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Português Prof. Vanessa Alves ESPAÇO HEBER VIEIRA Rua Corredor do Bispo, 85, Boa Vista, Recife/PE Página 1 F.: 3314-4071 www.espacohebervieira.com.br Todos os direitos reservados © Copyright. Proibida a reprodução total ou parcial desta obra. ACENTUAÇÃO GRÁFICA Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações: a) OXÍTONAS são aquelas cuja sílaba tônica é a última: vo, ca, ji, alguém, ninguém, ruim, carca, vata, anzol, condor. b) PAROXÍTONAS são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, planeta, homem, alto, âmbar, éter, lar, pedra, caminho, avel, xi, hífen, álbum, rus, rax. c) PROPAROXÍTONAS são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: grima, trânsito, cara, úmido, Alcântara, gico, lâmpada, ótimo, dico, fatico. OS ACENTOS A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre algumas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação. Esses sinais, que fazem parte dos diacríticos além dos acentos, o trema, o til, o apóstrofo e o hífen são: a) O ACENTO AGUDO ( ´ ) colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo em, indica que essas letras representam as vogais tônicas da palavra: carcará, caí, súbito, armazém. Sobre as letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu, léxico. b) O ACENTO CIRCUNFLEXO ( ^ ) colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de tonicidade, timbre fechado: lâmpada, pêssego, supôs, Atlântico. c) O TIL ( ~ ) indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão, portão, expõe, corações, ímã; d) O ACENTO GRAVE ( ` ) indica ocorrência da fusão da preposição a com os artigos a e as, com os pronomes demonstrativos a e as e com a letra a inicial dos pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: à, às, àquele, àquilo. AS REGRAS BÁSICAS Como vimos, as regras de acentuação gráficas procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: a) PROPAROXÍTONAS são todas acentuadas. É o caso de: lâmpada, Atlântico, Júpiter, ótimo, flácido, relâmpago, trôpego, lúcido, víssemos. b) PAROXÍTONAS são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis; us, um, uns: vírus, bônus, álbum, parabélum (arma de fogo), álbuns, parabéluns; I, n, r, x, ps: incrível, útil, próton, elétron, éter, mártir, tórax, ônix, bíceps, fórceps; ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos; ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou de s: água, árduo, pônei, vôlei, cáries, mágoas, pôneis, jóqueis. c) OXÍTONAS são acentuadas as que terminam em: a, as: Pará, vatapá, estás, irás; e, es: você, café, urupês, jacarés; o, os: jiló, avô, retrós, supôs; em, ens: alguém, vintém, armazéns, parabéns. Verifique que essas regras criam um sistema de oposição entre as terminações das oxítonas e as das paroxítonas. Compare as palavras dos pares seguintes e note que os acentos das paroxítonas e os das oxítonas são mutuamente excludentes: portas (paroxítona, sem acento) e atrás (oxítona, com acento); pele (paroxítona, sem acento) e café (oxítona, com acento); corpo (paroxítona, sem acento) e maiô (oxítona, com acento) garantem (paroxítona, sem acento) e alguém (oxítona, com acento); hifens (paroxítona, sem acento) e vinténs (oxítona, com acento); táxi (paroxítona, com acento) e aqui (oxítona, sem acento) d) MONOSSÍLABOS TÔNICOS são acentuados os terminados em: a, as: pá, vá, gás, Brás; e, es: pé, fé, mês, três; o, os: só, xô, nós, pôs. AS REGRAS ESPECIAIS Além dessas regras que você acabou de estudar e que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, há outras, que levam em conta aspectos específicos da sonoridade das palavras. Essas regras são aplicadas nos seguintes casos: A) HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento: saída, proíbo, faísca, caíste, saúva, viúva, balaústre, carnaúba, país, aí, baú, Jaú. Cuidado: se o i for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de: rainha, moinho, tainha, campainha. Também não haverá acento se a vogal i ou a vogal u

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ACENTUAÇÃO GRÁFICA

Na língua portuguesa, a sílaba tônica pode aparecer em três diferentes posições; consequentemente, as palavras podem receber três classificações: a) OXÍTONAS – são aquelas cuja sílaba tônica é a última: você, café, jiló, alguém, ninguém, ruim, carcará, vatapá, anzol, condor. b) PAROXÍTONAS – são aquelas cuja sílaba tônica é a penúltima: gente, planeta, homem, alto, âmbar, éter, dólar, pedra, caminho, amável, táxi, hífen, álbum, vírus, tórax. c) PROPAROXÍTONAS – são aquelas cuja sílaba tônica é a antepenúltima: lágrima, trânsito, xícara, úmido, Alcântara, mágico, lâmpada, ótimo, médico, fanático.

OS ACENTOS

A acentuação gráfica consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre algumas letras para representar o que foi estipulado pelas regras de acentuação. Esses sinais, que fazem parte dos diacríticos – além dos acentos, o trema, o til, o apóstrofo e o hífen – são: a) O ACENTO AGUDO ( ´ ) – colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e do grupo –em, indica que essas letras representam as vogais tônicas da palavra: carcará, caí, súbito, armazém. Sobre as letras e e o, indica, além de tonicidade, timbre aberto: lépido, céu, léxico. b) O ACENTO CIRCUNFLEXO ( ^ ) – colocado sobre as letras a, e e o, indica, além de tonicidade, timbre fechado: lâmpada, pêssego, supôs, Atlântico. c) O TIL ( ~ ) – indica que as letras a e o representam vogais nasais: alemã, órgão, portão, expõe, corações, ímã; d) O ACENTO GRAVE ( ` ) – indica ocorrência da fusão da preposição a com os artigos a e as, com os pronomes demonstrativos a e as e com a letra a inicial dos pronomes aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo: à, às, àquele, àquilo.

AS REGRAS BÁSICAS

Como vimos, as regras de acentuação gráficas procuram reservar os acentos para as palavras que se enquadram nos padrões prosódicos menos comuns da língua portuguesa. Disso, resultam as seguintes regras básicas: a) PROPAROXÍTONAS – são todas acentuadas. É o caso de: lâmpada, Atlântico, Júpiter, ótimo, flácido, relâmpago, trôpego, lúcido, víssemos. b) PAROXÍTONAS – são as palavras mais numerosas da língua e justamente por isso as que

recebem menos acentos. São acentuadas as que terminam em: i, is: táxi, beribéri, lápis, grátis;

us, um, uns: vírus, bônus, álbum, parabélum (arma de fogo), álbuns, parabéluns;

I, n, r, x, ps: incrível, útil, próton, elétron, éter, mártir, tórax, ônix, bíceps, fórceps;

ã, ãs, ão, ãos: ímã, órfã, ímãs, órfãs, bênção, órgão, órfãos, sótãos;

ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou de s: água, árduo, pônei, vôlei, cáries, mágoas, pôneis, jóqueis.

c) OXÍTONAS – são acentuadas as que terminam em:

a, as: Pará, vatapá, estás, irás;

e, es: você, café, urupês, jacarés;

o, os: jiló, avô, retrós, supôs;

em, ens: alguém, vintém, armazéns, parabéns. Verifique que essas regras criam um sistema de oposição entre as terminações das oxítonas e as das paroxítonas. Compare as palavras dos pares seguintes e note que os acentos das paroxítonas e os das oxítonas são mutuamente excludentes: portas (paroxítona, sem acento) e atrás (oxítona, com acento);

pele (paroxítona, sem acento) e café (oxítona, com acento);

corpo (paroxítona, sem acento) e maiô (oxítona, com acento)

garantem (paroxítona, sem acento) e alguém (oxítona, com acento);

hifens (paroxítona, sem acento) e vinténs (oxítona, com acento); táxi (paroxítona, com acento) e aqui (oxítona, sem acento) d) MONOSSÍLABOS TÔNICOS – são acentuados os terminados em:

a, as: pá, vá, gás, Brás;

e, es: pé, fé, mês, três;

o, os: só, xô, nós, pôs.

AS REGRAS ESPECIAIS

Além dessas regras que você acabou de estudar e que se baseiam na posição da sílaba tônica e na terminação, há outras, que levam em conta aspectos específicos da sonoridade das palavras. Essas regras são aplicadas nos seguintes casos: A) HIATOS Quando a segunda vogal do hiato for i ou u, tônicos, acompanhados ou não de s, haverá acento: saída, proíbo, faísca, caíste, saúva, viúva, balaústre, carnaúba, país, aí, baú, Jaú. Cuidado: se o i for seguido de nh, não haverá acento. É o caso de: rainha, moinho, tainha, campainha. Também não haverá acento se a vogal i ou a vogal u

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se repetirem, o que ocorre em poucas palavras: vadiice, mandriice, xiita... Convém lembrar que, quando a vogal i ou a vogal u forem acompanhadas de outra letra que não seja s, não haverá acento: ruim, juiz, paul, Raul, cairmos, contribuiu, contribuinte. B) DITONGOS ORAIS Ocorre acento na vogal tônica dos ditongos ei, oi, eu, desde que sejam abertos, como em anéis, aluguéis, coronéis, céu, chapéu, réu, véu, troféu. Obs: É lícito salientar que o novo acordo ortográfico retirou das paroxítonas que apresentem os ditongos ei e oi o acento. Assim sendo, palavras como ideia, assembleia, joia e paranoia devem ser grafadas sem a presença do agudo. Cuidado: não haverá acento se o ditongo for aberto, mas não tônico: chapeuzinho, heroizinho, aneizinhos, pasteizinhos, ideiazinha. Você notou que, em todas essas palavras, a sílaba tônica é zi. Se o ditongo apresentar timbre fechado, também não haverá acento, como em azeite, manteiga, eu, judeu, hebreu, apoio, arroio, comboio. C) FORMAS VERBAIS SEGUIDAS DE PRONOMES OBLÍQUOS Para acentuar as formas verbais associadas a pronomes oblíquos, leva-se em conta apenas o verbo, desprezando o pronome. Considere a forma verbal do jeito que você a pronuncia e aplique a regra de acentuação correspondente. Em cortá-lo, considere cortá, oxítona terminada em a e, portanto, acentuada. Em incluí-lo, considere incluí, em que ocorre hiato. Já em produzi-lo, não há acento, porque produzi é oxítona terminada em i.

ACENTOS NAS FORMAS VERBAIS

Existem algumas palavras que recebem acento excepcional, para que sejam diferenciadas, na escrita, de suas homônimas. São casos muito particulares e, por isso mesmo, pouco numerosos. Convém iniciar a relação lembrando o acento que diferencia a terceira pessoa do singular da terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir:

Ele tem – eles têm Ele vem – eles vêm

Com os derivados desses verbos, é preciso lembrar que há acento agudo na terceira pessoa do singular e circunflexo na terceira do plural do presente do indicativo:

Ele detém – eles detêm Ele mantém – eles mantêm TER Ele obtém – eles obtêm Ele intervém – eles intervêm Ele provém – eles provêm VIR Ele convém – eles convêm

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. O acento gráfico desempenha a mesma função em: a) carnaúba e história. b) petróleo e paciência. c) jacarandá e lápis. d) glória e está. e) mausoléu e líquido. 2. Assinale o comentário que informa correta mente as normas de acentuação gráfica. a) Todas as paroxítonas terminadas por “em” são

acentuadas – assim se justifica o acento do vocábulo “ninguém”.

b) Os vocábulos “barbárie” e “presídios” são paroxítonas terminadas em vogais, por isso são acentuados.

c) Justifica-se o acento da palavra “Pacífico” com a mesma convenção que orienta o acento de “barbárie”.

d) As palavras oxítonas terminadas por “em” devem ser acentuadas, assim ocorre com o vocábulo “também”.

e) A norma culta escrita recomenda acento em palavras paroxítonas terminadas em “o”, seguida ou não de “s”, daí o acento de “períodos”.

3. A função habitual do acento é marcar a sílaba tônica. Entretanto, ele pode também, ser usado para marcar a concordância do verbo com o sujeito. Assinale a alternativa em que tal fato ocorre: a) “Por um lado dizíamos que nosso reino não era

deste mundo”. b) As coisas vêm de Sodoma e Gomorra. c) “Tratávamos de convencer os pobres de que era

necessário contentarem-se”. d) “...as reformas por que a nossa igreja está

passando...”. e) “Dia virá em que me mandarão cantar noutra

freguesia...”. 4. Sobre a acentuação das palavras paroxítonas, assinale a alternativa incorreta. a) rubrica – recorde – batavo – item b) fóssil – hímen – próton – projéteis c) caráter – ônix – bíceps – álbum d) vírus – biquini – jóquei – ambar e) águia – barbárie – adágio – tênue 5. Assinale a alternativa em que os dois vocábulos obedecem à mesma regra de acentuação gráfica do vocábulo várzea. a) Incluído – sandália b) Límpido – vôo c) Cândido – armário d) Exímio – vírus e) Supérfluo – incêndio.

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6. Sobre ACENTUAÇÃO, observe os termos sublinhados dos itens abaixo.

I. “O demônio é mais diabólico, quando é respeitável." - Robert Browning II. "Em ciência, não existe um erro tão grosseiro que, amanhã ou depois, sob alguma perspectiva, não pareça profético." - J. Rostand III. "Ninguém pode chegar ao topo armado apenas de talento. Deus dá o talento; o trabalho transforma o talento em gênio." - Ana Pavlova

Assinale a alternativa que contém uma afirmação CORRETA. a) No item I, os termos sublinhados são, classificados,

respectivamente, como paroxítona e proparoxítona. b) No item II, o termo “profético” é acentuado por ser

paroxítona terminada em ditongo. c) No item III, o primeiro termo sublinhado é acentuado

por ser palavra oxítona terminada em “em”. d) No item III, o verbo “dá” é acentuado por ser

monossílabo átono. e) Tanto o termo “ciência” (item II) quanto “gênio” (item

III) são acentuados por serem paroxítonas terminadas em hiato.

7. Assinale a alternativa que apresenta a justificativa correta sobre a acentuação das palavras herói, consciência, país e pé, respectivamente. a) Ditongo aberto, proparoxítona, monossílabo tônico,

paroxítona terminada em ditongo crescente. b) Proparoxítona, paroxítona terminada em ditongo

crescente, ditongo aberto, oxítona terminada em E. c) Ditongo aberto, paroxítona terminada em ditongo

crescente, proparoxítona, monossílabo tônico. d) Ditongo aberto, paroxítona terminada em ditongo

crescente, hiato, monossílabo tônico. e) Monossílabo tônico, paroxítona terminada em

ditongo crescente, ditongo aberto, hiato. 8. Analise as proposições abaixo. I. “O Brasil, com sua tênue ossatura...” – acentua-se o

termo sublinhado, por se tratar de paroxítona terminada em ditongo crescente.

II. “...me faz pensar num arranha-céu minado...” – acentua-se o termo sublinhado por se tratar de ditongo aberto.

III. “...cada vez mais por invisíveis cupins.” – a tonicidade da palavra sublinhada recai na antepenúltima sílaba.

IV. “...sobre a superfície do continente...” e “...de lanças, para a dança da vitória” – ambas as palavras sublinhadas são paroxítonas terminadas em ditongo decrescente.

Está(ão) correta(s) a) todas. b) apenas I. c) apenas I e II. d) apenas II e III. e) apenas III e IV.

9. Assinale a alternativa em que as sílabas tônicas das palavras nela contidas recaem na penúltima sílaba. a) Impossível, êxito, difíceis. b) Através, técnicas, única. c) Experiências, memória, analíticas. d) Difíceis, memória, impossível. e) Impossível, através, memória. 10. Assinale a opção em que se ERRA quanto à explicação do uso do acento gráfico nas palavras destacadas: a) porém – também: Os vocábulos terminados em -

EM recebem acento agudo, que os marca como oxítonos.

b) chapéu – idéia: O acento recai sobre a primeira vogal do hiato para indicar a sílaba tônica.

c) três - chá – só: Os monossílabos tônicos terminados em A, E, O são acentuados. Leva-se em conta nesta regra a tonicidade dos monossílabos na frase.

d) título – hábitos: Acentuam-se em português as palavras proparoxítonas.

e) Renânia – dicionários: As palavras paroxítonas terminadas em ditongo crescente são acentuadas.

11. Sobre ACENTUAÇÃO, analise os termos sublinhados dos trechos abaixo.

“O problema, no entanto, não está centrado na família. ‘A sociedade como um todo está perdida em relação a como educar os jovens. (...) e só vê violência.”

Sobre eles, é CORRETO afirmar. A) Todos esses termos apresentam a mesma

justificativa em relação aos acentos neles contidos. B) O segundo e o último termos são acentuados por

serem paroxítonas terminadas em ditongo crescente.

C) Os acentos contidos nos termos está, só e vê se justificam por serem monossílabos tônicos.

D) Apenas o termo só é classificado como monossílabo tônico.

E) Somente o termo família é acentuado por ser paroxítona terminada em ditongo crescente.

12. Sobre o trecho abaixo:

“Se essa imagem não era possível há alguns anos, hoje faz parte da realidade de grande parte das tribos indígenas.”

é CORRETO afirmar que A) os termos possível e indígenas são acentuados

porque, em ambos, a sílaba tônica recai na antepenúltima sílaba.

B) o verbo haver (há), neste contexto, é classificado como impessoal, significando tempo passado.

C) o verbo fazer (faz), neste contexto, concorda com o seu sujeito, da realidade de grande parte das tribos indígenas.

D) estaria correta também a construção: Se essa imagem não era possível hão alguns anos. Neste contexto, o verbo em destaque estaria concordando com o seu sujeito alguns anos.

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E) o conectivo Se que inicia o trecho exprime uma ideia de temporalidade.

13. Sobre o trecho abaixo:

“O site Índios On Line é uma forma de fazer com que o próprio índio seja o seu historiador, antropólogo, fotógrafo e seu próprio jornalista”, afirma Jaborandy Yandê, índio tupinambá de Olivença e um dos coordenadores do projeto.”

é CORRETO afirmar que A) nos termos antropólogo e fotógrafo, a sílaba tônica

recai na penúltima sílaba. B) o acento do termo tupinambá se justifica, porque a

sílaba tônica recai na penúltima sílaba. C) os termos índio e próprio são acentuados e

obedecem a uma mesma regra gramatical. D) o termo próprio é acentuado por ser uma

paroxítona terminada em hiato. E) no termo Yandê, o acento se justifica pelo fato de a

sílaba tônica recair na penúltima sílaba. 14. Observe os termos acentuados em destaque dos trechos abaixo: I. “...ninguém é chique por decreto.” II. “Elegância é uma delas.” III. “É lembrar o aniversário...” IV. “...em hipótese alguma...” V. “...você tem, antes de tudo...” Agora, responda A) se todos foram acentuados pela mesma razão. B) se somente o II e o III foram acentuados pela mesma razão. C) se somente o I e o IV foram acentuados pela mesma razão. D) se somente o V foi acentuado por ser paroxítono. E) se somente o I foi acentuado por ser oxítono. 15. Em uma das alternativas, a tonicidade dos termos sublinhados recai na penúltima sílaba. Assinale-a. A) .se a tarefa tiver que ser desempenhada num condomínio.” Figura polêmica em muitas casos ...” B) “...deve ter, pelo menos, duas características ...” “...o responsável por administrar as finanças do prédio...” C) “E um bom síndico, claro.“...no principal drama dos condomínios atuais...” D) “...e um regimento interno bem feitos, detalhados são indispensáveis.” “...não bastam paciência e bom senso.” E) “...principal drama dos condomínios atuais: a inadimplência.” “E um bom síndico, claro.”

Gabarito

01. B 02. D 03. B 04. D 05. E

06. C 07. D 08. C 09. D 10. B

11. B 12. B 13. C 14. B 15.D

MORFOLOGIA I: ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS

Estudar a estrutura das palavras é estudar os elementos que formam a palavra, denominados de morfemas. São os seguintes os morfemas da Língua Portuguesa. RADICAL: O que contém o sentido básico do vocábulo.

Aquilo que permanecer intacto, quando a palavra for modificada. Ex. falar, comer, dormir, casa, carro. Obs: Em se tratando de verbos, descobre-se o radical, retirando-se a terminação AR, ER ou IR. VOGAL TEMÁTICA: Nos verbos, são as vogais A, E e I, presentes à

terminação verbal. Elas indicam a que conjugação o verbo pertence: • 1ª conjugação = Verbos terminados em AR. • 2ª conjugação = Verbos terminados em ER. • 3ª conjugação = Verbos terminados em IR. Obs.: O verbo pôr pertence à 2ª conjugação, já que proveio do antigo verbo poer. Nos substantivos e adjetivos, são as vogais A, E, I, O e U, no final da palavra, evitando que ela termine em consoante. Por exemplo, nas palavras meia, pente, táxi, couro, urubu.

TEMA: É a junção do radical com a vogal temática. Se não existir a vogal temática, o tema e o radical serão o mesmo elemento; o mesmo acontecerá, quando o radical for terminado em vogal. Por exemplo, em se tratando de verbo, o tema sempre será a soma do radical com a vogal temática - estuda, come, parti; em se tratando de

substantivos e adjetivos, nem sempre isso acontecerá. Vejamos alguns exemplos: No substantivo pasta, past é o radical, a, a vogal temática, e pasta o tema; já na palavra leal, o radical e o tema são o mesmo elemento - leal, pois não há vogal temática; e na palavra tatu

também, mas agora, porque o radical é terminado pela vogal temática. DESINÊNCIAS:É a terminação das palavras, flexionadas

ou variáveis, posposta ao radical, com o intuito de modificá-las. Modificamos os verbos, conjugando-os; modificamos os substantivos e os adjetivos em gênero e número. Existem dois tipos de desinências:

DESINÊNCIAS VERBAIS MODO-TEMPORAIS = indicam o tempo e o modo. São quatro as desinências modo-temporais: -VA- e -IA-, para o Pretérito Imperfeito do Indicativo = estudava, vendia, partia. -RA-, para o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo = estudara, vendera, partira. -RIA-, para o Futuro do Pretérito do Indicativo = estudaria, venderia, partiria. -SSE-, para o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo = estudasse, vendesse, partisse.

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NÚMERO-PESSOAIS = indicam a pessoa e o número.

São três os grupos das desinências número pessoais. -GRUPO I: i, ste, u, mos, stes, ram, para o Pretérito Perfeito do Indicativo = eu cantei, tu cantaste, ele cantou, nós cantamos, vós cantastes, eles cantaram. -GRUPO II: -, es, -, mos, des, em, para o Infinitivo Pessoal e para o Futuro do Subjuntivo = Era para eu cantar, tu cantares, ele cantar, nós cantarmos, vós cantardes, eles cantarem. Quando eu puser, tu puseres, ele puser, nós pusermos, vós puserdes, eles puserem. -GRUPO III: -, s, -, mos, is, m, para todos os outros tempos = eu canto, tu cantas, ele canta, nós cantamos, vós cantais, eles cantam.

DESINÊNCIAS NOMINAIS

-DE GÊNERO = indica o gênero da palavra. A palavra

terá desinência nominal de gênero, quando houver a oposição masculino - feminino. Por exemplo: cabeleireiro - cabeleireira. A vogal a será

desinência nominal de gênero sempre que indicar o feminino de uma palavra, mesmo que o masculino não seja terminado em o. Por exemplo: crua, ela, traidora. -DE NÚMERO = indica o plural da palavra. É a letra s,

somente quando indicar o plural da palavra. Por exemplo: cadeiras, pedras, águas. AFIXOS: São elementos que se juntam a radicais para

formar novas palavras. São eles: PREFIXO: É o afixo que aparece antes do radical. Por exemplo: destampar, incapaz, amoral. SUFIXO: É o afixo que aparece depois do radical, do tema ou do infinitivo. Por exemplo: pensamento, acusação, felizmente. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO: São vogais e

consoantes que surgem entre dois morfemas, para tornar mais fácil e agradável a pronúncia de certas palavras. Por exemplo: flores, bambuzal, gasômetro, canais.

Para analisar a formação de uma palavra, deve-se procurar a origem dela. Caso seja formada por apenas um radical, diremos que foi formada por derivação; por dois ou mais radicais, composição.

TIPOS DE DERIVAÇÃO

DERIVAÇÃO PREFIXAL: Acréscimo de um prefixo à palavra primitiva; também chamado de prefixação. Por exemplo: antepasto, reescrever, infeliz. DERIVAÇÃO SUFIXAL: Acréscimo de um sufixo à palavra primitiva; também chamado de sufixação. Por exemplo: felizmente, igualdade, florescer. DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL: Acréscimo de um

prefixo e de um sufixo, em tempos diferentes; também chamado de prefixação e sufixação. Por exemplo: infelizmente, desigualdade, reflorescer.

DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA: Acréscimo de um

prefixo e de um sufixo, simultaneamente; também chamado de parassíntese. Por exemplo: envernizar, enrijecer, anoitecer.

Obs.: A maneira mais fácil de se estabelecer a diferença

entre Derivação Prefixal e Sufixal e Derivação Parassintética é a seguinte: retira-se o prefixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, retira-se, agora, o sufixo; se a palavra que sobrou existir, será Der. Pref. e Suf.; caso contrário, será Der. Parassintética. Por exemplo, retire o prefixo de envernizar: não existe a palavra vernizar; agora, retire o sufixo: também não existe a palavra enverniz. Portanto, a palavra foi formada por Parassíntese. DERIVAÇÃO REGRESSIVA: É a retirada da parte final

da palavra primitiva, obtendo, por essa redução, a palavra derivada. Por exemplo: do verbo debater, retira-se a desinência de infinitivo -r: formou-se o substantivo debate. DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA: É a formação de uma nova palavra pela mudança de classe gramatical. Por exemplo: a palavra gelo é um substantivo, mas pode ser transformada em um adjetivo: camisa gelo.

TIPOS DE COMPOSIÇÃO COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO: Na união, os

radicais não sofrem qualquer alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais ponta e pé, obtém-se a palavra pontapé. O mesmo ocorre com mandachuva, passatempo, guarda-pó. COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: Na união, pelo

menos um dos radicais sofre alteração em sua estrutura. Por exemplo: ao se unirem os radicais água e ardente,

obtém-se a palavra aguardente, com o desaparecimento do a. O mesmo acontece com embora (em boa hora), planalto (plano alto). HIBRIDISMO: É a formação de novas palavras a partir da união de radicais de idiomas diferentes. Por exemplo: automóvel, sociologia, sambódromo, burocracia. ONOMATOPEIA: Consiste em criar palavras, tentando imitar sons da natureza. Por exemplo: zunzum, cricri, tique-taque, pingue-pongue. ABREVIAÇÃO VOCABULAR: Consiste na eliminação de um segmento da palavra, a fim de se obter uma forma mais curta. Por exemplo: de extraordinário forma-se extra; de telefone, fone; de fotografia, foto; de cinematografia, cinema ou cine. SIGLAS: As siglas são formadas pela combinação das

letras iniciais de uma sequência de palavras que constitui um nome: Por exemplo: IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística); IPTU (Imposto Predial, Territorial

e Urbano). NEOLOGISMO SEMÂNTICO: Forma-se uma palavra por

neologismo semântico, quando se dá um novo significado, somado ao que já existe. Por exemplo, a palavra legal significa dentro da lei; a esse significado somamos outro: pessoa boa, pessoa legal.

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EMPRÉSTIMO LINGUÍSTICO: É o aportuguesamento de

palavras estrangeiras; se a grafia da palavra não se modifica, ela deve ser escrita entre aspas. Por exemplo: estresse, estande, futebol, bife, "show", xampu, "shopping center".

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1- Os elementos mórficos sublinhados estão corretamente classificados nos parênteses, exceto em: a) aluna (desinência de gênero); b) estudássemos (desinência modo-temporal); c) reanimava (desinência número-pessoal); d) deslealdade (sufixo); e) agitar (vogal temática).

2- Tendo em vista o processo de formação de palavras, não é exemplo de hibridismo:

a) automóvel; b) sociologia; c) alcoômetro; d) burocracia; e) biblioteca.

