Portaria DNPM 374 2009

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Informaes da LegislaoPortaria N 374, de 08/10/2009, DOU de 07/10/2009 PORTARIA N 374, DE 1 OUTUBRO DE 2009, DOU de 07/10/2009 que aprova a Norma Tcnica que dispe sobre as Especificaes Tcnicas para o Aproveitamento de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa, Situao: Em vigor

MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL

PORTARIA N 374, DE 1 OUTUBRO DE 2009

DOU de 07/10/2009

Aprova a Norma Tcnica que dispe sobre as Especificaes Tcnicas para o Aproveitamento de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa, destinadas ao envase, ou como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou ainda destinada para fins balnerios, em todo o territrio nacional, revoga a Portaria n 222 de 28 de julho de 1997, publicada no D.O.U. de 08 de agosto de 1997 e d outras providncias.

O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL - DNPM, no uso das atribuies que lhe confere o art. 17 do Regimento Interno do DNPM, aprovado pela Portaria MME n 385, de 13 de agosto de 2003, e considerando a necessidade de disciplinar e uniformizar os procedimentos a serem observados na outorga e fiscalizao das concesses para aproveitamento de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa, destinadas ao envase, ou como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou ainda destinada para fins balnerios, em todo o territrio nacional,

RESOLVE:

Art. 1 Fica aprovada a Norma Tcnica n 001/2009, que dispe sobre as Especificaes Tcnicas para o Aproveitamento de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa, destinadas ao envase, ou como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou ainda destinada para fins balnerios, em todo o territrio nacional, na forma do Anexo a esta Portaria. Art. 2 Os titulares de concesses de lavra e manifesto de mina de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa, destinadas ao envase, ou como ingrediente para o preparo de bebidas em geral tero o prazo de 01 (um) ano para se adequar ao disposto nesta Portaria, a contar da sua publicao. Art. 3 A Comisso Permanente de Crenologia propor ao DNPM, que publicar no D.O.U., no prazo de 90 (noventa) dias, o Roteiro Tcnico para elaborao do Projeto de Caracterizao Crenoterpica a que se refere o item 5.4.4. da Norma Tcnica instituda por esta portaria. 1. Os titulares de concesso de lavra ou manifesto de mina de gua mineral ou termal para fins balnerios ou que j tenham apresentado o requerimento de concesso de lavra, devero, no prazo de 180 (cento e oitenta dias), a contar da publicao referida no caput, apresentar em complementao ao Plano de Aproveitamento Econmico, o Projeto de Caracterizao Crenoterpica. 2. No prazo de um ano, a contar da publicao do Roteiro Tcnico, independentemente da manifestao da Comisso Permanente de Crenologia, o tilular de concesso de lavra

ou de manifesto de mina de gua mineral ou termal para fins balnerios dever adotar as medidas propostas no referido documento apresentado. 3. A Comisso Permanente de Crenologia poder recomendar ao DNPM a aprovao do novo PAE, com o aditivo do Projeto de Caracterizao Crenoterpica ou propor a formulao de exigncias ao titular do direito minerrio, para a perfeita adequao e aprovao, sob pena das sanes previstas na legislao. Art. 4 Fica revogada a Portaria n 222, de 28 de julho de 1997, publicada no D.O.U. de 08 de agosto de 1997. Art. 5 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao.

MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY

ANEXO

NORMA TCNICA 001/2009

ESPECIFICAES TCNICAS PARA O APROVEITAMENTO DAS GUAS MINERAIS E POTVEIS DE MESA

1. OBJETIVO: Tendo em vista a necessidade de atualizao e aperfeioamento das especificaes tcnicas para o aproveitamento das guas minerais e potveis de mesa destinadas ao envase, como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou para fins de balneoterapia, ficam estabelecidas as normas e os procedimentos a serem adotados na outorga e fiscalizao. Tais modificaes esto embasadas na prpria evoluo do segmento das guas minerais e potveis de mesa e pela prtica da aplicao deste instrumento infra-legal.

2. DOCUMENTAO A SER OBSERVADA Na aplicao desta Norma Tcnica necessrio observar: *Cdigo de guas Minerais - Decreto-Lei n 7.841 de 08 de agosto de 1945. * Cdigo de * Lei n 6.726 de 21 de novembro de 1979. Minerao Decreto-Lei n 227 de 1967

* Portaria do DNPM n 231 de 31 de julho de 1998 *NBR 12212-2006, NBR 12244-2006, NBR 14222-2005, NBR 14328-1999, NBR 146382001 e NBR 14637-2001 da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT. *Manual de Operao e Manuteno de Poos-DAEE-Captulo IV- 3 edio/Dez.2007/SP *Resolues da Diretoria Colegiada - RDC e Portarias da ANVISA/MS referentes gua

Mineral.

*Resolues do Conselho Nacional de Recursos Hdricos CNRH

3. DEFINIES Para efeito desta Norma Tcnica sero adotadas as seguintes definies:

3.1 AQFERO Formao ou grupo de formaes geolgicas capazes de armazenar e transmitir gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa ou destinada para fins balnerios.

3.2 FONTE Ponto ou local de extrao de um determinado tipo de gua mineral ou potvel de mesa, originria de uma ou mais captaes, dentro de um mesmo sistema aqfero, e da mesma concesso de lavra, destinada ao envase para o consumo humano direto, como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou ainda para fins de balneoterapia. Nessa conceituao, subentende-se que pode existir uma fonte de gua mineral de mais de uma captao desde que a gua mineral tenha a mesma classificao, caractersticas fsicas, fsico-qumicas e qumicas equivalentes, a critrio do DNPM, constantes ao longo do tempo, respeitadas as flutuaes naturais.

3.3 CAPTAO Ponto de tomada superficial ou subterrnea de gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa ou destinada para fins balnerios de um aqfero, envolvendo o conjunto de instalaes, construes e operaes necessrias visando o aproveitamento econmico das referidas guas. A captao dever ser construda de modo a preservar as propriedades naturais (qumicas e fsico-qumicas) e microbiolgicas (higinico-sanitrias) da gua a ser captada e impedir a sua contaminao.

3.4 CONTAMINANTES Substncias ou agentes de origem biolgica, fsica ou qumica presentes na gua mineral, termal, gasosa, potvel de mesa ou destinada para fins balnerios, que sejam considerados nocivos sade humana.

3.5 REA DE PROTEO DA CAPTAO rea com a infraestrutura necessria a garantir a proteo das instalaes de captao.

3.6 POO TUBULAR Duto construdo por meio de perfurao no terreno revestido com tubulao para fins de captao de gua de um aqfero.

3.7 NASCENTE OU SURGNCIA Local de descarga natural de um aqfero na superfcie do terreno.

3.8 CANALIZAO

Conjunto de tubulaes, conexes e registros utilizados na conduo e distribuio da gua da captao destinada ao armazenamento, ao envase para o consumo humano, como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou para fins de balneoterapia.

3.9 RESERVATRIO Tanque ou caixa de armazenamento para acmulo ou regulao de fluxo da gua proveniente exclusivamente da captao.

3.10 EMBALAGEM Recipiente destinado ao envasamento de gua mineral ou potvel de mesa.

3.11 ENVASAMENTO Conjunto de operaes visando o acondicionamento da gua, proveniente da captao ou dos reservatrios, nas embalagens at o seu fechamento.

3.12 GASEIFICAO Adio de dixido de carbono natural ou artificial de grau alimentcio durante o processo de envasamento.

3.13 FILTRAGEM Operao de reteno de partculas slidas e em suspenso por meio de material filtrante, que no altera as caractersticas qumicas, fsico-qumicas e microbiolgicas da gua.

3.14 FONTANRIO Local destinado ao uso pblico, onde permitido o enchimento de vasilhame ou consumo "in loco" da gua mineral ou potvel de mesa, tal como emerge da captao, com garantia sanitria e microbiolgica, e fornecida pelo concessionrio da lavra, segundo a disponibilidade de vazo das captaes autorizadas.

3.15 VAZO DE EXPLOTAO a vazo aprovada, como resultado da anlise do Relatrio Final de Pesquisa ou de Reavaliao de Reservas, considerando-se os testes de vazo efetuados na captao, a critrio do DNPM.

3.16 HIGIENIZAO Conjunto de operaes de limpeza e desinfeco efetuadas visando atingir as condies de adequada higiene, das reas de captao, complexo industrial bem como das embalagens. a) Limpeza Eliminao ou remoo de resduos, incrustaes e sujidades diversas.

b) Desinfeco a operao de reduo do nmero de microorganismos, eliminao de microorganismos patognicos vegetativos, por mtodo fsico ou agente qumico, em nveis previstos na legislao pertinente, a fim de preservar a gua dentro dos padres bacteriolgicos estabelecidos.

