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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Introdução 7

Contexto Económico 8

Evolução do Sector e do Mercado 9

Desempenho Global do Grupo Portucel 10

Recursos Humanos 10

Ambiente 11

Resumo da Actividade das Principais Empresas do Grupo 12

Situação Económico-Financeira 18

Perspectivas Futuras 18

Corpos Sociais 20

CONTAS CONSOLIDADAS 21

Balanço 23

Demonstração dos Resultados por Naturezas 25

Demonstração dos Resultados por Funções 26

Demonstração de Fluxos de Caixa 27

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 29

RELATÓRIO E PARECER DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO 69

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 70

RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002 72

RELATÓRIO DE AUDITORIA 73

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES 75

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Principais negócios

GRUPO PORTUCEL - ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL

PORTUCEL

Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA

Outras

Sosapel

Portucel Int. Trading

Portucel España

Portucel Serviços

Imobiliária do Tojal

Inapa, IPG

Gescartão (holding)

Papel Kraftsaco e

Sacos

CPK

Sacocel

Pastas cruas

Portucel Tejo

Pastas brancas e papéis

de impressão e escrita

Portucel

Soporcel

Portucel Florestal

Celpinus

Lazer e Floresta

Floresta

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RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

INTRODUÇÃO

O ano de 2002 decorreu sob uma conjuntura marcada por um significativo abrandamento do ritmo de crescimento

das principais economias mundiais, facto que, ao condicionar a evolução dos mercados em geral e do sector da pasta e papel

em particular, determinou alguma pressão no desempenho operacional das empresas que constituem o universo empresarial

do Grupo.

No domínio estratégico prosseguiram as acções tendentes à recomposição de activos do universo empresarial do

Grupo. A Portucel SGPS, SA no contexto da reestruturação das várias participações do estado no sector da pasta e papel,

adquiriu, em 2002, os 50% do capital da Papercel SGPS, SA em posse da Parpública – Participações Públicas (SGPS), SA por

um valor de 400 milhões de euros, passando assim a deter a totalidade do capital social da Papercel SGPS, SA.

Em 29 de Novembro de 2002, celebrou-se a escritura de fusão por incorporação da Papercel na Portucel SGPS,

através da transferência global do património da Papercel SGPS para a Portucel SGPS, SA o que lhe garante uma participação

directa de 55,73% no capital social da Portucel SA e de 29,71% no capital social da Inapa-Investimentos Participações e

Gestão, SA.

Procedeu-se também à liquidação das seguintes empresas: Papercel Serviços, Saggita Trading e Gespapel.

Importa salientar, como facto relevante do ponto de vista financeiro, o recebimento de 14,7 milhões de euros que

perfazem os restantes 30% do valor da alienação de 65% do capital social da Gescartão, de acordo com os termos do concurso

público que serviu de base ao processo de reprivatização daquela empresa.

Já após o encerramento do exercício foi publicada, em 19 de Fevereiro de 2003, a resolução do Conselho de

Ministros que concretiza as condições nos termos das quais é concedida autorização à Portucel SGPS para alienar a

remanescente participação de 35% no capital social da Gescartão.

Refira-se, ainda, no âmbito da sua subsidiária Imobiliária do Tojal a celebração de um contrato de venda de uma

parte significativa do seu património imobiliário de que resultou o reconhecimento no exercício de uma mais valia de 200

milhares de euros.

Saliente-se a concretização, na Portucel SGPS, do processo de optimização de recursos humanos, em coerência com

a normal transferência de competências para as empresas participadas, adequada ao desenvolvimento do programa de

privatizações em curso.

Durante o exercício faleceu o Sr. Dr. António Cândido Gonçalves Barradas, facto que para os devidos efeitos se

menciona e lamenta profundamente.

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CONTEXTO ECONÓMICO

De uma forma geral, a evolução da actividade económica, em 2002, ficou muito aquém das expectativas no final do

ano anterior.

As perspectivas de recuperação do crescimento económico permaneceram débeis e irregulares ao longo do ano,

sendo dominante a revisão em baixa dos índices de crescimento das principais economias, designadamente a partir do final

do primeiro trimestre.

Ao mesmo tempo, a margem de manobra da política monetária, começou a ficar seriamente limitada quanto à sua

eficácia.

Nos Estados Unidos da América, o uso intensivo do expansionismo monetário e fiscal permitindo, no curto prazo,

uma ligeira melhoria no indicador de crescimento da actividade, agravou o desequilíbrio das contas externas, ameaçou a

força do dólar, e fragilizou a posição orçamental.

Na Europa, por outro lado, a situação dominante foi contrária ao activismo das políticas económicas de curto prazo,

acabando por conduzir a baixos níveis de crescimento e mesmo à quebra acentuada de confiança dos agentes económicos e

do investimento das empresas.

No final do ano, assistiu-se ao agravamento do clima de incerteza, não só pelo acréscimo dos riscos geo-políticos e

pela subida dos preços do petróleo, como também pela persistência das perspectivas pouco optimistas quanto à

recuperação do crescimento económico na Europa.

Economias que representam mercados importantes, mantiveram-se praticamente estagnadas, apresentando

mesmo, no final de 2002, continuada tendência de desaceleração do ritmo de crescimento.

Esta situação, repercutindo-se nos desequilíbrios orçamentais, particularmente nas principais economias, tem

vindo, por consequência, a afastar a possibilidade de utilização de medidas políticas incentivadoras da actividade

económica, cujos efeitos não deixarão de se fazer sentir em 2003.

Neste quadro conjunturalmente desfavorável para a economia internacional, Portugal teve ainda que recorrer a um

profundo ajustamento orçamental, em resultado da ultrapassagem, em 2001, do limite máximo do déficit autorizado pelo

Pacto de Estabilidade e Crescimento.

A subida de impostos, a redução de despesas, particularmente de investimento, e a perspectiva de limitações em

matéria de salários, designadamente na função pública, conduziram ao acentuar da quebra das expectativas dos

consumidores e das empresas ao longo do ano.

A perda de confiança dos agentes económicos conjugada com o efeito negativo do enquadramento externo, levou

a uma nova queda na formação bruta de capital fixo, tanto na construção, como em bens de equipamento. Simultaneamente,

o consumo privado aproximou-se da estagnação, enquanto que o ritmo das exportações foi sucessivamente revisto em baixa.

No final do ano registava-se uma subida da taxa de desemprego, maioritariamente como consequência do

encerramento de empresas localizadas em sectores tradicionais da economia.

Neste contexto depressivo para a economia internacional e nacional não parece expectável que se assista a uma

conjuntura fácil em 2003. Porém, a clarificação da situação internacional e melhores perspectivas em matéria orçamental

poderão, já no decurso do ano, permitir que se comece a desenhar a esperada viragem para um novo período de crescimento

assente em bases mais sólidas.

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EVOLUÇÃO DO SECTOR E DO MERCADO

A evolução dos preços BEKP/NBSK permitiu demonstrar que em condições idênticas de procura e oferta, as pastas

de fibra curta de eucalipto oferecem características de valorização idênticas às tradicionalmente atribuídas às pastas de fibra

longa.

Em consequência da crescente valorização das pastas de eucalipto branqueado foi possível , num contexto

económico desfavorável, que o mercado mundial absorvesse um crescimento da oferta de 8% (12% no mercado europeu)

relativamente ao ano anterior, tendo a taxa de utilização da capacidade produtiva vindo a situar-se na ordem dos 97%,

bastante acima dos valores atingidos pelos produtores de NBSK.

Na América do Norte a procura de BEKP subiu cerca de 10%, reflectindo a crescente apreciação que as pastas de

eucalipto continuam a merecer, mesmo em mercados tradicionalmente consumidores de outras fibras. Em simultâneo

verificou-se uma ligeira contracção na procura das pastas nos principais mercados asiáticos, nomeadamente na China e na

Coreia do Sul, não podendo o BEKP escapar a esta tendência.

No sector dos papéis de impressão e escrita, assistiu-se a um decréscimo de 2,3%, ou seja 137 000 toneladas, no

volume das transacções de papéis finos não revestidos na Europa. Refira-se ainda que este decréscimo foi mais acentuado no

que respeita a encomendas provenientes dos mercados fora da Europa, onde a redução atingiu mais de 213 000 toneladas.

Esta situação não se apresentou constante ao longo de todo o ano, com o primeiro semestre a evoluir de forma

bastante encorajadora para a indústria, tendo mesmo o volume de encomendas de papéis finos não revestidos, nos mercados

da Europa Ocidental, aumentado em relação ao período homólogo de 2001, em aproximadamente 4%.

Esta tendência veio porém a sofrer uma significativa inversão na segunda metade do ano, período em que o volume

de encomendas diminuiu, também em relação a igual período de 2001, em mais de 9%.

O consumo aparente na Europa Ocidental, no conjunto de produtos para a indústria gráfica e em bobines, decresceu

respectivamente 4% e 1% relativamente a 2001. Por outro lado os produtos para escritório em A4 apresentaram um

crescimento de cerca de 2,5%.

O negócio das pastas cruas observou um período de preços deprimidos no mercado internacional, induzido pela

desaceleração da economia global, embora relativamente equilibrado em termos de volume.

O negócio do papel kraftsaco assistiu, no início do ano, a um novo agravamento das condições de mercado, com os

preços a aproximarem-se dos mais baixos patamares históricos. Com o encerramento de alguma capacidade produtiva na

Europa, foram estabelecidas as condições para dois aumentos no preço, tendo o ano terminado em contexto favorável.

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DESEMPENHO GLOBAL DO GRUPO PORTUCEL

O ano de 2002 foi marcado por um clima globalmente depressivo, com as principais economias a manterem-se

praticamente estagnadas, apresentando mesmo, no final de 2002, continuada tendência de desaceleração do ritmo de

crescimento.

O ano foi assim particularmente difícil para o sector da pasta e papel, cuja evolução está em grande medida

directamente relacionada com a evolução da economia mundial.

No entanto e apesar do contexto económico pouco favorável, o empenho do Grupo em conseguir a máxima

eficiência na utilização dos recursos, o aumento considerável da produtividade e qualidade dos produtos e a melhoria

significativa da estrutura de custos, constituíram os pilares de sustentação da competitividade do Grupo a nível internacional,

o que permitiu atenuar os efeitos conjunturais e reforçar a sua afirmação no mercado papeleiro especialmente na área dos

papéis de impressão e escrita onde se insere o negócio central do Grupo.

Neste contexto, assumiram particular relevância neste exercício os resultados do Grupo Portucel Soporcel que

traduzem a concretização do processo de integração progressiva e de reforço da dimensão e internacionalização do negócio

dos papéis finos não revestidos, correspondendo à assunção dos objectivos estratégicos delineados para esta área de

negócio.

Na área das pastas cruas e do papel kraftsaco, foi dada continuidade à estratégia de integração de parte

significativa da produção de pasta crua de pinho em papel kraftsaco através da CPK, subsidiária directa da Portucel Tejo, o

que tem permitido não só um aumento sensível do volume de actividade do sub-grupo empresarial Portucel Tejo/CPK mas

também uma maior intervenção no mercado de sacos que se traduzirá num reforço da sua projecção externa.

O volume de negócios do Grupo foi de 1 133,2 milhões de euros, mais 32,3 milhões de euros que em 2001,

representando um acréscimo de 3%.

O Grupo gerou um EBITDA de quase 336 milhões de euros, crescendo 7,5% relativamente ao ano anterior. O

resultado líquido consolidado, incluindo os interesses minoritários, atingiu 82,3 milhões de euros, mais 39,5 milhões de euros

que em 2001.

Recursos Humanos

Prosseguindo os objectivos estratégicos do Grupo - aumento sustentado da competitividade, melhoria da

qualidade e defesa do ambiente - a actuação nesta área centrou-se no desenvolvimento e valorização dos profissionais

através do alargamento das suas competências procurando, simultaneamente, estimular a sua participação e melhorar os

circuitos de comunicação.

Num contexto de reorganização permanente e visando o aumento da eficácia empresarial do Grupo, foram

definidas e implementadas novas estruturas organizativas, nomeadamente, nas áreas Florestal, Comercial e Financeira.

Complementarmente, foi assegurada a formação profissional direccionada para o desenvolvimento tecnológico,

com a tónica em acções de especialização e de melhoria da qualidade.

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No âmbito da formação, refira-se, ainda, a dinamização de acções de formação profissional em ambiente de “e-

learning” corporizado pelo Projecto ELPOR, uma experiência pioneira no sector a nível nacional, que se estenderá a todo o

Grupo e se enquadra num contexto de “Learning Organization”, onde cada colaborador é agente activo no seu auto-

desenvolvimento assumindo também um papel de disseminador de conhecimentos, contribuindo assim para o

enriquecimento da organização.

As áreas de higiene, segurança e saúde no trabalho, bem como as boas práticas nos domínios da qualidade e

ambiente, continuaram a ser objecto de especial atenção, numa perspectiva de melhoria contínua, que constitui uma linha de

orientação clara do Grupo neste domínio.

Ambiente

Mantendo-se na primeira linha das preocupações do Grupo, desde a Administração a todos os seus colaboradores,

as questões Ambientais têm sido alvo de uma política simultaneamente proactiva e continuadamente estimulada, com a

plena adesão aos princípios e práticas do desenvolvimento sustentado. A adopção de uma política integrada da qualidade

e ambiente é, assumidamente, um vector fundamental no desenvolvimento estratégico do Grupo.

De forma coerente com esta política, em todas as unidades industriais foram elaborados cuidadosos e detalhados

Planos Directores, tendo por objectivo o adequado cumprimento da nova legislação nacional decorrente da transposição da

Directiva de Prevenção e Controlo Integrados da Poluição (IPPC), preparando as instalações industriais para a aplicação das

Melhores Técnicas disponíveis, no pressuposto da compatibilização da eficácia ambiental com a viabilidade económica da

sua implementação.

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RESUMO DA ACTIVIDADE DAS PRINCIPAIS EMPRESAS DO GRUPO

Portucel SGPS, SA

A Portucel SGPS, SA é a sociedade gestora de participações sociais e como tal responsável pela definição das

grandes linhas estratégicas de desenvolvimento do Grupo Portucel, bem como pelo acompanhamento da respectiva

implementação.

Aos órgãos centrais estão cometidas tarefas de coordenação, resultantes da função estratégica, ou que se traduzem

na exploração de sinergias potenciadas pela utilização de infra-estruturas e recursos comuns, designadamente nos domínios

da gestão de tesouraria e financiamentos.

Da vertente de aproveitamento de sinergias resulta uma actividade de assistência às empresas do Grupo, que é

formalmente suportada por contratos de prestação de serviços estabelecidos, nos termos da Lei, entre a Portucel SGPS, SA e

as empresas usufrutuárias.

A Portucel SGPS, SA encerrou o exercício com um resultado consolidado líquido de 42,8 milhões de euros.

Síntese do Grupo Portucel Soporcel

A Portucel – Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA desenvolve a sua actividade nas áreas da produção e

comercialização de pasta branqueada de eucalipto e de papéis finos de impressão e escrita, em regime de semi-integração,

operando nas suas fábricas de Setúbal e Cacia. A Soporcel – Sociedade Portuguesa de Papel, SA, opera nas mesmas áreas de

negócio da Portucel SA, produzindo e comercializando pasta branqueada de eucalipto e papéis finos de impressão e escrita,

em regime de integração.

O ano 2002 foi fundamental para a consolidação da estratégia de crescimento do Grupo Portucel Soporcel no

segmento europeu dos papéis finos não revestidos, tendo sido realizado um trabalho de integração organizacional que

permitiu a obtenção de importantes sinergias, essenciais para assegurar uma posição de liderança no curto prazo.

Num ano particularmente difícil para o sector da pasta e papel, cuja evolução está em grande medida directamente

relacionada com a evolução da economia mundial, os resultados apresentados para o ano de 2002 reflectem bem os

benefícios do trabalho já realizado em favor da estratégia de integração vertical.

Em 2002, o volume de encomendas entradas nos fabricantes Europeus de papéis finos não revestidos, com destino

aos mercados Europeus, diminuiu cerca de 2,3% em relação a 2001. Não obstante, e num ano que revelou contracção na

procura, o Grupo Portucel Soporcel obteve um incremento de 13% nas encomendas provenientes dos mercados Europeus.

Por outro lado, o consumo aparente de papel fino não revestido na Europa Ocidental decresceu em 2002 cerca de 25

mil toneladas, ou seja 0,4%, em relação ao ano anterior.

Neste cenário de deterioração da procura, os stocks de pasta Norscan iniciaram no Verão um movimento de subida,

que só foi interrompido no mês de Dezembro.

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Embora a maioria dos produtores de pasta e papel tenha exercido uma maior disciplina, a conjuntura de

abrandamento generalizado das economias e de incerteza quanto à sua evolução provocou, em 2002, um enfraquecimento da

procura, com natural impacto sobre os preços, nomeadamente ao longo da segunda metade do ano.

A produção total de pasta foi 1 223 mil toneladas, mais quase 10 % que em 2001, e a produção de papel totalizou

922 mil toneladas, um acréscimo de perto de 7,4% relativamente ao ano anterior.

Apesar destas condições adversas, o Grupo Portucel Soporcel obteve um volume de negócios consolidado de cerca

de 1 086 milhões de euros durante o ano de 2002, mais 3,4% do que em 2001, tendo o negócio de papel contribuído com perto

de 73% do volume de negócios total. As vendas de papel do Grupo foram em 2002 superiores a 905 mil toneladas, ou seja um

aumento de cerca de 8% em relação a 2001; as vendas de pasta totalizaram cerca de 600 mil toneladas, mais 4,3%

relativamente a 2001.

