo gesso), o excesso de massa despejado. Os cabos e alas passam pelo mesmo processo e so colados manualmente. As peas obtidas por colagem so: bules, leiteiras, cafeteiras, sopeiras, manteigueiras, aucareiros, travessas, etc. Aps a secagem todas as peas so esponjadas para corrigir eventuais imperfeies. Queima Depois de secas as peas sofrem a primeira queima, denominada biscoito, a 900 C, cujo objetivo dar s peas resistncias e porosidade para a perfeita absoro do verniz. Nesta etapa as peas adquirem um tom rosado. O verniz composto pelos mesmos materiais da massa, em quantidades diferentes. Atravs de um processo manual de imerso, o verniz adere superfcie da pea, formando uma pelcula de cobertura. Aps a aplicao do verniz ocorre uma segunda queima, que realizada a uma temperatura que varia entre 1300 C a 1350 C. Nesta fase a massa torna-se completamente compacta, totalmente sem porosidade, adquirindo cor branca e vitrificada (fuso do verniz sobre a massa). Esta segunda queima dura em mdia 31 horas, podendo chegar at 89 horas, dependendo da extenso do forno utilizado. As peas j prontas so encaminhadas para o setor de classificao, que controla a qualidade do produto, que ento lixado e pronto para ser decorado. Tipos de Queima O processo de aplicao do decalque na porcelana pode ter dois tipos de queima: uma chamada "sobre esmalte", onde a pea levada ao forno numa temperatura de aproximadamente 800 C.

O outro tipo, que uma tecnologia chamada "fogo forte", ou seja, a pea queimada a uma temperatura de aproximadamente 1200 C, sendo que com este tipo de queima o decalque se funde com o esmalte que a porcelana tem na superfcie, garantindo que a decorao nunca sofra desgaste. Decorao A decorao da porcelana feita de diversas formas: com o uso de pintura mo livre, uso de estanhola (molde vazado), a aplicao de decalque, transfer e a de filetes (ou listel). Algumas peas recebem mais de um processo durante sua decorao. Como o processo de decorao feito com pintura manual demanda muitos artesos qualificados, e maior tempo de execuo, no mais praticado em larga escala, exceto por algumas poucas fbricas, que tem na decorao manual o seu diferencial. A estanhola nada mais que um molde vazado, que serve de mscara para a aplicao da tinta mo, com uso de pincel ou aergrafo. O decalque um adesivo impresso em grficas, em um papel adesivo especial, que removidos do suporte quando mergulhado em gua, e ento aplicado na peas de porcelana. Aps ser colocado na posio correta, passa-se uma borracha para alis-lo e fix-lo. Na queima final da pea de porcelana, o papel adesivo carbonizado, restando apenas a tinta impressa no decalque, que se funde ao verniz da porcelana. O transfer um processo similar ao decalque, pois tambm uma imagem impressa sobre um papel (ou tecido, forma mais antiga de aplicao de transfer). Mas enquanto o decalque aplicado aps a vitrificao da porcelana, o transfer aplicado antes, desta forma ficando por baixo do verniz final ("baixo verniz"), e sendo mais resistente ao desgaste. Geralmente monocromtico, e a forma tradicional de decorao das peas "azul e branco", e todas as decoraes que costumam recobrir em larga escala uma pea, como cenas inglesas, padres florais, etc. Os filetes so aplicados com dois tipos de pincis: a trincha (pincel largo e sem ponta) e o pincel fino (de ponta fina e delicada). As peas so colocadas em um torno para que possam girar livremente, assim a mo do filetador pode ficar apoiada e fixa evitando falhas no filete. Aps a decorao, as peas passam pelo controle de qualidade e a seguir sofrem a segunda queima para fixao da decorao. Atualmente em algumas decoraes e filete j est no decalque (adesivo), reduzindo assim o processo em apenas uma queima. Aps as queimas a porcelana lixada para retirar algum resduo do decalque. Aps esta operao a mercadoria j pode ser embalada e comercializada.

Invenes e Tecnologia

Cermica e Porcelana Os ceramistas chineses comearam a fabricar porcelana, uma forma altamente refinada de

cermica, durante as Dinastias Yin e Shang. Enquanto os mtodos anteriores eram primitivos, a fabricao avanada de porcelana se tornou possvel com o desenvolvimento de fornos especiais, capazes de queimar o caulim, um tipo de argila branca, a temperaturas muito altas, por volta de 1.200 graus centgrados, para obter um material duro e no-poroso. A primeira porcelana verdadeira foi produzida durante a Dinastia Tang, quando os ceramistas chineses aprenderam a controlar a quantidade de ferro, o que reduzia a interferncia de cor e garantia a alvura das peas. A tcnica atingiu seu auge durante a Dinastia Ming, e a porcelana de alta qualidade, a famosa porcelana chinesa, foi exportada para o Japo ea Europa. Nessa poca, os ceramistas chineses produziam porcelana a partir do caulim, e usavam uma pedra de feldspato chamada petuntse, em um processo que conferia s peas uma aparncia translcida, parecida com o vidro.

Curiosidades Na China, onde a porcelana se originou, ela conhecida por sua fragilidade; no ocidente, ofator de diferenciao sua transparncia, que pode ser percebida quando colocada sob a luz.

