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PORTUGUÊS --- Prof. Eli Castro --- CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220 1 OS: 0100/3/20-Gil Luz CONCURSO: ÍNDICE: 00. Apresentação...................................................................................................................01 01. Compreensão x Interpretação..........................................................................................02 02. Classes de palavras. .........................................................................................................26 03. Regência Verbal e Nominal. ............................................................................................39 04. Crase. ...............................................................................................................................63 05. Concordância Verbal. ......................................................................................................73 06. Concordância Nominal. ...................................................................................................88 07. Pontuação. .......................................................................................................................95 08. Significação das Palavras...............................................................................................111 09. Sintaxe da Oração e do Período. ...................................................................................115 10. Uso do PORQUE. ........................................................................................................136 11. Funções do SE. ...............................................................................................................137 12. Vozes verbais. ................................................................................................................140 13. Acentuação gráfica. .......................................................................................................144 14. Exercícios finais FCC. .....................................................................................................153 15. Dicas de viagem..............................................................................................................157 16. SLIDES.............................................................................................................................160 17. Quadro das Conjunções.................................................................................................175 00. Apresentação Esta apostila foi idealizada com o propósito de fazer com que você consiga estudar sozinho e com o máximo de rendimento. Procure ler com atenção as dicas, as observações e, principalmente, não deixe de fazer todos os exercícios que aqui aparecem. Desejo toda a sorte do mundo a você. E tenha sempre em mente que estudar, agora, é um trabalho. Por isso, não chegue tarde, não falte, não durma em serviço e sempre procure bater metas. Assim, o sucesso é só uma questão de tempo. Sincero abraço! Eli Castro. Esta apostila está fundamentada nas seguintes gramáticas: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha & Lindley Cintra; Nova Gramática da Língua Portuguesa, de Evanildo Bechara; Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, Gramática para Concursos, de Marcelo Rosenthal e A Gramática para concursos, de Fernando Pestana. Das cinco, sugiro a última, uma vez que ela é rica em exercícios e traz base teórica na medida certa. Também sugiro a aquisição do Dicionário Houaiss, o melhor disponível no mercado. ******* Eli Castro é graduado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com licenciatura em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola. Foi professor de espanhol do Núcleo de Línguas da UECE entre os anos de 2002 e 2005. É mestre em Literatura Brasileira Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi professor substituto entre os anos de 2008 e 2010. É professor dos principais cursinhos preparatórios para concursos em Fortaleza. Leciona, também, em cursos de pós-graduação em faculdades particulares. Atualmente, prepara projeto de doutorado com fortes inclinações para a psicanálise e a filosofia da linguagem. 01. Compreensão x Interpretação Quando lemos um texto, realizamos esses dois processos quase que ao mesmo tempo e de forma muito rápida. Assim, é possível que compreendamos de forma errada certos enunciados ou que façamos interpretações pessoais e descabidas de um texto. Para o concurseiro, não há margem para erro. Ele tem que ser preciso em sua leitura e saber dividir muito bem as duas partes.

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CURSO PRIME ALDEOTA – Rua Maria Tomásia, 22 – Aldeota – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208. 2222 CURSO PRIME CENTRO – Av. do Imperador, 1068 – Centro – Fortaleza/CE – Fone: (85) 3208.2220

1

OS: 0100/3/20-Gil Luz

CONCURSO:

ÍNDICE:

00. Apresentação...................................................................................................................01 01. Compreensão x Interpretação..........................................................................................02 02. Classes de palavras. .........................................................................................................26 03. Regência Verbal e Nominal. ............................................................................................39 04. Crase. ...............................................................................................................................63 05. Concordância Verbal. ......................................................................................................73 06. Concordância Nominal. ...................................................................................................88 07. Pontuação. .......................................................................................................................95 08. Significação das Palavras...............................................................................................111 09. Sintaxe da Oração e do Período. ...................................................................................115 10. Uso do “PORQUE”. ........................................................................................................136 11. Funções do SE. ...............................................................................................................137 12. Vozes verbais. ................................................................................................................140 13. Acentuação gráfica. .......................................................................................................144 14. Exercícios finais FCC. .....................................................................................................153 15. Dicas de viagem..............................................................................................................157 16. SLIDES.............................................................................................................................160

17. Quadro das Conjunções.................................................................................................175

00. Apresentação Esta apostila foi idealizada com o propósito de fazer com que você consiga estudar sozinho e com o máximo de rendimento. Procure ler com atenção as dicas, as observações e, principalmente, não deixe de fazer todos os exercícios que aqui aparecem.

Desejo toda a sorte do mundo a você. E tenha sempre em mente que estudar, agora, é um trabalho. Por isso, não chegue tarde, não falte, não durma em serviço e sempre procure bater metas. Assim, o sucesso é só uma questão de tempo. Sincero abraço!

Eli Castro.

Esta apostila está fundamentada nas seguintes gramáticas: Nova Gramática do Português Contemporâneo, de Celso Cunha & Lindley Cintra; Nova Gramática da Língua Portuguesa, de Evanildo Bechara; Novíssima Gramática da

Língua Portuguesa, de Domingos Paschoal Cegalla, Gramática para Concursos, de Marcelo Rosenthal e A Gramática para concursos, de Fernando Pestana. Das cinco, sugiro a última, uma vez que ela é rica em exercícios e traz base teórica na medida certa. Também sugiro a aquisição do Dicionário Houaiss, o melhor disponível no mercado.

*******

Eli Castro é graduado pela Universidade Estadual do Ceará (UECE) com licenciatura em Língua Portuguesa, Literatura e Língua Espanhola. Foi professor de espanhol do Núcleo de Línguas da UECE entre os anos de 2002 e 2005. É mestre em Literatura Brasileira Contemporânea pela Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi professor substituto entre os anos de 2008 e 2010. É professor dos principais cursinhos preparatórios para concursos em Fortaleza. Leciona, também, em cursos de pós-graduação em faculdades particulares. Atualmente, prepara projeto de doutorado com fortes inclinações para a psicanálise e a filosofia da linguagem.

01. Compreensão x Interpretação

Quando lemos um texto, realizamos esses dois processos quase que ao mesmo tempo e de forma muito rápida. Assim, é possível que compreendamos de forma errada certos enunciados ou que façamos interpretações pessoais e descabidas de um texto. Para o concurseiro, não há margem para erro. Ele tem que ser preciso em sua leitura e saber dividir muito bem as duas partes.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Assim, compreensão diz respeito àquela informação que está, explicitamente, no texto. Tudo está à vista do leitor: fatos citados; números percentuais; comparações; citações de estudiosos, empresas, eventos etc.; discordâncias ou concordâncias do autor etc. Ou seja, a Compreensão de textos consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar os dados do texto. Diante disso, você terá alguns enunciados básicos de questões de compreensão. Os comandos (enunciados) de compreensão são, na maioria das vezes, os seguintes: o Segundo o texto... o O autor/narrador do texto diz que... o O texto informa que... o No texto, há uma crítica sobre... o Tendo em vista o texto... o De acordo com o texto... o O autor defende que... o O autor afirma que... o Na opinião do autor do texto...

Porém, se a informação estiver além do que o texto literalmente quis dizer, fora dele, trata-se de uma questão de interpretação.

E como o leitor vai conseguir enxergar fora do texto? Para tal processo, ele precisará usar uma ferramenta bem especial: é a chamada inferência textual ou dedução textual. Ao ler o texto, o leitor consegue inferir, tirar conclusões a partir de ideias que foram explicitadas no texto e a partir do contexto daquelas palavras. Mas ele só faz isso se conseguir dialogar com o mundo a partir de seu conhecimento enciclopédico (sua formação escolar e acadêmica) e de suas experiências de vida.

Portanto, a Interpretação de texto consiste em saber o que se infere (conclui, depreende, deduz) do que está escrito. Os comandos de Interpretação (aquilo que está fora [além] do texto) são, na maioria das vezes, os seguintes:

Depreende-se/infere-se/conclui-se do texto que...

O texto permite deduzir que...

É possível subentender-se a partir do texto que...

Qual a intenção do autor quando afirma que...

O texto possibilita o entendimento de que...

Com o apoio do texto, infere-se que...

O texto encaminha o leitor para...

Pretende o texto mostrar ao leitor que...

O texto possibilita deduzir que... O que é inferir? Inferir é deduzir uma informação a partir do texto, contexto e do mundo. As informações deduzíveis de um texto dizem respeito ao que se chama de “vazios textuais”. Esses “vazios” esperam que o leitor os preencha a partir de sua inteligência e de sua capacidade de avaliar o contexto. Vejamos um exemplo:

EXERCÍCIO 01

Os anônimos

Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade. O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve.

A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. (...)

(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses, fragmento.)

Marque C para certo e E para errado.

01- Após a leitura, marque a opção incorreta: a) Segundo o texto, parte da imprensa brasileira não

segue uma linha jornalística clara, pois oscila em sua atividade.

b) Infere-se do texto que uma parte da imprensa brasileira omite a realidade a fim de ganhar crédito com os poderosos.

c) É possível depreender, a partir do segundo parágrafo, que o lenhador não tem um caráter exemplar de cidadão.

d) Deduz-se do texto que o lenhador é figura decisiva no conto.

e) O texto faz um paralelo entre os espelhos de castelos e uma parte da imprensa nacional.

EXERCÍCIO 02

Terremoto

Houve pânico em algumas cidades do Norte. A terra tremeu com força e em vários pontos o mar arremeteu contra ela, avançando duzentos, trezentos metros, espatifando barcos contra o cais e bramindo com estrondo. O povo saiu para as praças e passou a noite ao relento; algumas construções desabaram, mas o único homem que morreu foi de susto.

Lamentemos essa morte e também os pobres pescadores que perderam seus barcos; mas qualquer enchente carioca dá mais prejuízo e vítimas. Mas louvemos o maremoto e o terremoto pelo que eles têm de fundamentalmente pânico, pela sua cega, dramática, purificadora intervenção na vida cotidiana, pela sua lição de humanidade e de fatalidade. Talvez seja bom que os homens não se sintam muito seguros sobre a terra, e que o proprietário de imóvel possa desconfiar de que ele não é tão imóvel assim; que há diabos loucos no fundo do chão e que eles podem promover terríveis anarquias. A natureza tem outros meios

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

de advertência, como o raio e a tromba d’água; mas são demônios do céu que nos atacam. E o homem é fundamentalmente um bicho da terra, e é na terra que ele se abriga e confia; apenas se move no céu e na água, na terra é que está o seu porto e seu pouso. Ele pisa a terra com uma soberba inconsciente, seguro dela e de si mesmo; só o terremoto consegue lembrar-lhe de maneira fundamental sua condição precária e vã e o faz sentir-se sem base e sem abrigo. (...) Não sei que influência tem o terremoto sobre o caráter chileno; sei que muitos poderosos de nossa terra ficariam mais simpáticos e propensos à filosofia se o nosso bom Atlântico fizesse uma excursão até a rua Barata Ribeiro e o velho Pão de Açúcar desmoralizasse um slogan de propaganda comercial dando algumas estremeções nervosas. Houve um tempo em que Deus bastava para tornar humilde o poderoso; hoje seus pesadelos são apenas o comunismo, o enfarte e o câncer, mas ele já se acostumou a pensar que essas coisas só acontecem aos outros. O terremoto ameaça a terra com seus bens, e a própria vida; sua ocorrência só pode tornar as pessoas mais amantes da vida e mais conscientes de sua espantosa fragilidade. E isso faz bem.

(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1960, p.17-19)

01. Ao considerar o terremoto que presenciou no Chile, o

cronista Rubem Braga (A) julga definitivamente inúteis os esforços que os

homens fazem para conviver em harmonia com a natureza.

(B) avalia o efeito positivo que tais catástrofes acabam por trazer para o desenvolvimento da tecnologia.

(C) rejubila-se com o efeito das grandes catástrofes sobre os projetos mais ambiciosos da civilização moderna.

(D) lamenta os prejuízos econômicos que a natureza acaba por trazer à base mesma das atividades essenciais.

(E) pondera que as violências da natureza alertam o homem contra a arrogância com que costuma se conduzir.

02. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente o sentido de um segmento em:

(A) propensos à filosofia (3º parágrafo) = infensos às

especulações. (B) conscientes de sua espantosa fragilidade (4º

parágrafo) = ciosos de sua temerária debilidade. (C) pelo que eles têm de fundamentalmente pânico (2º

parágrafo) = por aquilo que os faz essencialmente assustadores.

(D) podem promover terríveis anarquias (2º parágrafo) = ameaçam constituir políticas anárquicas.

(E) com uma soberba inconsciente (2º parágrafo) = com uma inconsciência avantajada.

EXERCÍCIO 03

TEXTO

Houve um tempo em que eu comia um monte de coisas e não precisava contar nada para ninguém. Na civilização contemporânea, on-line, conectada o tempo todo, se não for registrado e postado, não aconteceu. Comeu, jantou, bebeu? Então, prove. Não está na rede? Então, não vale. Não estou aqui desfiando lamúrias de dinossauro tecnológico. Pelo contrário: interajo com muita gente e publico ativamente fotos de minhas fornadas. A vida, hoje, é digital. Contudo, presumo que algumas coisas não precisam deixar de pertencer à esfera privada. Sendo tudo tão novo nessa área, ainda engatinhamos a respeito de uma etiqueta que equilibre a convivência entre câmeras, pratos, extroversão, intimidade. Em meados da década passada, quando a cozinha espanhola de vanguarda ainda povoava os debates e as fantasias de muitos gourmets, fotografar pratos envolvia um dilema: devorar ou clicar? A criação saía da cozinha, muitas vezes verticalizada, comumente finalizada com esferas delicadas, espumas fugazes... O que fazer, capturá-la em seu melhor instante cenográfico, considerando luzes e sombras, e comê-la depois, já desfigurada, derretida, escorrida? Ou prová-la imediatamente, abrindo mão da imagem? Nunca tive dúvidas desse tipo (o que talvez faça de mim um bom comensal, mas um mau divulgador). Fotos e quitutes tornaram-se indissociáveis, e acho que já estamos nos acostumando. Mas será que precisa acontecer durante todo o repasto? Não dá para fazer só na chegada do prato e depois comer sossegado, à maneira analógica? Provavelmente não: há o tratamento da imagem, a publicação, os comentários, as discussões, a contabilidade das curtidas. Reconheço que, talvez antiquadamente, ainda sinto desconforto em ver casais e famílias à mesa, nos salões, cada qual com seu smartphone, sem diálogos presenciais ou interações reais. A pizza esfria e perde o viço; mas a foto chega tinindo aos amigos de rede.

(Adaptado de: CAMARGO, Luiz Américo. Comeu e não postou? Então, não valeu. Disponível em:

http://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/09/opinion/1483977251_216185.html)

01. Depreende-se corretamente do texto que (A) o hábito de fotografar os pratos, característico da

sociedade contemporânea, deveria ser abandonado, na opinião do autor, na medida em que a falta de uma distinção clara entre vida pessoal e profissional tem prejudicado a rotina de amantes da gastronomia.

(B) o autor, embora não desaprove integralmente o uso das redes sociais para a postagem de fotos das refeições, considera necessário que se imponha um limite para isso, a fim de se preservar não apenas a apreciação do prato como também a interação presencial.

(C) as pessoas, hoje, preferem partilhar com os amigos os momentos que consideram mais importantes em seu cotidiano, o que justifica as fotos de refeições

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realizadas em família, já que o convívio familiar continua sendo valorizado, apesar da expansão do meio virtual.

(D) o autor vê com desaprovação a postagem de fotos de pratos em redes sociais, motivo pelo qual prefere acessar a internet para a interação com pessoas com as quais partilha desse mesmo sentimento, já que tem consciência de que não será ouvido pela maior parte das pessoas.

(E) a experiência com a cozinha espanhola de vanguarda legou ao autor um olhar crítico para a apresentação estética dos pratos, o que fez com que ele aprendesse a conter sua ansiedade em degustá-los para antes fotografá-los em seu esplendor.

EXERCÍCIO 4

TEXTO

Sandberg, que mudou totalmente o conceito espectador/obra de arte com o seu trabalho de duas décadas no Museu Stedelijk, de Amsterdã, iniciou sua palestra elogiando a arquitetura do nosso MAM-RJ que, segundo ele, segue a sua teoria de que o público deve ver a obra de arte de frente e não de lado, como acontece até agora com o museu convencional de quatro paredes. O ideal, disse ele, é que as paredes do museu sejam de vidro e que as obras estejam à mostra em painéis no centro do recinto. O museu não é uma estrutura sagrada e quem o frequenta deve permanecer em contato com a natureza do lado de fora: “A finalidade do museu de arte contemporânea é nos ajudar a ter consciência da nossa própria época, manter um espelho na frente do espectador no qual ele possa se reconhecer. Este critério nos leva também a mostrar a arte de todos os tempos dentro do ambiente atual. Isso significa que devemos abolir o mármore, o veludo, as colunas gregas, que são interpretações do século XIX. Apenas a maior flexibilidade e simplicidade. A luz de cima é natural ao ar livre, mas artificial ao interior. As telas são pintadas com luz lateral e devem ser mostradas com luz lateral. A luz de cima nos permite encerrar o visitante entre quatro paredes. Certos museólogos querem as quatro paredes para infligir o maior número possível de pinturas aos pobres visitantes. É de capital importância que o visitante possa caminhar em direção a um quadro e não ao lado dele. Quando os quadros são apresentados nas quatro paredes, o visitante tem de caminhar ao seu lado. Isso produz um efeito completamente diferente, especialmente se não queremos que ele apenas olhe para o trabalho, mas o veja. Isso é ainda mais verdadeiro em relação aos grandes museus de arte contemporânea. Eles são grandes porque o artista moderno quer nos envolver com o seu trabalho e deseja que entremos em sua obra. Ao organizar o nosso museu, devemos ter consciência da mudança de mentalidade da nova geração.

Abolir todas as marcas do establishment: uniformes, cerimoniais, formalismo. Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam. Realmente não sabemos se os museus, especialmente os de arte contemporânea, devem existir eternamente. Foram criados numa época em que a sociedade não estava bastante interessada nos trabalhos de artistas vivos. O ideal seria que a arte se integrasse outra vez na vida diária, saísse para as ruas, entrasse nas casas e se tornasse uma necessidade. Esta deveria ser a principal finalidade do museu: tornar-se supérfluo”.

