PORTFÓLIO 2007Goiânia, 2008

ESTADO DE GOIÁS

GOVERNADOR

DR. ALCIDES RODRIGUES

SECRETÁRIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROFª DRª MILCA SEVERINO PEREIRA

CENTRO DE ESTUDO E PESQUISA “CIRANDA DA ARTE”

DIRETORA

PROFª LUZ MARINA DE ALCÂNTARA

SECRETÁRIA

MARLENE SOLANGE DE MELO MOURA

COORDENADOR PEDAGÓGICO

PROFº MS. HENRIQUE LIMA ASSIS

ApresentAção

paulo freire

O presente portfólio consiste na compilação das ações cotidianas mais relevantes do Cen-tro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte”, permitindo, de forma diagnóstica e contínua, o acompanhamento, reflexão e avaliação dos trabalhos desenvolvidos durante o ano de 2007. Assim, configura-se como instrumento de documentação e paradigma para futuras ações.

“Ensinar exige o reconhecimento e a assunção da identidade cultural”

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GerAl

específicos

Sistematizar as ações elaboradas e desenvolvidas ao longo do ano de 2007, materializando as identificações culturais, conceituais e pro-cedimentais do Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte”.

Propiciar o registro, análise e acompanhamento das ações cotidianas;

Estabelecer um referencial para a consolidação dos projetos de trabalho a serem desenvolvidos;

Organizar, documentar e arquivar elementos para pesquisas e/ou consultas, e/ou reflexão contextualizada, gerando a construção de con-hecimentos;

Colecionar materiais referentes às ações realizadas, tais como fotografias, folders, cartazes, registros escritos e imagéticos, avaliações, desenhos, entre outros;

Socializar os registros, promovendo outras reflexões e encaminhamentos;

Apresentar, de forma objetiva e estética, o trabalho realizado pela instituição.

objetivos

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O Coro Ciranda da Arte surgiu no ano de 2004, a partir da formação de professores do Projeto Música na Escola, da Secretaria de Educação do Estado de Goiás, desenvolvendo repertório baseado princi-palmente na música popular brasileira, com características próprias na apresentação das peças real-izadas. Participa de várias apresentações em Goiânia e região, como encontros de corais, abertura de congressos, seminários e eventos diversos, sendo alguns de caráter voluntário e também pequenos concertos didáticos, divulgando o canto coral entre as crianças e a formação de platéia nas escolas da rede pública.

O grupo é composto por 22 regentes de corais das escolas estaduais de Goiânia, e esteve em 2007 sob a direção artística de Luz Marina de Alcântara, regência de Sérgio de Paiva, preparação vocal de Edson Marques e direção cênica de Rodrigo Jubé.

Embora tendo a música popular brasileira como referência, o Coro Ciranda da arte prima por um repertório bastante eclético, que vai desde o erudito ao popular, transitando pela música folclórica, infantil, sacra e peças em outras línguas, dando assim uma característica própria de interpretação a cada peça realizada. Já fez apresentações em Goiânia e por todo o Estado de Goiás, e no ano de 2007 foram realizados diversos projetos, estando presente em Encontro de Corais, aberturas de Congres-sos, Seminários e eventos diversos, como pequenos concertos didáticos, divulgando o canto coral entre as crianças, e proporcionando o desenvolvimento da formação de platéia nas Escolas da rede pública. O grupo musical procurou ainda contribuir com os eventos ligados à Secretaria de Educação, fomentando e promovendo a compreensão da música coral como meio importante de expressão artística no contexto atual.

Ações culturAis e pedAGóGicAs

coro “cirAndA dA Arte”

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Integrantes do Coro “Ciranda da Arte”:

Sopranos: Auriana Motta, Bianca Almeida, Micheline Almeida, Sheilla Penna e Valeria Mendes.

Contraltos: Célia Ricardo, Luz Marina de Alcântara, Roberta Borges e Tatiane Rodrigues.

Tenores: José Ricardo Eterno, Luis Espíndola, Marcos Guimarães e Vanderley Guimarães.

Baixos: Antonio Cardoso, Edson Marques, Getúlio Chartier e Vinicius Carneiro.