O Grupo Portucel Soporcel gerou um EBITDA de 335,2 milhões de euros, um acréscimo de quase 11% em relação ao

EBITDA conseguido no ano anterior. A margem EBITDA obtida este ano é de 31%, dois pontos percentuais acima da margem

em 2001. O cash-flow gerado foi de 233,7 milhões de euros, mais 8,7% que em 2001.

O Grupo atingiu resultados líquidos de 89,5 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 25% relativamente

aos resultados de 2001. Este desempenho é notável considerando o ambiente de preços deprimidos que se verificou ao longo

de 2002.

Durante o ano de 2002, o Grupo Portucel Soporcel conseguiu reduzir o seu endividamento total em cerca de 192

milhões de euros, de 1 211 milhões de euros para 1 019 milhões de euros.

Portucel Florestal, SA

A Portucel Florestal, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, centrou a sua actividade na gestão do património

silvícola e na exploração das matas próprias.

O inventário florestal realizado concluiu que a uma área gerida de eucalipto de 66 mil hectares, inserida num

património fundiário próprio e arrendado de cerca de 89 mil hectares, corresponde um volume global de madeira em pé de

2,6 milhões de m3 sem casca.

No domínio da silvicultura, procedeu-se à conservação de mais de 4 200 Km de rede viária, à manutenção de cerca

de 13,4 mil hectares, à adubação de mais de 10 mil hectares e à instalação e reflorestação de cerca de 1 300 hectares de

eucaliptal.

Neste exercício a empresa continuou a estratégia de aumentar a idade de rotação do seu património florestal

próprio, aproximando-se a idade do corte dos 13 anos, contribuindo desta forma para uma maior fixação de carbono nas

florestas geridas pela empresa. O volume global explorado foi de 224 mil m3 sem casca. Prosseguiram os trabalhos técnicos

de preparação para a certificação florestal de acordo com a Norma Portuguesa, que irá ser presente ao Pan-European Forest

Certification Scheme.

O volume de negócios atingiu os 10,5 milhões de euros, tendo encerrado o exercício com um resultado líquido

negativo de 5,1 milhões de euros.

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Celpinus – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA

A Celpinus, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, foi constituída em 14 de Janeiro de 2000, no âmbito da cisão e

reestruturação do património da Portucel Florestal. A empresa tem como objectivo a recuperação e gestão de resinosas do

Grupo Portucel.

Em complemento das actividades de gestão e rentabilização do seu património, foi implementado o novo

programa de combate a fogos florestais, para garantir a defesa e crescimento da floresta nacional de pinho.

O volume de investimento atingiu o montante de 212 mil euros, dos quais 113 mil euros em manutenção.

Em 2002, a empresa realizou um volume de negócios de 900 mil euros, a que correspondeu um resultado líquido de

102,5 mil euros.

Lazer e Floresta – Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, Imobiliário e Turístico, SA

A Lazer e Floresta, detida em 40% pela Portucel SGPS, SA, foi constituída em 14 de Janeiro de 2000, no âmbito da

cisão e reestruturação do património da Portucel Florestal, tendo por objecto o planeamento, promoção e desenvolvimento de

projectos no âmbito da actividade agrícola, florestal, cinegética, imobiliária e turística.

Em 2002, a empresa realizou um volume de negócios de 3 milhões de euros, a que correspondeu um resultado

líquido de 155 mil euros.

Inapa – Investimentos, Participações e Gestão, SA

Esta empresa é a “holding” do Grupo Inapa e configura-se como um grupo de posição predominantemente

comercial, nas áreas da distribuição do papel, com uma base forte e crescente de actividades fora do território nacional.

A actividade da empresa tem sido fortemente marcada por um grande desenvolvimento no sector da distribuição

de papel, através de aquisições de empresas distribuidoras em vários países europeus, acentuando-se assim a vertente cada

vez mais internacional das actividades de distribuição que prosseguem numa estratégia de crescimento.

Na sequência da estratégia desenvolvida em 2001, a Portucel SGPS reforçou a sua participação no capital da Inapa

IPG que, no final de 2002, representava 29,71% do capital social daquela empresa.

Portucel Tejo – Empresa de Celulose do Tejo, SA

A Portucel Tejo dedica-se ao fabrico e comercialização de pastas cruas de pinho e de eucalipto. A sua fábrica de Vila

Velha de Ródão dispõe de uma capacidade produtiva anual de cerca de 110 mil toneladas.

O ano de 2002 constituiu um período de preços deprimidos no mercado internacional de pastas cruas, tendo como

pano de fundo a desaceleração da economia global. Para a Portucel Tejo foram particularmente difíceis os últimos meses do

exercício, dada a desvalorização do dólar relativamente ao euro, originando uma perda de competitividade significativa face

aos principais concorrentes da empresa, que se encontram fora da zona euro.

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No final do ano a empresa chegou mesmo a retirar-se de alguns mercados, tendo contribuído para estancar a

espiral de queda de preços que então se verificava, em particular na Ásia. Esta atitude não prejudicou a utilização da

capacidade produtiva, o que foi possível graças a factores que permitiram moderar o crescimento dos stocks - por um lado

a existência de relações mais estáveis com alguns clientes de segmentos diferenciados, onde se mantiveram vendas a preços

mais elevados e, por outro lado, o mercado cativo constituído pela participada CPK, que se revelou particularmente decisivo

neste período.

A Portucel Tejo produziu 109 700 toneladas de pasta, tendo colocado no mercado cerca de 109 300 toneladas. Cerca

de 48% do total de vendas destinou-se à integração em papel na CPK. No prosseguimento de uma estratégia de

diferenciação, foi feito um esforço especial de promoção nos segmentos de especialidades, em particular nas de eucalipto,

em que se venderam 32 mil toneladas, constituindo um máximo histórico deste produto e cerca de 60% das vendas para

mercado.

O volume de negócios da Portucel Tejo atingiu cerca de 42,5 milhões de euros, dos quais cerca de 18 milhões de

euros correspondentes a vendas para a participada CPK.

O resultado líquido não consolidado do ano foi de 112 mil euros e o cash flow atingiu cerca de 5,9 milhões de euros.

Em termos consolidados registou-se um prejuízo líquido de cerca de 1,3 milhões de euros.

Apesar de se ter vivido, pelo segundo ano consecutivo, uma conjuntura desfavorável de preços, a Portucel Tejo

mantém uma situação financeira equilibrada e suficientemente robusta, não só para enfrentar os ciclos negativos do

mercado, como para suportar a estratégia de desenvolvimento da empresa.

CPK – Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA

A CPK produz e comercializa papel kraftsaco, produto que é utilizado no fabrico de sacos de grande conteúdo. A sua

fábrica de Cacia dispõe de uma capacidade produtiva anual de cerca de 60 mil toneladas. A empresa é detida a 100% pela

Portucel Tejo, empresa à qual adquire a matéria prima utilizada no fabrico de papel.

Ao contrário de todos os seus concorrentes europeus, a fábrica de papel da CPK não se encontra fisicamente

integrada com uma fábrica de pasta. Apesar de a integração económica favorecer a competitividade do conjunto Portucel

Tejo e CPK, a não integração física tende a prejudicar a competitividade estrita do negócio do kraftsaco, quando avaliada

numa óptica isolada.

Para a Portucel Tejo a ligação à CPK, ao garantir um mercado cativo significativo, favorece a utilização da capacidade

produtiva, particularmente em conjunturas de mercado recessivas, como a que se viveu em 2002, em que a empresa pode

suspender a sua presença em alguns mercados, limitando os prejuízos, ao mesmo tempo que contribuiu decisivamente para

evitar o prosseguimento da erosão dos preços nesses mercados. O consumo da CPK, ao contribuir para moderar o crescimento

dos stocks, permitiu que a Portucel Tejo prosseguisse esta política, sem efectuar qualquer paragem comercial, favorecendo

o desempenho económico do exercício.

Nos primeiros meses de 2002, assistiu-se a um novo agravamento das condições de mercado do kraftsaco, que se

tinham começado a deteriorar no ano anterior, com os preços a aproximarem-se dos mais baixos patamares históricos. O

encerramento de alguma capacidade produtiva na Europa, a par de alguma recuperação da procura de sacos, acabaram por

gerar alguma ansiedade nos compradores, criando condições para dois importantes aumentos de preços do kraftsaco, o que

permitiu atingir o final do ano numa conjuntura francamente favorável, embora tardia, na perspectiva da recuperação dos

prejuízos acumulados desde o início do ano.

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Ao longo do exercício a empresa procedeu à implantação e consolidação de uma nova macroestrutura

organizacional e canalizou grande parte dos seus esforços para a melhoria da qualidade do papel, quer na vertente do

investimento, quer na vertente do aperfeiçoamento das condições operativas. Neste contexto, a empresa optou por reduzir

a utilização da capacidade, privilegiando a melhoria de características físicas do papel mais valorizadas pelos principais

clientes. Esta estratégia procura defender a posição da CPK nos mercados mais exigentes e perante uma concorrência

tecnologicamente evoluída, que vem criando vantagens competitivas críticas ao nível da diferenciação do produto.

Apesar da limitação da utilização da capacidade, a produção atingiu 51,3 mil toneladas, representando um

crescimento de 28% relativamente ao ano anterior.

A recuperação dos preços verificada no final do ano não evitou que o respectivo nível médio se tenha situado 4%

abaixo do verificado no ano anterior. Contudo, os ganhos de eficiência conseguidos permitiram uma recuperação sensível do

desempenho económico, tendo os prejuízos líquidos atingido 1,5 milhões de euros, mas com um cash flow já positivo de 152

mil euros.

O crescimento da actividade possibilitou o aumento de 22% do volume de negócios anual, tendo atingido 28,1

milhões de euros.

Portucel Serviços – Empresa de Prestação de Serviços, SA

A Portucel Serviços, detida a 100% pela Portucel SGPS, tem como objecto social a prestação de serviços de gestão,

consultadoria e assessoria em diversas áreas.

Desta forma a empresa assegura responsabilidades de prestação de serviços, exercendo uma actividade de

coordenação e de suporte às empresas do Grupo, excepto nos domínios da gestão de tesouraria e financiamentos, que são

da área de competências da holding.

Durante 2002, a Portucel Serviços prestou assistência a um vasto leque de empresas do Grupo, suportada

formalmente por contratos celebrados com a Portucel SGPS, Portucel SA, Papercel SGPS, Portucel Tejo, CPK, Portucel Florestal,

Celpinus, Imobiliária do Tojal, Lazer e Floresta, Enerpulp, SPCG, Sociedade de Vinhos, Tecnipapel, Gespapel, Aliança Florestal

e Arboser, visando a prestação de serviços nos seus domínios de competência.

O volume de negócios referente à prestação de serviços em 2002 ascendeu a 3,5 milhões de euros, tendo a empresa

encerrado o exercício com um resultado líquido negativo de cerca de 63 mil euros.

Imobiliária do Tojal – Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA

A Imobiliária do Tojal do Tojal, detida a 100% pela Portucel SGPS, tem como objecto social a compra e venda de

imóveis e a gestão de património imobiliário.

Como facto de maior relevância em 2002, é de salientar a celebração de um contrato de venda à empresa TNS3-

-Sociedade de Construções, SA das parcelas de terreno urbanizável da Quinta da Abelheira.

Neste contexto, o volume de negócios em 2002 atingiu o montante de 4,2 milhões de euros, a que correspondeu um

resultado líquido de 65 mil euros.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

17

Sosapel – Sociedade Comercial de Pasta e Papéis, Lda.

A Sosapel, detida a 80% pela Portucel SGPS, é uma empresa de “trading”, em negócios do sector das pasta e

papéis.

A situação de desequilíbrio económico e financeiro da empresa deve-se à falência de um dos principais clientes e

à perda de uma importante representação. A empresa aligeirou significativamente a sua estrutura orgânica e alargou a área

de actividade a novos negócios, esperando com estas medidas alcançar uma situação económica equilibrada já em 2003.

Entretanto, está em estudo um plano de saneamento financeiro apresentado pela gerência.

Em 2002, a empresa atingiu um volume de negócios de 415 mil euros, tendo encerrado o exercício com um

resultado líquido negativo de 249 mil euros.

Gescartão, SGPS, SA

A Gescartão é uma empresa gestora de participações sociais, cabendo-lhe a definição, coordenação e

acompanhamento das grandes linhas estratégicas de desenvolvimento do Grupo empresarial Gescartão que integra no seu

património a totalidade do capital social das empresas, Portucel Viana – produtora de kraftliner - , Portucel Embalagem –

produtora de embalagens de cartão canelado – e Portucel Recicla, actualmente desactivada em virtude da construção da

barragem do Alqueva.

A Portucel SGPS, SA detém 35% do capital social da Gescartão que obteve um volume de negócios de 192,2 milhões

de euros, representando um decréscimo de 1,8% relativamente a 2001, e encerrou o exercício com um resultado líquido

consolidado 14,1 milhões de euros.

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SITUAÇÃO ECONÓMICO-FINANCEIRA

O ano de 2002 foi marcado por um ambiente de desaceleração do ritmo de crescimento e pela incapacidade

demonstrada pelas principais economias de iniciarem o processo de retoma do crescimento da actividade; esta situação foi

ampliada pelos sucessivos escândalos financeiros e, posteriormente pela forte tensão geopolítica.

Esta conjuntura condicionou fortemente a evolução dos mercados em geral e do sector das pastas e papéis em

particular.

O volume de negócios do Grupo foi de 1 133,2 milhões de euros, mais 32,3 milhões de euros que em 2001,

representando um acréscimo de 3%.

O resultado consolidado líquido atingiu 42,8 milhões de euros, que compara muito favoravelmente com um prejuízo

de 8,5 milhões de euros em 2001. O resultado consolidado líquido com os interesses minoritários ascendeu a 82,3 milhões de

euros, mais 39,5 milhões de euros que em 2001.

O endividamento remunerado líquido, no final de 2002, ascendia a 1 333,7 milhões de euros.

PERSPECTIVAS FUTURAS

No contexto de incerteza que reina actualmente sobre a generalidade das economias mundiais, as perspectivas

para 2003 não podem deixar de ser reservadas. Neste quadro, espera-se que na primeira metade de 2003 as empresas e

particulares se encontrem ainda a ajustar o seu comportamento, culminando numa procura agregada relativamente fraca. O

segundo semestre do ano deverá testemunhar uma melhoria da procura , conduzindo a um maior crescimento económico. De

facto, espera-se que a economia europeia entre no segundo semestre de 2003 num período de maior dinamismo, que

continuará em 2004. As expectativas de crescimento da (OCDE) para esta zona económica são de 1,9% em 2003 e de 2,7% em

2004.

O mercado europeu de papéis finos de impressão e escrita não terá, ao longo de pelo menos a primeira metade de

2003, razões para grande optimismo. O nível das encomendas entradas nos fabricantes europeus no final do ano transacto

não permite prever que as vendas sejam favoráveis nos primeiros meses do corrente ano.

O Estado publicou o Decreto-Lei 6/2003, de 15 de Janeiro, que aprova o modelo para a segunda fase de

reprivatização da Portucel SA, que deverá realizar-se em dois segmentos: um segmento corresponde a um aumento de

capital até 25% do capital social da empresa, realizado preferencialmente em espécie, através de um concurso para a

entrada de um parceiro do sector da pasta e papel; outro segmento pela venda directa de até 115 125 000 acções do capital

social da empresa a um conjunto de instituições financeiras obrigadas a dispersá-las junto de investidores institucionais.

O aumento de capital fica dependente da aprovação pela Assembleia Geral da Portucel SA. Espera-se que o

caderno de encargos do concurso seja, muito em breve, aprovado pelo Conselho de Ministros.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

19

O incumprimento, por parte dos adquirentes de 65% do capital social da Gescartão durante a sua primeira fase de

privatização, relativamente ao compromisso assumido e previsto no caderno de encargos, quanto à construção de uma nova

unidade fabril na zona onde se localizavam as instalações da Portucel Recicla, levou o Grupo, em 2002, a renegociar com o

Estado os termos desse compromisso. A resolução do Conselho de Ministros publicada em 19 de Fevereiro de 2003 concretiza

as condições nos termos das quais foi concedida autorização à Portucel SGPS, SA para alienar os restantes 35% do capital

social da Gescartão, mediante uma oferta pública de venda no mercado nacional.

