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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1 Tribunal Regional Federal da 1ª Região Lei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento. § 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica. § 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico. § 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação. e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016 Presidente Vice-Presidente Corregedor Regional Desembargadores Diretor-Geral HILTON JOSE GOMES DE QUEIROZ I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES JOÃO BATISTA GOMES MOREIRA Jirair Aram Meguerian Olindo Menezes Mário César Ribeiro Cândido Ribeiro Carlos Moreira Alves José Amilcar Machado Daniel Paes Ribeiro Souza Prudente Maria do Carmo Cardoso Neuza Alves Francisco de Assis Betti Ângela Catão Mônica Sifuentes Kássio Marques Néviton Guedes Novély Vilanova Ney Bello Marcos Augusto de Sousa João Luiz de Souza Gilda Sigmaringa Seixas Jamil de Jesus Oliveira Hercules Fajoses Carlos Pires Brandão Francisco Neves da Cunha Carlos Frederico Maia Bezerra Edifício Sede I: Praça dos Tribunais Superiores, Bloco A CEP 70070-900 Brasília/DF - PABX: (61) 3314-5225 - Ouvidoria (61) 3314-5855 www.trf1.jus.br ASSINATURA DIGITAL 1

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Tribunal Regional Federal da 1ª RegiãoLei 13.105, de 16 de março de 2015. Art. 224 Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e incluindo o dia do vencimento.

§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil seguinte, se coincidirem com dia em que o expedienteforense for encerrado antes ou iniciado depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.

§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Presidente

Vice-Presidente

Corregedor Regional

Desembargadores

Diretor-Geral

HILTON JOSE GOMES DE QUEIROZ

I'TALO FIORAVANTI SABO MENDES

JOÃO BATISTA GOMES MOREIRA

Jirair Aram MeguerianOlindo Menezes

Mário César RibeiroCândido Ribeiro

Carlos Moreira AlvesJosé Amilcar Machado

Daniel Paes RibeiroSouza Prudente

Maria do Carmo CardosoNeuza Alves

Francisco de Assis BettiÂngela Catão

Mônica SifuentesKássio MarquesNéviton GuedesNovély Vilanova

Ney BelloMarcos Augusto de Sousa

João Luiz de SouzaGilda Sigmaringa SeixasJamil de Jesus Oliveira

Hercules FajosesCarlos Pires Brandão

Francisco Neves da Cunha

Carlos Frederico Maia Bezerra

Edifício Sede I: Praça dos Tribunais Superiores, Bloco ACEP 70070-900 Brasília/DF - PABX: (61) 3314-5225 - Ouvidoria (61) 3314-5855

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1

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Tribunal Regional Federal da Primeira Região 3

Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag) /Conselho de Administração 3

Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag) /Corte Especial Administrativa 23

Presidência (Presi) 36

Presidência (Presi)/Corregedoria-Geral (Coger) 41

Presidência(Presi) /Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag) 47

Seção Judiciária de Goiás 52

Diretoria do Foro (Diref) 52

Subseção Judiciária de Aparecida de Goiânia (SSJACG) /Diretoria da Subseção (Disub-ACG) 55

Seção Judiciária do Distrito Federal 58

Seção Judiciária de Minas Gerais 59

Subseção Judiciária de Patos de Minas (SSJPMS) /2ª Vara JEF Adjunto Cível e Criminal 59

Subseção Judiciária de Uberlândia (SSJUDI) /2ª Vara Cível 62

Subseção Judiciária de Uberlândia (SSJUDI) /5ª Vara Execução Fiscal 65

Seção Judiciária do Maranhão 69

Seção Judiciária do Pará 70

Subseção Judiciária de Castanhal (SSJCAH) /Diretoria da Subseção (Disub) 70

Seção Judiciária do Mato Grosso 73

Subseção Judiciária de Sinop (SSJSNO) 73

Seção Judiciária de Rondônia 75

Seção Judiciária de Tocantins 76

Seção Judiciária do Amapá 77

Seção Judiciária do Amazonas 78

Diretoria do Foro (Diref) 78

Seção Judiciária do Piauí 91

Seção Judiciária da Bahia 92

4ª Vara 92

Subseção Judiciária de Feira de Santana (SSJFSA) /3ª Vara 96

Seção Judiciária de Roraima 139

Seção Judiciária do Acre 140

Sumário

Unidade Pág.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Tribunal Regional Federal da Primeira Região

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag) /Conselho de Administração

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a REGIÃO

EMENTA

PROCESSO ADMINISTRATIVO. CONTRATO ADMINISTRATIVO. EQUILÍBRIOECONÔMICO-FINANCEIRO. VARIAÇÃO CAMBIAL. RISCO DE NEGÓCIO.INAPLICABILIDADE DA TEORIA DA IMPREVISÃO. (3)

1. Discute-se nos autos revisão do contrato de fornecimento de cartuchos de torner (Ata de Registrode Preços 0154/2015 - Pregão Eletrônico n. 034/2015), a fim de manter o equilíbrio econômico-fmanceiro, nos termos do art. 65, inciso II, alínea "d", da Lei 8.666/93.

2. A teoria da imprevisão autoriza o restabelecimento do equilíbrio econômico-fínanceiro docontrato administrativo quando verificado o preenchimento dos seguintes requisitos: ocorrência defatos imprevisíveis ou anormais; inimputabilidade do evento as partes e onerosidade excessiva a umdos contratantes.

3. No caso concreto, a variação cambial demonstrada nos autos entre a apresentação da proposta e aassinatura da Ata de Registro de Preços 0154/2015 não configurou evento extraordinário eimprevisto. Ao contrário, a variação cambial, tal como verificada no período, era risco ordinário donegócio.

4. Recurso não provido.

ACÓRDÃO

Decide o Conselho de Administração, por unanimidade, negar provimento ao recurso.

Conselho de Administração - 15.09.2016

Desembargadora Federal Angela Catão

Relatora

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Documento assinado eletronicamente por Angela Catão, Desembargadora Federal, em15/09/2016, às 14:50 (horário de Brasília), conforme art. 1°, I I I , "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trfl jus.br/portaltrfl/servicos/verifica-processo.htin informando o código verificador 2805244 e o código CRC

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SAU/SUL - Quadra 02. Bloco A; Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br0022845-92.2015.4.01.8000 2805244v2

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a REGIÃO

RELATÓRIO E VOTO

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO, Relatora:

Trata-se de segundo pedido de reconsideração, formulado por MARUMBI TECNOLOGIA LTDA,em face da decisão (SEI 2141691), que indeferiu o pedido de reequilíbrio econômico-financeiro daAta de Registro de Preços 0154/2015 - Pregão Eletrônico n. 034/2015 - item 05 e 21 (CARTUCHODE TORNER).

Sustenta que a revisão de preço encontra amparo no panorama económico atual (oscilações dacotação do dólar). Solicita a empresa reajuste de 66% e 67%, respectivamente, nos itens 05 e 21 daAta de Registro de Preços 0154/2015, passando o valor unitário do item 05, de R$ 207.00 (duzentose sete) reais para R$ 343, 62 (trezentos e quarenta e três reais e sessenta e dois centavos) e do item21, de R$ 284,75 (duzentos e oitenta e quatro e setenta e cinco centavos) para R$ 475,53(quatrocentos e setenta e cinco reais e cinquenta e três centavos).

Dessa forma, pleiteia a parte requerente:

a) Sejam revistos os valores pactuados, com base no reequilíbrio econômico-financeiro da Ata deRegistro de Preços n° 154/2015 nas proporções e nos termos delimitados acima de modo arestabelecer a exequibilidade da Ata de Registro de Preços;

b) SEJAM SUSPENDIDAS QUAISQUER EMISSÕES DE NOTAS DE EMPENHOS ATÉ ADECISÃO PROFERIDA;

c) De qualquer decisão proferida sejam fornecidas as fundamentações jurídicas da resposta e todosos pareceres jurídicos e técnicos a este respeito;

d) Seja o presente pleito julgado procedente, de acordo com as legislações pertinentes à matéria;

e) Sucessivamente, caso indeferido o presente pleito, requer-se o cancelamento da Ata em comento,nos termos do art. 19, inc. I do Decreto 7.892/2013.

Em cumprimento ao disposto no art. 74, inciso VII do Regimento Interno desta Corte, foram os autosdistribuídos à minha relatoria.

É o relatório.

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VOTO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO. Relatora:

Analisando detidamente os autos, tenho que o pedido de revisão não merece prosperar.

0 pedido de revisão de contrato administrativo, a fim de manter o equilíbrio econômico-financeirofoi requerido com base no art. 65, inciso II, alínea "d", da Lei 8.666/93, que assim dispõe:

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nosseguintes casos:

1 - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aosseus objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuiçãoquantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

II - por acordo das partes:

a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;

b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modode fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuaisoriginários;

c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstânciassupervenientes, mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relaçãoao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ouexecução de obra ou serviço;

d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos docontratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço oufornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial docontrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequênciasincalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso deforça maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea económica extraordinária eextracontratual.

Como se vê do dispositivo acima transcrito, a Teoria da Imprevisão só se aplica quando o fatogerador do desequilíbrio é totalmente inesperado, quando não há culpa de nenhuma das partescontratuais e quando há grave modificação das condições do contrato. Em resumo, diante desituações de anormalidade, admite-se a revisão contratual.

Nesse contexto, a revisão do contrato demanda o preenchimento cumulativo dos seguintes requisitos:1) ocorrência de fatos imprevisíveis (ou, até mesmo, razoavelmente imprevistos) ou anormais;inimputabilidade do evento às partes e onerosidade excessiva de um dos contratantes.

Assim, devidamente comprovada a situação de imprevisibilidade, é cabível o reequilíbrioeconômico-financeiro, nos termos em que disposto no art. 37, inciso XXI, da CF e no art. 65, inciso

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II, alínea d, da Lei 8.666/93

Sobre a questão, cito Marcai Justen Filho, na sua obra Curso de Direito Administrativo, EditoraSaraiva, 2005, p.297, i n verbis:

No Brasil, o art. 65, II, d, da Lei n. 8666/93, ampliou a abrangência da teoria da imprevisão para nelafazer incluir os fatos de consequências incalculáveis, o que compreende em especial adesvalorização monetária produzida pela inflação. A inflação pode ser um fato previsível, mas iautorizará a incidência da teoria da imprevisão quando os índices inflacionários não puderemser estimados de antemão e apresentarem variação que ultrapassa os limites das previsõesgeneralizadas.

Nesse sentido, veja-se o entendimento do Tribunal de Contas da União constante do Relatório doMinistro Vital Rego, que fundamentou o Acórdão 3696/2015:

Segundo a definição legal, fatos previsíveis, de consequências que se possam razoavelmenteestimar, não podem servir de supedâneo à pretensão de recomposição de preços. A lei não visasuprir a imprevidência do particular ou sua imperícia em calcular o comportamento da curvainflacionária. Apenas o resguarda de situações extraordinárias, fora do risco normal da economiade seus negócios. Não se pode olvidar também que os contratos, em regra, são celebrados comempresa vencedora de processo de licitação, em que a Administração, entre várias propostas que selhe formularam, escolheu a que lhe era mais vantajosa. Mais vantajoso deve ser entendido como aque atende ao fim público colunado com o menor custo possível. De fato, admitir a aplicação dateoria da imprevisão nos contratos administrativos fora da via estreita definida pelo Estatuto dasLicitações e Contratos Administrativos, vale dizer, aceitar a recomposição de preços nos contratosa todo tempo e modo, na hipótese de o contratante apenas demonstrar alterações na relaçãoeconômico-fmanceira, seria negar qualquer sentido prático ao instituto da licitação e premiar olicitante que, por má-fé ou por inépcia empresarial, apresentou proposta que, com o tempo, serevelou antieconômica. A licitação, na hipótese em questão, poderia conduzir a Administração àescolha de propostas apenas aparentemente mais económicas. As empresas que oferecessempropostas adequadas, escoimadas em previsões bem feitas e com margem de lucro razoável,poderiam ser derrotadas por propostas mal calculadas, que manifestariam seus malefícios somentemeses mais tarde. Forçoso reconhecer que, se apropria lei que previu o reajustamento de preçosapenas de ano a ano, estabeleceu também a ocorrência do reajuste salarial no mês da data base dacategoria, claro está que os contratantes, já no momento da contratação, conheciam perfeitamenteas condições em que o contrato se executaria, devendo naquele momento ajustar a equação deequilíbrio económico-financeiro para perdurar por um ano. Variações de custos previsíveis, paramais ou para menos, ainda mais, quando previsíveis, como no caso, são normais na atividadeempresarial e constituem a álea normal do empreendimento. Todavia, cumpre relembrar que arealidade fática se sobrepõe à jurídica, exigindo do intérprete da norma que se socorra dosprincípios gerais do Direito para dar a cada caso concreto a solução mais justa e conforme aoordenamento jurídico como um todo. Nesse sentido, exsurge a utilidade da distinção, feita no iníciodeste parecer, das duas categorias de contratos regulados pela nova legislação. Há que sereconhecer a notável diferença existente entre essas duas categorias.

Feitas essas considerações, passo a análise do fato concreto, tal como sustentado pela parterequerente.

Para uma melhor compreensão da questão transcrevo a manifestação da DICOM, que repisou algunsaspectos fáticos, nos seguintes termos (Despacho TRF1 - DISCOM 2389098):

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Consta da Nota Fiscal n. 0099164 - documento (1947941), emitida em 21/01/2015, o valor unitáriode 184,00 (cento e oitenta e quatro) reais para o item 5 (cartucho de toner Samsung. Modelo:SCX-D5530B) da ARP n. 0154/2015;

No mesmo documento (1947941), consta da Nota Fiscal n. 0111186, emitida em 16/03/2016, o valorunitário de 307,00 (trezentos e sete) reais, também, para o item 5 (cartucho de toner Samsung.Modelo: SCX-D5530B) da referida Ata;

Na Nota Fiscal n. 0101489 - 1947941), emitida em 16/04/2015. consta o valor unitário do item 21(toner Samsung preto MLT-D203UP/SL-M4020) de 200,69 e. para esse mesmo item, na Nota Fiscaln. 0110787, emitida em 29/02/2016 o valor de R$ 336,96 (trezentos e três reais e noventa e seiscentavos).

Da análise dos documentos, verifica-se que entre janeiro de 2015 a março de 2016, houve umaumento de 66% para o item 05 e, entre abril de 2015 a fevereiro de 2016, aumento de 67% para oitem 21, conforme solicitado pela empresa Marumbi, no documento (1947941).

Convém registrar que naquele primeiro momento, 1.6/03/2016 (2021609).

Em 25/04/2016, a empresa, após ser notificada do indeferimento do pedido de revisão de preços, nãoconcordando com a decisão, propôs, baseando-se pelos mesmos documentos apresentados noprimeiro pedido (notas fiscais do fornecedor - Microsens), o reequilíbrio apenas do item 21,passando de R$ 284,75 (duzentos e oitenta e quatro reais e setenta e cinco centavos) para R$ 475,53(quatrocentos e setenta e cinco reais e cinquenta e três centavos), abrindo mão, desta vez, daconcessão de reajuste para o item 05. Fato que. também, foi relatado no despacho (2141691).

Em 20/05/2016, a empresa entrou com pedido de reconsideração informando da impossibilidade dehonrar com os valores registrados na Ata de Registro de Preços (item 5 e 21, registrado,respectivamente, o valor de R$ 207,00 e R$ 284,75 2238114).

Após a análise da documentação dos autos, concluiu à Divisão que: [...] não são suficientes paraensejar uma revisão de preços, visto que o reequilíbrio económico -financeiro está relacionado àocorrência de fatos imprevisíveis, ou, ainda que previsíveis, de efeitos incalculáveis, o que não cabeao presente caso, pois a súbita alta do dólar teve início no segundo semestre de 2015 (maisprecisamente pelo mês de setembro), assim como demonstrado nos documentos (2021477).

Com efeito, não se vislumbra o rompimento do equilíbrio económico financeiro alegado pela parterequerente, a quem competia gerenciar seus próprios riscos de modo a garantir a execução docontrato.

Quando da assinatura da ata, o país já sofria com a crise económica, sendo evidente a expectativa ,de inflação. Logo, caberia à parte requerente formular proposta, tendo em conta as situaçõesprevisíveis, não se podendo imputar à Administração o ónus de arcar com possíveis prejuízoscausados pela omissão da parte requerente.

Não obstante o objeto do contrato em questão tratar do fornecimento de cartuchos para computador,a variação cambial detectada não configurou evento extraordinário e imprevisto. Ao contrário, avariação cambial, tal como verificada no período, era risco ordinário do negócio.

Corroborando esse entendimento, peço vénia para reproduzir parte do parecer da AS.TUR, subscritopela Assessora Adjunta V, Vanda Salles Menezes, e pelo Chefe de Assessoria II - Asjur:

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[...] E pacífico o entendimento de que, atendidos os requisitos que configuram a álea extraordináriaque desequilibra substancialmente o contrato, é cabível o reequilíbrio econômico-financeiro, paraevitar que uma parte se locuplete em detrimento da outra. É uma garantia prevista no inciso XXI doart. 37 da Constituição Federal e no art. 65. inciso II, alínea "d", da Lei 8.666/1993. Mesmo nahipótese de variação cambial, o próprio Tribunal de Contas da União já admitiu a revisão contratual(Acórdãos 1.595/2006 e 2.927/2011 e Decisão 464/2000, todos do Plenário), de igual modoprecedente do Superior Tribunal de Justiça (ST.T: RMS 15154, 1a Turma, D.T de 02/12/2002), que foiespecífico em razão da mudança da política cambial à época.

No presente caso, no entanto, a variação cambial, por si só, não justifica a revisão contratual,por não se tratar de fato superveniente imprevisível ou mesmo previsível, mas deconsequências incalculáveis, que justifique a alteração pretendida, haja vista que, conforme jáinformado pela Dicom, o cenário financeiro à época da elaboração da proposta já era devariação cambial, competindo às empresas cujos produtos tenham forte dependência dasvariações cambiais do dólar, adotar medidas para proteger suas operações dessas variaçõesmaiores de preço, de forma a garantir o valor ofertado. E averbe-se que a ata foi assinada pelarequerente sem pedido de revisão ou de contrariedade a preço, conquanto tenha havido acentuadavariação cambial entre a data da proposta (22/05/2015) e a da assinatura da ata (27/10/2015).Somente após o pedido de fornecimento e emissão da nota de empenho, 11/03/2016 (1923470), éque a requerente formulou pedido de reequilíbrio. Constata-se que, nesta data, em relação à daassinatura da ata, a variação cambial é negativa. Assim, se na data da assinatura da ata a requerentenão se opôs a fornecer pelo preço registrado, agora, com o valor do dólar inferior ao daquelemomento, não há sentido lógico-jurídico admitir elevação de preço. [...]

Seguindo a mesma linha de entendimento aqui desenvolvida, não merece prosperar o pedidosucessivo da empresa fornecedora de cancelamento da Ata de Registro de Preços 154/2015, emrazão da ausência de fato imprevisível no momento da contratação que provoque substancialalteração do equilíbrio económico do contrato.

Isso posto, nego provimento ao recurso administrativo.

É o meu voto.

Desembargadora Federal Angela Catão

Relatora

Documento assinado eletronicamente por Angela Catão, Desembargadora Federal, em15/09/2016, às 14:49 (horário de Brasília), conforme art. 1°, I I I , "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trfl.jus.br/portaltrfl/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 2805199 e o código CRC6A26E797.

SAU/SUL - Quadra 02, Bloco A. Praça dos Tribunais Superiores - CliP 70070-900 - Brasília - DF - www.trfl .jus.br0022845-92.2015.4.01.8000 2805199v2

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Ia REGIÃO

EMENTA

EMENTA

PROCESSO ADMINISTRATIVO. CESSÃO DE SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL. PERDA DOOBJETO RECURSAL. RECURSO PREJUDICADO.

1. Pedido de revisão de decisão proferida pelo Presidente desta Corte que indeferiu requerimento decessão de servidor público para o exercício de cargo em comissão de Diretor de Secretaria (CJ-03)na Subseção de Manhuaçu.

2. Noticiado nos autos pela parte interessada que foi nomeado outro servidor para ocupar o referidocargo em comissão, conforme publicação ocorrida na Seção 2 do DOU de 30.06.2016. ficaprejudicado o presente recurso administrativo, em razão da perda de objeto recursal.

3. Recurso prejudicado.

ACÓRDÃO

Decide o Conselho de Administração, por unanimidade, julgar prejudicado o recurso.

Conselho de Administração - 15.09.2016.

Desembargadora Federal Angela Catão

Relatora

Documento assinado eletronicamente por Angela Catão, Desembargadora Federal, em15/09/2016, às 14:52 (horário de Brasília), conforme art. 1°, 111, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://poital.trfl .jtis.br/portaltrfl/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 2805403 e o código CRC3F8C7E9C.

SÁ U/SUL - Quadra 02: Bloco A, Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - Dl7 - www.trfl .jus.br

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:: SEI / TRF1 - 2805363 - Relatório e Voto :: https://sei.lrfi .jus.br/sei/contro!ador.php?acao=documcnto_imprim...

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA I a REGIÃO

RELATÓRIO E VOTO

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO, Relatora:

Trata-se de pedido de recurso, formulado pelo Juiz Federal FLÁVIO BITTENCOURT DE SOUZA,postulando pela reforma da decisão proferida pelo Presidente do Tribunal Regional Federal da 1a

Região, Desembargador Federal Hilton Queiroz, que indeferiu a cessão do servidor William Delfmode Paulo para o exercício do cargo em comissão de Diretor de Secretaria (CJ-03) na Subseção deManhuaçu.

Em cumprimento ao disposto no art. 74. inciso VII do Regimento Interno desta Corte, foram os autosdistribuídos à minha relatoria.

Por meio de requerimento formulado em 01 de julho de 2016, requereu-se a desistência do recurso,em face da perda do objeto recursal.

É o relatório.

VOTO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO, Relatora:

Com efeito, a indicação ao cargo de Diretor de Secretaria (CJ-3) do servidor público federal WillianDelfmo de Paulo foi feita pelo eminente Juiz Federal Titular da Vara Única da Subseção Judiciáriade Manhuaçu/MG Flávio Bittencout de Souza ao excelentíssimo senhor Presidente do egrégioTribunal Regional Federal da 1° Região.

O pedido de cessão foi indeferido com os seguintes fundamentos:

Em face das informações da DICAP/SECGP e considerando os argumentos apresentados pelo Exmo.Sr. Juiz Federal da 12a Vara da Seção Judiciária de Minas Gerais decorrente da grande demandade ações judiciais causada pelo "desastre ambiental de Mariana/MG" (processos da SamarcoMineração), indefiro a cessão do servidor WILLIAM DELFINO DE PAULO para o exercício decargo em comissão na Subseção Judiciária de Manhuaçu.

Por meio do requerimento SJMG-MNC-DISUB 2424387 o Juiz Federal Flávio Bittecourt de Souzaformulou pedido de desistência do presente recurso, em razão da nomeação de outro servidor paraocupar o cargo em comissão de Diretor de Secretaria (CJ-3), conforme publicação ocorrida na Seção2 do DOU de 30.06.2016.

Isso posto, julgo prejudicado o recurso administrativo, em razão da perda de objeto.

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SEI / TRF1 - 2805363 - Relatório e Voto :: https://sei.trf1.jus.br/sei/controlador.php?acao=documentojmpriin..

É o meu voto.

Desembargadora Federal Angela Catão

Relatora

M^^PWVV *i I Documento assinado eletronicamente por Angela Catão, Desembargadora Federal, em| j$j$ l 15/09/2016, às 14:51 (horário de Brasília), conforme art. 1°, HL "b", da Lei 11.419/2006.|m_m__í̂ _,ij

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trfl .jus.br/portaltrfl/servicos/veriflca-processo.htm informando o código verificador 2805363 e o código CRC8DE14072

SAU/SUL - Quadra 02, Bloco A. Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DP - www.trfl.jus.br0008212-18.2016.4.01.8008 2805363v:

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃOPROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃOINTERESSADO : SANDRO ROBERTO INÁCIO LOBOASSUNTO : LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

EMENTA

SERVIDOR PÚBLICO. LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES.DEFERIMENTO COM REDUÇÃO DO PERÍODO. POSSIBILIDADE. CRITÉRIO DECONVENIÊNCIA E OPORTUNIDADE. COMPETÊNCIA DA PRESIDÊNCIA DO TRIBUNAL.RESOLUÇÕES 5/2008 CJF E 600-10/2007 TRF1. RECURSO NÃO PROVIDO.

1. Em que pese a anuência da chefia imediata do servidor ser condição sine qua non para odeferimento do pedido pela Presidência da Corte quando o afastamento for superior ao prazo de90 (noventa) dias (Resolução 5/2008 CJF c/c Resolução 600-10/2007 TRF1), a mera anuêncianão vincula a decisão do Presidente, que analisará o requerimento à luz da conveniência eoportunidade da Administração do Tribunal.

2. É notória a escassez não só de servidores, mas também de magistrados, no quadro desteTRF 1a Região e respectivas Seções e Subseções Judiciárias, fato bem registrado pelamanifestação da Diretoria-Geral ao asseverar que "é recorrente a comunicação das Seccionaisquanto à falta de mão-de-obra de servidores, sendo constantes as solicitações de requisições,para aumento do quantitativo de Estagiários, Terceirizados, a fim de minimizar a situação."

3. O deferimento parcial do pedido formulado pelo prazo de 3 (três) anos com redução para 12(doze) meses objetiva conciliar o interesse do servidor ao interesse da Administração, eis queevita o afastamento do servidor por prazo que supere a atua! gestão à qual está vinculado,podendo o interessado, ainda, pedir a prorrogação de seu afastamento caso assim entenda, até olimite de 3 (três) anos, conforme autorizado pela Lei 8.112/90.

4. Recurso não provido.

ACÓRDÃO

Decide o Conselho de Administração, por unanimidade, negar provimento aorecurso.

Conselho de Administração - 05.11.2015.

Desembargadora Fecferal^^tfígela CatãoRelatora

TRF 1- REGIÃO/IMP.15.02-OS W:\Angela CaiãoCorte Êspecial\Administrativa\CA 00004963220144018000 LIP EME LGC.docCriado por Administrador

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO

PROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

RELATORA : DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃOINTERESSADO : SANDRO ROBERTO INÁCIO LOBOASSUNTO : LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSES PARTICULARES

RELATÓRIO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO, Relatora:

Trata-se de recurso interposto pelo servidor Sandro Roberto Inácio Lobo contradecisão proferida pelo Desembargador Federal Presidente Cândido Ribeiro que deferiu apenasparcialmente o pedido de gozo de licença para tratar de interesses particulares.

O servidor formulou requerimento para gozo da referida licença pelo período de 3(três) anos, contando com a anuência de sua chefia imediata, tendo o Desembargador FederalPresidente deferido o pedido com redução do prazo para 12 (doze) meses.

Recorre o interessado, alegando tratamento não isonômico, uma vez que a praxeneste TRF é de deferimento peio período solicitado, notadamente em havendo anuência dosMagistrados iocais aos quais está vinculado o interessado, como ocorreu no caso.

É o relatório.

Desehtfjargadora Federal Angela CatãoRelatora

TRF i- REGIAO/IMP 15.02-os W:\Angela Catão\Corte Especial\Administraliva\CA 0000496322014-1018000 LIP RELVOT LGC.docCriado por Administrador

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO fis 2/5

PROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

VOTO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL ANGELA CATÃO, Relatora:

Verifico que a questão foi muito bem analisada pela Diretoria de Legislação dePessoal por meio da informação TRF DILEP 0013651, subscrita pela Supervisora da Seção deDireitos e Deveres Argeamery Teles de Faria de Souza.

Com efeito, destacou a informação o seguinte:

[...]

A respeito da conveniência da administração, para a concessão da referidalicença, as Resoluções n° 05/2008-CJF, e 600-010-TRF, de 21/08/2007,tratam do assunto nos seguintes termos:

. Resolução CJF n. 5/2008:

"Art. 76. Caberá à área de recursos humanos do órgão manifestar-sesobre a conveniência da Administração para a concessão da licença,ouvida, previamente, a unidade administrativa na qual o servidor forlotado.

§ 1° Entre os critérios de análise da conveniência da Administração,deverão ser consideradas a manifestação da unidade onde oservidor desempenhe suas funções, a demanda do serviço, atual ouiminente, e a força de trabalho existente no órgão.

§ 2° A unidade de lotação do servidor deverá informar,obrigatoriamente, a repercussão do afastamento na execução doserviço.

(...)

Art. 80. Compete aos Presidentes do Conselho da Justiça Federal edos Tribunais Regionais Federais, no âmbito de suas respectivascompetências, conceder licenças para o trato de interessesparticulares, admitida a delegação de competência.

Resolução 600-10/2007-CJF

"Art. 3°. São competentes para conceder a licença para tratar deinteresses particulares:

aos servidores do tribunal, o presidente do Tribunal;

II- aos servidores das Seções Judiciárias e respectivas Subseções:

a) o juiz federal diretor do Foro, quando se tratar de licença que nãoultrapasse o período de 90 (noventa) dias;

b) o presidente do Tribunal, quando se tratar de licença comperíodo superior a 90 (noventa) dias. (Grifo no original).

(...)

Cabe informar que a concessão da licença para tratar de interessesparticulares depende, em primeira análise, de autorização da chefiaimediata e do titular do órgão de origem do servidor.

TRF t- REGIÃOíIMP. 15-02-05 Wttngcta CmSoCorle EspecíalWdmmislratrvalCA 00004S632!OW018tXX) LIP RELVOT LGC doe

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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA PRIMEIRA REGIÃO fls.3/5

PROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

No presente caso, o servidor atendeu a esse requisito, à medida em que aadministração da Seção Judiciária da Bahia manifestou-se favoravelmenteà concessão da licença nos termos em que foi requerido, pelo período de03 (três) anos.

Todavia, não obstante a aquiescência da referida Seccional, o fato é que aRés. 5/2008-CJF remete ao dirigente máximo do Tribunal Regional Federala competência para a concessão final da licença para tratar de interessesparticulares.

No caso em tela, a Administração deste tribunal deferiu o afastamento peloperíodo de apenas 01 ano, por razões de conveniência administrativa, emface da aíual demanda dos serviços na Justiça Federal da primeira região.

Assim, visando minimizar o acúmulo de serviços e o bom atendimento aosjurisdicionados, é que este tribunal decidiu, neste e noutros processossemelhantes, conceder esse tipo de licença por apenas por 12 (doze)meses, tendo ainda, por finalidade, não adentrar na Administraçãovindoura, já que não se pode presumir quanto à necessidade dos serviçosna gestão futura.

Cabe ressaltar, ainda, que, durante o período em que o servidor semantém afastado, o cargo permanece provido, porém gera-se um claro nalotação, sem possibilidade de recomposição, ressaltando ainda que, nostermos do art. 78 da Rés. 5/2008-CJF, "durante o período de fruição dalicença, não haverá garantia de reposição de servidor na unidade deorigem do afastamento."

Dessa forma, entendemos que o interessado não tem direito líquido e certoa afastar-se dos serviços pelo prolongado período de 03 (três) anos, hajavista que o ato de licença para tratar de interesses particulares éinstrumento de oportunidade e conveniência da Administração, que sópode ser concedido no estrito interesse do serviço.

Assim, prevalece o interesse da Justiça Federa! sobre o interesseparticular (servidor) pois, é requisito indispensável para a concessão dalicença que, além da autorização do órgão de lotação, haja anuência daAdministração deste tribunal.

[...]

No mesmo sentido, foi o Despacho TRF1-DIGES 0026888, subscrito pelo Diretor-Geral Carlos Frederico Maia Bezerra, in verbis:

[...} cumpre-me esclarecer que a autorização dessa modalidade deafastamento tem se limitado ao prazo de 12 (doze) meses em razão dascrescentes dificuldades da Justiça Federal da Primeira Região nocumprimento de seu mister, decorrente da escassez de mão-de-obra.

É recorrente a comunicação das Seccionais quanto a falta de mão-de-obrade servidores, sendo constantes as solicitações de requisições, paraaumento do quantitativo de Estagiários, Terceirizados, a fim de minimizar asituação.

Ainda que não se resolva integralmente o problema de pessoal, essaopção do deferimento por um período mais curto evita um esvaziamentoainda maior que fatalmente poderia comprometer a prestação dosserviços.

Demais, não há impedimento para que a administração autorize aprorrogação por novos períodos de 12 meses até que se alcance o limite

TRF1» REG1ÃOJIMP 15-02-05 W.Wnjoa CalAo\Coile Espe«alWdminiS!ialiva\CA 000049632201*4018000 LIP RELVOT LGC.doc

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PROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

legal de 36 meses (isso já foi considerado regular e aplicados em diversosprecedentes).

É comum que o gestor da Unidade de lotação do servidor não seja omesmo no lapso de um ano, bem como a realidade fática que autorizou oafastamento venha a se modificar ao ponto em que a manutenção desseafastamento trará prejuízo, uma vez que a administração fica com umavaga presa durante a licença sem possibilidade de reposição da força detrabalho.

A limitação ao prazo de 1 ano, ao contrário, evita que se defira oafastamento por tempo superior a gestão do Presidente da Corte ou doDiretor do Foro, como no caso, bem assim que ocorra as desagradáveisinterrupções do afastamento por interesse público, o que tem amparo legale resultaria em dano maior para o interessado (parágrafo único do art. 92da Lei 8112/1990}

O afastamento por prazo limitado tem respaldo na discricionariedade querege a concessão desse modalidade de licença, urna vez que seu gozonão se inclui nos direitos subjetivos do servidor, pois subordinado aointeresse público, como bem estabelece a Lei 8112/1990, verbis:

Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas aoservidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágioprobatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazode até três anos consecutivos, sem remuneração, [Grifos no original[

Relembro que embora seja essencial para o deferimento do pedido aaquiescência da chefia imediata do interessado, a Resolução 5/2008-CJFremete à Vossa Excelência a competência para o aferimento do interessepúblico na concessão.