3.16.1 RINSAGEM Operao de higienizao realizada nas embalagens antes do seu enchimento. Os desinfetantes utilizados devem revelar comprovada eficincia e no podem deixar resduos.

3.17 TUBULO Recipiente de passagem da gua em formato tubular, com abertura nas duas extremidades e com paredes internas arredondadas, usados na operao de captao de uma nascente ou surgncia.

4. PROCEDIMENTOS TCNICOS A qualidade da gua mineral e potvel de mesa para envase para consumo humano, como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou para fins de balneoterapia ser garantida com a observncia dos seguintes procedimentos tcnicos:

4.1 PROJETO CONSTRUTIVO DA CAPTAO Por ocasio do requerimento de autorizao de pesquisa ou do requerimento de Reavaliao de Reservas na fase de concesso de lavra, o projeto construtivo do poo ou da fonte, juntamente com o cronograma da sua execuo, deve ser submetido previamente apreciao e aprovao do dnpm. Mesmo para reavaliao de reservas, no ser admitida a perfurao de poo sem a aprovao prvia do Chefe da unidade regional do DNPM.

4.2 CAPTAO DAS NASCENTES OU SURGNCIAS As captaes de fontes ou de nascentes pontuais devero ser construdas com tubulo de ao inoxidvel polido de grau alimentcio, assentado diretamente na rocha ou saprlito e complementado externamente com concreto adensado.

4.2.1 A gua captada poder ser pr-armazenada numa caixa de ao inoxidvel polido de grau alimentcio, com cantos arredondados, localizada logo aps a captao, dentro da casa de proteo da captao. O tubulo e o tanque de armazenamento opcional devero possuir tampa de vidro circundada com vedante, produzido com material atxico para completa vedao sob presso, com inclinao que permita o escoamento das gotculas formadas pela condensao na tampa. Dever ter, ainda, um extravasor, dotado de fecho hdrico com sifo, para impedir que o nvel de gua atinja a parte superior e um dispositivo para esvaziamento em nvel inferior, com registro, para fins de limpeza e um filtro de ar microbiolgico adequado. 4.2.2. Para captar a gua de uma nascente ou surgncia, ser necessrio executar os trabalhos de escavao, seguindo as direes do fluxo da gua e ultrapassando a camada do solo at atingir o saprlito ou a rocha s. Nesse local, isento de razes e matrias orgnicas, deve ser instalado tubulo, em cada surgncia.

4.2.3 Havendo mais de uma surgncia na mesma fonte, os tubules devero ser protegidos por uma ou mais casas de captao, podendo, nesse caso especfico, ser interligados por

tubulao de ao inoxidvel, para canalizao da gua, por gravidade, at a caixa de captao, devidamente protegida, de modo a garantir a sua qualidade, pureza e higiene.

4.2.4 Cada etapa dos trabalhos de construo da captao da fonte dever ser registrada por documentao fotogrfica para apresentao posterior ao DNPM.

4.2.5 No incio da tubulao que liga o tubulo ou a caixa de captao s instalaes de distribuio, dever ser instalada uma torneira assptica de ao inoxidvel. No caso da captao usar bombeamento, deve ser instalada torneira similar como ponto de coleta de amostras, depois da bomba de recalque.

4.3 CAPTAO POR POO Os trabalhos de planejamento e perfurao do poo devero seguir as especificaes tcnicas contidas nas normas da ABNT.

4.3.1 A data do incio dos trabalhos de perfurao e a cimentao do espao anular do poo dever ser comunicada ao DNPM com antecedncia de 15 dias, devendo tambm ser apresentado o projeto de construo do poo, acompanhado da ART do Responsvel Tcnico legalmente habilitado para conduzir os trabalhos de perfurao.

4.3.2 Todo poo dever possuir um Ante-poo para proteo sanitria (tubo de boca), construdo em chapa de ao de pelo menos 3/16 de espessura. Em ambiente sedimentar, o mesmo ser assentado em uma profundidade mnima de 10 metros, enquanto que em ambiente cristalino ou similar, a profundidade ser definida em funo da espessura do manto de alterao. O poo dever possuir tambm um sensor de temperatura da gua e espao anular em torno da bomba superior a 1 (uma polegada), bem como sensores telemtricos para monitoramento dos nveis esttico e dinmico, da condutividade e da vazo.

4.3.2.1. Os tubos de revestimento do poo devero ser de material que preserve as caractersticas naturais da gua. As tubulaes (revestimento, coluna, filtros etc.) devero ser inteiramente de ao inoxidvel com acabamento sanitrio ou de PVC aditivado e quimicamente inerte, do tipo reforado.

4.3.2.2 As conexes, filtros, tubulaes e bombas de recalque devero ser de material que preserve as caractersticas naturais da gua.

4.3.2.3 As bombas de recalque devero ser de ao inoxidvel. a tampa de vedao da boca do poo deve ser construda em PVC, nylon, ou ao inoxidvel. Toda entrada de ar para o poo deve passar por filtro microbiolgico (0,2 micra). Antes da instalao da bomba, o poo dever estar protegido com tampa inoxidvel ou PVC tipo cap-macho.

4.3.3 O espao anular do poo dever ser preenchido por uma cinta de cimento. As cimentaes sero empregadas para separar aqferos, impermeabilizar horizontes atravessados pelo poo e conter eventuais desmoronamentos, devendo o relatrio final de pesquisa estar acompanhado de registro fotogrfico dessa operao.

4.3.3.1 Recomenda-se que o fator gua/cimento esteja compreendido na faixa de 0,44 a 0,54, devendo a mistura ser feita mecanicamente, utilizando-se gua potvel. O emprego de aditivo plastificante (redutor de gua) e agente impermeabilizante deve ser atxico. Pode-se adicionar bentonita pr-hidratada, at 2,5 kg por saco de cimento e, assim, elevar o fator gua/cimento para 0,58. O tempo de cura recomendado de 72 horas.

4.3.3.2 Na rea da cimentao, devero obrigatoriamente ser utilizadas guias centralizadoras, espaados a cada 20 metros e dotados de quatro aletas.

4.3.3.3 A colocao da pasta de cimento deve ser realizada por meio de injeo mecnica com bomba apropriada, em etapa contnua. Quando se tratar de revestimentos em PVC aditivado, devero ser respeitadas as especificaes tcnicas do revestimento utilizado, em etapas de cimentao do espao anular de no mximo 30 metros de extenso.

4.3.4 Concludos todos os servios no poo, dever ser construda uma laje de concreto armado, fundida no local, envolvendo o tubo de revestimento. Esta laje dever ter declividade do centro para a borda, com espessura mnima de 20 cm e rea no inferior a 3,0 m. A coluna de tubos de revestimento deve ficar no mnimo a 50 cm acima da laje de proteo.

4.3.5 Para a coleta de amostras, dever ser instalada uma torneira sanitria de ao inoxidvel na canalizao de recalque, colocada acima do tubo de revestimento do poo, logo aps a curva da tubulao. .

4.3.6 Dever ser efetuada manuteno preventiva anual do poo, entendendo-se como tal aquela definida pelo Manual de Operao e Manuteno de Poos (DAEE-SP) ou por outros indicados pelo DNPM. Dever ser informado no Relatrio Anual de Lavra os dados sobre a manuteno do poo (nvel esttico, limpeza/desincrustao, substncias utilizadas, vazo etc.).

4.3.7 A critrio do DNPM, quando houver alterao expressiva de vazo, de condutividade eltrica ou das caractersticas hidroqumicas, dever ser realizada a operao de perfilagem tica e/ou geofsica do poo.

4.3.8 Quando forem perfurados poos piezomtricos, para fins de monitoramento das cargas hidrulicas na rea de pesquisa ou rea de lavra, devero ser obedecidos os mesmos critrios construtivos exigidos para o poo de captao.

4.3.8.1 Recomenda-se que a boca do tubo do piezmetro esteja posicionada a 50 cm acima do solo, com tampa de inoxidvel ou PVC de tipo cap-macho. O referido tubo dever estar protegido dentro de uma caixa de alvenaria de 50 cm X 50 cm X 60 cm, com tampa metlica no oxidvel fechada com tranca e cadeado.

4.4 ENSAIOS DE BOMBEAMENTO A execuo do teste de bombeamento requer um conhecimento prvio que deve incluir no s os equipamentos e aparelhos necessrios, mas, fundamentalmente, uma diretriz clara em relao ao tipo de informao que se deseja obter.

4.4.1 Para o planejamento do teste de bombeamento, recomenda-se que sejam consideradas as caractersticas construtivas e hidrogeolgicas do poo, em especial: a) profundidades e espessuras dos aqferos ou zonas de contribuio; b) posio das sees filtrantes; c) contribuio proporcional de cada aqfero ou zona de contribuio para a produo total do poo; d) dimetros de perfurao, revestimento e filtros; e) capacidade da bomba adequada para execuo do teste de bombeamento.

