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Portugal a empreender e inovarSão quatro exemplos de projectos inovadores que venceram nos mercados.
SÔNIA SANTOS PEREIRA
s o n i a . p e ' e i r a
norte -americano, num contrato de valor
superior a 25 milhões de dólares (mais de19 milhões de euros). A Efacec foi selec-cionada pela 350 Green, operador demobilidade eléctrica dos Estados Unidos,
para fornecer 900 carregadores até 2014.Com este contrato, a Efacec tem em mãoso maior projecto à escala mundial de car-
ga rápida, posicionando o grupo portu-guês como o maior fabricante do mundodeste tipo de carregadores. Refira- se quea Efacec tem como objectivo afirmar-secomo líder internacional na área da mo-bilidade eléctrica. O grupo, que responde
por um volume de negócios superior amil milhões de euros, está presente em65 países e emprega 4.500 pessoas. AEfacec é detida pelos grupos José de Mel-lo e Têxtil Manuel Gonçalves. ¦MEDSIMLAB investena simulação médica
A MEDSIMLAB, 'start-up' portuguesadedicada à simulação médica de alta-fi-delidade, desenvolveu um protótipocomposto por um dispositivo mecânico eelectrónico que simula a contracção do
polegar quando electricamente estimu-lado. Este projecto, designado de TOF
(Train-of-Four) possibilita uma fiel mi-metização do efeito de fármacos. AMEDSIMLAB, criada em 1998, apostou na
concepção de centros de simulação, nodesenvolvimento de projectos de I&D+I(investigação, desenvolvimento e inova-
ção), simuladores médicos de alta-fide-lidade, programas educacionais, entreoutros. A empresa encontrou um nichode mercado que lhe tem permitido regis-tar elevados crescimentos de facturação.No ano passado, a MEDSIMLAB respon-deu por um volume de vendas de 850 mil
euros, sendo que já este ano encerrou o
primeiro semestre com uma facturaçãode 650-mil. Como realça a empresa, o ob-
jectivo de alcançar vendas de 750 mil eu-ros em quatro anos foi realizado em trêsexercícios. Agora, a MEDSIMLAB está
apostada em lançar quatro novos produ-tos até 2016 e, em simultâneo, interna-cionalizar a actividade para os PALOP(Países Africanos de Língua Oficial Por-
tuguesa). Já para o ano a empresa querconquistar o primeiro cliente em Angolae já estipulou que a seguir irá procurarespaço no mercado moçambicano ecabo-verdiano. ¦Corticeira Amorimalia desicjn e tradição
A Corticeira Amorim lançou um desafio à
Experimentadesign para pensar a cortiçacomo matéria-prima de eleição. Dez de-
signers (seis portugueses e quatro es-
trangeiros) pegaram na ideia e surgiu aMatéria, uma colecção de objectos fun-cionais e do quotidiano. O desafio mate-rializou-se em objectos como um can-deeiro, uma mesa de apoio, um balde de
gelo ou um saleiro e pimenteiro. MatériaCork by Amorim transformou-se numanova marca do portfolio da CorticeiraAmorim, onde se aliou o design e a mo-dernidade a um sector industrial e a umproduto tradicional, a cortiça. Desta for-ma, o líder mundial de produção de cor-tiça conseguiu diversificar as aplicaçõesda matéria-prima e conferir -lhe maiorvalor acrescentado. A colecção Matériatem sido muito bem acolhida no merca-do. Japão, Itália, França, Brasil e Portugalsão alguns dos países onde a colecçãoestá a ser comercializada. A CorticeiraAmorim tem pautado a sua estratégia porinvestimentos anuais em projectos de
inovação e valorização da cortiça. Nosúltimos quatro anos, o grupo submeteu18 patentes a registo. A Corticeira Amo-rim, liderada por António Amorim, res-ponde por um volume de negócios supe-rior a 490 milhões de euros. Com 77 em-presas espalhadas pelo mundo e 28 uni-dades produtivas, o grupo portuguêsemprega a nível mundial mais de 3.300
pessoas. ¦