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O Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte” tem como premissa a formação continuada dos professores que min-istram a disciplina Arte, devido à realidade local da falta de profissionais com habilitação específica na área, e, partindo dessa premissa, propôs 27 cursos de capacitação nas lingua-gens Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, com o quantita-tivo de 320 professores/alunos inscritos.

cursos de formAção continuAdA

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1. Percutindo na Sala de Aula

2. Arte, Cultura e Ensino: Abordagens Contemporâneas

3. Diversos Sons: escuta diferenciada

4. Dançando e educando I

5. Laboratório de Criação de Imagens em Mídias Digitais

6. A Interpretação Através dos Sentidos

7. História, Produção e Reflexão em Artes Visuais

8. Contar Histórias

9. Teatro na Escola: Concepções e Métodos

10. Orientação pedagógica para a Formação de Instrutores de “Linha de Frente”

11. Iniciação ao Xadrez

12. História, Produção e Reflexão em Artes Visuais II

13. Regência Coral

14. Xadrez – Jogo, Arte, Ciência: Resolução

1º semestre 2007

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1. Arte, Cultura e Ensino: Abordagens Contemporâneas

2. Contar Histórias

3. Dançando e Educando II

4. Diversos Sons: escuta diferenciada

5. Fundamentos da Regência em Banda

6. Laboratório de Criação de Imagens em Mídias Digitais

7. Metodologia Coral II

8. Orientação Pedagógica para a Formação de Instrutores de “Linha de Frente”

9. Poéticas Contemporâneas: Uma proposta educativa

10. Teatro na Escola: Concepções e Métodos

11. Xadrez – Jogo, Arte, Ciência: Resolução

2º semestre 2007

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seminário de ensino de Arte: desAfios e possibilidAdes contemporâneAs

O I Seminário de Ensino de Arte: desafios e possibilidades contemporâneas, evento de caráter local, agregou 260 professores da Subsecretaria Metropolitana de Educação, com o intuito de promover a reflexão sobre a formação continuada destes profissionais, enfocando aspectos da arte educação contemporânea, em suas diversas linguagens.

O Seminário contou com apresentações artísticas do Coro do Ciranda e do Grupo Teatro Ritual. A mesa redonda foi formada pelas professoras Dra. Alice Fátima Martins – FAV/UFG, Dra. Valéria Figueiredo – FEF/UFG, Dra. Ângela Barcelos – EMAC/UFG e Ms. Gilka Martins de Castro Campos – EMAC/UFG, que abordaram temas referentes às quatro linguagens artísticas, e com sessão de comunicações pro-feridas por professores da rede estadual de ensino, que relataram experiências com projetos realiza-dos.

A Profª. Drª. Alice Fátima iniciou a fala do dia com uma discussão relativa às imagens em movimento: imagens analógicas e digitais, discursos visuais sobre o mundo, discutindo as inserções das imagens em movimento nas aulas de Artes Visuais, que influem na formação das visões de mundo na con-temporaneidade, e a banalização dos processos de produção de imagens. Declara que a maioria da população (em média 70%) possui acesso à veiculação da imagem em movimento através da tele-visão, e que grande parte de nossos alunos têm acesso às imagens digitais, através de sites, celulares, câmeras, etc... “Estamos em uma nova era de produção de imagem, portanto devemos construir narrativas com nossos alunos dentro dessa nova perspectiva, trabalhando também no sentido de ampliar esse acesso, visto que não é toda a população que se enquadra nesse processo; grande parte de nosso alunado ainda pertence àquela parcela que está lutando por direitos básicos de so-brevivência”.

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Comenta a questão de se veicular a apreciação de vídeos na escola, aos conteúdos que são trabalhados , ou seja: o cinema aparece na es-cola nunca pelo prazer, ou na perspectiva do próprio cinema, mas sempre como instrumento para outros conteúdos, sejam eles de arte ou de outras áreas. Segundo ela o cinema, quando vai à escola, promove entre alunos e professores percepções de mundo enriquecedoras.