(Adaptado de: BITTENCOURT, Francisco. “Os Museus na Encruzilhada” [1974], em Arte-Dinamite, Rio de Janeiro, Editora Tamanduá, 2016, p. 73-

75)

Conforme o texto,

(A) ainda que sejam convencionais, os museus antigos possibilitaram que a arte voltasse a fazer parte da vida das pessoas, contribuindo para a mudança de mentalidade que possibilitou a arte contemporânea.

(B) muito embora os museus de arte contemporânea optem pela simplicidade em sua estrutura, não devem abrir mão do modo de expor as obras, tampouco das regras e costumes que se foram sedimentando com o passar dos tempos.

(C) os museus antigos precisam se adequar a uma nova mentalidade, tornando-se verdadeiros mercados, que possibilitassem a aquisição de obras por qualquer pessoa, a ponto de se tornarem supérfluos com o tempo.

(D) por serem pintadas com luz lateral, as telas antigas necessitam de uma luz neutra, sem direcionamento específico e que não interfira em sua apreciação, razão pela qual permanecem em museus tradicionais.

(E) os museus atuais deveriam privilegiar a maior aproximação do espectador em relação às obras, o que fica patente pela oposição entre os verbos "olhar" e "ver".

02. Com a frase Quando eu era jovem, as pessoas entravam nos museus nas pontas dos pés, não ousavam falar ou rir alto, apenas cochichavam (3º parágrafo), o autor

(A) exemplifica a ausência de uniformes e formalidades

em sua juventude, em contraposição ao papel social que agora devem assumir os museus, estimulando a seriedade e o comprometimento dos espectadores.

(B) ilustra o caráter contemplativo do espectador naquela época, cuja presença, na medida do possível, não devia ser percebida, para não interferir no ambiente.

(C) mostra como deve se portar, na sua opinião, qualquer pessoa que adentre o espaço de um museu de arte, seja ela antiga ou contemporânea, de modo a demonstrar respeito e educação.

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(D) considera sua juventude como um período em que não se compreendia a verdadeira função dos museus, o que ocorreu não apenas com sua própria maturidade, passando a respeitá-los com a devida solenidade.

(E) ressalta as diferenças de mentalidade entre sua geração e a atual, uma vez que aquela era reprimida por pretender usar o museu como um espaço de convivência.

IDEIA CENTRAL DO TEXTO

Algumas questões pedem para que o candidato marque o item que apresenta a ideia central do texto (ou assunto principal ou principal ideia). Nesse tipo de questão, o texto normalmente pertence à tipologia dissertativa. Assim, siga o seguinte roteiro:

1. Título: um título é sempre o resumo da principal ideia de um texto. Então, se houver título no texto de sua prova, não deixe de levá-lo em consideração.

2. O 1º Parágrafo: no primeiro parágrafo, há o que se chama de tese. A tese é uma afirmação do autor. Tal afirmação mostra o pensamento prioritário de quem escreve o texto. Assim, nessa tese, nota-se claramente a ideia que será debatida ao longo dos demais parágrafos. Todo o texto existirá em função dessa tese.

3. Último parágrafo: o último de um texto dissertativo reitera (reforça) a tese.

Conclusão, se você tiver esse tipo de questão, não perca tempo: procure logo as extremidades do texto. Vamos a um exemplo:

TEXTO

A França, berço da tríade de valores modernos de liberdade, igualdade e fraternidade, deu passo temerário ao proibir o uso, em espaços públicos, de véus que cubram totalmente o rosto. Trata-se de uma manifestação de intolerância difícil de reconciliar com os valores que a nação francesa veio a representar no mundo.

Na prática, a proibição criminaliza o porte de indumentárias tradicionais em alguns grupos muçulmanos, como o niqab (que deixa só os olhos à mostra) e a burca (que os mantém cobertos por uma tela). A legislação adotada em 2010 entrou em vigor nesta semana e já motivou a aplicação de uma multa de cerca de R$ 340.

A lei interdita o uso de vestimentas que impeçam a identificação da pessoa, sob o pretexto de que essa dissimulação pode favorecer comportamentos suscetíveis de perturbar a ordem pública. Vale para ruas, parques, escolas, repartições, bibliotecas, hospitais, delegacias e ginásios de esporte. Domicílios, veículos particulares e locais de culto ficam excetuados.

Nesse grau de generalidade, a lei se aplicaria a qualquer acessório − como máscaras ou capacetes − que oculte o rosto. A intenção de discriminar muçulmanas transparece quando se considera a exceção feita na lei: máscaras usadas no contexto de festas, manifestações artísticas ou procissões religiosas, "desde que se revistam de caráter tradicional".

Cristãos, portanto, podem cobrir o rosto no Carnaval, no Halloween ou em procissões. Muçulmanas, no dia a dia, não − ainda que a peça seja de uso tradicional. O argumento da obrigatoriedade de identificação é ponderável. A própria legislação admite que a identidade seja confirmada em recinto policial. A imposição de multa, porém, parece abusiva.

A roupa e o uso de adereços − como crucifixos ou outros símbolos religiosos − deveriam ser considerados parte integrante do direito à expressão da personalidade, o que inclui a fé. Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos.

A medida extrema só encontra explicação no sentimento xenófobo que se dissemina pela França. Vem a calhar para o presidente Nicolas Sarkozy, que parece disposto a tudo para melhorar seus índices de popularidade.

(Folha de S.Paulo. Opinião. 13 de abril de 2011)

01. O título que dá conta do assunto tratado com prioridade no texto é:

(A) Privilégios dos cristãos. (B) Intolerância à francesa. (C) Datas religiosas e pagãs. (D) Índices de popularidade de Nicolas Sarkozy. (E) Lugares públicos e privados.

ALGUNS ELEMENTOS COESIVOS

1. Pronomes demonstrativos

Os pronomes demonstrativos “apontam” para algo ou alguém, servem para precisar dados, pessoas ou fatos que ocorram num texto.

Este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal.

Como podem cair nas provas:

a) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras ou ideias no texto. Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e catafórico (referência para frente).

A dupla “Bebeto & Romário” = Este(a)(s) & Aquele(a)(s)

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Este(a)(s) retomará o referente mais próximo.

Aquele(a)(s) retomará referente mais distante.

“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Esta, infelizmente, já não parece fazer muito sentido para aquela”.

a) “Esta” retoma “...............................”.

b) “Aquela” retoma “.................................”.

“A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Estas deveriam ser mais valorizadas, pois aquele lutou muito para que elas se realizassem”.

a)“Estas” retoma “............................”.

b) “Aquele” retoma “.............................”.

O “Este(a)(s)” pode surgir sozinho no texto:

- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de achar”.

“Estes” remete a........................................

O “Este(a)(s)” pode surgir, também, acompanhado no texto:

- “Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes foram os mais fáceis de achar, esses estavam em promoção e aqueles tiveram seus preços reduzidos”.

“Estes” remete a.........................; “esses” remete a .......................; “aqueles” remete a ............................

- “Após a Lava a Jato, o único político tucano punido foi este: nenhum”.

- “Este” remete a........................................

A dupla Esse(a)(s) /Tal + Substantivo “lanterna”

SITUAÇÃO 00

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. (....)

SITUAÇÃO 01

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato

urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Esse fenômeno também pôde ser notado....

SITUAÇÃO 02

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essa pesquisa foi divulgada....

SITUAÇÃO 03

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Tais consequências já apreciam em ....

SITUAÇÃO 04

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essas patologias se destacaram em um estudo...

SITUAÇÃO 05

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Tal curso também divulgou trabalhos em áreas...

SITUAÇÃO 06

Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades. Essa universidade colabora com produções científicas....

Como usar o ISSO

- O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão isolada do texto.

“O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. Isso é repetido por todos e lá eles dizem que 98% da floresta estão preservados”.

- “Isso” refere-se a..........................................

Como usar o ISTO

“Só desejo a você isto: que seja aprovado”.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- “Isto” refere-se a.................................

2. Alguns pronomes relativos

Os pronomes relativos são aqueles que se relacionam com outros elementos do texto, a saber: substantivos (na maioria das vezes).

que, quem, onde e cujo(a)(s).

Como podem cair em provas:

a) Lembre-se de que o pronome QUE pode ser transformado em o qual, os quais, a qual e as quais.

- Os livros de Machado de Assis, que são muito bem conceituados, têm um bom preço.

Obs.: “que” refere-se a “livros”.

- Os livros de Machado de Assis, os quais são muito bem conceituados, têm um bom preço.

- Os cientistas analisaram a proposta que foi recusada pelos políticos.

Obs.: “que” refere-se a “proposta”.

- Os cientistas analisaram a proposta a qual foi recusada pelos políticos.

EXEMPLO

Os pronomes “que” (1º parágrafo), “sua” (2º parágrafo) e “a qual” (3º parágrafo), referem-se, respectivamente, a:

(A) exemplo − Jeca − composições (B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante (C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular (D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante (E) fluidez − homem − canção popular

1º parágrafo

Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música ‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira.

2º parágrafo

Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toada representa uma saudade”.

3º parágrafo

“A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta, analisa a cientista política Heloísa Starling”.

RESPOSTA: A letra que inicia a palavra BANCO traz a resposta.

TIPOLOGIA TEXTUAL

Os textos não são puros. Eles, na verdade, são formados pela reunião de várias tipologias. É claro que, entre as tipologias presentes, uma sempre se destaca; daí afirmar-se que haverá sempre uma predominante. As bancas de concursos querem que o candidato perceba qual está em evidência no texto da prova. As tipologias existentes são as seguintes: narrativa, descritiva, dissertativa, injuntiva, preditiva e dialogal (conversacional).

Narrativa

É da natureza humana contar histórias. Talvez seja este o tipo mais antigo e do qual todos os demais tenham surgido. Quem não gosta de ouvir uma bela história? Um texto pertencerá à tipologia narrativa quando as seguintes características aparecerem:

a) Haverá um narrador (na 1ª ou na 3ª pessoa do singular ou do plural) que contará um fato real (quando a história tratar de pessoas) ou ficcional (quando a história utilizar personagens).

b) Um texto narrativo responde, explícita ou implicitamente, às seguintes perguntas:

Quem? Quando? Onde? O quê? Como?

Pessoa ou personagem

Tempo Cenário Fato /

ocorrência Trama /

desenvolvimento

Exemplo:

Descritivo

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A descrição costuma ambientar as narrações e, quando o faz, escolhe um “objeto” para dedicar suas atenções. Pode ser uma casa, um livro, uma floresta, uma cena (sim, é possível descrever uma cena), uma fotografia etc. Um texto predominantemente descritivo apresentará as seguintes características:

a) O texto apresenta uma cadeia de características ou de procedimentos.

b) Nesse modelo, é frequente haver adjetivos, locuções adjetivas.

c) Esse tipo de texto costuma ter verbos de ligação, mas não é obrigatório.

UERN 2013

Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor bem velhinho e bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem um tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde. (...)

( ) Predomina no texto a descrição, já que o relato feito envolve uma cena estática, isto é, em que nenhum acontecimento pode ser considerado cronologicamente anterior a outro.

Dissertativo

Dissertar é um ato cognitivo e exige, portanto, conhecimento enciclopédico do redator. Além de ter conhecimento de mundo, o autor desse tipo de texto deve saber fazer formulações, lançar teses, defender seu ponto de vista a partir de argumentos, fazer comparações, chegar a conclusões etc. Essa tipologia de texto pode ser escrita na 1ª ou na 3ª pessoa (do singular ou do plural), cujo objetivo principal é manusear ideias (fatos, problemas sociais, leis, acontecimentos históricos, questões filosóficas, descobertas científicas etc.) a fim de informar ou opinar.

Por isso, há dois formatos do tipo dissertativo:

a) Dissertação expositiva: não há uma tomada de partido ou mesmo presença de tese, pois o autor apenas traz ideias a público.

TRE PERNAMBUCO 2016

b) Dissertação argumentativa: há uma tomada de partido. O autor trabalha em função de uma tese e usa argumentos (exemplos, números, citações etc.) para fundamentar seu ponto de vista.

BACEN 2013

Injuntivo

Nesse modelo de texto, o autor indica ao leitor como realizar uma ação, orienta um procedimento, dá instruções ao leitor, enfim. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos desses textos são, em sua maioria, empregados no modo imperativo.

Ex.:

a) manuais e instruções para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos;

b) textos com regras de comportamento;

c) textos de orientação (ex.: recomendações de trânsito);

d) receitas.

TJDF 2015

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Preditivo

Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está por ocorrer. É o tipo predominante nos seguintes gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas, análise de mercado, previsões escatológicas/apocalípticas etc.

Dialogal / Conversacional

Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista, conversa telefônica, “watts zap”, peças teatrais etc.

EXERCÍCIOS DE INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS.

EXERCÍCIOS 01

TEXTO I

Os anônimos Na história de Branca de Neve, a rainha má consulta o seu espelho e pergunta se existe no reino uma beleza maior do que a sua. Os espelhos de castelo, nos contos de fada, são um pouco como certa imprensa brasileira, muitas vezes dividida entre as necessidades de bajular o poder e de refletir a realidade.O espelho tentou mudar de assunto, mas finalmente respondeu: “Existe”. Seu nome: Branca de Neve. A rainha má mandou chamar um lenhador e instruiu-o a levar Branca de Neve para a floresta, matá-la, desfazer-se do corpo e voltar para ganhar sua recompensa. Mas o lenhador poupou Branca de Neve. Toda a história depende da compaixão de um lenhador sobre o qual não se sabe nada. Seu nome e sua biografia não constam em nenhuma versão do conto. A rainha má é a rainha má, claramente um arquétipo, e os arquétipos não precisam de nome. O Príncipe Encantado, que aparecerá no fim da história, também não precisa. É um símbolo reincidente, talvez nem a Branca de Neve se dê ao trabalho de descobrir seu nome. Mas o personagem principal da história, sem o qual a

história não existiria e os outros personagens não se tornariam famosos, não é símbolo de nada. Ele só entra na trama para fazer uma escolha, mas toda a narrativa fica em suspenso até que ele faça a escolha certa, pois se fizer a errada não tem história. O lenhador compadecido representa dois segundos de livre-arbítrio que podem desregular o mundo dos deuses e dos heróis. Por isso é desprezado como qualquer intruso e nem aparece nos créditos. Muitas histórias mostram como são os figurantes anônimos que fazem a história, ou como, no fim, é a boa consciência que move o mundo. Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido.

(Adaptado de Luiz Fernando Verissimo, Banquete com os deuses)

1. O autor do texto considera que, em muitas histórias,

certos personagens anônimos

(A) revestem-se de um caráter eminentemente simbólico, ainda que secundário para o desenvolvimento da trama.

(B) representam a desordem do acaso, entendido este como o destino que os deuses escolhem para a história humana.

(C) equiparam-se a símbolos reincidentes, como o Príncipe, para melhor sublinharem o ensinamento de uma fábula.

(D) têm crucial relevância para a história, ainda que relegados à obscuridade de transitórios figurantes.

(E) tornam-se irrelevantes depois de seu desempenho, na sequência de eventos independentes de sua participação.

2. O autor do texto levanta a seguinte hipótese para

justificar o modo pelo qual personagens como o lenhador são anônimos em muitas histórias: eles seriam vistos como responsáveis por

(A) uma escolha pessoal e independente, que não

deixa de afrontar uma instância superior já estabelecida.

(B) atos de subversão e anarquia, dado que, para atender a vontade dos deuses, ignoram a dos homens.

(C) decisões éticas basicamente preocupadas em conciliar a justiça terrena e a vontade divina.

(D) uma escolha irracional, justificável pela precária condição cultural que os caracteriza.

(E) uma reação de tal modo imprevisível que impossibilita uma sequência lógica de eventos.

3. Deve-se deduzir do texto que a razão pela qual os

arquétipos não precisam de nome é que

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(A) seu papel, tal como o do lenhador, já está

estabelecido pelo Destino. (B) sua importância, como a do lenhador, é casual,

servindo para acentuar o realismo da narrativa. (C) sua significação, tal como a do Príncipe

Encantado, já está estabelecida pela tradição das histórias.

(D) sua função, tal como a da imprensa, é oscilar entre a necessidade pública e o interesse privado.

(E) sua relevância, tal como a da rainha má, está em representar uma rápida indecisão.

4. Considerando-se o contexto, traduz-se

adequadamente o sentido de um elemento do texto em:

(A) dividida entre as necessidades (1º parágrafo) __

açodada pelos desejos. (B) de bajular o poder e de refletir a realidade (1º

parágrafo) __ de cortejar a instância superior e obliterar o real.

(C) Toda a história depende da compaixão (2º parágrafo) __ toda a narrativa suscita um compadecimento.

(D) É um símbolo reincidente (2º parágrafo) __

simboliza uma reiteração. (E) só entra na trama para fazer uma escolha (2º

parágrafo) __ não participa do enredo senão para assumir uma opção.

TEXTO II

Pós-11/9 Li que em Nova York estão usando “dez de setembro” como adjetivo, significando antigo, ultrapassado. Como em: “Que penteado mais dez de setembro!”. O 11/9 teria mudado o mundo tão radicalmente que tudo o que veio antes – culminando com o day before [dia anterior], o último dia das torres em pé, a última segunda-feira normal e a véspera mais véspera da História – virou preâmbulo. Obviamente, nenhuma normalidade foi tão afetada quanto o cotidiano de Nova York, que vive a psicose do que ainda pode acontecer. Os Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade e reorganizam suas prioridades para acomodá-las, inclusive sacrificando alguns direitos de seus cidadãos, sem falar no direito de cidadãos estrangeiros não serem bombardeados por eles. Protestos contra a radicalíssima reação americana são vistos como irrealistas e anacrônicos, decididamente “dez de setembro”. Mas fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem no bom sentido, não como submissão à chantagem terrorista, mas para não perder a oportunidade do novo começo, um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio. Sinais de revisão da política dos Estados Unidos com relação a Israel e os palestinos são exemplos disto. E é certo que nenhuma

reunião dos países ricos será como era até 10/9, pelo menos por algum tempo. No caso dos donos do mundo, não se devem esperar exames de consciência mais profundos ou atos de contrição mais espetaculares, mas o instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude. O horror de 11/9 teve o efeito paradoxalmente contrário de me fazer acreditar mais na humanidade. A questão é: o que acabou em 11/9 foi prólogo, exatamente, de quê? Seja o que for, será diferente. Inclusive por uma questão de moda, já que ninguém vai querer ser chamado de “dez de setembro” na rua.