4.4.2 Para o bombeamento preliminar, recomenda-se a realizao de um pr-teste de bombeamento para o estabelecimento da vazo mxima provvel do poo. Este bombeamento deve ter durao mnima de 12 (doze) horas e serve tambm para dimensionar a capacidade da bomba que ser empregada no ensaio vazo constante, que s poder ser iniciado quando a recuperao de nvel do poo bombeado (e seus piezmetros) for completa. Em aqferos conhecidos, poder ser admitida a realizao de pr-testes de menor durao, devidamente justificada pelo tcnico responsvel pelo ensaio de bombeamento, a critrio do DNPM.

4.4.3 Para o bombeamento contnuo vazo constante em poos com vazo inferior a 10 m/h, recomenda-se um perodo mnimo de 30 (trinta) horas e medidas de recuperao (no poo bombeado) de mais de 97%, podendo ser autorizado pelo DNPM percentual de recuperao menor, desde que no comprometa a validade do clculo. No h necessidade de medir recuperao em piezmetros, pois o clculo pelo mtodo da recuperao s realizado no poo bombeado. O intervalo de medida dos rebaixamentos nos piezmetros deve ser de 60 minutos, do incio ao fim do bombeamento.

4.4.4 Para o bombeamento escalonado ou sucessivo em poos com vazo superior a 10m3/h, recomenda-se executar bombeamento escalonado, em quatro degraus (25%, 50%, 75% e 100%) para o estabelecimento da eficincia do poo (percentual das perdas de carga devidas ao fluxo laminar).

4.4.4.1 O ensaio escalonado pode ser conduzido de duas formas: incremental (sem recuperao entre os degraus de vazo) ou em bombeamentos consecutivos (com recuperao entre os degraus de vazo): a) no bombeamento incremental no h interrupo do bombeamento e a vazo dos degraus deve ser constante (variao de 5% admissvel); b) nos bombeamentos consecutivos, os degraus de vazo se sucedem aps recuperao total do nvel de gua.

4.4.5 A freqncia de intervalos de leitura do nvel da gua no teste de bombeamento dever seguir as disposies das normas da ABNT.

4.4.6 Recomenda-se que para a realizao do teste de bombeamento, todos os poos situados dentro do sistema de fluxo captado, com seus limites presumidos definidos por uma condio de contorno hidrogeolgico especfica, devero ser monitorados e estarem paralisados por um perodo mnimo,

que antecede o estudo, de 24 (vinte e quatro) horas, tendo seus nveis de gua monitorados e assim permanecendo at a concluso do ensaio do poo de pesquisa.

4.4.7 No monitoramento da recuperao, recomenda-se: a) que a recuperao aps o bombeamento preliminar seja de 100%; b) aps o fim de um degrau de vazo no mtodo dos bombeamentos consecutivos vazo crescente, 100% de recuperao. c) aps o fim do bombeamento vazo constante, mnimo de 90% do rebaixamento limitado a 24 (vinte e quatro) horas de tempo de medida ou a critrio do DNPM.

4.4.8 Na avaliao final do teste de bombeamento, a posio do nvel dinmico dever necessariamente estar situada acima da principal zona de contribuio (entrada de gua) e, nos intervalos dotados de filtros, acima do topo da primeira seo filtrante.

4.4.9 O teste de bombeamento dever, obrigatoriamente, ser realizado com o acompanhamento de um agente fiscal do DNPM. No momento que for solicitado ao DNPM o acompanhamento do ensaio de bombeamento, dever ser submetida avaliao do pela Autarquia da seguinte documentao relativa ao projeto de bombeamento do poo: a) perfil geolgico e construtivo do poo a ser bombeado; b) especificao, dimensionamento e profundidade da bomba de recalque c) posio dos poos do entorno; d) identificao do aqfero que pretende captar; e) identificao preliminar dos limites do sistema de fluxo captado pelo poo a ser bombeado; f) proposio dos poos a serem monitorados durante o ensaio. Esta proposio - listagem dos poos a serem observados dever ser aprovada pelo DNPM; g) cronograma das atividades durante todo o processo do ensaio de bombeamento em suas fases (preliminar vazo constante escalonado/sucessivo) com especificao dos equipamentos selecionados para o procedimento e a preciso recomendada; h) anotao de responsabilidade tcnica ART do profissional responsvel pelo projeto, execuo e interpretao do ensaio de bombeamento.

4.4.10 Como a eficincia do poo refere-se ao percentual do rebaixamento devido ao fluxo laminar recomendvel que a vazo aprovada para o poo seja correspondente a uma eficincia mnima de pelo menos 75%. Eficincia elevada significa pequena contribuio do fluxo turbulento na gerao das perdas de carga (rebaixamento) do poo implicando em: a) menor velocidade de fluxo; b) nos aqferos fraturados, menor possibilidade do transporte de slidos; c) menor oxigenao da gua no entorno do poo, significando menores alteraes fsico-qumicas na gua; d) diminuio da velocidade de eventuais processos que provoquem colmatao dos filtros; e) diminuio do impacto do fluxo da gua captada na estruturao do pr-filtro. . 4.4.11 Quando um teste escalonado for realizado, necessrio que se definam as variveis constantes da equao caracterstica do poo, na forma: s= BQ + CQn . s= rebaixamento medido no interior do poo BQ= componente do rebaixamento decorrente de fluxo laminar (alguns autores atribuem esta componente exclusivamente ao aqufero) CQn= componente do rebaixamento decorrente de fluxo turbulento (alguns autores atribuem esta componente exclusivamente construo do poo). Para o clculo da equao do poo, admissvel o uso de sistemas computacionais disponveis no mercado.

4.4.12 Os resultados do teste de mltiplos estgios sero considerados vlidos quando satisfeita a condio de que haja um sucessivo decrscimo nas razes das vazes pelos rebaixamentos nos

vrios estgios (capacidade especifica decrescente com o aumento da vazo). A condio mnima para aceitao ser de que pelo menos 03 valores de rebaixamento especfico obedeam a relao acima.

4.4.12.1 As curvas de campo devem ser elaboradas em grficos do tipo monolog (sw x t), de cada etapa, e apresentadas separadamente. Para o ensaio escalonado do tipo incremental a representao ser sob a forma de curva nica e para o ensaio conduzido por meio de bombeamentos sucessivos com curvas individuais.

4.4.13 Na avaliao da capacidade de produo de poo, nos meios estritamente cristalinos ou crsticos, em que no possam ser utilizados mtodos clssicos do meio poroso, deve(m) ser apresentada(s) outra(s) metodologia(s) devidamente fundamentada(s).

4.4.14 Em meios fraturados devero ser indicadas as entradas de gua, com o percentual de contribuio de cada uma para a produo total do poo. O nvel dinmico do poo dever se situar acima da entrada de gua principal.

4.4.15 O Relatrio do Teste de bombeamento deve estar acompanhado de documentao fotogrfica em que constem as captaes (poos e/ou fontes), poos de monitoramento e equipamentos utilizados nas medies das vazes. A apresentao da interpretao hidrogeolgica dos dados do teste de bombeamento dever fazer parte necessariamente do relatrio final de pesquisa ou relatrio de reavaliao de reservas. Nos casos em que o titular do alvar de pesquisa tenha realizado o teste de bombeamento, sem o acompanhamento da fiscalizao, na vigncia da autorizao, o DNPM, a seu critrio, poder exigir um novo teste com a finalidade de comprovar parmetros hidrogeolgicos informados no relatrio final de pesquisa. Devem ser calculadas a Vazo Mxima Permissvel pelo Furo e pelo Filtro, a Vazo Mxima Possvel justificada e Vazo Recomendada. Ser necessria a apresentao de planta de localizao dos poos com as respectivas coordenadas geogrficas, em que fiquem evidenciadas as distncias entre si de cada poo.

4.4.16 Durante a fase de lavra, devero ser realizadas mensalmente, e registradas em livro prprio, medies do nvel esttico de cada poo. Antes da medio do nvel esttico, sempre que possvel, todos os poos locados dentro do permetro do sistema de fluxo captado, que tem seus limites definidos pelas condies de contorno hidrogeolgico, devero se encontrar paralisados por um perodo suficiente para recuperao total do nvel dgua do(s) poo(s). No caso de fonte tipo surgncia, tanto na fase de pesquisa quanto na de lavra, as vazes espontneas devem ser medidas com a mesma freqncia. Essas medies devem ser arquivadas pela empresa disposio da Fiscalizao do DNPM.

4.4.17 a perfurao de novos poos pelo titular de concesso de lavra dever ser requerida ao DNPM, acompanhada do projeto tcnico com planta em escala adequada, com a locao do poo a ser perfurado em relao ao(s) poo(s) j existente(s) na rea do sistema de fluxo captado, com seus limites definidos pelas condies de contorno hidrogeolgico.

