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SEGUNDA LICENCIATURA EM INFORMÁTICA
EDILSON ARAUJO DO NASCIMENTO
PORTFÓLIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II
NOVA ANDRADINA/MS
2012
EDILSON ARAUJO DO NASCIMENTO
PORTFÓLIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II
Portfólio apresentado ao Curso de Segunda
Licenciatura em Informática, da Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul, como requisito
parcial à conclusão da Disciplina de Estágio
Curricular Supervisionado II sob a orientação
dos Professores Azenaide Abreu Soares Vieira e
Antonio Sales.
NOVA ANDRADINA/MS
2012
INTRODUÇÃO
Como parte da grade curricular do Curso de Segunda Licenciatura em
Informática, o Estágio Curricular Supervisionado II, iniciado no dia 10 de Fevereiro
de 2012, sendo orientado pelos professores Antonio Sales e Azenaide Abreu Soares
Vieira, o estágio contou com uma carga horária de 68 horas, distribuídos em 36
horas presenciais e 32 horas com atividades não presenciais.
No primeiro encontro da disciplina de Estágio Curricular Supervisionado II ocorrido
no dia de 10 de fevereiro foi destinado para apresentação da disciplina, da carga
horária, dos objetos, bem como sobre o portfólio a ser desenvolvido e entregue ao
final d semestre, em seguida foram sugeridos dois textos para reflexões, o primeiro
“Professor – Acadêmico ou Acadêmico – Professor: Pontos e Contrapontos”, o
segundo “Formação do professor em curso de Segunda Licenciatura”, ambos os
textos dos autores Antonio Sales e Azenaide Abreu, podendo essa atividade
reflexiva ser feita em grupos, e ao final desse dia teve se um momento para
fazermos alguns levantamentos da “Problematização da prática e Sugestões”,
voltada para o estágio curricular supervisionado II.
Dentre as atividades avaliativas não presenciais, a primeira foi assistir ao vídeo “A
futuro da escola – Parte I”, um debate dos educadores Paulo Freire e Seymour
Papert, sendo que para tanto essa atividade teve por objetivo provocar em nós
educadores reflexões teóricas acerca de nossa prática pedagógica. Essa atividade
reflexiva pode contribuir para que nós educadores pudéssemos ver como dois
grandes educadores como Paulo Freire e Papert pensam acerca da escola de hoje e
a do futuro, e também das relações humanas existentes dentro da escola,
principalmente a relação professor – aluno.
Um segundo encontro presencial ocorrido no dia 17 de fevereiro, onde inicialmente
tivemos alguns minutos para postagem das análises críticas acerca dos textos
sugeridos no primeiro encontro presencial, isso para aqueles que eventualmente
ainda não tivessem postados essa atividade no portfólio do estágio, e após esse
momento passamos para algumas discussões sobre os textos lidos, onde tanto o
professor do estágio e os acadêmicos puderam fazer suas argumentações e ideias.
E na parte final foram dessa aula também foram feitas discussões sobre os vídeos
propostos para a primeira atividade avaliativa não presencial, bem como orientações
para a próxima atividade a ser realizada na semana seguinte. A segunda atividade
avaliativa não presencial consistia em assistir um terceiro vídeo sobre o debate entre
Freire e Papert, no qual era uma continuidade dos vídeos já assistidos na primeira
atividade, porém a proposta para agora sugerida pelos professores de estágio era
de fazermos reflexões acerca das novas tecnologias educacionais, e quais as
potencialidades que as mesmas podem trazer para a educação de hoje e do futuro,
e dentro desta perspectiva consta que o vídeo proposto foi esclarecedor tendo em
vista que Papert é considerado o pai da tecnologia educacional, e compreender o
que ele pensa sobre isso pode nos ajudar a entender melhor a nossa realidade
escolar e tentar promover algumas mudanças estruturais dentro da escola, com
base em um teórico respeitado e notadamente renomado na área das tecnologias
educacionais.
No dia 02 de março tivemos mais um encontro presencial, sendo que o mesmo foi
reservado inicialmente algumas discussões acerca do vídeo assistido, e depois o
professor do estágio fez algumas explanações acerca do tema projetos
interdisciplinares, na qual o professor explicou os conceitos e a estrutura de um
projeto interdisciplinar, usando para isso a ideia de um mapa conceitual, e ao final
sugeriu que fossem feitos grupos por área de conhecimento, e que partindo de um
único foco “Conhecendo a minha cidade” criássemos um mapa conceitual, e depois
montássemos um projeto interdisciplinar para ser executado.
E foi pensando nisto que a terceira atividade avaliativa foi proposta, onde mais dois
vídeos do debate entre Freire e Papert acerca do futuro da escola, mais focado na
webtecnologias os vídeos sugeriam reflexões acerca do papel das tecnologias
dentro da escola sob uma visão de dois grandes teóricos, sendo que compreender
esse papel é de fundamental importância para pensarmos em um projeto que
pudessem integrar esses recursos tecnologias a bem da educação, propiciando
assim uma aprendizagem muito mais significativa para os alunos.
A aula presencial do dia 16 de março foi destinada para finalizarmos as reflexões
sobre o que Paulo Freire e Papert têm a contribuir para educação, mais
especificadamente para o uso dos recursos tecnológicos no âmbito escolar. Logo
após esse momento foram feitos alguns ajustes no Cronograma das aulas de
estágio II, e também foram apresentados pelos professores do estágio os critérios
de avaliação dessa disciplina, e houve algumas explanações sobre o projeto
interdisciplinar, como a linha teórica e as abordagens do mesmo.
Como a quarta aula não presencial, teve como atividade avaliativa a leitura do artigo
“Integração de Tecnologias e Webtecnologias no ensino”, cuja autora Azenaide
Abreu, também professora da Disciplina de Estágio Supervisionado II, mostra os
estágios e as abordagens que permeiam o ensino mediado por tecnologias
educacionais. Nesta atividade pudemos compreender os diferentes níveis e estágios
de aprendizagem existentes, possibilitando assim melhor compreender a abordagem
que utilizaríamos em nosso projeto interdisciplinar. E no encontro presencial
marcado para o dia 30 de março foi reservado par que fossem feito as revisões da
escrita do projeto, isso porque o mesmo já havia sido iniciado através de construção
colaborativa à distância no portfólio on line da disciplina de estágio da turma.
E para a semana seguinte foi proposto que déssemos continuidade na escrita do
projeto interdisciplinar, bem como iniciar sua execução, mas que por motivos de
fechamento de bimestre e aplicações de provas bimestrais não foi possível por o
projeto em ação, haja vista que os professores – acadêmicos estão
sobrecarregados, o que dificultou o desenvolvimento do projeto.
