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Portugal em Destaque - Edição 9

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NAZARÉ PAG 86

PAREDESE PENAFIEL

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CAMPANHÃPAG 40

A cada edição que passa, ganhámos cada vez mais admiração por este país e pelos seus empresários. Reconhecemos em cada local que visitamos a vontade de inovar e de continuar a crescer em prol do país. Da hotelaria à gastronomia, passando pelo ensino e sem descurar a indústria, a edição de maio da Portugal em Destaque traz uma panóplia de bons exemplos nacionais que, não raros casos, já brilham além-fronteiras. Queremos continuar a crescer para sermos a referência das revistas que querem destacar Portu-gal. Queremos continuar a ser a sua preferência para a sua leitura de fim-de-semana. Queremos continuar a figurar no panorama das revistas empresariais. Mas estamos muito para lá do ‘papel’. Convidamo-lo a conhecer-nos também na nossa página de internet e de Facebook. Boas leituras.

A direção editorial

Diana Silva

EDITORIALDE NORTE A SUL, COM DESTAQUE!

FICHA TÉCNICA | PROPRIEDADE: FRASES CÉLEBRES, LDA | DIRETOR: FERNANDO R, SILVA DIREÇÃO EDITORIAL: DIANA SILVA ([email protected]) | CORPO

REDATORIAL: JOANA CARVALHO, JOSÉ MIGUEL LOPES, MELANIE ALVES, SÍLVIA PINTO CORREIA | DIREÇÃO GRÁFICA: TIAGO RODRIGUES | SECRETARIADO: PAULA ASSUNÇÃO (GERAL@

PORTUGALEMDESTAQUE.PT) | DEP. COMERCIAL: JOSÉ VARELA, LUÍS BRANCO, MANUELA NOGUEIRA, MARÍLIA FREIRE, NELSON FARIA, PEDRO DUARTE (COMERCIAL@PORTUGALEM-

DESTAQUE.PT) | REDAÇÃO E PUBLICIDADE: RUA ENGº ADELINO AMARO DA COSTA Nº15, 6ºANDAR, SALA 6.1 4400-134 – MAFAMUDE / +351 223 263 024 | DISTRIBUIÇÃO: DISTRIBUIÇÃO

GRATUITA COM O JORNAL EXPRESSO / DEC. REGULAMENTAR 8-99/9-6 ARTIGO 12 N.ID | NÚMERO DE REGISTO NA ERC: 126615 | PERIODICIDADE: MENSAL | EDIÇÃO DE ABRIL

ESTATUTO EDITORIAL: A Portugal em Destaque é uma edição mensal que se dedica à publicação de artigos que demonstram a realidade do país | A Portugal em Destaque é uma edição independente, sem qualquer dependência de natureza política, ideológica e económica | A Por-

tugal em Destaque define as suas prioridades informativas por critérios de interesse às empresas nacionais, de relevância e de utilidade da informação | A Portugal em Destaque rege-se por critérios de rigor, isenção, honestidade e idoneidade | A Portugal em Destaque faz distinção

entre os seus artigos de opinião, identificando claramente os mesmos e estes não podem confundir-se com a matéria informativa.

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ICE

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PAREDES E PENAFIEL

Paredes situa-se na região do Vale do Sousa e é constituído por 24 freguesias. O atual Município de Paredes assenta no antigo Julgado de Aguiar de Sousa, com origem nos primórdios da nacionalidade, que se apresen-tava como um espaço político, judicial e administrativo independente, exercendo domínio sob um vasto território, composto por 48 fregue-sias. A gastronomia típica de cada região, é um dos principais elementos que contribui para o reconhecimento dessas localidades. Sendo que os segredos dessa gastronomia foram transmitidos de geração em ge-ração, dando um sabor tradicional e peculiar a cada uma das iguarias. Inserido no distrito do Porto e integrado na sub-região do Vale do Sousa, o município de Penafiel integra 28 freguesias, abrangendo uma área total de aproximadamente 212 km2 e cerca de 72 mil habitantes. Atendendo à sua localização específica, a cidade de Penafiel acaba por conseguir congregar o melhor de dois mundos, pela forma como serve de ponte entre o litoral portuense e o interior transmontano.A comprovar esta mistura de influências está a vocação turística do concelho, que encontra em aspetos como a verdura dos campos ou a pureza da sua paisagem rural um contraponto para as atividades eco-nómicas que mais preponderância e empregabilidade aqui assumem. Entre essas mesmas atividades económicas, destacam-se a construção civil, a indústria extrativa, bem como o comércio e os serviços.Entre os obrigatórios pontos de passagem do concelho estão, por exemplo, as aldeias preservadas de Cabroelo (onde os moinhos e azen-has se unem às construções graníticas) e de Quintandona (local onde ao miradouro natural se acrescenta uma capela com mais de 200 anos de história). Outra palavra deve ser reservada, contudo, ao encanto dos jardins românticos que espalhados por Penafiel se encontram.Já no que respeita à gastronomia local, nada como provar o cabrito e o anho assados no forno. Mas, para quem preferir o peixe, será obri-gatório experimentar o sável frito ou a lampreia à bordalesa. A acom-panhar estes pratos, há a proposta do vinho verde, típico desta zona do país. Entretanto, quem procura um lugar com apetência natural para a prá-tica de desporto ao ar livre não precisa de ir mais longe. Basta recor-dar que, em Penafiel, atividades como o BTT, o hipismo ou tiro e caça encontram variado espaço para que os seus admiradores se possam reunir, aproveitando as boas acessibilidades que, como dito, ajudam a aproximar Penafiel de algumas das principais cidades do norte litoral português.

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O SEGREDO SOMOS NÓS…

O AVEP localiza-se no concelho de Paredes, distrito do Porto. Abrange 11 estabeleci-mentos: a Escola Básica de Paredes, sede do Agrupamento e as Escolas Básica de Mou-riz; Paredes N.º 2, Bitarães e os Jardins de Infância de Beire, Talhô-Gondalães, Monte, Mó, Estrebuela, Carreiras Verdes e Paredes. Frequentam o AVEP cerca 2200 alunos. Exercem funções 151 professores, 83 assisten-tes operacionais e uma psicóloga. O AVEP integra o Programa TEIP II (Territórios Educativos de Intervenção Prioritária) desde o ano letivo 2009/2010 e há 4 anos celebrou um Contrato de Autonomia com o Ministério da Educação. Como recursos adicionais decorrentes do Programa TEIP e do Contrato de Autonomia desempenham funções técnicos nomeadamente psicólogos e mediadores sociais, e um técnico de informática.O Agrupamento traçou um rumo muito consistente, com articulação entre problemas, objetivos e ações elegendo quatro eixos prioritários: 1 – Apoio à melhoria das aprendizagens2 – Prevenção do abandono, absentismo e indisciplina3 – Gestão e Organização4 – Relação escola/família, comunidade e parceriasAs estruturas intermédias têm desenvolvido estratégias conducentes à articulação cu-rricular entre ciclos. Os Planos de Turma promovem a articulação interdepartamen-tal, patente nas dinâmicas curriculares, nos instrumentos de avaliação e em atividades conjuntas. São exemplos o Corta-mato, a publicação anual do Livro do AVEP, as iniciati-vas da Biblioteca Escolar ou a comemoração do Dia do Agrupamento, potenciadoras do aprofundamento e da progressão das aprendizagens.O AVEP inclui, nas suas respostas educativas aos alunos mais especiais, uma Unida-

O maior desafio da escola é de encontrar a sua missão, fazendo das pessoas a sua razão de ser. O Agrupamen-to de Escolas de Paredes (AVEP) aposta na formação de cidadãos livres, conscientes dos seus direitos e deveres.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PAREDES

de Especializada de Apoio a Alunos com Multideficiência e uma sala Snoezelen lo-calizada na Escola Básica de Bitarães.O abandono escolar é tendencialmen-te nulo. Frequentam o AVEP alunos de etnia cigana perfeitamente integrados na comunidade paredense e no Agrupamen-to. Relativamente a estes alunos, existe uma parceria com o município e a rede social do concelho, no âmbito do projeto ACAMP’ARTE, desde 2009, na procura de soluções de diferenciação curricular e pedagógica e na concretização de proje-tos de vida. O AVEP promove cursos de aprendizagem de Cozinha/Pastelaria, em protocolo com o IEFP. Os resultados des-tes percursos, em unidades de referência da hotelaria e restauração, são significa-tivos.A valorização da dimensão artística tra-duz-se, entre outras iniciativas, na ilus-tração da edição anual do Livro do AVEP e em projetos da comunidade. Neste con-texto, destaca-se o Art on Chairs promo-vido pela autarquia, em parceria com to-das as escolas da concelho.O Paripassu assume-se como uma opor-tunidade de aprofundar as competências linguísticas dos alunos, a partir da cultura clássica e do património da região do Vale do Sousa. O Clube História promove a aprendiza-gem da disciplina através de exposições, debates, jogos e recitação de poesia. O Projeto de Educação para a Saúde desenvolve competências relacionadas com a adoção de estilos de vida saudáveis, em parceria com o ACSVSS (Agrupamen-to de Centros de Saúde Vale do Sousa Sul).O Parlamento dos Jovens e a Assembleia Municipal dos Jovens mobilizam os dele-gados e os subdelegados para o exercício de uma cidadania responsável. O Agru-pamento tem sido selecionado inúmeras vezes para a fase final que decorre na Assembleia da República. A Assembleia da República atribuiu um louvor ao AVEP pela metodologia inovadora de partici-pação de todos os alunos do 2.º ciclo e do 3.º ciclo.A diversidade de respostas engloba o en-sino articulado da Música e da Dança em parceria com o Conservatório de Música de Paredes e a Academia de Dança do Vale do Sousa. O Agrupamento tem uma forte ação so-cial. O Gabinete de Promoção do Sucesso (GPS) promove inúmeras iniciativas de cariz solidário, destacando-se o “Traz um kilo”, que envolve alunos, famílias e par-ceiros, na recolha de alimentos distribuí-dos a famílias carenciadas.O Desporto Escolar faz desta Escola um local privilegiado de boas práticas. A ofer-

CRISTINA SANTOS, MIGUEL CAVADAS, MARIA OLINDA PINTO, ANTÓNIO BESSA E MARIA GRAÇA FONSECA

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ta desportiva inclui voleibol, ténis, patinagem, futsal, ténis de mesa, golfe e o programa “Desporta-te bem”, que promovem o sucesso escolar através da atividade física. O Centro de Formação Desportiva de Golfe integra iniciação, aperfeiçoamento e especialização para alunos e formação cer-tificada para professores. Praticam golfe, mensalmente, mais de 1000 alunos do concelho, desconstruindo a representação social, habitualmente associada a elites. O AVEP tem sido o “viveiro” do nascimento dos atuais campeões nacionais.O projeto Ciência na Escola promovido pela Fundação Ilídio de Pinho tem merecido a adesão incondicional do AVEP. O Agrupa-mento de Escolas de Paredes tem sido selecionado para as últi-mas fases com a apresentação de projetos, desde o 1ºciclo ao 3º ciclo.No âmbito do Clube da Europa o Agrupamento foi uma das três escolas premiadas no Concurso Nacional dos Clubes Europeus com o tema “ O nosso Mundo, a nossa dignidade, o nosso Futuro”.Pela segunda vez consecutiva, foi atribuído ao Agrupamento o Selo Escola Voluntária como reconhecimento por parte do Mi-nistério da Educação pelo exercício de boas práticas, ao nível do voluntariado, por parte dos nossos alunos, famílias, docentes e funcionários. O AVEP foi distinguido, pela segunda vez consecutiva, com o Selo Escola Intercultural que reconhece publicamente os esta-belecimentos de educação que, através dos seus projetos educa-tivos e das suas práticas, promovem o a valorização da diversi-dade linguística e cultural, como uma oportunidade e fonte de aprendizagem para todos os alunos.As novas tecnologias merecem do AVEP uma atenção muito es-pecial desde o 1.º ciclo. Assim, no ano letivo 2015/2016 aderimos ao desafio proposto pela Direção Geral da Educação, com a im-plementação de um projeto piloto de Iniciação à Programação em 4 turmas do 4.º Ano. No próximo ano letivo este projeto vai ser alargado a todas as turmas do 3.º e do 4.º ano como oferta complementar do AVEP. Com este projeto pretende-se promo-ver o ensino da programação e desenvolver os níveis de literacia digital nos nossos alunos.O filme “Como agir em caso de sismo na escola” foi selecionado para a final do AÇÃO02! - Festival de Vídeo Escolar, na categoria 1º e 2º Ciclos do Ensino Básico para o melhor filme de ficção.Porque o futuro exige um forte sentido de competência e adap-tação à mudança, trabalhamos constantemente a comunicação interna, a melhoria de infraestruturas, que visam a promoção de uma cultura humanística, científica e desportiva.O Agrupamento tem muitos mais pontos fortes a salientar. O dinamismo da Direção é, certamente, um dos mais importantes. A confiança nas lideranças intermédias e a abertura democrá-tica permitem sonhar para além das paredes da escola. Vemos nas aptidões de cada professor e no trabalho colaborativo fortes oportunidades de progresso. O que nos move é a melhoria contínua do nosso trabalho e do serviço que prestamos. Mostramos aos nossos jovens que o seu papel no mundo está por escrever. E essa tarefa pode ser trabalhosa, mas está repleta de momentos deliciosos. Somos um agrupamento de referência pela prestação de um serviço excecional traduzida em autonomia, compromisso e responsabilidade. Autonomia porque os desafios da educação exigem lucidez e capacidade de decisão dos atores; responsabi-lidade porque as decisões têm de ser assumidas; compromisso porque, em matéria de educação, todos somos chamados a par-ticipar.No AVEP, estamos sempre a aprender e por isso temos tanto para oferecer.

O SEGREDO? O SEGREDO… SOMOS NÓS!Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses, Rubem Alves

Artigo de Olinda Pinto - diretora do Agrupamento de Escolas de Paredes

Manuel António Bessa (Presidente do Conselho Geral)Há que investir obrigatoriamente numa escola pública e a nos-sa é um grande exemplo disso porque nós temos oito grupos de equipas, de diferentes modalidades, e em algumas damos car-tas a nível nacional, como o caso da patinagem. No golfe, temos atletas na seleção. Há uma sinergia fantástica entre a nossa es-cola e a Federação. Com a bênção da diretora, formou-se aqui um Centro de Formação Desportiva de Golfe que hoje é reconhecido pelo Ministério da Educação como algo com grande importância para o crescimento e desenvolvimento equilibrados das nossas crianças e jovens. Estamos a tentar corresponder às expectati-vas depositadas em nós.Há três centros de formação de golfe em Portugal: um no Algarve, outro em Setúbal (que ainda não está implementado), e este. Nós temos o capital humano e já mostrá-mos que sabemos o caminho. De facto, era necessário os olhos virarem-se para aqui. Porque o desporto escolar ainda não é su-ficientemente valorizado em Portugal”.

Maria Lurdes Babo Silva (Coordenadora do Centro Escolar de Mouriz)“Há aqui uma grande preocupação em envolver as famílias na vida escolar dos filhos. Procuramos todos os anos desenvolver workshops para os pais, de forma a trazê-los cá, falarem com técnicos especializados para os ajudar no acompanhamento que eles devem ter em casa com os filhos. Existe um elo muito forte en-tre todos, e o nosso caminho prender-se-á sempre por aí.”

Isabel Susano (Coordenadora do Centro Escolar de Paredes) “Esta é uma escola muito realista do ensino público. O esforço da comunidade escolar (professores, assistentes vocacionais, associação de pais, entre outros) oferece sempre mais valias. Perante esta realidade inclusiva já ganhamos prémios. Esse re-conhecimento incentiva-nos a maiores desafios, o que é muito gratificante.”

Conceição Rente (Coordenadora do Centro Escolar de Bitarães)“Estamos num agrupamento aberto à comunidade. Temos algu-mas atividades em que a comunidade está bem presente e, por isso, trabalhar numa escola destas tem muitas vantagens. Existe aqui a possibilidade de se desfrutar de uma sala de snoozelen Trata-se de uma sala de estimulação sensorial para meninos portadores de deficiência. Recebemos, efetivamente, meninos de outros agrupamentos do concelho que são acompanhados pelos respetivos professores de educação especial e por funcionários. O fator proximidade torna o trabalho mais fácil e estimulante.”

Olinda Pinto (Diretora do Agrupamento de Escolas de Paredes)“Penso que a escola pública dá resposta a todos e a cada um, é inclusiva. É a escola pública que tem que dar resposta aos pais e alunos. O Agrupamento de Escolas de Paredes apresenta-se como uma escola que abraça todos os desafios. Daí os inúmeros projetos já consolidados na cultura do Agrupamento e que con-tribuem, de forma decisiva, para o sucesso dos alunos e a elimi-nação do abandono precoce da escola. Os professores, os funcio-nários, os pais, os diversos os parceiros têm sido fundamentais para a concretização destes grandes desafios”.

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A EDUCAR PARA O FUTURO

O Agrupamento de Escolas Daniel Faria, Baltar tem pautado o seu trajecto por uma função educativa e social que apenas foi possível de realizar através de interação de espaços, ideias, re-cursos e, acima de tudo, das pessoas. Para além da transmissão de saberes, a escola tem contribuído para a formação de cidadãos mais conscientes, fomentando a auto-estima e autoconfiança dos alunos como elementos relevantes subjacentes à progressão das metas pedagógicas, dialogando sobre as mais diversas ques-tões que assolam a sua vivência no seio da comunidade escolar e comunidade global. António Aguiar, diretor do Agrupamento de Escolas Daniel Faria, Baltar, dedicou mais de 40 anos da sua vida à educação e ao ensino, assumindo a entrega e dedicação com que sempre desempenhou as suas funções. Como timoneiro do Agrupamen-to de Escolas Daniel Faria, Baltar, em entrevista à revista Portu-gal em Destaque, foca a importância da oferta formativa da es-cola, nomeadamente dos cursos profissionais, um dos percursos do nível secundário de educação, caracterizado por uma forte

O Agrupamento de Escolas Daniel Faria, Baltar tem como visão ser reconhecido como um agrupamento de referên-cia no domínio da formação geral e específica dos seus alunos que lhes garanta a descoberta e o desenvolvimento dos seus interesses e aptidões, capacidade de raciocínio, memória e espírito crítico, criatividade, sentido moral e sensibilidade estética, promovendo a realização indivi-dual em harmonia com os valores da solidariedade social.

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DANIEL FARIA, BALTAR

ligação com o mundo profissional. Na opinião de António Aguiar, os cursos profissionais são uma via de formação diferente, sobretudo para aqueles alunos que têm menos apetência para as disciplinas académicas do chamado ensino regular, sendo esta uma forma de os valorizar, formar e permitir-lhes uma saída profissional. “São uma vertente do Ensino Secundário que privilegia a formação prática, concebida para uma eficaz profissionalização. Com o objetivo de desenvolver nos alunos competências para o exercício de uma profissão, o ensino profissio-nal distingue-se, nomeadamente, pela sua articulação com as empre-sas, garantindo uma forte ligação ao mundo do trabalho, permitindo ao mesmo tempo o prosseguimento de estudos”, sublinha, acrescen-

ANTÓNIO AGUIAR

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tando que os cursos profissionais são percursos que cumprem vários objetivos, tais como: contribuir para que se desenvolvam competências pessoais e profissionais para o exercício de uma profissão, privilegiar as ofertas formativas que correspondem às necessidades de trabalho locais e regionais e preparar os alunos para acederem a formações pós-secundárias ou ao ensino supe-rior, se for essa a a sua vontade. Estes cursos têm uma estrutura curricular organizada por módulos, o que permite maior flexi-bilidade e respeito pelos ritmos de aprendizagem de cada aluno. António Aguiar considera ainda que os cursos profissionais vêm combater o fenómeno do insucesso escolar, criando nos alunos uma motivação para alcançar objetivos e metas e, acima de tudo, abrir-lhes a possibilidade de aprenderem uma profissão. “Com a escolaridade obrigatória de 12 anos, somos confrontados com vários alunos que querem ir trabalhar, muitas vezes para contribuir para o sustento da sua família, por isso esta é uma forma desses alunos encontrarem uma saída profissional”, advoga. No âmbito dos cursos profissionais, a oferta formativa do Agru-pamento de Escolas Daniel Faria, Baltar inclui o Curso Profis-sional de Técnico de Multimédia, Curso Profissional de Técnico de Turismo, Curso Profissional de Técnico de Gestão de Equipa-mentos Informáticos, bem como Curso Vocacional Técnico de Apoio Familiar e de Apoio à Comunidade e Curso Vocacional Técnico de Apoio à Gestão Desportiva. “A escolha destes cursos profissionais e vocacionais prende-se com as necessidades identifi-cadas no concelho, porque queremos garantir ao máximo a empre-gabilidade destes alunos”, evidencia o diretor. Os cursos profissionais incluem uma vertente de estágio, a cha-

mada formação em contexto de trabalho, que António Aguiar considera de extrema importância, até porque incute nos alunos um maior sentido de responsabilidade, disciplina e rigor, bem como uma cultura organizacional. “Temos alguns alunos de cursos profissionais que estagiaram em empresas do concelho e acabaram por ficar a trabalhar nessas empresas”, revela orgulhoso.

Escola de valores e princípiosCom 42 anos de vida dedicados ao ensino e líder do Agrupamen-to de Escolas Daniel Faria, Baltar, António Aguiar salienta que a escola tem que ser “o repositório de valores e princípios” que a nossa sociedade tem vindo a esquecer, por isso mesmo o projeto educativo deste estabelecimento de ensino assenta na valori-zação da escola pública e do seu papel na comunidade e socie-dade.Com os olhos postos no futuro, o diretor revela que, no próximo ano, o agrupamento vai apenas reunir cinco dos atuais 14 es-tabelecimentos de ensino, isto porque algumas escolas vão ser aglutinadas num Centro Escolar. No entanto, os desafios mantêm-se, por isso António Aguiar pretende continuar a orientar a sua estratégia com vista a atin-gir o sucesso escolar, a educação para a cidadania e a qualidade educativa.

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ENSINO DE LÍNGUAS DE QUALIDADE

Fundado no início do ano letivo de 2009, o estabelecimento privado de ensino é des-de essa altura acreditado pelo Ministério da Educação. Procurando estar sempre na vanguarda do setor, a escola tem vindo a reunir várias certificações e parcerias, que fazem da Lancaster King’s School uma instituição privada de referência no en-sino de línguas. A entidade fundada por António Meira tem escolas em Arcozelo, Vizela, Vila Nova de Gaia, Penafiel, Esta-rreja, Fafe, Proença-a-Nova, Santa Maria da Feira, Vila Nova de Famalicão, e mais recentemente abriu, no início deste ano letivo, uma escola em Castelo Branco. O interlocutor explica que tudo começou em 2009, quando “comprei quatro escolas. Depois, no início de 2010, adquiri mais uma e, a partir daí, passámos a crescer organi-camente. Através de uma análise dos dados económico financeiros de cada distrito, per-cebemos se poderíamos proceder à abertura de novas escolas”. A oferta formativa da Lancaster King’s School passa pelo ensi-no do inglês, francês, alemão, espanhol e italiano, com “cursos dirigidos a crianças a partir dos três anos sem limite de idade. Mas, o nosso principal público alvo são os alunos do primeiro, segundo e terceiro ciclos. O inglês predomina em 85 por cento, das dez escolas. A segunda língua que tem mais pro-cura é o francês”, revela o interlocutor. A instituição também leciona “em colégios de ensino do 1º ciclo na sua maioria privados. Para além disso, damos aulas em empresas, aulas individuais e personalizadas, dando resposta às necessidades de cada caso, so-mos detentores de uma vasta panóplia de serviços. Depois, existem os cursos inten-sivos de 40 a 60 horas, por exemplo, para enfermeiros. Em 2014/2015, tivémos muita procura do francês por parte destes profis-sionais”, destaca o entrevistado. Tudo isto constituem fatores de diferenciação, aos quais é relevante acrescentar “a flexibili-dade de horários, não impomos horários aos nossos alunos, procuramos adaptar-nos às suas necessidades”, esclarece o diretor da Lancaster King’s School. A excelência das instalações, aliada a uma equipa profissio-nal e competente, também têm contribuí-do para o desenvolvimento da instituição, “devemos ser o grupo de escolas de línguas com melhores instalações. O que também nos distingue é o nível de qualificação dos pro-fessores que se reflete na qualidade do nosso ensino, bem como, a relação que mantemos com os nossos alunos. A equipa é composta por uma diretora pedagócica, em cada esco-la, e uma diretora pedagógica geral. Em cada filial, existe também uma secretária e, por fim, a diretora administrativa geral. Toda esta pirâmide de recursos humanos, bem oleada, permite ter uma estrutura que fun-

A instituição de ensino privado está presente atualmente em dez cidades, sobretudo a norte do país. Com o recurso às modernas ferramentas tec-nológicas, associadas a uma equipa de docentes de excelência, a Lancaster King’s School garante um ensino de línguas de qualidade, tal como, com-provámos, em entrevista ao diretor da instituição, António Meira.

LANCASTER KING’S SCHOOL

ANTÓNIO MEIRA

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ciona muito bem. Todos estes fatores per-mitem-nos prestar um serviço de excelência. Esta ação dinamizadora de toda a equipa, contribui para o sucesso, mesmo em tempos de crise”, evidencia António Meira. No que diz respeito à escola de Penafiel, um dos concelhos em destaque nesta edição, o di-retor afirma que “abrimos em 2012, em si-multâneo com a de Vila Nova de Gaia. Esta-mos situados na saída da auto-estrada, uma escola com localização privilegiada. Penafiel é um caso de sucesso, dois anos após a aber-tura já tínhamos 180 alunos”. Uma das for-mas de marcar presença no setor, atrain-do também potenciais alunos é através da participação em certames e eventos rela-cionados com a educação, “vamos às feiras da educação, como na Exponor, participá-mos na feira das profissões em Santa Maria da Feira, temos de estar atentos ao mercado e ao que ele nos proporciona. Apostamos na divulgação e marketing, sobretudo na inter-net, nos principais motores de busca e nas redes sociais”, salienta o entrevistado. O di-retor da Lancaster King’s School entende que a tecnologia é fundamental para “pro-porcionar aos alunos uma aprendizagem mais fácil e eficaz, por isso, temos as escolas dotadas com equipamentos e meios como, por exemplo, quadros interativos”. A escola procura criar um espírito de comunidade através de alguns eventos como a festa de Natal e fim de ano, “muitas vezes, juntamos

várias escolas, os alunos aderem até acima das expectativas”, destaca. No que diz res-peito ao panorama do setor da educação em Portugal, o diretor da Lancaster King’s School afirma que “ao nível do Ministério da Educação, há sempre instabilidade, trans-versal a todos os Governos. Exemplo disto, foi a questão em torno do exame de inglês, para os alunos do quarto ano, que era para avançar e depois decidiram suspender. Isto não é benéfico para o setor, para os alunos, professores, escolas e toda a comunidade em geral”. No que toca às perspetivas de futu-

ro, António Meira revela que passa pela abertura de novas escolas possivelmente, mas ainda sem certezas, “em Leiria, Viseu e Viana do Castelo. Faz sentido explorar to-das as áreas a norte de Leiria”, destaca o di-retor, acrescentando que “temos um proje-to ambicioso, que gostaríamos que fosse em parceria com os municípios, que pretende premiar os três melhores alunos de determi-nado concelho que apresentem os melhores projetos tecnológicos”, conclui o diretor da Lancaster King’s School.

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“SÓ QUEM PENSA NO FUTURO PODE EVOLUIR”

Desde cedo ligado ao setor do mobiliário, Jorge Cruz torna-se proprietário da empresa em 2012. “Dada a minha vasta experiên-cia no ramo, em 2012 resolvi comprar a empresa em que trabalhava. Inicialmente criávamos as nossas próprias linhas mas não produzia-mos. Em 2014 mudamos de instalações e passamos a ter produção própria e a comercializar os nossos produtos.” Atualmente contam com cerca de 20 colaboradores, responsá-veis pelo design, produção e comercialização de cada produto. O mobiliário é produzido nas instalações próprias, dotadas de equi-pamentos à altura das exigências do mercado. “Todo o processo é realizado na AKABA, desde o design, à produção e à colocação do produto no mercado. Assegurámos ainda a entrega e a monta-gem do mobiliário e decorações nas instalações do cliente final. Neste momento temos total capacidade de produzir uma solução chave na mão. É sem dúvida uma das grandes vantagens que oferecemos aos nossos clientes.”A experiência adquirida ao longo destes anos garante a satis-

Fundada em 2012, a AKABA é hoje uma empresa de referência no setor do mobiliário. Com fabrico próprio e uma equipa multidisciplinar, esta jovem empresa si-tuada no concelho de Paredes, distrito do Porto, acom-panha de perto as tendências e mudanças de mercado, distinguindo-se pelo design único e qualidade incontes-tável. Em conversa à revista Portugal em Destaque, o empresário Jorge Cruz conta-nos como surge este pro-jeto, as dificuldades que têm ultrapassado ao longo dos anos e as perspetivas de futuro!