No caso em tela não há ilegalidade que enseje o acolhimento do presenterecurso: a decisão está em consonância com os precedentes recentesdesta Administração, estando o deferimento do pedido pelo prazo de 01ano convalidado por razões de conveniência administrativa, em face daatual demanda dos serviços na Região.

[...]

Frise-se que as Resoluções 5/2008 do Conselho da Justiça Federal e 600-10/2007deste TRF 1a Região, outorgam ao Presidente da Corte a competência para conceder licença paratratar de interesses particulares, dispondo esta última no caso em que o pedido for por períodosuperior a 90 (noventa) dias.

Dessa forma, em que pese a anuência da chefia imediata do servidor ser condiçãosine qua non para o deferimento do pedido pela Presidência da Corte quando o afastamento forsuperior ao prazo de 90 (noventa) dias, a mera anuência não vincula a decisão do Presidente, queanalisará o requerimento à luz da conveniência e oportunidade da Administração do Tribunal.

Nesse ponto, há que se registrar que é notória a escassez não só de servidores,mas também de magistrados, no quadro deste TRF 1a Região e respectivas Seções e SubseçõesJudiciárias. O quantitativo previsto em lei é insuficiente à regular prestação jurisdicional e asrestrições orçamentarias impedem o aumento do quadro de pessoal de acordo com a crescentedemanda apresentada à Justiça Federal como um todo.

Esse fato é bem registrado pela manifestação da Díretoria-Geral ao asseverar que"é recorrente a comunicação das Seccionais quanto a falta de mão-de-obra de servidores, sendoconstantes as solicitações de requisições, para aumento do quantitativo de Estagiários,Terceirizados, a fim de minimizar a situação."

TRF 1* REG!ÁQ/IMP.t5-02-05 W \Angcla Cai3o\Cotte EspCCt0l\Adrnirwslrativa\CA QOOCM9032201'1401800C LIP

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PROCESSO 0000496-32.2014.4.01.8000

Se essa situação é evidente no âmbito deste Tribunal, sediado na capital do país,razoável supor que seja equivalente ou até mesmo ainda mais desfavorável no âmbito dasSubseçôes Judiciárias, muitas vezes instaladas em locais de difícil acesso e que não raras vezesnão possuem o quadro de pessoal completo, o qual, por lei, já está defasado em relação àcrescente demanda da Justiça Federal em todo o Brasil.

Ademais, o deferimento parcial do pedido formulado pelo prazo de 3 (três) anoscom redução para 12 (doze) meses, nos termos em que se manifestou o Presidente CândidoRibeiro, objetiva conciliar o interesse do servidor ao interesse da Administração, eis que evita oafastamento do servidor por prazo que supere a atual gestão à qual está vinculado.

Não fosse suficiente, nada impede que o servidor, em entendendo ser o caso,oportunamente requeira a prorrogação de seu afastamento, até o limite máximo de 3 (três) anos,conforme autorizado pela Lei 8.112/90.

Nesses termos, anoto que não há nada a acrescentar aos argumentos constantesna informação da DILEP e na manifestação da DIGES, transcritos acima, razão pela qual adotoseus fundamentos como razões de decidir.

Isso posto, nego provimento ao recurso.

É o meu voto.

Desembargadora Bederal Angela Catão

delatora

TRF !• REG1ÃO/IUP. 15-02-05 WlÁnjolP Cal3o\Coilc EspedalWflminislrativa\CA 00004963220KAOI8000 UP RELVOT LGC.ÍOC

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RELATOR(A) , EXWÁ. DESEMBARGADORA FEDERAL NEUZA ALVESINTERESSADO ADRIANA SILVA £)£ REZEN0EASSUNTO: . SERVIDOR ATIVQ - ISENÇÃO PE IMPOSTO DE RENDA-DOENÇA

ESPECIFICADA EM LEI

PROCESSO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO ATIVCX ACOMETIMENTO DENEOPLASfA, ISENÇÃO -p6 MPQSTO DE RENDA. IMPOSSIBILIDADE.INTERPRETAÇÃO RESTRITIVA .DÁ LEGISLAÇÃO TRIBUTARIA, PRECEDENTESJUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS,

1, Cúítfa-se de recurso administrativo.interposto por servidora aítva Tribunal que

leve -negado seu pedido de isenção de imposto de tenda ém-razâo de 'ser portacJora

de doença especificada em Ieis ao argumento de que a exoneração pretendida

alcança apenas os proventos de {natividade,

2: A exisíênola de decisões jCidieíaís tiesíá Corte, em sen lido favorável ã pretensão da

servidora não autorizam a almejada concessão administrativa da pretendida isenção,

sendo certo que a poBíção firmada peio STJ em derredor da controvérsia ê com ela

colidente.

Decide o Conselho de Administração do Tribuna! Regional Federa! da T<!

Região; 'por ttfíantoifdade, negar provimento ao recurso, nos termos cio voto da Relatora.

Bras.íIía/DF.,,03 de setembro tíe 2015.f í *'}'

*>--"•''' * ^jÁ^' . •" " ' \

DesernbargadQrá-f ederai NEUZA ALVES'

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RELATÓRIO

à ÊXMA, SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL NEUZA ALVES

(RELATORA^}

Trata-se de recurso .administrativo interposto por ADRIANA SILVA. DE:

REZENDE, sarvídora do Quadro de Pessoa! deste Tribunal, contra a decisão-proferida pelo

Direíor-Geral desta Corte, que indeferiu seu pedido de isenção do imposto de renda sobre

seus saláríos,: benefício a que entende fazer jus na condição de portadora de neoplasia

maligna.

A decisão recorrida se baseou no fato de que a legislação tributária aplicável à

espécie prevê a isenção pretendida apenas quando o servidor acometido de neoplasia

maligna já. estiver aposentado, incidindo, a desoneração, sobre os seus respectivos

proventos.

Alega a servidora recorrente, em suma, que segundo a jurisprudência desta

Corte o direito'à isenção pretendida também aiçança os servidores em atividade.

-Parecer da DI.LEP pelo indeferimento do pleito, ao argumento de que a

Administração-deve seguir o opinativo do laudo da junta Médica produzido no caso.

O indeferimento do pedido veio a ser ratificado peio Exrno Diretor-Geral deste

Tribunal.

Ê o relatório.-. ,.-.-•<'"

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T PROCESSO ADMINISTRATIVO (SEI) 0001401-37.2014.4.01.8000 - TRF1" REGIÃO

VOTO

A EXMA. SRA. DESEMBARGADORA FEDERAL NEUZA MARIA ALVES

(RELATORA^

Segundo entendimento que adotò, em sentido concorde com a pretensão da

servidora recorrente, residindo a mem$ legís do art 6°, incsso XIV, da Lei n° 7.713, de 1983.

na necessidade de permitir ao portador de neoplasía maligna dispor de melhores condições

financeiras piara enfrentar as despesas médicas e medicamentosas resultantes do

acometimento da doença, emerge irrelevante, para esse fim, a aferição de sua condição

corno servidor atívof ou irtativó,-

Assim, entendo que também o servidor em atívidade portador de doença

especificada gm lei faz jus à isenção do imposto de renda sobre a sua remuneração

Todavia, ressaívo meu entendimento quanto ao tema para indeferir o pedido

em apreço, em obséquio â posição firmada peio STJ em seu derredor, no sentido de que,

cuidando-se de norma isentiva, o dispositivo legal acima referido deve ser interpretado

restritivamente, dai porque há de prevalecer, quanto ao ponto, a íiteralidade neta contida.

Por outro lado, o fato de existirem precedentes •judiciais desta Casa em

sentido favorável à pretensão recursa! não vincula este órgão de deliberação administrativa

que, inclusive, já possui precedente contrário ao que aqui se postula (Cf. processo

administrativo 2,118/2013).

Ante o exposto, nego provimento ao recurso. l

É D voto.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Tribunal Regional Federal da Primeira Região

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag) /Corte Especial Administrativa

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a REGIÃO

PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO N° 000636-87.2015,4.01.8014 - TRF/13 REGIÃO

RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉAMÍLGAR MACHADO

RELATOR PIACÓRDÃO ; DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTEINTERESSADO : JUIZ FEDERAL PEDRO FELIPE DE OLIVEIRA SANTOSASSUNTO : AFASTAMENTO PARA FINS DE PARTICIPAÇÃO EM CURSO DE

MESTRADO NO EXTERIOR

EMENTA

CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. MAGISTRATURA FEDERALAFASTAMENTO PARA FINS DE REALIZAÇÃO DO CURSO DÊ MESTRADO(MASTER OF LAW) NA FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DEHARVARD (HARVARD ALL SCHOOL), NA CIDADE DE CAMBRlDGE (ESTADOSUNIDOS DA AMÉRICA), NÃO IMPLEMENTAÇÃO DO INTERSTÍCIO MÍNIMOPREVISTO EM ATOS INFRALEGAIS. POSSIBILIDADE DO APERFEIÇOAMENTODO MAGISTRADO, POR DETERMINAÇÃO CONSTITUCIONAL (CF, ART, 93,INCISO II, ALÍNEA "C") E DO CONSEQUENTE DIÁLOGO DAS FONTESNORMATIVAS VÁLIDAS EM PROTEÇÃO DO PLEITO AUTORAL,í - Na linha determinante da garantia constitucional assegurada ao magistrado, nosentido de que a aferição do seu merecimento opera-se em função do desempenho epelos critérios objetívos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pelafrequência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento(CF, art. 93, inciso II, alínea c), afigura-se legítimo o afastamento postulado nosautos, no sentido de autorizar-se o magistrado requerente a participar de curso demestrado (master of law), na faculdade de direito da Universidade de Harvard(Harvard Ali School), na Cidade de Cambridge - Estados Unidos da América,independentemente do interstício mínimo previsto em atos infralegais de estruturanormativa anã e, desgarrados do legítimo diálogo das fontes normativas válidas pordedução constitucional, mormente em face da expectativa de futuro retornointelectual em proveito da melhor prestação jurisdicionaí, que há de prevalecer sobreformalismos secantes, eventualmente inibidores e desestimuladores do potencialcientífico daí decorrente,li - Pedido de afastamento deferido, sem qualquer restrição, na linha de eficáciaplena do referido preceito constitucional, visando o proveito maior da Justiça.

ACÓRDÃO

Decide a Corte Especial Administrativa, por maioria, deferir o pedido

formulado pelo magistrado requerente, nos termos do voto do Desembargador

Federal Souza Prudente.

Corte Especial Administrativa do TrrBur̂ al Regional Federal da 1a Região/

-Em 16/04/2015. //

Desembargador Peder^JLW^A PRJLL,Relator p/ Acórdão / / /

rRF-i* RtfiiÃfwiwp 15-02-q* W.\Coríe Cspecsaj Ádministr?.íiva\Relã[o] AcurdaQ\AfastamepfbMagistrado.docCriado por Francisco Lacerda/Gsb. Juiz Sou?a Prudente =f /

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§ PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a REGIÃO

NOTA TAQUIGRÁFICA

2. ÓRGÃO JULGADOR 3. HORÁRIO 4. DATA

CORTE ESPECIAL ADMINISTRATIVA 1 4:55 16/4/20155. PRESIDENTE 6. TAQUÍGRAFOS

DESEMBARGADOR FEDERAL CÂNDIDO RIBEIRO DENISE ALVES/JANE7. RELATOR 8. REVISOR

DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMILCAR MACHADO9. PROCESSO / NUMEno y PROCEDÊNCIA

Processo 0000636-87.2015.4.01.8014 - TRF1

VOTO-VOGAL

VENCEDOR

O DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE: Senhor Presidente, o pedido

do Juiz Federal Pedro Felipe de Oliveira Santos, titular da 4a Vara da Seção Judiciária do

estado de Tocantins, é no sentido de se afastar de suas atividades jurisdicionais com o

objetivo de assistir às aulas do curso de mestrado (Master of Law) da Faculdade de Direito

da Universidade de Harvard (Harvard ali School), na cidade de Cambridge, nos Estados

Unidos, no período de 17 de agosto de 2015 a 31 de maio de 2016; sucessivamente, há

pedido de intercalação de férias dos anos de 2015 e de 2016, com afastamentos menores

de 30 ou de 60 dias, nos termos da Resolução Presi 01/2007. Com a devida vénia das

interpretações que se possam dar a respeito deste pleito, que, sob todos os ângulos, se

apresenta como legítimo a afastar qualquer suposição negativa de eventual espírito de fuga

do magistrado requerente de suas atividades judicantes, entendo, com a devida vénia, que o

requerimento formulado pelo magistrado federal coloca-se na linha determinante do art. 93,

l, "c", da Constituição da República Federativa do Brasil (de onde deve partir toda e qualquer

legítima exegese no plano constitucional e infraconstitucional). A Constituição da República,

no dispositivo aqui citado, coloca, como condição, para se aferir o merecimento do

magistrado, o seu desempenho no exercício da magistratura pelos critérios objetivos de

produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência e aproveitamento em

cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Como se vê, o pleito do magistrado

busca exatamente realizar o comando constitucional de aperfeiçoamento num curso de

Direito do mais alto nível de que se tem notícia no planeta, pois se trata do festejado curso

de mestrado na respeitável Universidade de Harvard, em Cambridge, nos Estados Unidos

da América. Como consequência desse aperfeiçoamento em nível de pós-graduação em

Direito, é evidente que a consequência inafastável é o aperfeiçoamento do magistrado em

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1 CONTROLE

â PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 13 REGIÃO

NOTA TAQUIGRÁFICA

2. ÓRGÃO JULGADOR 3. HORÁRIO

CORTE ESPECIAL ADMINISTRATIVA j 1 14:55S. PRESIDEM"! E 6. TAQUÍGRAFOS

t. DAT A

16/4/2015

DESEMBARGADOR FEDERAL CÂNDIDO RIBEIRO DENISE ALVES/JANE7. RELATOR 8 REVISOR

DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AM1LCAR MACHADO

termos de produtividade, presteza e segurança nos seus julgados. Não há corno se deduzir,

por acréscimo, data vénia, que tal pleito deva ser condicionado. Há urna cláusula de

aprisionamento do magistrado, no exercício da atividade jurisdicionai, a não poder exercer

outro direito, também legítimo, que é o de remover-se, nos termos da legislação pertinente.

De outro lado, o pleito alternativo aqui formulado também revela a insegurança do

magistrado requerente no que se refere a urna possível resistência desta Corte em lhe

deferir o seu requerimento em plenitude. Vale dizer, se não for possível deferir-se tal pleito

como inicialmente requerido — buscando esse aperfeiçoamento que a Constituição

recomenda e até determina —, que se abatam os períodos de férias nesse tempo

intercalados. Já tive a oportunidade de requerer afastamento da magistratura que exerci e

exerço neste Tribunal para concluir o meu curso de doutorado stricto sensu em Direito

Público Ambiental na Universidade Federal de Pernambuco, e qual foi a surpresa quando

verifiquei nos meus assentamentos funcionais que o meu direito fundamentai e social ao

gozo de férias regulamentares tinha sido anulado pela licença requerida. Lembro-me de que

formulei pedido a esta Corte, do qual foi relator o eminente Desembargador Federal

Tourinho Neto, e Sua Excelência, com veemência, atestou que esse direito ao gozo de férias

como direito humano fundamental, não pode ser atingido, nem em termos de secante ou de

anulação como ocorrera no meu caso, posto que um direito não pode anular o exercício

pleno de outro direito. A vocação do direito é sempre de preservar a ordem jurídica justa e

não de anulá-la. Partindo, portanto, Senhor Presidente, desse preceito constitucional, nos

termos da sua linha fínalística de aperfeiçoamento dos magistrados, não rne permito

aterrizar na normativa anã das resoluções que se produzem a esse respeito, em termos de

agressão a direitos legítimos e constitucional.meníe protegidos. Permito-me apenas visitar o

que dispõe o Regime Jurídico dos Servidores Públicos da União, nos termos da Lei 8.11-2,

de 11/12/1990, que, a respeito do direito de afastamento de qualquer servidor para fins de

estudo, tão somente, estabelece a eliminação prevista no art. 1° do art. 95, no sentido de

que a ausência não excederá a quatro anos. E, finda a missão ou o estudo, somente

decorrido igual período será permitida nova ausência. No mais, não há na lej ordinária

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1a REGIÃO

NOTA TAQUIGRAFICA2.'ÕRGAO JULGADOR " 3. HORARíO 4. DATA

CORTE ESPECIAL ADMINISTRATIVA J4:_55 ] [16/4/20156, TAQUÍGRAFOS

DESEMBARGADOR FEDERAL CÂNDIDO RIBEIRO_____ . DENISE ALVES/JANE8. REVISOR

DESEMBARGADOR FEDERAL JOSÉ AMÍLCAR MACHADO9 PROCESSO /NUMERO /PROCEDÊNCIA

Processo 0000636-87.2015.4.01.8014 -TRF1

qualquer outra secante ou restrição ao exercício desse direito. Perrnito-me ainda.. Senhor

Presidente, visitar as normas do nosso Regimento Interno e só pude encontrar, na

competência que ora estamos aqui a exercer através desta Corte Especial Administrativa, o

que dispõe o art.11, XIII, sobre a competência funcional desta Corte para decidir o

afastamento de juiz federal ou de juiz federal substituto por mais de trinta dias. O regimento

não estabelece qualquer outra restrição; portanto, com a devida vénia das restrições

secantes da normativa anã em termos de resolução administrativa deste Tribunal, que

agride o direito constitucional de aperfeiçoamento de qualquer servidor público e de qualquer

magistrado neste país, atento ao diálogo das fontes normativas válidas, por dedução

constitucional, defiro integralmente o pedido de afastamento do Juiz Federal Pedro

Felipe de Oliveira Santos para realizar o seu curso de mestrado, no tempo aqui

postulado, perante a Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, em Cambridge,

nos Estados Unidos da América, sem qualquer condicionamento ou restrição.

Este é meu voto, • ' ' '

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Ia REGIÃO

RELATÓRIO

PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO N. 0000636-87.2015.4.01.8014 - TRF1INTERESSADO

ASSUNTO

;

:

PEDRO FELIPE DE OLIVEIRA SANTOSCurso de Mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, sediada emCambridge, Estados Unidos - Período 17/08/2015 a 3 1/05/2016

RELATÓRIO

O Exm". Sr. Desembargador Federal José Amilcar Machado - Relator:(Corregedor Regional, em exercício)

O Juiz Federal Pedro Felipe de Oliveira Santos, lotado na 4a Vara da SeçãoJudiciária do Tocantins, requer afastamento das atividades jurisdicionais, no período de 17 deagosto de 2015 a 31 de maio de 2016. nos termos do artigo 73, inciso I, da Lei Complementar n.35/79, combinado com o artigo 1°, alínea d, da Resolução n. 133/2011, do Conselho Nacional deJustiça e da Resolução 64, de 16 de dezembro de 2008, do Conselho Nacional de Justiça, paracursar Mestrado (Master of Law) da Faculdade de Direito da Universidade de Harvard (HarvardLaw School), sediada em Cambridge, Estados Unidos.

Informa Sua Excelência que recebeu a carta de aceitação da Universidade deHarvard em 19.03.2015 e tem até 22.04.2015 para manifestar interesse na realização da matrículado curso.

Esclarece que se submeteu a processo seletivo anual, promovido pela HarvardLaw School, do qual participaram cerca de 2000 candidatos. Ao final, foram selecionados apenas180 candidatos, oriundos de mais de 70 países, para integrar a turma de Mestrado em Direito dobiénio 2015-2016.

Diz que na referida carta não há divulgação de classificação entre os candidatosaprovados, mas a mensagem personalizada enviada, honrosamente, destacou que o requerente "foiselecionado como um dos candidatos mais marcantes e talentosos, a partir de um grande númerode candidatos brilhantes de todo o mundo".

Ressalta que a referida carta acrescenta, ainda: "(...) você vai, naturalmente,encontrar uma variedade prodigiosa de recursos intelectuais, profissionais e extracurriculares em

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Harvard, o principal centro de ensino jurídico e de pesquisa. Harvard Law School oferece cerca de400 cursos e seminários ministrados por estudiosos de renome internacional (mais de 240 dosquais com menos de 25 alunos), a maior biblioteca jurídica académica no mundo, os recursosinigualáveis da Universidade de Harvard, e a animada e cosmopolita área de Cambridge/Boston.(...) Nós também organizamos workshops, palestras, almoços e outros eventos especificamentepara os alunos do mestrado. Em suma, o curso de mestrado em Harvard oferece uma experiênciaenriquecedora e intelectualmente estimulante, e esperamos sinceramente que você seja uma partedela".

Acrescenta o requerente que durante o mestrado pretende concentrar suaspesquisas no tema Teoria da Decisão Judicial (Theory of Judicial Decision). Trata-se de área deestudo ainda pouco difundida no Brasil, mas de extrema importância prática para a atividadejudicante, que correlaciona multidisciplinarmente elementos do Direito Constitucional, daHermenêutica Jurídica, do Direito Administrativo, da Análise Económica do Direito (''Law andEconomics") e da Filosofia.

No que tange a situação dos serviços judiciários na 4a Vara Federal de Tocantinse na Seção Judiciária do Tocantins, esclarece o requerente que até a presente data não há nenhumprocesso concluso para sentença, decisão ou despacho há mais de 60 (sessenta) dias e que a SeçãoJudiciária do Tocantins atualmente é composta por 4 varas (com lotação atual de quatro juizestitulares e um juiz substituto) e por l Turma Recursal (com lotação de três juizes titulares),contando, ao todo, com 8 juizes em exercício. O afastamento temporário do requerente,considerando que se trata de lapso determinado de menos de 10 meses, não causaria grandestranstornos aos serviços judiciários da seccional.

Em requerimento juntado aos autos datado de 30 de março de 2015, id 0472917,adita o ilustre magistrado pedidos sucessivos, tendo em vista a causar os menores transtornospossíveis à atividade jurisdicional, se dispondo a utilizar os períodos de férias de que dispõe,relativos aos exercícios de 2015 a de 2016, combinando-se, assim, períodos de afastamento paraestudos com períodos de férias, nos seguintes termos:

a) Pedido Sucessivo n. 01: combinação entre períodos de férias e do afastamento parafreqiiência a Curso por período superior a 30 (trinta) dias, de que trata a Seção II do CapítuloIII do Título I do Provimento Geral:

- 17.08.2015 a 15.10.2015: afastamento de 60 (sessenta) dias, a ser apreciado pela CorteAdministrativa;

- 16.10.2015 a 14.11.2015: gozo do primeiro período de férias de 2015;

- 16.11.2015 a 15.12.2015: gozo do segundo período de férias de 2015;

- 07.01.2016 a 05.02.2016: gozo do primeiro período de férias de 2016;

- 10.02.2016a 10.03.2016: gozo do segundo período deferias de2016;

- 11.03.2016 a 09.05.2016: afastamento de 60 (sessenta) dias, a ser apreciado pela CorteAdministrativa.

b) Pedido Sucessivo n. 02: combinação entre períodos de férias e do afastamento parafrequência a Curso por período inferior a 30 (trinta) dias, de que trata a Seção III do CapítuloIII do Título I do Provimento Geral:

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- 17.08.2015 a 15.09.2015: afastamento de 30 (trinta) dias;

- 16.09.2015 a 15.10.2015: gozo do primeiro período de férias de 2015;

- 16.10.2015 a 14.11.2015: gozo do segundo período de férias de 2015;

- 16.11.2015a 15.12.2015: afastamento de 30 (trinta) dias;

- 07.01.2016a 05.02.2016: gozo do primeiro período de férias de 2016;

- 10.02.2016 a 10.03.2016: afastamento de 30 (trinta) dias;

- 11.03.2016 a 09.04.2016: gozo do segundo período de férias de 2016;

- 11.04.2016 a 09.05.2016: afastamento de 30 (trinta) dias

Em ambos os pedidos sucessivos, informa o requerente que para os períodosúteis restantes, para fins de atendimento ao calendário da Universidade, o magistrado secompromete, por sua própria responsabilidade, a utilizar compensações deferidas de plantões e dacompensação de que trata o artigo 12 da Regulamentação da Gratificação por ExercícioCumulativo da Jurisdição, editada pelo Conselho da Justiça Federal.

Encaminhados os autos à Assessoria da Magistratura, foram prestadasinformações, id 0444851, manifestando-se a Escola da Magistratura Federal, id 0459217,favoravelmente ao deferimento do pedido.

Devidamente instruído, apresento a questão à deliberação da Corte EspecialAdministrativa.

E o relatório.

Documento assinado eletronicamente por José Amilcar Machado, Corregedor Regional daJustiça Federal da 1a Região, em 20/04/2015, às 19:08 (horário de Brasília), conforme art.

°, I I I , "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trfl.jus.br/portaltrfl/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 0485437 e o código CRC515D4086.

SÁ U/SUL - Quadra 2. Bloco A Praça dos Tribunais Superiores - CliP 70070-900 - Brasília - DF - www.trH,jus.br0000636-87.2015.4.01.8014 0485437v2

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA Ia REGIÃO

VOTO

PROCESSO ADMINISTRATIVO ELETRÔNICO N. 0000636-87.2015.4.01.8014 - TRF1INTERESSADO

ASSUNTO

:

:

PEDRO FELIPE DE OLIVEIRA SANTOSCurso de Mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de Harvard, sediada emCambridge, Estados Unidos - Período 1 7/08/20 1 5 a 3 1 /05/20 1 6

VOTO

O Exm". Sr. Desembargador Federal José Amilcar Machado - Relator:(Corregedor Regional, em exercício)

Conforme consulta ao Sistema de Recursos Humanos de Magistrados - SARH,id 0477661, o requerente ingressou na magistratura federal em virtude de aprovação no XIVConcurso Público para provimento de cargos de Juiz Federal Substituto da Primeira Região.Tomou posse e entrou em exercício aos 22 de fevereiro de 2013, na Vara Única da SubseçãoJudiciária de Aparecida de Goiânia, Estado de Goiás, tornando-se vitalício em 22 de fevereiro de2015. Atualmente, exerce suas atividades judicantes junto à 4a Vara da Seção Judiciária doTocantins, conforme Ato n. 315 de 20/02/2015, publicado em 23/02/2015.

Dispõe o artigo 5° da Resolução 64/CNJ, de 16/12/2008 que "O total deafastamento para evento de longa duração não poderá exceder a 5% (cinco por cento) do númerode magistrados em atividade em primeira e segunda instâncias, limitado, contudo, a vinteafastamentos simultâneos". Acrescenta o seu parágrafo único que "Considera-se em efelivoexercício o número total de juizes em atividade, excluídos os que se encontram em gozo de: a)licença para tratamento de saúde: b) licença por motivo de doença em pessoa da família: c)licença para repouso à gestante; d) afastamento para exercer a presidência de associação declasse; e) afastamento em razão da instauração de processo disciplinar".

Informa a ASMAG, id 0444851, que se encontram afastados por motivo deestudos ou missão no exterior o Juiz Federal Pedro Alberto Pereira de Mello Calmon Holliday(período: 17/03/2014 a 16/03/2016), a Juíza Federal Kátia Balbino de Carvalho Ferreira (período:01/05/2013 a 30/04/2015), o Juiz Federal José Magno Linhares Moraes (período: 25/05/2013 a24/05/2015), o Juiz Federal Pedro Pereira Pimenta (período: 01/11/2014 a 31/08/2015), o JuizFederal Daniel Castelo Branco Ramos (período: 15/07/2013 a 15/05/2015), o Juiz FederalLeonardo Buissa Freitas (período: 07/01/2015 a 07/07/2015), a Juíza Federal Vânila CardosoAndré de Moraes (período: 03/03/2015 a 03/09/2015), e, por fim, o Juiz Federal Gláucio FerreiraMaciel Gonçalves (período: 07/01/2015 a 31/01/2016).

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Além disso, em face do que dispõe o artigo 5°, parágrafo único, incisos 'a' 'c''d' e 'e', da Resolução n.° 64 do CN.T, comunica ainda os seguintes afastamentos:

01

02

03

04

05

06

Ana CarolinaCampos Aguiar

Marcelo AntónioCesca

Newton PereiraRamos Neto

Alexandre FerreiraInfante Vieira

Carina CátiaBastos de Senna

Candice LavocatGalvão Jobim

SSJ deJanaúba/MG

Distrito Federal

Maranhão

Minas Gerais

Pará

Pará

07/11/2014 a05/05/2015

a partir de14/06/2012

17/12/2014 a17/12/2016

05/08/2014 a03/06/2016

07/11/2014 a05/05/2015

07/01/2015 a03/06/2016

Licença para tratamento daprópria saúde

Preventivo (aguardandoconclusão do processo deinvalidez)

Licença para o Desempenho deMandato Classista

Licença para o Desempenho deMandato Classista

Licença à Gestante

Licença para o Desempenho deMandato Classista

Acrescenta que, atualmente, na Primeira Região há 291 (duzentos e noventa euma) Varas Federais, estando providos 339 (trezentos e trinta e nove) cargos de Juiz Federal e 81(oitenta e um) cargos de Juiz Federal Substituto. Portanto, somados os 418 (quatrocentos edezoito) cargos providos na 1a Instância aos 27 (vinte e sete) na 2a Instância, infere-se que há 445(quatrocentos e quarenta e cinco) magistrados na 1a Região, concluindo-se, por conseguinte, que ototal de afastamentos não atinge os 5% (cinco por cento) previstos na Resolução 64/CNJ.

Destaca que, no dia 29/01/2015, tomaram posse 56 novos Juizes FederaisSubstitutos, que se encontram lotados provisoriamente na ESMAF, enquanto durar o curso deformação. Ocorre que 2 (dois) magistrados pediram vacância, totalizando 54 novos juizes federaissubstitutos.

Por fim, acosta aos autos o relatório gerado pelo SARH, onde constam osafastamentos do magistrado entre o período de 22/02/2013 (exercício) a 24/03/2015, id 0445272.

Importante salientar que no âmbito desta Corregedoria Regional não constaqualquer procedimento administrativo disciplinar contra o magistrado requerente, emobediência ao que dispõe o artigo 88, inciso II, letra "f, do Provimento Geral 38/COGER.

"e".No que tange à situação dos serviços judiciários (artigo 88, inciso II, alíneas "d"

do Provimento Geral 38/COGER) a 4a Vara Federal da Seção Judiciária do Tocantins,

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verifica-se da análise do Boletim Estatístico Gerencial - Tipo 4 (situação em 25/03/2015, id0477723. que referida unidade jurisdicional conta com acervo de l .435 (mil quatrocentos e trinta ecinco) processos físicos em tramitação ajustada. Há 199 (cento e noventa e nove) processosconclusos, dos quais 01 (um) processo entre 60 e 180 dias e nenhum processo há mais de 180 dias.

Portanto, mostra o cenário estatístico que a referida unidade jurisdicionalencontra-se em situação de normalidade, sem embargo do grande número de processos emtramitação ajustada.

A seu turno, manifesta-se o ilustre Diretor da Escola de Magistratura Federal da1a Região, Desembargador Federal João Batista Moreira, favoravelmente ao pedido, pontuandoque "não há dúvida de que o curso de mestrado em Direito, no caso. ministrado pela conceituadaUniversidade de Harvard, é relevante para as aíividades de juiz federal" id 0459217.

De ser ressaltado que o local de lotação do magistrado é Sede de Seção providade outros juizes contabilizando um total de 8 (oito) magistrados. E conforme o art. 91, inciso I,alínea a, o Provimento Geral COGER-38/TRF1 fixa o afastamento de 01 juiz quando nalocalidade estiverem de 4 a 10 juizes:

"art. 91. São critérios atinentes aos serviços judiciários:

l - número de afastamentos, observado o total dos juizes em atividade na sede da seção e dasubseção, será o seguinte:

a) de 4 a 10 juizes em atividade, afastamento de um juiz.

Por outro lado segundo o disposto no artigo 90, inciso I, do referido Provimento,é critério atinente ao juiz. a ser avaliado na análise dos pedidos de afastamento para frequência emcurso ou seminário por período igual ou superior a trinta dias, a "vitaliciedade, com prazo mínimode 4 (quatro) anos de exercício na magistratura federal na Primeira Região ". Sendo certo que orequerente ingressou na magistratura federal desta 1a Região em 22 de fevereiro de 2013, só apartir de 22 de fevereiro de 2017 pode ter autorizado, à luz da disposição em apreço, o pretendidoafastamento para estudo, por período superior a (trinta) dias.

Essa também é a regra estabelecida pela Resolução TRF 1a Região n. l, de17.01.2003, artigo 6°, § 2°, inciso 1. De se dizer que as regras específicas deste Tribunal encontramamparo na Resolução CNJ n. 64, de 16 de dezembro de 2008, que dispõe sobre o afastamento demagistrados para fins de aperfeiçoamento profissional. Com efeito, dispõe o artigo 1°, parágrafoúnico, da Resolução CNJ n. 64 que, "além das diretrizes gerais fixadas na presente Resolução,poderão os Tribunais estabelecer outras exigências e condições para o afastamento demagistrados".

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Por isso, mesmo que a Resolução CNJ n. 64 tenha estabelecido apenas o critériode que não será autorizado o afastamento de magistrado quando "não haja cumprido o período devitaliciamento" (artigo 8°, inciso 1), o Tribunal pode manter e aplicar sua regra específica segundoa qual é necessário prazo mínimo de 4 (quatro) anos de exercício na magistratura federal naPrimeira Região, para o afastamento por prazo superior a 30 (trinta) dias.

