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PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA DO TRE/SC PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA Prof. Albert Iglésia www.pontodosconcursos.com.br 1 Apresentação do Professor Caro Aluno, Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa com foco em concursos. Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) pela Universidade de Brasília (UnB) e especialização em Língua Portuguesa pelo Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a Universidade Castelo Branco. Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde 2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf, FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos do país (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial. Sempre que precisar, faça contato comigo. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga. Para refletir: “O pessimista dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade” (Winston Churchill).

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Apresentação do Professor

Caro Aluno,

Sou o professor Albert Iglésia. É com imensa satisfação que me

aproximo de você. Neste primeiro contato, gostaria de falar um pouco sobre

minha formação e minha experiência no ensino de Língua Portuguesa com foco

em concursos.

Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) pela

Universidade de Brasília (UnB) e especialização em Língua Portuguesa pelo

Departamento de Ensino e Pesquisa do Exército Brasileiro em parceria com a

Universidade Castelo Branco.

Há dez anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei

minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Desde

2004 moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e

interpretação de texto e redação oficial. Possuo experiência com diversas

bancas examinadoras. Entre elas, destaco aqui as principais: Cespe, FCC, Esaf,

FGV e Cesgranrio. Já participei da preparação de diversos alunos para os mais

importantes concursos do país (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais,

Petrobras, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin etc.).

Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, também atuo como

instrutor da Esaf (já tendo lecionado aulas de gramática e redação oficial para

auditores e analistas da Receita Federal) e de outras instituições

profissionalizantes. Por quase seis anos estive cedido à Casa Civil da

Presidência da República, onde atuei no setor de capacitação de servidores e

ministrei cursos de atualização gramatical e redação oficial.

Sempre que precisar, faça contato comigo. Nessa etapa da sua

vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada

vaga.

Para refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada

oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”

(Winston Churchill).

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Apresentação do Curso

Agora que você já me conhece melhor, que tal falarmos sobre o

curso?

O que proponho a você é um curso de exercícios comentados de

Língua Portuguesa de acordo com o edital do seu concurso. Eis o programa

que montei e que servirá de base para você alavancar seus estudos e

conquistar uma vaga no Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina:

Aula Assunto(s)

1 Estrutura e formação de palavras

Flexão nominal

2 Ortografia

Acentuação

3 Classe e emprego de palavras

4 Regência

Crase

5 Orações (processos de coordenação e subordinação)

6 Pontuação

7 Concordância

8 Texto

Significação contextual de palavras e expressões

As aulas serão disponibilizadas a você semanalmente e terão, em

média, cinquenta páginas e quarenta exercícios comentados, os quais serão

colhidos de diferentes bancas examinadoras.

Ressalto que não encontrei provas anteriores disponíveis no sítio

da instituição (www.pontuaconcursos.com.br), que tem o costume de só disponibilizar

os gabaritos. Nos sítios especializados de armazenamento de provas de concursos, só

encontrei uma (Agente Temporário de Serviço Administrativo da Polícia Militar de Santa

Catarina – 2011).

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No final de cada aula, constam um pequeno resumo com os pontos

principais de cada assunto abordado, uma lista das questões comentadas e o

gabarito delas. Faço isso para que você tenha a oportunidade de revisar,

durante a semana, a matéria estudada comigo.

Apresentação da Matéria

A partir deste ponto, passo a comentar as questões que dizem

respeito aos assuntos da aula de hoje (estrutura e formação de palavras;

flexão nominal).

Creio que você obterá a exata noção de como as explicações serão

transmitidas neste curso, do grau de complexidade das aulas e da linguagem

que usarei em nossos próximos encontros.

ESTRUTURA DE PALAVRAS

1. (Ceperj/Pref. de Itaocara-RJ/Assistente Social/2010) Quanto à estrutura

mórfica do termo, está correta a análise apresentada na alternativa:

(A) desgarradas – garra å tema

(B) choverá – rá å desinência número-pessoal

(C) levitante – ante å sufixo

(D) estrada – a å desinência nominal de gênero

(E) terra –terra å radical

Comentário – Alternativa A: correta. O conjunto radical + vogal temát-

ica denomina-se tema.

Alternativa B: incorreta. O morfema destacado é desinência

modo-temporal (designa o futuro de presente do indicativo). Lembre-se de que

as DESINÊNCIAS dividem-se em: nominal (indica o gênero e o número) e

verbal (indica modo-tempo e número-pessoa).

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Alternativa C: incorreta. O sufixo é somente o morfema “–nte”

(designa profissão, ofício, agente). O morfema “a” é VOGAL TEMÁTICA. Este

morfema se classifica em: nominal (“a”, “e”, “o”, quando átonas finais) e

verbal (“a”, “e”, “i”, designam as três conjugações verbais). Ex.: lata,

combate, livro – cantar (1ª conjug.), vender (2ª conjug.), partir (3ª conjug.).

Alternativa D: incorreta. O “a” destacado é vogal temática.

Alternativa E: incorreta. O elemento sublinhado é o tema.

Resposta – A

2. (FGV/Potigás/Administrador Júnior/2006) Assinale a alternativa em que

a palavra contenha o mesmo número de radicais que beligerâncias.

(A) brasileira

(B) unilaterais

(C) livremente

(D) convivência

(E) civilizadamente

Comentário – Beligerância é o estado de beligerante (adjetivo que qualifica

algo ou alguém que está ou promove guerra). Nota-se a presença de dois

elementos que trazem a significação básica do vocábulo: beli (bélico = que é

referente à guerra ou próprio dela) e ger (que também é encontrado em gerar;

gerente; gerir = dar existência, origem; causar).

Alternativa A: brasil é o único radical presente; eira é sufixo.

Alternativa B: aqui também temos dois elementos que

trazem

a significação básica da palavra unilaterais (uni + lateral).

Alternativa C: o único radical é o elemento livr; e é vogal

temática e mente é sufixo.

Alternativa D: viv é o radical; con é prefixo que denota

companhia; ência é sufixo e indica resultado da ação de conviver.

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Alternativa E: o radical é civ; il, ada e mente são sufixo; iz

representa vogal e consoante de ligação.

Resposta – B

3. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Na palavra

fotografia, há dois radicais: "luz" + "escrever". Assinale a alternativa em

que tenha havido erro na indicação do sentido do primeiro radical.

(A) antropografia – corpo humano

(B) bibliografia – livro

(C) braquigrafia – redução

(D) cinegrafia – movimento

(E) datilografia – mão

Comentário – com exceção do elemento datilo, todos têm seu significado

expresso corretamente. Datilo (do grego dátktylos) tem a ver com dedo. O

examinador foi capcioso e disse “mão”.

Resposta – E

4. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos

mórficos do vocábulo deixasse

(A) deix- = radical

(B) -e = desinência número-pessoal

(C) -a = vogal temática verbal

(D) deixa = tema

(E) -sse = desinência modo-temporal

Comentário – Perceba que não há como as alternativas B e E estarem

corretas ao mesmo tempo. A letra e não pode ser analisada separadamente,

pois integra o morfema -sse, o qual designa o tempo e modo verbal: pretérito

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imperfeito do subjuntivo. Portanto a letra B não apresenta classi-

ficação correta.

Resposta – B

5. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes

(A) imberbe

(B) imergir

(C) incréu

(D) iníquo

(E) inválido

Comentário – O prefixo referido é i-; que integra o grupo in-, en-, em-, e-.

Todos indicam movimento para dentro, conversão em, tornar (ingerir, imerso,

engarrafar, entristecer, engolir, embarcar, emudecer). Assim sendo, Se, por

exemplo, um estrangeiro entra em nosso país, ele é considerado pelos

brasileiros um imigrante. Imergir significa mergulhar, afundar, adentrar.