AKABA

fação e confiança dos seus clientes. Para Jorge Cruz, o segredo está na qualidade do produto e na aposta em móveis persona-lizados e adaptados às necessidades do cliente. “Um dos pontos fortes da nossa empresa é a possibilidade de desenhar o produto segundo as indicações e necessidades dos clientes. Exemplificando, a nossa marca ‘Móveis por Medida’ oferece aos clientes soluções personalizadas de cozinhas e roupeiros. Em alternativa, dispomos também de uma grande diversidade de produtos finais que primam pelo design e qualidade.”Mais recentemente, o empresário tem trabalhado numa marca da sua autoria denominada por ‘Mandonna’. Uma marca em que o estilo contemporâneo e o design arrojado inspiram cada uma das peças que a compõe.

JORGE CRUZ

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A elevada concorrência no setor do mo-biliário, bem como a crise que se tem feito sentir, têm dificultado a vida des-tes empresários que lutam todos os dias para superar os obstáculos. O empresário garante que neste tipo de negócio é fun-damental saber marcar pela diferença. “É preciso acreditar e gostar daquilo que faze-mos. Algumas empresas praticam preços demasiado baixos, o que obviamente pre-judica o mercado de uma forma geral, mas com trabalho e dedicação temos conseguido superar as dificuldades que o setor atraves-sa. Na AKABA centramo-nos na criação de valor: apostámos na qualidade do produto e na qualidade do serviço prestado. A exclu-

sividade das peças é também um dos fatores que nos diferencia da concorrência. Neste momento cerca de 60 por cento das peças que produzimos são exclusivas.”A aposta na exportação tem sido fundamental para o crescimen-to e dinâmica da empresa e são já vários os países onde marcam presença. “Exportamos para França, Suíça, Luxemburgo, entre ou-tros, mobilando diversos espaços comerciais como lojas, bibliotecas, farmácias e ópticas. Estamos muito satisfeitos com os resultados obtidos.” Futuramente, Jorge Cruz ambiciona continuar a trabalhar no processo de divulgação da marca e promete apostar ainda mais na exportação. “O objetivo é continuarmos focados na internacio-nalização da nossa marca através da participação em feiras inter-nacionais, dando continuidade ao projecto sólido e sustentável que temos vindo a desenvolver.”

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REFERÊNCIA LABORATORIAL EM PORTUGAL

O grupo Eurofins Scientific, líder mundial em testes a produtos da área alimentar e biofarmacêuticos conta já com 225 laboratórios espalhados por 39 países e tem cerca de 23 mil colaboradores, numa estrutura muito forte, versátil e pluridisciplinar.Com o propósito de manter elevados padrões de qualidade que lhe permitem manter-se no topo e serem líderes mundiais, é política da Eurofins formar todos os seus novos co-laboradores, independentemente da sua área de formação, recorrendo a apoio online por parte dos vários laboratórios do grupo, bem como através de um acompanhamento personalizado em todas as atividades e deslocando os colaboradores até outros labora-tórios do grupo, sempre com o propósito de fornecer aos seus clientes o melhor serviço do mercado.Portugal conta já com quatro instalações do grupo, que atuam nas áreas do ambiente (Eurofins Portugal e Eurofins lab Environment Testing Portugal), alimentar e consumo (Eurofins Food Division Spain) e agroscience (Eurofins Agroscience Services).A Eurofins Portugal é uma empresa de referência na área de serviços de monitorização de emissões gasosas, de acordo com os mais elevados padrões de qualidade, salvaguar-dando o cumprimento de todos os requisitos da EN ISO/IEC 17025:2005 e da legislação

A Eurofins chega a Portugal em 2005, aquando dos primeiros projetos de co-incineração no país. Esta or-ganização opera nacional e internacionalmente com independência e neutralidade, realizando todos os seus trabalhos de investigação no campo da proteção am-biental. A Portugal em Destaque esteve nas recente-mente inauguradas instalações de Paredes e conversou com Helena Varela,responsável em Portugal pelo novo investimento.

EUROFINS LAB

Departamento de serviços analíticosOferecemos um portfolio alargado de métodos analíticos e o nosso know-how abrange todas as matrizes ambientais incluindo:

Sites contaminados Águas

Solos - Projecto Legislativo relativo à Prevenção da Contaminação e Remediação dos Solos (ProSolos)

Águas e solos (TerrAttesT – Análise completa)

Águas de consumo humano (Parâmetros radiológicos)

Águas superficiais, Águas subterrâneas, Águas residuais

Valorização orgânica Combustíveis

Composto, Lamas Pellets, Briquetes, Combustível Derivado de Resíduos (CDR)

Ar Resíduos e sedimentos

Efluentes gasosos, Ar ambiente, Ar interior

Laboratório de análise de fibras totais e de fibras amianto em ar e materiais de construção• 600 m2 de espaço de laboratório• 2 Microscópios Ópticos de Luz Polarizada (MOLP) • 6 Microscópios Electrónicos de Transmissão (MET)

Porquê escolher a Eurofins?

NOVO*NOVO*

Tel: +351 255 102 [email protected]

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em vigor. Os principais campos de ativi-dade da Eurofins Portugal são a caracte-rização de efluentes gasosos, calibração e verificação de sistemas automáticos de medição, olfactometria e medições de pe-nacho de odores, verificação das exigên-cias de combustão mínimas.A mais recente aposta do grupo está se-deada em Paredes, na freguesia de So-brosa, onde inaugurou recentemente um novo laboratório de análise fibras de amianto em materiais de construção, a Eurofins Lab Environment Testing Por-tugal. Este investimento custou cerca de 3.5 milhões de euros e emprega já cerca de 35 colaboradores e prevê chegar aos 50 até ao final do verão de 2016.

Eurofins em ParedesO projeto de expansão da Eurofins em Portugal chega a Paredes pelas mãos de uma pequena equipa composta por qua-tro técnicos que rumaram a França pelo período de três meses para ficarem fami-liarizados com o funcionamento e proces-sos de trabalho da Eurofins. Helena Va-rela, responsável em Portugal, encabeçou esta equipa e revela que desde o primeiro dia este se revelou um desafio aliciante, “e continua a sê-lo ainda hoje. Sentimos que todos os nossos colaboradores continuam motivados e com vontade de alcançar novos patamares e que estão constantemente a de-safiar-se a si mesmos, o que é muito bom”.A Eurofins Lab Environment Testing Por-tugal é um laboratório de análise de fibras totais e de amianto em ar e materiais, acreditado para as análises em materiais, desde 17 de fevereiro de 2016, pelo Insti-tuto Português de Acreditação. De uma forma mais simplificada, “o que fazemos aqui é essencialmente análise a materiais de construção para a verificação da existência, ou não, de amianto nos mesmos”, clarifi-ca-nos a nossa interlocutora.Na área do amianto, o grupo conta atual-mente com oito laboratórios situados em França e avançou, em 2015, para a imple-mentação da análise de fibras totais em ar, no laboratório Eurofins Portugal, passan-do todo o seu know-how entre laborató-rios para uma resposta global ao mercado.Helena Varela e a sua equipa têm anali-sado cerca de 1.500 amostras por semana e prevêm alcançar um total de 115 mil amostras até ao final do corrente ano.Mas, para além de fornecer as análises do seu laboratório, este conta com um departamento de serviços analíticos que oferece uma panóplia de análises ambien-tais em diversas matrizes, nomeadamen-te efluentes gasosos, ar ambiente, lamas, composto, solos, resíduos, combustível derivado de resíduos, pellets, combustí-

HELENA VARELA

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Departamento de serviços analíticosOferecemos um portfolio alargado de métodos analíticos e o nosso know-how abrange todas as matrizes ambientais incluindo:

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Solos - Projecto Legislativo relativo à Prevenção da Contaminação e Remediação dos Solos (ProSolos)

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veis, materiais e águas.

Departamento de serviços analíticosEste departamento oferece serviços de laboratório ao mer-cado na área ambiental, aplicáveis a uma gama alargada de indústrias, consultoras ambientais e autoridades governa-mentais. Cada um dos laboratórios existentes pelo mundo especializou-se em variados campos de análise ao longo de vários anos, “o que nos permite oferecer gamas completas de análises num portfólio de mais de 25 mil métodos analíticos”, re-fere Helena Varela, acrescentando que “graças à tecnologia informática e elevada capacidade logística, somos capazes de oferecer um vasto leque de análises em variadas matrizes e parâ-metros. As nossas análises cumprem com os requisitos de acredi-tação nacionais e internacionais”.

Equipa de exceçãoQuestionada sobre o sucesso deste projecto, Helena Varela refere, sem hesitação, “as pessoas. Todos os dias encontramos as pessoas motivadas, com vontade de superarem os objetivos alcançados no dia anterior”.Divididos em dois turnos, um diurno e outro noturno, todos os dias os chefes de equipa fazem uma reunião para analisar o trabalho efetuado pela outra equipa, de modo “a que trabal-hemos todos em uníssono e por um objetivo único apesar de não estarmos juntos no espaço ao mesmo tempo”.Com equipamento de topo, nomeadamente cinco micros-cópios , avaliados em 250 mil euros cada, a Eurofins distin-gue-se pela qualidade dos seus instrumentos de trabalho e dos seus colaboradores. “Somos uma equipa coesa e solidária. Aqui prima o bem-estar e o trabalho em parceria, pois rumamos num único objetivo, tornarmo-nos ‘a’ referência nos laboratórios na nossa área de atuação”, finaliza.

Os perigos do amiantoO amianto, devido às suas propriedades, como a elevada re-sistência a altas temperaturas, teve no passado numerosas aplicações nomeadamente na indústria da construção, en-contrando-se presente em diversos tipos de materiais como telhas de fibrocimento, gessos, tintas, vedantes, cabos eléctri-cos, estuque e até nos próprios pavimentos. Perguntámos a Helena Varela quais os perigos para a saúde pública da presença do amianto. A responsável pelo labora-tório elucidou-nos que o mesmo traz problemas após uma exposição ao mesmo por um longo período de tempo. “Ao longo dos anos, os materiais com amianto vão-se degradando e vão soltando pequenas fibras de amianto. O perigo do amianto decorre sobretudo da inalação das fibras libertadas para o ar”. A nossa interlocutora explica que a presença deste em mate-riais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que este esteja em bom estado de conservação. Quando se suspeita da existência de material com amianto e com risco de libertação de fibras para o ar, este representa um risco para a saúde pública.“Confirmada a presença de amianto, é necessário proceder à ava-liação da contaminação do ar por fibras de amianto”.

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ALGARVECom um nome de origem árabe “al-Gharb al-Ândalus”, o Algarve corresponde à região mais a sul de Portugal Continental e tem uma área de mais de 5400km² com quase 500 000 habitantes, distribuídos por 16 municípios. É conhecido pelo seu clima temperado mediterrânico, caracterizado por invernos amenos e verões longos e, por isso, é um dos destinos turísticos mais procurados por portugueses e estrangeiros. Atualmente, o Algarve, é considerado a terceira região mais rica de Portugal, atingindo um PIB per capita de 86% da média da União Europeia, sendo apenas ultrapassado pelo Vale do Tejo e pela Madeira.O Aeroporto Internacional de Faro, inaugurado em 1965, veio alavancar o turismo algarvio, ligando o sul de Portugal ao resto do mundo e, desde então, o Algarve tem sofrido de um crescimento económico notável. De entre inúmeras maravilho-sas e paradisíacas praias, propícias à prática de desportos ao ar livre, podem des-tacar-se: a Praia de Odeceixe em Aljezur e os seus extensos areais, a famosa Praia da Rocha em Portimão, que juntamente com Vilamoura formam o ponto mais procurado e conhecido pelos turistas estrangeiros, a Praia da Marinha em Lagoa, considerada uma das 100 praias mais belas do mundo, entre muitas outras. Mas, desengane-se quem pensa que no Algarve só existe praia para ver!

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ALGARVE

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AQUI, OS OLHOS SÃO OS PRIMEIROS A SABOREAR

Em entrevista à Portugal em Destaque, Paulo Silva, gerente do espaço, começa por dizer que abriu há quatro anos, e desde en-tão tem sido o ponto de referência para a degustação de peixe fresco e marisco de alta qualidade. Quando Paulo Silva adqui-riu o espaço teve de o remodelar, a fim de proporcionar aos seus clientes um espaço acolhedor em simbiose com a magnífica vista para o oceano atlântico. Quando questionado sobre o sucesso do seu restaurante, Paulo afirma que “é fruto de muito trabalho, dedicação, paixão e sinceri-dade. A base de todo este sucesso, também está na seleção de produ-tos de alta qualidade. Peixe fresco vivo e mariscos estão sempre em exposição para que o nosso cliente possa escolher, de acordo com os seus gostos gastronómicos. Antes de se sentar, o cliente já tem opor-tunidade de selecionar o seu peixe, o seu marisco.”O gerente deste restaurante salienta que, a vista única para o oceano é uma mais valia. Neste espaço privilegia-se a cozin-ha portuguesa, e as especialidades a degustar são a feijoada de

Localizado em Aljezur, no ponto mais alto desta loca-lidade algarvia, o restaurante O Paulo prima pela ex-celência dos produtos vivos (peixe e marisco) da costa vicentina e por uma carta de vinhos muito variada. Com vista soberba para a praia da Arrifana, O Paulo, alia a qualidade da gastronomia algarvia à simpatia no serviço e atendimento.

RESTAURANTE O PAULO

búzios da costa e a feijoada de chocos com gambas. Arroz de ma-risco e a cataplana de peixe também são pratos de referência. Também na época de caça é possível degustar coelho bravo frito, perdiz estufada ou javali da serra no tacho. A carta de vinhos é composta por cento e setenta vinhos com os mais variados preços, “de forma a receber todo o tipo de cliente”, diz Paulo Silva. Na época baixa, a sua equipa é composta 12 colaboradores mas, na época alta chega a ter 22. Paulo Silva lamenta a dificuldade em contratar mão de obra qualificada. “Como estamos numa zona de baixa densidade populacional temos de contratar pessoas da zona sul do Algarve ou de Lisboa, no qual tenho de assegurar o seu alojamento”, afirma.“O Paulo está aberto todo o ano e sem descanso semanal. A nossa cozinha abre ao meio dia e só fechamos às 22 horas. Apesar de estar-mos numa zona de turismo sazonal, sabemos que é muito importan-te ter este horário de funcionamento”, frisa o gerente.Paulo Silva encara este negócio como um constante desafio. “Gosto de desafios, trabalho com paixão, gosto de servir bem os meus clientes. O sucesso está relacionado com o gostar daquilo que fazemos, e sou bastante feliz naquilo que faço”, diz.“A nossa relação qualidade/preço é muito boa, e nós sabemos que isso é muito importante para o nosso cliente. Sai daqui sempre sa-tisfeito e com vontade de voltar. 60 por cento são portugueses e os restantes são turistas estrangeiros. Os nossos clientes estão cada vez mais exigentes, e nós temos de corresponder a isso mesmo. Servir o melhor”, salienta o gerente do espaço. Solicitamos a Paulo Silva para descrever o seu espaço, no qual nos disse “estamos localizados numa das zonas mais magníficas do nosso país com uma vista única para a praia da Arrifana, para a costa vicentina. Aqui respira-se tranquilidade. O nosso cliente tem a oportunidade de degustar o nosso peixe fresco da costa e o marisco que estão visíveis à entrada do nosso restaurante. Primamos pela simpatia. Primamos pela excelente qualidade.”

PAULO SILVA

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SUBLIME DEGUSTAÇÃO ALIADA À SANGRIA DE CHAMPANHE FRANCÊS

À frente deste magnífico restaurante está Jorge Gonçalves que gere o espaço há 23 anos. “O Evaristo surge em 1986 como um hu-milde restaurante de apoio aos banhistas mas, à medida que fomos crescendo, percebemos que teríamos de construir outro espaço nes-te local, sem alterar o conceito a que os nossos clientes estavam ha-bituados. Durante estes anos temos primado pela elevada qualidade, serviço e dedicação”, afirma o gerente.Quem chega ao Evaristo fica surpreendido com o facto de não

Apesar do difícil acesso, o restaurante Evaristo locali-zado em Sesmarias (Albufeira), na pequena praia com o mesmo nome, caracteriza-se por um ambiente inti-mista e de elevada qualidade. Falamos de um pequeno paraíso situado na região do Algarve.

RESTAURANTE EVARISTO

haver ementa, e Jorge Gonçalves justifica “não usamos ementa, porque nunca sabemos que peixe vamos ter no dia. Estamos depen-dentes dos pescadores. O nosso marisco e o nosso peixe são verda-deiramente frescos”, realça. Contudo, há iguarias que são autên-ticas preciosidades da casa. As amêijoas à Evaristo são exemplo disso mesmo. Quem degusta este acepipe afirma que “o sabor destas amêijoas é autêntico, transmitem frescura”. Camarão tigre, camarão carabineiro, lavagante da costa e as lulas à Evaristo também fazem parte das pitéus mais saboreados. Para acompanhar o marisco e o peixe fresco da costa, a melhor opção é a sangria de champanhe francês com morangos da épo-ca. Esta sangria é o ex-libris deste espaço.Para quem gostaria de chegar a este espaço por via marítima, também é possível. Através de marcação, o cliente após atracar o seu barco, tem ao seu dispor um colaborador que o vai buscar de bote e o leva até ao restaurante. A oferta deste serviço está disponível entre os meses de junho a setembro.O Evaristo conta com 35 colaboradores nos meses de verão e todos eles têm uma vasta formação. O restaurante está aberto praticamente todo o ano, fechando apenas dois meses por ano. Neste espaço pode degustar das iguarias aliadas a um distinto atendimento.O restaurante Evaristo é sensível às exigências dos seus clientes, proporcionando momentos únicos de puro prazer onde o maris-co e o peixe são grelhados no carvão. “A nossa missão é marcar a diferença na qualidade das nossas iguarias oriundas do nosso ocea-no. Estamos na praia do Evaristo que tem características únicas e de rara beleza”, afirma o mentor deste espaço. A finalizar a nossa entrevista, Jorge Gonçalves, gerente do es-paço, afirma que “vamos continuar a apostar na excelente qualida-de dos nossos produtos frescos”.

JORGE GONÇALVES

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PAIXÃO PELA COMIDA E BOM SERVIÇO

“Naquele tempo era a sardinha assada que trazia turistas de todo lado. O Cabana Fresca com um conceito diferente começou por ser uma excelente alternativa, elegante e diferente de tudo o que existia na altura. Tal como o aquecimento na esplanada para conforto dos nossos clientes. Mais tarde nos dias de grande calor também fomos pioneiros do uso dos sprays de água.Tornamo-nos tão agradáveis de ser visitados, que conseguimos manter o funcionamento do restaurante o ano inteiro, para agrado dos turistas que nos visitam também no inverno. Apesar o verão ser o nosso ponto alto”, começa por nos contar Natália Kruize, pro-prietária do Cabana Fresca.

Crescimento sustentado e novos projetosEm conjunto com o seu marido, Alberto Kruize, artista e pintor idealizaram três novos espaços, cada um com a sua especialidade e todos na região de Albufeira.“Salientamos a nossa outra casa com vista fabulosa na frente do mar denominada ‘Flavours’, também com outro conceito muito popular

Com uma vista única sobre a praia dos Pescadores, o Cabana Fresca é um dos restaurantes mais populares da parte antiga de Albufeira. Além da belíssima vista sobre o mar, são a qualidade da sua comida e serviço que cativam os seus clientes há mais de 20 anos. Esta casa abriu as suas portas com esta gerência em meados dos anos 90, trazendo várias inovações para a restau-ração de Albufeira.

CABANA FRESCA

junto dos nossos clientes”, tendo na rua traseira do restaurante uma garrafeira especializada nos melhores vinhos de Portugal com imenso sucesso.A Urban Pizza situada na baixa de Albufeira, junto ao Hotel Bal-tum abriu as suas portas ao público há cerca de dois anos.É um conceito novo idealizado pelo seu marido, foi ele que criou e construiu aquele conceito, a que se seguiu um novo espaço, localizado na parte nova de Albufeira, na Oura, com o nome de ‘Urban Pizza New Town’, ambas as pizzarias com conceito muito interessante. Mais uma inovação de Albert Kruize.“Ao longo destes anos inovando e progredindo, cumprindo com to-das as obrigações, tentando ajudar a nossa cidade mantendo vivo o turismo o ano inteiro”, conta-nos Natália Kruize.Parte crucial do sucesso alcançado, na sua perspetiva, é o menu delineado para cada espaço, sempre aliado à qualidade e a um bom serviço. Desde pratos de carne, marisco ou peixe, passando pelas sobremesas, “todas elas confecionadas por nós e sempre aos gostos dos mais requintados paladares. Tal como tudo que é confe-cionado nas nossas casas.Somos conhecidos na maior parte da Europa e quando os turistas vêm de férias para Albufeira, sabemos que nos procuram ano após ano e isso é um grande motivo de satisfação da nossa parte”.

Diferenciação no atendimento personalizadoNo conjunto de todos os espaços, empregam mais de uma cente-na de colaboradores, com equipas base em cada casa. Simpatia e dedicação são palavras de ordem quando o objetivo é manter o sucesso ao longo destes anos de atividade.“Temos colaboradores que estão connosco desde o início e uma equi-pa sólida. O que confere credibilidade e confiança aos nossos clientes, que regressam ano após ano e que podemos dizer que já são amigos das casas”.Relativamente ao trabalho desenvolvido no ano transato, a em-presa Cabana Fresca foi distinguida como PME Líder, prémio que distingue as melhores empresas a nível nacional em vários setores de atividade, e Natália Kruize mostra-se satisfeita com esta atribuição.“Sempre tivemos várias solicitações, mas por falta de tempo, este foi o primeiro ano que nos candidatamos. Estamos satisfeitos e pensa-mos voltar em candidatar-nos para esta atribuição”.

Futuro promissorPara o futuro, revela vontade de novas perspetivas e projetos para potenciar os seus serviços nacional e internacionalmente, e revela igualmente vontade em explorar novos espaços.“Temos projetos bastante interessantes, queremos continuar o nos-so projeto da melhor forma. Todavia o objetivo prende-se em conti-nuar o bom trabalho, sempre com a qualidade e bom serviço que nos define”, conclui.

NATÁLIA KRUIZE

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PRODUTOS E SERVIÇO DE QUALIDADE

Trabalho árduo e dedicaçãoTrabalhou como vendedor numa outra área, mas sempre quis ter o seu próprio negócio. Arregaçou as mangas e em conjunto com a sua esposa, Luísa Calado, construiu passo a passo a empre-sa que ainda hoje mantêm. Atualmente, trabalham com várias referências da hotelaria e restauração algarvia e possuem uma vasta gama de produtos, satisfazendo assim os pedidos dos seus clientes.“Trabalhamos com vários hotéis da região do Algarve, temos uma base de clientes baseada neste nicho de mercado, sendo alguns gru-pos internacionais a operar no Algarve. Este é o nosso forte em ter-mos de trabalho. Depois, trabalhamos com a restauração e alguns supermercados, mas numa percentagem menor e não tão significa-tiva pois têm vindo a decair um pouco nos últimos anos, muito por culpa das grandes cadeias de distribuição. Estamos neste mercado há mais de 20 anos e temos crescido lentamente, mas de forma consoli-dada”, começa por nos explicar o empresário.Questionado sobre a possibilidade de alargar a sua área de atuação, Manuel Calado mostra-se bastante reticente e é peren-tório em afirmar que, para já, não faz parte dos seus planos.

Sediada em Albufeira e dedicada à comercialização de frutas e legumes, a Luísa Paula Calado é uma empre-sa com mais de duas décadas de atividade e que atua esssencialmente na região do Algarve. Manuel Cala-do, administrador, em entrevista à Revista Portugal em Destaque fala-nos sobre como surge a ideia de se inserir neste nicho de mercado, bem como do caminho percorrido para atingir o patamar que lhe permitiu ser distinguido com o prémio de PME Excelência.

LUÍSA PAULA CALADO - COMÉRCIO DE FRUTAS, LDA

LUÍSA PAULA CALADO E MANUEL CALADO

NOVAS INSTALAÇÕES

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“Estamos dedicados apenas ao mercado nacional e basicamente no Algarve pois considero que não compensa alargar muito as áreas de negócio, é pre-ferível limitar custos, aproveitar o melhor do mercado local e fazê-lo bem. A nossa base de crescimento tem sido a confiança dos nossos clientes, o trabalho que vamos realizando junto deles e na assistência que temos prestado”.

Crescimento sustentadoPara isso e devido ao crescimento registado ano após ano, aumentar as instalações que possuiam mostrou-se prioritário.“Nos últimos anos temos tido um crescimento médio de 20 a 30 por cento anual e isso obrigou-nos a alargar as nossas instalações, pois com as que tín-hamos anteriormente não conseguíamos dar resposta aos pedidos dos nossos clientes e posteriomente não podíamos oferecer o melhor serviço. É dos nos-sos clientes que vivemos e é neles que temos que nos centrar sempre”, revela.Devido às dificuldades que têm ultrapassado, Manuel Calado conta pos-teriormente que sempre que possível opera com produtores locais no sentido de potenciar os produtos da região. “Sempre que podemos fazemos questão de trabalhar com produtores locais e isso também nos trás algumas vantagens porque acabamos por ter preços mais competitivos para colocar no mercado. Aquilo que é produzido no Al-garve tentamos sempre adquirir ao máximo, apenas procuramos fora da re-gião aquilo que não é produzido aqui pois a nossa agricultura é muito sazonal. Trabalhamos com os melhores produtores desde Vila Real de Santo António até Portimão e fazemos a posterior distribuição em viaturas próprias. Os pro-dutos de excelência produzidos no Algarve são a laranja e o tomate, mas neste momento já começam a aparecer novos produtos como framboesas, mirtilos, entre outros. Este ano, como em ano nenhum, se exportou tanta laranja pro-veniente desta região o que de certa forma confirma a qualidade e o reconhe-cimento deste produto ex-líbris do Algarve. Fora, trabalhamos muito com a parte Oeste do país, nomeadamente na procura da maçã e da pêra, uma vez que não existem nesta zona assim como procuramos junto de importadores produtos vindos de qualquer parte do mundo. Neste momento, temos uma gama superior a 400 produtos”.Para além de frutas, a Luísa Paula Calado também comercializa legumes de topo o tipo e qualidade pois assim a hotelaria exige, como o próprio nos explica.“Temos uma gama completa para este mercado porque se não, não tínhamos capacidade para fornecer a cadeia de hóteis com que trabalhamos. Cada vez mais a hotelaria no Algarve e no geral é mais exigente na qualidade, no preço e nos prazos de entrega dos produtos e temos que estar sempre prontos para os seus pedidos. É nestes fatores que nos distinguimos de outras empresas do setor e que temos conseguido fidelizar mais clientes. Neste momento, posso dizer que são os clientes que nos procuram.”Apesar da forte crise que se iniciou em 2008 e anos seguintes e que se refletiu em várias empresas de vários ramos de atividade, a Luísa Paula Calado manteve-se firme e o objetivo passa por crescer ainda mais, ape-sar da sazonalidade do turismo algarvio.“Nada tem sido fácil, mas o nosso objetivo é crescer um pouco mais. Quer queiramos quer não o turismo é a base da sustentabilidade económica algarvia e que dura aproximadamente seis meses do ano. No inverno trabalhamos com os agrupamentos das escolas da região, no fornecimento das cantinas escola-res, e assim temos tentado equilibrar essa quebra que sentimos nessa altura do ano por falta do turismo de massas que se regista no verão”.

PME Excelência pela primeira vezCom 14 colaboradores na sua equipa base, número que poderá aumentar nesta altura de maior movimento na região, a empresa foi galardoada com o prémio de PME Excelência’15 pelo trabalho desenvolvido no ano anterior ao referido, facto que muito orgulha e motiva Manuel Calado.“Foi agradável receber pela primeira vez o prémio de PME Excelência, foi o reconhecimento de que temos feito um bom trabalho. A nossa maior preocu-pação é manter as contas equilibradas a par do crescimento das vendas. Que-remos manter este prémio pois é uma mais valia para nós enquanto empresa junto à mesma dedicação e empenho que nos define”, conclui o empresário.

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MAIOR PRODUTORA DE CITRINOS A NÍVEL NACIONAL

Assim começou por referir que “a ideia de constituir uma socieda-de, a Frusoal, partiu de um grupo de produtores agrícolas, vocacio-nados para a produção de citrinos do Algarve. A génese inicial estava na concentração da oferta, procedendo depois à sua normalização e consequentemente à sua comercialização. Partindo, assim, para uma nova abordagem na produção de citrinos dos seus membros, dado que era impossível a um agricultor a nível individual assumir todos os custos dos factores de produção, pelo que a concentração da oferta vinha de certa forma dar resposta a este problema. Assim surgiu a ideia de constituir uma sociedade que se preocupasse com os problemas dos seu membros, nomeadamente, produzir, normali-zar, embalar e consequentemente comercializar a oferta. Atendendo

Sediada em Vila Nova de Cacela, concelho de Vila Real de Santo António, a Frusoal é uma sociedade por quo-tas que nasceu há 26 anos, derivada das contingências e exigências que o mercado impunha. Havia portanto necessidade de partir para uma nova abordagem, se-guindo outro rumo segundo o administrador Pedro Madeira, que faz um balanço do trabalho desenvol-vido em quase três décadas de existência, bem como dos projetos e perspetivas delineadas para o futuro da Frusoal e do setor para o qual se encontra vocacionada.