(Luis Fernando Verissimo, O mundo é bárbaro)

5. Já se afirmou a respeito de Luis Fernando Verissimo,

autor do texto aqui apresentado: "trata-se de um escritor que consegue dar seriedade ao humor e graça à gravidade, sendo ao mesmo tempo humorista inspirado e ensaísta profundo". Essa rara combinação de planos e tons distintos pode ser adequadamente ilustrada por meio destes segmentos do texto:

I. Que penteado mais dez de setembro! e Os

Estados Unidos descobriram um sentimento inédito de vulnerabilidade.

II. Um pouco como Deus – o primeiro autocrítico – fez depois do Dilúvio e o instinto de sobrevivência também é um caminho para a virtude.

III. Fatos inaugurais como o 11/9 também permitem às nações se repensarem e não se devem esperar exames de consciência mais profundos.

Em relação ao texto, atende ao enunciado desta questão o que se transcreve em (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) II, apenas.

6. Considerando-se o contexto, traduz-se

adequadamente o sentido de um segmento em: (A) significando antigo, ultrapassado (1º parágrafo)

__ conotando nostálgico, recorrente. (B) reorganizam suas prioridades para acomodá-las

(1º parágrafo) __ ratificam suas metas para as estabilizarem.

(C) atos de contrição mais espetaculares (2º parágrafo) __ demonstrações mais grandiosas de arrependimento.

(D) teve o efeito paradoxalmente contrário (2º parágrafo) __ decorreu de uma irônica contradição.

(E) foi prólogo, exatamente, de quê? (3º parágrafo) __ a que mesmo serviu de pretexto?

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7. Ao comentar a tragédia de 11 de setembro, o autor

observa que ela

(A) foi uma espécie de prólogo de uma série de muitas outras manifestações terroristas.

(B) exigiria das autoridades americanas a adoção de medidas de segurança muito mais drásticas que as então vigentes.

(C) estimularia a população novaiorquina a tornar mais estreitos os até então frouxos laços de solidariedade.

(D) abriu uma oportunidade para que os americanos venham a se avaliar como nação e a trilhar um novo caminho.

(E) faria com que os americanos passassem a ostentar com ainda maior orgulho seu decantado nacionalismo.

TEXTO III

Os homens-placa Uma cabeleira cor-de-rosa ou verde, um nariz de palhaço, luvas de Mickey gigantescas, pouco importa. Eis que surge numa esquina, e replica-se em outras dez, o personagem mais solitário de nossas ruas, o homem-placa das novas incorporações imobiliárias. Digo homem-placa, não porque ele seja vítima do velho sistema de ficar ensanduichado entre duas tábuas de madeira anunciando remédios ou espetáculos de teatro, nem porque, numa versão mais recente, amarrem-lhe ao corpo um meio colete de plástico amarelo para avisar que se compra ouro ali por perto. Ele é homem-placa porque sua função é mostrar, a cada encruzilhada mais importante do caminho, a direção certa para o novo prédio de apartamentos que está sendo lançado. Durante uma época, a prática foi encostar carros velhíssimos, verdadeiras sucatas, numa vaga de esquina, colocando o anúncio do prédio em cima da capota. O efeito era ruim, sem dúvida. Como acreditar no luxo e na distinção do edifício Duvalier, com seu espaço gourmet e seu depósito de vinho individual, se todo o sonho estava montado em cima de um Opala 74 cor de tijolo com dois pneus no chão? Eliminaram-se os carros-placa, assim como já pertencem ao passado os grandes lançamentos performáticos do mercado imobiliário. A coisa tinha, cerca de dez anos atrás, proporções teatrais. Determinado prédio homenageava a Nova York eterna: mocinhas eram contratadas para se fantasiarem de Estátua da Liberdade, com o rosto pintado de verde, a tocha de plástico numa mão, o folheto colorido na outra. Ou então era o Tio Sam, eram Marilyns e Kennedys, que ocupavam a avenida Brasil, a Nove de Julho, as ruas do Itaim. Esses homens e mulheres-placa não se comparam sequer ao guardador de carros, que precisa impor certa presença ao cliente incauto. Estão ali graças à sua inexistência social.

Só que sua função, paradoxalmente, é a de serem vistos; um cabelo azul, um gesto repetitivo apontando o caminho já bastam.

(Adaptado de: Marcelo Coelho, www.marcelocoelho.folha. blogspot.uol.com)

8. Os homens e mulheres-placa, no desempenho de sua

função, evidenciam o paradoxo

(A) da reduzida eficácia que esse antigo e bem-sucedido recurso publicitário obtém nos dias atuais.

(B) de se preservar o romantismo do passado na utilização de uma técnica moderna de comunicação.

(C) de se chamar a atenção para a ostensiva presença pública de quem está imerso no anonimato.

(D) da teimosa insistência dos empreendedores financeiros numa anacrônica tática de vendas.

(E) da resignação com que fazem de seus próprios corpos matéria de propaganda imobiliária.

9. Atente para as seguintes afirmações:

I. Destituídos de qualquer qualidade pessoal, os homens- placa, em sua função mais recente, funcionam como meros sinalizadores físicos da localização dos negócios.

II. No terceiro parágrafo, as referências à Estátua da Liberdade, Marilyns e Kennedys mostram como a propaganda se vale de imagens estereotipadas para incutir prestígio em certos produtos.

III. A despersonalização a que se submetem os homens e mulheres-placa só não é maior do que a que sofre um guardador de carros.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) I e II, somente. (C) I e III, somente. (D) II e III, somente. (E) II, somente.

10. Considerando-se o contexto, traduz-se

adequadamente o sentido de um segmento em:

(A) replica-se em outras dez (1º parágrafo) __

contesta-se em dez outras. (B) incorporações imobiliárias (1º parágrafo) __

admissões de imóveis. (C) lançamentos performáticos (3º parágrafo) __

propulsões cuidadosas. (D) impor certa presença (4º parágrafo) __ submeter

a aparência. (E) graças à sua inexistência social (4o parágrafo) __

devido à falta de sua identidade pública.

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11. O autor justifica a afirmação O efeito era ruim, sem

dúvida, (2o parágrafo) mostrando

(A) o contrassenso de se anunciar um produto sofisticado por meio de um recurso grosseiro.

(B) o modesto resultado financeiro que se obtém pela publicidade apoiada em homens-placa.

(C) a ineficácia de uma propaganda sofisticada voltada para uma clientela de pouco poder aquisitivo.

(D) a impossibilidade de se tentar exaltar simultaneamente aspectos contraditórios de um produto.

(E) o pífio resultado obtido por quem busca valorizar o que é barato por meio de recursos baratos.

12. No 3º parágrafo, o autor se vale da expressão A coisa

referindo-se, precisamente,

(A) à eliminação mais que justificável dos carros-placa.

(B) ao prestígio inconteste dos mais antigos recursos publicitários.

(C) às características teatrais dos carros-placa. (D) aos desempenhos teatrais das campanhas

imobiliárias. (E) ao inesperado crescimento do mercado

imobiliário. TEXTO IV Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram se traduzindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais. O resultado ideal era um conjunto de botões que requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores contribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio. A cobrança nos caixas de supermercado na década de 1990 tipificava essa eliminação do elemento humano. Não exigia do operador mais que reconhecer as cédulas e moedas do dinheiro local. Um scanner automático traduzia o código de barras do artigo num preço, somava todos os preços, deduzia o total da quantia entregue pelo cliente, e dizia ao operador quanto dar de troco. O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combinação de maquinaria sofisticada e programação elaborada. Contudo, a menos que alguma coisa desse errado, esses milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade um tanto maior de concentrada tolerância ao tédio. Para fins práticos, a situação do operador de caixa do supermercado representava a norma humana de fins do século XX; não precisamos entender nem modificar os milagres da tecnologia científica de vanguarda, mesmo que

saibamos, ou julguemos saber, o que está acontecendo. Outra pessoa o fará ou já fez por nós. Pois, ainda que nos suponhamos especialistas num ou noutro campo determinado, diante da maioria dos outros produtos diários da ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem compreender nada. Assim, a ciência, através do tecido saturado de tecnologia da vida humana, demonstra diariamente seus milagres ao mundo. É indispensável e onipresente. E, no entanto, o século XX não se sentia à vontade com a ciência que fora a sua mais extraordinária realização, e da qual dependia. O progresso das ciências naturais se deu contra um fulgor, ao fundo, de desconfiança e medo. A desconfiança e o medo da ciência eram alimentados por alguns sentimentos: o de que a ciência era incompreensível; o de que suas consequências tanto práticas quanto morais eram imprevisíveis e provavelmente catastróficas; o de que ela acentuava o desamparo do indivíduo e solapava a autoridade. Tampouco devemos ignorar o sentimento de que, na medida em que a ciência interferia na ordem natural das coisas, era inerentemente perigosa. Os primeiros dois sentimentos eram partilhados tanto por cientistas quanto leigos, os dois últimos pertenciam basicamente aos de fora. (Adaptado de: Eric Hobsbawm. Era dos extremos. Trad. Marcos Santarrita.

São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 509-512)

13. Segundo o texto,

(A) os grandes avanços provenientes das ciências naturais no século XX foram acompanhados pelo temor e pela suspeita de que malefícios poderiam deles advir.

(B) a tecnologia das máquinas substitui a mão de obra humana em diversos setores, causando, entre outras consequências desastrosas, o desemprego.

(C) em termos morais, o avanço da tecnologia trouxe consequências negativas, pois a ciência é desprovida de ética e é preocupante o uso que se faz dela.

(D) um dos obstáculos que impedem um maior desenvolvimento da ciência até os dias de hoje configura-se na crença de que devemos seguir as leis da natureza para não corrermos riscos.

(E) ainda que possuam conhecimentos específicos de outras áreas, os que têm pouca familiaridade com a tecnologia e não a compreendem devem ficar para trás em um mercado competitivo como o dos dias atuais.

14. O segmento em que o autor NÃO exprime opinião

pessoal ou posicionamento crítico é:

(A) Graças à espantosa explosão de teoria e prática da informação, novos avanços científicos foram

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

se traduzindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais.

(B) O procedimento para assegurar essas atividades se baseia numa combinação de maquinaria sofisticada e programação elaborada.

(C) ... diante da maioria dos outros produtos diários da ciência e tecnologia somos leigos ignorantes sem compreender nada.

(D) ...esses milagres de tecnologia científica não exigiam mais que um mínimo de atenção e uma capacidade um tanto maior de concentrada tolerância ao tédio.

(E) ...requeria apenas apertar-se no lugar certo para ativar um procedimento, sem demandar maiores contribuições das qualificações e inteligência limitadas e inconfiáveis do ser humano médio.

15. Graças à espantosa explosão de teoria e prática da

informação, novos avanços científicos foram se traduzindo numa tecnologia que não exigia qualquer compreensão dos usuários finais. Identificam-se nas frases acima, respectivamente,

(A) causa e consequência. (B) hipótese seguida de conclusão. (C) afirmação e concessão. (D) argumentação e ressalva. (E) temporalidade e finalidade.

TEXTO V Nosso currículo escolar devia dedicar mais tempo e atenção à anatomia e à fisiologia, para que as crianças se formassem com conhecimentos mínimos sobre o funcionamento do organismo. Não admitimos que nossos filhos estudem em colégio que não lhes ensine informática. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores, sem os quais serão atropelados pela concorrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da estrutura da qual dependerão para respirar até o dia da morte. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a curiosidade de decifrar como funciona essa máquina maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5 bilhões de anos de competição e seleção natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabedoria e não daríamos ouvidos a teorias estapafúrdias, a superstições, ao obscurantismo e à pseudociência que faz a alegria dos charlatães. A medicina é um ramo da biologia, ciência que se propõe a estudar os seres vivos e as leis que os regem, não é domínio da crença; não é religião. O organismo humano é a estrutura mais complexa que conhecemos - alguns o consideram mais complexo do que o próprio Universo. Estudar os mecanismos responsáveis pela circulação e oxigenação do sangue, pela digestão dos nutrientes, ter uma ideia de como ocorrem as principais reações metabólicas e aprender que nosso corpo é uma máquina

que se aperfeiçoa com o movimento é a melhor forma de evitar que ele nos deixe no meio da estrada. Num mundo cada vez mais dominado pela tecnologia, o ensino de ciências deve começar na pré-escola. Aprendendo desde cedo, as crianças incorporarão o pensamento científico à rotina de suas vidas e descobrirão belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se organizou.

(Adaptado de: Drauzio Varella. A ignorância e o corpo. FSP, 18/06/2011, p.E 20)

16. A principal conclusão do autor, no texto, é a de que

(A) pessoas supersticiosas tendem a se angustiar com alegações infundadas.

(B) o ensino de informática é imprescindível na atualidade e deve começar cedo.

(C) teorias científicas de credibilidade questionável deveriam ser banidas da mídia.

(D) o ensino da biologia tem maior importância na vida escolar do que o da informática.

(E) o conhecimento dos mecanismos que comandam o corpo deve ser incentivado desde cedo na escola.

17. Leia atentamente o que se afirma abaixo:

I. Houvesse mais interesse em despertar no aluno a curiosidade de decifrar como funciona essa máquina maravilhosa, que a evolução fez chegar até nós depois de 3,5 bilhões de anos de competição e seleção natural, desde pequenos trataríamos o corpo com mais respeito e sabedoria... Infere-se do segmento acima que os cuidados com o próprio corpo melhoram à medida que aumenta o domínio sobre o seu funcionamento.

II. Fazemos questão que se familiarizem com os computadores, sem os quais serão atropelados pela concorrência do futuro, mas aceitamos que ignorem a organização básica da estrutura da qual dependerão para respirar até o dia da morte. Identifica-se entre as frases acima hipótese seguida de confirmação.

III. ...belezas e mistérios inacessíveis aos que desconhecem os princípios segundo os quais a natureza se organizou. O segmento acima está reescrito com outras palavras, mantendo-se a correção, a lógica e, em linhas gerais, o sentido original em: Apenas os que são capazes de julgar as leis que organizam a natureza, com suas belezas e mistérios, pode se familiarizar com ela.

Está correto o que consta em:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

(A) II e III, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II, apenas. (D) I, apenas. (E) I, II e III.

EXERCÍCIO 02

De volta à Antártida A Rússia planeja lançar cinco novos navios de pesquisa polar como parte de um esforço de US$ 975 milhões para reafirmar a sua presença na Antártida na próxima década. Segundo o blog Science Insider, da revista Science, um documento do governo estabelece uma agenda de prioridades para o continente gelado até 2020. A principal delas é a reconstrução de cinco estações de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros. A primeira expedição da extinta União Soviética à Antártida aconteceu em 1955 e, nas três décadas seguintes, a potência comunista construiu sete estações de pesquisa no continente. A Rússia herdou as estações em 1991, após o colapso da União Soviética, mas pouco conseguiu investir em pesquisa polar depois disso. O documento afirma que Moscou deve trabalhar com outras nações para preservar a “paz e a estabilidade” na Antártida, mas salienta que o país tem de se posicionar para tirar vantagem dos recursos naturais caso haja um desmembramento territorial do continente.

(Pesquisa Fapesp, dezembro de 2010, no 178, p. 23)

1. A principal delas é a reconstrução de cinco estações

de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros.

O segmento grifado na frase acima tem sentido (A) adversativo. (B) de consequência. (C) de finalidade. (D) de proporção. (E) concessivo.

2. Em “paz e a estabilidade”, na última frase do texto, o emprego das aspas (A) indica que esse segmento é transcrição literal do

documento do governo russo mencionado no início do texto.

(B) sugere a desconfiança do autor do artigo com relação aos supostos propósitos da Rússia de manter a paz na Antártida.

(C) revela ser esse o principal objetivo do governo russo ao reconstruir estações de pesquisa na Antártida que datam do período soviético.

(D) aponta para o sentido figurado desses vocábulos, que não devem ser entendidos em sentido literal, como o constante dos dicionários.

(E) justifica-se pela sinonímia existente entre paz e estabilidade, o que torna impensável a existência de uma sem a outra.

3. Há exemplos de palavras ou expressões empregadas

no texto para retomar outras já utilizadas sem repeti-las literalmente, como ocorre em: I. O continente gelado / a Antártida II. Moscou / a Rússia III. A revista Science / o blog Science Insider IV. A potência comunista a União Soviética Atende

corretamente ao enunciado da questão o que está em

(A) I e III, apenas. (B) I e IV, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I, II, III e IV

Atenção: As questões de números 4 a 6 referem-se ao texto abaixo. Quando eu sair daqui, vamos começar vida nova numa cidade antiga, onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça. Vou lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho, escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios para você ler. Sinto que você leva jeito porque é aplicada, tem meigas mãos, não faz cara ruim nem quando me lava, em suma, parece uma moça digna apesar da origem humilde. Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta. (Chico Buarque. Leite derramado, São Paulo, Cia. das Letras, 2009, p. 29)

4. Leia atentamente as afirmações abaixo sobre o texto.

I. Ao expressar o desejo de viver numa cidade “onde todos se cumprimentam e ninguém nos conheça”, o narrador incorre numa evidente e insolúvel contradição.

II. A afirmação de que a “outra mulher teve uma educação rigorosa” é reafirmação, por contraste, de que aquela a quem o narrador se dirige não a teve, o que já estava implícito no propósito de “lhe ensinar a falar direito, a usar os diferentes talheres e copos de vinho etc.”.

III. Ao dizer que sua interlocutora “parece uma moça digna apesar da origem humilde”, o narrador sugere, por meio da concessiva, que a dignidade não costuma ser característica daqueles cuja origem é humilde.

Está correto o que se afirma em (A) I, II e III. (B) II e III, apenas.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

(C) I e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) II, apenas.