4.4.18 Com o objetivo de se efetuar medidas de controle (vazo, condutividade, pH, Temperatura etc.) e higienizao do poo de gua mineral, deve-se instalar uma tubulao auxiliar, com dimetro interno de no mnimo de polegada, presa tubulao edutora que atinja a mesma profundidade dos tubos edutores instalados.

4.5 PROTEO CAPTAO A casa de proteo da captao dever ser construda em alvenaria, ou de outro material inerte que confira proteo adequada. Paredes internas, pisos, janelas e portas devem ser de materiais impermeveis, no porosos e lavveis. As aberturas devem ser ajustadas aos batentes e protegidas com telas milimtricas ou outra barreira para impedir a entrada de animais, notadamente insetos. A casa de proteo da captao deve ser mantida bem ventilada, livre de mofos, infiltraes, fendas e umidade, e dever conter uma torneira de ao inoxidvel de grau alimentcio, ou de outro material especfico aprovado pelo DNPM, para permitir a coleta de amostra. No caso de surgncia, em captao por caixa, exigese que a casa de proteo possua dois compartimentos, separando a captao da rea de coleta de amostras e controle. Recomenda-se a instalao de alarme com sensor de presena por fotoclula ou nas aberturas da casa de proteo.

4.5.1 Desde a fase dos trabalhos de pesquisa, toda captao por surgncia ou poo tubular dever ser identificada com seu nome em destaque, fixado em local bem visvel na parte externa da casa de proteo.

4.5.2 A casa de proteo do poo tubular dever dispor de abertura superior adequada, com cpula de presso em ao inoxidvel envolvendo a canalizao do tubo edutor do poo ou janela de aluminio anodizado e vidro para facilitar a manuteno e reparos que o poo venha a necessitar.

4.5.3 A instalao de bombas de recalque nos sistemas de captao deve assegurar a no contaminao da gua por leo e outras impurezas provenientes de seu funcionamento ou necessrias a sua manuteno.

4.5.4 A rea circundante casa de proteo da captao dever ser cercada por alambrado de malhas resistentes, para impedir a entrada de animais e com rea mnima suficiente para manter a captao adequadamente protegida, dotada de porto, cujo acesso seja somente permitido s pessoas devidamente autorizadas pela empresa.

4.5.4.1 A rea referida no item anterior dever ser calada ou pavimentada, possuindo adequado sistema de drenagem das guas pluviais, e ser mantida em boas condies de limpeza, a fim de no comprometer a integridade da captao.

4.5.5 Aps a concluso da construo do poo ou quando vier a ocorrer alguma manuteno da captao, dever ser efetuada a sua limpeza e desinfeco e, para comprovar a remoo da substncia desinfetante utilizada e a potabilidade da gua mineral, dever ser realizada uma anlise qumica e microbiolgica.

4.5.6 A casa de proteo da captao dever estar concluda na sua forma definitiva por ocasio da entrega do Relatrio Final de Pesquisa e do Estudo in loco, comprovada com fotos ilustrativas anexadas aos autos do processo de minerao.

4.5.7 Para assegurar a representatividade do Estudo in loco, na vigncia do alvar de pesquisa mineral, ser obrigatria a realizao de no mnimo 04 (quatro) anlises completas (qumicas, fsico-qumicas e microbiolgicas) distribudas ao longo de um ciclo hidrolgico, com a finalidade de obteno de anlise de referncia e garantia da correta classificao da gua mineral ou potvel de mesa.

4.5.7.1 As campanhas de coleta de amostras de gua para realizao de anlises completas, em laboratrio autorizado, devero ser acompanhadas por um agente fiscal do DNPM.

4.5.8 admitida a integrao de vazes de captaes distintas dentro de um mesmo sistema aqfero, respeitado o disposto no item 3.2.

4.5.9 Semanalmente, devero ser feitas inspees na captao e realizadas anlises microbiolgicas (coliformes totais e fecais) e anlises fsico-quimicas (pH e condutividade), comprovadas por registro formal correspondente, mantendo os laudos disposio das autoridades fiscalizadoras. As captaes devero ser mantidas em boas condies de limpeza e higiene, de forma a se evitar os riscos de contaminao da gua mineral natural ou potvel de mesa.

4.6 SISTEMA DE CONDUO E DISTRIBUIO As canalizaes para conduo e distribuio da gua devero ser colocadas em nvel superior ao do solo, a uma altura mnima 30 cm. No caso de ser tecnicamente invivel o uso da tubulao area, ser permitida a sua instalao em calhas fechadas, ao nvel do solo, apoiadas sobre suportes de 30 cm.

4.6.1 Nesse caso excepcional, as calhas devero ser assentadas ao nvel do solo ou semi-enterradas, com inclinao mnima de 2% para impedir a estagnao de guas superficiais e devero possuir tampas removveis que permitam a limpeza peridica, inspeo ou substituio de condutos, quando necessrio.

4.6.2 Quando as canalizaes estiverem instaladas a uma altura superior a 2,5 metros, devero ser construdas passarelas com guarda-corpo junto s mesmas, para fins de inspees peridicas.

4.6.3 Ao longo de todo o trajeto por onde passa a tubulao de aduo, o terreno dever ser mantido aceirado ou capinado, numa distncia mnima de 1,0 metro para cada lado desta.

4.6.4 As tubulaes, conexes e registros que ligam as captaes aos reservatrios ou s instalaes industriais, inclusive a tubulao que atinge o aqfero (no caso de nascente), devero ser de ao inoxidvel polido ou de PVC aditivado, tipo geomecnico, e de grau alimentcio.

4.6.5 As tubulaes devero ser independentes e identificadas com a inscrio gua mineral ou gua potvel de mesa e com a indicao do sentido do fluxo, sendo proibida a conexo com as outras redes de abastecimento. No caso de mais de uma fonte, necessria ainda a identificao da fonte na tubulao.

4.6.6 As tubulaes, conexes e registros do sistema de conduo e distribuio da gua mineral ou potvel de mesa, no podero apresentar vazamentos, devendo ser mantidas em boas condies de conservao e limpeza.

4.7 RESERVATRIOS Os reservatrios devero ser totalmente estanques, construdos em ao inoxidvel polido, de grau alimentcio, e estar em nvel superior ao do solo de modo a permitir inspeo visual externa do mesmo.

4.7.1 Os reservatrios devero ser dotados de tampas de vidro, de forma a permitir inspeo visual de seu interior, circundada com borracha atxica, inclinao que permita o escoamento das gotculas formadas pela condensao na tampa, e fechamento adequado. Estas tampas devero estar protegidas por sobretampas de ao inoxidvel para evitar a entrada de luz.

4.7.2 Os reservatrios devero possuir: sensores de nvel; vlvula de reteno; extravasores dotados e de fecho hdrico em forma de sifo, protegidos por telas milimtricas; filtro de ar microbiolgico com malha adequada; dispositivo para esvaziamento em nvel inferior para fins de limpeza; sistema CIP com spray ball para fins de higienizao interna; torneira de ao inoxidvel instalada no incio da tubulao de distribuio da gua s instalaes de envasamento para coleta de amostras; escada de segurana externa de acesso ao topo do reservatrio com protetor de corpo e ainda plataforma com corrimo, sobre o reservatrio, a fim de possibilitar a melhor condio de inspeo superior do mesmo.

4.7.3 O tempo de residncia da gua mineral ou potvel de mesa no reservatrio, necessria s operaes de enxge e envase, no poder exceder a 03 (trs) dias

4.7.4 A limpeza e a desinfeco dos reservatrios devem ser realizadas periodicamente com agentes sanitizantes, em funo dos resultados decorrentes do monitoramento microbiolgico dirio de bactrias heterotrficas, Pseudomonas aeruginosa e coliformes totais.

4.8 COMPLEXO INDUSTRIAL Os projetos industriais e suas respectivas alteraes sero submetidos prvia aprovao do DNPM, devendo ser apresentadas as seguintes documentaes, assinadas por profissional legalmente habilitado:

Planta de locao planialtimtrica, na escala mnima de 1:100, com intervalo de nvel adequado, contendo todos os setores do complexo industrial, locando as instalaes da captao e proteo da fonte, a rede de aduo, reservatrios e a entrada da canalizao na indstria at a sala de envase;

Planta baixa das instalaes internas em escala 1:50, que faro parte do prdio principal da unidade industrial, representando a distribuio espacial das reas de recepo, inspeo - sala de triagem e escovao interna/externa dos garrafes retornveis para um novo ciclo de uso, pr-lavagem, lavagem e desinfeco, salas de assepsia e envase dos vasilhames, depsitos de recipientes vazios, recipientes cheios e engradados, almoxarifado de insumos de uso exclusivo nas instalaes de envase (rtulos, tampas, lacres, materiais de limpeza e desinfeco etc..), dependncias sanitrias e vestirios, sopradora de embalagens plsticas e silos, laboratrio de anlises microbiolgicas, sala de recepo de clientes e escritrios;

Planta em escala de 1:50 das instalaes externas, a serem construdas em local separado do prdio principal da unidade industrial, lanando as oficinas de manuteno de equipamentos e veculos que atendem a empresa, sala de motoristas, almoxarifado de peas pesadas, depsito para guarda de materiais de limpeza e desinfeco geral do pavilho industrial, depsito de resduos, o restaurante ou refeitrio dos funcionrios etc.