FRUSOAL

a este trabalho desenvolvido pela sociedade, esta obteve o reconheci-mento como organização de produtores de citrinos”O administrador Pedro Madeira salientou ainda que o cres-cimento da Frusoal foi ponderado e acompanhando de modo sustentado, segundo uma gestão estratégica, fazendo face às al-terações que o mercado foi sofrendo e exigindo, adaptando-se ao nível organizacional imposto pelos mercados, partindo para uma cada vez mais forte concentração da oferta, através da al-teração de procedimentos e introdução de métodos de produção inovadores, até à data únicos ao nível das outras empresas do sector. Tornou-se desta forma numa organização de produtores poderosa, com produção certificada, obtendo o reconhecimento dos seus clientes. Portanto especializou-se no mercado dos ci-trinos, um produto único da sua região. Salientou igualmente que a especialização, contribuiu de forma definitiva para a sua afirmação no mercado e tornar-se líder na produção de citrinos.Sendo a maior produtora de citrinos do país, cerca de sensi-velmente 75 por cento da sua laboração é direcionada para o mercado nacional, nomeadamente para as grandes cadeias de distribuição, sendo que a restante percentagem destina-se aos mercados externos. Nomeadamente do centro e norte da Euro-pa.Pedro Madeira referiu ainda que “pela dimensão que a sociedade atingiu, tornou-se necessário trabalhar com as grandes superfícies nacionais, atendendo ao potencial produtivo, um vez que a oferta cobre todo o ano”. Referiu também existirem picos de produção, que são controlados, e têm que ver com a produção citrícola de cada variedade de citrinos em cada campanha, pelo que é feita uma rigorosa inventariação da produção social, para que as ne-cessidades dos clientes sejam cumpridas, dando desta forma res-posta a todas as encomendas, salientando que a Frusoal atual-mente e ao nível de quantidades, da sua oferta, consegue uma laboração na ordem das 30 mil toneladas. Questionado sobre quais os fatores de distinção que permitem que a laranja do Algarve seja um produto único e de excelên-cia, é peremptório em afirmar que existem duas razões cruciais e explica-as. “Uma é o clima privilegiado em que o produto consegue ter um equilíbrio perfeito entre os açúcares e os ácidos que lhe dão características únicas. Quanto mais açúcar a fruta tiver mais rapi-

PEDRO MADEIRA

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damente se degrada, por isso é muito importante acompanhar o nível de maturação de um pomar, e desta forma, proceder a uma eficiente gestão dessa produção, ao nível dos tratamentos e consequente colheita. É por isso que a produção para o mercado externo mais distante leva em consideração o nível de acidez e o grau de maturação, desta forma, também é enviada a produção para vários mercados espalhados pela Europa”. Referiu ainda que os citrinos poderão ser armazenados em câmaras frigoríficas, uma vez preparados para o efeito, para serem comercializados mais tarde, ou fazer face a uma negociação contra-tada com um cliente específico. Afirmou igualmente que ainda há muito a fazer quando o objetivo é divulgar a laranja do Algarve propriamente dita junto dos consumi-dores, como produto de excelência, como uma marca de referência dentro do país e além fronteiras, salientando que é essa uma das missões da Frusoal, a divulgação e a propagação de todas as suas qualidades intrínsecas dos citrinos do Algarve.O nosso interlocutor esclareceu também que “onde o nosso produto chega é bem recebido pelo sabor”. Referiu que os citrinos, atendendo a que é um fruto que amadurece, necessitam de um apoio técnico especializado que determina a sua comercialização, em função do seu mercado, das exigências do cliente, e das necessidades dos con-sumidores. Para o futuro, o administrador Pedro Madeira, destaca os impor-tantes e constantes investimentos que a Frusoal tem realizado ao longo do tempo e frisa que o objetivo passa por consolidar o trabal-ho desenvolvido e que permitem que hoje seja considerada PME Líder’15.“Temos agora uma nova unidade de refrigeração, o que nos assegura fornecer os nossos clientes durante todo o ano, segundo as variedades requeridas, e em termos de produção, queremos duplicar as nossa capa-cidade produtiva para as 60 mil toneladas. A distinção como PME Líder dá-nos credibilidade junto das entidades com quem trabalhamos e da Banca e para qualquer empresa que faz constantes investimentos como nós, isso é muito importante. É um pré-mio que nos orgulha o reconhecer do bom trabalho que temos vindo a desenvolver”, conclui desta forma.

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PRIMEIRA E ÚNICA COOPERATIVA DE CITRINOS NO ALGARVE

“A Cacial foi uma cooperativa, a única que se formou na altura na região, de citrinos. Foi formada em 1964 e passados todos estes anos continua a ser a única como cooperativa. Neste momento, temos cerca de 50 associados e somos responsáveis por cerca de 850 hec-tares de citrinos, onde temos uma produção anual de cerca de 20 mil toneladas, em que tem uma variação entre os 60 e os 70 por cento para o mercado nacional e de 30 a 40 por cento para o mercado externo”.Nesta perspetiva, trabalhar com as grandes cadeiras de distri-buição e a internacionalização dos produtos com os quais tra-balham, mostrou ser uma realidade quando a visão era de cres-cimento.“Trabalhamos com produtores associados e não associados e em termos nacionais trabalhamos com as principais cadeias de distri-

Com sede em Vale da Venda, Faro e constituída em 1964 por produtores de citrinos do Algarve, a Coopera-tiva Agrícola de Citricultores do Algarve, C. R. L. (CA-CIAL), é hoje uma referência no seu setor de atividade. Horácio Ferreira, diretor geral desde 1985, apresen-ta-nos esta que é a única cooperativa direcionada para os citrinos na região do Algarve.

CACIAL

buição, que representam 95 por cento da nossa atividade. No mer-cado externo trabalhamos com Espanha, França, Suíça, Inglaterra, Alemanha, Ucrânia, Polónia, Holanda, Angola, Cabo Verde, Dubai entre outros”, explica.Relativamente à procura crescente pela laranja produzida no Algarve, Horácio Ferreira acredita que esta se deve essencial-mente à diferenciação do gosto que a laranja possui em relação a outras origens, como Espanha, principal mercado concorrente, como primeiro produtor mundial de laranjas de mesa.“Neste momento, a procura pela laranja portuguesa é boa e a indi-cação geográfica protegida é uma certificação que até ao momento tinha pouca expressão, quer no mercado interno e nenhuma no mer-cado externo, atualmente posso dizer que a procura externa por este produto é já nota de alguma relevância”.Produto de excelência e único em qualquer parte do mundo, é diferenciador pelo seu sabor, na perspetiva de Horácio Ferreira.“A laranja do Algarve é neste momento bastante procurada por mercados externos e o sabor é o maior fator diferenciador deste pro-duto. Em termos de apresentação a nossa laranja não é tão bonita como a espanhola, mas em termos de sabor, não tem comparação possível. Tem mais acidez e que confere no equilíbrio entre os açú-cares e acidez, a nossa laranja tem um gosto de estarmos a apreciar um produto fresco, um sabor forte e que é diferenciado, o que não acontece com a laranja espanhola”. No entanto, acredita que ainda há muito a fazer no que diz respeito à divulgação desse produto nacional e internacionalmente e que é na junção de esforços por parte dos vários empresários do setor, que a solução deverá ser encontrada.

HORÁCIO FERREIRA

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“Tudo tem que ter uma determinada estratégia, tudo tem que ser fei-to de forma equilibrada e com uma estratégia definida e o meu receio é que os empresários não olhem para este negócio de uma forma mais profissional do aquela que temos olhado até agora. Temos tido a sorte de ter um produto é reconhecido por si só, ninguém o divul-gou fora do país, e esta a impor-se pela sua qualidade intrínseca. Se na nossa ‘casa’ não fizermos um trabalho em conjunto entre todos aqueles que trabalham este produto e o dirigem, seguramente vamos atravessar um deserto porque não vamos trabalhar em conjunto. Temos que ser capazes de trabalhar em conjunto, de planearmos a estratégia para a região, de estarmos equilibrados para a definição nosso próprio negócio, andaremos numa corrida contra o tempo em que ninguém ganhará. A união faz a força e esta região não se une nesse sentido”, acrescenta.Foi com muita satisfação que Horácio Ferreira recebeu a dis-tinção de PME Líder, pelo trabalho desenvolvido no ano transato

e o futuro, como explica, será consolidar o trabalho diário reali-zado até então e enaltece a ligação da CACIAL com os produ-tores da região com os quais labora. “Vemos essa atribuição com muito bons olhos porque no fundo esse estatuto é fruto do trabalho realizado, de uma boa gestão portanto não é mais do que uma nota positiva a quem procura com muito esforço fazer uma gestão equi-librada. 50 anos dão-nos muitas respostas porque por muitas vicis-situdes que passamos sobressaem os bons momentos. O desenvolvi-mento tecnológico, comercial, estrutural do país foi rápido de mais em função daquilo que as empresas estavam preparadas. Passados todos estes anos, fico satisfeito por ver que nos adequamos a todas estas mudanças e que continuamos a laborar. Reconhecemos tam-bém o valor de todos os produtores que trabalham conosco. É muito gratificante o esforço pelo trabalho que desenvolvem e pelo caminho que fazem connosco diariamente”, conclui.

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ALFARROBA DO ALGARVE PARA O MUNDO

Como e quando surge a Chorondo e Filhos e qual o balanço que fazem desde que iniciaram atividade?Somos uma empresa familiar, que neste momento já conta com a quarta geração. O meu avô, Gregório Chorondo, começou há cerca de 70 anos a trabalhar no ramo dos frutos secos, que na altura era muito abrangente em que o figo, a amêndoa e a alfarroba tinham uma certa relevância. Neste momento, na região apenas a alfarroba continua a predominar visto que os outros frutos têm vindo a des-aparecer ao longo dos anos por falta de rentabilidade. O meu avô começou como comerciante, comprava aos agricultores e transpor-tava para Faro onde estavam sediadas as indústrias. Depois, o meu pai, Joaquim Chorondo, agarrou o negócio e eu desde muito jovem comecei a ajudá-lo, tendo posteriormente este setor entrado no san-gue. Quando completei 20 anos comecei a incentivar o meu pai a criar a empresa e a Chorondo e Filhos nasce em 1988. Como em qualquer negócio, há anos em que ganhamos, outros em que perde-mos, mas estou satisfeito com o trabalho que temos desenvolvido.

Ao longo dos anos foram sempre investindo no sentido de po-tenciar a empresa na sua capacidade de resposta. Quais consi-deram ser as mais-valias desse investimentos?Sempre fomos investindo no sentido de desenvolver a nossa indús-

Sediada em Tenoca, Boliqueime, a Chorondo e Filhos Lda é uma empresa familiar dedicada à transformação de alfarroba. Isaurindo, Angelina e Ismael Chorondo, são os seus administradores e em entrevista à revista Portugal em Destaque, apresentam-nos esta empresa que conta já com a sua quarta geração e que é hoje uma referência no seu setor de atividade a nível mundial.

CHORONDO E FILHOS

tria e há cerca de 25 anos compramos uma outra empresa. A Cho-rondo e Filhos, considerada como a primeira transformação, é onde fazemos a compra de alfarroba aos produtores ou comerciantes, que são a ligação entre o produtor e a indústria e a segunda transfor-mação, empresa que adquirimos posteriormente, A Industrial Faren-se, Lda, trabalha a parte da semente da alfarroba e neste momento exporta cerca de 90 por cento da sua capacidade. Para além do es-coamento da matéria-prima uma das mais valias de termos adqui-rido esta empresa fundada em 1944, estando já implementada em vários mercados aproveitamos esse facto para crescer. Há 15 anos adquirimos uma outra fábrica em São Brás de Alportel de primeira transformação para acompanhar o crescimento da empresa.

Quantos colaboradores têm de momento nessas três unidades?Temos cerca de 30 funcionários efetivos sendo que em épocas de maior fluxo este numero aumenta.

Quais os projetos delineados para a Chorondo e Filhos em ter-mos de expansão?Neste momento, iremos abrir a nova unidade fabril da A Industrial Farense, em Faro, sendo um investimento de seis milhões de euros, um dos maiores investimentos nesta área no Algarve. Esta expansão foi crescente ao longo dos anos e assim esperamos continuar, para isso é necessário investimento e muito trabalho. Na área da primei-ra transformação estamos entre as quatro maiores empresas a nível mundial. Operamos com mercados como EUA, Japão, Holanda, In-glaterra, Dinamarca, Turquia, Espanha, entre outros, fazemos con-tratos a longo prazo, e temos que ter capacidade de resposta para cumprir com as nossas obrigações e é isso que nos tem feito fidelizar estes clientes. A nossa política passa por sermos competitivos e é nossa intenção não ficar por aí. Queremos entrar no nicho de merca-do dos produtos biológicos entre outros objetivos.

ISAURINDO CHORONDO E ISMAEL CHORONDO

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“A SATISFAÇÃO DO CLIENTE É A NOSSA PRINCIPAL PREOCUPAÇÃO”

“Antes da abertura da loja estávamos direcionados só e apenas para a área das instalações elétricas. Era o meu pai que fazia esse serviço, mas sempre teve a ideia de abrir uma empresa para venda de mate-rial. Quando terminei a minha escolaridade e queria entrar no mer-cado de trabalho, juntámos os dois fatores e abrimos esta loja. Fui eu que realmente abri a Electro Lageado e estou cá desde o primeiro dia, e alguns anos mais tarde juntou-se a este projeto o meu irmão. Fomos crescendo devagar, passo a passo mas depois logicamente começámos a contratar colaboradores e hoje trabalham na empresa cerca de dez pessoas. Temos feito o melhor possível e somos recon-hecidos por isso, temos clientes desde o início, que têm sido fiéis à casa, o que nos deixa muito satisfeitos, pois a sua satisfação é a nossa principal preocupação”, começa por nos contar o empresário.Sendo Albufeira a principal área de atuação da Electro Lageado, atualmente já operam também para outras regiões do país e para São Tomé e Príncipe. “Albufeira é o nosso forte, tanto na venda ao público como na área das instalações elétricas, mas também vendemos para fora do Al-garve. Estamos associados a uma central de compras, que já fornece a nível nacional e para além disso fazemos alguma exportação, no-meadamente para São Tomé e Príncipe, um bom cliente há vários anos. Fornecemos para grupos hoteleiros que têm unidades em todo o país”, acrescenta.Na Electro Lageado é possível encontrar os melhores produtos de qualidade deste setor, aliados a marcas de referência o que confere, na perspetiva de Pedro Gonçalves, credibilidade acres-cida à empresa. “Temos parceria e produtos em loja de marcas de referência nesta área como a Osram, Sylvania, S&P, Eaton e muitas mais. Esta ligação é muito importante junto do cliente final pois são marcas altamente reconhecidas, com provas dadas há vários anos e as pessoas asso-ciam a marca à qualidade e para nós, como distribuidores, transmite logicamente uma boa imagem”.Quando a crise se abateu sobre a construção civil, área com que a Electro Lageado trabalhava diretamente, a empresa estava já bem implementada, o que revelou ser um fator determinante

Com aproximadamente 25 anos de atividade, a Elec-tro Lageado é hoje uma referência no que respeita à comercialização de material elétrico e à instalação de redes elétricas na região onde está sediada, Albufeira. Pedro Gonçalves, administrador, apresenta-nos esta empresa distinguida como PME Excelência no ano transato, passando pelos desafios que foram surgindo ao longo do seu percurso.

ELECTRO LAGEADO

para a sua continuação no mercado.“Não sentimos a forte crise na construção civil, tendo inclusive au-mentado a faturação. Havia empresas a fazer um mau serviço e essas não se conseguiram manter, ao passo que como estávamos a fazer um bom trabalho, as coisas acabaram por vingar. Para isso, a tecnologia LED foi uma grande mais-valia para a nossa área e que de certa forma nos ajudou a crescer. A esse nível, temos boas colabo-rações de marcas e produtos competitivos, tendo havido uma grande procura por este novo produto, inovador, eficiente, com gastos e du-rabilidade superiores e que ainda hoje se mantém”.Para o futuro, Pedro Gonçalves espera continuar o bom trabalho desenvolvido, mantendo a mesma dedicação e empenho que ca-racteriza a sua equipa.“São 25 anos de trabalho duro e neste momento a nossa única pre-ocupação é manter o que temos e faço-o com unhas e dentes. Rara-mente perdemos um cliente e para nós essa é a prioridade. Tudo o que conseguirmos fazer para além do que já fazemos, ótimo, mas queremos manter as coisas controladas, com a mesma equipa que temos”, finaliza.

EQUIPA ELECTRO LAGEADO

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DOIS CURRÍCULOS, UMA ESCOLA DE EXCELÊNCIA

Fundado em 1984, o Colégio Internacional de Vilamoura é hoje uma escola de educação internacional de referência a nível na-cional e internacional. Fale-nos sobre a história deste colégio.O Colégio Internacional de Vilamoura fez ao longo destes 32 anos um percurso de consolidação de metodologias inovadoras, apostando na formação das equipas pedagógicas, valorizando o papel da família no desenvolvimento e enriquecimento do Pro-jeto Educativo. Promoveu uma cultura de trabalho e de rigor que, associada à organização curricular e aos pressupostos edu-cativos, se traduziu num ambiente educativo de excelência, ideal para as crianças e jovens crescerem felizes. A aposta no ensino precoce de línguas estrangeiras (português,

O Colégio Internacional de Vilamoura - CIV, é a insti-tuição de educação (Pré-escolar, Ensino Básico e Ensino Secundário) com os curricula nacional e de Cambridge de maior prestígio no Sul de Portugal. Integrado num ambiente natural único, com um espaço de recreio de cerca de 18 500m2, desenvolveu nos últimos 30 anos um modelo educativo que aposta na aprendizagem precoce de línguas estrangeiras (português, inglês, francês, mandarim, russo e alemão), na investigação, no desenvolvimento do pensamento matemático, na promoção das artes e desporto, prioridades educativas sustentadas pelos valores democráticos e humanistas.Conversámos com Cidália Ferreira Bicho, diretora pe-dagógica do Colégio Internacional de Vilamoura.

COLÉGIO INTERNACIONAL VILAMOURA

inglês e francês) desde a fundação, a aposta na Filosofia para Crianças e Jovens, desde 1997, a coexistência de dois currícu-los, nacional e de Cambridge em estreita articulação, são alguns marcos na história do CIV.Desde cedo se percebeu a importância de romper com o paradig-ma centrado no professor e se colocou em destaque o aluno. As aulas transformaram-se em comunidades de aprendizagem. Os projetos de investigação conduzem os alunos para a construção do conhecimento, mobilizando saberes de áreas diversas que convergem para um objetivo: a criação de conhecimento novo e o desenvolvimento de competências axiais. Iniciativas como o Projeto Anual (2001), o Projeto de Leitura (2002), a introdução das novas tecnologias na sala de aula aplicada à transversalida-de do currículo - Projeto Lap Top (um computador por aluno do 1º ao 12º anos) (2008), a Magia das Palavras Contadas (2010), os

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CIV Young Storytellers (2010), o projeto de Resolução de Problemas (2010), o pro-jeto multilinguismo, com a introdução do mandarim na estrutura curricular (2014) e do russo como área de complemento cu-rricular são alguns dos exemplos emble-máticos da oferta rica e singular do CIV.

A comunidade educativa conta com mais de quatro dezenas de nacionalidades. Em que medida este facto é uma mais-valia na projeção do colégio?O colégio é hoje composto por pais, 650 alunos e mais de 100 professores, técnicos e auxiliares, oriundos de 44 países. É fas-cinante saber que os nossos alunos pros-seguem estudos e carreiras profissionais um pouco por todo o mundo. Hoje temos ex-alunos em todos os continentes. Com eles levam um bocadinho de nós! E deles recebemos o feedback da importância de terem tido uma educação internacional e de como se sentiram tão bem preparados para enfrentar novos ambientes e desa-fios!

Considera que a oferta educativa e a qualidade dos serviços que presta à co-munidade tem constituído um fator de enorme relevância na fixação de famílias estrangeiras no Algarve?Sem dúvida! O Algarve oferece condições únicas para a radicação de famílias e a oferta educativa de qualidade e com re-conhecimento internacional é um fator imprescindível no momento da escolha. O projeto CIV envolve os alunos num ambiente positivo, inclusivo, dinâmico e promove a compreensão do mundo, va-lorizando-o na sua diversidade, riqueza e complexidade, sem que cada um abando-ne o seu ponto de vista, as suas crenças ou sentimentos. A frequência de uma escola internacional e multicultural constitui

um fator de diferenciação muito impor-tante.

Ano após ano o CIV tem mantido um lu-gar de destaque nos primeiros lugares a nível dos rankings dos exames nacionais e excelentes resultados nos Cambridge International Examinations. Julga que é no acompanhamento personalizado a cada aluno, a incidência na investigação e a preparação para o mercado de trabal-ho que residem os pontos fortes desta ins-tituição?O acompanhamento personalizado é ape-nas um dos fatores de sucesso. Temos de adicionar o reforço positivo, o estímulo do pensamento crítico e criativo, a experi-mentação em diferentes contextos e am-bientes e, claro, a autonomia, os métodos e as rotinas de trabalho. Não há sucesso sem trabalho! O trabalho consistente de todos tem permitido alcançar resultados nos exames AS e A Level muito superio-res às médias mundiais e manter lugares

de grande mérito nos rankings nacionais.

Para além das aulas curriculares, têm ao dispor dos vossos alunos um conjun-to vasto de atividades. Fale-nos sobre as mesmas.Golfe, ténis, futebol, atletismo, karaté, ioga, ballet, piano e saxofone, são ativida-des de grande tradição no CIV. O currículo é ainda enriquecido com os clubes de xa-drez, teatro, artes, música (banda e coro), eco-clube, basquetebol. Relativamente às línguas, há a possibilidade de aprender russo, mandarim e alemão! Vive-se o am-biente desportivo e cultural com grande entusiasmo!

Quais as perspetivas ou projetos delinea-dos para o futuro do CIV?Conscientes de que o papel da escola é de-cisivo na transformação do mundo, tra-balhamos para assegurar uma formação de base sólida e global que permita aos alunos enfrentar os inauditos desafios do futuro. O nosso horizonte de expetativas passa pela formação de jovens conscien-tes, cidadãos ativos, comprometidos com o mundo que os rodeia, nomeadamente através do reforço das parcerias com os polos de investigação, através dos estágios internacionais, dos programas de volun-tariado social e ambiental. Atualmente estamos a encetar contactos com várias universidades e centros de investigação fora de Portugal.

DIREÇÃO DO COLÉGIO INTERNACIONAL VILAMOURA

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SERVIÇOS E FACILIDADES

ACESSO WI-FI GRATUITO

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO BEM-VINDOS

KIDS CLUB E ANIMAÇÃO PARA CRIANÇAS

TRANSFER GRATUITO PARA A PRAIA DO CABEÇO (SAZONAL)

UTILIZAÇÃO GRATUITA DO GINÁSIO

AULAS DE GOLFE

SEGURANÇA 24H

SERVIÇO DE TAKE AWAY

OFERTA DE CARTÃO DE DESCONTOS

O LOCAL PERFEITOPARA AS SUAS FÉRIAS

Page 39: Portugal em Destaque - Edição 9

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DESENVOLVER, CRESCER E EVOLUIR COM FORMAÇÃO

Passados 25 anos, a continuidade deste projeto de vida esten-de-se com a direção da empresa a entrar na segunda geração. O diretor, Wilhelm J. Spang, revela entusiasmo pelo futuro e or-gulho pelo que foi alcançado, como o próprio nos começa por

O CLCC – Centro de Línguas, Cultura e Comunicação nasceu em 1991 em Portimão, no Algarve. Ao longo deste período o seu crescimento foi gradual e apoiado em princípios de rigor, transparência e proximidade. Na base do seu sucesso está a visão defendida desde a sua fundação: proporcionar uma formação diferente e inovadora que permita o desenvolvimento dos seus formandos num leque variado de áreas como línguas, informática, gestão e fotografia, até Yoga e Tai Chi Chuan, tudo na mesma casa.

CENTRO DE LÍNGUAS, CULTURA E COMUNICAÇÃO

contar: “Para além dos resultados alcançados e da boa relação que criámos com todos os nossos clientes, estabelecemo-nos no Algarve e criámos raízes profissionais e humanas. Gostamos de pensar que, para além de sermos uma referência na área da formação, somos uma entidade de confiança que faz parte desta terra que nos acolheu há cerca de 30 anos”. No entanto, admite que as necessidades de aprendizagem mudaram, sendo que hoje, cada vez mais, as pes-soas procuram aprender uma língua como uma ferramenta de trabalho ou para emigrarem para um país que ofereça melhores condições profissionais. “O paradigma mudou em todas as áreas: é fundamental adaptarmo-nos às várias necessidades de formação dos nossos clientes, tanto na oferta como nos programas de cada curso. Cada vez mais as pessoas procuram resultados eficazes, seja em áreas específicas, ou simplesmente para aprender “o básico” de uma língua para emigrarem, continuando a formação nesse país”, explica. O CLCC conta com a acreditação oficial da DGERT - Di-reção Geral do Emprego e da Relação de Trabalho, do Ministério da Educação e do British Council, entidades que, no entender de Wilhelm J. Spang, reforçam o reconhecimento da instituição junto do público: “Só entidades acreditadas podem dar formação certificada. As acreditações permitem-nos destacar e oferecer a ga-rantia prévia de sermos considerados uma entidade de qualidade e reconhecida, que é precisamente o que as pessoas procuram. Para além disso, ajudam-nos a estabelecer e manter padrões de exigência e rigor”. Ao longo dos anos, foram muitos os projetos envolvidos por esta instituição, sendo o mais recente a SUMMER SCHOOL: criada como alternativa às atividades tradicionais de verão no Algarve e para proporcionar aos jovens uma aprendizagem efi-caz da língua inglesa. “Todos os professores são nativos e o progra-ma está preparado para que os alunos não se deixem sentir de férias, mas também para que possam aprender enquanto se divertem. A ideia principal é a de aproximar os alunos da língua inglesa sem que os mesmos tenham de viajar para o Reino Unido. Com este proje-to, o CLCC pretende que os alunos mergulhem na cultura inglesa da forma mais dinâmica e inovadora possível. Por isso vamos também incluir módulos desafiantes com aspetos mais específicos e técnicos e também motivar o trabalho em grupo”.

SERVIÇOS E FACILIDADES

ACESSO WI-FI GRATUITO

ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO BEM-VINDOS

KIDS CLUB E ANIMAÇÃO PARA CRIANÇAS

TRANSFER GRATUITO PARA A PRAIA DO CABEÇO (SAZONAL)

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AULAS DE GOLFE

SEGURANÇA 24H

SERVIÇO DE TAKE AWAY

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O LOCAL PERFEITOPARA AS SUAS FÉRIAS

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UM OLHAR SOBRECAMPANHÃA referência mais antiga que se conhece relacionada com Campanhã surge num docu-mento datado de 994. Mas no século XI Campanhã já ocorre na documentação coeva como sendo a sede de uma “villa” relativamente importante, a “villa campaniana”, uma propriedade rural de tradição romana, cujas origens se perdem no século IV.Com o século XIX chega o tempo das destruições provocadas pela guerra. Primeiro com as invasões napoleónicas, logo no dealbar da centúria, que deixaram um rasto de devas-tação bem patente no saque da Igreja de Campanhã, perpetrado em 1809. E, depois, com a guerra civil (1832-34) e o célebre Cerco do Porto, que durou de julho de 1832 a agosto do ano seguinte. Durante o período que durou o cerco, o vale foi palco de numerosos confrontos entre liberais e absolutistas. O balanço trágico das perdas incluiu, segundo re-latos da época, árvores derrubadas, campos incendiados, casas e muros demolidos danos irreparáveis em equipamentos industriais.Mas o século XIX, apesar das dificuldades das primeiras décadas, representa também um período de crescimento e prosperidade. O vale conhece então um aumento muito signi-ficativo da população e uma rápida ampliação da sua estrutura industrial. Assim, a par das indústrias tradicionais, como a moagem e a tecelagem, que registam um forte desen-volvimento, surgem novos investimentos e diversificam-se, cada vez mais, os ramos de atividade. Um pouco por todo o vale aparecem fábricas e oficinas que se dedicam à mar-cenaria, à produção de cal ao fabrico de fósforos de cera, palitos trabalhos em filigrana, à destilaria, à saboaria e ainda aos curtumes.Este desenvolvimento industrial deve-se em grande parte, à expansão dos meios de transporte, em especial do caminho-de-ferro. Em 1875 já era possível viajar de comboio desde Campanhã até Braga, através da Linha do Minho, ou até Penafiel, através da Linha do Douro. Em 1877 são inauguradas a ponte Maria Pia e a Estação de Campanhã, cons-truída na zona da Quinta do Pinheiro. O alargamento da oferta de meios de transporte e a construção da estação promoveram a deslocação de grandes quantidades de mão-de-obra do interior do país para o Porto e, sobretudo, para Campanhã e para o seu vale. A grande disponibilidade de mão de obra favoreceu, por sua vez, a implantação de novas fábricas, sobretudo nas proximidades da estação, num movimento contínuo ao longo de todo o século XIX e das primeiras décadas do século XX. Por outro lado, a crescente afluência de pessoas a Campanhã conduziu a um redesenhar das estruturas de alojamento. Face ao seu reduzido poder de compra, os operários concentram-se em ‘ilhas’ e ‘pátios’, dois tipos de construção que se transformaram numa das marcas mais importantes da paisagem fí-sica e social do vale. Este quadro poucas mudanças sofreu até às décadas de 50 e 60 deste século. Por essa época, intensifica-se a tendência de expansão da cidade para oriente. O vale converte-se numa das zonas preferenciais para a construção de bairros de iniciati-va camarária. A sua população regista então um acréscimo extraordinário. Ao mesmo tempo assiste-se à diminuição do papel da indústria como principal atividade económica, substituída progressivamente pelas áreas ligadas aos serviços. Hoje, Campanhã continua repartida entre o seu passado de tradição rural, que ainda permanece vivo na paisagem e em muitos aspetos do quotidiano, e os traços cada vez mais visíveis da modernidade.

