Portaria 471- 2010

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  • 7/23/2019 Portaria 471- 2010

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    2508 Dirio da Repblica, 1. srie N. 131 8 de Julho de 2010

    MINISTRIO DA JUSTIA

    Portaria n. 471/2010

    de 8 de Julho

    Aps cerca de um ano e meio de vigncia do processoelectrnico em processos de natureza cvel ou similar v-rios foram os contributos recebidos para ajudar a melhoraro sistema.

    Todos os que envolviam uma componente operacionalforam incorporados na prpria aplicao informtica aolongo do ano de 2009, permitindo um aumento gradualda usabilidade do sistema para nveis considerados in-ternacionalmente, pela CEPEJ (Comisso Europeia paraEficcia da Justia, do Conselho da Europa) e pela ME-DEL (Magistrats Europens pour la Dmocratie et lesLiberts), como padres de qualidade muito elevadoscolocando Portugal, nesta matria, no topo do rankingdos pases europeus.

    Contudo, outras sugestes meritrias no foram efectua-das de uma forma to rpida por implicarem procedimentoscontratuais cuja tramitao legal est sujeita a prazos maisdemorados. Por exemplo, s agora foi possvel promoveros procedimentos contratuais tendo em vista a evoluo,de forma muito significativa, da capacidade da Rede deComunicaes da Justia nas cerca de 77 comarcas menos

    bem servidas, consolidando, assim, a infra-estrutura bsicaessencial em todos os pontos do Pas.

    S agora foi adjudicado o contrato para a evoluoda aplicao informtica do CITIUS Plus permitindo,assim, a breve prazo, e com todas as medidas adequadas,disponibilizar a gravao das audincias de julgamentoquando o sistema informtico no est em funciona-

    mento.E tambm s agora estamos em condies de promo-

    ver uma verdadeira integrao dos representantes dosutilizadores no processo de acompanhamento do desen-volvimento desta nova verso da aplicao informtica,como alis j foi determinado por despacho do Ministroda Justia.

    Contudo, e sem comprometer o essencial do elevadonvel de servio que tem sido prestado pela grande maio-ria dos tribunais e que deriva da realizao de todos osactos na aplicao informtica, decide-se adequar, de umaforma cirrgica, a norma prtica que tem sido seguidanum nmero significativo de tribunais, estabelecendo

    que compete a cada juiz definir o que entende deverser impresso, possibilitando que, a partir da entrada emvigor da presente portaria, se minimizem as dificuldadesde manuseamento de dois suportes distintos, ambos in-completos do que se considere essencial para a decisoefectiva do pleito.

    Aproveita-se, igualmente, para clarificar o mbito deaplicao da Portaria n. 114/2008, de 6 de Fevereiro,face s questes suscitadas em vrios pareceres, quer doConselho Superior da Magistratura, quer da Procuradoria--Geral da Repblica, quer da Associao Sindical dosJuzes Portugueses.

    Em primeiro lugar, esclarece-se a articulao entre on. 7 do artigo 810. do Cdigo de Processo Civil e a suaregulamentao constante de vrias normas da presenteportaria.

    Em segundo lugar, clarifica-se o mbito de aplicao donovo mdulo CITIUS de entrega de peas processuais por

    parte do Ministrio Pblico, mantendo-se o perodo expe-

    rimental previsto no artigo 6. da Portaria n. 1538/2008,de 30 de Dezembro.

    Por fim, fruto do dilogo profcuo com o ConselhoSuperior da Magistratura e de modo a evitar algumas difi-culdades interpretativas reportadas, esclarecem-se questesrelacionadas com os procedimentos a cumprir no mbito

    da distribuio automtica de processos, clarificando quemfaz, como faz e quais as consequncias da recusa das pe-ties e requerimentos em juzo.

    Foram ouvidos o Conselho Superior da Magistratura,o Conselho Superior do Ministrio Pblico e o Conselhodos Oficiais de Justia.

    Assim:Ao abrigo do disposto nos artigos 138.-A e 213. do

    Cdigo de Processo Civil, manda o Governo, pelo Ministroda Justia, o seguinte:

    Artigo 1.

    Alterao Portaria n. 114/2008, de 6 de Fevereiro

    Os artigos 2., 4. e 23. da Portaria n. 114/2008, de6 de Fevereiro, com a redaco resultante das Portariasn.os457/2008, de 20 de Junho, 1538/2008, de 30 de Dezem-bro, e 195-A/2010, de 8 de Abril, passam a ter a seguinteredaco:

    Artigo 2.

    [...]

    O disposto na presente portaria aplica-se tramitaoelectrnica:

    a) Das aces declarativas cveis, procedimentos cau-telares e notificaes judiciais avulsas, com excepo

    dos processos de promoo e proteco das crianas ejovens em perigo e dos pedidos de indemnizao civil oudos processos de execuo de natureza cvel deduzidosno mbito de um processo penal;

    b) Das aces executivas cveis e de todos os inci-dentes que corram por apenso execuo, tendo emconsiderao que s deve haver lugar autuao doprocesso executivo, com a impresso dos documentosconsiderados essenciais nos termos do artigo 23., apsa recepo, pelo tribunal, de um requerimento ou infor-mao que suscite a interveno do juiz;

    c) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    Artigo 4.[...]