Fique atento, porque in-, im- e i- podem indica negação,

carência, ausência, falta (indelével, infelicidade, ilegal, irracional, irredutível,

impune). É isso o que ocorre nas demais palavras:

– imberbe: que não tem barba;

– incréu: que não tem fé;

– iníquo: que não tem senso de justiça;

– inválido: que não tem validade.

Resposta – B

6. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Em xenofobia, há a seguinte

combinação de sentidos: estrangeiro + aversão. Assinale a alternativa em

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que a explicação do sentido do elemento que antecede -fobia não tenha

sido feita corretamente.

(A) pantofobia (pantera)

(B) estasiofobia (permanecer de pé)

(C) fotofobia (luz)

(D) ictiofobia (peixe)

(E) gamofobia (casamento)

Comentário – Apenas o elemento “panto–” está com seu sentido indicado

erroneamente. Ele, na verdade, significa tudo, todo e provém do grego

pan–, pantós–. Está presente, por exemplo, nas palavras panteísmo,

pantógrafo, panaceia. Pantofobia expressa o estado de ansiedade que induz o

indivíduo a ter medo de tudo.

Resposta – A

7. (FGV/Codesp/Administrador/2010) Assinale o par de vocábulos em

que seus elementos mórficos destacados NÃO tenham o mesmo sentido.

(A) metropolitana – metrologia

(B) economia – ecologia

(C) telecomunicações – telepatia

(D) petróleo – petrificar

(E) sintonia – sinergia

Comentário – Alternativa A: “metropolitana” remete-nos à metrópole (cidade

grande, principal, importante; do grego méter/metrós + pólis: mãe + cidade).

Já “metrologia” (estudo e descrição dos sistemas de pesos e medidas) nos

lança de volta ao grego métron (medida), também presente, por exemplo, nas

palavras métrico, quilômetro, termômetro. É esta a resposta da questão.

Alternativa B: o radical “eco–” traduz a ideia de casa;

habitação; meio ambiente; residência; bens; propriedade. Também está

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presente nas seguintes palavras: ecodesenvolvimento, ecólogo, ecônomo,

ecosfera, ecossistema, ecossociológico, ecotoxicologia, ecoturismo, ecoturista

etc.

Alternativa C: o radical “tele–” significa longe, distanciamento.

Alternativa D: o radical “petr–” traduz a ideia de pedra,

rochedo: pétreo; petrificação.

Alternativa E: o prefixo “sin–” (ou sim–, si–) indica conjunto,

simultaneidade (sintaxe, síntese, sinfonia, simpatia, simetria etc.).

Resposta – A

8. (FGV/SAD-PE/Analista em Gestão Administrativa/2008) Essas pessoas,

portanto, costumam ser vítimas de si mesmas e de um estilo de vida

estressante auto-produzido.

Assinale a alternativa que contenha um vocábulo cuja forma auto assuma

valor diferente do que é veiculado em auto-produzido.

(A) autobiografia

(B) autodidata

(C) auto-estrada

(D) auto-esterilidade

(E) auto-extermínio

Comentário – Em “auto-produzido”, utilizou-se o prefixo auto–, que significa

por si mesmo ou de si mesmo; próprio, independente e com ele se podem

formar muitas palavras: autobiografia, autodidata, autoesterelidade,

autoextermínio, autossuficiência (grafias conforme o novo Acordo Ortográfico),

autocombustão, autodomínio etc.

Em “auto-estrada” (a grafia também de acordo com o novo

sistema ortográfico é sem hífen: autoestrada), o elemento “auto” é forma

reduzida de automóvel e está presente com a mesmo ideia nas palavras:

autódromo, autoescola, autopista, autorama etc.

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Resposta – C

9. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Assinale a palavra em que o

prefixo tenha o mesmo valor semântico que o de dissociação (L.23).

(A) dissolver

(B) dispor

(C) discordar

(D) disenteria

(E) dissimular

Comentário – Segundo o consagrado dicionário Houaiss, Em “dissociação”, o

prefixo dis- tem valor semântico de negação, oposição, como em discordar

(letra C).

Nas demais alternativas, segundo a mesma fonte de consulta,

os valores semânticos são os que se seguem abaixo:

- letra A: separação, disjunção – como em dissidência;

- letra B: ordem, arranjo, seriação – como em distribuir;

- letra D: dificuldade, defeito – como em dislalia, dislexia,

dispneia, por exemplo.

- letra E: aumento, intensidade, reforço – como em distenso,

por exemplo.

Resposta – C

PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

10. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos

retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras

diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:

(A) comprar / compra

(B) processar / processo

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(C) usar / uso

(D) descartar / descarte

(E) sentir / sentido

Comentário – No par indicado no enunciado, verifica-se o processo de

formação de palavras conhecido como derivação regressiva (ou deverbal).

Esse tipo de derivação corre na “contramão” da Língua, pois o processo normal

é criar o verbo partindo de um substantivo, e não o contrário. Mas essa é uma

realidade que acontece, com frequência, substituindo-se a terminação de um

verbo (vogal temática e desinência verbal) pelas vogais temáticas nominais

“a”, “e” ou “o”: mudar > muda; combater > combate; castigar > castigo. Esse

também é o processo de formação das palavras “compra”, “processo”, “uso” e

“descarte”, que constituem regressão dos respectivos pares.

Na letra E, o processo é sufixação, com acréscimo da

terminação verbal –ido (que designa o particípio).

Resposta – E

11. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques

(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo

processo de formação presente na palavra assinalada em:

(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”

(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”

(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”

(D) “...a fome representou ameaça permanente...”

Comentário – Ocorreu a retirada da parte final da palavra primitiva atacar,

ou seja, a substituição da terminação verbal (-ar) pela vogal temática nominal

(-e), com acréscimo da desinência nominal de número (-s). Houve, portanto, a

formação de substantivo abstrato a partir de verbo (da primeira

conjugação, notou?). Isso caracteriza a formação deverbal (ou regressiva, ou

pós-verbal).

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Nas alternativas A e B, temos derivação prefixal e sufixal.

Na alternativa C, temos derivação sufixal.

Resposta – D

12. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras

retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

Comentário – As três palavras que receberam prefixos são: des +

empregado; pós + graduação e contra + cheque.

Cuidado para não assinalar a letra B por achar que ganhar

exemplifica derivação regressiva (ou deverbal). Lembre-se de que, nesse tipo

de formação de palavras,

– o verbo perde sua terminação e ganha vogal temática

nominal (–a, –e ou –o);

– o substantivo deriva do verbo, e não o contrário;

– o substantivo formado é abstrato e indica ação. Exemplos:

mudar > muda; combater > combate;

castigar > castigo etc.

Resposta – D

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13. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo

que infra-estrutura

(A) nova-iorquina

(B) Paraisópolis

(C) planejando

(D) sobreviver

(E) embora

Comentário – Como a questão é de 2006, a palavra “infra-estrutura” deveria

ser escrita com hífen. Diante de VOGAL, H, R e S, o prefixo infra- ligava-se ao

outro elemento por meio do hífen. Atualmente, o hífen será usado se o

segundo elemento iniciar por H ou por A (vogal idêntica à que finaliza o

prefixo).

Já deu, então, para você notar que o processo de formação

da palavra destacada é prefixação, semelhantemente ao que ocorre em

“sobreviver”. Nas outras opções, temos:

– “nova-iorquina”: composição por justaposição;

– “Paraisópolis”: sufixação;

– “planejando”: sufixação;

– “embora”: composição por aglutinação.

Resposta – D

14. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo

(verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.

(B) derivação prefixal.

(C) derivação parassintética.

(D) derivação sufixal.