Ainda quanto aos critérios atinentes aos prazos de afastamento, por sua vezdispõe o artigo 92, inciso V, do Provimento Geral COGER-38/TR.F1:

•' art. 92. São critérios atinentes aos prazos de afastamento:

V. nos dois primeiros anos após nomeado titular de uma vara, o juiz federal substituto promovido ouo juiz federal e o juiz federal substituto removidos não poderão se afastar da sede do juízo, porprazo superior a 60 (sessenta) dias, para frequentar curso de especialização, pós-graduação ousimilar

O requerente como já visto, foi recentemente removido para exercer suasfunções judicantes na 4a Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Tocantins, conforme Aton. 315, de 20/02/2015. id 0477661, de modo que o período solicitado de afastamento, inferior a 10meses, a contar de 17 de agosto de 2015 a 31 de maio de 2016, também encontra óbice nodispositivo em comento, que em situações tais limita a possibilidade de afastamento da sede dojuízo a um máximo de sessenta dias.

Em requerimento juntado aos autos em 30 de março de 2015, o requerenteaditou, conforme id 0472917, 02 (dois) pedidos sucessivos combinando períodos de afastamentopara estudos com períodos de férias, quais sejam: combinação 1: períodos de férias e doafastamento para frequência a Curso por período superior a 30 (trinta) dias e combinação 2:períodos de férias e do afastamento para frequência a Curso por período inferior a 30 (trinta) dias.

De todo modo, o pedido de afastamento por 60 (sessenta) dias, como jádestacado, encontra óbice no artigo 90, inciso I, do Provimento Geral COGER, e no artigo 6°, § 2°,inciso I, da Resolução TRF1 n. l, de 17.01.2003. Já o pedido para quatro períodos deafastamentos de 30 (trinta) dias, sucessivos e intercalados com gozos de férias, esbarra no fato deque a soma total de afastamento para o mesmo curso perfaz 120 (cento e vinte dias), no curtoprazo de 10 (dez) meses. De maneira ostensiva, seria uma forma de contornar indevidamente aregulamentação em vigor.

Tais circunstâncias me levam a indeferir o pedido ora pleiteado com base no

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inciso I do artigo 90 por não ter completado o prazo mínimo de 4 anos de exercício namagistratura federal na Primeira Região.

É como voto.

Documento assinado eletronicamente por José Amilcar Machado, Corregedor Regional daGO í JustiÇâ Federal da 1a Região, em 20/04/2015, às 19:10 (horário de Brasília), conforme art.

1°, Hl, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trfl .jus.br/portaltrfl/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 0485713 e o código CRCF8AEE4BE.

SAU/SUL - Quadra 2. Bloco A Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DF - www.lrfl.jus.br0000636-87.2015.4.01.8014 0485713v2

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Tribunal Regional Federal da Primeira Região

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Presidência (Presi)

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Portaria Presi 323 (2816233) SEI 0000623-93.2016.4.01.8001 / pg. 1

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

PORTARIA PRESI 323

Suspende o expediente e os prazos processuais na Seção Judiciária doAcre e na Subseção Judiciária de Cruzeiro do Sul, no período 26 a 30de setembro de 2016.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO, nouso de suas atribuições legais e tendo em vista o constante dos autos do PAe/SEI 0000623-93.2016.4.01.8001,

CONSIDERANDO:

a) a solicitação do Diretor do foro da Seção Judiciária do Acre, em exercício, desuspensão do expediente e dos prazos processuais na Seção Judiciária do Acre e na Subseção Judiciáriade Cruzeiro do Sul, no período de 26 a 30 de setembro de 2016, tendo em vista a readequação dainfraestrutura do CPD naquela seccional;

b) a manifestação favorável da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1ª Região àsuspensão do expediente externo e dos prazos processuais;

c) a inexistência de prazo hábil para submeter a solicitação ao Conselho deAdministração,

RESOLVE:

Art. 1º SUSPENDER, ad referendum do Conselho de Administração, o expedienteinterno e externo e os prazos processuais da Seção Judiciária do Acre e da Subseção Judiciária doCruzeiro do Sul, no período de de 26 a 30 de setembro de 2016.

Art. 2º MANTER, durante o período, os procedimentos e medidas de urgência quevisem a evitar perecimento de direito.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Desembargador Federal HILTON QUEIROZPresidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Documento assinado eletronicamente por Hilton Queiroz, Presidente do TRF - 1ª Região,em 20/09/2016, às 15:55 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no sitehttp://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o códigoverificador 2816233 e o código CRC AB02EF77.

SAU/SUL - Quadra 02, Bloco A, Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br0000623-93.2016.4.01.8001 2816233v8

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Portaria Presi 323 (2816233) SEI 0000623-93.2016.4.01.8001 / pg. 2

Criado por tr18802ps, versão 8 por tr300775 em 19/09/2016 18:48:58.38

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Resolução Presi 40 (2826846) SEI 0002166-38.2015.4.01.8011 / pg. 1

TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

RESOLUÇÃO PRESI 40

Altera o Regulamento Geral das Centrais de Mandados da JustiçaFederal da 1ª Região, contendo normas gerais para o funcionamentodessas unidades, bem como para as atividades dos oficiais de justiçano âmbito da Justiça Federal da 1ª Região, aprovado pela ResoluçãoPresi/Cenag 6 de 15 de março de 2012.

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO, nouso de suas atribuições legais e tendo em vista o constante nos autos do Processo AdministrativoEletrônico PAe/SEI 0002166-38.2015.4.01.8011 e o decidido pelo Conselho de Administração, emsessão do dia 15 de setembro de 2016,

CONSIDERANDO:

a) o Regulamento Geral das Centrais de Mandados da Justiça Federal da 1ª Região,aprovado pela Resolução Presi 6 de 15/03/2012;

b) que em levantamento realizado pela Corregedoria Regional verificou-se que amaioria das Seções e Subseções Judiciárias concordaram com a redução da distribuição de mandados deduas para uma vez por semana;

c) que a distribuição de mandados semanal se mostra mais proveitosa para algumasseccionais e para outras a sistemática que melhor se ajusta é a de, no mínimo, duas distribuições semanais;

d) a importância de flexibilizar e descentralizar a gestão administrativa do PrimeiroGrau, adequando-a às novas demandas de serviços, delegando-se aos diretores de foro a responsabilidadede organizar a distribuição de mandados aos oficiais de justiça;

e) a manifestação favorável da Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1ª Região,

RESOLVE:

Art. 1º ALTERAR o caput do Art. 9º do Regulamento Geral das Centrais deMandados da Justiça Federal da 1ª Região, aprovado pela Resolução Presi/Cenag 6, de 15/03/2012, quepassa a vigorar com a seguinte redação:

Art. 9º A distribuição de mandados aos oficiais de justiça dar-se-á nomínimo uma vez por semana, levando-se em conta a quantidade e aespécie dos mandados, de modo que, ao final de cada mês, o número demandados distribuídos a cada oficial seja o mais equitativo possível.

(...)

Art. 2º Incumbe ao diretor de foro da seção judiciária, ouvidos os diretores dassubseções judiciárias vinculadas, no prazo de 60 dias, regulamentar, por meio de portaria, respeitadas aspeculiaridades das respectivas localidades (demanda reprimida, volume distribuído e espécie demandados), a periodicidade de frequência dos oficiais de justiça à sede da seção ou subseção, cujocomparecimento de apenas uma vez por semana venha a comprometer a prestação jurisdicional.

Art. 3º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, alterando a Resolução Presi/Cenag 6 de 15/03/2012.

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Resolução Presi 40 (2826846) SEI 0002166-38.2015.4.01.8011 / pg. 2

Desembargador Federal HILTON QUEIROZ

Presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Documento assinado eletronicamente por Hilton Queiroz, Presidente do TRF - 1ª Região,em 20/09/2016, às 15:54 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no sitehttp://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o códigoverificador 2826846 e o código CRC 396DCF95.

SAU/SUL - Quadra 02, Bloco A, Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br0002166-38.2015.4.01.8011 2826846v2

Criado por tr300775, versão 2 por tr300775 em 20/09/2016 12:44:36.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Tribunal Regional Federal da Primeira Região

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Presidência (Presi)/Corregedoria-Geral (Coger)

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

DECISÃO

Cuida-se de procedimento avulso instaurado a partir da representação por excesso deprazo n. 0004207-13.2016.2.00.0000, em curso na CN/CNJ, formulada por Leonaldo Silva em face daJF Edna Márcia Silva Medeiros Ramos, da 13ª Vara da SJDF, relativamente aoprocesso n. 0027409-48.2012.4.01.3400.

Em síntese, aduz o representante que o "processo encontra-se concluso para sentençadesde 01.02.2013".

Instada a prestar informações, a representada diz que: i.) a "Vara conta hoje com omaior acervo da 1ª Região e apenas esta magistrada responsável por ele, na consideração de que o JuizSubstituto foi recentemente removido"; ii.) "o acervo de processos conclusos para sentença situa-se emtorno de 1.622 e que, para regularizar a situação, o critério é analisar os processos com data demovimentação mais antiga, sempre, exceto quanto aos casos de perecimento de direito, devidamentecomprovados"; iii.) "atualmente estão sendo julgados os processos conclusos em outubro/novembrode 2012 no gabinete do juiz substituto, e tendo em vista a conclusão do presente em fevereiro/2013, nãoestá longe de ser julgado" (id 2828754).

Nota-se, do que se alega, que não se pode atribuir à magistrada responsabilidade peladita demora no julgamento do processo.

Como afirmado, são mais de 1.600 processos aguardando sentença e se considera aordem cronológica de conclusão para julgamento. Sob esse ponto de vista, não se podenegar, observa-se o quanto manda o art. 12, caput, do NCPC, de acordo com o qual "os juízes e ostribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ouacórdão".

Com efeito, em um contexto de acúmulo de processos na mesma situação ("o acervode processos conclusos para sentença situa-se em torno de 1.622") e sob a responsabilidade de umaúnica magistrada ("o Juiz Substituto foi recentemente removido"), uma vez adotado o critério do tempode conclusão, infelizmente, resta à parte aguardar o momento oportuno de ser decidido aquele em quetem interesse. Se assim não se fizer e passá-lo à frente dos demais, sem dúvidas, inúmeros outros, quetambém esperam por uma decisão, serão prejudicados, além de se fugir ao critério legal.

Nessas bases, entende esta Corregedoria Regional que não há nenhum elemento quepermita concluir pela responsabilidade funcional da magistrada à vista do art. 35 da LOMAN.

Diante de tais fatos, determino, de ordem, o arquivamento do presente procedimento.

Encaminhem-se à CN/CNJ cópias desta decisão e das informações prestadas.

Cientificada a interessada, arquivem-se.

EVALDO DE OLIVEIRA FERNANDES, filhoJuiz Federal em auxílio à Coger

Documento assinado eletronicamente por Evaldo de Oliveira Fernandes, filho, Juiz Federal emauxílio, em 20/09/2016, às 17:03 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei11.419/2006.

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

DECISÃO

Cuida-se procedimento avulso instaurado a partir da representação por excesso deprazo n. 0003460-63.2016.2.00.0000 (PJe), em curso na CN/CNJ, formulada por Camilla MagalhãesSilva em face do Juízo da 30ª Vara do JEF/SJMG, relativamente ao processo n.0001027-40.2016.4.01.3800.

Em síntese, aduz a representante que, “desde o dia 26/04/2016, os autos (eletrônico)estão conclusos ao MM. Juiz Federal, que não apreciou a demanda".

Solicitadas informações, o JF Silvio Coimbra Moerthé – titular da 30ª Vara –, entreoutras alegações, disse que o processo é da atribuição do JFS, Jader Alves Ferreira Filho, e teria sido“julgado pelo colega Magistrado na data de ontem” (05/09/2016). Acrescenta, ademais, que, em razãoda designação daquele juiz “para compor a 1ª Turma Recursal desta Seção Judiciária (... em janeiro de2016), com prejuízo de suas atribuições”, todos os processos (de final par e impar) foram-lhe atribuídose somente em 16/08/2016 é que o acervo de final impar retornou ao JFS afastado. Veja-se o teor damanifestação (id 2757581):

O representado vem, por meio destas informações, prestar os devidos esclarecimentos.

Houve apreciação da tutela, sendo esta indeferida, e tendo sido postergada a análise dopedido para o momento posterior à contestação. Tal decisão foi do Juiz Substituto desta30a Vara (Dr. Jader Alves Ferreira Filho), a quem está atribuído o processo, já que omesmo tem final ímpar.

Quando do retomo dos autos, na verdade, quando da conclusão para sentença do feito em26/04/2016, o Dr. Jader já estava designado para compor a 1ª Turma Recursal desta SeçãoJudiciária (designação ocorrida em janeiro de 2016), com prejuízo de suas atribuiçõesnesta 30ª Vara, razão esta pela qual todos os processos atribuídos na 30ª Vara estavam soba minha responsabilidade e atribuição.

O retomo do colega a 30ª Vara se deu em meados de julho de 2016, da coincidente com oinício de suas férias regulamentares que tiveram a da a término em 16/08/2016, dia emque o todo o seu acervo voltou a ser gerenciado por ele, deixando de ser minha atribuiçãoo acompanhamento dos processos de final ímpar.

Entre 26/04/2016 a 17/08/2016, este Magistrado além de estar participando do Mutirão daTurma Recursal (recebeu 720 processos conclusos desde 2012), tinha em seu acervo porvolta de 500 a 600 processos conclusos para sentença (processos ímpares e pares), na suamaioria processos mais antigos do que este, sem contar que, desde o início de julho,passou a ser o Coordenador do JEF desta Seção Judiciária.

Se ao menos tivesse o advogado da autora comparecido a este JEF e requerido ojulgamento da tutela antecipada, diante do retomo dos autos após a contestação da ré, atutela ou a sentença teria sido prolatada há bastante tempo atrás.

É que este Magistrado, diante do conhecimento da urgência da medida, com certeza, iriadar prioridade ao feito diante do fato de se tratar de uma cirurgia bariátrica. No entantoisto não aconteceu e ficou o processo entre os mais de 500 conclusos, aguardando a suavez de acordo com a data de conclusão e na caixa Juiz Indenização.

Até então havia na movimentação processual uma tutela indeferida, diga-se de passagem,indeferida pelo outro colega desta 30ª Vara do JEF, a quem estava e atualmente estáatribuído o processo, e que teve um entendimento semelhante a este Magistrado, quandoda apreciação da tutela, ou seja, diante da ausência de urgência, deu prioridade para quefosse contestado o feito para só então reapreciar o pedido de tutela antecipada.

Somado a isto, houve por parte do Setor de Distribuição desta SJMG uma classificaçãoequivocada do processo, tendo sido o mesmo classificado como "indenização por danos

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morais", ou seja, apesar de existir pedido cumulativo de danos morais na petição inicial, opedido principal era a realização da cirurgia e o processo ficou concluso na caixa JuizIndenização.

Quando a Secretaria da 30ª Vara descobre este equívoco, é feito um retificação do tema daação, mas não aconteceu no caso presente. Diante do 3060 processos recebidos em 2015 equase 3000 que serão recebidos neste a de 2016, previsão que faço até o final do ano, nãohá tempo hábil para fazer esta conferência.

Pelo fato de este Magistrado, ora representado, não ter tido acesso à informação de que setratava de caso que demandava urgência, quando o processo ficou concluso, desde o finalde abril de 2016, diga-se de passagem, na caixa "Juiz Indenização", foi dada prioridade aoutros processos mais antigos, cuja data de conclusão eram bem anteriores.

O processo foi julgado pelo colega Magistrado na data de ontem e o pedido não foiacolhido, face ao entendimento do nobre Magistrado no sentido do não cumprimento, porparte da autora, dos requisitos para a cobertura do Plano de Saúde.

Depreende-se, do que se informou, que inexiste a alegada injustificada demora natramitação do feito, tendo em vista que vem recebendo regular impulso, tanto que, distribuídoem 08/01/2016, teve apreciado/indeferido o pedido de liminar em 13/01/2016 e julgado o pedidoem 06/09/2016 (conforme se verifica dos registros mantidos pela SJMG na internet, id 2820021). Ouseja, em menos de dez meses, foi sentenciado.

De mais a mais, com a prolação da sentença, parece, ficou superado oalegado excesso de prazo. Nesse sentido, confira-se jurisprudência do CNJ:

RECURSO ADMINISTRATIVO. REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO.AUSÊNCIA DE MOROSIDADE INJUSTIFICADA. MATÉRIA JUDICIAL.AUSÊNCIA DE COMPETÊNCIA DESTE CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.RECURSO DESPROVIDO.

1.Representação por excesso de prazo conclusa ao Gabinete da Corregedoria em28.09.2015.

2. Em consulta ao andamento processual do habeas corpus, não se verifica morosidadeinjustificada, porquanto o processo foi sentenciado, o que acarreta a perda do objetoda representação por excesso de prazo.

3.Irresignação que se volta ao exame de matéria eminentemente jurisdicional, que não seinsere dentre as atribuições deste Conselho Nacional de Justiça (art. 103-B, §4º, daCF/88).

4.Recurso administrativo desprovido.

(REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO 0000846-22.2015.2.00.0000,Plenário, Rel. Min. Ministra Nancy Andrighi, DJe de 30/11/2015, p. 3, grifei)

Fundamentação : De acordo com as informações prestadas pela Corregedoria do TJ/ [...] ,constata-se que foi proferida sentença no referido processo em 11/09/2015. Assim,verifica-se exaurido o objeto do presente expediente. Dispositivo: Forte nessas razões,DETERMINO O ARQUIVAMENTO do presente expediente, por perda de objeto, nostermos do art. 26, § 1º, do Regulamento Geral da Corregedoria Nacional de Justiça.

(REPRESENTAÇÃO POR EXCESSO DE PRAZO 0005375-55.2013.2.00.0000, Decisãomonocrática, Ministra Nancy Andrighi, DJe de 28/10/2015, p. 11, grifei).

Nessas bases, considera esta Corregedoria Regional que não há nenhumelemento que permita concluir pela responsabilidade funcional do magistrado à vista do art. 35 daLOMAN.

Diante de tais fatos, determino, de ordem, o arquivamento do procedimentoavulso.

Encaminhem-se à CN/CNJ cópias desta decisão e das informações prestadas.

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Documento assinado eletronicamente por Evaldo de Oliveira Fernandes, filho, Juiz Federal emauxílio, em 19/09/2016, às 18:59 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 2776329 e o código CRC F77BF23A.

SAU/SUL - Quadra 2, Bloco A Praça dos Tribunais Superiores - CEP 70070-900 - Brasília - DF - www.trf1.jus.br0018415-63.2016.4.01.8000 2776329v46

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Tribunal Regional Federal da Primeira Região

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Presidência(Presi) /Assessoria de Assuntos da Magistratura (Asmag)

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 1ª REGIÃO

ATA DE JULGAMENTO

ATA DA 15ª SESSÃO ORDINÁRIA DO CONSELHO DE ADMINISTRA ÇÃO, REALIZADAEM 15 DE SETEMBRO DE 2016.

Presidente: Exmo. Senhor Desembargador Federal HILTON QUEIROZ

Secretária: Márcia Bittar Bigonha

Às nove horas e cinquenta e quatro minutos do dia quinze do mês de setembro do anode dois mil e dezesseis, presentes os Excelentíssimos Senhores Desembargadores Federais I’TALOMENDES (Vice-Presidente), JOÃO BATISTA MOREIRA (Corregedor Regional), OLINDOMENEZES, DANIEL PAES RIBEIRO, ÂNGELA CATÃO, MARCOS AUGUSTO DE SOUSA eCARLOS MOREIRA ALVES (convocado para substituir o Desembargador Federal JIRAIR ARAMMEGUERIAN),foi aberta a sessão.

Ausentes os Excelentíssimos Senhores Desembargadores Federais JIRAIR ARAMMEGUERIAN, por motivo de férias, e CÂNDIDO RIBEIRO, por motivo de licença médica.

Foi aprovada a Ata da sessão anterior.

JULGAMENTOS

PROCESSO 0008602-97.2016.4.01.8004 – SJBA

Assunto Referenda da Portaria Presi 310, de 01/09/2016, que suspendeu prazos processuais no períodode 30/08 a 02/09 da Câmara Regional Previdenciária da Bahia e convalidou a Portaria SJ/BA 187, de17/08/2016, que suspendeu os prazos processuais nos dias 17 e 18 de agosto de 2016.

Motivo: Reorganização e estruturação das instalações físicas da 1ª CPR/BA.

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal HILTON QUEIROZ

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, nos termos do voto do Relator, referendou aPortaria. Ausente, neste julgamento, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 0011834-66.2015.4.01.8000 – TRF1

Assunto: Referenda da Resolução Presi 32, de 15/08/2016, que institui a gestão do conhecimento eregulamenta a atividade de retenção de conhecimentos no âmbito do Tribunal e da Justiça Federal da 1ªRegião e dá outras providências.

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal HILTON QUEIROZ

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, nos termos do voto do Relator, referendou aResolução. Ausente, neste julgamento, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 0002166-38.2015.4.01.8011 – SJPI

Assunto: Aprovação de minuta de Resolução, que altera art. 9º do Regulamento Geral das Centrais deMandados da Justiça Federal da 1ª Região (Resolução Presi/Cenag 6 de 15/03/2012), a fim de que sepasse a admitir a distribuição de mandados no mínimo uma vez por semana, bem como que nos termos

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do art. 1º do referido regulamento, que delega para o Diretor do Foro o estabelecimento daperiodicidade de frequência dos Oficiais à sede da seção ou subseção, observado o limite mínimo doreferido Regulamento.

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal HILTON QUEIROZ

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, nos termos do voto do Relator, aprovou aminuta de Resolução. Ausente, neste julgamento, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 688/2014 – TRF1 (em mesa)

Assunto: Recurso contra decisão da DIREF/BA que aplicou à recorrente penalidades de multa e dedeclaração de inidoneidade.

Relator: Desembargador Federal MÁRIO CÉSAR RIBEIRO

Interessado: HKS Serviços de Vigilância Ltda.

Decisão: O Conselho de Administração, por unanimidade, nos termos do voto do Relator, negouprovimento ao recurso. Deixou de proferir voto, apesar de ter solicitado vista, a DesembargadoraFederal NEUZA ALVES, por não mais compor o Conselho de Administração. Lavrará o acórdão oDesembargador Federal MÁRIO CÉSAR RIBEIRO ou quem o tiver substituído.

PROCESSO 0000252-27.2015.4.01.8014 – SJTO

Assunto: Pagamento de horas-extras (recurso)

Relatora: Exma. Sra. Desembargadora Federal ÂNGELA CATÃO

Interessada: Clenys Reges Rosário Pereira de Castro

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, deu parcial provimento ao recurso, nos termosdo voto da Relatora. Ausente, neste julgamento, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 0001000-26.2014.4.01.8004 – SJBA

Assunto: Recebimento em pecúnia de período trabalhado no recesso

Relatora: Exma. Sra. Desembargadora Federal ÂNGELA CATÃO

Interessado: Paulo Maurício Rodrigues de Souza

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos dovoto da Relatora, com ressalvas de entendimento manifestadas pelos Desembargadores FederaisCARLOS MOREIRA ALVES e DANIEL PAES RIBEIRO. Deixou de participar do julgamento, pornão ter assistido a leitura do Relatório, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 0022845-92.2015.4.01.8008 – SJMG

Assunto: Reequilíbrio econômico-financeiro da Ata de Registro de Preços 154/2015

Relatora: Exma. Sra. Desembargadora Federal ÂNGELA CATÃO

Interessado: Marumbi Tecnologia Ltda.

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos dovoto da Relatora.

PROCESSO 0008212-18.2016.4.01.8008 – SJMG

Assunto: Nomeação de servidor para cargo de Diretor de Secretaria (CJ-03)

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Relatora: Exma. Sra. Desembargadora Federal ÂNGELA CATÃO

Interessado: William Delfino de Paulo

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, julgou prejudicado o recurso, nos termos dovoto da Relatora. Ausente, neste julgamento, o Desembargador Federal OLINDO MENEZES.

PROCESSO 0000476-61.2016.4.01.8003 – SJAP

Assunto: Designação de oficial de justiça ad hoc para atuar na Subseção Judiciária de Laranjal do Jari -AP

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal MARCOS AUGUSTO DE SOUSA

Interessada: Juíza Federal LÍVIA CRISTINA MARQUES PERES – Diretora do Foro

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, referendou a Portaria da Diretora do Foro daSeção Judiciária do Amapá, nos termos do voto do Relator.

PROCESSO 0007563-02.2015.4.01.8004 – SJBA

Assunto: Aplicação da penalidade de multa à empresa Caldas Service Ltda. (recurso)

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal MARCOS AUGUSTO DE SOUSA

Interessado: Caldas Service Ltda.

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, negou provimento ao recurso, nos termos dovoto do Relator.

PROCESSO 0005625-32.2016.4.01.8005 – SJDF

Assunto: Indicação de servidora para cargo de Direção (CJ-03)

Relator: Exmo. Sr. Desembargador Federal MARCOS AUGUSTO DE SOUSA

Interessada: Giovanna Cecília Jardim Burger

Decisão: O Conselho de Administração, à unanimidade, indeferiu a indicação, nos termos do voto doRelator.

Encerrou-se a sessão às onze horas e doze minutos.

Pelo que eu, Márcia Bittar Bigonha, servindo como Secretária, lavrei a presente Ata,que vai assinada pelo Excelentíssimo Senhor Desembargador Federal Presidente.

Desembargador Federal HILTON QUEIROZPresidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região

Documento assinado eletronicamente por Hilton Queiroz, Presidente do TRF - 1ª Região, em19/09/2016, às 17:12 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 2805796 e o código CRC D4ACE19A.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária de Goiás

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

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Diretoria do Foro (Diref)

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DE GOIÁS

PORTARIA SJ DIREF 104

Estabelece o plantão judicial no período de 26.09.2016 a 03.10.2016

O Juiz Federal CARLOS ROBERTO ALVES DOS SANTOS, DIRETOR DOFORO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DE GOIÁS , no uso das atribuições legais que lhesão conferidas pelo Provimento/COGER n. 129, de 08.04.2016, bem como pela Resolução n. 79/CJF,de 19.11.2009, e considerando o disposto na Resolução n. 71/CNJ, de 31.03.2009,

R E S O L V E:

I – ESTABELECER o serviço de plantão desta Seção Judiciária para o recebimentode pedidos, ações, procedimentos e medidas de urgência destinadas a evitar o perecimento de direito ouassegurar a liberdade de locomoção, apresentados para despacho fora do expediente forense, nostermos do art. 106 do Provimento/COGER n. 38;

II – DESIGNAR os Magistrados nominados no Anexo Único desta Portaria paraatuarem como juiz plantonista e juiz plantonista substituto no período de 26.09.2016 a 03.10.2016,conforme escala previamente aprovada, tendo em vista o disposto na Resolução nº 152, de 06.07.2012,do Conselho Nacional de Justiça;

III - ESCLARECER que a função de JUIZ DE PLANTÃO será desempenhada - alémdo sábado, domingo e feriado/ponto facultativo, se houver - no horário das 18h01 às 8h59 do diaseguinte, conforme art. 105 do Provimento/COGER n. 38, c/c a Resolução/Presi/Cenag 6, de09.06.2011;

IV - ESTABELECER que, no final de semana e feriado/ponto facultativo, se houver, o Juiz Plantonista Titular desta Capital fique responsável, também, pelo plantão das SubseçõesJudiciárias de Luziânia, Rio Verde, Aparecida de Goiânia, Formosa, Uruaçu, Jataí e Itumbiara,conforme art. 111, III, do Provimento/COGER n. 38;

a) o Juiz Plantonista da Capital ficará responsável, excepcionalmente, no final desemana e feriado/ponto facultativo, se houver, também pelo plantão da Subseção Judiciária deAnápolis, conforme Despachos TRF1-Corregedoria-GAGER (doc. 2401916) no PAe0002889-38.2015.4.01.8006.

V ‑ ESTABELECER que as solicitações dirigidas ao JUIZ DE PLANTÃO lhe sejamencaminhadas pelo respectivo Diretor de Secretaria indicado na escala anexa, que, no horário do

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plantão, será contatado por meio do telefone nº (62) 98423‑9007;

VI - DETERMINAR que, nos casos de impedimento do Diretor de Secretaria,assumirá o Diretor Substituto;

VII – ESCLARECER que, no plantão, as petições NÃO devam ser encaminhadaspelo e-Proc., devendo o interessado entrar em contato direto com o diretor plantonista para a entrega dapetição;

VIII - DETERMINAR o encaminhamento ao plantão das petições de Mandado deSegurança ou qualquer outra medida cautelar urgente recebidas pelo e-Proc durante o horário deexpediente e que, em razão de impossibilidade técnica do Sistema, não tiverem sido distribuídas até as18 horas;

PUBLIQUE-SE. REGISTRE-SE. CUMPRA-SE.

CARLOS ROBERTO ALVES DOS SANTOSJuiz Federal Diretor do Foro

Documento assinado eletronicamente por Carlos Roberto Alves dos Santos, Diretor do Foro,em 19/09/2016, às 18:38 (horário de Brasília), conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador 2817762 e o código CRC 25643025.

26.09.2016 a 03.10.2016

Plantonista: Mark Yshida Brandão

Luciana Marinho de Melo

Substituto: Warney Paulo Nery Araújo

Rua 19, nº 244 - Bairro Setor Central - CEP 74030-090 - Goiânia - GO - http://portal.trf1.jus.br/sjgo/0006437-08.2015.4.01.8006 2817762v6

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Seção Judiciária de Goiás

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Aparecida de Goiânia (SSJACG) /Diretoria da Subseção (Disu...

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1a. REGIÃO SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE APARECIDA DE GOIÂNIA PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA JEF ADJUNTO CÍVEL E CRIMINAL JUIZ(a) :ALYSSON MAIA FONTENELE Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 243 Sentença homologatórias.:38 Sentença sem julgamento do mérito:51 Total:332 Embargos declaratórios de sentença:3 Embargos declaratórios de decisão:1 Decisões interlocutórias::8 Despacho:751 Processos Conclusos para Despachos Total: 11 Processos Conclusos para Decisão Total: 27 Processos Conclusos para Sentença Total: 469 Processos Conclusos para Sentença Fora do Prazo: 33 Audiências de Conciliação Realizadas: 51 Audiências de Instrução Realizadas: 1 Depoimentos Pessoais Tomados: 37 Testemunhas Inquiridas: 22 Perícia: Ordenada/Deferida, Indeferida ou Ordenada Nova Perícia: 147 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 52 Saldo de Processos Atribuídos: 6699

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1a. REGIÃO SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE APARECIDA DE GOIÂNIA PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA VARA ÚNICA DE APARECIDA DE GOIÂNIA JUIZ(a) :ALYSSON MAIA FONTENELE Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 4 Sentenças homologatórias repetitivas: 1 Sentença sem julgamento do mérito: 7 Sentença extintivas de punibilidade ou suspensão condicional. da pena: 1 Total de Sentenças: 13 Embargos declaratórios de decisão: 2 Decisões interlocutórias: 38 Despacho: 508 Processos Conclusos para Despachos Total: 57 Processos Conclusos para Decisão Total: 57 Processos Conclusos para Decisão Fora do Prazo: 6 Processos Conclusos para Sentença Total: 23 Processos Conclusos para Sentença Fora do Prazo: 5 Audiências de Conciliação Realizadas: 1 Audiências de Instrução Realizadas: 7 Audiências Admonitórias Realizadas: 1 Depoimentos Pessoais Tomados: 6 Testemunhas Inquiridas: 4 Acusados ou Condenados Advertidos: 1 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 2 Saldo de Processos Atribuídos: 12777

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Distrito Federal

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária do Distrito Federal.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária de Minas Gerais

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Patos de Minas (SSJPMS) /2ª Vara JEF Adjunto Cível e Crimi...

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL la. REGIÃO SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE PATOS DE MINAS PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA r VARA FEDERAL

JUIZ(a) :WAGMAR ROBERTO SILVA Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 31 Sentença sem julgamento do mérito: 17 Sentença condenatórias e absolutórias, rejeição de queixa c de denúncia: 1 Decisões finais: 5 Total de Sentenças: 54 Embargos declaratórios de sentença: 1 Embargos declaratórios de decisão: 5 Embargos infringentes: 8 Decisões interlocutórias: 71 Despacho: 88 Processos Conclusos para Despachos Total: 41 Processos Conclusos para Despachos Fora do Prazo: 1 Processos Conclusos para Decisão Total: 62 Processos Conclusos para Decisão Fora do Prazo: 14 Processos Conclusos para Sentença Total: 64 Processos Conclusos para Sentença Fora do Prazo: 34 Audiências de Conciliação Realizadas: 1 Audiências de Instrução Realizadas: 6 Audiências Admonitórias Realizadas: 1 Audiências Outras: 1 Depoimentos Pessoais Tomados: 4 Testemunhas Inquiridas: 3 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 4 Saldo de Processos Atribuídos: 2997

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!TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL la. REGIÃO SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE PATOS DE MINAS PERIODO: 01/08/2016 A 30/08/2016 IEXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 ;SECRETARIA DA 2° JEF ADJUNTO

JUIZ(a) :WAGMAR ROBERTO SILVA Sentença homologatórias.:6 Sentença sem julgamento do mérito:1 Decisões finais:1 'Total:8 Decisões interlocutórias::17 'Despacho:78 Processos Conclusos para Despachos Total: 3 Processos Conclusos para Decisão Total: 9 Processos Conclusos para Decisão Fora do Prazo: 1 Processos Conclusos para Sentença Total: 209 Processos Conclusos para Sentença Fora do Prazo: 82 Audiências de Conciliação Realizadas: 11 Audiências de Instrução Realizadas: 20 Depoimentos Pessoais Tomados: 76 Testemunhas Inquiridas: 59 Perícia: Ordenada/Deferida, Indeferida ou Ordenada Nova Perícia: 32 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 21 Saldo de Processos Atribuídos: 1584

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária de Minas Gerais

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Uberlândia (SSJUDI) /2ª Vara Cível

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BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 - JUÍZES DAS VARAS FEDERAIS PJRES000211CVD

Juízo: 2a VARA FEDERAL [FíSICO E E-JUR 1 Período: 01/08/2016 A 31/08/2016 Ver. 17/01/2013 15:00:00

N° de registro e-CVD 00009.2016.00023803.1.00197/00163

Estatística pertencente ao Juiz: DR. JOSÉ HUMBERTO FERREIRA Matricula: 197

Classes

~900-AÇAO ORDINÁRIA I OUTRAS

2100-MANDADO DE SEGURANÇA INDIVIDUAL

4100-CUMPRIMENTO DE SENTENCA

5101-CONSIGNACAO EM PAGAMENTO

A

9

.\

SENTENÇAS Decisões TOTAL

b

9

4 2

49

;;-,:~:.<,:.,---"'T~;',~'---

PROCESSOS CONCLUSOS

6

3

9 2

2

----­

1

ai

--+

n_oo_..