E já no encontro presencial subsequente foi destinado para ajustar nos caminhos a
serem traçados no desenvolvimento do projeto, bem como algumas questões sobre
a disciplina, etc. Como atividade avaliativa não presencial, ficou orientado que
seriam feitos vídeos do desenvolvimento de algumas aulas destinadas para o
projeto, de modo que fossem apresentadas nos próximos encontros presenciais,
mas isso pendente, haja vista como relatado, o projeto não entrou em execução
devido a problemas relacionados com o tempo, o que de certa forma tenha sido o
maior complicador para o desenvolvimento do projeto interdisciplinar pretendido.
No dia 27 de abril ocorreu mais um encontro presencial, onde os professores Sales
e Azenaide propuseram a construção de portfólios digitais, usando para tanto a
wikispaces, e para isso mostraram algumas ideias de como poderiam ser feitos os
mesmos pelos professores – acadêmicos. E como última atividade não presencial,
ficou proposto que fossem feito por cada acadêmico um memorial descritivo, onde
fossem traçados a trajetória estudantil de cada um até chegarmos na atual realidade
que nos encontramos, como alunos de um Curso de Segunda Licenciatura em
informática.
Por fim, tivemos um último encontro presencial, onde os professores do estágio II
trouxeram uma acadêmica da UEMS, para nos propor uma nova maneira de
montarmos nosso portfólio digital, e ficou acertado o modelo final que iríamos adotar
para que pudesse ser apresentado como resultado final da disciplina de Estágio
Curricular Supervisionado II.
REFLEXÕES TEÓRICAS
TEXTO 02: FORMAÇÃO DO PROFESSOR EM CURSO DE SEGUNDA
LICENCIATURA
A formação docente em Curso de Segunda Licenciatura é hoje um desafio
para as universidades, haja vista que o acadêmico desses cursos trás consigo uma
experiência vivenciada nas escolas, que muitas vezes torna-se algo positivo, mas
que na maioria das vezes apresenta-se como um obstáculo a ser rompido. Tal
situação provoca várias inquietações aos professores do Estágio Curricular
Supervisionado, tendo em vista que esses acadêmicos já possuem a prática de sala
de aula, e como o estágio estaria auxiliando, contribuindo para integrar essa prática
a teoria e vice-versa, desta forma qual então seria o papel dessa disciplina no
currículo do curso de segunda licenciatura, tais dúvidas são sempre recorrentes
quando estamos tratando de um curso de segunda licenciatura.
Para os autores desse artigo deverá haver uma preocupação na formação de
um professor autônomo, isso fica evidenciado quando citam Cury (2009, p. 299)
explicação de que os cursos de segunda licenciatura deva possuir característica de
decisões governamentais, para qualificar os professores já em sala de aula em uma
segunda licenciatura, valorizando o profissional atuante e sua opinião em relação à
realidade, além de aproveitar o conhecimento adquirido no exercício da função, que
se alia ao combate às lacunas da educação básica. Essa preocupação de valorizar o
profissional e respeitar sua opinião é fundamental para que o mesmo possa
compreender melhor sua realidade e estar aberto a novas ideias e sugestões, pois
quando temos a oportunidade de expor nossas vivencias possibilita àqueles que
estão de fora propor novas mudanças e contribuições.
Pelo que podemos compreender o Projeto Político Pedagógico do Curso de
Segunda Licenciatura possibilita essa compreensão e valorização do ser como
agente capaz de mudar e ser mudado, de modo a tornar a educação ainda melhor e
contribuir para uma sociedade mais justa e igual para todos. O texto mostra que uma
de suas preocupações é buscar mudar a realidade vivenciada pelo sujeito, assim
possibilitará transformar a realidade das escolas. O que se espera é compreender
como o sujeito percebe a sua realidade e como age para transforma lá, pois quando
for capaz de compreender isso talvez tenha um novo olhar da realidade da escola,
ou seja, é preciso compreender sua realidade e assim certamente irá ver a realidade
da escola de uma maneira diferente.
Certamente esperar que somente o Estágio Curricular Supervisionado irá nos
trazer uma maneira que devemos seguir seria de nossa parte muito ingênuo, pois
seu objetivo é fazer com que possamos ver sob um novo ponto de vista a educação,
a escola, seus componentes, etc., com ajuda de uma pessoa de fora desse contexto
vivenciado por nós ( professores do curso), e sob esse novo olhar que talvez
veremos uma nova saída, um novo caminho, pensamos que esse seja um dos
grandes objetivos dessa disciplina, tão logo devemos compreender que nem sempre
teremos a verdade, isso porque seremos nós que iremos compreender e analisar os
caminhos que poderão dar certo ou errado em nossa prática escolar. Desta maneira,
podemos compreender o estágio como sendo uma disciplina que nos possibilitará a
exposição de novas vivencias e angustias, onde poderemos juntamente com os
demais colegas compartilhar de opiniões e sugestões para melhorar essa realidade
vivenciada por todos.
Já Freire (1979; 1987) propõe a teoria dialética da ação em que a
conscientização do sujeito, nesse caso do professor em atuação e formação, a partir
da reflexão crítica, pode promover transformação da sua realidade. Essa teoria
consiste na compreensão reflexiva do professor, ou seja, é preciso compreender a
realidade criticamente para que possibilite que haja novas transformações. Claro
que concordamos com essa teoria, pois analisarmos a nossa realidade para que
possamos muda-la é fundamental, somente assim iremos compreender melhor o
que pode estar errado e buscar mudar esses pontos negativos.
Por fim, é preciso que tenhamos clareza de que o estágio curricular
supervisionado não será e nem tenta ser o solução de todos os problemas, mas
possibilita que tenhamos um espaço para debates, argumentações e exposições de
situações vivenciadas por todos nós no contexto educacional, permitindo que
façamos considerações acerca de várias situações e acima de tudo que possamos
receber sugestões de como lidar com as mais variadas situações vivenciadas nas
escolas, e como podemos agir diante das mesmas, com a consciência de que pode
dar certo, mas sem a garantia de que irá dar certo, isso porque pode ser até
funcione, mas não teremos a garantia de que dará certo, mas que nem por isso
devemos deixar de tentar.
PROBLEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA E SUGESTÕES
Enquanto professores de sala de tecnologias educacionais, vivenciamos
várias vertentes tanto em questões de ensino e de formação. Diante daquilo que se
espera de nós professores formadores deixamos a desejar, não porque
quiséssemos, mas sim pelas condições de trabalho que nos oferecem.
Só para se ter uma noção de tal fato, no ano de 2011 nós professores de STE
não tivemos nenhuma capacitação, ou seja, querem que sejamos formadores, mas
no entanto não recebemos capacitações, e não adianta alegar que já fomos
capacitados em anos anteriores, pois a formação deve ser continuada, pois é isso
que pelo menos ouço falar. Desta maneira, ficamos impossibilitados, ou melhor,
dizendo limitados a ofertar poucos cursos de formação aos professores regentes de
nossa escola.
Vejo que esse seja um dos grandes problemas que enfrentamos nas salas de
tecnologias, é claro que esse não é o único, existe outro não tão menos importante
como à falta de compromisso alguns colegas professores que fazem o mau uso dos
recursos tecnológicos da escola, há também aqueles que não usam por serem
“Professauros”, que não vê os recursos tecnológicos como uma importante
ferramenta pedagógico.
Para finalizar vejo que muito já foi conquistado, mas há muito que se
conquistar, é claro que tirando os professores que estão alheios as tecnologias, que
graças a Deus são poucos, existem muitos professores que já compreenderam a
importância da mesma para a educação, agora devemos focar na qualidade das
aulas que são dadas nas STEs, pois penso que muito mais que estatísticas e
índices o mais importante é qualidade de ensino que oferecida ao nossos alunos,
pois somente assim é que iremos construir uma sociedade melhor.
Como orientação feita nesta atividade, irei sugerir alguns tópicos que vejo
como importantes para serem debatidos na Disciplina de Estágio Supervisionado II,
são eles:
Haver mais espaço para compreensão das diversas opiniões, pois cada ser pensa
de um modo diferente do outro e ouvir e compreender é algo que vejo como
positivo;
Debatermos sobre a importância de uma boa formação tecnológica de modo a
melhorar a qualidade de ensino;
Debater como podemos, enquanto professores de uma segunda licenciatura em
informática, contribuir para uma melhor utilização das tecnologias nas escolas
públicas brasileiras;
Se tivermos textos para debates, que os mesmos possam falar da realidade
vivenciada nas escolas, e não somente daquilo que seria ideal, pois é preciso
compreender nossa realidade para que assim possamos buscar meios e
alternativas para que possamos chegar ao ideal.
VÍDEO: O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT
PARTE I
O debate entre Paulo Freire e Seymour Papert busca enfatizar os rumos da
educação sobre a ótica de suas teorias. Paulo Freire que é um símbolo da educação
dos oprimidos, dos excluídos e dos pobres tem como proposta pedagógica o diálogo
na proximidade interpessoal entre educador e educando. Desta forma, Freire mostra
que as relações humanas é um poderoso instrumento de uma educação de
qualidade.
No contexto vivenciado atualmente nas escolas brasileiras isso perpassa por
grandes obstáculos, pois essa proximidade muitas vezes não acontece entre
professor e aluno, ficando fragilizado o ensino e a aprendizado, essa situação é
facilmente vista quando passamos a observar professores transmissores de
informações, desvinculadas da realidade vivenciada por nossos alunos, e por outro
lado, temos alunos que são receptores dessas informações, que as recebe de modo
não contestado.
Já Seymour Papert, matemático, estudou com Piaget defende o uso do
computador com uma ferramenta indispensável para a aprendizagem. E hoje ele é a
maior autoridade em teleducaçao do mundo. Podemos dizer Papert é um dos
maiores nomes em defesa das tecnologias na educação. Quando se fala em
tecnologias na educação, logo se pensa que isso será somente para os ricos, pois
ter essas tecnologias demanda de certo custo, o que ficaria inviável para os mais
pobres, Papert acredita que é possível sim que se possa ter uma educação com uso
dessas novas tecnologias na educação em que pobres e ricos possam ter acesso.
Tanto é possível que ao olharmos para as escolas públicas brasileiras vemos
que já houve grandes avanços em direção das novas tecnologias nas escolas, os
governos vem investindo muito para proporcionar mais essa ferramenta aos
professores das escolas públicas, é claro que há muito a ser feito, porém estamos
caminhando num sentido certo, pois admitir que as novas tecnologias tem muito a
contribuir para educação certamente é uma atitude assertiva.
Assistindo o debate entre os dois renomados teóricos vemos que Papert
analisa que a escola vem num caminho errado, pois as crianças estão aprendendo
inconscientemente, quando a escola deveria dar a elas mais consciência do
processo de aprendizado, mais controle a incentivá-las a participar desse processo.
Já Freire aponta que a historia enfatiza a coisa mecânica quantitativa do
conhecimento o que para ele é um absurdo; Paulo Freire é a favor da pedagogia da
curiosidade, de uma pedagogia da pergunta e não da resposta, que é uma
pedagogia que se funda nessa curiosidade, sem a qual não há pedagogia.
Papert afirma que há um desequilíbrio entre aprendizado e o ensino, pois
para ele a escola valoriza mais o ensinar do que o aprender, sendo que a nossa
tarefa enquanto educador deveria ser o contrário. Desta forma, Papert acredita que
há três estágios de desenvolvimento. O primeiro é quando a criança nasce, é
quando a criança começa seu processo de aprendizagem, nesse estágio é quando a
criança começa a aprender as coisas através do ato de explorar, tocar, pegar,
colocar coisas na boca. Nesse estágio os pais podem até pensar que estão
determinando o processo de aprendizagem, mas na verdade essa influência é
pequena, pois as crianças aprendem se autoguiando.
Já em outro momento as crianças veem o mundo de uma outra forma, ou seja
muito maior, segundo o teórico é um absurdo quando pensam que a criança quando
vai para escola ela deva deixar de aprender para ser ensinadas o que para ele
possa ser o segundo estágio, onde aprendemos pelo ato de ser ensinado, os
“depósitos”, o que em sua visão deixam as crianças destruídas e sufocadas.
Vejamos que o que Papert não concordava ocorre com muita frequência
ainda nas escolas brasileiras, pois o que observa é que ainda há muitos depositórios
espalhados por esse Brasil, ainda tem a ideia de que para se aprender é necessário
saber o maior número de informações possíveis, ou seja, a quantidade se sobressai
em relação à qualidade, o que vai na contra-mão do que pensa Papert.
No terceiro estágio é que retorna ao primeiro, pois após suportarmos o
segundo estamos mais propícios a nos autoguiarmos novamente, Seymour Paper
afirma que o segundo estágio está deixando de ser obrigatório, pois as crianças
começam a operar máquinas tecnológicas e aprendendo com essas tecnologias,
seja ela a mais rudimentar até as mais novas, caso da internet, as crianças
começam a se autoguiar com o uso dessa poderosa ferramenta, que as Tecnologias
Educacionais.
Para Papert os educadores têm por objetivo buscar relacionar com as
crianças como num triângulo (figura abaixo), ou seja, o teórico americano acredita
que numa escola a aprendizagem passa antes de mais nada pelo bom
relacionamento entre os agentes desse processo, de modo que ele até compreende
que isso não será facilmente obtido, mas que é o caminho para reestabelecer o
processo de aprendizagem eficaz, onde todos são professores e alunos ao mesmo
tempo.
Por fim, concluímos que Freire e Papert se completam na medida em que
consideram que a educação só conseguirá atingir seus objetivos quando houver um
entendimento de que as relações sociais é o caminho correto para se compreender
o outro e o que outro pensa e pode contribuir para melhorar a si e ao seu próximo.
AVALIAÇÃO DA AULA DO DIA 02 DE MARÇO DE 2012
A aula do dia 02 de Março ministrada pelo Professor Antonio Sales que
abordou sobre os vídeos propostos na atividade da semana, bem como sobre
Projetos Interdisciplinares avalio como sendo de grande importância e muito
esclarecedora. Nesta aula podemos contribuir com nossas opiniões acerca do
assunto exposto, além é claro de ouvirmos e debatermos com o professor e os
alunos.
O Professor fez uma ótima explanação sobre como elaborar projetos
interdisciplinares, usando para isso vários exemplos e utilizou mapas conceituais
também para facilitar a compreensão dos acadêmicos.Ao final dessa aula pude
perceber como grandes teóricos como Paulo Freire e Papert pensavam sobre a
escola, quais os ensinamentos que ambos trazem para nós professores e como
suas teorias podem ou não auxiliar esse profissional no seu fazer pedagógico. Além
disso, sai dessa aula sabendo um pouco mais sobre o que é um projeto
interdisciplinar.
VÍDEO: O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT
PARTE II
No vídeo disponível, O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR
PAPERT - Parte II, apresenta a perspectiva de Paulo Freire sobre a história e
tecnologia apontada por Papert, bem como a geração de novas tecnologias e
cultura, que para Freire refere-se à cultura de classes.
Diante desse tema Paulo Freire aponta que embora tenha netos que utilizam,
ou operam como ele diz as tecnologias, esta realidade ainda está longe de milhões
de filhos de brasileiros que passam fome, e que esse contato com as tecnologias é
privilégio de uma minoria da sociedade brasileira, e Freire nos pede para refletir
como essas tecnologias podem repercutir na vida dessas crianças que ainda
passam fome, afirmando que esse distanciamento ficará mais longe entre as
crianças que ainda não possuem contanto com as tecnologias no decorrer de 20 a
30 anos.
Talvez Paulo Freire estivesse em parte correto quanto a essa previsão, isso
porque a nova tecnologia ainda seja muito cara para o nível financeiro de muitos
brasileiros, mas talvez Freire não pudesse imaginar que as escolas públicas
pudessem dispor de parte dessas tecnologias, o que certamente reduziria um pouco
o distanciamento apontado por ele. Mas não podemos afirmar que Paulo Freire
esteja totalmente errado, porque embora não seja tão grande esse distanciamento
das crianças com as tecnologias, ainda há sim aqueles que têm contato com as
mesmas somente nas escolas, o que vem de certo modo corroborar para as
previsões de Freire.
Já quanto a Papert, Freire até concorda com os três estágios levantados pelo
teórico americano, porém faz algumas ressalvas quanto ao segundo estágio, onde
Papert faz algumas críticas à escola, em que Freire até concorda com elas, mas não
aceita a proposta de que a escola poderá acabar no futuro, como constata Papert.
Paulo Freire não admite que essa constatação vá acontecer, mas ele (Paulo Freire)
constata que a escola está péssima, mas não que a escola esteja desaparecendo ou
irá desaparecer.
E o teórico brasileiro faz um chamamento a todos que são sobreviventes
dessa escola, para que possamos modifica-la, ou seja, a questão não é acabar com
ela e sim muda-la completamente, fazer com que nasça dela um novo corpo, não
mais correspondente a verdade tecnológica, mas sim o novo ser, atual como as
tecnologias, em outras palavras é colocar a escola a altura de seu tempo. Paulo
Freire aponta que aprendemos antes mesmo de ensinar, e foi a partir daí que nos
ensinou a ensinar, ou seja, antes mesmo que possamos ensinar ou ser ensinado,
devemos aprender, neste momento o teórico brasileiro faz um apontamento para o
primeiro estágio de Papert, e indica que foi daí que surge o segundo estágio, e que
os problemas e equívocos que enfrentamos é corrigir o segundo estágio, que são
em sua opinião todos equívocos não didáticos ou metodológicos, e sim ideológicos e
políticos, tão logo o que se deve mudar é o mundo político.
Concluo que Paulo Freire embora não pudesse prever com exatidão o futuro,
fez previsões coerentes do que poderia ocorrer com a escola e as novas
tecnologias, isso porque embora haja nas escolas públicas brasileiras salas de
tecnologias, ainda constatamos que muitas crianças não possam usufruir desses
avanços tecnológicos, isso talvez pudesse se justificar pelo alto preço dessas
modernidades, fazendo com que muitas vezes esse contato ocorra somente nas
escolas. Esse fato reforça ainda mais a responsabilidade da escola em promover
essa integração entre tecnologias e na prática escolar dessas crianças, nós
enquanto professores deveremos estar atentos a essas questões de modo a
possibilitar a essas crianças (alunos) um contato maior e proveitoso com as novas
tecnologias existentes nas escolas públicas brasileiras.
Penso que se fosse hoje Paulo Freire continuaria acreditando que a escola
não irá acabar, porque na visão do teórico a escola precisa estar à altura de seu
tempo, isso não implica que a mesma irá acabar, mas significa que embora
tenhamos inúmeros avanços tecnológicos a escola permanecerá indestrutível.
Freire, porém aponta que será necessário que ela acompanhe essa evolução, pois
deverá estar atenta à metamorfose que passa o mundo na qual está inserida, para
que não fique estagnada no tempo, tão logo é preciso acompanhar essas
transformações para estar sempre atual, inovadora e transformadora.
Já Papert, como ele mesmo afirma no vídeo não acredita de modo veemente
que a escola irá acabar, mas ao observar os avanços tecnológicos ele aponta para
uma possível extinção das escolas, isso porque sob sua visão pensa que se a
escola não acompanhar essa evolução estará fadada ao fracasso, e podendo até
mesmo ser sucumbida da sociedade. O teórico americano indiscutivelmente é muito
otimista quanto aos avanços tecnológicos, de tal forma que faz essas considerações
acerca da escola pública, e que de certa forma não está totalmente errado, pois sua
fala vem colaborar com a de Paulo Freire, haja vista que ambos pensam que a
escola deverá estar sempre acompanhando essas evoluções.
VÍDEO: O papel da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT
PARTE III e IV
Ao analisar os vídeos proposto para essa aula em que apresenta as
propostas e pensamentos de Paulo Freire e Seymour Papert acerca do ensino
mediado pelas webtecnologias, observa – se que Papert acredita numa mudança da
escola, como ele mesmo aponta escolas alternativas, com professores com boas
propostas, uma escola com outra visão de educação. O teórico americano enfatiza
que o que se vê são escolas com estruturas definidas, que até poderíamos dizer
“engessadas” em seus currículos e aulas, que sabidamente anda ruim. Diante disso,
Papert acredita que haverá mudanças nas escolas e que essa mudança já vem
ocorrendo, tendo em vista o aumento do ensino em casa, logo o teórico aponta para
uma reformulação curricular, além de mudanças na administração das escolas.
Atualmente tem-se o discurso que a educação historicamente é controlada e
dirigida para atender aos interesses de um pequena classe dominante, interesses
esses muitos vezes desconhecidos ou mesmo obscuros de dirigentes políticos de
um país. Mas Papert propõe que sejam ignorados esses interesses, onde possamos
buscar uma mudança na educação, de modo que seja mais dialogada, aberta, onde
as crianças só teriam a ganhar. Isso não significa que tenhamos que fazer pré
julgamentos acerca dessas pequenas minorias que acabamos de citar, o teórico
americano afirma que possa ser que essas pessoas tenham vivenciados culturas
diferentes e que talvez não pensam como pensamos, tão logo ficaria difícil discutir
qualquer coisa com elas.
Para Papert o discurso liberalista, como ele citou, de que "As escolas não
sabem usar os computadores... Vamos pesquisar e descobrir a melhor maneira de
usar o computador, ai ele seria aproveitado e nós teríamos ótimos resultados", é
uma ideia errônea, tendo em vista de que a burocracia das escolas tem usado os
computadores para alcançar os objetivos pretendidos e afirmar aquilo que pensa de
escola, o que segundo ele não deixa de ser um bom uso dos computadores. Papert
aponta que o uso dos computadores foi modificado ao longo do tempo, antes usados
por professores rebeldes, sonhadores, que muitas vezes faziam uso dos
computadores por ser o único modo diferente de ensinar, hoje é realidade mudou,
pois os computadores estão nas salas de aulas, ou mesmo há um ambiente
reservado para eles dentro da estrutura da escola, logo o professor precisa
compreender que houve mudanças, e que ele também tem buscar acompanhar
essas mudanças.
Já Paulo Freire acredita que não é preciso que tenhamos que preservar o
nome “escola”, até porque isso pouco importa, pois para ele o que de fato importa é
termos um local, espaço e tempo, onde as pessoas possam se encontrar para
cumprirem determinadas tarefas, sejam elas de qualquer espécie social. Se para
Papert possa haver educação fora da escola, por outro lado Freire diz que deva
existir um local para que se possam organizar as tarefas do ato de aprender,
afirmando que um das grandes razões da existência da escola é poder ser o elo que
irá proporcionar aos alunos o conhecimento do conhecimento existente e novas
produções de conhecimentos ainda inexistentes.
Paulo Freire concorda que as novas tecnologias possam acelerar o processo
de aquisição do conhecimento, mas aponta que é preciso compreender que sua
inserção se dará de modo a respeitar cada geração, pois facilmente uma criança
que tenha nascido em meio as tecnologias terá muito mais facilidade em operá-lás
do que as gerações anteriores. Além disso, ele pensa que usar o computador na
educação não seja simplesmente saber operar a máquina, que os computadores
possuem um papel maior dentro da educação, que até possa ser um dos agentes de
mudança que Papert tanto enfatiza.
Quanto a operar computadores Papert concorda com Freire, pois saber
simplesmente isso não é suficiente, é preciso compreender aquilo que faz com
auxílio do computador, um exemplo, é quando um professor usa um software
matemático para ensinar funções, o que se espera dos alunos é que sejam capazes
de compreender os conceitos desse conteúdo que se está aprendendo com o
recurso dos computadores, tão logo operar a máquina fica em um segundo plano.
Nesse caso, Papert afirma que o uso das tecnologias torna – se um motivador para
a busca de novos conhecimentos, o que para Freire é maravilhoso, tendo em vista
que esse é um dos desafios das escolas, ser capaz de promover nos alunos a
curiosidade, incentivar a descoberta de novos conhecimentos, porque uma vez que
a criança tenha adquirido algum tipo de conhecimento fora da escola possa ser
aproveitado pelo professor nas escolas, que irá ensinar cientificamente os conceitos
de tais conhecimentos.
Artigo: Integração de tecnologias e webtecnologias no ensino
A atividade proposta para essa semana fica um pouco prejudicada tendo em
vista que ainda não foram fechadas as ideias sobre algumas questões acerca do
Projeto Interdisciplinar. No entanto, pelo que já foi discutido pelos professores que
irão participar desse projeto, bem como o exposto pelo professor Antonio Sales, o
trabalho que será desenvolvido por nós junto aos nossos alunos pretende possibilitar
uma maior participação dos discentes na construção e apropriação dos conhecidos
relacionados ao projeto que estará em execução.
Desta forma, nosso objetivo é possibilitar ao aluno que seja ele o grande
responsável por sua aprendizagem, claro que o professor estará sempre presente
para intermediar todo esse processo, mas o nosso objetivo seja que o próprio aluno
possa criar conceitos acerca do conteúdo que esteja sendo envolvido nesse projeto.
Para tanto, pretendemos utilizar a abordagem de produção, que segundo
Azenaide Abreu a autora do artigo Integração de Tecnologias e Webtecnologias no
Ensino, afirma que “a abordagem de produção... caracteriza-se pela ação
introdutória do conteúdo curricular”. Essa abordagem será utilizada por nós
professores nesse projeto interdisciplinar, haja vista que iremos introduzir alguns dos
conteúdos que serão utilizados no decorrer do desenvolvimento do projeto, sendo
que também, assim como a autora propõe iremos utilizar a web para que os alunos
possam pesquisar alguns conceitos do conteúdo em estudo, e utilizar a capacidade
de sintetizar as informações pesquisadas.
Além dessa abordagem, pretendemos utilizar outras que possibilite a
construção e interação dos alunos com seus colegas, com os professores, não que
para isso tenhamos que criar chats, blogs etc., mas que essa interação possa
ocorrer ao longo do desenvolvimento do projeto, por meios de ideias, ajuda aos
colegas, exposição de trabalhos etc.
MEMORIAL DESCRITIVO
Minha trajetória estudantil começa na cidade de Taquarussu – MS, local onde
conclui o Ensino Fundamental Inicial na extinta Escola Municipal Laércio Guagliano,
localizada no Bairro Três Rachos que distam 10 km do município acima citado,
sendo que foi neste local onde passei toda minha infância e parte de minha
adolescência. Nesta época havia poucos alunos frequentando a escola, para ser
mais preciso os alunos que frequentavam a mesma série que a minha era duas
pessoas, eu mesmo e meu irmão, e tive apenas dois professores nesta fase de
ensino, que foi a professora Antonia e o professor Aristides, sendo que este último
além de ser meu professor também é meu tio.
Após concluir o ensino fundamental tivemos que nos transferir para a escola
da cidade, é para tanto sempre tínhamos que ir de ônibus, haja vista a distância era
grande do local que morávamos da escola. Para concluir o ensino fundamental final
tive muitas dificuldades, por diversos motivos, como por exemplo, falta de preparo
adequado para frequentar essa etapa de ensino, também por ser uma pessoa muito
introspectiva, o que se certa forma prejudicou meu desenvolvimento escolar.
Embora tenha passado por momentos não tão bons, consegui concluir o ensino
fundamental, e já mais preparado comecei a cursar o ensino médio, e foi nessa
etapa de ensino que mais me destaquei, pois havia grandes amigos que sempre me
incentivaram e compartilharam de todo esse processo de aprendizagem.
Também foi nesse período que comecei a lecionar, tudo começa com os
grupos de estudos que faziam com os amigos, com os debates que eram
promovidos pelos professores em sala de aula, como os que o professor de
geografia sempre nos propiciava, também foi nesta época que comecei a substituir
alguns professores, principalmente à saudosa professora Vera Pigari, minha
inesquecível professora de matemática e química, que sempre estará em um lugar
muito especial na minha vida.
Com a conclusão do ensino médio só me restava algumas opções, que era
tentar uma vaga na universidade ou mesmo seguir o caminho que meus irmãos
tomaram o de ser mais uma mão de obra no mercado de trabalho. Certamente que
queria trabalhar, mas trabalhar em algo que exigisse de mim menos força braçal,
então resolvi fazer a primeira opção, então prestei o vestibular e felizmente fui
contemplado com uma vaga na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul –
UEMS (unidade de Nova Andradina). Quando fiquei sabendo que havia passado no
vestibular, tive um misto de alegria e tristeza, alegria por ter alcançado mais um
degrau na minha vida, mas triste por ter que deixar para trás alguns amigos
queridos, e principalmente um dos meus bens mais preciosos, minha família, mas
teve que ser assim, pois para conseguir o sucesso temos que abrir mão de algumas
coisas de nossa vida.
Quando vim para Nova Andradina, tive a ajuda de alguns amigos como a
Juliana Patussi, que gentilmente me cedeu abrigo em sua casa até que conseguisse
um lugar apropriado para me estabilizar, também tive o apoio da senhora Jacira,
dona do estabelecimento onde morei por quase sete anos.
E em 2001, comecei a frequentar a UEMS como aluno do Curso de
Licenciatura Plena em Matemática, sendo que paralelo à faculdade também
trabalhava em uma empresa de Agropecuária, isso porque além de estudar deveria
pagar minhas despesas, haja vista que não poderia contar com meus pais, pois
eram pessoas que não possuíam muitas posses, tão logo não tinham condições de
pagar minhas despesas.
Foram momentos de muita luta, mas em 2005 consegui vencer mais uma
batalha na minha vida, conclui o Ensino Superior, e já comecei a lecionar, foi em
uma escola particular, O Colégio Objetivo, onde fiquei por três anos, porém como
professor de Física, haja vista que era a vaga que se tinha na época, daí em diante
as portas foram se abrindo para mim, comecei a lecionar nas escolas estaduais e
municipais, as quais posso destacar a Escola Estadual Padre Anchieta, A Escola
Estadual Marechal Rondom, a Escola Estadual Professora Fátima Gaiotto, a Escola
Estadual Irman Ribeiro de Almeida Silva e a Escola Municipal Professora Efantina
de Quadros, sendo que nestas escolas passei momentos importantes da minha vida
e fiz grandes amigos que levarei para vida toda.
Como posse se notar sempre fui atrás de meus objetivos, e nunca deixe o
barco passar sem ao menos tentar me embarcar, e aprender é algo que sempre
busco para minha vida, e por isso que em 2006, comecei a fazer minha
especialização no ensino da matemática.
Já em 2010 comecei a cursar uma nova faculdade, pois como já possuía
Licenciatura Plena em Matemática, resolvi fazer Licenciatura Plena em Física com
aproveitamento de disciplina, sendo que terminei a mesma no ano de 2011. E no
ano de 2010, também comecei a cursar outra faculdade, Licenciatura em
Informática, sendo que a mesma irei concluir no final do ano de 2012, um dos
motivos que me levaram a cursar esse última faculdade é porque na época eu
estava atuando como professor de sala de tecnologias educacionais, e essa área
sempre foi uma das quais sempre me interessei, e que está muito ligado com a
minha primeira licenciatura.
QUADRO DE CARGA HORÁRIA DA DISCIPLINA DE ESTÁGIO CURRICULAR
SUPERVISIONADO I
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES - ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II
2012 - C.H = 68
DATA ( 1 ) . ATIVIDADE PRESENCIAL
( 2 ) . ATIVIDADE
NÃO
PRESENCIAL
C.H.
( 1 )
C.H.
( 2 )
C.H.
Cumulada
10/02
Apresentação da disciplina (Carga Horária,
Objetivo...)
Exercício de leitura crítica
Atividade 01 04 04 08
17/02 Discussão Vídeo - Parte I
Exercício de leitura crítica Atividade 02 04 04 16
02/03 Discussão Vídeo - Parte II
Projeto interdisciplinar: reflexões iniciais Atividade 03 04 04 24
16/03 Apresentação e ajustes do cronograma da
disciplina Atividade 04 04 04 32
Apresentação e discussão das teorias
sobre o ensino mediado por tecnologias
30/03 Elaboração do projeto interdisciplinar Atividade 05 04 04 40
13/04
Término da elaboração do projeto didático
e orientações para seu desenvolvimento e
apresentação;
Atividade 06 04 04 48
27/04 Organização do portfólio de estágio
curricular II Atividade 07 04 04 56
11/05 Hipertextualização do portfólio de estágio
04
60
25/05
Sessão de visionamento de aulas ricas em
tecnologias educacionais - Língua
Portuguesa (Grupo 01), Matemática
(Grupo 02), Língua Estrangeira (Grupo 03)
04 04 68
Sessão de visionamento de aulas ricas em
tecnologias educacionais -
Ed. física (Grupo 04), Ciências (Grupo 05),
Língua Portuguesa (Grupo 06) e Geografia
(Grupo 07). Conclusão dos portfólios
Legenda: AP = Aula Presencial / AEC = Atividade Extraclasse
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estágio curricular supervisionado II, ministrado pelos professores Antonio
Sales e Azenaide Abreu, onde propuseram uma nova visão para esta disciplina
neste primeiro semestre de 2012, com uma proposta mais reflexiva embasada no
que pensa grandes teóricos como Paulo Freire e Seymour Papert, sendo que para
isso foram sugeridos vários vídeos e artigos que pudessem contribuir para esse
olhar mais reflexivo e teórico da prática docente mediada pelas tecnologias digitais.
Sob meu ponto de vista essa metodologia adotada para o estágio II foi
assertiva, pois refletir sobre nossa prática docente deve ser encarado como um
exercício diário, pois essa é a maneira que um docente tem para verificar o que está
dando certo e o que precisa de mudanças. Para tanto, foi importante os vídeos
sugeridos para essas reflexões, pois é preciso que tenhamos um marco inicial, um
apontamento, um norte, porém de pessoas que possuem teorias reconhecidas
dentro da área educacional, como é o caso de Paulo Freire e Papert, o primeiro um
dos maiores educadores brasileiros e o outro tido como o pai das tecnologias
educacionais.
O debate ocorrido em 1995 entre esses dois grandes teóricos acerca do
futuro da escola, embora já tenham passado 15 anos e que por esse fato muitas
coisas tenham mudando, o debate pode ser considerado atual, pois discute um tema
que ainda é atual – qual é o futuro da escola em meio aos avanços tecnológicos, tão
logo poder analisar o que Freire e Papert já pensavam há 15 anos pode nos ajudar a
compreender como está à escola de hoje e como será no futuro, de modo a buscar
caminhos e mudanças para que a mesma possa cumprir o seu papel social.
Realizar essas reflexões foi importante para mim enquanto professor-aluno,
haja vista que pude compreender enquanto professor as angústia e incertezas que
cerca o aluno, pois o que eu enquanto aluno espero da escola, será a mesma coisa
que a escola tem a me oferecer, essa dúvida que vivencio certamente meu aluno
vivencia. E por esse motivo é preciso estar atendo aos anseios de meus alunos, de
modo que possa amenizar e atender as expectativas dos mesmos.
O que se percebe nos dias atuais é o grande apego que nossos alunos tem
pelas novas tecnologias, e poder proporcionar esse contato com as mesmas é
também um papel da escola, pois como Paulo Freire afirma, a escola tem que estar
a altura de seu tempo, ou seja, é preciso estar atenta às novas necessidades de sua
clientela, a escola não tem mais o direito de ficar estagnada no tempo, é preciso
acompanhar a evolução tecnológica para ser sempre a escola atual e atuante.
E vejo que da mesma forma que a escola tem que estar à altura de seu
tempo, os educadores também tem que estar à altura dos anseios de seus alunos, e
para tanto é preciso ser capaz de compreender que isso exigirá dele uma postura
inovadora e aberta a mudanças, que busque caminhos novos para estradas velhas,
que estejam preparados para atender e entender as expectativas que os alunos
procuram quando frequentam a escola.
No decorrer do estágio supervisionado II também foram propostos alguns
artigos que pudessem contribuir para nossa compreensão acerca da importância
das novas tecnologias dentro do âmbito escolar, mais precisamente como
poderíamos utiliza-las no desenvolvimento de projetos interdisciplinares, sendo esse
último muito bem explicado pelos professores Antonio Sales e Azenaide, onde
esclareceram o que é um projeto interdisciplinar e quais as potencialidades do
mesmo para a educação.
Com essas explicações foi possível compreender como deve ser
desenvolvido e pensado um projeto interdisciplinar, bem como as abordagens
teóricas que podemos utilizar quando pretendemos desenvolver um projeto rico em
tecnologias.
Vejo que o estágio curricular supervisionado II veio com uma proposta
adequada para um curso de segunda licenciatura, e que teve por objetivo provocar
em nós educadores reflexões acerca de nossa prática, o que para mim foi atingido,
embora tivéssemos acadêmicos que ainda estejam imersos em suas teorias
absolutas e inalteráveis, que não tenham conseguido sair de sua capsula protetora e
asfixiante. Desde modo concluo que o estágio II foi para mim muito importante e
esclarecedor, pois compreendi que antes de ser professor é preciso ser aluno, é
preciso saber o que ele pensa, deseja e espera da escola, de modo que eu como
educador e parte integrante da escola possa lhes oferecer e atender seus anseios.
Em fim, o estágio deixou marcado que é preciso que façamos sempre
reflexões teóricas acerca de nossa prática, com intuito de estarmos sempre em
busca do caminho que leva todos ao sucesso, no qual a escola tem papel principal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SOARES, Azenaide Abreu Vieira & Sales, Antonio, FORMAÇÃO DO PROFESSOR
EM CURSO DE SEGUNDA LICENCIATURA.
Site:
http://estagioii.wikispaces.com/file/view/Texto+2.pdf
Acessado em 25/05/2012 às 11h48min.
SOARES, Azenaide Abreu Vieira, INTEGRAÇÃO DE TECNOLOGIAS E
WEBTECNOLOGIAS NO ENSINO.
Site:
http://estagioii.wikispaces.com/file/view/Integra%C3%A7%C3%A3o+de+tecnologias+
e+webtecnologias+no+ensino.pdf
Acessado em 25/05/2012 às 11h52min.
O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT – Parte I,
Vídeo: Paulo Freire & Seymour Papert Parte 01 de 07.
Endereço do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=eHU8bolxs9s&noredir
ect=1
http://www.youtube.com/watch?v=39tsgO0lIb0&feature=player_embedded
Acessado em 25/05/2012 às 11h59min.
O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT – Parte II,
Vídeo: Paulo Freire & Seymour Papert.
Endereço do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=YNWxp-XeqIk&feature=player_embedded
Acessado em 25/05/2012 às 12h01min.
O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT – Parte III,
Vídeo: Paulo Freire & Seymour Papert.
Endereço do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=x_yBzJ9Z_Dc
Acessado em 25/05/2012 às 12h03min.
O Futuro da escola - PAULO FREIRE E SEYMOUR PAPERT – Parte IV,
Vídeo: Paulo Freire & Seymour Papert.
Endereço do vídeo:
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=F2xvnWTFyU4
Acessado em 25/05/2012 às 12h15min.
ANEXOS
PROJETO
1. NOME OU TÍTULO DO PROJETO:
Conhecendo minha cidade
2. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Área ou Disciplina de Origem: Matemática
Professor coordenador: Edilson Araujo do Nascimento
Professores colaboradores: Claudemir, David Cardoso Siqueira , Emerson,
Glaucia, Luciene Maria da Silva Oliveira.
Período: Segundo Semestre de 2012
Número de aulas: 15 aulas
3. DISCIPLINAS COM AS QUAIS VAI INTERLIGAR
Geografia, Artes e Língua Portuguesa.
4. JUSTIFICATIVA
O anseio da turma de Segunda Licenciatura em Informática no início do semestre
era como trabalhar com um projeto interdisciplinar, então para conseguir atender
nossas expectativas, os professores regentes Sales e Azenaide, pediu para
propormos alguns temas que poderiam ser trabalhados interdisciplinarmente; dos
temas sugeridos a turma escolheu Conhecendo nossa região, diminuindo a
abrangência do projeto o tema proposto foi “Conhecendo nosso município”,
verificamos que este tema poderia ser explorado em várias disciplinas.
Nós da área de matemática percebemos que na nossa disciplina poderia ser
trabalhado vários conteúdos, envolvendo essa temática, e ainda poderíamos
proporcionar aos alunos conhecer a cidade em que vive saber se localizar e ainda
compreender os conceitos matemáticos de maneira contextualizada para que a
aprendizagem se torne significativa.
Para Almeida e Fonseca Jr (2000, p.22), “trabalhar com projetos é uma forma de
facilitar a atividade, a ação, a participação do aluno no seu processo de produzir
fatos sociais, de trocar informações, enfim, de construir conhecimento”.
Concordamos com esses autores quando dizem que os projetos são oportunidades
excepcionais na prática de sala de aula por possibilitar um arranjo diferente nas
dinâmicas de aprendizagem.
Esse arranjo diferente proporcionado pelo trabalho com projetos altera
substancialmente a dinâmica da sala de aula. O aluno torna-se um sujeito ativo e
participante nas decisões da aula. Ele sai em busca de informações que permitam
resolver seus problemas. Os trabalhos com projetos possibilitam ao aluno refletir e
buscar soluções para questões de seu cotidiano. Nessa abordagem o aluno é levado
a investigar, a testar conjecturas, a tomar decisões e a tirar conclusões. Ele passa
de “receptor de conhecimentos” para construtor do seu conhecimento.
Portanto, nosso projeto visa que o aluno conheça melhor a cidade onde mora,
proporcionando aos mesmos o estudo de alguns pontos principais, como também
promover a interdisciplinaridade.
5. OBJETIVOS DO PROJETO
Promover a interdisciplinaridade, tendo como base um tema gerador,
contextualizando dessa forma os conteúdos a serem ministrados;
Promover na escola o interesse dos estudantes em conhecer melhor sua cidade,
proporcionando aos mesmos o estudo de alguns pontos principais da cidade, como
também a localização de sua casa;
Mostrar as diversas fontes que podem ser utilizadas em uma pesquisa,
apresentando fatos que possam estar criando uma relação mais significativa entre
espaço e habitantes;
6. CONTEÚDOS (conceituais, procedimentais e atitudinais)
Retas paralelas e perpendiculares;
Unidades de medidas de comprimento e conversão;
Unidades de mediada de tempo;
Perímetro e Área de figuras planas;
Razão e proporção;
Plano cartesiano: definição dos eixos, coordenadas cartesianas.
Localização de um ponto.
Dados estatísticos: Tabelas e Gráficos
Distância entre dois pontos;
Grandezas proporcionais.
7. ORIENTAÇÕES E/OU SEQUÊNCIA DIDÁTICA ( METODOLOGIA)
O projeto será desenvolvido de acordo com a seguinte sequência:
1º Passo: Serão expostos aos alunos os principais objetivos do trabalho que estará
por ser executado, sendo que esse primeira etapa se dará através de um diálogo
com os alunos, onde poderão sugerir também algo que possa ser acrescentado ao
projeto;
2º Passo: Propiciar aos alunos maior contato com as informações acerca do
Município de Nova Andradina, para tanto neste momento deverão ser agendadas
aulas na sala de tecnologias educacionais, onde os alunos poderão pesquisar em
sites confiáveis informações e dados estatísticos sobre o município em estudo, no
entanto, neste momento os alunos deverão sempre fazer anotações acerca das
informações mais relevantes acerca da pesquisa que estará sendo realizada;
3º Passo: Conhecer a cidade de Nova Andradina através do Google Maps, sendo
que neste momento o professor deverá alertar os alunos acerca das disposições em
que estão as ruas e avenidas da cidade, já apontando as formas geométricas
existentes que vão se apresentando no mapa da cidade;
4º Passo: Posterior a essas aulas, sugerir aos alunos que façam uma maquete do
centro da cidade, dispondo as ruas e avenidas conforme visto no Google Maps, de
modo que sejam respeitados alguns dos pontos principais da cidade, como por
exemplo, as praças centrais, e o obelisco;
5º Passo: Neste momento o professor deverá propor aos alunos alguns cálculos de
área e perímetro das formas geométricas apresentadas na maquete construída
pelos alunos;
6º Passo: O professor deverá introduzir os conceitos de plano cartesiano, para tanto
deverá sugerir aos alunos que fixem o obelisco como sendo o ponto de referência, e
assim monte uma escala e peça que os discentes encontrem aos pontos em relação
ao marco de referência;
7º Passo: Proponha aos alunos algumas mudanças nas unidades de medidas que
estejam sendo utilizadas, e peça algumas conversões acerca desse conteúdo, não
se deve esquecer de propor aos alunos que utilizem outros meios de medidas, como
por exemplo, o tempo gasto para percorrer certa distância, etc.;
8º Passo: Após terem localizados alguns pontos na maquete, peça aos alunos que
encontrem a distância entre esses dois pontos, e já aproveita para diferenciar a
geometria euclidiana da taxigeometria;
9º Passo: Com base nos dados coletados na pesquisa já realizada, fazer algumas
análises estatísticas, como a média, densidade demográfica, etc., além de
construção de gráficos, como de setor, de barras;
8. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU DO COMPONENTE CURRICULAR
(HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS)
Estabelecer diferença entre retas paralelas e perpendiculares.
Identificar unidades de medidas de comprimento (múltiplos e submúltiplos).
Resolver cálculos envolvendo as unidades de medidas de comprimento.
Calcular perímetro e área de figuras planas utilizando a unidade de medidas
padrão.
Identificar a potenciação para calcular área do quadrado.
Elaborar tabelas e gráficos a partir de dados estatísticos.
Organizar dados em tabelas.
Interpretar dados do cotidiano apresentados sob a forma de tabelas e gráficos,
bem como produzir textos a partir da interpretação de dados.
Analisar e debater criticamente as informações apresentadas em dados, tabelas e
gráficos.
Identificar a localização dos números racionais na reta numérica.
Identificar os pares ordenados de números reais como as coordenadas
cartesianas de pontos.
Relacionar os valores das coordenadas das abscissas e ordenadas como pares
ordenados.
Localizar pontos no plano cartesiano, relacionar plano cartesiano com as
coordenadas geográficas, fazer conversão de medidas, analisar as relações entre
retas coplanares.
9. DESTINO SOCIAL DAS PRODUÇÕES
Wikispaces
Youtube
Blog
10. AVALIAÇÃO
Avaliar é fazer um julgamento sobre resultados, uma comparação sobre o que foi
obtido e o que se pretende alcançar. Sendo assim a avaliação se dará de duas
formas: do projeto e do aluno.
10.1 DO PROJETO
O projeto será avaliado sob o ponto de vista de como o mesmo foi desenvolvido,
apontando os pontos que deram certo, e também os que deram errado, sendo que
esse último faremos algumas análises do porque o mesmo possa não ter atingido
verificando os motivos pelos quais o mesmo possa não ter atingido seus objetivos
traçados, tendo aprimora-lo para que se ao utiliza-lo novamente não tenham os
mesmos problemas.
10.2 DO ALUNO
Já quanto à parte humana, ou seja, sobre o aspecto da aprendizagem, verificaremos
também se o projeto pode contribuir para que os discentes tenham adquirido novos
conhecimentos, sendo que para tanto essa verificação se dará através de
questionamentos, diálogos, etc., buscando captar do aluno alguma resposta que se
possa traduzir em conhecimento adquirido.
A avaliação do aproveitamento dos estudantes será de modo processual,
sistemática e cumulativa, assegurando momentos de efetiva aprendizagem
observando quais são seus avanços, necessidades e as consequentes demandas
para aperfeiçoar a prática pedagógica, buscando continuamente o sucesso do aluno
na aprendizagem visando não apenas quantificar e sim qualificar o produto final
dessa aprendizagem.
11. BIBLIOGRAFIA
Referencial Curricular da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Estado
de Mato Grosso do Sul.
ALMEIDA, F. J. & FONSECA JR, F. M. In: PROINFO: Projetos e Ambientes
Inovadores. Brasília: MEC, SEED, 2000, 96 p.
MAPA CONCEITUAL