3. O processo de formação da palavra sublinhada está incorretamente indicado nos parênteses em: a) Só não foi necessário o ataque porque a vitória estava

garantida. (derivação parassintética); b) O castigo veio tão logo se receberam as notícias. (derivação regressiva); c) Foram muito infelizes as observações feitas durante o

comício. (derivação prefixal); d) Diziam que o vendedor seria capaz de fugir. (derivação sufixal); e) O homem ficou boquiaberto com as nossas

respostas. (composição por aglutinação). 4- Tendo em vista o processo de formação de palavra, todos os vocábulos abaixo são parassintéticos, exceto:

a) entardecer; b) despedaçar; c) emudecer; d) esfarelar; e) negociar. 5- A afirmativa a respeito do processo de formação de palavras não está correta em: a) Choro e castigo originaram-se de chorar e castigar, através de derivação regressiva; b) Esvoaçar é formada por derivação sufixal; c) O amanhã não pode ver ninguém bem, a palavra

sublinhada surgiu por derivação imprópria; d) Petróleo e hidrelétrico são formadas através de

composição por aglutinação; e) Pólio, extra e moto são obtidas por redução.

6. O processo de formação das palavras grifadas não está corretamente indicado em: a) As grandes decisões saem do Planalto. (composição por justaposição); b) Sinto saudades do meu bisavô. (derivação prefixal); c) A pesca da baleia deveria ser proibida. (derivação

regressiva); d) Procuremos regularmente o dentista. (derivação

sufixal); e) As dificuldades de hoje tornam o homem desalmado.

(derivação parassintética).

7. O processo de formação de palavras está indicado corretamente em: a) Barbeado: derivação prefixal e sufixal;

b) Desconexo: derivação prefixal; c) Enrijecer: derivação sufixal; d) Passatempo: composição por aglutinação; e) Pernilongo: composição por justaposição. 8. Em que alternativa a palavra grifada resulta em derivação imprópria? a) "De repente, do riso fez-se o pranto / Silencioso e

branco como a bruma / E das bocas fez-se a espuma / E das mãos espalmadas fez-se o espanto." (Vinícius de Moraes); b) "Agora, o cheiro áspero das flores / leva-me os olhos

por dentro de suas pétalas."(Cecília Meireles); c) "Um gosto de amora / Comida com sal. A vida /

Chamava-se "Agora"." (Guilherme de Almeida); d) "A saudade abraçou-me, tão sincera, / soluçando no adeus de nunca mais. / A ambição de olhar verde, junto

ao cais, / me disse: vai que eu fico à tua espera." (Cassiano Ricardo). 9. Com relação ao seguinte poema, é CORRETO afirmar que:

Neologismo "Beijo pouco, falo menos ainda. / Mas invento palavras / Que traduzem a ternura mais funda / E mais cotidiana. / Inventei, por exemplo, o verbo teadorar. / Intransitivo: / Teadoro, Teodora."

(Manuel Bandeira)

a) o verbo "teadorar" e o substantivo próprio "Teodora" são palavras cognatas, pois possuem o mesmo radical; b) as classes das palavras que compõem a estrutura do vocábulo "teadorar" são pronome e verbo; c) o verbo "teadorar", por se tratar de um neologismo, não possui morfemas; d) a vogal temática dos verbos "beijo", "falo", "invento" e "teadoro" é a mesma, ou seja, "o". 10. “[...] necessita, ainda, de formas de efetivação do direito fundamental à água, o que envolve [...] a segurança de que, em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais.” O valor semântico do prefixo presente no termo sublinhado ajuda o leitor a inferir que ele significa o ato de: A) cessar de prover habitação. B) deixar de aprisionar. C) saciar a sede. D) realizar desinfecção. E) não dissecar.

Gabarito

1. C 2. E 3. A 4. E 5. B

6. A 7. B 8. D 9. B 10. C

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MORFOLOGIA II: ESTUDO DAS CLASSES GRAMATICAIS

CLASSES VARIÁVEIS

O SUBSTANTIVO (FLEXÃO DE GÊNERO)

Dependendo da forma que assumem, os substantivos podem ser classificados em biformes ou uniformes. Substantivos Biformes - são aqueles que apresentam

uma forma para o masculino e outra para o feminino:

Substantivos Uniformes - são os que apresentam uma única forma, tanto para o masculino como para o feminino. Subdividem-se em: 1. Epicenos – são os substantivos uniformes que designam alguns animais: onça, jacaré, tigre, borboleta, foca. Caso se queira especificar o sexo do animal, devem-se acrescentar as palavras macho ou fêmea. Ex: a onça macho, a onça fêmea (o substantivo onça será sempre feminino), o jacaré macho, o jacaré fêmea (o substantivo jacaré será sempre masculino) 2. Comum de dois gêneros – são os substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, a diferenciação de gênero é feita pelo artigo ou outro determinante qualquer. Ex: o artista, a artista; o estudante, a estudante; este dentista, aquela dentista; jornalista recém-formado, jornalista recém-formada. 3. Sobrecomuns – são substantivos uniformes que designam pessoas. Neste caso, o gênero é fixo (sempre masculino ou sempre feminino) e os artigos e outros determinantes permanecem invariáveis.

Mudança de sentido com mudança de gênero:

Há substantivos idênticos na forma, porém de gêneros diferentes. Veja alguns exemplos:

Substantivo feminino Significado A cabeça parte do corpo A capital cidade principal

A rádio estação transmissora

Substantivo masculino Significado O cabeça o chefe, o líder O capital o dinheiro, os bens

O rádio aparelho receptor

FLEXÃO NÚMERO:

Quanto ao número, o substantivo pode ser singular ou plural. Singular aluno, relógio, mãe Plural alunos, relógios, mães

Há, no entanto, alguns substantivos que só aparecem no plural, como: os afazeres, as fezes, os parabéns, as núpcias, os pêsames, os óculos, as férias, os víveres.

Plural dos Substantivos Compostos Não é fácil sistematizar o plural dos substantivos compostos, uma vez que ocorrem muitas oscilações, mesmo no padrão culto da língua. Cumpre, no entanto, observar as seguintes regras: 1. Os substantivos compostos ligados sem hífen formam o plural como se fossem substantivos simples. Ex:

Aguardente → aguardentes Passatempo →passatempos

Vaivém→ vaivéns

2. Nos compostos formados de palavras repetidas (ou muito semelhantes), só o segundo elemento varia. Ex:

Teco-teco→ teco-tecos

Reco-reco →reco-recos

Tico-tico→ tico-ticos

3. Nos compostos cujos elementos venham unidos por preposição, só o primeiro elemento varia. Ex:

Pão-de-ló → pães-de-ló

Mula-sem-cabeça → mulas-sem-cabeça

4. Nos compostos formados por dois substantivos, se o segundo elemento limita ou determina o primeiro, indicando tipo ou finalidade, a variação ocorre somente no primeiro elemento. Ex:

Banana-maçã → bananas-maçã

Salário-família →salários-família

Peixe-espada → peixes-espada

Caneta-tinteiro → canetas-tinteiros

Manga-rosa → mangas-rosa

Samba-enredo → sambas-enredo

Obs.: Convém lembrar, no entanto, que a pluralização dos dois elementos é muito comum, mesmo no padrão

culto, e que essas formas já aparecem dicionarizadas.

5. Nos compostos formados de verbo seguido de substantivos no plural, ambos os elementos ficam invariáveis. Ex:

o saca-rolhas → os saca-rolhas

o tira-dúvidas → os tira-dúvidas

6. Para os demais substantivos compostos, convém observar o seguinte: só devem ir para o plural os substantivos, os adjetivos e os numerais. Os verbos e

os advérbios, assim como os prefixos que entram na formação dos substantivos compostos (co-, ex-, vice- etc.), evidentemente não variam.

Variam os dois elementos (substantivo +

substantivo; substantivo + adjetivo; adjetivo + substantivo; numeral + substantivo).

Masculino Feminino Masculino Feminino

Aluno aluna Bode cabra

Menino menina Carneiro ovelha

Homem mulher Cavaleiro amazona

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Ex:

Couve-flor → couves-flores

Cabra-cega → cabras-cegas

Amor-perfeito→ amores-perfeitos

Quinta-feira → quintas-feiras

Boa-vida → boas-vidas

Primeiro-ministro→ primeiros-ministros

Cachorro-quente→ cachorros-quentes

Obra-prima→ obras-primas

Varia apenas o segundo elemento (verbo + substantivo; advérbio + adjetivo; prefixo + substantivo). Ex:

Guarda-roupa→ guarda-roupas

Bem-amado→ bem-amados

Guarda-comida→ guarda-comidas

Abaixo-assinado→ abaixo-assinados

Guarda-chuva→ guarda-chuvas

Ex-aluno→ ex-alunos

Beija-flor→ beija-flores

Co-autor→ co-autores

Vira-lata→ vira-latas

Obs.: Quando a palavra guarda referir-se à pessoa, ao

militar, e vier seguida de adjetivo, será substantivo e, portanto, irá para o plural: guardas-noturnos, guardas-

civis, guardas-florestais.

FLEXÃO DE GRAU:

Aumentativos e diminutivos formais Ex.: cartão, portão, caldeirão, etc.

O grau com valor afetivo ou pejorativo Ex.: paizinho, mãezinha (afetivo); gentinha (pejorativo).

Formação do diminutivo plural: Ex.: bar bares (plural) bare + s barezinhos

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Numere a segunda coluna de acordo com o significado das expressões da primeira e assinale a alternativa que contém os algarismos nas sequências corretas. (1) o óleo santo ( ) a moral (2) a relva ( ) a crisma (3) um sacramento ( ) o moral (4) a ética ( ) o crisma (5) a unidade de massa ( ) a grama (6) o ânimo ( ) o grama a) 6,1,4,3,5,2 b) 4,1,6,3,5,2 c) 6,1,4,3,2,5 d) 4,3,6,1,2,5 e) 6,3,4,1,2,5 2. Assinale a frase em que as palavras destacadas correspondem, pela ordem, a substantivo, adjetivo, advérbio. a) Feliz a nação que emprega bastantes recursos na

educação. b) As escolas organizadas fazem um extraordinário

bem à educação. c) O governo que a cultura seu povo passa à história.

d) Educação e cultura fazem forte um país bem

promissor. e) A preparação da juventude forja o amanhã de um

país. 3. Como se sabe, alguns substantivos variam em gênero. Ocorre, entretanto, que, sendo o gênero uma categoria convencionada, com o passar do tempo alguns usos acabam por motivar a troca de gêneros. Por isso, é importante considerar que:

A) a palavra “cônjuge” é utilizada, na maioria das vezes, no masculino; por isso, ainda que o referente seja uma mulher, a norma recomenda que ela seja referida como “meu cônjuge”. B) alguns substantivos mudam de significado quando mudam de gênero. Isso ocorre, por exemplo, com as palavras “indivíduo” e “modelo”. C) embora a palavra “alface” seja do gênero feminino, seu emprego no masculino é tão corrente que já é aceito pelos instrumentos normativos vigentes. D) a palavra “celeuma” é do gênero masculino, o que obriga o adjetivo com o qual ela está relacionada a também ficar no masculino. Por isso, diz-se “um celeuma problemático”. E) aceita-se, atualmente, no português brasileiro, a flexão da palavra “ídolo” no feminino. Assim, estão corretas as formas “ele é meu ídolo” e “ela é minha ídola”. 4. Numa das opções, uma das palavras apresenta erro de flexão. Indique-a a) mãos-de-obra, obras-primas b) guardas-civis, afro-brasileiros c) salvos-condutos, papéis-moeda d) portas-bandeira, mapas-múndi e) salários-família, vice-diretores 5. Dadas as afirmações de que o plural de 1. corrimão pode ser corrimãos ou corrimões. 2. segunda-feira é segundas-feiras. 3. gravidez é gravidezes. 4. bem-te-vi é bem-te-vis. Constatamos que está(ão) CORRETA(S)

A) apenas 1. B) apenas 2. C) apenas 3. D) apenas 1 e 4. E) todas.

Gabarito

01. D 02. D 03. A 04. D 05. E

O ARTIGO

EMPREGO DOS ARTIGOS:

1. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral AMBOS e o substantivo a que esse numeral se refere. Ex: O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.

2. Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo CUJO (e flexões). Ex: Este é o homem cujo amigo desapareceu. Este é o autor cuja obra conheço.

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3. Não se deve usar artigo antes das palavras CASA (no sentido de lar, moradia) e TERRA (no sentido de chão firme), a menos que venham especificadas. Ex:

Eles estavam em casa. Eles estavam na casa dos amigos. Os marinheiros permaneceram em terra. Os marinheiros permaneceram na terra dos anões.

4. Com relação a nomes de lugar, alguns admitem a anteposição do artigo, outros não. Ex: Passaram o carnaval em Salvador. Florianópolis é a capital de Santa Catarina. Nevou em Roma. Brasília é a capital da República. Arroz-de-cuxá é um prato típico do Maranhão. Passaram o carnaval na Bahia. Faz muito calor no Piauí. 5. Se o nome de lugar que não admite artigo vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório. Ex: A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. Não conheciam a velha Salvador. Estavam na Roma antiga. A moderna Brasília é considerada um monumento arquitetônico. 6. Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, com exceção de SENHOR (a), SENHORITA e DONA. Ex:

Vossa excelência resolverá os problemas de Sua Senhoria. 7. Emprega-se o artigo definido com o adjetivo no grau superlativo. Ex: Não consegui resolver as questões mais difíceis. Ou Resolvi as mais difíceis questões. 8. Emprega-se o artigo definido com valor de superlativo absoluto sintético. Ex: Não se trata de mais uma música, esta é a música. 9. Não se une à preposição o artigo que faz parte do nome de revistas, jornais, obras literárias. Ex: Li a notícia em O Estado de S. Paulo. A notícia foi publicada em O Globo. “Inês de Castro” é o episódio de Os lusíadas. 10. Depois do pronome indefinido TODO emprega-se artigo quando se quer dar ideia de inteiro, totalidade. Quando se quer dar ideia de qualquer, omite-se o artigo. Ex: Ele leu todo o livro. (o livro inteiro)

Todo homem é mortal. (qualquer homem) Todo o país comemorou a conquista. (o país inteiro) Todo país tem seu governo. (qualquer país, cada país)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a alternativa em que há erro no emprego

do artigo.

a) Eles estavam na casa dos pais. b) Ambos os casos merecem consideração. c) Eles não conheciam a velha Roma. d) Convidei a Filomena para a festa. e) São pessoas cujas as aspirações são pequenas. 2. Marque a alternativa correta. a) Todos os três foram reprovados em física. b) O fato foi noticiado pelo Estado de S. Paulo.

c) Discutia os assuntos mais profundos. d) Haverá hoje reunião com a Sua Majestade. e) Não conheço a escola cuja a diretora se aposentou. 3. Aponte a alternativa em que haja erro no emprego

do artigo. a) Não quis responder a ambas as perguntas. b) Feliz o pai cujo os filhos são ajuizados. c) O pai tinha muito amor a ambos os filhos. d) O fato de o rapaz chegar, não resolveu o problema. e) Foi em O Globo que divulgaram a pesquisa. 4. (UM-SP) Assinale a alternativa em que há erro

quanto ao emprego do artigo. a) Li a notícia no Estado de S. Paulo. b) É em O Estado de S. Paulo que li a notícia. c) Essa notícia, eu vi em A Gazeta. d) Vi essa notícia em A Gazeta. e) Li a notícia em O Estado de S. Paulo.

5. Determine o caso em que o artigo tem valor de

qualificativo. a) Estes são os candidatos de que lhe falei. b) Procure-o, ele é o médico! Ninguém o supera. c) Certeza e exatidão, essas qualidades não as tenho. d) Os problemas que o afligem não me deixam

descuidado. e) Muita é a procura, pouca, a oferta.

Gabarito

1. E 2. C 3. B 4. A 5. B

O NUMERAL

EMPREGO E FLEXÃO DOS NUMERAIS

1. Quando antepostos ao substantivo, empregam-se os numerais ordinais, que concordarão com esse substantivo. Se estiverem pospostos ao substantivo, usam-se os numerais cardinais, que concordarão com a palavra número (subentendida). Ex: Segunda casa ou casa dois Décima quinta cabine ou cabine quinze III Salão do Automóvel (terceiro) II Maratona Estudantil (segunda)

Observação: quando se quer fazer referência ao primeiro dia do mês, deve-se utilizar o numeral ordinal: primeiro de

maio, primeiro de abril.

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2. Na indicação de reis, papas, séculos e partes de uma obra, temos um caso particular: quando pospostos ao substantivo, usam-se os numerais ordinais até décimo, inclusive. A partir daí, devem-se empregar os cardinais. Ex:

Século VII (sétimo) Henrique VIII (oitavo) Século XXI (vinte e um) Luís XV (quinze) João Paulo II (segundo) capítulo II (segundo) João XXIII (vinte e três) capítulo XIII (treze) Se o numeral anteceder o substantivo, será obrigatório o uso do ordinal. Ex: Vigésimo primeiro século Décimo terceiro capítulo

3. Ambos, substituindo o cardinal dois, flexiona-se em gênero, concordando com o substantivo. Ex: Ambos os alunos estavam presentes. Ambas as alunas foram premiadas.

4.Quando os numerais multiplicativos acompanham substantivos, variam em gênero, concordando com o substantivo. Ex: Ele tomou um suco duplo. Ele tomou uma vitamina dupla.

5. O fracionário meio concorda em gênero com o substantivo a que se refere. Ex: Comprou meio quilo de arroz. Comprou meia tonelada de arroz. Completou a corrida em dois minutos e meio.

(dois minutos e meio minuto) Completou a corrida em duas horas e meia.

(duas horas e meia hora) 6. Os fracionários variam em número, concordando com os cardinais que os acompanham. Ex: Um terço dois terços Um quinto três quintos

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Indique o item em que os numerais estão corretamente empregados. a) Ao papa Paulo Seis sucedeu João Paulo Primeiro. b) Após o parágrafo nono, virá o parágrafo décimo. c) Depois do capítulo sexto, li o capítulo décimo

primeiro. d) Antes do artigo dez vem o artigo nono. e) O artigo vigésimo segundo foi revogado. 2. A alternativa em que o numeral está impropriamente empregado é:

a) O conteúdo do artigo onze não está claro. b) Já lhe disseram, pela noningentésima vez, o que

fazer. c) Esses animais viveram, aproximadamente, na Era

Terciária. d) Consulte a Encíclica de Pio Décimo. e) Esse dado encontra-se na página décima quinta.

3. Verifique em qual alternativa há um uso impróprio de numerais.

a) No artigo sétimo lia-se era proibido reclamar; já no artigo dezenove, falava-se em direito de reclamação.

b) No tomo treze da coleção há uma referência importante ao canto oitavo da Odisseia.

c) Uma resma equivale a quinhentas folhas de papel. d) Prepare-se para gerir a escola por um período de

cinco anos. Não se preocupe: o lustro passa depressa.

e) Já era meio-dia e meio. 4. Assinale o caso em que não haja expressão numérica de sentido indefinido.

a) Ele foi o duodécimo colocado. b) Quer que veja este filme pela milésima vez? c) “Na guerra os meus dedos disparam mil mortes” d) “A vida tem uma só entrada; a saída é por cem

portas.” e) Éramos uns duzentos naquele auditório. 5. Assinale a alternativa incorreta:

a) Pio XII (décimo segundo) b) João Paulo II (segundo) c) página 21 (vinte e um) d) XV salão do automóvel (décimo quinto) e) capítulo XVI (dezesseis)

Gabarito

1. D 2. E 3. E 4. A 5. A

O ADJETIVO

LOCUÇÃO ADJETIVA

Locução adjetiva é a expressão formada de preposição

+ substantivo (ou advérbio), com valor de adjetivo. Ex: dia de chuva (= dia chuvoso) pneu de trás (= pneu traseiro) atitudes de anjo (= atitudes angelicais) menino do Brasil (= menino brasileiro)

ADJETIVOS PÁTRIOS

Adjetivos pátrios são aqueles que se referem a países, continentes, cidades, regiões, etc., exprimindo nacionalidade ou a origem do ser: Ex: a) Amazonense (relativo ao Estado do Amazonas ou à região amazônica) b) Catarinense ou barriga-verde (relativo ao Estado de Santa Catarina) c) Rio-grandense-do-sul, sul-rio-grandense ou gaúcho (relativo ao Estado do Rio Grande do Sul)

FLEXÃO DE GÊNERO

No que se refere ao gênero, a flexão dos adjetivos é semelhante à dos substantivos: podem ser do gênero masculino ou feminino. Homem honesto / mulher honesta Homem simples / mulher simples Homem corrupto / mulher corrupta Homem inteligente / mulher inteligente

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FLEXÃO DE NÚMERO

Os adjetivos simples formam o plural da mesma maneira que os substantivos simples, ou seja, a terminação do plural varia conforme a terminação do singular. Ex: Pessoa honesta / pessoas honestas Regra fácil / regras fáceis Os substantivos empregados como adjetivos ficam invariáveis. Ex: Blusa vinho / blusas vinho Mulher monstro / mulheres monstro Camisa rosa / camisas rosa Homem aranha / homens aranha

Adjetivos Compostos

Como regra geral, nos adjetivos compostos somente o último elemento varia, tanto em gênero quanto em número. Ex: pactos sócio-político-econômicos causas sócio-político-econômicas acordos luso-franco-brasileiros lentes côncavo-convexas camisas verde-claras sapatos marrom-escuros

Se o último for substantivo, o adjetivo composto fica invariável. Ex: camisas verde-abacate sapatos marrom-café blusas amarelo-ouro

Os adjetivos compostos azul-marinho e azul-celeste ficam invariáveis. Ex: blusas azul-marinho camisas azul-celeste

No adjetivo composto surdo-mudo, ambos os elementos variam. Ex: meninos surdos-mudos meninas surdas-mudas

FLEXÃO DE GRAU

O adjetivo apresenta-se no grau comparativo quando a qualidade que ele expressa está em comparação com a de outros seres, e no grau superlativo quando essa

qualidade se apresenta em grau elevado. A mudança de grau pode ser obtida por dois processos: Sintético – a alteração de grau é feita através de sufixos: Esta casa é agradabilíssima. Analítico – a alteração de grau é feita pelo acréscimo de alguma palavra que modifique o adjetivo: Esta casa é muito agradável.

GRAU COMPARATIVO

O comparativo pode ser: De igualdade – a qualidade expressa pelo adjetivo

aparece com a mesma intensidade nos elementos que se comparam. O comparativo de igualdade apresenta, geralmente, a seguinte forma: Ex: Esta casa é tão arejada quanto aquela.

tão + adjetivo + quanto (ou como) De superioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo

aparece mais intensificada no primeiro elemento da relação de comparação. O comparativo de superioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma: Ex: Esta casa é mais arejada (do) que aquela.

mais + adjetivo + (do) que De inferioridade – a qualidade expressa pelo adjetivo

aparece menos intensificada no primeiro elemento da relação de comparação. O comparativo de inferioridade apresenta, geralmente, a seguinte forma: Ex: Esta casa é menos arejada (do) que aquela.

menos + adjetivo + (do) que GRAU SUPERLATIVO

O superlativo pode ser: Absoluto – a qualidade atribuída pelo adjetivo não

expressa em relação a outros elementos. Ex: Este exercício é muito fácil. (superlativo absoluto analítico) Este exercício é facílimo. (superlativo absoluto sintético)

Relativo – a qualidade atribuída pelo adjetivo é expressa em relação a outros elementos. Ex: Este exercício é o mais fácil do capítulo. (superlativo

relativo de superioridade) Este exercício é o menos fácil do capítulo. (superlativo relativo de inferioridade)

O superlativo absoluto sintético é feito pelo acréscimo dos sufixos superlativos: - íssimo, - ílimo ou - érrimo.

Alguns superlativos absolutos sintéticos apresentam mais de uma forma: uma erudita, mantendo íntima relação com a origem da palavra; outra mais popular, consagrada pelo uso: Ex: Agudo- acutíssimo ou agudíssimo Cruel- crudelíssimo ou cruelíssimo Livre- libérrimo ou livríssimo Magro- macérrimo ou magérrimo ou magríssimo

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a alternativa cuja expressão destacada desempenha função adjetiva.

(A) “...ela está presente em alguns alimentos...” (B) “Entre as pessoas com maiores níveis da vitamina, risco diminui 40%.” (C) “...têm menos possibilidades de desenvolver câncer de cólon...” (D) “...as pessoas com maiores níveis de vitamina D no organismo...” (E) “‘Este é o maior estudo já realizado sobre este assunto..’ 2. Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada NÃO tem valor de adjetivo.

a) A malha azul estava molhada. b) O sol desbotou o verde da bandeira. c) Tinha os cabelos branco-amarelados. d) As nuvens tornaram-se cinzentas. e) O mendigo carregava um fardo amarelado. 3. O plural de terno azul-claro, terno verde-mar é, respectivamente: a) ternos azuis-claros, ternos verdes-mares b) ternos azuis-claros, ternos verde-mares c) ternos azul-claro, ternos verde-mar d) ternos azul-claros, ternos verde-mar e) ternos azuis-claro, ternos verde-mar 4. Assinale a alternativa incorreta quanto ao plural dos adjetivos.

a) conflitos sino-russo-americanos b) operações médico-cirúrgicas c) gravatas verde-oliva d) blusas gelo e) camisas laranjas 5. Assinale a alternativa incorreta quanto ao campo referencial das locuções adjetivas.

a) exageros da paixão (passionais) b) atitudes de criança (pueris) c) soro contra veneno de serpente (antiofídico) d) água da chuva (fluvial) e) Alma de fora (exterior)

Gabarito

1. B 2. B 3. D 4. E 5. D

O PRONOME

PRONOMES PESSOAIS

Pronomes pessoais são aqueles que representam as pessoas do discurso. Além das flexões de pessoa (primeira, segunda e terceira), gênero (masculino e feminino) e número (singular e plural), pronome pessoal apresenta variação de forma (reto ou oblíquo), dependendo da função que desempenhar na oração. O pronome pessoal será reto quando desempenhara função de sujeito da oração e será oblíquo quando desempenhar a função de complemento verbal.

PRONOMES DE TRATAMENTO

Alguns pronomes de tratamento

Emprego dos Pronomes Pessoais:

Os pronomes oblíquos conosco e convosco são utilizados normalmente em sua forma sintética. Caso

haja palavras de reforço, tais pronomes devem ser substituídos pela forma analítica. Ex: Queriam falar conosco. Queriam falar com nós dois. Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –r, -s, -z, assumem a forma lo, la, los, las, e os verbos perdem aquelas terminações. Ex: Vou amá-lo por toda a minha vida. (amar + o) As nossas crianças, amemo-las com intensidade. (amemos + as) O jogo, fi-lo sozinho. (fiz + o)

Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando precedidos de verbos que terminam em –m, -ão, -õe, assumem a forma no, na, nos, nas.

Ex: Entregaram-no ao professor. O assunto, dão-no por encerrado. Abençoem - nos para que partam tranquilos.

Número

Pessoa

Pronomes

Retos

Pronomes Oblíquos

Singular

Eu

me,mim,comigo

Tu

Te, ti, contigo

ele / ela

Se, si, consigo, o, a, lhe

Plural

Nós

nos, conosco

Vós

vos, convosco

eles / elas

se, si, consigo, os, as,

lhes

PRONOME ABREV. USO

Você v. Familiar

Vossa Senhoria V. Sª (s) Comercial

Vossa Excelência V. Exª (s) Altas autoridades

Vossa Reverendíssima

V. Revma.(s)

Sacerdotes e bispos

Vossa Eminência V. Ema.(s) Cardeais

Vossa Majestade V.M.(VV.MM.)

Reis e rainhas

Vossa Majestade. Imperial

V. M. I. Imperadores

Vossa Santidade V. S. Papa

Vossa Alteza V. A. Príncipes

Vossa Magnificência V. Mga.(s) Reitores

Senhora e Senhor Sra. Sr. Respeito

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Na primeira pessoa do plural (nós), a forma verbal perde o s final quando seguida do pronome oblíquo nos. Ex:

Queixamo + nos Queixamo-nos

Referimos + nos Referimo-nos Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de vossa, quando nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por sua, quando nos referimos a essa pessoa.