5. ... escolherei a dedo seu guarda-roupa e livros sérios

para você ler. A expressão grifada na frase acima pode ser substituída, sem prejuízo para o sentido original, por:

(A) pessoalmente. (B) de modo incisivo. (C) apontando. (D) entre outras coisas. (E) cuidadosamente

Minha outra mulher teve uma educação rigorosa, mas mesmo assim mamãe nunca entendeu por que eu escolhera justamente aquela, entre tantas meninas de uma família distinta. 6. O verbo grifado na frase acima pode ser substituído,

sem que se altere o sentido e a correção originais, e o modo verbal, por:

(A) escolheria. (B) havia escolhido. (C) houvera escolhido. (D) escolhesse. (E) teria escolhido.

Atenção: As questões de números 7 a 10 referem-se ao texto abaixo.

Cartão de Natal Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes: que desta vez não perca esse caderno sua atração núbil para o dente; que o entusiasmo conserve vivas suas molas, e possa enfim o ferro comer a ferrugem o sim comer o não.

João Cabral de Melo Neto

7. No poema, João Cabral

(A) critica o egoísmo, e manifesta o desejo de que na passagem do Natal as pessoas se tornem generosas e façam “o sim comer o não”.

(B) demonstra a sua aversão às festividades natalinas, pois “nestes dias a aventura parece em ponto de voo”, mas depois a rotina segue como sempre.

(C) critica “a atração núbil para o dente” daqueles que transformam o Natal em uma apologia ao consumo e se esquecem do seu caráter religioso.

(D) observa com otimismo que o Natal é um momento de renovação em que os homens se transformam para melhor e fazem o “ferro comer a ferrugem”.

(E) manifesta a esperança de que o Natal traga, de fato, uma transformação, e que, ao contrário de outros natais, seja possível “começar novo caderno”.

8. É correto perceber no poema uma equivalência entre

(A) ferrugem e aventura. (B) dente e entusiasmo. (C) caderno e vida. (D) sementes e pão do dia. (E) ferro e atração núbil.

9. Pois que reinaugurando essa criança

O segmento grifado acima pode ser substituído, no contexto, por: (A) Mesmo que estejam. (B) Apesar de estarem. (C) Ainda que estejam. (D) Como estão. (E) Mas estão.

10. “que desta vez não perca esse caderno”. Com a frase acima o poeta (A) alude a uma impossibilidade. (B) exprime um desejo. (C) demonstra estar confuso. (D) revela sua hesitação. (E) manifesta desconfiança.

EXERCÍCIO 03

Um circo e um antipalhaço Em 1954, numa cidadezinha universitária dos Estados Unidos, vi “o maior circo do mundo”, que continua a ser o sucessor do velho Barnum & Bailey, velho conhecido dos meus primeiros dias de estudante nos Estados Unidos. Vi então, com olhos de adolescente ainda um tanto menino, maravilhas que só para os meninos têm plenitude de encanto. Em 1954, revendo “o maior circo do mundo”, confesso que, diante de certas façanhas de acrobatas e domadores, senti-me outra vez menino. O monstro – porque é um circo-monstro, que viaja em três vastos trens – chegou de manhã a Charlottesville e partiu à noite. Ao som das últimas palmas dos espectadores juntou-

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

se o ruído metálico do desmonte da tenda capaz de abrigar milhares de pessoas, acomodadas em cadeiras em forma de x, quase iguais às dos teatros e que, como por mágica, foram se fechando e formando grupos exatos, tantas cadeiras em cada grupo logo transportadas para outros vagões de um dos trens. E com as cadeiras, foram sendo transportadas para outros vagões jaulas com tigres; e também girafas e elefantes que ainda há pouco pareciam enraizados ao solo como se estivessem num jardim zoológico. A verdade é que quem demorasse uns minutos mais a sair veria esta mágica também de circo: a do próprio circo gigante desaparecer sob seus olhos, sob a forma de pacotes prontos a seguirem de trem para a próxima cidade. O gênio de organização dos anglo-americanos é qualquer coisa de assombrar um latino. Arma e desarma um circo gigante como se armasse ou desarmasse um brinquedo de criança. E o que o faz com os circos, faz com os edifícios, as pontes, as usinas, as fábricas: uma vez planejadas, erguem-se em pouco tempo do solo e tomam como por mágica relevos monumentais. Talvez a maior originalidade do circo esteja no seu palhaço principal. Circo norte-americano? Pensa-se logo num palhaço para fazer rir meninos de dez anos e meninões de quarenta com suas piruetas e suas infantilidades. O desse circo – hoje o mais célebre dos palhaços de circo – é uma espécie de antipalhaço. Não ri nem sequer sorri. Não faz uma pirueta. Não dá um salto. Não escorrega uma única vez. Não cai esparramado no chão como os clowns convencionais. Não tem um ás de copas nos fundos de suas vestes de palhaço. O que faz quase do princípio ao fim das funções do circo é olhar para a multidão com uns olhos, uma expressão, uns modos tão tristes que ninguém lhe esquece a tristeza do clown diferente de todos os outros clowns. Trata-se na verdade de uma audaciosa recriação da figura de palhaço de circo. E o curioso é que, impressionando os adultos, impressiona também os meninos que talvez continuem os melhores juízes de circos de cavalinhos. Audaciosa e triunfante essa recriação. Pois não há quem saia do supercirco, juntando às suas impressões das maravilhas de acrobacia, de trabalhos de domadores de feras, de equilibristas, de bailarinas, de cantores, de cômicos, a impressão inesperada da tristeza desse antipalhaço que quase se limita a olhar para a multidão com os olhos mais magoados deste mundo.

FREYRE, Gilberto. In: Pessoas, Coisas & Animais. São Paulo: Círculo do Livro. Edição Especial para MPM Propaganda,

1979. p. 221-222. (Publicado originalmente em O Cruzeiro, Rio de Janeiro, seção Pessoas, coisas e animais,

em 8 jul. 1956). Adaptado.

1. A palavra monstro (início do 2º parágrafo) aplicada a

circo deve-se ao fato de este (A) possibilitar um deslocamento rápido. (B) provocar som alto devido ao desmonte das

tendas. (C) ser capaz de preencher três vagões.

(D) proporcionar o transporte das cadeiras misturadas aos animais.

(E) ter possibilidade de se mudar até mesmo de abrigar um zoológico.

2. Os trechos de “Em 1954 [...] menino” ( 1º parágrafo

inteiro) e “O gênio de organização [...] monumentais.” (3º parágrafo inteiro) caracterizam-se, quanto ao tipo de texto predominante, por serem, respectivamente (A) descrição e narração (B) narração e argumentação (C) narração e descrição (D) argumentação e descrição (E) argumentação e narração

3. Pela leitura do segundo parágrafo, pode-se perceber

que o material com que é basicamente feita a estrutura da tenda é (A) metal (B) madeira (C) plástico (D) lona (E) tijolo

4. Analise as afirmações abaixo sobre o desmonte do circo após o espetáculo.

I – O circo era mágico pois desaparecia literalmente

num piscar de olhos. II – O desmonte do circo era tão organizado que

parecia um truque de mágica. III – Apenas alguns minutos eram necessários para

desmontar todo o circo. É correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e III (E) II e III

5. A partir do conhecimento do que é um palhaço, infere-se que um antipalhaço age da seguinte maneira: (A) ri e faz rir. (B) expressa sua depressão. (C) não tem talento para ser palhaço. (D) expressa tristeza. (E) veste-se de palhaço.

EXERCÍCIO 04

A velhice na sociedade industrial

A sociedade rejeita o velho, não oferece nenhuma sobrevivência à sua obra, às coisas que ele realizou e que fizeram o sentido de sua vida. Perdendo a força de

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trabalho, ele já não é produtor nem reprodutor. Se a posse e a propriedade constituem, segundo Sartre, uma defesa contra o outro, o velho de uma classe favorecida defende-se pela acumulação de bens. Suas propriedades o defendem da desvalorização de sua pessoa. Nos cuidados com a criança, o adulto “investe” para o futuro, mas em relação ao velho age com duplicidade e má fé. A moral oficial prega o respeito ao velho, mas quer convencê-lo a ceder seu lugar aos jovens, afastá-lo delicada mas firmemente dos postos de direção. Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne a um papel passivo. Veja-se no interior das famílias a cumplicidade dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com cuidados “para o seu próprio bem”. Em privá-los da liberdade de escolha, em torná-los cada vez mais dependentes, “administrando” sua aposentadoria, obrigando-os a sair do seu canto, a mudar de casa (experiência terrível para o velho) e, por fim, submetendo-os à internação hospitalar. Se o idoso não cede à persuasão, à mentira, não se hesitará em usar a força. Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus? Quando se vive o primado da mercadoria sobre o homem, a idade engendra desvalorização. A racionalização do trabalho, que exige cadências cada vez mais rápidas, elimina da indústria os velhos operários. Nas épocas de desemprego, os velhos são especialmente discriminados e obrigados a rebaixar sua exigência de salário e aceitar empreitas pesadas e nocivas à saúde. Como no interior de certas famílias, aproveita-se deles o braço servil, mas não o conselho.

(Adaptado de Ecléa Bosi, Memória e sociedade)

1. A seguinte formulação resume, conceitualmente, o argumento central do texto:

(A) Que ele nos poupe de seus conselhos e se resigne

a um papel passivo. (B) Suas propriedades o defendem da desvalorização

de sua pessoa. (C) Quando se vive o primado da mercadoria sobre o

homem, a idade engendra desvalorização. (D) Veja-se no interior das famílias a cumplicidade

dos adultos em manejar os velhos, em imobilizá-los com cuidados “para o seu próprio bem”.

(E) Quantos anciãos não pensam estar provisoriamente no asilo em que foram abandonados pelos seus?

2. Atente para as seguintes afirmações:

I. No primeiro parágrafo, ao empregar a expressão à sua obra, a autora está-se referindo às propriedades acumuladas pelo velho da classe mais favorecida.

II. No segundo parágrafo, o contexto permite entender que o termo “investe”, entre aspas, está empregado na acepção que lhe conferem os economistas.

III. No terceiro parágrafo, a expressão racionalização do trabalho identifica o rigor com que se planeja e se operacionaliza a produção industrial.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em: (A) I, II e III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) II, apenas. (E) II e III, apenas.

3. Depreende-se da leitura do texto que, na sociedade

industrial, a sabedoria acumulada pelos velhos

(A) vale apenas quando eles ainda mostram aptidão para trabalhar.

(B) é menosprezada porque não se costuma considerá-la produtiva.

(C) é cultuada com a mesma complacência com que se vê a criança.

(D) é bem acolhida somente quando eles pertencem à classe abastada.

(E) vale apenas quando eles assumem um papel passivo na família.

4. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente

o sentido de um segmento do texto em: (A) o defendem da desvalorização de sua pessoa //

subestimam seu prestígio pessoal. (B) age com duplicidade e má fé // porta-se ora com

isenção, ora com justiça. (C) Que ele nos poupe de seus conselhos // Que seja

parcimonioso em suas recomendações. (D) especialmente discriminados // particularmente

depreciados. (E) empreitas pesadas // cargos de máxima

responsabilidade. EXERCÍCIO 05

Bolsa-Floresta

Quando os dados do desmatamento de maio saíram

esta semana da gaveta da Casa Civil, onde ficaram trancados por vários dias, ficou-se sabendo que maio foi igual ao abril que passou: perdemos de floresta mais uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro. Ao ritmo de um Rio por mês, o Brasil vai pondo abaixo a maior floresta tropical. No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar deter a destruição.

O Estado do Amazonas é o que tem a floresta mais preservada. O número repetido por todos é que lá 98% da floresta estão preservados, 157 milhões de hectares, 1/3 da Amazônia brasileira. A Zona Franca garante que uma parte do mérito lhe cabe, porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado. Há quem acredite que a

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pressão acabará chegando ao Amazonas depois de desmatados os estados mais acessíveis.

João Batista Tezza, diretor técnico-científico da Fundação Amazonas Sustentável, acha que é preciso trabalhar duro na prevenção do desmatamento. Esse é o projeto da Fundação que foi criada pelo governo, mas não é governamental, e que tem a função de implementar o Bolsa-Floresta, uma transferência de renda para pessoas que vivem perto das áreas de preservação estadual. A idéia é que elas sejam envolvidas no projeto de preservação e que recebam R$ 50 por mês, por família, como uma forma de compensação pelos serviços que prestam. [...]

Tezza é economista e acha que a economia é que trará a solução:

— A destruição ocorre porque existem incentivos econômicos; precisamos criar os incentivos da proteção. [...]

Nas áreas próximas às reservas estaduais, estão instaladas 4.000 famílias e, além de ganharem o Bolsa-Floresta, vão receber recursos para a organização da comunidade.

— Trabalhamos com o conceito dos serviços ambientais prestados pela própria floresta em pé e as emissões evitadas pela proteção contra o desmatamento. Isso é um ativo negociado no mercado voluntário de redução das emissões — diz Tezza.

Atualmente a equipe da Fundação está dedicada a um trabalho exaustivo: ir a cada uma das comunidades, viajando dias e dias pelos rios, para cadastrar todas as famílias. A Fundação trabalha mirando dois mapas. Um mostra o desmatamento atual, que é pequeno. Outro projeta o que acontecerá em 2050 se nada for feito. Mesmo no Amazonas, onde a floresta é mais preservada, os riscos são visíveis. Viajei por uma rodovia estadual que liga Manaus a Novo Airão. À beira da estrada, vi áreas recentemente desmatadas, onde a fumaça ainda sai de troncos queimados. [...]

LEITÃO, Miriam. In: Jornal O Globo. 19 jul. 2008. (adaptado)

1. Bolsa-Floresta, título do texto, é o nome dado a um(a)

(A) recurso adotado por empresas privadas para que a população dê suporte aos projetos de desmatamento.

(B) mensalidade destinada aos moradores das cercanias de áreas de preservação por sua ajuda.

(C) medida social para apoio às populações da floresta, que não têm de onde obter sobrevivência.

(D) doação governamental regular feita às pessoas que moram na floresta, como se fosse uma bolsa de estudos.

(E) ajuda realizada por organizações não governamentais para que a população de baixa renda possa se manter melhor.

2. A expressão em destaque no trecho “Quando os dados do desmatamento de maio saíram esta semana da gaveta ...” (primeiro parágrafo) pode ser adequadamente substituída, sem alteração do sentido, por

(A) foram finalmente examinados. (B) foram apresentados às autoridades. (C) foram tirados da situação de abandono. (D) encaminharam-se ao setor técnico. (E) chegaram ao conhecimento público.

3. No 2º parágrafo, o mérito da Zona Franca na

preservação florestal do estado do Amazonas deve-se ao fato de ter

(A) oferecido oportunidades de ganho para a

população, afastando-a do desmatamento. (B) atraído compradores de todas as partes do Brasil

com o seu comércio florescente. (C) criado uma área de comércio de bens livres de

impostos, o que favoreceu novas aquisições para a população.

(D) feito a promoção do desenvolvimento econômico da região, melhorando sua contribuição para o PIB brasileiro.

(E) aberto o mercado interno nacional para a entrada de produtos estrangeiros de alta tecnologia.

4. “No Amazonas, visitei uma das iniciativas para tentar

deter a destruição.” (primeiro parágrafo). Tal iniciativa é a(o)

(A) manutenção da Zona Franca. (B) criação do Bolsa-Floresta. (C) expansão de 1/3 da Amazônia. (D) preservação da floresta. (E) comprometimento do governo estadual.

5. Com a leitura do parágrafo que contém a oração

“porque criou alternativa de emprego e renda para a população do estado.” (segundo parágrafo) pode-se inferir que, no texto, a outra alternativa seria

(A) buscar outra fonte de renda. (B) desmatar a floresta. (C) emigrar para outro estado. (D) trabalhar na Zona Franca. (E) ser funcionário público.

EXERCÍCIO 06

O futuro do nosso petróleo

A recente confirmação da descoberta, anunciada

inicialmente em 2006, de reservas expressivas de petróleo

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leve de boa qualidade e gás na Bacia de Santos é uma notícia auspiciosa para todos os brasileiros. A possibilidade técnica de extrair petróleo a mais de 6 mil metros de profundidade eleva o prestígio que a Petrobras já detém, com reconhecido mérito, no restrito clube das mega-empresas mundiais de petróleo e energia, onde é vista como a pequena, mas muito respeitada, irmã. [...]

O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por dois motivos. Mais do que com dificuldades de exploração e de extração, o mundo sofre com a falta de capacidade de refino moderno, para produzir derivados com baixos teores de enxofre e aromáticos. Ao mesmo tempo, confirma-se em nosso hemisfério a cruel realidade de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao sul de Buenos Aires, se estão esgotando. Isso sem contar o natural aumento da demanda argentina por gás. Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de resinas termoplásticas para toda a região, sendo cerca de um terço delas destinado ao Brasil. A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas nos assombram, abrindo, ao mesmo tempo, novas oportunidades. O gás associado de Tupi, na proporção de 15% das reservas totais, é úmido e rico em etano, excelente matéria-prima para a petroquímica. Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade ou para uso veicular seria um enorme desperdício.

Outra oportunidade reside em investimentos maciços em capacidade de refino. O mundo está sedento por gasolina e diesel especiais, mais limpos, menos poluentes. O maior foco desta demanda são os Estados Unidos, que consomem 46% de toda a gasolina do planeta, mas esta é uma tendência que se vem espalhando como fogo em palha. O Brasil ainda tem a felicidade de dispor de etanol de biomassa produzido de forma competitiva, que pode somar-se aos derivados de petróleo para gerar produtos de alto valor ambiental. (Adaptado de Plínio Mario Nastari. O Estado de S. Paulo, Economia, B2, 28

de dezembro de 2007)

1. “Queimá-lo em usinas térmicas para gerar eletricidade

ou para uso veicular seria um enorme desperdício”. (final do 2o parágrafo). A opinião do articulista no segmento transcrito acima se justifica pelo fato de que

(A) na Argentina, além de haver aumento da

demanda por petróleo, as reservas de gás encontram-se em processo de esgotamento.

(B) os Estados Unidos são os maiores consumidores da gasolina produzida no planeta, tendência que ainda vem aumentando.

(C) as possibilidades técnicas de extração de petróleo a mais de 6 mil metros de profundidade ampliam o prestígio mundial da Petrobras.

(D) as reservas recém-descobertas na Bacia de Santos contêm gás de excelente qualidade para a indústria petroquímica.

(E) o Brasil dispõe de etanol de biomassa que, somado aos derivados de petróleo, diminui a poluição do meio ambiente.