Lisboa, 4 de Abril de 2003

O Conselho de Administração

Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira Presidente

Dr. Mário Augusto Nunes Baptista Vogal

Dr. Luís Armando Catarino da Costa Vogal

Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho Vogal

Dr. José António de Melo Pinto Ribeiro Vogal

Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata Vogal

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CORPOS SOCIAIS

Os Órgãos Sociais da Portucel SGPS têm a seguinte constituição:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Dr. Carlos Adrião Rodrigues

Vice Presidente: Dr. Alfredo Manuel de Oliveira Varela Pinto

Secretário: Dr. Paulo Alexandre Moreira da Silva

Conselho de Administração

Presidente: Dr. Jorge Armindo de Carvalho Teixeira

Vogal: Dr. Mário Augusto Nunes Baptista

Vogal: Dr. Luís Armando Catarino da Costa

Vogal: Dr. Artur Porfírio Silveira de Almeida Soutinho

Vogal: Dr. José António de Melo Pinto Ribeiro

Vogal: Eng. Manuel Maria Pimenta Gil Mata

Órgão de Fiscalização

Alves da Cunha, A. Dias & Associados SROC, representada por:

Dr. António Domingos Henrique Coelho Garcia

R.O.C. Suplente Dr. Vitor João Amaral Vergamota

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

CONTAS CONSOLIDADAS

• Balanço• Demonstração dos Resultados por Naturezas• Demonstração dos Resultados por Funções• Demonstração dos Fluxos de Caixa

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO E 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)2002

Activo Amortizações ActivoACTIVO Notas bruto e provisões líquido 2001

IMOBILIZADO Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 39 639 34 996 4 643 8 336 Despesas de investigação e de desenvolvimento 49 632 36 795 12 837 19 926 Propriedade industrial e outros direitos 2 122 1 918 204 416 Trespasses 434 629 30 521 404 108 470 830 Imobilizações em curso 7 942 - 7 942 5 338

27 533 964 104 230 429 734 504 846

Imobilizações corpóreas Terrenos e recursos naturais 137 900 126 137 774 139 393 Edifícios e outras construções 379 646 164 009 215 637 228 641 Equipamento básico 2 195 083 1 325 519 869 564 915 529 Equipamento de transporte 35 983 20 615 15 368 16 965 Ferramentas e utensílios 3 713 3 198 515 563 Equipamento administrativo 34 025 27 287 6 738 7 851 Taras e vasilhame 356 102 254 93 Outras imobilizações corpóreas 13 681 10 165 3 516 5 230 Imobilizações em curso 58 004 - 58 004 61 906 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas 10 906 - 10 906 3 586

27 2 869 297 1 551 021 1 318 276 1 379 757

Investimentos financeiros Partes de capital em empresas do Grupo 3 003 1 850 1 153 4 150 Empréstimos a empresas do Grupo 567 370 197 197

Partes de capital em empresas associadas 82 714 - 82 714 83 345 Empréstimos a empresas associadas - - - 310 Títulos e outras aplicações financeiras 27 018 - 27 018 26 401 Outros empréstimos concedidos 25 - 25 -Adiantamentos por conta de investimentos financeiros 82 - 82 58

27 113 409 2 220 111 189 114 461

CIRCULANTERealizável a Médio e Longo prazo

Existências - Médio e longo prazo Produtos e trabalhos em curso 280 710 - 280 710 282 319

51 280 710 - 280 710 282 319

Dívidas de terceiros - Médio e longo prazoClientes de cobrança duvidosa 1 941 1 941 - -Empresas associadas 55 60 690 - 60 690 60 690 Outros devedores 54 4 321 4 321 - -

66 952 6 262 60 690 60 690

Existências - Curto prazoMatérias primas, subsidiárias e de consumo 107 187 - 107 187 105 109 Produtos e trabalhos em curso 25 035 - 25 035 30 805 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 532 - 532 584 Produtos acabados e intermédios 57 011 25 56 986 48 269 Mercadorias 164 - 164 157 Adiantamentos por conta de compras 289 - 289 4 857

51 190 218 25 190 193 189 781

Dívidas de terceiros - Curto prazo Clientes, conta corrente 216 194 - 216 194 245 379 Clientes, títulos a receber - - - 163 Clientes de cobrança duvidosa 5 419 3 619 1 800 1 749 Adiantamentos a fornecedores 2 778 68 2 710 14 003 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 216 - 216 -Estado e outros entes públicos 56 28 556 - 28 556 47 703 Outros devedores 54 10 040 101 9 939 26 475

263 203 3 788 259 415 335 472

Títulos negociáveisOutros títulos negociáveis 52 - 52 1

57 52 - 52 1

Depósitos bancários e caixaDepósitos bancários 282 898 - 282 898 122 935 Caixa 57 - 57 64

57 282 955 - 282 955 122 999

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Acréscimos de proveitos 4 979 - 4 979 3 704 Custos diferidos 53 32 086 - 32 086 29 446

37 065 - 37 065 33 150

Total de amortizações 1 655 251

Total de provisões 12 295

Total do activo 4 637 825 1 667 546 2 970 279 3 023 476

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

BALANÇO CONSOLIDADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Notas 2002 2001

CAPITAL PRÓPRIO Capital 249 500 249 500 Diferenças de consolidação 10 320 ( 948)Ajustamentos de partes de capital 10 23 216 28 145 Reservas de reavaliação 107 883 107 883 Reserva legal 24 554 22 361 Reservas estatutárias 8 037 4 233 Outras reservas ( 1 029) ( 703)Resultados transitados ( 24 878) ( 11 507)Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)

Total do Capital próprio 52 430 376 390 493

INTERESSES MINORITÁRIOS 58 469 272 800 803

PASSIVO

PROVISÕES PARA RISCOS E ENCARGOSOutras provisões para riscos e encargos 46 13 862 14 723

13 862 14 723

Dívidas a terceiros - Médio e longo prazoDívidas a instituições de crédito 50 890 919 379 231 Empréstimos por obrigações - não convertíveis 50 150 000 150 000 Fornecedores de imobilizado 6 236 11 055 Outros credores 54 20 -

1 047 175 540 286

Dívidas a terceiros - Curto prazoDívidas a instituições de crédito 50 322 290 778 376 Adiantamentos de clientes 478 55 Fornecedores, conta corrente 101 199 119 872 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 10 912 12 568 Empresas do Grupo e associadas 55 3 204 1 239 Outros accionistas 1 1 Outros empréstimos obtidos 16 -Fornecedores de imobilizado 318 003 25 529 Estado e outros entes públicos 56 22 722 14 982 Outros credores 54 5 186 9 766

784 011 962 388

ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOSAcréscimos de custos 53 139 254 123 159 Proveitos diferidos 53 86 329 191 624

225 583 314 783

Total do passivo 2 070 631 1 832 180

Total do capital próprio, dos interesses minoritários e do passivo 2 970 279 3 023 476

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS POR NATUREZAS PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

Notas

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 422 623 436 086

Fornecimentos e serviços externos 236 580 226 588

Custos com o pessoal:Remunerações 83 117 83 598 Encargos sociais:

Pensões 19 981 15 004 Outros 25 101 128 199 25 217 123 819

Amortizações do imobilizado corpóreo eincorpóreo 27 148 550 155 217

Provisões 46 1 114 149 664 1 748 156 965

Impostos 3 305 3 768 Outros custos operacionais 11 376 14 681 8 421 12 189

(A) 951 747 955 647

Perdas em empresas do Grupo e associadas 979 2 911 Amortizações e provisões de aplicações e

investimentos financeiros 1 850 -Juros e custos similares:

Relativos a empresas do Grupo - 490 Outros 44 67 993 70 822 79 084 82 485

(C) 1 022 569 1 038 132

Custos e perdas extraordinários 45 16 129 26 573

(E) 1 038 698 1 064 705

Imposto sobre o rendimento do exercício 38 45 926 41 956

(G) 1 084 624 1 106 661

Interesses minoritários 39 564 51 294 Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)

1 166 961 1 149 484

Vendas 36 1 123 365 1 082 150 Prestações de serviços 36 9 807 1 133 172 18 742 1 100 892

Variação da produção ( 568) 1 236 Trabalhos para a própria Empresa 2 149 5 025 Proveitos suplementares 3 074 3 154 Subsídios à exploração 722 1 230 Outros proveitos e ganhos operacionais 622 5 999 1 450 12 095

(B) 1 139 171 1 112 987 Rendimentos de títulos negociáveis e de outras

aplicações financeiras - Outros 369 455 Ganhos em empresas do Grupo e associadas 68 84 Rendimentos de participações de capital 919 3 923 Outros juros e proveitos similares:

Relativos a empresas do Grupo 2 469 3 134 Outros 44 9 437 13 262 16 435 24 031

(D) 1 152 433 1 137 018

Proveitos e ganhos extraordinários 45 14 528 12 466

(F) 1 166 961 1 149 484

Resultados operacionais consolidados: (B) - (A) 187 424 157 340 Resultados financeiros consolidados: (D - B) - (C - A) ( 57 560) ( 58 454)Resultados correntes consolidados: (D) - (C) 129 864 98 886 Resultados consolidados antes de impostos: (F) - (E) 128 263 84 779 Resultado consolidado com os interesses minoritários do exercício: (F) - (G) 82 337 42 823 Resultado consolidado líquido do exercício após interesses minoritários: 42 773 ( 8 471)

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

CUSTOS E PERDAS

PROVEITOS E GANHOS

2002 2001

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS CONSOLIDADOS POR FUNÇÕES PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2002 2001

Vendas e prestação de serviços 36 1 133 172 1 100 892

Custo das vendas e das prestações de serviços 59 ( 783 548) ( 764 965)

RESULTADOS BRUTOS 349 624 335 927

Outros proveitos e ganhos operacionais 9 544 9 360

Custos de distribuição ( 73 161) ( 70 122)

Custos administrativos ( 72 137) ( 62 688)

Outros custos e perdas operacionais ( 24 374) ( 59 375)

RESULTADOS OPERACIONAIS 189 496 153 102

Custo líquido de financiamento ( 55 860) ( 61 086)

Ganhos (perdas) em filiais e associadas 8 1 096

Ganhos (perdas) em outros investimentos ( 1 739) 133

Ganhos (perdas) não usuais 646 117

RESULTADOS CORRENTES 132 551 93 362

Impostos sobre os resultados correntes ( 46 933) ( 44 442)

RESULTADOS CORRENTES APÓS IMPOSTOS 85 618 48 920

Resultados extraordinários ( 4 288) ( 8 583)

Impostos sobre os resultados extraordinários 1 007 2 486

RESULTADO LÍQUIDO 82 337 42 823

Interesses minoritários ( 39 564) ( 51 294)

RESULTADO LÍQUIDO - GRUPO 42 773 ( 8 471)

RESULTADO POR ACÇÃO (em euros) 0,86 -0,17

As notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE FLUXOS DE CAIXA PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2002

(Montantes expressos em milhares de euros)

Notas 2002 2001

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimentos de clientes 1 158 802 1 119 176 Pagamentos a fornecedores ( 664 538) ( 655 234)Pagamentos ao pessoal ( 119 827) ( 129 982)

Fluxos gerados pelas operações 374 437 333 960

(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento ( 29 110) ( 85 114)Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional 7 004 ( 47 057)

Fluxos gerados antes das rubricas extraordinárias 352 331 201 789

Recebimentos relacionados com rubricas extraordinárias 2 715 5 441 Pagamentos relacionados com rubricas extraordinárias ( 1 640) ( 10 937)

Fluxos das actividades operacionais (1) 353 406 196 293

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO Recebimentos provenientes de:

Investimentos financeiros 1 390 4 Imobilizações corpóreas 3 877 6 834 Imobilizações incorpóreas - -Subsídios ao investimento 197 2 885 Juros e proveitos similares 11 868 19 503 Adiantamentos pela desactivação da unidade fabril - -Dividendos 919 4 431

18 251 33 657 Pagamentos respeitantes a:

Investimentos financeiros ( 104 196) ( 569 674)Imobilizações corpóreas e incorpóreas ( 83 751) ( 116 878)Títulos negociáveis - -

( 187 947) ( 686 552)

Fluxos das actividades de investimento (2) ( 169 696) ( 652 895)

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO Recebimentos provenientes de:

Empréstimos obtidos 665 971 553 979 Aumentos de capital 1 964 147 217

667 935 701 196 Pagamentos respeitantes a:

Empréstimos obtidos ( 610 368) ( 54 485)Amortização de contratos de locação financeira ( 641) ( 1 035)Juros e custos similares ( 61 114) ( 73 190)Dividendos ( 19 515) ( 25 100)

( 691 638) ( 153 810)

Fluxos das actividades de financiamento (3) ( 23 703) 547 386

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) 160 007 90 784

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 57 123 000 21 258

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES PROVENIENTES DO GRUPOSOPORCEL (60%) - 10 958

CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO EXERCÍCIO 57 283 007 123 000

As Notas anexas fazem parte integrante destas demonstrações financeiras.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

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PORTUCEL - EMPRESA DE CELULOSE E PAPEL DE PORTUGAL, SGPS, SA

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE

2002

(Montantes expressos em milhares de euros, excepto quando especificamente referido)

INTRODUÇÃO

A Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (adiante designada por Portucel SGPS ou Empresa)

é a "holding" do Grupo Portucel, criada em Maio de 1993, por transformação em Sociedade Gestora de Participações Sociais,

da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA. Esta transformação decorreu no âmbito do processo de

reestruturação efectuado ao abrigo do Decreto-Lei nº 39/93, de 13 de Fevereiro.

O objecto social da Empresa que até Maio de 1993 era a produção e a comercialização de pastas celulósicas, papéis,

embalagens e matéria prima lenhosa, passou a ser a gestão de participações sociais, como forma indirecta de exercício de

actividades económicas, nas empresas para as quais foram transferidas as actividades anteriormente desenvolvidas pela

Empresa.

Ao longo destes últimos exercícios, no contexto das operações necessárias à pretendida reestruturação das várias

participações do Estado no sector da pasta e papel e posterior reprivatização da Portucel SA verificaram-se alterações

significativas na composição do Grupo Portucel, das quais são de salientar:

No decorrer do exercício de 2000:

• A conclusão da primeira fase do processo de privatização da Gescartão, SGPS, SA e subsidiárias a qual teve por

consequência a alienação pela Portucel SGPS de 65% da sua participação no capital dessas empresas.

• A aquisição pela Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA (Portucel SA) da totalidade do capital social

da Papéis Inapa, SA, dos quais 27,5% eram já detidos em 1999 pela Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS,

SA (Papercel SGPS), e posterior fusão por incorporação da sociedade Papéis Inapa, SA na sociedade Portucel SA,

mediante a transferência global do património da sociedade incorporada para a sociedade incorporante.

No decorrer do exercício de 2001:

• A aquisição da totalidade do capital social da Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA, dos quais 40% eram

já detidos em 2000 pela Papercel SGPS.

• A compra pela Portucel SA da participação detida pela Papercel SGPS na Soporcel, efectuada em condições

idênticas às praticadas na compra dos restantes 60% de participação a terceiros exteriores ao Grupo Portucel.

Conforme se descreve na Nota 53, por se tratar de uma operação interna, porque realizada com uma subsidiária,

o ganho apurado pela Papercel SGPS nesta transacção foi diferido em balanço para imputação a resultados

quando realizado para o exterior na sequência da prevista operação de reprivatização da Portucel SA.

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No decorrer do exercício de 2002:

• A Portucel SGPS adquiriu os 50% do capital da Papercel SGPS em posse da Parpública - Participações Públicas

(SGPS), SA por um valor de 400 000 milhares de euros, passando assim a deter 100% do capital da Papercel SGPS.

Também no exercício de 2002 ficou formalizada a fusão, por incorporação, da Papercel SGPS na Portucel SGPS,

fusão essa que foi reportada, para efeitos contabilísticos, a 1 de Janeiro de 2002.

• A liquidação das empresas Papercel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços de Gestão e Consultoria, SA,

Sagitta Trading - Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, SA e Gespapel - Gestão e Serviços

Técnicos Especializados, Lda.

Estas demonstrações financeiras consolidadas da Portucel SGPS foram preparadas em conformidade com o

Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho, que define as normas relativas à consolidação de contas em Portugal.

As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de

demonstrações financeiras consolidadas. As notas cuja numeração se encontra ausente deste anexo não são aplicáveis ao

Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a apreciação das demonstrações financeiras consolidadas anexas.

I - INFORMAÇÕES RELATIVAS ÀS EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO E A OUTRAS

NOTA 1 - EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO

São consideradas empresas subsidiárias aquelas em que as participações de capital detidas pela Portucel SGPS ou

suas subsidiárias são superiores a 50% e/ou em que seja exercido controlo pela Sociedade. As empresas associadas são

aquelas em que o investimento da Sociedade ou das suas subsidiárias tem carácter duradouro, onde é exercida uma

influência significativa e cuja participação no capital não é superior a 50%.

Na sequência da alteração verificada no Grupo no decorrer de 2002 (Ver Nota Introdutória), as empresas incluídas

na consolidação em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, a sede das mesmas e a proporção do capital detido, directa e

indirectamente, pela Portucel SGPS é como segue:

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(a) A totalidade do património desta empresa foi transferido para a Portucel SGPS, no âmbito do processo de fusão por incorporação reportado a 1 de Janeiro de 2002.

(b) Empresas liquidadas no decorrer do exercício de 2002.

(c) Empresas constituídas em 2002.

(d) Empresas que haviam sido integradas na consolidação em 2001 pelo método da equivalência patrimonial.

Todas as empresas acima foram incluídas na consolidação em 2002 mediante a aplicação do método da integração

global.