Ex: Vossa excelência já aprovou os projetos? – perguntou o assessor. Sua Excelência, o governador, deverá estar presente à

inauguração – relatou o repórter. 1. No português moderno falado no Brasil, você deixou de ser pronome de tratamento e assumiu todas as características e funções de um pronome pessoal de segunda pessoa, substituindo o tu e o vós. No entanto, continua fazendo a concordância com o verbo na terceira pessoa. Ex: Você irá ao cinema? (você: segunda pessoa; irá: terceira

pessoa) Vocês irão ao cinema? (vocês: segunda pessoa; irão:

terceira pessoa)

PRONOMES POSSESSIVOS

Pronomes possessivos são aqueles que se referem às pessoas do discurso, indicando ideia de posse. Concordância dos Pronomes Possessivos

Os pronomes possessivos concordam em gênero e número com a coisa possuída, e em pessoa com o possuidor. (Eu) Vendi meus discos. (Eu) Vendi minha coleção de discos. (Tu) Releste teus papéis? (Tu) Releste tua prova? (Nós) Emprestamos nossos discos. (Nós) Emprestamos nossa casa. Emprego dos Pronomes Possessivos: Em muitos casos, a utilização do possessivo de terceira pessoa (seu e flexões) pode deixar a frase ambígua, ou seja, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor. Ex: A professora disse ao diretor que concordava com sua nomeação. (Nomeação de quem? Da professora ou

do diretor?)

Obs: Para evitar essa ambiguidade, deve-se, sempre que possível, substituir o pronome seu (e flexões) pela forma dele (e flexões). A professora disse ao diretor que concordava com a nomeação dela. (da professora) A professora disse ao diretor que concordava com a

nomeação dele. (do diretor)

Há casos em que o pronome possessivo não exprime propriamente ideia de posse. Ele pode ser utilizado para indicar aproximação, afeto ou respeito. Ex: Aquele senhor deve ter seus cinquenta anos.

(aproximação) Meu caro uno, procure esforçar-se mais. (afeto) Minha Senhora, permita-me um aparte. (respeito)

A palavra seu que antecede nomes de pessoas não é pronome possessivo, mas corruptela de senhor. Ex: Seu Humberto, o senhor poderia emprestar-me o

martelo?

PRONOMES DEMONSTRATIVOS

Pronomes demonstrativos são aqueles que indicam a posição de um ser em relação às pessoas do discurso, situando-o no espaço ou no tempo. Emprego dos Pronomes Demonstrativos: Os pronomes demonstrativos podem ser utilizados para indicar a posição espacial de um ser em relação às pessoas do discurso. Os demonstrativos de primeira pessoa (este e flexões, isto) indicam que o ser está próximo à pessoa que fala. Ex: Esta menina que está aqui ao meu lado se chama Lúcia. Este livro que trago comigo é um romance. Isto que eu tenho nas mãos é uma chave.

Os demonstrativos de segunda pessoa (esse e flexões, isso) indicam que o ser está próximo à pessoa com quem se fala. Ex: Essa menina que está aí ao teu lado se chama Lúcia. Esse livro que tu trazes contigo é um romance. Isso que você tem nas mãos é uma chave.

Os demonstrativos de terceira pessoa ( aquele e flexões, aquilo) indicam que o ser está próximo à pessoa de quem se fala, ou distante dos interlocutores Ex: Aquela menina que estuda na outra sala se chama Lúcia. Aquele livro que está lá na biblioteca é um romance. Aquilo que está ali nas mãos de Pedro é uma chave.

a) Os demonstrativos servem para indicar a posição temporal, revelando proximidade ou distanciamento no tempo, em relação à pessoa que fala. O demonstrativo de primeira pessoa este (e flexões) revela tempo presente, ou bastante próximo do momento em que se fala. Ex: Hoje é feriado, por isso desejo aproveitar este dia. Desejo viajar ainda nesta semana.

O demonstrativo de segunda pessoa esse (e flexões) revela tempo passado relativamente próximo ao momento em que se fala.

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Ex: Na quarta-feira passada fiz aniversário; nesse dia reuni-

me com os amigos. No mês passado completei dezoito anos; nesse mesmo

mês tirei a carteira de habilitação. O demonstrativo de terceira pessoa aquele (e flexões) revela tempo remoto ou bastante vago. Ex:

Em 1970, a seleção brasileira de futebol era imbatível. Resultado: naquele ano o Brasil se sagrou tricampeão mundial. Em 1922 realizou-se a semana de Arte Moderna em São Paulo; naquela época, muitas pessoas criticaram as

propostas modernistas. Os pronomes demonstrativos podem indicar o que ainda vai ser dito e aquilo que já foi dito.

Devemos empregar este (e flexões) e isto quando queremos fazer referência a alguma coisa que ainda vai ser dita. Ex: Espero sinceramente isto: que sejam chamados os

melhores. Estas são as qualidades de um bom texto: clareza,

correção, elegância e concisão. Devemos empregar esse (e flexões) e isso quando queremos fazer referência a alguma coisa que já foi dita. Ex: Que sejam chamados os melhores; é isso que espero. Clareza, correção, elegância e concisão; essas são

qualidades de um bom texto. Emprega-se este em oposição a aquele quando se quer

fazer referência a elementos já mencionados. Este se refere ao mais próximo; aquele, ao mais distante. Ex: Matemática e Literatura são matérias que me agradam: esta me desenvolve a sensibilidade; aquela, o raciocínio.

PRONOMES RELATIVOS

Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo anterior (antecedente) da oração, projetando-se numa outra oração.

Emprego dos Pronomes Relativos: 1. Os pronomes relativos virão precedidos de preposição se a regência assim determinar. Ex: Este é o autor a cuja obra me refiro. (me refiro a) Este é o autor de cuja obra gosto. (gosto de) São opiniões em que penso. (penso em)

2. O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas e é precedido de preposição. Ex: Não conheço a menina de quem você falou. Este é o rapaz a quem você se referiu. 3. É comum empregar o relativo quem sem antecedente claro. Nesse caso, ele é classificado como relativo indefinido e não é antecedido de preposição. Ex:

Quem cala consente. (= Aquele que cala, consente.)

4. O pronome relativo que pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas. Ex: Não conheço o rapaz que saiu. (pessoa) Não li o livro que você me indicou. (coisa) 5. Quando precedido de preposição monossilábica, emprega-se o pronome relativo que. Com preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões). Ex: Esta é a pessoa de que lhe falei. Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei. Aquela é a ferramenta com que trabalho. Aquele é o empreiteiro para o qual trabalho.

6. O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões). Ex: “Cesse tudo o que a Musa antiga canta...” (Camões) Sei o que estou dizendo. Calou o que sentia.

7. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões). Deve concordar com a coisa possuída. Ex: Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da

pessoa) Esta é a cidade cujas praias são lindas. (praias da

cidade) Feliz o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai)

8. O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedentes os pronomes indefinidos tudo, tanto, etc.; daí seu valor indefinido. Ex: Falou tudo quanto queria. Coloque tantas quantas forem necessárias.

Também pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos. Saiba quantos lerem esta escritura...

9. O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Ex: Esta é a casa onde moro. Não conheço o lugar onde você está.

Onde é empregado com verbos que não dão ideia de

movimento. Pode ser usado sem antecedente. Ex: Sempre morei na cidade onde nasci. Fique onde está.

Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. Ex: Não conheço o lugar aonde você irá. Voltei àquele lugar aonde meu pai costumava me levar quando criança.

PRONOMES INDEFINIDOS

Pronomes indefinidos são aqueles que se referem à terceira pessoa do discurso de modo vago e impreciso.

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Emprego dos pronomes indefinidos: O indefinido algum, quando posposto ao nome, assume valor negativo, equivalendo a nenhum. Ex: Motivo algum me fará desistir do cargo. Livro algum faz referência a este episódio.

O pronome indefinido cada não deve ser utilizado desacompanhado de substantivo ou numeral. Ex: Recebemos mil reais cada um.

Certo é pronome indefinido quando anteposto ao nome a que se refere. Quando posposto, será adjetivo. Ex: Não entendi certos exercícios. (pronome indefinido) Os exercícios certos valerão nota. (adjetivo, com sentido

de “corretos”) Todo, toda (no singular), quando desacompanhados de artigo, significam qualquer. Ex: Todo homem é mortal. (qualquer homem)

Quando acompanhado de artigo, passam a dar a ideia de totalidade. Ex: Ele comeu todo o bolo. (o bolo inteiro) No plural, todos, todas sempre virão seguidos de artigo, exceto se houver palavra que os exclua, ou numeral não seguido de substantivo. Ex: Todos os alunos compareceram. Todos estes alunos compareceram. (estes: palavra que

exclui o artigo) Todos cinco compareceram. (cinco: numeral não seguido

de substantivo) Todos os cinco alunos compareceram.

Qualquer tem por plural quaisquer. Ex: Acabaram acolhendo quaisquer soluções.

A palavra qualquer, quando posposta ao substantivo, assume valor pejorativo. Era um malandrinho qualquer.

PRONOMES INTERROGATIVOS

Pronomes interrogativos são aqueles usados para formular uma pergunta, de forma direta ou indireta. Ex: Que impacto a rejeição do público causou em você?

(interrogativa direta) Gostaria muito de saber quem fez isso. (interrogativa indireta)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale a alternativa INCORRETA quanto à classificação dos pronomes destacados.

(A) “Ela está presente em alguns alimentos...” (pronome pessoal do caso reto) (B) “...câncer de cólon que as que têm baixos níveis...” (pronome pessoal do caso oblíquo átono) (C) “...ele está presente em alguns alimentos...” (pronome indefinido) (D) “‘...diagnosticados a cada ano no Reino Unido.’” (pronome indefinido) (E) “Para chegar a esta conclusão...” (pronome demonstrativo)

A diferença entre tu e você

O diretor-geral está preocupado com um executivo que, após trabalhar sem folga, passa a ausentar-se muito. Chama um detetive. — Siga o Lopes durante uma semana – disse. Após cumprir o que lhe fora pedido, o detetive informa: — Lopes sai normalmente ao meio-dia, pega o seu carro, vai à sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho. — Ah, bom. Não há nada de mal nisso. O detetive observa o diretor com olhar fixo e comenta: — Desculpe. Posso tratá-lo por tu? — Sim, claro – responde o diretor. — Bom. Lopes sai ao meio-dia, pega o teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um de teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

(Revista Língua Portuguesa, ano I, nº. 2, 2005, Ed.Segmento)

2. Com relação às duas respostas do detetive, no que se refere ao uso dos pronomes “seu” e “teu”, respectivamente, pode-se dizer que:

A) o pronome “seu” trata-se da pessoa do falante. B) o pronome “tu”, nas formas “teus”, “tua” e “teus”, dá

ideia de posse e no contexto linguístico empregado fazem referência à pessoa do Sr. Lopes.

C) o pronome “teu” marca uma certa ambiguidade, não identificando claramente a pessoa da qual está falando.

D) a resposta com “teus”, “tua” e “teus” deixa claro que o executivo estava tendo um caso com a mulher do diretor-geral.

E) o uso do pronome “seu” e “teu”, no contexto linguístico empregado, produz a mesma clareza de sentido.

3. Assinale a alternativa INCORRETA. A) A palavra “após” (L3) trata-se de um advérbio que indica “em outro momento”, “depois”. B) O pronome “lhe” (L3) refere-se ao detetive. C) A palavra “o” em “o detetive” (L7) trata-se de pronome pessoal da 3ª pessoa masculina na forma oblíqua. D) A expressão “o diretor” (L7) pode ser substituída por “o” sem prejuízo de sentido. E) A palavra “Ah” (L6) trata-se de uma interjeição.

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Prece da árvore Ser humano: protege-me! Junto ao puro ar, da manhã ao crepúsculo, Eu te ofereço: aroma, flores, frutos e sombra. Se ainda assim não te bastar, curvo-me e te dou: Proteção para teu ouro, Pinho para tua nota, Teto para teu abrigo, Lenha para teu calor, Mesa para teu pão, Leito para teu repouso, Apoio para teus passos, Bálsamo para tua dor, Altar para tua oração. E te acompanharei até a morte. Rogo-te: não me maltrates! (ROSSI, Walter. Publicado em panfleto distribuído no campus da

UNICAP.)

4. Sobre o emprego dos pronomes no Texto, podemos dizer que: a) o diálogo foi construído através dos pronomes de 1ª e de 3ª pessoa. b) o poema foi escrito em 3ª pessoa, para imprimir neutralidade. c) o pronome “me” poderia ser substituído por “mim”, sem problema. d) os pronomes possessivos (teu/tua) reforçam a ideia de doação ao outro. e) a uniformidade de tratamento foi violada: mistura de 2ª com 3ª pessoa. 5. Analise as afirmações a seguir, acerca de alguns pronomes utilizados no Texto 1.

1) No trecho: “Como tirar proveito dessas tecnologias que colocam a nossa disposição um volume cada vez maior de informações?”, a utilização da primeira pessoa do plural indica que, na visão do autor, as informações estão disponíveis apenas para as pessoas que, como ele, trabalham com a tecnologia. 2) No trecho: “Isso conduz à necessidade de buscar

formas mais eficientes de coletar e processar apenas as informações necessárias no nosso cotidiano.”, o termo utilizado opera uma retomada no texto, levando o leitor a recuperar uma informação já prestada pelo autor. 3) No trecho: “Isso vai nos compelir a buscar e usar técnicas que maximizem o tratamento das informações

recebidas.”, o termo destacado tem como referente a palavra ‘informações’. Está(ão) correta(s): A) 1, apenas. B) 2, apenas. C) 3, apenas. D) 1 e 2, apenas. E) 1, 2 e 3.

O VERBO

FLEXÕES DO VERBO

FLEXÃO DE PESSOA

O verbo flexiona-se em pessoa concordando com o seu sujeito. São três as pessoas do verbo:

Primeira pessoa – a que fala:

Eu aprecio a natureza. Nós apreciamos a natureza.

Segunda pessoa – com quem se fala:

Tu aprecias a vida. Vós apreciastes a vida.

Terceira pessoa – de quem ou do que se fala:

Ele aprecia a vida. Elas apreciam a vida.

FLEXÃO DE NÚMERO

O verbo pode se apresentar no singular ou no plural, concordando com o sujeito da oração. Ex: sujeito (singular)

Joaquim aprecia a vida.

Verbo (singular)

Sujeito (plural)

Joaquim e Pedro apreciam a vida.

Verbo (plural)

Como se pode observar, o verbo sempre concorda em pessoa e número com o sujeito da oração. Isso ocorre mesmo quando o sujeito, representado pelos pronomes pessoais retos, estiver implícito. Ex: Ressuscitaremos a qualquer custo. (sujeito implícito:

nós, primeira pessoa do plural)

FLEXÃO DE TEMPO

Sabemos que o verbo indica um processo localizado no tempo. Podemos distinguir três situações básicas: presente, pretérito e futuro.

Se o processo ocorre no momento da fala, temos o tempo presente. Se o processo já ocorreu, temos o tempo pretérito. Se o processo ainda vai ocorrer, temos o tempo futuro.

FLEXÃO DE MODO Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, de dúvida, de ordem, etc.). São três os modos verbais: indicativo, subjuntivo e imperativo.

Gabarito

01. B 02. D 03. C 04. D 05. B

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Modo indicativo – apresenta o fato como certo,

preciso, seja ele pretérito, presente ou futuro. Exemplos: Respeitamos a natureza. Respeitávamos a natureza. Respeitaremos a natureza.

Modo subjuntivo – apresenta o fato como incerto,

duvidoso. Exemplos: Se respeitássemos a natureza, o mundo ficaria melhor. Se respeitarmos a natureza, o mundo ficará melhor. Modo imperativo – exprime uma ordem, um pedido

ou um conselho. Ex: Respeite a natureza. Passe-me o açúcar, por favor. Evite tomar sol depois das 10 horas da manhã.

FLEXÃO DE VOZ

A flexão de voz indica a relação estabelecida entre o verbo e seu sujeito. Conforme o tipo dessa relação, o verbo pode apresentar-se na voz ativa, na voz passiva ou na voz reflexiva. Voz ativa – quando o sujeito é o agente, isto é, aquele

que executa a ação expressa pelo verbo: Ex: O aluno fez a atividade proposta. (sujeito agente/ativo = o aluno Voz passiva – quando o sujeito é o paciente, ou seja,

o receptor da ação expressa pelo verbo. Há dois tipos de voz passiva: - voz passiva analítica – formada pelo verbo auxiliar

conjugado mais particípio do verbo principal. Ex: A atividade proposta foi feita pelo aluno. (pelo

aluno=agente da passiva) - voz passiva sintética (ou pronominal) – formada por

verbo na terceira pessoa mais a partícula apassivadora se. Ex: Fez-se a atividade proposta.

Voz reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo

agente e paciente, ou seja, executor e receptor da ação expressa pelo verbo. A voz reflexiva apresenta sempre a seguinte construção: sujeito + verbo na voz ativa + pronome oblíquo reflexivo. Ex: A menina cortou-se.

verbo na voz ativa pronome reflexivo

FORMAS NOMINAIS

Infinitivo: indica o processo propriamente dito, sem

situá-lo no tempo; desempenha, assim, função semelhante à do substantivo:

Ex: É preciso recuperar os valores éticos.

O infinitivo pode apresentar flexão de pessoa, originando duas formas: o infinitivo impessoal (não se flexiona) e o infinitivo pessoal (flexionado). Particípio: indica uma ação já acabada,

desempenhando função semelhante à do adjetivo. O particípio flexiona-se em gênero e número, concordando com o substantivo a que se refere: Ex: Preservada a natureza, sobreviveremos. Preservado o meio ambiente, sobreviveremos. Na linguagem atual, os verbos pagar, gastar e ganhar

são usados apenas no particípio irregular, com qualquer auxiliar. Ex: Ele havia pago a conta. Tinham gasto todo o dinheiro. Havia ganho muitos presentes no aniversário. Gerúndio: indica um processo verbal em curso,

desempenhando função semelhante à do adjetivo e à do advérbio. O gerúndio não apresenta flexão. Ex: “Caminhando e cantando e seguindo a canção, Somos

todos iguais, braços dados ou não” (Geraldo Vandré)

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS

Quanto à flexão, os verbos classificam-se em: regulares; irregulares; defectivos; abundantes. Regulares – são aqueles que seguem o paradigma, isto é, o modelo da conjugação. Quando um verbo é regular, o radical se mantém em todas as formas e terminações são as mesmas do paradigma.

Observações: Em alguns casos, podemos encontrar

alterações nos radicais de verbos regulares; é necessário observar se essa alteração é apenas um caso de acomodação gráfica para manter a identidade fonética. É o que ocorre, por exemplo, com os verbos ficar (fico,

fiquei), fingir (finjo, finges) e vencer (venço, vences).

Irregulares – são aqueles que se afastam do modelo da conjugação, apresentando alterações ou no radical ou nas desinências. Eu peço tu pedes

Defectivos – são verbos de conjugação incompleta, ou seja, não apresentam algumas formas. São exemplos os verbos falir e abolir no presente do indicativo.

Abundantes – são aqueles que possuem duas ou mais formas de idêntico valor. A abundância ocorre com maior frequência no particípio de alguns verbos, que, além da forma regular, apresentam outra forma, denominada irregular ou abundante.

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Quando o verbo apresenta duplo particípio, deve-se usar a forma regular com os auxiliares ter e haver e a forma irregular com os auxiliares ser e estar.

EMPREGO DOS MODOS E TEMPOS VERBAIS

MODO INDICATIVO

Presente – exprime um fato que ocorre no momento

em que se fala: Ex: Vejo um pássaro na janela.

Pretérito perfeito – exprime um fato já concluído

anteriormente ao momento em que se fala. Ex: Ontem eu reguei as plantas do jardim.

Pretérito imperfeito – exprime um fato anterior ao momento em que se fala, mas não o toma como concluído, acabado. Revela, pois, o fato em seu curso, em sua duração. Ex: Ele falava muito durante as aulas.

Pretérito mais-que-perfeito – indica um fato passado

que já foi concluído, em relação a outro fato também passado. Ex: Quando você resolveu o problema, eu já o resolvera.

Observação: Na linguagem atual tem-se usado com

mais frequência o pretérito mais-que-perfeito composto. Ex: Quando você resolveu o problema, eu já o tinha

resolvido.

Futuro do presente – exprime um fato posterior ao

momento em que se fala, tido como certo. Ex: Amanhã chegarão os meus pais. As aulas começarão segunda-feira.

Futuro do pretérito – exprime um fato futuro tomado

em relação a um fato passado. Ex: Ontem você me disse que viria à escola.

MODO SUBJUNTIVO

O subjuntivo apresenta o fato de modo incerto, impreciso, duvidoso. Normalmente é empregado em orações que dependem de outras (subordinadas). Ex: Viajaríamos se fizesse calor. Presente – é empregado nas orações subordinadas

para expressar fatos presentes ou futuros. Ex: É justo que eles fiquem. (presente) Desejo que todos compareçam. (futuro)

Pretérito imperfeito – indica uma ação passada,

presente ou futura em relação ao verbo da oração principal. Ex: Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a

verdade. (presente)

Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo.

(passado) Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro)

Futuro – é empregado em orações subordinadas para

indicar eventualidade no futuro. Ex: Farei o trabalho se tiver tempo.

MODO IMPERATIVO

O imperativo exprime uma atitude de ordem, solicitação, convite ou conselho. É empregado em orações absolutas, principais ou coordenadas. Ex: Prestem atenção! (ordem) Empreste-me o livro, por favor. (solicitação) Venha à festa do meu aniversário. Será lá em casa.

(convite) Não guarde rancor, pode lhe dar uma gastrite. (conselho)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Considerando os verbos destacados nas frases abaixo, relacione a coluna da esquerda com a da direita. Depois marque a sequência numérica que corresponde ‘a resposta certa. ( ) Ser livre – como diria o famoso conselheiro – é não

ser escravo. ( ) Somos, pois, criaturas nutridas de liberdade. ( ) Diz-se que o homem nasceu livre. ( ) Diz-se que renunciar à liberdade é renunciar à

própria condição humana. ( ) Os papagaios vão pelos ares até onde os meninos de outrora não acreditavam que se pudesse chegar com um fio de linha. ( ) Os loucos que sonharam sair de seus pavilhões usando a fórmula do incêndio para chegarem à

liberdade, morreram. (1) infinitivo impessoal (2) pres. do indicativo (3) infinito pessoal (4) futuro do pretérito (5) imperfeito do subjuntivo (6) perfeito do indicativo a) 4-2-6-1-5-3 b) 5-6-2-4-1-3 c) 4-1-2-6-5-3 d) 4-2-1-6-5-3 e) 3-6-5-2-1-4 2. Avalie as afirmações a propósito do emprego das formas verbais. I – “Estaria” - está no futuro do pretérito do indicativo e

exprime probabilidade.

II – “acreditaram” - está no pretérito perfeito do indicativo

e indica uma ação passada concluída.

III – “sofre” - está no presente do subjuntivo para enunciar

um fato hipotético.

IV – “dispõe” - está no presente do indicativo para indicar

um estado atual.

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Estão corretas as afirmações

(A) I, II, III e IV.

(B) II, III e IV, apenas.

(C) I, III e IV, apenas.

(D) I, II e IV, apenas.

(E) I, II e III, apenas.

3. Assim, mesmo que tal evolução impacte as contas públicas ... (2o parágrafo) O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está também grifado na frase:

a) Entre os fatores apontados pela pesquisa, deve ser considerado o controle dos índices de inflação. b) Com a valorização do salário mínimo, percebe-se um aumento do poder de compra dos trabalhadores mais humildes. c) A última pesquisa Pnad assinala expressiva melhoria das condições de vida em todas as regiões do país. d) É desejável que ocorra uma redução dos índices de violência urbana, consolidando as boas notícias trazidas pela pesquisa. e) Segundo a pesquisa, a renda obtida por aposentados acaba sendo veículo de movimentação da economia regional. 4. Em qual, dentre as frases abaixo, a forma verbal em destaque está corretamente empregada? (A) O fogão não foi acendido até aquele momento. (B) A invenção foi aceita de imediato. (C) As crianças foram expulsadas da cozinha. (D) Ele tinha limpo a cozinha depois do acidente. (E) Ele tinha aceso o fogão pela manhã.

5. Assinale a alternativa cujo verbo destacado se encontra no passado.

(A) “...ela está presente em alguns alimentos...” (B) “...o suplemento de vitamina D pode reduzir o risco do câncer de cólon...” (C) “...segundo a BMJ, que informa que o estudo contou com o apoio do Fundo Mundial...” (D) “...agora há mais provas de que há maiores possibilidades...” (E) “...os pesquisadores observaram as quantidades do composto...”

6. Assinale a alternativa cuja forma verbal NÃO está conjugada no modo indicativo.

(A) “...destacaram, no entanto, que o vínculo não é definitivo...” (B) “‘...pessoas com baixos níveis de vitamina D possam desenvolver...’” (C) “...ela está presente em alguns alimentos...” (D) “Pesquisa relaciona falta de vitamina D e câncer de cólon...” (E) “...agora há mais provas de que há maiores possibilidades...”

7. Assinale a alternativa em que as formas verbais estão corretamente flexionadas.

a) Procuro aquele funcionário competente. Quando o ver, avise-me, por favor. b) Se a empresa prevesse que seus empregados seriam desonestos, o que faria? c) De onde provêm as verbas aplicadas em ações sociais? Alguém as retém?

d) As empresas manteram todas aquelas atividades de ação social, ao trabalharem no bairro. e) Os candidatos à eleição proporam medidas de ação social, mas esqueceram-nas.

8. Os verbos que aparecem nos enunciados abaixo estão corretamente flexionados em: a) As influências africanas manteram-se, principal-mente, em relação às palavras. Quem se propor a estudar as línguas faladas na América pode constatar isso. b) A ama negra interviu junto ao filho do senhor branco, abrandando-lhe a linguagem. Não pôde ser diferente, creiamos. c) Muitas palavras do português provieram do contacto com línguas estrangeiras. Os brasileiros nem sempre se precavêm diante de influências linguísticas estrangeiras. d) Propusemo-nos a analisar a língua sem preconceitos e vimos que as influências estrangeiras são inevitáveis. Passeemos pelo seu vocabulário e creiamos nisso. e) estrangeiras também norteam o destino das línguas. Assim crêem os estudiosos dos fatos que intervêem na história das línguas. 9. A frase que atende integralmente ao padrão culto escrito é:

(A) Vossa Excelência, é certo que vossa presença está sendo reclamada: todos querem que continui a prestar apoio ao grupo de trabalho.

(B) As alterações que provirem da reunião com o prefeito serão bem recebidas, se contemplarem os direitos de todos os cidadãos da comunidade.

(C) Os guardas-florestais requereram revisão do acordo feito com empresas que não respeitam as normas ambientais.

(D) Se o manual contesse todas as informações necessárias, não haveria necessidade de eu estar solicitando mais esclarecimentos.

(E) Se você o ver ainda hoje, avise que o prazo para entrega do documento expirará amanhã.

10. Transpondo para a voz ativa a frase: “O filme ia ser dirigido por um cineasta ainda desconhecido”, obtém-se a forma verbal:

a) dirigirá. b) dirigir-se-á. c) vai dirigir. d) será dirigido. e) ia dirigir. 11. Transpondo para a voz ativa a oração: “Os documentos estão sendo destruídos pela umidade e pelos ratos...”, obtém-se a seguinte forma verbal:

a) destroem. b) destruíram. c) vão sendo destruídos. d) iam destruindo. e) estão destruindo. 12.Transpondo-se para a voz passiva a frase Os velhinhos viam muito pouca coisa, a forma verbal resultante será:

a) era vista. b) eram vistos. c) fora visto. d) tinham visto. e) tinha sido vista.

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13. Transpondo-se a oração “no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade.” da voz passiva pronominal para a passiva analítica, a forma verbal equivalente, semântica e gramaticalmente, à destacada é

(A) havia sido encontrada. (B) é encontrada. (C) terá encontrado. (D) encontra. (E) teria sido encontrada.

14. Assinale a alternativa cuja forma verbal NÃO esta conjugada no modo indicativo. (A) “... todos os velhinhos que morreram tinham doenças....” (B) “’É necessário criar o hábito de ingerir líquido mesmo que não se tenha sede.’” (C) “...Santos, no litoral de São Paulo, registrou 32 mortes...” (D) “’A sensação de sede só aparece nos idosos quando eles estão...’” (E) "’Aí, além de não beber água, a pessoa toma remédio para fazer mais xixi.’" 15. “Um estudo britânico revela que...” Assinale a alternativa correta a respeito do verbo destacado.