(E) derivação imprópria.

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Comentário – A partir do substantivo mudo, foram acrescentados

simultaneamente o prefixo – e o sufixo –ecendo, o que caracterizou derivação

parassintética.

Resposta – C

15. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento

(B) supersalários

(C) geométrica

(D) insatisfação

(E) imprecisas

Comentário – Somente a palavra “geométrica” é formada por derivação

sufixal. O morfema ic(a)– foi adicionado à palavra geometria, já existente na

Língua.

Nos demais casos, o processo de formação de palavras é

derivação prefixal:

– “autoconhecimento”: acréscimo do morfema auto– à

palavra conhecimento.

– “supersalários”: acréscimo do morfema super– ao vocábulo

preexistente salários.

– “insatisfação”: a prefixação foi feita por meio do mor-

fema in– adicionado ao substantivo satisfação.

– “imprecisas”: o prefixo im– foi adicionado à palavra

precisas.

Resposta – C

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16. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de

dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.

(A) autogeridas

(B) descolonização

(C) superendividamento

(D) ecossistema

(E) desigualdades

Comentário – Em “ecossistema”, houve uma composição híbrida formada

pelo radical grego eco (= casa, hábitat) e o substantivo “sistema”.

Alternativa A: “auto–” é prefixo, expressa ideia de por si

mesmo.

Alternativa B: “des–” é prefixo latino de valor semântico

de negação, contrariedade.

Alternativa C: o prefixo “super–” (= excesso, abundância) foi

acrescido ao substantivo “endividamento”, que é formado por parassíntese a

partir da substantivo dívida.

Alternativa E: novamente houve o acréscimo do prefixo “des–

”, que já foi objeto de comentário na presente questão.

Resposta – D

17. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as

demais.

(A) ilegais

(B) desacompanhado

(C) incompatíveis

(D) demográfica

(E) inter-regionais

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Comentário – O vocábulo “demográfica” decorre da união de dois radicais de

origem grega: dem (povo) e graf (escrita). Assim sendo, o processo de

formação dessa palavra é composição por justaposição.

Nos demais casos, temos acréscimo de prefixos:

– “ilegais” = i– + legais;

– “desacompanhado” = des– + acompanhado;

– “incompatíveis” = in– + compatíveis;

– “inter-regionais” = inter– + regionais.

Resposta – D

18. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por

derivação sufixal.

II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados

por composição e derivação.

III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos

formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: certo. À palavra estrutura, foi adicionado o sufixo

–dor (que denota profissão, ofício, agente). Ao já existente vocábulo civilização

– que também é formado por sufixação –, foi posto o sufixo –al (interessante

que, para isso, a forma erudita foi evocada: civilizacion). Por último, houve a

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utilização do sufixo –vel (que foi pluralizado em –veis) a partir da forma verbal

renovar.

Item II: errado. Não existe composição, que se caracteriza

pela união de dois radicais. O que existe é derivação sufixal (hominizar + ção;

dilapidar + ção) e derivação prefixal e sufixal (auto + destruir + ção).

Item III: errado. Já bastaria a explicação anterior para você

constatar que “autodestruição” não é formada por composição. Mas analisemos

também as demais palavras.

– “contrapartida”: houve o acréscimo do prefixo contra– ao

vocábulo partida.

– “responsabilidade”: houve o emprego do sufixo –(i)dade à

palavra preexistente responsável.

Resposta – A

19. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos

de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.

II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.

III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir

do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentário – Item I: errado. Nem sempre os sufixos –(z)inho e –(z)ito

indicam diminuição física de algo. Às vezes, eles expressam o sentimento do

interlocutor em relação ao ser nomeado (amorzinho, docinho, benzinho etc.);

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não é raro conferir valor semântico depreciativo (carrinho, golzinho, povinho,

gentinha, juizinho etc.), como também ocorreu aqui.

Item II: errado. Tal palavra é formada por sufixação, ou seja,

com o emprego do morfema –ista (participante, seguidor de doutrina, escola,

religião, esporte, profissão) ao vocábulo preexistente utilitário.

Item III: certo. Para efeito de esclarecimento, é bom saber

que o prefixo grego an– traz a ideia de negação, carência, e o sufixo grego

–ismo forma substantivo que traduz ciência, escola, sistema político, religioso

(romantismo, modernismo, socialismo, catolicismo etc.).

Resposta – C

20. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação

do vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.

(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de

gênero feminino.

(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palav-

ra “metafísica”.

(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.

(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

Comentário – Alternativa A: errada. Na aglutinação, unem-se dois ou mais

vocábulos ou radicais e há supressão de um ou mais de um de seus elementos

fonéticos (fidalgo = filho de algo; quintessência = quinta essência; boquiaberto

= boca aberto etc.). Esse fato linguístico não ocorreu na palavra “meta-ética”.

Meta– é prefixo, não possui autonomia.

Alternativa B: errada. Muito cuidado aqui! Ética (conjunto de

princípios, normas e regras que devem ser seguidos para que se estabeleça

um comportamento moral exemplar) é substantivo feminino. Não é possível

fazer-se oposição de gênero (masculino/feminino); portanto o a é vogal

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temática nominal. Não confunda o emprego desse vocábulo como adjetivo, em

que o a passa a ser desinência nominal de gênero feminino, pois é possível

estabelecer-se a distinção entre os gêneros: ele é ético/ela é ética.

Alternativa C: certa. O prefixo grego meta– pode exprimir

mudança, além, depois de, no meio (metamorfose, metáfora, metonímia,

metacarpo, metatarso).

Alternativa D: errada. Completamente descabida. Não existe a

tal vogal de ligação para unir palavras por meio do hífen. O “a” integra, como

já vimos, o prefixo.

Alternativa E: errada. Na justaposição ocorre a união de duas

ou mais palavras (ou radicais) sem que haja alteração em suas estruturas.

Como vimos, meta- é prefixo, não tem autonomia.

Resposta – C

21. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja

formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional

(B) sustentabilidade

(C) saneamento

(D) obrigatoriedade

(E) olímpicos

Comentário – A rigor, em “megalópoles” houve composição por justaposição,

pois os elementos mega– (= grande; presente em megalomania, megaton,

megaevento etc.) e –póles (= cidade; presente em acrópole, Petrópolis,

metrópole etc.) nos remetem aos radicais gregos megás e polis. Entretanto,

parece que, na passagem para o Português, mega– cristalizou-se como prefixo

(ou falso prefixo). E foi assim que a banca entendeu para justificar o gabarito e

evidenciar a derivação prefixal, como em internacional (inter– + nacional).

Nessas horas, o candidato deve escolher a melhor resposta.

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Nas demais alternativas, temos derivação sufixal:

– sustentável + –(i)dade;

– sanear + –mento;

– obrigatório + –(e)dade

– olimp– (ref. à cidade de Olímpia, na Grécia) + –ico.

Resposta – A

22. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias

(B) auto-organização

(C) antielisão

(D) ilícito

(E) internacional

Comentário – A palavra “injustiça” é formada por derivação prefixal (in– +

justiça), bem como as palavras: “auto-organização” (auto–), “antielisão” (anti–

), “ilícito” (i–) e “internacional” (inter–).

A palavra “tecnologias” é formada por derivação sufixal:

teknos (radical grego) + log (outro radical grego) + –ia (sufixo nominal). Res-

posta – A

FLEXÃO NOMINAL

Apesar de figurar no seu edital, não é comum surgirem questões

sobre este assunto. Portanto ele não deve deixá-lo preocupado. Basta uma lida

atenciosa nas minhas explicações e a resolução de alguns poucos exercícios

para que você compreenda a simplicidade do assunto e perceba como isso

pode ser cobrado em prova.