Sede Directa Indirecta Total 2002 2001

Empresa-Mãe:Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA Lisboa - - - √ √

Subsidiárias:Portucel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços, SA Lisboa 100,00 - 100,00 √ √Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda Lisboa 80,00 - 80,00 √ √

Sub-Grupo Papercel Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (a) Lisboa - - - - √ Subsidiárias:

Papercel Serviços - Empresa de Prestação de Serviços de Gestão e Consultoria, SA (b) Lisboa - - - - √

Sub-Grupo Portucel Tejo Portucel Tejo - Empresa de Celulose do Tejo, SA V. V. Rodão 100,00 - 100,00 √ √ Subsidiárias:

CPK-Companhia Produtora de Papel Kraftsack, SA Lisboa - 100,00 100,00 √ √

Sub-Grupo Portucel SoporcelPortucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA Lisboa 55,73 - 55,73 √ √ Subsidiárias:

Portucel Florestal - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √Arboser - Serviços Agro-Industriais, SA Setúbal - 64,59 64,59 √ √Celpinus - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √Lazer e Floresta - Empresa de Desenvolvimento Agro-Florestal Imobiliário e Turístico, SA Lisboa 40,00 33,44 73,44 √ √SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA Setúbal - 55,73 55,73 √ √Enerpulp - Cogeração Energética de Pasta, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Tecnipapel - Sociedade de Transformação e Distribuição de Papel, Lda Setúbal - 55,73 55,73 √ √Portucel (UK), Ltd Reino Unido - 55,73 55,73 √ √Portucel Pasta y Papel, SA Espanha - 55,73 55,73 √ √Sagitta Trading - Comercialização, Importação e Exportação de Madeiras, SA (b) Lisboa - - - - √Setipel - Serviços Técnicos para a Industria Papeleira, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Gespapel - Gestão e Serviços Técnicos Especializados, Lda (b) Lisboa - - - - √Socortel - Sociedade de Corte de Papel, SA (c) Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ -Sociedade de Vinhos da Herdade de Espirra - Produção e Comercialização de Vinhos, SA Lisboa - 73,44 73,44 √ √Aliança Florestal - Sociedade para o Desenvolvimento Agro-Florestal, SA Lisboa - 55,73 55,73 √ √Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ √Emporsil - Empresa Portuguesa de Silvicultura, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √Empremédia - Corretores de Seguros, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √Soporcel España, SA Espanha - 55,73 55,73 √ √Soporcel International, BV Holanda - 55,73 55,73 √ √Soporcel France, EURL França - 55,73 55,73 √ √Soporcel United Kingdom, Ltd Reino Unido - 55,73 55,73 √ √Soporcel Italia, SRL Itália - 55,73 55,73 √ √Soporcel 2000 - Serviços Comerciais de Papel, Sociedade Unipessoal, Lda Figueira da Foz - 55,73 55,73 √ √Soporcel North America Inc. EUA - 55,73 55,73 √ √Soporcel Deutschland , GmbH (c) Alemanha - 55,73 55,73 √ -Soporcel Handels, GmbH (c) Austria - 55,73 55,73 √ -Viveiros Aliança - Empresa Produtora de Plantas, SA (d) Lisboa - 55,73 55,73 √ -Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA (d) Lisboa - 55,73 55,73 √ -

Denominação social

% de participação de capital em 2002 Consolidação

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NOTA 2 - EMPRESAS EXCLUÍDAS DA CONSOLIDAÇÃO

As empresas não consolidadas pelo método da consolidação integral ou proporcional, suas sedes sociais e a

proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2002, são as seguintes:

A Imobiliária do Tojal e a Ria Mãe não foram em 2002 e em 2001 incluídas na consolidação pelo facto do accionista

ter anunciado a intenção de venda da totalidade ou parte destas participações no curto prazo, existindo já compromissos

para a venda do capital ou dos seus principais activos.

As restantes empresas não foram consolidadas pelo método da consolidação global ou proporcional por o seu

contributo ser considerado materialmente irrelevante para a apresentação de uma imagem fiel e verdadeira da situação

financeira e resultados das operações do Grupo (nº 1 do Artigo 4º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho).

Em 2001 foi constituído pela Setipel, juntamente com outra empresa, um Agrupamento Complementar de

Empresas (ACE) designado MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e Papel, ACE, tendo por objectivo a aquisição dos

serviços necessários à prestação de serviços de manutenção aos centros fabris da Portucel. Em 2002 foram constituídos outros

dois ACE's, o Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE formado pela Portucel e pela Soporcel, com o objectivo de

integrar a função comercial da actividade industrial do papel das duas empresas e o Cutpaper - Transformação, Corte e

Embalagem de Papel, ACE formado pela Socortel juntamente com outra empresa, com o objectivo de desenvolver

actividades de corte, embalagem, armazenagem e expedição de papel no centro fabril da Soporcel. Por representar um

efeito não materialmente relevante, a parte correspondente do Grupo nos activos e passivos e nos custos e proveitos destas

entidades não foi incluída nas presentes demonstrações financeiras.

NOTA 3 - EMPRESAS ASSOCIADAS

(a) Empresa alienada no exercício de 2002

Sede Directa Indirecta Total 2002 2001

Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA Lisboa 100,00 - 100,00 - -

Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda Aveiro 100,00 - 100,00 - -

Portucel International Trading, SA Luxemburgo 20,00 44,59 64,59 √ √

Portucel España, SA Madrid 40,00 38,75 78,75 √ √

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalangens e

Sacos de Papel, Lda Lisboa - 55,73 55,73 √ √

Portucel Brasil Brasil - 55,17 55,17 √ √

Portucel Soporcel Papel - Sales e Marketing, ACE Figueira da Foz - 55,73 55,73 - -

MICEP - Manutenção Industrial de Celulose e

Papel, ACE Setúbal - 27,87 27,87 - -

Cutpaper - Transformação, Corte e Embalagem

de Papel, ACE Figueira da Foz - 27,87 27,87 - -

Denominação social

patrimonialPercentagem de participação em 2002

Equivalência

Sede 2002 2001 2002 2001

Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA Lisboa 29,71 27,11 √ √Gescartão, SGPS, SA Vila do Conde 35,00 35,00 - -

Controlled Sport (Portugal) - Turismo, Cinegética e Agricultura, SA (a) Castelo Branco - 23,35 - √

Denominação social

% de participação Equivalência patrimonial

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

A Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA foi consolidada por equivalência patrimonial, com base no

estipulado no nº 13.6 das normas de consolidação de contas estabelecidas pelo Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho.

A Gescartão, SGPS, SA encontra-se registada nas demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2002 ao valor

da equivalência patrimonial reportado a 31 de Dezembro de 1999 (ver Nota 60 a)).

NOTA 7 - VOLUME DE EMPREGO

O número médio de empregados ao serviço do Grupo Portucel, durante o exercício findo em 31 de Dezembro de

2002 ascendeu a 2 766 (2001: 2 912 empregados).

III - INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS PROCEDIMENTOS DE CONSOLIDAÇÃO

NOTA 10 - DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO (CAPITAL PRÓPRIO)

Diferenças de consolidação - O saldo desta rubrica foi originado, essencialmente, pela compensação efectuada

entre o custo de aquisição das partes de capital detidas em empresas do Grupo (subsidiárias) e associadas e a proporção dos

capitais próprios à data da primeira consolidação. Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 esta rubrica tinha a seguinte

composição:

(a) Empresa objecto de fusão por incorporação na Portucel SGPS no exercício de 2002, tendo o valor em diferenças de consolidação sido reclassificado para

resultados transitados.

(b) Empresa alienada no exercício de 2002.

% de % de

participação Diferenças participação Diferenças

no de no de

capital consolidação capital consolidação

Empresas do Grupo:

Sosapel - Sociedade Comercial de Sacos de Papel, Lda 80,00 320 80,00 320

Papercel - Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA (a) - - 50,00 ( 1 223)

320 ( 903)

Empresas associadas:

Controlled Sport (Portugal) Turismo, Cinegética e Agricultura, SA (b) - - 23,35 ( 45)

- ( 45)

320 ( 948)

2002 2001

35

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Ajustamentos de partes de capital - O saldo desta rubrica tem origem em variações ocorridas nos capitais próprios

de empresas associadas que não se relacionam com resultados do exercício. Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 esta rubrica

tinha a seguinte composição:

(a) Empresa alienada no exercício de 2002.

O valor que se encontrava registado em ajustamentos de partes de capital pela Papercel, SGPS, SA no exercício de

2001 e que incluía maioritariamente um valor relacionado com a correcção para o justo valor de parte dos activos imobilizados

da sua subsidiária Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA, no montante de cerca de 20 219 milhares de euros,

passaram a ser identificados, após a fusão da Papercel SGPS na Portucel SGPS, directamente como ajustamentos de partes

de capital relativos à Soporcel. O valor remanescente dos ajustamentos de partes de capital associados à Papercel, SGPS

foram reclassificados para Resultados transitados.

O valor registado como ajustamentos de partes de capital associados à Inapa- Investimentos, Participações e

Gestão, SA, no montante de 2 483 milhares de euros estão relacionados com a realização de correcções aos capitais próprios

da mesma empresa para harmonização de políticas contabilísticas com o Grupo Portucel.

NOTA 15 - CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Os principais critérios valorimétricos seguidos pelas empresas do Grupo Portucel foram consistentemente

aplicados entre as empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23.

NOTA 18 - CRITÉRIO DE CONTABILIZAÇÃO DAS PARTICIPAÇÕES EM ASSOCIADAS

As participações em empresas associadas, com excepção da Gescartão, SGPS, SA, são registadas pelo método da

equivalência patrimonial tendo sido as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual foi acrescido

ou reduzido da diferença para o valor correspondente à proporção dos capitais próprios dessas empresas, reportados à data

% de

participação

no capital 2002 2001

Papercel, SGPS, SA - - 22 147

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 55,73 20 219 -

Gescartão, SGPS, SA 35,00 5 583 5 583

Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA ( 2 483) -

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e

Sacos de Papel, Lda 55,73 5 5

Controlled Sport (Portugal), Turismo Cinegética e

Agricultura, SA (a) - - 420

Portucel España, SA 78,75 ( 21) ( 21)

Portucel International Trading, SA 64,59 11 11

Outras ( 98) -

23 216 28 145

partes de capital

Ajustamentos de

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial. Esta diferença foi registada por contrapartida

das rubricas de ajustamentos de partes de capital e diferenças de consolidação no capital próprio.

De acordo com o método de equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente pelo

valor correspondente à participação nos resultados líquidos das associadas por contrapartida de ganhos ou perdas

financeiros do exercício. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do

valor das participações.

IV - INFORMAÇÕES RELATIVAS A COMPROMISSOS

NOTA 21 - COMPROMISSOS FINANCEIROS E OUTRAS RESPONSABILIDADES

a) Complemento de Pensões de reforma e de sobrevivência

Conforme referido na Nota 23 h) a Portucel SGPS e as suas subsidiárias assumiram responsabilidades pelo

pagamento de complementos de pensões de reforma por invalidez ou velhice e pensões de sobrevivência.

Presentemente, coexistem diversos planos de complemento de pensões de reforma e de sobrevivência no conjunto

de empresas consolidadas, sendo eles:

(i) Nos termos do Regulamento dos Benefícios Sociais em vigor, os empregados do quadro permanente das

empresas do Grupo Portucel que resultaram do processo de reestruturação de 1993 mencionado na Nota

Introdutória e da aquisição e incorporação do Grupo Papéis Inapa, que tenham mais de cinco anos de serviço,

têm direito após a passagem à reforma ou em situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de

reforma ou de invalidez (Plano Portucel). Esse complemento está definido de acordo com uma fórmula que tem

em consideração a remuneração mensal ilíquida actualizada para a categoria profissional do empregado à data

da reforma e o número de anos de serviço, no máximo de 30, sendo ainda garantidas pensões de sobrevivência

ao cônjuge e a descendentes directos.

Para cobrir esta responsabilidade, foi constituído o fundo de pensões autónomo denominado Fundo de Pensões

Portucel, gerido por entidade externa.

(ii) Os colaboradores da Soporcel e empresas suas participadas têm direito após a passagem à reforma ou em

situação de invalidez, a um complemento mensal de pensão de reforma ou de invalidez, e ainda, são garantidas

pensões de sobrevivência (Plano Soporcel).

Para cobrir esta responsabilidade, foram constituídos fundos de pensões autónomos, geridos por entidade

externa, estando os activos dos fundos repartidos por cada uma das empresas.

Os estudos actuariais desenvolvidos por entidade independente, com referência a 31 de Dezembro de 2002 e 2001,

para efeitos de apuramento nessas datas das responsabilidades acumuladas tiveram por base os seguintes pressupostos:

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Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001 a cobertura das responsabilidades das empresas pelos activos dos Fundos que

lhes estavam afectos, era como segue:

Plano Plano

Portucel Soporcel

Método Projected Unit Credit Projected Unit Credit

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77

Tábua de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça

Taxa de desconto 6% 4%

Taxa de crescimento dos salários 3% 4%

Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Taxa de rendimento 6% 6%

Plano Plano

Portucel Soporcel

Método Projected Unit Credit Projected Unit Credit

Tábua de mortalidade TV 73/77 TV 73/77

Tábua de invalidez EKV-80-Suíça EKV-80-Suíça

Taxa de desconto 6% 4%

Taxa de crescimento dos salários 3% 4%

Taxa de crescimento das pensões 2% 2%

Taxa de rendimento 6% 6%

2002

2001

Plano Plano Plano PlanoPortucel Soporcel Portucel Soporcel

Responsabilidades por serviços passados:

Colaboradores no activo e pré-reformados 45 777 33 894 44 344 30 498

Colaboradores reformados 16 567 12 067 14 330 11 095

(A) 62 344 45 961 58 674 41 593

Valor do Fundo afecto à cobertura das responsabilidades

do Grupo: (B) 54 558 37 699 58 108 36 109

Excesso/(insuficiência) de cobertura ( 7 786) ( 8 262) ( 566) ( 5 484)

(Ganhos)/perdas actuarias não imputados a

resultados ("corridor") 3 050 2 896 4 295 3 556

Excesso/(insuficiência) de cobertura líquida (Nota 53) ( 4 736) ( 5 366) 3 729 ( 1 928)

Percentagem de cobertura (B)/(A) 88% 82% 99% 87%

2002 2001

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

39

Conforme referido na Nota 23 h), as empresas integradas na consolidação adoptam como política contabilística

para reconhecimento das suas responsabilidades com estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz

Contabilística nº 19.

Adicionalmente, para efeitos do inerente registo contabilístico, no exercício de 2001, o Grupo Portucel passou a

adoptar a metodologia de "corridor" prevista na Norma Internacional de Contabilidade nº 19, segundo a qual, os ganhos e

perdas actuariais apurados só terão reflexo nos resultados do exercício na medida em que, no início do período, o seu valor

acumulado ultrapasse (i) 10% do valor do Fundo afecto à cobertura da responsabilidade da Empresa, ou (ii) 10% do valor da

responsabilidade com serviços passados, dos dois o mais elevado. Nos exercícios em que o valor acumulado dos ganhos e

perdas actuariais ainda não reflectido em resultados ultrapassar os limites acima referidos, o valor inicial em excesso será

imputado a resultados em função do número médio de anos de trabalho remanescente para os trabalhadores integrados no

plano.

Assim, no exercício de 2002, a variação entre o excesso de cobertura, líquida de ganhos e perdas actuariais existente

em 31 de Dezembro de 2001 nos Planos Portucel e Soporcel (1 801 milhares de euros), e a insuficiência de cobertura líquida

existente em 31 de Dezembro de 2002 para os Planos Portucel e Soporcel (10 102 milhares de euros), no valor de 11 903

milhares de euros, foi registada:

(i) a débito da rubrica de custos diferidos, no montante de 1 853 milhares de euros, e

(ii) a crédito da rubrica de acréscimos de custos, no montante de 13 756 milhares de euros,

por contrapartida:

(i) de um débito na rubrica de custos com o pessoal, no montante de 19 639 milhares de euros, e

(ii) de um crédito na rubrica de disponibilidades, no montante de 7 736 milhares de euros, correspondente às

dotações efectuadas em 2002 para os Fundos de Pensões.

O valor registado a débito na rubrica de custos com pessoal tem a seguinte composição:

Plano Plano

Portucel Soporcel Total

Custo com os serviços correntes 2 851 2 421 5 272

Custo financeiro 3 506 3 333 6 839

Rendimento dos activos do plano 4 386 3 170 7 556

Imputação a custos dos ganhos e perdas actuariais 1 - 1

Transferências e ajustamentos ( 124) 95 ( 29)

10 620 9 019 19 639

DR/(CR)

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Em 31 de Dezembro de 2002, o património dos Fundos associados ao Plano Portucel e ao Plano Soporcel, era

constituído pelos seguintes activos:

b) Outros compromissos

Em 2002 o Grupo Portucel tinha compromissos com fornecedores, no montante de 36 000 milhares de euros (2001:

13 277 milhares de euros) para aquisição de imobilizado.

Existem ainda nessa data compromissos assumidos, relativos à aquisição de madeira em pé, no valor de 1 630

milhares de euros (2001: 1 861 milhares de euros).

É ainda de referir que em Julho de 1998 foi celebrado um contrato de investimento entre a subsidiária Soporcel, os

seus accionistas e o Estado Português no âmbito do investimento realizado na segunda fábrica de papel, o qual estabelece

incentivos a obter pela sociedade, nomeadamente de carácter fiscal, e um conjunto de obrigações que o Conselho de

Administração da Soporcel entende serem possíveis de cumprir.

NOTA 22 - RESPONSABILIDADES POR GARANTIAS PRESTADAS

Em 31 de Dezembro de 2002 as responsabilidades por garantias prestadas pelo Grupo Portucel, não incluídas no

balanço anexo, ascendiam a 9 546 milhares de euros (2001: 22 617 milhares de euros) e estão essencialmente relacionadas

com os subsídios obtidos para o investimento (ver nota 53).

Plano Plano

Portucel Soporcel

Dívida pública e equiparados 11 836 9 468

Títulos de participação 10 980 9 803

Acções 2 556 1 773

Obrigações 21 000 12 721

Fundos de investimento imobiliário 4 043 198

Outras aplicações - curto prazo 3 814 3 640

Outras aplicações a prazo 329 96

54 558 37 699

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V - INFORMAÇÕES RELATIVAS A POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

NOTA 23 - BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS E CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

Bases de apresentação

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a

partir dos livros e registos contabilísticos das empresas indicadas na Nota 1, mantidos de acordo com princípios de

contabilidade geralmente aceites em Portugal, tendo-se utilizado os procedimentos de consolidação a seguir descritos.

Procedimentos de consolidação

As principais transacções e os saldos de maior significado ocorridos entre as empresas foram eliminados no

processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no

balanço na rubrica de interesses minoritários.

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas associadas encontram-se incluídos

no balanço consolidado, pelo método da equivalência patrimonial (ver Nota 18).

Os investimentos financeiros representativos de partes de capital em empresas participadas em menos de 20%,

nas subsidiárias e associadas que justificadamente não foram incluídas na consolidação, encontram-se apresentados ao

custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.