Na seqüência a Profª. Dr.ª Valéria Figueiredo, aborda o tema : “Gente em cena”: Fragmentos e memórias em Dança em Goiás. Para ela ; “a arte é um universo sofisticado, e a educação também, e vincular essas duas perspectivas não é tarefa simples. O que ocorre na escola e de maneira geral são produções muito aquém do universo da arte. Por que será que o que vemos na cultura, em geral, é tão instigante, e a proposta da escola se faz tão menor, especificamente na área de Dança?”. Argumenta que o professor é o sujeito desse processo, e a sua formação é fundamental, mas o repertório do professor de Dança ainda é bastante limitado. A linguagem da Dança Contemporânea é rica e diversificada, mas isso não chega ao âmbito da escola, visto que há muita dificuldade para o acesso a esse universo, não existindo acervos, partituras ou quaisquer outros subsídios que possam enriquecer a Dança/Educação. A Profª Valéria Figueiredo enfatiza também que é necessário compreender melhor a linguagem “Dança”, que começa a partir do próprio corpo, e sua relação com as demais disci-plinas do currículo. Segundo ela, novos campos epistemológicos estão surgindo no âmbito da educação geral, porque a escola na contem-poraneidade exige uma formação humana integral, e temos que dar conta desses novos campos. Apresenta um vídeo elaborado por ela, na cidade de Santa Cruz de Goiás, resgatando memórias da Dança popular folclórica, que remete à várias significações, na relação corpo/cultura.

A fala da Profª. Ms. Gilka Martins, enfocou a formação do Professor de Música no ensino regular, pois percebe a ausência de professores de música nas escolas públicas de ensino básico. “Devemos travar uma luta não apenas ideológica, mas sobretudo prática, para garantir o espaço do ensino de arte em suas diversas linguagens”. Comenta, também, que a lei 5692/71, garante o ensino de arte na educação brasileira, mas que não apresenta contornos definidos, e como conseqüências temos então um ensino “flutuante”, instalando-se a partir daí a polivalência, e as licenciaturas em arte, com abordagens em que o professor estaria supostamente formado/habilitado para minis-trar as quatro linguagens: Artes Visuais, Dança, Teatro e Música. Para ela, essa formação seria precária para atender ao que se propõe.

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A arte deve estar presente na escola, coloca, mas não com um único professor abordando as quatro linguagens, sendo ideal ainda que a escola garantisse um professor especialista para cada linguagem. Para ela, a prioridade do ensino não é formar músicos, artistas plásticos, atores ou dançarinos, mas oferecer aos alunos possibilidades de escolhas e o acesso às produções culturais. O grande desafio neste momento é desenvolver uma visão crítico-reflexiva de mundo, a partir do ensino de arte, e para tanto investir na formação do professor redefinindo, em primeiro plano, o papel da universidade, que deve inserir o professor no universo da escola, sobretudo pública, preparando-o para os desafios concretos da contemporaneidade.

Na alocução da Profª Angela Barcelos, de Artes Cênicas, a mesma discute o conceito de “cultura”: Cultura é todo fazer humano que remete a algum significado, não se restringindo ao campo das artes; “não existe povo sem cultura ou sem arte, o que existem são pessoas sem consciência desses signifi-cados”. Para ela, as “culturas” estão muito fragmentadas, a totalidade vai se perdendo e essa é uma característica do mundo atual, sendo que tal fragmentação chega às disciplinas do currículo escolar.

Existe lá a cadeira da matemática, da língua portuguesa e outras, enquanto que para as artes, são reservadas uma ou duas “aulinhas semanais”. Ressalta que a arte possui sua epistemologia própria, e que freqüentemente é utilizada para instrumentalizar outras disciplinas, ou de outras vezes se re-sume às técnicas. Aborda a ludicidade no contexto da educação: o brincar é vetado dentro da escola, que vem com um peso enorme de atividades “sérias”, onde o jogo não é levado em consideração. Ao se jogar, lida-se com regras, normas, organização, que promovem a aprendizagem, visto que o teatro lida com o lúdico.