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23. (Fundatec/Emater-RS/Economista/2008) Julgue as informações que se

seguem.

I – Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

II – Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

Comentário – É importante reescrever as passagens já com as alterações

sugeridas e compará-las como a forma original.

I – As equações contêm os ingredientes do sucesso.

II – Era uma administradora ausente do campo e presente

nas grandes capitais, onde esbanjava suas riquezas.

Em I, sofreram modificações de número o artigo A > As (de

singular a plural) e o verbo contém > contêm (note a substituição do acento

agudo pelo circunflexo, que indica a terceira pessoa do plural: elas). Em II, a

mudança ocorreu no gênero do artigo: um > uma. Tudo isso foi feito para

preservar a harmonia com os substantivos equação > equações e

empresário > administradora.

O artigo inclui-se no conjunto das classes gramaticais

variáveis; sofre flexão de gênero e número, de acordo com o substantivo que

acompanha, como se percebe neste exercício.

Resposta – Itens corretos.

24. (Fundatec/Sec. da Admin. Munic. de Caxias do Sul/Economista/2007)

Considere a seguinte proposta de alteração em palavra do texto e assinale

com V, se for verdadeira, ou com F, se falsa.

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(...) Se a palavra jornais (linha 11) fosse substituída por revista, apenas

três alterações seriam necessárias para manter a correção gramatical do

período em que está inserida.

11 (...) Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

Comentário – Como estamos novamente às voltas com substituição de

palavras do texto original, minha orientação continua a mesma: reescreva a

passagem já com as alterações propostas e faça a comparação.

11 (...) A revista ficou mais estreita para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

Dessa forma fica claro que realmente são apenas três

alterações necessárias: a do artigo (Os > A), a do verbo (ficaram > ficou) e

a do adjetivo (estreitos > estreita).

O artigo, conforme comentário à questão anterior,

flexiona-se em gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural)

para manter a harmonia com o substantivo a que se refere (revista).

Sobre a flexão do verbo, o comentário ficará para o próximo

encontro, uma vez que o propósito agora é tratar da flexão nominal.

Já a flexão do adjetivo merece uma explicação mais

detalhada. Note que ele flexionou-se em gênero e número (estreitos >

estreita) em razão do novo substantivo: revista. Portanto a flexão do gênero

do adjetivo orienta-se pelo gênero do substantivo, procedendo-se às

alterações necessárias (adjetivos biformes):

aluno estudioso (masculino)

aluna estudiosa (feminino)

Todavia, há aqueles que têm somente uma forma

(uniformes) para relacionar-se com os substantivos:

aluno inteligente (masculino)

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aluna inteligente (feminino)

Alguns adjetivos também merecem sua atenção. São eles:

Masculino Feminino

ateu ateia

plebeu plebeia

sandeu sandia

judeu judia

réu ré

motor motriz

gerador geratriz

incolor, bicolor, tricolor, maior,

menor, superior, inferior, anterior,

posterior

invariáveis

Uma observação ainda deve ser feita sobre a flexão dos

adjetivos. Se a palavra for um substantivo exercendo papel de adjetivo, ela

ficará invariável: colisões monstro, sapatos cinza, calças rosa, blusas vinho

etc.

Resposta – Item verdadeiro.

25. (Fundatec/Petrobras/Economista/2004) Considere as seguintes afirmações

sobre a flexão de número de substantivos e adjetivos retirados do texto.

I – O vocábulo profissionais (linha 04) foi formado pelo mesmo processo que

formaria o plural de trivial (linha 09) e desleal (linha 11).

II – O plural das palavras invisível (linha 10) e difícil (linha 24) não é formado

pelo mesmo processo.

III – Pluralizam-se as palavras vulgar (linha 12) e feliz (linha 17) da mesma

maneira.

Quais estão corretas?

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A) Apenas a I.

B) Apenas a II.

C) Apenas a I e a III.

D) Apenas a II e a III.

E) A I, a II e a III.

Comentário – Tratou-se aqui do plural (flexão de número) de substantivos e

adjetivos simples. O plural destes obedece às regras daqueles, assim:

1 – Terminados em VOGAL, DITONGO, TRITONGO ou HIATO, acrescenta-se S:

Ex.: manga – mangas, história – histórias, economia – economias

2 – Terminados em ÃO, faz-se o plural de três formas:

2.1 – Mudando a terminação por ÕES:

Ex.: balão – balões, coração – corações, vulcão – vulcões, peão – peões,

leão – leões, etc.

2.2 – Mudando a terminação por ÃES:

Ex.: alemão – alemães, cão – cães, capelão – capelães, escrivão

– escrivães, tabelião – tabeliães, etc.

2.3 – Acrescentando-se S à terminação:

Ex.: cidadão – cidadãos, acórdão – acórdãos, cristão – cristãos, cortesão

– cortesãos, bênção – bênçãos, etc.

Obs.: Há palavras que possuem mais de um plural: alazão – alazães –

alazões, anão – anãos – anões, charlatão – charlatães – charlatões,

castelão – castelãos – castelões, guardião – guardiães – guardiões,

vulcão – vulcãos – vulcões, alão – alães – alãos – alões, aldeão –

aldeães – aldeões – aldeãos, ancião – anciãos – anciões – anciães,

ermitão – ermitãos – ermitões – ermitães, vilão – vilãos – vilões –

vilães, etc.

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3 – Terminados em AL, EL, OL ou UL, substitui-se o L por IS:

Ex.: carnaval – carnavais, jornal – jornais, papel – papéis, sol – sóis, lençol

– lençóis, taful – tafuis, paul – pauis, etc.

Exceções: mal – males, cônsul – cônsules.

4 – Se terminarem por IL, o plural será feito de dois modos:

4.1 – Se for tônico, troca-se o L por S: ardil – ardis, barril – barris, funil –

funis, etc.

4.2 – Se for átono, troca-se a terminação por EIS: difícil – difíceis, fácil

– fáceis, fóssil – fósseis, etc.

Obs.: As palavras RÉPTIL e PROJÉTIL, como paroxítonas, fazem o plur-al

RÉPTEIS e PROJÉTEIS; como oxítonas, REPTIL e PROJETIL, fazem

REPTIS e PROJETIS.

5 – Terminados em R ou Z, acrescenta-se ES:

Ex.: mar – mares, rapaz – rapazes, açúcar – açúcares, raiz – raízes, etc.

Obs.: Caráter tem o plural caracteres.

6 – Terminados por S, faz-se o plural assim:

6.1 – Se forem paroxítonos, ficam invariáveis: o atlas – os atlas, o lápis – os

lápis, o oásis – os oásis, etc.

6.2 – Se forem oxítonos ou monossílabos, acrescenta-se ES: ás – ases, gás

– gases, revés – reveses, etc.

Exceções: cais – invariável, cós – invariável (ou coses).

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7 – Terminados por M, troca-se essa letra por NS:

Ex.: bem – bens, homem – homens, jardim – jardins, etc.

8 – Terminados por N, acrescenta-se S ou ES:

Ex.: gérmen – germens (ou gérmenes), hífen – hifens (ou hífenes), pólen –

polens (ou pólenes), etc.

Resposta – E

26. (Ceperj/Pref. de Itaocara-RJ/Assistente Social/2010) O segmento que

apresenta adjetivo no grau superlativo é:

(A) “...Vermelhos como maçãs...” (l. 9)

(B) “Com toda minha ignorância” (l. 13)

(C) “...até que eu tinha...” (l. 16)

(D) “...o mais esquisito dos seres.” (l. 27)

(E) “...batendo que nem louco.” (l. 31)

Comentário – Vamos recapitular o grau do adjetivo e, assim, chegar à

resposta certa.