Principais princípios contabilísticos e critérios valorimétricos

a) Imobilizações incorpóreas

As imobilizações incorpóreas incluem nas diferentes rubricas de despesas de instalação, de investigação e

desenvolvimento e de propriedade industrial e outros direitos, essencialmente despesas suportadas com a elaboração de

estudos de organização, de desenvolvimento e de racionalização industrial. Estas despesas, excepto as que se encontram em

curso, são amortizadas de acordo com o método das quotas constantes ao longo de um período de três a cinco anos.

A rubrica de trespasses reflecte essencialmente o "goodwill" apurado na aquisição da participação na Inapa -

Investimentos, Participações e Gestão, SA e na aquisição da participação na Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA.

Estes trespasses estão a ser amortizados ao longo de um período de cinco e vinte e cinco anos, respectivamente, pois é

convicção da Administração que a recuperação dos respectivos investimentos será atingida decorridos aqueles períodos.

b) Imobilizações corpóreas

As imobilizações corpóreas são originalmente registadas ao custo de aquisição, o qual no caso das imobilizações

transferidas da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SA, em 31 de Maio de 1993 para outras empresas do

actual Grupo Portucel foi determinado com base em avaliação efectuada por entidade especializada.

Os bens adquiridos até 31 de Dezembro de 1997 foram reavaliados em conformidade com os critérios referidos na

Nota 41.

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No contexto da operação de compra pela Portucel SA do capital da Soporcel realizada no exercício de 2001, o

imobilizado corpóreo desta subsidiária foi reavaliado para o justo valor em 1 de Janeiro de 2001, com base em avaliação

independente efectuada por uma entidade especializada.

As amortizações são calculadas, sobre o valor de aquisição ou reavaliado, pelo método das quotas constantes, a

partir da data da entrada em funcionamento dos bens, utilizando de entre as taxas permitidas pela legislação fiscal em vigor,

as que permitam a reintegração do imobilizado, durante a sua vida útil estimada. As taxas de amortização utilizadas

correspondem às seguintes vidas úteis estimadas médias:

Anos médios

de vida útil

Recursos naturais 14

Edifícios e outras construções 12 - 30

Equipamento básico 6 - 25

Equipamento de transporte 5 - 9

Ferramentas e utensílios 2 - 8

Equipamento administrativo 4 - 8

Taras e vasilhame 6

Outras imobilizações corpóreas 4 - 10

Os encargos com reparações e manutenção de natureza corrente são registados na demonstração de resultados do

exercício em que são incorridos. Os custos associados às reparações programadas dos centros fabris, que ocorrem com

intervalos de cerca de dezoito meses, são imputados à demonstração de resultados em base duodecimal ao longo desse

período.

As reparações que aumentam a utilidade económica dos activos imobilizados são registadas como imobilizações

corpóreas e amortizadas durante a vida útil remanescente dos mesmos.

Os terrenos não são objecto de amortização.

c) Contratos de locação financeira

Os bens adquiridos em regime de locação financeira encontram-se relevados na situação patrimonial das empresas

como estabelece a Directriz Contabilística nº 25, emanada da Comissão de Normalização Contabilística. Assim, (i) o valor dos

bens é registado em imobilizado corpóreo, sendo depreciado em conformidade com a vida útil esperada e (ii) a

responsabilidade para com terceiros pela parte de capital incluída nas rendas vincendas, é evidenciada no passivo.

d) Existências

Florestas

As florestas encontram-se classificadas na rubrica produtos e trabalhos em curso, essencialmente a longo prazo,

excluindo os terrenos que são classificados nas imobilizações corpóreas. As florestas transferidas da Portucel em 31 de Maio

de 1993 (data da constituição da Portucel Florestal), encontram-se registadas ao custo reavaliado, com base em avaliação

efectuada por uma entidade especializada, deduzido do montante atribuído à madeira cortada. O custo das florestas

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adquiridas ou com as plantações efectuadas após aquela data e os custos incorridos com o desenvolvimento, conservação e

manutenção das florestas são incluídos no valor destas. O custo da madeira é transferido para custo de produção quando a

madeira é cortada. Os cortes de madeira própria são valorizados ao custo específico de cada mata, atribuído a cada corte, o

qual inclui os custos totais incorridos em cada mata, desde o último corte.

Outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias

As outras matérias-primas, subsidiárias e de consumo e mercadorias encontram-se valorizadas ao custo médio de

aquisição, que inclui o preço de factura e todas as despesas até à sua entrada em armazém, o qual é inferior ao respectivo

valor de mercado. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

Produtos acabados e intermédios e outros produtos e trabalhos em curso

Os produtos acabados e intermédios e produtos e trabalhos em curso, que não as florestas, encontram-se

valorizados ao custo médio mensal de produção acumulado, que inclui o custo da matéria-prima incorporada, mão-de-obra

directa e gastos gerais de fabrico. Como método de valorização das saídas ou consumos é utilizado o custo médio.

e) Provisão para depreciação de existências e para créditos de cobrança duvidosa

A provisão para depreciação de existências é constituída pela diferença entre (i) o custo de produção dos produtos

acabados e intermédios ou (ii) o custo de aquisição das matérias primas e mercadorias, e o valor de realização estimado,

sempre que este seja inferior aos primeiros.

A provisão para créditos de cobrança duvidosa é calculada tendo por base os riscos previstos de cobrança no final

de cada ano.

f) Títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são registados ao mais baixo de entre o custo de aquisição e o valor esperado de realização.

Os juros obtidos são reconhecidos como proveitos no exercício em que ocorrem e os dividendos distribuídos são reconhecidos

como proveitos no exercício em que é tomada a decisão de distribuição dos dividendos.

g) Especialização de exercícios

As Empresas do Grupo registam as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização dos

exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas independentemente do momento

em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e

despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos (ver Nota 53).

h) Complemento de pensões de reforma e sobrevivência

As empresas incluídas na consolidação adoptam como política contabilística para reconhecimento das suas

responsabilidades por estes complementos, os critérios consagrados pela Directriz Contabilística nº 19, emanada da

Comissão de Normalização Contabilística. Adicionalmente, em 2001 o Grupo passou a adoptar para efeitos do inerente

registo contabilístico, a metodologia de "corridor" conforme disposto na Norma Internacional de Contabilidade nº 19 (ver

Nota 21 a)).

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i) Encargos com pré-reformas

A Portucel SGPS e as suas subsidiárias constituídas na sequência do processo de reestruturação de 1993

mencionado na Nota Introdutória, assumiram a responsabilidade pelo pagamento de pré-reformas, nos termos de acordos

celebrados com diversos empregados, até ao momento da sua passagem à reforma pela Segurança Social. Estes

pagamentos mensais correspondem, genericamente, ao salário do empregado à data da pré-reforma. O valor actual das

responsabilidades por pagamentos futuros de pré-reformas, é determinado por cálculo actuarial e registado como custo do

exercício em que se celebra o acordo de pré-reforma. No final de cada exercício é actualizado o cálculo actuarial das

responsabilidades e ajustado, através da demonstração dos resultados do exercício, o saldo da rubrica de encargos com pré-

reformas (ver Nota 53).

j) Indemnizações pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

Os encargos associados a indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo acordo de contratos de trabalho

são registados, como custo extraordinário, no exercício em que o respectivo acordo é concluído.

k) Subsídios recebidos para financiamento de imobilizações corpóreas

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento de imobilizações corpóreas são registados em

balanço como proveitos diferidos para posterior reconhecimento na demonstração dos resultados de cada exercício,

proporcionalmente às amortizações das respectivas imobilizações corpóreas subsidiadas. A parcela do subsídio reconhecida

como proveito no exercício, bem como as correspondentes amortizações, integram os resultados extraordinários do exercício.

l) Subsídios à exploração

Foi atribuído à subsidiária Soporcel um incentivo fiscal traduzido pela redução à colecta do IRC dos exercícios de

1998 a 2007 de determinados montantes apurados e escalonados em função do esforço com investimentos industriais que

para o efeito foram considerados elegíveis (ver Nota 38).

Os subsídios atribuídos sobre a forma de incentivo fiscal durante um período pré-determinado são reconhecidos na

demonstração de resultados no período em que se verifica a redução da carga fiscal.

m) Subsídios recebidos para a exploração florestal

Os subsídios recebidos a fundo perdido para o financiamento da reflorestação e da melhoria das condições de

produção das florestas em crescimento, são originalmente reflectidos em balanço, na rubrica de proveitos diferidos, para

posterior reconhecimento na demonstração dos resultados durante um período de 10 anos e 5 anos, respectivamente.

n) Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas em euros aos câmbios vigentes à data da operação. As

diferenças de câmbio realizadas no exercício, bem como as potenciais apuradas nos saldos existentes na data do balanço por

referência às paridades vigentes nessa data, integram os resultados correntes do exercício.

As demonstrações financeiras das empresas do Grupo com moeda funcional diferente do euro, foram convertidas

para euros através da utilização das seguintes taxas de câmbio:

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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- Histórica para as rubricas do capital próprio, com excepção do resultado do exercício;

- Vigente no final do ano para a totalidade dos activos e passivos;

- Média do exercício para a totalidade das rubricas de custos e proveitos na demonstração dos

resultados do exercício.

o) Operações de fixação de taxa de juro futura

Os ganhos e perdas apurados em operações de fixação de taxa de juro futura, utilizadas para cobrir riscos inerentes

ao passivo das empresas do Grupo são reconhecidos à medida que são gerados (ver Nota 50).

p) Imposto sobre o rendimento

O encargo com o imposto sobre o rendimento é apurado tendo em consideração as disposições do Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC). O Grupo adopta, de acordo com o disposto na Directriz

Contabilística nº 28, o conceito de contabilização de impostos diferidos desde que haja uma probabilidade razoável de que

venha a registar-se matéria colectável em exercícios futuros (ver Nota 38).

VI - INFORMAÇÕES RELATIVAS A DETERMINADAS RUBRICAS

NOTA 27 - MOVIMENTOS NO ACTIVO IMOBILIZADO

Transfe-

Saldo rências Saldo

inicial Aumentos Alienações e abates final

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 40 669 - - ( 1 030) 39 639

Despesas de investigação e de desenvolvimento 47 772 523 - 1 337 49 632

Propriedade industrial e outros direitos 2 106 - - 16 2 122Trespasses 509 058 - - ( 74 429) 434 629

Imobilizações em curso 5 338 6 564 - ( 3 960) 7 942

604 943 7 087 - ( 78 066) 533 964

Imobilizações corpóreasTerrenos e recursos naturais 139 486 75 ( 1 850) 189 137 900

Edifícios e outras construções 374 896 347 ( 6) 4 409 379 646

Equipamento básico 2 144 550 5 676 ( 1 112) 45 969 2 195 083Equipamento de transporte 36 780 1 123 ( 2 830) 910 35 983

Ferramentas e utensílios 3 505 57 ( 5) 156 3 713

Equipamento administrativo 32 451 717 ( 185) 1 042 34 025

Taras e vasilhame 163 331 ( 138) - 356

Outras imobilizações corpóreas 14 199 243 ( 680) ( 81) 13 681Imobilizações em curso 61 906 44 377 - ( 48 279) 58 004

Adiantamentos por conta de imobilizações

corpóreas 3 586 11 394 - ( 4 074) 10 906

2 811 522 64 340 ( 6 806) 241 2 869 297

Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do Grupo 4 150 - - ( 1 147) 3 003Empréstimos a empresas do Grupo 567 - - - 567

Partes de capital em empresas associadas 83 345 265 - ( 896) 82 714

Empréstimos a empresas associadas 310 - - ( 310) -

Títulos e outras aplicações financeiras 26 401 617 - - 27 018

Outros empréstimos concedidos - 25 - - 25Adiantamentos por conta de investimentos

financeiros 58 24 - - 82

114 831 931 - ( 2 353) 113 409

3 531 296 72 358 ( 6 806) ( 80 178) 3 516 670

Rubricas

Activo bruto

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As amortizações do exercício ascenderam a 152 809 milhares de euros, tendo 4 259 milhares de euros sido

reclassificados para a rubrica de custos extraordinários, dos quais 3 410 milhares de euros de acordo com o critério referido

na Nota 23 k) (ver Nota 45).

Imobilizações incorpóreas

A redução na rubrica de trespasses do imobilizado incorpóreo corresponde ao "goodwill" na operação de que

resultou a participação original de 50% da Portucel SGPS na Papercel SGPS, o qual, no âmbito do processo de fusão

mencionado na Nota Introdutória, foi anulado, pelo seu valor líquido, por contrapartida de proveitos diferidos (ver Nota 53).

Assim, em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica de trespasses apresentava a seguinte decomposição:

2002 2001

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA 428 132 428 132

Papercel - Celulose e Papel de Portugal,

SGPS, SA - 74 429

Inapa - Investimentos, Participações e Gestão, SA 6 385 6 385

CPK - Companhia Produtora de Papel Kraftsack 112 112

434 629 509 058

Transfe-

Saldo rências Saldo

inicial Aumentos Alienações e abates final

Imobilizações incorpóreas

Despesas de instalação 32 333 4 631 - ( 1 968) 34 996

Despesas de investigação e de desenvolvimento 27 846 9 587 - ( 638) 36 795

Propriedade industrial e outros direitos 1 690 229 - ( 1) 1 918

Trespasses 38 228 14 622 - ( 22 329) 30 521

100 097 29 069 - ( 24 936) 104 230

Imobilizações corpóreas

Terrenos e recursos naturais 93 33 - - 126

Edifícios e outras construções 146 255 17 826 ( 72) - 164 009

Equipamento básico 1 229 021 97 356 ( 794) ( 64) 1 325 519

Equipamento de transporte 19 815 3 158 ( 2 357) ( 1) 20 615

Ferramentas e utensílios 2 942 260 ( 4) - 3 198

Equipamento administrativo 24 600 3 285 ( 193) ( 405) 27 287

Taras e vasilhame 70 90 ( 58) - 102

Outras imobilizações corpóreas 8 969 1 732 ( 339) ( 197) 10 165

1 431 765 123 740 ( 3 817) ( 667) 1 551 021

Investimentos financeirosPartes de capital em empresas do Grupo - 1 850 - - 1 850

Empréstimos a empresas do Grupo 370 - - - 370

370 1 850 - - 2 220

1 532 232 154 659 ( 3 817) ( 25 603) 1 657 471

Rubricas

Amortizações e provisões

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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Investimentos financeiros

a) Em 31 de Dezembro de 2002 e 2001, a rubrica partes de capital em empresas do Grupo e associadas

apresentava a seguinte composição.

Total do Capitais Resultado

activo próprios líquido 2002 2001

Empresas do Grupo

Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e

Gestão de Imóveis, SA 3 850 171 65 2 020 2 020

Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda (a) 1 467 761 ( 42) 37 37

Portucel International Trading, SA (b) 1 406 455 ( 13) 455 408

Portucel España, SA (b) 783 709 52 284 263

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens

e Sacos de Papel, Lda (c) 2 079 207 144 207 207

Portucel Brasil 810 ( 74) 231 - 215

Viveiros Aliança - Empresa Produtora de

Plantas, SA (d) - - - - 500

Aflomec - Empresa de Exploração Florestal, SA (d) - - - - 500

3 003 4 150

Empresas associadas

Gescartão, SGPS, SA (e) 275 377 124 685 12 802 41 350 41 350

Inapa - Investimentos, Participações e

Gestão, SA (f) 827 486 152 203 ( 24) 41 353 41 088

Controlled Sport (Portugal) Turismo,

Cinegética e Agricultura, SA (g) - - - - 896

TASC - Tecnologia de Automação Sistemas e

Controlo, Lda (h) - - - 11 11

82 714 83 345

(a) Demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 1998

(b) Demonstrações financeiras ainda não aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2001

(c) Demonstrações financeiras aprovadas reportadas a 31 de Dezembro de 2000

(d) Empresas que passaram a consolidar pelo método integral

(e) Demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2001

(f) Informação financeira reportada a 30 de Setembro de 2002 (contas consolidadas)

(g) Empresa alienada em 2002

(h) Demonstrações financeiras não disponíveis

Montantes

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b) Na data do balanço, as rubricas empréstimos a empresas do Grupo e empréstimos a empresas

associadas, apresentavam a seguinte composição:

Estes empréstimos não vencem juros nem têm prazo de reembolso definido. O empréstimo à Ria Mãe - Criação de

Peixe, Lda encontra-se provisionado em 370 milhares de euros em 31 de Dezembro de 2002.

c) Em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica Títulos e outras aplicações financeiras, apresentava a seguintecomposição:

A rubrica títulos e outras aplicações financeiras inclui principalmente 3 282 milhares de euros respeitantes à

participação de 94% na associação sem fins lucrativos denominada RAÍZ - Instituto de Investigação da Floresta e Papel e

22 201 milhares de euros relativos ao custo de aquisição de 8% do capital da ENCE - Empresa Nacional de Celulose, SA,

empresa espanhola produtora de pasta celulósica, que em 31 de Dezembro de 2002 correspondia a 2 037 600 acções.

Adicionalmente, existe um valor de 1 338 milhares de euros referente à participação de 1,27% no capital da

Expresso Paper Platform B.V., empresa constituída em 25 de Maio de 2001 e que tem por objecto social disponibilizar e

promover os meios necessários para a realização de transacções automáticas entre os agentes da indústria do papel,

incluindo produtores, distribuidores e clientes finais.