A porcelana, no ocidente, deve seu nome aos italianos, que a batizaram de porcellana,devido sua semelhana com a textura branca e lisa de uma concha conhecida como porcella ("porquinha";obs do autor do site: este concha conhecida no Brasil como "bzio"), numa analogia da forma da concha com o rgo sexual da porca. No famoso relato de Marco Plo, do incio do sc. XIV, o termo "porcellana" aparece usado tanto para a loua, quanto para o molusco.

Os alemes, aps a Primeira Guerra Mundial, emitiram peas de porcelana como moedas,devido a falta de metais.

As Matrias Primas Cermicaspor Jos Francisco Marciano Motta, Antenor Zanardo e Marsis Cabral JuniorRevista Cermica Industrial, 6 (2), Maro/Abril, 2001

Os grupos cermicos podem ser classificados com base no emprego dos seus produtos, natureza de seus constituintes, caractersticas texturais do biscoito (massa base), alm de outras caractersticas cermicas ou tcnico-econmicas. (...) Este setor grande consumidor de matrias-primas minerais e a grande maioria das unidades fabris, bem como as mineraes, concentram-se geograficamente nas regies nas regies Sul e Sudeste. (...) Cermica branca A expresso cermica branca proveniente do fato de que, no passado, devido transparncia dos vidrados, procurava-se produzir corpos brancos e isentos de manchas. Posteriormente, com o advento dos vidrados opacos, essa exigncia deixou de existir. O setor de cermica branca agrupa uma grande variedade de produtos, tais como louas e porcelanas (utilitrias e decorativas), sanitrios e porcelana tcnica, que se diferenciam, entre outros fatores, pela temperatura de queima e pela composio da massa, notadamente o tipo de fundente. A massa do tipo composta, constitudas de argilas plsticas de queima branca, caulins, quartzo e fundentes (feldspato, filito, rochas feldspticas, carbonatos). Uma classificao usual da cermica branca baseia-se no teor em peso da gua absorvida pelo corpo cermico: denomina-se porcelana quando a absoro zero (pode-se admitir at 0,5%);grs so designados os materiais com baixssima absoro (geralmente entre 0,5% e 3%); e loua (ou faiana, mailica, p-de-pedra) refere-se os corpos mais porosos (geralmente superior a 3%). Em sntese bibliogrfica sobre a indstria cermica, dentro da srie de manual de conhecimentos, a cermica branca agrupada em trs principais subsetores, apesar da profuso de termos e expresses para designar os seus produtos: porcelana, grs e faiana. Entretanto, esta classificao no apresentada com preciso quantitativa quanto s suas caractersticas, sobretudo ao limite da absoro dgua. As PORCELANAS so fabricadas com massas constitudas a partir de argilominerais (argila plstica e caulim), quartzo e feldspato bastante puros, que so queimados a temperaturas superiores a 1250 C. Os produtos apresentam porosidade prxima a zero e compreendem a porcelana domstica e de hotelaria (pratos, xcaras, jogos de ch etc.); porcelana eltrica (isoladores e peas para componentes eletroeletrnicos); e porcelana tcnica, que apresentam elevada resistncia fsica ou ao ataque qumico. O GRS feito a partir de matrias-primas menos puras, podendo incluir rochas cermicas como granito, pegmatito e filito como fundentes, ao invs de feldspato puro. Os produtos so queimados por volta de 1250 C e apresentam absoro de gua reduzida (geralmente entre 0,5% e 3%). Os principais produtos so os artigos sanitrios, tambm denominados de louas sanitrias, que inclui as diversas peas de lavatrio e higiene. Os produtos FAIANA so compostos de massas semelhantes ao grs, mas usualmente podem incorporar, diferentemente da composio do grs, fundentes carbonticos, portadores dos minerais

calcita e dolomita. As peas so fabricadas a temperaturas inferiores a 1250 C e caracterizam- se pela maior porosidade (> 3%) e menor resistncia do que as porcelanas e o grs. Seus produtos incluem aparelhos de jantar, aparelhos de ch, xcaras e canecas, peas decorativas, etc.

34.1-PORCELANA JAPONESA e CHINESA

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(CHINESA)

(CHINESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(CHINESA)

(CHINESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(JAPONESA)

(CHINESA)

(JAPONESA)

Casa na China exibe 400 milhes de porcelanasUm casaro secular, localizado em Tianjin (80 quilmetros a sudeste de Pequim), foi decorado com 400 milhes de peas de porcelana - resultado da coleo de 20 anos do empresrio chins

Zhang Lianzhi.

O empresrio Zhang Lianzhi investiu US$ 65 milhes em sua casa, que chama ateno das pessoas por suas paredes e detalhes que receberam mais de 10 mil vasos, 5 mil tigelas, 300 lees de pedra, 300 esttuas budistas e mais de 20 toneladas de cristais naturais A China House, como conhecida a casa de porcelana, tem cinco andares repletos de mveis antigos e foi aberta visitao pblica O muro externo coberto por trs mil vasos e cristais que preenchem os espaos entre as peas

Em volta e sobre a casa, repousam mais de 700 metros de um excntrico drago voador, que com seu corpo escreve a palavra "China"

Na porta da casa, uma cabea de Buda, cercada por pedaos de porcelanas, d as boas-vindas aos visitantes

Parapeitos, portas e teto so cobertos por cacos de porcelana fabricada entre as dinastias Tang (618-907) e Qing (1644-1911)

Detalhe do teto revestido pela porcelana

Parte interior da casa mostra teto e escadaria decorados