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UM NOVO PORTO NA CIDADE INVICTA

Rica em recursos hídricos, com um solo extremamente fértil e uma posição geográfica privilegiada, Campanhã foi, desde sem-pre, um local propício à fixação das populações da cidade do Porto. Com cerca de 35 mil habitantes atualmente, este cres-cente populacional obrigou a um redesenhar das estruturas de alojamento, do qual ainda são muito características as ‘ilhas’ e os bairros de iniciativa camarária. Ernesto Santos revela que Campanhã alberga cerca de 250 ilhas e 15 bairros sociais. “Hoje, Campanhã continua repartida entre o seu passado de tradição rural, que ainda permanece vivo na paisagem e em muitos aspetos do quo-tidiano, e os traços cada vez mais visíveis da modernidade”, diz-nos o edil.Mas se outrora Campanhã foi ‘casa’ para muitos portuenses, hoje em dia a tendência tem-se invertido. De acordo com Ernes-to Santos, “muitos dos jovens que aqui nasceram e foram criados têm escolhido a periferia para viverem, pois os valores de arrenda-mento e também de venda de habitações é consideravelmente mais baixo”. Contudo, a recente medida que está a ser implementada em toda a cidade pela Câmara Municipal e que tem por objetivo promover a recuperação urbana da cidade, nomeadamente em Campanhã, poderá trazer novas famílias à freguesia. Mas para além desta medida, o nosso interlocutor acredita que uma aposta na habitação cooperativa poderia ser também uma mais valia para o aumento populacional da freguesia.

Campanhã tem renascido, nos últimos anos. Outrora um pouco esquecida, hoje esta freguesia tem ganho num novo relevo e destaque na cidade Invicta. Ernesto Santos é o atual presidente desta Junta de Freguesia e em entrevista à Portugal em Destaque revela os mais recentes projetos que têm alavancado a freguesia na cidade e no país.

FREGUESIA DE CAMPANHÃ

ERNESTO SANTOS

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O ressurgir do matadouroCultura, coesão social e empresas são os três pilares do ambicioso projeto que a Câmara Municipal do Porto apresentou na Trienal de Milão para dar uma vida ao abandonado Matadouro Indus-trial, na freguesia de Campanhã. Perto de 30 mil metros quadrados de terreno serão ocupados por galerias, auditórios, acervos e escritórios.Renovado o espaço, será construída uma passagem para o me-tro do Estádio do Dragão e, a sul, um acesso pedonal melhorado entre a VCI e a estação de comboios de Contumil, paralelo ao que já existe atualmente. A Câmara Municipal pretende que este projeto venha a ser autossustentável, mantido por aqueles que o ocuparem.Uma novidade de 2016 em Campanhã é a Feira da Vandoma. É a quarta localização da história da sua existência que tem prima-do pela tranquilidade e pelo espaço. Ernesto Santos refere que a escolha da Avenida 25 de Abril foi uma aposta acertada. “Os clientes acorreram em bom número e o negócio tem corrido muito bem”. O edil refere ainda que estão previstos melhoramentos logísticos e pequenos acertos de organização, “mas a aposta da deslocalização da feira para uma avenida onde não existe o conflito com os moradores e o espaço permite que toda a gente tenha lugar é, indubitavelmente, uma aposta ganha”. Um das vantagens da nova localização é também a existência de muito estacionamento nas imediações, o que facilita o trabalho dos feirantes, mas também a mobilidade dos clientes.A Vandoma realiza-se semanalmente, aos sábados, entre as oito e as 13 horas, e destina-se exclusivamente à venda de objetos usados, nomeadamente roupas, louças, mobiliário e artigos de-corativos, discos, livros, aparelhos elétricos e eletrónicos, utensí-lios domésticos e de trabalho.

Associações e cultura Rica em associações para miúdos e graúdos, a Junta de Freguesia faz questão de apoiar todas elas, seja com cedência de espaços para a prática das diversas atividades ou até mesmo suportando alguns custos inerentes às mesmas. Ernesto Santos frisa sentir ser importante o apoio a estas entidades, com maior destaque às que se destinam aos mais novos. “Sinto que este é o nosso papel, ajudar a moldar consciências e comportamentos dos mais novos, de modo a garantirmos um futuro melhor para eles e para a socieda-de em geral. Temos várias instituições dessa índole que promovem e fomentam nos mais pequenos Campanhenses o gosto pelo futebol, dança, karaté, andebol, entre outras, e consideramos que o seu papel é fundamental, pelo que fazemos questão de as apoiar”.

De visita obrigatóriaUma vez que é a maior freguesia em área geográfica, Campan-hã alberga uma parte considerável do património da cidade, locais de visita obrigatória. Um dos espaços mais reconhecidos é a Quinta da Bonjoia. Esta propriedade recebe alguns jardins magníficos onde ainda hoje se conservam algumas espécies con-sideradas raras.Outro local para visitar e até pernoitar é o Palácio do Freixo. Edi-ficado por volta de 1742, sob o risco de Nicolau Nasoni, este é o mais importante monumento da freguesia de Campanhã e um dos mais belos exemplares do barroco civil português. Mandado erigir por D. Jerónimo de Távora e Noronha, com o passar dos anos chegou a ser uma fábrica de sabão e também de moagem, para a qual o edifício sofreu obras de ampliação com um con-junto de enormes silos e outras dependências. Foi classificado Monumento Nacional em 1910, já foi centro de formação pro-fissional e hoje pertence ao Grupo Pestana, que o transformou numa estância hoteleira com classificação de 5 estrelas.

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EMPRESA CENTENÁRIA DE REFERÊNCIA

A empresa fundada em 1915 pelos irmãos Figueiredo surgiu no seguimento do negócio herdado do pai que se dedicava ao co-mércio de cereais e farinha desde 1875. Após o conturbado pe-ríodo vivido em toda a Europa, devido às duas Grandes Guerras Mundiais e com o desaparecimento dos dois sócios fundadores, deu-se início a uma profunda remodelação industrial. As atuais instalações foram inauguradas em 1965 e desde essa altura, a empresa apresenta um crescimento e desenvolvimento susten-táveis, através da adoção das tecnologias mais recentes, com o intuito de satisfazer as crescentes necessidades do mercado. O administrador João Monteiro revela que “a Ceres é uma empresa centenária que permaneceu sempre na mesma família. Hoje são já vários os acionistas, mas sempre no seio familiar, o que é importante, já que não é muito vulgar existirem empresas que ultrapassem várias gerações e que se mantenham saudáveis. O aumento da produção tem sido constante ao longo dos cem anos de história, sendo que, no final do ano transato, voltámos a bater novos recordes”. Ques-tionados sobre os números referentes à dimensão da operação, os representantes da empresa esclarecem que “movimentamos

Com uma localização privilegiada é provavelmen-te uma das empresas com mais visibilidade do Porto. Localizada junto à estação de Campanhã, a Moagem Ceres faz parte da paisagem e do tecido empresarial portuense há cem anos. Numa visita às instalações e em entrevista aos administradores, João Monteiro e Nuno Tavares, damos a conhcer a história, o presente e o futuro de uma das empresas mais emblemáticas da cidade Invicta.

MOAGEM CERES

Uma empresa de referência, dentro e fora de Portugal, sempre um passo à frente, a

construir relações de confiança com clientes, fornecedores e colaboradores.

Evolução da fábrica Ceres ao longo de 100 anos de história!

MOAGEM CERES A. DE FIGUEIREDO & IRMÃO S.A. Rua Pinheiro de Campanhã, 188 · 4300-414 Porto - PortugalTel. + 351 22 589 98 10 · Fax + 351 22 589 98 [email protected] · [email protected] moagemceres.pt · amparo.pt · facebook.com/moagemceres

1.500 toneladas de produtos por dia, trabalhamos três turnos, vinte e quatro horas por dia, seis dias por semana”. Quanto às matérias primas utilizadas, “somos quase exclusivamente importadores de trigo, sendo que, no caso do milho, chegamos a incorporar na nossa produção cerca de 80 por cento de cereal nacional”.A Moagem Ceres está presente sobretudo no mercado nacional, mas atualmente já “vendemos para os PALOP como São Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Angola. Na Europa estamos com uma pre-sença muito forte na Galiza, por questões de proximidade e também culturais; a exportação representa cerca de 12 por cento do volume de vendas. No mercado nacional, acabamos por estar muito ligados à história do Porto, já que os nossos clientes são sobretudo as padarias tradicionais, sendo as principais fornecidas pela Ceres. A complexa e eficiente logística garante-nos a proximidade ao cliente, constituindo um dos nossos valores acrescentados a forma como conseguimos satisfazer atempadamente as necessidades específicas de cada um. Naturalmente, também estamos presentes nas multinacionais, na grande distribuição, que hoje comercializa cada vez mais pão, em de-trimento do pequeno comércio, e ainda no segmento da alimentação infantil e das farinhas para usos domésticos. Garantimos através de auditorias, do seguimento da produção e da seleção de toda a maté-ria prima, a excelência dos nossos produtos. Tudo isto constitui um desafio permanente, inerente ao mundo em que vivemos”, esclarece Nuno Tavares, administrador da empresa.

Inovação permanenteA crescente preocupação com o bem estar tem levado à adoção de um estilo de vida mais saudável por parte da maioria dos portugueses, o que tem reflexo nos consumos, onde o pão não é exceção, como destaca o entrevistado: “o consumo tem-se manti-do estável, porém há a registar uma atenção especial no combate ao desperdício. Acompanhamos, igualmente, as novas tendências e há-bitos de consumo associados a uma alimentação mais saudável, com uma opção crescente pelo pão de cereais, integral ou rico em fibras”, revela Nuno Tavares. A empresa é um dos principais players do setor a nível nacional, mantendo esta posição ao longo das últi-mas décadas, sendo considerada uma das 20 melhores pequenas e médias empresas portuguesas, ocupando também lugar nas 500 maiores a nível nacional. Quanto ao segredo do sucesso, os entrevistados esclarecem que “sempre colocámos o nosso foco na qualidade e na proximidade, fatores associados a muitos anos de tradição. Quando algo corre mal estamos presentes e assim vai-se

JOÃO MONTEIRO E NUNO TAVARES

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construindo uma relação sólida com o cliente e isto é de facto, uma das nossas vantagens competitivas e que nos diferencia, quer pelo produto, quer pelo serviço”. A Moagem Ceres também é recon-hecida no mercado por ser pioneira neste setor, com uma forte aptência para a inovação, tanto ao nível dos processos de fabrico e acondicionamento como no lançamento e procura de novos produtos, prova disso é “o laboratório, uma padaria experimental, onde testamos os produtos que lançamos para o mercado, perce-bendo as suas qualidades e limitações. Quando alguém nos comunica que determinada farinha não está a funcionar como pretendido, nós fornecemos de imediato uma assistência personalizada, incluindo uma componente de formação, onde explicamos como deverá ser devidamente usada”, explica João Monteiro.A empresa representa uma mais valia na economia da fregue-sia de Campanhã sendo responsável por 80 postos de trabalho diretos, mas também por muitos outros indiretos, já que “toda a distribuição do produto em saco, que representa cerca de 80 por cento do volume, é feito por terceiros” destacam os interlocutores.Para além das instalações junto à estação de Campanhã, a Moa-gem Ceres prossegue o caminho da expansão, com outras em-presas do grupo que funcionam de modo complementar. “Em Alverca temos uma fábrica juntamente com um parceiro vocacio-nada para o mercado do sul da península ibérica. Temos outra fi-lial na Galiza, dedicada apenas à vertente comercial. Recentemente adquirimos uma empresa em Custóias, que engloba duas unidades industriais, uma moagem de trigo e uma degerminação e moagem de milho. Esta unidade dedica-se a um mercado tipicamente industrial numa lógica business to business, que tem apresentado resultados muito positivos. Com esta aquisição decidimos apostar numa diver-sificação. Quando criámos a empresa, em Espanha, o slogan era ´24 horas contigo’, já que estávamos presentes em todas as refeições do dia”, destaca o administrador, Nuno Tavares.Sobre os objetivos e perspetivas de futuro, a Moagem Ceres pre-tende continuar a ser diferenciadora e reconhecida no mercado como um dos principais players, mantendo um atendimento e acompanhamento ao cliente de excelência, como concluem os interlocutores, já que “as tendências e os hábitos alimentares mu-dam rapidamente e o nosso grande desafio é anteciparmos essa mu-dança. Hoje há um cuidado cada vez maior em efetuar uma alimen-tação mais saudável e equilibrada e nós estamos a responder a estas necessidades, tentando de facto ter produtos diferenciadores, sendo este o caminho que queremos continuar a percorrer”.

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DESDE 1890 A PRODUZIR VINHOS DE EXCELÊNCIA

A empresa começa por fazer história em 1890 mas só em 1962 é que o seu atual proprietário, Manuel Pais, começa a produção e comercialização dos seus próprios vinhos. Neste momento, re-presentam três principais marcas de vinho que comercializam,

A Sociedade de Vinhos Paisinho é uma empresa dedi-cada à produção e distribuição de vinhos desde 1890. Situada na freguesia de Campanhã, no Porto, foi dis-tinguida em 2015 pela terceira vez consecutiva com o estatuto de PME Líder pelo crescente volume de negó-cios, experiência e sucesso alcançado. Em entrevista à revista Portugal em Destaque, Manuel Pais, juntamen-te com a filha Susana Pais, falam sobre o assinalável portefólio de produtos que comercializam e das estra-tégias que têm vindo a desenvolver, de forma a elevar o valor do vinho português.

VINHOS PAISINHO

reconhecidas pela excelente qualidade e pelos preços competiti-vos que praticam. “Representamos três marcas próprias, nomeada-mente, a Paisinho, Batel e Maresia. Comercializamos vinhos para to-dos os gostos, desde o verde tinto ao rosé, contudo, o maduro branco continua a ser o mais consumido.” Hoje, são também responsáveis pela distribuição dos vinhos que comercializam e contam já com uma vasta equipa de distribuidores de Norte a Sul do país, in-cluindo ilhas. Para além disso, têm apostado na exportação, com o objetivo de conquistar o mercado internacional. “Queremos dar a conhecer os nossos produtos e felizmente estamos a trabalhar bastante com a exportação”. Todo o processo de vinificação é con-trolado num armazem próprio, desde a transformação do vinho ao seu engarrafamento. Dispõe ainda de um laboratório onde se avalia o cumprimento de rigorosos requisitos qualitativos exigi-dos. “Compramos vinhos para posteriormente os personalizarmos, passando por inúmeros processos de transformação”.Quando questionada sobre o consumo de vinho a nível nacio-nal, Susana Pais admite que o setor já atravessou melhores fases. “Há mais divulgação do que havia há uns anos atrás e a Comissão Vitivinicola tem feito um trabalho excelente mas de facto há uma redução no consumo de vinho. Acho que de uma forma geral todos os setores se devem sentir afetados”. Hoje, contam apenas com 15 colaboradores, mas, em tempos, chegaram a reunir cerca de 70 funcionários. “Antigamente era tudo feito manualmente. A revo-lução industrial veio aumentar a produtividade mas reduziu mui-tos postos de trabalho”. O desempenho reflete-se no sucesso da própria organização que, apesar das dificuldades, se tem sabido afirmar ao longo dos anos. “Temos marcado a diferença. Fazemos uma programação de trabalho independentemente das encomendas que tenhamos e por isso temos sempre vinhos em stock”.Atualmente, o empresário conta com o apoio dos dois filhos, Susana e Rui Pais, sucessores capazes de dar continuidade ao negócio familiar. “Eles são o futuro desta sociedade que iniciei”, afirma Manuel Pais. Com mais de 100 anos de história a comer-cializar vinhos que têm feito as delícias dos consumidores, a So-ciedade de Vinhos Paisinho ambiciona elevar o nome da marca além-fronteiras e passar o negócio de geração para geração.

MANUEL PAIS

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Uma empresa de referência, dentro e fora de Portugal, sempre um passo à frente, a

construir relações de confiança com clientes, fornecedores e colaboradores.

Evolução da fábrica Ceres ao longo de 100 anos de história!

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A SUA VIDA MAIS LIMPA E PERFUMADA!

Percurso consolidado ao longo dos anosEm 1954, a empresa Henrique Augusto Guedes constroi a fábri-ca de sabão, que em 1993 passa a ser explorada pela Socipole, herdeira da marca de sabões SISOL, mantendo-se em laboração até aos nossos dias.Hoje, grande parte da produção da Socipole destina-se à expor-tação, essencialmente aos PALOP, como o próprio empresário explica.“A nossa atividade principal é a produção de sabão e porque o mer-cado interno é insuficiente para absorver a capacidade produtiva da fábrica, posicionamos a empresa para a mercado externo, que re-presenta, neste momento, mais de 50 por cento da nossa produção. Os nossos principais mercados são os PALOP”, revela.“Nos Estados Unidos, apesar da evolução notória dos detergentes em pó, os sabonetes nunca deixaram de absorver uma grande quota de mercado. As produções dessas fábricas não permitem o reapro-veitamento do que se desperdiça nas linhas de embalamento. A So-cipole reprocessa esses sabonetes e redireciona-os para São Tomé e Príncipe, um mercado muito específico e exigente ao solicitar sabão perfumado”. Em termos de matéria.prima a que mais se utiliza resulta da re-finação da palma.

Sediada em Campanhã, a Socipole – Sociedade Indus-trial de Perfumes, Oléos e Limpezas é uma empresa que se dedica à produção de sabão desde 1993, ano em que foi fundada. Em entrevista à revista Portugal em Des-taque, o gerente, fala-nos sobre esta que foi nos seus primórdios, uma das maiores empresas a nível nacio-nal, bem como dos projetos delineados para o futuro.

SOCIPOLE

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Projetos novos e promissoresNo sentido de apresentar uma gama de produtos mais alargada aos seus clientes, um dos projetos da empresa passa por criar produtos diferentes dentro da sua área de atuação. Para isso pre-cisaria de novas instalações, e para já não faz parte dos planos da Socipole a construção das mesmas. “Os produtos ligados ao nosso setor estão muito interligados a multi-nacionais, estamos a falar de detergentes em pó, líquidos, que apesar de ser uma área muito fácil de entrar, tem uma concorrência brutal e no qual não queremos entrar. A exigência dos nossos mercados sobretudo de exportação, é muito grande e pedem-nos para alargar a nossa gama de produtos e entrarmos na área dos detergentes em pó. É uma nova actividade em que estamos a pensar. O objectivo será produzir a base nas nossas instalações, adquirir os produtos auxiliares mais específicos como as bases enzimáticas, e proceder ao embalamento. A estrutura da nossa fábrica é antiga e para este novo

negócio precisávamos de mudar de instalações. Começa a fazer sen-tido não ter uma indústria às portas da cidade, mas sim numa zona industrial onde os apoios autárquicos sejam relevantes. A entrar neste novo negócio, a empresa precisa de instalações mais moder-nas, mas não sentimos apoio para que isso se torne uma realidade. Um dia quem sabe isso seja possível”, revela e finaliza o gerente.

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“APOSTAMOS NA QUALIDADE”

Situada numa das principais freguesias do Porto, Campanhã, a Redinspal é o resultado do saber e da experiência acumulados por Jorge Simões na área das instalações mecânicas. O respon-sável revela que decidiu criar a empresa na sequência da nova legislação, que passou a vigorar desde o ano 2000, relativa à cer-tificação de instalações de gás. Jorge Simões afirma que como já “estava no ramo, a trabalhar ao nível de projeto, com empresas pe-trolíferas, decidi criar a Redinspal. A empresa dedica-se à inspeção de instalações de gás, redes de distribuição, reservatórios de GPL, pos-tos de abastecimento de combustível, parques de garrafas, gazotos de garrafas, inspeção para licenciamento em câmaras municipais. Realizamos também inspeções em reservatórios de ar comprimido, transporte de matérias perigosas. A última acreditação que solicitá-mos foi, no ano passado, para a inspeção de caldeiras a vapor, uti-lizadas, sobretudo, na indústria”. A Redinspal apresenta um vasto leque de serviços que permitem ainda a realização de inspeções de infraestruturas de telecomunicações, inspeção de compor-tamento térmico de edifícios, avaliação e certificação acústica. Numa outra vertente, a empresa presta igualmente consultoria técnica, formação técnico-profissional, análises técnicas e en-saios não destrutivos. Questionado sobre o que diferencia esta empresa das restantes, a operar no ramo, o entrevistado destaca que “sempre tivémos uma postura diferente do restante mercado. Exemplo disso, é a plataforma informática, desenvolvida pela em-

A empresa presta serviços de consultoria e inspeção na área do gás, combustíveis, equipamentos sob pressão entre outros, estando no mercado desde 2001, vindo sempre a alargar o seu leque de atuação. Damos a con-hecer, em entrevista ao sócio-gerente, Jorge Simões, o exemplo de inovação e qualidade empresarial.

REDINSPAL – CONSULTORIA E INSPEÇÕES TÉCNICAS, LDA

presa, que permite emitir os certificados de inspeção, com assinatura eletrónica, ferramenta fundamental reconhecida pela Direção Geral de Energia. Somos os únicos que temos uma verificação de autenti-cidade, atarvés de códigos de verificação emitidos juntamente com o certificado. Com este sistema já detetámos algumas tentativas de fraude. Os meus técnicos não fazem nada em papel, têm tablets e computadores, acedem às inspeções no local, sincronizam para os servidores, o processo é aprovado e é enviado um link para o cliente com o resultado. Através do telemóvel, o cliente pode ter acesso ao certificado. Como é óbvio tudo isto envolve custos, mas garantimos um serviço de qualidade, uma forma diferenciada de trabalhar”, des-taca o interlocutor. A empresa tem procurado desenvolver a sua atividade procurando estar sempre na vanguarda, mantendo como fator distintivo a inovação e aposta nas novas tecnolo-gias e ferramentas informáticas, como o programa que permite aos colaboradores da empresa aceder à legislação de cada país, referente ao setor, em qualquer parte do mundo. Jorge Simões revela que “com esta plataforma é possível ter acesso à legislação o que facilita imenso o trabalho. Seguimos por um caminho, uma for-ma diferenciada de trabalhar com o cliente, garantindo um serviço completo e de qualidade com a consultoria assegurada. Importa re-ferir a rapidez na apresentação de resultados ao cliente, a fiabilidade de todo o processo”. O percurso da Redinspal tem dado frutos e, neste momento, trabalham em parceria com grandes marcas a nível nacional, “desde o dia 1 de janeiro, deste ano, somos a enti-dade inspetora preferencial da Rubis Energia a nível nacional e da OZ Energia para a zona norte do país. Trabalhamos com todas as outras entidades distribuidoras de combustíveis, fazemos 98 por cento das inspeções de clientes novos da Repsol. Somos a entidade inspetora das grandes cadeias de referência da restauração, como o Grupo Ibersol, Eurest, H3, Serra da Estrela e Alentejo, entre muitos

FÁTIMA SIMÕES E JORGE SIMÕES

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outros. Outros parceiros são por exemplo a Sonae, Câmaras Municipais, Ministério da Saúde, etc. e a nível industrial a Auto Sueco, Frulact, Dura Automotive, Sumol + Compal, etc”, exemplifica o entrevistado. O suces-so passa também pela aposta na mão de obra qualificada, capaz de responder a qualquer desafio, a Redinspal emprega 20 pessoas, os técnicos coordenadores são na maioria licenciados em engenharia mecânica e “no mínimo, quatro vezes por ano, junto todos para formação, de forma a garantir também uma maior uniformização de critérios possível”, afirma Jorge Simões.

Expansão e internacionalizaçãoNeste momento, a Redinspal já está pre-sente no mercado cabo verdiano tra-balhando “diretamente com o Governo, estamos a executar projetos, em concreto na criação de legislação na área dos com-bustíveis e equipamentos sob pressão e a verificação de conformidade de instalações existentes, mas, em breve, julgo que iremos arrancar com a atividade noutras áreas e com outros clientes. Estamos também, em Moçambique e Espanha, com um trabalho, que deve iniciar em breve. Dentro de um ano, gostaria que São Tomé e Príncipe também fosse um mercado da Redinspal. Em Por-tugal, estamos em fase de preparação, para que dentro de dois anos, possa ser possível trabalhar com uma das maiores distribui-

doras de gás natural, em algumas zonas do país”, revela o responsável. Questionado sobre as perspetivas de desenvolvimento e crescimento para os próximos anos, Jor-ge Simões começa por afirmar que “no ano passado crescemos mais de 30 por cento e, este ano, já estamos com melhor desempen-ho, tendo em conta, a comparação com igual período do ano passado, portanto o objetivo é manter esta tendência, garantindo sempre um serviço de grande qualidade”, conclui o interlocutor.

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“TRABALHAMOS PELO BEM ESTAR DOS CLIENTES”

Os Serviços Técnicos de Ortopedia do Porto - STOP, nasceram da vontade de dois sócios fundadores, um deles, António Olivei-ra decidiu dedicar-se a este ramo devido a alguma experiência adquirida, enquanto ortoprotésico do Centro de Medicina Física e de Reabilitação de Luanda. Atualmente, passados praticamen-te 40 anos, a Ortopedia STOP ocupa uma posição de referência, visto que acompanhou as necessidades e mutações do mercado, através da inovação e da formação contínua, num setor, que nas últimas décadas tem sido alvo de grande evolução. Com uma localização privilegiada, situada a escassos metros da estação ferroviária de Campanhã, a Ortopedia STOP é “provavelmente uma das mais antigas empresas, do Porto, neste setor. A segunda geração ja está a trabalhar e trouxe consigo uma visão virada para o futuro com inovações que passaram pelo alargamento do espaço, modernização da área comercial, pela informática e pela evolução técnica. Neste momento, desenvolvemos todo o tipo de próteses,

Fundada em 18 de julho de 1978, a empresa dedica-se ao fabrico de próteses e ortóteses e ao comércio de todo o tipo de produtos ortopédicos. O fundador António Oliveira, que ainda se encontra no ativo, passou o le-gado aos filhos Helder Oliveira e Luís Oliveira sócios gerentes da empresa. Damos a conhecer a Ortopedia STOP, empresa que trabalha em prol da melhoria da qualidade de vida daqueles que a procuram.

STOP – SERVIÇOS TÉCNICOS DE ORTOPEDIA DO PORTO

desde as mais rudimentares às mais modernas, como as próteses de tecnologia biónica. Queremos estar a par do que melhor se faz, atual-mente, em todo o mundo, através da participação em formações e certificações constantes”, explica Helder Oliveira, ortoprotésico e director técnico da Ortopedia. Composta por oito colaboradores, a Ortopedia STOP está aberta ao público de segunda a sexta-fei-ra e fabrica e desenvolve próteses personalizadas no seu labora-tório protésico, soluções adaptadas à medida das necessidades de cada um. Para além deste serviço, a empresa possuí uma área co-mercial que é responsável pelo comércio de artigos e aparelhos ortopédicos, cadeiras, camas para doentes, andarilhos, aparelhos ortopédicos, cadeiras de rodas, calçado ortopédico, camas articu-ladas, canadianas, cintas medicinais, meias elásticas, palmilhas, próteses e ortóteses. Questionado sobre o atual panorama do setor, tendo em conta o desenvolvimento da tecnologia, o entre-vistado explica que a “evolução tem sido muita. Nos últimos anos, a internet veio facilitar a vida dos nossos clientes e a própria indústria ortopédica abriu cada vez mais o leque, com produtos mais diversi-ficados, quer para os amputados de membro inferior como do mem-bro superior. Notou-se, nas últimas décadas, uma grande evolução, sobretudo, ao nível do membro inferior”, evidencia o interlocutor. Na Ortopedia STOP, tudo é pensado ao pormenor e as atuais tec-nologias de ponta desenvolvidas a nível mundial estão ao dispôr de qualquer um no centro da cidade do Porto. Helder Oliveira revela que “atualmente já se usam ligas leve de titânio e carbono na confeção das próteses tornando-as mais leves e avançadas que garantem uma maior qualidade de vida ao amputado. Exemplo disto, são as próteses com componentes biónicos como o joelho protésico controlado por microprocessador, que se adapta automaticamente ao estilo da marcha de cada amputado e ao contexto de utilização,

LUÍS OLIVEIRA, ANTÓNIO OLIVEIRA E HELDER OLIVEIRA

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que funcionam através de bateria, com uma tecnologia de senso-res. Na Ortopedia STOP, criamos próteses consoante aquilo que o cliente pretende, por vezes, prevalece a estética, em outros casos, a funcionalidade”. Questionado sobre a proveniência dos utentes com amputação, o entrevistado explica que o universo é muito vasto, “alguns utentes são vítimas de acidentes vasculares, outros são vítimas de acidentes traumáticos provenientes de acidentes de trabalho ou de viação, outros congénitos, como por exemplo é o caso do famoso atleta Oscar Pistorius. Depois trabalhamos em parceria com várias instituições desde hospitais públicos, privados e segura-doras”. Numa área em que está em causa a saúde e o bem-estar dos utentes, o interlocutor reconhece que é necessário saber li-dar “com as dificuldades de cada um, entender as suas limitações, revoltas e complexos da amputação e com os familiares que tam-bém nos procuram para o esclarecimento de dúvidas. Já lido com estas situações há muitos anos, por vezes é complicado, mas temos que estar preparados pois estes utentes na sua maioria possuem as suas funções biológicas e intelectuais em baixa, e temos que os sa-ber motivar para que a protetização seja um sucesso, mas no final é gratificante porque ajudamos as pessoas, contribuímos para uma melhoria do seu bem-estar e para uma vida sem limitações”. Grande parte do material das próteses desenvolvido e comercializado “é importado da Alemanha, um dos principais fornecedores a nível mundial, sendo que o mercado islandês surgiu mais tarde mas está também muito desenvolvido”, explica Helder Oliveira, destacan-do que, “outros artigos, destinados a ajudas técnicas, como cadeiras de rodas e camas ortopédicas já são fabricados em Portugal”. Para além dos portugueses, a empresa também tem um universo de clientes estrangeiros que procuram os seus conhecimentos. No futuro, o principal objetivo passa por “manter a qualidade pensan-do no bem estar de quem nos procura”, realça o entrevistado. No que diz respeito à expansão da empresa, Helder Oliveira finaliza

afirmando que a “curto prazo espera ter a possibilidade de inau-gurar e colocar em funcionamento o ginásio para a reabilitação dos seus amputados no que diz respeito a treino e estudo da marcha, na parte superior das atuais instalações. A médio, longo prazo, a Orto-pedia STOP poderá proceder à abertura de novas filiais, na cidade do Porto e em outros pontos do país”.