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Comenta a corrente contextualista presente nas escolas, que considera que a arte é importante para “ajudar” ou “facilitar” o ensino das outras disciplinas, por exemplo, desenhar para ilustrar uma aula de ciências, aprender matemática cantando ou criar uma pecinha teatral para apresentar um texto de língua portuguesa. Não que isso não possa ser feito, mas a arte deve ser pensada como campo específico. Ressalta que a carga horária em arte é insuficiente, sobrecarregando os professores de turmas, e o número de alunos compromete o es-paço para planejar e avaliar adequadamente, visto que o professor deve assumir várias escolas para completar a sua jornada, e em decor-rência disto muitas vezes não participa do planejamento coletivo ou dos conselhos de classe.

Em sua primeira edição, objetivou apresentar somente as práticas educativas desenvolvidas pelos professores do Centro de Estudo e Pes-quisa “Ciranda da Arte”, tais como, Olhares Eletrônicos: uma experiência com a cultura visual, Contexto Histórico das Bandas Marciais em Goiás, Bandas e Fanfarras na escola: uma visão a partir das linhas de frente e balizas, PAME: Projeto, Arte Museu na escola, Antropologia teatral: uma experiência viva e flexível da aprendizagem na escola, A sensibilização como proposta metodológica do ensino de arte, O artista na escola: diálogos possíveis, Projeto sementes: uma proposta interdisciplinar com os sons cerrado.

Após as apresentações os professores/participantes debateram e refletiram a partir das experiências apresentadas, estabelecendo rela-ções com seus contextos e práticas. A profa. Luz Marina de Alcântara encerra o Seminário agradecendo a presença de todos e convida para a tradicional Ciranda, dança que sempre as atividades dos Centro de Estudo e Pesquisa.

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ii seminário de ensino de Arte: desAfios e possibilidAdes contemporâneAs

O II Seminário de Ensino de Arte agregou 310 professores das Subsecretarias: Metropolitana, Anápo-lis, Aparecida de Goiânia, Inhumas e Trindade, com o intuito de promover a reflexão sobre o ensino e a formação continuada, enfocando aspectos da arte/educação contemporânea, em suas diversas lin-guagens. Na abertura do evento o Grupo de dança Ciranda da Arte apresentou coreografia intitulada “corpo ema”, encerrando e abrindo os outros momentos do Seminário, o Coro do Ciranda e o Teatro Ritual apresentaram suas performances.

A programação do II Seminário foi organizada contemplando credenciamento, sessão de abertura, palestra, relatos de experiências e apresentações artísticas, tendo como palestrante a Profª Dra. Irene Tourinho, que apresentou o tema de sua pesquisa, o que os alunos querem aprender em arte, abordando aspectos de currículo, saberes e práticas relacionadas à arte, estética e as questões de inclusão e exclusão na escola. Abordou ainda a interdisciplinaridade, apresentando pesquisa com dados das escolas colhidos a partir de estudantes entrevistados, que revelam questões que fazem repensar as ações de postura, de gênero, de escolhas e de afetividade presentes no currículo esco-lar. Os questionamentos feitos pelos professores presentes são comentados e/ou respondidos pela Profª Dra. Irene Tourinho, que comenta a prática de se elaborar o currículo “antes” de se conhecer a realidade com a qual se vai trabalhar. Segundo ela o currículo precisa ser baseado nos interesses dos estudantes, que podem ser captados no próprio cotidiano escolar.

Também participaram do evento professores da rede estadual de ensino, que apresentaram relatos de experiências desenvolvidas nas escolas da rede pública onde atuam, abordando temáticas que envolvem a dança, teatro, as artes visuais e audiovisuais e a música. Ou seja: Grupo de estudo e pes-quisa em Dança; Teatro na escola: possibilidades; Projeto Audiovisua;, Todo dia é dia de Músia;, Rep-resentações da linguagem da Dança na Escola Estadual Vandy de Castro, O ensino coletivo de violão, As visualidades do contexto urbano numa perspectiva futurista e Uma proposta de artes integrada no Colégio Estadual Criméia Oeste.