Dois são o grau dos adjetivos: comparativo e superlativo

(excluindo-se o grau normal).

a) Comparativo – indica a qualidade de um ser em

comparação com a de outro, ou compara duas qualidades de um mesmo ser,

dividindo-se em:

1 – SUPERIORIDADE î antepondo-se ao adjetivo a advérbio MAIS e

pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE).

Ex.: Meu estudo é mais importante que o seu. – João é mais esperto do que

gordo.

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forma analítica

2 – INFERIORIDADE î antepondo-se ao adjetivo o advérbio MENOS e

pospondo-se-lhe a conjunção QUE (ou DO QUE).

Ex.: Meu estudo é menos importante que o seu. – João é menos esperto do

que gordo.

3 – IGUALDADE î antepondo-se ao adjetivo o advérbio TÃO e

pospondo-se-lhe a conjunção QUANTO (ou COMO).

Ex.: Meu estudo é tão importante quanto o seu. – João é tão esperto como

gordo.

b) Superlativo î eleva ou reduz a qualidade de um ser no

mais alto grau em comparação ou não com a de outro ser, dividindo-se em:

1 – RELATIVO î eleva ou reduz a qualidade no mais alto grau em comparação

com a de outro ser, podendo ser de:

1.1 – SUPERIORIDADE î forma-se com a anteposição do artigo O, A, OS ou

AS à forma do comparativo de superioridade sem a presença das

conjunções comparativas.

Ex.: Você era a mais bonita das cabrochas desta ala.

1.2 – INFERIORIDADE î forma-se pela anteposição do artigo definido à forma

do comparativo de inferioridade sem a presença da conjunção

comparativa.

Ex.: Você era a menos bonita das cabrochas desta ala.

2 – ABSOLUTO î eleva ou reduz a qualidade de um ser sem comparação com

a de outro ser.

Ex.: O fato era estranhíssimo. (presença do sufixo) î forma sintética.

Ela era muito branca. (presença do advérbio)

Ela era branca, branca. (repetição do adjetivo)

Ela era pra lá de rica. (expressão superlativante)

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CUIDADO: alguns adjetivos apresentam apenas formas sintéticas para os

graus comparativo e superlativo.

bom mau grande pequeno

Comparativo de Superior. melhor pior maior menor

Superl. Relat. de Superior. o melhor o pior o maior o menor

Superl. Absoluto ótimo péssimo máximo mínimo

Ex.: Conquistar é melhor do que ganhar. (observe a presença da locução

conjuntiva comparativa)

João é o menor aluno da turma. (observe a presença do artigo)

Este assunto é péssimo. (observe a ausência da conjunção comparativa

e do artigo)

ATENÇÃO: quando comparadas duas qualidades do mesmo ser, usa-se a

forma analítica desses adjetivos.

Ex.: João é mais pequeno do que inteligente.

Seu comportamento é mais bom do que mau.

Resposta – D

27. (FCC/TRE-RS/Técnico Judiciário/Programação de sistemas/2010)

Considerada a flexão, a frase que está em total concordância com o

padrão culto escrito é:

(A) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras.

(B) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de

turismo não reteu os que não possuíam ingresso.

(C) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando

entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso

crime.

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(D) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão

privadas de grandes realizações do espírito humano.

(E) Os lusos-africanos ostentavam no braço fitinhas verde-amarela

Comentário – Alternativa A: incorreta. O plural de tabelião é tabeliães. Além

disso, o plural de quinta-feira é quintas-feiras, com os dois elementos indo

para o plural. Eis a regra:

Pluralizam-se os dois elementos dos substantivos compostos quando,

unidos por hífen, ocorre numeral + substantivo: segundas-feiras;

primeiros-tenentes.

Alternativa B: incorreta. O substantivo composto bota-fora é

invariável; a ideia de plural pode ser indicada pelo artigo: os bota-fora. Eis a

regra:

Os dois elementos do composto ficam invariáveis quando há verbo +

advérbio: os pisa-mansinho.

Além disso, o pretérito perfeito do indicativo do verbo RETER

conjugado na terceira pessoa do singular é RETEVE (eu retive, tu retiveste, ele

reteve, nós retivemos, vós retivestes, eles retiveram). Registre-se que, como o

verbo TER, se conjugam todos os seus derivados: abster-se, ater-se, conter,

deter, entreter, manter, obter, reter, suster. Basta antepor-lhes o prefixo.

Alternativa C: correta. O destaque fica por conta da flexão do

verbo REAVER no particípio: “reavido”. Ele é conjugado como o verbo haver,

mas só possui as formas que têm a letra “v”. Exemplo: reavemos, reaveis

(presente do indicativo); não existem as formas reei, reás, reá, reão.

Alternativa D: incorreta. O erro está na conjugação do verbo

conter. Como já foi dito aqui, ele deriva do verbo ter, que assume a forma

tiverem na terceira pessoa do futuro do subjuntivo. Portanto a flexão correta

do verbo conter – no mesmo tempo, modo, número e pessoa – é contiverem.

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Merece nosso comentário o plural do substantivo composto obra-prima:

obras-primas, com os dois elementos indo para o plural. Eis a regra:

Pluralizam-se os dois elementos, unidos por hífen, quando ocorre substantivo

+ adjetivo: amores-perfeitos, carros-fortes, cachorros-quentes, guardas-civis,

capitães-mores.

Alternativa E: incorreta. Quando o composto é formado por

dois adjetivos, somente o último elemento toma a flexão do plural: cabelos

castanho-escuros, saudades doce-amargas, ciências político-sociais, conflitos

russo-americanos, lenços verde-claros, hábitos grã-finos, clínicas

médico-cirúrgicas, jogos infanto-juvenis. Assim sendo, o correto é “Os

lusoafricanos” e “fitinhas verde-amarelas”.

Resposta – C

28. (Cesgranrio/Eletronuclear/Operador de Nuclear/2010) Observe os plurais

propostos.

I. debate pueril – debates pueris;

II. empresa recém-inaugurada – empresas recéns-inauguradas;

III. treinamento casca-grossa – treinamentos casca-grossas.

De acordo com o registro formal culto da língua, está correto APENAS o

plural em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

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Comentário – Item I: certo. Deve chamar sua atenção o plural da palavra

pueril (terminação IL), que se baseia na regra constante no item 4, subitem

4.1 da questão 24. Leia-a novamente:

4 – Se terminarem por IL, o plural será feito de dois modos:

4.1 – Se for tônico, troca-se o L por S: ardil – ardis, barril – barris, funil –

funis, etc.

Item II: errado. O plural correto do composto

recém-inaugurada é recém-inauguradas. Repare que somente o último

elemento sofreu variação. Por quê? Eis a regra:

Varia apenas o segundo (ou ultimo) elemento quando houver elemento

invariável + palavra variável: as sempre-vivas; as ave-marias; os vice-reis;

os alto-falantes; os abaixo-assinados, os recém-nascidos etc.

Item III: errado. O plural de casca-grossa é cascas-grossas

(os dois elementos sofrem flexão):

Pluralizam-se os dois elementos, unidos por hífen, quando ocorre substantivo

+ adjetivo: amores-perfeitos, carros-fortes, cachorros-quentes, guardas-civis,

capitães-mores.

Resposta – A

29. (Cesgranrio/Prominp/Técnico de Nível Médio/2010) O plural do trecho

“Para ser um inventor, basta enxergar os problemas como matéria-prima

para a criatividade...” está empregado, sem alteração do sentido original,

de forma adequada ao registro formal e culto da língua, em:

(A) Para sermos um inventor, basta-nos enxergar os problemas como

matéria-prima para as criatividades.

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(B) Para serem inventores, basta-lhes enxergar os problemas como matéri-

aprimas para a criatividade.