Planta geral planimtrica do empreendimento em escala 1:100, com intervalo de nvel adequado, mostrando a localizao da indstria, do(s) poo(s), a rede de esgotos sanitrios e a drenagem superficial do terreno, o sistema de tratamento dos efluentes provenientes da indstria, o reuso das guas servidas e o lanamento final dos efluentes tratados jusante da captao e das instalaes industriais;

Projeto e plantas em escala de 1:50 das instalaes de energia eltrica indicando os pontos de tomadas monofsicas e trifsicas nas paredes e areas, distribuio das luminrias e sistema de aterramento da indstria;

Perfs com cortes longitudinais s esteiras rolantes e transversais sala de envase e ante-sala de assepsia, locando a distribuio dos mesmos em planta e mostrando a entrada e sada dos vasilhames;

Fluxogramas das atividades nas salas de recepo, inspeo, pr-lavagem, lavagem, desinfeco, assepsia, rotulagem e linha de envase e expedio e outras reas do complexo industrial;

Memorial descritivo dos diversos setores e funcionamento dos equipamentos do complexo industrial contemplando a recepo, inspeo, pr-lavagem, lavagem e desinfeco dos vasilhames, os setores de assepsia e de envase, rotulagem, expedio, laboratrio e adjacncias.

4.8.1 O complexo industrial deve situar-se em zonas isentas de odores indesejveis, fumaa, p e dentre outros contaminantes e devem ser estabelecidos controles com o objetivo de evitar riscos de contaminao das guas minerais. Para tanto, sugere-se a determinao do sentido preferencial dos ventos no local, de modo que as instalaes de envase estejam protegidas dessas cargas nocivas.

4.8.2 A rea no construda ao redor do complexo industrial dever ser calada a fim de evitar ou minimizar a gerao de poeira e a ao de outros agentes contaminantes.

4.8.3 A circulao dos operadores na rea externa do setor de envase do complexo industrial dever ser livre, para se evitar a transposio das esteiras rolantes por baixo. A transposio por cima s poder ocorrer por meio de plataformas fixas com parapeito de segurana e de piso fechado. Na rea de envase, no poder ocorrer qualquer transposio.

4.8.4 A sala de envase dever ser totalmente separada das demais dependncias por paredes de alvenaria, revestidas de azulejos de cor clara at o teto e visores amplos e fixos, de vidro. As paredes podem ser construdas com outros materiais atxicos e higinicos, de ao inoxidvel, alumnio ou outro material aprovado pelo DNPM, desde que proporcione fcil higienizao. Os visores fixos de vidro sero usados para fins de inspeo e devero utilizar material com 100% de transparncia em esquadrias de alumnio anodizado.

4.8.4.1 A sala de envase e o setor onde se processar a lavagem ou a desinfeco dos recipientes devero ser mantidos em perfeitas condies de limpeza e higiene, no sendo permitido us-los como depsitos de materiais.

4.8.4.2 Todos os cuidados devero ser tomados para que a gua mineral ou potvel de mesa no seja contaminada ao realizar-se a limpeza e desinfeco dos setores de envasamento e de lavagem. Os resduos dos agentes desinfetantes nesses ambientes devero ser totalmente eliminados mediante enxge com gua mineral.

4.8.4.3 No ser permitido qualquer servio de manuteno preventiva ou corretiva durante as operaes de envase. Se houver necessidade de entrada de pessoas estranhas na sala de envase, a operao dever ser suspensa, sendo feita a higienizao completa da sala e dos equipamentos, antes da retomada do funcionamento.

4.8.4.4 O teto da sala de envase deve possuir revestimento liso, lavvel, de cor branca ou azul clara, em laje de concreto ou estrutura em forro lavvel ou ainda outro material aprovado pelo DNPM. No deve apresentar aberturas, fendas ou trincas.

4.8.4.5 O piso da sala de envase dever ser de material impermevel de alta resistncia, de cor clara, de fcil higienizao, com inclinao suficiente para escoamento das guas e interligado a uma caixa de recepo sifonada.

4.8.4.6 Na sala de envase, as junes entre as paredes, com o teto e o piso devem ser arredondadas para facilitar a higienizao.

4.8.4.7 A sala de envase dever possuir iluminao minima de 500 Lux. climatizada e presso positiva com ar micrometricamente filtrado.

4.8.4.8 Cada sala de envase dever ter preferencialmente uma linha de equipamento. Em caso de manuteno, as demais linhas devero manter-se paralisadas at a finalizao da referida operao. Aps a manuteno a sala dever ser desinfetada, para evitar contaminao. A no observncia deste dispositivo implicar na interdio da sala de envase at a separao das linhas de produo.

4.8.4.9 A circulao de vasilhames retornveis ou no a higienizao at o fechamento, dever ser feita por meio de esteiras rolantes atravs de tneis dotados de lmpadas germicidas, passando por portinholas em forma de guilhotina nas paredes divisrias, no sendo permitido o transporte manual.

4.8.4.10 O tamanho das aberturas de entrada e sada dos vasilhames dever ser o estritamente necessrio para a circulao dos mesmos, devendo ser dotadas de portinholas, em forma de guilhotina e mantidas fechadas quando a unidade de envase estiver paralisada.

4.8.5 O acesso sala de envase dever ser feito exclusivamente por uma ante-sala de assepsia, com as mesmas caractersticas da primeira, devendo dispor: a) de uma pia com torneira acionada por pedal ou por sensor de proximidade, para lavagem e desinfeco das mos, com sabo neutro lquido, inodoro e soluo germicida; b) um sistema de ar quente, igualmente acionado por sensor de proximidade ou por pedal, ou papel toalha no-reciclado para secagem das mos; c) prateleira para acondicionamento de luvas e mscaras descartveis; e; d) uma lixeira com tampa acionada por pedal para descarte de luvas e mscaras. Na entrada da ante-sala, pelo lado externo, dever ter um sistema para higienizao das botas dos operadores, com soluo de substncia desinfetante;

4.8.5.1 As portas das salas de assepsia e envase devero ser de alumnio anodizado liso e vidro, ou de ao inoxidvel liso e vidro, abrindo de dentro para fora, com fechamento automtico e soleira de vedao.

4.8.5.2 Todas as luminrias da sala de assepsia e envase devero ser blindadas e instaladas de forma que facilite a limpeza.

4.8.6 Os locais onde se processam a lavagem e desinfeco dos recipientes devero possuir adequada iluminao, ou seja, 500 Lux e arejamento suficiente de forma a evitar a excessiva condensao de vapores dgua. O piso dever ter inclinao suficiente para escoamento das guas, dirigidas a uma calha com grelha metlica ou outro material aprovado pelo DNPM e no final desta, uma caixa de recepo sifonada.

4.8.7 O piso dos locais onde se processam a pr-lavagem dos garrafes, a lavagem e a desinfeco, o estoque de garrafes, a movimentao de embalagens, cheias ou vazias etc., dever ser de material impermevel e poder ser revestido com cermica ou outro material do tipo monoltico de alta resistncia e de cor clara. As paredes desses locais podero ter revestimento em azulejo, ou ser revestidas com outro material desde que aprovado pelo DNPM.

4.9 EQUIPAMENTOS E UTENSLIOS As partes internas dos utenslios e equipamentos que tero contato com a gua mineral ou potvel de mesa devero ser construdas em ao inoxidvel polido de grau alimentcio, a fim de garantir as suas caractersticas originais e as suas qualidades microbiolgicas.

4.9.1 Devero ser instalados medidores de vazo (hidrmetros), de ao inoxidvel de grau alimentcio ou outro material inerte aprovado pelo DNPM, na tubulao de conduo de gua da captao, na sada do poo ou aps a bomba de recalque no caso de fonte e tambm antes de cada linha de enchimento, em locais de fcil acesso leitura e sempre fora da cabine de envase.