(A) Está conjugado no presente do indicativo. (B) Está conjugado no presente do subjuntivo. (C) Está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. (D) Está conjugado no pretérito perfeito do subjuntivo. (E) Está conjugado no pretérito imperfeito do subjuntivo

CLASSES INVARIÁVEIS

O ADVÉRBIO

Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de acordo com a circunstância que expressam em:

Afirmação: sim, certamente, efetivamente, realmente,

sem dúvida, com certeza.

Dúvida: talvez, quiçá, possivelmente, provavelmente.

Intensidade: muito, pouco, bastante, demais, menos,

tão.

Lugar: aqui, ali, aí, cá, lá, atrás, perto, abaixo, acima, dentro, fora, além, adiante, à direita, à esquerda.

Tempo: agora, já, ainda, amanhã, cedo, tarde,

sempre, nunca, de manhã, de repente.

Modo: assim, bem, mal, depressa, devagar, calmamente, afobadamente, alegremente, à vontade, ao léu.

Negação: não, tampouco, de maneira alguma.

EMPREGO DOS ADVÉRBIOS:

1. Quando se coordenam vários advérbios terminados em - mente, pode-se usar esse sufixo apenas no último: Ex: Estava dormindo calma, tranquila sossegadamente.

2. Antes de particípios não se devem usar as formas irregulares do comparativo de superioridade (melhor, pior), e sim as formas analíticas (mais bem, mais mal): Ex: Aquelas alunas estavam mais bem preparadas que as outras.

3. Na linguagem popular, é comum o advérbio receber sufixo diminutivo. Nesses casos, o sufixo não adquire valor propriamente diminutivo, e sim superlativo: Ex: Ele chegou cedinho. (muito cedo) Moro pertinho de você. (bem perto)

4. Ainda na linguagem popular, é comum a repetição do advérbio a fim de intensificá-lo: Ex:

Devo chegar cedo, cedo. Parto logo, logo.

A PREPOSIÇÃO

EMPREGO DAS PREPOSIÇÕES:

1. As preposições podem assumir inúmeros valores semânticos:

Meio – Chegou de ônibus.

Origem – Voltou de Pernambuco.

Companhia – Saiu com os amigos.

Falta ou ausência – Vivia sem dinheiro.

Finalidade – Discursava para convencer.

Lugar – Morava em uma praia distante.

Causa – Morreu de fome.

Matéria – Usava um chapéu de palha.

Posse – O carro de Paulo é antigo.

Assunto – Conversavam sobre futebol.

2. Algumas preposições podem aparecer unidas a outras palavras. Quando na junção da preposição com outra palavra não houver perda de elemento fonético, teremos combinação. Caso haja alteração fonética, teremos contração.

Combinação: ao (a + o) aos (a + os) aonde (a + onde) Contração:

do (de + o) dum (de + um) desta (de + esta) no (em + o) num (em + um) neste (em + este) 3. A preposição a pode se fundir com um outro a (ou as). Essa fusão é indicada pelo acento grave (`) e recebe o nome de crase.

Ex: Vou à escola. (Vou a + a escola.) Fizeram referência às colegas. (Fizeram referência a + as

colegas.) 4. Na linguagem formal culta, não se deve fazer a contração da preposição de com o artigo que encabeça o sujeito de um verbo. Ex:

Está na hora de a onça beber água. (e não: Está na hora da onça beber água.)

Gabarito

1. A 2. D 3. D 4. B 5. E

6. B 7. C 8. D 9. C 10. E

11. E 12. A 13. B 14. B 15. A

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A CONJUNÇÃO

As conjunções, assim como as locuções conjuntivas, classificam-se em coordenativas e subordinativas. Conjunções Coordenativas As conjunções coordenativas subdividem-se em:

Aditivas (indicam soma, adição): e, nem, mas,

também, mas ainda.

Adversativas (indicam oposição, contraste): mas,

porém, todavia, contudo, entretanto.

Alternativas (indicam alternância, escolha): ou,

ou...ou, ora...ora, quer...quer.

Conclusivas (indicam conclusão): pois, (posposto ao verbo), logo, portanto, então.

Explicativas (indicam explicação): pois (anteposto ao

verbo), porque, que.

ORAÇÕES COORDENADAS

I) Assindéticas: as que não são introduzidas por uma

conjunção. Ex.: Assisti ao filme e fiz os comentários. II) Sindéticas: as que se introduzem por uma conjunção,

chamada coordenativa. Ex.: Trabalhei bastante, logo estou cansado.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS

As coordenadas sindéticas recebem, de acordo com o sentido e o valor das conjunções, cinco classificações. Veja, a seguir. 1) Coordenadas sindéticas aditivas: as que indicam

uma simples soma, adição. Ex.: Ele vendeu as mercadorias e voltou ao escritório. Não só estuda, mas também trabalha. (ou seja: estuda e

trabalha) 2) Coordenadas sindéticas adversativas: as que

expressam uma ideia contrária, adversa. Ex.: Trabalhei bem, mas fui rejeitado. 3) Coordenadas sindéticas conclusivas: as que

exprimem uma conclusão. Ex.: Analisei o material, portanto posso falar sobre ele.

4) Coordenadas sindéticas alternativas: as que

expressam uma alternativa; a conjunção normalmente é repetida, considerando-se, nesse caso, alternativas as duas orações. Ex.: Ora lê, ora escreve. 5) Coordenadas sindéticas explicativas: as que

exprimem uma explicação, uma justificativa; aparecem, com mais frequência, depois de imperativo. Ex.: Choveu muito, porque o chão está alagado.

Volte logo, que vai chover.

Conjunções Subordinativas

As conjunções subordinativas subdividem-se em:

Causais (exprimem causa, motivo): porque, visto que,

já que, uma vez que, como, etc.

Condicionais (exprimem condição): se, caso, contanto que, desde que, etc.

Consecutivas (exprimem resultado, consequência):

que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, de maneira que, etc.

Comparativas (exprimem comparação): como que

(precedido de mais ou menos), etc.

Conformativas (exprimem conformidade): como,

conforme, segundo, etc.

Concessivas (exprimem concessão): embora, se

bem que, ainda que, mesmo que, conquanto, etc.

Temporais (exprimem tempo): quando, enquanto,

logo que, desde que, assim que, etc.

Finais (exprimem finalidade): a fim de que, para que,

que, etc.

Proporcionais (exprimem proporção): à proporção

que, à medida que, etc.

Integrantes: que, se (quando iniciam oração

subordinada substantiva).

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS:

As que exercem a função de adjunto adverbial da oração principal. São iniciadas por uma conjunção subordinativa que tem o mesmo nome da oração. Ex.: Os problema apareceram quando chegamos à

fazenda. Quando chegamos à fazenda: oração subordinada adverbial temporal. Quando: conjunção subordinativa temporal

CLASSIFICAÇÃO DAS ADVERBIAIS

1) Causal: a que funciona como adjunto adverbial de causa da oração principal. Ex.: A mulher gritou porque teve medo. Como fazia frio, fechou as janelas. 2) Concessiva: A que funciona como adjunto adverbial

de concessão da oração principal, ou seja, uma ideia contrária ao que se diz na oração principal. Ex.: Embora tenha corrido muito, não ficou suado. Ainda que gritássemos, ninguém atenderia.

3) Condicional: a que funciona como adjunto adverbial de condição da oração principal. Ex.: Apresentarei o projeto se me derem oportunidade. Sem que haja determinação, isso é impossível. 4) Conformativa: a que indica conformidade, acordo.

Ex.: Conforme nos informaram, faltou energia no bairro. Fiz tudo como estava combinado.

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5) Comparativa: a que indica comparação.

Ex.: Falava alto como o irmão. Ela é mais delicada que a prima.

6)Consecutiva: indica consecução, consequência.

Ex.: Falou tão alto que a família acordou.

7) Final: a que indica finalidade.

Ex.: Abriu a porta para que o cachorro saísse. Foi para a cabana a fim de que ninguém o incomodasse. 8) Proporcional: a que indica proporção.

Ex.: Seremos felizes à medida que nos tornarmos bons. Quanto mais leio, mais aprendo. 9) Temporal: a que indica tempo.

Ex.: Só voltou a jogar quando se sentiu bem. Assim que chegou, foi para a cozinha.

A INTERJEIÇÃO Interjeição é a palavra invariável através da qual exprimimos sentimentos e emoções variados.

Alegria: ah!, oh!, oba!

Advertência: cuidado!, atenção!

Alívio: ufa!, arre!

Animação: coragem!, avante!, eia!

Desejo: Oxalá!, tomara!

Dor: ai!, ui!

Espanto: oh!, chi!, ué!, barbaridade!, uai!

Impaciência: hum!, hem!

Invocação: ô!, alô!, olá!

Silêncio: psiu!, silêncio!

Quando a interjeição é expressa por mais de um vocábulo, recebe o nome de locução interjetiva. Ex: Ora bolas! / puxa vida! / se Deus quiser!

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. As relações expressas pelas preposições estão corretas na sequência:

I. Saí com ela. II. Ficaram sem um tostão. III. Esconderam o lápis de Maria. IV. Ela preferiu viajar de navio. V. Estudou para passar. a) companhia; falta; posse; meio; fim b) falta; companhia; posse; meio; fim c) companhia; falta; posse; fim; meio d) companhia; posse; falta; meio; fim e) companhia; falta; meio; pose; fim

2. “Recuso, COM o mesmo sorriso...”, a frase em

que a preposição destacada tem o mesmo sentido que possui nesse segmento é:

a) O cronista visita a casa com os amigos. b) Com a chegada das férias, o cronista visita a casa

c) O cronista encontra com as mesmas pessoas de sempre.

d) O cronista fala com educação sobre as novidades. e) A crônica e produzida com a ajuda do computador. 3. Assinale a alternativa em que o termo destacado tem valor de advérbio. a) Achei-o meio triste, com o ar abatido. b) Não há meio mais fácil de estudar. c) Só preciso de meio metro dessa renda. d) Encarou-nos, esboçando um meio sorriso. e) Ela caiu bem no meio do jardim. 4. Assinale a alternativa em a expressão destacada não possui o significado equivalente à que está entre parênteses, segundo a norma padrão. a) Fazia as atividades sem vaidade pessoal.

(humildemente) b) Entrou sem que ninguém notasse. (sorrateiramente) c) Aceitou tudo sem se revoltar. (calmamente) d) Trataram-me como irmão. (fraternalmente) e) Recebeu a medicação pouco a pouco. (concomitantemente) 5. Os advérbios em "mente" das alternativas abaixo designam a mesma circunstância, exceto em: a) Os soldados combateram estoicamente até à morte. b) Os fiscais sugeriram ironicamente que os candidatos fossem submetidos a um outro exame. c) Possivelmente haverá uma nova oportunidade. d) No momento da discussão, alguns convidados saíram sutilmente sem despedirem-se. 6. Analise os trechos a seguir: I- “Com a aprovação da instrução que trata dos prazos e

regras para as representações, reclamações e pedidos de respostas referentes às eleições”. II- “O TSE também definiu que no caso de pedido de resposta na imprensa escrita, a solicitação deve ser feita até 72 horas depois da veiculação da ofensa.” III- “A resposta deverá ser divulgada na primeira edição que circular”. IV- “O partido político ou coligação que tenha usado o tempo concedido sem responder aos fatos veiculados na ofensa, terá subtraído do respectivo programa eleitoral o mesmo tempo”. Em qual(is) delas a palavra destacada não é conjunção integrante? a) Apenas na I. b) Apenas na II. c) Apenas na III. d) Apenas na II e na IV. e) Apenas na I, III e IV.

7. Todas as conjunções sublinhadas abaixo são adverbiais causais, EXCETO UMA. Assinale-a.

A) A criança levou uma surra porque fez muitas travessuras.

B) Já que não pretendes estudar, deves procurar um trabalho.

C) Como não pagasse as contas, teve os créditos cortados.

D) Como estava doente, não fui à festa. E) Tudo ocorreu como eu tinha previsto.

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8. Leia os fragmentos abaixo e identifique as relações semânticas que são sinalizadas pelos conectores sublinhados. I. Como o sol não costuma dar trégua, as praias são

sempre uma ótima opção. (Anúncio de uma Agência de Viagens)

II. Se não houvesse pesquisa, todas as grandes invenções e descobertas científicas não teriam acontecido. (Marcos Bagno)

III. Desde que foi escolhido para substituir o italiano

Albino Luciani, em outubro de 1978, João Paulo II foi assunto de capa de Veja treze vezes.

IV. A linguística não é sensível às preocupações com o

suposto risco de “descaracterização” do idioma, visto que, por sua natureza, a língua só assimila as transformações que lhe são úteis e necessárias. (Folha de S. Paulo).

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.

A) I – Condicionalidade, II – conformidade, III – temporalidade, IV – causalidade.

B) I – Causalidade, II – condicionalidade, III – causalidade, IV – temporalidade.

C) I – Comparação, II – condicionalidade, III – temporalidade, IV – causalidade.

D) I – Causalidade, II – condicionalidade, III – temporalidade, IV – causalidade.

E) I – Comparação, II – causalidade, III – temporalidade, IV – comparação.

9. Leia os fragmentos abaixo:

1. “Pouquíssimos países no mundo têm níveis tão altos de repetência como o nosso”. 2. “Essa é a arma dos pais para que o filho se mantenha

por longo tempo colado à cadeira e com os olhos no livro”. 3. “Sem ela, sentem-se impotentes. Portanto, estamos diante de um dilema”. 4. “Ao contrário de outros dilemas, esse tem solução clara, ainda que difícil”. 5.“Se não aprenderam a lição, é porque "sua cabeça não dá". Considerando os termos destacados como recursos coesivos do texto, pode-se afirmar que esses conectivos estabelecem naquele contexto, respectivamente, relação de:

a) comparação, finalidade, conclusão, concessão, explicação. b) causa, finalidade, explicação, concessão, condição. c) causa, finalidade, conclusão, concessão, explicação. d) comparação, causa, conclusão, concessão, condição. e) comparação, finalidade, conclusão, concessão, condição. 10. Assinale a alternativa que apresenta uma correta inter-relação entre o trecho destacado do enunciado e a relação semântica dada entre parênteses.

a) “algo que parece óbvio, mas tão difícil de realizar, não só nas políticas públicas, mas também nas ações empresariais, como mostram inúmeros exemplos da nossa história.” (COMPARAÇÃO) b) “Para que isso se torne uma realidade no curto prazo, é fundamental o esforço de cada um.” (CONDIÇÃO) c) “se há alguma melhora nos nossos indicadores educacionais, eles ainda estão longe de alcançar as

metas de qualidade propostas pela sociedade.” (CONFORMIDADE) d) “o foco deve ser a equidade e os direitos do ser humano e, portanto, as áreas sociais devem ser priorizadas.” (CONCLUSÃO) e) “Prefeitos de todo o país tomaram posse discursando sobre cortes nos orçamentos municipais, embora a maioria deles tenha ressaltado que o social não sofrerá alterações.” (CAUSALIDADE) 11. Acerca das relações lógico-semânticas presentes no Texto 1, analise o que se afirma a seguir. 1. “os resultados do IDEB no Brasil vêm demonstrar o

porquê da dificuldade de o país atingir níveis sociais parecidos com os do “primeiro” mundo, apesar das riquezas naturais, de certos setores que alavancam a economia e das inteligências, que não ficam atrás das melhores cabeças do mundo”. – Nesse trecho,

evidencia-se uma relação concessiva. 2. “Enquanto as autoridades não olharem com interesse

o problema da educação no Brasil, qualquer investimento social não vai apresentar resultados duradouros.” – Nesse trecho, há concomitância

temporal entre as ideias apresentadas. 3. “A escola deveria ser o complemento, o que dá as

ferramentas, o estofo e o embasamento para o exercício da cidadania, com seus direitos e deveres. Porém, infelizmente, o que temos no nosso país são muitos maus modelos”. – Nesse trecho, o termo sublinhado sinaliza uma mudança na orientação argumentativa.

4. “Não adianta a tecnologia avançada, computadores de última geração em casa ou nas salas de aula, se a criança não tiver a cabeça feita, uma boa formação, que lhe oriente como aproveitar de maneira inteligente todo esse conhecimento”. – Nesse trecho, pode-se

reconhecer uma relação condicional. Estão corretas:

a) 1 e 2, apenas. b) 1 e 3, apenas. c) 3 e 4, apenas. d) 1, 2 e 4, apenas. e) 1, 2, 3 e 4. 12. “Embora diferentes, os dois poemas apontam

para o grande tema da ética, desde que esta se tornou questão filosófica”. Nesse trecho, as relações sintático-semânticas expressas pelos conectivos sublinhados repetem-se em:

a) Ainda que este pareça um país rico e livre, não o podemos assim considerar, pois a maior parte de seu povo é pobre.

b) Mesmo que me neguem o direito de expressão, perguntarei muitas vezes pela liberdade, como nunca ninguém o fez.

c) As mulheres, apesar de conseguirem conquistas libertadoras, assim que se viram presas à dupla jornada, se sentiram frustradas.

d) Se bem que tenhamos perdido de vista a liberdade, não desistimos de nossos ideais, já que eles fazem parte de nós.

e) Quando estudante, ele se dizia anarquista, desde que não lhe oferecessem emprego e estabilidade.

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13. Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como:

a) artigo, preposição, preposição b) pronome, preposição, artigo c) preposição, preposição, artigo d) preposição, pronome, preposição e) preposição, artigo, preposição

14. Indique a alternativa que expressa incorretamente a

circunstância do advérbio sublinhado: a) Não me venha com reclamações. (Negação) b) Certamente as instruções foram seguidas à risca.

(Afirmação) c) Alguns não conseguiram sair de lá. (Lugar) d) Todos ficaram muito tristes com a notícia.

(Intensidade) e) Talvez ela vá ao seu encontro. (tempo) 15. Sobre Classes de Palavras, em qual das

alternativas abaixo, existe uma afirmação CORRETA?

a) “Ao longo dos seus 36 anos, o guia eleitoral passou por várias modificações...” – o verbo sublinhado indica uma ação que está por vir.

b) “...gerando discussões políticas...” – neste contexto, o termo sublinhado se classifica como um substantivo.

c) “...algumas bastante significativas.” – o termo sublinhado é um advérbio, daí ser invariável.

d) “Embora criado para auxiliar na escolha do eleitor...” – o termo sublinhado se classifica como conectivo que indica temporalidade.

e) “...se notabilizou pela “pancadaria” entre adversários...” – o termo sublinhado é uma palavra invariável, classificada como conjunção.

16. "Os tempos e as circunstâncias mudaram, mas o princípio de complicar para valorizar-se permanece em vigor." Nesse trecho, podem-se evidenciar, respectivamente, as seguintes relações semânticas:

A) oposição e finalidade. B) causa e tempo. C) concessão e causa. D) tempo e oposição. E) tempo e finalidade.

Só teremos chances de sobrevivência se dedicarmos

algum tempo a olhar por cima de nossos próprios

ombros, se de fato nos preocuparmos com os outros e

vivermos além dos limites de nossas próprias famílias e

instituições.”

17. Nesse trecho do Texto, a relação semântica mais relevante é a de:

A) conclusão. B) condição. C) causalidade. D) consequência. E) conformidade. 18.“Sempre escondida, que a patroa não gostava de criança”, o vocábulo em destaque é

A) pronome relativo. B) conjunção causal. C) conjunção integrante. D) advérbio. E) pronome substantivo.

19. Somos os herdeiros do futuro / E pra esse futuro ser feliz / Vamos ter que cuidar bem desse país”. O segmento destacado desse trecho expressa uma relação semântica de:

A) causalidade. B) condição. C) finalidade. D) tempo. E) consequência.

O preconceito racial provavelmente jamais será extinto, A) por ser parte da condição humana e ter raízes profundas na história da espécie. B) Mas C) pode ser reprimido por todos os meios compatíveis com os valores e o sistema jurídico das sociedades abertas. É uma empreitada permanente que, pela própria disseminação da hediondez a ser combatida, transcende as fronteiras dos países. Requer robustos acordos supranacionais que incentivem, em toda parte, a educação baseada na tolerância e no D) respeito às diferenças, a partir da

premissa de que todos os seres humanos são essencialmente iguais. A cooperação multilateral é indispensável também para a denúncia das políticas de cunho racista, E) bem como para a aprovação de leis

compartilhadas que tipifiquem e punam, com severidade, qualquer forma de discriminação entre as pessoas, onde quer que ocorra.

O Estado de S.Paulo, Editorial, 23/4/2009 (com

adaptações).

20. Com relação ao texto acima, assinale a opção incorreta.

A) Na linha 2, o segmento “por ser” poderia ser substituído por uma vez que é, desde que a forma

verbal “ter” fosse alterada para tem, a fim de que o período se mantivesse correto gramaticalmente.

B) A conjunção “Mas” (l.3) pode, sem prejuízo para a informação original do período, ser substituída por qualquer uma destas conjunções seguidas de vírgula: Porém, Contudo, Todavia, No entanto.

C) Logo após a conjunção “Mas” (l.3), subentende-se a elipse da expressão antecedente “O preconceito racial” (l.1).

D) O sinal indicativo de crase em “às diferenças” (l.9-10) justifica-se pela regência da palavra “respeito” (l.9) e pela presença de artigo definido feminino plural.

E) A expressão “bem como” (l.13) estabelece uma relação de finalidade entre as orações do período em que ela ocorre.

Gabarito

01. A 02. D 03. A 04. E 05. C

06. E 07. E 08. D 09. E 10. D

11. E 12. C 13. C 14. E 15. C

16. A 17. B 18. B 19. C 20. E

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ESTUDO DA REGÊNCIA

REGÊNCIA NOMINAL

Exemplos:

Acessível (a) Acostumado a, com Afável com, para com Antipatia a, contra, por Apto a, para Atencioso com, para com Compatível com Compreensível a Comum a, de Conforme a, com Cruel com, para com, para Descontente com Devoção a, para com, por Dúvida acerca de, de, em, sobre Fácil a, de, para Falho de, em Firme em Hábil em Horror a Hostil a, para com Idêntico a

(in) compatível com Indiferente a Liberal com Natural de Necessário a Nocivo a Paralelo a Parecido a, com Permissivo a Preferível a Prejudicial a Propício a Respeito a, com, de, para com, por Semelhante a Sensível a Situado (sito, residente,

Morador) em, entre Suspeito a, de Vereador, deputado,

Senador por, pelo(a)(s) versado em

REGÊNCIA VERBAL

1. ASSISTIR No sentido de socorrer, dar assistência é VTD Ex.: A enfermeira assistiu o doente.

No sentido de ver, observar, presenciar é VTI (A) Ex.: Paulo assistiu ao (a um) filme na TV.

No sentido de caber, pertencer é VTI (A) Ex.: Liberdade é um direito que assiste ao homem.

Observação: Admite a forma oblíqua LHE. Ex.: É um direito que lhe assiste.

No sentido de morar, residir é VI (EM) Ex.: Jéssica assiste em Recife. 2. ASPIRAR No sentido de respirar, sorver, inspirar é VTD Ex.: Nós aspiramos o/um perfume.

No sentido de almejar, pretender é VTI (A) Ex.: Pedro aspira ao/a um cargo de chefia.

Observação: Mesmo com a preposição A, este verbo não admite a forma oblíqua LHE (Esse posto? Aspiro-

lhe). Usa-se a forma convencional: Aspiro a ele.

3. VISAR

No sentido de mirar ou dar o visto é VTD Ex.: O atirador visou o alvo, mas errou o tiro.

O professor visou os exercícios. No sentido de almejar, ter em vista é VTI (A) Ex.: Marcos ajudava sem visar a lucros.

Observação: Nesse sentido, visar não pode ser usado na forma oblíqua LHE (“Esse posto? Viso-lhe”), mas sim

“Esse posto? Viso a ele”.

4. CHAMAR

No sentido de reunir, convocar é VTD Ex.: O presidente chamou a (ou pela) imprensa.

O técnico chamou mais (ou por mais) dois jogadores. No sentido de apelidar, cognominar Ex.: Chamei (a) Ricardo (de) preguiçoso. 5. PROCEDER É VI no sentido de: originar-se (DE) e ter fundamento Ex.: A carta procede do Japão.

Sua acusação não procede. É VTI para: executar (A) Ex.: Vossa Excelência irá proceder ao inquérito.

6. ESQUECER / LEMBRAR

Ambos são VTD (quando não pronominais) Ex.: Mariana esqueceu (ou lembrou) tudo. São VTI (DE) quando pronominais Ex.: Mariana se esqueceu (se lembrou) de tudo.

7. AGRADAR

No sentido de fazer carinho é VTD Ex.: A mãe agradava o seu filho. No sentido de contentar, satisfazer é VTI (A) Ex.: As notas não agradaram aos professores.

(ou não lhes agradaram) 8. INFORMAR, AVISAR, PREVENIR, ADVERTIR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR e CERTIFICAR

Apresentam OD (coisa) e OI (pessoa) ou vice-versa: Ex.: Informe os novos prazos aos interessados. Informe os interessados dos novos prazos.

(ou sobre os novos prazos) Caso se utilizem pronomes como complementos: Ex.: Informe-os aos interessados. (Informe-lhes os novos prazos) Informe-os dos novos prazos.

(Informe-se deles ou sobre eles) 9. PAGAR / PERDOAR / AGRADECER Ex.: Paguei o livro. (VTD OD = coisa) Paguei ao livreiro. (VTI OI = pessoa) Paguei o livro ao livreiro. (VTDI)

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10. QUERER

No sentido desejar é VTD Ex.: “Eu quero uma casa no campo.” (Zé Rodrix)

No sentido de estimar, ter afeto - VTI (A) Ex.: Quero a meus amigos. 11. IMPLICAR

No sentido de acarretar, provocar é VTD Ex.: Sua postura implicará demissões.

No sentido de incomodar, embirrar é VTI(COM) Ex.: Ana implica com minhas amizades. No sentido de Envolver-se é VTDI (EM/COM) Ex.: Implicaram o tio em atividades criminosas. 12. CUSTAR

No sentido de Ter o valor / preço de é VI Ex.: A calça custou vinte reais. No sentido de Ser penoso/difícil é VTI Ex.: Custa a um cidadão acreditar nos políticos.

Custou-nos (ou custou-lhes) ter que agir.

Observação: São erradas as construções: “Custamos a / para entender o assunto.”

*Usa-se: Custou-nos entender o assunto.

13. PREFERIR (VTDI) Ex.: Prefiro doces a salgados. 14. RESPONDER

É VTD para dar o conteúdo da resposta diretamente. Ex.: Ele respondeu que não estava bem hoje.

É VTI (A) quando se refere a “quem” ou o “que” produziu

a pergunta. Ex.: Ele respondeu ao questionário / ao seu tio.

OUTRAS REGÊNCIAS a) São Transitivos Diretos: abandonar, abençoar,

aborrecer, abraçar, conservar, convidar, proteger, respeitar, prejudicar, visitar, socorrer, suportar, conhecer, eleger, etc. b) São Transitivos Indiretos: simpatizar/ antipatizar (com), consistir (em), obedecer/ desobedecer (a)... c) São Indiferentemente Transitivos Diretos ou Transitivos Indiretos: abdicar (de), almejar (por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar-se (com), desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar (sobre).

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Aponte a alternativa em que haja erro de regência:

a) Aquele rapaz com quem eu me simpatizo prefere mais aventuras desastrosas do que empreendimentos sérios.

b) Nunca perdoarei ao homem a quem eu paguei a dívida.

c) Eu sempre obedeço a mulheres. d) O homem visou o alvo depois de ter visado o cheque,

porque visava a uma posição destacada. e) Antes de assistir o doente, o médico que assiste em

Curitiba assistiu a um programa de televisão porque aspirava a um descanso.

2. Assinale a alternativa que apresenta erro:

a) Simpatizei com a nova diretoria e com as novas orientações.

b) Há alguns dos novos diretores com os quais não simpatizamos.

c) A firma toda não se simpatizou com a nova orientação.

d) Somente o tesoureiro não simpatizou com a nova diretoria.

e) Nenhum dos que estavam presentes, nem mesmo o filho do novo diretor, simpatizou com as novas orientações.