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i encontro de professores de projetos de AtividAdes educAcionAis complementAres em Arte

O I Encontro de Professores de Projetos de Atividades Educacionais Complementares em Arte foi proposto como mecanismo de avaliação, formação e acompanhamento dos professores envolvidos, abrangendo a todas as Subsecretarias do Estado que desenvolvem esses projetos, consistindo, ainda, em conhecer as orientações para a elaboração, desenvolvimento e sistematização dos Projetos de Atividades Educacionais Complementares - PRAEC. Reuniu aproximadamente 140 professores que desenvolvem projetos de Artes Visuais, Bandas, Fanfarras e Linhas de Frente, Contação de Histórias, Coral, Dança, Ensino coletivo de Violões e Teatro, proporcionando momentos de trocas de experiên-cias e aprofundamento teórico, metodológico e prático.

Os momentos de discussão, de reflexão e de trocas de experiências favoreceram a reflexão individual e coletiva sobre as práticas pedagógicas, abrindo perspectivas para novas abordagens ligadas, espe-cificamente, às atividades desenvolvidas no contra-turno. Para tanto, organizamos diversas oficinas que atendecem as diferentes realidades, assim sendo, tivemos reflexões em torno da arte de contar histórias; do ensino coletivo nas Bandas escolares; da Linha de Frente; da Dança e suas implicações na educação estética; do Teatro e suas implicações na educação estética e das Artes Visuais e suas implicações na educação estética.

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i encontro ‘‘discutindo Arte nA escolA’’

Este encontro surgiu da necessidade de se discutir a Arte no contexto escolar enquanto área do conhecimento, que possui saberes e legis-lações próprias, agregando coordenadores e duplas pedagógicas da Subsecretaria Metropolitana e Subsecretarias de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Inhumas e Trindade.

Considerando a importância de fortalecer o trabalho em equipe, que vem sendo fomentado no âmbito das unidades escolares e outros segmentos, o evento foi proposto como mecanismo de interação entre as equipes pedagógicas e professores que ministram a disciplina Arte, buscando a compreensão dos princípios epistemológicos que permeiam o ensino nessa área para então construir, a partir dessa compreensão, uma relação de mútuo entendimento e cooperação no espaço escolar.

A Profª Luz Marina de Alcântara apresenta o histórico do Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte”, e a seguir o Profº Ms. Henrique Lima enfoca temas pertinentes à história do ensino de arte, sua institucionalização e legislação. Aprofunda o conceito de Cultura, a partir das teorias de Roque Jacinto Laraya (1999), dissertando sobre as diversidades culturais e a hegemonia cultural tão arraigadas no contexto escolar. Comenta ainda o entendimento da Arte enquanto disciplina, apontando para uma reflexão na qual a Arte é um fenômeno esté-tico, expressivo e comunicável de significados com linguagens artísticas próprias. Aborda as concepções contemporâneas de Arte Educa-ção, da mediação e da importância de “alimentarmos” os indivíduos com repertórios específicos de cada linguagem, compreendendo a Arte como componente cultural.

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Sobre a modernidade cita John Dewey e suas abordagens, enfatizando como elas se traduziram em nosso país; ressalta Herbert Read e como suas abordagens influenciaram a Arte, colocando-a como base da educação. Cita a LDB nº 5692/71, que institucionaliza a polivalência, e sobre o Pós Modern-ismo discute a respeito do fortalecimento das questões epistemológicas, políticas, filosóficas e prag-máticas do ensino de Arte. Em relação à LDB nº 9394/96 relembra a prática especialista, os Parâmet-ros Curriculares Nacionais - Arte e as concepções de outros modos de perceber o movimento, o som e as imagens do cotidiano e da cultura visual. Deste período, cita os marcos importantes que contribuíram para a consolidação da História do Ensino de Arte em Goiás: Escola de Arte Veiga Valle, em 1997, a implementação da Licenciatura à distância na UFG que formará em 4 anos cerca de 400 professores no Estado, o 1º concurso público para a disciplina Arte em 2003, a criação do Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte” em 2004 e o 2º Concurso público para a disciplina Arte em 2005. Também foram citados os Projetos de Atividades Educacionais Complementares em Arte.

O evento contou com 280 participantes da Subsecretaria Metropolitana, 130 de Anápolis, 122 de Aparecida de Goiânia, 90 de Inhumas e 140 de Trindade, entre Coordenadores, Duplas Pedagógi-cas e professores de Arte.