4.9.1.1 Devero ser efetuadas leituras dirias do volume de gua nos hidrmetros instalados, mantendo-se as planilhas de registro disposio da fiscalizao do DNPM

4.9.2 No processo de recepo, inspeo, pr-lavagem e lavagem dos vasilhames retornveis, inicialmente, dever ser feita a triagem qualitativa dos garrafes com uma inspeo visual e olfativa, verificando prazo de validade e certificao dos vasilhames. Os vasilhames aprovados nessa seleo, se necessrio, sero higienizados externamente, podendo ser de forma manual ou automtica, em local apropriado, para a retirada de todas as impurezas externas, incluindo rtulos, tampas e cola. Posteriormente, os garrafes sero escovados internamente e a seguir, com jateamento de gua de alta presso e produto desinfetante, utilizando equipamento apropriado, com no mnimo 04 (quatro) estgios assim descritos:

1 estgio - primeiro tanque: lavagem a 60 C, com uma soluo de soda custica ou com outros produtos similares aprovados pela ANVISA/MS;

enxge final.

2 estgio - segundo tanque: dever ser utilizada gua proveniente da recirculao do

3 estgio - terceiro tanque: desinfeco com soluo clorada, ou outros produtos desinfetantes similares aprovados pela ANVISA/MS.

4 estgio - quarto tanque: enxge final realizado exclusivamente com a gua mineral ou potvel de mesa proveniente da captao a ser envasada.

4.9.2.1 As embalagens retornveis, com prazo de validade vencido e sem certificao, devem ser rejeitadas e destrudas, observado o disposto na Portaria N 387/2008, alterada pela Portaria N 358/2009, aplicveis as sanes previstas na legislao.

4.9.2.2 As embalagens retornveis, com amassamentos, rachaduras, ranhuras, remendos, deformao de gargalos, alteraes de odor, de cor, e outras imperfeies constantes das normas vigentes da ABNT, devem ser rejeitadas e destrudas, aplicveis as sanes previstas na legislao.

4.9.2.2 No ser permitida a utilizao de desinfetantes no enxge final, bem como na gua a ser envasada.

4.9.2.3 Devero ser realizados testes peridicos nas embalagens, por meio de amostragens, no mnimo a cada turno, para que se confirme a eficincia dos processos de lavagem/higienizao/enxge. Os resultados desses testes devero ser registrados em planilha disposio da fiscalizao do DNPM.

4.9.2.4 O envasamento e o fechamento das embalagens devero ser efetuados por mquinas automticas.

4.9.2.5 As tampas utilizadas nos vasilhames devero ser previamente desinfetadas, com substncia de comprovada eficincia e que no deixe residual, dispensado o enxage. Caso o desinfetante deixe residual, as tampas devem ser enxaguadas com gua proveniente da fonte de gua mineral.

4.9.2.6 As concentraes dos produtos empregados nas mquinas de lavar e desinfetar utilizados nas fases de retirada das sujidades e desinfeco devem ser monitorados preferencialmente a cada turno ou em intervalos mximos dirios.

4.9.3 As mquinas e equipamentos devero ficar dispostos de modo que haja um processamento contnuo, desde a lavagem, higienizao at o fechamento dos vasilhames.

4.9.3.1 A distncia entre a mquina lavadora e a envasadora dever ser a menor possvel, a fim de minimizar os riscos de contaminao da gua.

4.9.4 Todas as mquinas e os equipamentos utilizados no envase de gua mineral e potvel de mesa, suas tubulaes, devero ser submetidos a processos de higienizao e manuteno peridica.

4.9.5 Todas as mquinas de enchimento de vasilhames retornveis e descartveis devem ser isentas de perda de gua.

4.10 REUSO DE GUA A empresa deve demonstrar preocupao com o uso racional das guas disponveis dentro da rea correspondente a portaria de lavra.

4.10.1 Toda gua proveniente do enxge final, utilizada na mquina de lavar/rinser, dever ser reaproveitada para lavagens intermedirias ou outras utilizaes no complexo industrial.

4.10.2 Nos casos em que o teste de bombeamento seja realizado em rea de concesso de lavra j em atividade, devero ser utilizados procedimentos que facultem o mximo reaproveitamento da gua bombeada na pr-lavagem de garrafes ou outras utilizaes (banheiros, pisos. jardins, limpezas em geral, etc.)

4.11 RINSAGEM A rinsagem destinada desinfeco de vasilhames descartveis, dever ser feita com substncia de comprovada eficincia e que no deixe residual, dispensado o enxage. Caso o desinfetante deixe residual, os vasilhames devem ser enxaguados com gua proveniente da fonte de gua mineral.

4.11.1 Em operaes contnuas que envolvam a desinfeco, ser permitida a execuo da rinsagem dentro da sala de envase com a utilizao de equipamentos que assegurem a completa assepsia dos vasilhames descartveis.

4.11.2 Em operaes descontnuas, a desinfeco dever ocorrer sempre fora da sala de envase. O enxge final poder ser realizado em operao contnua com o enchimento e o tamponamento.

4.11.3 A vedao da mquina de lavar/rinser ou dos tneis com a parede da sala de envase dever ser feita com a colocao de manta de borracha destinada a absorver as vibraes, com recortes correspondentes ao perfil do equipamento metlico, para impedir a entrada de insetos.

4.12 EMBALAGENS As embalagens utilizadas no envasamento das guas minerais e potveis de mesa devero garantir a integridade do produto final, sem alterao das suas caractersticas fsicas, fsico-

qumicas, qumicas, microbiolgicas e organolpticas. Os garrafes, garrafas e copinhos devero ser fabricados com resinas virgens, tipo Policarbonato, PET ou similar, que assegurem a manuteno das propriedades originais da gua.

4.12.1 No caso de estocagem de embalagens plsticas, produzidas no complexo industrial, o transporte dever ser realizado diretamente aos silos de armazenagem, por meio de esteiras automticas ou rede de dutos pneumticos.

4.12.2 A fim de garantir a iseno de efeitos organolpticos, as embalagens plsticas produzidas no complexo industrial s podero ser envasadas aps a sua completa degaseificao.

4.12.3 Os silos devero ser revestidos internamente de chapas de ao inoxidvel, galvanizadas, de polietileno, frmica estrutural, ou outro material aprovado pelo DNPM, e construdos o mais prximo possvel da sala de envase.

4.12.4 Os silos devero ser periodicamente desinfetados e mantidos em boas condies de conservao, devendo possuir meios, dispositivos e condies adequadas de segurana, que possibilitem a fcil inspeo.

4.13 FONTANRIO: A gua destinada ao fontanrio dever ser proveniente diretamente da captao, conduzida atravs de sistema de tubulao area, ou em calhas ao nvel do solo, independentemente do sistema de enchimento

4.13.1 A gua mineral ou potvel de mesa destinada ao fontanrio dever ser armazenada em reservatrio exclusivamente para este fim e conduzida atravs de sistema de tubulao independente, area, ou em calhas ao nvel do solo. No caso de vazo espontnea a gua mineral ou potvel de mesa destinada ao fontanrio, poder ser proveniente diretamente da captao.

4.13.2 O fontanrio dever ser instalado em local de fcil acesso ao pblico, totalmente isolado da rea de influncia da captao e das instalaes industriais devendo atender as normas de Boas Prticas de Fabricao - BPF.

4.13.3 O fontanrio dever ter uma parede construda e azulejada, devidamente coberta com telhado para proteo do usurio, de onde sair uma ou mais torneiras de ao inoxidvel. Abaixo das torneiras, dever ser construda uma canaleta azulejada ou revestida de ao inoxidvel, para escoamento da gua.

4.13.4 A rea ao redor do fontanrio dever ser calada, e mantida limpa, sem a presena de gua estagnada.

4.13.5 O concessionrio da lavra dever dispor ao pblico consumidor, no fontanrio, cpias dos boletins de anlises qumica, fsico-qumica e microbiolgica da gua da fonte, atualizadas com a freqncia determinada pela legislao vigente.

4.13.6 O usurio do fontanrio obrigado a efetuar a devida limpeza necessria a garantir a higiene dos vasilhames utilizados.

4.14 EDIFICAES E INSTALAES As edificaes e instalaes devero ser construdas em funo de suas especificidades obedecendo s seguintes condies:

Sujeitas a isolamento total: As edificaes que devero ser construdas em local separado da unidade industrial, de modo a ser estabelecido um isolamento total das instalaes de envase e no oferecer nenhum risco de contaminao gua mineral, so: oficinas de manuteno de veculos que atendem a unidade industrial, sala de motoristas, almoxarifado de peas pesadas, depsito para guarda de materiais de limpeza e desinfeco geral do pavilho industrial, restaurante ou refeitrio dos funcionrios;

Sujeitas a isolamento parcial: As edificaes que podero fazer parte ou estarem dispostas junto ao prdio da prpria unidade industrial, afastadas suficientemente e, de modo a ser estabelecido um isolamento fsico da sala de envase, por paredes com portas e no oferecer nenhum risco de contaminao gua mineral so: sala de triagem e escovao interna/externa dos garrafes retornveis para um novo ciclo de uso, depsitos de recipientes vazios, recipientes cheios e engradados, almoxarifado de insumos de uso exclusivo nas instalaes de envase (rtulos, tampas, lacres, materiais de limpeza e desinfeco etc.), dependncias sanitrias e vestirios, sopradora de embalagens plsticas e silos, laboratrio de anlises microbiolgicas, sala de recepo de clientes e escritrios.