(C) Para ser inventores, bastam enxergar os problemas como matéria-prima

para as criatividades.

(D) Para ser inventor, basta que se enxergue os problemas como matéri-

asprima para a criatividade.

(E) Para ser um inventor, basta enxergar os problemas como matérias-primas

para a criatividade.

Comentário – Antes de tudo, o candidato precisava compreender o sentido do

enunciado, que é de alcance geral, impessoal. Não é intenção do locutor

restringir a aplicabilidade da sua declaração a um grupo de pessoas. Por isso

ele usa os verbos ser e enxergar no infinitivo impessoal e o artigo indefinido

um.

Sendo assim, você já pode descartar as letras A e B, que

trazem verbos no infinitivo pessoal.

Descarte também a letra C, que traz grosseiros problemas de

concordância ao pluralizar os vocábulos inventores (ser inventores) e bastam

(bastam enxergar).

A opção D contém um erro que deve ter sido assinalado por

você imediatamente, pois eu já o comentei anteriormente. Ele diz respeito à

forma matérias-prima (o plural correto é matérias-primas – com os dois

elementos no plural). Volte ao comentário da questão anterior, item III. A

regra é a mesma:

Pluralizam-se os dois elementos, unidos por hífen, quando ocorre substantivo

+ adjetivo: amores-perfeitos, carros-fortes, cachorros-quentes, guardas-civis,

capitães-mores.

Existe ainda na letra D um erro de concordância. Ao empregar o

pronome se, a banca flexionou a forma verbal enxergue na voz passiva. Toda

voz passiva possui sujeito, e o sujeito aqui é o termo os problemas. Sujeito e

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verbo precisam concordar em número e pessoa. Aquele se equivale à terceira

pessoa do plural; este está na terceira pessoa do singular. Isso transgride o

registro formal culto da Língua.

Sobrou a letra E, que preserva o sentido original e a correção

gramatical.

Se você achou esta questão complicada só por causa de outras

regrinhas gramaticais que se afastam do foco desta aula, fique tranquilo. Nas

próximas aulas, teremos oportunidade para discutir cada regrinha com calma.

Resposta – E

30. (Cetro/Minist. das Comunic./Agente Administ./2009) Em relação à

classificação dos adjetivos, observe as proposições abaixo.

I. “O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss deixou um legado

importante para as ciências humanas e para pesquisadores de todo o

mundo, afirmam os acadêmicos.” (O adjetivo destacado é classificado

como biforme).

II. “Segundo Saez, Lévi-Strauss atingiu seu auge intelectual nos anos 1960,

quando publicou seu trabalho mais importante: O Pensamento Selvagem

(1962).” (O adjetivo destacado é classificado como uniforme).

III. Os adjetivos biformes simples flexionam-se em gênero pelas mesmas

regras de flexão dos substantivos.

IV. Em relação à formação do feminino, nos adjetivos terminados em –oso,

muda-se a vogal tônica fechada para vogal aberta.

É correto o que se afirma em

(A) II, III e IV, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

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Comentário – Os três primeiros itens tratam de um assunto que raramente

alguém cobra em concurso. O assunto é muito simples; mas, como quase

ninguém o estuda, é possível que a questão tenha atrapalhado bastante gente.

Os adjetivos flexionam-se em gênero, número e grau. A questão tratou do

gênero, que concorda com o gênero do substantivo, procedendo-se às

alterações necessárias:

aluno inteligente (masculino)

aluna inteligente (feminino)

aluno estudioso (masculino)

aluna estudiosa (feminino)

CUIDADO: ateu – ateia, plebeu – plebeia, sandeu – sandia, judeu – judia, réu

– ré;

motor – motriz, gerador – geratriz;

incolor, bicolor, tricolor, maior, menor, superior, inferior,

anterior, posterior – invariáveis.

Assim, estão corretos os itens II e III. Além deles, o item IV

também é verdadeiro. Basta que você faça uma simples comparação: formoso

(ô) – formosa (ó); gostoso (ô) – gostosa (ó); cheiroso (ô) – cheirosa (ó) etc.

Resposta – A

Então, o que você achou? Posso esperá-lo na próxima aula?

Lembre-se de que o êxito deste curso também depende do diálogo

entre nós dois. Portanto participe dos fóruns, esclareça suas dúvidas e mande

suas sugestões.

Um grande abraço e que Deus o abençoe!

Professor Albert Iglésia

Uniformes = uma forma para ambos os gêneros.

Biformes = formas diferentes para os dois gêneros.

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Ü Processos de Formação de Palavras

Formação de Palavras

1. DERIVA ÇÃO PROGRESSIVA

a) Prefixal î acréscimo de prefixo: desleal, infeliz

b) sufixal î acréscimo de sufixo: lealdade, diretoria

c) prefixal e sufixal î acréscimo de prefixo e sufixo:

deslealdade, vice-diretoria

d) parassintética î acréscimo simultâneo de prefixo

e sufixo: empobrecer, ajoelhar, engavetar

Pontos Importantes da Matéria

2. DERIVA ÇÃO REGRESSIVA

Ex.: buscar > busca; cortar > corte; perder > perda;

vender > venda; sacar > saque; tocar > toque

retira-se a parte final da palavra primitiva

forma substantivo a partir de verbo

substitui-se a terminação verbal pela VTN

ATENÇÃO! Substantivo deverbal denota ação.

Há verbo que se forma de substantivo.

Ex.: planta (obj.) > plantar (verbo deriv.)

perfume (subst.) > perfumar (verbo deriv.)

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3. DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA

muda-se a classe gramatical

muda-se a classificação dentro da mesmaclasse gramatical

Ex.: Aceita um não como resposta? (adv. > subst.)

O Dr. Leão é um bom médico. (subst. comum >

subst. próprio)

Ele é inteligente e lido (particípio > adjetivo)

Ela pisava forte. (adjetivo > advérbio)

Silêncio! Bravo! Viva! (subst., adj. e verbo >

interjeições)

4. COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO

com alteração fonética

manutenção dos acentos tônicos

Ex.: segunda-feira; passatempo; democracia;

agricultura; alviverde

5. COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO

sem alteração fonética

só há um acento tônico

Ex.: em + boa + hora = embora

plano + alto = planalto

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Ü Flexões dos Substantivos

- Plural dos Compostos

1 – Flexionam-se os dois elementos:

• SUBSTANTIVO + SUBSTANTIVO î couves-flores,cirurgiões-dentistas, tenentes-coronéis, etc.

Obs.: pombos-correio, salários-família, peixes-boi,navios-escola, cidades-satélite, etc.

• ADJETIVO + SUBSTANTIVO (ou vice-versa) îaltos-relevos, gentis-homens, guardas-civis, etc.

Obs.: blusas azul-piscina, saias verde-garrafa,chapéus amarelo-ouro, etc. (cor = invariável)

• NUMERAL + SUBSTANTIVO î segundas-feiras,terceiros-sargentos, etc.

Substantivo – Adjetivo

2 – Flexiona-se somente o primeiro elemento:

• SUBSTANTIVO + PREPOSIÇÃO + SUBSTANTIVOî palmas-de-santa-rosa, pães de ló, pés demoleque, mãos de obra, etc.

Cuidado: cavalos-vapor (preposição oculta)

3 – Flexiona-se somente o último elemento:

• ELEMENTOS UNIDOS SEM HÍFEN î ospontapés, os girassóis, os vaivéns, osmalmequeres, etc.

• VERBO + SUBSTANTIVO î os guarda-roupas,as lava-louças, os beija-flores, etc.

• ELEMENTO INVARIÁVEL + PALAVRA VARIÁVELî as sempre-vivas, as ave-marias, os vice-reis,os alto-falantes, os abaixo-assinados,os recém-nascidos, grão-duques, grã-cruzes,bel-prazeres, etc.