3. A regência verbal e a nominal estão conforme a

norma padrão em: a) O povo parece desejoso de que se encontre uma

saída para a crise que o Brasil está submetido no momento.

b) O texto permite o leitor a verificação, por meio de números, da situação do turismo no Brasil.

c) Custamos perceber que o Brasil tem progredido, pois a imprensa, em geral, parece ter aversão com notícias boas.

d) Quanto aos brasileiros, anima-lhes o ânimo ler textos tão otimistas como esse, ao alcance de qualquer leitor.

e) Sabemos que nem sempre é possível aliar à vontade de progredir à ação efetiva.

4. Indique a regência que está de acordo com a norma

culta: a) Estes são os recursos que dispomos. b) Perdoo aos teus erros. c) Assiste ao trabalhador o direito de férias. d) Paguei a uma dívida atrasada. e) Perdoei o amigo que me ofendeu. 5. Assinale a única alternativa incorreta quanto à regência do verbo. a) Perdoou nosso atraso no imposto. b) Lembrou ao amigo que já era tarde. c) Moraram na rua da Paz. d) Meu amigo perdoou ao pai. e) Lembrou de todos os momentos felizes. 6. Assinale a alternativa em que o uso do verbo custar não está de acordo com a norma culta:

a) Custou-me entender o fato. b) Custou ao aluno entender o fato. c) Custa-me resolver este problema. d) O trabalho custou muito esforço ao aluno. e) O aluno custou para entender o exercício.

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7. Assinale a alternativa que preencha, pela ordem, corretamente as lacunas abaixo.

1. A espécie nova... se referia Meyer era uma borboleta. 2. A espécie nova... Meyer tratava era uma borboleta. 3. A espécie nova... Meyer se maravilhava era uma borboleta. 4. A espécie nova... Meyer descobriu era uma borboleta. a) que, de que, com que, que b) a que, de que, que, de que c) a que, que, com que, a que d) a que, de que, com que, que e) de que, a que, que, a que 8. Em qual das alternativas ocorre um erro de regência verbal?

a) Esqueceu-me o desejo discreto de conhecer as coisas do coração.

b) Lembrou-me a inusitada transformação por que passa a universidade brasileira.

c) Prefiro os casos que a inteligência discute a formas tecnocráticas da resolução dos problemas.

d) Aqui se jogam as sementes para informar-lhes de que a cultura não deve ser acadêmica.

e) Procede-se com brandura quando querem detectar falhas no relacionamento humano. 9. Assinale a alternativa que complete, convenientemente e em correspondência com as frases, as respectivas lacunas:

1) Expôs seu ponto de vista .......... que inteiramente concordamos. 2) Revi o enunciado ......... que divergiras. 3) Desconheço o trabalho ......... que te referes. a) em - de - sobre b) com - de - a c) com - em - de d) em - com - de e) a - sobre - em 10. Assinale a alternativa correta quanto à regência:

a) A peça que assistimos foi muito boa. b) Estes são os livros que precisamos. c) Esse foi um ponto que todos se esqueceram. d) Guimarães Rosa é o escritor que mais aprecio. e) O ideal que aspiramos é conhecido por todos. 11. Assinale o item em que há erro quanto à regência:

a) São essas as atitudes de que discordo. b) Há muito já lhe perdoei. c) Informo-lhe de que paguei o colégio. d) Costumo obedecer a preceitos éticos. e) A enfermeira assistiu irrepreensivelmente o doente. 12. Quando implicar tem sentido de “acarretar”, “produzir como consequência”, constrói-se a oração com objeto direto, como se vê em:

a) Quando era pequeno, todos sempre implicaram comigo.

b) Muitas patroas costumam implicar com as empregadas domésticas.

c) Pelo que diz o assessor, isso implica em gastar mais dinheiro.

d) O banqueiro implicou-se em negócios escusos. e) Um novo congelamento de salários implicará uma

reação dos trabalhadores. 13. Sobre REGÊNCIA VERBAL e NOMINAL, analise as

afirmativas abaixo. I. “...evitando que apenas os candidatos mais ricos

tivessem acesso aos meios de comunicação” – os termos sublinhados completam o sentido do verbo “ter”.

II. “A ideia do parlamentar era democratizar a

campanha...” – o verbo sublinhado pede complemento sem ser regido de preposição.

III. “...gerando discussões políticas e batalhas jurídicas.” –

o verbo sublinhado exige complemento sem ser regido de preposição.

IV. “...desperta uma relação de amor e ódio com o espectador.” – os termos sublinhados completam o sentido apenas do nome “ódio”. Somente está CORRETO o que se afirma em a) III. b) I e II. c) III e IV. d) II e III. e) II, III e IV. 14. Assinale a alternativa que apresenta incorreção

quanto à regência: a) Nós nos valemos dos artifícios que dispúnhamos para

vencer. b) Ele preferiu pudim a groselha. c) O esporte de que gosto não é praticado no meu

colégio. d) Sua beleza lembrava a mãe, quando apenas casada. e) Não digo com quem eu simpatizei, pois não lhe

interessa. 15. No que se refere à regência verbal, assinale a

alternativa em que as exigências da Gramática Normativa foram atendidas.

a) Cristovam Buarque decidiu escrever textos para defender as ideias de que cria.

b) Em seus textos, fica claro que Buarque não abdica em nenhuma de suas convicções.

c) O autor prefere expor suas ideias por meio de textos a ter que expô-las oralmente.

d) O autor não consentiu com a modificação de suas principais ideias sobre a educação.

e) Ler os textos não implica necessariamente em aceitar as ideias neles expostas.

O ESTUDO DA CRASE

Chama-se crase a união de dois sons iguais. Quando essa união se dá entre a preposição a e um outro a, usa-

se o acento grave ou acento de crase. Ex.: Irei a a festa. Irei à festa.

TIPOS DE CRASE 1) Entre a preposição a e o artigo definido a.

Ex.: Vamos à cidade.

Obs.: O a é artigo definido quando acompanha um

substantivo.

Gabarito

1. A 2. C 3. D 4. C 5. E

6. E 7. D 8. D 9. B 10. D

11. C 12. E 13. D 14. A 15. C

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2) Entre a preposição a e o pronome demonstrativo a.

Ex.: Ele se referiu à que deixei no armário.

Obs.: O a é pronome demonstrativo quando antecede que ou de, equivalendo a outro pronome demonstrativo:

aquela.

3) Entre a preposição a e o a inicial dos pronomes aquele, aquela, aquilo. Ex.: Dirija-se àquele vendedor.

4) Entre a preposição a e o a do pronome relativo a qual.

Ex.: Chegou a aluna à qual entreguei o resultado.

Observações: a) Como se vê, é necessária a presença da preposição a para que ocorra o fenômeno da crase. b) Costuma-se dizer por aí que só há crase antes de

palavra feminina. Cuidado! Essa afirmação diz respeito apenas ao caso de preposição mais artigo a, quando,

então, o substantivo tem de ser feminino.

PARA SABER SE HÁ CRASE

1) Com nomes comuns

Troca-se a palavra feminina por uma masculina; aparecendo ao, usa-se o acento de crase. Ex.: Dirija-se à tesouraria. (Dirija-se ao escritório) Dei o livro à professora. (Dei o livro ao professor)

Obs.: Coisa se troca por coisa (tesouraria / escritório);

pessoa, por pessoa (professora /professor). Respeite isso, ou você pode errar a questão.

2) Com nomes próprios de lugar

Troca-se o verbo que pede a preposição a por outro, que

peça outra preposição.

Vamos adotar o verbo vir; aparecendo da, usa-se o

acento de crase. Ex.: Ela foi à Bahia. (Ela veio da Bahia)

Ela foi a Cuiabá. (Ela veio de Cuiabá, e não da)

Observações: a) Nomes de cidade (segundo exemplo) não se usam com artigo a. Mas, se determinarmos o substantivo, aparecerá o artigo e, consequentemente, a crase. Ex.: Iremos à simpática Cuiabá. (Viremos da simpática

Cuiabá) b) Não se devem misturar os dois macetes (nomes

comuns ; nomes próprios de lugar). Ex.: Ele foi a Cuiabá.

Se trocarmos (indevidamente) Cuiabá por um substantivo masculino, aparecerá ao, o que nos levará a pôr,

erradamente, o acento de crase: Ele foi ao Rio de Janeiro, Ele foi à Cuiabá.

CASOS OBRIGATÓRIOS

1) Com a palavra hora, clara ou oculta, indicando o momento em que acontece alguma coisa. Ex.: Saímos às três horas.

Retornamos às dez.

Obs.: Às vezes se usa o acento diante de palavra

masculina, por estar oculta uma outra feminina. A mais comum e importante é a palavra moda. Ex.: Escrevia à Machado de Assis. (Escrevia à moda

Machado de Assis)

2) Com determinadas locuções formadas por palavras femininas. ● Adverbiais: duas ou mais palavras com valor de

advérbio. Ex.: Fiz tudo às pressas.

Outros exemplos: Trabalharam às escondidas. Fui levado à força. Quero deixar tudo às claras. Às vezes, íamos ao teatro. Isso foi feito à parte. Paramos à beira-mar. O homem permaneceu à esquerda. Fiquem à vontade.

Sempre falavam à meia-voz.

● Prepositivas: grupos de palavras que funcionam como

preposição; as que nos interessam neste ponto começam por à e terminam por de.

Ex.: Ficarei à disposição de vocês.

● Conjuntivas: grupos de palavras que funcionam como conjunção; só existem duas com acento de crase: à medida que e à proporção que.

Ex.: À medida que corria, ia ficando vermelho. Aprenderá à proporção que estudar.

3) Com os pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo.

Ex.: Mostrei o quadro àquela mulher. (= a aquela) Prefiro este lenço àquele. (= a aquele) Não me refiro àquilo que ele fez. (= a aquilo)

Obs.: Não existem, em português: a aquele, a aquela, a aquilo. Sempre que isso aparecer, deverá ser feita a

contração: àquele, àquela, àquilo.

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4) Com o pronome demonstrativo a. Ex.: Dirigi-me à que estava no balcão.

Obs.: Haverá acento de crase antes de que e de (à que, à de), sempre que se puder trocar por a aquela que ou a aquela de; outro macete é a troca pelo masculino; aparecendo ao, há crase.

Ex.: Minha camisa é semelhante à que ele comprou.

CASOS FACULTATIVOS

1) Antes de nomes de mulher.

Ex.: Mandei uma carta à Patrícia. (Mandei uma carta ao

Manuel) Mandei uma carta a Patrícia. (Mandei uma carta a

Manuel)

Obs.: Com determinação, a crase é obrigatória. Ex.: Mandei uma carta à culta Patrícia. (Mandei uma

carta ao culto Manuel)

2) Antes de pronomes adjetivos femininos no singular. Ex.: Explicarei isso à sua irmã. (Explicarei isso ao seu

irmão) Explicarei isso a sua irmã. (Explicarei isso a seu irmão) Observações: a) Se o possessivo estiver no plural, teremos: ● Explicarei isso às suas irmãs. (crase obrigatória: a + as) ● Explicarei isso a suas irmãs. (crase proibida: apenas a

preposição) b) Se for pronome substantivo, a crase é obrigatória.

Ex.: Explicarei isso à sua. 3) Depois da preposição até.

Ex.: Ele foi até à praia. (Ele foi até ao campo) Ele foi até a praia. (Ele foi até o campo)

Observações: a) Não confunda com a palavra denotativa de inclusão até, que significa inclusive.

Ex.: Comprou até a revista.

b) Até é a única preposição que admite um a craseado

depois dela. Ex.: Fazia o trabalho após as quatro horas. (e não às)

CASOS PROIBITIVOS

1) Com a palavra casa sem determinação, quando, então, se refere ao próprio lar.

Ex.: Ele foi a casa pela manhã.

Obs.: Com determinação, aparece o acento.

Ex.: Ele foi à casa da esquina.

2) Com a palavra distância, sem especificação, ou seja, sem precisar a distância.

Ex.: O guarda ficou a distância.

Obs.: Com especificação, usa-se o acento. Ex.: O guarda ficou à distância de dez metros.

3) Com a palavra terra, quando é o contrário de bordo. Ex.: Os marujos foram a terra.

4) Em locuções com palavra repetida. Ex.: Os adversários estavam cara a cara.

5) Antes de palavra masculina. Ex.: Eles chegaram a cavalo.

6) Antes de verbo. Ex.: Estava prestes a chorar. 7) Com a antes de plural. Ex.: Não se prendia a coisas materiais.

Obs.: Usando-se o artigo, haverá o acento. Ex.: Não se prendia às coisas materiais. (Não se prendia

aos bens materiais)

OBSERVAÇÕES FINAIS

a) Há duas expressões parecidas com a palavra hora.

Das oito às dez horas (as horas do relógio)

De oito a dez horas (idéia de duração) É errado dizer “de oito às dez horas”, como normalmente se encontra por aí. b) Veja as expressões abaixo, igualmente parecidas.

Meu colega vivia à toa. (à toa − locução adverbial de modo) Ele é um homem à-toa. (à-toa − adjetivo)

c) Quando se diz “Voltei à uma hora”, não há erro de crase porque uma é numeral, e não artigo indefinido; veja o caso obrigatório com a palavra hora.

Vejamos algumas frases em que a presença do acento altera o sentido. Bateu a porta. (Empurrou a porta para fechá-la) Bateu à porta. (Chamou) Chegou a tarde. (entardeceu) Chegou à tarde. (Ele chegou de tarde) Saiu a francesa. (A mulher francesa saiu) Saiu à francesa. (Saiu sem ninguém notar)

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das frases adiante:

I. Enviei dois ofícios_______ Vossa Senhoria. II. Dirigiam-se______casa das máquinas. III. A entrada é vedada______toda pessoa estranha. IV. A carreira______qual aspiro é almejada por muitos. V. Esta tapeçaria é semelhante ______ nossa. a) a - a - à - a - a b) a - à - a - à - à c) à - a - à - a - a d) à - à - a - à - à e) a - a - à - à – a 2. Assinalar a alternativa que preenche corretamente as lacunas das seguintes orações: I. Precisa falar____cerca de três mil operários. II. Daqui____alguns anos tudo estará mudado. III. ____dias está desaparecido. IV. Vindos de locais distantes, todos chegaram____tempo____reunião. a) a - a - há - a - à b) à - a - a - há - a c) a - à - a - a - há d) há - a - à - a - a e) a - há - a - à – a 3. A infeliz anda ... toa ... percorrer ... ruas. Todas ... vezes que ... vejo, cumprimento-a, mas ... vezes, ela não responde.

a) à, à, as, as, a, a b) à, à, as, as, a, às c) à, a, as, as, a, às d) a, à, as, as, à, as e) a, a, às, as, a, às 4.... poucos quilômetros da capital ... uma vila que ... quintas-feiras promove uma festa folclórica em homenagem ... seus artesãos. a) Há, há, as, à b) A, a, as, a c) Há, há, às, à d) À, há, as, a e) A, há, às, a 5. Escolha a alternativa que preencha corretamente as lacunas a seguir.

1. Nunca vi um acidente igual ________. 2. Sempre vou ________ loja para comprar roupas. 3. ________ hora, eu estava viajando para o Rio de Janeiro. 4. Na audiência, diga a verdade, mas limite-se _______ que lhe perguntarem. 5. Quero uma moto igual ________ que estava ______ venda na exposição. a) àquele, àquela, àquela, àquilo, à, à b) aquele, aquela, aquela, aquilo, a, a c) àquele, aquela, àquela, àquilo, a, à d) aquele, àquela, aquela, àquilo, à, a e) aquele, àquela, àquela, aquilo, a, à

6. Escolha a alternativa que completa corretamente o período:

"Marta acaba de receber ____ visita do professor de artes cênicas, que ____ convidou para assistirem ____ peça teatral, em exibição ____ uma semana, ____ poucos metros de sua casa". a) a, à, à, a, há; b) a, a, à, há, a; c) a, a, à, à, à; d) à, a, a, há, à; e) a, a, à, a, a. 7. Assinale a alternativa que preenche com exatidão as lacunas. Estou aqui desde ______ 8 h, mas só poderei ficar até ______ 9h 30min, porque ______ 10h 30min assistirei ______ sessão solene de abertura de uma importante exposição de arte moderna, precisando, para isso, dirigir-me ______ Rua 7 de abril e ir _____ Galeria "Sanson Flexor". a) às - às - às - a - a - a b) as - as - às - à - à - à c) às - as - às - à - à - à d) às - as - as - à - à - à e) as - as - às - a - à - à 8. Em Só peço a você, a crase

a) é facultativa. b) não ocorreu, porque só existe a presença do artigo a. c) poderia ter ocorrido, uma vez que o verbo não exige a presença da preposição a.

d) não ocorreu, porque o pronome não admite artigo, registrando-se, apenas, a presença da preposição a. e) ocorreria, se o termo você fosse substituído por ela.

9.Sobre CRASE, analise os itens abaixo. I. “...pode tentar com toda a sua habilidade ...” – neste contexto, a crase é facultativa. II. “O ideal é unir as duas.” – no termo sublinhado, existe

a presença, apenas, da preposição, daí inexistir a crase. III. “...é gerenciar os pensamentos e as emoções.” – no termo sublinhado, existe apenas a presença do determinante “as”. IV. “...e passaremos a ser diretores do teatro de nossa

mente.”- não se craseia por estar diante de verbo no infinitivo. Somente está CORRETO o que se afirma em

A) I e IV. B) III e IV. C) II e IV. D) I, III e IV. E) II, III e IV. 10. Observando-se os termos sublinhados dos trechos abaixo I. “...de ter maior flexibilidade para se adaptar às

mudanças da sociedade...” II. “...e que permita às pessoas errarem e acertarem ...” III. “...para coletar ideias e dar continuidade a elas ...” é CORRETO afirmar que

A) no trecho I, o acento grave se justifica porque houve a fusão da preposição “a” com o pronome demonstrativo “as”.

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B) no trecho I, estaria correta também a supressão do acento grave. C) a crase se justifica no trecho II por ter havido a fusão da preposição “a” com o determinante “as”. D) no trecho III, no termo sublinhado, estaria correto também se nele houvesse o acento grave. E) a crase do trecho II é facultativa.

ESTUDO DA CONCORDÂNCIA

CONCORDÂNCIA NOMINAL

Ocupa-se da relação entre artigo, numeral, pronome e adjetivo com o substantivo.

CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO (ADJUNTO ADNOMINAL) COM O SUBSTANTIVO

O adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere. Ex.: A casa amarela ficava no fim da rua.

Um só adjetivo referindo-se a mais de um substantivo de gênero ou número diferentes:

Quando vem após os substantivos, concorda com o mais próximo ou com os dois (substantivos). Ex.: O rapaz e a moça apaixonada / apaixonados saíram.

Observação: É importante lembrar o seguinte critério, quando o adjetivo concordar com os dois substantivos: masc. + masc., masc. + femin. ou femin. + masc. =

masculino plural; femin. + femin. = feminino plural.

Quando vem antes dos substantivos, concorda com o mais próximo. Ex.: Os antigos postes e luminárias eram requintados. Dois adjetivos referindo-se ao mesmo substantivo: Ex.: Os líderes americano e italiano se reuniram. O líder americano e o italiano se reuniram.

CONCORDÂNCIA DO PARTICÍPIO COM O SUBSTANTIVO

O particípio concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere:

nas orações reduzidas Ex.: Dado o sinal, todos se retiraram. Concluídas as análises, mostraremos os dados.

na voz passiva Ex.: Foram anotadas todas as reclamações. Haviam sido anotados os detalhes da conversa.

Quando o particípio se refere a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes: Ex.: O empenho e a confiança foram ampliados.

O particípio não varia quando forma tempo composto Ex.: Ninguém havia anotado as reclamações. Todos haviam anotado as reclamações.

CASOS GERAIS

É preciso / É necessário / É proibido...

Sem elemento determinante ficam invariáveis. Caso contrário, concordam em gênero com ele. Ex.: É proibido entrada. (sem elemento determinante) É proibida a entrada.

(com determinante) É preciso álcool para limpar a mesa. (sem determinante) Seriam precisos vários conferencistas.

(com determinante)

MESMO / PRÓPRIO / INCLUSO / ANEXO / OBRIGAD / SERVIDO / QUITE

Concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Ex.: Seguem anexos os documentos. Muito obrigadas – responderam elas. Elas mesmas (ou próprias) fizeram o trabalho. Nós estamos quites com a receita federal.

Observação: “Em anexo” = invariável

Bastante / Bastantes

Bastante = muito (a), suficiente. (função adverbial) Ex.: Conheceu bastante coisa durante a visita.

Estudei bastante hoje.

Bastantes = muitos (as), suficientes.

(função adjetiva) Ex.: Fiz bastantes coisas em casa.

Estudei bastantes assuntos para o concurso. Caro / barato / alto / baixo Ex.: Elas são altas.(adjetivo)

Elas falaram alto. (advérbio) A roupa é cara.(adjetivo) A roupa custou caro. (advérbio) Meio

= “um pouco”. (invariável - função adverbial) Ex.: Amanda está meio pensativa.

= “metade”. (variável - função adjetiva) Ex.: Tomamos meia garrafa de vinho.

Estava a meio metro de distância.

Gabarito

1. B 2. A 3. C 4. E 5. A

6. B 7. B 8. D 9. B 10. C

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= “veículo, caminho”. (variável - substantivo) Ex.: O(s) meio(s) de comunicação de massa...

Só / a Sós

= “somente, apenas” (invariável - função adverbial) Ex.: Só eles não concordaram com a proposta.

= “sozinho” (variável - função adjetiva) Ex.: Ele(a)(s) está(ão) só(s). (ou “a sós” = invar.)

Menos / alerta / pseudo / a olhos vistos

São invariáveis Ex.: Havia menos pessoas na reunião de hoje.

Os policiais estavam alerta. (ou “em alerta” = invariável) Trata-se de pseudo-sábias. O dinheiro inflacionado desaparece a olhos vistos.

Observação: Alerta = “aviso, sirene” é substantivo e sofre flexão. Ex.: Já dei vários alertas ao gerente.

Possível / Possíveis

Usadas em expressões superlativas Ex.: O político obteve o maior elogio possível. As portas estão o mais bem fechadas possível. As notícias são as melhores possíveis. Fazíamos trabalhos os mais legais possíveis. Adjetivos adverbializados

Ficam invariáveis. Ex.: Márcio foi direto à secretaria. (=diretamente)

Saiu rápido para o trabalho (=rapidamente) Tal qual

“Tal” concorda com o antecedente e “qual” com o consequente. Ex.: Raphael é tal quais os pais.

As meninas eram tais qual a mãe.

CONCORDÂNCIA VERBAL

COM O SUJEITO SIMPLES

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa, estando o sujeito antes ou depois do verbo. Ex.: Os presidiários faziam misérias.

Vós conseguistes um bom dinheiro.

COM SUJEITO COMPOSTO ANTEPOSTO AO VERBO

O verbo concorda com os dois elementos do sujeito. Ex.: Olinda e Igarassu são cidades históricas. A secretária e o diretor chegaram pontualmente.

Se os núcleos forem sinônimos ou formados de palavras de um mesmo conjunto significativo. (singular ou plural) Ex.: A sinceridade e a franqueza é / são uma virtude.

Núcleos em sequencia gradativa. (singular ou plural) Ex.: A amizade, o companheirismo, a união levou-o /

levaram-no ao sucesso profissional.

Núcleos resumidos por pronome indefinido (tudo, nada, alguém, todo/a/s...) Ex.: Papel, lápis, borracha, tudo era caro na loja.

Tios, irmãos, primos, todos chegaram cedo.

COM SUJEITO COMPOSTO POSPOSTO AO VERBO

O verbo concorda com o termo mais próximo ou com os dois elementos do sujeito. Ex.: Vende(m) -se casa e apartamentos.

Chegou (ou chegaram) a carta e o bilhete.

OUTROS CASOS GERAIS

Quando o sujeito é formado de um coletivo: Ex.: O cardume escapou.

Os cardumes escaparam. Quando o sujeito é formado de um coletivo singular (especificado com adjunto plural ou não): Ex.: Um grupo chegou. (não especificado)

Um grupo de mães chegou / chegaram. (especificado) Com nomes próprios só plural:

Ex.: Minas Gerais não possui mar.

(sem determinante) As Minas Gerais não possuem mar.

(com determinante)

Observação: Quando se trata de títulos de obras, admite-se o plural ou o singular. Ex.: Os lusíadas é / são uma obra de Camões.

Pronomes de tratamento: sempre usar 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência conhece seu problema.

Vossas Excelências conhecem seus problemas. Pronomes relativos QUE e QUEM Ex.: Fui eu que paguei a conta. Fomos nós quem pagou / pagamos a conta.

Núcleos ligados por OU Ex.: Ana ou Júnior vencerá o jogo.

(exclusão = singular) Recife ou Natal possuem belas praias. (adição = plural) Com a palavra “SE” Ex.: Analisou-se o plano de reforma agrária.

(P.A.) Analisaram-se os planos de reforma agrária. (P.A.) Precisa-se de homens e mulheres corajosos. (I.I.S) Descansa-se muito em Aldeia. (I.I.S)

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SUJEITO FORMADO POR EXPRESSÕES

Um ou outro – o verbo fica no singular. Ex.: Hoje, um ou outro viaja a Brasília.

Um e outro, nem um nem outro, nem... nem... – o verbo vai, de preferência, para o plural. Ex.: Um e outro esculpiam a madeira da porta.

Um dos que, uma das que – o verbo vai, de

preferência, para o plural. (singular = ênfase) Ex.: Eu era uma das que mais estudavam.

O aluno é um dos que menos aparecem. Mais de, menos de – o verbo concorda com o numeral

que segue a expressão. Ex.: Mais de um tenista representou o Brasil.

Mais de cem pessoas morreram no incêndio.

*Casos especiais: Mais de um aluno, mais de um professor faltaram. (expressões repetidas na mesma frase) Mais de um veículo chocaram-se.

(“se” = indicando reciprocidade)

A maior parte de (ou uma porção de, grande número de, a maioria de, metade de...) – o verbo fica, de

preferência, no singular. Ex.: A maioria precisa ler mais.

(não especificado) A maioria dos alunos precisa/precisam ler mais.

Locuções pronominais [Qual(is) de nós...; muito(s) de vocês, ... ] – O verbo concorda com o pronome indefinido

(ou interrogativo) ou com o pronome pessoal. Ex.: Qual de vós é humilde? Quais de vós são / sois humildes?

COM NÚMERO PERCENTUAL

Ex.: 1% (da produção) foi vendido.

5% (das pessoas) discordam da imposição. 1% das pessoas discorda (m) da imposição. Os 87% da produção de soja foram negociados. Expressão HAJA VISTA: “Vista” é invariável. Ex.: Haja(m) vista os ladrões de colarinho branco.

COM VERBOS IMPESSOAIS

Por não possuírem sujeito, os verbos impessoais ficam na 3ª pessoa do singular.

Haver (singular) usado no sentido de: “O F-E-RA” (ocorrer, fazer, existir, realizar-se e aconte-cer) Ex.: Há alunos que estudam muito. (=existem) Houve uma grande festa. (=realizou-se) Há muitos anos que não nos vemos. (=faz)

FA-S-E (verbos fazer, ser e estar) indicando: tempo decorrido, hora, data ou fenômeno da natureza. “Fazer” e “estar” sempre no singular; o verbo “ser”, singular ou

plural de acordo com o sujeito. Ex.: Faz meses que te espero. (e não “fazem”)

Era cedo quando cheguei. Estava um dia chuvoso. / Hoje é/são 20 de maio.

Verbos = Fenômenos da natureza (Chover, nevar, ventar, gear, trovejar, relampejar, anoitecer, etc.) Ex.: Choveu ontem. / Anoiteceu lentamente.

Expressões “basta de”, “chega de”, “passa de”, etc. Ex.: Chega de preguiça! Já passa de uma hora.

Observações: 1 - Os verbos que exprimem fenômenos da natureza,

quando usados em sentido figurado, deixam de ser impessoais. Ex.: Já amanheci cansado. - Eu

Choveram denúncias no INSS. - denúncias. 2 - Quando acompanhado de verbo auxiliar, o verbo

impessoal transmite ao auxiliar a sua impessoalidade. Ex.: Deverá haver feiras de artesanato na praça.