4.14.1 As tubulaes das instalaes sanitrias, bem como as fossas spticas e sumidouros, caso no exista rede pblica de esgotos sanitrios, devero ser instaladas numa cota inferior quelas destinadas captao da gua mineral ou potvel de mesa.

4.14.2 O refeitrio para os funcionrios, quando houver, dever ter pisos e paredes revestidos de materiais impermeveis que facilitem a higienizao e ser construdo em local adequado, afastado e totalmente isolado das instalaes industriais.

4.14.3 A rea do complexo industrial, no entorno da sala de envase, no poder ser utilizada como depsito de vasilhames cheios ou vazios e outros materiais. 4.14.3.1 Para assegurar completa higienizao, ventilao e impedir contato direto com o piso e eventual contaminao, o produto envasado dever ficar estocado sobre estrados de plstico rgido, paletes, prateleiras ou outros padres de estocagem aprovados pelo DNPM e adequados para esse fim.

4.14.3.2 O concessionrio da lavra responsvel pela coleta, armazenamento seletivo e transporte de todos os resduos gerados, devendo, o armazenamento, ser diferenciado para cada categoria de produto, em local apropriado, fora da unidade industrial, segundo a classe definida pela(s) norma(s) vigente(s) da ABNT.

4.15 LABORATRIO Todas as indstrias que envasam guas minerais e potveis de mesa devero efetuar anlises microbiolgicas, em laboratrios prprios, segundo os lotes de produo bem como a anlise fsicoqumica diria, contemplando a medio de Condutividade Eltrica, pH e a Temperatura da gua na captao e na Linha de Produo, para controle de qualidade do produto final, de conformidade com a legislao em vigor da Agncia Nacional da Vigilncia Sanitria ANVISA/MS. Sero aceitos mtodos de anlise rpida, segundo a tecnologia disponvel e os laudos das anlises devero ser assinados por profissional legalmente habilitado.

4.15.1 As dependncias laboratoriais devero ter pisos e paredes revestidos de materiais impermeveis que facilitem a higienizao e inibam a ao dos contaminantes e os funcionrios que trabalhem nessa rea devero estar equipados com vesturio de barreira.

4.15.2 Na indstria, dever permanecer um arquivo de todas as anlises realizadas nas instalaes, nas embalagens e no produto final.

4.16 SADE E HIGIENE DO PESSOAL Todos os funcionrios devero ser submetidos a exames mdicos admissionais, peridicos, demissionais e em mudana de funo, de acordo com as normas do Ministrio do Trabalho para verificar as condies do seu estado de sade.

4.16.1 Nos exames de admisso e nos peridicos semestrais, os funcionrios envolvidos no processo produtivo devero fazer exames laboratoriais completos (hemograma completo, urina tipo I, glicemia de jejum, parasitolgico de fezes e Rx de Trax), alm da emisso do ASO (Atestado de Sade Ocupacional), para garantia do seu estado de sade. Os resultados destes exames devero ser mantidos nas pastas funcionais da empresa, disponveis para a fiscalizao e o ASO emitido em 02 (duas) vias (empresa e funcionrio).

4.16.2 Os empregados devero ser advertidos no sentido de comunicar toda e qualquer alterao no seu estado de sade ou aparecimento de feridas, dores ou qualquer tipo de sintoma, inclusive de seus familiares. Para tanto dever ser mantido um Sistema de Atendimento Ambulatorial para dirimir queixas, direcionar atendimento mdico e efetuar o armazenamento de dados estatsticos.

4.16.3 Estar impedida de trabalhar qualquer pessoa com potencial de transmisso de doenas infecto-contagiosas de qualquer natureza ou quaisquer patologias que impliquem em cuidados intensivos, de acordo prvia avaliao mdica.

4.16.4 Os empregados responsveis pelas operaes dentro da sala de envase devero usar (EPIs) uniformes, mscaras, gorros, botas de borracha e luvas esterilizadas, na cor branca, e sero obrigados a atender, no mnimo as seguintes recomendaes: a) Manter rigoroso asseio individual, tais como: banho antes de cada entrada na sala de envase, unhas cortadas limpas e sem esmalte, cabelos cortados, dentes em bom estado de conservao, barba feita diariamente, etc; b) No fumar, mastigar, manusear ou ingerir alimentos no exerccio de suas funes;

c) Usar vesturio adequado natureza de seu trabalho, no portando jias, relgios, cordes, pulseiras e no usar perfumes e usar desodorante inodoro.

4.16.5 Todos os funcionrios que trabalham nas linhas de produo devero receber treinamento e capacitao peridica sobre normas de higiene pessoal e Boas Prticas de Fabricao - BPF.

4.17 ROTULAGEM E LACRE O processo de rotulagem e colocao dos lacres independentemente, se for automtico ou manual, no poder ser executado dentro da sala de envase.

4.17.1 Os insumos como rtulos, tampas, lacres e ingredientes de cada produto devero ser armazenados em salas distintas, devendo ser em todas as etapas do processo obedecido o Norma Tcnico de Boas Prticas de Fabricao BPF e ao Sistema de Anlises de Perigos e Pontos Crticos de Controle APPCC e demais normas pertinentes matria.

4.18 UTILIZAO DE GUAS MINERAIS E POTVEIS DE MESA COMO INGREDIENTE NO PREPARO DE BEBIDAS EM GERAL Dentro do prdio industrial destinado ao envase de gua mineral e/ou potvel de mesa, com ou sem a adio de gs carbnico, ser permitido apenas o envase de bebidas que tenham como ingrediente gua mineral.

4.18.1 Para se engarrafar diferentes produtos em uma mesma linha de produo, sem deixar resduos de sabor, odor, cor e isentos de possveis contaminaes, utilizando a gua mineral como ingrediente no preparo de bebidas em geral, imprescindvel a incorporao e a utilizao do sistema de limpeza no local, conhecido como sistema CIP (Cleaning in Place) nas linhas de envase de gua mineral e potvel de mesa, com objetivo de garantir e assegurar uma eficiente desinfeco das enchedoras e seus equipamentos perifricos, disponibilizando-os de forma higienizada aps cada processo de envase, devendo o sistema ser descrito detalhadamente e composto no mnimo por:

a) Um tanque de ao inoxidvel com acabamento polido sanitrio e grau alimentcio para diluio de soluo de limpeza (detergente);

b) Um tanque de ao inoxidvel com acabamento polido sanitrio e grau alimentcio para pr-aquecimento e armazenamento de gua quente (85 C);

c) Um tanque de ao inoxidvel com acabamento polido sanitrio grau alimentcio utilizado para recuperao de gua do enxge que ser utilizada para a etapa de pr-enxge do processo posterior;

d) Uma bomba centrfuga sanitria com rotor e carcaa em ao inoxidvel, para recircular as diferentes solues desde os tanques CIP, tubulao, equipamentos perifricos, enchedoras e retorno para os tanques CIP (Cleaning in Place).

4.18.2 O funcionamento do equipamento de CIP (Cleaning in Place) deve acontecer segundo 05 (cinco) etapas, efetuando pr-enxge, limpeza, enxge intermedirio, esterilizao e enxge final.

a) 1 etapa pr-enxge. O pr-enxge dever ser feito com gua recuperada temperatura de 50C. Esta operao visa remover dos equipamentos e tambm das tubulaes, todo material slido ou lquidos que por ventura fiquem como residuais aps o engarrafamento. A gua efluente do pr-enxge dever ser descartada;

b) 2 etapa limpeza. Esta etapa consiste nas operaes de limpeza e esterilizao propriamente dita dos equipamentos com soluo detergente aquecida a 85C, temperatura esta que assegurar a eliminao de qualquer bactria ou resduo contaminante. Este processo dever ser executado em circuito fechado e em corrente contrria ao fluxo do enchimento, garantindo a remoo de possveis resduos slidos, lquidos e de pontos contaminantes;

c) 3 etapa enxge intermedirio. O enxge intermedirio deve ser feito com gua pr-aquecida a 50C, em circuito fechado e aps o processo a gua dever ser descartada;

d) 4 etapa esterilizao. Esta etapa consiste na utilizao de gua quente proveniente do tanque, aquecida a 90C, e dever circular em circuito fechado em corrente contrria ao fluxo de enchimento por pelo menos 15 minutos, sendo que aps este processo a gua dever ser descartada;

e) 5 etapa enxge final. O enxge final dever se dar com gua mineral a temperatura ambiente. A gua deste processo dever ser direcionada para o tanque de recuperao para utilizar no prximo pr-enxge ou ser descartada.