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reorientAção curriculAr

As ações deste Centro de Estudo e Pesquisa foram ampliadas no ano de 2007, incluindo a construção e implementação curricular em Arte, em parceria com a Superintendência do Ensino Fundamental, conforme Cartilha – Diretrizes 2008.

A Reorientação Curricular iniciou-se no segundo semestre do ano de 2007, por meio de encontros com os professores das Subsecretarias Regionais, onde foram apresentadas fundamentações teóricas sobre o ensino de Arte e vivências práticas nas áreas de Artes Visuais, Te-atro, Dança e Música.

Em Goiânia tivemos uma experiência um pouco diferenciada, em razão de existir um diálogo mais amadurecido sobre a área, o que se tem construído com nossa parceria, ou seja, por meio dos cursos oferecidos pelo “Ciranda da Arte”. Soma-se a isso que parte dos professores têm graduação específica na área, o que ocorre pouco nas subsecretarias regionais. Esse fator nos coloca numa perspectiva mais “confor-tável” e mais dialógica nessa Reorientação.

Na Subsecretaria Regional de Aparecida de Goiânia tivemos oportunidade de conhecer mais a realidade daquele município, e igualmente discutir as possibilidades de ensino que estejam mais próximas daquela localidade, o mesmo ocorrendo com a Subsecretaria Regional de Inhumas, onde pudemos contar com a participação do Professor Franco Pimentel da área de teatro, e nesta oportunidade fazer uma “ligeira” mostra da proposta curricular nas áreas de Artes Visuais, Teatro e Música, além de desenvolver vivências práticas. Em Santa Hel-ena de Goiás a Reorientação esteve voltada para a fundamentação da área, e o encontro foi bastante proveitoso, havendo muitos pedidos por oficinas. No município de Campos Belos foi necessário fundamentar mais o ensino de Arte devido não haver nenhum professor com formação específica.

A Reorientação Curricular prevê, para os próximos anos, alcançar em média 3.000 professores em 256 municípios, nas 38 subsecretarias do Estado.

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construção dA propostA curriculAr do ensino fundAmentAl

A construção de uma proposta curricular em Arte surge da necessidade de se estabelecer uma unidade teórico-metodológica consistente, construída coletivamente, servindo como ponto de partida aos professores da Rede, que longe de ser uma imposição, ou mesmo de dar-se como pronta e acabada, deve possibilitar abertura para outras reflexões e posicionamentos por parte dos professores, garantindo novos acréscimos e/ou alterações segundo as prioridades de cada tempo e espaço.

A equipe de professores do “Ciranda da Arte” incumbe-se de compor essa proposta curricular, juntamente com a Superintendência do Ensino Fundamental, de acordo com os pressupostos educacionais da atualidade e sem perder de vista o contexto sócio-cultural de alunos e professores, que são os protagonistas dessa trajetória. Para tanto, tem realizado estudos em Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, elab-orando currículos específicos para as quatro linguagens e deste modo garantindo que os professores façam escolhas conscientes sobre a linguagem em que vão atuar, descartando assim uma prática polivalente e oferecendo suporte por meio da Reorientação Curricular.

Diante da complexidade que sempre envolve o “gestar” de um novo currículo, e ainda da necessidade de maior abrangência e aprofunda-mento nas discussões que ora iniciam, essa tarefa não pode ser concluída em curto espaço de tempo, visto que gera desdobramentos que levam a repensar, reformular e trabalhar sobre possibilidades que surgem à medida que a proposta curricular se delineia. Estão previstos, portanto, para o ano de 2008, encontros em vários pólos da Secretaria de Educação, que agregam as S.R.Es de todo o Estado, e nestes en-contros a proposta é a implementação do currículo, “vivenciando-o” de forma coletiva, coletando dados, sugestões e encaminhamentos de acordo com as expectativas dos professores envolvidos.

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O Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte”, numa ação conjunta com a Secretaria de Estado da Educação, participou da 1ª Mostra de Conhecimento, Cultura e Arte e 13ª Feira de Ciências, no pátio do Flamboyant Shopping Center, organi-zando e estruturando apresentações das produções artísticas desenvolvidas nos projetos das unidades escolares na área de Arte (Coral, Dança e Teatro).