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“PROJETAMOS SORRISOS HÁ 50 ANOS”

“Acreditamos que um sorriso tem de ser sinónimo de bem-estar. Um sorriso é sinal de simpatia, ternura e conforto, pelo que contribui para captar a atenção e conquistar os que nos rodeiam, tanto na vida pessoal como profissional”. É esta a forma que Abílio Pinha de Almeida escolhe para apresentar a missão das clínicas den-tárias ‘Projetamos Sorrisos’. O nosso interlocutor afirma que a mesma se consegue através de uma prática médica humaniza-da e multidisciplinar, que entende a saúde oral como parte de um todo, e que sabe que um sorriso é sinónimo de saúde física e mental, essencial para o bem-estar dos pacientes.As duas clínicas dentárias direcionam, desde sempre, a sua ati-vidade para o diagnóstico, tratamento e prevenção de patologias dentárias.Na ideologia de ambas está implícito a abordagem holística do paciente, encarando a cavidade oral como parte integrante do organismo.De acordo com Abílio Pinha de Almeida, a condição oral pode ter implicações em todo o organismo, “pelo que é determinante recorrer a um tratamento multidisciplinar. Cada vez mais, as outras áreas da medicina vão encarar a especialidade dentária como um benefício, pois uma infecção oral pode impedir a realização de uma cirurgia cardíaca, por exemplo. Vistas assim as coisas, uma simples destartarização poderia ter resolvido o problema e a cirurgia ter-se-ia realizado”, explica.

Equipa de referênciaAqui, os pacientes são respeitados pela sua individualidade, pelo que é traçada uma abordagem que conduzirá ao desejado suces-so do tratamento. Para tal, as clínicas detêm uma equipa multi-disciplinar, que conta com profissionais altamente qualificados, em constante formação em prol dos seus utentes. “Encaramos a experiência e a formação como uma forma de fornecer condições para que o paciente possa beneficiar do melhor tratamento existen-te. A nossa equipa está constantemente a atualizar-se, participando em congressos, realizando cursos de atualização e contactando com a comunidade médico-científica internacional”, revela o diretor-clí-nico.Marta Novais, também ela diretora-clínica, acrescenta ain-

A Clínica Dentária Dr. Abílio Pinha de Almeida e a Clí-nica Dentária Dra. Marta Novais são responsáveis por muitos sorrisos há 50 anos. Ambas as respetivas clí-nicas estão sediadas na cidade do Porto e primam pelo recurso a tecnologia de vanguarda e pelos elevados padrões de qualidade e eficiência. Tudo porque a saúde oral não deve ser uma opção, mas sim uma prioridade.

CLÍNICAS DENTÁRIAS ‘PROJETAMOS SORRISOS’

ABÍLIO PINHA DE ALMEIDA

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da que “a medicina está em constante evolução. Com regularidade assistimos ao aparecimento de novos materiais assim como novas técnicas que são ferramentas cruciais para o sucesso e evolução da medicina dentária”.

Na vanguarda da dentária Com o propósito de obter através do tratamento dentário resul-tados ao longo da vida, as clínicas ‘Projetamos Sorrisos’ reúnem as sinergias necessárias para se manterem na linha da frente, sempre na vanguarda. Os seus espaços físicos oferecem aos pa-cientes o tratamento em todas as especialidades da medicina dentária, nomeadamente consulta de prevenção para odontope-diatria, o branqueamento dentário, sem esquecer a reabilitação total, estética e funcional, com a utilização de implantes den-tários, ou através da ortodontia fixa.As clínicas estão, por isso mesmo, equipadas com tecnologia de vanguarda, “os mais modernos e atuais equipamentos de cada es-pecialidade da medicina dentária”, frisam os nossos interlocutores.Além de um centro cirúrgico totalmente equipado, as clínicas contam igualmente com laboratórios de prótese dentária e qua-tro salas de atendimento, assim como sala de imagiologia com ortopantomógrafo digital e TAC digital.Sabendo que, não raras vezes, uma ida ao dentista é causadora de pânico e ansiedade, e com o propósito de maximizar o con-forto do paciente, ambas as clínicas conciliam, nos seus consul-tórios, a sedação consciente, a anestesia computorizada e óculos 3D que, segundo os directores clínicos, “são colocados de modo a que o paciente não observe o trabalho desenvolvido pelo médico”.

Evolução constanteA evolução que a medicina dentária tem experienciado nos últi-mos anos tem sido notável. As técnicas cirúrgicas minimamente invasivas são um exemplo dessa mesma evolução, e permitem a redução do período pós-operatório e até com menos dor. “Es-tas evoluções têm permitido que a simplificação dos procedimentos e acreditamos que é por aí que passará o futuro da especialidade, apostando igualmente na prevenção e na profilaxia”.

Cheques dentista com nota positivaQuestionados sobre a aposta do Governo português nos ‘che-que-dentista’, Abílio Pinha de Almeida e Marta Novais afirmam que esta iniciativa foi protagonista inquestionável da melhoria da saúde oral dos portugueses. “É de aplaudir esta iniciativa da Or-dem dos Médicos Dentistas em parceria com o Ministério da Saúde. Muitas crianças nunca tinham ido a um médico dentista, muitos de-les por dificuldades económicas dos seus pais”, finalizam.

PerfilAbílio Pinha de Almeida e Marta Novais são nomes sonantes da medicina dentária em Portugal. Com experiência e competência comprovadas e reconhecidas pela sociedade e pelos colegas de profissão, Abílio Pinha de Almeida é frequentemente solicitado para prestar serviço em mais de 70 unidades de saúde espalha-das por todo o país.

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TURISMO DE EXCELÊNCIA NO PORTO

IssimoA restauração foi a primeira aposta de Manuel Almeida. Esta aventura iniciou-se há três décadas, através da aquisição de um dos mais antigos e prestigiados restaurantes da cidade do Por-to, o Chez Lapin. “Começámos com um trespasse do Chez Lapin. À época decidimos manter o conceito e o nome e ainda bem que o fizemos. O restaurante é conhecido mundialmente e faço questão de atribuir o mérito a quem criou o espaço”, refere o nosso interlocu-tor.

Manuel Almeida é o rosto da Douro Acima e da Issimo, duas entidades sedeadas na cidade do Porto que levam acidade mais além. Seja numa viagem pelo rio Douro ou num dos quatro restaurantes do grupo, seja o Chez Lapin, Vitorino, Downing Street ou o Beira Rio.Conheça um pouco melhor estes projetos e apaixo-ne-se, uma vez mais, pela cidade Invicta.

DOURO ACIMA

A expansão do conceito era o passo lógico a seguir, através da aquisição de outros espaços distintos na cidade, nomeadamen-te na zona ribeirinha. Atualmente o grupo conta com quatro restaurantes. São eles o Chez Lapin, Vitorino, Downing Street e Beira Rio (em sociedade), este último em Vila Nova de Gaia. “Os restaurantes funcionam como uma grande família, geridos com um profundo sentimento de receber, de braços abertos, um visitante, um negociante, um cliente, fazendo-os sentirem-se em casa e tornar-se, logo ali, um amigo”, advoga Manuel Almeida.Mas o nosso interlocutor não ficou por aqui. A crescente procura a nível turístico à cidade Invicta levou à abertura, por parte da Issimo, de dois bares e de um hotel, o Porto River, “um projeto recente localizado junto ao rio, que tem figurado nas preferência do TripAdvisor, tendo ocupado por algumas vezes o primeiro lugar”. O sucesso tem sido tal que já foi adquirido o edifício anexo ao hotel e já se encontra a ser reabilitado. Em agenda estão ainda a criação de mais dois hotéis.

Douro AcimaDepois de ter ‘mergulhado de cabeça’ na restauração, Manuel Almeida sentiu, há 15 anos, ser chegada a hora de novos mer-gulhos em outras águas. “Alguns anos depois da criação da Issimo, adquirimos alguns barcos de recreio no rio Douro e assim surgiu a Douro Acima ligada aos transportes terrestres e fluviais”. Aos barcos seguiram-se os autocarros de turismo. O negócio tem-se expandido e já é possível encontrar estes autocarros nas cidades de Lisboa, Funchal, Aveiro, Albufeira e Sintra. Manuel Almeida afirma que “queremos continuar a expandir e chegar cada vez mais longe”.A aposta seguinte incidiu novamente em barcos típicos, nomea-damente os moliceiros, em Aveiro.

MANUEL ALMEIDA

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Porto, cidade de excelênciaO turismo na cidade Invicta tem crescido exponencialmente e as olhos vistos. Em qualquer dia da semana e a qualquer hora, a cidade está repleta de pessoas que a querem conhecer e tornar a conhecer, descobrindo todos os seus recantos e todos os seus segredos.Natural da Ribeira, a zona ‘essência’ do Porto por excelência, Manuel Almeida sempre defendeu que “a zona ribeirinha não tem preço pois é especial demais”. Aqui já se contam dois hotéis e os edifícios envolventes, outrora degradados, estão todos recupe-rados ou em fase de reabilitação. Contudo, o nosso interlocutor acredita que a Ribeira ainda não está no seu auge, “pois ainda não tem a capacidade de atrair grandes marcas e grandes nomes para o comércio. No entanto, estou convencido que quando descobrirem o potencial desta zona, esta vai crescer substancialmente”.Questionado sobre a procura constante que a cidade tem evi-denciado, Manuel Almeida afirma que tem sido uma ‘mola’ fan-tástica na economia, não só do Porto, mas de toda a zona norte, além de ter funcionado também como impulsionador de novas ideias e de gente empreendedora.

Freguesia de CampanhãA Douro Acima está sediada na freguesia de Campanhã e é com alguma tristeza na voz que Manuel Almeida diz não ter eviden-ciado grandes feitos na freguesia, no que diz respeito à sua área de atividade, nomeadamente nos acessos. “Acredito que Campan-hã tem muito potencial e a necessidade de dar um salto qualitativo. Nessa perspetiva penso que uma aposta na melhoria significativa dos acessos rodoviários seria uma tremenda vantagem”.

O presente pensando o futuro“O nosso percurso tem sido bom, com alguns altos e baixos que fazem parte da vida de uma empresa, mas sempre sustentado. Na Issimo, e como já referi anteriormente, a nossa intenção passa pela abertura de mais dois hotéis, e na Douro Acima queremos continuar a fazer o que temos feito, aumentando a oferta de serviços. Acredito que todos estes investimentos se traduzirão num crescente das duas empresas. Gosto de criar e de desenvolver novos projetos, e penso que isso também ajudará a alavancar cada vez mais ambas as em-presas”, finaliza.

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CAMPANHÃ A DOIS PASSOS DO MUNDO TECNOLÓGICOO CINEL foi inaugurado em 1987 através de um proto-colo entre o IEFP e a ANIMEE (Associação Portugue-sa das Empresas do Setor Elétrico e Eletrónico) com o intuito de dar formação àqueles que se encontravam a trabalhar nesse setor de atividade. Hoje assegura também a formação de novos trabalhadores, jovens e adultos, para um setor cada vez mais importante na economia nacional e internacional.

CINEL

Centro de Formação Pro�ssional da Indústria Eletrónica, Energia,Telecomunicações e Tecnologias da Informação

www.cinel.ptPortoR. de S. Rosendo nº 377Tel: 225 363 210Email: [email protected]

LisboaRua Jau - Alto de Santo AmaroTel: 214 967 700Email: [email protected]

As instalações não escondem nada a não ser um grande inves-timento em material para que cada formando possa experimen-tar, construir e destruir para mais tarde ser capaz de executar da melhor forma numa empresa que o acolha. Conhecido pelo material humano que todos os anos forma, são muitos os elogios ao trabalho do CINEL por parte das empresas que contratam os ex-alunos deste Centro de Formação. Desta forma é com orgulho que Joaquim Moura, diretor da instituição, diz aos seus formandos que “o que se passa é o core de conhecimen-tos”, portanto a base é sempre a mesma, e é esta que lhes dá as ferramentas para trabalhar - hoje e no futuro. “Não se pode for-mar e treinar pessoas para tecnologias que ainda não existem. Por isso damos as bases”, sublinha Joaquim Moura. É com estas bases que os formandos vão fazer crescer o seu percurso profissional e trilhar o seu caminho para onde desejarem. Joaquim Moura explica que em 2009 a empregabilidade das for-mações do CINEL era à volta de 100 por cento. Muitas vezes o formando ainda não tinha terminado o seu percurso formativo e já estava com ofertas entre mãos. Agora, num prazo de cinco meses após a finalização do curso, 90 por cento estão emprega-dos e desta percentagem 80 por cento dentro do país e os restan-tes no estrangeiro.“Há patrões piores que o CINEL”, afirma Joaquim Moura, e quan-do o diz é em relação à forma como durante o curso o CINEL tem

Centro de Formação Pro�ssional da Indústria Eletrónica, Energia,Telecomunicações e Tecnologias da Informação

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de ser visto pelo formando- como um empregador. Rigor, disci-plina, profissionalismo. O horário são as 8 horas diárias e faltas é palavra inexistente a não ser com as devidas justificações aceites pelo “mundo do trabalho”. O CINEL não é só um local para fazer o 12º ano, é para crescer enquanto se qualifica com o nível 4, com a possibilidade de qua-lificação posterior de nível 5. O CINEL continua a formar aqueles que já trabalham e é muito procurado pelas grandes empresas do mercado das telecomunicações e outras. Mas nos anos 90, com o Sistema de Aprendizagem introduzido, o CINEL passou a formar pessoas que concluem o 9º ano e que se querem profissionalizar. Neste sistema a formação é feita entre o centro de formação e as empresas, dirigida a jovens até aos 23 anos e, se por um lado, quem vem pode não saber ao que vem, há aqueles que por terem batido noutras portas sabem que é nesta que querem entrar. Por isso, muitos entram no comboio, vindos de outras localidades e saem em Campanhã para entrar no CI-NEL e de lá sair com outra perspetiva de futuro.Outros alunos que já por lá passaram entram para cumprimen-tar a sua antiga casa que conta com cerca de 30 anos, onde tra-balham pessoas cheias de entusiasmo que fazem a casa, que a reconstroem e que marcam o mundo tecnológico. Outros ainda procuram o CINEL para lhes pedir pessoas qualifi-cadas para trabalhar nas empresas que criaram, porque a quali-dade do CINEL não é comparável a outros lados. O estagiário CINEL não é um peso para uma empresa, mas sim uma mais valia pronta a continuar a acrescer profissionalismo.Ainda assim, estes alunos CINEL que levam apenas uma mala com algumas ferramentas, dão cartas lá fora em concursos com outros candidatos de outros países que consigo levam carrinhas carregadas de material e ainda um coacher. Com cerca de 160 mil euros investidos em material para os for-mandos, 100 mil anuais de material que se consome, paredes pintadas pelos próprios, muita paixão por este mundo da tec-nologia, o CINEL continua em Campanhã, onde quer continuar, para que outros alunos, jovens e menos jovens, possam sair nes-ta estação, sonhar com algo mais e concretizar mais ainda.

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REVITALIZAR E UNIR-SE A NOVAS OPORTUNIDADES DE NEGÓCIOSabendo de antemão que muitas relações de negócio se fortificam tendo como base valores de confiança e de seriedade, fomos procurar identificar melhor junto de Manuel Oliveira e Francisco Oliveira as especificidades e desafios que um setor como o da reciclagem e da comercialização de me-tais preciosos completam. A OFM, hoje com seis anos de atividade, encon-tra-se preparada para atuar com o profissionalismo e a transparência que lhes é sensível dentro dos mercados.

OFM

Manuel Oliveira, com um longo trajeto na área, move-se hoje com o foco e a ambição que a missão lhe exige. Embora a OFM só tenha surgido no mercado em 2010, a expe-riência leva-o a auscultar melhor as diferentes possibilidades que compõem toda uma estrutura como esta. “Muitas vezes deparamo-nos aqui com um paradoxo porque a pessoa que tem um grau académico e obtém um diploma não integra a prática que o Manuel Oliveira já adquiriu”, observa Francisco Oliveira. O negócio, estabelecido numa época que eles denominam como “alta”, consegue hoje apresentar diferentes particularidades e confronta-se com a necessidade de criar si-nergias para que a partir daí possa crescer forte e sólida com novos vínculos. “O Manuel Oliveira é o presidente do conselho de administração, e durante estes últimos anos foi líder no setor. Nós trabalhamos com fornecedores, não com o cidadão comum e daí a importância deles para a nossa organização”, completa.

VisãoSob esta presença, os nossos interlocu-tores não poderiam deixar de observar como o setor se foi modificando e moldan-do à medida que as regras de orientação também se foram adaptando a novas fe-rramentas. Hoje com mais alternativas para explorar a prospeção, o setor avança sob novos olhares que o conhecimento profundo destas matérias aprendera a consolidar. “Quando esta empresa surgira a compra e venda de ouro estava em alta, hoje os preços são díspares, ou seja as mar-gens diminuíram substancialmente. Neste momento procuramos um mercado de al-ternativa. África e o Brasil são os que mais nos aliciam, e onde existe maior garantia da sua comercialização. A dificuldade surge aqui por não haver stock. No nosso país, em concreto, sentimos que quando se deu início a esta atividade a Autoridade Tributaria não possuía o conhecimento profundo sobre a própria atividade. Hoje já se começa a ve-rificar que a jurisprudência limita e orienta as regras que outrora não se encontravam verdadeiramente definidas”, apontam.Perante essa perspetiva, os empresários constatam que as lacunas continuam a existir e as associações permanecem li-mitadas, não acompanhando a evolução do crescimento que houve deste setor. “Houve outros empresários que não esta-vam preparados, que viram aqui um negó-cio de ocasião, e agora os imperativos fiscais são tantos que muitas delas acabaram por não conseguir suportar e fecharam. Nós, contrariamente a esse cenário, tivemos a possibilidade de evoluir, e o Manuel Oliveira teve a visão de começar a trabalhar com os metais preciosos e a desenvolver o negócio dos diamantes”.

AlternativasComo a inércia não faz parte da filosofia da OFM, facilmente reconhecemos que fatores como a obtenção de profissionais qualificados e a criação de vínculos que consubstanciam as suas relações serão sempre dois dos pilares muito importan-tes que conduzirão as suas ações. Com todo o balanço positivo que hoje absorve-ram do seu percurso, percebem que está na altura de prosseguirem um novo pas-so, aproveitando um outro nicho de mer-cado: os metais preciosos. “Já estivemos em Antuérpia, Itália e noutros pontos de negó-cio a fazer prospeção e percebemos que é esse o caminho. O filho do Manuel Oliveira encontra-se agora a fazer formação nessa matéria e parece-me ser um negócio que vai colmatar a quebra que se tem verificado no mercado do ouro”, verifica.Com uma grande variedade de matérias

MANUEL OLIVEIRA

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primas por explorar, existe aqui todo um processo envolvente, que embora minucioso pelo seu cuidado, nunca poderá negli-genciar a aprendizagem contínua que lhe está intrínseca. Nessa perspetiva, a presença em feiras internacionais soma mais-va-lias que singularizam a sua posição. “Nós não somos meros com-pradores, simultaneamente temos uma prestação de serviços que efetuamos. A área da lapidação, por exemplo, é uma área que prati-camente não existe em Portugal, está em extinção, e as grandes con-cessões que existem estão no mercado internacional, por isso apro-veitar esse nicho de negócio trará sempre mais-valias”, sublinham.

Fabrico Sabendo que fabricar é transformar matérias primas em pro-dutos acabados por uma variedade de processos, aqui depara-mo-nos com conjuntos mecânicos como a lapidação, a fundição, onde pormenores como a identificação dos metais e o ensaio com pedra de toque nunca poderão falhar. Para poder satisfazer as exigências crescentes feitas à qualidade das peças torna-se as-sim necessário preencher um conjunto de requisitos legais, ten-do sempre como objetivo substancial a viabilidade económica do processo. “Procuramos ser competitivos. A mesma estrutura de ouro tem a possibilidade de vir a poder servir para a mesma estrutu-ra do diamante. Neste momento sabemos que pedras semi preciosas não nos interessarão, pois nós queremos estar focados para aquilo que tem procura no mercado. Tudo o que se encontra no território dos metais preciosos estou sempre a aprender, e a procurar saber mais”, sublinha Manuel Oliveira.

Mudanças profícuasDirecionados para profissionais do setor, Francisco Oliveira e Manuel Oliveira sentem que hoje existem outros estímulos, e maior abertura por parte da banca, algo que quando iniciaram

a atividade não existia, e por isso a valorização do seu labor pas-sa também por acreditar na economia global, enquanto os in-teresses do cliente são privilegiados. Apesar da conjuntura se apresentar como favorável, os responsáveis ainda sentem que o cenário para as pequenas e médias empresas deveria surgir com novas e renovadas oportunidades: “Ainda que suportemos uma elevada faturação, não deixamos de ser uma pequena/grande empresa porque trabalhámos com matéria prima que atinge valores muito grandes, mas com margens reduzidas”. Confrontados com uma realidade estrangeira que em muito se distancia do merca-do nacional, percebem que agora existem outros trilhos a perco-rrer, onde os incentivos e os apoios se concretizam numa base sólida de crescimento para as empresas de menor dimensão. “Ainda que sejam batalhas difíceis de travar, temos que alcançar os nossos objetivos com investimento próprio, e ir em busca de outros mercados. Claro que depois de perceber os mercados que funcionam lá fora existe aqui sempre a questão da segurança. É preciso ter ga-rantias e apoios”, avançam.Atualmente, a empresa com a qual se encontram vinculados em Itália sente-se preparada a estabelecer um protocolo de coope-ração com a OFM, e a partir dessa parceria criar outras pontes com expressão em língua portuguesa como Angola, Moçambi-que, Brasil, ou o Congo. Aguardando por sinais otimistas dentro do setor, o futuro de toda esta estrutura continuará daqui para a frente a definir-se com o profissionalismo que sempre a moveu.

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AVEIRO

O distrito de Aveiro reúne atraentes polos urbanos, paisa-gens únicas e recursos naturais, combinados com uma oferta de turismo balnear, turismo de natureza e termalismo. Dos concelhos que o compõem, nesta edição destacamos Alberga-ria-a-Velha e Sever do Vouga, onde sobressaem costumes, tra-dições, património arquitetónico e a gastronomia. O concelho de Sever do Vouga localiza-se nas margens do rio Vouga, assumindo-se como o ponto de passagem na ligação ao resto da Europa através da A25. Um local marcado por uma grande beleza natural, que quer afirmar-se como um destino turístico, pretendendo ser um concelho desenvolvido ao nível da pequena indústria e coesão social. O seu património arqui-tetónico é muito rico e variado, destacando-se a gravura em pe-dra conhecida por Fornos dos Mouros, as capelas de S. Macário, de S. Brás e S. Tiago e a Igreja Matriz de N. Sra. Da Assunção, a anta da Cerqueira e a via romana. Sever do Vouga é tam-bém conhecido pelos seus eventos e actividades desportivas, tais como provas de todo-o-terreno, BTT e canoagem. Recen-temente, o Mirtilo tem chamado a atenção para a excelência e potencialidade do concelho. Não deixe de visitar os diversos miradouros, a Praia Fluvial da Quinta do Barco ou a Cascata da Cabreia. Passamos também por Ovar e encontramos dos melhores sabo-res da região.

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“UMA REFEIÇÃO DESCONTRAÍDA COM SABORES DIFERENTES”

O Toca – Restaurante & Tapas assume-se como um espaço rústi-co, tranquilo, acolhedor e intimista. Com um ambiente cheio de energia é um lugar onde uma refeição significa prazer: prazer de comer, de gostar de estar com amigos e de beber um bom vinho. Vale a pena conhecer este espaço gastronómico que, desde fe-vereiro, tem feito as delícias de todos quantos o visitam, sempre com a simpatia e atenção dos seus anfitriões, Hortêncio e Pedro Machado. Pai e filho partilham a dedicação e paixão pela cozinha

Um espaço que combina o rústico com o moderno, onde pode desfrutar de boas experiências gastronómi-cas. Por um lado, encontra a mais pura gastronomia tradicional portuguesa, por outro deixe-se surpreender por este novo espaço de partilha e convívio, ideal para apreciadores e curiosos de uma boa tapa acompanha-da por um bom vinho. Assim se desenha o conceito do Toca – Restaurante & Tapas, no coração da cidade de Ovar.

RESTAURANTE TOCA

e querem fazer do Toca, o lugar ideal para que cada refeição se torne um momento de satisfação. Hortêncio Machado tem uma experiência de mais de quatro décadas na área da restauração, tendo “criado esta casa do nada, apostando sempre na qualidade, no preço e na confiança do cliente”, salienta, acrescentando que, apesar de ter gerido outros espaços gastronómicos, este restaurante sempre foi a ‘menina dos seus olhos’. Após um período em que o restaurante esteve alugado, Hortêncio Machado decidiu agarrar novamente as rédeas do restaurante e fazer dele um novo e recuperado espaço, com a ajuda do seu filho e braço-direito, Pedro Machado, um jovem bastante talentoso, que se formou na área da hotelaria e restau-ração. Um dos ingredientes para o sucesso do Toca é, sem dúvida, a aposta na promoção da cozinha tradicional portuguesa na sua mais pura expressão, aliada a ideias inovadoras e a uma con-feção inspirada no rigor e na perfeição, para que todas as suas iguarias ganhem vida nas mesas do restaurante. Contudo, o conceito que veio revolucionar o restaurante e fazer com que seja cada vez mais procurado é o das tapas. Hortêncio Machado confessa que não estava muito recetivo a introduzir este conceito no seu restaurante, “contudo após um roteiro de ta-pas fiquei rendido”, partilha o nosso entrevistado, sublinhando que depressa percebeu que “era isto que faltava em Ovar”. O conceito de tapas foi introduzido no restaurante por Pedro Machado, primeiro porque gosta muito de comer, mas também porque foi ‘bebendo’ influências nos espaço onde trabalhou na cidade de Lisboa. “Gostava de ir jantar fora e apercebi-me que as pessoas cada vez mais procuravam este conceito de tapas. Achei que podíamos apostar no conceito neste espaço aliando a tradição à mo-dernidade”, revela Pedro Machado. Hoje, o restaurante é cada vez mais procurado pelas tapas, reu-nindo famílias e amigos, onde os mais e menos novos fazem da refeição um momento de partilha, satisfação e convívio. Uma confeção simples e cuidada, uma apresentação e empratamento deliciosos e aprimorados são outros dos segredos deste espaço gastronómico. E não podemos esquecer da decoração tradicio-nal, rústica, onde todas as peças expostas contam uma história, mas ao mesmo tempo cheia de bom gosto. Hortêncio Machado lembra com orgulho a visita de um grupo de espanhóis que deixaram uma mensagem muito marcante: “Para-béns e obrigado, porque descobri em Portugal melhores tapas que na minha terra”, relembra. Com os olhos postos no futuro, Hortêncio e Pedro Machado es-peram que o Toca se torne uma referência incontornável e para isso vão continuar a inovar nas ementas e nas referências dos vinhos, “para além de apostar em algo diferente como carpaccios e cheviches”, avança Pedro Machado.

Especialidades:Polvo à Lagareiro, Bochechas de Porco Preto confitadas em vinho tinto e chalotas, Parrilhada de Peixe Tapas variadas.

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“RESPEITANDO O PASSADO OLHANDO O FUTURO”

A Adega Social foi fundada em 1934 pelo avô de António Gomes e, desde então, tem sido um negócio familiar. Os empresários e proprietários trabalhavam na Adega quan-do decidiram tomar posse e dar um novo rumo ao restaurante que conta com 80 anos de existência.“O conceito mantém-se”, explica António Gomes, “e baseia-se num espaço familiar e tradi-cional que aposta, desde sempre, na cozinha típica portuguesa”. O plano, dizem os empre-sários, é manter a tradição olhando para o futuro com a consciência de que a moder-nização tem de ser feita. Sendo uma casa antiga e conhecida da cidade, recebe várias gerações que frequentam o espaço aconselhadas pelos avós ou pais, o que, para além da sensação de trabalho bem feito, traz uma maior resposabilidade no sentido de corres-ponder às expectativas. A Adega conta, também, com uma noite de fados na primeira Sexta-feira de cada mês.Com uma equipa de cinco pessoas, os proprietários querem que o cliente se sinta em casa. Para isso, os pratos servidos têm como base a gastronomia nacional, dos quais se destacam: a dobrada, a feijoada à transmontana, os rojões e o bacalhau à Adega Social. Para além das refeições, existem ainda os petiscos: as tripas de redenho, o presunto, os queijos, as moelas, as pataniscas e as enguias típicas da região que fazem as delícias dos

Há dois anos como dinamizadores da Adega Social, António Gomes e Cle-mentina Gomes são dois empresários com um vasto leque de projetos que prometem dar outra vida à cidade de Ovar.