5119-IMISSAO NA POSSE

??_I"Tt:OrlITt'\ PROIBITÓRIO " ,-;.---------------­

1----------­ c---9--~-- ,,---'------- 5--~+-----8- 3

EM ALIENACAO ----!---­ -------­ [_ ~3_7~ 1_ ,____________ , 8 _8 1 1

----+-­ --------------------,-----._--­ -­2 2

17 I 1735­ -­ 5-4 1 ---------------­ -------------------­ ---­

5

1 1 2 2 f-----­ 1-­ -­ f-­ -+ ------­ ---­

OOO-PROCEDIMENTO SUMARIO ----,----}---­

~;V.D'- "______L ,,_________ , 1

1 1

•~:~~~~,~~~~~:AO 1__ 1__ 5 --~ ,-- --=f ---- ----­• ~LV~~U' ~c~ INOMINADA 1 1 1

11102-EMBARGOS Á EXECUÇÃO 1 3

11500-EMBARGOS DE TERCE-IROS-------­ I 1

13101.Aç;ÃOPENALDEuv Mt"t::It:I'ulJ-\DOJUlt_________ 3 3 3 8 41 7

15201-SEQUESTRO ­

I 15200-PEDIDO DE QUEBRA DE SIGILO DE

1-;:301.RESTITUICAO DE COISAS APREENDIDA!

15306-EMBARGOS DE TERCEIRO CRIMINAL

[ 15601-INQUÉRITO POLI~_IA_L_____--,_

t----I---+__

-------f-­ ------1--­ -­

---!--­ +---1-­-­ - ­ ~

2

1 4

8 1

Documento assinado digitalmente pelo(a) JOSE HUMBERTO FERRElRA:JU197 em 12/09/2016, com base na Lei 11.419 de 19/12/2006. A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trf1.jus.br/autenticidade. mediante código 24306713803281

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Oepoime-;rto~ ·p~esso..~iS 1----­Tomado. 1

PODER JUDICIÁRIO SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA

Página: 2 Hora Impressão: 12/09/2016 13:36

BOLETIM ESTATíSTICO TIPO 2 - JUíZES DAS VARAS FEDERAIS PJRES000211CVD

Juízo: 2a VARA FEDERAL [FISICO E E-JUR 1 Período: 01/08/2016 A 31/08/2016 Ver. 17/01/2013 15:00:00

N° de registro e-CVD 00009.2016.00023803.1.00197/00163

Estatística pertencente ao Juiz: DR JOSÉ HUMBERTO FERREIRA Matrícula: 197

DA PENA

17100-CARTA PRECATÓRIA I PENAL

(*) Fota do prazo:Despachos, decisões e sentenças proferidos apõs 60 dias da conclusão, bem como processos conclusos além deste tempo.

Praças, Leilões e Outros Atos Instruroríos Realizado.::.s____-I

Praças e Leilões1 Pericia: Ordenada/Deferida, Inder. ~- J~I;~nt;~Cor:-v\)rtldO OmConcilíação Outras Ordenada Nova Patlcla DIIlgencI8

4 4 3 .~__-L__________

OBSERVAÇOES: (feprocessos

2912 DIRETOR(A) DA SECRETARIA JUIZFEDERAL ______________________________________________________~

0ME: NOME: MATRicULA: ' A ASSINATURA:l] /E(tsaASSINATURA:

\ SENTENÇAS (Resolução CJF n. 446. de 9 junho de 20051 ~ ~Dat 184OQ3.

A Extinguem o processo com julgamenlo do mérito, com fundamentação individualizada.

B Exiinguem o processo com julgamento do meri!o, repeti~vas e homologa!órias.

C Extinguem o processo sem julgamento do mérito.

o Condenatórias e Absolutõrias, bem como as de rejeição de queixa e as de denôclas.

E Extintivas de punlbilidnde{art. 107 CP) ou de suspensâo condicionai da pena(S\lsls,art 695 CPP),

Decisões Fjnais de processos incidentes.

Documento assinado digitalmente pelo(a) JOSE HUMBERTO FERRElRA:JUI97 em 12/09/2016, com base na Lei 11.419 de 19/12/2006. A autenticidade deste poderá ser verificada em http://www.trfl.jus.br/autenticidade. mediante código 24306713803281

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária de Minas Gerais

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Uberlândia (SSJUDI) /5ª Vara Execução Fiscal

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Página: 1 PODER JUDICIÁRIO Hora Impressão: 13/09/20161701SUBSECÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÃNDIA

BOLETIM ESTA -ICO TIPO 2 - JUíZES DAS VARAS FEDERA IS V. 22/06/2016 14:45

Juizo: 5a VARA FEDERAL [FíSICO E E-JUR 1 Perlodo: 01/08/2016 A 31/08/2016

Estatística pertencente ao Juiz: DR . JOSÉ ALEXANDRE ESSADO Matricula: 355

SENTENÇAS Embaraos :I O<CISÓES DESP. E PROCESSOS CONCLUSOS

B Oeçlsõ.s TOTAL OEClAAATÓRlOS IHTERlO- DESPACHOS ~~Cp~~ DESPACHO DECISAO SENTENÇAClasses Finais N"RWGENTeSi CUTÓRlASA REPETITIVAS

HOMOlOGA C O E o. 5enlençJI De Decido TOTAL F_DO TOTAL 'ORADO FORA DO .raRlAS PRAZO' PRAZO' TOTAL PRAZO'

ll00·ACÃO ORDINÁRIA! TRIBUTÁRIA 2 3 2 5 4

1900-ACÃO ORDINÁRIA ! OUTRAS 1 1 I 4 1 11 14 10

2100-MANDADO DE SEGURANCA INDIVIDUAL 2

3100-EXECUCÃO FISCAUFAZENDA NACIONAL 2 18 18 38 1 I 910 746 50 479 1391 82

3200·EXECUCÃO FISCAUINSS 2 2 4 3 3 1

3300-EXECUCÃO FISCAUOUTRAS 2 28 1 9 40 198 272 7 144 26 9

4100-CUMPRIMENTO DE SENTENCA 1 1 I 4110-EXECUCÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLlCI 4 4 2 I 2 1

4200-EXECUCAO POR TITULO EXTRAJUDICIAL 2 1 3 99 74 5 61 14 7 I I

4500·EXECUCÃO HIPOTECÁRIA DO SISTEMA FI 2 5

S102-DEPOSITO I I I

5124 ·MONITORIA 3 2 1

5190-PETICAO CIVEL 4 4

6103-CARTA PRECATÚRIA! FISCAL 4 21 I 1 I 9109-CAUTELAR FISCAL 2 1 I 1 1

9200-CAUTELAR INOMINADA I I I 1 1 2 2

10100-IMPUGNACÃO AO VALOR DA CAUSA I 1

111 OI -EMBARGOS Á EXECUCÃO FISCAL 9 3 I 4 17 3 23 28 1 39 6 2 110 87

I I 1 02-EMBARGOS Á EXECUCÃO 2 19 10 3 53 46

11200-EMBARGOS Ã ARREMATACÃO I 1

11500-EMBARGOS DE TERCEIROS 1 3 4 12 23 I 3 16 26 18

TOTAL 14 I 56 I 3 1 37 r 1 1 110 1 4 1 1265 1 1201 1 66 756 1 197 107 1 216 170 i

(") Fora do prazo:Despachos. decisões e sentenças proferidos após 60 dias da conclusão, bem como processos concluso! além deste tempo .

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Página: 2 PODER JUDICIÁRIO Hora Impressão 13/09/2016 1701SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÂNDIA

BOLETIM ESTATíSTICO TIPO 2 - HlíZES DAS VARAS FEDERAIS V 22/06/2016 14:45

Juízo: 5a VARA FEDERAL [FíSICO E E-JUR 1 Período: 01/08/2016 A 31/08/2016

Estatística pertencente ao Juiz: DR, JOSÉ ALEXANDRE ESSADO Matrícula: 355

SENTENÇAS I I Embargos I' I I DESP, E I PROCESSOS CONCluSOS -~-. DECISÓES FORA -====::--;_-=:=::-:-:::-_,-_-=-===,...,-_DEC __

B ~ Oe.cls~es TOTAL OEct..ARAl"Ó,UO! INTERLO- DESPACHOS DO PRAZO'I DESPACHO I OECISAO SENTENÇAI l IClasses · FinaiS INFRINGENTES CUTORIAS -­

A REPETITf\lAS I H~:'6<;:-~A C D E o.Serrtençil ~Dectdol' TOTAL F;:::}: ITOTAL IF~:tz~ TOTAL II I ~----------------------~----I------r:-:-::--r'.~s Realiz$ _ Atos Realizados em Audiência Praças, Leilões e Outros Atos Ins!!,.':'~RealizadoS____--I

.. ~ Instrução e f-:latu~a- Justi(ic.ação Ad ... I Interrog.atórios I Depoimentos Pessoa.is Teste~unh.as Acu sados ou .Condenado~ Peritos e Assilentes Pr.aças e leilôes Perícia: Ordenada/Deferida Indef. oJ Julgame,:,~o .Co,:,vertido em Júri Conclhaçao Julgamento hz.açao Previa mOnitoria I Outras Tomados InqUIridas Advertidos I Técnicos Ouvidos Ordenada Nova Peri~ia 1 Dlhgencla

------------+------­I I I 2 I1 7

Saldo de processos atribuído

25587

JUIZ FEDERAL

Denis Flnoto NOME: ASSINATURA:

Diretor de Secretaria da 5' Vara ~ ExtintIVa de punlbflkJDde(art. 107 CP) ou do SlJspcnsAo condicionai da pen.u(SUsl'.9rt 896 Cpp)

~ (j)ecisões Finais de processos incidentes.

B

o Condo natórlas e Absolutórias, bem como as de r e~ de: qUC'tX ::I e os de demJcios.

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PODER JUDICIÁRIO Página: 3

SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE UBERLÁNDIA Hora Impressão: 13/09/2016 17 :01

BOLETIM ESTA J "ICO TIPO 2 - JUÍZES DAS VARAS FEDERAIS V 22/06/2016 14:45

Juízo : 5a VARA FEDERAL [FíSICO E E-JUR J Período: 01/08/201 6 A 31 /08/2016

Estatística pertencente ao Juiz: DA. GUSTAVO SORADO ULlANO Matrícula: 403

SENTENÇAS Embargos Decisõe s DECLARATÓRtClSTOTALB FinaisClasses

A I HOMOlOGA C o E De Sen.~ o. Oec.lsloREPETITIVAS -TÓRIA.$

3300-EXECUCÃO F ISCAUOUTRAS 1 I 1

TOTAL I 1 I I I I I 1

INFRINGENTES

I

DESP, E PROCESSOS CONCLUSOS

DECISOES IDESPACHOS CEC. FORA OECISAO SENTENÇAINTERlO. DO PRAZO DESPACHO

curÓRIAS TOTAL I F=~ FORA I»

TOTAL I r:~g?TOTAL PRAZO'

I I I I I I I

(") Fora do prazo·Despachos. decisóes e sentenças proferidos após 60 dias da conclusão. bem como processos conclusos além deste tempo.

Audiências Realizadas I J ust;ficaçjo

Atos Realitados em Audiência Praças, LeilOes e Outros Atos Instrutórios Realizados Juri

ConciUaçio Instruçã o ti Julgamenlo

Natu<a­lização Previa

1

Admonitória Oulras Interrogatórios Depoimentos Pessoais Testemunhas Acusad::v~~i~~~d.n.dO'InqulridnTomados

Peritos e Assitenles Técnicos Ouvidos

Praças _leilões Perícia: Ordenada/Otlferida, Indef . o Ordenada Nova Perida

Julgamento Convenldo em Diliginci.

Saldo de processos atribu ídos OBSERVACÕES :

JUIZ FEDERAL NOME: Denis Anoto ASSINATURA:

',a da 5' Vara

o ......... , lu'V*U.'u.... v v v "''''''''-' , '''", ''''''Y~'' IIVIIIU'U~CJ\V' '''' ,

C Ex tinguem o processo sem julgamento do mérito.

n C('l nd~.fla-rónaS '· Abso'U1ÕnB!I Ilt'llll oomo as de r" j'!tlçArJ rfe '1UP j,(8 fi ns dI' dentioas

E ExlíntiVà!i dI!! punlbifklacle(art . 107 Cp) CMJ de suspensão con dICionai da pene(Sus.ls..art 696 CPP).

com julgamento do méri lo , com lundamentação individualizada.

........ .",."... ... ,.....,It'.~_

Decisões Finais de Drocessos incidenles .

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Maranhão

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária do Maranhão.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Pará

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Castanhal (SSJCAH) /Diretoria da Subseção (Disub)

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JUS~·IÇA FfDERAL Tribunal Regional Federal da 1~ Região

Seção Judiciária do Pará Subseção de Castanha!

EDITAL DE HOMOLOGAÇÃO

10.100.02

PROCESSO SELETIVO PARA ESTAGIÁRIOS DA JUSTIÇA FEDERAL DA

SUBSEÇÃO JUDICIÁR IA DE CASTANHAL- 2016

O EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ FEDERAL DIRETOR DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CAST ANHAL, Dr. OMAR BELLOTTI FERREIRA,

no uso de suas atribuições legais e considerando o PROCESSO SELETIVO PARA

INGRESSO NO PROGRAMA DE ESTÁGIO DA JUSTIÇA FEDERAL/PA A

ESTUDANTES DE NÍVEL SUPERIOR, destinado a formação de cadastro de reserva,

regido pelo respectivo Edital de Abertura de Inscrição, RESOLVE :

I- HOMOLOGAR o Resultado Final do Processo Seletivo de Estagiários

2016 atinente à Subseção Judiciária de Castanhal, para ingresso no Programa da Justiça

Federal/PA a estudantes de Nível Superior de Bacharelado em Direito.

11- AUTORIZAR as convocações de candidatos habilitados no presente

processo seletivo, conforme a classificação final e a quantidade de vagas atualmente

existentes na Sede desta Subseção Judiciária.

Castanhal/PA, 19 de setembro de 2016.

( OMAR BELLOTTJ

JUSTIÇA FEDERAL- SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CASTANHAL RUA QUINTINO BOCAIUVA. 2363- CENTRO - CASTANHAL - PARÁ

(91 )3711 -7444, 01vara.cah@trf1 .jus.br - Plantão: (91 )9133-9198

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JUSTIÇA FEDERAL Tribunal Regional federal da 1ª Região

Seção Judiciária do Pará Subseção de Castanha!

RESULTADO FINAL

PROCESSO SELETIVO DE ESTAGIÁRIOS 2016

CANDIDATOS CLASSIFICADOS E APROVADOS

CANDIDATO NOTA

LUCIANA SOUZA DO VALLE 32

JOÃO PAULO SANTOS DA COSTA 22

KAMALLA KRETLI CONTÃO 21

WILTON MARTINS PEIXOT O 21

JOSEFA DOS ANJOS OLIVE IRA 21

LOURRENY BRUNA MACHADO LOBO 20

NAYSA NAFAHELY SOUSA ARAÚJO 20

LAIZE CRISTINE SANTOS DE SOUSA 20

SÁ VIA LU ANNA MACEDO PAMPLONA DA 20 MATA

JUSTIÇA FEDERAL- SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE CASTANHAL RUA QUINTINO BOCAl UVA, 2363 - CENTRO- CASTANHAL - PARA

(91 )3711 -7444, 01vara.cah@trf1 .jus.br - Plantão: (91)9133-9198

CRITÉRIO DESEMPATE

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6° SEMESTRE

5° SEMESTRE

40 SEMESTRE

go SEMESTRE

70 SEMESTRE I 24 ANOS

70 SEMESTRE I 21 ANOS

so SEMESTRE

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Seção Judiciária do Mato Grosso

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

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Subseção Judiciária de Sinop (SSJSNO)

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PODER JUDICIÁRIOJUSTIÇA FEDERAL DE PRIMEIRA INSTÂNCIASUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE SINOP-2ª VARA FEDERAL

Juiz Substit. : DR. MARCEL QUEIROZ LINHARESDir. Secret. : JUANA RIZZATTI MENDES

EXPEDIENTE DO DIA 21 DE SETEMBRO DE 2016

BOLETIM 166/2016

Atos do Exmo. : DR. MARCEL QUEIROZ LINHARES

PORTARIA N°05 DE 15 DE SETEMBRO DE 2016O Doutor MURILO MENDES, Juiz Federal Diretor da Subseção Judiciária de Sinop, em exercício, no uso de suas atribuições legais, CONSIDERANDO: a necessidade de se proceder ao inventário patrimonial, para efeito de comprovação da existência física dos bens móveis e sua localização;CONSIDERANDO: que o inventário será realizado por comissão, conforme o disposto na In 14-15 — TRE1; RESOLVE:— DESIGNAR os servidores MURILO JOSÉ MONTEIRO AMORIM e RAQUEL MOLOSSI ESCHER para compor a Comissão de Inventário de Bens Permanentes, relativo ao exercício 201.6, sob a presidência do servidor Murilo José Monteiro Amorim;11 — DETERMINAR a proibição de movimentação de qualquer bem, sem a devida autorização da Comissão, sob pena de responsabilização do detentor da carga patrimonial; 1111 — DETERMINAR que, no prazo de 05 (cinco) dias, após a solicitação efetuada pela Comissão, os servidores façam a conferência dos bens sob sua responsabilidade.Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.MURILO MENDESJuiz Federal Diretor em exercício,da Subseção Judiciária de Sinop/MT

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Seção Judiciária de Rondônia

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária de Rondônia.

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Seção Judiciária de Tocantins

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária de Tocantins.

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Seção Judiciária do Amapá

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária do Amapá.

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Seção Judiciária do Amazonas

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

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Diretoria do Foro (Diref)

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SEÇÃO JUDICIÁRIA DO AMAZONAS

EDITAL

EDITAL DE ABERTURA

III PROCESSO SELETIVO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS E CADASTRO RESERVA DE ESTÁGIO REMUNERADO PARA ESTUDANTESDOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS e COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORN ALISMO OU RELAÇÕES PÚBLICAS

O JUIZ FEDERAL VICE-DIRETOR DO FORO, NO EXERCÍCIO DA DIRETORIA DO FORO DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DOESTADO DO AMAZONAS E DA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO DO III PROCESSO SELETIVO PARA PREENCHIMENTO DE VAGAS ECADASTRO RESERVA DE ESTÁGIO REMUNERADO PARA ESTUDANTES DOS CURSOS DE ADMINISTRAÇÃO, CIÊNCIAS CONTÁBEIS eCOMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO OU RELAÇÕES PÚBLICAS, no uso das atribuições legais e regimentais, em conformidade com o quedisciplina a Lei n. 11.788, de 25/09/2008, a Resolução n. 208, de 09/10/2012, do Conselho da Justiça Federal - CJF, e Resolução-Presi 600-28, de18/12/2009, do TRF/1ª Região, torna pública a abertura de inscrições para a realização de Prova de Conhecimentos Gerais e Específicos, conforme anexo Ideste Edital, para seleção de estagiários remunerados dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Comunicação Social – Jornalismo ou RelaçõesPúblicas, na forma estabelecida neste Edital, e Processo SEI nº 0001833-79.2016.4.01.8002.

I – DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1. O processo seletivo será realizado pela Justiça Federal de Primeiro Grau no Amazonas.

2. Áreas de atuação: unidades da Secretaria Administrativa, Controle Interno, Cálculos Judiciais, Comunicação Social e outras áreas afins a seremdeterminadas pela Administração por ocasião do ingresso no estágio.

3. Número de Vagas:

3.1. Administração: 03 (três) vagas imediatas e cadastro reserva;

3.2. Ciências Contábeis: 02 (duas) vagas imediatas e cadastro reserva;

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3.3. Comunicação Social – Jornalismo ou Relações Públicas: 01 (uma) vaga imediata e cadastro reserva.

4. Carga horária: 20 (vinte) horas semanais compatíveis com o horário de funcionamento da Seccional e o horário de aulas do estudante a ser comprovadomediante documento expedido pela Instituição de ensino.

5. Valor da bolsa de estágio, estabelecido pelo TRF/1ª Região, R$ 800,00 (oitocentos reais).

6. Será concedido auxílio-transporte aos estagiários, no valor de R$ 5,50 (cinco reais e cinquenta centavos) por dia útil efetivamente trabalhado.

7. A duração do estágio é de no máximo 02 (dois) anos.

II – DAS INSCRIÇÕES

1. As inscrições serão realizadas, gratuitamente, no período de 12 (doze) horas dia 26/09/2016 às 18 (dezoito) horas do dia 07/10/2016, no endereçoeletrônico http://www.jfam.jus.br.

2. No ato da inscrição o candidato deverá:

2.1. Declarar que está ciente e de acordo com as determinações constantes da Resolução CJF n. 208/2012.

2.2. Declarar que não é servidor ativo ou inativo pertencente ao Quadro de Pessoal da Seção Judiciária do Amazonas, e não tem parentes consanguíneos eafins até o 3º grau entre os membros da Comissão organizadora desta seleção.

2.3. Declarar que não é: I - ocupante de cargo, emprego ou função vinculados aos órgãos ou às entidades da administração pública direta ou indireta dequalquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; II - militar da União, dos Estados ou do Distrito Federal; III - titularde mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal; IV - servidor do Ministério Público.

2.4. Declarar que não possui vínculo profissional ou de estágio com advogado ou sociedade de advogados que atuem em processos na Justiça Federal.

3. Poderão inscrever-se estudantes regularmente matriculados em cursos de Administração, Ciências Contábeis e Comunicação Social – Jornalismo ouRelações Públicas autorizados e reconhecidos pelo Ministério da Educação (MEC), e que na data de admissão ao estágio, estejam cursando entre o 2º(segundo) e o 6º (sexto) períodos.

4. A qualquer tempo, poder-se-á anular a inscrição, prova ou ingresso no estágio, desde que verificadas falsidades de declarações ou irregularidades nasprovas e/ou documentos.

5. Não poderão inscrever-se na seleção servidores ativos ou inativos estudantes pertencentes ao Quadro de Pessoal da Seção Judiciária, bem como parentesconsanguíneos e afins até o 3º grau dos membros da comissão de elaboração e correção da prova e dos secretários da Comissão.

6. Não poderão inscrever-se na seleção:

I – O ocupante de cargo, emprego ou função vinculados aos órgãos ou às entidades da administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes daUnião, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios;

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II – O militar da União, dos Estados ou do Distrito Federal;

III – O titular de mandato eletivo federal, estadual, distrital ou municipal.

IV - Servidor do Ministério Público.

V – O estudante que possuir vínculo profissional ou de estágio com advogado ou sociedade de advogados que atuem em processos na Justiça Federal.

7. Na data de admissão no estágio serão observadas as vedações determinadas pela Resolução CJF n. 208/2012.

III - DAS INSCRIÇÕES PARA CANDIDATOS COM DEFICIÊNCIA

1. Os alunos com deficiência poderão participar da Seleção e as inscrições serão feitas conforme instrução II do presente edital.

2. Em cumprimento ao disposto no § 5º do artigo 17 Lei n. 11.788, de 25/09/2008, e no § 1º do art. 16 da Resolução CJF n. 208, de 09/10/2012, ser-lhes-áreservado o percentual de 10% (dez por cento) das vagas que vierem a surgir no prazo de validade da Seleção.

3. Aos candidatos com deficiência serão destinadas, no decorrer da vigência desta Seleção - a 10ª, a 20ª, 30ª, 40ª vagas e assim sucessivamente.

4. A presente ordem poderá deixar de ser observada caso o candidato com deficiência obtenha nota final superior ao candidato aprovado na listagem geral.

5. Consideram-se pessoas com deficiência aquelas que se enquadram nas categorias discriminadas no artigo 4º do Decreto Federal n. 3.298/99 e suasalterações.

6. As pessoas com deficiência participarão do processo seletivo em igualdade de condições com os demais candidatos, no que se refere ao conteúdo daprova, à avaliação e aos critérios de aprovação, ao dia, horário e local de aplicação da prova, e à nota mínima exigida para todos os demais candidatos.

7. O candidato deverá declarar, quando da inscrição, ser pessoa com deficiência, devendo apresentar, até o último dia de inscrição, Laudo Médicooriginal ou cópia autenticada, expedido no prazo máximo de 90 (noventa) dias antes do término das inscrições, atestando a espécie e o grau ounível de deficiência, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doença – CID, bem como a provável causa dadeficiência, inclusive para assegurar previsão de adaptação da sua prova, informando, também, o seu nome, documento de identidade (RG), número doCPF.

8. O candidato com deficiência visual, além da apresentação do Laudo Médico, deverá solicitar, por escrito, no período da inscrição, a necessidade deprova ampliada (informar tamanho da fonte) ou da leitura de sua prova, especificando o grau da deficiência.

9. O candidato com deficiência que necessitar de tempo adicional para realização das provas, além da apresentação do Laudo Médico deverá apresentarsolicitação, por escrito, no período da inscrição, com justificativa acompanhada de parecer emitido por especialista da área de sua deficiência.

10. Os candidatos que, dentro do período da inscrição, não atenderem aos dispositivos mencionados no item “7” desta instrução serão considerados comopessoas sem deficiência.

11. O candidato com deficiência aprovado na Seleção deverá submeter-se à perícia médica a ser realizada pela perita médica da Justiça Federal no

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Amazonas, não cabendo recurso à decisão proferida por aquela, sendo automaticamente eliminado aquele cuja deficiência apresentada no Laudo Médico,não se constate, devendo o mesmo constar apenas na lista de classificação geral final.

12. O laudo médico terá validade somente para este processo seletivo e não será devolvido.

IV – DA PROVA

1. A prova conterá 50 (cinquenta) questões objetivas de múltipla escolha, sendo 10 (dez) questões de Língua Portuguesa, 05 (cinco) questões deInformática, 15 (quinze) questões de Conhecimentos Específicos (Administração, Contabilidade ou Comunicação Social – Jornalismo ou RelaçõesPúblicas), 10 (dez) questões sobre o Código de Ética do Servidor Público Federal (Decreto 1.171, de 22/06/1994), 10 (dez) questões sobre a Lei n. 11.788,de 25/09/2008 e Resolução/CJF 208, de 04/10/2012, todas com base no conteúdo programático constante do anexo I deste Edital.

V – DA APLICAÇÃO DA PROVA

1. A realização da prova está prevista para o dia 19/10/2016, no horário de 09 às 12 horas, Edifício Rio Negro, Avenida André Araújo s/n – Aleixo,Anfiteatro Cacique Ajuricaba.

2. O candidato deverá comparecer ao local designado para a realização da prova com antecedência mínima de 30 (trinta) minutos antes do horárioestabelecido para o seu início, munido somente de caneta esferográfica de tinta azul ou preta e do documento de identidade original.

2.1 Serão considerados documentos de identidade: carteiras expedidas pelos Comandos Militares, pelas Secretarias de Segurança Pública, pelos Institutosde Identificação e pelos Corpos de Bombeiros Militares; carteiras expedidas pelos órgãos fiscalizadores de exercício profissional (ordens, conselhos etc.);passaporte brasileiro; certificado de reservista; carteira de trabalho; carteira nacional de habilitação (somente o modelo com foto).

2.2 Não serão aceitos como documentos de identidade: certidões de nascimento, CPF, títulos eleitorais, carteiras de motorista (modelo sem foto), carteirasde estudante, crachás institucionais ou documentos ilegíveis, não identificáveis e (ou) danificados.

2.3 Não será aceita cópia do documento de identidade, ainda que autenticada, nem protocolo do documento.

2.4 Por ocasião da realização da prova, o candidato que não apresentar documento de identidade original, na forma definida no subitem 2.1 deste edital,não poderá fazer a prova e será automaticamente eliminado do concurso.

2.5 Caso o candidato esteja impossibilitado de apresentar, no dia de realização da prova, documento de identidade original por motivo de perda, roubo oufurto, poderá fazer a prova desde que apresente o Boletim de Ocorrência expedido por órgão policial e emitido há, no máximo, 90 (noventa) dias antes dadata de realização da prova, caso em que também será feita sua identificação especial, com coleta de dados e assinatura em formulário próprio.

3. Não será aplicada prova em local, data ou horário diferentes dos predeterminados neste edital ou em comunicado.

3.1 Não será admitido ingresso de candidato no local de realização da prova após o horário fixado para seu início, conforme estabelecido no item “1”.

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3.2 O candidato deverá permanecer, obrigatoriamente, no local de realização da prova por, no mínimo, 1 (uma) hora após o início da prova.

3.3 A inobservância do subitem anterior acarretará a não correção da prova e, consequentemente, a eliminação do candidato do concurso.

3.4 O candidato que se retirar do ambiente de prova não poderá retornar em hipótese alguma.

4. Será excluído do processo seletivo o candidato que se apresentar após o horário determinado; não comparecer à prova seja qual for o motivo alegado;não apresentar o documento de identidade exigido; ausentar-se da sala de provas sem acompanhamento do fiscal; for surpreendido em comunicação comoutras pessoas ou usando livros, notas ou impressos não permitidos; for responsável por falsa identificação pessoal; lançar mão de meios ilícitos para aexecução da prova; proceder a quaisquer consultas; não devolver integralmente o material recebido.

VI – DO JULGAMENTO DA PROVA

1. Cada questão objetiva valerá 02 (dois) pontos, totalizando 100 (cem) pontos, considerando-se habilitado quem obtiver 50% (cinquenta por cento) deacertos na prova.

VII – DA CLASSIFICAÇÃO

1. Os candidatos serão classificados de acordo com a ordem decrescente da nota final até o mínimo de 50 (cinquenta) pontos.

2. Na hipótese de igualdade de nota final será dada preferência, sequencialmente, ao candidato que:

a) estiver cursando o período letivo mais avançado;

b) tiver melhor coeficiente de rendimento acumulado no curso; e

c) tiver maior idade.

VIII – DA DIVULGAÇÃO DO RESULTADO

1. O gabarito da prova objetiva será divulgado a partir das 14 horas do dia 20/10/2016 no endereço eletrônico desta Seccional www.jfam.jus.br.

2. As listas de classificação dos candidatos aprovados serão divulgadas no endereço eletrônico desta Seccional www.jfam.jus.br.

IX – DOS RECURSOS

1. Os recursos das questões da prova poderão ser interpostos até 2 (dois) dias úteis após a divulgação do gabarito, desde que contenham as circunstânciasque os justifiquem, o nome do candidato, o número da inscrição e o telefone para contato. Os recursos deverão ser apresentados na Seção de

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Desenvolvimento e Avaliação de Recursos Humanos (SEDER), localizada na Avenida André Araújo s/n – Aleixo, Edifício Waldemar Pedrosa, 2º andar.

X – DA HOMOLOGAÇÃO DA SELEÇÃO

1. A homologação do resultado final da seleção será feita pelo (a) Juiz(a) Federal Diretor(a) do Foro, Presidente da Comissão do III Processo Seletivo deEstagiários dos Cursos de Administração, Ciências Contábeis e Comunicação Social – Jornalismo ou Relações Públicas, instituída pela Portaria/DIREFn. 55, de 03/08/2016.

XI – DO PROVIMENTO DAS VAGAS PARA ESTAGIÁRIOS

1. O candidato aprovado será convocado por meio do número de telefone e/ou e-mail declarados no ato de inscrição no processo seletivo.

2. Terá o candidato convocado o prazo de 03 (três) dias úteis, até as 15h do último dia de prazo, a partir da convocação, para comparecer à Seção deDesenvolvimento e Avaliação de Recursos Humanos desta Seccional (SEDER/SJAM), munido dos documentos originais e cópias de:

Cédula de identidade;

CPF;

Título de eleitor;

Comprovante de residência atualizado e com CEP;

Comprovante de matrícula atualizado, com a indicação do período que está cursando;

Histórico escolar atualizado;

01 fotografia atualizada 3x4 (somente o original);

Atestado de aptidão física e mental, expedido por médico detentor de registro no Conselho Regional de Medicina (somente o original).

3. Após a apresentação dos documentos referidos no item 2, a Seccional providenciará em benefício do candidato Seguro de Acidentes Pessoais, ficando adata de início do estágio a ser definida pela Administração.