%

participação 2002 2001

Raíz - Instituto de Investigação da Floresta e Papel 94,00% 3 282 3 282

ENCE - Empresa Nacional de Celulose, SA 8,00% 22 201 22 201

Expresso Paper Platform B.V. 1,27% 1 338 712

Outros 197 206

27 018 26 401

Provisão para títulos e outras aplicações financeiras - -

27 018 26 401

Montantes

2002 2001

Empresas do Grupo

Sacocel - Sociedade Produtora de Embalagens e Sacos

de Papel, Lda 92 92

Ria Mãe - Criação de Peixe, Lda 475 475

567 567

Empresas associadas

Controlled Sport (Portugal), Turismo, Cinegética e

Agricultura, SA - 310

- 310

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

49

NOTA 33 - DÍVIDAS A TERCEIROS A MAIS DE CINCO ANOS

Em 31 de Dezembro de 2002 existiam dívidas a terceiros, a mais de cinco anos no montante de 19 326 milhares de

euros (2001: 29 051 milhares de euros) (ver Nota 50).

NOTA 36 - INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS

O Grupo encontra-se organizado em três áreas, uma associada à produção de pasta de papel, outra à produção de

papel de impressão e escrita e outra à produção de madeira. Estas três áreas são a base para o relato da informação

segmental principal da Empresa.

A pasta de papel é produzida em quatro fábricas, localizadas em Setúbal, Cacia, Figueira da Foz e Rodão e o papel

é produzido em Setúbal, na Figueira da Foz e Cacia, em fábricas localizadas junto das fábricas de pasta de papel. A produção

interna de madeira é efectuada em florestas plantadas em terrenos próprios e arrendados situados em território nacional. A

madeira produzida é essencialmente consumida na produção de pasta de papel. Na produção de papel é consumida uma

parte significativa da produção própria de pasta. As vendas de ambos os produtos (pasta e papel) destinam-se

essencialmente ao mercado externo.ELIMI-

FLORESTA PASTA PAPEL OUTROS NAÇÕES TOTAL

RÉDITOS

Vendas e prestações de serviços - Externas 2 304 294 939 821 697 14 232 - 1 133 172

Vendas e prest. de serviços - Intersegmental 38 670 194 940 - 33 790 ( 267 400) -

Réditos totais 40 974 489 879 821 697 48 022 ( 267 400) 1 133 172

RESULTADOS

Resultados segmentais ( 5 274) 73 525 144 739 23 - 213 013 Custos não imputados - - - ( 23 517) - ( 23 517)

Resultados operacionais * ( 5 274) 73 525 144 739 ( 23 494) - 189 496

Custo de financiamento ( 1 460) ( 27 388) ( 44 539) ( 485) - ( 73 872) Proveitos financeiros - 3 503 11 768 2 740 - 18 011

Ganhos (perdas) em filiais e associadas - - 741 ( 733) - 8

Outros ganhos (perdas) 758 - - ( 1 850) ( 1 092) Impostos sobre os lucros 1 291 ( 47) ( 49 633) 2 463 - ( 45 926)

Resultados de actividades segmentais ( 4 685) 49 593 63 076 ( 21 359) - 86 625

Resultados extraordinários * ( 1 782) ( 355) ( 409) ( 1 742) - ( 4 288) Resultado líquido ( 6 467) 49 238 62 667 ( 23 101) - 82 337

Interesses minoritários 39 564

Resultado líquido do Grupo 42 773

OUTRAS INFORMAÇÕES

Activos do segmento 416 995 882 504 1 057 574 219 009 - 2 576 082 Investimentos financeiros 3 282 22 202 2 119 83 586 - 111 189

Activos da Empresa não Imputados - - - 283 008 - 283 008 Activos totais consolidados 420 277 904 706 1 059 693 585 603 2 970 279

Passivos do segmento 43 292 679 107 707 740 626 630 - 2 056 769

Passivos da Empresa não Imputados - - - 13 862 - 13 862 Passivos totais consolidados 43 292 679 107 707 740 640 492 2 070 631

Dispêndio de Capital Fixo 2 055 26 852 40 956 1 564 - 71 427

Depreciações ( 1 572) ( 47 836) ( 97 587) ( 1 555) - ( 148 550)

* Apresentação conforme demonstração dos resultados por funções (ver Nota 59)

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A informação relativa à distribuição das vendas e das prestações de serviços de 2002 por mercados geográficos é

a seguinte:

NOTA 38 - IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

As empresas incluídas na consolidação estão sujeitas ao regime geral de tributação a título individual de acordo

com a legislação em vigor, encontrando-se as declarações fiscais de rendimentos sujeitas a revisão e eventual ajustamento

por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a Segurança Social). As declarações

fiscais das empresas de 1999 a 2002 encontram-se ainda pendentes de revisão pelas autoridades fiscais. As Administrações

das empresas incluídas na consolidação consideram que as correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das

autoridades fiscais àquelas demonstrações financeiras não deverão ter efeito significativo nas demonstrações financeiras

consolidadas em 31 de Dezembro de 2002.

O Grupo Portucel regista nas suas contas o efeito fiscal decorrente das diferenças temporárias que se verificam

entre os resultados anuais determinados numa óptica contabilística e numa óptica fiscal, de acordo com o disposto na

Directriz Contabilística n.º 28.

O encargo com o imposto sobre o rendimento registado no exercício de 2002, que apresenta um valor de 45 926

milhares de euros, inclui o efeito do imposto diferido gerado pelas diferenças temporárias abaixo referidas:

PASTA PAPEL TOTAL

Vendas e prestações de serviços:

Alemanha 75 617 107 030 182 647 Espanha 47 425 118 481 165 906

França 36 840 125 716 162 556

Grã-Bretanha 20 870 88 714 109 584 Itália 22 390 92 421 114 811

Portugal 12 012 86 524 98 536

Holanda 22 619 32 130 54 749 Outros 57 166 170 681 227 847

294 939 821 697 1 116 636

Demonstraçãodos

resultadosImposto Impostodiferido diferido Impostosactivo passivo sobre o

(Nota 53) (Nota 53) rendimentoImpostos diferidos

Saldo em 1 de Janeiro de 2002 10 212 ( 90 293) -

Encargos com amortizações e grandes reparações na Soporcel com diferente tratamento contabilístico e fiscal nas contas sociais e consolidadas - ( 5 589) 5 589

Variação na cobertura líquida das responsabilidades com complementos de pensões de reforma em 2002 (ver Nota 21) 2 230 1 698 ( 3 928)

Prejuízos fiscais gerados por empresas do Grupo em 2002 dedutíveis em exercícios futuros 1 255 - ( 1 255)

Variação no exercício das provisões para outros riscos e encargos ( 326) - 326

Acréscimo das amortizações do exercício originadas por reavaliações, não aceite fiscalmente - 2 501 ( 2 501)

Outros ( 8) ( 76) 84

Saldo em 31 de Dezembro de 2002 13 363 ( 91 759) ( 1 685)

Imposto corrente 47 611

Imposto sobre o rendimento 45 926

Balanço

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

51

É de salientar que o encargo com o imposto sobre o rendimento acima referido se encontra reduzido por uma

dedução à colecta, no montante de 2 921 milhares de euros (2001: 3 912 milhares de euros), correspondente ao incentivo fiscal

definido para o exercício de 2002, concedido pelo Estado Português à Soporcel no âmbito do projecto de que resultou a

instalação da segunda máquina de papel (ver Nota 23 l)).

Na sequência do apuramento em 2002 do valor final do investimento, que é inferior ao valor inicialmente previsto

e utilizado em exercícios anteriores para o cálculo do incentivo fiscal a deduzir, foi efectuada uma correcção à declaração fiscal

de 2001 da Soporcel no valor de 991 milhares de euros. Ascende a 2 453 milhares de euros a diferença entre o valor do

incentivo fiscal deduzido provisoriamente até ao exercício de 2000 e aquele que seria dedutível com base no valor final do

investimento. Esta diferença será compensada em base sistemática, nas deduções do incentivo a efectuar até ao exercício de

2007 ascendendo a 1 561 milhares de euros a parcela por regularizar em 31 de Dezembro de 2002. Em 31 de Dezembro de

2002 o incentivo fiscal ainda por utilizar, ascende a 10 222 milhares de euros.

NOTA 39 - REMUNERAÇÕES ATRIBUÍDAS AOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais da Empresa-mãe distribuíram-se da seguinte forma:

NOTA 41 - REAVALIAÇÃO DE IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS

O Grupo procedeu à reavaliação das suas imobilizações corpóreas pela aplicação ao custo e às amortizações

acumuladas de índices de actualização monetária, ao abrigo da legislação aplicável, nomeadamente:

• Decreto-Lei nº 430/78 de 28 de Dezembro

• Decreto-Lei nº 219/82 de 2 de Junho

• Decreto-Lei nº 399-G/84 de 28 de Dezembro

• Decreto-Lei nº 118-B/86 de 27 de Maio

• Decreto-Lei nº 111/88, de 2 de Abril

• Decreto-Lei nº 49/91, de 25 de Janeiro

• Decreto-Lei nº 264/92, de 24 de Novembro

• Decreto-Lei nº 31/98, de 11 de Fevereiro

NOTA 43 - VALORES COMPARATIVOS

A Empresa e as restantes empresas consolidadas não procederam a alterações materialmente relevantes de

práticas contabilísticas, pelo que todos os valores apresentados são comparáveis com os do exercício anterior.

2002 2001

Conselho de Administração 1 745 2 374

Fiscal Único 18 20

1 763 2 394

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NOTA 44 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS CONSOLIDADOS

Os rendimentos de participações de capital correspondem aos dividendos recebidos pelas acções da ENCE detidas

pela Portucel, SA (ver Nota 27 c)).

NOTA 45 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS CONSOLIDADOS

Em 31 de Dezembro de 2002 a rubrica de outros custos e perdas extraordinários inclui essencialmente cerca de 4

288 milhares de euros (2001: 8 583 milhares de euros) de custos com indemnizações a trabalhadores pela cessação por mútuo

acordo de contratos de trabalho (ver Nota 23 j)), cerca de 3 410 milhares de euros relativos às amortizações de bens

subsidiados (2001: 3 888 milhares de euros) (ver Nota 23 k) e 27) e cerca de 1 293 milhares de euros relativos a insuficiências

de estimativa de IRC em exercícios anteriores.

A rubrica de outros proveitos e ganhos extraordinários inclui principalmente os proveitos relativos aos subsídios ao

investimento que têm igualmente compensação nas amortizações incluídas nos custos extraordinários (ver Nota 23 k)).

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Donativos 571 453 Recuperação de dívidas 12 26

Dívidas incobráveis 1 923 284 Ganhos em existências 1 781 1 345

Perdas em existências 1 330 1 532 Ganhos em imobilizações 1 685 1 614

Perdas em imobilizações 752 2 037 Benefícios de penalidades contratuais 9 987

Multas e penalidades 57 1 250 Reduções de amortizações e provisões 3 833 1 496

Correcções relativas a exercícios Correcções relativas a exercícios

anteriores 747 - anteriores 2 320 997

Outros custos e perdas extraordinários 10 749 21 017 Outros proveitos e ganhos extraordinários 4 888 6 001

16 129 26 573

Resultados extraordinários consolidados ( 1 601) ( 14 107)

14 528 12 466 14 528 12 466

Custos e perdas 2002 2001 Proveitos e ganhos 2002 2001

Juros suportados 49 875 61 444 Juros obtidos 4 727 6 908

Provisões para aplicações financeiras 1 850 - Rendimentos de participação de

Diferenças de câmbio desfavoráveis 8 810 10 663 capital 919 3 923

Descontos de pronto pagamento Rendimentos de títulos negociáveis e

concedidos 6 238 5 348 outras aplicações financeiras 369 455

Perdas em empresas do Grupo e Diferenças de câmbio favoráveis 6 741 11 917

associadas 979 2 911 Descontos de pronto pagamento obtidos 407 521

Outros custos e perdas financeiros 3 070 2 119 Ganhos em empresas do Grupo e

associadas 68 84

70 822 82 485 Outros proveitos e ganhos financeiros 31 223

Resultados financeiros consolidados ( 57 560) ( 58 454)

13 262 24 031 13 262 24 031

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

53

NOTA 46 - MOVIMENTOS NAS CONTAS DE PROVISÕES

A provisão para outros riscos e encargos - Investimentos financeiros destina-se a cobrir a perda estimada na venda

da participação remanescente no capital da Gescartão, SGPS, SA, no montante de 5 538 milhares de euros, e de eventuais

responsabilidades com a subsidiária Portucel Brasil.

Da provisão para outros riscos e encargos no montante de 7 409 milhares de euros, (i) 4 641 milhares de euros

correspondem à parcela ainda não utilizada da provisão constituída na sequência da aquisição pela Portucel SA do capital

social da Papéis Inapa, SA, e que se destina a fazer face aos ajustamentos apurados para efeitos de justo valor e (ii) 2 768

milhares de euros respeitam a uma provisão que se destina a fazer face a eventuais passivos que possam decorrer de

contingências existentes na Portucel SGPS reportadas a exercícios anteriores.

A provisão para investimentos financeiros - Partes de capital em empresas do Grupo constituída no exercício de

2002, no montante de 1 850 milhares de euros, destina-se a fazer face à perda estimada na realização da participação

financeira na Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA.

Saldo Constituição/ Utilização/ Saldoinicial reforço reposição final

Provisões para investimentos financeiros Partes de capital em empresas do Grupo (Nota 44) - 1 850 - 1 850

Empréstimos a empresas do Grupo 370 - - 370

370 1 850 - 2 220

Provisão para cobranças duvidosas:

Clientes 7 714 278 ( 2 432) 5 560

Outros devedores 4 518 33 ( 129) 4 422

Adiantamentos a fornecedores - 68 - 68

12 232 379 ( 2 561) 10 050

Provisão para depreciação de existências

(ver Nota 51) 372 - ( 347) 25

Provisões para riscos e encargos:

Outras provisões para riscos e encargos:

Processos judiciais em curso 451 661 ( 271) 841

Investimentos financeiros 5 538 74 - 5 612

Provisões para outros riscos e

encargos 8 734 - ( 1 325) 7 409

14 723 735 ( 1 596) 13 862

27 697 2 964 ( 4 504) 26 157

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NOTA 47 - LOCAÇÃO FINANCEIRA

Em 31 de Dezembro de 2002 o Grupo Portucel mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

(a) Essencialmente constituído pelos equipamentos associados à actividade de cogeração da SPCG - Sociedade Portuguesa de Co-Geração Eléctrica, SA.

NOTA 50 - EMPRÉSTIMOS

Em 31 de Dezembro 2002, o detalhe dos empréstimos obtidos pelo Grupo Portucel era como segue:

• Empréstimos sindicados

A dívida relativa a empréstimos sindicados corresponde a dois financiamentos, no montante de 150 000 milhares de

euros e de 300 000 milhares de euros, contraídos pela Portucel SA junto de sindicatos bancários em Junho de 2002 e em

Agosto de 2002, respectivamente. O empréstimo de 150 000 milhares de euros é reembolsado em 4 prestações semestrais de

2002 2001

Equipamento básico (a) 24 940 24 940

Equipamento de transporte 1 726 1 401

Equipamento administrativo - 1 967

26 666 28 308

Valor de mercado dos

bens no início do contrato

Curto Médio e Curto Médio e

prazo longo prazo prazo longo prazo

Empréstimos bancários:

Empréstimos sindicados - 450 000 - -

Papel Comercial 40 000 346 579 670 000 259 494

Financiamentos do BEI 21 798 79 115 12 101 100 781

Empréstimos em JPY 1 331 2 066 - -

Empréstimos em USD 2 885 10 291 7 882 14 460

Empréstimos em CHF 3 398 - 3 328 -

Empréstimo do Fundo EFTA 142 856 1 768 998

Financiamentos do IAPMEI/PEDIP 1 687 2 012 1 523 3 453

Descobertos bancários 203 324 - 81 504 -

Hot Money 44 661 - - -

Outros empréstimos internos 3 064 - 270 45

322 290 890 919 778 376 379 231

Empréstimos obrigacionistas não convertíveis - 150 000 - 150 000

322 290 1 040 919 778 376 529 231

2002 2001

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

55

igual valor, vencendo-se a primeira em Dezembro de 2005 e a última em Maio de 2007. O empréstimo de 300 000 milhares

de euros é reembolsado em 4 prestações semestrais de igual valor, vencendo-se a primeira em Fevereiro de 2006 e a última

em Agosto de 2007. Os dois empréstimos vencem juros à taxa equivalente à EURIBOR para seis meses acrescida de 0,9% e

1%, respectivamente.

• Papel comercial

A dívida relativa a papel comercial corresponde a:

- Financiamentos contraídos pela Portucel SA no montante de 346 579 milhares de euros, classificados a médio e

longo prazo, relacionados com a emissão de vários Programas de Papel Comercial por oferta privada e com

garantia de subscrição. O prazo dos Programas de Papel Comercial é de um ano, vencendo-se antes de 31 de

Dezembro de 2003, podendo, contudo, ser renovados por períodos iguais. Relativamente a estes financiamentos,

que se encontram classificados a médio e longo prazo, a Administração da Empresa não prevê que estes venham

a ser reembolsados no prazo de um ano. Estes empréstimos vencem juros a taxas anuais, que em 2002, variaram

entre 3,4% e 3,87%.

- Financiamento contraído pela Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA no montante de 40 000 milhares de

euros registados a curto prazo. Este financiamento vence juros a taxas anuais que variaram entre 3,48% e 3,59%.

• Financiamentos do BEI

Estes financiamentos foram concedidos pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e vencem juros a taxas anuais que

variam entre 2,88% e 5,41%. O prazo de reembolso e os montantes de divisas em dívida, relativamente ao saldo registado

a médio e longo prazo, eram os seguintes:

• Empréstimos em USD

Em 31 de Dezembro de 2002 a Portucel SA disponha de empréstimos em dólares americanos (USD) registados a

curto prazo (corresponde ao contravalor de USD 3 025 820) e a médio e longo prazo (corresponde ao contravalor de USD 10

792 195). O empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído junto do BCP. O empréstimo que se encontra

registado a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser

reembolsado no prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 2,3% e 2,8%.