ADEGA SOCIAL

clientes a cada Sexta-feira.“O percurso tem sido positivo”, afirma Cle-mentina Gomes, “e conseguimos chegar a todo o tipo de público, desde os mais jovens até aos mais velhos”. Hoje, a Adega Social recebe clientes de fora da cidade, fruto da dinamização dada pelos empresários através das redes sociais. A diferenciação reside no espaço, no acolhimento e no “se-gredo do tempero das comidas” que sai das mãos da proprietária.Apaixonados pela sua cidade, os em-presários inauguraram há dois meses a D’Ovar, uma loja de artesanato onde os artesãos do concelho podem expôr e ven-der os seus trabalhos. Esta foi a forma de colmatar lacunas nesta área ainda pouco desenvolvida na cidade com o objectivo de oferecer aos turistas a oportunidade de levarem uma lembrança da terra.Além destes dois projectos, António Go-mes e Clementina Gomes apostaram na construção de um Hostel no centro de Ovar, conseguindo criar um ciclo entre a gastronomia, as lembranças e a estadia. O funcionamento está previsto para o início do mês de julho e conta com roteiros que irão levar os turistas aos pontos chave da cidade.No futuro, o plano passa por construir outra loja de forma a abranger a gastro-nomia nacional com produtos típicos de cada região. “Apostamos em Ovar porque é a nossa terra e sabemos que temos muito para oferecer”, terminam.

ANTÓNIO GOMES E CLEMENTINA GOMES

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Organização Colaboração Patrocício

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UM ARCO-ÍRIS DE POTENCIALIDADES

O concelho de Sever do Vouga localiza-se nas margens do rio Vouga, um local mar-cado por uma grande beleza natural, afirmando-se como destino turístico ideal para procurar sensações únicas. São inúmeras as razões para uma visita a Sever do Vouga, começa por dizer António Coutinho, presidente da Câmara Municipal, em entrevista à revista Portugal em Destaque, salientando desde logo, a riqueza natural, a paisagem verdejante e a água, entre rios, ribeiros e cascatas, que são uma marca muito forte do concelho, proporcionando uma envolvência e um cenário verdadeiramente des-lumbrante e bucólico. As características naturais do concelho permitiram a criação de um conjunto de trilhos e percursos pedonais, considerados pelos visitantes, um desafio onde a natureza se conjuga de forma perfeita. Por outro lado, o património histórico e arqueológico de Sever do Vouga é também um desafio para os amantes da história e das civilizações, bem como uma das razões para conhecer este magnífico concelho, a par do património religioso. A gastronomia é outra das riquezas do concelho, sendo celebrada em vários eventos, nomeadamente na Festa da Lampreia e da Vitela, integrada na rota nacional da lam-preia, que se realiza todos os anos em março. “Esta festa pretende divulgar os produtos endógenos e dinamizar a própria restauração”, refere António Coutinho, lembrando que esta divulgação serve também para criar impacto turístico, que por via da gastronomia, presenteia um leque de atividades e espaços de alojamento local que os turistas poderão desfrutar. “O concelho tem uma actividade hoteleira com uma dimensão considerável ao ní-vel do alojamento local em espaço rural, a par de um recente hotel rural”, revela, confessan-do que falta apenas uma unidade hoteleira com maior capacidade que permita que os

Sever do Vouga apresenta-se como um concelho de contrastes, fruto da simbiose entre o litoral e o interior, onde a magnificência das suas paisa-gens, dos seus rios e quedas de água convidam à aventura. Venha con-hecer este destino turístico preservado e genuíno, que combina natureza, luminosidade, gastronomia, cultura, história e a hospitalidade das suas gentes.

MUNICÍPIO DE SEVER DE VOUGA

Organização Colaboração Patrocício

visitantes possam estender a sua estadia em Sever do Vouga, e partir do concelho para conhecer as suas potencialidades, bem como dos concelhos vizinhos, adian-tou o autarca, lembrando neste âmbito o projecto turístico das antigas Minas do Braçal. Outra das grandes atracções do concelho é a Ecopista do Vouga, um pro-jecto realizado pela Câmara Municipal que valorizou a linha desativada do Vale do Vouga e a transformou numa ecopista com cerca de 12 quilómetros. António Coutinho entende que Sever do Vouga é um território singular e também um espaço de desenvolvimento económi-co, que investe nas energias renováveis, na inovação e no conhecimento, fomen-tados pelo VougaPark, uma área de acol-himento empresarial, que pretende fo-mentar o empreendedorismo na região. “Sever do Vouga tem como principal setor industrial a metalomecânica, com empresas fortemente exportadoras e que continuam a apostar na sua internacionalização”, sa-lienta o autarca, reiterando a importância da chamada ‘via para a competitividade’, que permita o acesso direto à A25, funda-mental para a valorização do município e no contributo para o desenvolvimento e dinâmica das empresas.As atividades tradicionais, especialmente ligadas ao mirtilo, representam a própria génese do concelho e são um marco im-portante para quem está de visita. “Se-ver do Vouga é a Capital do Mirtilo, uma marca forte que tem levado o nome do concelho além-fronteiras. Muitos produto-res começaram a produzir mirtilo e outros pequenos frutos, em detrimento de outras culturas, e nos últimos anos, muitos jovens começaram a produção deste fruto, ao abri-go dos incentivos comunitários, através da AGIM”, sustenta o autarca, evidenciando que esta associação surgiu para a valori-zação do espaço urbano da vila, no âmbito do processo de regeneração urbana, no entanto, foi direccionando a sua inter-venção para o apoio aos produtores de mirtilo e de pequenos frutos. Na opinião de António Coutinho, o au-mento da produção de mirtilo e dos pe-quenos frutos contribuiu para a orga-nização e ordenamento do território, uma vez que pelo concelho proliferavam terrenos votados ao abandono, referiu o autarca, salientando a criação da Coope-rativa Bagas de Portugal através de um grupo de produtores de pequenos frutos. Além de “pretender dar resposta à questão do escoamento do fruto, sem dúvida uma das razões principais que esteve na origem do nascimento desta cooperativa, a Bagas de Portugal conta ainda encontrar soluções para outras áreas de interesse dos produto-

ANTÓNIO COUTINHO

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res, nomeadamente a conservação, armazenagem, transformação, promoção, produção, importação, exportação e qualidade do fruto e seus derivados, em especial dos pequenos frutos, como por exem-plo a amora, framboesa, physalis, groselha, medronho e o mirtilo”, afirma. O nosso interlocutor refere ainda a criação da Mirtilusa, a pri-meira cooperativa criada para a comercialização do mirtilo. A mesma conta já com mais de 90 produtores, dos quais 48 são só-cios, e comercializa mirtilo desde 1994. A cooperativa promove igualmente o cultivo do mirtilo, efetua a sua divulgação e presta apoio técnico aos produtores.

Feira Nacional do MirtiloA edição de 2016 da Feira Nacional do Mirtilo vai realizar-se em Sever do Vouga entre 23 e 26 de junho. A Capital do Mirtilo acolhe a 9.ª edição deste que é o evento de referência em Portu-gal para a fileira do mirtilo. À semelhança dos anos anteriores, a Feira Nacional do Mirtilo terá uma vincada componente técnica com a realização de dois dias de palestras temáticas (dias 24 e 25), bem como uma área onde os agentes que operam na fileira do mirtilo mostram os seus produtos e serviços. Durante os qua-tro dias do evento, de entrada gratuita, o Parque Urbano da Vila de Sever do Vouga conta receber várias dezenas de milhares de pessoas para visitar os mais de cem expositores presentes este ano, desde as artes e ofícios, passando pelos técnicos, viveiristas e produtores que vendem o mirtilo em fresco e seus derivados, não esquecendo a gastronomia local. Animação musical, viagens em comboio turístico, visitas a plantações de mirtilos, apanha do mirtilo, showcookings, entre muitas outras atividades, estarão ao dispor dos visitantes. Integrados na dinâmica da Feira do Mirtilo, decorrem ainda eventos, no âmbito do Festim – Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo.

Oferta culturalA Biblioteca e o Centro das Artes do Espectáculo orientam a sua programação para diferentes públicos, constituindo-a numa plu-ralidade de abordagens artísticas de promoção da leitura, da mú-sica, do teatro, da dança e das artes visuais. Toda a comunidade é convidada a desfrutar de um vasto conjunto de propostas e a participarem neste colectivo cultural que culminou, no passado dia 18 de maio, com a abertura do Museu Municipal de Sever do Vouga, um lugar onde se apresentam as principais heranças e memórias deste povo. Mas as propostas não se esgotam na oferta dos equipamentos culturais. Outro dos grandes eventos de promoção turística e cultural deste concelho é o FicaVouga, que regressa de 23 a 31 de julho. A organização já confirmou a presença de alguns nomes, nomeadamente, Ana Moura, AGIR, Deolinda, David Fonseca, Diabo na Cruz. The Black Mamba, We Trust, Minhotos Marotos e Frankie Chavez.A Câmara Municipal vem assim provar que a FicaVouga é uma

aposta séria. “A oferta cultural é vocacionada para os residentes, mas o que é certo que a qualidade da mesma atrai pessoas de fora do concelho, o que também movimenta a economia”, esclarece.

Dinâmica autárquicaA cumprir o primeiro mandato à frente dos destinos de Sever do Vouga, António Coutinho traça um balanço “bastante positi-

vo” deste percurso autárquico, considerando que as metas a que se propôs estão praticamente concretizadas. “Falta-nos cumprir alguns objetivos, que dependem do município, designadamente, ao nível das acessibilidades. Se no final do mandato, não houver um cla-ro avanço em relação à construção de uma via de acesso à A25, con-fesso que ficarei desanimado, porque sinto que esta seria realmente uma via essencial para a competitividade do concelho”. António Coutinho gostaria ainda de concretizar o desiderato turístico pensado para as antigas Minas do Braçal, porque consi-dera que estes dois projectos permitiriam um salto no desenvol-vimento do concelho.

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A CONSTRUIR A VIDA… PROMOVENDO PARCERIAS DE AÇO

A Seveme nasceu em 1995 fruto do espírito empreendedor de um grupo de jovens com experiência no setor da metalomecâ-nica, que tinham vontade de trabalhar e triunfar, estabelecendo desde logo a meta de “conseguirmos estar posicionados entre os melhores do nosso sector a nível nacional”, recorda Armelim Hipó-lito, CEO da Seveme. A empresa iniciou a sua atividade nas es-truturas metálicas e serralharias de apoio à construção civil, em pequenas obras, no entanto, à medida do seu crescimento e mel-hor apetrechamento tecnológico e humano, direcionou-se para obras de maior dimensão, nomeadamente hospitais, estádios de futebol, aeroportos, edifícios públicos, escritórios e hotéis. “Ini-

A Seveme, Sa assume-se como uma empresa de re-ferência no sector onde atua: conceção, fabrico e mon-tagem de construções metálicas e sistemas de alumínio. A sua filosofia, assente em pressupostos fundamentais como a qualidade e a excelência colocaram-na por di-reito próprio, no almejado pelotão dos melhores. Em entrevista à Portugal em Destaque, Armelim Hipólito, CEO da Seveme dá a conhecer a génese da empresa, os projectos emblemáticos, mas também os desafios de uma grande organização empresarial.

SEVEME

ARMELIM HIPÓLITO

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ciámos o nosso core business nas estruturas metálicas e serralharias e, mais tarde, evoluímos para as caixilharias e fachadas de alumínio”, salienta o empresário, sustentando que, neste momento, a Seve-me está posicionada entre as três empresas com melhores rácios do sector em Portugal, sendo uma das empresas mais respeita-das e conceituadas, uma opinião partilhada pelos seus clientes que a presenteiam com sucessivas adjudicações. “Fruto da acei-tação e reconhecimento das nossas performances, os desafios que os nossos clientes nos foram sucessivamente colocando foram sendo cada vez maiores, o que originou crescimentos orgânicos consecu-tivos e nos guindou também a um lugar de destaque no leque das maiores empresas nacionais do setor”, afirma. Fazendo uma retrospetiva pelos 21 anos da empresa e tendo em conta o patamar de excelência alcançado, Armelim Hipólito confessa um sentimento de dever cumprido, no entanto “nunca é um projeto acabado”, partilha, sublinhando que da política de qualidade da Seveme faz parte a melhoria contínua, até porque é a atualização permanente e o estabelecimento de novos de-safios que permitem que a empresa cresça solidamente. Como prova disso, ao longo dos vários anos, a Seveme foi obtendo um conjunto de certificações inerentes à sua actividade, nomeada-mente o Sistema de Gestão da Qualidade certificado segundo a norma ISO 9001, a certificação de Gestão de Segurança segundo a norma OHSAS 18001 e da Gestão Ambiental segundo a norma ISO 14001. A Seveme tem também o seu Controlo de Produção em Fábrica certificado segundo a norma EN 1090-1, para a exe-cução de estruturas de aço. Com esta certificação, fica habilitada a proceder à marcação CE de todas as estruturas metálicas por si produzidas. Em paralelo, a filosofia da Seveme, assente na qualidade e numa performance de gestão sólida e consistente, tem sido distinguida sucessivamente, nomeadamente com o Prémio PME Líder e, há três anos consecutivos com o Prémio PME Excelência, integran-do, para além disso, o RIEP - Ranking de Internacionalização das Empresas Portuguesas.

Aposta na internacionalizaçãoFruto do seu crescimento orgânico e por uma questão de estra-tégia, a Seveme inicia a sua internacionalização em 2005, com “empreitadas na Guiné Equatorial, Argélia e Angola, onde foi criada a subsidiária Seveme Angola”, refere o CEO, acrescentando que, atualmente, a empresa conta com mais três subsidiárias: Seveme Brasil, Seveme France e, mais recentemente, Seveme UK. “Em-bora a aposta na internacionalização tenha sido por uma questão de estratégia, não posso deixar de admitir que, em face ao emagre-cimento do mercado nacional, os mercados internacionais têm sido valiosos recursos para a manutenção e incremento da nossa acti-vidade”. No entanto, a internacionalização teve essencialmente por base estratégia, capacidade de antecipação e visão empresa-rial. Para além dos mercados onde está directamente, a Seveme já preconizou projetos pontuais em mercados de visita, como na Guiné Equatorial, nomeadamente, o Instituto Tecnológico Na-cional de Hidrocarburos, na Argélia onde construiu três projec-tos de fábricas industriais, e na África do Sul, onde desenvolveu dois projetos na área das fachadas de alumínio em Joanesburgo.

Uma atitude diferenciadora“O nosso ponto mais forte é a qualidade geral das pessoas, com efeito a nossa equipa de mais de 130 pessoas conseguem excelentes per-formances”, refere Armelim Hipólito, sublinhando que uma das preocupações da empresa prende-se com a seleção dos seus re-cursos humanos, bem como investir continuadamente na sua formação, proporcionando-lhes adequadas condições de tra-balho e qualidade de vida. “O sucesso destes 21 anos é o espelho

que temos conseguido esta simbiose na nossa empresa e destacamos os nossos colaboradores como o nosso ativo mais valioso”, advoga, sustentando, que para além da formação dos recursos, a Seve-me aposta continuadamente em equipamentos produtivos e de controlo, procurando apetrechar as suas fábricas com os meios tecnológicos mais inovadores e eficientes. Paralelamente, “as nossas mais-valias passam pelo cumprimento dos prazos, a fiabilidade que damos ao cliente, a solidez que trans-mitimos a todos os nossos stakeholders , as relações de parceria interempresarial e a capacidade técnica na busca das solução mais inovadoras e eficientes”.

Projetos com a marca SevemeQuestionado acerca dos empreendimentos mais emblemáticos preconizados pela Seveme, Armelim Hipólito destacou a con-ceção e fabrico do projeto de todas as serralharias e o envelope exterior do Estádio da Luz, participação na construção de 12 em-preitadas na Expo 98, o Edifício NOS, a Sede da Polícia Judiciária, o Data Center da PT na Covilhã, a nova sede do Lidl em Sintra, bem como 13 centros comerciais de grande dimensão, entre os quais, o mais recente Fórum Sintra. Em Angola, os projetos com maior relevância destacados pelo CEO da Seveme são a Reitoria da Universidade Agostinho Neto, o Sky Business, o edifício mais

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alto de Luanda, o Luanda Medical Center, o empreendimento Comandante Gika que é o maior projeto de investimento privado de Angola , o Edifício Domus Center e as palas do Novo Museu da Moeda. O empresário salientou ainda o Instituto Tecnológico Nacional de Hidrocarbonos da Guiné Equatorial, o Illovo Edge, na África do Sul e o Museu da Imagem do Som, na Avenida At-lântica, em Copacabana. “O projeto é assinado pelo escritório ame-ricano Diller Scofidio + Renfro e ganhámos a obra numa licitação internacional. Conseguimos fazer prova que não havia tecnologia instalada no Brasil para concretizar as fachadas que o projeto de arquitetura contemplava essencialmente pela sua complexidade e rigor”, sustenta Armelim Hipólito. Em Paris, a Seveme está a desenvolver uma obra de média di-mensão na área das estruturas metálicas e está em fase de orça-mentação e negociação de outras com os principais construtores do mercado. No Reino Unido, a filial foi formada recentemente, mas está também em fase de orçamentação, revela o CEO da Seveme, considerando que este é o mercado mais dinâmico da Europa e dos três mais dinâmicos do mundo. No que concerne a projetos em curso em Portugal, a Seveme está a desenvolver a estrutura metálica da sede da Centrauto, em Va-gos e as fachadas e caixilharias de alumínio do Edifício Focus Lx e Hotel Hotti Aeroporto, ambas em Lisboa.Em curso estão também trabalhos de remodelação/ampliação de cinco centros comerciais em Lisboa,Aveiro,Portimão,Montijo e Faro.O empresário revela ainda que a empresa foi a responsável pela empreitada das fachadas de alumínio para a nova sede do Lidl em Sintra e, a partir daí, tem intervencionado num vasto con-junto de lojas, tendo em conta o know-how e padrões de quali-dade que se coadunam com os da cadeia alemã. “Temos equipas próprias que nos permitem fazer o proje,to na íntegra ou simples-mente assessorar o cliente em algumas das suas pretensões e é esta capacidade técnica e criadora que nos descrimina positivamente em relação à maior parte dos outros players”, avança. Em Angola e apesar da grande travagem do mercado, conti-nuamos a ter atividade, nomeadamente em obras como o Hotel Horizonte,o Luanda Shopping e os Edifícios Kuaquié, Lote 39 e Galaxy

Visão para futuroArmelim Hipólito entende que estar à frente dos destinos de uma estrutura empresarial como a Seveme é uma grande res-ponsabilidade, mas ao mesmo tempo é bastante motivador ser um dos líderes de uma “equipa fantástica”. Desde os meus cole-gas de Administração até ao montador das nossas estruturas e fachadas, passando verticalmente por toda a estrutura da em-presa, todos pugnam abnegadamente para que este projeto seja vencedor e seja emanador de estabilidade, sucesso e bem estar.Com os olhos postos no futuro, mas sempre com pragmatismo, o CEO da Seveme revela, em entrevista à Portugal em Destaque, que em face do não crescimento da maioria dos mercados, “va-mos assistir a mais dois pares de anos em que temos que ser pruden-tes; no entanto projetos emblemáticos e de valor acrescentado vão sempre existir e é nesses projetos que queremos estar”. Paralelamente, o empresário estima aumentar o volume de fa-turação no mercado nacional, essencialmente no mercado da reabilitação de edifícios nas grandes cidades e na reabilitação/remodelação de centros comerciais e grandes superfícies.Armelim Hipólito sublinha ainda que a Seveme vai continuar a deixar a sua marca de qualidade em todos os projetos, assumin-do performances de excelência, na linha do percurso que têm feito nos últimos 20 anos.“É este desiderato que nos move fortemente todos os dias…”

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QUALIDADE, INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADEConstituído a 19 de maio de 1980 e, hoje em dia, com-posto por várias empresas especializadas nos sectores da Metalomecânica, Energia e dos Equipamentos de Transporte, o Grupo ASM celebra este ano o seu 36º aniversário. São 36 anos de qualidade, inovação e com-petitividade, marcados por uma forte restruturação, nos últimos anos, sempre acompanhada por um obje-tivo comum, o crescimento contínuo da ASM no mer-cado mundial.

A.SILVA MATOS

O Grupo A. Silva Matos é uma história de sucesso empresarial alicerçada numa constante aposta na inovação tecnológica e na formação dos seus colaboradores. Em mais de três décadas, as-sistimos à sua fundação, desenvolvimento e conquista de mer-cado. Para conhecer esta empresa que tem raízes em Sever do Vouga, mas que hoje está em todo o mundo, a revista Portugal em Destaque foi ao encontro de Adelino Silva Matos, um empre-sário carismático e dinâmico que tem pautado a sua atividade profissional por uma grande visão estratégica, sentido de res-ponsabilidade e paixão. Fruto de um vasto know-how e décadas de experiência, Adelino Silva Matos conseguiu criar um grupo empresarial, com destaque nacional e internacional. O empresário lembra que, a A. Silva Matos - Indústria Metalúr-gica surgiu da sua vontade de criar um investimento próprio. “Tinha dez anos de experiência na área da metalomecânica e 200 contos no bolso, quando me lancei por conta própria”, afirmou, re-cordando: “As dificuldades iniciais foram muitas, mas os fatores decisivos para a empresa vingar foram a determinação e a resiliên-cia”. Com formação em engenharia, conhecimento e visão sobre o negócio e uma aposta na qualidade e diferenciação, Adelino Silva Matos projetou a empresa que, inicialmente, estava voca-cionada para a construção em aço inoxidável, indústrias alimen-tares, química e farmacêutica. A A. Silva Matos foi a empresa que lançou um conjunto de ou-tras que foram entretanto nascendo com o desenrolar da ati-vidade e do tempo, “fruto do espírito empreendedor, filosofia de gestão e da qualidade”, advoga. Esta organização empresarial foi evoluindo progressivamente noutras direções e tecnologias, tais como reservatórios para ar-mazenagem de gás, reservatórios criogénicos, permutadores de calor, torres eólicas ou cisternas rodoviárias, entre outras. Desta forma, a área de atuação do grupo, para além da metalomecâ-nica, centra-se também, no setor da energia, representações e montagens e no fabrico de equipamentos para transportes. Hoje, todas as empresas estão organizadas e umbilicalmente li-gadas à holding, A. SILVA MATOS, SGPS, estando divididas em três sub-holdings: ASMI INDUSTRIES, ASM EQUIPMENTS e ASM METAL, geridas pelos filhos do fundador, respetivamente, Adelino, Pedro e Cláudia. “É um verdadeiro orgulho ter os meus filhos a dar continuidade ao projeto a que dediquei a minha vida. São os três diferentes, mas complementam-se e têm uma visão dos negó-cios assente nos valores que levaram à edificação do Grupo ASM”, revela Adelino Silva Matos. De acordo com o empresário, a ASM Energia foi fundada em 2006 e, desde então, tem-se destacado como um fornecedor de referência de equipamentos metálicos, especialmente para a indústria da energia eólica. “Nos últimos anos, a ASM Energia contribuiu de forma muito positiva para o aumento da instalação de energia eólica, especialmente em Portugal e na Europa, mas tam-bém na América Latina, garantindo sempre aos seus clientes uma visão de longo prazo, altos níveis de qualidade e competitividade”, sustenta, sublinhando que a empresa contribuiu decisivamente para um projeto de vanguarda na área das energias renováveis: o Windfloat, um protótipo de eólica flutuante, promovido pela WindPlus. Por outro lado, a ASM Equipamentos de Transporte dedica-se ao fabrico de todo o tipo de cisternas. A equipa na área da Investi-

ADELINO SILVA MATOS

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gação e Desenvolvimento associa-se a um extraordinário grupo de colaboradores que acumulam vastos anos de experiência na conceção destes equipamentos e que têm por objetivo, o desen-volvimento de novas tecnologias de projeto e de construção. A ASM Metalomecânica fornece equipamentos essenciais para experiências e obras mundialmente conhecidas e já deu ao mun-do equipamentos para alguns dos mais arrojados projetos de in-vestigação na área da ciência ou de grande envergadura no setor industrial. “A participação no Acelerador de Partículas do CERN (Centre Européen de Recherche Nucléaire) é um dos grandes marcos da empresa, que forneceu 46 reservatórios de grandes dimensões para armazenagem de hélio”, revela o Adelino Silva Matos, salien-tando ainda o fabrico de reservatórios de armazenagem de GPL para o sistema de produção de energia do Observatório Espacial ALMA, localizado no Chile. A aposta clara na tecnologia e na inovação não desvaloriza os recursos humanos, antes potencia a sua importância. Para Ade-lino Silva Matos “o fator diferenciador entre empresas reside, na realidade, nas pessoas”, afirma, evidenciando que “o investimento neste domínio sempre foi a pedra basilar da A. Silva Matos”, afir-ma, reiterando que a empresa tem parcerias contínuas com as universidades e com o sistema científico nacional em vários pro-jetos de investigação e desenvolvimento, mas isso não invalida “um quadro técnico muito qualificado” e para quem a “formação é uma aposta contínua”.

De Sever do Vouga para o mundo“A decisão de internacionalização é um passo natural para o cres-cimento saudável das empresas e essa foi, sem dúvida, a génese da nossa internacionalização”, revela Adelino Silva Matos, susten-tando que a aposta em produtos inovadores tem sido o motor desta companhia e o impulsionador da demarcação da conco-rrência. Um exemplo desse empreendedorismo e vontade de vencer pela diferença é a produção de cisternas aerodinâmicas que reduzem o atrito e permitem poupança de combustível, e as torres eólicas offshore sobre bases flutuantes. Volvidos mais de 30 anos após terem dado o primeiro passo para a internaciona-lização, o grupo está presente nos ‘cinco cantos do mundo’, em países como Espanha, França, Inglaterra, Suíça, Finlândia, No-ruega, Marrocos, Tunísia, Argélia, Egito, Gana, Angola, Nigéria, Chile, Japão, Emirados Árabes Unidos, entre outros.

Com os olhos postos no futuroEm entrevista à revista Portugal em Destaque, Adelino Silva Ma-tos sustenta que, pese embora o “péssimo clima económico”, o Gru-po ASM continua a inovar e a oferecer soluções aos seus clientes que continuam a ultrapassar as suas expectativas. “Continuamos com uma carga importante de trabalho, o que nos tem obrigado a investimentos avultados. São os casos da ASM METALOMECÂNI-CA que recentemente concluiu uma nova, moderna e imponente fá-brica de caldeiraria pesada em Aveiro e da ASM ENERGIA que ter-minou agora a execução de um novo e modelar pavilhão industrial, que lhe permitirá aumentar a produção de torres eólicas em 40 por cento”, avança o empresário, acrescentando que a ASM EQUIPA-MENTOS DE TRANSPORTE, que tem em construção uma nova área fabril com uma área de 2500 metros quadrados, terá um incremento no volume de negócios em quatro milhões por ano. “Para além destes investimentos, estamos envolvidos noutros pro-jetos que nos podem obrigar a investir, a curto prazo, mais de 20 milhões de euros”, sustenta Adelino Silva Matos, salientando que a forma como o grupo aborda o mercado, e gera de modo contínuo um efeito potenciador, “permite-lhe olhar o futuro com a força de uma equipa altamente motivada e capaz de assumir de-safios crescentes”. Robustez financeira, inovação e capacidade de gerir o imprevisto são vetores fundamentais que permitiram ao Grupo ASM um crescimento sustentado e a consolidação da sua posição no mercado global.

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A QUALIDADE COMO FATOR DE DISTINÇÃOSediada em Dornelas, Sever do Vouga, a Arestalfer tem como missão oferecer soluções inovadoras e de elevada qualidade em construção metálica, superando as ex-pectativas do cliente, com altos níveis de rentabilidade, assegurando as condições adequadas de saúde, higiene e segurança no trabalho, bem como o respeito pelo am-biente. Por outro lado, assume como visão ser recon-hecida pelos clientes, fornecedores e parceiros como uma empresa de referência no segmento da construção metálica.