4. O candidato que não tiver disponibilidade para iniciar o estágio na data fixada pela Administração passará a posicionar-se no final da lista de aprovados,aguardando nova convocação, salvo manifestação expressa do candidato convocado solicitando a exclusão de seu nome da lista.

4.1 Caso o horário do curso do candidato convocado seja o mesmo da vaga disponível, será convocado o próximo candidato aprovado na ordem declassificação, ficando aquele candidato aguardando o surgimento de vaga que não conflite com o horário do seu curso.

5. A nova convocação mencionada no item 4 poderá ou não efetivar-se no período de vigência da Seleção.

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6. A Justiça Federal no Amazonas não se responsabiliza por informação de telefone e endereço incorreta, incompleta ou desatualizada.

7. É de responsabilidade do candidato, manter seu telefone e email atualizados para viabilizar os contatos necessários.

8. O não comparecimento e a não apresentação de documentos nos prazos referidos no item 2 implicará a convocação do próximo candidato aprovado naordem de classificação.

XII – DAS NORMAS DE TRANSIÇÃO

1. Os estagiários contratados pelos processos seletivos anteriores à homologação deste processo seletivo poderão ter os períodos de estágio renovadosmediante a assinatura de novo termo de compromisso até o limite de 02 (dois) anos, a contar da primeira contratação.

XIII – DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

1. O concurso tem a validade de 01 (um) ano, a contar da data da publicação da homologação de seu resultado final, podendo ser prorrogado por igualperíodo.

2. Os casos omissos referentes à realização do processo seletivo serão resolvidos pela Diretoria do Foro.

Manaus/AM, 20 de setembro de 2016.

MÁRCIO ANDRÉ LOPES CAVALCANTEJuiz Federal Vice-diretor do Foro, no exercício da Diretoria do Foro e da Presidência da Comissão do

III Processo Seletivo para preenchimento de vagas e cadastro reserva de estágio remuneradopara estudantes dos cursos de Administração, Ciências Contábeis e Comunicação Social

ANEXO I – CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I. CONHECIMENTOS GERAIS:

1. LÍNGUA PORTUGUESA:

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1.Ortografia

2.Acentuação gráfica.

3.Morfologia.

4.Sintaxe da oração e do período.

5.Emprego do sinal indicativo de crase.

6.Pontuação.

7.Concordância nominal e verbal.

8.Regência nominal e verbal.

9.Colocação pronominal

10.Semântica.

11.Intelecção de texto.

2. INFORMÁTICA:

1. SUÍTE DE APLICATIVOS MICROSOFT OFICCE:

1.1 Salvar arquivos; 1.2 Inserir Linhas/Colunas; 1.3 Iniciar uma nova pasta; 1.4 Movimentação do cursor pelo teclado; 1.5 Movimentação do cursor pelomouse; 1.6 Teclas de atalho; 1.7 Desfazer a última operação; 1.8 Tipos de dados números; 1.9 Criar cópias da pasta de trabalho; 1.10 Salvar como versãoanterior; 1.11 Como adicionar planilhas;1.12 Como renomear planilhas; 1.13 Como excluir planilhas; 1.14 Como movimentar planilhas; 1.15 Como inserire excluir células, linhas e colunas; 1.16 Como editar o conteúdo de uma célula;1.17 Alterar a largura das células; 1.18 Alterar a largura das linhas; 1.19 Formatar números; 1.20 Formatar caracteres; 1.21 Criar bordas; 1.22 Ferramentapincel; 1.23 Definir padrões; 1.24 Definir alinhamentos; 1.25 Classificação dos dados; 1.26 Recurso arrastar-e-soltar; 1.27 Inserir fórmulas; 1.28 Funçãodas fórmulas; 1.29 Referência de células; 1.30 Tabulações; -1.31 Função dos botões; 1.32 Função dos aplicativos da suíte; 1.33 Trabalhar com gráficos;1.34 Marcadores; 1.35 Correção ortográfica de textos; 1.36 Numeração de páginas; 1.37 Elaboração de tabelas.

3. LEGISLAÇÃO:

3.1 LEI 11.788, DE 25/09/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes e RESOLUÇÃO/CJF 208, DE 4/10/2012, que dispõe sobre a concessão deestágio a estudantes no âmbito do Conselho e da Justiça Federal de primeiro e segundo graus.

3.2 Decreto 1.171, de 22/06/1994, que dispõe sobre o Código de Ética do Servidor Público Federal.

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II. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:

1. ADMINISTRAÇÃO:

1.Funções administrativas: planejamento, organização, direção e controle.

2.Administração de Tecnologia e da Inovação. Conceito, objetivo, importância e campo de aplicação.

3.Posicionamento interdisciplinar no quadro geral da ciência.

4.Administração Pública x Administração Empresarial: convergências e divergências.

5.Evolução do pensamento administrativo: as várias correntes.

6.Planejamento: Processos de tomada de decisões; Modalidades – tipos; Princípios; Fases; Avaliação.

7.Organização: Natureza e objetivos da Organização; Tipos de Estrutura; Organização Formal e Informal; Centralização e Descentralização; Departamentalização; Autoridade e Responsabilidade; Gráficos de Organização; Amplitude Administrativa.

8.Direção: – Tipos; Liderança e Motivação; Instrumentos e Processos; Tipos de níveis de chefia; As comunicações e a coordenação.

9.Controle: Tipos de mecanismos de controle; Fases; Posição de controle na estrutura organizacional; Objetivos.

2. CONTABILIDADE GERAL:

1.Princípios Contábeis Fundamentais.

2.Patrimônio: Componentes Patrimoniais: Ativo, Passivo e Situação Líquida (ou Patrimônio Líquido).

3.Equação Fundamental do Patrimônio.

4.Representação Gráfica dos Estados Patrimoniais.

5.Fatos Contábeis e Respectivas Variações Patrimoniais.

6.Contas: Conceito, Débito, Crédito e Saldo – Teorias, Função e Estrutura das Contas – Contas Patrimoniais e de Resultado.

7.Apuração de Resultados.

8.Sistemas de Contas. Plano de Contas.

9.Sistema de Partidas Dobradas.

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10.Balancete de Verificação.

11.Balanço Patrimonial: Obrigatoriedade e apresentação. Conteúdo dos Grupos e Subgrupos. 16. Classificação das Contas, Critérios de Avaliação do Ativoe Passivo e Levantamento do Balanço de acordo com a Lei n. 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações).

12.Demonstração do Resultado do Exercício: Estrutura, Características e Elaboração de acordo com a Lei n. 6.404/76.

13.Números índices.

14.Noções de Orçamento Público.

15.Noções de Finanças Públicas.

3. COMUNICAÇÃO SOCIAL (RELAÇÕES PÚBLICAS OU JORNALISMO)

1.Teoria da comunicação: principais modelos teóricos.

2.Categorias da Comunicação (interpessoal, grupal, organizacional, dirigida e de massa).

3.Responsabilidade Social do Comunicador.

4.Técnica de Redação Jornalística.

5.Características e itens que compõem o texto jornalístico.

6.Ética.

7.Assessoria de comunicação: fundamentos, história no Brasil, divisão de setores (imprensa, relações públicas e publicidade), intranet, internet, mural,informativo, clipping e release.

8.Planejamento estratégico.

9.Planejamento de Comunicação: definição de públicos, seleção de instrumentos, aferição de resultados.

10.Opinião Pública.

11.Cerimonial público - Decreto 70.274, de 9/3/1972.

ANEXO II – CRONOGRAMA

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PROCEDIMENTOS DATA/PERÍODO

Publicação do Edital de Abertura 21/09/2016

Inscrições pelo site 12h do dia 26/09/2016 até 18h do dia 07/10/2016

Aplicação das Provas 19/10/2016

Divulgação dos gabaritos no site 14 h do dia 20/10/2016

Interposição de Recursos contra o gabarito 25 a 26/10/2016

Análise dos Recursos contra o gabarito 27/10, 28/10 e 03/11/2016

Divulgação do Resultado Final 09/11/2016

Interposição de Recursos contra o ResultadoFinal

10 a 11/11/2016

Análise dos Recursos contra o Resultado Final 16 a 18/11/2016

Publicação do Edital de Homologação doResultado Final

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Documento assinado eletronicamente por Márcio André Lopes Cavalcante, Vice-Diretor do Foro, em 20/09/2016, às 19:10 (horário de Brasília),conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no site http://portal.trf1.jus.br/portaltrf1/servicos/verifica-processo.htm informando o código verificador2831114 e o código CRC 1C78DD69.

Avenida André Araújo s/n - Bairro Aleixo - CEP 69060-000 - Manaus - AM - http://portal.trf1.jus.br/sjam/

0001833-79.2016.4.01.8002 2831114v13

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária do Piauí

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

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Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária do Piauí.

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária da Bahia

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

4ª Vara

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1a. REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA 4ª VARA FEDERAL JUIZ(a) :CLÁUDIA OLIVEIRA DA COSTA TOURINHO SCARPA Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 4 Sentenças homologatórias repetitivas: 2 Sentença sem julgamento do mérito: 3 Total de Sentenças: 9 Embargos declaratórios de sentença: 1 Decisões interlocutórias: 8 Despacho: 124 Processos Conclusos para Despachos Total: 7 Processos Conclusos para Decisão Total: 24 Processos Conclusos para Sentença Total: 11 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 1 Saldo de Processos Atribuídos: 1274

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1a. REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA 4ª VARA FEDERAL JUIZ(a) :ROBERTA DIAS DO NASCIMENTO GAUDENZI Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 15 Sentenças homologatórias :1 Sentença sem julgamento do mérito: 8 Total de Sentenças: 24 Embargos declaratórios de sentença: 7 Embargos declaratórios de decisão: 2 Decisões interlocutórias: 62 Despacho: 454 Audiências de Conciliação Realizadas: 1 Audiências de Instrução Realizadas: 3 Testemunhas Inquiridas: 8 Perícia: Ordenada/Deferida, Indeferida ou Ordenada Nova Perícia: 2

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TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL 1a. REGIÃO SEÇÃO JUDICIÁRIA DO ESTADO DA BAHIA PERIODO: 01/08/2016 A 31/08/2016 EXTRATO DE BOLETIM ESTATÍSTICO TIPO 2 SECRETARIA DA 4ª VARA FEDERAL JUIZ(a) :TANNILLE ELLEN NASCIMENTO DE MACÊDO Sentença com julgamento do mérito, fundamentação individualizada.: 8 Sentenças homologatórias :1 Sentença sem julgamento do mérito: 1 Total de Sentenças: 10 Embargos declaratórios de sentença: 2 Decisões interlocutórias: 14 Despacho: 132 Audiências de Conciliação Realizadas: 4 Perícia: Ordenada/Deferida, Indeferida ou Ordenada Nova Perícia: 1 Devolvido Julgamento Convertido em Diligência: 1

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Diário Eletrônico da Justiça Federal da 1ª Região - eDJF1

Seção Judiciária da Bahia

Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Subseção Judiciária de Feira de Santana (SSJFSA) /3ª Vara

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CAIXA ECONÔMICA FEDERAL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DO 3º VAR A FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE FEIRA DE SANTANA, ESTADO FEDERADO DA BAHIA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CAIXA , instituição financeira sob a forma de empresa pública, com personalidade jurídica de direito privado, criada pelo Decreto-lei n.º 759/69, regendo-se por seu estatuto aprovado pelo Decreto n.º 5.056/2004, com sede em Brasília (DF), Superintendência Regional neste Estado e Representação Jurídica situada na Rua Aristides Novis, nº 48, 2º Andar – Centro, Feira de Santana, onde receberá intimações, vem, tempestivamente, apresentar sua CONTESTAÇÃO , com base nos fundamentos de fato e de direito que passa a expor.

1) BREVE RELATO

Trata-se de demanda questionando o índice de remuneração das contas vinculadas do FGTS, requerendo a substituição da TR (índice legalmente previsto), pelo INPC ou, alternativamente, o IPCA, ou ainda outro índice a ser arbitrado por esse Juízo.

Após breve intróito sobre o FGTS, parte autora traz algumas disposições sobre a

remuneração monetária das contas do FGTS, ressaltando a utilização da Taxa Referencial – TR como parâmetro.

Finaliza a introdução dizendo que “a TR não reflete mais a correção monetária, tendo se

distanciado completamente dos índices oficiais de inflação”, e que seria necessária a troca de índice para correção do FGTS.

No entanto, conforme será detalhado nos tópicos a seguir, o pleito autoral não merece

prosperar.

2) DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL APLICÁVEL AO FGTS - Rec urso Extraordinário 709.212/DF

Tanto o artigo 23, §5º, da Lei 8.036/1991 quanto o artigo 55 do Regulamento do FGTS , aprovado pelo Decreto 99.684/1990, estabeleciam o privilégio do FGTS à prescrição trintenária.

A rigor, tratava-se de regra sobre a qual sequer pairava discussão jurisprudencial. Isso

porque o enunciado número 210 da súmula do Superior Tribunal de Justiça ratificava que “a ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em trinta (30) anos”.

O Tribunal Superior do Trabalho seguia a mesma trilha, dispondo no enunciado 362 de

sua súmula que “é trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho.”

Sucede que, no julgamento do Recurso Extraordinário 709.212/DF (ementa em anexo), o

Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos normativos supracitados, fixando o prazo prescricional de 05 (anos) para a cobrança de valores referentes ao FGTS.

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Segundo o voto vencedor do Ministro Gilmar Mendes, “[...] a jurisprudência desta Corte não se apresentava concorde com a ordem constitucional vigente quando entendia ser o prazo prescricional trintenário aplicável aos casos de recolhimento e de não recolhimento do FGTS”. Ainda nos dizeres do relator:

De fato, a previsão de prazo tão dilatado para o ajuizamento de reclamação contra o não recolhimento do FGTS, além de se revelar em descompasso com a literalidade do Texto Constitucional, atenta contra a necessidade de certeza e estabilidade nas relações jurídicas, princípio basilar de nossa Constituição e razão de ser do próprio Direito. No entanto, para não frustrar as legítimas expectativas daqueles que se pautaram nas

normas declaradas inconstitucionais e nos anteriores entendimentos jurisprudenciais, o Supremo Tribunal Federal optou por modular os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, de tal sorte que, em função do efeito prospectivo, o novo entendimento só será aplicado nas ações ajuizadas após o dia 13/11/2014, data do julgamento.

Fixada a premissa de que, com a declaração da inconstitucionalidade do artigo 23, §5º,

da Lei 8.036/1991 e do artigo 55 do Regulamento do FGTS , o prazo prescricional para a cobrança de valores referentes ao FGTS passou de 30 (trinta) para 5 (cinco) anos nas ações ajuizadas a partir de 13/11/2014, passa-se agora à análise do caso concreto.

Decerto, aplica-se na espécie a prescrição qüinqüenal consagrada no Recurso

Extraordinário 709.212/DF, pois, além de buscar a cobrança de valores de FGTS, a presente demanda foi ajuizada após o dia 13/11/2014.

Dessa feita, os valores de FGTS ora cobrados estão prescritos, pois a alegada violação

ao direito remonta a período não abarcado pelo prazo prescricional de 05 (cinco), razão pela qual o feito deve ser julgado improcedente, extinguindo-o com resolução do mérito.

3) DA NECESSÁRIA SUSPENSÃO DOS FEITOS INDIVIDUAIS/C OLETIVOS – DECISÃO PROFERIDA NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0) E RECEBIMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA NÚMERO 5008379-42.2014.404.7100 COM ABRANGÊ NCIA NACIONAL

Conforme documento anexo, em decisão monocrática proferida no Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0), cujo procedimento se submete à sistemática dos Recursos repetitivos – artigo 543-C do Código de Processo Civil –, o Superior Tribunal de Justiça, ao enfrentar acórdão paradigma sobre a possibilidade de afastamento da TR como índice de correção monetária dos saldos das contas de FGTS, determinou a suspensão de tramitação de todas as ações judiciais, individuais ou coletivas, que versem sobre o tema e estejam em curso em todas as instâncias da Justiça comum, estadual e federal, inclusive, Juizados Especiais Cíveis e as respectivas Turmas ou Colégios Recursais.

Entendeu o STJ que o fim almejado pela sistemática dos recursos repetitivos “não se

circunscreve à desobstrução dos tribunais superiores, mas direciona-se também à garantia de uma prestação jurisdicional homogênea aos processos que versem sobre o mesmo tema, bem como a evitar a desnecessária e dispendiosa movimentação do aparelho judiciário”.

Dessa feita, impõe-se o sobrestamento da presente demanda até o julgamento final do

Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0). Mas antes mesmo da expressa determinação do STJ, já havia motivo para a suspensão deste processo.

É que a Ação Civil Pública de número 5008379-42.2014.404.7100/RS – na qual se

postula justamente a substituição da TR, como índice legal de atualização das contas do FGTS, pelo INPC, ou IPCA, ou outro índice de reposição de perdas inflacionárias – foi recebida com abrangência nacional.

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Dada a natureza coletiva da demanda supra, e a fim de evitar a multiplicação de

demandas, a existência de decisões contraditórias e esforços desnecessários do próprio Judiciário, por esse viés, também se impunha a suspensão das demandas individuais acaso ajuizadas. Nesse sentido, a assente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Eis o acórdão paradigma:

RECURSO REPETITIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA. MACRO-LIDE. CORREÇÃO DE SALDOS DE CADERNETAS DE POUPANÇA. SUSTAÇÃO DE ANDAMENTO DE AÇÕES INDIVIDUAIS. POSSIBILIDADE. 1.- Ajuizada ação coletiva atinente a macro-lide geradora de processos multitudinários, suspendem-se as ações in dividuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva. 2. - Entendimento que não nega vigência aos aos arts. 51, IV e § 1º, 103 e 104 do Código de Defesa do Consumidor; 122 e 166 do Código Civil; e 2º e 6º do Código de Processo Civil, com os quais se harmoniza, atualizando-lhes a interpretação extraída da potencialidade desses dispositivos legais ante a diretriz legal resultante do disposto no art. 543-C do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei dos Recursos Repetitivos (Lei n. 11.672, de 8.5.2008). 3.- Recurso Especial improvido. (REsp 1110549/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 14/12/2009).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, consigne-se que ações coletivas de menor

abrangência porventura ajuizadas, ou seja, aquelas de âmbito estadual, também deviam ser suspensas, haja vista que toda a questão seria resolvida na Ação Civil Pública número 5008379-42.2014.404.7100, sob pena de se perder toda a utilidade da tutela coletiva. Não se olvide: a macrolide já estava definida.

De tudo o quanto exposto, nota-se que, seja pela decisão monocrática proferida no

Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0), seja pelo recebimento da Ação Civil Pública Número 5008379-42.2014.404.7100 com abrangência nacional, é necessária a suspensão da presente ação.

4) MÉRITO 4.1) DA INAPLICABILIDADE DAS ADIN’S 4.357 E 4.425 C OMO PRECEDENTES PARA O FGTS

Poder-se-ia aventar que, em razão do STF nos julgamentos das ADI 4425 e 4357 ter declarado a inconstitucionalidade da TR como índice de correção monetária para os precatórios, haveria afastamento absoluto da TR como indexador, inclusive no tocante ao FGTS. Tal forma de pensar, no entanto, não procede. Basta conferir a ementa do acórdão proferido nas mencionadas ADI´s:

(...) 5. A atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice oficial de remuneração da caderneta de poupança viola o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º, XXII) na medida em que é manifestamente incapaz de preservar o valor real do crédito de que é titular o cidadão. A inflação, fenômeno tipicamente econômico-monetário, mostra-se insuscetível de captação apriorística (ex ante), de modo que o meio escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a promover o fim a que se destina (traduzir a inflação do período). 6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput) ao incidir sobre débitos estatais de natureza tributária, pela discriminação em detrimento da parte processual privada que, salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora tributária à taxa de 1% ao mês em favor do Estado (ex vi do art. 161, §1º, CTN). Declaração de

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inconstitucionalidade parcial sem redução da expressão “independentemente de sua natureza”, contida no art. 100, §12, da CF, incluído pela EC nº 62/09, para determinar que, quanto aos precatórios de natureza tributária, sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e qualquer crédito tributário. 7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra. 9. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente em parte. (ADI 4425, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 14/03/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-251 DIVULG 18-12-2013 PUBLIC 19-12-2013)

Como visto, a decisão exarada nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 4.357 e

4.425 não importou em entendimento sobre a inconstitucionalidade da TR para todo o ordenamento jurídico. Pelo contrário, declarou-se a inconstitucionalidade de parte da Emenda Constitucional 62/2009, no trecho referente à expressão 'índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança', constante do § 12º do artigo 100 da CF, para fins de atualização dos débitos judiciais da Fazenda Pública, apenas e especificamente no tocante à compensação t ributária através de Precatórios, nos termos seguintes :

“14. Prossigo neste voto para assentar, agora, a inconstitucionalidade parcial do atual § 12 do art. 100 da Constituição da República. Dispositivo assim vernacularmente posto pela Emenda Constitucional nº 62/2009: “§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.” (Grifou-se) (...) 16. Observa-se, então, que, em princípio, o novo § 12 do art. 100 da Constituição Federal retratou a jurisprudência consolidada desta nossa Corte, ao deixar mais clara: a) a exigência da “atualização de valores de requisitórios, após sua expedição [e] até o efetivo pagamento”; b) a incidência de juros simples “para fins de compensação da mora”; c) a não incidência de juros compensatórios (parte final do § 12 do art. 100 da CF). Mas o fato é que o dispositivo em exame foi além: fixou, desde logo, como referência para correção monetária, o índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, bem como, “para fins de compensação de mora”, o mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança. E contra esse plus normativo é que se insurge a requerente”

Portanto, no acordão da ADI 4.425, o STF concluiu fundamentalmente pela

impossibilidade da utilização do índice oficial de correção da caderneta de poupança na atualização dos débitos dos precatórios da Fazenda em virtude de suas cobranças se pautarem em índices diversos e comprovadamente superiores, o que, na ótica daquela Corte, caracterizaria arbitrária discriminação e violação à isonomia entre devedor público e devedor privado (cf, art. 5º, caput). Senão vejamos o recorte do voto:

“Ademais, o índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança “cria distorções em favor do Poder Público, na medida em que enquanto devedor os seus débitos serão corrigidos pela TR e, na condição de credor, os seus créditos fiscais se corrigem por meio da Selic”.

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O que, de imediato, se percebe é que a situação jurídica rechaçada pelo STF na ADI suscitada em nada se assemelha à situação dos depós itos do FGTS reclamada na presente demanda.

Registre, em primeiro lugar, que – ao contrário do quanto eventualmente alegado pela

parte autora nesse sentido –, o STF não afastou a constitucionalidade da aplicação da TR como índice de atualização monetária, nem a revogou, e tão pouco a afastou do ordenamento jurídico brasileiro.

Verifica-se que a pretensão deduzida face ao FGTS não se trata de uma relação jurídico-tributária como no precedente da Corte ventilado. O discrímen fundamental e motivador da decisão do STF é que o crédito de precatórios poderá ser utilizado como instrumento de compensação de dívidas tributárias, cujos índices de correção monetária alcançam patamares manifestamente superiores aos de correção dos precatórios. Tal fato importaria na quebra da isonomia entre o credor e o devedor, repita-se, para fins de compensação, mote da decisão do Supremo.

No caso dos precatórios, o que se observa é a existência de um titular de crédito judicial oponível à Fazenda Pública, situação que não se replica no âmbito do FGTS. Neste segundo caso, a relação se dá entre o titular de conta vinculada (em razão do depósito feito pelo empregador) e o próprio Fundo, o que torna impossível a existência de qualquer compensação entre o titular da conta vinculada e o seu operador. Destaque-se que não há a figura do credor e devedor, razão porque não há de se cogitar de violação ao princípio da isonomia.

Ademais, no FGTS, não é possível falar em direito subjetivo ao pagamento de um “crédito” enquanto não ocorrer a hipótese legal de saque (Lei 8.036, artigo 20), momento em que surge para o fundista a possibilidade de ingresso na sua esfera patrimonial. Os valores que integram as contas vinculadas do FGTS são oriundos dos depósitos realizados exclusivamente pelo empregador (e não pelo empregado). O titular da conta vinculada somente terá direito subjetivo ao saque nas hipóteses numerus clausus estabelecidas no artigo 20 da Lei 8.036/90. Conclui-se pela impossibilidade de reconhecimento de ofensa ao direito de propriedade.

No julgamento das ADIs eventualmente invocado como precedente jurisprudencial, preocupou-se o STF em preservar um equilíbrio entre os sujeitos jurídicos - titular do precatório e o Fisco – para garantir-lhes isonomia na compensação.

No FGTS a isonomia está preservada. Os sujeitos jurídicos diretos são o titular da conta vinculada e o FUNDO, não havendo qualquer possibilidade de se imputar enriquecimento indevido de uma das partes. Isto porque, segundo a lei que rege o FGTS, os seus recursos possuem destinação social específica que beneficiam outros sujeitos além da relação econômica-financeira entre o fundista e o Fundo, extrapolando os limites das lides individuais. Basta lembrar-se dos milhões de contratos de financiamento habitacional realizados com recursos do FGTS, cujo acesso pela população de baixa renda só é viável porque a sua correção é idêntica à remuneração do FGTS.

Demonstrada a diferença de premissas fáticas e jurídicas entre os casos levados ao Judiciário, conclui-se pela impossibilidade de replicar ao FGTS as conclusões sobre o uso da TR feitas pelo STF no julgamento das ADIs 4.357 e 4.425, seja porque não há hipótese de quebra de isonomia entre credor e devedor, seja porque não há a possibilidade de compensação, seja porque não há enriquecimento indevido de uma das partes litigantes em detrimento da outra, ou, finalmente porque a remissão à ofensa ao direto de propriedade não encontra respaldo na natureza jurídica dos depósitos fundiários.

Portanto, verifica-se que não há similitude entre o paradigma utilizado (ADI 4.357 e 4.425) e o presente caso.

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4.1.1) DA MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE NAS ADIN’S 4.357 E 4.425:

Caso não vislumbrada a diferença entre as ADIN’s 4.357 e 4.425 e o presente caso, tem-

se que a TR continua sendo o índice de correção a ser aplicado tanto para os precatórios quanto para o FGTS.

Isso porque, após o STF ter julgado as ações diretas de inconstitucionalidade supra,

foram formulados vários pedidos para que fossem modulados os efeitos da decisão que julgou inconstitucionais a EC 62/2009 e o art. 1ºF da Lei n.° 9.494/97. O Min. Luiz Fux, relator, inclusive, já votou para que haja a modulação dos efeitos, tendo havido, no entanto, um pedido de vista formulado pelo Min. Roberto Barroso.

Enquanto se aguarda a decisão do Plenário do STF para se definir se deve haver ou não

a modulação, o Min. Luiz Fux, monocraticamente, proferiu uma decisão determinando que os Tribunais continuem a pagar os precatórios na forma como já vinham realizando antes da decisão proferida pelo STF, ou seja, segundo a sistemática prevista na EC 62/2009 e no 1ºF da Lei n.° 9.494/97, com aplicação , pois da TR.

Em um determinado processo (AgRg no AI 1.417.464-SC), o STJ aplicou o IPCA para

correção monetária de um precatório. A Procuradoria Geral Federal ingressou, então, com reclamação no STF afirmando que a decisão monocrática do Min. Luiz Fux foi desrespeitada.

O Min. Teori Zavascki, do STF, de forma monocrática, concordou com o requerimento da

PGF e concedeu a liminar, determinando a suspensão do processo que tramita no STJ (AgRg no AI 1.417.464-SC).

Para o Min. Zavascki, enquanto não forem decididos os pedidos de modulação dos

efeitos, continua em vigor o sistema de pagamentos de precatórios “na forma como vinham sendo realizados”, não tendo eficácia, por enquanto, as decisões de mérito tomadas pelo STF nas ADI's 4.357 e 4.425.

Em outras palavras, se em razão da modulação dos efeitos da declaração de

inconstitucionalidade deve continuar sendo aplicada a TR para os precatórios, a Taxa Referencial também deve ser mantida no tocante à correção monetária do FGTS.

4.2) DA LEGALIDADE DA TR

A remuneração das contas vinculadas do FGTS pela TR tem indiscutível previsão legal. A Lei n.º 8.036/90, que dispõe especificamente sobre o FGTS, assim prevê:

“Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos sa ldos dos depósitos de poupança e capitalização juros de (três) por cento ao ano. (Grifos nossos) .

Posteriormente, a Lei n.º 8.177/91, que estabelece regras para a desindexação da

economia, dispôs:

“Art. 15. A partir de fevereiro de 1991, os saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) passam a ser remunerado s pela taxa aplicável à remuneração básica dos depósitos de poupança com data de aniversário no dia primeiro, mantida a periodicidade atual para remuneração.

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Parágrafo único. As taxas de juros previstas na legislação em vigor do FGTS são mantidas e consideradas como adicionais à remuneração prevista neste artigo.” – grifo nosso

A Lei n.º 8.177/91 definia a TRD como fator de remuneração das cadernetas de

poupança, sendo o FGTS remunerado pelo mesmo índice:

Art. 12. Em cada período de rendimento, os depósitos de poupança serão remunerados:

I - como remuneração básica, por taxa correspondente à acumulação das TRD, no período transcorrido entre o dia do último crédito de rendimento, inclusive, e o dia do crédito de rendimento, exclusive;

Posteriormente, a Lei n.º 8.660/93 extinguiu a TRD, passando a poupança a ser

remunerada pela TR:

Art. 2º Fica extinta, a partir de 1º de maio de 1993, a Taxa Referencial Diária - TRD de que trata o art. 2º da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991.

Art. 7º Os depósitos de poupança têm como remuneração básica a Taxa Referencial - TR relativa à respectiva data de aniversário. – grifo nosso

Tal é a atual situação da poupança hoje, o mesmo se aplicando ao FGTS, conforme

sumulado pelo STJ:

SÚMULA 459/STJ - A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recolhid os pelo empregador mas não repassados ao fundo.

Ainda quanto à legalidade da aplicação da TR como índice destinado a remunerar as

contas vinculadas de FGTS, cumpre destacar que o E. STF, ao julgar o RE 226.855/RS, considerando a natureza de regime jurídico desse fundo, corroborou a constitucionalidade da Lei 8.177/91 ao alterar o referido índice, não se cogitando a possibilidade de que essa decisão venha a ser desconsiderada, com o estabelecimento casuístico de qualquer outro índice.

Em face do arcabouço legal exposto, o acolhimento do pedido autoral implica ofensa à

competência legislativa, em desatendimento ao art. 2º da Constituição Federal, que trata da divisão dos Poderes.

Ao Legislativo cumpre fazer as opções políticas, sendo que ao Judiciário compete cuidar

para que tais opções sejam observadas, bem como para que não ofendam à Constituição. A pretensão é justamente a de que o Judiciário faça a opção política quanto ao índice de remuneração do FGTS, o que ignora a soberania popular.

Logo, a aplicação da TR para remuneração do FGTS é legal, e qualquer alteração deve

vir do legislador, de modo que os pedidos merecem improvimento. É de ser notar que o autor não alega ilegalidade ou inconstitucionalidade das leis que

regem a matéria, apenas se utiliza de argumentos não jurídicos para tentar mudar o índice de remuneração das contas vinculadas do FGTS.

Se não há pedido para desconstituição do regramento legal, este ficará preservado ao

final da ação, o que leva, inexoravelmente, à sua improcedência.

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Na mesma linha, a ação não questiona a atuação da CAIXA na aplicação da lei. Restando preservada a lei, e não se discutindo sua aplicação, os pedidos autorais carecem de qualquer respaldo legal, devendo ser integralmente rechaçados.

Ademais, quando ao autor menciona que, em alguns meses a TR foi igual a zero, isso

não significa que a conta do trabalhador não tenha sofrido qualquer tipo de remuneração, uma vez que, nos termos do art. 13 da Lei n.º 8.036/90, há aplicação de juros de 3% (três por cento) ao ano.

I. Da Rejeição de Projeto de Lei – Manutenção da TR – Opção do Legislador – Separação de Poderes

Não bastasse a perfeita legalidade da utilização da TR no FGTS, é de ser visto que

questão similar à da presente ação foi objeto de apreciação pelo órgão competente, o Legislativo, que rejeitou a proposta (conforme comprovam os documentos em anexo).

A substituição da TR pelo IPCA para a correção dos depósitos da conta vinculada foi

objeto de recente Projeto de Lei do Senado (PLS 193/2008), arquivado após parecer contrário emitido pela Comissão de Assuntos Econômicos , no qual se ressaltou o efeito danoso que tal alteração produziria sobre os contratos de financiamento habitacional para a população de baixa renda, amplamente dependentes dos recursos do FGTS, com reflexos negativos na política de acesso à moradia.

Dessa forma, qualquer alteração no índice de remuneração dos saldos das contas

vinculadas, implicará, obrigatoriamente, na adoção do mesmo “novo” índice sobre os depósitos realizados fora dos prazos regulamentares pelos empregadores e, principalmente, sobre os saldos devedores dos contratos de financiamento com recursos do FGTS.

A rejeição, pelo Legislativo, de proposta similar ao presente pedido, reforça a invasão de

competência que significaria um eventual provimento.

Uma vez definida, de modo inconteste, a legalidade da atualização da conta do FGTS pela TR, convém analisar as razões do legislador.