Vai fazer cinco anos que te vi. 3 - Na língua popular é comum o uso do verbo ter, impessoal, no lugar de haver ou existir. Ex.: Tem gente nova no pedaço.

Tem dias em que a gente estuda demais.

CONCORDÂNCIA DOS VERBOS DAR, SOAR E BATER

Na indicação de horas, esses verbos concordam com o

número de horas que, normalmente, é o sujeito. A não ser que sejam usadas outras palavras como sujeito. Ex.: Deu dez horas o relógio da matriz. Bateram cinco horas no relógio da matriz.

FALTAR, SOBRAR E BASTAR

Esses verbos concordam com o sujeito. Ex.: Basta uma semana para terminar o evento.

Faltam quinze minutos para as duas horas.

CONCORDÂNCIA DO VERBO SER

O verbo ser ora concorda com o sujeito, ora concorda com o predicativo. Ex.: Esses sorrisos são a minha alegria. Minha vaidade são minhas filhas. O parlamentar sempre ausente sois vós.

Se o sujeito indicar peso, medida, quantidade e for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito, menos de, mais de etc, o verbo ser fica no singular.

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Ex.: Cinco quilos de arroz é mais do que preciso.

Trezentos reais pela passagem é muito.

CONCORDÂNCIA DO VERBO PARECER

Antes do infinitivo admite duas concordâncias: Ex.: As brincadeiras pareciam alegrar a todos.

As brincadeiras parecia alegrarem a todos. As paredes parece que têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos)

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Elas ......... providenciaram os atestados, que

enviaram ......... às procurações, como instrumentos ......... para os fins colimados.

a) mesmas - anexos - bastantes b) mesmo - anexo - bastante c) mesmas - anexo - bastantes d) mesmo - anexos - bastante e) mesmas - anexos - bastante 2. Em relação à concordância nominal analise as

assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas. I. É necessário cautela com estranhos.

II. Seguem incluso as fotografias que tiramos. III. É proibido a entrada de crianças. IV. Você foi o que menos falhas apresentou na Oratória. V. As provas eram bastantes consistentes. (A) Apenas III e IV. (B) Apenas I, IV e V. (C) Apenas I e V. (D) Apenas I, II e III. (E) Apenas I e IV. 3. A concordância verbal e a nominal estão de

acordo com a norma padrão em:

a) Houveram implicações boas e más naquelas atitudes dos empresários de Pernambuco.

b) Propostas, o mais adequadas possíveis, em termos de qualidade, foi apresentada aos trabalhadores.

c) Quaisquer deslizes perante o consumidor, nessa área, provoca problemas para a empresa.

d) É necessário paciência para poderem os trabalhadores conseguirem seus plenos direitos.

e) A ação social, um dos temas mais discutidos atualmente, faz os interessados repensarem a política fiscal.

4. Assinale a alternativa em que a concordância está

inteiramente de acordo com a norma padrão.

a) Foi proposto, graças à atuação de ativistas, novos estudos acerca da legitimidade de certas medidas.

b) Deveriam haver condições adequadas de saneamento básico para todas as camadas da população urbana e rural.

c) O número de incidentes que comprometem o exercício dos direitos humanos fizeram com que novas medidas fossem propostas.

d) A divulgação de muitas pesquisas revelou que dois terços da população acreditam na melhoria da situação do país.

e) Quem de vocês defendem que os direitos conseguidos pelas minorias, muitas vezes, custam-lhes caro?

5. (UPE) Em “...já que nossos jovens vêm sofrendo a

cada instante...”, o verbo sublinhado concorda com o termo jovens.

Assinale a alternativa em que a concordância verbal está INCORRETA.

a) São os jovens os que mais matam e também os que mais morrem.

b) Os jovens não veem a dimensão da violência que os rodeia.

c) Os jovens têm uma vida inteira para amarem e serem amados.

d) Os pais atuais mantêm os seus filhos, até eles criarem a sua independência.

e) Deverão haver lutas por uma sociedade mais justa e harmoniosa.

6. (UPE) Sobre CONCORDÂNCIA NOMINAL e

VERBAL, analise os itens abaixo.

I. “Pais do mundo todo se sentem perdidos...” – se o termo sublinhado fosse substituído por “mulheres”, seria correto: mulheres do mundo todo se sentem perdidas.

II. “Os que dizem “Eu sei” (...) já estão derrotados” – se o

termo sublinhado fosse substituído por “o”, estaria correto: o que diz “Eu sei” já estão derrotados.

III. “Vivemos tempos difíceis.” – se o termo sublinhado estivesse no singular, o adjetivo “difíceis” se manteria inalterado em sua grafia.

IV. “Vivemos tempos difíceis.” – no tempo passado,

estaria correto: Viveríamos tempos difíceis.

Somente está CORRETO o que se afirma em a) I. b) I e IV. c) I, II e IV. d) II, III e IV. e) I, III e IV. 7. Analise as afirmativas abaixo. I. Em “Obrigada pela gentileza, Susanita! São muito

bonitas!, o termo sublinhado que se refere a Mafalda poderia variar, ficando no masculino.

II. Em “Você não fica meio chateada em saber...”, o

termo sublinhado não pode variar, uma vez que ele modifica um adjetivo.

III. Em “...emprestar umas revistas...”, o termo destacado

deve variar, se o termo revistas for substituído por livros.

Está CORRETO o que se afirma em

a) I, apenas. b) II, apenas. c) I e II, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III.

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8. Considerando as normas vigentes da concordância verbal, analise as afirmações a seguir e assinale a alternativa correta.

a) No trecho: “Mais uma vez os resultados do Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) no Brasil vêm demonstrar o porquê da dificuldade de o país atingir níveis sociais parecidos com os do “primeiro” mundo”, o verbo destacado está no plural

em concordância com o núcleo de seu sujeito (‘resultados’); mas a concordância estaria igualmente

correta se esse verbo estivesse no singular, concordando com o termo ‘Índice’.

b) No enunciado: “Faltam instituições de ensino de qualidade, em tempo integral.”, o verbo está no plural

em concordância com o núcleo de seu sujeito plural, que está posposto (‘instituições’).

c) No trecho: “o que temos no nosso país são muitos maus modelos, principalmente aqueles que deveriam primar em dar bons exemplos, pela responsabilidade que têm com a sociedade”, o verbo destacado poderia

estar no singular, já que, neste caso, funciona como o verbo ‘haver’ e, por isso, é impessoal.

d) No enunciado: “Não basta a escola.”, a forma verbal é invariável; por isso, a forma singular deveria ser mantida se o enunciado fosse alterado para “Não basta os ensinamentos da escola.”.

e) O enunciado: “Os maus exemplos não deve ser imitados.” está bem formado, no que se refere à concordância verbal, pois o verbo ‘ser’, neste caso,

permite que o outro verbo fique no singular ou no plural.

9. Em qual das alternativas abaixo, o verbo indicado

entre parênteses adotará obrigatoriamente uma forma plural ao preencher a lacuna?

a) Não ......(HAVER) aprendizagens na vida que não passem pela experiência dos erros.

b) A experiência dos acertos ...(SER) tão importante quanto a dos erros.

c) ................. (REALIZAR-SE) as lições do primeiro caderno.

d) Qual de vocês não ................(COMETER) algum erro?

e) ............(FAZER) 30 anos que cometi alguns erros. 10. Em relação à CONCORDÂNCIA, analise o trecho

abaixo. “É necessário um ambiente aberto que propicie o risco e que permita às pessoas errarem e acertarem...” Vamos flexionar o termo sublinhado no plural e manter os tempos verbais dos verbos contidos neste trecho. Como resultado, perceberemos que apenas uma das alternativas abaixo NÃO CONTÉM ERRO. Assinale-a.

a) São necessários ambientes abertos que propiciem o risco e que permitão às pessoas errarem e acertarem.

b) São necessários ambientes abertos que propiciarão o risco e que permitirão às pessoas errarem e acertarem.

c) Seriam necessários ambientes abertos que propicie o risco e que permita às pessoas errarem e acertarem.

d) Foram necessários ambientes abertos que propiciassem o risco e que permitam às pessoas errarem e acertarem.

e) São necessários ambientes abertos que propiciem o risco e que permitam às pessoas errarem e acertarem.

11. Qual a frase com erro de concordância?

a) Para o grego antigo a origem de tudo se deu com o caos.

b) Do caos, massa informe, nasceu a terra, ordenadora e mãe de todos os seres.

c) Com a terra tem-se assim o chão, a firmeza de que o homem precisava para seu equilíbrio.

d) Ela mesma cria um ser semelhante que a protege: o céu.

e) Do céu estrelado, em amplexo com a terra, é que nascerá todos os seres viventes.

12. Assinalar a alternativa em que a concordância

verbal está incorreta:

a) Crianças, jovens, adultos, ninguém ficou imune aos seus encantos.

b) Mais de mil pessoas compareceram ao comício. c) Não só a educação mas também a saúde precisa de

muita atenção do governo. d) Bastam dois toques para sabermos que você chegou. e) Boa parte das pessoas está preocupada com o futuro. 13. Num dos provérbios abaixo não se observa a

concordância prescrita pela gramática. Indique-o:

a) Não se apanham moscas com vinagre. b) Casamento e mortalha no céu se talha. c) Quem ama o feio, bonito lhe parece. d) De boas ceias, as sepulturas estão cheias. e) Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum

lugar lhe vêm. 14. A essa altura, não ........ mais ingressos, pois já

...... dias que a casa tem estado com a lotação esgotada.

a) deve haver - faz b) devem haver - fazem c) deve haver - fazem d) devem haver - faz e) deve haverem – faz 15. Tendo em vista as regras de concordância,

assinale a opção em que a forma entre parênteses NÃO completa corretamente a lacuna da frase:

a) Nem sempre são _________ ao conhecimento do público as causas e consequências dos acidentes nucleares. (levadas)

b) Animais e plantas de determinada região podem ser acidentalmente _________ pela radiação atômica. (contaminados)

c) Devem ser melhor _________ em nossa terra os recursos hídricos e outras fontes não poluentes de energia. (exploradas)

d) É preciso que a construção e o funcionamento de usinas nucleares sejam _________ por rigorosas normas de segurança. (controlados)

e) Ainda não foram precisamente _________ as vantagens e desvantagens da utilização do átomo como fonte de energia. (avaliadas)

Gabarito

1. A 2. E 3. E 4. D 5. E

6. A 7. D 8. B 9. C 10. E

11. E 12. C 13. B 14. A 15. C

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PONTUAÇÃO

Os sinais de pontuação são sinais gráficos empregados na língua escrita para tentar recuperar recursos específicos da língua falada, tais como: entonação, jogo de silêncio, pausas, etc.

1- PONTO ( . )

a) Indicar o final de uma frase declarativa. Ex.: Lembro-me muito bem dele. b) Separar períodos entre si. Ex.: Fica comigo. Não vá embora.

c) Nas abreviaturas

Ex.: Av.; V. Ex.ª

2- DOIS-PONTOS ( : )

a) Iniciar a fala dos personagens:

Ex.: Então o padre respondeu: – Parta agora. b) Antes de apostos ou orações apositivas, enumerações ou sequência de palavras que explicam, resumem ideias anteriores. Ex.: Meus amigos são poucos: Fátima, Rodrigo e

Gilberto. c) Antes de citação

Ex.: Como já dizia Vinícius de Morais: “Que o amor não

seja eterno posto que é chama, mas que seja infinito enquanto dure.”

3- RETICÊNCIAS ( ... )

Indicar dúvidas ou hesitação do falante.

Ex.: Sabe... eu queria te dizer que... esquece.

b) Interrupção de uma frase deixada gramaticalmente incompleta

Ex.: – Alô! João está? – Agora não se encontra. Quem sabe se ligar mais tarde... c) Ao fim de uma frase gramaticalmente completa com a intenção de sugerir prolongamento de ideia. Ex.: “Sua tez, alva e pura como um foco de algodão, tingia-se nas faces duns longes cor-de-rosa...”

(Cecília- José de Alencar) d) Indicar supressão de palavra (s) numa frase transcrita.

Ex.: “Quando penso em você (...) menos a felicidade.” (Canteiros- Raimundo Fagner)

4- PARÊNTESES ( )

Isolar palavras, frases intercaladas de caráter explicativo e datas. Ex.: Na 2ª Guerra Mundial (1939-1945), ocorreu

inúmeras perdas humanas. "Uma manhã lá no Cajapió ( Joca lembrava-se como se fora na véspera), acordara depois duma grande tormenta no fim do verão. “ (O milagre das chuvas no nordeste- Graça Aranha) Os parênteses também podem substituir a vírgula ou o travessão.

5- PONTO DE EXCLAMAÇÃO ( ! )

a) Após vocativo Ex.: “Parte, Heliel! “ ( As violetas de Nossa Sra.-

Humberto de Campos) b) Após imperativo Ex.: Cale-se!

c) Após interjeição Ex.: Ufa! Ai! d) Após palavras ou frases que denotem caráter emocional Ex.: Que pena!

6- PONTO DE INTERROGAÇÃO ( ? )

a) Em perguntas diretas Ex.: Como você se chama? b) Às vezes, juntamente com o ponto de exclamação Ex.: - Quem ganhou na loteria? - Você. - Eu?!

7- VÍRGULA ( , )

a) Indicar a omissão de um termo (geralmente verbo). Ex.: Na sala, muitos alunos interessados. (há) Muitos preferem cinema; eu, teatro. (prefiro) b) Separar termos de mesma função sintática. Ex.: Alunos, professores e funcionários viajaram. Mauro comprou balas, pirulitos, doces e pipocas. c) Para separar aposto e vocativo. Ex.: Senhor, livrai-nos de todo o mal! Brasília, capital do Brasil, é belíssima.

d) Para separar palavras e expressões explicativas ou retificativas tais como: por exemplo, ou melhor, isto é, aliás, além disso, então, etc.) Ex.: Os atletas chegaram ontem, aliás, anteontem. e) Para separar os termos e orações deslocados de sua posição normal na frase ou intercalados

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Ex.: De lasanha, eu gosto. / Os livros, você trouxe? Pela manhã, os alunos foram à escola. Enquanto todos dormiam, eu estudava. Terminada a sessão, iremos para casa. O importante, afirmou o atleta, é competir. f) Para separar orações coordenadas. Ex.: Chegou, entrou rápido, depois saiu. (assindética) Falam muito, mas nada fazem. (sindética)

Observação: As conjunções e, ou e nem, quando

repetidas ou empregadas enfaticamente, admitem vírgula antes. Ex.: Todos cantavam, e pulavam, e sorriam.

Ele agiu de má fé, e o policial o prendeu. (suj. diferentes)

g) Para separar orações adjetivas explicativas. Ex.: O candidato, que é inteligente, estuda muito.

Valor semântico - Vírgula

A alteração de valor semântico, mediante o uso das vírgulas, está diretamente relacionada com a função morfológica da palavra “QUE”. Ocorre quando esta se configura como pronome relativo. Ex1.: Os micros, que são modernos, custam caro. (Explicação – sentido amplo)

Os micros que são modernos custam caro. (Restrição – sentido restrito) Ex2.: As monarquias, despóticas e sórdidas, prejudicaram a democracia. (Explicação – sentido amplo) As monarquias despóticas e sórdidas prejudicaram a democracia. (Restrição – sentido restrito)

8- PONTO E VÍRGULA ( ; )

a) Separar os diversos itens de uma enumeração. Ex.: Os manifestantes entregaram uma pauta de reivindicação constando os seguintes itens: redução da jornada de trabalho; direito a descanso remunerado; fim das demissões e garantia dos direitos adquiridos na última assembleia. b) Separa orações que em seu interior já tenham vírgula. Ex.: Antes, você dirigia tudo; agora, dirijo eu.

9- TRAVESSÃO ( - )

a) Dar início à fala de um personagem Ex.: O filho perguntou: – Pai, quando começarão as aulas? b) Indicar mudança do interlocutor nos diálogos

– Doutor, o que tenho é grave? – Não se preocupe, é uma simples infecção. É só tomar um antibiótico e estará bom Também pode ser usado em substituição à virgula em expressões ou frases explicativas

Ex.: Xuxa – a rainha dos baixinhos – será mãe.

10- ASPAS ( “ ” )

a) Isolar palavras ou expressões que fogem à norma culta, como gírias, estrangeirismos, palavrões, neologismos, arcaísmos e expressões populares. Ex.: Maria ganhou um apaixonado “ósculo” do seu

admirador. A festa na casa de Lúcio estava “chocante”. Conversando com meu superior, dei a ele um “feedback” do serviço a mim requerido. Indicar uma citação textual

Ex.: “Ia viajar! Viajei. Trinta e quatro vezes, às pressas,

bufando, com todo o sangue na face, desfiz e refiz a mala”. (O prazer de viajar - Eça de Queirós) Se, dentro de um trecho já destacado por aspas, se fizer necessário a utilização de novas aspas, estas serão simples. ( ' ' ) Recursos alternativos para pontuação:

Parágrafo ( § ) Chave ( { } ) Colchete ( [ ] ) Barra ( / )

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Assinale o item em que há erro no tocante à

pontuação.

a) – D. Sara, a senhora é nossa benfeitora. b) Mulheres pobres, lavando roupa nas tinas,

representavam o outro lado do mundo. c) Peixadas, galinha de cabidela, camarão, tudo me

recordava D. Cláudia. d) Bandeira, só, enfrentava a orfandade. e) Couto meu melhor amigo antecedeu-me na

Academia. 2. Analise os pares de enunciados abaixo. Indique a

alternativa em que, apesar da alteração no uso da vírgula, o sentido se mantém.

a) As sociedades, tirânicas e injustas, ofuscaram o direito à liberdade.

As sociedades tirânicas e injustas ofuscaram o direito à liberdade.

b) Se os homens avaliassem o sentido que têm os acontecimentos, seriam outros.

Se os homens avaliassem o sentido que têm, os acontecimentos seriam outros.

c) Ninguém é livre se não pode fazer suas próprias escolhas.

Ninguém é livre, se não pode fazer suas próprias escolhas.

d) Brasileiros, podem unir-se a favor da liberdade! Brasileiros podem unir-se a favor da liberdade! e) Os homens não aspiram à liberdade. Os homens, não, aspiram à liberdade.

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3. Analise os pares de enunciados abaixo. Assinale a alternativa em que, apesar da alteração no uso da pontuação e de outros sinais, o sentido se mantém.

a) Embora a violência ainda impere, as comunidades, que são desassistidas pelo poder público, continuam buscando a paz.

Embora a violência ainda impere, as comunidades que são desassistidas pelo poder público continuam buscando a paz.

b) O Diretor informou que, com o resultado do último concurso, a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa.

O Diretor informou que - com o resultado do último concurso - a contratação de novos funcionários definirá a realização de um outro programa.

c) Crianças da periferia, em Recife, podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos, que lhes são básicos.

Crianças da periferia - em Recife - podem já buscar a garantia de atendimento aos direitos que lhes são básicos.

d) Para assegurar o desenvolvimento, das comunidades menos assistidas espera-se a máxima participação.

Para assegurar o desenvolvimento das comunidades menos assistidas, espera-se a máxima participação.

e) Não teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária.

Não; teria sido bom se tivessem falado de ações repressivas, pois a garantia de atendimento aos direitos básicos é prioritária.

4. Ocorre pontuação inaceitável em:

a) Doutor, ainda que mal pergunte, o que é isso? b) Se queres distrair-te, ouve cantores italianos. c) Cláudia era entre todas as esposas, a mais amada. d) Perdôo-te; espero, porém, que não reincidas. e) Não creias naqueles que não acreditam em nada. 5. Os períodos abaixo apresentam diferença de

pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta.

a) O sinal estava fechado; os carros, porém não paravam.

b) O sinal, estava fechado: os carros porém, não paravam.

c) O sinal estava fechado; os carros porém, não paravam.

d) O sinal, estava fechado: os carros, porém não paravam.

e) O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam.

6. Assinale a ÚNICA alternativa que apresenta o uso

da(s) vírgula(s) da mesma forma em que aparece(m) no trecho “(...) “cultura do desemprego”( , )ou seja( , ) a visão (...)”

a) As frutas, que estavam maduras, caíram no chão. b) “Pois, seu Pedrinho, saci é uma coisa que eu juro que

existe.” c) O homem, que mente, não merece confiança. d) A garota, Fernanda, saiu muito cedo. e) “O cavalo calou-se, isto é, recolheu o movimento do

rabo”.

7. Assinale a opção em que está corretamente indicada a ordem dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo:

“Quando se trata de trabalho científico ___ duas coisas devem ser consideradas ____ uma é a contribuição teórica que o trabalho oferece ___ a outra é o valor

prático que possa ter.

a)dois pontos, ponto e vírgula, ponto e vírgula b)dois pontos, vírgula, ponto e vírgula; c)vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; d)pontos vírgula, dois pontos, ponto e vírgula; e) ponto e vírgula, vírgula, vírgula. 8. Leia atentamente: “A maior parte dos funcionários classificados no último concurso, optou pelo regime de tempo integral”. Na frase há um erro de pontuação, pois a vírgula está separando de modo incorreto:

a) o sujeito e o predicado. b) o aposto e o objeto direto. c) o adjunto adnominal e o predicativo do sujeito. d) o sujeito e o predicativo do objeto direto. e) o objeto direto e o complemento agente da passiva. 9. Assinale a alternativa que apresente pontuação não prescrita pela norma culta.

a) “o futebol é o único motivo para o exercício de seu sentimento, digamos, patriótico.”

b) “A se acreditar no que a mídia insistiu em fazer crer, adversários como Austrália e Japão, em tudo e por tudo superiores ao Brasil, não passariam de países de quinta categoria pelo simples fato de seus jogadores – coitados! - não terem a mesma habilidade de nossos craques com a bola nos pés.”

c) “Eu trocaria toda a nossa magnificência futebolística pela metade do desenvolvimento técnico, científico, e social destes países.”

d) “Idêntico aos demais setores, o futebol brasileiro não é aquilo que muitos querem fazer crer.”

e) “O que somos, na verdade, é grande exportador de craques, que fazem a alegria dos torcedores de clubes espanhóis, italianos, alemães e franceses.”

10.

Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao pega com o leiteiro. Por detrás das cercas, mudos, com a mulher e um que outro filho espantado já de 98pé àquela hora, ouvem. Todos aqueles quintais conhecidos têm o mesmo silêncio. Noutras ocasiões, quando era apenas a briga com a mulher, esta, como um último desaforo de vítima, dizia-lhe: Olha, que os vizinhos estão ouvindo. Depois, à horada saída, eram aquelas caras curiosas à janela, com os olhos fitos nele, enquanto ele cumprimentava. O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela escadinha que vai do portão até à rua, toma as rédeas do burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem olhar para nada. Naziazeno ainda fica um instante ali sozinho. (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de criança fuzila através das frestas das cercas. As sombras têm uma frescura que cheira a ervas úmidas. A luz é doirada e anda ainda por longe, na copa das árvores, no meio da estrada avermelhada. Naziazeno encaminha-se então para dentro de casa. Vai até ao quarto. A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de abrir e fechar um que outro móvel. Por fim, ele

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aparece no pequeno comedouro, o chapéu na mão. Senta-se à mesa, esperando. Ela lhe traz o alimento. Ele não aceita mais desculpas... Naziazeno não fala. A mulher havia-se sentado defronte dele, enquanto ele toma o café. Vai nos deixar ainda sem leite...Ele engole o café, nervoso, com os dedos ossudos e cabeçudos quebrando o pão em pedaços miudinhos, sem olhar a mulher. É o que tu pensas. Temores... Cortar um fornecimento não é coisa fácil. Porque tu não viste então o jeito dele quando te declarou: Lhe dou mais um dia!

(Adaptado de: MACHADO, Dyonélio. Os ratos)

Sobre a pontuação do texto, são feitas as seguintes afirmações:

I. A separação de mudos (1º parágrafo) e furioso (3º parágrafo) por vírgulas é justificada pela mesma regra.

II. As vírgulas do primeiro período do 3º parágrafo separam orações coordenadas assindéticas.

III. A expressão na copa das árvores (3º parágrafo) está entre vírgulas porque é um adjunto adverbial deslocado.

Qual(is) está(ão) correta(s)?

a) Apenas a I. b) Apenas a II. c) Apenas a III. d) Apenas a I e a III. e) Apenas a II e a III.

Gabarito

1. E 2. C 3. B 4. C 5. E

6. E 7. C 8. A 9. C 10. D

SEMÂNTICA

Conhecer o significado das palavras é um dos fatores essenciais para o domínio da língua, pois só assim o falante ou o escritor será capaz de selecionar a palavra adequada para elaborar a sua mensagem. Cabe, pois, à semântica o estudo do significado das

palavras. 1. SINONÍMIA E ANTONÍMIA Sinônimos – São palavras que apresentam significados

iguais ou semelhantes.

Alegre – feliz

Bondoso – generoso

Cómico – engraçado

Débil - fraco, frágil

Distante – afastado, remoto

Antônimos – São palavras que apresentam significados contrários.

Aberto – fechado

Alto – baixo

Bem – mal

Bom – mau

Bonito – feio

2. HOMONÍMIA

Homógrafos – São palavras iguais na grafia e diferentes na pronúncia.

Almoço (ô) – substantivo

Almoço (ó) – verbo

Jogo (ô) – substantivo

Jogo (ó) – verbo

Homófonos - São palavras que possuem o mesmo som,

mas grafia diferente.

Cela – quarto de prisão

Sela – arreio

Coser – costurar

Cozer – cozinhar

Concerto – espetáculo musical

Conserto – ato ou efeito de consertar

Homônimos Perfeitos – São palavras que possuem a

mesma pronúncia e mesma grafia.

Cedo – verbo

Cedo – advérbio de tempo

Sela – verbo selar

Sela – arreio

Leve – verbo levar

Leve – pouco peso

Relação de alguns Homônimos

Acender – pôr fogo

Ascender – subir

Acento – sinal gráfico

Assento – tampo de cadeira, banco

Aço – metal

Asso – verbo (1ª pessoa do singular, presente do indicativo)

Banco – assento com encosto

Banco – estabelecimento que realiza transações financeiras.

Cerrar – fechar

Serrar – cortar

Cessão – ato de ceder

Sessão – reunião

Secção/seção - divisão

Cesto - cesta pequena

Sexto – numeral ordinal

Cheque – ordem de pagamento

Xeque – lance no jogo de xadrez

Xeque – entre os árabes, chefe de tribo ou soberano.

Concerto – sessão musical

Conserto – reparo, ato ou efeito de consertar.

Coser – costurar

Cozer – cozinhar

Expiar – sofrer, padecer.

Espiar – espionar, observar.

Estático – imóvel

Extático – posto em êxtase, enlevado.

Estrato – tipo de nuvem

Extrato – trecho, fragmento, resumo.

Incerto – indeterminado, impreciso.

Inserto – introduzido, inserido.

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3. PARONÍMIA

Parônimos - São palavras que possuem significados

diferentes, mas apresentam pronúncia e escrita parecidas.

Emergir – vir à tona

Imergir – afundar

Infringir – desobedecer

Infligir – aplicar

Relação de alguns Parônimos

Absolver – perdoar

Absorver – sorver

Acostumar – habituar-se

Costumar – ter por costume

Acurado – feito com cuidado

Apurado – refinado

Afear – tornar feio

Afiar – amolar

Amoral – indiferente à moral

Imoral – contra a moral, devasso

Cavaleiro – que anda a cavalo

Cavalheiro – homem educado

Comprimento – extensão

Cumprimento – saudação

Deferir – atender

Diferir – adiar, retardar

Delatar – denunciar

Dilatar – estender, ampliar

Eminente – alto, elevado, excelente

Iminente – que ameaça acontecer

Emergir – sair de onde estava mergulhado

Imergir – mergulhar

Emigrar – deixar um país

Imigrar – entrar num país

Estádio – praça de esporte

Estágio – aprendizado

Flagrante – evidente

Fragrante – perfumado

Incidente – circunstância acidental

Acidente – desastre

Inflação – aumento geral de preços, perda do poder aquisitivo

Infração – violação

Ótico – relativo ao ouvido

Óptico – relativo à visão

Peão – homem que anda a pé

Pião – brinquedo

Plaga – região, país

Praga – maldição

Pleito – disputa eleitoral

Preito – homenagem

4. POLISSEMIA - É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Ex. 1: Estou com uma dor terrível na minha cabeça. (parte do

corpo) Ele é o cabeça do projeto. (chefe)

Ex. 2: Graves razões fizeram-me contratar esse advogado. (importante) O piloto sofreu um grave acidente (trágico)

Ex. 3: Ele comprou uma nova linha telefônica. (contato ou

conexão telefônica) Nós conseguimos traçar a linha corretamente. (traço

contínuo duma só dimensão) 5. HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA Hiperônimos – São vocábulos que possuem um sentido

mais geral, em relação a outros de sentido mais específico. Ex.: PEIXE é hiperônimo de sardinha, atum, cação...