    1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .2 O acesso ao sistema informtico referido no

    nmero anterior por advogados, advogados estagiriose solicitadores requer o seu registo junto da entidaderesponsvel pela gesto dos acessos ao sistema infor-mtico.

    3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .4 O sistema informtico CITIUS disponibiliza

    um mdulo especfico para magistrados do MinistrioPblico que possibilita a entrega de peas processuais

    que se aplica, com as necessrias adaptaes, a todos osprocessos referidos no artigo 2., excepto os processosde natureza cvel que corram por apenso a processosde promoo e proteco das crianas e jovens em pe-rigo.

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    Dirio da Repblica, 1. srie N. 131 8 de Julho de 2010 2509

    Artigo 23.

    [...]

    1 Quando sejam produzidos, enviados ou recebi-dos atravs do sistema informtico CITIUS, as peas,autos e termos do processo que no sejam relevantes

    para a deciso material da causa no devem constar doprocesso em suporte fsico, estando disponveis paraconsulta nos termos do artigo anterior.

    2 O juiz define, para efeitos do nmero anterior,quais as peas, autos e termos do processo que consideracomo no sendo relevantes para a deciso material dacausa, devendo ter em considerao, designadamente:

    a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .b) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .c) Aceitao da designao do agente de execuo

    para efectuar a citao;d) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .e) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

    f) Actos prprios, comunicaes ou notificaes doagente de execuo.

    Artigo 2.

    Aditamento Portaria n. 114/2008, de 6 de Fevereiro

    aditado Portaria n. 114/2008, de 6 de Fevereiro, oartigo 15.-A com a seguinte redaco:

    Artigo 15.-A

    Tramitao da recusa de actos processuais electrnicos

    1 Tendo sido efectuada a distribuio automtica

    e electrnica ou tendo sido os actos processuais apre-sentados por transmisso electrnica de dados, deve aseco de processo verificar os factos constantes dasalneasf) eh) do artigo 474. do Cdigo de ProcessoCivil.

    2 Havendo fundamento para a recusa deve a sec-o de processo efectuar a notificao da mesma porvia electrnica.

    3 Sem prejuzo do benefcio concedido ao au-tor nos termos do artigo 476. do Cdigo do ProcessoCivil, desentranha-se o acto processual decorrido queseja o prazo para reclamao da recusa, ou, havendoreclamao, aps o trnsito em julgado da deciso queconfirme o no recebimento.

    4 Nos casos em que se desentranhe um acto quetenha sido sujeito a distribuio esta anulada imedia-tamente aps o desentranhamento.

    Pelo Ministro da Justia,Jos Manuel Santos de Maga-lhes,Secretrio de Estado da Justia e da ModernizaoJudiciria, em 1 de Julho de 2010.

    MINISTRIO DA AGRICULTURA, DO DESENVOLVIMENTORURAL E DAS PESCAS

    Portaria n. 472/2010

    de 8 de Julho

    Pela Portaria n. 187/2004, de 25 de Fevereiro, foi criada

    a zona de caa municipal de Valpaos, Fries, Sanfins e

    Santiago da Ribeira de Alhariz (processo n. 3551-AFN),situada no municpio de Valpaos, com a rea de 6448 ha,vlida at 1 de Maro de 2010, e transferida a sua gesto

    para a Associao de Caadores de Valpaos que entretantorequereu a sua renovao.

    Cumpridos os preceitos legais e com fundamento no

    disposto no artigo 21., em conjugao com o estipuladona alneaa) do artigo 18., do Decreto-Lei n. 202/2004,de 18 de Agosto, com a redaco que lhe foi conferida peloDecreto-Lei n. 201/2005, de 24 de Novembro, e com aalterao do Decreto-Lei n. 9/2009, de 9 de Janeiro, con-sultado o Conselho Cinegtico Municipal de Valpaos, deacordo com a alnead) do artigo 158. do mesmo diploma,e no uso das competncias delegadas pelo Ministro daAgricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas pelodespacho n. 78/2010, de 5 de Janeiro, manda o Governo,

    pelo Secretrio de Estado das Florestas e DesenvolvimentoRural, o seguinte:

    Artigo 1.

    Renovao

    renovada a transferncia de gesto da zona de caamunicipal de Valpaos, Fries, Sanfins e Santiago da Ri-

    beira de Alhariz (processo n. 3551-AFN), por um perodode seis anos, constituda pelos terrenos cinegticos cujoslimites constam da planta anexa presente portaria e quedela faz parte integrante, sitos nas freguesias de Algeriz,Erves, Fries, Sanfins, Santiago da Ribeira de Alhariz,Valpaos, Vilarandelo e Vassal, todas do municpio deValpaos, com a rea de 6404 ha.

    Artigo 2.

    Produo de efeitos

    Esta portaria produz efeitos a partir do dia 2 de Marode 2010.

    O Secretrio de Estado das Florestas e DesenvolvimentoRural,Rui Pedro de Sousa Barreiro,em 18 de Junho de2010.