ARESTALFER

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Com apenas 18 anos, guiado pelo sonho e ambição, Manuel Martins deu vida à empresa que hoje se chama Arestalfer, uma organização que nasceu do nada e, que hoje, se assume como uma verdadeira referência no mercado. A base da sua atividade começou por ser o fabrico de caldeiras, cubas para vinho, equi-pamento hoteleiro, depósitos industriais e garagens modulares. Com maior enfoque na utilização do aço inox, a empresa voca-cionou-se para a construção de equipamentos de armazenagem de vinhos, sendo este o seu forte durante alguns anos. Com a saturação deste mercado, a Arestalfer começou a direcionar as suas atenções para a construção civil, conseguindo alcançar grandes obras. “Em 1996, o Grupo Martifer, passou a ser acionis-ta desta empresa, permitindo um crescimento exponencial”, recor-da Manuel Martins, sublinhando que esta parceria de sucesso manteve-se até 2011 e permitiu a presença em obras de destaque a nível nacional e internacional.Atualmente, a Arestalfer é um importante player nacional do setor da metalomecânica - construção pesada e ligeira - vocacio-nada para a área da construção civil e para a vertente industrial (equipamentos e estruturas metálicas de apoio à indústria). A empresa possui uma interessante capacidade de engenharia que lhe permite desenvolver obras chave-na-mão que passam desde o projeto até à execução da obra. Do seu portfólio fazem parte obras de grande dimensão e relevância como o Grand Stade Li-lle Métropole, em França – inaugurado em 2012 – mas também o Aeroporto Sá Carneiro, Aeroporto da Portela, Estádio de Al-valade, Expo 98, Casino de Tróia e, mais recentemente, o novo Estádio de Bordéus.

Aposta no mercado francêsDesde 2008, a Arestalfer direcionou as suas capacidades técni-cas para o mercado internacional, com novos investimentos em instalações, equipamentos, software e formação profissional. “Em 2010, participámos na obra do Estádio de Lille em França, foi a nossa primeira grande obra fora de portas. Foi um mercado que nos acolheu muito bem e a nossa estrutura foi-se adaptando gradual-mente para dar resposta à exigência do mercado francês”, sustenta, acrescentando que esta obra, concluída em 2012, deu o impulso à empresa para continuar a laborar, adquirir conhecimento do mercado, conquistar o seu espaço e os seus clientes. A partir da-qui, e tendo em conta o contexto de crise vivido em Portugal, a empresa continuou a apostar no mercado francês, procurando angariar cada vez mais clientes. Numa caminhada de internacionalização consistente, a Arestal-fer assume mais um desafio: no início de 2014 constitui a Ares-talfer France, empresa que se dedica à comercialização, gestão

de projetos e montagem de obras de serralharias e estruturas metálicas no mercado francês. “Com presença efetiva em França, somos vistos de forma diferente pelos clientes, ou seja, eles perce-bem que não estamos de passagem, mas sim de uma forma consoli-dada, trabalhando com proximidade e transparência e prestando o apoio técnico necessário”, refere o administrador da empresa. Quanto à penetração em novos mercados, Manuel Martins es-clarece que o seu objectivo passa pela consolidação da posição da empresa no mercado francês, podendo eventualmente ten-tar entrar noutros mercados, mas sempre com calma e ponde-ração. “Não sou apologista de estar dependente apenas de um mer-cado, mas a dimensão da nossa empresa não nos permite avançar em todas as direções. Queremos dar passos seguros e sustentados”, avança. Quanto ao mercado nacional, o empresário revela que, para este ano, a empresa tem uma boa carteira de obras em Portugal, no entanto a expressão do volume de negócios é bastante maior no exterior, atingindo os 70 por cento.

Marcar a diferençaManuel Martins entende que o que distingue a Arestalfer no mercado é o serviço prestado, que tem vindo a fidelizar os clien-tes ao longo dos anos, mas também a crescente aposta na qua-lidade. “Somos certificados através de cinco referenciais e trabalha-mos todos os dias no sentido de termos mais e melhor qualidade. A nossa luta tem sido estar à altura do grau de exigência dos nossos clientes”, consubstancia o nosso entrevistado. Por outro lado, o empresário evidencia a excelência do departa-mento técnico da empresa que desenvolve soluções de projeto à medida do cliente. Esta é uma marca forte da empresa, bem como a aposta na qualificação e na formação contínua dos seus colaboradores.

O futuro da ArestalferManuel Martins está otimista em relação ao futuro, sobretudo porque hoje conta com o apoio na gestão dos seus filhos, Marco Martins, um jovem “que está agarrar este barco com muita força e coragem” e a sua filha Ana Martins também já está ligada à em-presa, revela, salientando o orgulho que sente por ver nos filhos a continuidade do seu projeto de vida. Com os olhos postos no futuro, Manuel Martins pretende que a empresa seja cada vez mais inovadora e competitiva ao nível da construção metálica. “Queremos crescer sustentadamente e consolidar a nossa posição nos mercados onde atuamos”, conclui o empresário.

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VENHA DESCOBRIR EXPERIÊNCIAS INESQUECÍVEIS…

A marca desafios® – desporto e aventura atua no mercado do turismo ativo, da organização de atividades desportivas e da for-mação, desde junho de 1995, assumindo-se como uma referência na disponibilização de serviços de animação turística, incentivos empresariais e formação outdoor. Em 2010, esta marca passa a ser parte integrante da Evasiontime – Soluções Empresariais e Desafios, sustenta Bruno Costa, um dos rostos da empresa, su-blinhando que a comunicação e reconhecimento da Evasionti-me são estabelecidos através da sua marca comercial desafios® – desporto e aventura.Com sede em Sever do Vouga, a empresa tem no concelho con-dições e recursos naturais excecionais para a prática de uma pa-nóplia de atividades de desporto e aventura. “Sever do Vouga está inserido no território das Montanhas Mágicas®, que compreende sete municípios, entre os rios Douro e Vouga, abrangendo as serras da Freita, Arada e Arestal, pertencentes ao maciço da Gralheira, e a serra do Montemuro”, salienta. A singularidade dos fenómenos geológicos que aqui ocorrem, a notável biodiversidade que alber-ga, e as particularidades da sua geomorfologia, fazem das Mon-tanhas Mágicas® um destino de excelência para a observação e

A desafios® – desporto e aventura tem como missão disponibilizar serviços de animação turística, incenti-vos empresariais e formação outdoor, bem como ga-rantir a satisfação dos seus clientes apostando na su-peração de expectativas, na qualidade e na segurança dos serviços.

DESAFIOS® – DESPORTO E AVENTURA

interpretação da natureza e para a realização de inúmeras ati-vidades de desporto e aventura, entre as quais se destacam o rafting, a canoagem e o canyoning. Por outro lado, o concelho de Sever do Vouga está integrado noutra grande marca - a Ria de Aveiro - que engloba os municípios da Comunidade Intermuni-cipal da Região de Aveiro. “A nossa localização é verdadeiramente privilegiada, porque em todos estes locais, dispomos de um conjunto muito diversificado de cenários, o que nos permite fazer a mesma actividade em sítios bem distintos, tornando-a sempre diferente”, es-clarece o nosso entrevistado.A desafios® – desporto e aventura apresenta um vasto leque de propostas e atividades diferenciadas que, vão desde percur-sos pedestres/caminhadas, passeios de BTT, canoagem, rafting, caminhadas aquáticas/canyoning, stand up paddle, orientação, caminhadas de montanha, passeios todo-o-terreno turístico, paintball, manobras com cordas (escalada, rappel, slide, salto

BRUNO COSTA

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pendular, entre outros), as pontes de cordas e o arvorismo. A desafios® tem a preocupação em afirmar-se, quer pela qua-lidade dos serviços que presta, quer pela aposta de intervenção em zonas com excelentes condições naturais. A satisfação dos milhares de clientes que já serviu, ao longo dos anos, é o resulta-do e a garantia da qualidade, atratividade e segurança dos seus serviços. “Temos uma base de monitores, a quem damos formação interna e possibilitamos uma formação mais técnica, sendo que mui-tos são estudantes das áreas de turismo ou desporto”.Segundo Bruno Costa, as pessoas cada vez mais querem aven-turar-se, até porque estas atividades provocam adrenalina e encerram algum risco, ainda que sempre controlado. “Muitas vezes, as pessoas dão o salto para conseguirem transpor obstáculos e transcenderem-se a si próprios”, revela. “Mais do que a própria atividade, tentamos dar às pessoas um mo-mento que seja quase inesquecível, levando-as a descobrir locais que não estão sinalizados e que de outra forma seriam difíceis de desco-brir”, evidencia salientando que assim levam os turistas e visi-tantes a conhecer as singularidades do concelho, entre cascatas, ribeiros, escorregas naturais e pequenos paraísos escondidos. E cada atividade tem sempre uma pequena surpresa ou um pe-queno mimo. Imaginem parar no meio da atividade junto a uma cascata e deliciarem-se com umas tostas com doce de mirtilo e um chá, são estas algumas das surpresas que a desafios® poderá ter para si.

Formação outdoorA formação outdoor é uma forma inovadora de criar laços re-lacionais mais profundos entre os indivíduos, de uma forma

quase imperceptível para eles. Através do desenvolvimento de jogos e situações problemáticas, que surgem naturalmente, po-dem ser simuladas situações e desenvolvidos diferentes fatores, tais como: o espírito de equipa, comunicação, motivação, organi-zação, liderança, capacidade de adaptação, aquisição de compe-tências, gestão de conflitos, de stress e tempo. “Trabalhamos mui-to com empresas ou através de empresas de formação e consultoria, para as quais construímos e desenvolvemos alguns programas, onde através da combinação de várias atividades outdoor as pessoas es-tão a testar, desenvolver e avaliar as suas competências”, sublinha Bruno Costa.

Feira Nacional do MirtiloA dinâmica da Feira Nacional do Mirtilo cria sempre um im-pacto positivo no concelho, por isso mesmo, Bruno Costa e Rui Marcial, os dois rostos da desafios®, tentam que a empresa es-teja integrada no evento, de forma a mostrar as potencialidades do concelho. “Para a edição deste ano da Feira do Mirtilo, vamos organizar uma corrida vertical, que vai ter início no parque de esta-cionamento do VougaPark, subir pela escadaria exterior, entrar nos silos da antiga “Fábrica das Massas” e subir até ao topo do edifício. A corrida vai decorrer no próximo dia 25 de junho, e poderá ser fei-ta individualmente ou em equipas de duas pessoas”, revela. Com os olhos postos no futuro, a desafios® pretende ser cada vez mais uma referência regional: “Queremos que quando as pessoas pen-sarem em desporto e aventura, pensem em desafios®”, conclui.

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UM SERVIÇO DE EXCELÊNCIA

Carlos Moreira começou, em 1984, no ramo da ótica, num la-boratório de lentes em Aveiro. Em 1988, estabeleceu-se em Al-bergaria-a-Velha, numa sociedade, mas passado um ano decidiu abraçar este desafio sozinho. Mais tarde, abriu também uma óti-ca na freguesia da Branca e com experiência, esforço e dedicação conseguiu conquistar uma posição de referência no mercado. Assumindo sempre uma filosofia de seriedade e credibilidade, a Carlos Moreira orgulha-se da relação de confiança e satisfação estabelecida com todos os clientes e também com os parceiros de negócio.

Com apenas um ano de existência, a Opticália em Se-ver do Vouga tem vindo a conquistar a preferência dos clientes pela simpatia, profissionalismo, atendimento personalizado e as melhores marcas e produtos. Carlos Moreira, proprietário da óptica, em entrevista à Por-tugal em Destaque mostra-se satisfeito com a aposta neste projeto e espera que as pessoas do concelho con-heçam cada vez mais este novo espaço e experimentem a sua qualidade.

OPTICÁLIA

Foi há um ano que Carlos Moreira abriu a Opticália de Sever do Vouga e não esconde o seu entusiasmo: “Esta loja com apenas um ano está a superar em muito as nossas expectativas”. Situada no coração da vila, a Opticália Sever do Vouga é uma óptica mui-to moderna que nasceu da necessidade do mercado de Sever do Vouga de bons preços e qualidade na área da óptica. O cliente pode entrar e escolher os seus óculos de sol ou gradua-dos por entre uma grande variedade de modelos de prestigiadas marcas, alguns deles exclusivos. “Com um posicionamento mui-to centrado em moda, a Opticália representa marcas como Mango, Pepe Jeans, Pull&Bear e António Banderas, apresentando sempre as últimas tendências e modelos do mercado”, revela. Nesta loja encontrará a solução adequada para a sua visão, um acompanhamento de excelência e a simpatia é o cartão-de-visita da Opticália de Sever do Vouga.

CARLOS MOREIRA

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Marcar a diferençaA Opticália de Sever do Vou-ga, com o acompanhamento de profissionais altamente qua-lificados, todos os serviços de Optometria, Oftalmologia, Con-tactologia e Audiologia. “Trabal-hamos com as melhores marcas nacionais e internacionais, quer em termos de lentes oftálmicas e lentes de contacto, como de armações, sempre num posicio-namento moda, aos melhores preços”, explica Carlos Moreira, salientando que a sua loja é re-presentante da Zeiss, Essilor e Fibo. A Opticália Sever do Vou-ga tem como foco a fidelização do cliente, procurando garantir a excelência do serviço, propor-cionando a sua satisfação. Este espaço pretende continuar a diferenciar-se pela aposta na qualidade, atendimento perso-nalizado, eficiência e pelo seu know-how, “que nos permite com precisão e rigor, a melhor re-lação qualidade/preço”, conclui.

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UM VERDADEIRO NÉCTAR DOS DEUSES…

Na freguesia de Couto de Esteves, no concelho de Sever do Vou-ga, denominado a Capital do Mirtilo, os primos Adelino Teixeira e Horácio Silva lançaram-se na aventura de produzir vinho es-pumante de qualidade. Esta ‘viagem’ começou com a plantação de vinhas em 2010 e 2011 que já deram frutos, ou seja, um vinho espumante, o Argau 2014, que foi distinguido com uma Medal-ha de Prata no Concurso de Vinhos de Portugal 2016. Esta dis-tinção constitui um motivo de orgulho, motivação e energia para continuar a trabalhar na prossecução de um produto de grande qualidade.Adelino Teixeira mostrou-se orgulhoso deste feito, contudo en-tende que há ainda um longo caminho a percorrer, acrescen-tando que este é um sonho que está a ser concretizado, mas o desiderato é alcançar padrões de elevada qualidade. Até 2015, Adelino Teixeira e Horácio Silva estavam em todas as frentes e ‘comandavam’ este projeto com todo o seu saber, pesquisa e dedicação. “Todo este percurso tem sido uma aprendi-zagem, no entanto começámos a procurar enólogos ligados à espu-mantização para nos orientar e emprestar a sua sabedoria”, salienta o nosso entrevistado. O processo de produção do vinho espumante começa na colhei-ta, passando pela prensagem, inertização, utilização de produtos enológicos antes da fermentação, choque térmico, clarificação do mosto, inoculação com leveduras, fermentação alcoólica, preparação do vinho base antes da espumantização, tiragem para garrafa, fermentação alcoólica dentro da garrafa, envel-hecimento na garrafa sobre depósito de leveduras, remuage e, finalmente, o dégorgement. “Após ter feito a remuage e o dégorge-ment, o vinho deve estar no mínimo seis meses em estágio”, avança Adelino Teixeira. Quanto ao nome escolhido para este espumante, Adelino Teixei-ra confessa que a sociedade agrícola tem duas marcas registadas, nomeadamente Casa dos Barbas, numa alusão ao avô dos funda-dores, e a Argau, uma marca que se inspirou num dos utensílios utilizados na produção de vinho. “É um nome simples, fácil e que fica no ouvido”, considera o nosso entrevistado, acrescentando que, no momento, quer apenas produzir vinho espumante bru-to, porque o objetivo é trabalhar para um target de topo. “De cor citrina com nuances esverdeadas, aroma a fruta fresca de polpa branca e ligeiras notas de frutos vermelhos, com um final elegante excelente para acompanhar os famosos pratos de lampreia e vitela da nossa região”. É assim que Adelino Teixeira descreve o sabor daquela que é a primeira produção de espumante no concelho de Sever do Vouga, constituindo para os dois primos um verdadeiro orgulho criar um produto de qualidade que ajude também a pro-jectar a terra que os viu nascer. A Casa dos Barbas tem dois vinhos espumantes, o Argau e o Ar-gau Cuvée, “do primeiro dégorgement está a terminar, por isso va-mos ter que preparar rapidamente outra remuage. Ainda não temos distribuidor, mas queremos dar passos seguros”, sustenta. Com os olhos postos no futuro, Adelino Teixeira destaca a necessidade de apostar em mais equipamentos e consolidar a qualidade já atingida.

Chama-se Argau o vinho espumante produzido em Couto de Esteves, trata-se de um projeto inédito no concelho que surge pelas mãos de naturais da fre-guesia que decidiram voltar à terra que os viu nascer e concretizar este sonho vinícola. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Adelino Teixeira que nos fala sobre as potencialidades desta bebida e do sonho de produzir um espumante com altos padrões de qualidade.

CASA DOS BARBAS

ADELINO TEIXEIRA

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NAZARÉA praia da Nazaré, de clima ameno e com uma beleza natural, tem das mais antigas tradições de Portugal ligadas às artes da pesca.O longo areal em forma de meia-lua, e que é também a frente de mar da cidade, é conhecido pela sua grandeza e pelos toldos de co-res vivas que decoram a praia de areia branca em contraste com o azul da água.Esta é a praia de Portugal onde as tradições da pesca são mais colo-ridas e não é raro cruzarmo-nos com as peixeiras que ainda usam as sete saias, como manda a tradição.Num fim de tarde de sábado dos meses de verão é imprescindível sentar no paredão a assistir ao interessante espetáculo da Arte Xá-vega em que chegam do mar as redes carregadas de peixe e as mul-heres gritam os seus pregões de venda.Virado para o mar, há um impressionante promontório. Trata-se do Sítio, onde se encontra uma das mais conhecidas panorâmicas da costa portuguesa. São 318 metros de rocha a cair a pique até ao mar, a que se chega a pé, para os mais corajosos, ou subindo de ascensor. No alto, encontra-se a pequena Ermida da Memória, onde se conta a lenda do milagre que Nossa Senhora fez impedindo o cavalo de um fidalgo de se lançar no precipício. Verdade ou não, no Miradou-ro do Suberco mostra-se o sinal deixado na rocha pela ferradura, nessa manhã de nevoeiro de 1182. No sítio é possível ainda visitar o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré e não muito longe o Museu Dr. Joaquim Manso para saber mais pormenores sobre as tradições nazarenas.

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PRATOS TÍPICOS DE GENTE DO MAR

Francisco do Carmo é o rosto desta casa. Ligado há vários anos à área da restauração, o nosso interlocutor sentiu que faltava no mercado um espaço que, além da comida típica nazarena apresentasse outras propostas mais alternativas. “Quisemos des-tacar-nos nesta medida, de modo a diferenciarmos as nossas pro-postas dos restantes restaurantes da zona”. Além disso, Francisco do Carmo quis também distinguir o seu espaço pelo paladar, pois “há sabores que marcam toda a diferença”.Questionado sobre o segredo do seu sucesso, a resposta não tar-da: “a esposa que tenho na cozinha. O segredo está na cozinha e em quem cozinha com alma e amor”. Com uma cozinha aberta à vista de todos os que ali passam, o gerente e proprietário deste espaço

No restaurante ‘A Bússola’ confecionam-se saborosos pratos típicos de gente do mar, com vista para o mes-mo. Inaugurado em 2010, este restaurante localizado na Nazaré possui uma decoração típica e marítima que proporciona ao restaurante uma atmosfera acolhe-dora e nostálgica. Se gosta de um bom marisco ou de um peixe fresco, ‘A Bússola’ é um espaço de passagem obrigatória.

RESTAURANTE A BÚSSOLA

advoga que o seu objetivo passa por fidelizar os seus clientes, tornando-se amigo dos mesmos, “queremos que quem cá vem con-tinue a vir e que consigo traga a família e os amigos”.

A importância da equipaFrancisco do Carmo defende a equipa e a sua formação como um elemento primordial para o sucesso de uma casa. Um emprega-do de mesa menos sorridente ou uma cozinha descuidada são, nesta área, fatores de referência negativa e que, “de um momento para o outro acabam com uma casa”.Atualmente, ‘A Bússola’ conta com seis pessoas e na época de maior afluência acrescenta pessoas à sua equipa.

Panóplia de saboresAqui os sabores misturam-se com uma decoração bem cuidada, que envolve todos numa atmosfera de tom marítimo e, através das suas fotos, recorda-se uma Nazaré nostálgica.As entradas chamam pelo berbigão, mexilhão, amêijoa, camarão cozido ou à casa, ovas e ainda uma apetitosa salada de polvo.Nas saladas, a ementa sugere-nos uma salada de atum, de peito de frango, salada de marisco e salada mista.Na área dos mariscos, a gerência recomenda o arroz de marisco, a feijoada de marisco e, ainda, a açorda de marisco. Se preferir, as suas escolhas podem recair na cataplana de marisco, barco de marisco, lavagante, sapateira, amêijoas à bolhão pato ou à espan-hola, mexilhão à espanhola e, ainda, nos percebes.Falando nos peixes, sempre frescos, as propostas da casa vão para as lulas grelhadas, para o bacalhau no forno ou assado e a sardinha assada acompanhada com a batata cozida.Para os apreciadores de carne, Francisco do Carmo sugere a car-ne de porco à alentejana, o bem temerado bife à casa ou as fêve-ras gralhadas. Há ainda tempo para provar uma omoleta de camarão e, para finalizar, um pudim caseiro ou uma torta de azeitão.

O novo projetoCom uma localização privilegiada, o nosso entrevistado revela à Portugal em Destaque que no final do mês de junho irá inaugu-rar um novo projeto, a ‘Bússola na Onda’. Estamos a falar de um novo restaurante com concessão balnear e vão estar também na praia. “Vamos ter nadadores salvadores, uma enfermaria, parque infantil e uma pessoa responsável pelos mais novos. Durante o dia o espaço funcionará como restaurante e à noite como bar com música ao vivo. Pretendemos criar um conceito totalmente diferente de tudo aquilo que existe na região da Nazaré”.Será, com certeza, uma nova referência na região e mais um pro-jeto de Francisco do Carmo pautado pelo sucesso.

FRANCISCO DO CARMO

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PARCEIRA NO PRESENTE E FUTURO

Qualidade garantida“Antes de criar a Sitigate já trabalhava na área de automatismos e portões há cerca de seis anos, mas só fazia a revenda e só trabalhava com profissionais. Quando a empresa em si surgiu foi para fazer o mesmo serviço de revenda. Começámos posteriormente a fazer obra ao consumidor final, serviço que inicialmente não fazíamos, mas que agora fazemos por respeito aos nossos clientes”, explica João Soares.Representante da Nice há cerca de seis anos, a aposta recai so-bretudo na qualidade, fiabilidade e eficiência, para satisfação plena por parte dos seus clientes na aquisição dos produtos e serviços, naa assistência pós venda e apoio ao cliente.“Visto estar inserida numa zona que não oferecia muitos clientes em

Com cerca de 12 anos de existência, a Sitigate é uma empresa especializada na comercialização, instalação e assistência técnica de portas e automatismos resi-denciais e industriais. João Soares, administrador, em entrevista à revista Portugal em Destaque, começa por nos falar sobre o seu percurso na área, fazendo um posterior balanço do trabalho desenvolvido na sua em-presa desde que iniciou atividade, até aos dias de hoje.

SITIGATE

termos de oferta, a opção passou por começar a fazer instalações de portões, automatismos, grades de segurança, entre outros. Temos uma parceria com uma marca, a Nice, uma marca italiana muito conceituada em Portugal e em que sou representante da zona oeste há cerca de seis anos. A nível de portões, grades e materiais semel-hantes temos dois ou três fornecedores, uns com mais vantagens em termos de produto, outros em termos de preços”, revela.Para além dos serviços referidos é de salientar a assistência 24 horas que a Sitigate presta bem como de um nicho de mercado em que atua, os condomínios.

Balanço positivo e novos projetosEm 2012, devido à grave crise que afetou a construção, tal como o empresário nos revela, a Sitigate sentiu uma queda considerá-vel a nível de revenda, que representava cerca de 90 por cento da sua atividade e teve que se direcionar mais para o consumi-dor final.“Nas zona envolventes à Nazaré e na própria vila a grande cons-trução está praticamente inexistente, sendo que a área da remode-lação está em franco crescimento. Derivado ao turismo, a Nazaré diferencia-se do resto do país por essa forte componente atrativa. Pelo alojamento particular que possui, as remodelações e pequenas obras são essenciais e é muito usual no ínicio do verão ou no final, os proprietários fazerem obras no sentido de melhorar as instalações e condições existentes. Cada vez mais os estrangeiros estão a inves-tir na Nazaré, representando cerca de 60 por cento do seu merca-do imobiliário. Assim, o consumidor final é agora a nossa principal aposta”.Com novas instalações, previstas ainda para este ano, João Soares espera assim alargar o seu leque de serviços e valências, sempre focado na satisfação do cliente.“Com as novas instalações vamos apostar no mercado das portas de segurança, portas multiusos, portas corta-fogo, nas portas automá-ticas, entre outras. Essa é a nossa principal ideia. Teremos também um showroom, onde estarão expostos os nossos produtos novos e os já existentes, o que nos vai trazer várias vantagens. Vamos tam-bém apostar na área da serralharia e ferro, mas apostando na qua-lidade vamos tentar entrar neste mercado”, finaliza o empresário.

JOÃO SOARES

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SABORES DO MUNDO NUMA COMBINAÇÃO INESQUECÍVEL

Inaugurado em julho de 2015, o Pangeia traz à Nazaré irre-verência na degustação de pratos internacionais e nacionais. À frente deste magnífico espaço está o casal Janeta Ferreira e o chef Carlos Ferreira com vasta experiência internacional, em cruzeiros turísticos. Conhecedores dos sabores do mundo optaram por abrir o espaço na vila das maiores ondas e, para isso, contaram com a preciosa ajuda do amigo e sócio polaco Maciej Salasinski. “Descobrimos que esta casa estava para venda e não hesitamos. Era aqui o mel-hor sítio para conciliar a nossa vasta experiência com esta paisa-gem magnífica. A minha esposa foi a responsável pela decoração com detalhes sobejamente inspiradores e acolhedores”, contam com orgulho. “Não queríamos abrir mais um restaurante, mas o restau-rante! Nazaré sempre primou por bons restaurantes e pela excelente gastronomia, mas a nossa aposta consistia na oferta diferenciadora a nível gastronómico”, afirma o casal. Com 36 anos de experiência na hotelaria, o chef Carlos Ferreira pensou cuidadosamente no menu, de forma a proporcionar aos seus clientes experiências inigualáveis. “O menu foi pensado de forma a abranger a gastronomia local, nacional e internacional. O polvo é a nossa masterpiece, onde a seleção de pratos com esta igua-ria homenageia as gentes da Nazaré, em particular os seus pescado-res. Os nossos pratos internacionais consistem na fusão de amoras e sabores únicos. Também incorporamos no nosso menu as massas e a comida vegetariana, de forma a abranger todo o tipo de cliente”, realça o chef. Para complementar a excelente variedade gastronómica, está a rigorosa seleção dos melhores vinhos, das melhores castas. No

O Pangeia Restaurante está localizado na Pederneira (Nazaré) e tem uma soberba vista panorâmica sobre a vila e o oceano atlântico. Um espaço diferenciador, onde o chef Carlos Ferreira proporciona sabores e sen-sações inigualáveis de todos os cantos do mundo.

RESTAURANTE PANGEIA

Pangeia é possível conhecer os melhores vinhos da garrafeira, um espaço minimalista pensado exclusivamente para os seus clientes.“A nossa maior preocupação foi e continua a ser o conforto. O nos-so cliente quando chega ao nosso espaço sente-se em casa, e isso é muito importante. O nosso terraço tem uma vista fenomenal para o oceano atlântico. Os nossos produtos são de excecional qualidade. Conciliamos o nosso melhor saber, mestria e criatividade”, enfatiza o chef Carlos Ferreira.“A nossa equipa é jovem, com muita energia e muita atenta ao detal-he. O nosso serviço de excelência acompanha a excelente degustação dos sabores dos quatros cantos do mundo. O feedback dos nossos clientes faz com que possamos crescer diariamente”, afirma o chef.Dotado de elegância e conforto, o Pangeia sintoniza a gastrono-mia do mundo com a vista ímpar sobre o oceano, tornando o cli-ma perfeito para uma refeição a dois ou em família. Neste espaço o cliente terá uma experiência rica em sabores. Com horário de funcionamento do meio dia à meia noite, e com descanso semanal às quartas feiras, o Pangeia marca a vila da Nazaré pela apresentação de um conceito irreverente, requin-tado e por um inesquecível paladar na degustação de cozinha do mundo.

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DUAS CASAS, DOIS LOCAIS DE ELEIÇÃO

Taverna do 8 ó 80

A Taverna do 8 ó 80 é a segunda casa de uma empresa familiar. Como surge?A Taverna do 8 ó 80 surge como uma oportunidade de negócio e baseado em muitas ideias que tínhamos e que acabaram por se materializar neste projeto. Que tipo de cozinha têm para oferecer aos vossos clientes?A cozinha é do tipo mediterrânea e pretende oferecer aos clien-tes uma boa experiência gastronómica, baseada em tapas, pra-tos de carne e peixe e trabalhar com produtos locais como, por exemplo, o carapau seco, a sardinha e a cavala.A vossa carta de vinhos é muito vasta, uma vez que oferecem mais de 250 qualidades. Que prato destacam?A nossa carta de vinhos tem cerca de 500 referências, sendo que destas 250 são vendidas a copo. A nossa carta foi premiada duas vezes, em 2013 e 2015, num concurso que se realiza bianual-mente, como a melhor carta de vinhos a copo a nível nacional pela Revista de Vinhos.Qual a capacidade do vosso restaurante?A capacidade do restaurante é de 48 lugares no interior e de 16 lugares na esplanada.O vosso excelente atendimento e a vossa boa relação qualida-de/preço são fundamentais. Qual o segredo do vosso sucesso?O segredo é fazer todos os dias o melhor para poder fazer sem-pre. Queremos tentar providenciar boas experiências aos nossos clientes de forma esclarecida.