A MP 294, de 31/01/1991, posteriormente convertida na Lei 8.177, instituiu a TR como

novo índice a ser aplicado. Esse dispositivo legal reiterava a disposição de desvincular-se a correção monetária,

tanto de contratos quanto de obrigações fiscais, dos índices de preços, como se constata já no seu art. 1º, verbis:

“Art. 1º - O Banco Central do Brasil divulgará Taxa Referencial - TR, calculada a partir da remuneração mensal média, líquida de impo stos, dos depósitos a prazo fixo captados nas agências de bancos comerciais, ba ncos de investimentos e bancos múltiplos com carteira comercial ou de inves timentos, e/ou de títulos públicos federais, de acordo com metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, no prazo de sessenta dias.” A desvinculação da correção monetária dos índices de preços visa ao combate da

chamada “inflação inercial”, pela qual os mecanismos de indexação provocam a perpetuação das taxas de inflações anteriores, que são sempre repassadas aos preços correntes. Constatava-se que, mesmo sem terem apresentado aumentos significativos de custo, muitos setores simplesmente elevam os preços pela inflação geral do país, divulgada pelas instituições de pesquisa.

Por essa razão, nos planos antiinflacionários adotados após 1986, as autoridades

monetárias já haviam adotado o congelamento de preços e salários, para tentar eliminar a chamada

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memória inflacionária – sem lograrem pleno êxito, dado que continuava vigente a indexação baseada em índices de preços.

Eis aqui um destaque a ser feito. O autor tece considerações acerca da correção

monetária, que “existe entre nós [brasileiros] desde a década de 1960”. Tal assertiva nos leva a duas conclusões importantíssimas para o deslinde da controvérsia:

a) a correção monetária nem sempre existiu; b) a correção monetária não é um padrão internacion al.

Tal fato afasta o senso comum de que a correção monetária serve para recompor o valor

básico, e os juros remuneram o capital. Não existe tal lógica, tanto assim que, desde a estabilização da economia, há quase duas décadas, tornaram-se comuns modalidades de empréstimo que carregam apenas juros, com prestações fixas durante todo o contrato, demonstrando o benefício da desindexação.

Tal benefício é bem conhecido dos empregados celetistas, haja vista ser esta a

modalidade comum dos empréstimos com desconto em folha. Importante observar que a correção monetária não é algo implícito no sistema, mas algo

que tem que estar previsto. Sobre tal aspecto, vejamos lição de eminente jurista Fabiano Jantalia, no livro, FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Ltr, pág. 110:

“A correção monetária, também chamada de correção do valor monetário, é o resultado das técnicas utilizadas para adaptar os valores às suas verdadeiras finalidades, diante das circunstâncias que impossibilitem o uso da moeda como medida de valor. Ela não surge espontaneamente, como se fosse um consectário natural do processo inflacionário, mas deriva da lei ou do contrato . Em relação ao FGTS, o índice atualmente utilizado é a Taxa Referencial (TR) , por força do disposto no art. 7º da Lei n.º 8.660/93, que fixou a TR como índice de remuneração básica das cadernetas de poupança e que, por aplicação do art. 13 da Lei n.º 8.036/90, deve ser o indicador de correção também para as contas vinculadas.” – grifo nosso Importante registrar que, conceitualmente, inflação não pode ser confundida com altas de

preços esporádicas ou setoriais. Na definição de Harberger (1978): “Nenhuma economia jamais experimentou uma

inflação significativa e nenhuma teoria de inflação que mereça este nome sustentará que um processo inflacionário possa acontecer sem um aumento correspondente na quantidade de moeda”.

Quanto aos diversos índices de preços calculados por variadas entidades privadas e

governamentais, registra-se que refletem a variação dos preços de uma certa gama de produtos, geralmente em períodos de 30 dias, não correspondendo necessariamente a uma alteração na quantidade de moeda, ou seja, não gerando propriamente inflação.

Note-se que fatores sazonais, como uma quebra de safra por efeito de intepéries, podem

afetar os preços por um período relativamente longo, mas sem a permanência necessária para caracterizar verdadeira inflação, dado que em período imediatamente seguinte poderá ocorrer o inverso, com um aumento de produtividade também sazonal atuando na queda dos mesmos preços, anulando, ou mesmo revertendo a tendência anterior.

Outros fatores, como por exemplo a desoneração fiscal de determinados produtos,

recentemente praticada em relação a veículos e produtos da chamada linha branca, também se refletem nos índices de preços, nesse caso no intuito de diminuir seu impacto na inflação.

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Há, portanto, uma distinção a ser estabelecida entre índice de preços, que sempre será parcial e temporário, dado que reflete a variação de preços de uma cesta limitada (ainda que ampla) de produtos em um curto período de tempo (via de regra um mês), e índice de inflação, que abarca uma continuidade capaz de influenciar na expansão da base monetária em proporção superior à da produção de bens (PIB).

A história recente dá conta que, enquanto os índices de preços serviram para a correção

monetária de obrigações fiscais e contratuais, o efeito de realimentação inflacionária (inflação inercial) praticamente causou a bancarrota de nossa economia, forçando o governo a adotar inúmeras medidas corretivas.

Registre-se, por pertinente, que durante a utilização de índices de preços como base para

a correção monetária, a realimentação inflacionária chegou a patamares astronômicos, culminando com o percentual de 84,32% registrado no mês de março de 1990 – não por acaso o último antes da adoção de critério diverso, trocando-se o índice oficial do IPC para o BTN (posteriormente sucedido pela TR): de um índice de preços para um índice de correção de obrigações financeiras.

Além do mais, para suportar as despesas incorridas pelo FGTS, as aplicações dos

recursos do Fundo, realizadas pela CAIXA e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro de Habitação – SFH, dentre diversos requisitos, devem ser corrigidas monetariamente com taxa igual à das contas vinculadas e garantir uma taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano, conforme previsto no artigo 9º da Lei 8036/90.

O citado artigo, em seus 6 (seis) parágrafos, ainda prevê um conjunto de mecanismos visando preservar o equilíbrio patrimonial deste importante Fundo, conforme se pode observar nas transcrições a seguir:

“Art. 9º .....

§ 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, sendo da Caixa Econômica Federal o risco de crédito.

§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico e infra-estrutura urbana. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e remuneração mínima necessária à preservação do poder aquisitivo da moeda.

§ 3º O programa de aplicações deverá destinar, no mínimo, 60 (sessenta) por cento para investimentos em habitação popular.

§ 4º Os projetos de saneamento básico e infra-estrutura urbana, financiados com recursos do FGTS, deverão ser complementares aos programas habitacionais.

§ 5º As garantias, nas diversas modalidades discriminadas no inciso I do caput deste artigo, serão admitidas singular ou supletivamente, considerada a suficiência de cobertura para os empréstimos e financiamentos concedidos. (Redação dada pela Lei nº 9.467, de 1997)

§ 6o Mantida a rentabilidade média de que trata o § 1o, as aplicações em habitação popular poderão contemplar sistemática de desconto, direcionada em função da renda familiar do beneficiário, onde o valor do benefício seja concedido mediante redução no valor das prestações a serem pagas pelo mutuário ou pagamento de parte da aquisição ou construção de imóvel, dentre outras, a critério do Conselho Curador do FGTS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 20)

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Importante salientar, ainda, que desde a instituição da correção monetária no ordenamento jurídico pátrio, pela Lei 4.357/64, os coeficientes respectivos tem sua fixação legalmente atribuída a órgão oficial, naquela época ao Conselho Nacional da Economia, nada havendo de irregular na atribuição dessa responsabilidade ao Conselho Monetário Nacional, nos termos do art. 1º, da Lei 8.177/91.

Quanto ao pedido formulado, faz-se necessário ainda ressaltar que o próprio autor

confessa sua índole casuística, quando informa que durante vários anos a TR superou o INPC e IPCA, tendo essa tendência se invertido de algum tempo para cá.

O fato é que não se pode falar propriamente em inflação, mas em olhares diversos sobre

o fenômeno da alteração dos preços, o que explica a existência de vários índices, com valores distintos. No entanto, deve-se frisar que, seja qual for o índice escolhido pelo legislador, não pode

o mesmo ser substituído casuisticamente contra legem, pelo simples motivo de que, em um determinado período de tempo, outro índice não previsto em lei, apresentou percentual maior.

Observemos o IPCA. Sua abrangência resume-se aos gastos de pessoas físicas em

apenas 11 (onze) regiões metropolitanas, e restringindo-se a alguns itens, estando muito distante da abrangência geral que pretende o autor.

O IPCA considera pesquisa efetuada apenas nas regiões metropolitanas de Belém,

Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia, distribuindo os gastos das famílias segundo a tabela abaixo:

PESO DOS GRUPOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS

Tipo de Gasto Peso % do Gasto (até 31.12.2011)

Peso % do Gasto (a partir de 01.01.2012)

Alimentação e bebidas 23,46 23,12

Transportes 18,69 20,54

Habitação 13,25 14,62

Saúde e cuidados pessoais 10,76 11,09

Despesas pessoais 10,54 9,94

Vestuário 6,94 6,67

Comunicação 5,25 4,96

Artigos de residência 3,90 4,69

Educação 7,21 4,37

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O exemplo mostra como é descabida a pretensão de substituir casuisticamente o índice aplicado na correção das contas de FGTS.

Ademais, o art. 2º da Lei n.º 8.036/90 não deixa dúvidas: a remuneração do FGTS é para

“assegurar a cobertura de suas [do FGTS] obrigações.” Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações . – grifo nosso Embora tal remuneração traga benefícios ao fundista, não é este o objetivo final da lei,

mas sim a manutenção do paralelismo entre os investimentos feitos com verbas do FGTS e sua remuneração. Por isso mesmo as verbas do FGTS são utilizadas em diversos tipos de mútuo, remunerados pela mesma taxa, qual seja, a TR.

Diga-se, por fim, que o autor questiona a utilização do redutor, que seria o fator a tornar a

TR inferior aos demais índices. Contudo, o autor deixa claro seu entendimento no sentido de que somente a partir de 1999 a TR teria deixado de espelhar o que entende ser a inflação do período.

Contudo, o redutor é utilizado desde a instituição da TR, como pode se ver da Resolução

nº 1.805, de 27 de março de 1991, fixa o redutor em 2% (dois por cento): III - a TR será calculada deduzindo-se da taxa média ponderada de remuneração obtida nos termos do item II os efeitos decorrentes da tributação e da taxa real histórica de juros da economia - representados pela taxa bruta mensal de 2% (dois por cento) conforme a fórmula abaixo: Logo, a alegação referente ao redutor é mais um casuísmo da ação, até porque o redutor

pode ser alterado a qualquer tempo. A questão não é nova nos tribunais pátrios, que sempre rechaçaram a tese, conforme os

precedentes abaixo demonstram:

ADMINISTRATIVO – CORREÇÃO DE SALDOS DE CONTA VINCULADA AO FGTS – APLICAÇÃO DA TR – JUROS REMUNERATÓRIOS – ART. 13 DA LEI Nº 8.036/90. 1. A rentabilidade garantida nas contas vinculadas ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS é de 3% (três por cento) de juros ao ano, mais correção pela Taxa Referencial (TR). Observância do art. 13 da Lei nº 8.036/90. 2. A lei, portanto, determina a aplicação da TR, índice utilizado para atualização dos depósitos de poupança, como índice de atualização monetária das contas do FGTS e não o IPCA. 3. A Caixa Econômica Federal, órgão gestor do FGTS, não pode deixar de cumprir o disposto na Lei nº 8.036/90, de modo a aplicar índice não previsto em lei. 4. Precedentes: STJ, REsp 2007/0230707-8, Rel. Min. José Delgado, DJe 05/03/2008; TRF-2, AC 2009.51.01.007123-5/RJ, Rel. Des. Federal Reis Friede, E-DJF2R: 09.07.2010. 5. Apelação desprovida. Sentença mantida. (TRF-2ª Região, 5ª Turma Especializada, Apelação Cível n. 0008652-22.2009.4.02.5101, Rel. Des. Fed. Marcus Abraham, DJe de 30.11.12)

AGRAVO INTERNO – FGTS – TR - ÍNDICE APLICÁVEL - CORREÇÃO MONETÁRIA - DEPÓSITOS DA CONTA VINCULADA AO FGTS – PODER JUDICIÁRIO – IMPOSSIBILIDADE DE ATUAR COMO LEGISLADOR POSITIVO. I - A TR é índice aplicável, a título de correção monetária, aos depósitos da conta vinculada ao FGTS, nos termos do art. 13 da Lei 8.036/90.

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II - O acolhimento da pretensão vertida na inicial implicaria na atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, em flagrante ofensa ao Princípio da Separação dos Poderes, visto que só lhe é dado agir como legislador negativo, afastando do mundo jurídico norma ilegal ou inconstitucional. II - Agravo Interno da Parte Autora improvido. (TRF-2ª Região, 7ª Turma Especializada, Apelação Cível n. 2009.51.01.007123-5, Rel. Des. Fed. Reis Friede, DJe de 08.07.2010) No mesmo parâmetro, existem novas jurisprudências que consideram a TR o índice

correto para a correção: ADMINISTRATIVO. DEPÓSITOS DE FGTS. CORREÇÃO MONETÁRIA. TR. INCIDÊNCIA. ART.22 DA LEI 8.036/90 C/C ART. 12, I, DA LEI 8.177/91. APELAÇÃO IMPROVIDA. 1. Apelação interposta pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de condenação da CEF à aplicação, sobre os depósitos de sua conta vinculada ao FGTS, a partir de janeiro/1991, de índice de correção monetária diverso da Taxa Referencial prevista no art.1°, da Lei n. 8.177/91. 2. A definição do percentual incidente sobre os saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço deve obedecer ao critério disposto na legislação fundiária, mais precisamente no art. 13 da Lei n. 8.036/90, nos termos do qual os depósitos de FGTS serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para a atualização dos saldos das contas de poupança, por sua vez, remunerados pela TR, conforme disposto no art. 12, I, da Lei n. 8.177/91. 3. O STF, no julgamento da ADIn 493/DF, não decidiu pela impossibilidade de utilização da TR como índice de indexação, limitando-se a declarar a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei 8.177/91 (art. 18, caput, parágrafos 1° e 4°, art. 20, art. 21, parágrafo único, art. 23 e parágrafos, art. 24 e parágrafos), no que se refere, tão somente, à aplicação em caráter retroativo. Precedente do STJ e do STF (RESP 654.365, DJ: 01/10/2007; RE 175678/MG, DJ: 04/08/1995). 4. Apelação improvida. (PROCESSO: 200485000044839, AC475486/SE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO MOREIRA, Primeira Turma, JULGAMENTO: 23/09/2010, PUBLICAÇÃO: DJE 30/09/2010 - Página 317)

ADMINISTRATIVO. FGTS. APELAÇÃO. RECURSO ADESIVO. PEDIDO PARA AFASTAMENTO DA TR NA CORREÇÃO DOS SALDOS DAS CONTAS VINCULADAS AO FGTS. PEDIDO PARA REPOSIÇÃO DOS ÍNDICES DE INFLAÇÃO DIVULGADOS PELO GOVERNO FEDERAL. REAJUSTE DAS CONTAS FUNDIÁRIAS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. APLICAÇÃO DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS PREVISTOS NA SÚMULA 252 DO STJ. SENTENÇA MANTIDA. 1. A sentença recorrida julgou parcialmente procedente o pedido deduzido na inicial. 2. A CEF alega, em resumo, já ter ocorrido o creditamento do índice de 18,02% referente ao mês de junho/87; que a atualização referente a fevereiro de 10,14% é inferior ao índice efetivamente creditado, de 18,35%; ter sido editada Súmula 252 do STJ sobre os índices efetivamente devidos; que os índices de 18,02%, 5,38% e 7% já foram aplicados pelo banco depositário; que no mês de janeiro/89 deixou-se de creditar 16,64%, referente à diferença entre o valor lançado e o efetivamente devido; que em abril de 1990 não houve creditamento da atualização monetária, sendo devido o índice de 44,80%, nos termos da LC 110/2001; a condenação ilegal da CEF em honorários advocatícios, por ter sido afrontado o disposto no art. 29-C da Lei 8036/90; e, acaso não acolhido o entendimento, que sejam reduzidos os referidos honorários sucumbenciais. 3. O SINDIPETRO alega que a TR não pode ser utilizada como índice de correção monetária das contas vinculadas ao FGTS; terem sido violados o art. 11 da Lei nº

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7.839/89; o art. 13 da Lei nº 8.036/90 e o art. 19 do Decreto 99.684/90; que deve ser afastada a TR, devendo ser utilizados índices que reponham a inflação oficial divulgada pelo Governo Federal (IPCA), preservando assim o real valor da moeda durante todo o período em que estiveram submetidos ao regime do FGTS; que se faça incidir, nas parcelas que são devidas aos substituídos, em razão da aplicação dos corretos índices de correção monetária os expurgos inflacionários constantes da súmula 252/STJ. 4. Conforme já esclarecido pela sentença recorrida, serão aferidos os índices de reajustes já aplicados nas contas fundiárias, obstando-se o creditamento em duplicidade. 5. O índice de 10,14% (fevereiro/89) não foi objeto da presente demanda. 6. O Plenário do STF, em sede de julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 2.736-DF, em 17.09.2010, decidiu, por unanimidade, declarar a inconstitucionalidade do art. 29-C da Lei nº. 8.036/90, introduzido por força da MP nº. 2.164-41, por esta razão a CEF não mais usufrui da isenção de honorários sucumbenciais em matéria de FGTS. 7. A correção monetária aplicável aos saldos depositados nas contas vinculadas ao FGTS nunca estiverem equiparadas aos mesmos índices adotadas pelo governo para medir a inflação do período, razão por que, no caso dos autos, prevalecem os índices descritos nas Leis que disciplinaram o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, ou seja, as Leis nºs 5.107/66, 7.839/89 e 8036/90. 8. Apelação da CEF improvida e recurso adesivo do SINDIPRETRO PE/PB improvido. (PROCESSO: 00081824220114058300, AC542460/PE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT, Primeira Turma, JULGAMENTO: 20/09/2012, PUBLICAÇÃO: DJE 27/09/2012 - Página 164)

4.3) DOS REFLEXOS SISTÊMICOS E ECONÔMICO-FINANCEIROS

I. Da Desindexação da Economia e Risco de Prejuízo ao Próprio Trabalhador:

Como é de conhecimento geral, na história recente do Brasil, o país mergulhou em espiral

inflacionária que levou à necessária desindexação da economia, ou seja, à criação de mecanismos legais e de atribuição de competências aos órgãos e entes responsáveis pela gestão monetária nacional, que banisse o uso não virtuoso de índices galopantes que se retroalimentavam e sugavam a capacidade de se ter um estabilização duradoura da moeda.

Eram, portanto, índices travestidos de recuperadores do poder aquisitivo da moeda, que

na prática destruíam, pelo seu uso abusivo, os pilares da macroeconomia brasileira, com reflexos na população com menor capacidade de se defender dos efeitos inflacionários crescentes.

Dentro de tal premissa que foi editada a Lei n. 8.177/91, de 01 de março de 1991, que

estabeleceu a TR, sob o escopo precípuo de se retirar do mercado a prática de uso indiscriminado de parâmetros de atualização monetária nocivos à economia nacional, que acabavam causando desequilíbrio nas aplicações, nos contratos, nos fundos, dentre outros objetos componentes do Sistema Financeiro Nacional.

O legislador pátrio, ao promulgar a Lei n. 8.036/90, optou por desvincular o FGTS da

nefasta indexação. Cabe lembrar que o termo “correção monetária” foi oficialmente extinto do ordenamento

pelo art. 4º da Lei 9.249/95, para dar lugar à “Atualização Monetária”, instrumento da política e do direito financeiro nacional, como forma de se viabilizar a desindexação da economia.

Com isso, restou estabelecida a aplicação do mesmo parâmetro de remuneração para os

institutos da poupança, das contas do FGTS e respectivos contratos a eles vinculados. Em se admitindo a correção da conta vinculada com base nos índices inflacionários

apontados na inicial, haveria um completo desequilíbrio no Sistema Financeiro Nacional, causando

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graves impactos na política econômica, fazendo com que, ao final, o próprio trabalhador seja o maior prejudicado pela medida.

II. Das inúmeras operações corrigidas pela TR – Ris co sistêmico decorrente de enxurradas de ações:

Dentro do Sistema Financeiro Nacional, há um grande número de operações

remuneradas pela TR, como, por exemplo, os contratos do SFH, Poupança, CREDUC, FIES, Depósitos Judiciais.

Uma vez afastada a TR, a despeito da legalidade da sua utilização, serão abertas as

portas para o questionamento de todas as operações vinculadas ao referido índice, fato que envolverá milhões de pessoas, com riscos extremos não apenas para o Sistema Financeiro e para a economia pátria, mas também ao próprio Judiciário, que será assolado por um número incalculável de demandas judiciais, assim como ocorreu recentemente com as demandas envolvendo os expurgos inflacionários.

III. Do impacto direto nos contratos do SFH já firm ados:

O cenário se torna ainda mais grave quando se analisa a questão sob a ótica dos

contratos de financiamento habitacional firmados entre mutuários e instituições financeiras. Como se sabe, tais contratos possuem cláusulas estabelecendo a atualização das

prestações com base no índice aplicável aos saldos do FGTS. Em geral, tais cláusulas possuem a seguinte redação: “remuneração dos recursos que

serviram de lastro à sua concessão ” ou “reajuste do saldo devedor mediante a aplicação de coeficiente de atualização monetária idêntico ao ut ilizado para o reajustamento dos saldos das contas vinculadas ao FGTS ”.

A utilização do IPCA ou INPC atingiria os contratos já firmados, prejudicando o

cumprimento das obrigações, fragilizando o crédito concedido, obtido e honrado com boa fé pelas partes. Dois terços dos contratos de financiamento habitaci onal que são realizados com

recursos do FGTS são firmados por titulares de cont as vinculadas de FGTS. Ou seja, tais mutuários poderão eventualmente ser beneficiados pela correção do FGTS pleiteada, mas, ao mesmo tempo, serão automática e imediatamente prejudicados pelo aumento do valor das prestações do mútuo contratado, bem como do respectivo saldo devedor, tendo em vista as cláusulas contratuais acima mencionadas.

IV. Sobreposição de Funding – Risco de Extinção do FGTS e de sua finalidade socia l:

Mesmo considerando o repasse direto dos custos de remuneração das contas vinculadas

do FGTS, por conta da determinação legal do art. 9º da Lei n. 8.036/90, outras mazelas serão impostas à sociedade brasileira, considerando que tal majoração fere a essência de criação do FGTS, da estrutura atuarial e de seus ditames legais regentes.

O FGTS foi concebido com a nobre missão de atuar no mercado de crédito habitacional

em uma camada de menores valores, faixa na qual outros fundings não atuam. Os contratos do FGTS têm taxas muito abaixo da média das demais fontes de

financiamento, o que possibilita a captação dos seus recursos pelos agentes financeiros e a consequente concessão de milhões de empréstimos voltados à realização do sonho de moradia dos mutuários de baixa renda.

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O FGTS deixaria de atuar na faixa de menor renda, haja vista a necessidade de aumento do retorno dos empréstimos, a fim de não prejudicar a saúde financeira do fundo, passando a atuar em faixas já atendidas pelo mercado de crédito de varejo.

Em decorrência da ausência de funding específico para as operações nessa faixa de

baixos encargos, ocorrerá a aberração provocada pela sobreposição de fontes nas camadas de maior encargos, o que levaria à disponibilização de recursos do FGTS sem que tenham tomadores suficientes no mercado, que por decorrência do encarecimento do recurso do Fundo, provocaria o evento chamado de “sobreposição de funding”.

V. Dos prejuízos aos entes federativos (União Feder al, Estados e Municípios):

É expressivo o percentual de recursos do Fundo que são destinados ao financiamento de

obras habitacionais, de saneamento e infraestrutura junto à União Federal, Estados e Municípios (os tomadores, historicamente, mais regulares do FGTS).

O reflexo do provimento da pretensão autoral não atingiria somente os titulares de conta

vinculada de FGTS, mas também os entes públicos, que são responsáveis pela tomada de cerca de 12% dos recursos aplicados pelo Fundo de Garantia, o que, somente em 2012, representou R$ 5 bilhões de reais investidos em programas sociais.

A troca da TR por índice maior majorará as dívidas, podendo ensejar endividamento

superior ao permitido legalmente, provocando enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000).

Isso porque os contratos efetuados com repasses de verbas do FGTS observam a

capacidade de endividamento do ente federado, levando-se em consideração o índice legalmente previsto, a TR.

VI. Do caráter social do FGTS:

O Sindicato-Autor insiste, na petição inicial, na questão de que o FGTS é um patrimônio

do trabalhador, o que é uma verdade parcial. O FGTS, como é notório, e diversas vezes tratado na presente peça, é um fundo de escopo social.

Fosse um investimento qualquer, de caráter individual, as hipóteses de saque não seriam

restritas àquelas previstas em lei. Além disso, é importante ver a fonte dos recursos do FGTS: Lei n.º 8.036/90 Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar , até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. – grifo nosso Os recursos do FGTS decorrem de depósito do emprega dor, e não do empregado .

O fato do FGTS não ser formado por depósitos do empregado significa que não há qualquer relação entre o patrimônio do empregado e o do FGTS. Apenas por argumentar, já que dura lex, sede lex, se o empregado fizesse os depósitos, poder-se-ia aventar algum tipo de prejuízo ao empregado, ou suscitar-se a possibilidade da livre disposição do patrimônio.

Mas o pecúlio formado não decorre do patrimônio do empregado, nem o compõe. É

apenas uma garantia para o caso de demissão, aposentadoria, certos tipos de doença, ou outra hipótese legal.

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Sendo assim, mesmo que o FGTS não tivesse o escopo social, não haveria que se falar em prejuízo ao patrimônio do fundista. VII. Dos riscos do Agente Operador:

A presente ação busca a alteração do índice de remuneração do FGTS, olvidando-se

quanto a uma série de implicações da medida. Dentre elas, há o risco ao próprio agente operador, que nada faz além de seguir à risca as determinações da lei e do CCFGTS:

“Art. 9º... § 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, sendo da Caixa Econômica Federal o risco de crédito” (grifo nosso) Em não se acatando a tese da CAIXA de repasse imediato dos índices aplicados ao

FGTS a todas as operações e contratos vinculados ao FGTS, a ação cria uma responsabilidade para a CAIXA, já que o FGTS passará imediatamente a ser deficitário

Ou se aumenta imediatamente a remuneração de todas as operações com recursos do

FGTS, sujeitando-se aos nefastos efeitos da indexação da economia, ou a única solução para não tornar o fundo deficitário será suspender as operações – isso se os efeitos da decisão não abarcarem o passado.

O FGTS não é um investimento, mas um fundo, e não é individual, mas coletivo. Se se

privilegiar o individual, como quer a ação, o coletivo sofrerá graves conseqüências, seja pelo déficit imediato, seja pelo aumento do custo de todas as operações envolvendo o FGTS.

VIII. Da repercussão do provimento da presente ação no FGTS - Violência contra a segurança jurídica:

A presente ação, a pretexto de promover a defesa dos fundistas, traz conseqüências

nefastas para a sociedade como um todo, e por certo afeta diretamente inúmeros autores. A não aplicação da lei significará quebra da segurança jurídica, gerando uma enxurrada de ações .

A experiência dos anos 1990 com as demandas que versavam sobre poupança e FGTS

repetir-se-á, de modo ainda mais danoso. O caos gerado naquela ocasião foi reflexo dos inúmeros planos econômicos fracassados na década perdida.

O caso agora será a desestruturação de 20 anos de estabilidade, o que o torna muito

mais perverso e injusto.

IX. Dos impactos no Sistema Financeiro de Habitação : A substituição do índice legalmente praticado para remuneração das contas vinculadas

do FGTS tem caráter vinculativo, de acordo com a norma do art. 9º, inciso II, da Lei 8.036/90. O referido artigo possui a seguinte redação:

Art. 9o As aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa Econômica Federal e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em operações que preencham os seguintes requisitos: ... II - correção monetária igual à das contas vinculadas ; - grifo nosso

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O acolhimento da pretensão autoral, com a substituição dos índices pleiteados, à revelia do que se encontra previsto no art. 13 da lei 8.036/90, conduzirá, automaticamente, à atribuição destes mesmos índices aos contratos firmados pelo FGTS.

Apenas para se ter uma noção da grandeza do impacto da modificação do índice, por

exemplo, com substituição da TR pelo IPCA, haveria um aumento das taxas de financiamento em aproximadamente 15% ao ano, taxas que hoje são de 6% a 8,66% ao ano, e que, em alguns casos, apenas, se reequilibraria em patamares superiores a 10% aa.

Nítido é o impacto da medida, que transferiria o ônus e refletiria diretamente na condição

contratual do financiado final da moradia, o mutuário do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, este que, segundo simulações elaboradas pelo Agente Operador do FGTS, considerando com base no período de 2000 a 2011, arcará com o maior prejuízo já que o contrato habitacional que hoje tem, por exemplo, uma prestação média inicial de R$ 475 passaria, com os novos indexadores, a ter que arcar com um pagamento mensal de cerca de R$ 634.

Ressalte-se que, atualmente, a sociedade brasileira carece de cerca de 7,9 milhões de habitações, sendo o FGTS o maior agente fomentador da Política Habitacional neste País, e, a estabilidade econômica do Brasil, que favoreceu a todos os brasileiros, inclusive os trabalhadores titulares de contas do FGTS, passou por um amplo processo de desindexação e, nessa ótica, a pretensão autoral representa um retrocesso.

E tal retrocesso culminará em um déficit a ser pago pelo próprio trabalhador, em especial,

no momento da aquisição de sua moradia ou no acesso aos serviços essenciais, tais como: água tratada, saneamento, coleta e tratamento de resíduo, mobilidade urbana, dentre outros benefícios atualmente financiados com recursos do Fundo de Garantia.

X. Dos prejuízos aos empregadores:

No primeiro aspecto, o provimento dos pedidos afeta os encargos dos débitos dos

empregadores para com o FGTS. A majoração do fator de correção afetaria inclusive valores constantes em contratos de parcelamentos vigentes e execuções fiscais.

O impacto, além de econômico, refletiria no social, na menor assimilação da força de

trabalho pelo mercado, causando danos incomensuráveis à sociedade em geral, em decorrência do incremento de encargos decorrente da aplicação dos mesmos índices aos depósitos em atraso dos empregadores.

Tal ônus importaria em fatores adicionais de dificuldade financeira para as empresas e

fragilizaria a capacidade de recuperação de uma carteira de débitos, da ordem de R$ 18 Bilhões. Por outro lado, não se pode olvidar que o saldo da conta do FGTS é base de cálculo para

verbas indenizatórias trabalhistas, e em caso de provimento da ação, com efeitos retroativos, formar-se-á um absurdo passivo trabalhista, já que todas as demissões sem justa causa nos últimos dois anos serão questionadas, haja vista a mudança da base de cálculo da indenização por demissão sem justa causa.

Isso significa quebrar todo o planejamento de custos das empresas e seu planejamento

financeiro como um todo, com riscos incalculáveis.

XI. Do triste histórico de ações judiciais pleitean do a troca de índices: Ações visando a troca de índices de correção de contratos não são novidade no

Judiciário. Também não é novidade que se tratam de mero casuísmo, haja vista perceberem determinado índice em um momento, ignorando a oscilação na série histórica.

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Tais pedidos, muitas vezes acatados pelo Judiciário, geraram decisões francamente contrárias aos interesses dos autores, haja vista que o índice mais favorável ao tempo do ajuizamento, pode tornar-se mais lesivo em seguida.

É possível observar o alegado nos exemplos abaixo. Exemplo 1 - No SFH: Na década de 1990, inúmeras ações questionaram a TR como índice de correção do

saldo devedor do SFH, pleiteando sua troca pelo INPC. Tais pedidos obtiveram êxito. Contudo, no momento da execução, os mutuários perceberam que o pedido provido aumentava o saldo devedor.

Como medida de boa-fé, o FGTS jamais deu cumprimento a tal parte dos julgados,

informando ao juízo que a implantação desse ponto da sentença era prejudicial aos mutuários, no que, por óbvio, jamais foi questionado pelas partes.

Como regra, em sede de contestação, recursos, etc., a CAIXA informou que o pedido era

prejudicial ao mutuário. Exemplo 2 - CREDUC – Crédito Educativo: O CREDUC também foi objeto do mesmo problema. A título de exemplo podemos

observar o recente o julgado do TRF1, do dia 30.04.2013, na Ação civil Pública n.º 00133417020014013500.

O MPF, dentre outras coisas, pleiteou a troca da TR pelo INPC como índice de correção

do CREDUC, tendo seu pleito provido. Contudo, somente após o apelo da CAIXA, o MPF deu-se conta de que o índice aplicado era prejudicial aos beneficiários do programa.

A situação foi resolvida no TRF1, que se viu forçado a estranho julgado, no qual dá

provimento a apelo do MPF (e da CAIXA), embora o pedido do MPF tenha sido provido: “Ante todo o exposto, dou parcial provimento aos recursos de apelação interposto pela CEF e pelo MPF para manter a utilização do indexador TR para o recálculo dos saldos devedores dos contratos de crédito educativo....” Tais exemplos comprovam que ações de troca de índices, além de ferirem os contratos,

têm-se mostrado prejudiciais aos autores. Não pode o Judiciário, a cada momento, deferir um índice de correção, à revelia da lei. A presente ação, que hoje quer afastar a TR, amanhã pode ser sucedida por outra pedindo seu retorno. Não é possível viver sob tal insegurança jurídica. 4.4) DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL

Na hipótese de ter também requerido a condenação da Caixa em danos morais, impende frisar que em momento algum a parte demandante demonstrou qual o constrangimento ou situação vexatória a aplicação da Taxa Referencial teria causado.

Bem pensadas as coisas, é preciso ter em mente que, ainda que este juízo considere

procedente a substituição da TR por outro índice, eventual dano sofrido pelo autor foi exclusivamente patrimonial, não repercutindo qualquer depreciação à sua subjetividade ou à sua imagem. Portanto, não há qualquer direito à indenização por parte do autor, visto que não houve violação aos seus direitos à personalidade.