• Empréstimos em CHF

Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em francos suíços (CHF) registado a curto prazo corresponde ao

contravalor de CHF 4 935 071. Este empréstimo vence juros a taxas anuais que variaram entre 1,6% e 2,6%.

Anos

2004 2005 2006 2007 seguintes Total

Em milhares de Euros 19 163 16 517 10 743 9 643 19 286 75 352

Em milhares de Francos suíços 3 819 1 637 - - - 5 456

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• Empréstimos em JPY

Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em ienes Japoneses (JPY) registado a curto prazo corresponde ao

contravalor de JPY 165 569 805 e o registado a médio e longo prazo corresponde ao contravalor de JPY 257 048 604. O

empréstimo a curto prazo é um financiamento à exportação contraído pela Portucel SA junto do BCP. O empréstimo registado

a médio e longo prazo não tem data de reembolso definida, não prevendo a Administração que venha a ser reembolsado no

prazo de um ano. Estes empréstimos venceram juros a taxas anuais que variaram entre 0,70% e 0,96%.

• Empréstimo em EUR

Em 31 de Dezembro de 2002 o empréstimo em euros registado a curto prazo corresponde a um financiamento à

exportação contraído junto do Banco Comercial Português. Este empréstimo venceu juros a taxas anuais que variaram entre

3,9% e 4,3%.

• Empréstimo do Fundo EFTA

As dívidas a instituições de crédito, incluem um empréstimo contraído pela Portucel SA junto do Fundo EFTA para o

Desenvolvimento Industrial de Portugal, destinado à modernização e racionalização de instalações e ao desenvolvimento de

projectos específicos no âmbito da sua actividade. Este empréstimo, com o capital inicial no montante de 998 milhares de

euros, foi subscrito em 12 de Julho de 2001 e vence juros semestrais e postecipados indexados à Taxa Base Anual. Este

empréstimo será reembolsado em sete prestações semestrais e sucessivas vencendo-se a primeira em 12 de Julho de 2003.

• Financiamentos do IAPMEI

Estes financiamentos obtidos no âmbito do PEDIP correspondem a (i) um empréstimo com o valor inicial de 2 508

milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais até 2004 e não vence juros, (ii) um empréstimo com o

valor inicial de 406 milhares de euros que será reembolsado em prestações semestrais iguais no período compreendido entre

2003 e 2008 e não vence juros, e (iii) um empréstimo com o valor inicial de 3 943 milhares de euros que está a ser reembolsado

em prestações semestrais e sucessivas no período compreendido entre 2000 e 2004.

• Descobertos bancários

Os descobertos bancários correspondem a contas correntes caucionadas que vencem juros a taxas correntes de

mercado.

• Empréstimos obrigacionistas

O empréstimo obrigacionista refere-se à emissão em 1999 pela Empresa de 15 000 000 obrigações, com o valor

nominal de 10 euros cada. Este empréstimo foi subscrito em 13 de Maio de 1999, vence juros semestrais e postecipados a

uma taxa indexada à Euribor e tem um prazo de reembolso previsto, ao par, para 13 de Maio de 2004, havendo a

possibilidade da Empresa proceder ao reembolso antecipado da totalidade ou parte do empréstimo desde 13 de Maio de

2000. A Empresa negociou a fixação da taxa de juro deste financiamento em 5,82% (ver Nota 23 o)).

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

57

Os empréstimos classificados em médio e longo prazo, têm o seguinte plano de reembolso previsto:

NOTA 51 - EXISTÊNCIAS

As florestas e os contratos de corte diferido, classificados a médio e longo prazo, correspondem a florestas em fase

de crescimento, as quais se espera não sejam cortadas no prazo de um ano. Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de

2002, o movimento da rubrica produtos e trabalhos em curso - florestas foi como segue:

2003 358 9372004 173 8102005 55 5112006 236 1112007 197 2242008 e seguintes 19 326

1 040 919

Curto Médio e Curto Médio e

prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total

Matérias-primas, subsidiárias e de

consumo 107 187 - 107 187 105 109 - 105 109

Produtos e trabalhos em curso:

Florestas 18 619 280 710 299 329 23 161 282 319 305 480

Outros 6 416 - 6 416 7 644 - 7 644

25 035 280 710 305 745 30 805 282 319 313 124

Subprodutos, desperdícios, resíduos

e refugos 532 - 532 584 - 584

Produtos acabados e intermédios 57 011 - 57 011 48 641 - 48 641

Mercadorias 164 - 164 157 - 157

Adiantamentos por conta de compras 289 - 289 4 857 - 4 857

57 996 - 57 996 54 239 - 54 239

Menos: Provisão para depreciação de

existências (ver Nota 46) 25 - 25 372 - 372

190 193 280 710 470 903 189 781 282 319 472 100

2002 2001

2002 2001

Saldo inicial 305 480 233 255

Integração da Soporcel (60%) - 72 245

Custos de plantação, reflorestação e conservação 16 406 24 344Outros custos de manutenção - -

Floresta em propriedade alienada ( 2 005) -

Cortes efectuados no exercício ( 20 553) ( 24 364)

299 328 305 480

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Em 31 de Dezembro de 2002 as existências à guarda de terceiros ascendiam a 10 576 milhares de euros (2001: 8 456

milhares de euros). Estas existências encontram-se essencialmente localizadas em armazéns exteriores à Empresa situados

no estrangeiro.

Em 31 de Dezembro de 2002 encontravam-se em trânsito matérias primas no montante de 1 631 milhares de euros

(2001: 3 703 milhares de euros).

A rubrica de adiantamentos por conta de compras corresponde aos adiantamentos a fornecedores para a aquisição

de madeira. Os adiantamentos efectuados resultam das condições de compra definidas contratualmente com um fornecedor

para a aquisição de madeira a preço pré-determinado.

NOTA 52 - MOVIMENTOS NOS CAPITAIS PRÓPRIOS

Reservas legais - De acordo com a legislação vigente e os seus estatutos, as empresas que constituem o Grupo são

obrigadas a transferir para a rubrica de reservas legais, no mínimo 5% (10% para a Portucel SGPS) do resultado líquido anual

até que a mesma atinja 20% do capital. Esta reserva não pode ser distribuída aos accionistas, podendo contudo, ser utilizada

para absorver prejuízos depois de esgotadas todas as outras reservas. A diminuição verificada no exercício nas reservas legais

resultou da reclassificação das reservas legais associadas à Papercel SGPS para resultados transitados na sequência do

processos de fusão.

Reservas de reavaliação - Esta rubrica resulta da reavaliação do imobilizado corpóreo efectuada nos termos da

legislação aplicável (ver Nota 41). De acordo com a legislação vigente e as práticas contabilísticas seguidas em Portugal,

estas reservas não são distribuíveis aos accionistas podendo apenas, em determinadas circunstâncias, ser utilizadas em

futuros aumentos do capital ou em outras aplicações especificadas na legislação.

Reservas estatutárias - Estas reservas estão a ser constituídas a nível da subsidiária Portucel - Empresa Produtora

de Pasta e Papel, SA dado estar definido nos estatutos desta empresa que, pelo menos 10% do resultado líquido anual

distribuível deverá ser aplicado na constituição ou reforço de uma reserva especial destinada à estabilização de dividendos.

Saldo Aumentos/ Transferências/inicial (diminuições) regularizações Total

Capital 249 500 - - 249 500Diferenças de consolidação (ver Nota 10) ( 948) 1 268 - 320Ajustamentos de partes de capital (ver Nota 10) 28 145 ( 4 929) - 23 216Reservas de reavaliação 107 883 - - 107 883Reservas: Reservas legais 22 361 ( 1 979) 4 172 24 554 Reservas estatutárias 4 233 - 3 804 8 037 Outras reservas ( 703) ( 366) 40 ( 1 029)Resultados transitados ( 11 507) 3 116 ( 16 487) ( 24 878)Resultado consolidado líquido

Exercício de 2001 ( 8 471) - 8 471 -Exercício de 2002 - 42 773 - 42 773

390 493 39 883 - 430 376

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

59

O aumento líquido verificado no exercício de 2002 nos capitais próprios é analisado como segue:

NOTA 53 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

O montante de 4 304 milhares de euros (2001: 11 016 milhares de euros) registado na rubrica de conservação e

reparação é constituído por despesas incorridas pelas empresas incluídas na consolidação relativas a conservação plurienal

em imobilizado (ver Nota 23 b)).

2002 2001

Resultado consolidado líquido do exercício 42 773 ( 8 471)

Correcção para efeitos de justo valor de parte dos activos imobilizados da

Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA e uniformização de políticas

contabilísticas - 21 554

Correcção na participação financeira na Inapa - Investimentos, Participações e

Gestão no âmbito da uniformização de políticas contabilísticas ( 2 483)

Outros ( 407) 509

39 883 13 592

Aumentos/(reduções)

2002 2001

Custos diferidos:

Fundo de Pensões (Nota 21) 8 354 6 501

Encargos com empréstimos 2 949 1 074

Imposto diferido activo (Nota 38) 13 363 10 212

Conservação e reparação 4 304 11 016

Outros 3 116 643

32 086 29 446

Acréscimos de custos:

Encargos com férias, subsídio de férias, prémios e outros

encargos com o pessoal 12 214 11 999

Fundo de Pensões (Nota 21) 18 455 4 699

Imposto diferido passivo (Nota 38) 91 759 90 293

Encargos com pré-reformas (Nota 23 i)) 198 524

Encargos financeiros vencidos e não pagos 9 481 5 278

Descontos de vendas 4 262 3 435

Penalidades por rescisões contratuais 1 279 3 131

Outros 1 606 3 800

139 254 123 159

Proveitos diferidos:

Proveitos na alienação de participações financeiras 70 487 171 261

Subsídios para investimentos em imobilizado 5 249 7 021

Outros subsídios 10 593 13 342

86 329 191 624

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O valor registado na rubrica de proveitos diferidos - Proveitos na alienação de participações financeiras em 31 de

Dezembro de 2002 corresponde à diferença apurada entre (i) o preço acordado entre a Papercel SGPS e a Portucel, SA para

a alienação pela primeira à segunda da participação financeira na Soporcel - Sociedade Portuguesa de Papel, SA em 2001, no

montante de 461 895 milhares de euros, e (ii) o valor pelo qual essa participação se encontrava registada nas contas da

Papercel SGPS na data da alienação, 290 634 milhares de euros.

Por se tratar de uma operação interna, realizada com uma subsidiária, este ganho apenas será imputado a

resultados, para efeitos de preparação de contas estatutárias, no momento em que venha a ser alienada a terceiros,

exteriores ao Grupo, a participação financeira na Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA.

A este valor foi deduzido no exercício de 2002 (i) a diferença entre o preço de aquisição pago pela Portucel SGPS

pelos 50% remanescentes do capital da Papercel SGPS (400 000 milhares de euros) e o valor correspondente a 50% dos

capitais próprios da Papercel SGPS nessa data (351 326 milhares de euros), no montante de 48 674 milhares de euros, e (ii)

o valor líquido do “goodwill” registado nas contas da Portucel SGPS em 1 de Janeiro de 2002 relativamente à participação

original de 50% no capital da Papercel SGPS, no montante de 52 100 milhares de euros (ver Notas Introdutória e 27).

Foi atribuído à Portucel, SA um subsídio ao investimento no montante de 25 495 milhares de euros, no âmbito do

Programa Estratégico de Dinamização e Modernização da Indústria Portuguesa (PEDIP II). Este montante reparte-se da

seguinte forma:

O subsídio reembolsável foi integralmente reembolsado até 31 de Dezembro de 2002, tendo sido paga em Maio de

2002 a última prestação no montante de 3 368 milhares de euros (ver Nota 54).

Relativamente ao subsídio a fundo perdido, a Portucel, SA tem registado em balanço o montante recebido na

rubrica de proveitos diferidos.

Subsídio reembolsável ao investimento 11 456Subsídio a fundo perdido 14 039

25 495

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

61

NOTA 54 - OUTROS DEVEDORES

O valor a receber da Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA, no montante de 3 643 milhares

de euros (2001: 3 643 milhares de euros), resultou da cessão à Portucel SGPS, de créditos da Fapajal - Fábrica de Papel do

Tojal, SA sobre essa empresa como forma de regularizar uma parcela das suas dívidas.

O valor a receber da Imocapital - SGPS, SA referia-se a 30% do preço de aquisição por esta entidade de 65% da

Gescartão, SGPS, SA, o qual, de acordo com os termos do Concurso Público que serviu de base ao processo de reprivatização

da Gescartão, foi liquidado no exercício de 2002.

O montante de 1 756 milhares de euros apresentado na rubrica de outros credores refere-se a indemnizações

recebidas por accionamento de seguros de crédito, pendentes de regularização e relacionadas com parte das dívidas de

clientes de cobrança duvidosa de curto prazo.

Curto Médio e Curto Médio e

prazo longo prazo Total prazo longo prazo Total

Outros devedores:

Pessoal 1 162 - 1 162 2 477 - 2 477

Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA 3 643 - 3 643 3 643 - 3 643

Agro Vale do Lucriz - 2 582 2 582 - 2 582 2 582

ENEPAC - 1 739 1 739 - 1 868 1 868

Imocapital - SGPS, SA - - - 14 715 - 14 715

Outros 5 235 - 5 235 5 708 - 5 708

10 040 4 321 14 361 26 543 4 450 30 993

Provisão para cobranças duvidosas (Nota 46) 101 4 321 4 422 68 4 450 4 518

9 939 - 9 939 26 475 - 26 475

Outros credores:

Pessoal 523 - 523 925 - 925

Seguradores 1 756 - 1 756 1 756 - 1 756

Subsídios ao investimento (Nota 53) - - - 3 368 - 3 368

Adiantamentos por vendas de imobilizado 1 132 - 1 132 794 - 794

Credores por subscrições não liberadas 506 - 506 512 - 512

Outros 1 269 20 1 289 2 411 - 2 411

5 186 20 5 206 9 766 - 9 766

2002 2001

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NOTA 55 - EMPRESAS ASSOCIADAS

O valor registado em Empresas associadas - médio e longo prazo, refere-se ao saldo em dívida pela Gescartão,

SGPS, SA o qual é remunerado a taxas correntes de mercado. Foi celebrado um acordo no âmbito do processo de

reprivatização desta empresa, segundo o qual este saldo deverá ser reembolsado em prestações periódicas, ou de uma só

vez, até à data de conclusão da operação de privatização da totalidade do capital social da empresa ou, no máximo, até

quatro anos após a data em que forem transmitidas para a titularidade dos respectivos adquirentes as acções

correspondentes à maioria do capital social da empresa.

NOTA 56 - ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de Dezembro de 2002 e de 2001, não existiam dívidas em situação de mora com o Estado e outros entes

públicos. Os saldos em 31 de Dezembro de 2002 com estas entidades eram os seguintes:

Saldo Saldo Saldo Saldo

devedor credor devedor credor

Médio e Curto Médio e Curtolongo prazo prazo longo prazo prazo

Empresas do Grupo Imobiliária do Tojal - Compra, Venda e Gestão de Imóveis, SA - ( 3 729) - ( 1 153) Outros - 525 - ( 86)

Empresas associadas Gescartão, SGPS, SA 60 690 - 60 690 -

60 690 ( 3 204) 60 690 ( 1 239)

20012002

Saldos Saldos Saldos Saldosdevedores credores devedores credores

Imposto sobre o Valor Acrescentado 23 945 766 23 472 1 201Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 2 889 14 196 19 927 8 194Segurança Social 12 1 989 - 1 969Impostos sobre o Rendimento das Pessoas Singulares - retenção na fonte 178 2 153 - 2 666Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas - retenções na fonte 1 008 2 441 3 834 239Outros 524 1 177 470 713

28 556 22 722 47 703 14 982

2002 2001

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

63

NOTA 57 - CAIXA E EQUIVALENTES

NOTA 58 - INTERESSES MINORITÁRIOS

Os interesses minoritários representam a proporção dos capitais próprios das empresas incluídas na consolidação

(ver Nota 1), que não é detida pelo Grupo Portucel.

A variação verificada na rubrica de interesses minoritários entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2002 é explicada

por:

• Alteração da percentagem de participação do Grupo no sub-grupo Portucel Soporcel em consequência da

aquisição no exercício de 2002, dos 50% do capital da Papercel SGPS em posse da Parpública - Participações

Públicas (SGPS), SA, com a consequente redução dos interesses minoritários.

• Proporção dos resultados apurados por esse conjunto de empresas no exercício de 2002.

• Proporção dos movimentos efectuados nas empresas directamente nas rubricas de capital próprio no exercício de

2002.

• Distribuição dos dividendos de 2001 atribuídos no exercício de 2002.

2002 2001

Numerário 57 64Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 282 898 122 935

282 955 122 999

Outros títulos negociáveis 52 1

52 1

283 007 123 000

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NOTA 59 - DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR FUNÇÕES

a) Reconciliação da rubrica de resultados extraordinários evidenciada na demonstração dos resultados por

naturezas e na demonstração dos resultados por funções.