• PALAVRAS REPETIDAS î os quero(s)-queros,os tico-ticos, os tique-taques, os reco-recos,os ruge(s)-ruges, os quebra(s)-quebras,os corre(s)- corres, etc.

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4 – Ficam invariáveis:

• ELEMENTOS ANTÔNIMOS î os perde-ganha,os leva-e-traz, os vai-e-volta, etc.

• ARCO-ÍRIS î os arco-íris

Ü Flexões dos Adjetivos

Adjetivos Compostos

- ADJETIVO + ADJETIVO: varia o últimoEx.: questões luso-brasileiras, olhos verde-claros

- PAL. INVARIÁVEL + ADJETIVO: varia o últimoEx.: sobre-humanas, semi-selvagens,

- ADJETIVO + SUBSTANTIVO (cor) : invariávelEx.: camisas vermelho-sangue, saias azul-piscina

Obs.: surdo-mudo e novo-rico î variam os doisEx.: meninas surdas-mudas/novas-ricas.

Azul-marinho, azul-celeste, azul-ferrete,ultravioleta î invariáveis: fardas azul-marinho, raiosultravioleta.

• Grauî comparativo e superlativo

1 – Comp. de Superioridade î advérbio MAIS econjunção QUE (ou DO QUE).

Ex.: Meu estudo é mais importante que o seu.João é mais esperto do que gordo.

2 – Comp. de Inferioridade î advérbio MENOS econjunção QUE (ou DO QUE).

Ex.: Meu estudo é menos importante que o seu.João é menos esperto do que gordo.

3 – Comp. de Igualdade î advérbio TÃO econjunção QUANTO (ou COMO).

Ex.: Meu estudo é tão importante quanto o seu. –João é tão esperto como gordo.

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4 – Superlativo Relativo comparação

X Superioridade î uso dos artigos O, A, OS, AS,sem a presença das conjunções comparativas.

Ex.: Você era a mais bonita das cabrochas desta ala.

X Inferioridade î uso dos artigos definidos, sema presença da conjunção comparativa.

Ex.: Você era a menos bonita das cabrochas.

5 – Superlativo Absoluto sem comparação

Ex.: O fato era estranhíssimo. (sufixo) î formasintética.

Ela era muito branca. (advérbio)

Ela era branca, branca. (repetição do adjetivo)

Ela era pra lá de rica. (expressãosuperlativante) î formas analíticas

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Lista das Questões Comentadas

1. (Ceperj/Pref. de Itaocara-RJ/Assistente Social/2010) Quanto à estrutura

mórfica do termo, está correta a análise apresentada na alternativa:

(A) desgarradas – garra å tema

(B) choverá – rá å desinência número-pessoal

(C) levitante – ante å sufixo

(D) estrada – a å desinência nominal de gênero

(E) terra – terra å radical

2. (FGV/Potigás/Administrador Júnior/2006) Assinale a alternativa em que

a palavra contenha o mesmo número de radicais que beligerâncias.

(A) brasileira

(B) unilaterais

(C) livremente

(D) convivência

(E) civilizadamente

3. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Na palavra

fotografia, há dois radicais: "luz" + "escrever". Assinale a alternativa em

que tenha havido erro na indicação do sentido do primeiro radical.

(A) antropografia – corpo humano

(B) bibliografia – livro

(C) braquigrafia – redução

(D) cinegrafia – movimento

(E) datilografia – mão

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4. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa que não apresente a classificação correta de um dos elementos

mórficos do vocábulo deixasse

(A) deix- = radical

(B) -e = desinência número-pessoal

(C) -a = vogal temática verbal

(D) deixa = tema

(E) -sse = desinência modo-temporal

5. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que o prefixo tenha o mesmo sentido que o de imigrantes

(A) imberbe

(B) imergir

(C) incréu

(D) iníquo

(E) inválido

6. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Em xenofobia, há a seguinte

combinação de sentidos: estrangeiro + aversão. Assinale a alternativa em

que a explicação do sentido do elemento que antecede -fobia não tenha

sido feita corretamente.

(A) pantofobia (pantera)

(B) estasiofobia (permanecer de pé)

(C) fotofobia (luz)

(D) ictiofobia (peixe)

(E) gamofobia (casamento)

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7. (FGV/Codesp/Administrador/2010) Assinale o par de vocábulos em

que seus elementos mórficos destacados NÃO tenham o mesmo sentido.

(A) metropolitana – metrologia

(B) economia – ecologia

(C) telecomunicações – telepatia

(D) petróleo – petrificar

(E) sintonia – sinergia

8. (FGV/SAD-PE/Analista em Gestão Administrativa/2008) Essas pessoas,

portanto, costumam ser vítimas de si mesmas e de um estilo de vida

estressante auto-produzido.

Assinale a alternativa que contenha um vocábulo cuja forma auto assuma

valor diferente do que é veiculado em auto-produzido.

(A) autobiografia

(B) autodidata

(C) auto-estrada

(D) auto-esterilidade

(E) auto-extermínio

9. (FGV/TRE-PA/Analista Judiciário/2011) Assinale a palavra em que o

prefixo tenha o mesmo valor semântico que o de dissociação (L.23).

(A) dissolver

(B) dispor

(C) discordar

(D) disenteria

(E) dissimular

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10. (Ceperj/Emater-RJ/Ag. de Desenv. Rural/2009) O par de vocábulos

retirado do texto que exemplifica um processo de formação de palavras

diferente daquele encontrado em consumir/consumo é:

(A) comprar / compra

(B) processar / processo

(C) usar / uso

(D) descartar / descarte

(E) sentir / sentido

11. (Ceperj/Pref. de Cantagalo-RJ/Engenheiro Civil/2006) A palavra ataques

(para que se evitassem doenças como ataques cardíacos), segue o mesmo

processo de formação presente na palavra assinalada em:

(A) “... ameaça permanente à sobrevivência da espécie.”

(B) “... a desnutrição foi nosso principal problema...”

(C) “...saúde pública; hoje, é a obesidade.”

(D) “...a fome representou ameaça permanente...”

12. (Funrio/FURP/Analista de Contratos/2010) Observe as seguintes palavras

retiradas do texto: “desempregado”, “ganhar”, “pós-graduação”,

“contracheque”. Considerando o processo de formação das palavras em

Português, afirma-se que

(A) um dos vocábulos é formado por justaposição.

(B) um dos vocábulos resulta de derivação regressiva.

(C) um dos vocábulos resulta de derivação imprópria.

(D) três dos vocábulos são formados pro prefixação.

(E) dois dos vocábulos são formados por aglutinação.

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13. (FGV/Ministério da Cultura/Agente Administrativo/2006) Assinale a

alternativa em que a palavra tenha sido formada pelo mesmo processo

que infra-estrutura

(A) nova-iorquina

(B) Paraisópolis

(C) planejando

(D) sobreviver

(E) embora

14. (FGV/Ministério da Cultura/Engenheiro Civil/2006) A palavra Emudecendo

(verso 13) foi formada pelo processo de:

(A) composição por aglutinação.

(B) derivação prefixal.

(C) derivação parassintética.

(D) derivação sufixal.

(E) derivação imprópria.

15. (FGV/Senado Federal/Advogado/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra tenha sido formada por processo distinto das demais.

(A) autoconhecimento

(B) supersalários

(C) geométrica

(D) insatisfação

(E) imprecisas

16. (FGV/Ministério da Educação/Administrador de Banco de Dados/2008)

Assinale a alternativa em que a palavra tenha sido formada pela união de

dois radicais, ou seja, bases de sentido das palavras.