Por conseguinte, não merece provimento os pedidos do autor, pois o fato tem apenas

âmbito patrimonial, não repercutindo na esfera da personalidade. 5) DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA TUT ELA ANTECIPADA

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Restou fartamente demonstrada a ausência do fumus boni iuris na medida em que o

pedido do autor é contra legem. Além de o pedido ser contrário a expresso dispositivo legal, o autor em nenhum momento argüiu a inconstitucionalidade ou ilegalidade dos dispositivos legais que instituíram a TR como índice de remuneração das contas vinculadas do FGTS.

Quanto ao periculum in mora, necessária demonstração de fundado receio de ocorrência de lesão grave e de difícil reparação, incumbindo ao autor o ônus das respectivas provas. Ora excelência, o índice questionado pelo autor foi instituído em 1991, sendo que ele questiona sua idoneidade para remuneração das contas a partir de 1999, o que por si só é suficiente para demonstrar a total ausência de urgência na concessão da medida.

Por outro lado, o artigo 273, §2º do CPC dispõe que não se concederá a antecipação de

tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado, o que é evidente no caso em tela, na medida em que há diversas hipóteses legais que autorizam a movimentação da conta vinculada por parte do trabalhador. Considerando o grande número de contas vinculadas, presente o risco de irreversibilidade da medida haja vista a dificuldade/impossibilidade de a CAIXA reaver eventuais valores creditados.

Considerando que os fatos a que o autor se insurge remontam há mais de 15 anos e o

pedido é reconhecidamente contra a lei, inexiste fundamento para concessão da tutela antecipada pleiteada.

6) CONCLUSÕES

Em resumo, em sua defesa a CAIXA logrou demonstrar:

a) aplica-se na espécie a prescrição qüinqüenal consagrada no Recurso Extraordinário 709.212/DF, pois, além de buscar a cobrança de valores de FGTS, a presente demanda foi ajuizada após o dia 13/11/2014.

b) a necessária suspensão dos feitos individuais/coletivos em função da decisão proferida no Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0) e do recebimento da Ação Civil Pública número 5008379-42.2014.404.7100 com abrangência nacional;

c) a inaplicabilidade das ADIN’s 4.357 e 4.425 como precedentes para o FGTS; d) a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade nas ADIN’s 4.357 e 4.425

manteve a vigência da TR para os precatórios e para o FGTS; e) a lei determina a aplicação da TR para remuneração do FGTS; f) não serve de parâmetro para declaração de inconstitucionalidade dos artigos 13 da Lei 8.036/90

e 1º e 17 da Lei 8.177/91 o julgamento proferido pelo STF nas ADIs 4425 e 4357; g) a pretensão autoral não apresenta nenhum fundamento referente a eventual

inconstitucionalidade e/ou ilegalidade da lei que impõe a TR e sua aplicação no FGTS; h) a CAIXA, como ente operador do FGTS deve cumprir estritamente o disposto na Lei n.º 8.036/90; i) a CAIXA não possui discricionariedade para aplicar índice não previsto em lei (princípio da

legalidade); j) a metodologia de cálculo da TR compete ao CMN, e a aplicação do redutor compete ao BACEN; k) o pedido autoral foi devidamente rejeitado pelo Congresso Nacional, ao não aprovar o PL

193/2008 (princípio da separação dos poderes); l) a substituição de índices, conforme requerida, traz gravíssimos reflexos para todo o Sistema

Financeiro Nacional, não havendo sequer como mensurar o seu impacto danoso. m) a inexistência de dano moral no caso dos autos.

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7) DO PEDIDO

Ante o exposto, pugna, em ordem de preferência, pela: 1) Suspensão da presente demanda até o julgamento definitivo do Recurso Espe cial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0); 2) Seja reconhecida a prescrição 3) Sejam os pedidos j ulgados improcedentes, extinguindo-se o processo com resolução do mérito.

Requer provar o alegado por todos os meios em direito admitidos.

Pede deferimento. Feira de Santana/BA, 21 de setembro de 2016.

IURI DE CASTRO GOMES Advogado – CAIXA

OAB/BA 34.044

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EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(ÍZA) FEDERAL DO 3º VAR A FEDERAL DA SUBSEÇÃO

JUDICIÁRIA DE FEIRA DE SANTANA – BAHIA

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – CEF, nos autos dos feito

supra-epigrafado, vem, por seu advogado infrafirmado, apresentar a V. Exa. as

anexas CONTRARRAZÕES ao recurso interposto pelo autor, requerendo sejam

encaminhadas ao órgão ad quem, para os fins de direito.

Termos em que, pede juntada e deferimento.

Feira de Santana, 20 de setembro de 2016

IURI DE CASTRO GOMES

Advogado – CAIXA

OAB/BA 34.044

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Pretende o Recorrente obter a reforma da r. sentença proferida pelo MM Juízo a quo, que rejeitou os pedidos constantes na exordal. No entanto, não merece qualquer reparo a sentença das Fls., conforme se verá a seguir. 1) DA PRESCRIÇÃO QUINQUENAL APLICÁVEL AO FGTS - Rec urso Extraordinário 709.212/DF

Tanto o artigo 23, §5º, da Lei 8.036/1991 quanto o artigo 55 do Regulamento do FGTS , aprovado pelo Decreto 99.684/1990, estabeleciam o privilégio do FGTS à prescrição trintenária.

A rigor, tratava-se de regra sobre a qual sequer pairava discussão jurisprudencial.

Isso porque o enunciado número 210 da súmula do Superior Tribunal de Justiça ratificava que “a ação de cobrança das contribuições para o FGTS prescreve em trinta (30) anos”.

O Tribunal Superior do Trabalho seguia a mesma trilha, dispondo no enunciado

362 de sua súmula que “é trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho.”

Sucede que, no julgamento do Recurso Extraordinário 709.212/DF (ementa em

anexo), o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade dos dispositivos normativos supracitados, fixando o prazo prescricional de 05 (anos) para a cobrança de valores referentes ao FGTS.

Segundo o voto vencedor do Ministro Gilmar Mendes, “[...] a jurisprudência desta

Corte não se apresentava concorde com a ordem constitucional vigente quando entendia ser o prazo prescricional trintenário aplicável aos casos de recolhimento e de não recolhimento do FGTS”. Ainda nos dizeres do relator:

De fato, a previsão de prazo tão dilatado para o ajuizamento de reclamação contra o não recolhimento do FGTS, além de se revelar em descompasso com a literalidade do Texto Constitucional, atenta contra a necessidade de certeza e estabilidade nas relações jurídicas, princípio basilar de nossa Constituição e razão de ser do próprio Direito. No entanto, para não frustrar as legítimas expectativas daqueles que se pautaram

nas normas declaradas inconstitucionais e nos anteriores entendimentos jurisprudenciais, o Supremo Tribunal Federal optou por modular os efeitos da declaração de inconstitucionalidade, de tal sorte que, em função do efeito prospectivo, o novo entendimento só será aplicado nas ações ajuizadas após o dia 13/11/2014, data do julgamento.

Fixada a premissa de que, com a declaração da inconstitucionalidade do artigo

23, §5º, da Lei 8.036/1991 e do artigo 55 do Regulamento do FGTS , o prazo prescricional para a cobrança de valores referentes ao FGTS passou de 30 (trinta) para 5 (cinco) anos nas ações ajuizadas a partir de 13/11/2014, passa-se agora à análise do caso concreto.

Decerto, aplica-se na espécie a prescrição qüinqüenal consagrada no Recurso

Extraordinário 709.212/DF, pois, além de buscar a cobrança de valores de FGTS, a presente demanda foi ajuizada após o dia 13/11/2014.

Dessa feita, os valores de FGTS ora cobrados estão prescritos, pois a alegada

violação ao direito remonta a período não abarcado pelo prazo prescricional de 05 (cinco), razão pela qual o feito deve ser julgado improcedente, extinguindo-o com resolução do mérito.

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2) DA NECESSÁRIA SUSPENSÃO DOS FEITOS INDIVIDUAIS/C OLETIVOS – DECISÃO PROFERIDA NO RECURSO ESPECIAL Nº 1.381.683 - PE (20 13/0128946-0) E RECEBIMENTO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA NÚMERO 5008379-42.2014.404.71 00 COM ABRANGÊNCIA NACIONAL

Conforme documento anexo, em decisão monocrática proferida no Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0), cujo procedimento se submete à sistemática dos Recursos repetitivos – artigo 543-C do Código de Processo Civil –, o Superior Tribunal de Justiça, ao enfrentar acórdão paradigma sobre a possibilidade de afastamento da TR como índice de correção monetária dos saldos das contas de FGTS, determinou a suspensão de tramitação de todas as ações judiciais, individuais ou coletivas, que versem sobre o tema e estejam em curso em todas as instâncias da Justiça comum, estadual e federal, inclusive, Juizados Especiais Cíveis e as respectivas Turmas ou Colégios Recursais.

Entendeu o STJ que o fim almejado pela sistemática dos recursos repetitivos

“não se circunscreve à desobstrução dos tribunais superiores, mas direciona-se também à garantia de uma prestação jurisdicional homogênea aos processos que versem sobre o mesmo tema, bem como a evitar a desnecessária e dispendiosa movimentação do aparelho judiciário”.

Dessa feita, impõe-se o sobrestamento da presente demanda até o julgamento

final do Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0). Mas antes mesmo da expressa determinação do STJ, já havia motivo para a suspensão deste processo.

É que a Ação Civil Pública de número 5008379-42.2014.404.7100/RS – na qual

se postula justamente a substituição da TR, como índice legal de atualização das contas do FGTS, pelo INPC, ou IPCA, ou outro índice de reposição de perdas inflacionárias – foi recebida com abrangência nacional.

Dada a natureza coletiva da demanda supra, e a fim de evitar a multiplicação de

demandas, a existência de decisões contraditórias e esforços desnecessários do próprio Judiciário, por esse viés, também se impunha a suspensão das demandas individuais acaso ajuizadas. Nesse sentido, a assente jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. Eis o acórdão paradigma:

RECURSO REPETITIVO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO COLETIVA. MACRO-LIDE. CORREÇÃO DE SALDOS DE CADERNETAS DE POUPANÇA. SUSTAÇÃO DE ANDAMENTO DE AÇÕES INDIVIDUAIS. POSSIBILIDADE. 1.- Ajuizada ação coletiva atinente a macro-lide geradora de processos multitudinários, suspendem-se as ações individuais, no aguardo do julgamento da ação coletiva. 2. - Entendimento que não nega vigência aos aos arts. 51, IV e § 1º, 103 e 104 do Código de Defesa do Consumidor; 122 e 166 do Código Civil; e 2º e 6º do Código de Processo Civil, com os quais se harmoniza, atualizando-lhes a interpretação extraída da potencialidade desses dispositivos legais ante a diretriz legal resultante do disposto no art. 543-C do Código de Processo Civil, com a redação dada pela Lei dos Recursos Repetitivos (Lei n. 11.672, de 8.5.2008). 3.- Recurso Especial improvido. (REsp 1110549/RS, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/10/2009, DJe 14/12/2009).

Seguindo a mesma linha de raciocínio, consigne-se que ações coletivas de

menor abrangência porventura ajuizadas, ou seja, aquelas de âmbito estadual, também deviam ser suspensas, haja vista que toda a questão seria resolvida na Ação Civil Pública número 5008379-42.2014.404.7100, sob pena de se perder toda a utilidade da tutela coletiva. Não se olvide: a macrolide já estava definida.

De tudo o quanto exposto, nota-se que, seja pela decisão monocrática proferida

no Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0), seja pelo recebimento da Ação Civil Pública Número 5008379-42.2014.404.7100 com abrangência nacional, é necessária a suspensão da presente ação. 3) MÉRITO

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3.1) DA INAPLICABILIDADE DAS ADIN’S 4.357 E 4.425 C OMO PRECEDENTES PARA O FGTS

Poder-se-ia aventar que, em razão do STF nos julgamentos das ADI 4425 e 4357 ter declarado a inconstitucionalidade da TR como índice de correção monetária para os precatórios, haveria afastamento absoluto da TR como indexador, inclusive no tocante ao FGTS. Tal forma de pensar, no entanto, não procede. Basta conferir a ementa do acórdão proferido nas mencionadas ADI´s:

(...) 5. A atualização monetária dos débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice oficial de remuneração da caderneta de poupança viola o direito fundamental de propriedade (CF, art. 5º, XXII) na medida em que é manifestamente incapaz de preservar o valor real do crédito de que é titular o cidadão. A inflação, fenômeno tipicamente econômico-monetário, mostra-se insuscetível de captação apriorística (ex ante), de modo que o meio escolhido pelo legislador constituinte (remuneração da caderneta de poupança) é inidôneo a promover o fim a que se destina (traduzir a inflação do período). 6. A quantificação dos juros moratórios relativos a débitos fazendários inscritos em precatórios segundo o índice de remuneração da caderneta de poupança vulnera o princípio constitucional da isonomia (CF, art. 5º, caput) ao incidir sobre débitos estatais de natureza tributária, pela discriminação em detrimento da parte processual privada que, salvo expressa determinação em contrário, responde pelos juros da mora tributária à taxa de 1% ao mês em favor do Estado (ex vi do art. 161, §1º, CTN). Declaração de inconstitucionalidade parcial sem redução da expressão “independentemente de sua natureza”, contida no art. 100, §12, da CF, incluído pela EC nº 62/09, para determinar que, quanto aos precatórios de natureza tributária, sejam aplicados os mesmos juros de mora incidentes sobre todo e qualquer crédito tributário. 7. O art. 1º-F da Lei nº 9.494/97, com redação dada pela Lei nº 11.960/09, ao reproduzir as regras da EC nº 62/09 quanto à atualização monetária e à fixação de juros moratórios de créditos inscritos em precatórios incorre nos mesmos vícios de juridicidade que inquinam o art. 100, §12, da CF, razão pela qual se revela inconstitucional por arrastamento, na mesma extensão dos itens 5 e 6 supra. 9. Pedido de declaração de inconstitucionalidade julgado procedente em parte. (ADI 4425, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 14/03/2013, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-251 DIVULG 18-12-2013 PUBLIC 19-12-2013)

Como visto, a decisão exarada nas Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs)

4.357 e 4.425 não importou em entendimento sobre a inconstitucionalidade da TR para todo o ordenamento jurídico. Pelo contrário, declarou-se a inconstitucionalidade de parte da Emenda Constitucional 62/2009, no trecho referente à expressão 'índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança', constante do § 12º do artigo 100 da CF, para fins de atualização dos débitos judiciais da Fazenda Pública, apenas e especificamente no tocante à compensação tributária através de Precatórios, nos termos segui ntes :

“14. Prossigo neste voto para assentar, agora, a inconstitucionalidade parcial do atual § 12 do art. 100 da Constituição da República. Dispositivo assim vernacularmente posto pela Emenda Constitucional nº 62/2009: “§ 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional, a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios.” (Grifou-se) (...)

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16. Observa-se, então, que, em princípio, o novo § 12 do art. 100 da Constituição Federal retratou a jurisprudência consolidada desta nossa Corte, ao deixar mais clara: a) a exigência da “atualização de valores de requisitórios, após sua expedição [e] até o efetivo pagamento”; b) a incidência de juros simples “para fins de compensação da mora”; c) a não incidência de juros compensatórios (parte final do § 12 do art. 100 da CF). Mas o fato é que o dispositivo em exame foi além: fixou, desde logo, como referência para correção monetária, o índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, bem como, “para fins de compensação de mora”, o mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança. E contra esse plus normativo é que se insurge a requerente”

Portanto, no acordão da ADI 4.425, o STF concluiu fundamentalmente pela

impossibilidade da utilização do índice oficial de correção da caderneta de poupança na atualização dos débitos dos precatórios da Fazenda em virtude de suas cobranças se pautarem em índices diversos e comprovadamente superiores, o que, na ótica daquela Corte, caracterizaria arbitrária discriminação e violação à isonomia entre devedor público e devedor privado (cf, art. 5º, caput). Senão vejamos o recorte do voto:

“Ademais, o índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança “cria distorções em favor do Poder Público, na medida em que enquanto devedor os seus débitos serão corrigidos pela TR e, na condição de credor, os seus créditos fiscais se corrigem por meio da Selic”.

O que, de imediato, se percebe é que a situação jurídica rechaçada pelo STF

na ADI suscitada em nada se assemelha à situação do s depósitos do FGTS reclamada na presente demanda.

Registre, em primeiro lugar, que – ao contrário do quanto eventualmente alegado

pela parte autora nesse sentido –, o STF não afastou a constitucionalidade da aplicação da TR como índice de atualização monetária, nem a revogou, e tão pouco a afastou do ordenamento jurídico brasileiro.

Verifica-se que a pretensão deduzida face ao FGTS não se trata de uma relação jurídico-tributária como no precedente da Corte ventilado. O discrímen fundamental e motivador da decisão do STF é que o crédito de precatórios poderá ser utilizado como instrumento de compensação de dívidas tributárias, cujos índices de correção monetária alcançam patamares manifestamente superiores aos de correção dos precatórios. Tal fato importaria na quebra da isonomia entre o credor e o devedor, repita-se, para fins de compensação, mote da decisão do Supremo.

No caso dos precatórios, o que se observa é a existência de um titular de crédito judicial oponível à Fazenda Pública, situação que não se replica no âmbito do FGTS. Neste segundo caso, a relação se dá entre o titular de conta vinculada (em razão do depósito feito pelo empregador) e o próprio Fundo, o que torna impossível a existência de qualquer compensação entre o titular da conta vinculada e o seu operador. Destaque-se que não há a figura do credor e devedor, razão porque não há de se cogitar de violação ao princípio da isonomia.

Ademais, no FGTS, não é possível falar em direito subjetivo ao pagamento de um “crédito” enquanto não ocorrer a hipótese legal de saque (Lei 8.036, artigo 20), momento em que surge para o fundista a possibilidade de ingresso na sua esfera patrimonial. Os valores que integram as contas vinculadas do FGTS são oriundos dos depósitos realizados exclusivamente pelo empregador (e não pelo empregado). O titular da conta vinculada somente terá direito subjetivo ao saque nas hipóteses numerus clausus estabelecidas no artigo 20 da Lei 8.036/90. Conclui-se pela impossibilidade de reconhecimento de ofensa ao direito de propriedade.

No julgamento das ADIs eventualmente invocado como precedente jurisprudencial, preocupou-se o STF em preservar um equilíbrio entre os sujeitos jurídicos - titular do precatório e o Fisco – para garantir-lhes isonomia na compensação.

No FGTS a isonomia está preservada. Os sujeitos jurídicos diretos são o titular da conta vinculada e o FUNDO, não havendo qualquer possibilidade de se imputar enriquecimento

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indevido de uma das partes. Isto porque, segundo a lei que rege o FGTS, os seus recursos possuem destinação social específica que beneficiam outros sujeitos além da relação econômica-financeira entre o fundista e o Fundo, extrapolando os limites das lides individuais. Basta lembrar-se dos milhões de contratos de financiamento habitacional realizados com recursos do FGTS, cujo acesso pela população de baixa renda só é viável porque a sua correção é idêntica à remuneração do FGTS.

Demonstrada a diferença de premissas fáticas e jurídicas entre os casos levados ao Judiciário, conclui-se pela impossibilidade de replicar ao FGTS as conclusões sobre o uso da TR feitas pelo STF no julgamento das ADIs 4.357 e 4.425, seja porque não há hipótese de quebra de isonomia entre credor e devedor, seja porque não há a possibilidade de compensação, seja porque não há enriquecimento indevido de uma das partes litigantes em detrimento da outra, ou, finalmente porque a remissão à ofensa ao direto de propriedade não encontra respaldo na natureza jurídica dos depósitos fundiários.

Portanto, verifica-se que não há similitude entre o paradigma utilizado (ADI 4.357 e 4.425) e o presente caso.

3.1.1) DA MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE NAS ADIN’S 4.357 E 4.425: Caso não vislumbrada a diferença entre as ADIN’s 4.357 e 4.425 e o presente

caso, tem-se que a TR continua sendo o índice de correção a ser aplicado tanto para os precatórios quanto para o FGTS.

Isso porque, após o STF ter julgado as ações diretas de inconstitucionalidade

supra, foram formulados vários pedidos para que fossem modulados os efeitos da decisão que julgou inconstitucionais a EC 62/2009 e o art. 1ºF da Lei n.° 9.494/97. O Min. Luiz Fux, relator, inclusive, já votou para que haja a modulação dos efeitos, tendo havido, no entanto, um pedido de vista formulado pelo Min. Roberto Barroso.

Enquanto se aguarda a decisão do Plenário do STF para se definir se deve haver

ou não a modulação, o Min. Luiz Fux, monocraticamente, proferiu uma decisão determinando que os Tribunais continuem a pagar os precatórios na forma como já vinham realizando antes da decisão proferida pelo STF, ou seja, segundo a sistemática prevista na EC 62/2009 e no 1ºF da Lei n.° 9.494/97, com aplicação, pois da TR.

Em um determinado processo (AgRg no AI 1.417.464-SC), o STJ aplicou o IPCA

para correção monetária de um precatório. A Procuradoria Geral Federal ingressou, então, com reclamação no STF afirmando que a decisão monocrática do Min. Luiz Fux foi desrespeitada.

O Min. Teori Zavascki, do STF, de forma monocrática, concordou com o

requerimento da PGF e concedeu a liminar, determinando a suspensão do processo que tramita no STJ (AgRg no AI 1.417.464-SC).

Para o Min. Zavascki, enquanto não forem decididos os pedidos de modulação

dos efeitos, continua em vigor o sistema de pagamentos de precatórios “na forma como vinham sendo realizados”, não tendo eficácia, por enquanto, as decisões de mérito tomadas pelo STF nas ADI's 4.357 e 4.425.

Em outras palavras, se em razão da modulação dos efeitos da declaração de

inconstitucionalidade deve continuar sendo aplicada a TR para os precatórios, a Taxa Referencial também deve ser mantida no tocante à correção monetária do FGTS.

3.2) DA LEGALIDADE DA TR

A remuneração das contas vinculadas do FGTS pela TR tem indiscutível previsão legal. A Lei n.º 8.036/90, que dispõe especificamente sobre o FGTS, assim prevê:

“Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para atualização dos

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saldos dos depósitos de poupança e capitalização juros de (três) por cento ao ano. (Grifos nossos) .

Posteriormente, a Lei n.º 8.177/91, que estabelece regras para a desindexação da

economia, dispôs:

“Art. 15. A partir de fevereiro de 1991, os saldos das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) passam a ser r emunerados pela taxa aplicável à remuneração básica dos depósitos d e poupança com data de aniversário no dia primeiro, mantida a periodicidade atual para remuneração. Parágrafo único. As taxas de juros previstas na legislação em vigor do FGTS são mantidas e consideradas como adicionais à remuneração prevista neste artigo.” – grifo nosso

A Lei n.º 8.177/91 definia a TRD como fator de remuneração das cadernetas de

poupança, sendo o FGTS remunerado pelo mesmo índice:

Art. 12. Em cada período de rendimento, os depósitos de poupança serão remunerados:

I - como remuneração básica, por taxa correspondente à acumulação das TRD, no período transcorrido entre o dia do último crédito de rendimento, inclusive, e o dia do crédito de rendimento, exclusive;

Posteriormente, a Lei n.º 8.660/93 extinguiu a TRD, passando a poupança a ser

remunerada pela TR:

Art. 2º Fica extinta, a partir de 1º de maio de 1993, a Taxa Referencial Diária - TRD de que trata o art. 2º da Lei nº 8.177, de 1º de março de 1991.

Art. 7º Os depósitos de poupança têm como remuneração básica a Taxa Referencial - TR relativa à respectiva data de aniversário. – grifo nosso

Tal é a atual situação da poupança hoje, o mesmo se aplicando ao FGTS,

conforme sumulado pelo STJ:

SÚMULA 459/STJ - A Taxa Referencial (TR) é o índice aplicável, a título de correção monetária, aos débitos com o FGTS recol hidos pelo empregador mas não repassados ao fundo.

Ainda quanto à legalidade da aplicação da TR como índice destinado a remunerar

as contas vinculadas de FGTS, cumpre destacar que o E. STF, ao julgar o RE 226.855/RS, considerando a natureza de regime jurídico desse fundo, corroborou a constitucionalidade da Lei 8.177/91 ao alterar o referido índice, não se cogitando a possibilidade de que essa decisão venha a ser desconsiderada, com o estabelecimento casuístico de qualquer outro índice.

Em face do arcabouço legal exposto, o acolhimento do pedido autoral implica

ofensa à competência legislativa, em desatendimento ao art. 2º da Constituição Federal, que trata da divisão dos Poderes.

Ao Legislativo cumpre fazer as opções políticas, sendo que ao Judiciário compete

cuidar para que tais opções sejam observadas, bem como para que não ofendam à Constituição. A pretensão é justamente a de que o Judiciário faça a opção política quanto ao índice de remuneração do FGTS, o que ignora a soberania popular.

Logo, a aplicação da TR para remuneração do FGTS é legal, e qualquer alteração

deve vir do legislador, de modo que os pedidos merecem improvimento. É de ser notar que o autor não alega ilegalidade ou inconstitucionalidade das leis

que regem a matéria, apenas se utiliza de argumentos não jurídicos para tentar mudar o índice de remuneração das contas vinculadas do FGTS.

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Se não há pedido para desconstituição do regramento legal, este ficará

preservado ao final da ação, o que leva, inexoravelmente, à sua improcedência. Na mesma linha, a ação não questiona a atuação da CAIXA na aplicação da lei.

Restando preservada a lei, e não se discutindo sua aplicação, os pedidos autorais carecem de qualquer respaldo legal, devendo ser integralmente rechaçados.

Ademais, quando ao autor menciona que, em alguns meses a TR foi igual a zero,

isso não significa que a conta do trabalhador não tenha sofrido qualquer tipo de remuneração, uma vez que, nos termos do art. 13 da Lei n.º 8.036/90, há aplicação de juros de 3% (três por cento) ao ano.

I. Da Rejeição de Projeto de Lei – Manutenção da TR – Opção do Legislador – Separação de Poderes

Não bastasse a perfeita legalidade da utilização da TR no FGTS, é de ser visto

que questão similar à da presente ação foi objeto de apreciação pelo órgão competente, o Legislativo, que rejeitou a proposta (conforme comprovam os documentos em anexo).

A substituição da TR pelo IPCA para a correção dos depósitos da conta vinculada

foi objeto de recente Projeto de Lei do Senado (PLS 193/2008), arquivado após parecer contrário emitido pela Comissão de Assuntos Econômi cos , no qual se ressaltou o efeito danoso que tal alteração produziria sobre os contratos de financiamento habitacional para a população de baixa renda, amplamente dependentes dos recursos do FGTS, com reflexos negativos na política de acesso à moradia.

Dessa forma, qualquer alteração no índice de remuneração dos saldos das

contas vinculadas, implicará, obrigatoriamente, na adoção do mesmo “novo” índice sobre os depósitos realizados fora dos prazos regulamentares pelos empregadores e, principalmente, sobre os saldos devedores dos contratos de financiamento com recursos do FGTS.

A rejeição, pelo Legislativo, de proposta similar ao presente pedido, reforça a

invasão de competência que significaria um eventual provimento.

Uma vez definida, de modo inconteste, a legalidade da atualização da conta do FGTS pela TR, convém analisar as razões do legislador.

A MP 294, de 31/01/1991, posteriormente convertida na Lei 8.177, instituiu a TR

como novo índice a ser aplicado. Esse dispositivo legal reiterava a disposição de desvincular-se a correção

monetária, tanto de contratos quanto de obrigações fiscais, dos índices de preços, como se constata já no seu art. 1º, verbis:

“Art. 1º - O Banco Central do Brasil divulgará Taxa Referencial - TR, calculada a partir da remuneração mensal média, líq uida de impostos, dos depósitos a prazo fixo captados nas agências de ban cos comerciais, bancos de investimentos e bancos múltiplos com cart eira comercial ou de investimentos, e/ou de títulos públicos federais, d e acordo com metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, no prazo de sessenta dias.” A desvinculação da correção monetária dos índices de preços visa ao combate da

chamada “inflação inercial”, pela qual os mecanismos de indexação provocam a perpetuação das taxas de inflações anteriores, que são sempre repassadas aos preços correntes. Constatava-se que, mesmo sem terem apresentado aumentos significativos de custo, muitos setores simplesmente elevam os preços pela inflação geral do país, divulgada pelas instituições de pesquisa.

Por essa razão, nos planos antiinflacionários adotados após 1986, as autoridades

monetárias já haviam adotado o congelamento de preços e salários, para tentar eliminar a

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chamada memória inflacionária – sem lograrem pleno êxito, dado que continuava vigente a indexação baseada em índices de preços.

Eis aqui um destaque a ser feito. O autor tece considerações acerca da correção

monetária, que “existe entre nós [brasileiros] desde a década de 1960”. Tal assertiva nos leva a duas conclusões importantíssimas para o deslinde da controvérsia:

a) a correção monetária nem sempre existiu; b) a correção monetária não é um padrão internacion al.

Tal fato afasta o senso comum de que a correção monetária serve para recompor

o valor básico, e os juros remuneram o capital. Não existe tal lógica, tanto assim que, desde a estabilização da economia, há quase duas décadas, tornaram-se comuns modalidades de empréstimo que carregam apenas juros, com prestações fixas durante todo o contrato, demonstrando o benefício da desindexação.

Tal benefício é bem conhecido dos empregados celetistas, haja vista ser esta a

modalidade comum dos empréstimos com desconto em folha. Importante observar que a correção monetária não é algo implícito no sistema,

mas algo que tem que estar previsto. Sobre tal aspecto, vejamos lição de eminente jurista Fabiano Jantalia, no livro, FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, Ltr, pág. 110:

“A correção monetária, também chamada de correção do valor monetário, é o resultado das técnicas utilizadas para adaptar os valores às suas verdadeiras finalidades, diante das circunstâncias que impossibilitem o uso da moeda como medida de valor. Ela não surge espontaneamente, como se fosse um consectário natural do processo inflacionário, mas deriva da lei ou do contrato . Em relação ao FGTS, o índice atualmente utilizado é a Taxa Referencial (TR) , por força do disposto no art. 7º da Lei n.º 8.660/93, que fixou a TR como índice de remuneração básica das cadernetas de poupança e que, por aplicação do art. 13 da Lei n.º 8.036/90, deve ser o indicador de correção também para as contas vinculadas.” – grifo nosso Importante registrar que, conceitualmente, inflação não pode ser confundida com

altas de preços esporádicas ou setoriais. Na definição de Harberger (1978): “Nenhuma economia jamais experimentou

uma inflação significativa e nenhuma teoria de inflação que mereça este nome sustentará que um processo inflacionário possa acontecer sem um aumento correspondente na quantidade de moeda”.

Quanto aos diversos índices de preços calculados por variadas entidades

privadas e governamentais, registra-se que refletem a variação dos preços de uma certa gama de produtos, geralmente em períodos de 30 dias, não correspondendo necessariamente a uma alteração na quantidade de moeda, ou seja, não gerando propriamente inflação.

Note-se que fatores sazonais, como uma quebra de safra por efeito de intepéries,

podem afetar os preços por um período relativamente longo, mas sem a permanência necessária para caracterizar verdadeira inflação, dado que em período imediatamente seguinte poderá ocorrer o inverso, com um aumento de produtividade também sazonal atuando na queda dos mesmos preços, anulando, ou mesmo revertendo a tendência anterior.

Outros fatores, como por exemplo a desoneração fiscal de determinados

produtos, recentemente praticada em relação a veículos e produtos da chamada linha branca, também se refletem nos índices de preços, nesse caso no intuito de diminuir seu impacto na inflação.

Há, portanto, uma distinção a ser estabelecida entre índice de preços, que

sempre será parcial e temporário, dado que reflete a variação de preços de uma cesta limitada

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(ainda que ampla) de produtos em um curto período de tempo (via de regra um mês), e índice de inflação, que abarca uma continuidade capaz de influenciar na expansão da base monetária em proporção superior à da produção de bens (PIB).

A história recente dá conta que, enquanto os índices de preços serviram para a

correção monetária de obrigações fiscais e contratuais, o efeito de realimentação inflacionária (inflação inercial) praticamente causou a bancarrota de nossa economia, forçando o governo a adotar inúmeras medidas corretivas.

Registre-se, por pertinente, que durante a utilização de índices de preços como

base para a correção monetária, a realimentação inflacionária chegou a patamares astronômicos, culminando com o percentual de 84,32% registrado no mês de março de 1990 – não por acaso o último antes da adoção de critério diverso, trocando-se o índice oficial do IPC para o BTN (posteriormente sucedido pela TR): de um índice de preços para um índice de correção de obrigações financeiras.

Além do mais, para suportar as despesas incorridas pelo FGTS, as aplicações

dos recursos do Fundo, realizadas pela CAIXA e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro de Habitação – SFH, dentre diversos requisitos, devem ser corrigidas monetariamente com taxa igual à das contas vinculadas e garantir uma taxa de juros média mínima, por projeto, de 3 (três) por cento ao ano, conforme previsto no artigo 9º da Lei 8036/90.

O citado artigo, em seus 6 (seis) parágrafos, ainda prevê um conjunto de mecanismos visando preservar o equilíbrio patrimonial deste importante Fundo, conforme se pode observar nas transcrições a seguir:

“Art. 9º .....

§ 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, sendo da Caixa Econômica Federal o risco de crédito.