2. “O Brasil tem uma grande oportunidade à frente, por

dois motivos”. (início do 2º parágrafo). Ocorre no contexto a retomada da afirmativa acima na frase:

(A) Mais do que com dificuldades de exploração e de

extração ... (B) ... para produzir derivados com baixos teores de

enxofre e aromáticos. (C) Estas reservas têm sido, até agora, a grande

fonte de suprimento de resinas termoplásticas para toda a região ...

(D) Estas reservas têm sido, até agora, a grande fonte de suprimento de reservas termoplásticas...

(E) A delimitação do Campo de Tupi e outros adjacentes na Bacia de Santos vem em ótima hora, quando estes dois fantasmas nos assombram...

3. “Isso sem contar o natural aumento da demanda

argentina por gás”. (2o parágrafo) O pronome grifado substitui corretamente, considerando-se o contexto, (A) as dificuldades de exploração e extração de

petróleo. (B) o esgotamento das reservas argentinas de gás. (C) a produção de derivados com baixos teores de

enxofre e aromáticos. (D) a grande oportunidade comercial que o Brasil

tem pela frente. (E) a exportação de gás da Argentina para o Brasil.

4. O emprego das vírgulas assinala a ocorrência de uma

ressalva em: (A) ....onde é vista como a pequena, mas muito

respeitada, irmã. (B) ... que a Petrobras já detém, com reconhecido

mérito, no restrito clube... (C) ... de que as reservas de gás de Bahia Blanca, ao

sul de Buenos Aires, se estão esgotando. (D) ... abrindo, ao mesmo tempo, novas

oportunidades. (E) O gás associado de Tupi, na proporção de 15%

das reservas totais, é úmido e rico em etano... EXERCÍCIO 07

Riscos da advocacia invadida

Tanto quanto se saiba, a polícia tem praticado

entradas forçosas em escritórios de advocacia, apreendido papéis e praticado outras violências. A versão oficial diz que as chamadas invasões não existem, pois se trata de ingressos autorizados por ordem judicial para fins

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determinados, relativos a investigações na apuração de responsabilidades graves.

A regra essencial a esse respeito é, porém, a da inviolabilidade do escritório do advogado. Sou advogado, além de jornalista e, portanto, parte interessada. Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos campos da Constituição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação. Comecemos pelo inciso 6 do artigo 5o da Carta Magna, o qual afirma ser “livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. A advocacia exige qualificações específicas, na Carta Magna e na Lei no 8.906/94, consistentes no diploma do bacharel em ciências jurídicas, no registro profissional na Ordem dos Advogados, depois da aprovação no Exame da Ordem.

Não é possível o exercício da profissão advocatícia se o cliente não tiver confiança absoluta em que as informações e os documentos passados a seu advogado sejam invioláveis. Nem será possível se o advogado puder ser constrangido a informar fatos relativos a seu cliente.

O sigilo do médico e o do sacerdote têm força igual à do sigilo do advogado. Daí dizer a Lei no 8.906/94, no inciso 19 do artigo 7º, ser direito deste profissional recusar-se a depor como testemunha, mesmo quando autorizado pelo constituinte, bem como sobre fato que constitua sigilo profissional. Se não pode depor, mesmo em juízo, imagine-se a gravidade de ver apreendido, em seu escritório, documento que implique em responsabilidade de seu cliente.

Tem havido, porém, escritórios que aceitam ser sede de empresas de seus clientes, designando locais, em seu espaço interno, para esse efeito. Em outros casos, o advogado é diretor de empresa, não se encontrando no exercício da profissão. São alternativas diversas das que tipificam a atividade profissional, não garantidas pela Constituição e pelas leis, quanto à inviolabilidade. Fora daí, invadir o escritório e apreender documentos físicos ou eletrônicos é abuso de direito, que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem considerado geradora de prova ilícita.

(Walter Ceneviva, Folha de S. Paulo, 07/05/2005)

1. O autor do texto manifesta-se contra práticas policiais

(A) a que falta o respaldo básico de uma ordem judicial explícita.

(B) de respaldo ético indiscutível, já que amparadas por determinação judicial.

(C) que ferem direito garantido, inerente a toda prática profissional.

(D) em que há abuso da autoridade e extrapolação de uma ordem judicial.

(E) em que se ignora direito já reconhecido pela jurisprudência.

2. Considere as seguintes afirmações:

I. Quanto à sua inviolabilidade, o direito ao sigilo de médicos e de sacerdotes é garantido no inciso 19 do artigo 7o da Lei no 8.906/94 e deveria, segundo o autor, ser estendido à prática advocatícia.

II. Para provar sua imparcialidade no tratamento da questão central de seu texto, o autor recusa-se a se valer de argumentos próprios à sua qualificação profissional.

III. Segundo o autor, a garantia de inviolabilidade do escritório de advocacia deixa de existir quando seu espaço for utilizado para o exercício de atividades outras.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em (A) III. (B) II e III. (C) II. (D) I e II. (E) I.

3. No segundo parágrafo, lê-se: “Por isso, limitarei as anotações cabíveis estritamente aos campos da Constituição e da lei vigente, sem qualquer extrapolação”. Deve-se entender que a expressão sublinhada na frase remete diretamente a uma informação já explicitada no contexto:

(A) a versão oficial nega as entradas forçosas. (B) o autor se declara parte interessada na questão

de que trata. (C) o autor está em pleno exercício de seu ofício de

jornalista. (D) a advocacia exige sempre qualificações

específicas. (E) os dispositivos legais já citados são inequívocos.

4. “Não é possível o exercício da advocacia se o cliente não tiver confiança em que as informações passadas a seu advogado sejam invioláveis”.

A frase continuará formalmente correta caso se substituam as expressões sublinhadas, respectivamente, por:

(A) alimentar a desconfiança em que //

compartilhadas de seu (B) presumir de que // confiadas ao seu (C) suspeitar de cujas // confidenciadas com seu. (D) não supuser que // reveladas a seu. (E) não confiar de que // transmitidas a seu.

EXERCÍCIOS 08 (Padrão CESPE)

Compreensão e interpretação de textos.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

► SEDU / ES (2010) “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão da China como protagonista de primeira grandeza na produção e nas finanças,com consequências marcantes para o resto do mundo. Para o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras. O impacto da demanda chinesa nos preços das matérias-primas foi talvez o principal fator da notável transformação das contas externas brasileiras, o que, por sua vez, abriu caminho para o crescimento. Uma eventual mudança para pior no quadro da expansão chinesa seria danosa para a economia global e para o Brasil em particular. A China foi o caso mais marcante de superação da crise de 2008, porque conseguiu crescer 8,7% no ano passado, enquanto o resto do mundo patinhava”.

Folha de S.Paulo, Editorial, 2/3/2010 (com adaptações).

01- Depreende-se das informações do texto que o

crescimento da economia brasileira foi influenciado pelas importações de matérias-primas realizadas pela China.

► SEDU / ES (2010) “Passados os tremores do sismo, a dor da perda de 230 mil mortos, enterrados muitos em valas comuns, a vida no Haiti precisa continuar”. 02- Pelos sentidos do texto, a palavra “sismo” significa

sinistro, tragédia. ► SEDU / ES (2010) “Em decorrência da proliferação desenfreada do consumismo nas metrópoles, aconteceu nos últimos anos aumento sensível do acúmulo de lixo urbano, também chamado de lixo caseiro. Em inúmeros casos, a situação resulta da falta de princípios elementares de educação e do desconhecimento de mínimas noções de higiene”. 03- A palavra “proliferação” está sendo empregada com o

sentido de liberação. 04- Com o emprego da palavra “consumismo”, confere-se

à ideia de consumo a noção de exagero. ► “O exercício do poder ocorre mediante múltiplas dinâmicas, formadas por condutas de autoridade, de domínio, de comando, de liderança, de vigilância e de controle de uma pessoa sobre outra, que se comporta com dependência, subordinação, resistência ou rebeldia. Tais dinâmicas não se reportam apenas ao caráter negativo do poder, de opressão, punição ou repressão, mas também ao seu caráter positivo de disciplinar, controlar, adestrar, aprimorar. O poder em si não existe, não é um objeto natural. O que há são relações de poder heterogêneas e em

constante transformação. O poder é, portanto, uma prática social constituída historicamente. Na rede social, as dinâmicas de poder não têm barreiras ou fronteiras: nós as vivemos a todo momento. Consequentemente, podemos ser comandados, submetidos ou programados em um vínculo, ou podemos comandá-lo para a realização de sua tarefa, e, assim, vivermos um novo papel social, que nos faz complementar, passivamente ou não, as regras políticas da situação em que nos encontramos”.

Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações)

05- A preposição “mediante” (início do texto) estabelece

relação de movimento entre “exercício do poder” e “múltiplas dinâmicas”.

06- É correto concluir, a partir da argumentação do texto,

que o poder é dinâmico e que há múltiplas formas de sua realização, com faces heterogêneas, positivas ou negativas; além disso, ele afeta todos que vivem em sociedade, tanto os que a ele se submetem, quanto os que a ele resistem.

07- De acordo com a argumentação do texto, o poder

“não é um objeto natural” porque é criado artificialmente nas relações de opressão social.

08- Na organização da textualidade, é coerente

subentender-se a noção de possibilidade, antes da forma verbal “vivermos”, inserindo-se “podermos”.

EXERCÍCIO 09 (Padrão CESPE) TEXTO I Bandos de homens armados perpetram anualmente 450 roubos a bancos e carros-fortes no Brasil. Tais episódios põem em risco a vida de clientes, agentes de segurança e policiais, mas o prejuízo financeiro é relativamente pequeno para as instituições. Para os bancos, a maior ameaça está embutida nos serviços prestados pela Internet ou por outros meios eletrônicos. As perdas resultantes de assaltos são de 50 milhões de reais anuais. Já os crimes cujas armas são os computadores devem, em 2010, ser responsáveis por perdas de 900 milhões de reais, dezoito vezes mais que nos assaltos convencionais. Os crimes eletrônicos proliferam porque oferecem pouco risco aos bandidos, e as autoridades têm dificuldade de puni-los. O Código Penal não prevê os crimes virtuais. Quando são presos, os criminosos respondem geralmente por estelionato, cuja pena máxima é de cinco anos de cadeia. Se fossem condenados por assalto a banco, eles poderiam ser punidos com até quinze anos de prisão. Por causa dessas vantagens, há de 100 a 150 quadrilhas virtuais em atividade no país. Para reverter esse quadro, a Federação Brasileira de Bancos tenta convencer o Congresso Nacional a criar uma legislação específica para

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

punir os delitos eletrônicos, semelhante àquela adotada há nove anos pela União Europeia.

André Vargas. Assalto.com.br. In: Veja, 24/11/2010 (com adaptações).

1- Afirma-se, no texto, que os crimes eletrônicos

ocorrem cada vez mais amiúde, porque a falta de legislação específica favorece os bandidos.

2- Infere-se do texto que, embora seja uma das mais

avançadas e democráticas do mundo, a legislação brasileira não tem acompanhado o avanço do crime virtual no país.

3- De acordo com o texto, os assaltos à mão armada são

menos nocivos à população e aos bancos do que os assaltos eletrônicos.

4- Segundo o texto, o risco de uma pessoa ser vítima de

assalto na Internet é maior do que o de ela ser assaltada em uma agência bancária.

05- O vocábulo “perpetram” (1ª linha do texto) poderia

ser substituído por cometem, sem que isso acarretasse prejuízo semântico ou sintático ao texto.

TEXTO II No Brasil, um exame, ainda que superficial, da questão da segurança pública revela que há um crescimento contínuo da criminalidade e da violência, principalmente nas regiões metropolitanas e nas periferias das grandes cidades do país, e que o sistema judiciário e, em particular, a polícia têm se mostrado ineficazes para o enfrentamento da questão. Especialmente nas áreas urbanas do país, a sensação de medo e insegurança tem sido experimentada como grave problema público devido à expectativa de que qualquer pessoa pode-se tornar vítima de crime em qualquer ponto das cidades e em qualquer momento de sua vida cotidiana. Nesse cenário caótico de insegurança, um dos temas frequentemente levantados é a necessidade de profissionalizar a polícia brasileira como recurso para capacitá-la para o desempenho mais eficiente, mais responsável e mais efetivo na condução da ordem e da segurança públicas. Não obstante nas últimas duas décadas se terem verificado inovações na área da formação profissional, poucas iniciativas lograram sucesso no sentido de implementar mudanças efetivas nas práticas e nos procedimentos dominantes. A atividade policial mostra-se inscrita em um padrão de desempenho que se traduz não só na ineficácia dos resultados, mas que se reveste de aspectos suplementares, relacionados, fundamentalmente, à forma de atuação predominantemente violenta e arbitrária da polícia, permanecendo como desafio à sociedade contemporânea brasileira. Salvo raríssimas exceções, as

propostas para reformulação da formação profissional da polícia no país não incorporaram o debate sobre o modelo profissional a ser adotado pela polícia e as metodologias práticas de intervenção para a realização das tarefas cotidianas que envolvem a manutenção da ordem e da segurança públicas.

Paula Poncioni. O modelo policial profissional e a formação profissional do futuro policial nas academias de polícia do estado do Rio de Janeiro. In: Sociedade e Estado, vol. 20, n.o 3. Brasília, set.-dez./2005. Internet:

<www.scielo.br> (com adaptações).

06- De acordo com o texto, os sistemas judicial e policial

brasileiros têm sido inoperantes no que tange ao aumento da criminalidade.

07- Segundo o texto, a vulnerabilidade da população com

relação à exposição à violência urbana confere ao problema da criminalidade o caráter de problema público de alta gravidade

08- Infere-se do texto que uma atuação renovada e eficaz

da polícia deve envolver atitudes menos violentas. 09- Conforme a autora, a necessidade de

profissionalização da polícia brasileira advém do aumento do número de crimes nas grandes cidades e nas periferias do país.

10- O texto afirma que poucas iniciativas de mudança no

setor policial foram bem-sucedidas, conquanto tenha havido alterações na formação profissional policial nos decêndios mais recentes.

EXERCÍCIOS 10 (Padrão ESAF) 1- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a

opção incorreta em relação às ideias do texto.

Com a passagem da manufatura para a indústria, a produtividade do trabalho humano deu um grande salto, provocando uma larga dispensa de mão-de-obra. Legiões de trabalhadores desempregados alargavam o mar dos excluídos. Para muitos deles, a máquina passou a ser vista como a grande inimiga. E surgiram explosivas campanhas de quebra-máquinas. Até que as ideias se ajustaram na campanha internacional pela jornada de oito horas de trabalho, como uma forma de estabelecer um novo equilíbrio entre a produtividade-hora e a jornada diária de trabalho, atenuando os rigores da exploração capitalista. Com altos e baixos e à custa de sangue e mortes, a chamada “semana inglesa”, com as 48 horas semanais, terminou se impondo em todo o mundo. Na década de 70 as centrais sindicais europeias, ante os novos patamares de produtividade do trabalho, acompanhadas das ondas de demissão, levantaram a bandeira da jornada de 35 horas semanais, sob o lema

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de “trabalhar menos para trabalharem todos”. Na década de 80 a reivindicação foi assimilada. E no Brasil, a Constituição de 1988 acompanhou a tendência, consagrando a jornada de 44 horas semanais. Daquela época até agora, a produtividade continuou avançando com a telemática, a bioengenharia, a robótica, a informática e as novas formas de organização e gerenciamento da força de trabalho. E as demissões continuaram se alargando em todo o mundo, ampliando os contingentes do chamado exército industrial de reserva.

(Marcelo Mário de Melo, Jornal do Commercio(PE), 31/01/2008.)

a) O advento da máquina na indústria provocou

uma grande onda de desemprego, pois a produtividade do trabalho aumentou exigindo menos mão-de-obra.

b) A chamada “semana inglesa”, com jornada de 48 horas semanais, foi uma conquista dos trabalhadores alcançada com muita luta.

c) Os ajustes para manter a semana de trabalho em torno de 44 horas garantiram o decréscimo das demissões e o pleno emprego no mundo ocidental.

d) A Constituição brasileira de 1988, acompanhando a tendência mundial, consagrou a jornada semanal de trabalho de 44 horas.

e) Para assegurar emprego para mais trabalhadores, as centrais sindicais europeias, a partir da década de 70, defenderam a jornada semanal de 35 horas.

02- (CGU 2008-Técnico de finanças e controle) Assinale a

asserção incorreta a respeito da organização das ideias do texto, seus sentidos e elementos linguísticos. Seriam os furtos inconhos da espécie humana? Isso mesmo que deu para entender: inconhos, frutos que nascem pegados a outros. O trocadilho furtos/frutos saiu-me sem querer. Peço desculpas e repito a pergunta: nasceria o furto inconho, acoplado, pegado à espécie humana? Sim, porque as coisas que vemos aí, das mais humildes funções aos mais altos escalões, sugerem que o furto seja tão necessário quanto o oxigênio para a sobrevivência de nossa espécie. (Eduardo Almeida Reis. “Furtos inconhos”,Correio Braziliense, 10/1/2008, p. 6)

a) Há segmentos no texto em que o autor se dirige

diretamente ao leitor. b) Ao explicar o significado de “inconhos”, o autor

está acionando a função metalinguística da linguagem.

c) Ocorre também trocadilho em: Na vida tudo passa, até uva passa.

d) Iniciar texto com pergunta, como acontece nesse texto, é um recurso estilístico que desobriga o

autor de responder, deixando ao leitor o processamento mental da resposta.

e) Ocorre comparação de igualdade no texto. 03- ESAF 2012 (Engenheiro de incêndios florestais)

Sabe-se muito pouco dos rumos que as grandes cidades tomarão nas próximas décadas. Muitas vezes nem se prevê a dinâmica metropolitana do próximo quinquênio. Mesmo com a capacitação e o preparo dos técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana, há variáveis independentes que interferem nos planos e projetos elaborados pelos legislativos e encaminhados ao Executivo. Logicamente não se prevê o malfadado caos urbano, mas ele pode ensejar que o país se adiante aos eventos e tome medidas preventivas ao desarranjo econômico, que teria consequências nefastas. Para antecipar-se, o Brasil tem condições propícias para criar think tanks ou, em tradução livre, usinas de ideias ou institutos de políticas públicas. Essas instituições podem antecipar-se ao que poderá surgir no horizonte. Em outras palavras, deseja-se o retorno ao planejamento urbano e regional visando o bem-estar da sociedade. Medidas nessa direção podem (e devem) estar em consonância com a projeção de tendências e mesmo com a antevisão de demandas dos destinatários da gestão urbana – os cidadãos, urbanos ou não. (Adaptado de Aldo Paviani, Metróples em expansão e o futuro. Correio Braziliense, 8 de dezembro, 2011)

Infere-se da argumentação do texto que:

a) os técnicos dos órgãos envolvidos com a questão urbana deveriam ser mais capacitados para realizar os projetos encaminhados ao Executivo.

b) a dinâmica metropolitana altera-se a cada quinquênio, seguindo variáveis que devem constar dos planos e projetos de cada período legislativo.

c) institutos de políticas públicas teriam como tarefa o planejamento urbano e regional, antecipando-se a um possível desarranjo econômico.

d) o caos urbano que poderá afetar as grandes cidades nos próximos anos terá o desarranjo econômico como uma de suas piores consequências.

e) as demandas crescentes dos habitantes das grandes cidades contrastam com a baixa demanda dos cidadãos não urbanos.

04- ESAF 2010 (Fiscal de rendas)

A Eurostat, o organismo da União Europeia encarregado da elaboração de estatísticas econômicas, mostrou que, em abril, nada menos que 101 entre cada 1.000 cidadãos em atividade na área

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

do euro (16 países) não conseguiram encontrar ocupação remunerada. É a pior situação em 12 anos. Reduzir tudo a efeito natural da atual crise é simplismo. Flagelos assim são como os desastres de avião: sempre têm múltiplas causas. O crescente desemprego no mundo rico foi acentuado pela crise, mas é bem mais do que isso. É o resultado de algumas degradações acumuladas nas últimas décadas: perda de competitividade da indústria, rápido envelhecimento da população, custo elevado da mão de obra, falta de reformas políticas e econômicas. Paradoxalmente, a crise do desemprego tende a se acentuar pelos fatores que pretendiam atenuar seu impacto. Assim como a antecipação da aposentadoria pretendia abrir vagas aos mais jovens, mas tudo o que produziu foi a deterioração das finanças dos sistemas previdenciários, os mecanismos de seguro social vêm ajudando a criar enormes rombos, que, por sua vez, atiram as finanças públicas ao endividamento e à insolvência (e não apenas à falta de liquidez), como parece ser o caso da Grécia e talvez o de Portugal e Espanha. E aí chegamos a uma situação em que os instrumentos de defesa do emprego criam mais desemprego.

(Celso Ming, O Estado de S. Paulo, 2/6/2010)

Em relação às ideias do texto, assinale a opção correta. a) Há 12 anos, a situação na União Europeia

apresentava desemprego muito maior que as taxas atuais.

b) A crise econômica atual começou a provocar o desemprego na área do euro.

c) O rápido envelhecimento da população contribui para diminuir as taxas de desemprego na União Europeia.

d) A antecipação da aposentadoria e a abertura de vagas para os mais jovens fortaleceram os sistemas previdenciários.

e) Medidas que pretendiam atenuar o impacto da crise do desemprego resultaram em mais desemprego.

05- ESAF 2010 (Agente da fazenda)

A informação do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário sobre a arrecadação de impostos no país, através do instrumento denominado Impostômetro, é mais um elemento de transparência da democracia brasileira. É bom para o país que instituições independentes façam este tipo de acompanhamento do poder público. Mas seria importante, também, que os próprios governos mantivessem constante atualização pública do que arrecadam e gastam, para que os cidadãos se sintam efetivamente representados pelos governantes que elegem. O sistema de impostos é a maneira histórica com que o poder público, no país e no mundo,

arrecada recursos para sustentar-se, para promover os serviços essenciais e para investir em obras de sua responsabilidade. Neste sentido, o sistema é imprescindível, integrando de maneira fundamental a estruturação do Estado e da sociedade. Assim, numa sociedade organizada, pagar imposto faz parte dessa espécie de contrato social que garante ao país o funcionamento adequado, a promoção da saúde, da segurança e da educação e a manutenção das instituições e dos poderes. O controle social dos gastos públicos e a fiscalização dos cidadãos em relação ao uso adequado dos recursos são questões básicas para a qualidade do crescimento do país.

(Zero Hora, RS, Editorial, 28/7/2010)

Em relação às ideias do texto, assinale a inferência correta.

a) O Instituto Brasileiro de Planejamento é uma

instituição oficial pública. b) O acompanhamento do poder público por

instituições independentes prejudica o desenvolvimento do País, porque elas têm seus próprios interesses.

c) A qualidade do crescimento do país está relacionada com o controle social dos gastos públicos realizado pelos cidadãos.

d) Se os governos mantivessem informações disponíveis sobre seus gastos e sua arrecadação, a administração fi caria prejudicada.

e) O sistema de impostos é dispensável para a estruturação do Estado e da sociedade.

06- ESAF 2010 (Agente de trabalhos de engenharia)

A última reforma tributária entrou em vigor em 1967, com a implantação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A Constituição de 1988 manteve as características essenciais do sistema e transformou o ICM em ICMS, com a inclusão de alguns serviços em sua base de incidência. Eram impostos mais modernos e mais funcionais que os anteriores. Mas com o tempo o sistema foi desfigurado. A guerra fiscal distorceu as decisões de investimento. Os tributos, acrescidos de várias contribuições, passaram a pesar excessivamente sobre os investimentos e a atrapalhar as exportações. A tributação tornou-se incompatível com uma economia cada vez mais integrada globalmente. Com a abertura da economia, as empresas mudaram e tomaram o caminho da competitividade. O setor público mudou muito menos, apesar das políticas de ajustes e de reformas adotadas com sucesso a partir dos anos 90.

(O Estado de S. Paulo, 26/5/2010)

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Em relação às ideias do texto, assinale a opção correta.

a) A Constituição de 1988 implantou o Imposto

sobre Circulação de Mercadorias e o Imposto sobre Produtos Industrializados.

b) O sistema de impostos criado na última reforma tributária sofreu alterações em 1988 e depois foi deturpado.

c) As exportações foram beneficiadas pelos investimentos que ficaram livres de grande parte da tributação.

d) A economia globalizada se beneficiou do sistema de tributação moderno que foi implantado no País e que vigora desde 1988.

e) O setor público acompanhou as transformações das empresas em direção à competitividade, atualizando-se rapidamente.

GABARITO EXERCÍCIO 01

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

D A C E B C D C B E

11 12 13 14 15 16 17

A D A B A E D

GABARITO EXERCÍCIO 02

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C A D B E B E C D B

GABARITO EXERCÍCIO 03

01 02 03 04 05

C B A B D

GABARITO EXERCÍCIO 04

01 02 03 04

C E B D

GABARITO EXERCÍCIO 05

01 02 03 04 05

B E A B B

GABARITO EXERCÍCIO 06

01 02 04 04

D E B A

GABARITO EXERCÍCIO 07

01 02 03 04

E A B D

GABARITO EXERCÍCIO 08

01 02 03 04 05 06 07 08

C E E C E C E E

GABARITO EXERCÍCIO 09

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C E E E C C C C E C

GABARITO EXERCÍCIOS 10

01 02 03 04 05 06

C D C E C B

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

02. Classes de Palavras

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Mais para alta do que para baixa. Tema recorrente. Mas, vamos entender como é essa recorrência. Você sabe que é nessa aula que voltamos ao ensino fundamental (mais precisamente, voltamos à 5ª série, hoje, 6º ano). Bom, naquela época você tinha que saber que um substantivo tinha inúmeras classificações: se tal substantivo é simples ou composto, primitivo ou derivado, concreto ou abstrato etc. O mesmo vale para os adjetivos, pronomes, numerais, dentre outros, que apresentam inúmeras classificações. A questão é: se a organizadora é CESPE, FCC, ESAF, FUNRIO ou CESGRANRIO, por exemplo, não é necessário que você se entupa de classificações e mais classificações. Não perca tempo com isso. Essas organizadoras costumam cobrar o assunto em questão de maneira inteligente, reflexiva, levando em conta o texto e o contexto. Por isso, foque nos conceitos. Ou seja: você tem que saber diferenciar, com competência, um substantivo de um pronome; não confundir um verbo com um substantivo, dentre outros.

DICA: Quanto mais desconhecida for a organizadora do seu concurso, mais há a possibilidade de ser cobrado um conteúdo bem ao estilo da 5ª série. Por exemplo, o CBI Concursos exige, frequentemente, questões de separação silábica; o IMPARH adora querer saber se o coletivo de “formigas” é mesmo “correição” etc. Logo, aconselho que você procure conhecer a organizadora desconhecida e adequar-se a ela. DICA DE ESTUDO: Se você é um concurseiro de primeira viagem e já não estuda Português há bastante tempo, sugiro que você dê uma atenta lida nos conceitos básicos desse assunto. Ou seja, se você nem mesmo se lembra o que é um pronome, é melhor, antes de começar a resolver as questões, “amarrar” os conceitos para que você não os confunda mais tarde. Por isso, é bom ter uma gramática ao seu lado sempre. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no mínimo, duas (isso numa prova de 10 questões); para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade é quase zero.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

STATUS: Em casa e com leitura individual. ■ AS CLASSES DE PALAVRAS

Qualquer idioma necessita de palavras para que a comunicação se estabeleça. Quando essas palavras se organizam para formar um texto, adquirem significações específicas: nomear seres, indicar características, qualidades, fazer conexões etc. De acordo com essas significações, as palavras da língua portuguesa estão agrupadas em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais, a saber: substantivo, artigo, adjetivo, numeral, pronome, verbo, advérbio, preposição, conjunção e interjeição.

1 - SUBSTANTIVOS

São as palavras que dão nome aos seres e às coisas em geral.

Como identificá-los em um texto? Os substantivos, em tese (ou seja, na maioria das vezes), virão sempre acompanhados de um determinante (artigo, pronome, numeral, adjetivo e/ ou locução adjetiva).

Como essa classe pode ser pedida em uma prova de concurso?

TEXTO

QUESTÃO 01: Destaque todos os substantivos do texto abaixo.

“O ensino público brasileiro está de recuperação. Dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) indicam que 70% dos alunos das séries avaliadas (quinto e nono anos do ensino fundamental e terceiro do ensino médio) não atingiram níveis de aprendizado considerados adequados em língua portuguesa e matemática. O número mais alarmante está no terceiro ano do ensino médio: apenas 9,8% dos alunos dominam conhecimentos que deveriam saber em matemática”.

ARTIGOS

São as palavras que acompanham os substantivos, modificando-os ou determinando-os, isto é, indicando gênero (masculino ou feminino) e número (singular ou plural). Os artigos podem ser definidos ou indefinidos.

DEFINIDOS O, A, OS, AS.

INDEFINIDOS UM, UNS, UMA, UMAS.

Como podem cair em uma prova de concurso:

01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Diferentes autores apresentam de maneiras diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam que é mister conciliar cinco

qualidades essenciais da linguagem legislativa, a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção”.

( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas.

02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Quando possível, os teoremas e teorias mais belos são também os mais simples: dadas duas ou mais explicações para o mesmo fenômeno, vence a mais simples. Esse critério é conhecido como a lâmina de Ockham, atribuído a William de Ockham, um teólogo inglês do século XIV”.

( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV”, que serve como aposto apresentador de informações acerca de William de Ockham, o artigo indefinido poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto.

Aposto explicativo: termo sintático cuja função é esclarecer (elucidar) um outro termo não muito claro no texto. Ex.: Maurice Blanchot, filósofo francês, tem um ponto de vista complexo a respeito da linguagem literária.

GABARITO

01 A resposta dessa questão está na primeira letra da palavra “casa”.

02 A resposta dessa questão está na primeira letra da palavra “campo”.

PEGADINHAS!!!

a) Não confundir os artigos definidos com os pronomes pessoais oblíquos.

- João é um rapaz muito determinado. Aquele fato o motivou. (pronome) [o = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e não uma pessoa]

- Ele não citou o motivo de sua demissão. (artigo) [o = é o determinante de “motivo”]

- Maria muito trabalhava no ano passado. Nunca a encontrava em casa. (pronome) [a = representa alguém citado no texto; mas poderia, num outro texto, representar algo, e não uma pessoa]

- A moça encontrava-se em casa. (artigo) [ a = é o determinante de “moça”]

Morfologicamente Sintaticamente

Artigos A, O, AS, OS Adjuntos Adnominais

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Pronomes A, O, AS, OS Objetos Diretos

b) Não confundir os artigos definidos com os pronomes demonstrativos.

- O que....= aquilo que ou aquele que - Os que....= aqueles que - A que....= aquela que - As que....= aquelas que

ESQUEMATIZANDO

O “COMBO” DE PRONOMES

Pronome demonstrativo Pronome relativo

O que

Os que

A que

As que

Exemplos:

- Quase todos os alunos saíram; os que ficaram tinham dúvidas.

- O que mais admiro em você é a sinceridade. - Não sei se o que houve foi proposital. - Mulheres são exigentes; as que não são devem ter

valores diferenciados.

ADJETIVOS

São palavras que caracterizam os seres e as coisas em geral, podendo expressar qualidade, estado, modo de ser, aparência etc. Os adjetivos sempre orbitam a “atmosfera” do substantivo. Portanto, onde há substantivos, há grande chance de se notar, no mínimo, um adjetivo.

Ex.: combativo, mau, amargurado, arrogante, tristíssimo etc.

Esquema 01

a) No grau comparativo, a estrutura “do” é facultativa.

- A proposta do engenheiro é mais sensata (do) que a do arquiteto.

PEGADINHA!!!!

As formas analíticas representadas por “mais bom”, “mais mau”, “mais grande” e “mais pequeno” apenas devem ser utilizadas quando se comparam duas características de um mesmo ser.

Exemplos:

- Pedro é mais bom (do) que esforçado. - O garoto é mais mau (do) que esperto. - Aquele cão é mais pequeno (do) que bravo. - Teu quarto é mais grande (do) que ventilado.

Esquema 02

Grau superlativo relativo

de inferioridade de superioridade

Ele é o menos fraco do grupo.

Ele é o mais fraco do grupo.

Grau superlativo absoluto

Analítico sintético

Este livro é muito fraco. Este livro é fraquíssimo.

NUMERAIS

São palavras que quantificam, ordenam, multiplicam ou fracionam o substantivo. Os numerais podem ser:

- Cardinais: Indicam uma quantidade determinada de seres. Exemplos: um, dois, três...

- Ordinais: Indicam a ordem (posição) que o ser ou a coisa ocupa numa série. Exemplos: primeiro, segundo, terceiro...

- Multiplicativos: Expressam ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Exemplos: dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo, Sêxtuplo, Sétuplo, Óctuplo, Nônuplo, Décuplo, Undécuplo e Duodécuplo.

- Fracionário: Expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida. Exemplo: um meio, um terço, dois quartos, dois quintos...etc.

Obs.: Ambos e Ambas são considerados numerais duais.

Numerais x Concordância verbal

a- Já...............(são/é) duas horas da tarde.

b- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) uma e meia.

c- Acontece que, no meu relógio,............................ (marca/marcam) 13h 30min.

d- ..............(É/São) meio-dia e meia.

e- .........................(Resta/Restam) 15 minutos de jogo.

f- 1,5% não.....................(sabe/sabem) em quem votar.

g- 10% não .................................(resolve/resolvem) os problemas da população.

h- 51% .............................(decide/decidem) uma eleição.

RESPOSTAS

a- são, b- marca, c- marcam, d- É, e- Restam, f- sabe, g- resolvem, h- decidem.

PRONOMES

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Palavras que acompanham ou substituem o substantivo. Os pronomes apoiam os substantivos ou evitam a repetição deles dentro do texto.

CUIDADO!!!!

a) Quando sujeitos, os pronomes retos não podem ser preposicionados.

- Não era o momento dele abandonar o futebol. (frase................*).

- Não era o momento de ele abandonar o futebol. (frase..............*).

RESPOSTAS: errada e certa, respectivamente.

(CESPE 2015 TJ DF)

Cada um dos itens a seguir, que apresenta uma proposta de reescrita de trecho do texto — entre aspas —, deve ser julgado certo se, ao mesmo tempo, a proposta estiver gramaticalmente correta e não acarretar prejuízo ao sentido original do texto, ou errado, em caso contrário.

TEXTO ORIGINAL DA PROVA CESPE: “Esses atos são capazes de gerar sentimento de insegurança nos membros da família”.

TEXTO PROPOSTO PELA BANCA CESPE: “É capaz desses atos gerarem sentimento de insegurança nos membros da família” .

RESPOSTA: a segunda letra da palavra FERMENTO traz a resposta.

b) Nossa banca pode pedir, em relação ao pronome interrogativo “que”, para você mudar a ordem dos elementos da frase.

Ordem inversa Ordem direta

- O que você viu ontem? - Você viu ontem o quê?

- De que ele gosta mais? - Ele gosta mais de quê?

Para que eu fiz isso? - Eu fiz isso para quê?

Pronomes possessivos

O nome sugere, claramente, a sua função: indicar relação de posse. São estes:

Meu(s), minha (s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s), dele(s), dela(s).

Como podem cair nas provas:

a) Exceto “dele(a)(s)”, todos os demais possessivos femininos no singular permitem, quando há situação de crase, a sua facultatividade.

- Ele disse tudo à minha família. (a minha família) - A direito à tua privacidade é fundamental (a tua

privacidade). - Esse fato diz respeito à sua vida. (a sua vida)

Pronomes demonstrativos

Como nos possessivos, o nome do pronome também sugere muita coisa: os demonstrativos “apontam” para algo ou alguém, servem para precisar dados, pessoas ou fatos que ocorram num texto.

este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s), isto, isso, aquilo, tal.

Como podem cair nas provas:

c) Alguns desses pronomes podem desempenhar o papel de retomar /sinalizar palavras ou ideias no texto. Chamamos esse papel de anafórico (referência para trás) e catafórico (referência para frente).

A dupla “Bebeto & Romário” = Este(a)(s) & Aquele(a)(s)

Este(a)(s) retomará o referente mais próximo.

Aquele(a)(s) retomará referente mais distante.

- “Com cada vez mais usuários, a Internet está criando novos hábitos de comunicação entre as pessoas. Estas estão até reagindo bem a tudo, enquanto aquela faz corretamente o seu serviço de crescer”.

c) “Estas” retoma “as pessoas”.

d) “Aquela” retoma “internet”.

O “Este(a)(s)” pode surgir sozinho no texto

“Ela comprou os livros, os cadernos e os lápis. Estes, contudo, foram os mais fáceis de achar”.

- “Estes” remete a........................................

“Após a CPI, o único político punido foi este: nenhum”.

- “Este” remete a........................................

A dupla Esse(a)(s) /Tal + Substantivo “lanterna”

SITUAÇÃO 00 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas”.

SITUAÇÃO 01 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que

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para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Essa novidade faz com que as agências....

SITUAÇÃO 02 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Esse estudo ocorreu nos meses de abril e maio e mostrou também que....”

SITUAÇÃO 03 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Esse turista injetará dinheiros nos cofres públicos e....”

SITUAÇÃO 04 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Essa pasta vem realizando trabalhos importantes....”.

SITUAÇÃO 05 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Tal faculdade também divulgou importantes estudos sobre....”

SITUAÇÃO 06 - “Em época de alta do dólar, o brasileiro volta a mostrar mais interesse em viajar pelo país do que para o exterior, segundo pesquisa do Ministério do Turismo, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas. Tal moeda já vinha sofrendo altas desde o começo do ano e....”

Como usar o ISSO

- O pronome “isso” retoma uma ideia (um processo), e não uma palavra ou expressão isolada do texto.

“A manifestação também recebeu maciço apoio da comunidade acadêmica. Isso, contudo, não foi suficiente para que as propostas fossem atendidas”.

- “Isso” refere-se a..........................................

Como usar o ISTO

“Só desejo a você isto: que seja aprovado”.

- “Isto” refere-se a.................................

Pronomes relativos

Os pronomes relativos são aqueles que se relacionam com outros elementos do texto, a saber: substantivos (na maioria das vezes).

que, quem, onde e cujo(a)(s)

Como podem cair em provas:

b) Lembre-se de que o pronome QUE pode ser transformado em o qual, os quais, a qual e as quais.

- Os livros de Machado de Assis, que são muito bem conceituados, têm um bom preço.

Obs.: “que” refere-se a “livros”.

- Os livros de Machado de Assis, os quais são muito bem conceituados, têm um bom preço.

- Os cientistas analisaram a proposta que foi recusada pelos políticos.

Obs.: “que” refere-se a “proposta”.

- Os cientistas analisaram a proposta a qual foi recusada pelos políticos.

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS 2014 (METRÔ DE SÃO PAULO) Os pronomes “que” (1º parágrafo), “sua” (2º parágrafo) e “a qual” (3º parágrafo), referem-se, respectivamente, a:

(A) exemplo − Jeca − composições

(B) fluidez − Jeca − voz exemplar do migrante

(C) Tristeza do Jeca − homem − canção popular

(D) exemplo − homem − voz exemplar do migrante

(E) fluidez − homem − canção popular

1º parágrafo - Gravada por “caipiras” e “sertanejos”, nos “bons tempos do cururu autêntico”, assim como nos “tempos modernos da música ‘americanizada’ dos rodeios”, Tristeza do Jeca é o grande exemplo da notável, embora pouco conhecida, fluidez que marca a transição entre os meios rural e urbano, pelo menos em termos de música brasileira.

2º parágrafo - Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz grave, o Jeca surge humilde e sem vergonha alguma da sua “falta de masculinidade”, choroso, melancólico, lamentando não poder voltar ao passado e, assim, “cada toada representa uma saudade”.

3º parágrafo - “A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. Moderna, sofisticada e citadina, essa música foi e é igualmente roceira, matuta, acanhada, rústica e sem trato com a área urbana, de tal forma que, em todas essas composições, haja sempre a voz exemplar do migrante, a qual se faz ouvir para registrar uma situação de desenraizamento, de dependência e falta”, analisa a cientista política Heloísa Starling”.

RESPOSTA: A letra que inicia a palavra BANCO traz a resposta.

c) O pronome ONDE só se refere a um lugar: rio, praça, casa, bolso, quintal etc.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

FRASES CORRETAS

- Ele conheceu a praça onde havia muitas barracas com comidas exóticas.

Obs.: Onde = em que = no qual, na qual, nos quais, nas quais.

- Ele conheceu a praça em que havia muitas barracas com comidas exóticas.

- Ele conheceu a praça na qual havia muitas barracas com comidas exóticas.

FRASES COMPARADAS

- Ele se deparou com um momento onde mudou tudo. (frase errada)

- Ele se deparou com um momento em que mudou tudo. (frase correta)

- O jogo onde todos os atletas brigaram foi horrível. (frase errada)

- O jogo em que todos os atletas brigaram foi horrível. (frase correta)

INSS 2016

“Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre”.

( ) Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde caberiam” fosse substituído por que caberia.

RESPOSTA: a primeira letra da palavra ESPADA traz a resposta da questão.

d) O pronome QUEM sempre se refere a uma pessoa e sempre é preposicionado

- Esta é a mulher por quem o meu amigo se apaixonou.

- O professor a quem ele se referiu faltou ontem.

- Nós vimos o médico de quem o enfermeiro falou mal.

Obs.: É totalmente correto substituir QUEM por QUE (o qual, os quais, a qual, as quais), mas a frase vai ficar muito esquisita, aparentemente errada, mas não estará. Veja:

- Esta é a mulher por que o meu amigo se apaixonou.

- O professor a que ele se referiu faltou ontem.

- Nós vimos o médico de que o enfermeiro falou mal.

Melhorando a “aparência” das frases acima:

- Esta é a mulher pela qual o meu amigo se apaixonou.

- O professor ao qual ele se referiu faltou ontem.

- Nós vimos o médico do qual o enfermeiro falou mal.

e) O pronome CUJO(A)(S) estabelece relação de posse e não pode ser trocado pelo QUE.

- Os livros cujas capas estavam rasgadas eram raros.

- A mulher cuja preocupação é cuidar dos filhos tem o respeito de todos.

As frases abaixo estão completamente erradas:

- Os livros cujas as capas estavam rasgadas eram raros.

- A mulher cuja é preocupada com os filhos tem o respeito de todos.

- As ideias cuja nos ensinam as coisas fortalecem o homem.

Verbos

Sem dúvida, é a classe gramatical mais complexa de todas. Rica em variações, usos, substituições, irregularidades, significações etc., é a classe que iremos analisar ao longo do nosso curso; ou seja, não para por aqui, até porque seria uma grande injustiça. Portanto, o que iremos investigar, agora, é apenas uma amostra dessa classe tão versátil.

Definição

Palavra que indica ação, estado ou fenômeno da natureza.

Obs.: “Ação” não significa, necessariamente, ação física

Exemplos:

- Os médicos deixaram o hospital bem cedo. (ação)

- A Bovespa especula que tais ações podem cair. (ação)

- O tema “verbos” é complexo. (qualidade)

- A cidade parece calma. (estado)

- Choveu ontem. (fenômeno da natureza)

Modos verbais

Os verbos do português têm modos. Os modos indicam os valores semânticos que podem ser notados em cada verbo. Vamos a eles:

a) Indicativo: Manifesta uma certeza da ação ou do estado que manifesta o verbo. O leitor não tem dúvidas de que aquela ação esteja ocorrendo, tenha ocorrido ou venha a ocorrer.

- Ontem, Marcela fez um belo jantar.

- João sempre joga futebol depois da aula.

- No fim do ano, eles farão uma grande festa.

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b) Subjuntivo: Manifesta uma ação incerta, duvidosa ou mesmo hipotética. Agora, o leitor não está mais seguro quanto à ação verbal; tudo é dúvida.

- Quero que o livro desperte a atenção dos alunos. (Será que vai despertar? É uma hipótese)

- Se eu fizesse uma requisição, eles poderiam me atender. (Eu farei a requisição? Talvez sim, talvez não)

- Quando vocês decidirem, estaremos à disposição. (Quando eles vão decidir? Não se sabe.)

c) Imperativo: Manifesta uma ordem, um conselho, um pedido, uma advertência ou uma súplica. Agora, o sujeito da ação é orientado a fazer algo.

- Leve este livro até sua mãe, meu filho.

- Nunca mais faça isso, seu mentiroso!!!

- Rapaz, deixe essa vida de farras!

- Gente, fiquemos em pé para saudar o diretor!

TEMPOS VERBAIS

Os tempos verbais expressam o momento de uma ação. Os verbos podem estar no presente, passado ou futuro. Visualmente, é possível identificar em que tempo e modo estão muitos verbos.

MODO INDICATIVO

Presente Pret.

Imperf. Pret. Perf.

Pret. + q Perf.

Fut. Pres.

Fut. Pret.

Ø - IA - VA

Ø - RA -RE - RÁ

- RIA

MODO SUBJUNTIVO

Presente Pret. Imperf. Futuro

VARIÁVEL -SSE -R

Pegadinha da FCC !!!!!

FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS 2014 (Metrô de São Paulo)

“... Ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor, pesquisador e zoólogo famoso”.

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima se encontra em:

(A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho Nogueira.

(B) As músicas eram todas de Vanzolini.

(C) Por mais incrível que possa parecer...

(D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.

(E) ... porque não espalha...

RESPOSTA: a segunda letra da palavra ABRIR traz a resposta.

TEMPOS VERBAIS

Presente do indicativo

O presente indica um fato que ocorre no momento do enunciado, não necessariamente no momento cronológico atual. Não tem desinência fixa.

- O Brasil vive um momento decisivo: o repúdio à corrupção. (ação presente, mas em curso neste momento)

- Nós, concurseiros, sempre estudamos bastante. (ação rotineira no presente).

- Quando Cabral chega ao Brasil, vê que o nosso povo é bem diferente do dele.

(a ação é passada, mas dita como se fosse presente).

PRETÉRITOS

Perfeito

O pretérito perfeito indica uma ação totalmente realizada, que iniciou e terminou no passado. Não tem desinência.

- Na Idade Média, os padres escreveram leis duras ao cristão.

- Ontem, todos foram ao cinema e se emocionaram.

- Há dez minutos, escrevi um artigo sobre verbos.

Imperfeito

O pretérito imperfeito indica uma ação que iniciou no passado, mas que ainda não terminou. As desinências são –VA e –IA.

- Hoje cedo, eu preparava os convites, quando tive que sair. (ação interrompida bruscamente no passado)

- Na década passada, os brasileiros comiam menos carne do que hoje. (ação iniciada, mas não finalizada em sua totaalidade no passado).

Mais-que-perfeito

O pretérito mais-que-perfeito indica uma ação passada, que começou no passado distante, mas que foi, contudo, a primeira ação a terminar. Desinência: –RA.

- Quando deixamos o chalé, notamos que nosso filho caçula esquecera um de seus brinquedos no quarto.

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- O jovem fizera tudo para ser feliz.

Detalhe: as formas do pretérito mais-que-perfeito podem ser substituídas por HAVER ou TER + PARTICÍPIO.

FUTUROS

Futuro do presente

O futuro do presente indica ações convictas (ou seja, certas) que acontecerão em relação ao presente, já que este permite tal certeza. É um tempo meio “prepotente”, meio “já ganhou”. Desinências: -RÁ ou -RE.

- No fim do ano, ele comprará aquele carro.

- Amanhã, resolveremos este problema.

Futuro do pretérito

O futuro do pretérito (ou condicional) inidica ações futuras em relação ao passado. Desinência: -RIA.

- Caso Pedro chegasse cedo, resolveria esse problema. (Contexto: quem falou a frase espera ainda a chegada de Pedro; ou seja, a ação ainda não aconteceu, é uma ação futura).

Também serve para indicar ações hipotéticas ou irreais.

- O Brasil jamais seria goleado por time algum nesta Copa. (Contexto: o Brasil ainda não havia enfrentado a Alemanha).

ADVÉRBIO:

Classe que exprime valor circunstancial, podendo modificar um verbo, um adjetivo, ou um advérbio.

Exemplo 1: Choverá amanhã - Advérbio de tempo.

O termo grifado, no caso, sob uma análise sintática, é um adjunto adverbial, modificando um verbo intransitivo, de sentido pleno, que no caso é o verbo "chover".

Exemplo 2: Será um divórcio tão complicado! - Advérbio de intensidade.

O termo grifado, neste caso, “modifica” (torna mais “encorpado”) o adjetivo complicado.

Exemplo 3: Aquele foi um planejamento tão criteriosamente estudado! - Advérbio de intensidade.

O termo grifado, neste caso, modifica o advérbio criteriosamente.

Classificação de alguns dos advérbios:

- LUGAR (aqui, ali, lá, acolá, acima, abaixo, dentro, fora, longe, perto etc.). Ex.: Ele dormiu aqui ontem.

- TEMPO (ontem, hoje, amanhã, cedo, tarde, ainda, agora). Ex.: Amanhã, sairemos cedo.

- MODO (bem, mal, melhor, pior, assim, velozmente e quase todos terminados em -mente). Ex.: Ela deixou a sala de aula bem.

- INTENSIDADE (muito, pouco, mais, menos, bastante, intensamente etc.). Ex.: Ele estudou muito.

- DÚVIDA (talvez, acaso, provavelmente, quiçá etc.). Ex.: Talvez eu vá com você.

- AFIRMAÇÃO (Sim, certamente, realmente). Ex.: Certamente sairemos hoje.

- NEGAÇÃO (não, nunca, jamais) Ex.: Nunca menospreze seus amigos.

- DE INCLUSÃO: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. Ex.: Emocionalmente o indivíduo TAMBÉM amadurece durante a adolescência.

- CONFORMIDADE (conforme, segundo, consoante). Ex.: Conforme o jornal, gasolina sofrerá redução.

Algumas locuções adverbiais.

- CAUSA Ex.: As pessoas não saíram de casa por conta do frio.

- FINALIDADE Ex.: Estudava para a prova.

- INSTRUMENTO Ex.: Feriu-se com o bisturi.

- COMPANHIA Ex.: Saiu com os amigos.

- CONCESSÃO (se bem que, muito embora, apesar disso, a despeito de, malgrado etc.) Ex. Malgrado o tempo ruim, todos foram à praia.

8. PREPOSIÇÃO:

Palavra invariável, que liga dois termos. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, durante etc.

As preposições não têm, em si, sentido independente. Porém, podem “parasitar” significados dos contextos. - João falou a Pedro. - João falou ante Pedro. - João falou após Pedro.

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- João falou com Pedro. - João falou contra Pedro. - João falou de Pedro. - João falou em Pedro. - João falou para Pedro. - João falou perante Pedro. - João falou por Pedro. - João falou sem Pedro. - João falou sobre Pedro.

9. CONJUNÇÃO:

Conjunção é a palavra cuja função é ligar termos ou orações, atribuindo, muitas vezes, valores semânticos às frases. Portanto, as conjunções podem ou não manifestar sentido. Detalhe: às vezes, a conjunção apresenta mais de uma palavra; quando isso acontece, chamamos locução conjuntiva.

Conjunções ou locuções que manifestam sentidos.

a) Coordenativas

b) Adverbiais

O que cai mais em provas?

Na maioria das vezes, pede-se ao candidato para reconhecer as conjunções, seus valores semânticos e se certas trocas são possíveis.

Vamos, primeiro, ver as conjunções ou locuções coordenativas mais importantes:

1) Aditivas: e, nem, não só...mas também (não somente...como também etc.)

- O prefeito fez a licitação, e resolveu logo os problemas da população carente.

- O prefeito não só fez a licitação, mas também resolveu logo os problemas da população carente.

2) Adversativas: mas, porém, contudo, todavia, no entanto, entretanto, não obstante, em contrapartida.

- O prefeito fez a licitação, mas não resolveu os problemas da população carente.

As demais conjunções coordenativas são as seguintes: alternativas (ou...ou; seja...seja; ora...ora; quer...quer), conclusivas (portanto, logo, por conseguinte) e explicativas (porque, pois, que).

Vamos, agora, ver as conjunções ou locuções adverbiais mais importantes:

A) Causais: introduzem relação de causa e se combinam com uma ideia de consequência. As conjunções e locuções mais importantes são as seguintes: já que, como, pois que, na medida em que, uma vez que, visto que, sendo que, dado que, porquanto.

- Já que os médicos iniciaram uma pesada greve, as unidades de saúde vivem um verdadeiro caos.

B) Concessivas: introduzem relação de contradição, oposição. As conjunções e locuções mais importantes são as seguintes: ainda que, mesmo que, embora, posto que, se bem que, em que pese, malgrado, a despeito de, não obstante, conquanto.

- Ainda que todos os médicos tenham entrado em uma pesada greve, as unidades de saúde resistem bravamente.

As conjunções que não manifestam sentido são as integrantes.

- Os médicos não notaram que as unidades de saúde estavam precisando deles.

- Eles não viram se tudo aquilo era mesmo verdade.

10. INTERJEIÇÃO:

Palavra que procura expressar sentimentos, emoções. Ih! Oh! Viva! Psiu! Aleluia!

EXERCÍCIOS 01

01- Em: “Trata-se da construção de uma alternativa à lógica dominante, ao ajustamento de todas as sociedades...” (L.32-33)

No trecho acima há:

a) quatro adjetivos b) três adjetivos c) dois adjetivos d) um adjetivo e) nenhum adjetivo

02- Assinale a frase em que os termos destacados estão

corretamente empregados.

a) Promoveu um evento grandioso em setembro deste ano onde gastou uma fortuna.

b) O meu engenheiro é um cidadão em cuja capacidade podemos confiar.

c) Certificou a seus superiores no Ministério de que a Comissão de Licitações estava prestes a pedir demissão.

d) Prefiro ficar sozinho do que perdoar os que me deixaram neste estado deplorável de dependência física.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão e da

próxima, sugiro que você consulte a tabela de PRONOMES RELATIVOS, no final dessa bateria de exercícios, na seção CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS.