FLOR é hiperônimo de rosa, cravo, violeta, margarida...

Hipônimos – São palavras de sentido mais específico,

em relação a outras de sentido mais geral. Ex.: Girafa, cachorro e gato são hipônimos de mamíferos.

Maçã, pera, banana são hipônimos de frutas. 6. CAMPO LEXICAL E CAMPO SEMÂNTICO

Damos o nome de léxico ao conjunto de palavras de uma língua. Nenhum falante tem o domínio completo do léxico da língua que fala, porque, além de muito amplo, ele é um conjunto aberto, ou seja, a cada dia surgem palavras novas que a ele se incorporam e palavras que dele desaparecem. Dentro desse conjunto podem-se observar campos lexicais, que são subconjuntos formados por palavras pertencentes a uma mesma área do conhecimento ou de interesse. Observe alguns exemplos de campos lexicais: Campo lexical do Direito: mandado, arrolamento,

custas, emolumentos, agravo, alçada, ementa, etc. Campo lexical do futebol: gol, pênalti, escanteio, zagueiro, etc. Campo lexical da Economia: deflação, déficit, superávit,

juros, cambial, etc.

Damos o nome de campo semântico ao

conjunto dos empregos de uma palavra num determinado contexto. Dessa forma, o campo semântico de uma determinada palavra é dado pelas diversas nuances de significado que ela assume. Ex.: A palavra Bom indicando: um estado de saúde (João não está muito BOM hoje); sanidade mental (acho que você não está BOM da cabeça).

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EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Quanto ao sentido de alguns termos utilizados no

Texto, analise o que se afirma a seguir.

1) “implementar ações” significa “fiscalizar ações”. 2) “crise financeira que assolou o mundo” equivale a

“crise financeira que desestabilizou o mundo”. 3) “a maioria ressaltou que o social não sofrerá

alterações” é o mesmo que “a maioria enfatizou que o social não sofrerá alterações”.

4) “o foco deve ser a equidade e os direitos do ser humano” é equivalente a “o foco deve ser a igualdade e os direitos do ser humano”.

Estão corretas:

A) 2 e 3, apenas. B) 3 e 4, apenas. C) 1 e 2, apenas. D) 2, 3 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4. 2. Assinale a alternativa cujo termo em parênteses é

SINÔNIMO do(s) termo(s) sublinhado(s).

A) “Pais do mundo todo se sentem perdidos...” (VINCULADOS)

B) “...para penetrar no mundo dos seus filhos.” (DEPRECIAR)

C) “...que os hábitos dos pais brilhantes revelam que ninguém...” (EVIDENCIAM)

D) “...e conhecer na plenitude a palavra paciência.” (PARCIALMENTE)

E) “...não conseguem aprender com seus alunos e renovar ferramentas...” (PRESERVAR)

3. Em todas as alternativas, os termos em

parênteses têm o mesmo significado dos termos sublinhados, EXCETO EM UMA. Assinale-a.

A) “De fato, conquistar o planeta psíquico dos nossos filhos ...” (VALORIZAR)

B) “Quero deixar claro que os hábitos dos pais brilhantes...” (ESCLARECER)

C) “Não preciso da ajuda de ninguém.” (NECESSITO) D) “...aprender com seus filhos e corrigir rotas.”

(CONSERTAR) E) “Atuar no aparelho da inteligência...” (AGIR) 4. Se há equivalência semântica entre os termos ou expressões destacados nos enunciados a seguir. 1. “a história do Brasil é a história de impedir / empecer

que livros sejam escritos”. 2. “ou desenvolvemos um potencial científico-tecnológico,

ou ficamos para trás / entregamos os pontos”. 3. “É comum o horror diante da brutalidade / violência

de dirigentes que queimam livros”. 4. “que cientistas e intelectuais floresçam / desvaneçam”. Os termos são semanticamente equivalentes em:

A) 1 e 3, apenas. B) 3 e 4, apenas. C) 2 e 4, apenas. D) 1, 3 e 4, apenas. E) 1, 2, 3 e 4. 5. Assinale a letra que preenche corretamente as lacunas das frases apresentadas.

__________, a verdade _______, e, apesar de todos os protestos dos deputados, o ________ governador ______ os direitos do secretário. A) De repente - emergiu - iminente - cassou. B) Derrepente - imergiu - iminente - caçou. C) De repente - emergiu - eminente - cassou.

D) De repente - imergiu - eminente - caçou. E) Derrepente - emergiu - iminente - cassou.

Gabarito

1.B 2.C 3.A 4.A 5.C

CONCEITOS RELEVANTES PARA ANÁLISE DE TEXTOS

CONCEITO DE TEXTO: texto é um tecido verbal

estruturado de tal forma que as ideias formam um todo coeso e coerente. Todas as partes de um texto devem estar interligadas e manifestar um direcionamento único. Essas três qualidades (UNIDADE, COERÊNCIA e COESÃO) são essenciais para a existência de um texto. O primeiro passo para interpretar um texto consiste em decompô-lo, após uma primeira leitura em sua ideia básica ou ideia núcleo, ou seja, realizar um trabalho analítico buscando os conceitos definidores da opinião explicitada pelo autor. Essa operação fará com que a essência do texto “salte aos olhos”. Em sua análise, o leitor deve identificar no texto alguns conceitos. São eles: TEMA CENTRAL Proposição essencial que vai ser tratada

ou demonstrada. Assunto primordial de que trata o texto. IDÉIA GLOBAL Conceito integral (opinião ou pensamento)

baseado nos objetivos discursivos do emissor que permeia todo o texto e o justifica. TÓPICO DE UM PARÁGRAFO Temático central que é

apresentada e discutida no parágrafo considerado, geralmente mediante desenvolvimento da argumentação. ARGUMENTO PRINCIPAL DEFENDIDO Corresponde à tese (proposição exposta para debate). Geralmente é

apoiada em argumentos com o intuito de convencer um público-leitor sobre o ponto de vista chave apresentado pelo autor.

PERGUNTAS FUNDAMENTAIS

Uma boa medida para saber se o texto foi bem compreendido é responder três questões básicas.

1. Qual é a questão de que o texto está tratando? 2. Qual é a opinião do autor sobre a questão posta

em discussão? 3. Quais são os argumentos utilizados pelo autor

para fundamentar a sua opinião?

OS DEZ MANDAMENTOS...

1. Ler duas vezes o texto. A primeira para tomar

contato com o assunto; a segunda para observar como o texto está articulado; desenvolvido.

2. Observar que um parágrafo em relação ao outro pode indicar uma continuação ou uma conclusão ou, ainda, uma falsa oposição.

3. Sublinhar, em cada parágrafo, a ideia mais importante (tópico frasal).

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4. Ler com muito cuidado os enunciados das questões para entender direito a intenção do que foi pedido.

5. Sublinhar palavras como: erro, incorreto, correto, etc., para não se confundir no momento de responder à questão.

6. Escrever, ao lado de cada parágrafo, ou de cada estrofe, a ideia mais importante contida neles.

7. Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu.

8. Se o enunciado mencionar tema ou ideia principal, deve-se examinar com atenção a introdução e/ou a conclusão.

9. Se o enunciado mencionar argumentação, deve preocupar-se com o desenvolvimento.

10. Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc.)

COMPREENSÃO (OU INTELECÇÃO) x INTERPRETAÇÃO

Compreensão ou intelecção de texto – consiste em

analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam para... Segundo o texto, está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, é incorreto... O autor sugere ainda... De acordo com o texto, é certo... O autor afirma que... Interpretação de texto – consiste em saber o que se

infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: O texto possibilita o entendimento de que... Com apoio no texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita inferir que...

COERÊNCIA & COESÃO TEXTUAL

O que é COERÊNCIA TEXTUAL?

É a possibilidade de se estabelecer um sentido para o texto. Ou seja, é a compatibilidade entre ideias e conceitos que permite ao leitor acompanhar a continuidade de raciocino em desenvolvimento. Quando encontramos enunciados contraditórios, que geram dificuldade a nossa compreensão, dizemos que houve incoerência, como ocorre no exemplo abaixo: E1: “No mundo não há indiferença, há apenas desinteresse das pessoas para com os problemas

sociais”. DIMENSÕES DA COERÊNCIA:

a) Em algumas dissertações argumentativas, ocorrem momentos de incoerências locais, isto é, incompatibilidades que acontecem em pontos específicos do texto, como os encontrados em

enunciados localizados no interior de períodos e de parágrafos.

b) A incoerência global – é aquela em que o leitor não

consegue relacionar os enunciados de um texto inteiro.

FATORES DE COERÊNCIA

Há um conjunto de fatores que colaboram para

proporcionar certa lógica ao desenvolvimento do raciocínio do autor. São eles: a) Elementos Linguísticos - as palavras usadas no

texto, além de acionar conhecimentos arquivados na memória do leitor, funcionam como pistas da língua que ajudam o leitor a pescar o sentido pretendido pelo autor, a sua linha argumentativa e as conclusões às quais gostaria que chegasse. Assim, artifícios linguísticos como: o uso de palavras do mesmo campo semântico e a posição delas no enunciado podem gerar interpretações curiosas. E2: Tramita na câmara um projeto sobre preconceito da boa deputada Rita Camata. Tramita / câmara/projeto / deputada (mesmo campo semântico)

E3: O congresso brasileiro precisa de novos parlamentares novos que legislem honestamente. Congresso/parlamentares/legislem (mesmo campo semântico) b) Conhecimento de Mundo – todas as experiências

vividas são guardadas na nossa memória, de maneira que, quando lemos um texto, só conseguimos entendê-lo inteiramente, se reconhecermos as informações ali acionada e estabelecermos uma relação com o que já sabemos sobre o tema. Em geral, é difícil para um camponês, por exemplo, entender um artigo científico de antropologia, cuja temática seja “as raízes da discriminação racial e sexual no Brasil colonial”, por exemplo. E4: Se nos tempos de Hitler houvesse televisão em cadeia mundial, ele não teria conseguido manter por tanto tempo campos de concentração, nem fazer o gueto de Varsóvia.

Hitler - pai do Nazismo Campos de concentração – locais de morte e

aprisionamento de judeus Gueto de Varsóvia – o mais famoso campo de concentração

Esses termos destacados devem fazer parte do conhecimento de mundo do leitor (medianamente escolarizado e/ou relativamente informado pelos meios de comunicação) ao qual se dirige uma dissertação argumentativa. c) Conhecimento Partilhado – cada indivíduo constrói a

sua própria enciclopédia de conhecimentos ao longo da vida, mais ou menos igual à daqueles que vivem em um mesmo ambiente social, político, econômico e cultural. Para que haja compreensão entre dois interlocutores, por

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meio de texto, é necessário que ambos partilhem de algumas classes de conhecimentos. É importante o autor saber equilibrar as informações partilhadas com as informações novas, a fim de evitar

que o texto se torne repetitivo e circular ou, até mesmo, incompreensível. As palavras destacadas em E4 não são explicadas pelo autor, logo ele pressupõe já serem conhecidas pelo seu suposto leitor por causa do tema, do contexto e do seu provável nível cultural. Contudo, se as mesmas palavras de E4 fossem dirigidas a crianças ou acesso aos meios de comunicação, seria muito difícil entenderem o sentido do enunciado e do Texto (3) inteiro, já que possuem outras preocupações fundamentais na vida. d) Inferência – é um processo de raciocínio através do

qual se estabelece uma relação não explícita entre dois enunciados e deles se chega a uma conclusão. É um dos tipos de raciocínio mais utilizados no processo de interpretação, já que o texto, por ser um mecanismo de economia linguística, não pode nem deve dizer tudo. Como disse o escritor italiano Umberto Eco, o texto é uma “máquina preguiçosa” e, por isso, sempre há lacunas a serem preenchidas pelos leitores com seu conhecimento de mundo e sua capacidade de inferir. E5: “No Oriente Médio, há anos assistimos pela televisão

ao momento quase exato em que jovens palestinos se suicidam assassinando jovens israelenses e em que soldados israelenses se embrutecem matando jovens palestinos. Cada qual dizendo defender sua própria terra, eles sacrificam e se sacrificam, diante da indiferença do mundo”. Inferências:

1. O Oriente Médio é palco de conflitos; 2. Há conflitos sangrentos entre palestinos e

israelenses; 3. Há indiferença das pessoas diante desses conflitos

O que é COESÃO TEXTUAL?

Os textos pedem a presença de um sistema de

“amarração textual” com elos e nós que operam em seu interior, costurando o sentido deles e, dessa forma, permitindo o trânsito fácil do leitor pelos termos e conceitos já referidos ou por referir sem perder o fio da meada. Este sistema de amarração tem sido tecnicamente chamado de coesão textual.

COESÃO REFERENCIAL ANÁFORA - Movimento referencial retrospectivo. E1: Os jovens representam um segmento populacional de grande vulnerabilidade ao HIV/Aids, entretanto, a epidemia entre eles continua em grande parte invisível aos adultos e a eles próprios. E2: Os jovens representam um segmento populacional

de grande vulnerabilidade ao HIV/Aids, entretanto, a epidemia entre eles continua em grande parte invisível aos adultos e aos próprios Φ. (coesão feita por elipse). CATÁFORA – Movimento referencial prospectivo.

E1: A epidemia entre eles continua em grande parte invisível aos adultos e a eles próprios. Infelizmente os jovens representam um segmento populacional de grande vulnerabilidade ao HIV/Aids. COESÃO SEQUENCIAL

As orações, períodos ou porções textuais maiores são encadeadas basicamente por operadores argumentativos (conjunções, advérbios e expressões de ligação) que estabelecem vários tipos de relações argumentativas. A esses elementos de articulação que carregam em si uma determinada orientação teórica chamamos operadores argumentativos. Eles

normalmente introduzem relações de: PRIORIDADE - RELEVÂNCIA

Em primeiro lugar / antes de mais nada / primeiramente / acima de tudo / precipuamente / principalmente / primordialmente / sobretudo FREQUÊNCIA - DURAÇÃO - ORDEM - SUCESSÃO - ANTERIORIDADE - POSTERIORIDADE Então / enfim / logo / logo depois / imediatamente / logo após / a princípio / pouco antes / pouco depois / anteriormente / posteriormente / em seguida / afinal / por fim / finalmente / agora / atualmente / hoje / frequentemente / constantemente / às vezes / eventualmente / por vezes / ocasionalmente / sempre / raramente / não raro / ao mesmo tempo / simultaneamente / nesse ínterim / nesse meio tempo / enquanto / quando / antes que / depois que / logo que / sempre que / assim que / desde que / todas as vezes que / cada vez que / apenas / já / mal SEMELHANÇA - COMPARAÇÃO - CONFORMIDADE

Igualmente / da mesma forma / assim também / do mesmo modo / similarmente / semelhantemente / analogamente / por analogia / de maneira idêntica / de conformidade com / de acordo com / segundo / conforme / sob o mesmo ponto de vista / tal qual / tanto quanto / como / assim como / bem como / como se CONDIÇÃO – HIPÓTESE

Se / caso / eventualmente DÚVIDA Talvez / provavelmente / possivelmente / quiçá / quem sabe / é provável / não é certo / se é que CERTEZA - ÊNFASE Decerto / por certo / certamente / indubitavelmente / inquestionavelmente / sem dúvida / inegavelmente / com toda certeza. PROPÓSITO – INTENÇÃO- FINALIDADE

Com o fim de / a fim de / com o propósito de / para que / a fim de que LUGAR – PROXIMIDADE - DISTÂNCIA Perto de / próximo a (de) / junto a (de) /dentro / fora / mais adiante / aqui / aquém /além / acolá / lá / ali + algumas preposições e os pronomes demonstrativos

CAUSA – CONSEQÜÊNCIA - EXPLICAÇÃO

Por consequência / por conseguinte / como resultado / por isso / por causa de / em virtude de / assim / de fato /

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com efeito / tão (tanto, tamanho)... que / porque / porquanto / pois / já que / uma vez que / visto que / como (=porque) / portanto / logo que (=porque) / de tal sorte que / de tal forma que RESUMO – RECAPITULAÇÃO - CONCLUSÃO

Em suma / em síntese / em conclusão / enfim /em resumo / portanto / assim / dessa forma / dessa maneira / logo / pois CONTRASTE – OPOSIÇÃO – RESTRIÇÃO - RESSALVA

Pelo contrário / em contraste com / salvo / exceto / menos / mas / contudo / todavia / entretanto / no entanto / embora / apesar de / ainda que / mesmo que / posto que / conquanto / se bem que / por mais que / por menos que ALTERNATIVA

Ou... ou / ora... ora / quer... quer / seja... seja / já... já / nem... nem ADIÇÃO - CONTINUAÇÃO

Além disso / (a) demais / outrossim / ainda mais / ainda por cima / por outro lado / também / e / nem / não só... mas também / não apenas... como também / não só... bem como ILUSTRAÇÃO - ESCLARECIMENTO

Por exemplo / isto é / quer dizer /em outras palavras / ou por outra / a saber / ou seja Aplicações: E1: As drogas são usadas não só pelos pobres como também pelos jovens de classe média alta. Tem-se a construção correlativa aditiva cujo efeito de sentido não pode ser traduzido pela mera adição de termos, como no caso de uma construção coordenada aditiva simples. E2: Muitas crianças ainda estão nas ruas brasileiras, embora muitos esforços sejam empreendidos para contornar essa terrível realidade. As estruturas concessivas determinam um tipo especial de oposição. E3: Urge a necessidade de paz entre os povos, portanto

precisamos efetivar essa palavra no cotidiano das nações. Tem-se a construção correlativa conclusiva

TIPOLOGIA TEXTUAL (MODOS DE ORGANIZAÇAO DISCURSIVA)

Dependendo do tipo textual em questão, temos objetivos diferentes para cada um. Vejamos os principais tipos:

• Descritivo: diz as características de um objeto, pessoa

ou paisagem. A pergunta fundamental para sabermos se o texto é descritivo é COMO É?

• Narrativo: tem por objetivo contar uma história; para

tanto, possui narrador, enredo e personagens;

• Dissertativo: é o tipo textual que serve para expor ou

argumentar a respeito de uma tese (afirmação); se respondermos O QUE É ALGO? Já estaremos diante de um texto dissertativo expositivo.

• Injuntivo: é o tipo textual preocupado com a orientação

sobre algo/com o fazer, como fazer...; subdivide-se em instrucional e prescritivo;

A DESCRIÇÃO

Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de pormenores que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.

No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os verbos de ligação (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, ter, parecer, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos adjetivos - aos seres caracterizados - representados pelos substantivos. Exemplo:

O quarto estava localizado na parte velha de Paris. Não era grande nem luxuoso, mas tinha tudo aquilo de que o artista necessitava naquele momento de sua vida: uma cama-beliche, duas cadeiras e uma mesa, sobre a qual ficava uma bacia e uma jarra d’ água. Uma grande janela envidraçada iluminava fartamente o aposento, deixando sobre o assoalho de tábua corrida um rastro de luz. Nas paredes ao lado da cama havia dois quadros e algumas

fotografias que lembravam ao pintor a sua origem.

A NARRAÇÃO

Narrar é contar uma história (real ou fictícia). O fato narrado apresenta uma sequência de ações envolvendo personagens no tempo e no espaço. São exemplos de narrativas a novela, o romance, o conto, ou uma crônica; uma notícia de jornal, uma piada, um poema, uma letra de música, uma história em quadrinhos, desde que apresentam uma sucessão de acontecimentos, de fatos.

ESTRUTURA DA NARRAÇÃO:

Convencionalmente, o enredo da narração pode ser assim estruturado: exposição (apresentação das personagens e/ou do cenário e/ou da época), desenvolvimento (desenrolar dos fatos apresentando

complicação e clímax) e desfecho (arremate da trama).

ELEMENTOS BÁSICOS DA NARRAÇÃO:

São elementos básicos da narração: enredo (ação), personagem, tempo e espaço. A tessitura narrativa. A narrativa deve tentar elucidar os acontecimentos, respondendo às seguintes perguntas essenciais:

O QUÊ?– o(s) fato(s) que determina(m) a história; QUEM?– a personagem ou personagens; COMO? – o enredo, o modo como se tecem os fatos; ONDE? – o lugar ou lugares da ocorrência; QUANDO? – o momento ou momentos em que se

passam os fatos; POR QUÊ? – a causa do acontecimento.

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Exemplo:

Van Gogh viajou para Paris no final de dezembro e, no início de janeiro, alugou o quarto onde iria morar por um longo tempo. Logo que lhe foi permitido ocupar o aposento, para lá transportou seus poucos pertences, especialmente alguns quadros e fotografias. Em seguida, instalou o cavalete de pintura ao pé da janela, por onde entrava a luminosidade necessária e começou imediatamente a pintar, certo do sucesso que, no entanto,

iria tardar muito.

DISSERTAÇÃO

Dissertar é refletir, debater, discutir, questionar a respeito de um determinado tema, expressando o ponto de vista de quem escreve em relação a esse tema. Dissertar, assim, é emitir opiniões de maneira convincente, ou seja, de maneira que elas sejam compreendidas e aceitas pelo leitor; e isso só acontece quando tais opiniões estão bem fundamentadas, comprovadas, explicadas, exemplificadas, em suma: bem ARGUMENTADAS (argumentar= convencer, influenciar,

persuadir). A argumentação é o elemento mais importante de uma dissertação.

Embora dissertar seja emitir opiniões, o ideal é que o seu autor coloque no texto seus pontos de vista como se não fossem dele e sim, de outra pessoa (de prestígio, famosa, especialista no assunto, alguém...), ou seja, de maneira impessoal, objetiva e sem prolixidade

("encher linguiça"): que a dissertação seja elaborada com verbos e pronomes em terceira pessoa. O texto

impessoal soa como verdade e, como já citado, fazer crer é um dos objetivos de quem disserta. Exemplo:

O fato de viver longe de casa pode ter contribuído para uma maior disposição artística do pintor. De fato, a história pessoal dos grandes artistas parece relacionar certa dose de sofrimento à maior capacidade de produção: assim foi com Camões, Cervantes, Dante e muitos outros. A alegria, ao contrário, parece estéril, não leva derivativos. Van Gogh certamente transportou a saudade e a solidão para as telas que pintou em seu

quarto de Paris.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1. Quanto à tipologia textual as afirmações estão

corretas, respectivamente:

Texto I: “O café é que torna sábio o político e lhe permite perceber tudo com olhos semicerrados.”

Texto II: Poema Tirado de uma Notícia de Jornal. João Gostoso era carregador de feira livre e morava No morro da Babilônia num barracão sem número Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro Bebeu Cantou Dançou Depois se atirou na Lagoa Rodrigues de Freitas e morreu

afogado.

Texto III: (fragmento do poema “Curitiba, cidade-menina”, de Helena Kolody). “Curitiba, cidade-menina, Paisagem do meu amanhecer Por toda parte, a marca dos meus passos, O fantasma dos meus sonhos. Jardins, pomares Pinheiros e mais pinheiros, Onde moravam sabiás cantores

E bem-te-vi moleques”.

(A) dissertação, descrição, descrição. (B) dissertação, narração, descrição. (C) narração, narração, dissertação. (D) descrição, narração, dissertação. (E) descrição, dissertação, narração. 2. Considerando os diferentes tipos textuais e suas

características principais, assinale a alternativa em que os trechos seguintes e sua classificação fazem uma associação CORRETA.

I. “Estavam no pátio de uma fazenda sem vida. O curral

deserto, o chiqueiro das cabras arruinado e também

deserto, a casa do caseiro fechada, tudo anunciava

abandono.” (Graciliano Ramos, Vidas Secas) – Texto

dissertativo.

II. “Além de ser a primeira, a maior e a mais garantida

do Brasil, a Poupança da Caixa também dá prêmios

milionários. São cerca de 1.800 prêmios de 500 reais,

25 prêmios de 10 mil reais e o prêmio de 1 milhão de

reais (…)” (Anúncio da Caixa, publicado na Revista

Veja, de 06 de fevereiro de 2002) – Texto descritivo.

III. “A concepção do homem sobre si mesmo e sobre o

mundo tem mudado radicalmente. Primeiro, os

homens pensavam que a Terra fosse plana e que

fosse o centro do universo; depois, que o homem é

uma criação divina especial (…)” (K. E. Scheibe) –

Texto descritivo.

IV. “Para viver, necessitamos de alimento, vestuário,

calçados, alojamento, combustíveis, etc. Para termos

esses bens materiais é necessário que a sociedade

os produza (…)”. (A. G. Graciliano, Introdução à

Sociologia) – Texto dissertativo.

V. “Vinha eu caminhando pela Avenida Marginal,

quando ouço um choro abafado e fino, como de

menino pequeno.” (Lourenço Diaféria) – Texto

narrativo.

Estão corretas as associações.

A) I e III.

B) I, III e V.

C) III e V.

D) II, IV e V.

E) II e IV

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A FLOR DO GEÓGRAFO Dom Marcos Barbosa O.S.B.

(...) “Voltara Desfontaines a São Paulo, onde havia estado anteriormente e morara algum tempo. Tendo contratado um carro para levá-lo não sei onde, reconheceu, ao passar, o sítio da sua antiga casa. Pediu ao chofer que parasse, saltou, foi redescobrir a fachada que lhe sorriu entre as outras, e em cujas janelas viu aparecerem a mulher e as filhas ausentes, mais moça aquela, menos crescidas estas... Viu-se ai mesmo como era, como fora, como havia sido. Até que, caindo em si – ou antes caindo de si – deu com o automóvel que largo tempo o esperava. Subiu depressa ao carro, bateu a porta, pediu ao chofer que corresse. Quando chegou, atrasado, ao término da viagem e perguntou o preço, viu com surpresa que o chofer pedia o mesmo que antes haviam combinado. – Mas (protestou Desfontaines) o senhor esteve parado muito tempo; não quero causar-lhe prejuízo! E foi então que o chofer disse lentamente a sua frase,

a sua flor: “Saudades não se pagam...”

3. Os parágrafos do texto acima exemplificam um modo de organização discursiva caracterizado como: A) argumentativo; B) informativo; C) expositivo; D) descritivo; E) narrativo.

Único bioma de ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento — que pode significar a desertificação do semiárido nordestino. Com 510 espécies de aves e 148 de mamíferos, a caatinga padece da ausência de uma política clara de conservação que estanque o processo de desflorestamento e ajude a impedir a formação de um deserto em pleno Nordeste, ameaça concreta diante do aquecimento global do clima no planeta. Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída.

Jornal do Commercio (PE), 16/3/2010 (com adaptações).

4. Assinale a opção correspondente ao tipo textual predominante no texto.

A) narrativo

B) descritivo

C) dissertativo

D) dialógico

E) persuasivo

Filosofia dos epitáfios

“Saí, afastando-me do grupo, e fingindo ler os epitáfios. E, aliás, gosto dos epitáfios; eles são, entre a gente civilizada, uma expressão daquele pio e secreto egoísmo que induz o homem a arrancar à morte um farrapo ao menos da sombra que passou. Daí vem, talvez, a tristeza inconsolável dos que sabem os seus mortos na vala comum; parece- lhes que a podridão anônima os alcança a eles mesmos.”

(Machado de Assis)

5. Do ponto de vista da tipologia textual, é CORRETO afirmar que o texto 1, “Filosofia dos epitáfios”, é um texto predominantemente

A) dissertativo. B) descritivo. C) narrativo. D) narrativo, com uso do discurso indireto. E) descritivo, com uso do discurso direto.

ANÁLISE DE TEXTOS...