§ 2º Os recursos do FGTS deverão ser aplicados em habitação, saneamento básico e infra-estrutura urbana. As disponibilidades financeiras devem ser mantidas em volume que satisfaça as condições de liquidez e remuneração mínima necessária à preservação do poder aquisitivo da moeda.

§ 3º O programa de aplicações deverá destinar, no mínimo, 60 (sessenta) por cento para investimentos em habitação popular.

§ 4º Os projetos de saneamento básico e infra-estrutura urbana, financiados com recursos do FGTS, deverão ser complementares aos programas habitacionais.

§ 5º As garantias, nas diversas modalidades discriminadas no inciso I do caput deste artigo, serão admitidas singular ou supletivamente, considerada a suficiência de cobertura para os empréstimos e financiamentos concedidos. (Redação dada pela Lei nº 9.467, de 1997)

§ 6o Mantida a rentabilidade média de que trata o § 1o, as aplicações em habitação popular poderão contemplar sistemática de desconto, direcionada em função da renda familiar do beneficiário, onde o valor do benefício seja concedido mediante redução no valor das prestações a serem pagas pelo mutuário ou pagamento de parte da aquisição ou construção de imóvel, dentre outras, a critério do Conselho Curador do FGTS. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.197-43, de 20)

Importante salientar, ainda, que desde a instituição da correção monetária no

ordenamento jurídico pátrio, pela Lei 4.357/64, os coeficientes respectivos tem sua fixação legalmente atribuída a órgão oficial, naquela época ao Conselho Nacional da Economia, nada havendo de irregular na atribuição dessa responsabilidade ao Conselho Monetário Nacional, nos termos do art. 1º, da Lei 8.177/91.

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Quanto ao pedido formulado, faz-se necessário ainda ressaltar que o próprio autor confessa sua índole casuística, quando informa que durante vários anos a TR superou o INPC e IPCA, tendo essa tendência se invertido de algum tempo para cá.

O fato é que não se pode falar propriamente em inflação, mas em olhares

diversos sobre o fenômeno da alteração dos preços, o que explica a existência de vários índices, com valores distintos.

No entanto, deve-se frisar que, seja qual for o índice escolhido pelo legislador,

não pode o mesmo ser substituído casuisticamente contra legem, pelo simples motivo de que, em um determinado período de tempo, outro índice não previsto em lei, apresentou percentual maior.

Observemos o IPCA. Sua abrangência resume-se aos gastos de pessoas físicas

em apenas 11 (onze) regiões metropolitanas, e restringindo-se a alguns itens, estando muito distante da abrangência geral que pretende o autor.

O IPCA considera pesquisa efetuada apenas nas regiões metropolitanas de

Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, Brasília e município de Goiânia, distribuindo os gastos das famílias segundo a tabela abaixo:

PESO DOS GRUPOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS

Tipo de Gasto Peso % do Gasto (até 31.12.2011)

Peso % do Gasto (a partir de 01.01.2012)

Alimentação e bebidas 23,46 23,12

Transportes 18,69 20,54

Habitação 13,25 14,62

Saúde e cuidados pessoais 10,76 11,09

Despesas pessoais 10,54 9,94

Vestuário 6,94 6,67

Comunicação 5,25 4,96

Artigos de residência 3,90 4,69

Educação 7,21 4,37

Total 100,00 100,00

O exemplo mostra como é descabida a pretensão de substituir casuisticamente o

índice aplicado na correção das contas de FGTS. Ademais, o art. 2º da Lei n.º 8.036/90 não deixa dúvidas: a remuneração do FGTS

é para “assegurar a cobertura de suas [do FGTS] obrigações.” Art. 2º O FGTS é constituído pelos saldos das contas vinculadas a que se refere esta lei e outros recursos a ele incorporados, devendo ser aplicados com atualização monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de suas obrigações . – grifo nosso

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Embora tal remuneração traga benefícios ao fundista, não é este o objetivo final

da lei, mas sim a manutenção do paralelismo entre os investimentos feitos com verbas do FGTS e sua remuneração. Por isso mesmo as verbas do FGTS são utilizadas em diversos tipos de mútuo, remunerados pela mesma taxa, qual seja, a TR.

Diga-se, por fim, que o autor questiona a utilização do redutor, que seria o fator a

tornar a TR inferior aos demais índices. Contudo, o autor deixa claro seu entendimento no sentido de que somente a partir de 1999 a TR teria deixado de espelhar o que entende ser a inflação do período.

Contudo, o redutor é utilizado desde a instituição da TR, como pode se ver da

Resolução nº 1.805, de 27 de março de 1991, fixa o redutor em 2% (dois por cento): III - a TR será calculada deduzindo-se da taxa média ponderada de remuneração obtida nos termos do item II os efeitos decorrentes da tributação e da taxa real histórica de juros da economia - representados pela taxa bruta mensal de 2% (dois por cento) conforme a fórmula abaixo: Logo, a alegação referente ao redutor é mais um casuísmo da ação, até porque o

redutor pode ser alterado a qualquer tempo. A questão não é nova nos tribunais pátrios, que sempre rechaçaram a tese,

conforme os precedentes abaixo demonstram:

ADMINISTRATIVO – CORREÇÃO DE SALDOS DE CONTA VINCULADA AO FGTS – APLICAÇÃO DA TR – JUROS REMUNERATÓRIOS – ART. 13 DA LEI Nº 8.036/90. 1. A rentabilidade garantida nas contas vinculadas ao Fundo de Garantia de Tempo de Serviço – FGTS é de 3% (três por cento) de juros ao ano, mais correção pela Taxa Referencial (TR). Observância do art. 13 da Lei nº 8.036/90. 2. A lei, portanto, determina a aplicação da TR, índice utilizado para atualização dos depósitos de poupança, como índice de atualização monetária das contas do FGTS e não o IPCA. 3. A Caixa Econômica Federal, órgão gestor do FGTS, não pode deixar de cumprir o disposto na Lei nº 8.036/90, de modo a aplicar índice não previsto em lei. 4. Precedentes: STJ, REsp 2007/0230707-8, Rel. Min. José Delgado, DJe 05/03/2008; TRF-2, AC 2009.51.01.007123-5/RJ, Rel. Des. Federal Reis Friede, E-DJF2R: 09.07.2010. 5. Apelação desprovida. Sentença mantida. (TRF-2ª Região, 5ª Turma Especializada, Apelação Cível n. 0008652-22.2009.4.02.5101, Rel. Des. Fed. Marcus Abraham, DJe de 30.11.12)

AGRAVO INTERNO – FGTS – TR - ÍNDICE APLICÁVEL - CORREÇÃO MONETÁRIA - DEPÓSITOS DA CONTA VINCULADA AO FGTS – PODER JUDICIÁRIO – IMPOSSIBILIDADE DE ATUAR COMO LEGISLADOR POSITIVO. I - A TR é índice aplicável, a título de correção monetária, aos depósitos da conta vinculada ao FGTS, nos termos do art. 13 da Lei 8.036/90. II - O acolhimento da pretensão vertida na inicial implicaria na atuação do Poder Judiciário como legislador positivo, em flagrante ofensa ao Princípio da Separação dos Poderes, visto que só lhe é dado agir como legislador negativo, afastando do mundo jurídico norma ilegal ou inconstitucional. II - Agravo Interno da Parte Autora improvido. (TRF-2ª Região, 7ª Turma Especializada, Apelação Cível n. 2009.51.01.007123-5, Rel. Des. Fed. Reis Friede, DJe de 08.07.2010) No mesmo parâmetro, existem novas jurisprudências que consideram a TR o

índice correto para a correção:

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ADMINISTRATIVO. DEPÓSITOS DE FGTS. CORREÇÃO MONETÁRIA. TR. INCIDÊNCIA. ART.22 DA LEI 8.036/90 C/C ART. 12, I, DA LEI 8.177/91. APELAÇÃO IMPROVIDA. 1. Apelação interposta pela parte autora contra sentença que julgou improcedente o pedido de condenação da CEF à aplicação, sobre os depósitos de sua conta vinculada ao FGTS, a partir de janeiro/1991, de índice de correção monetária diverso da Taxa Referencial prevista no art.1°, da Lei n. 8.177/91. 2. A definição do percentual incidente sobre os saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço deve obedecer ao critério disposto na legislação fundiária, mais precisamente no art. 13 da Lei n. 8.036/90, nos termos do qual os depósitos de FGTS serão corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados para a atualização dos saldos das contas de poupança, por sua vez, remunerados pela TR, conforme disposto no art. 12, I, da Lei n. 8.177/91. 3. O STF, no julgamento da ADIn 493/DF, não decidiu pela impossibilidade de utilização da TR como índice de indexação, limitando-se a declarar a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei 8.177/91 (art. 18, caput, parágrafos 1° e 4°, art. 20, art. 21, parágrafo único, art. 23 e parágrafos, art. 24 e parágrafos), no que se refere, tão somente, à aplicação em caráter retroativo. Precedente do STJ e do STF (RESP 654.365, DJ: 01/10/2007; RE 175678/MG, DJ: 04/08/1995). 4. Apelação improvida. (PROCESSO: 200485000044839, AC475486/SE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL ROGÉRIO FIALHO MOREIRA, Primeira Turma, JULGAMENTO: 23/09/2010, PUBLICAÇÃO: DJE 30/09/2010 - Página 317)

ADMINISTRATIVO. FGTS. APELAÇÃO. RECURSO ADESIVO. PEDIDO PARA AFASTAMENTO DA TR NA CORREÇÃO DOS SALDOS DAS CONTAS VINCULADAS AO FGTS. PEDIDO PARA REPOSIÇÃO DOS ÍNDICES DE INFLAÇÃO DIVULGADOS PELO GOVERNO FEDERAL. REAJUSTE DAS CONTAS FUNDIÁRIAS POR LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA. APLICAÇÃO DOS EXPURGOS INFLACIONÁRIOS PREVISTOS NA SÚMULA 252 DO STJ. SENTENÇA MANTIDA. 1. A sentença recorrida julgou parcialmente procedente o pedido deduzido na inicial. 2. A CEF alega, em resumo, já ter ocorrido o creditamento do índice de 18,02% referente ao mês de junho/87; que a atualização referente a fevereiro de 10,14% é inferior ao índice efetivamente creditado, de 18,35%; ter sido editada Súmula 252 do STJ sobre os índices efetivamente devidos; que os índices de 18,02%, 5,38% e 7% já foram aplicados pelo banco depositário; que no mês de janeiro/89 deixou-se de creditar 16,64%, referente à diferença entre o valor lançado e o efetivamente devido; que em abril de 1990 não houve creditamento da atualização monetária, sendo devido o índice de 44,80%, nos termos da LC 110/2001; a condenação ilegal da CEF em honorários advocatícios, por ter sido afrontado o disposto no art. 29-C da Lei 8036/90; e, acaso não acolhido o entendimento, que sejam reduzidos os referidos honorários sucumbenciais. 3. O SINDIPETRO alega que a TR não pode ser utilizada como índice de correção monetária das contas vinculadas ao FGTS; terem sido violados o art. 11 da Lei nº 7.839/89; o art. 13 da Lei nº 8.036/90 e o art. 19 do Decreto 99.684/90; que deve ser afastada a TR, devendo ser utilizados índices que reponham a inflação oficial divulgada pelo Governo Federal (IPCA), preservando assim o real valor da moeda durante todo o período em que estiveram submetidos ao regime do FGTS; que se faça incidir, nas parcelas que são devidas aos substituídos, em razão da aplicação dos corretos índices de correção monetária os expurgos inflacionários constantes da súmula 252/STJ. 4. Conforme já esclarecido pela sentença recorrida, serão aferidos os índices de reajustes já aplicados nas contas fundiárias, obstando-se o creditamento em duplicidade. 5. O índice de 10,14% (fevereiro/89) não foi objeto da presente demanda. 6. O Plenário do STF, em sede de julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº. 2.736-DF, em 17.09.2010, decidiu, por unanimidade, declarar a inconstitucionalidade do art. 29-C da Lei nº. 8.036/90, introduzido por

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força da MP nº. 2.164-41, por esta razão a CEF não mais usufrui da isenção de honorários sucumbenciais em matéria de FGTS. 7. A correção monetária aplicável aos saldos depositados nas contas vinculadas ao FGTS nunca estiverem equiparadas aos mesmos índices adotadas pelo governo para medir a inflação do período, razão por que, no caso dos autos, prevalecem os índices descritos nas Leis que disciplinaram o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, ou seja, as Leis nºs 5.107/66, 7.839/89 e 8036/90. 8. Apelação da CEF improvida e recurso adesivo do SINDIPRETRO PE/PB improvido. (PROCESSO: 00081824220114058300, AC542460/PE, RELATOR: DESEMBARGADOR FEDERAL MANOEL ERHARDT, Primeira Turma, JULGAMENTO: 20/09/2012, PUBLICAÇÃO: DJE 27/09/2012 - Página 164)

3.3) DOS REFLEXOS SISTÊMICOS E ECONÔMICO-FINANCEIROS

I. Da Desindexação da Economia e Risco de Prejuízo ao Próprio Trabalhador:

Como é de conhecimento geral, na história recente do Brasil, o país mergulhou

em espiral inflacionária que levou à necessária desindexação da economia, ou seja, à criação de mecanismos legais e de atribuição de competências aos órgãos e entes responsáveis pela gestão monetária nacional, que banisse o uso não virtuoso de índices galopantes que se retroalimentavam e sugavam a capacidade de se ter um estabilização duradoura da moeda.

Eram, portanto, índices travestidos de recuperadores do poder aquisitivo da

moeda, que na prática destruíam, pelo seu uso abusivo, os pilares da macroeconomia brasileira, com reflexos na população com menor capacidade de se defender dos efeitos inflacionários crescentes.

Dentro de tal premissa que foi editada a Lei n. 8.177/91, de 01 de março de 1991,

que estabeleceu a TR, sob o escopo precípuo de se retirar do mercado a prática de uso indiscriminado de parâmetros de atualização monetária nocivos à economia nacional, que acabavam causando desequilíbrio nas aplicações, nos contratos, nos fundos, dentre outros objetos componentes do Sistema Financeiro Nacional.

O legislador pátrio, ao promulgar a Lei n. 8.036/90, optou por desvincular o FGTS

da nefasta indexação. Cabe lembrar que o termo “correção monetária” foi oficialmente extinto do

ordenamento pelo art. 4º da Lei 9.249/95, para dar lugar à “Atualização Monetária”, instrumento da política e do direito financeiro nacional, como forma de se viabilizar a desindexação da economia.

Com isso, restou estabelecida a aplicação do mesmo parâmetro de remuneração

para os institutos da poupança, das contas do FGTS e respectivos contratos a eles vinculados. Em se admitindo a correção da conta vinculada com base nos índices

inflacionários apontados na inicial, haveria um completo desequilíbrio no Sistema Financeiro Nacional, causando graves impactos na política econômica, fazendo com que, ao final, o próprio trabalhador seja o maior prejudicado pela medida.

II. Das inúmeras operações corrigidas pela TR – Ris co sistêmico decorrente de enxurradas de ações:

Dentro do Sistema Financeiro Nacional, há um grande número de operações

remuneradas pela TR, como, por exemplo, os contratos do SFH, Poupança, CREDUC, FIES, Depósitos Judiciais.

Uma vez afastada a TR, a despeito da legalidade da sua utilização, serão abertas

as portas para o questionamento de todas as operações vinculadas ao referido índice, fato que envolverá milhões de pessoas, com riscos extremos não apenas para o Sistema Financeiro e para a economia pátria, mas também ao próprio Judiciário, que será assolado por um número

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incalculável de demandas judiciais, assim como ocorreu recentemente com as demandas envolvendo os expurgos inflacionários.

III. Do impacto direto nos contratos do SFH já firm ados:

O cenário se torna ainda mais grave quando se analisa a questão sob a ótica dos

contratos de financiamento habitacional firmados entre mutuários e instituições financeiras. Como se sabe, tais contratos possuem cláusulas estabelecendo a atualização

das prestações com base no índice aplicável aos saldos do FGTS. Em geral, tais cláusulas possuem a seguinte redação: “remuneração dos

recursos que serviram de lastro à sua concessão ” ou “reajuste do saldo devedor mediante a aplicação de coeficiente de atualização monetária idêntico ao utilizado para o reajustamento dos saldos das contas vinculadas ao F GTS”.

A utilização do IPCA ou INPC atingiria os contratos já firmados, prejudicando o

cumprimento das obrigações, fragilizando o crédito concedido, obtido e honrado com boa fé pelas partes.

Dois terços dos contratos de financiamento habitaci onal que são realizados

com recursos do FGTS são firmados por titulares de contas vinculadas de FGTS. Ou seja, tais mutuários poderão eventualmente ser beneficiados pela correção do FGTS pleiteada, mas, ao mesmo tempo, serão automática e imediatamente prejudicados pelo aumento do valor das prestações do mútuo contratado, bem como do respectivo saldo devedor, tendo em vista as cláusulas contratuais acima mencionadas.

IV. Sobreposição de Funding – Risco de Extinção do FGTS e de sua finalidade socia l:

Mesmo considerando o repasse direto dos custos de remuneração das contas

vinculadas do FGTS, por conta da determinação legal do art. 9º da Lei n. 8.036/90, outras mazelas serão impostas à sociedade brasileira, considerando que tal majoração fere a essência de criação do FGTS, da estrutura atuarial e de seus ditames legais regentes.

O FGTS foi concebido com a nobre missão de atuar no mercado de crédito

habitacional em uma camada de menores valores, faixa na qual outros fundings não atuam. Os contratos do FGTS têm taxas muito abaixo da média das demais fontes de

financiamento, o que possibilita a captação dos seus recursos pelos agentes financeiros e a consequente concessão de milhões de empréstimos voltados à realização do sonho de moradia dos mutuários de baixa renda.

O FGTS deixaria de atuar na faixa de menor renda, haja vista a necessidade de

aumento do retorno dos empréstimos, a fim de não prejudicar a saúde financeira do fundo, passando a atuar em faixas já atendidas pelo mercado de crédito de varejo.

Em decorrência da ausência de funding específico para as operações nessa faixa

de baixos encargos, ocorrerá a aberração provocada pela sobreposição de fontes nas camadas de maior encargos, o que levaria à disponibilização de recursos do FGTS sem que tenham tomadores suficientes no mercado, que por decorrência do encarecimento do recurso do Fundo, provocaria o evento chamado de “sobreposição de funding”.

V. Dos prejuízos aos entes federativos (União Feder al, Estados e Municípios):

É expressivo o percentual de recursos do Fundo que são destinados ao

financiamento de obras habitacionais, de saneamento e infraestrutura junto à União Federal, Estados e Municípios (os tomadores, historicamente, mais regulares do FGTS).

O reflexo do provimento da pretensão autoral não atingiria somente os titulares de

conta vinculada de FGTS, mas também os entes públicos, que são responsáveis pela tomada de cerca de 12% dos recursos aplicados pelo Fundo de Garantia, o que, somente em 2012, representou R$ 5 bilhões de reais investidos em programas socia is.

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A troca da TR por índice maior majorará as dívidas, podendo ensejar

endividamento superior ao permitido legalmente, provocando enquadramento na Lei de Responsabilidade Fiscal (LC 101/2000).

Isso porque os contratos efetuados com repasses de verbas do FGTS observam

a capacidade de endividamento do ente federado, levando-se em consideração o índice legalmente previsto, a TR.

VI. Do caráter social do FGTS:

O Sindicato-Autor insiste, na petição inicial, na questão de que o FGTS é um

patrimônio do trabalhador, o que é uma verdade parcial. O FGTS, como é notório, e diversas vezes tratado na presente peça, é um fundo de escopo social.

Fosse um investimento qualquer, de caráter individual, as hipóteses de saque não

seriam restritas àquelas previstas em lei. Além disso, é importante ver a fonte dos recursos do FGTS:

Lei n.º 8.036/90 Art. 15. Para os fins previstos nesta lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar , até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT e a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965. – grifo nosso Os recursos do FGTS decorrem de depósito do emprega dor, e não do

empregado . O fato do FGTS não ser formado por depósitos do empregado significa que não há qualquer relação entre o patrimônio do empregado e o do FGTS. Apenas por argumentar, já que dura lex, sede lex, se o empregado fizesse os depósitos, poder-se-ia aventar algum tipo de prejuízo ao empregado, ou suscitar-se a possibilidade da livre disposição do patrimônio.

Mas o pecúlio formado não decorre do patrimônio do empregado, nem o compõe.

É apenas uma garantia para o caso de demissão, aposentadoria, certos tipos de doença, ou outra hipótese legal.

Sendo assim, mesmo que o FGTS não tivesse o escopo social, não haveria que

se falar em prejuízo ao patrimônio do fundista. VII. Dos riscos do Agente Operador:

A presente ação busca a alteração do índice de remuneração do FGTS,

olvidando-se quanto a uma série de implicações da medida. Dentre elas, há o risco ao próprio agente operador, que nada faz além de seguir à risca as determinações da lei e do CCFGTS:

“Art. 9º... § 1º A rentabilidade média das aplicações deverá ser suficiente à cobertura de todos os custos incorridos pelo Fundo e ainda à formação de reserva técnica para o atendimento de gastos eventuais não previstos, sendo da Caixa Econômica Federal o risco de crédito” (grifo nosso) Em não se acatando a tese da CAIXA de repasse imediato dos índices aplicados

ao FGTS a todas as operações e contratos vinculados ao FGTS, a ação cria uma responsabilidade para a CAIXA, já que o FGTS passará imediatamente a ser deficitário

Ou se aumenta imediatamente a remuneração de todas as operações com

recursos do FGTS, sujeitando-se aos nefastos efeitos da indexação da economia, ou a única solução para não tornar o fundo deficitário será suspender as operações – isso se os efeitos da decisão não abarcarem o passado.

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O FGTS não é um investimento, mas um fundo, e não é individual, mas coletivo. Se se privilegiar o individual, como quer a ação, o coletivo sofrerá graves conseqüências, seja pelo déficit imediato, seja pelo aumento do custo de todas as operações envolvendo o FGTS.

VIII. Da repercussão do provimento da presente ação no FGTS - Violência contra a segurança jurídica:

A presente ação, a pretexto de promover a defesa dos fundistas, traz

conseqüências nefastas para a sociedade como um todo, e por certo afeta diretamente inúmeros autores. A não aplicação da lei significará quebra da segurança jurídica, gerando uma enxurrada de ações .

A experiência dos anos 1990 com as demandas que versavam sobre poupança e

FGTS repetir-se-á, de modo ainda mais danoso. O caos gerado naquela ocasião foi reflexo dos inúmeros planos econômicos fracassados na década perdida.

O caso agora será a desestruturação de 20 anos de estabilidade, o que o torna

muito mais perverso e injusto.

IX. Dos impactos no Sistema Financeiro de Habitação : A substituição do índice legalmente praticado para remuneração das contas

vinculadas do FGTS tem caráter vinculativo, de acordo com a norma do art. 9º, inciso II, da Lei 8.036/90. O referido artigo possui a seguinte redação:

Art. 9o As aplicações com recursos do FGTS poderão ser realizadas diretamente pela Caixa Econômica Federal e pelos demais órgãos integrantes do Sistema Financeiro da Habitação - SFH, exclusivamente segundo critérios fixados pelo Conselho Curador do FGTS, em operações que preencham os seguintes requisitos: ... II - correção monetária igual à das contas vinculadas ; - grifo nosso O acolhimento da pretensão autoral, com a substituição dos índices pleiteados, à

revelia do que se encontra previsto no art. 13 da lei 8.036/90, conduzirá, automaticamente, à atribuição destes mesmos índices aos contratos firmados pelo FGTS.

Apenas para se ter uma noção da grandeza do impacto da modificação do índice,

por exemplo, com substituição da TR pelo IPCA, haveria um aumento das taxas de financiamento em aproximadamente 15% ao ano, taxas que hoje são de 6% a 8,66% ao ano, e que, em alguns casos, apenas, se reequilibraria em patamares superiores a 10% aa.

Nítido é o impacto da medida, que transferiria o ônus e refletiria diretamente na

condição contratual do financiado final da moradia, o mutuário do Sistema Financeiro da Habitação – SFH, este que, segundo simulações elaboradas pelo Agente Operador do FGTS, considerando com base no período de 2000 a 2011, arcará com o maior prejuízo já que o contrato habitacional que hoje tem, por exemplo, uma prestação média inicial de R$ 475 passaria, com os novos indexadores, a ter que arcar com um pagamento mensal de cerca de R$ 634.

Ressalte-se que, atualmente, a sociedade brasileira carece de cerca de 7,9 milhões de habitações, sendo o FGTS o maior agente fomentador da Política Habitacional neste País, e, a estabilidade econômica do Brasil, que favoreceu a todos os brasileiros, inclusive os trabalhadores titulares de contas do FGTS, passou por um amplo processo de desindexação e, nessa ótica, a pretensão autoral representa um retrocesso.

E tal retrocesso culminará em um déficit a ser pago pelo próprio trabalhador, em

especial, no momento da aquisição de sua moradia ou no acesso aos serviços essenciais, tais como: água tratada, saneamento, coleta e tratamento de resíduo, mobilidade urbana, dentre outros benefícios atualmente financiados com recursos do Fundo de Garantia.

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X. Dos prejuízos aos empregadores: No primeiro aspecto, o provimento dos pedidos afeta os encargos dos débitos dos

empregadores para com o FGTS. A majoração do fator de correção afetaria inclusive valores constantes em contratos de parcelamentos vigentes e execuções fiscais.

O impacto, além de econômico, refletiria no social, na menor assimilação da força

de trabalho pelo mercado, causando danos incomensuráveis à sociedade em geral, em decorrência do incremento de encargos decorrente da aplicação dos mesmos índices aos depósitos em atraso dos empregadores.

Tal ônus importaria em fatores adicionais de dificuldade financeira para as

empresas e fragilizaria a capacidade de recuperação de uma carteira de débitos, da ordem de R$ 18 Bilhões.

Por outro lado, não se pode olvidar que o saldo da conta do FGTS é base de

cálculo para verbas indenizatórias trabalhistas, e em caso de provimento da ação, com efeitos retroativos, formar-se-á um absurdo passivo trabalhista, já que todas as demissões sem justa causa nos últimos dois anos serão questionadas, haja vista a mudança da base de cálculo da indenização por demissão sem justa causa.

Isso significa quebrar todo o planejamento de custos das empresas e seu

planejamento financeiro como um todo, com riscos incalculáveis.

XI. Do triste histórico de ações judiciais pleitean do a troca de índices: Ações visando a troca de índices de correção de contratos não são novidade no

Judiciário. Também não é novidade que se tratam de mero casuísmo, haja vista perceberem determinado índice em um momento, ignorando a oscilação na série histórica.

Tais pedidos, muitas vezes acatados pelo Judiciário, geraram decisões

francamente contrárias aos interesses dos autores, haja vista que o índice mais favorável ao tempo do ajuizamento, pode tornar-se mais lesivo em seguida.

É possível observar o alegado nos exemplos abaixo. Exemplo 1 - No SFH: Na década de 1990, inúmeras ações questionaram a TR como índice de correção

do saldo devedor do SFH, pleiteando sua troca pelo INPC. Tais pedidos obtiveram êxito. Contudo, no momento da execução, os mutuários perceberam que o pedido provido aumentava o saldo devedor.

Como medida de boa-fé, o FGTS jamais deu cumprimento a tal parte dos

julgados, informando ao juízo que a implantação desse ponto da sentença era prejudicial aos mutuários, no que, por óbvio, jamais foi questionado pelas partes.

Como regra, em sede de contestação, recursos, etc., a CAIXA informou que o

pedido era prejudicial ao mutuário. Exemplo 2 - CREDUC – Crédito Educativo: O CREDUC também foi objeto do mesmo problema. A título de exemplo

podemos observar o recente o julgado do TRF1, do dia 30.04.2013, na Ação civil Pública n.º 00133417020014013500.

O MPF, dentre outras coisas, pleiteou a troca da TR pelo INPC como índice de

correção do CREDUC, tendo seu pleito provido. Contudo, somente após o apelo da CAIXA, o MPF deu-se conta de que o índice aplicado era prejudicial aos beneficiários do programa.

A situação foi resolvida no TRF1, que se viu forçado a estranho julgado, no qual

dá provimento a apelo do MPF (e da CAIXA), embora o pedido do MPF tenha sido provido:

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“Ante todo o exposto, dou parcial provimento aos recursos de apelação interposto pela CEF e pelo MPF para manter a utilização do indexador TR para o recálculo dos saldos devedores dos contratos de crédito educativo....” Tais exemplos comprovam que ações de troca de índices, além de ferirem os

contratos, têm-se mostrado prejudiciais aos autores. Não pode o Judiciário, a cada momento, deferir um índice de correção, à revelia da lei. A presente ação, que hoje quer afastar a TR, amanhã pode ser sucedida por outra pedindo seu retorno. Não é possível viver sob tal insegurança jurídica. 3.4) DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL

Na hipótese de ter também requerido a condenação da Caixa em danos morais, impende frisar que em momento algum a parte demandante demonstrou qual o constrangimento ou situação vexatória a aplicação da Taxa Referencial teria causado.

Bem pensadas as coisas, é preciso ter em mente que, ainda que este juízo

considere procedente a substituição da TR por outro índice, eventual dano sofrido pelo autor foi exclusivamente patrimonial, não repercutindo qualquer depreciação à sua subjetividade ou à sua imagem. Portanto, não há qualquer direito à indenização por parte do autor, visto que não houve violação aos seus direitos à personalidade.

Por conseguinte, não merece provimento os pedidos do autor, pois o fato tem

apenas âmbito patrimonial, não repercutindo na esfera da personalidade. 4) DA AUSÊNCIA DOS REQUISITOS PARA CONCESSÃO DA TUT ELA ANTECIPADA

Restou fartamente demonstrada a ausência do fumus boni iuris na medida em

que o pedido do autor é contra legem. Além de o pedido ser contrário a expresso dispositivo legal, o autor em nenhum momento argüiu a inconstitucionalidade ou ilegalidade dos dispositivos legais que instituíram a TR como índice de remuneração das contas vinculadas do FGTS.

Quanto ao periculum in mora, necessária demonstração de fundado receio de ocorrência de lesão grave e de difícil reparação, incumbindo ao autor o ônus das respectivas provas. Ora excelência, o índice questionado pelo autor foi instituído em 1991, sendo que ele questiona sua idoneidade para remuneração das contas a partir de 1999, o que por si só é suficiente para demonstrar a total ausência de urgência na concessão da medida.

Por outro lado, o artigo 273, §2º do CPC dispõe que não se concederá a

antecipação de tutela quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado, o que é evidente no caso em tela, na medida em que há diversas hipóteses legais que autorizam a movimentação da conta vinculada por parte do trabalhador. Considerando o grande número de contas vinculadas, presente o risco de irreversibilidade da medida haja vista a dificuldade/impossibilidade de a CAIXA reaver eventuais valores creditados.

Considerando que os fatos a que o autor se insurge remontam há mais de 15

anos e o pedido é reconhecidamente contra a lei, inexiste fundamento para concessão da tutela antecipada pleiteada. 5) DO RESUMO

Em resumo, em sua defesa a CAIXA logrou demonstrar:

a) aplica-se na espécie a prescrição qüinqüenal consagrada no Recurso Extraordinário 709.212/DF, pois, além de buscar a cobrança de valores de FGTS, a presente demanda foi ajuizada após o dia 13/11/2014.

b) a necessária suspensão dos feitos individuais/coletivos em função da decisão proferida no Recurso Especial nº 1.381.683 - PE (2013/0128946-0) e do recebimento da Ação Civil Pública número 5008379-42.2014.404.7100 com abrangência nacional;

c) a inaplicabilidade das ADIN’s 4.357 e 4.425 como precedentes para o FGTS; d) a modulação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade nas ADIN’s 4.357 e

4.425 manteve a vigência da TR para os precatórios e para o FGTS;

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e) a lei determina a aplicação da TR para remuneração do FGTS; f) não serve de parâmetro para declaração de inconstitucionalidade dos artigos 13 da Lei

8.036/90 e 1º e 17 da Lei 8.177/91 o julgamento proferido pelo STF nas ADIs 4425 e 4357;

g) a pretensão autoral não apresenta nenhum fundamento referente a eventual inconstitucionalidade e/ou ilegalidade da lei que impõe a TR e sua aplicação no FGTS;

h) a CAIXA, como ente operador do FGTS deve cumprir estritamente o disposto na Lei n.º 8.036/90;

i) a CAIXA não possui discricionariedade para aplicar índice não previsto em lei (princípio da legalidade);

j) a metodologia de cálculo da TR compete ao CMN, e a aplicação do redutor compete ao BACEN;

k) o pedido autoral foi devidamente rejeitado pelo Congresso Nacional, ao não aprovar o PL 193/2008 (princípio da separação dos poderes);

l) a substituição de índices, conforme requerida, traz gravíssimos reflexos para todo o Sistema Financeiro Nacional, não havendo sequer como mensurar o seu impacto danoso.

m) a inexistência de dano moral no caso dos autos.

DA CONCLUSÃO

Ante o exposto, pugna pelo não provimento do Recuso, mantendo-se, em qualquer caso, a sentença vergastada pelos seus pró prios fundamentos.

Termos em que, pede juntada e deferimento.

Feira de Santana, 20 de setembro de 2016

IURI DE CASTRO GOMES

Advogado – CAIXA

OAB/BA 34.044

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Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

e-DJF1 Ano VIII / N. 177 Caderno Administrativo Disponibilização: 21/09/2016

Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária de Roraima.

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Lei 11.419, de 19 de dezembro de 2006. Art. 4º, § 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico; § 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao considerado como data da publicação.

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Não há atos administrativos a serem divulgados nesta datapara Seção Judiciária do Acre.

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