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(A) autogeridas

(B) descolonização

(C) superendividamento

(D) ecossistema

(E) desigualdades

17. (FGV/Polícia Civil-RJ/Inspetor/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que as

demais.

(A) ilegais

(B) desacompanhado

(C) incompatíveis

(D) demográfica

(E) inter-regionais

18. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2009) Com relação aos processos de

formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. estruturador, civilizacional e renováveis são adjetivos formados por

derivação sufixal.

II. hominização, dilapidação e autodestruição são substantivos formados

por composição e derivação.

III. autodestruição, contrapartida e responsabilidade são substantivos

formados por composição.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

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19. (FGV/Sefaz-AP/Fiscal do ICMS/2010) Com relação aos processos

de formação de palavras, analise as afirmativas a seguir:

I. Na palavra jeitinho, o sufixo -inho significa “diminuição”.

II. Denomina-se composição o processo de formação da palavra utilitarista.

III. A palavra analfabetismo forma-se por derivação prefixal e sufixal, a partir

do radical alfabet-.

Assinale:

(A) se somente a afirmativa I estiver correta.

(B) se somente a afirmativa II estiver correta.

(C) se somente a afirmativa III estiver correta.

(D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

(E) se todas as afirmativas estiverem corretas.

20. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2010) Quanto à estrutura e formação

do vocábulo meta-ética, é correto afirmar que:

(A) forma-se pelo processo de composição por aglutinação.

(B) tem agregada ao radical étic- uma desinência nominal de

gênero feminino.

(C) contém um prefixo de origem grega também presente na palav-

ra “metafísica”.

(D) apresenta uma vogal de ligação –a, necessária em razão do hífen.

(E) constitui-se por meio da justaposição de dois substantivos.

21. (FGV/Caern/Agente Administrativo/2010) Assinale a palavra que seja

formada pelo mesmo processo que megalópoles.

(A) internacional

(B) sustentabilidade

(C) saneamento

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(D) obrigatoriedade

(E) olímpicos

22. (FGV/Sefaz-RJ/Fiscal do ICMS/2008) Assinale a alternativa em que

a palavra indicada não seja formada pelo mesmo processo que injustiça.

(A) tecnologias

(B) auto-organização

(C) antielisão

(D) ilícito

(E) internacional

23. (Fundatec/Emater-RS/Economista/2008) Julgue as informações que se

seguem.

I – Ao se pluralizar a palavra equação na frase A equação contém os

ingredientes do sucesso. (l. 03), apenas duas outras palavras deveriam

sofrer ajustes para fins de concordância.

II – Se, em Era um empresário ausente do campo e presente nas grandes

capitais, onde esbanjava suas riquezas. (l. 06-07), substituíssemos a

palavra empresário por administradora, ocorreria apenas uma outra

alteração no período.

24. (Fundatec/Sec. da Admin. Munic. de Caxias do Sul/Economista/2007)

Considere a seguinte proposta de alteração em palavra do texto e assinale

com V, se for verdadeira, ou com F, se falsa.

(...) Se a palavra jornais (linha 11) fosse substituída por revista, apenas

três alterações seriam necessárias para manter a correção gramatical do

período em que está inserida.

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11 (...) Os jornais ficaram mais estreitos para economizar papel, mas também porque

12 diminuiu a área para expansão dos nossos cotovelos. (...)

25. (Fundatec/Petrobras/Economista/2004) Considere as seguintes afirmações

sobre a flexão de número de substantivos e adjetivos retirados do texto.

I – O vocábulo profissionais (linha 04) foi formado pelo mesmo processo que

formaria o plural de trivial (linha 09) e desleal (linha 11).

II – O plural das palavras invisível (linha 10) e difícil (linha 24) não é formado

pelo mesmo processo.

III – Pluralizam-se as palavras vulgar (linha 12) e feliz (linha 17) da mesma

maneira.

Quais estão corretas?

A) Apenas a I.

B) Apenas a II.

C) Apenas a I e a III.

D) Apenas a II e a III.

E) A I, a II e a III.

26. (Ceperj/Pref. de Itaocara-RJ/Assistente Social/2010) O segmento que

apresenta adjetivo no grau superlativo é:

(A) “...Vermelhos como maçãs...” (l. 9)

(B) “Com toda minha ignorância” (l. 13)

(C) “...até que eu tinha...” (l. 16)

(D) “...o mais esquisito dos seres.” (l. 27)

(E) “...batendo que nem louco.” (l. 31)

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27. (FCC/TRE-RS/Técnico Judiciário/Programação de sistemas/2010)

Considerada a flexão, a frase que está em total concordância com o

padrão culto escrito é:

(A) Os tabeliões reúnem-se sempre às quinta-feiras.

(B) Nos últimos botas-foras, houve grande confusão, pois a agência de

turismo não reteu os que não possuíam ingresso.

(C) Na delegacia, não tinha ainda reavido os documentos que perdera, quando

entrou o rapaz considerado a testemunha mais importante de famoso

crime.

(D) Se não se conterem roubos de obras-primas, gerações futuras serão

privadas de grandes realizações do espírito humano.

(E) Os lusos-africanos ostentavam no braço fitinhas verde-amarela

28. (Cesgranrio/Eletronuclear/Operador de Nuclear/2010) Observe os plurais

propostos.

I. debate pueril – debates pueris;

II. empresa recém-inaugurada – empresas recéns-inauguradas;

III. treinamento casca-grossa – treinamentos casca-grossas.

De acordo com o registro formal culto da língua, está correto APENAS o

plural em

(A) I.

(B) II.

(C) III.

(D) I e II.

(E) II e III.

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29. (Cesgranrio/Prominp/Técnico de Nível Médio/2010) O plural do trecho

“Para ser um inventor, basta enxergar os problemas como matéria-prima

para a criatividade...” está empregado, sem alteração do sentido original,

de forma adequada ao registro formal e culto da língua, em:

(A) Para sermos um inventor, basta-nos enxergar os problemas como

matéria-prima para as criatividades.

(B) Para serem inventores, basta-lhes enxergar os problemas

como matéria-primas para a criatividade.

(C) Para ser inventores, bastam enxergar os problemas como matéria-prima

para as criatividades.

(D) Para ser inventor, basta que se enxergue os problemas como matéri-

asprima para a criatividade.

(E) Para ser um inventor, basta enxergar os problemas como matérias-primas

para a criatividade.

30. (Cetro/Minist. das Comunic./Agente Administ./2009) Em relação à

classificação dos adjetivos, observe as proposições abaixo.

I. “O antropólogo e etnólogo Claude Lévi-Strauss deixou um legado

importante para as ciências humanas e para pesquisadores de todo o

mundo, afirmam os acadêmicos.” (O adjetivo destacado é classificado

como biforme).

II. “Segundo Saez, Lévi-Strauss atingiu seu auge intelectual nos anos 1960,

quando publicou seu trabalho mais importante: O Pensamento Selvagem

(1962).” (O adjetivo destacado é classificado como uniforme).

III. Os adjetivos biformes simples flexionam-se em gênero pelas mesmas

regras de flexão dos substantivos.

IV. Em relação à formação do feminino, nos adjetivos terminados em –oso,

muda-se a vogal tônica fechada para vogal aberta.

É correto o que se afirma em

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(A) II, III e IV, apenas.

(B) II e III, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e IV, apenas.

(E) I, II, III e IV.

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Gabarito das Questões Comentadas

1. A

2. B

3. E

4. B

5. B

6. A

7. A

8. C

9. C

10. E

11. D

12. D

13. D

14. C

15. C

16. D

17. D

18. A

19. C

20. C

21. A

22. A

23. Corretos

24. Verdadeiro

25. E

26. D

27. C

28. A

29. E

30. A