Leia os textos abaixo: TEXTO 1

AULA DE PORTUGUÊS

A linguagem na ponta da língua, tão fácil de falar e de entender. A linguagem na superfície estrelada de letras, sabe lá o que ela quer dizer? Professor Carlos Góis, ele é quem sabe, e vai desmatando o amazonas de minha ignorância. Figuras de gramática, esquipáticas, atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me. Já esqueci a língua em que comia, em que pedia para ir lá fora, em que levava e dava pontapé, a língua, breve língua entrecortada do namoro com a prima. O português são dois: o outro, mistério.

(Carlos Drummond de Andrade)

1. No poema, Drummond faz uma oposição entre dois tipos de linguagem, quais sejam:

A) a padrão e a coloquial. B) a oral e a escrita. C) a correta e a incorreta. D) a moderna e a antiga. E) a literária e a informal.

TEXTO 2

QUE FALA CABE À ESCOLA ENSINAR

A língua Portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades dialetais. Identificam-se geográfica e socialmente as pessoas pela forma como falam. Mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é atribuído aos diferentes modos de falar: e muito comum se considerarem as variedades linguísticas de menor prestigio inferiores ou erradas. O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença. Para isso, e também para poder ensinar a língua portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma única forma “certa de falar” – e que se parece com a escrita – e o de que a escrita é o espelho da fala – e,

Gabarito

01. B 02. D 03. E 04. C 05. A

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sendo assim, seria preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escrevesse errado. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma do aluno, tratando sua comunidade como se fosse formada de incapazes, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestígio que um deles tenha em dado momento histórico. A questão não é falar certo ou errado, mas saber qual forma de utilizar, considerando as características do contexto de comunicação, ou seja, saber adequar o registro às diferentes situações comunicativas. É saber coordenar satisfatoriamente o que falar e como fazê-lo, considerando a quem e por que se diz determinada coisa. É saber, portanto, quais variedades e registros da língua oral são pertinentes em função da intenção comunicativa, do contexto e dos interlocutores a quem o texto se dirige. A questão não é de correção da forma, mas de sua adequação às circunstâncias de uso, ou seja, de utilização eficaz da linguagem: falar bem é falar adequadamente, é produzir o efeito pretendido.

(Parâmetros curriculares Nacionais: Língua Portuguesa.

Secretaria de Educação fundamental

2. O texto 2 argumenta a favor de:

a) Aulas de língua portuguesa que enfatizem as variedades linguísticas de maior prestigio.

b) Professores de português que saibam corrigir a forma das expressões linguísticas.

c) Um ensino de língua portuguesa que demonstre respeito às diferenças dialetais.

d) Um ensino de língua que priorize a uniformização, tanto da fala quanto da escrita.

e) Uma escola que ensine todas as variedades dialetais que se encontram no Brasil.

TEXTO 3

Com relação à Língua Portuguesa, os estudos

realizados até o presente momento evidenciam que o mercado de trabalho se pauta pelo paradigma da norma padrão ao quantificar a competência do trabalhador para o preenchimento de vagas. Isso é facilmente percebido na fala dos recrutadores, quando afirmam que o bom desempenho linguístico do trabalhador garante que ele receba mais consideração e respeito dos demais componentes da equipe de trabalho. Afirmam ainda que o desempenho inadequado do ponto de vista da norma culta compromete a evolução da carreira do trabalhador, tornando-a mais lenta.

Além disso, esse desempenho linguístico é avaliado em todos os processos de seleção, porque o trabalhador, independentemente da função que irá exercer, necessita se comunicar com a equipe, interpretar comunicados, avisos, manuais, entre outros, além de transmitir informações, verbalmente ou por escrito.

Assim, no processo de seleção, fluência, capacidade de argumentação e correção gramatical são requisitos exigidos do profissional que, juntamente com o conhecimento prático da função, capacita-os ou não a ocupar determinada vaga. Na análise do currículo, as empresas consideram a correção gramatical, a organização, a clareza e a objetividade do documento, além dos conhecimentos específicos da função.

A oralidade, que há pouco tempo não era exigida nos processos de seleção, passou a ser, e vem carregada de um peso significativo na etapa da

entrevista, quando o candidato, ao expressar seus conhecimentos oralmente, é também avaliado na sua postura, no comportamento e na atitude. Essa valorização da modalidade oral tem revelado a importância que as empresas têm dado à comunicação no processo seletivo.

Em síntese: o desempenho linguístico, os conhecimentos, o domínio da norma culta, as habilidades, a atitude e a capacidade do indivíduo de assimilar, organizar e transmitir informação com eficácia, o que se reflete no relacionamento com o interlocutor, são os pré-requisitos mais observados no mundo empresarial. A ausência dessas habilidades compromete o perfil do trabalhador e se torna fator de exclusão do processo produtivo. Então, podemos afirmar que dominar a norma padrão é condição necessária para se ter acesso ao poder; ou, nas palavras de Gnerre (1998), a língua constitui o arame farpado mais poderoso para bloquear o acesso ao poder.

PERES, Suely Marcolino. A língua no mundo do

trabalho: uma análise preliminar. Texto disponível em: http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/revista%20APADEC/traba lhos/c 6_laudas/PERES,%20Suely%20Marcolino.pdf. Acesso em 31-03-2010. Adaptado.

3. Alisando a proposta temática do Texto, é correto afirmar que a principal relação nele estabelecida é entre: A) língua portuguesa e capacidade criativa do

trabalhador. B) norma culta e pré-requisitos exigidos no mundo

empresarial. C) desempenho linguístico e acessibilidade ao mercado

de trabalho. D) processos de seleção e modo de falar dos

recrutadores. E) mercado de trabalho e condições de acesso ao

poder. 4. O Texto informa ao leitor que: A) há evidências de que o domínio da norma padrão é

relevante, no momento da seleção para uma vaga de emprego.

B) facilmente se percebe que a fala dos recrutadores impõe consideração e respeito nos candidatos, durante as entrevistas.

C) os próprios candidatos a uma vaga de emprego reconhecem que o fato de não dominarem a norma culta prejudica sua carreira.

D) embora a expressão oral tenha passado a ser considerada nos processos de seleção, ela é irrelevante na avaliação dos candidatos.

E) atualmente, nas empresas, a seleção de candidatos se pauta mais por seu comportamento na entrevista do que por seus conhecimentos.

5. “a língua constitui o arame farpado mais poderoso para bloquear o acesso ao poder.” - Nessa afirmação, a língua está sendo considerada: A) um espinho. B) uma barreira. C) um dom. D) uma prisão. E) um caminho.

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TEXTO 4

A ERA DA INFORMAÇÃO

Cada um dos três séculos passados tem sido

dominado por uma única tecnologia: o século XVIII foi a era dos grandes sistemas mecânicos acompanhados da Revolução Industrial; o século XIX foi a era da máquina a vapor; e o século XX tem sido denominado “a era da informação”. Associado a isso, temos testemunhado vários avanços tecnológicos em diversas áreas, dentre as quais duas têm causado significativo impacto sobre o modus vivendi das pessoas: Computação e

Telecomunicações. Nesse cenário de avanços tecnológicos,

deparamo-nos com uma carga de informações cada vez maior. Como tirar proveito dessas tecnologias que colocam a nossa disposição um volume cada vez maior de informações, se o ser humano, assim como as máquinas, possui limitações?

Uma das limitações do ser humano é a memória, já que o indivíduo é capaz de memorizar apenas um número limitado de informações. Além disso, o tempo disponível que as pessoas possuem é notavelmente cada vez mais escasso. Isso conduz à necessidade de buscar formas mais eficientes de coletar e processar apenas as informações necessárias no nosso cotidiano.

É humanamente impossível digerir a imensa quantidade de informações colocadas à disposição das pessoas. À medida que mergulhamos cada vez mais na era da informação, está se tornando mais e mais aparente que a sociedade como um todo terá que se confrontar com um problema genérico da sobrecarga de informações. Isso vai nos compelir a buscar e usar técnicas que maximizem o tratamento das informações recebidas.

Nesse contexto, ganha importância o processo de customização, que tem a finalidade de proporcionar ao

indivíduo a facilidade de obter uma informação necessária quando necessário. Em outras palavras, ‘customização’ significa transformar a informação entrante numa informação que seja adequada às necessidades de um indivíduo num determinado instante.

Entretanto, apesar dos esforços e resultados já alcançados em termos de acesso e auxílio na consulta a informações, mais trabalho ainda necessita ser feito, objetivando aproximar cada vez mais o computador do usuário, a fim de prover novos recursos para que o usuário possa extrair a informação desejada no momento desejado.

DA SILVA FILHO, Antonio Mendes. Revista Espaço Acadêmico Ano I, N°02, julho de 2001. Também

disponível no site: http://www.espacoacademico.com.br/002/02col_mendes.

htm. Adaptado.

6. De acordo com as informações presentes no texto, o grande problema a ser enfrentado na era da informação é:

A) A inevitável limitação da memória humana. B) A distância entre o computador e o usuário. C) O importante processo de customização. D) A escassez de tempo para as tarefas on-line.

E) O excesso de informações disponíveis.

7. No último parágrafo do Texto, o autor se mostra:

A) preocupado com os possíveis malefícios da tecnologia na memória limitada das pessoas.

B) pouco à vontade com as inovações tecnológicas, que exigem mudanças comportamentais.

C) orgulhoso com as conquistas tecnológicas nas áreas de Computação e Telecomunicações.

D) esperançoso com a possibilidade futura de maior aproximação entre o homem e a tecnologia.

E) indiferente ao impacto do rápido avanço tecnológico no cotidiano dos seres humanos.

TEXTO 5

A VIDA DE CRIANÇA DAS RUAS

Assim que a gente chega aos

países ditos em

desenvolvimento, nos

assustamos com o número

de crianças que encontramos

nas ruas. Em Paris, um

jovem do Senegal achou

estranho o número de

cachorros que ele tinha visto

nas ruas. Procurava

crianças, mas sua procura foi

em vão, pois as crianças

estavam na escola.

Durante o dia, a criança das ruas se perde na

grande massa dos meninos mais pobres que

procuram comida. Ela vai tentar ganhar a sua vida: ela

vai carregar as sacolas das mulheres que vão à feira, ela

vai vender sacos plásticos aos clientes que compram na

feira; ela vai separar coisas do lixo, procurando ferro

velho ou pano, mas nesse trabalho muitas vezes são

perseguidas por adultos que também estão na procura de

sobrevivência. Ela vai lavar carros, guardar veículos em

estacionamento, certamente mendigar. Ela recolherá os

legumes e frutas que não são mais vendíveis na feira. Em

troca a uma ajuda dada a um comerciante da feira, ela

obterá o direito de dormir de noite embaixo de uma banca

de feira.

Já é quase um reconhecimento da sociedade.

Mas somente um bem pequeno número tem acesso a

esse nível.

A criança não tem necessidade somente de pão,

mas, sobretudo de amor. Se ela deixou o lar familiar, foi,

na maioria das vezes, porque ela não encontrava mais

nenhum amor: rejeitada, batida, ela não tinha mais o seu

lugar. E daqui em diante, será uma demanda de amor

incessante: os namorados, às vezes a prostituição, onde

ele também não encontra o amor.

A dureza da vida dessas crianças não deixa

nenhum lugar ao amor. Assim que elas nos encontram, é

muito difícil fazê-las compreender que nós agimos

somente para o interesse delas, pelo amor por elas.

Para ela, expressamos uma linguagem tão nova:

por que ele me dá de comer? O que ele espera de mim?

O amor é um conceito que a criança das ruas procura

inconscientemente, mas que ela não conhece. Assim que

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ela descobrir que agimos por amor e somente por amor,

então, teremos ganhado.

Tudo está em jogo na rua para rapidamente

destruir a criança. Contrariamente a uma política

defendida por certas organizações que estimam que tem

que ajudar as crianças das ruas mas deixá-las na rua, eu

estimo que há perigo de morte em deixar essa criança na

rua: aí, logo ela cai na delinquência, nas drogas, na

prostituição. Resolver esse problema necessita de meios

específicos adaptados caso a caso. Precisa, sobretudo,

de educadores formados e motivados.

(http:www.enfants-des-rues.com/pages/pt/enfants– preambule-

asp. Acessado em 10/05/10. Adaptado).

8. O Texto acima, numa perspectiva global, aborda:

A) os problemas mais comuns encontrados nos países

menos desenvolvidos.

B) as causas da desnutrição de crianças que vivem em

regiões mais pobres.

C) a situação das crianças que vivem sem o amparo de

seus direitos fundamentais.

D) a falta de amor de certas organizações sociais que

cuidam das crianças de rua.

E) os riscos advindos do abandono de animais nas ruas,

como ocorre em Paris.

9. Os argumentos levantados no texto, como um

todo, estão orientados para ressaltar:

A) a procura dos adultos, junto às crianças, pela

sobrevivência.

B) a política das organizações de assistência infantil.

C) a luta das crianças para encontrar assistência.

D) a gravidade do problema social das crianças de

rua.

E) o perigo que correm as crianças de rua em contato

com o lixo.

10. Considerando diferentes pistas para interpretação

global do Texto, podemos reconhecer que se trata de

um texto:

A) de instrução: são indicados procedimentos concretos a

serem tomados frente a um fim específico.

B) literário: concentrado na função de atingir o gosto do

leitor; por isso, uma linguagem simbólica.

C) de caráter expressivo: centrado na exteriorização das

emoções e do estado afetivo do autor.

D) informativo: com o objetivo de narrar a história de

personagens da realidade brasileira.

E) opinativo: centrado em argumentos relevantemente

consistentes e em dados da realidade.

TEXTO 6

NINGUÉM SE DIPLOMA NA TAREFA DE EDUCAR

Vivemos tempos difíceis. As regras e os

conselhos psicológicos parecem não ter mais eficácia. Pais do mundo todo se sentem perdidos, sem solo para andar, sem ferramentas para penetrar no mundo dos seus filhos. De fato, conquistar o planeta psíquico dos nossos filhos é tão ou mais complexo do que conquistar o planeta físico. Atuar no aparelho da inteligência é uma arte que poucos aprendem.

Quero deixar bem claro que os hábitos dos pais brilhantes revelam que ninguém se diploma na educação de filhos. Os que dizem “Eu sei” ou “Não preciso da ajuda de ninguém” já estão derrotados. Para educar, precisamos aprender sempre e conhecer na plenitude a palavra paciência. Quem não tem paciência, desiste; quem não consegue aprender, não encontra caminhos inteligentes.

Infelizes dos psiquiatras que não conseguem aprender com seus pacientes. Infelizes dos pais que não conseguem aprender com seus filhos e corrigir rotas. Infelizes dos professores que não conseguem aprender com seus alunos e renovar suas ferramentas. A vida é uma grande escola que pouco ensina para quem não sabe ler.

CURY, Augusto. Pais brilhantes. Professores

fascinantes. Ed. Sextante, RJ. p. 53. 2003.

11. Sobre o fragmento: “Pais do mundo todo se sentem perdidos, sem solo para andar, sem ferramentas para penetrar no mundo dos seus filhos.”

É CORRETO afirmar que A) os pais se sentem fortalecidos na sua missão como

educador. B) todo pai é consciente dos seus limites e deveres. C) os pais têm fácil acesso ao mundo dos filhos. D) “sem solo para andar” significa que os pais seguem

uma rota já estabelecida. E) problemática entre pais e filhos não se limita a pais

de determinadas regiões. 12. Em uma das alternativas, o texto expressa uma mensagem que NÃO foi declarada no texto. Assinale-a. A) É muito difícil aos pais ingressarem no mundo

psíquico dos filhos. B) Educar é algo que demanda sempre paciência. C) A impaciência no educar conduz a um

distanciamento entre pais e filhos. D) Atualmente, os conselhos ainda são muito valorizados

por todos. E) Aprender implica partilha e interações. 13. Analisando-se a última frase do texto: “A vida é uma grande escola que pouco ensina para quem não sabe ler.” é CORRETO afirmar que A) a aprendizagem é algo meramente individual. B) a vida é ingrata para aqueles que não sabem ler. C) para mudar, as pessoas precisam se adaptar à vida. D) “uma grande escola” sugere que a vida contém uma

infinidade de ensinamentos. E) para todos, a vida sempre ensina muito pouco.

TEXTO 7

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JOVENS SEM LIMITES DIANTE DA FAMÍLIA E DA

ESCOLA

São Paulo – Mais da metade dos jovens paulistanos não reconhece os limites impostos pela família e pela escola. Embora percebam apoio familiar, esses adolescentes sentem que há falta de comunicação em casa e pouco envolvimento dos pais na vida escolar. Reclamam da falta de oportunidade para o desenvolvimento de liderança, dizem que são engajados na escola, mas admitem que dedicam pouco tempo às tarefas de casa e atividades criativas.

O problema, no entanto, não está centrado apenas na família. “A sociedade como um todo está perdida em relação a como educar os jovens. Os valores estão em conflito. Você prega a não agressão, por exemplo, mas liga a TV e só vê violência. A bebida tem um significado cultural muito positivo em nossa sociedade. Basta ver os comerciais de cerveja, mas não querem que o jovem beba em excesso”, declara Solange.

Jornal do Commercio. Pesquisa. Recife, 01 de março de

2009. p. 12.

14. Ao utilizar o período“...dizem que são engajados na escola, mas admitem que dedicam pouco tempo às tarefas de casa e atividades criativas.”, o autor

A) evidenciou que os jovens se propõem, cada vez mais, a envidar esforços para desempenhar suas funções em nível de qualidade.

B) demonstrou que, apesar de existir interatividade entre os jovens X escola, eles ainda necessitam se empenhar mais nas tarefas domésticas e exercitar mais a criatividade em suas atividades.

C) declarou que existe um segmento pouco numeroso de jovens que se atêm às tarefas escolares e domésticas, necessitando, também, de um melhor entrosamento escolar.

D) afirmou que todos os jovens repudiam a escola, não mantêm bom relacionamento com os colegas, embora desempenhem em nível satisfatório suas tarefas domésticas e escolares.

E) expressou sua indignação face a atitude dos jovens em pouco se dedicarem às tarefas domésticas e escolares, exigindo deles um melhor engajamento tanto familiar quanto no âmbito escolar.

TEXTO 8

NÃO À VIOLÊNCIA; SIM À EDUCAÇÃO

Defender a educação significa defender o

nosso futuro e, principalmente, assegurar um futuro mais

promissor às novas gerações. Sabemos que quanto

maior a escolaridade dos pais, maior chance de êxito

escolar dos filhos.

Por outro lado, as estatísticas de homicídios e da

violência no Brasil nos indicam serem os jovens os que

mais morrem. E lamentavelmente também são eles que

mais matam. Como entender a violência senão como a

dificuldade de conviver com o “outro”, com as diferenças,

com os limites que impõem a própria convivência

humana? E quando encontraremos o momento mais

acertado para atuar e tentar reverter esse quadro?

Quantos de nós, de nossas crianças e jovens,

vamos ainda ter que rezar para que o caminho das balas

perdidas, do tráfico, da prostituição, do abuso da infância

e da violência banalizada na sociedade não cruze o

nosso caminho? Isso possivelmente acontecerá, na medida em que

continuarmos esperando que só o governo possa

resolver os déficits educacionais do País ou conhecer

soluções inteligentes para os nossos problemas sociais.

Quando será que compreenderemos que a

educação integral dos nossos jovens, baseada nos

ideais de Anísio Teixeira, é a principal ferramenta de

transformação de nossa sociedade e que a socialização

é uma das grandes tarefas da escola?

O momento exige a participação da sociedade em

todos os níveis e a articulação de parcerias com o poder

público e com as empresas. Estamos vivendo um

momento em que circula uma forte energia entre os três

setores da vida brasileira e precisamos aproveitar.

Precisamos criar um clima de esperança para fazer

com que todos queiram fazer sua parte, pois sabemos

que é possível movimentar a sociedade para trabalhar

pela educação.

É preciso finalmente compreender que a educação

é um projeto de médio e longo prazo, que traz enormes

resultados para a vida de cada um e do nosso País.

Na educação é onde estão todas as nossas

esperanças de formar o cidadão e a sociedade que

queremos e merecemos. Depende de nós!

(Texto adaptado extraído do Jornal do Commercio. Opinião. 03

de março de 2007; pág. 13.)

15. De acordo com as autoras,

A) deve-se acatar a violência e rejeitar a educação.

B) a violência deve ser acatada por todos, e a educação,

somente pelo governo.

C) somente ao governo cabe resolver a extinção da

violência.

D) a violência cessará, quando a educação for meta de

todos – sociedade e governo.

E) a sociedade tem como meta eliminar a violência, sem

pedir ajuda ao governo.

16. O texto nos relata que

A) segundo as estatísticas, não ocorre morte entre os

jovens.

B) os jovens não matam, mas são mortos.

C) a violência está bem próxima dos jovens, pois eles

tanto matam como morrem.

D) a educação é meta a ser atingida em tempo mínimo.

E) a socialização é tarefa da escola, enquanto a

educação é de Anísio Teixeira.

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TEXTO 9

CAMINHOS PEDAGÓGICOS DA INCLUSÃO

O princípio democrático da educação para todos

só se evidencia nos sistemas educacionais que se

especializam em todos os alunos, não apenas em alguns

deles, os alunos com deficiência. A inclusão, como

consequência de um ensino de qualidade para todos os

alunos, provoca e exige da escola brasileira novos

posicionamentos e é um motivo a mais para que o ensino

se modernize e para que os professores aperfeiçoem as

suas práticas. É uma inovação que implica num esforço

de atualização e reestruturação das condições atuais da

maioria de nossas escolas de nível básico.

O motivo que sustenta a luta pela inclusão como

uma nova perspectiva para as pessoas com deficiência é,

sem dúvida, a qualidade de ensino nas escolas públicas e

privadas, de modo que se tornem aptas para responder

às necessidades de cada um de seus alunos, de acordo

com suas especificidades, sem cair nas teias da

educação especial e suas modalidades de exclusão.

O sucesso da inclusão de alunos com deficiência

na escola regular decorre, portanto, das possibilidades de

se conseguir progressos significativos desses alunos na

escolaridade, por meio da adequação das práticas

pedagógicas à diversidade dos aprendizes. E só se

consegue atingir esse sucesso, quando a escola regular

assume que as dificuldades de alguns alunos não são

apenas deles, mas resultam em grande parte do modo

como o ensino é ministrado, a aprendizagem é concebida

e avaliada. Pois não apenas as deficientes são excluídas,

mas também as que são pobres, as que não vão às aulas

porque trabalham, as que pertencem a grupos

discriminados, as que de tanto repetir desistiram de

estudar.

Toda criança precisa da escola para aprender e

não para marcar passo ou ser segregada em classes

especiais e atendimentos à parte. A trajetória escolar não

é um rio perigoso e ameaçador, em cujas águas os

alunos podem afundar. Mas há sistemas organizacionais

de ensino que tornam esse percurso muito difícil de ser

vencido, uma verdadeira competição entre a correnteza

do rio e a força dos que querem se manter no seu curso

principal. (...)

Priorizar a qualidade do ensino regular é um

desafio que precisa ser assumido por todos. É uma tarefa

inadiável, pois a educação básica é um dos fatores do

desenvolvimento econômico e social. Trata-se de uma

tarefa possível de ser realizada, mas é impossível efetivar

uma nova política educacional de qualidade e inclusiva,

por meio de modelos tradicionais de organização do

sistema escolar.

MANTOAN, Maria Teresa E. Caminhos pedagógicos da inclusão.

[online]. Disponível em: http: www.educacaoonline.pro.br/art.

Acesso em 03/01/ 07.Texto adaptado.

17. A respeito da “inclusão”, o texto defende que:

1) Ela é uma justificativa para que o ensino, no Brasil,

permaneça já inalterado, uma vez que já alcançamos

uma prática de sucesso nessa área.

2) Ela deve ser entendida como o resultado de um ensino

de qualidade para todos os alunos, e, por isso, requer da

escola brasileira uma nova postura.

3) Ela configura-se como um princípio democrático que

pode ser evidenciado em sistemas educacionais

especializados que se restringem a alunos com

deficiência.

Est(á)ão correta(s):

a) 1 e 3 b) 2 e 3 c) 3 Apenas d) 2 Apenas e) 1, 2 e3

Toda criança precisa da escola para aprender, e não

para marcar passo ou ser segregada em classes

especiais e atendimento à parte.

18. Nesse trecho, podemos perceber uma critica

explicita dirigida principalmente ao modelo

tradicional da chamada “escola especial”. O que a

autora critica é o fato de esse modelo:

a) Desconsiderar os anseios dos seus professores. b) Não investir na capacitação do seu corpo docente. c) Segregar as crianças consideradas especiais. d) Exigir demais das crianças especiais. e) Promover a inclusão de crianças especiais.

TEXTO 10

A exploração dos recursos naturais da Terra

permite à humanidade atingir patamares de conforto cada vez maiores. Diante da abundância de riquezas proporcionada pela natureza, sempre se aproveitou dela como se o dote fosse inesgotável. Essa visão foi reformulada. Hoje se sabe que a maioria dos recursos naturais de que o homem depende para manter seu padrão de vida pode desaparecer num prazo relativamente curto, e que é urgente evitar o desperdício. Um relatório publicado recentemente dá a dimensão de como a exploração desses recursos saiu do controle e das consequências que isso pode ter no futuro. O estudo mostra que o atual padrão de consumo de recursos naturais pela humanidade supera em 30% a capacidade do planeta de recuperá-los. Ou seja, a natureza não dá mais conta de repor tudo o que o bicho-homem tira dela.

A exploração abusiva do planeta já tem consequências visíveis. A cada ano, desaparece uma área equivalente a duas vezes o território da Holanda. Metade dos rios do mundo está contaminada por esgoto, agrotóxicos e lixo industrial. A degradação e a pesca predatória ameaçam reduzir em 90% a oferta de peixes utilizados para a alimentação. As emissões de CO2 cresceram em ritmo geométrico nas últimas décadas, provocando o aumento da temperatura do globo.

Evitar uma catástrofe planetária é possível. O grande desafio é conciliar o desenvolvimento dos países com a preservação dos recursos naturais. Para isso,

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Português Prof. Vanessa Alves

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segundo os especialistas, são necessárias soluções tecnológicas e políticas. O engenheiro agrônomo uruguaio Juan Izquierdo, do Programa das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, propõe que se concedam incentivos e subsídios a agricultores que produzam de forma sustentável. "Hoje a produtividade de uma lavoura é calculada com base nos quilos de alimentos produzidos por hectare. No futuro, deverá ser baseada na capacidade de economizar recursos escassos, como a água", diz ele. Como mostra o relatório, é preciso evitar a todo custo que se usem mais recursos do que a natureza é capaz de repor.

(Adaptado de Roberta de Abreu Lima e Vanessa Vieira. Veja, 5 de novembro de 2008, pp. 96-99)

19. A afirmativa correta, condizente com o assunto do texto, é:

(A) O colapso atual no fornecimento dos recursos naturais indispensáveis para o conforto da humanidade já colocou em risco a qualidade de vida no planeta. (B) A produção de alimentos em todo o mundo está diminuindo, com a falta de interesse de governos no sentido de oferecer incentivos aos agricultores. (C) O acesso irrestrito aos recursos naturais é a garantia de manutenção de um patamar de conforto que possa favorecer as condições de vida no planeta. (D) O desenvolvimento dos países só será mantido se houver condições favoráveis para a plena exploração dos recursos naturais de que eles dispõem. (E) O ritmo atual de consumo dos recursos naturais já supera a capacidade do planeta em se refazer, o que constitui séria ameaça para o futuro da humanidade. 20. No 2o parágrafo,

(A) cria-se a possibilidade de catástrofes ambientais, caso não sejam tomadas medidas eficazes de controle da devastação ambiental. (B) desenha-se um panorama de destruição do meio ambiente, resultado da ação inconsequente do homem. (C) expõem-se as metas a serem consideradas na conscientização da necessidade de preservação ambiental. (D) discutem-se as causas que deram origem a inúmeras catástrofes ambientais, devido à presença humana. (E) especula-se sobre um previsível cenário de devastação, em razão do desrespeito a que está sujeita a natureza.

Gabarito

01. A 02. C 03. C 04. A 05. B

06. E 07. D 08. C 09. D 10. E

11. E 12. D 13. D 14. B 15. D

16. C 17. D 18. C 19. E 20.B