4.18.3 Para garantir a eficincia do sistema CIP (Cleaning in Place), todas as partes dos equipamentos que se tenham contato com o produto a engarrafar devem ser construdas em ao inoxidvel AISI 304 e para garantir acabamento de todas as superfcies com polimento sanitrio - grau alimentcio. As juntas de vedao ou materiais que no sejam de ao inoxidvel, que possam estar em contato com o produto, devero ser de material certificado para trabalhar com produtos alimentcios, isentos de odores e sabores, de conformidade com as normas da ANVISA/MS. Tambm dever haver a garantia de resistncia dos equipamentos temperatura de 95C. O sistema para aquecimento da soluo e da gua dos tanques deve ser direto por meio de serpentina ou externo dos tanques por meio de trocador de calor.

4.18.4 A previso da utilizao do sistema CIP (Cleaning in Place) deve sempre constar do Plano de Aproveitamento EconmicoPAE, a ser submetida aprovao do DNPM e fiscalizada aps sua instalao, para verificao de sua real eficincia em termos de higienizao das mquinas e equipamentos utilizados para envase de gua mineral e como ingrediente no preparo de bebidas em geral. . 4.18.5 As empresas concessionrias ao utilizarem a gua mineral como ingrediente no preparo de bebidas em geral no podero efetuar a desmineralizao da gua por filtrao, precipitao ou por outro processo que descaracterize o produto mineral, ou qualquer tratamento como clorao, diluio ou adio qumica que venha caracterizar interferncia com alterao das caractersticas qumicas, fsicoqumicas e microbiolgicas, , que se configure como tratamento prvio.

4.18.6 Na hiptese da no utilizao do sistema CIP, o envase de produtos distintos dever ocorrer necessariamente em salas separadas.

5. ESTNCIAS DESTINADAS A FINS BALNERIOS A utilizao de guas minerais e potveis de mesa de fontes frias e termais, destinadas a fins balnerios, devero ser feitas em estncias hidrominerais ou hidrotermais, respectivamente, classificadas pela Comisso Permanente de Crenologia, segundo a qualidade de suas instalaes e os servios prestados, de acordo com o Art. 22 e nico do artigo 41 do Cdigo de guas Minerais, devendo constar das mesmas os seguintes requisitos mnimos em matria de organizao e funcionamento:

5.1 PARA FINS DE TERMALISMO RECREATIVO Os complexos hidrominerais ou hidrotermais devero ter no mnimo as seguintes instalaes: Piscinas (quentes ou frias), com indicao de profundidade, temperatura da gua e tempo de permanncia nas mesmas, de acordo avaliao mdica prvia e proposta de atividades recreativas. Duchas de superfcie (circular, escocesa, Vichy etc.) com indicao de tempo de permanncia; Vestirios masculino e feminino; Sanitrios masculino e feminino; Sala destinada avaliao mdica e primeiros atendimentos; Sala de repouso ps-banhos e/ou duchas.

5.2 PARA FINS CRENOTERPICOS Devero ser atendidas as especificaes contidas no Art. 19 incisos I a VI do Cdigo de

guas Minerais.

5.2.1 Os hotis ou estabelecimentos termais (termas ou balnerios) destinados ao tratamento crenoterpico devero prestar os servios nas seguintes reas: Piscinas de gua fria ou piscinas de gua quente (gua de origem mineral) Setor de balneoterapia com banheiras para banhos totais ou parciais. Saunas secas e midas. Banhos de imerso, prola, turbilho, hidromassagem, ofur etc. Banhos em Duchas circular, escocesa e peloidoterapia; Sala para tratamentos fisioterpicos equipada com eletroterapia, diatermia,

massoterapia etc.

Salas de repouso. Enfermaria para atendimento dos primeiros socorros e posto mdico. 5.2.2 As piscinas e salas de banho, duchas etc. tero as paredes azulejadas e o piso de cermica antiderrapante. Devero ter mostra e para consulta pblica o sistema de higienizao aplicado nas suas dependncias termais segundo normas do Ministrio da Sade;

5.2.3 As piscinas devero dispor de escadas com corrimo cromado e as banheiras com sistema de barras de segurana;

5.2.4 O posto meteorolgico dever conter no mnimo os seguintes instrumentos de medio: pluvimetro, barmetro, termmetro de mxima e mnima, anemmetro, higrmetro ou termmetro de bulbo seco e molhado;

5.2.5 Previso de mdico, fisioterapeuta e equipe de enfermagem, sejam para atendimento de urgncia ou para cumprir protocolos de tratamentos crenoterpicos.

5.2.6 As anlises das guas minerais com propriedades teraputicas utilizadas por hotis ou estabelecimentos termais (termas ou balnerios) devero estar mostra ao pblico consumidor (usurio) assim como, de maneira sucinta e genrica, as suas indicaes, contra-indicaes e metodologia de uso, seja para uso como bebida ou em balneoterapia.

5.3 HIDRMETRO O hidrmetro ser instalado apenas no incio da tubulao de aduo em cada fonte autorizada pelo DNPM.

5.4 ESTABELECIMENTOS TERMAIS Os estabelecimentos que utilizam gua mineral com propriedades teraputicas dependero de aprovao da Comisso Permanente de Crenologia do DNPM, ficando sujeitos fiscalizao desta Autarquia.

5.4.1 Os estabelecimentos termais devero conter no seu quadro de funcionrios um Mdico preferencialmente com qualificao em Crenologia e Crenoterapia que dever responder legalmente pelo uso do recurso mineral na profilaxia ou tratamentos de sade.

5.4.2 O Setor Mdico dos estabelecimentos termais dever efetuar anlise estatstica do seu atendimento e enviar semestralmente Comisso Permanente de Crenologia, para avaliao e compilao em bancos de dados.

5.4.3 A Comisso Permanente de Crenologia e o DNPM sero responsveis por vistorias peridicas a estes estabelecimentos com a finalidade de averiguar o uso sustentvel e racional do recurso mineral.

5.4.4 Todo estabelecimento termal que se proponha a usar gua mineral com potencial teraputico dever apresentar Comisso Permanente de Crenologia um Projeto de Caracterizao Crenoterpica do seu recurso mineral, constando elementos minerais com potencialidade de benefcios sade humana, suas tcnicas de administrao, indicaes, contra-indicaes, dentre outros aspectos.

5.4.5 A Comisso Permanente de Crenologia efetuar o controle rigoroso e o atendimento s normas de higienizao dos balnerios e termas, sejam elas privadas ou sob domnio de Estados ou Municpios.

5.4.6 Todo estabelecimento termal que vier a utilizar gua mineral com potencial teraputico e aplic-lo na preservao ou recuperao da sade, dever conter no seu corpo de funcionrios um Diretor Mdico, legalmente habilitado, que responda tecnicamente e perante os rgos de classe (Conselho Federal e Regional de Medicina) pelos atos praticados no exerccio da sua funo.

5.4.7 Todo estabelecimento termal que praticar atos tcnicos para tratamentos de sade dever comunicar as suas atividades no Conselho Regional de Medicina do seu Estado, Sistema nico de Sade (se enquadrar na Portaria n971 do MS).

6. INCIO DA ATIVIDADE DE APROVEITAMENTO DA GUA MINERAL Aps a publicao da Portaria de Lavra, a concessionria somente poder iniciar as atividades de produo tendo sido atendidas as seguintes condies: aprovao do rtulo pelo DNPM; registro na ANVISA/MS, parecer conclusivo de tcnico do DNPM atestando que as instalaes industriais esto de acordo com o Plano de Aproveitamento Econmico - PAE aprovado; e apresentao do laudo conclusivo da qualidade microbiolgica do produto final envasado (amostra coletada pelo laboratrio responsvel pela anlise ou por tcnico do DNPM).

7. RESPONSABILIDADE TCNICA Confiar, obrigatoriamente, a direo dos trabalhos de lavra de gua mineral e potvel de mesa, incluindo o beneficiamento, a tcnico legalmente habilitado no CREA ao exerccio da profisso, com Anotao de Responsabilidade Tcnica (ART) e dedicao profissional mnima de 20 (vinte) horas mensais.

8. DAS SANES E DAS PENALIDADES No caso de gua mineral e potvel de mesa, aplicam-se as mesmas obrigaes previstas no art. 41, 4, bem como nos artigos 47, 48, 49 e 52 do Cdigo de Minerao (CM), sob pena de sanes previstas no captulo V do (CM) e no captulo XVI do Regulamento do Cdigo de Minerao (RCM), alm das penalidades previstas nos arts. 18 e 31 do Cdigo de guas Minerais.

MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY