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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Introdução 7
Contexto Económico 8
Evolução do Sector e do Mercado 9
Desempenho Global do Grupo Portucel 10
Recursos Humanos 10
Ambiente 11
Resumo da Actividade das Principais Empresas do Grupo 12
Situação Económico-Financeira 18
Perspectivas Futuras 18
Corpos Sociais 20
CONTAS CONSOLIDADAS 21
Balanço 23
Demonstração dos Resultados por Naturezas 25
Demonstração dos Resultados por Funções 26
Demonstração de Fluxos de Caixa 27
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 29
RELATÓRIO E PARECER DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO 69
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 70
RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002 72
RELATÓRIO DE AUDITORIA 73
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 75
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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Principais negócios
GRUPO PORTUCEL - ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL
PORTUCEL
Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA
Outras
Sosapel
Portucel Int. Trading
Portucel España
Portucel Serviços
Imobiliária do Tojal
Inapa, IPG
Gescartão (holding)
Papel Kraftsaco e
Sacos
CPK
Sacocel
Pastas cruas
Portucel Tejo
Pastas brancas e papéis
de impressão e escrita
Portucel
Soporcel
Portucel Florestal
Celpinus
Lazer e Floresta
Floresta
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
INTRODUÇÃO
O ano de 2002 decorreu sob uma conjuntura marcada por um significativo abrandamento do ritmo de crescimento
das principais economias mundiais, facto que, ao condicionar a evolução dos mercados em geral e do sector da pasta e papel
em particular, determinou alguma pressão no desempenho operacional das empresas que constituem o universo empresarial
do Grupo.
No domínio estratégico prosseguiram as acções tendentes à recomposição de activos do universo empresarial do
Grupo. A Portucel SGPS, SA no contexto da reestruturação das várias participações do estado no sector da pasta e papel,
adquiriu, em 2002, os 50% do capital da Papercel SGPS, SA em posse da Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA por
um valor de 400 milhões de euros, passando assim a deter a totalidade do capital social da Papercel SGPS, SA.
Em 29 de Novembro de 2002, celebrou-se a escritura de fusão por incorporação da Papercel na Portucel SGPS,
através da transferência global do património da Papercel SGPS para a Portucel SGPS, SA o que lhe garante uma participação
directa de 55,73% no capital social da Portucel SA e de 29,71% no capital social da Inapa-Investimentos Participações e
Gestão, SA.
Procedeu-se também à liquidação das seguintes empresas: Papercel Serviços, Saggita Trading e Gespapel.
Importa salientar, como facto relevante do ponto de vista financeiro, o recebimento de 14,7 milhões de euros que
perfazem os restantes 30% do valor da alienação de 65% do capital social da Gescartão, de acordo com os termos do concurso
público que serviu de base ao processo de reprivatização daquela empresa.
Já após o encerramento do exercício foi publicada, em 19 de Fevereiro de 2003, a resolução do Conselho de
Ministros que concretiza as condições nos termos das quais é concedida autorização à Portucel SGPS para alienar a
remanescente participação de 35% no capital social da Gescartão.
Refira-se, ainda, no âmbito da sua subsidiária Imobiliária do Tojal a celebração de um contrato de venda de uma
parte significativa do seu património imobiliário de que resultou o reconhecimento no exercício de uma mais valia de 200
milhares de euros.
Saliente-se a concretização, na Portucel SGPS, do processo de optimização de recursos humanos, em coerência com
a normal transferência de competências para as empresas participadas, adequada ao desenvolvimento do programa de
privatizações em curso.
Durante o exercício faleceu o Sr. Dr. António Cândido Gonçalves Barradas, facto que para os devidos efeitos se
menciona e lamenta profundamente.
CONTEXTO ECONÓMICO
De uma forma geral, a evolução da actividade económica, em 2002, ficou muito aquém das expectativas no final do
ano anterior.
As perspectivas de recuperação do crescimento económico permaneceram débeis e irregulares ao longo do ano,
sendo dominante a revisão em baixa dos índices de crescimento das principais economias, designadamente a partir do final
do primeiro trimestre.
Ao mesmo tempo, a margem de manobra da política monetária, começou a ficar seriamente limitada quanto à sua
eficácia.
Nos Estados Unidos da América, o uso intensivo do expansionismo monetário e fiscal permitindo, no curto prazo,
uma ligeira melhoria no indicador de crescimento da actividade, agravou o desequilíbrio das contas externas, ameaçou a
força do dólar, e fragilizou a posição orçamental.
Na Europa, por outro lado, a situação dominante foi contrária ao activismo das políticas económicas de curto prazo,
acabando por conduzir a baixos níveis de crescimento e mesmo à quebra acentuada de confiança dos agentes económicos e
do investimento das empresas.
No final do ano, assistiu-se ao agravamento do clima de incerteza, não só pelo acréscimo dos riscos geo-políticos e
pela subida dos preços do petróleo, como também pela persistência das perspectivas pouco optimistas quanto à
recuperação do crescimento económico na Europa.
Economias que representam mercados importantes, mantiveram-se praticamente estagnadas, apresentando
mesmo, no final de 2002, continuada tendência de desaceleração do ritmo de crescimento.
Esta situação, repercutindo-se nos desequilíbrios orçamentais, particularmente nas principais economias, tem
vindo, por consequência, a afastar a possibilidade de utilização de medidas políticas incentivadoras da actividade
económica, cujos efeitos não deixarão de se fazer sentir em 2003.
Neste quadro conjunturalmente desfavorável para a economia internacional, Portugal teve ainda que recorrer a um
profundo ajustamento orçamental, em resultado da ultrapassagem, em 2001, do limite máximo do déficit autorizado pelo
Pacto de Estabilidade e Crescimento.
A subida de impostos, a redução de despesas, particularmente de investimento, e a perspectiva de limitações em
matéria de salários, designadamente na função pública, conduziram ao acentuar da quebra das expectativas dos
consumidores e das empresas ao longo do ano.
A perda de confiança dos agentes económicos conjugada com o efeito negativo do enquadramento externo, levou
a uma nova queda na formação bruta de capital fixo, tanto na construção, como em bens de equipamento. Simultaneamente,
o consumo privado aproximou-se da estagnação, enquanto que o ritmo das exportações foi sucessivamente revisto em baixa.
No final do ano registava-se uma subida da taxa de desemprego, maioritariamente como consequência do
encerramento de empresas localizadas em sectores tradicionais da economia.
Neste contexto depressivo para a economia internacional e nacional não parece expectável que se assista a uma
conjuntura fácil em 2003. Porém, a clarificação da situação internacional e melhores perspectivas em matéria orçamental
poderão, já no decurso do ano, permitir que se comece a desenhar a esperada viragem para um novo período de crescimento
assente em bases mais sólidas.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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EVOLUÇÃO DO SECTOR E DO MERCADO
A evolução dos preços BEKP/NBSK permitiu demonstrar que em condições idênticas de procura e oferta, as pastas
de fibra curta de eucalipto oferecem características de valorização idênticas às tradicionalmente atribuídas às pastas de fibra
longa.
Em consequência da crescente valorização das pastas de eucalipto branqueado foi possível , num contexto
económico desfavorável, que o mercado mundial absorvesse um crescimento da oferta de 8% (12% no mercado europeu)
relativamente ao ano anterior, tendo a taxa de utilização da capacidade produtiva vindo a situar-se na ordem dos 97%,
bastante acima dos valores atingidos pelos produtores de NBSK.
Na América do Norte a procura de BEKP subiu cerca de 10%, reflectindo a crescente apreciação que as pastas de
eucalipto continuam a merecer, mesmo em mercados tradicionalmente consumidores de outras fibras. Em simultâneo
verificou-se uma ligeira contracção na procura das pastas nos principais mercados asiáticos, nomeadamente na China e na
Coreia do Sul, não podendo o BEKP escapar a esta tendência.
No sector dos papéis de impressão e escrita, assistiu-se a um decréscimo de 2,3%, ou seja 137 000 toneladas, no
volume das transacções de papéis finos não revestidos na Europa. Refira-se ainda que este decréscimo foi mais acentuado no
que respeita a encomendas provenientes dos mercados fora da Europa, onde a redução atingiu mais de 213 000 toneladas.
Esta situação não se apresentou constante ao longo de todo o ano, com o primeiro semestre a evoluir de forma
bastante encorajadora para a indústria, tendo mesmo o volume de encomendas de papéis finos não revestidos, nos mercados
da Europa Ocidental, aumentado em relação ao período homólogo de 2001, em aproximadamente 4%.
Esta tendência veio porém a sofrer uma significativa inversão na segunda metade do ano, período em que o volume
de encomendas diminuiu, também em relação a igual período de 2001, em mais de 9%.
O consumo aparente na Europa Ocidental, no conjunto de produtos para a indústria gráfica e em bobines, decresceu
respectivamente 4% e 1% relativamente a 2001. Por outro lado os produtos para escritório em A4 apresentaram um
crescimento de cerca de 2,5%.
O negócio das pastas cruas observou um período de preços deprimidos no mercado internacional, induzido pela
desaceleração da economia global, embora relativamente equilibrado em termos de volume.
O negócio do papel kraftsaco assistiu, no início do ano, a um novo agravamento das condições de mercado, com os
preços a aproximarem-se dos mais baixos patamares históricos. Com o encerramento de alguma capacidade produtiva na
Europa, foram estabelecidas as condições para dois aumentos no preço, tendo o ano terminado em contexto favorável.
DESEMPENHO GLOBAL DO GRUPO PORTUCEL
O ano de 2002 foi marcado por um clima globalmente depressivo, com as principais economias a manterem-se
praticamente estagnadas, apresentando mesmo, no final de 2002, continuada tendência de desaceleração do ritmo de
crescimento.
O ano foi assim particularmente difícil para o sector da pasta e papel, cuja evolução está em grande medida
directamente relacionada com a evolução da economia mundial.
No entanto e apesar do contexto económico pouco favorável, o empenho do Grupo em conseguir a máxima
eficiência na utilização dos recursos, o aumento considerável da produtividade e qualidade dos produtos e a melhoria
significativa da estrutura de custos, constituíram os pilares de sustentação da competitividade do Grupo a nível internacional,
o que permitiu atenuar os efeitos conjunturais e reforçar a sua afirmação no mercado papeleiro especialmente na área dos
papéis de impressão e escrita onde se insere o negócio central do Grupo.
Neste contexto, assumiram particular relevância neste exercício os resultados do Grupo Portucel Soporcel que
traduzem a concretização do processo de integração progressiva e de reforço da dimensão e internacionalização do negócio
dos papéis finos não revestidos, correspondendo à assunção dos objectivos estratégicos delineados para esta área de
negócio.
Na área das pastas cruas e do papel kraftsaco, foi dada continuidade à estratégia de integração de parte
significativa da produção de pasta crua de pinho em papel kraftsaco através da CPK, subsidiária directa da Portucel Tejo, o
que tem permitido não só um aumento sensível do volume de actividade do sub-grupo empresarial Portucel Tejo/CPK mas
também uma maior intervenção no mercado de sacos que se traduzirá num reforço da sua projecção externa.
O volume de negócios do Grupo foi de 1 133,2 milhões de euros, mais 32,3 milhões de euros que em 2001,
representando um acréscimo de 3%.
O Grupo gerou um EBITDA de quase 336 milhões de euros, crescendo 7,5% relativamente ao ano anterior. O
resultado líquido consolidado, incluindo os interesses minoritários, atingiu 82,3 milhões de euros, mais 39,5 milhões de euros
que em 2001.
Recursos Humanos
Prosseguindo os objectivos estratégicos do Grupo - aumento sustentado da competitividade, melhoria da
qualidade e defesa do ambiente - a actuação nesta área centrou-se no desenvolvimento e valorização dos profissionais
através do alargamento das suas competências procurando, simultaneamente, estimular a sua participação e melhorar os
circuitos de comunicação.
Num contexto de reorganização permanente e visando o aumento da eficácia empresarial do Grupo, foram
definidas e implementadas novas estruturas organizativas, nomeadamente, nas áreas Florestal, Comercial e Financeira.
Complementarmente, foi assegurada a formação profissional direccionada para o desenvolvimento tecnológico,
com a tónica em acções de especialização e de melhoria da qualidade.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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No âmbito da formação, refira-se, ainda, a dinamização de acções de formação profissional em ambiente de “e-
learning” corporizado pelo Projecto ELPOR, uma experiência pioneira no sector a nível nacional, que se estenderá a todo o
Grupo e se enquadra num contexto de “Learning Organization”, onde cada colaborador é agente activo no seu auto-
desenvolvimento assumindo também um papel de disseminador de conhecimentos, contribuindo assim para o
enriquecimento da organização.
As áreas de higiene, segurança e saúde no trabalho, bem como as boas práticas nos domínios da qualidade e
ambiente, continuaram a ser objecto de especial atenção, numa perspectiva de melhoria contínua, que constitui uma linha de
orientação clara do Grupo neste domínio.
Ambiente
Mantendo-se na primeira linha das preocupações do Grupo, desde a Administração a todos os seus colaboradores,
as questões Ambientais têm sido alvo de uma política simultaneamente proactiva e continuadamente estimulada, com a
plena adesão aos princípios e práticas do desenvolvimento sustentado. A adopção de uma política integrada da qualidade
e ambiente é, assumidamente, um vector fundamental no desenvolvimento estratégico do Grupo.
De forma coerente com esta política, em todas as unidades industriais foram elaborados cuidadosos e detalhados
Planos Directores, tendo por objectivo o adequado cumprimento da nova legislação nacional decorrente da transposição da
Directiva de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (IPPC), preparando as instalações industriais para a aplicação das
Melhores Técnicas disponíveis, no pressuposto da compatibilização da eficácia ambiental com a viabilidade económica da
sua implementação.
RESUMO DA ACTIVIDADE DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DO GRUPO
Portucel SGPS, SA
A Portucel SGPS, SA é a sociedade gestora de participações sociais e como tal responsável pela definição das
grandes linhas estratégicas de desenvolvimento do Grupo Portucel, bem como pelo acompanhamento da respectiva
implementação.
Aos órgãos centrais estão cometidas tarefas de coordenação, resultantes da função estratégica, ou que se traduzem
na exploração de sinergias potenciadas pela utilização de infra-estruturas e recursos comuns, designadamente nos domínios
da gestão de tesouraria e financiamentos.
Da vertente de aproveitamento de sinergias resulta uma actividade de assistência às empresas do Grupo, que é
formalmente suportada por contratos de prestação de serviços estabelecidos, nos termos da Lei, entre a Portucel SGPS, SA e
as empresas usufrutuárias.
A Portucel SGPS, SA encerrou o exercício com um resultado consolidado líquido de 42,8 milhões de euros.
Síntese do Grupo Portucel Soporcel
A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA desenvolve a sua actividade nas áreas da produção e
comercialização de pasta branqueada de eucalipto e de papéis finos de impressão e escrita, em regime de semi-integração,
operando nas suas fábricas de Setúbal e Cacia. A Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA, opera nas mesmas áreas de
negócio da Portucel SA, produzindo e comercializando pasta branqueada de eucalipto e papéis finos de impressão e escrita,
em regime de integração.
O ano 2002 foi fundamental para a consolidação da estratégia de crescimento do Grupo Portucel Soporcel no
segmento europeu dos papéis finos não revestidos, tendo sido realizado um trabalho de integração organizacional que
permitiu a obtenção de importantes sinergias, essenciais para assegurar uma posição de liderança no curto prazo.
Num ano particularmente difícil para o sector da pasta e papel, cuja evolução está em grande medida directamente
relacionada com a evolução da economia mundial, os resultados apresentados para o ano de 2002 reflectem bem os
benefícios do trabalho já realizado em favor da estratégia de integração vertical.
Em 2002, o volume de encomendas entradas nos fabricantes Europeus de papéis finos não revestidos, com destino
aos mercados Europeus, diminuiu cerca de 2,3% em relação a 2001. Não obstante, e num ano que revelou contracção na
procura, o Grupo Portucel Soporcel obteve um incremento de 13% nas encomendas provenientes dos mercados Europeus.
Por outro lado, o consumo aparente de papel fino não revestido na Europa Ocidental decresceu em 2002 cerca de 25
mil toneladas, ou seja 0,4%, em relação ao ano anterior.
Neste cenário de deterioração da procura, os stocks de pasta Norscan iniciaram no Verão um movimento de subida,
que só foi interrompido no mês de Dezembro.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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Embora a maioria dos produtores de pasta e papel tenha exercido uma maior disciplina, a conjuntura de
abrandamento generalizado das economias e de incerteza quanto à sua evolução provocou, em 2002, um enfraquecimento da
procura, com natural impacto sobre os preços, nomeadamente ao longo da segunda metade do ano.
A produção total de pasta foi 1 223 mil toneladas, mais quase 10 % que em 2001, e a produção de papel totalizou
922 mil toneladas, um acréscimo de perto de 7,4% relativamente ao ano anterior.
Apesar destas condições adversas, o Grupo Portucel Soporcel obteve um volume de negócios consolidado de cerca
de 1 086 milhões de euros durante o ano de 2002, mais 3,4% do que em 2001, tendo o negócio de papel contribuído com perto
de 73% do volume de negócios total. As vendas de papel do Grupo foram em 2002 superiores a 905 mil toneladas, ou seja um
aumento de cerca de 8% em relação a 2001; as vendas de pasta totalizaram cerca de 600 mil toneladas, mais 4,3%
relativamente a 2001.
O Grupo Portucel Soporcel gerou um EBITDA de 335,2 milhões de euros, um acréscimo de quase 11% em relação ao
EBITDA conseguido no ano anterior. A margem EBITDA obtida este ano é de 31%, dois pontos percentuais acima da margem
em 2001. O cash-flow gerado foi de 233,7 milhões de euros, mais 8,7% que em 2001.
O Grupo atingiu resultados líquidos de 89,5 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 25% relativamente
aos resultados de 2001. Este desempenho é notável considerando o ambiente de preços deprimidos que se verificou ao longo
de 2002.
Durante o ano de 2002, o Grupo Portucel Soporcel conseguiu reduzir o seu endividamento total em cerca de 192
milhões de euros, de 1 211 milhões de euros para 1 019 milhões de euros.
Portucel Florestal, SA
A Portucel Florestal, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, centrou a sua actividade na gestão do património
silvícola e na exploração das matas próprias.
O inventário florestal realizado concluiu que a uma área gerida de eucalipto de 66 mil hectares, inserida num
património fundiário próprio e arrendado de cerca de 89 mil hectares, corresponde um volume global de madeira em pé de
2,6 milhões de m3 sem casca.
No domínio da silvicultura, procedeu-se à conservação de mais de 4 200 Km de rede viária, à manutenção de cerca
de 13,4 mil hectares, à adubação de mais de 10 mil hectares e à instalação e reflorestação de cerca de 1 300 hectares de
eucaliptal.
Neste exercício a empresa continuou a estratégia de aumentar a idade de rotação do seu património florestal
próprio, aproximando-se a idade do corte dos 13 anos, contribuindo desta forma para uma maior fixação de carbono nas
florestas geridas pela empresa. O volume global explorado foi de 224 mil m3 sem casca. Prosseguiram os trabalhos técnicos
de preparação para a certificação florestal de acordo com a Norma Portuguesa, que irá ser presente ao Pan-European Forest
Certification Scheme.
O volume de negócios atingiu os 10,5 milhões de euros, tendo encerrado o exercício com um resultado líquido
negativo de 5,1 milhões de euros.
Celpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA
A Celpinus, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, foi constituída em 14 de Janeiro de 2000, no âmbito da cisão e
reestruturação do património da Portucel Florestal. A empresa tem como objectivo a recuperação e gestão de resinosas do
Grupo Portucel.
Em complemento das actividades de gestão e rentabilização do seu património, foi implementado o novo
programa de combate a fogos florestais, para garantir a defesa e crescimento da floresta nacional de pinho.
O volume de investimento atingiu o montante de 212 mil euros, dos quais 113 mil euros em manutenção.
Em 2002, a empresa realizou um volume de negócios de 900 mil euros, a que correspondeu um resultado líquido de
102,5 mil euros.
Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, Imobiliário e Turístico, SA
A Lazer e Floresta, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, foi constituída em 14 de Janeiro de 2000, no âmbito da
cisão e reestruturação do património da Portucel Florestal, tendo por objecto o planeamento, promoção e desenvolvimento de
projectos no âmbito da actividade agrícola, florestal, cinegética, imobiliária e turística.
Em 2002, a empresa realizou um volume de negócios de 3 milhões de euros, a que correspondeu um resultado
líquido de 155 mil euros.
Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA
Esta empresa é a “holding” do Grupo Inapa e configura-se como um grupo de posição predominantemente
comercial, nas áreas da distribuição do papel, com uma base forte e crescente de actividades fora do território nacional.
A actividade da empresa tem sido fortemente marcada por um grande desenvolvimento no sector da distribuição
de papel, através de aquisições de empresas distribuidoras em vários países europeus, acentuando-se assim a vertente cada
vez mais internacional das actividades de distribuição que prosseguem numa estratégia de crescimento.
Na sequência da estratégia desenvolvida em 2001, a Portucel SGPS reforçou a sua participação no capital da Inapa
IPG que, no final de 2002, representava 29,71% do capital social daquela empresa.
Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, SA
A Portucel Tejo dedica-se ao fabrico e comercialização de pastas cruas de pinho e de eucalipto. A sua fábrica de Vila
Velha de Ródão dispõe de uma capacidade produtiva anual de cerca de 110 mil toneladas.
O ano de 2002 constituiu um período de preços deprimidos no mercado internacional de pastas cruas, tendo como
pano de fundo a desaceleração da economia global. Para a Portucel Tejo foram particularmente difíceis os últimos meses do
exercício, dada a desvalorização do dólar relativamente ao euro, originando uma perda de competitividade significativa face
aos principais concorrentes da empresa, que se encontram fora da zona euro.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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No final do ano a empresa chegou mesmo a retirar-se de alguns mercados, tendo contribuído para estancar a
espiral de queda de preços que então se verificava, em particular na Ásia. Esta atitude não prejudicou a utilização da
capacidade produtiva, o que foi possível graças a factores que permitiram moderar o crescimento dos stocks - por um lado
a existência de relações mais estáveis com alguns clientes de segmentos diferenciados, onde se mantiveram vendas a preços
mais elevados e, por outro lado, o mercado cativo constituído pela participada CPK, que se revelou particularmente decisivo
neste período.
A Portucel Tejo produziu 109 700 toneladas de pasta, tendo colocado no mercado cerca de 109 300 toneladas. Cerca
de 48% do total de vendas destinou-se à integração em papel na CPK. No prosseguimento de uma estratégia de
diferenciação, foi feito um esforço especial de promoção nos segmentos de especialidades, em particular nas de eucalipto,
em que se venderam 32 mil toneladas, constituindo um máximo histórico deste produto e cerca de 60% das vendas para
mercado.
O volume de negócios da Portucel Tejo atingiu cerca de 42,5 milhões de euros, dos quais cerca de 18 milhões de
euros correspondentes a vendas para a participada CPK.
O resultado líquido não consolidado do ano foi de 112 mil euros e o cash flow atingiu cerca de 5,9 milhões de euros.
Em termos consolidados registou-se um prejuízo líquido de cerca de 1,3 milhões de euros.
Apesar de se ter vivido, pelo segundo ano consecutivo, uma conjuntura desfavorável de preços, a Portucel Tejo
mantém uma situação financeira equilibrada e suficientemente robusta, não só para enfrentar os ciclos negativos do
mercado, como para suportar a estratégia de desenvolvimento da empresa.
CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA
A CPK produz e comercializa papel kraftsaco, produto que é utilizado no fabrico de sacos de grande conteúdo. A sua
fábrica de Cacia dispõe de uma capacidade produtiva anual de cerca de 60 mil toneladas. A empresa é detida a 100% pela
Portucel Tejo, empresa à qual adquire a matéria prima utilizada no fabrico de papel.
Ao contrário de todos os seus concorrentes europeus, a fábrica de papel da CPK não se encontra fisicamente
integrada com uma fábrica de pasta. Apesar de a integração económica favorecer a competitividade do conjunto Portucel
Tejo e CPK, a não integração física tende a prejudicar a competitividade estrita do negócio do kraftsaco, quando avaliada
numa óptica isolada.
Para a Portucel Tejo a ligação à CPK, ao garantir um mercado cativo significativo, favorece a utilização da capacidade
produtiva, particularmente em conjunturas de mercado recessivas, como a que se viveu em 2002, em que a empresa pode
suspender a sua presença em alguns mercados, limitando os prejuízos, ao mesmo tempo que contribuiu decisivamente para
evitar o prosseguimento da erosão dos preços nesses mercados. O consumo da CPK, ao contribuir para moderar o crescimento
dos stocks, permitiu que a Portucel Tejo prosseguisse esta política, sem efectuar qualquer paragem comercial, favorecendo
o desempenho económico do exercício.
Nos primeiros meses de 2002, assistiu-se a um novo agravamento das condições de mercado do kraftsaco, que se
tinham começado a deteriorar no ano anterior, com os preços a aproximarem-se dos mais baixos patamares históricos. O
encerramento de alguma capacidade produtiva na Europa, a par de alguma recuperação da procura de sacos, acabaram por
gerar alguma ansiedade nos compradores, criando condições para dois importantes aumentos de preços do kraftsaco, o que
permitiu atingir o final do ano numa conjuntura francamente favorável, embora tardia, na perspectiva da recuperação dos
prejuízos acumulados desde o início do ano.
Ao longo do exercício a empresa procedeu à implantação e consolidação de uma nova macroestrutura
organizacional e canalizou grande parte dos seus esforços para a melhoria da qualidade do papel, quer na vertente do
investimento, quer na vertente do aperfeiçoamento das condições operativas. Neste contexto, a empresa optou por reduzir
a utilização da capacidade, privilegiando a melhoria de características físicas do papel mais valorizadas pelos principais
clientes. Esta estratégia procura defender a posição da CPK nos mercados mais exigentes e perante uma concorrência
tecnologicamente evoluída, que vem criando vantagens competitivas críticas ao nível da diferenciação do produto.
Apesar da limitação da utilização da capacidade, a produção atingiu 51,3 mil toneladas, representando um
crescimento de 28% relativamente ao ano anterior.
A recuperação dos preços verificada no final do ano não evitou que o respectivo nível médio se tenha situado 4%
abaixo do verificado no ano anterior. Contudo, os ganhos de eficiência conseguidos permitiram uma recuperação sensível do
desempenho económico, tendo os prejuízos líquidos atingido 1,5 milhões de euros, mas com um cash flow já positivo de 152
mil euros.
O crescimento da actividade possibilitou o aumento de 22% do volume de negócios anual, tendo atingido 28,1
milhões de euros.
Portucel Serviços – Empresa de Prestação de Serviços, SA
A Portucel Serviços, detida a 100% pela Portucel SGPS, tem como objecto social a prestação de serviços de gestão,
consultadoria e assessoria em diversas áreas.
Desta forma a empresa assegura responsabilidades de prestação de serviços, exercendo uma actividade de
coordenação e de suporte às empresas do Grupo, excepto nos domínios da gestão de tesouraria e financiamentos, que são
da área de competências da holding.
Durante 2002, a Portucel Serviços prestou assistência a um vasto leque de empresas do Grupo, suportada
formalmente por contratos celebrados com a Portucel SGPS, Portucel SA, Papercel SGPS, Portucel Tejo, CPK, Portucel Florestal,
Celpinus, Imobiliária do Tojal, Lazer e Floresta, Enerpulp, SPCG, Sociedade de Vinhos, Tecnipapel, Gespapel, Aliança Florestal
e Arboser, visando a prestação de serviços nos seus domínios de competência.
O volume de negócios referente à prestação de serviços em 2002 ascendeu a 3,5 milhões de euros, tendo a empresa
encerrado o exercício com um resultado líquido negativo de cerca de 63 mil euros.
Imobiliária do Tojal – Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA
A Imobiliária do Tojal do Tojal, detida a 100% pela Portucel SGPS, tem como objecto social a compra e venda de
imóveis e a gestão de património imobiliário.
Como facto de maior relevância em 2002, é de salientar a celebração de um contrato de venda à empresa TNS3-
-Sociedade de Construções, SA das parcelas de terreno urbanizável da Quinta da Abelheira.
Neste contexto, o volume de negócios em 2002 atingiu o montante de 4,2 milhões de euros, a que correspondeu um
resultado líquido de 65 mil euros.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
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Sosapel – Sociedade Comercial de Pasta e Papéis, Lda.
A Sosapel, detida a 80% pela Portucel SGPS, é uma empresa de “trading”, em negócios do sector das pasta e
papéis.
A situação de desequilíbrio económico e financeiro da empresa deve-se à falência de um dos principais clientes e
à perda de uma importante representação. A empresa aligeirou significativamente a sua estrutura orgânica e alargou a área
de actividade a novos negócios, esperando com estas medidas alcançar uma situação económica equilibrada já em 2003.
Entretanto, está em estudo um plano de saneamento financeiro apresentado pela gerência.
Em 2002, a empresa atingiu um volume de negócios de 415 mil euros, tendo encerrado o exercício com um
resultado líquido negativo de 249 mil euros.
Gescartão, SGPS, SA
A Gescartão é uma empresa gestora de participações sociais, cabendo-lhe a definição, coordenação e
acompanhamento das grandes linhas estratégicas de desenvolvimento do Grupo empresarial Gescartão que integra no seu
património a totalidade do capital social das empresas, Portucel Viana – produtora de kraftliner - , Portucel Embalagem –
produtora de embalagens de cartão canelado – e Portucel Recicla, actualmente desactivada em virtude da construção da
barragem do Alqueva.
A Portucel SGPS, SA detém 35% do capital social da Gescartão que obteve um volume de negócios de 192,2 milhões
de euros, representando um decréscimo de 1,8% relativamente a 2001, e encerrou o exercício com um resultado líquido
consolidado 14,1 milhões de euros.
SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA
O ano de 2002 foi marcado por um ambiente de desaceleração do ritmo de crescimento e pela incapacidade
demonstrada pelas principais economias de iniciarem o processo de retoma do crescimento da actividade; esta situação foi
ampliada pelos sucessivos escândalos financeiros e, posteriormente pela forte tensão geopolítica.
Esta conjuntura condicionou fortemente a evolução dos mercados em geral e do sector das pastas e papéis em
particular.
O volume de negócios do Grupo foi de 1 133,2 milhões de euros, mais 32,3 milhões de euros que em 2001,
representando um acréscimo de 3%.
O resultado consolidado líquido atingiu 42,8 milhões de euros, que compara muito favoravelmente com um prejuízo
de 8,5 milhões de euros em 2001. O resultado consolidado líquido com os interesses minoritários ascendeu a 82,3 milhões de
euros, mais 39,5 milhões de euros que em 2001.
O endividamento remunerado líquido, no final de 2002, ascendia a 1 333,7 milhões de euros.
PERSPECTIVAS FUTURAS
No contexto de incerteza que reina actualmente sobre a generalidade das economias mundiais, as perspectivas
para 2003 não podem deixar de ser reservadas. Neste quadro, espera-se que na primeira metade de 2003 as empresas e
particulares se encontrem ainda a ajustar o seu comportamento, culminando numa procura agregada relativamente fraca. O
segundo semestre do ano deverá testemunhar uma melhoria da procura , conduzindo a um maior crescimento económico. De
facto, espera-se que a economia europeia entre no segundo semestre de 2003 num período de maior dinamismo, que
continuará em 2004. As expectativas de crescimento da (OCDE) para esta zona económica são de 1,9% em 2003 e de 2,7% em
2004.
O mercado europeu de papéis finos de impressão e escrita não terá, ao longo de pelo menos a primeira metade de
2003, razões para grande optimismo. O nível das encomendas entradas nos fabricantes europeus no final do ano transacto
não permite prever que as vendas sejam favoráveis nos primeiros meses do corrente ano.
O Estado publicou o Decreto-Lei 6/2003, de 15 de Janeiro, que aprova o modelo para a segunda fase de
reprivatização da Portucel SA, que deverá realizar-se em dois segmentos: um segmento corresponde a um aumento de
capital até 25% do capital social da empresa, realizado preferencialmente em espécie, através de um concurso para a
entrada de um parceiro do sector da pasta e papel; outro segmento pela venda directa de até 115 125 000 acções do capital
social da empresa a um conjunto de instituições financeiras obrigadas a dispersá-las junto de investidores institucionais.
O aumento de capital fica dependente da aprovação pela Assembleia Geral da Portucel SA. Espera-se que o
caderno de encargos do concurso seja, muito em breve, aprovado pelo Conselho de Ministros.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
19
O incumprimento, por parte dos adquirentes de 65% do capital social da Gescartão durante a sua primeira fase de
privatização, relativamente ao compromisso assumido e previsto no caderno de encargos, quanto à construção de uma nova
unidade fabril na zona onde se localizavam as instalações da Portucel Recicla, levou o Grupo, em 2002, a renegociar com o
Estado os termos desse compromisso. A resolução do Conselho de Ministros publicada em 19 de Fevereiro de 2003 concretiza
as condições nos termos das quais foi concedida autorização à Portucel SGPS, SA para alienar os restantes 35% do capital
social da Gescartão, mediante uma oferta pública de venda no mercado nacional.
Lisboa, 4 de Abril de 2003
O Conselho de Administração
Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira Presidente
Dr. Mário Augusto Nunes Baptista Vogal
Dr. Luís Armando Catarino da Costa Vogal
Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho Vogal
Dr. José António de Melo Pinto Ribeiro Vogal
Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata Vogal
CORPOS SOCIAIS
Os Órgãos Sociais da Portucel SGPS têm a seguinte constituição:
Mesa da Assembleia Geral
Presidente: Dr. Carlos Adrião Rodrigues
Vice Presidente: Dr. Alfredo Manuel de Oliveira Varela Pinto
Secretário: Dr. Paulo Alexandre Moreira da Silva
Conselho de Administração
Presidente: Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira
Vogal: Dr. Mário Augusto Nunes Baptista
Vogal: Dr. Luís Armando Catarino da Costa
Vogal: Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho
Vogal: Dr. José António de Melo Pinto Ribeiro
Vogal: Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata
Órgão de Fiscalização
Alves da Cunha, A. Dias & Associados SROC, representada por:
Dr. António Domingos Henrique Coelho Garcia
R.O.C. Suplente Dr. Vitor João Amaral Vergamota
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
CONTAS CONSOLIDADAS
• Balanço• Demonstração dos Resultados por Naturezas• Demonstração dos Resultados por Funções• Demonstração dos Fluxos de Caixa
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
23
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO E 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)2002
Activo Amortizações ActivoACTIVO Notas bruto e provisões líquido 2001
IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 39 639 34 996 4 643 8 336 Despesas de investigação e de desenvolvimento 49 632 36 795 12 837 19 926 Propriedade industrial e outros direitos 2 122 1 918 204 416 Trespasses 434 629 30 521 404 108 470 830 Imobilizações em curso 7 942 - 7 942 5 338
27 533 964 104 230 429 734 504 846
Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 137 900 126 137 774 139 393 Edifícios e outras construções 379 646 164 009 215 637 228 641 Equipamento básico 2 195 083 1 325 519 869 564 915 529 Equipamento de transporte 35 983 20 615 15 368 16 965 Ferramentas e utensílios 3 713 3 198 515 563 Equipamento administrativo 34 025 27 287 6 738 7 851 Taras e vasilhame 356 102 254 93 Outras imobilizações corpóreas 13 681 10 165 3 516 5 230 Imobilizações em curso 58 004 - 58 004 61 906 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 10 906 - 10 906 3 586
27 2 869 297 1 551 021 1 318 276 1 379 757
Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do Grupo 3 003 1 850 1 153 4 150 Empréstimos a empresas do Grupo 567 370 197 197
Partes de capital em empresas associadas 82 714 - 82 714 83 345 Empréstimos a empresas associadas - - - 310 Títulos e outras aplicações financeiras 27 018 - 27 018 26 401 Outros empréstimos concedidos 25 - 25 -Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 82 - 82 58
27 113 409 2 220 111 189 114 461
CIRCULANTERealizável a Médio e Longo prazo
Existências - Médio e longo prazo Produtos e trabalhos em curso 280 710 - 280 710 282 319
51 280 710 - 280 710 282 319
Dívidas de terceiros - Médio e longo prazoClientes de cobrança duvidosa 1 941 1 941 - -Empresas associadas 55 60 690 - 60 690 60 690 Outros devedores 54 4 321 4 321 - -
66 952 6 262 60 690 60 690
Existências - Curto prazoMatérias primas, subsidiárias e de consumo 107 187 - 107 187 105 109 Produtos e trabalhos em curso 25 035 - 25 035 30 805 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 532 - 532 584 Produtos acabados e intermédios 57 011 25 56 986 48 269 Mercadorias 164 - 164 157 Adiantamentos por conta de compras 289 - 289 4 857
51 190 218 25 190 193 189 781
Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, conta corrente 216 194 - 216 194 245 379 Clientes, títulos a receber - - - 163 Clientes de cobrança duvidosa 5 419 3 619 1 800 1 749 Adiantamentos a fornecedores 2 778 68 2 710 14 003 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 216 - 216 -Estado e outros entes públicos 56 28 556 - 28 556 47 703 Outros devedores 54 10 040 101 9 939 26 475
263 203 3 788 259 415 335 472
Títulos negociáveisOutros títulos negociáveis 52 - 52 1
57 52 - 52 1
Depósitos bancários e caixaDepósitos bancários 282 898 - 282 898 122 935 Caixa 57 - 57 64
57 282 955 - 282 955 122 999
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 4 979 - 4 979 3 704 Custos diferidos 53 32 086 - 32 086 29 446
37 065 - 37 065 33 150
Total de amortizações 1 655 251
Total de provisões 12 295
Total do activo 4 637 825 1 667 546 2 970 279 3 023 476
As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2002 2001
CAPITAL PRÓPRIO Capital 249 500 249 500 Diferenças de consolidação 10 320 ( 948)Ajustamentos de partes de capital 10 23 216 28 145 Reservas de reavaliação 107 883 107 883 Reserva legal 24 554 22 361 Reservas estatutárias 8 037 4 233 Outras reservas ( 1 029) ( 703)Resultados transitados ( 24 878) ( 11 507)Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)
Total do Capital próprio 52 430 376 390 493
INTERESSES MINORITÁRIOS 58 469 272 800 803
PASSIVO
PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOSOutras provisões para riscos e encargos 46 13 862 14 723
13 862 14 723
Dívidas a terceiros - Médio e longo prazoDívidas a instituições de crédito 50 890 919 379 231 Empréstimos por obrigações - não convertíveis 50 150 000 150 000 Fornecedores de imobilizado 6 236 11 055 Outros credores 54 20 -
1 047 175 540 286
Dívidas a terceiros - Curto prazoDívidas a instituições de crédito 50 322 290 778 376 Adiantamentos de clientes 478 55 Fornecedores, conta corrente 101 199 119 872 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 10 912 12 568 Empresas do Grupo e associadas 55 3 204 1 239 Outros accionistas 1 1 Outros empréstimos obtidos 16 -Fornecedores de imobilizado 318 003 25 529 Estado e outros entes públicos 56 22 722 14 982 Outros credores 54 5 186 9 766
784 011 962 388
ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 53 139 254 123 159 Proveitos diferidos 53 86 329 191 624
225 583 314 783
Total do passivo 2 070 631 1 832 180
Total do capital próprio, dos interesses minoritários e do passivo 2 970 279 3 023 476
As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
25
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)
Notas
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 422 623 436 086
Fornecimentos e serviços externos 236 580 226 588
Custos com o pessoal:Remunerações 83 117 83 598 Encargos sociais:
Pensões 19 981 15 004 Outros 25 101 128 199 25 217 123 819
Amortizações do imobilizado corpóreo eincorpóreo 27 148 550 155 217
Provisões 46 1 114 149 664 1 748 156 965
Impostos 3 305 3 768 Outros custos operacionais 11 376 14 681 8 421 12 189
(A) 951 747 955 647
Perdas em empresas do Grupo e associadas 979 2 911 Amortizações e provisões de aplicações e
investimentos financeiros 1 850 -Juros e custos similares:
Relativos a empresas do Grupo - 490 Outros 44 67 993 70 822 79 084 82 485
(C) 1 022 569 1 038 132
Custos e perdas extraordinários 45 16 129 26 573
(E) 1 038 698 1 064 705
Imposto sobre o rendimento do exercício 38 45 926 41 956
(G) 1 084 624 1 106 661
Interesses minoritários 39 564 51 294 Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)
1 166 961 1 149 484
Vendas 36 1 123 365 1 082 150 Prestações de serviços 36 9 807 1 133 172 18 742 1 100 892
Variação da produção ( 568) 1 236 Trabalhos para a própria Empresa 2 149 5 025 Proveitos suplementares 3 074 3 154 Subsídios à exploração 722 1 230 Outros proveitos e ganhos operacionais 622 5 999 1 450 12 095
(B) 1 139 171 1 112 987 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras
aplicações financeiras - Outros 369 455 Ganhos em empresas do Grupo e associadas 68 84 Rendimentos de participações de capital 919 3 923 Outros juros e proveitos similares:
Relativos a empresas do Grupo 2 469 3 134 Outros 44 9 437 13 262 16 435 24 031
(D) 1 152 433 1 137 018
Proveitos e ganhos extraordinários 45 14 528 12 466
(F) 1 166 961 1 149 484
Resultados operacionais consolidados: (B) - (A) 187 424 157 340 Resultados financeiros consolidados: (D - B) - (C - A) ( 57 560) ( 58 454)Resultados correntes consolidados: (D) - (C) 129 864 98 886 Resultados consolidados antes de impostos: (F) - (E) 128 263 84 779 Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício: (F) - (G) 82 337 42 823 Resultado consolidado líquido do exercício após interesses minoritários: 42 773 ( 8 471)
As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
CUSTOS E PERDAS
PROVEITOS E GANHOS
2002 2001
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)
Notas 2002 2001
Vendas e prestação de serviços 36 1 133 172 1 100 892
Custo das vendas e das prestações de serviços 59 ( 783 548) ( 764 965)
RESULTADOS BRUTOS 349 624 335 927
Outros proveitos e ganhos operacionais 9 544 9 360
Custos de distribuição ( 73 161) ( 70 122)
Custos administrativos ( 72 137) ( 62 688)
Outros custos e perdas operacionais ( 24 374) ( 59 375)
RESULTADOS OPERACIONAIS 189 496 153 102
Custo líquido de financiamento ( 55 860) ( 61 086)
Ganhos (perdas) em filiais e associadas 8 1 096
Ganhos (perdas) em outros investimentos ( 1 739) 133
Ganhos (perdas) não usuais 646 117
RESULTADOS CORRENTES 132 551 93 362
Impostos sobre os resultados correntes ( 46 933) ( 44 442)
RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 85 618 48 920
Resultados extraordinários ( 4 288) ( 8 583)
Impostos sobre os resultados extraordinários 1 007 2 486
RESULTADO LÍQUIDO 82 337 42 823
Interesses minoritários ( 39 564) ( 51 294)
RESULTADO LÍQUIDO - GRUPO 42 773 ( 8 471)
RESULTADO POR ACÇÃO (em euros) 0,86 -0,17
As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
27
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002
(Montantes expressos em milhares de euros)
Notas 2002 2001
ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 1 158 802 1 119 176 Pagamentos a fornecedores ( 664 538) ( 655 234)Pagamentos ao pessoal ( 119 827) ( 129 982)
Fluxos gerados pelas operações 374 437 333 960
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento ( 29 110) ( 85 114)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional 7 004 ( 47 057)
Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 352 331 201 789
Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 2 715 5 441 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias ( 1 640) ( 10 937)
Fluxos das actividades operacionais (1) 353 406 196 293
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:
Investimentos financeiros 1 390 4 Imobilizações corpóreas 3 877 6 834 Imobilizações incorpóreas - -Subsídios ao investimento 197 2 885 Juros e proveitos similares 11 868 19 503 Adiantamentos pela desactivação da unidade fabril - -Dividendos 919 4 431
18 251 33 657 Pagamentos respeitantes a:
Investimentos financeiros ( 104 196) ( 569 674)Imobilizações corpóreas e incorpóreas ( 83 751) ( 116 878)Títulos negociáveis - -
( 187 947) ( 686 552)
Fluxos das actividades de investimento (2) ( 169 696) ( 652 895)
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos 665 971 553 979 Aumentos de capital 1 964 147 217
667 935 701 196 Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos ( 610 368) ( 54 485)Amortização de contratos de locação financeira ( 641) ( 1 035)Juros e custos similares ( 61 114) ( 73 190)Dividendos ( 19 515) ( 25 100)
( 691 638) ( 153 810)
Fluxos das actividades de financiamento (3) ( 23 703) 547 386
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 160 007 90 784
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 57 123 000 21 258
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES PROVENIENTES DO GRUPOSOPORCEL (60%) - 10 958
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 57 283 007 123 000
As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
29
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
31
PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE
2002
(Montantes expressos em milhares de euros, excepto quando especificamente referido)
INTRODUÇÃO
A Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (adiante designada por Portucel SGPS ou Empresa)
é a "holding" do Grupo Portucel, criada em Maio de 1993, por transformação em Sociedade Gestora de Participações Sociais,
da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA. Esta transformação decorreu no âmbito do processo de
reestruturação efectuado ao abrigo do Decreto-Lei nº 39/93, de 13 de Fevereiro.
O objecto social da Empresa que até Maio de 1993 era a produção e a comercialização de pastas celulósicas, papéis,
embalagens e matéria prima lenhosa, passou a ser a gestão de participações sociais, como forma indirecta de exercício de
actividades económicas, nas empresas para as quais foram transferidas as actividades anteriormente desenvolvidas pela
Empresa.
Ao longo destes últimos exercícios, no contexto das operações necessárias à pretendida reestruturação das várias
participações do Estado no sector da pasta e papel e posterior reprivatização da Portucel SA verificaram-se alterações
significativas na composição do Grupo Portucel, das quais são de salientar:
No decorrer do exercício de 2000:
• A conclusão da primeira fase do processo de privatização da Gescartão, SGPS, SA e subsidiárias a qual teve por
consequência a alienação pela Portucel SGPS de 65% da sua participação no capital dessas empresas.
• A aquisição pela Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA (Portucel SA) da totalidade do capital social
da Papéis Inapa, SA, dos quais 27,5% eram já detidos em 1999 pela Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS,
SA (Papercel SGPS), e posterior fusão por incorporação da sociedade Papéis Inapa, SA na sociedade Portucel SA,
mediante a transferência global do património da sociedade incorporada para a sociedade incorporante.
No decorrer do exercício de 2001:
• A aquisição da totalidade do capital social da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA, dos quais 40% eram
já detidos em 2000 pela Papercel SGPS.
• A compra pela Portucel SA da participação detida pela Papercel SGPS na Soporcel, efectuada em condições
idênticas às praticadas na compra dos restantes 60% de participação a terceiros exteriores ao Grupo Portucel.
Conforme se descreve na Nota 53, por se tratar de uma operação interna, porque realizada com uma subsidiária,
o ganho apurado pela Papercel SGPS nesta transacção foi diferido em balanço para imputação a resultados
quando realizado para o exterior na sequência da prevista operação de reprivatização da Portucel SA.
No decorrer do exercício de 2002:
• A Portucel SGPS adquiriu os 50% do capital da Papercel SGPS em posse da Parpública - Participações Públicas
(SGPS), SA por um valor de 400 000 milhares de euros, passando assim a deter 100% do capital da Papercel SGPS.
Também no exercício de 2002 ficou formalizada a fusão, por incorporação, da Papercel SGPS na Portucel SGPS,
fusão essa que foi reportada, para efeitos contabilísticos, a 1 de Janeiro de 2002.
• A liquidação das empresas Papercel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços de Gestão e Consultoria, SA,
Sagitta Trading - Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, SA e Gespapel - Gestão e Serviços
Técnicos Especializados, Lda.
Estas demonstrações financeiras consolidadas da Portucel SGPS foram preparadas em conformidade com o
Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, que define as normas relativas à consolidação de contas em Portugal.
As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de
demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao
Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras consolidadas anexas.
I - INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E A OUTRAS
NOTA 1 - EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO
São consideradas empresas subsidiárias aquelas em que as participações de capital detidas pela Portucel SGPS ou
suas subsidiárias são superiores a 50% e/ou em que seja exercido controlo pela Sociedade. As empresas associadas são
aquelas em que o investimento da Sociedade ou das suas subsidiárias tem carácter duradouro, onde é exercida uma
influência significativa e cuja participação no capital não é superior a 50%.
Na sequência da alteração verificada no Grupo no decorrer de 2002 (Ver Nota Introdutória), as empresas incluídas
na consolidação em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, a sede das mesmas e a proporção do capital detido, directa e
indirectamente, pela Portucel SGPS é como segue:
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
33
(a) A totalidade do património desta empresa foi transferido para a Portucel SGPS, no âmbito do processo de fusão por incorporação reportado a 1 de Janeiro de 2002.
(b) Empresas liquidadas no decorrer do exercício de 2002.
(c) Empresas constituídas em 2002.
(d) Empresas que haviam sido integradas na consolidação em 2001 pelo método da equivalência patrimonial.
Todas as empresas acima foram incluídas na consolidação em 2002 mediante a aplicação do método da integração
global.
Sede Directa Indirecta Total 2002 2001
Empresa-Mãe:Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA Lisboa - - - √ √
Subsidiárias:Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, SA Lisboa 100,00 - 100,00 √ √Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda Lisboa 80,00 - 80,00 √ √
Sub-Grupo Papercel Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (a) Lisboa - - - - √ Subsidiárias:
Papercel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços de Gestão e Consultoria, SA (b) Lisboa - - - - √
Sub-Grupo Portucel Tejo Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA V. V. Rodão 100,00 - 100,00 √ √ Subsidiárias:
CPK-Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA Lisboa - 100,00 100,00 √ √
Sub-Grupo Portucel SoporcelPortucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Lisboa 55,73 - 55,73 √ √ Subsidiárias:
Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA Setúbal - 64,59 64,59 √ √Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal - 55,73 55,73 √ √Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal - 55,73 55,73 √ √Portucel (UK), Ltd Reino Unido - 55,73 55,73 √ √Portucel Pasta y Papel, SA Espanha - 55,73 55,73 √ √Sagitta Trading - Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, SA (b) Lisboa - - - - √Setipel - Serviços Técnicos para a Industria Papeleira, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Gespapel - Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda (b) Lisboa - - - - √Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA (c) Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ -Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, SA Lisboa - 73,44 73,44 √ √Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ √Emporsil - Empresa Portuguesa de Silvicultura, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √Empremédia - Corretores de Seguros, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √Soporcel España, SA Espanha - 55,73 55,73 √ √Soporcel International, BV Holanda - 55,73 55,73 √ √Soporcel France, EURL França - 55,73 55,73 √ √Soporcel United Kingdom, Ltd Reino Unido - 55,73 55,73 √ √Soporcel Italia, SRL Itália - 55,73 55,73 √ √Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Sociedade Unipessoal, Lda Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ √Soporcel North America Inc. EUA - 55,73 55,73 √ √Soporcel Deutschland , GmbH (c) Alemanha - 55,73 55,73 √ -Soporcel Handels, GmbH (c) Austria - 55,73 55,73 √ -Viveiros Aliança - Empresa Produtora de Plantas, SA (d) Lisboa - 55,73 55,73 √ -Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA (d) Lisboa - 55,73 55,73 √ -
Denominação social
% de participação de capital em 2002 Consolidação
NOTA 2 - EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO
As empresas não consolidadas pelo método da consolidação integral ou proporcional, suas sedes sociais e a
proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2002, são as seguintes:
A Imobiliária do Tojal e a Ria Mãe não foram em 2002 e em 2001 incluídas na consolidação pelo facto do accionista
ter anunciado a intenção de venda da totalidade ou parte destas participações no curto prazo, existindo já compromissos
para a venda do capital ou dos seus principais activos.
As restantes empresas não foram consolidadas pelo método da consolidação global ou proporcional por o seu
contributo ser considerado materialmente irrelevante para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situação
financeira e resultados das operações do Grupo (nº 1 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho).
Em 2001 foi constituído pela Setipel, juntamente com outra empresa, um Agrupamento Complementar de
Empresas (ACE) designado MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE, tendo por objectivo a aquisição dos
serviços necessários à prestação de serviços de manutenção aos centros fabris da Portucel. Em 2002 foram constituídos outros
dois ACE's, o Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE formado pela Portucel e pela Soporcel, com o objectivo de
integrar a função comercial da actividade industrial do papel das duas empresas e o Cutpaper - Transformação, Corte e
Embalagem de Papel, ACE formado pela Socortel juntamente com outra empresa, com o objectivo de desenvolver
actividades de corte, embalagem, armazenagem e expedição de papel no centro fabril da Soporcel. Por representar um
efeito não materialmente relevante, a parte correspondente do Grupo nos activos e passivos e nos custos e proveitos destas
entidades não foi incluída nas presentes demonstrações financeiras.
NOTA 3 - EMPRESAS ASSOCIADAS
(a) Empresa alienada no exercício de 2002
Sede Directa Indirecta Total 2002 2001
Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA Lisboa 100,00 - 100,00 - -
Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda Aveiro 100,00 - 100,00 - -
Portucel International Trading, SA Luxemburgo 20,00 44,59 64,59 √ √
Portucel España, SA Madrid 40,00 38,75 78,75 √ √
Sacocel - Sociedade Produtora de Embalangens e
Sacos de Papel, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √
Portucel Brasil Brasil - 55,17 55,17 √ √
Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE Figueira da Foz - 55,73 55,73 - -
MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e
Papel, ACE Setúbal - 27,87 27,87 - -
Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem
de Papel, ACE Figueira da Foz - 27,87 27,87 - -
Denominação social
patrimonialPercentagem de participação em 2002
Equivalência
Sede 2002 2001 2002 2001
Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA Lisboa 29,71 27,11 √ √Gescartão, SGPS, SA Vila do Conde 35,00 35,00 - -
Controlled Sport (Portugal) - Turismo, Cinegética e Agricultura, SA (a) Castelo Branco - 23,35 - √
Denominação social
% de participação Equivalência patrimonial
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA foi consolidada por equivalência patrimonial, com base no
estipulado no nº 13.6 das normas de consolidação de contas estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.
A Gescartão, SGPS, SA encontra-se registada nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2002 ao valor
da equivalência patrimonial reportado a 31 de Dezembro de 1999 (ver Nota 60 a)).
NOTA 7 - VOLUME DE EMPREGO
O número médio de empregados ao serviço do Grupo Portucel, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de
2002 ascendeu a 2 766 (2001: 2 912 empregados).
III - INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO
NOTA 10 - DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO (CAPITAL PRÓPRIO)
Diferenças de consolidação - O saldo desta rubrica foi originado, essencialmente, pela compensação efectuada
entre o custo de aquisição das partes de capital detidas em empresas do Grupo (subsidiárias) e associadas e a proporção dos
capitais próprios à data da primeira consolidação. Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 esta rubrica tinha a seguinte
composição:
(a) Empresa objecto de fusão por incorporação na Portucel SGPS no exercício de 2002, tendo o valor em diferenças de consolidação sido reclassificado para
resultados transitados.
(b) Empresa alienada no exercício de 2002.
% de % de
participação Diferenças participação Diferenças
no de no de
capital consolidação capital consolidação
Empresas do Grupo:
Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda 80,00 320 80,00 320
Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (a) - - 50,00 ( 1 223)
320 ( 903)
Empresas associadas:
Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, SA (b) - - 23,35 ( 45)
- ( 45)
320 ( 948)
2002 2001
35
Ajustamentos de partes de capital - O saldo desta rubrica tem origem em variações ocorridas nos capitais próprios
de empresas associadas que não se relacionam com resultados do exercício. Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 esta rubrica
tinha a seguinte composição:
(a) Empresa alienada no exercício de 2002.
O valor que se encontrava registado em ajustamentos de partes de capital pela Papercel, SGPS, SA no exercício de
2001 e que incluía maioritariamente um valor relacionado com a correcção para o justo valor de parte dos activos imobilizados
da sua subsidiária Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA, no montante de cerca de 20 219 milhares de euros,
passaram a ser identificados, após a fusão da Papercel SGPS na Portucel SGPS, directamente como ajustamentos de partes
de capital relativos à Soporcel. O valor remanescente dos ajustamentos de partes de capital associados à Papercel, SGPS
foram reclassificados para Resultados transitados.
O valor registado como ajustamentos de partes de capital associados à Inapa- Investimentos, Participações e
Gestão, SA, no montante de 2 483 milhares de euros estão relacionados com a realização de correcções aos capitais próprios
da mesma empresa para harmonização de políticas contabilísticas com o Grupo Portucel.
NOTA 15 - CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
Os principais critérios valorimétricos seguidos pelas empresas do Grupo Portucel foram consistentemente
aplicados entre as empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23.
NOTA 18 - CRITÉRIO DE CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS
As participações em empresas associadas, com excepção da Gescartão, SGPS, SA, são registadas pelo método da
equivalência patrimonial tendo sido as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido
ou reduzido da diferença para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data
% de
participação
no capital 2002 2001
Papercel, SGPS, SA - - 22 147
Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 55,73 20 219 -
Gescartão, SGPS, SA 35,00 5 583 5 583
Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA ( 2 483) -
Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e
Sacos de Papel, Lda 55,73 5 5
Controlled Sport (Portugal), Turismo Cinegética e
Agricultura, SA (a) - - 420
Portucel España, SA 78,75 ( 21) ( 21)
Portucel International Trading, SA 64,59 11 11
Outras ( 98) -
23 216 28 145
partes de capital
Ajustamentos de
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
37
de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada por contrapartida
das rubricas de ajustamentos de partes de capital e diferenças de consolidação no capital próprio.
De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo
valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas
financeiros do exercício. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do
valor das participações.
IV - INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS
NOTA 21 - COMPROMISSOS FINANCEIROS E OUTRAS RESPONSABILIDADES
a) Complemento de Pensões de reforma e de sobrevivência
Conforme referido na Nota 23 h) a Portucel SGPS e as suas subsidiárias assumiram responsabilidades pelo
pagamento de complementos de pensões de reforma por invalidez ou velhice e pensões de sobrevivência.
Presentemente, coexistem diversos planos de complemento de pensões de reforma e de sobrevivência no conjunto
de empresas consolidadas, sendo eles:
(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente das
empresas do Grupo Portucel que resultaram do processo de reestruturação de 1993 mencionado na Nota
Introdutória e da aquisição e incorporação do Grupo Papéis Inapa, que tenham mais de cinco anos de serviço,
têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de
reforma ou de invalidez (Plano Portucel). Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem
em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data
da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência
ao cônjuge e a descendentes directos.
Para cobrir esta responsabilidade, foi constituído o fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões
Portucel, gerido por entidade externa.
(ii) Os colaboradores da Soporcel e empresas suas participadas têm direito após a passagem à reforma ou em
situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez, e ainda, são garantidas
pensões de sobrevivência (Plano Soporcel).
Para cobrir esta responsabilidade, foram constituídos fundos de pensões autónomos, geridos por entidade
externa, estando os activos dos fundos repartidos por cada uma das empresas.
Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2002 e 2001,
para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:
Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 a cobertura das responsabilidades das empresas pelos activos dos Fundos que
lhes estavam afectos, era como segue:
Plano Plano
Portucel Soporcel
Método Projected Unit Credit Projected Unit Credit
Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77
Tábua de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça
Taxa de desconto 6% 4%
Taxa de crescimento dos salários 3% 4%
Taxa de crescimento das pensões 2% 2%
Taxa de rendimento 6% 6%
Plano Plano
Portucel Soporcel
Método Projected Unit Credit Projected Unit Credit
Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77
Tábua de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça
Taxa de desconto 6% 4%
Taxa de crescimento dos salários 3% 4%
Taxa de crescimento das pensões 2% 2%
Taxa de rendimento 6% 6%
2002
2001
Plano Plano Plano PlanoPortucel Soporcel Portucel Soporcel
Responsabilidades por serviços passados:
Colaboradores no activo e pré-reformados 45 777 33 894 44 344 30 498
Colaboradores reformados 16 567 12 067 14 330 11 095
(A) 62 344 45 961 58 674 41 593
Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades
do Grupo: (B) 54 558 37 699 58 108 36 109
Excesso/(insuficiência) de cobertura ( 7 786) ( 8 262) ( 566) ( 5 484)
(Ganhos)/perdas actuarias não imputados a
resultados ("corridor") 3 050 2 896 4 295 3 556
Excesso/(insuficiência) de cobertura líquida (Nota 53) ( 4 736) ( 5 366) 3 729 ( 1 928)
Percentagem de cobertura (B)/(A) 88% 82% 99% 87%
2002 2001
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
39
Conforme referido na Nota 23 h), as empresas integradas na consolidação adoptam como política contabilística
para reconhecimento das suas responsabilidades com estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz
Contabilística nº 19.
Adicionalmente, para efeitos do inerente registo contabilístico, no exercício de 2001, o Grupo Portucel passou a
adoptar a metodologia de "corridor" prevista na Norma Internacional de Contabilidade nº 19, segundo a qual, os ganhos e
perdas actuariais apurados só terão reflexo nos resultados do exercício na medida em que, no início do período, o seu valor
acumulado ultrapasse (i) 10% do valor do Fundo afecto à cobertura da responsabilidade da Empresa, ou (ii) 10% do valor da
responsabilidade com serviços passados, dos dois o mais elevado. Nos exercícios em que o valor acumulado dos ganhos e
perdas actuariais ainda não reflectido em resultados ultrapassar os limites acima referidos, o valor inicial em excesso será
imputado a resultados em função do número médio de anos de trabalho remanescente para os trabalhadores integrados no
plano.
Assim, no exercício de 2002, a variação entre o excesso de cobertura, líquida de ganhos e perdas actuariais existente
em 31 de Dezembro de 2001 nos Planos Portucel e Soporcel (1 801 milhares de euros), e a insuficiência de cobertura líquida
existente em 31 de Dezembro de 2002 para os Planos Portucel e Soporcel (10 102 milhares de euros), no valor de 11 903
milhares de euros, foi registada:
(i) a débito da rubrica de custos diferidos, no montante de 1 853 milhares de euros, e
(ii) a crédito da rubrica de acréscimos de custos, no montante de 13 756 milhares de euros,
por contrapartida:
(i) de um débito na rubrica de custos com o pessoal, no montante de 19 639 milhares de euros, e
(ii) de um crédito na rubrica de disponibilidades, no montante de 7 736 milhares de euros, correspondente às
dotações efectuadas em 2002 para os Fundos de Pensões.
O valor registado a débito na rubrica de custos com pessoal tem a seguinte composição:
Plano Plano
Portucel Soporcel Total
Custo com os serviços correntes 2 851 2 421 5 272
Custo financeiro 3 506 3 333 6 839
Rendimento dos activos do plano 4 386 3 170 7 556
Imputação a custos dos ganhos e perdas actuariais 1 - 1
Transferências e ajustamentos ( 124) 95 ( 29)
10 620 9 019 19 639
DR/(CR)
Em 31 de Dezembro de 2002, o património dos Fundos associados ao Plano Portucel e ao Plano Soporcel, era
constituído pelos seguintes activos:
b) Outros compromissos
Em 2002 o Grupo Portucel tinha compromissos com fornecedores, no montante de 36 000 milhares de euros (2001:
13 277 milhares de euros) para aquisição de imobilizado.
Existem ainda nessa data compromissos assumidos, relativos à aquisição de madeira em pé, no valor de 1 630
milhares de euros (2001: 1 861 milhares de euros).
É ainda de referir que em Julho de 1998 foi celebrado um contrato de investimento entre a subsidiária Soporcel, os
seus accionistas e o Estado Português no âmbito do investimento realizado na segunda fábrica de papel, o qual estabelece
incentivos a obter pela sociedade, nomeadamente de carácter fiscal, e um conjunto de obrigações que o Conselho de
Administração da Soporcel entende serem possíveis de cumprir.
NOTA 22 - RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS
Em 31 de Dezembro de 2002 as responsabilidades por garantias prestadas pelo Grupo Portucel, não incluídas no
balanço anexo, ascendiam a 9 546 milhares de euros (2001: 22 617 milhares de euros) e estão essencialmente relacionadas
com os subsídios obtidos para o investimento (ver nota 53).
Plano Plano
Portucel Soporcel
Dívida pública e equiparados 11 836 9 468
Títulos de participação 10 980 9 803
Acções 2 556 1 773
Obrigações 21 000 12 721
Fundos de investimento imobiliário 4 043 198
Outras aplicações - curto prazo 3 814 3 640
Outras aplicações a prazo 329 96
54 558 37 699
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
41
V - INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS
NOTA 23 - BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS
Bases de apresentação
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a
partir dos livros e registos contabilísticos das empresas indicadas na Nota 1, mantidos de acordo com princípios de
contabilidade geralmente aceites em Portugal, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos.
Procedimentos de consolidação
As principais transacções e os saldos de maior significado ocorridos entre as empresas foram eliminados no
processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no
balanço na rubrica de interesses minoritários.
Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas encontram-se incluídos
no balanço consolidado, pelo método da equivalência patrimonial (ver Nota 18).
Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20%,
nas subsidiárias e associadas que justificadamente não foram incluídas na consolidação, encontram-se apresentados ao
custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.
Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos
a) Imobilizações incorpóreas
As imobilizações incorpóreas incluem nas diferentes rubricas de despesas de instalação, de investigação e
desenvolvimento e de propriedade industrial e outros direitos, essencialmente despesas suportadas com a elaboração de
estudos de organização, de desenvolvimento e de racionalização industrial. Estas despesas, excepto as que se encontram em
curso, são amortizadas de acordo com o método das quotas constantes ao longo de um período de três a cinco anos.
A rubrica de trespasses reflecte essencialmente o "goodwill" apurado na aquisição da participação na Inapa -
Investimentos, Participações e Gestão, SA e na aquisição da participação na Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA.
Estes trespasses estão a ser amortizados ao longo de um período de cinco e vinte e cinco anos, respectivamente, pois é
convicção da Administração que a recuperação dos respectivos investimentos será atingida decorridos aqueles períodos.
b) Imobilizações corpóreas
As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual no caso das imobilizações
transferidas da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA, em 31 de Maio de 1993 para outras empresas do
actual Grupo Portucel foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada.
Os bens adquiridos até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliados em conformidade com os critérios referidos na
Nota 41.
No contexto da operação de compra pela Portucel SA do capital da Soporcel realizada no exercício de 2001, o
imobilizado corpóreo desta subsidiária foi reavaliado para o justo valor em 1 de Janeiro de 2001, com base em avaliação
independente efectuada por uma entidade especializada.
As amortizações são calculadas, sobre o valor de aquisição ou reavaliado, pelo método das quotas constantes, a
partir da data da entrada em funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor,
as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadas
correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias:
Anos médios
de vida útil
Recursos naturais 14
Edifícios e outras construções 12 - 30
Equipamento básico 6 - 25
Equipamento de transporte 5 - 9
Ferramentas e utensílios 2 - 8
Equipamento administrativo 4 - 8
Taras e vasilhame 6
Outras imobilizações corpóreas 4 - 10
Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração de resultados do
exercício em que são incorridos. Os custos associados às reparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com
intervalos de cerca de dezoito meses, são imputados à demonstração de resultados em base duodecimal ao longo desse
período.
As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações
corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.
Os terrenos não são objecto de amortização.
c) Contratos de locação financeira
Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situação patrimonial das empresas
como estabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, (i) o valor dos
bens é registado em imobilizado corpóreo, sendo depreciado em conformidade com a vida útil esperada e (ii) a
responsabilidade para com terceiros pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.
d) Existências
Florestas
As florestas encontram-se classificadas na rubrica produtos e trabalhos em curso, essencialmente a longo prazo,
excluindo os terrenos que são classificados nas imobilizações corpóreas. As florestas transferidas da Portucel em 31 de Maio
de 1993 (data da constituição da Portucel Florestal), encontram-se registadas ao custo reavaliado, com base em avaliação
efectuada por uma entidade especializada, deduzido do montante atribuído à madeira cortada. O custo das florestas
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
43
adquiridas ou com as plantações efectuadas após aquela data e os custos incorridos com o desenvolvimento, conservação e
manutenção das florestas são incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a
madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata, atribuído a cada corte, o
qual inclui os custos totais incorridos em cada mata, desde o último corte.
Outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias
As outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias encontram-se valorizadas ao custo médio de
aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo
valor de mercado. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.
Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso
Os produtos acabados e intermédios e produtos e trabalhos em curso, que não as florestas, encontram-se
valorizados ao custo médio mensal de produção acumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra
directa e gastos gerais de fabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.
e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa
A provisão para depreciação de existências é constituída pela diferença entre (i) o custo de produção dos produtos
acabados e intermédios ou (ii) o custo de aquisição das matérias primas e mercadorias, e o valor de realização estimado,
sempre que este seja inferior aos primeiros.
A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos de cobrança no final
de cada ano.
f) Títulos negociáveis
Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o valor esperado de realização.
Os juros obtidos são reconhecidos como proveitos no exercício em que ocorrem e os dividendos distribuídos são reconhecidos
como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição dos dividendos.
g) Especialização de exercícios
As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos
exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento
em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e
despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (ver Nota 53).
h) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência
As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística para reconhecimento das suas
responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19, emanada da
Comissão de Normalização Contabilística. Adicionalmente, em 2001 o Grupo passou a adoptar para efeitos do inerente
registo contabilístico, a metodologia de "corridor" conforme disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 (ver
Nota 21 a)).
i) Encargos com pré-reformas
A Portucel SGPS e as suas subsidiárias constituídas na sequência do processo de reestruturação de 1993
mencionado na Nota Introdutória, assumiram a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos
celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes
pagamentos mensais correspondem, genericamente, ao salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual das
responsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas, é determinado por cálculo actuarial e registado como custo do
exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizado o cálculo actuarial das
responsabilidades e ajustado, através da demonstração dos resultados do exercício, o saldo da rubrica de encargos com pré-
reformas (ver Nota 53).
j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho
Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho
são registados, como custo extraordinário, no exercício em que o respectivo acordo é concluído.
k) Subsídios recebidos para financiamento de imobilizações corpóreas
Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreas são registados em
balanço como proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício,
proporcionalmente às amortizações das respectivas imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida
como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício.
l) Subsídios à exploração
Foi atribuído à subsidiária Soporcel um incentivo fiscal traduzido pela redução à colecta do IRC dos exercícios de
1998 a 2007 de determinados montantes apurados e escalonados em função do esforço com investimentos industriais que
para o efeito foram considerados elegíveis (ver Nota 38).
Os subsídios atribuídos sobre a forma de incentivo fiscal durante um período pré-determinado são reconhecidos na
demonstração de resultados no período em que se verifica a redução da carga fiscal.
m) Subsídios recebidos para a exploração florestal
Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento da reflorestação e da melhoria das condições de
produção das florestas em crescimento, são originalmente reflectidos em balanço, na rubrica de proveitos diferidos, para
posterior reconhecimento na demonstração dos resultados durante um período de 10 anos e 5 anos, respectivamente.
n) Transacções em moeda estrangeira
As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação. As
diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por
referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício.
As demonstrações financeiras das empresas do Grupo com moeda funcional diferente do euro, foram convertidas
para euros através da utilização das seguintes taxas de câmbio:
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
45
- Histórica para as rubricas do capital próprio, com excepção do resultado do exercício;
- Vigente no final do ano para a totalidade dos activos e passivos;
- Média do exercício para a totalidade das rubricas de custos e proveitos na demonstração dos
resultados do exercício.
o) Operações de fixação de taxa de juro futura
Os ganhos e perdas apurados em operações de fixação de taxa de juro futura, utilizadas para cobrir riscos inerentes
ao passivo das empresas do Grupo são reconhecidos à medida que são gerados (ver Nota 50).
p) Imposto sobre o rendimento
O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do
Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). O Grupo adopta, de acordo com o disposto na Directriz
Contabilística nº 28, o conceito de contabilização de impostos diferidos desde que haja uma probabilidade razoável de que
venha a registar-se matéria colectável em exercícios futuros (ver Nota 38).
VI - INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS
NOTA 27 - MOVIMENTOS NO ACTIVO IMOBILIZADO
Transfe-
Saldo rências Saldo
inicial Aumentos Alienações e abates final
Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 40 669 - - ( 1 030) 39 639
Despesas de investigação e de desenvolvimento 47 772 523 - 1 337 49 632
Propriedade industrial e outros direitos 2 106 - - 16 2 122Trespasses 509 058 - - ( 74 429) 434 629
Imobilizações em curso 5 338 6 564 - ( 3 960) 7 942
604 943 7 087 - ( 78 066) 533 964
Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 139 486 75 ( 1 850) 189 137 900
Edifícios e outras construções 374 896 347 ( 6) 4 409 379 646
Equipamento básico 2 144 550 5 676 ( 1 112) 45 969 2 195 083Equipamento de transporte 36 780 1 123 ( 2 830) 910 35 983
Ferramentas e utensílios 3 505 57 ( 5) 156 3 713
Equipamento administrativo 32 451 717 ( 185) 1 042 34 025
Taras e vasilhame 163 331 ( 138) - 356
Outras imobilizações corpóreas 14 199 243 ( 680) ( 81) 13 681Imobilizações em curso 61 906 44 377 - ( 48 279) 58 004
Adiantamentos por conta de imobilizações
corpóreas 3 586 11 394 - ( 4 074) 10 906
2 811 522 64 340 ( 6 806) 241 2 869 297
Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do Grupo 4 150 - - ( 1 147) 3 003Empréstimos a empresas do Grupo 567 - - - 567
Partes de capital em empresas associadas 83 345 265 - ( 896) 82 714
Empréstimos a empresas associadas 310 - - ( 310) -
Títulos e outras aplicações financeiras 26 401 617 - - 27 018
Outros empréstimos concedidos - 25 - - 25Adiantamentos por conta de investimentos
financeiros 58 24 - - 82
114 831 931 - ( 2 353) 113 409
3 531 296 72 358 ( 6 806) ( 80 178) 3 516 670
Rubricas
Activo bruto
As amortizações do exercício ascenderam a 152 809 milhares de euros, tendo 4 259 milhares de euros sido
reclassificados para a rubrica de custos extraordinários, dos quais 3 410 milhares de euros de acordo com o critério referido
na Nota 23 k) (ver Nota 45).
Imobilizações incorpóreas
A redução na rubrica de trespasses do imobilizado incorpóreo corresponde ao "goodwill" na operação de que
resultou a participação original de 50% da Portucel SGPS na Papercel SGPS, o qual, no âmbito do processo de fusão
mencionado na Nota Introdutória, foi anulado, pelo seu valor líquido, por contrapartida de proveitos diferidos (ver Nota 53).
Assim, em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica de trespasses apresentava a seguinte decomposição:
2002 2001
Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 428 132 428 132
Papercel - Celulose e Papel de Portugal,
SGPS, SA - 74 429
Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA 6 385 6 385
CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack 112 112
434 629 509 058
Transfe-
Saldo rências Saldo
inicial Aumentos Alienações e abates final
Imobilizações incorpóreas
Despesas de instalação 32 333 4 631 - ( 1 968) 34 996
Despesas de investigação e de desenvolvimento 27 846 9 587 - ( 638) 36 795
Propriedade industrial e outros direitos 1 690 229 - ( 1) 1 918
Trespasses 38 228 14 622 - ( 22 329) 30 521
100 097 29 069 - ( 24 936) 104 230
Imobilizações corpóreas
Terrenos e recursos naturais 93 33 - - 126
Edifícios e outras construções 146 255 17 826 ( 72) - 164 009
Equipamento básico 1 229 021 97 356 ( 794) ( 64) 1 325 519
Equipamento de transporte 19 815 3 158 ( 2 357) ( 1) 20 615
Ferramentas e utensílios 2 942 260 ( 4) - 3 198
Equipamento administrativo 24 600 3 285 ( 193) ( 405) 27 287
Taras e vasilhame 70 90 ( 58) - 102
Outras imobilizações corpóreas 8 969 1 732 ( 339) ( 197) 10 165
1 431 765 123 740 ( 3 817) ( 667) 1 551 021
Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do Grupo - 1 850 - - 1 850
Empréstimos a empresas do Grupo 370 - - - 370
370 1 850 - - 2 220
1 532 232 154 659 ( 3 817) ( 25 603) 1 657 471
Rubricas
Amortizações e provisões
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
47
Investimentos financeiros
a) Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, a rubrica partes de capital em empresas do Grupo e associadas
apresentava a seguinte composição.
Total do Capitais Resultado
activo próprios líquido 2002 2001
Empresas do Grupo
Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e
Gestão de Imóveis, SA 3 850 171 65 2 020 2 020
Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda (a) 1 467 761 ( 42) 37 37
Portucel International Trading, SA (b) 1 406 455 ( 13) 455 408
Portucel España, SA (b) 783 709 52 284 263
Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens
e Sacos de Papel, Lda (c) 2 079 207 144 207 207
Portucel Brasil 810 ( 74) 231 - 215
Viveiros Aliança - Empresa Produtora de
Plantas, SA (d) - - - - 500
Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA (d) - - - - 500
3 003 4 150
Empresas associadas
Gescartão, SGPS, SA (e) 275 377 124 685 12 802 41 350 41 350
Inapa - Investimentos, Participações e
Gestão, SA (f) 827 486 152 203 ( 24) 41 353 41 088
Controlled Sport (Portugal) Turismo,
Cinegética e Agricultura, SA (g) - - - - 896
TASC - Tecnologia de Automação Sistemas e
Controlo, Lda (h) - - - 11 11
82 714 83 345
(a) Demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 1998
(b) Demonstrações financeiras ainda não aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2001
(c) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2000
(d) Empresas que passaram a consolidar pelo método integral
(e) Demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2001
(f) Informação financeira reportada a 30 de Setembro de 2002 (contas consolidadas)
(g) Empresa alienada em 2002
(h) Demonstrações financeiras não disponíveis
Montantes
b) Na data do balanço, as rubricas empréstimos a empresas do Grupo e empréstimos a empresas
associadas, apresentavam a seguinte composição:
Estes empréstimos não vencem juros nem têm prazo de reembolso definido. O empréstimo à Ria Mãe - Criação de
Peixe, Lda encontra-se provisionado em 370 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2002.
c) Em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica Títulos e outras aplicações financeiras, apresentava a seguintecomposição:
A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui principalmente 3 282 milhares de euros respeitantes à
participação de 94% na associação sem fins lucrativos denominada RAÍZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel e
22 201 milhares de euros relativos ao custo de aquisição de 8% do capital da ENCE - Empresa Nacional de Celulose, SA,
empresa espanhola produtora de pasta celulósica, que em 31 de Dezembro de 2002 correspondia a 2 037 600 acções.
Adicionalmente, existe um valor de 1 338 milhares de euros referente à participação de 1,27% no capital da
Expresso Paper Platform B.V., empresa constituída em 25 de Maio de 2001 e que tem por objecto social disponibilizar e
promover os meios necessários para a realização de transacções automáticas entre os agentes da indústria do papel,
incluindo produtores, distribuidores e clientes finais.
%
participação 2002 2001
Raíz - Instituto de Investigação da Floresta e Papel 94,00% 3 282 3 282
ENCE - Empresa Nacional de Celulose, SA 8,00% 22 201 22 201
Expresso Paper Platform B.V. 1,27% 1 338 712
Outros 197 206
27 018 26 401
Provisão para títulos e outras aplicações financeiras - -
27 018 26 401
Montantes
2002 2001
Empresas do Grupo
Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos
de Papel, Lda 92 92
Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda 475 475
567 567
Empresas associadas
Controlled Sport (Portugal), Turismo, Cinegética e
Agricultura, SA - 310
- 310
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
49
NOTA 33 - DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS
Em 31 de Dezembro de 2002 existiam dívidas a terceiros, a mais de cinco anos no montante de 19 326 milhares de
euros (2001: 29 051 milhares de euros) (ver Nota 50).
NOTA 36 - INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
O Grupo encontra-se organizado em três áreas, uma associada à produção de pasta de papel, outra à produção de
papel de impressão e escrita e outra à produção de madeira. Estas três áreas são a base para o relato da informação
segmental principal da Empresa.
A pasta de papel é produzida em quatro fábricas, localizadas em Setúbal, Cacia, Figueira da Foz e Rodão e o papel
é produzido em Setúbal, na Figueira da Foz e Cacia, em fábricas localizadas junto das fábricas de pasta de papel. A produção
interna de madeira é efectuada em florestas plantadas em terrenos próprios e arrendados situados em território nacional. A
madeira produzida é essencialmente consumida na produção de pasta de papel. Na produção de papel é consumida uma
parte significativa da produção própria de pasta. As vendas de ambos os produtos (pasta e papel) destinam-se
essencialmente ao mercado externo.ELIMI-
FLORESTA PASTA PAPEL OUTROS NAÇÕES TOTAL
RÉDITOS
Vendas e prestações de serviços - Externas 2 304 294 939 821 697 14 232 - 1 133 172
Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 38 670 194 940 - 33 790 ( 267 400) -
Réditos totais 40 974 489 879 821 697 48 022 ( 267 400) 1 133 172
RESULTADOS
Resultados segmentais ( 5 274) 73 525 144 739 23 - 213 013 Custos não imputados - - - ( 23 517) - ( 23 517)
Resultados operacionais * ( 5 274) 73 525 144 739 ( 23 494) - 189 496
Custo de financiamento ( 1 460) ( 27 388) ( 44 539) ( 485) - ( 73 872) Proveitos financeiros - 3 503 11 768 2 740 - 18 011
Ganhos (perdas) em filiais e associadas - - 741 ( 733) - 8
Outros ganhos (perdas) 758 - - ( 1 850) ( 1 092) Impostos sobre os lucros 1 291 ( 47) ( 49 633) 2 463 - ( 45 926)
Resultados de actividades segmentais ( 4 685) 49 593 63 076 ( 21 359) - 86 625
Resultados extraordinários * ( 1 782) ( 355) ( 409) ( 1 742) - ( 4 288) Resultado líquido ( 6 467) 49 238 62 667 ( 23 101) - 82 337
Interesses minoritários 39 564
Resultado líquido do Grupo 42 773
OUTRAS INFORMAÇÕES
Activos do segmento 416 995 882 504 1 057 574 219 009 - 2 576 082 Investimentos financeiros 3 282 22 202 2 119 83 586 - 111 189
Activos da Empresa não Imputados - - - 283 008 - 283 008 Activos totais consolidados 420 277 904 706 1 059 693 585 603 2 970 279
Passivos do segmento 43 292 679 107 707 740 626 630 - 2 056 769
Passivos da Empresa não Imputados - - - 13 862 - 13 862 Passivos totais consolidados 43 292 679 107 707 740 640 492 2 070 631
Dispêndio de Capital Fixo 2 055 26 852 40 956 1 564 - 71 427
Depreciações ( 1 572) ( 47 836) ( 97 587) ( 1 555) - ( 148 550)
* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 59)
A informação relativa à distribuição das vendas e das prestações de serviços de 2002 por mercados geográficos é
a seguinte:
NOTA 38 - IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO
As empresas incluídas na consolidação estão sujeitas ao regime geral de tributação a título individual de acordo
com a legislação em vigor, encontrando-se as declarações fiscais de rendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamento
por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social). As declarações
fiscais das empresas de 1999 a 2002 encontram-se ainda pendentes de revisão pelas autoridades fiscais. As Administrações
das empresas incluídas na consolidação consideram que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das
autoridades fiscais àquelas demonstrações financeiras não deverão ter efeito significativo nas demonstrações financeiras
consolidadas em 31 de Dezembro de 2002.
O Grupo Portucel regista nas suas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias que se verificam
entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal, de acordo com o disposto na
Directriz Contabilística n.º 28.
O encargo com o imposto sobre o rendimento registado no exercício de 2002, que apresenta um valor de 45 926
milhares de euros, inclui o efeito do imposto diferido gerado pelas diferenças temporárias abaixo referidas:
PASTA PAPEL TOTAL
Vendas e prestações de serviços:
Alemanha 75 617 107 030 182 647 Espanha 47 425 118 481 165 906
França 36 840 125 716 162 556
Grã-Bretanha 20 870 88 714 109 584 Itália 22 390 92 421 114 811
Portugal 12 012 86 524 98 536
Holanda 22 619 32 130 54 749 Outros 57 166 170 681 227 847
294 939 821 697 1 116 636
Demonstraçãodos
resultadosImposto Impostodiferido diferido Impostosactivo passivo sobre o
(Nota 53) (Nota 53) rendimentoImpostos diferidos
Saldo em 1 de Janeiro de 2002 10 212 ( 90 293) -
Encargos com amortizações e grandes reparações na Soporcel com diferente tratamento contabilístico e fiscal nas contas sociais e consolidadas - ( 5 589) 5 589
Variação na cobertura líquida das responsabilidades com complementos de pensões de reforma em 2002 (ver Nota 21) 2 230 1 698 ( 3 928)
Prejuízos fiscais gerados por empresas do Grupo em 2002 dedutíveis em exercícios futuros 1 255 - ( 1 255)
Variação no exercício das provisões para outros riscos e encargos ( 326) - 326
Acréscimo das amortizações do exercício originadas por reavaliações, não aceite fiscalmente - 2 501 ( 2 501)
Outros ( 8) ( 76) 84
Saldo em 31 de Dezembro de 2002 13 363 ( 91 759) ( 1 685)
Imposto corrente 47 611
Imposto sobre o rendimento 45 926
Balanço
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
51
É de salientar que o encargo com o imposto sobre o rendimento acima referido se encontra reduzido por uma
dedução à colecta, no montante de 2 921 milhares de euros (2001: 3 912 milhares de euros), correspondente ao incentivo fiscal
definido para o exercício de 2002, concedido pelo Estado Português à Soporcel no âmbito do projecto de que resultou a
instalação da segunda máquina de papel (ver Nota 23 l)).
Na sequência do apuramento em 2002 do valor final do investimento, que é inferior ao valor inicialmente previsto
e utilizado em exercícios anteriores para o cálculo do incentivo fiscal a deduzir, foi efectuada uma correcção à declaração fiscal
de 2001 da Soporcel no valor de 991 milhares de euros. Ascende a 2 453 milhares de euros a diferença entre o valor do
incentivo fiscal deduzido provisoriamente até ao exercício de 2000 e aquele que seria dedutível com base no valor final do
investimento. Esta diferença será compensada em base sistemática, nas deduções do incentivo a efectuar até ao exercício de
2007 ascendendo a 1 561 milhares de euros a parcela por regularizar em 31 de Dezembro de 2002. Em 31 de Dezembro de
2002 o incentivo fiscal ainda por utilizar, ascende a 10 222 milhares de euros.
NOTA 39 - REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS
As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe distribuíram-se da seguinte forma:
NOTA 41 - REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS
O Grupo procedeu à reavaliação das suas imobilizações corpóreas pela aplicação ao custo e às amortizações
acumuladas de índices de actualização monetária, ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente:
• Decreto-Lei nº 430/78 de 28 de Dezembro
• Decreto-Lei nº 219/82 de 2 de Junho
• Decreto-Lei nº 399-G/84 de 28 de Dezembro
• Decreto-Lei nº 118-B/86 de 27 de Maio
• Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril
• Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro
• Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro
• Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro
NOTA 43 - VALORES COMPARATIVOS
A Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações materialmente relevantes de
práticas contabilísticas, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis com os do exercício anterior.
2002 2001
Conselho de Administração 1 745 2 374
Fiscal Único 18 20
1 763 2 394
NOTA 44 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS
Os rendimentos de participações de capital correspondem aos dividendos recebidos pelas acções da ENCE detidas
pela Portucel, SA (ver Nota 27 c)).
NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS CONSOLIDADOS
Em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica de outros custos e perdas extraordinários inclui essencialmente cerca de 4
288 milhares de euros (2001: 8 583 milhares de euros) de custos com indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo
acordo de contratos de trabalho (ver Nota 23 j)), cerca de 3 410 milhares de euros relativos às amortizações de bens
subsidiados (2001: 3 888 milhares de euros) (ver Nota 23 k) e 27) e cerca de 1 293 milhares de euros relativos a insuficiências
de estimativa de IRC em exercícios anteriores.
A rubrica de outros proveitos e ganhos extraordinários inclui principalmente os proveitos relativos aos subsídios ao
investimento que têm igualmente compensação nas amortizações incluídas nos custos extraordinários (ver Nota 23 k)).
Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001
Donativos 571 453 Recuperação de dívidas 12 26
Dívidas incobráveis 1 923 284 Ganhos em existências 1 781 1 345
Perdas em existências 1 330 1 532 Ganhos em imobilizações 1 685 1 614
Perdas em imobilizações 752 2 037 Benefícios de penalidades contratuais 9 987
Multas e penalidades 57 1 250 Reduções de amortizações e provisões 3 833 1 496
Correcções relativas a exercícios Correcções relativas a exercícios
anteriores 747 - anteriores 2 320 997
Outros custos e perdas extraordinários 10 749 21 017 Outros proveitos e ganhos extraordinários 4 888 6 001
16 129 26 573
Resultados extraordinários consolidados ( 1 601) ( 14 107)
14 528 12 466 14 528 12 466
Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001
Juros suportados 49 875 61 444 Juros obtidos 4 727 6 908
Provisões para aplicações financeiras 1 850 - Rendimentos de participação de
Diferenças de câmbio desfavoráveis 8 810 10 663 capital 919 3 923
Descontos de pronto pagamento Rendimentos de títulos negociáveis e
concedidos 6 238 5 348 outras aplicações financeiras 369 455
Perdas em empresas do Grupo e Diferenças de câmbio favoráveis 6 741 11 917
associadas 979 2 911 Descontos de pronto pagamento obtidos 407 521
Outros custos e perdas financeiros 3 070 2 119 Ganhos em empresas do Grupo e
associadas 68 84
70 822 82 485 Outros proveitos e ganhos financeiros 31 223
Resultados financeiros consolidados ( 57 560) ( 58 454)
13 262 24 031 13 262 24 031
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
53
NOTA 46 - MOVIMENTOS NAS CONTAS DE PROVISÕES
A provisão para outros riscos e encargos - Investimentos financeiros destina-se a cobrir a perda estimada na venda
da participação remanescente no capital da Gescartão, SGPS, SA, no montante de 5 538 milhares de euros, e de eventuais
responsabilidades com a subsidiária Portucel Brasil.
Da provisão para outros riscos e encargos no montante de 7 409 milhares de euros, (i) 4 641 milhares de euros
correspondem à parcela ainda não utilizada da provisão constituída na sequência da aquisição pela Portucel SA do capital
social da Papéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face aos ajustamentos apurados para efeitos de justo valor e (ii) 2 768
milhares de euros respeitam a uma provisão que se destina a fazer face a eventuais passivos que possam decorrer de
contingências existentes na Portucel SGPS reportadas a exercícios anteriores.
A provisão para investimentos financeiros - Partes de capital em empresas do Grupo constituída no exercício de
2002, no montante de 1 850 milhares de euros, destina-se a fazer face à perda estimada na realização da participação
financeira na Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA.
Saldo Constituição/ Utilização/ Saldoinicial reforço reposição final
Provisões para investimentos financeiros Partes de capital em empresas do Grupo (Nota 44) - 1 850 - 1 850
Empréstimos a empresas do Grupo 370 - - 370
370 1 850 - 2 220
Provisão para cobranças duvidosas:
Clientes 7 714 278 ( 2 432) 5 560
Outros devedores 4 518 33 ( 129) 4 422
Adiantamentos a fornecedores - 68 - 68
12 232 379 ( 2 561) 10 050
Provisão para depreciação de existências
(ver Nota 51) 372 - ( 347) 25
Provisões para riscos e encargos:
Outras provisões para riscos e encargos:
Processos judiciais em curso 451 661 ( 271) 841
Investimentos financeiros 5 538 74 - 5 612
Provisões para outros riscos e
encargos 8 734 - ( 1 325) 7 409
14 723 735 ( 1 596) 13 862
27 697 2 964 ( 4 504) 26 157
NOTA 47 - LOCAÇÃO FINANCEIRA
Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo Portucel mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:
(a) Essencialmente constituído pelos equipamentos associados à actividade de cogeração da SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA.
NOTA 50 - EMPRÉSTIMOS
Em 31 de Dezembro 2002, o detalhe dos empréstimos obtidos pelo Grupo Portucel era como segue:
• Empréstimos sindicados
A dívida relativa a empréstimos sindicados corresponde a dois financiamentos, no montante de 150 000 milhares de
euros e de 300 000 milhares de euros, contraídos pela Portucel SA junto de sindicatos bancários em Junho de 2002 e em
Agosto de 2002, respectivamente. O empréstimo de 150 000 milhares de euros é reembolsado em 4 prestações semestrais de
2002 2001
Equipamento básico (a) 24 940 24 940
Equipamento de transporte 1 726 1 401
Equipamento administrativo - 1 967
26 666 28 308
Valor de mercado dos
bens no início do contrato
Curto Médio e Curto Médio e
prazo longo prazo prazo longo prazo
Empréstimos bancários:
Empréstimos sindicados - 450 000 - -
Papel Comercial 40 000 346 579 670 000 259 494
Financiamentos do BEI 21 798 79 115 12 101 100 781
Empréstimos em JPY 1 331 2 066 - -
Empréstimos em USD 2 885 10 291 7 882 14 460
Empréstimos em CHF 3 398 - 3 328 -
Empréstimo do Fundo EFTA 142 856 1 768 998
Financiamentos do IAPMEI/PEDIP 1 687 2 012 1 523 3 453
Descobertos bancários 203 324 - 81 504 -
Hot Money 44 661 - - -
Outros empréstimos internos 3 064 - 270 45
322 290 890 919 778 376 379 231
Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - 150 000 - 150 000
322 290 1 040 919 778 376 529 231
2002 2001
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
55
igual valor, vencendo-se a primeira em Dezembro de 2005 e a última em Maio de 2007. O empréstimo de 300 000 milhares
de euros é reembolsado em 4 prestações semestrais de igual valor, vencendo-se a primeira em Fevereiro de 2006 e a última
em Agosto de 2007. Os dois empréstimos vencem juros à taxa equivalente à EURIBOR para seis meses acrescida de 0,9% e
1%, respectivamente.
• Papel comercial
A dívida relativa a papel comercial corresponde a:
- Financiamentos contraídos pela Portucel SA no montante de 346 579 milhares de euros, classificados a médio e
longo prazo, relacionados com a emissão de vários Programas de Papel Comercial por oferta privada e com
garantia de subscrição. O prazo dos Programas de Papel Comercial é de um ano, vencendo-se antes de 31 de
Dezembro de 2003, podendo, contudo, ser renovados por períodos iguais. Relativamente a estes financiamentos,
que se encontram classificados a médio e longo prazo, a Administração da Empresa não prevê que estes venham
a ser reembolsados no prazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros a taxas anuais, que em 2002, variaram
entre 3,4% e 3,87%.
- Financiamento contraído pela Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA no montante de 40 000 milhares de
euros registados a curto prazo. Este financiamento vence juros a taxas anuais que variaram entre 3,48% e 3,59%.
• Financiamentos do BEI
Estes financiamentos foram concedidos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e vencem juros a taxas anuais que
variam entre 2,88% e 5,41%. O prazo de reembolso e os montantes de divisas em dívida, relativamente ao saldo registado
a médio e longo prazo, eram os seguintes:
• Empréstimos em USD
Em 31 de Dezembro de 2002 a Portucel SA disponha de empréstimos em dólares americanos (USD) registados a
curto prazo (corresponde ao contravalor de USD 3 025 820) e a médio e longo prazo (corresponde ao contravalor de USD 10
792 195). O empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído junto do BCP. O empréstimo que se encontra
registado a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser
reembolsado no prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 2,3% e 2,8%.
• Empréstimos em CHF
Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em francos suíços (CHF) registado a curto prazo corresponde ao
contravalor de CHF 4 935 071. Este empréstimo vence juros a taxas anuais que variaram entre 1,6% e 2,6%.
Anos
2004 2005 2006 2007 seguintes Total
Em milhares de Euros 19 163 16 517 10 743 9 643 19 286 75 352
Em milhares de Francos suíços 3 819 1 637 - - - 5 456
• Empréstimos em JPY
Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em ienes Japoneses (JPY) registado a curto prazo corresponde ao
contravalor de JPY 165 569 805 e o registado a médio e longo prazo corresponde ao contravalor de JPY 257 048 604. O
empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído pela Portucel SA junto do BCP. O empréstimo registado
a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser reembolsado no
prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 0,70% e 0,96%.
• Empréstimo em EUR
Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em euros registado a curto prazo corresponde a um financiamento à
exportação contraído junto do Banco Comercial Português. Este empréstimo venceu juros a taxas anuais que variaram entre
3,9% e 4,3%.
• Empréstimo do Fundo EFTA
As dívidas a instituições de crédito, incluem um empréstimo contraído pela Portucel SA junto do Fundo EFTA para o
Desenvolvimento Industrial de Portugal, destinado à modernização e racionalização de instalações e ao desenvolvimento de
projectos específicos no âmbito da sua actividade. Este empréstimo, com o capital inicial no montante de 998 milhares de
euros, foi subscrito em 12 de Julho de 2001 e vence juros semestrais e postecipados indexados à Taxa Base Anual. Este
empréstimo será reembolsado em sete prestações semestrais e sucessivas vencendo-se a primeira em 12 de Julho de 2003.
• Financiamentos do IAPMEI
Estes financiamentos obtidos no âmbito do PEDIP correspondem a (i) um empréstimo com o valor inicial de 2 508
milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais até 2004 e não vence juros, (ii) um empréstimo com o
valor inicial de 406 milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais iguais no período compreendido entre
2003 e 2008 e não vence juros, e (iii) um empréstimo com o valor inicial de 3 943 milhares de euros que está a ser reembolsado
em prestações semestrais e sucessivas no período compreendido entre 2000 e 2004.
• Descobertos bancários
Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros a taxas correntes de
mercado.
• Empréstimos obrigacionistas
O empréstimo obrigacionista refere-se à emissão em 1999 pela Empresa de 15 000 000 obrigações, com o valor
nominal de 10 euros cada. Este empréstimo foi subscrito em 13 de Maio de 1999, vence juros semestrais e postecipados a
uma taxa indexada à Euribor e tem um prazo de reembolso previsto, ao par, para 13 de Maio de 2004, havendo a
possibilidade da Empresa proceder ao reembolso antecipado da totalidade ou parte do empréstimo desde 13 de Maio de
2000. A Empresa negociou a fixação da taxa de juro deste financiamento em 5,82% (ver Nota 23 o)).
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
57
Os empréstimos classificados em médio e longo prazo, têm o seguinte plano de reembolso previsto:
NOTA 51 - EXISTÊNCIAS
As florestas e os contratos de corte diferido, classificados a médio e longo prazo, correspondem a florestas em fase
de crescimento, as quais se espera não sejam cortadas no prazo de um ano. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de
2002, o movimento da rubrica produtos e trabalhos em curso - florestas foi como segue:
2003 358 9372004 173 8102005 55 5112006 236 1112007 197 2242008 e seguintes 19 326
1 040 919
Curto Médio e Curto Médio e
prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total
Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo 107 187 - 107 187 105 109 - 105 109
Produtos e trabalhos em curso:
Florestas 18 619 280 710 299 329 23 161 282 319 305 480
Outros 6 416 - 6 416 7 644 - 7 644
25 035 280 710 305 745 30 805 282 319 313 124
Subprodutos, desperdícios, resíduos
e refugos 532 - 532 584 - 584
Produtos acabados e intermédios 57 011 - 57 011 48 641 - 48 641
Mercadorias 164 - 164 157 - 157
Adiantamentos por conta de compras 289 - 289 4 857 - 4 857
57 996 - 57 996 54 239 - 54 239
Menos: Provisão para depreciação de
existências (ver Nota 46) 25 - 25 372 - 372
190 193 280 710 470 903 189 781 282 319 472 100
2002 2001
2002 2001
Saldo inicial 305 480 233 255
Integração da Soporcel (60%) - 72 245
Custos de plantação, reflorestação e conservação 16 406 24 344Outros custos de manutenção - -
Floresta em propriedade alienada ( 2 005) -
Cortes efectuados no exercício ( 20 553) ( 24 364)
299 328 305 480
Em 31 de Dezembro de 2002 as existências à guarda de terceiros ascendiam a 10 576 milhares de euros (2001: 8 456
milhares de euros). Estas existências encontram-se essencialmente localizadas em armazéns exteriores à Empresa situados
no estrangeiro.
Em 31 de Dezembro de 2002 encontravam-se em trânsito matérias primas no montante de 1 631 milhares de euros
(2001: 3 703 milhares de euros).
A rubrica de adiantamentos por conta de compras corresponde aos adiantamentos a fornecedores para a aquisição
de madeira. Os adiantamentos efectuados resultam das condições de compra definidas contratualmente com um fornecedor
para a aquisição de madeira a preço pré-determinado.
NOTA 52 - MOVIMENTOS NOS CAPITAIS PRÓPRIOS
Reservas legais - De acordo com a legislação vigente e os seus estatutos, as empresas que constituem o Grupo são
obrigadas a transferir para a rubrica de reservas legais, no mínimo 5% (10% para a Portucel SGPS) do resultado líquido anual
até que a mesma atinja 20% do capital. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo contudo, ser utilizada
para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas. A diminuição verificada no exercício nas reservas legais
resultou da reclassificação das reservas legais associadas à Papercel SGPS para resultados transitados na sequência do
processos de fusão.
Reservas de reavaliação - Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da
legislação aplicável (ver Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal,
estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em
futuros aumentos do capital ou em outras aplicações especificadas na legislação.
Reservas estatutárias - Estas reservas estão a ser constituídas a nível da subsidiária Portucel - Empresa Produtora
de Pasta e Papel, SA dado estar definido nos estatutos desta empresa que, pelo menos 10% do resultado líquido anual
distribuível deverá ser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos.
Saldo Aumentos/ Transferências/inicial (diminuições) regularizações Total
Capital 249 500 - - 249 500Diferenças de consolidação (ver Nota 10) ( 948) 1 268 - 320Ajustamentos de partes de capital (ver Nota 10) 28 145 ( 4 929) - 23 216Reservas de reavaliação 107 883 - - 107 883Reservas: Reservas legais 22 361 ( 1 979) 4 172 24 554 Reservas estatutárias 4 233 - 3 804 8 037 Outras reservas ( 703) ( 366) 40 ( 1 029)Resultados transitados ( 11 507) 3 116 ( 16 487) ( 24 878)Resultado consolidado líquido
Exercício de 2001 ( 8 471) - 8 471 -Exercício de 2002 - 42 773 - 42 773
390 493 39 883 - 430 376
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
59
O aumento líquido verificado no exercício de 2002 nos capitais próprios é analisado como segue:
NOTA 53 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS
O montante de 4 304 milhares de euros (2001: 11 016 milhares de euros) registado na rubrica de conservação e
reparação é constituído por despesas incorridas pelas empresas incluídas na consolidação relativas a conservação plurienal
em imobilizado (ver Nota 23 b)).
2002 2001
Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)
Correcção para efeitos de justo valor de parte dos activos imobilizados da
Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA e uniformização de políticas
contabilísticas - 21 554
Correcção na participação financeira na Inapa - Investimentos, Participações e
Gestão no âmbito da uniformização de políticas contabilísticas ( 2 483)
Outros ( 407) 509
39 883 13 592
Aumentos/(reduções)
2002 2001
Custos diferidos:
Fundo de Pensões (Nota 21) 8 354 6 501
Encargos com empréstimos 2 949 1 074
Imposto diferido activo (Nota 38) 13 363 10 212
Conservação e reparação 4 304 11 016
Outros 3 116 643
32 086 29 446
Acréscimos de custos:
Encargos com férias, subsídio de férias, prémios e outros
encargos com o pessoal 12 214 11 999
Fundo de Pensões (Nota 21) 18 455 4 699
Imposto diferido passivo (Nota 38) 91 759 90 293
Encargos com pré-reformas (Nota 23 i)) 198 524
Encargos financeiros vencidos e não pagos 9 481 5 278
Descontos de vendas 4 262 3 435
Penalidades por rescisões contratuais 1 279 3 131
Outros 1 606 3 800
139 254 123 159
Proveitos diferidos:
Proveitos na alienação de participações financeiras 70 487 171 261
Subsídios para investimentos em imobilizado 5 249 7 021
Outros subsídios 10 593 13 342
86 329 191 624
O valor registado na rubrica de proveitos diferidos - Proveitos na alienação de participações financeiras em 31 de
Dezembro de 2002 corresponde à diferença apurada entre (i) o preço acordado entre a Papercel SGPS e a Portucel, SA para
a alienação pela primeira à segunda da participação financeira na Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA em 2001, no
montante de 461 895 milhares de euros, e (ii) o valor pelo qual essa participação se encontrava registada nas contas da
Papercel SGPS na data da alienação, 290 634 milhares de euros.
Por se tratar de uma operação interna, realizada com uma subsidiária, este ganho apenas será imputado a
resultados, para efeitos de preparação de contas estatutárias, no momento em que venha a ser alienada a terceiros,
exteriores ao Grupo, a participação financeira na Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA.
A este valor foi deduzido no exercício de 2002 (i) a diferença entre o preço de aquisição pago pela Portucel SGPS
pelos 50% remanescentes do capital da Papercel SGPS (400 000 milhares de euros) e o valor correspondente a 50% dos
capitais próprios da Papercel SGPS nessa data (351 326 milhares de euros), no montante de 48 674 milhares de euros, e (ii)
o valor líquido do “goodwill” registado nas contas da Portucel SGPS em 1 de Janeiro de 2002 relativamente à participação
original de 50% no capital da Papercel SGPS, no montante de 52 100 milhares de euros (ver Notas Introdutória e 27).
Foi atribuído à Portucel, SA um subsídio ao investimento no montante de 25 495 milhares de euros, no âmbito do
Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (PEDIP II). Este montante reparte-se da
seguinte forma:
O subsídio reembolsável foi integralmente reembolsado até 31 de Dezembro de 2002, tendo sido paga em Maio de
2002 a última prestação no montante de 3 368 milhares de euros (ver Nota 54).
Relativamente ao subsídio a fundo perdido, a Portucel, SA tem registado em balanço o montante recebido na
rubrica de proveitos diferidos.
Subsídio reembolsável ao investimento 11 456Subsídio a fundo perdido 14 039
25 495
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
61
NOTA 54 - OUTROS DEVEDORES
O valor a receber da Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA, no montante de 3 643 milhares
de euros (2001: 3 643 milhares de euros), resultou da cessão à Portucel SGPS, de créditos da Fapajal - Fábrica de Papel do
Tojal, SA sobre essa empresa como forma de regularizar uma parcela das suas dívidas.
O valor a receber da Imocapital - SGPS, SA referia-se a 30% do preço de aquisição por esta entidade de 65% da
Gescartão, SGPS, SA, o qual, de acordo com os termos do Concurso Público que serviu de base ao processo de reprivatização
da Gescartão, foi liquidado no exercício de 2002.
O montante de 1 756 milhares de euros apresentado na rubrica de outros credores refere-se a indemnizações
recebidas por accionamento de seguros de crédito, pendentes de regularização e relacionadas com parte das dívidas de
clientes de cobrança duvidosa de curto prazo.
Curto Médio e Curto Médio e
prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total
Outros devedores:
Pessoal 1 162 - 1 162 2 477 - 2 477
Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA 3 643 - 3 643 3 643 - 3 643
Agro Vale do Lucriz - 2 582 2 582 - 2 582 2 582
ENEPAC - 1 739 1 739 - 1 868 1 868
Imocapital - SGPS, SA - - - 14 715 - 14 715
Outros 5 235 - 5 235 5 708 - 5 708
10 040 4 321 14 361 26 543 4 450 30 993
Provisão para cobranças duvidosas (Nota 46) 101 4 321 4 422 68 4 450 4 518
9 939 - 9 939 26 475 - 26 475
Outros credores:
Pessoal 523 - 523 925 - 925
Seguradores 1 756 - 1 756 1 756 - 1 756
Subsídios ao investimento (Nota 53) - - - 3 368 - 3 368
Adiantamentos por vendas de imobilizado 1 132 - 1 132 794 - 794
Credores por subscrições não liberadas 506 - 506 512 - 512
Outros 1 269 20 1 289 2 411 - 2 411
5 186 20 5 206 9 766 - 9 766
2002 2001
NOTA 55 - EMPRESAS ASSOCIADAS
O valor registado em Empresas associadas - médio e longo prazo, refere-se ao saldo em dívida pela Gescartão,
SGPS, SA o qual é remunerado a taxas correntes de mercado. Foi celebrado um acordo no âmbito do processo de
reprivatização desta empresa, segundo o qual este saldo deverá ser reembolsado em prestações periódicas, ou de uma só
vez, até à data de conclusão da operação de privatização da totalidade do capital social da empresa ou, no máximo, até
quatro anos após a data em que forem transmitidas para a titularidade dos respectivos adquirentes as acções
correspondentes à maioria do capital social da empresa.
NOTA 56 - ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes
públicos. Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 com estas entidades eram os seguintes:
Saldo Saldo Saldo Saldo
devedor credor devedor credor
Médio e Curto Médio e Curtolongo prazo prazo longo prazo prazo
Empresas do Grupo Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA - ( 3 729) - ( 1 153) Outros - 525 - ( 86)
Empresas associadas Gescartão, SGPS, SA 60 690 - 60 690 -
60 690 ( 3 204) 60 690 ( 1 239)
20012002
Saldos Saldos Saldos Saldosdevedores credores devedores credores
Imposto sobre o Valor Acrescentado 23 945 766 23 472 1 201Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 2 889 14 196 19 927 8 194Segurança Social 12 1 989 - 1 969Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenção na fonte 178 2 153 - 2 666Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - retenções na fonte 1 008 2 441 3 834 239Outros 524 1 177 470 713
28 556 22 722 47 703 14 982
2002 2001
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
63
NOTA 57 - CAIXA E EQUIVALENTES
NOTA 58 - INTERESSES MINORITÁRIOS
Os interesses minoritários representam a proporção dos capitais próprios das empresas incluídas na consolidação
(ver Nota 1), que não é detida pelo Grupo Portucel.
A variação verificada na rubrica de interesses minoritários entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2002 é explicada
por:
• Alteração da percentagem de participação do Grupo no sub-grupo Portucel Soporcel em consequência da
aquisição no exercício de 2002, dos 50% do capital da Papercel SGPS em posse da Parpública - Participações
Públicas (SGPS), SA, com a consequente redução dos interesses minoritários.
• Proporção dos resultados apurados por esse conjunto de empresas no exercício de 2002.
• Proporção dos movimentos efectuados nas empresas directamente nas rubricas de capital próprio no exercício de
2002.
• Distribuição dos dividendos de 2001 atribuídos no exercício de 2002.
2002 2001
Numerário 57 64Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 282 898 122 935
282 955 122 999
Outros títulos negociáveis 52 1
52 1
283 007 123 000
NOTA 59 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES
a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos resultados por
naturezas e na demonstração dos resultados por funções.
A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz
Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de
Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, o valor dos resultados
extraordinários (1 601 milhares de euros) apresentado na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 45), foi
parcialmente reclassificado para resultados correntes (2 687 milhares de euros).
b) Custo das vendas e das prestações de serviços
Produtos Subprodutos Prestaçõesacabados e desperdícios de
intermédios Mercadorias e refugos serviços Total
Existências iniciais 48 641 157 584 - 49 382
Entradas provenientes da produção/compras 1 067 217 410 20 040 9 013 1 096 680
Regularização de existências 307 - - - 307
Saídas para a produção e imobilizado ( 286 055) - ( 19 059) - ( 305 114)
Existências finais ( 57 011) ( 164) ( 532) - ( 57 707)
Custo das vendas 773 099 403 1 033 9 013 783 548
Por Reclas- Por Por Reclas- Por
naturezas sificação funções naturezas sificação funções
Resultados operacionais 187 424 2 072 189 496 157 340 ( 4 238) 153 102
Resultados financeiros ( 57 560) ( 31) ( 57 591) ( 58 454) ( 1 286) ( 59 740)
Resultados correntes 129 864 2 687 132 551 98 886 ( 5 524) 93 362
Resultados extraordinários ( 1 601) ( 2 687) ( 4 288) ( 14 107) 5 524 ( 8 583)
Resultado líquido do exercício com
minoritários 82 337 - 82 337 42 823 - 42 823
Resultado líquido do exercício após
interesses minoritários 42 773 - 42 773 ( 8 471) - ( 8 471)
2002 2001
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
65
NOTA 60 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES
a) Gescartão, SGPS, SA
Concluiu-se no primeiro trimestre de 2000 a primeira fase do processo de privatização da Gescartão, SGPS, SA com
a alienação de uma participação de 65% do capital social.
A Portucel SGPS ficou comprometida à venda da restante participação, apresentada no balanço em 31 de Dezembro
de 2002 ao valor de equivalência patrimonial reportado a 31 de Dezembro de 1999, 41 350 milhares de euros, a qual deveria
ser concretizada até 2003 nos termos previstos no Decreto-Lei nº 364/99 de 17 de Setembro que definiu as condições de
privatização da Gescartão. A perda máxima que poderá vir a ser apurada nesta alienação encontra-se integralmente
provisionada (ver Nota 46).
O Grupo Gescartão não tinha dado cumprimento ao compromisso previsto no caderno de encargos associado ao
processo de privatização, quanto à construção de uma nova unidade industrial na região onde se localizavam as anteriores
instalações da Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado, SA, submersas em consequência da construção da Barragem do
Alqueva. O Grupo renegociou em 2002 com o Estado Português os termos desse compromisso tendo acordado diferentes
contrapartidas. As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 da Empresa foram elaboradas no
pressuposto de que o Grupo Portucel não incorrerá em qualquer encargo material em resultado desta situação.
A resolução de Conselho de Ministros publicada em 19 de Fevereiro de 2003 concretiza as condições nos termos das
quais foi concedida autorização à Portucel SGPS para alienar a remanescente participação de 35% no capital social da
Gescartão, SGPS, SA, mediante a realização no mercado nacional de uma oferta pública de venda destinada, por um lado ao
público em geral e, por outro, a trabalhadores do Grupo Portucel, pequenos subscritores e emigrantes.
b) Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA
O Estado revogou o anterior modelo para a segunda fase do processo de reprivatização da Portucel - Empresa
Produtora de Pasta e Papel, SA que tinha sido aprovado em Maio de 2001, com a publicação do Decreto-Lei 6/2003, de 15 de
Janeiro, devendo agora realizar-se em dois segmentos.
Um segmento corresponde à venda directa de até 115 125 000 acções do capital da Portucel SA a um conjunto de
instituições financeiras que deverão proceder à subsequente dispersão de acções junto de investidores institucionais. A venda
das acções será feita directamente pelo Estado ou por intermédio da Portucel, SGPS. As condições para a realização desta
venda serão determinadas pelo Conselho de Ministros.
O outro segmento corresponderá à realização de um concurso para a entrada de um parceiro do sector da pasta e
do papel através de um aumento de capital, em que serão emitidas acções representativas de um valor até 25% do capital
social da Portucel SA, a ser realizado preferencialmente em espécie mediante a entrada de activos industriais ou de
participações financeiras em empresas do referido sector. A realização deste segmento ficará dependente da obtenção de
aprovação pela Assembleia Geral da Portucel SA das deliberações que determinem diversos aspectos relacionados com o
aumento de capital e do concurso, no prazo que vier a ser fixado pelo Conselho de Ministros. Mediante resoluções do Conselho
de Ministros será aprovado o caderno de encargos do concurso e será determinado o concorrente vencedor.
Nos termos deste Decreto-Lei, caso não sejam adoptadas as deliberações acima referidas ou não seja seleccionado
um concorrente vencedor no âmbito do concurso, encontra-se autorizada a alienação de um lote indivisível de acções
representativas de um valor até 30% do capital da Portucel ao concorrente que vier a ser escolhido no âmbito de novo
concurso. A aprovação do caderno de encargos deste novo concurso e a determinação do concorrente vencedor será efectuado
mediante resoluções do Conselho de Ministros.
O calendário definitivo para o lançamento desta segunda fase da reprivatização não é ainda conhecido.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
67
RELATÓRIO E PARECER DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃOCERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002RELATÓRIO DE AUDITORIA
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
69
RELATÓRIO E PARECER DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO
SOBRE O RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO E AS CONTAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO DE 2002
1. De acordo com as disposições legais aplicáveis, emitimos o presente Relatório e Parecer sobre o Relatório consolidado
de gestão e as Demonstrações financeiras consolidadas da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS,
SA, respeitantes ao exercício de 2002, na qualidade de Fiscal Único.
2. O Relatório consolidado de Gestão apresenta a actividade da empresa-mãe e das principais empresas participadas,
com o necessário desenvolvimento, clareza e adequação às contas, bem como as perspectivas de evolução.
3. Para uma visão adequada do Grupo, importa também analisar os documentos de prestação de contas, dos quais se
salienta o Anexo.
4. As diferenças entre as demonstrações financeiras da empresa-mãe e as da consolidação derivam das várias formas e
métodos de consideração contabilística dos investimentos financeiros e dos restantes movimentos e situações das
empresas participadas, conforme o adequado.
5. Considerámos apropriados os procedimentos técnicos adoptados na consolidação e examinámos as contas
consolidadas deles resultantes, no âmbito das funções de Revisor Oficial de Contas, tendo emitido nesta data, a
correspondente Certificação Legal das Contas consolidadas, que se considera integrada neste Parecer.
6. Concluímos assim que o Relatório consolidado de gestão, o Balanço consolidado, as Demonstrações consolidadas dos
resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, bem como os
correspondentes Anexos, lidos em conjunto com a Certificação Legal das Contas consolidadas, permitem a
compreensão da situação financeira consolidada e dos resultados consolidados, em apreciação, e satisfazem as
disposições legais e estatutárias em vigor.
7. PARECER
Face ao que se deixa exposto, somos de parecer que sejam aprovados o Relatório consolidado de gestão e as
Demonstrações financeiras consolidadas, do exercício de 2002, da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portu-
gal, SGPS, SA, apresentados pelo Conselho de Administração.
Lisboa, 7 de Abril de 2003.
O Fiscal Único,
ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC
Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC
CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS
Introdução
1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal,
SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 2 970
279 milhares de euros e um total de capital próprio de 430 376 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de
42 773 milhares de euros), as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração
consolidada dos fluxos de caixa, do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.
Responsabilidades
2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que
apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na
consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de
políticas e critérios adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.
3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame
daquelas demonstrações financeiras.
Âmbito
4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão da Ordem dos
Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau
de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente
relevantes. Para tanto, o referido exame incluíu:
- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido
apropriadamente examinadas;
- a verificação das operações de consolidação e da aplicação dos métodos da consolidação integral ou da
equivalência patrimonial, conforme o apropriado;
- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua
divulgação, tendo em conta as circunstâncias;
- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e
- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras
consolidadas.
5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Reserva
6. As empresas do Grupo com Fundos de Pensões afectos aos Planos Portucel e Soporcel continuaram a utilizar, nesse
exercício, o método do "corridor" previsto, como opção, na Norma Internacional de contabilidade nº. 19 (v. Notas nºs. 21
a) e 23 h) do Anexo às Demonstrações financeiras consolidadas).
No entanto, a Directriz contabilística nº. 19 - que prevalece sobre aquela Norma, a nível nacional, nos termos da Directriz
contabilística nº. 18, por se tratar da mesma matéria - estabelece, sem restrições, que as perdas (ou ganhos) actuariais
devem ser imputadas aos resultados do exercício em que forem apuradas.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
71
Assim, em conformidade com a Nota 21 a) do referido Anexo, caso se tivesse adoptado o procedimento contabilístico
constante da citada Directriz contabilística nº. 19:
a)o resultado consolidado do exercício, líquido do imposto sobre o rendimento, seria beneficiado de 1 276
milhares de euros (valor bruto de 1 905 milhares de euros;
b) em termos acumulados, o capital próprio consolidado do exercício de 2002 seria reduzido, por esse efeito, de
3 984 milhares de euros (valor bruto de 5 946 milhares de euros).
Opinião
7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos da situação descrita no número anterior, as referidas demonstrações
financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente
relevantes, a posição financeira consolidada da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, em 31
de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa, no exercício findo
naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites.
Ênfases
8. As participações nas empresas constantes da alínea a) da Nota nº. 27 do Anexo consolidado foram incluídas na
consolidação apenas pelos valores contabilísticos nela referidos, considerados em Investimentos financeiros.
Entretanto, existem provisões inerentes a essa participações que permitem fazer face a eventuais prejuízos na sua
alienação (v. Nota 46 do Anexo).
9. Já depois da data de referência do encerramento das contas de 2002, foram publicados Diplomas respeitantes à 2ª.
fase de privatização da PORTUCEL - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA e da GESCARTÂO, SGPS, SA, através do
Decreto-Lei nº. 6/2003, de 15 de Janeiro, e da Resolução do Conselho de Ministros, de 19 de Fevereiro, respectivamente
(v. Nota 60 do Anexo).
10. As situações indicadas nos anteriores números 8 e 9 não afectam o que ficou expresso no parágrafo de "Opinião" (nº. 7).
Lisboa, 7 de Abril de 2003.
ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC
Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC
RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002
1. Introdução
Em conformidade com o disposto no artigo 508º. - D do Código das Sociedades Comerciais, apresenta-se o relatório
sobre a fiscalização das contas consolidadas, em 3l de Dezembro de 2002, da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel
de Portugal, SGPS, SA.
2. Âmbito da acção fiscalizadora
O exame dos documentos de prestação de contas consolidadas foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas de
Revisão aprovadas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, com a profundidade considerada necessária nas
circunstâncias.
Em consequência, emitiu-se a Certificação Legal das Contas consolidadas, datada de hoje, cujo conteúdo se dá aqui
como reproduzido.
3. Trabalhos efectuados
Os procedimentos adoptados compreenderam, nomeadamente:
3.l. O conhecimento dos documentos de prestação de contas das empresas objecto de consolidação e das
respectivas certificações legais das contas, nas situações apropriadas;
3.2. O acompanhamento dos trabalhos da Auditoria Externa, para efeitos da emissão do seu parecer sobre as
contas consolidadas do exercício de 2002;
3.3. A obtenção de esclarecimentos pelos Serviços da empresa e reuniões com os mesmos;
3.4. A apreciação das políticas contabilísticas e dos procedimentos técnicos utilizados na consolidação;
3.5. A análise técnica dos documentos de consolidação apresentados pela Empresa, do Relatório consolidado de
gestão e do Parecer da Auditoria Externa, os quais não foram considerados merecedores de reparos; explicita-
se, designadamente, que o mencionado Relatório de gestão está conforme com as Contas Consolidadas;
3.6. Solicitou-se e foi obtida a declaração de responsabilidade prevista no nº. 20 das já citadas Normas Técnicas
e de acordo com a Directriz Internacional de Revisão nº. 22 do IFAC.
4. Informações complementares
4.1 Como informação relevante, chama-se a atenção para a Nota 60 do Anexo.
4.2. Concluímos do que se deixa exposto que foram satisfeitas as disposições legais e estatutárias em vigor e
evidenciamos a opinião expressa na Certificação Legal das Contas consolidadas.
Lisboa, 7 de Abril de 2003.
ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC
Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
73
RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE A INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA
Introdução
1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada
contida no Relatório de Gestão e nas Demonstrações Financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de
Dezembro de 2002 da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço
consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 2 970 279 milhares de euros e um total de capital
próprio de 430 376 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 42 773 milhares de euros), as Demonstrações
dos resultados consolidados, por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo
naquela data e o correspondente Anexo.
Responsabilidades
2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade: (i) a preparação do relatório de gestão consolidado
e de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira
do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa
consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos
geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo
Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de
sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a
actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.
3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas
acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido
pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no
nosso exame.
As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação,
representando, aproximadamente, 36% do total dos activos consolidados e aproximadamente 55% do total dos
proveitos consolidados, foram examinadas por outro revisor oficial de contas, em cuja certificação legal das contas nos
baseámos para expressar a nossa opinião sobre os resultados dessa subsidiária incluídos nas contas consolidadas.
Âmbito
4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de
obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções
materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das
empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o
não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e
a avaliação de estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizados na sua
preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii)
a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as
circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada,
em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação
financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório
consolidado de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.
6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.
Opinião
7 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro revisor oficial de contas, as demonstrações
financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos
materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal,
SGPS, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados no
exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a
informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
Lisboa, 7 de Abril de 2003
Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados
Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda
representada por
___________________________________
António Alberto Henriques Assis, R.O.C.
PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002
75
Aos Accionistas e Conselho de Administração da
Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES
1 Auditámos o Balanço consolidado da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA em 31 de Dezembro
de 2002, bem como as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções do exercício findo
naquela data e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e respectivos Anexos. Estas demonstrações financeiras
consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa. A nossa responsabilidade consiste
em expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas, baseada na nossa auditoria.
2 A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que
planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos um grau de segurança aceitável sobre se as referidas
demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui (i) a verificação,
numa base de amostragem, do suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras, (ii) a
apreciação da razoabilidade dos princípios contabilísticos adoptados e das estimativas significativas efectuadas pela
Administração, e (iii) a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que a auditoria
efectuada constitui base aceitável para a expressão da nossa opinião.
3 As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação,
representando, aproximadamente, 36% do total dos activos consolidados e aproximadamente 55% do total dos
proveitos consolidados, foram examinadas por outro revisor oficial de contas, em cuja certificação legal das contas nos
baseámos para expressar a nossa opinião sobre os montantes relativos a essa subsidiária incluídos nas contas
consolidadas.
4 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro revisor oficial de contas, as demonstrações
financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os
seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de
Portugal, SGPS, SA, em 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados consolidados das suas operações e os fluxos
consolidados de caixa no exercício findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites
em Portugal.
Lisboa, 7 de Abril de 2003
PricewaterhouseCoopers - Auditores e Consultores, Lda.
PORTUCEL
Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.G.P.S., S.A.
Rua Joaquim António de Aguiar, 3 - 1099-015 Lisboa
Telefone: 213 824 200 - Fax: 213 823 429