Duas casas, dois espaços distintos, mas ambos de vi-sita obrigatória na sua próxima visita à Nazaré. Saiba porquê pela voz de Marco Portugal, Vanda Portugal e Abel Santos.

taberna d’adéliaRua das Traineiras 12 - NazaréTlf: 262 552 134

taverna 8 Ó 80Av. Manuel Remígio - NazaréTlf: 262 560 490

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MARCO PORTUGAL, VANDA PORTUGAL E ABEL SANTOS

Taberna da Adélia

A Taberna d’Adélia está localizada no centro da Nazaré, e quem entra no espaço percebe que a Taberna tem muita história. Gos-taria que me falasse disso.A história da Taberna D’Adélia remonta a 1987, altura da sua fundação. Abriu como uma taberna onde se pretendiam servir alguns petiscos e copos de vinho mas rapidamente se transfor-mou num pequeno restaurante de sete mesas. Com o avançar dos anos foi crescendo, transformando-se no restaurante que é hoje.O vosso espaço é composto por duas salas, e numa delas desta-ca-se o peixe fresco da lota. Qual o tipo de cozinha? Qual a vossa especialidade? O restaurante é do tipo tradicional, onde imperam os peixes fres-cos preparados na grelha, em cataplanas, arrozes e caldeiradas.Nas sobremesas vocês decidiram inovar. Gostaria que me falas-se dessa sobremesa.O doce da casa é uma combinação entre a fruta da nossa região, a maçã, e leite creme, uma combinação que resulta fantastica-mente.Qual a capacidade do vosso restaurante? Como é que os turistas reagem ao vosso espaço tão típico?A capacidade da sala é de 80 lugares no interior e de 16 lugares na esplanada.

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TUDO POR SI

Quando surge a Century21 na Nazaré? O que a motivou a apos-tar nesta marca?A Century21 Ramomi surge em junho de 2009, mas estamos no mercado imobiliário há já 16 anos. O que nos levou a apostar nesta marca foi a necessidade que sentimos de nos modernizar enquanto agência imobiliária tradicional. A escolha pela Cen-tury21 surge de uma forma natural, pois após analisar a postura no mercado e a forma de comunicação de diversas marcas, de-dicimos apostar na marca mais exclusiva e que tivesse também uma presença significativa em mercados que habitualmente nos procuram, tal como os franceses, belgas, alemães e holandeses.

A mediação imobiliária está a mudar, e isso implica uma maior profissionalização do setor. De facto a mudança na mediação imobiliária é real, os paradig-ma alteraram-se, as condições de financiamento alteraram-se e o próprio público alvo também mudou assim como a sua mo-tivação de compra. Isso implica necessariamente uma maior profissionalização do setor em várias áreas e aí sim, a formação desenvolve um papel fulcral. A fim de dotar a nossa equipa de todas as ferramentas, procedimentos e atitudes, temos um programa de formação interno próprio assim como nos apoia-mos também num conceito de formação central fornecido pela própria Century21 Portugal, que abrange áreas tão importantes como formação jurídica, angariação, venda, qualificação finan-ceira, fotografia, apresentação, gestão de tempo, entre outras. Os critérios para intergrar a nossa rede encontram-se devidamen-te definidos, aquilo que procuramos sempre é alguém com uma motivação inabalável, pro-ativo, dinâmico que tenha um bom sentido de responsabilidade, que possua uma boa capacidade de comunicação e argumentação, sendo também fundamental falar inglês e francês. Aproveitamos a oportunidade para infor-mar que neste momento estamos em fase de recrutamento, indo de encontro à nossa política de expansão.

É sob este propósito que a Century21 se apresenta aos seus clientes. Desde 2009 que a marca está presente na Nazaré pelas mãos de Ofélia Correia, com a Century21 Ramomi.

www.century21.pt/ramomi

RAMOMI

Que balanço faz da atividade da Century21 na Nazaré?Temos cerca de 65 por cento da quota do mercado imobilário na Nazaré, temos tido índices de crescimento na ordem dos 24 por cento ao ano, portanto o balanço que fazemos da atividade da Century21 Ramomi no concelho da Nazaré não poderia ser mais positivo. Conjugado com isto temos recebido vários prémios to-dos os anos da campanha de reconhecimento da Century21 Por-tugal, sendo de destacar o 11º lugar no ranking nacional no ano de 2015, tendo apenas como concorrentes diretos agências da C21 de Lisboa, Sul do Tejo e Algarve. Quanto aos prémios indivi-duais, quatro dos nossos consultores imobiliários foram distin-guidos com prémios, Ruby, Esmeralda e Diamante, com índices de faturação significativos, superando os seus próprios objetivos para o ano de 2015.

Qual objetivo da Century21 para este ano?Um dos objetivos primordiais no setor da mediação imobiliária é a sustentabilidade. O que pretendemos para este ano, não é apenas ultrapassar os resultados liquidos do ano passado, assim como continuar a nossa politica de marketing e publicidade, continuarmos a prestar um serviço de excelência ao nosso clien-te proprietário e comprador; implementar as novas ferramentas da Century21 Portugal e crescer. Pretendemos crescer em nú-mero de consultores e locais de atendimento ao público, a fim de podermos prestar um serviço de proximidade e aumentar ainda mais a nossa visibilidade. O que vos distingue da concorrência?O que nos distingue dos nossos parceiros, pois é dessa forma que nos relacionamos, em parceria, são vários fatores. O maior fa-tor diferenciador é de facto o profissionalismo e a excelência do trabalho apresentado, do acompanhamento e relação próxima de confiança que conseguimos estabelecer com os nossos clien-tes. Dizemos muitas vezes que este negócio, não são casas, são pessoas. Queremos estar ao lado dos nossos clientes e queremos que eles sintam a confiança e a tranquilidade suficiente para to-marem uma decisão firme, consciente e esclarecida do investi-mento que vão realizar. Para isso ajuda os nossos consultores falarem inglês, francês, espanhol, alemão e russo, termos uma equipa de 13 pessoas e uma direção e gerência sempre disposta a resolver todos os assuntos relacionados não apenas com os pro-cedimentos legais da compra e venda dos imóveis, assim como da instalação em Portugal. Acompanhamos o nosso cliente na li-gação da água, eletricidade, gás e telecomunicações, ainda o aju-damos com todas as questões legais de registo na conservatória e finanças, tudo isto de forma gratuita e altamente profissional.A Century21 oferece um serviço completo aos seus clientes.

Quais as perspetivas de futuro para o mercado imobiliário na Nazaré?As perspetivas de futuro para o mercado imobiliário na Naza-ré são de aumento da procura, mas necessitamos que a oferta acompanhe esta tendência para fazer face a todas as exigências dos nossos clientes. Fruto do desinvestimento na construção, neste momento o mercado da venda de imóveis novos repre-senta apenas cinco por cento a 10 por cento do total dos imóveis transacionados. Estamos em crer que se houvesse mais cons-trução haveria garantidamente mais transações efectuadas. Neste momento existem todos os tipos de cliente, desde aquele que procura uma casa de férias nas ruas típicas da Nazaré, o que quer desfrutar de uma moradia com vista mar, o que procura uma casa a 10 minutos da praia e o quer um apartamento na marginal para usufruir do fantástico pôr-do-sol.

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www.century21.pt/ramomi

RAMOMI

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APARTAMENTOS E RESTAURANTES DE EXCELÊNCIA

Composto pela componente de restaurante e apartamentos/quartos para alugar, a Sete Saias é uma empresa familiar com cerca de 34 anos, aquando da abertura do seu primeiro restau-rante, em pleno coração da Nazaré.Há 17 anos abre o segundo restaurante, o Sete Saias II e volvi-dos dois anos, insere-se na área do alojamento particular. Atual-mente, dispõe de um leque variado de opções, quartos e aparta-mentos de tipologia T0 a T4, espaços com decoração moderna e recentemente remodelados.Nos dois restaurantes em que as especialidades vão desde caldei-rada de peixe, arroz de tamboril e de marisco, massada de peixe a peixes grelhados, Zita Bem, proprietária, fazem-nos um balanço de mais de 30 anos de atividade.“Somos uma empresa familiar que foi crescendo de geração em geração. O nosso trabalho prende-se com uma época sazonal, tra-balhando essencialmente no verão, mas temos registado que hoje, mesmo no outono e inverno, onde temos menos movimento, temos hospédes e os restaurantes estão abertos todo o ano”, explica Zita

SETE SAIAS

A EXCELÊNCIA DA COZINHA NAZARENAEsta referência gastronómica na Nazaré vai já na sua quarta ge-ração. Esta casa com mais de 100 anos, que se mantém desde 1929 nas mesmas instalações, é hoje gerida por Manuel Pires e Rui Pires, pai e filho, respetivamente. O restaurante Casa Pires – a Sardinha, localizado no Sítio da Nazaré, convida todos a desco-brirem os sabores da cozinha nazarena. Como não podia deixar de ser, fazem parte destes o peixe fresco, grelhado, em especial a sardinha, ou não desse esta nome à casa. Mas também o cher-ne e o robalo são especialidades da casa, compartilhando esse título com a caldeirada à nazarena. Mas antes de provar o prato principal, há que saborear as amêijoas. ‘No banquete da vida, um dos melhores pratos é a amizade’, é sob este lema que Manuel e Rui Pires têm gerido esta casa centenária, pois “acreditamos que o bem servir nos tornará para sempre amigos”. Manuel Pires conta à Portugal em Destaque que esta casa abriu portas pelas mãos do seu avô. “Vamos já na quarta geração, pois o meu filho também já aqui está”, diz, com orgulho. O espaço com configuração de res-taurante arrancou apenas em 1990. Até essa data, o mesmo só funcionava no verão e nas restantes épocas do ano tinha outros serviços relacionados. A sua equipa conta com nove pessoas, todas com bastante experiência na área da restauração, o que traz uma confiança acrescida no futuro. “Todos se dedicam a este espaço de alma e coração, tenho ao meu lado uma equipa bastante profissional e experiente, mas também muito divertida, pelo que sei que temos tudo para continuar a ter sucesso”, diz o gerente.

Bem.Para o futuro é perentória em afirmar “queremos manter o negó-cio, esse é o nosso principal objetivo e isso já era ótimo”, remata a empresária.

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MIRA Mira situa-se entre Aveiro e a Figueira da Foz na longa extensão costeira muitas vezes designada como a Rota da Luz. É fácil entender por que recebeu este nome: o efeito ofuscante da luz do sol sobre a areia, o mar a vegetação e o brilho das cores contrastantes da paisagem serviram de inspiração ao nome. É uma zona que com-preende a cidade de Mira, situada a cerca de sete quilómetros para o interior, e a vila piscatória da Praia de Mira na costa. No interior desta vila piscatória estende-se a conhecida lagoa de água doce chamada Barrinha. A variedade de paisagens que separa a vila costeira e a cidade no interior é notável: vão desde a forte ondulação do Atlântico à vasta extensão de dunas de areia até à lagoa e os pinhais que rodeiam a cidade.Originalmente uma aldeia de pescadores, a Praia de Mira tornou-se um destino tu-rístico cada vez mais popular. A pesca continua a ser a actividade principal, usando os coloridos barcos tradicionais, com as suas longas proas curvas, apesar de os trac-tores substituírem hoje em dia os bois que originalmente eram usados para puxar as redes. Restam ainda alguns exemplos de casas típicas de pescadores de madeira, conhecidas como “palheiros”. Hoje, porém, estes encontram-se lado a lado com cafés e restaurantes que surgiram para atender aos visitantes em busca da especialidade gastronómica que é, naturalmente, o peixe fresco. As fortes ondas do Atlântico atraem muitos surfistas, mas a Praia de Mira é também muito popular pela sua diversidade natural. A lagoa da Barrinha é perfeita para natação, canoagem, windsurf e pesca. A área envolvente dispõe de um panorâmico trilho de bicicletas e caminhadas que passa por florestas, lagoas, dunas de areia e pela praia.

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MIRA, UM MUNICÍPIO DE BANDEIRA AZUL

Inserido no distrito de Coimbra e contando com cerca de 13 mil habitantes, propagados por uma área de 124 km2, Mira é um mu-nicípio desde sempre ligado à natureza, que encontra na riqueza deste recurso, ou na hospitalidade que caracteriza “as pessoas de cá”, alguns dos traços que – na ótica do presidente da Câma-ra Municipal, Raul José de Almeida – caracterizam o território. Continuando esta linha de pensamento, entre as características naturais que permitem a diferenciação de Mira está a sua “ótima localização”, entre os municípios de Aveiro e Figueira da Foz, mas com grande proximidade também às cidades do Porto e Coimbra. A esse fator acrescentam-se, todavia, os recursos naturais aqui presentes, que incluem as lagoas de Mira e da Barrinha ou a praia do município, cuja excelência e singularidade se comprova pelo facto de esta ser a única a preservar o estatuto de Bandeira Azul da Europa desde 1987, vendo a sua excecional qualidade continuadamente reconhecida ao longo de quase 30 anos. Mas, se argumentos como este não fossem já suficientes para justi-ficar uma visita a Mira, que dizer dos cerca de 35km de pista ciclopedonal, ou dos variados percursos pedestres, “todos eles marcados com notas explicativas”, que possibilitam o indispensá-vel contacto com a natureza?

Raul José de Almeida deixa-nos um retrato do muni-cípio de Mira, destacando as virtudes de um território abençoado pela natureza, mas que também procura novas soluções na indústria. Reservado para o final, fica o convite para visitar uma praia que, há quase 30 anos consecutivos, é bandeira azul.

MUNICÍPIO DE MIRA

“Turismo todo o ano”Não admira, uma vez enunciados estes argumentos, que Mira se tenha vindo a afirmar cada vez mais enquanto um destino de fortíssima vocação turística, capaz de atrair não só as delícias de portugueses, mas também do público internacional. “Temos feito uma grande aposta no turismo, que passou e continua a passar pela requalificação urbana e pelos arranjos urbanísticos”, explica o au-tarca. Essa mesma preocupação tem vindo a refletir-se, de resto, nas variadas iniciativas de divulgação em que o município tem vindo a participar, onde se englobam as feiras de turismo reali-zadas quer no interior do nosso país, quer em Espanha.Acima de tudo, e atendendo à “sazonalidade do emprego” que nor-malmente caracteriza setores como o turismo, tem sido esforço do executivo liderado por Raul José de Almeida “captar as pes-soas a visitar o nosso município também fora da época balnear”, na medida em que “existem muitas coisas para conhecer” num terri-tório empenhado em encontrar no lema ‘Turismo todo o ano’ um slogan diferenciador. A justificar esse mesmo epíteto, e parale-lemente às ofertas naturais, existem outros espaços de inegável interesse, tais como a Igreja de São Tomé, a Capela da Praia de Mira, o Museu Etnográfico ou os Moinhos de Água, entre outros exemplos.

A indústria como prioridadeSe o turismo tem vindo a assumir-se como um dos “eixos orienta-dores da política” da atual autarquia, importa salientar que outra

RAUL JOSÉ DE ALMEIDA

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importante quantidade de empenho e preocupação tem vindo a ser dedicada à componente industrial do município. Foi precisa-mente neste mês de maio que se presenciou o arranque de uma nova zona industrial “custeada pelo município a cem por cento e sem apoios comunitários”, que possibilitará a “instalação de investi-mento estrangeiro”, alcançando-se deste modo a “geração de em-prego e a captação de riqueza”.A nova zona empresarial irá, por sua vez, servir de complemen-to aos polos industriais I e II, que “estão a ficar demasiado cheios”. A fim de materializar esse mesmo investimento – e, desse modo, se fazer jus a um tecido empresarial marcado pela sua “diversida-de”, em que nenhum setor de atividade se evidencia dos demais – o presidente da Câmara manifesta a expectativa de que “os fundos comunitários também nos venham ajudar”, invertendo-se assim as dificuldades de aproveitamento sentidas em mandatos anteriores.

Um novo paradigmaEm funções desde 2013, Raul José de Almeida faz um “balanço positivo” de um mandato em que outra das prioridades tem sido a mudança do “paradigma que existia na Câmara Municipal”. Essa mesma alteração tem-se verificado essencialmente através da aposta que o atual executivo tem feito no “diálogo com a popu-lação e a participação cívica. Temos feito assembleias municipais descentralizadas, orçamentos participativos, temos ouvido e dado direito de voz às pessoas”, exemplifica o nosso interlocutor.

Mas “a mudança de paradigma” que se tem vindo a sentir no mu-nicípio de Mira evidencia-se também nos já referidos fundos comunitários. “A Câmara fica com muito pouco dinheiro para in-vestimento depois de pagar as despesas correntes que são normais”, pelo que “temos que trabalhar muito o acesso aos fundos, que até aqui não era muito trabalhado”. Pegando no exemplo concreto das obras de requalificação urbana levadas a cabo no território, o presidente esclarece que “foi preciso encontrar ferramentas e documentos que não estavam ao dispor do município porque não tinham sido criados”.

Um município de olhos no futuroParalelamente aos investimentos que têm vindo a ser realizados nos setores do turismo e da indústria, Raul José de Almeida des-taca outra área “muito importante” à qual será necessário atender. “Temos um grande défice no setor das águas e do saneamento”, com uma área de cobertura ainda relativamente baixa. “Obviamente que, com a ajuda dos fundos estruturais poderemos, no futuro, ir colmatando essa necessidade”, conclui.Já em registo de despedida, o nosso interlocutor aproveita para deixar um convite a todos os leitores. “Venham visitar a Praia de Mira. Por alguma razão somos, consecutivamente, a única praia de bandeira azul”. O presidente da Câmara desafia, assim, cada um a “ter curiosidade de nos visitar” e “comprovar a nossa qualidade”. Tudo isto, ao som de uma promessa: “não se arrependerão e hão de cá voltar!”

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VIANA DO CASTELOAssumindo-se como capital de distrito, Viana do Castelo é uma cidade localizada no norte de Portugal com aproximadamente 38 mil habi-tantes, funcionando também como sede de um município que agrega cerca de 91 mil pessoas, numa área total de 314 km2. Propagada pelas 27 freguesias do concelho está a tipicidade de um património cultural único, não sendo por acaso que Viana do Castelo tenha vindo a assu-mir o estatuto de “capital do folclore português”. Este é um título que ganha sentido se atentarmos à riqueza e paixão dos variados grupos etnográficos que dinamizam o concelho. Mas, a tais elementos, acrescentam-se outras tradições como a força do arte-sanato, simbolizado em produtos como os bordados ou a típica louça vianesa. O ex-líbris cultural e social de Viana do Castelo exprime-se, todavia, na incomparável Romaria de Nossa Senhora D’Agonia que, não por acaso, atrai turistas de todo o país em pleno mês de agosto. É “a rainha das Romarias de Portugal”.O potencial turístico de Viana do Castelo afirma-se, no entanto, atra-vés de múltiplas vertentes. Afinal, aos edifícios do século XVI, XVII ou XVIII propagados pela cidade, acrescenta-se a pureza das praias, o Santuário de Santa Luzia e respetiva paisagem sobre a cidade, ou es-paços museológicos que vão do Museu do Traje ao Navio-Hospital Gil Eanes. Mas a riqueza turística de uma cidade como Viana do Castelo não se consegue esgotar no apelo de um apenas um ou dois pontos de visita obrigatórios, já que falamos de uma cidade com a rara bênção de reunir o mar, o rio e o monte num só lugar.Quem desejar tranquilidade, qualidade de vida, o contacto com a na-tureza, um tratamento hospitaleiro, a essência do folclore português ou apenas a vontade de praticar desporto à beira-rio, tem em Viana do Castelo um ponto de passagem obrigatório. Afinal, já dizia a canção: “Havemos de ir a Viana…”.

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UMA FREGUESIA DINÂMICAEstendendo-se por uma área de 11,22km2, e somando cerca de 4900 habitantes, Areosa é uma “freguesia muito antiga” do concelho de Viana do Castelo, que se define pelo espírito associativo e pelo peso histórico das suas tradições.

JUNTA DE FREGUESIA DA AREOSA

Podemos começar por comprovar a ancestralidade de Areo-sa recordando a forma como o território chegou e continua a funcionar como parte integrante dos caminhos de Santiago de Compostela. Sendo esta, todavia, uma freguesia historicamente associada a atividades como a agricultura e pesca, era junto da capela da Boa Viagem que a população fazia as suas rezas, quan-do os seus familiares partiam para o mar, eternizando-se assim outra das memórias coletivas associáveis à freguesia.Hoje, pese embora o facto de ainda subsistirem alguns resquícios desse passado (nomeadamente no Portinho da Vinha, um local ainda hoje bastante frequentado por quem se dedica à ativida-de da pesca), Areosa é uma freguesia que encontra na área dos serviços a maior fonte da sua economia, apresentando, todavia, um conjunto de pequenas maravilhas que fazem dela ponto de paragem obrigatório, aquando de uma visita ao município de Viana do Castelo.

Um património singular“Em termos de património, uma das coisas que mais atrai os turistas são os moinhos de vento e de água” que se encontram espalhados pela localidade, introduz o presidente da Junta de Freguesia, Rui Mesquita. Mas, entre os ex-líbris de Areosa, destacam-se tam-bém elementos como o Poço Negro, os Canos de Água ou os Ar-cos do Fincão, todos eles dignos de uma visita atenta. Paralelamente às construções do homem – e nas quais se inclui ainda o famoso Cruzeiro dos Esquecidos – esta é uma freguesia que se afirma ainda pelo esplendor das suas características na-turais. Afinal, e tal como salienta o presidente da Junta de Fre-guesia, “Areosa tem as ribeiras que costumavam fornecer água à cidade, tem o mar que antigamente nos dava a alimentação e tem o monte”, o qual proporciona, ainda hoje, uma singular paisagem sobre o território.Independentemente da altura do ano em que a visita se faça, a freguesia de Areosa propõe ainda a prova das suas iguarias mais típicas: os lamparões, o mel e o famoso sarrabulho de S. Mamede. Todos eles se destacam nas festividades de São Mamede – mar-cadas sempre para o último fim de semana de agosto – são fre-quentemente conhecidas como a Festa do Mel.

A força do associativismoÀ conversa com Rui Mesquita, um dos aspetos mais evidentes de Areosa é o espírito associativo dos seus habitantes. Salien-te-se que nesta localidade moram organismos como, por exem-plo, a Sociedade de Instrução e Recreio Areosense ou a Socie-dade Columbófila Areosense, que se afirmam como autênticas

referências para o país, dada a sua longevidade. Destaco também o Agrupamento do Sr. Socorro do Corpo Nacional de Escutas, Grupo Desportivo Areosense, Grupo Desportivo e Cultural dos Cabeços entre outras. Já entre as entidades mais recentes, des-taca-se o Associação de Dadores de Sangue de Areosa e o Grupo BTT Gotinhas, que ajudou a sensibilizar a freguesia para a im-portância da dádiva de sangue.Igualmente indissociáveis da identidade areosense são os grupos folclóricos da freguesia: o Grupo Etnográfico da Areosa é o mais antigo, que completa este ano meio século de existência e que, ao longo destes 50 anos, se caracterizou pelo “traje que é muito bonito”; mais recentemente, foi criado o Grupo Etnofolclórico Renascer de Areosa. É precisamente fazendo jus ao aforismo da freguesia que se cos-tuma dizer que “o vermelho mais vermelho do Alto Minho é o da Areosa”.

Ação social como prioridadeAssumindo-se como uma pessoa sempre ligada ao associativis-mo, Rui Mesquita garante que uma das iniciativas-bandeira do seu mandato é o apoio aos grupos locais. “Quando cheguei a Areo-sa, reparei que cada associação trabalhava muito por si e era minha intenção juntá-las”. Foi nesse âmbito que, em 2014, foi organizada a primeira edição do evento Areosa Ativa, que permitiu o estre-itamente de laços entre os diferentes grupos associativos e a di-vulgação das suas iniciativas.Outra das linhas-mestras tem sido a ação social. O reflexo mais emblemático desta preocupação está no desenvolvimento de um Centro de Dia, já em fase final de construção. “Temos visto os nossos idosos fugir para as freguesias vizinhas por não encontra-rem condições aqui”, lamenta o porta-voz. Recentemente criado, entretanto, foi um Centro de Convívio que neste momento fun-ciona quatro dias por semana, proporcionando aos idosos “uma forma de os fixar, mantê-los ativos e fazê-los conversar”, salienta Rui Mesquita.Já relativamente ao futuro, o autarca exprime o desejo de ver concluídas duas obras de grande relevo. “Gostava que o nos-so campo de jogos, junto ao mar, fosse transferido para o interior da freguesia, tornando-se assim mais cómodo para os pais e as crianças”, explica. Outra das prioridades passa, entretanto, pelo investimento numa estrada alternativa que permita ligar Areosa à freguesia de Carreço e servir como uma alternativa à Estrada Nacional 13. Será, efetivamente, através de iniciativas como esta que a Junta de Freguesia continuará a contribuir para a missão de continuar a fazer de Areosa uma freguesia onde a natureza e a obra humana se unam numa comunhão única.

RUI MESQUITA

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“A CULTURA INSTITUCIONAL DE UMA ESCOLA DE LÍNGUAS”

Licenciada em Gestão de Marketing, foi em Viana do Castelo que encontrou todas as condições para iniciar o seu primeiro negócio na área do ensino. “Pensar neste negócio foi desenhar um serviço de forma a tornar a aprendizagem uma muito boa experiência. Por outo lado, queríamos realmente fazer a diferença no futuro de quem nos procurasse para aprender uma língua estrangeira; seja a curto prazo com o objetivo imediato de emigração, seja a mais longo prazo com crianças e ado-lescentes. Depois de algumas visitas e de alguns passeios, resolvemos vir para Viana onde encontrámos espaço no mercado para o que tínhamos em mente. É uma cidade lindíssima com infraestruturas naturais incríveis e com fáceis acessos.”Na escola estimula-se a aprendizagem e o enriquecimento cul-tural, proporcionando o contacto com outras línguas e culturas de uma forma intuitiva, divertida e eficaz. Para Maria João Cer-veira, este é o melhor método para captar a atenção dos seus alunos. “Comprometemo-nos a fazer um trabalho muito persona-lizado de forma a chegar a cada um dos nossos alunos e, de acordo com a complexidade da língua, tornar o processo de aprendizagem apelativo.”A mobilidade, competitividade e o aumento da probabilidade de se ser contratado são vantagens indiscutíveis de quem à partida domina pelo menos uma língua estrageira. “A língua é o veículo que melhor permite a integração num mundo globalizado. Cada vez mais o mercado de trabalho procura pessoas que dominem mais do que uma língua para além da materna. A mobilidade pela Europa é muito grande, assim como é grande o número de línguas muito dife-rentes que se falam só neste continente. Temos que ter instrumentos que nos permitam alargar horizontes”. A procura de inglês conti-nua em alta, mas os portugueses em trânsito para o estrangeiro estão agora a procurar cada vez mais as línguas de “países econo-micamente fortes”, como alemão e francês. “Esta procura está pro-porcionalmente relacionada com os picos de emigração. Se houver um pico de emigração muito elevado para um determinado país a procura enfoca nessa língua”.Quando questionada sobre o balanço que faz destes cinco anos à frente da Escola, não hesita em afirmar que “temos criado uma relação de confiança muito próxima com os alunos e respetivos encarregados de educação. Os alunos reinscrevem-se para dar con-tinuidade aos seus estudos, o que per si é um excelente indicador. Os que saem enviam-nos postais quando já estão instalados noutros países e é frequente perguntam-nos se não queremos abrir uma filial na cidade para onde se mudam. É muito bom.” Já com novos proje-tos em mente, Maria João Cerveira garante que o maior desafio da Escola é não esquecer o objetivo e propósito iniciais: “Conti-nuar a crescer mantendo sempre esta cultura de relação de proximi-dade com quem nos procura”, remata.

Sediada em Viana do Castelo, a Escola de Línguas foi fundada em 2011 e hoje conta com mais de 700 alunos, entre Viana do Castelo, Vila Praia de Âncora, Caminha, Vila Nova de Cerveira e Paredes de Coura. A escola dis-ponibiliza cursos de inglês para alunos a partir dos três anos, francês, alemão, mandarim, espanhol e portu-guês para estrangeiros, que pretende que sejam o mais próximo possível de um contexto real de comunicação. A revista Portugal em Destaque esteve à conversa com Maria João Cerveira, diretora da instituição, que nos falou da importância deste contacto com outras cultu-ras, dentro de uma realidade que progressivamente se torna familiar para os seus alunos.

ESCOLA DE LÍNGUAS DE VIANA DO CASTELO

MARIA JOÃO CERVEIRA

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O Colégio Internacional de Vilamoura (CIV) é a instituição de educação (Pré-escolar,

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(Cambridge Primary, Cambridge Secondary 1&2, Cambridge Advanced) de maior prestígio no Sul de Portugal.

Integrado num ambiente natural único, o Colégio Internacional de Vilamoura desenvolveu nos últimos 32 anos um modelo educativo inovador que aposta na aprendizagem precoce de línguas estrangeiras (português, inglês, francês, mandarim, russo e alemão), na investigação científica, no desenvolvimento do pensamento matemático, na promoção das artes e desporto, prioridades educativas sustentadas pelos valores democráticos e humanistas.

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