1ª mostrA de conhecimento, culturA e Arte e 13ª feirA de ciênciAs

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conselho escolAr

Estas ações, desenvolvidas enquanto rotina de trabalho desta instituição, oferecem suporte a todas as ações pedagógicas e administrativas que abrangem o ensino de Arte.

O Conselho Escolar Ciranda da Arte, entidade autônoma, sem fim lucrativo, nos termos da Lei Estadual nº 13.666, de 27 de julho de 2000, alterada pela Lei Estadual nº 14.306, de 12 de novembro de 2002, com sede e foro jurídico no Centro de Estudo e Pesquisa “Ciranda da Arte” foi implantado em 1º de setembro de 2005 com o objetivo de promover a dinamização e a autonomia do Centro de Estudo e Pes-quisa Ciranda da Arte, abrindo espaço para a participação de todos os seus segmentos nas decisões relacionadas aos eixos pedagógico, administrativo, financeiro e relacional visando seu aperfeiçoamento e enriquecimento.

A eleição para o segundo mandato de Conselheiros realizou-se no dia 29 de outubro de 2007 para o biênio 2008/2009, e compõe-se de 15 (quinze) membros, com os respectivos cargos:

1. Presidente – Ana Rita da Silva

2. Vice-Presidente – Ana Paula Blotta Ruggiro

3. Secretária – Shirlene Álvares da Silva

4. Comissão de Execução Financeira – Marlene Solange de Melo e Moura, Lana Costa Faria e Rosirene Campêlo dos Santos

5. Conselheiros – Luz Marina de Alcântara e Fernando Alves Rocha

6. Conselho Fiscal – Sidimar Silva Mariano de Rezende, Fernanda de Paula Rocha e Henrique Lima Assis

O Conselho Escolar Ciranda da Arte encontra-se inscrito no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) nº 07.966.876/0001-36.

Ações AdministrAtivAs do “cirAndA dA Arte’’

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projeto Arte educAção

O projeto Arte Educação, realizado pela Fundação Jaime Câmara em parceria com a Secretaria Estadual de Educação e Secretaria Munici-pal de Educação de Goiânia, é um programa de apoio à educação formal, que oferece à comunidade estudantil carente, de 06 a 14 anos, acesso às atividades artísticas e culturais em horário inverso ao ensino regular.

O projeto é organizado em quatro núcleos, atendendo cerca de 800 alunos através das seguintes atividades: artes visuais, teatro, capoeira, dança, percussão, coral, ler e escrever, cantinho da leitura, xadrez, inglês, atendimento psicológico e visitas a centros de difusão cultural:

A cada ano, o projeto Arte Educação tem definido um eixo temático, para que as diversas linguagens do projeto trabalhem de forma interdisciplinar, transformando o saber do aluno em um saber situado, contextualizado. Esse eixo temático visa também dar continuidade aos temas trabalhados anteriormente, e depois de pré-estabelecido é discutido com os professores durante as primeiras semanas de planejamento, definindo assim o que cada linguagem trabalhará no seu plano anual. Para o ano de 2007 definiu-se como eixo temático “O Percurso da Arte Brasileira” (de 1922-2007), dividindo os bimestres da seguinte maneira:

• Primeiro bimestre: O Percurso da Arte Brasileira da semana de 22 até 1980: Do moderno às novas tendências.

• Segundo bimestre: O Percurso da Arte Brasileira de 1980 à 2000: A Pop na Arte

• Terceiro bimestre: O Percurso da Arte Brasileira de 2000 à 2007...: A arte atual e futura

• Quarto bimestre: Revisão, montagem de espetáculo e apresentação final.

pArceriAs

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culminânciAs

As culminâncias são apresentações feitas nos núcleos, para os pais, amigos e comunidade em geral, onde os conteúdos trabalhados durante o bimestre são reunidos e apresentados de forma interdisciplinar, com um roteiro elaborado por to-dos os professores e dirigido pelos professores de teatro dos núcleos.

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Informações:

62 3261 6619

62 3201 3263

Rua 227-A, Setor Leste Universitário (Atrás da Cical)

Goiânia - Goiás

cirandadaarte@hotmail.com