A demonstração dos resultados por funções foi preparada em conformidade com o estabelecido pela Directriz

Contabilística nº 20, a qual apresenta um conceito de resultados extraordinários diferente do definido no Plano Oficial de

Contabilidade (POC) para preparação da demonstração dos resultados por naturezas. Assim, o valor dos resultados

extraordinários (1 601 milhares de euros) apresentado na demonstração dos resultados por naturezas (ver Nota 45), foi

parcialmente reclassificado para resultados correntes (2 687 milhares de euros).

b) Custo das vendas e das prestações de serviços

Produtos Subprodutos Prestaçõesacabados e desperdícios de

intermédios Mercadorias e refugos serviços Total

Existências iniciais 48 641 157 584 - 49 382

Entradas provenientes da produção/compras 1 067 217 410 20 040 9 013 1 096 680

Regularização de existências 307 - - - 307

Saídas para a produção e imobilizado ( 286 055) - ( 19 059) - ( 305 114)

Existências finais ( 57 011) ( 164) ( 532) - ( 57 707)

Custo das vendas 773 099 403 1 033 9 013 783 548

Por Reclas- Por Por Reclas- Por

naturezas sificação funções naturezas sificação funções

Resultados operacionais 187 424 2 072 189 496 157 340 ( 4 238) 153 102

Resultados financeiros ( 57 560) ( 31) ( 57 591) ( 58 454) ( 1 286) ( 59 740)

Resultados correntes 129 864 2 687 132 551 98 886 ( 5 524) 93 362

Resultados extraordinários ( 1 601) ( 2 687) ( 4 288) ( 14 107) 5 524 ( 8 583)

Resultado líquido do exercício com

minoritários 82 337 - 82 337 42 823 - 42 823

Resultado líquido do exercício após

interesses minoritários 42 773 - 42 773 ( 8 471) - ( 8 471)

2002 2001

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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NOTA 60 - OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS RELEVANTES

a) Gescartão, SGPS, SA

Concluiu-se no primeiro trimestre de 2000 a primeira fase do processo de privatização da Gescartão, SGPS, SA com

a alienação de uma participação de 65% do capital social.

A Portucel SGPS ficou comprometida à venda da restante participação, apresentada no balanço em 31 de Dezembro

de 2002 ao valor de equivalência patrimonial reportado a 31 de Dezembro de 1999, 41 350 milhares de euros, a qual deveria

ser concretizada até 2003 nos termos previstos no Decreto-Lei nº 364/99 de 17 de Setembro que definiu as condições de

privatização da Gescartão. A perda máxima que poderá vir a ser apurada nesta alienação encontra-se integralmente

provisionada (ver Nota 46).

O Grupo Gescartão não tinha dado cumprimento ao compromisso previsto no caderno de encargos associado ao

processo de privatização, quanto à construção de uma nova unidade industrial na região onde se localizavam as anteriores

instalações da Portucel Recicla - Indústria de Papel Reciclado, SA, submersas em consequência da construção da Barragem do

Alqueva. O Grupo renegociou em 2002 com o Estado Português os termos desse compromisso tendo acordado diferentes

contrapartidas. As demonstrações financeiras de 31 de Dezembro de 2002 e 2001 da Empresa foram elaboradas no

pressuposto de que o Grupo Portucel não incorrerá em qualquer encargo material em resultado desta situação.

A resolução de Conselho de Ministros publicada em 19 de Fevereiro de 2003 concretiza as condições nos termos das

quais foi concedida autorização à Portucel SGPS para alienar a remanescente participação de 35% no capital social da

Gescartão, SGPS, SA, mediante a realização no mercado nacional de uma oferta pública de venda destinada, por um lado ao

público em geral e, por outro, a trabalhadores do Grupo Portucel, pequenos subscritores e emigrantes.

b) Portucel - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA

O Estado revogou o anterior modelo para a segunda fase do processo de reprivatização da Portucel - Empresa

Produtora de Pasta e Papel, SA que tinha sido aprovado em Maio de 2001, com a publicação do Decreto-Lei 6/2003, de 15 de

Janeiro, devendo agora realizar-se em dois segmentos.

Um segmento corresponde à venda directa de até 115 125 000 acções do capital da Portucel SA a um conjunto de

instituições financeiras que deverão proceder à subsequente dispersão de acções junto de investidores institucionais. A venda

das acções será feita directamente pelo Estado ou por intermédio da Portucel, SGPS. As condições para a realização desta

venda serão determinadas pelo Conselho de Ministros.

O outro segmento corresponderá à realização de um concurso para a entrada de um parceiro do sector da pasta e

do papel através de um aumento de capital, em que serão emitidas acções representativas de um valor até 25% do capital

social da Portucel SA, a ser realizado preferencialmente em espécie mediante a entrada de activos industriais ou de

participações financeiras em empresas do referido sector. A realização deste segmento ficará dependente da obtenção de

aprovação pela Assembleia Geral da Portucel SA das deliberações que determinem diversos aspectos relacionados com o

aumento de capital e do concurso, no prazo que vier a ser fixado pelo Conselho de Ministros. Mediante resoluções do Conselho

de Ministros será aprovado o caderno de encargos do concurso e será determinado o concorrente vencedor.

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Nos termos deste Decreto-Lei, caso não sejam adoptadas as deliberações acima referidas ou não seja seleccionado

um concorrente vencedor no âmbito do concurso, encontra-se autorizada a alienação de um lote indivisível de acções

representativas de um valor até 30% do capital da Portucel ao concorrente que vier a ser escolhido no âmbito de novo

concurso. A aprovação do caderno de encargos deste novo concurso e a determinação do concorrente vencedor será efectuado

mediante resoluções do Conselho de Ministros.

O calendário definitivo para o lançamento desta segunda fase da reprivatização não é ainda conhecido.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

67

RELATÓRIO E PARECER DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃOCERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002RELATÓRIO DE AUDITORIA

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

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RELATÓRIO E PARECER DO ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO

SOBRE O RELATÓRIO CONSOLIDADO DE GESTÃO E AS CONTAS CONSOLIDADAS DO EXERCÍCIO DE 2002

1. De acordo com as disposições legais aplicáveis, emitimos o presente Relatório e Parecer sobre o Relatório consolidado

de gestão e as Demonstrações financeiras consolidadas da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS,

SA, respeitantes ao exercício de 2002, na qualidade de Fiscal Único.

2. O Relatório consolidado de Gestão apresenta a actividade da empresa-mãe e das principais empresas participadas,

com o necessário desenvolvimento, clareza e adequação às contas, bem como as perspectivas de evolução.

3. Para uma visão adequada do Grupo, importa também analisar os documentos de prestação de contas, dos quais se

salienta o Anexo.

4. As diferenças entre as demonstrações financeiras da empresa-mãe e as da consolidação derivam das várias formas e

métodos de consideração contabilística dos investimentos financeiros e dos restantes movimentos e situações das

empresas participadas, conforme o adequado.

5. Considerámos apropriados os procedimentos técnicos adoptados na consolidação e examinámos as contas

consolidadas deles resultantes, no âmbito das funções de Revisor Oficial de Contas, tendo emitido nesta data, a

correspondente Certificação Legal das Contas consolidadas, que se considera integrada neste Parecer.

6. Concluímos assim que o Relatório consolidado de gestão, o Balanço consolidado, as Demonstrações consolidadas dos

resultados por naturezas e por funções e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa, bem como os

correspondentes Anexos, lidos em conjunto com a Certificação Legal das Contas consolidadas, permitem a

compreensão da situação financeira consolidada e dos resultados consolidados, em apreciação, e satisfazem as

disposições legais e estatutárias em vigor.

7. PARECER

Face ao que se deixa exposto, somos de parecer que sejam aprovados o Relatório consolidado de gestão e as

Demonstrações financeiras consolidadas, do exercício de 2002, da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portu-

gal, SGPS, SA, apresentados pelo Conselho de Administração.

Lisboa, 7 de Abril de 2003.

O Fiscal Único,

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC

Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal,

SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 2 970

279 milhares de euros e um total de capital próprio de 430 376 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de

42 773 milhares de euros), as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções, a Demonstração

consolidada dos fluxos de caixa, do exercício findo naquela data, e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas que

apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na

consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de

políticas e critérios adequados e a manutenção de sistemas de controlo interno apropriados.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame

daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão da Ordem dos

Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau

de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente

relevantes. Para tanto, o referido exame incluíu:

- a verificação de as demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido

apropriadamente examinadas;

- a verificação das operações de consolidação e da aplicação dos métodos da consolidação integral ou da

equivalência patrimonial, conforme o apropriado;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

- a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e

- a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras

consolidadas.

5. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Reserva

6. As empresas do Grupo com Fundos de Pensões afectos aos Planos Portucel e Soporcel continuaram a utilizar, nesse

exercício, o método do "corridor" previsto, como opção, na Norma Internacional de contabilidade nº. 19 (v. Notas nºs. 21

a) e 23 h) do Anexo às Demonstrações financeiras consolidadas).

No entanto, a Directriz contabilística nº. 19 - que prevalece sobre aquela Norma, a nível nacional, nos termos da Directriz

contabilística nº. 18, por se tratar da mesma matéria - estabelece, sem restrições, que as perdas (ou ganhos) actuariais

devem ser imputadas aos resultados do exercício em que forem apuradas.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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Assim, em conformidade com a Nota 21 a) do referido Anexo, caso se tivesse adoptado o procedimento contabilístico

constante da citada Directriz contabilística nº. 19:

a)o resultado consolidado do exercício, líquido do imposto sobre o rendimento, seria beneficiado de 1 276

milhares de euros (valor bruto de 1 905 milhares de euros;

b) em termos acumulados, o capital próprio consolidado do exercício de 2002 seria reduzido, por esse efeito, de

3 984 milhares de euros (valor bruto de 5 946 milhares de euros).

Opinião

7. Em nossa opinião, excepto quanto aos efeitos da situação descrita no número anterior, as referidas demonstrações

financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente

relevantes, a posição financeira consolidada da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, em 31

de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos consolidados de caixa, no exercício findo

naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites.

Ênfases

8. As participações nas empresas constantes da alínea a) da Nota nº. 27 do Anexo consolidado foram incluídas na

consolidação apenas pelos valores contabilísticos nela referidos, considerados em Investimentos financeiros.

Entretanto, existem provisões inerentes a essa participações que permitem fazer face a eventuais prejuízos na sua

alienação (v. Nota 46 do Anexo).

9. Já depois da data de referência do encerramento das contas de 2002, foram publicados Diplomas respeitantes à 2ª.

fase de privatização da PORTUCEL - Empresa Produtora de Pasta e Papel, SA e da GESCARTÂO, SGPS, SA, através do

Decreto-Lei nº. 6/2003, de 15 de Janeiro, e da Resolução do Conselho de Ministros, de 19 de Fevereiro, respectivamente

(v. Nota 60 do Anexo).

10. As situações indicadas nos anteriores números 8 e 9 não afectam o que ficou expresso no parágrafo de "Opinião" (nº. 7).

Lisboa, 7 de Abril de 2003.

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC

Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC

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RELATÓRIO DA REVISÃO LEGAL RESPEITANTE AO EXERCÍCIO DE 2002

1. Introdução

Em conformidade com o disposto no artigo 508º. - D do Código das Sociedades Comerciais, apresenta-se o relatório

sobre a fiscalização das contas consolidadas, em 3l de Dezembro de 2002, da PORTUCEL - Empresa de Celulose e Papel

de Portugal, SGPS, SA.

2. Âmbito da acção fiscalizadora

O exame dos documentos de prestação de contas consolidadas foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas de

Revisão aprovadas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, com a profundidade considerada necessária nas

circunstâncias.

Em consequência, emitiu-se a Certificação Legal das Contas consolidadas, datada de hoje, cujo conteúdo se dá aqui

como reproduzido.

3. Trabalhos efectuados

Os procedimentos adoptados compreenderam, nomeadamente:

3.l. O conhecimento dos documentos de prestação de contas das empresas objecto de consolidação e das

respectivas certificações legais das contas, nas situações apropriadas;

3.2. O acompanhamento dos trabalhos da Auditoria Externa, para efeitos da emissão do seu parecer sobre as

contas consolidadas do exercício de 2002;

3.3. A obtenção de esclarecimentos pelos Serviços da empresa e reuniões com os mesmos;

3.4. A apreciação das políticas contabilísticas e dos procedimentos técnicos utilizados na consolidação;

3.5. A análise técnica dos documentos de consolidação apresentados pela Empresa, do Relatório consolidado de

gestão e do Parecer da Auditoria Externa, os quais não foram considerados merecedores de reparos; explicita-

se, designadamente, que o mencionado Relatório de gestão está conforme com as Contas Consolidadas;

3.6. Solicitou-se e foi obtida a declaração de responsabilidade prevista no nº. 20 das já citadas Normas Técnicas

e de acordo com a Directriz Internacional de Revisão nº. 22 do IFAC.

4. Informações complementares

4.1 Como informação relevante, chama-se a atenção para a Nota 60 do Anexo.

4.2. Concluímos do que se deixa exposto que foram satisfeitas as disposições legais e estatutárias em vigor e

evidenciamos a opinião expressa na Certificação Legal das Contas consolidadas.

Lisboa, 7 de Abril de 2003.

ALVES DA CUNHA, A. DIAS & ASSOCIADOS, SROC

Representada por António Domingos Henrique Coelho Garcia, ROC

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RELATÓRIO DE AUDITORIA SOBRE A INFORMAÇÃO FINANCEIRA CONSOLIDADA

Introdução

1 Nos termos da legislação aplicável, apresentamos o Relatório de Auditoria sobre a informação financeira consolidada

contida no Relatório de Gestão e nas Demonstrações Financeiras consolidadas anexas do exercício findo em 31 de

Dezembro de 2002 da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA, as quais compreendem o Balanço

consolidado em 31 de Dezembro de 2002 (que evidencia um total de 2 970 279 milhares de euros e um total de capital

próprio de 430 376 milhares de euros, incluindo um resultado líquido de 42 773 milhares de euros), as Demonstrações

dos resultados consolidados, por naturezas e por funções, e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo

naquela data e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2 É da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade: (i) a preparação do relatório de gestão consolidado

e de demonstrações financeiras consolidadas que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira

do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa

consolidados; (ii) que a informação financeira histórica seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos

geralmente aceites em Portugal e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo

Código dos Valores Mobiliários; (iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de

sistemas de controlo interno apropriados; e (v) a divulgação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a

actividade do conjunto das empresas incluídas na consolidação, a sua posição financeira ou resultados.

3 A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação financeira contida nos documentos de prestação de contas

acima referidos, designadamente sobre se é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido

pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório profissional e independente baseado no

nosso exame.

As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação,

representando, aproximadamente, 36% do total dos activos consolidados e aproximadamente 55% do total dos

proveitos consolidados, foram examinadas por outro revisor oficial de contas, em cuja certificação legal das contas nos

baseámos para expressar a nossa opinião sobre os resultados dessa subsidiária incluídos nas contas consolidadas.

Âmbito

4 O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da

Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de

obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas não contêm distorções

materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu: (i) a verificação de as demonstrações financeiras das

empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o

não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e

a avaliação de estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizados na sua

preparação; (ii) a verificação das operações de consolidação e da aplicação do método da equivalência patrimonial; (iii)

a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as

circunstâncias; (iv) a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; (v) a apreciação sobre se é adequada,

em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas; e (vi) a apreciação se a informação

financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

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5 O nosso exame abrangeu ainda a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório

consolidado de gestão com os restantes documentos de prestação de contas.

6 Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

7 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro revisor oficial de contas, as demonstrações

financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos

materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal,

SGPS, SA em 31 de Dezembro de 2002, o resultado consolidado das suas operações e os fluxos de caixa consolidados no

exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e a

informação nelas constante é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.

Lisboa, 7 de Abril de 2003

Belarmino Martins, Eugénio Ferreira & Associados

Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda

representada por

___________________________________

António Alberto Henriques Assis, R.O.C.

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PORTUCEL SGPS RELATÓRIO E CONTAS 2002

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Aos Accionistas e Conselho de Administração da

Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES

1 Auditámos o Balanço consolidado da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de Portugal, SGPS, SA em 31 de Dezembro

de 2002, bem como as Demonstrações consolidadas dos resultados por naturezas e por funções do exercício findo

naquela data e a Demonstração consolidada dos fluxos de caixa e respectivos Anexos. Estas demonstrações financeiras

consolidadas são da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa. A nossa responsabilidade consiste

em expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras consolidadas, baseada na nossa auditoria.

2 A nossa auditoria foi efectuada de acordo com as Normas Internacionais de Auditoria. Estas normas exigem que

planeemos e executemos a auditoria por forma a obtermos um grau de segurança aceitável sobre se as referidas

demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Uma auditoria inclui (i) a verificação,

numa base de amostragem, do suporte dos valores e informações constantes das demonstrações financeiras, (ii) a

apreciação da razoabilidade dos princípios contabilísticos adoptados e das estimativas significativas efectuadas pela

Administração, e (iii) a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras. Entendemos que a auditoria

efectuada constitui base aceitável para a expressão da nossa opinião.

3 As demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2002 de uma subsidiária incluída na consolidação,

representando, aproximadamente, 36% do total dos activos consolidados e aproximadamente 55% do total dos

proveitos consolidados, foram examinadas por outro revisor oficial de contas, em cuja certificação legal das contas nos

baseámos para expressar a nossa opinião sobre os montantes relativos a essa subsidiária incluídos nas contas

consolidadas.

4 Em nossa opinião, com base no nosso trabalho e no trabalho do outro revisor oficial de contas, as demonstrações

financeiras consolidadas referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os

seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira consolidada da Portucel - Empresa de Celulose e Papel de

Portugal, SGPS, SA, em 31 de Dezembro de 2002, bem como os resultados consolidados das suas operações e os fluxos

consolidados de caixa no exercício findo naquela data, de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites

em Portugal.

Lisboa, 7 de Abril de 2003

PricewaterhouseCoopers - Auditores e Consultores, Lda.

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PORTUCEL

Empresa de Celulose e Papel de Portugal, S.G.P.S., S.A.

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Telefone: 213 824 200 - Fax: 213 823 429