03- Assinale a opção em que é possível substituir, de

acordo com a norma culta, a expressão grifada pela palavra “onde”. a) O cinema em que nos encontramos passa bons

filmes. b) Vejo você às 11 horas, quando iremos almoçar. c) Se o tempo melhorar, então vamos à praia. d) A situação que ele criou não é aceitável. e) Lembrei-me do tempo no qual íamos junto

trabalhar. 04- João e Maria

Agora eu era o herói E o meu cavalo só falava inglês A noiva do cowboy Era você Além das outras três Eu enfrentava os batalhões Os alemães e seus canhões Guardava o meu bodoque E ensaiava um rock Para as matinês (...) Não, não fuja não Finja que agora eu era o seu brinquedo Eu era o seu pião O seu bicho preferido Sim, me dê a mão A gente agora já não tinha medo No tempo da maldade Acho que a gente nem tinha nascido

(Chico Buarque e Sivuca).

I. Nos versos Agora eu era o herói e A gente agora

já não tinha medo, o uso do advérbio agora mostra-se inadequado, pois os verbos conjugados no pretérito imperfeito designam fatos transcorridos no tempo passado.

II. Em Finja que agora eu era o seu brinquedo e Sim, me dê a mão, os verbos grifados estão flexionados no mesmo modo.

III. Substituindo-se a expressão a gente pelo pronome nós nos versos A gente agora já não tinha medo e Acho que a gente nem tinha nascido, a forma verbal resultante, sem alterar o contexto, será teríamos.

Está correto o que se afirma em

a) I, II e III. b) I e II, apenas.

c) III, apenas. d) II, apenas. e) I, apenas.

Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão,

sugiro que você revise o tema MODOS VERBAIS. Lembre-se de que modo verbal é totalmente diferente de tempo verbal.

05- “À evidência imposta, que presume que a única forma

aceitável de organização de uma sociedade é a regulação pelo mercado, podemos opor a proposta de organizar as sociedades e o mundo a partir do acesso para todos aos direitos fundamentais.”

As ocorrências da palavra QUE no trecho acima são classificadas como: a) conjunção integrante e conjunção integrante. b) pronome relativo e conjunção integrante. c) pronome relativo e pronome relativo. d) conjunção subordinativa e conjunção

subordinativa. e) conjunção integrante e pronome relativo.

Obs.: Para um aprofundamento dessa questão, sugiro que

você vá aos capítulos FUNÇÕES DO “QUE” e ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS.

06- “Com o real, os brasileiros redescobriram o valor do dinheiro e das coisas.”; a frase a seguir em que a preposição com tem o mesmo valor semântico da ocorrência sublinhada é:

a) Com a chuva, todas as ruas ficaram alagadas. b) Os turistas encontraram-se com os amigos no

aeroporto. c) Todos saímos com os amigos recém-chegados. d) Com quem eles viajaram nós não vimos. e) Brigaram com os adversários durante horas.

07- Em “Ninguém atinge a perfeição alicerçado na busca

de valores materiais, nem mesmo os que consideram tal atitude um privilégio dado pela existência”, os pronomes destacados no período acima classificam-se, respectivamente, como: a) indefinido - demonstrativo - relativo -

demonstrativo b) indefinido - pessoal oblíquo - relativo - indefinido c) de tratamento - demonstrativo - indefinido -

demonstrativo d) de tratamento - pessoal oblíquo - indefinido -

demonstrativo e) demonstrativo - demonstrativo - relativo -

demonstrativo 08- Na frase "As negociações estariam meio abertas só

depois de meio período de trabalho", as palavras destacadas são, respectivamente: a) adjetivo, adjetivo b) advérbio, advérbio

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

c) advérbio, adjetivo d) numeral, adjetivo e) numeral, advérbio

Obs.: Para um melhor entendimento dessa questão,

sugiro que você vá ao capítulo CONCORDÂNCIA NOMINAL e leia, com atenção, a parte que fala das palavras “bastante”, “meio”, “caro” e “barato”.

01- Na frase: "Passaram dois homens a discutir, um a

gesticular e o outro com a cara vermelha", o termo a está empregado, sucessivamente, como: a) artigo, preposição preposição b) pronome, preposição, artigo c) preposição, preposição, artigo d) preposição, pronome, preposição e) preposição, artigo, preposição

Obs.: Não cabe o uso de acento grave nas duas primeiras

evidências de “a”, uma vez que, na sequência de tais palavras, há dois verbos.

02- Observe o período a seguir: "Podem acusar-me: estou

com a consciência tranquila". Os dois pontos do período acima poderiam ser substituídos por vírgula, explicando-se o nexo entre as duas orações pela conjunção: a) portanto b) e c) como d) pois e) embora

Obs.: para um melhor entendimento, sugiro que você vá

ao capítulo PONTUAÇÃO e leia, com cuidado, o uso de vírgulas em Orações Coordenadas.

03- Assinale a alternativa cuja relação é incorreta: a) Sorria às crianças que passavam - pronome

relativo b) Declararam que nada sabem - conjunção

integrante c) Que manifestação alegre foi a sua - advérbio de

intensidade d) Que enigmas há nesta vida - pronome adjetivo

indefinido e) Uma ilha que não consta no mapa - conjunção

coordenativa explicativa Obs.: Para um melhor entendimento, sugiro que você vá

ao capítulo “FUNÇÕES DO QUE”. 04- Há três substantivos em:

a) “... com sérias dificuldades financeiras.” b) “... não conseguiu prever nem a crise econômica

atual.”

c) “... vai tornar inúteis arquivos e bibliotecas.” d) “... o site precisa da confirmação e do endosso

do ‘impresso’,” e) “Muitos dos blogs e sites mais influentes...”

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

D B A D B A A C C D

11 12

E D

CURIOSIDADES SOBRE AS CLASSES DE PALAVRAS

Algumas curiosidades sobre os substantivos:

Palavras masculinas:

o ágape (refeição dos primitivos cristãos);

o anátema (excomungação);

o axioma (premissa verdadeira);

o caudal (cachoeira);

o carcinoma (tumor maligno);

o champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (Fem. classificam como gênero vacilante);

o diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno);

o herpes, hosana (hino);

o jângal (floresta da Índia);

o lhama;

o praça (soldado raso);

o proclama, sabiá, soprano (Fem. classificam como gênero vacilante);

o suéter, tapa (Fem. classificam como gênero vacilante);

o teiró (parte de arma de fogo ou arado);

o telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).

Palavras femininas:

a abusão (engano);

a alcíone (ave dos antigos);

a aluvião, araquã (ave);

a áspide (reptil peçonhento);

a baitaca (ave);

a cataplasma, cal, clâmide (manto grego);

a cólera (doença);

a derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto);

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a filoxera (inseto e doença);

a gênese, guriatã (ave);

a hélice (Fem. classificam como gênero vacilante);

a jaçanã (ave);

a juriti (tipo de aves);

a libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino);

a sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa);

a usucapião (Fem. classificam como gênero vacilante);

a xerox (cópia).

Gênero vacilante:

acauã (falcão);

inambu (ave);

laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de autores pelo masculino);

víspora.

Alguns femininos:

abade - abadessa;

abegão (feitor) - abegoa;

alcaide (antigo governador) - alcaidessa, alcaidina;

aldeão - aldeã;

anfitrião - anfitrioa, anfitriã;

beirão (natural da Beira) - beiroa;

besuntão (porcalhão) - besuntona;

bonachão - bonachona;

bretão - bretoa, bretã;

cantador - cantadeira;

cantor - cantora, cantadora, cantarina, cantatriz;

castelão (dono do castelo) - castelã;

catalão - catalã;

cavaleiro - cavaleira, amazona;

charlatão - charlatã;

coimbrão - coimbrã;

cônsul - consulesa;

comarcão - comarcã;

cônego - canonisa;

czar - czarina;

deus - deusa, déia;

diácono (clérigo) - diaconisa;

doge (antigo magistrado) - dogesa;

druida - druidesa;

elefante - elefanta e aliá (Ceilão);

embaixador - embaixadora e embaixatriz;

ermitão - ermitoa, ermitã;

faisão - faisoa (Cegalla), faisã;

hortelão (trata da horta) - horteloa;

javali - javalina;

ladrão - ladra, ladroa, ladrona;

felá (camponês) - felaína;

flâmine (antigo sacerdote) - flamínica;

frade - freira;

frei - sóror;

gigante - giganta;

grou - grua;

lebrão - lebre;

maestro - maestrina;

maganão (malicioso) - magana;

melro - mélroa;

mocetão - mocetona;

oficial - oficiala;

padre - madre;

papa - papisa;

pardal - pardoca, pardaloca, pardaleja;

parvo - párvoa;

peão - peã, peona;

perdigão - perdiz;

prior - prioresa, priora;

mu ou mulo - mula;

rajá - rani;

rapaz - rapariga;

rascão (desleixado) - rascoa;

sandeu - sandia;

sintrão - sintrã;

sultão - sultana;

tabaréu - tabaroa;

varão - matrona, mulher;

veado - veada;

vilão - viloa, vilã.

Substantivos em -ÃO e seus plurais:

alão - alões, alãos, alães;

aldeão - aldeãos, aldeões;

capelão - capelães;

castelão - castelãos, castelões;

cidadão - cidadãos;

cortesão - cortesãos;

ermitão - ermitões, ermitãos, ermitães;

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escrivão - escrivães;

folião - foliões;

hortelão - hortelões, hortelãos;

pagão - pagãos;

sacristão - sacristães;

tabelião - tabeliães;

tecelão - tecelões;

verão - verãos, verões;

vilão - vilões, vilãos;

vulcão - vulcões, vulcãos.

Alguns substantivos que sofrem metafonia no plural:

abrolho, caroço, corcovo,

corvo, coro, despojo,

destroço, escolho, esforço,

estorvo, forno, forro,

fosso, imposto, jogo,

miolo, poço, porto,

posto, reforço, rogo,

socorro, tijolo, toco,

torno, torto, troco.

Substantivos só usados no plural:

anais,

antolhos,

arredores,

arras (bens, penhor),

calendas (1º dia do mês romano),

cãs (cabelos brancos),

cócegas,

condolências,

damas (jogo),

endoenças (solenidades religiosas),

esponsais (contrato de casamento ou noivado),

esposórios (presente de núpcias),

exéquias (cerimônias fúnebres),

fastos (anais),

férias,

fezes,

manes (almas),

matinas (breviário de orações matutinas),

núpcias,

óculos,

olheiras,

primícias (começos, prelúdios),

pêsames,

vísceras,

víveres etc.,

além dos nomes de naipes.

Coletivos:

alavão - ovelhas leiteiras;

armento - gado grande (búfalos, elefantes);

assembleia (parlamentares, membros de associações);

atilho - espigas;

baixela - utensílios de mesa;

banca - de examinadores, advogados;

bandeira - garimpeiros, exploradores de minérios;

bando - aves, ciganos, crianças, salteadores;

boana - peixes miúdos;

cabido - cônegos (conselheiros de bispo);

cáfila - camelos;

cainçalha - cães;

cambada - caranguejos, malvados, chaves;

cancioneiro - poesias, canções;

caterva - desordeiros, vadios;

choldra, joldra - assassinos, malfeitores;

chusma - populares, criados;

conselho - vereadores, diretores, juízes militares;

conciliábulo - feiticeiros, conspiradores;

concílio - bispos;

canzoada - cães;

conclave - cardeais;

congregação - professores, religiosos;

consistório - cardeais;

fato - cabras;

feixe - capim, lenha;

junta - bois, médicos, credores, examinadores;

girândola - foguetes, fogos de artifício;

grei - gado miúdo, políticos;

hemeroteca - jornais, revistas;

legião - anjos, soldados, demônios;

malta - desordeiros;

matula - desordeiros, vagabundos;

miríade - estrelas, insetos;

nuvem - gafanhotos, pó;

panapaná - borboletas migratórias;

penca - bananas, chaves;

récua - cavalgaduras (bestas de carga);

renque - árvores, pessoas ou coisas enfileiradas;

réstia - alho, cebola;

ror - grande quantidade de coisas;

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súcia - pessoas desonestas, patifes;

talha - lenha;

tertúlia - amigos, intelectuais;

tropilha - cavalos;

vara - porcos.

Substantivos compostos:

Os substantivos compostos formam o plural da seguinte

maneira:

sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés);

caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo;

em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues);

com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque);

são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres);

só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã)

nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz);

compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-canivetes);

palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).

03. Regência Verbal e Nominal

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Muito alta. Acredito que saber a regência dos principais verbos exigidos em provas é fundamental. É a partir desse tema que você resolverá questões não só de regência, como também de crase, sintaxe, funções do QUE e do SE etc. Ou seja, se há um assunto que você deve dar atenção especial, não tenha dúvidas de que é Regência verbal e nominal.

DICA: Como você nunca saberá todas as regências da Língua Portuguesa (até mesmo porque ninguém as sabe), sugiro que leia com muita atenção aquilo que chamo de

“Regências clássicas”. Elas aparecem com muita frequência em provas. Quanto às demais, só há uma dica: ler e, se possível, perguntar-se: esse verbo é intransitivo ou transitivo indireto? Fazendo, de vez em quando, esse exercício simples você, lentamente, armazenará um banco de dados muito importante para ser utilizado na hora da prova.

DICA DE ESTUDO: Se você não sabe se o verbo TAL é intransitivo ou transitivo indireto, procure o dicionário. Lá no verbete sempre há, também, esse tipo de informação. Senão vejamos o diz o Dicionário Houaiss sobre o verbo AVANÇAR:

1- Intransitivo: ir para adiante; adiantar-se. Ex.: avançaram para o litoral

2- Transitivo direto: fazer mover para frente; adiantar. Ex.: o jogador de xadrez avançou o rei

3- Transitivo direto, transitivo indireto e intransitivo: fazer progredir ou progredir. Exs.: Avançamos o projeto no último mês. A turma avançou em química. Estas obras não avançam.

4- Transitivo indireto: estender-se, expandir-se, alongar-se; alastrar-se Ex.: O avarandado avança sobre a praia

POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, no máximo, duas (isso numa prova de 10 a 15 questões); para nível médio, de duas a quatro (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade é parecida com a do nível médio, o que muda é o grau de dificuldade das questões. STATUS: Em sala e com o professor. 1. REGÊNCIA VERBAL Sem dúvida, o assunto que mais ajudará você a resolver importantes questões das principais bancas de concursos públicos do país. É que o tema “regência verbal” funciona como uma espécie de “porta de acesso” a vários raciocínios gramaticais. Mas quais questões, especificamente, você poderia resolver? Vamos a elas:

a) Todas as de regência verbal (o que é óbvio);

b) Muitas das de crase (quase todas, sem exagero);

c) Muitas das de análise sintática: sujeito, objeto direto,

objeto indireto etc.

d) Muitas das de vozes verbais;

e) Muitas das de orações subordinadas substantivas;

f) Muitas das de funções do “QUE”;

g) Algumas das de funções do “SE”;

h) Algumas das de concordância verbal;

i) Algumas das de interpretação de texto.

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O conceito de Regência Verbal.

Ocorre quando o termo regente (um verbo) se liga ao seu termo regido (o complemento verbal) por meio de uma preposição ou não. Aqui, é fundamental o conhecimento das transitividades verbais. Os verbos podem assumir as seguintes transitividades: a) Verbo transitivo direto (vtd)

b) Verbo transitivo indireto (vti)

c) Verbo transitivo direto e indireto / bitransitivo (vtdi)

d) Verbo intransitivo (vi)

Mas, para que você descubra a que transitividade pertence um verbo, é necessário que utilize um simples procedimento para identificar se o verbo pede ou não preposição. A seguir, você verá aquilo que eu chamo de “Aplicativo”. É com ele que você descobre que tipo de complemento o verbo regerá.

Quem + Verbo + Verbo → Algo ou Alguém

Instalando o “Aplicativo”. 1. Deposite o verbo envolvido na questão onde há a

palavra VERBO. 2. Leia a sequência completa da ferramenta (do LADO A ao

LADO B), repetindo o verbo duas vezes. 3. Se a leitura se efetivar de forma rápida e imediata

(direta) até o LADO B (e você não precisar usar nenhuma preposição do quadrado abaixo), o verbo é transitivo direto. Ex.: Quem estuda + estuda algo ou alguém. Logo, ESTUDAR é VTD (não rege preposição, apenas um objeto, que é direto)

Ex.: O técnico estudava as jogadas adversárias. 4. Caso haja uma pausa na leitura e a exigência de

preposição por parte do verbo, este será transitivo indireto. Ex.: Quem crê + crê EM algo ou crê EM alguém. Logo, CRER é VTI (rege preposição EM; tem-se, logo, um objeto indireto)

Ex.: Os cristãos creem na vida eterna.

5. Dependendo do verbo, o movimento pode ser duplo, o que gera verbos bitransitivos. Ex.: Quem diz + diz algo A alguém. Logo, DIZER é VTDI (regendo dois objetos: o primeiro sem preposição [objeto direto] e o segundo com preposição [objeto indireto]).

Ex.: Nós dissemos a verdade aos nossos pais. 6. Agora, se a leitura nem precisar chegar ao ALGO ou ao

ALGUÉM, o verbo deve ser interpretado como intransitivo. Ex.: Quem existe + existe. Logo, EXISTIR é VI (não rege preposição, nem pede complemento)

Ex.: Fantasmas existem? CONTUDO, CUIDADO! Algumas frases podem induzir você a interpretar certas estruturas de forma errada, a saber: - A criança dormiu ø. - A criança dormiu ao entardecer. - A criança dormiu de sapatos. - A criança dormiu em casa. - A criança dormiu para esperar o natal. - A criança dormiu com os pais. - A criança dormiu por duas horas. Conclusões

a) Nem tudo que é introduzido por preposição é

objeto indireto;

b) Quando o verbo exige a preposição, tem-se um

objeto indireto.

c) Quando o verbo aceita a preposição, tem-se um

adjunto adverbial.

Obs.: os verbos intransitivos têm sentido cheio, completo, 100%. O que surgir a mais é só “um extra”, ou seja, um Adjunto Adverbial (ou

complemento circunstancial), que chamo de “10%”.

Detalhe: as expressões em destaque continuam sendo adjuntos adverbiais. MAIS UM CUIDADO! Alguns verbos se parecem muito com VTD’Is, mas não o são. - A criança riscou o livro do pai. - A criança entregou o livro ao pai. Nas frases acima, os dois verbos são bitransitivos? Antes de responder, veja as construções a seguir:

A, DE, EM, PARA, COM, POR, CONTRA.

LADO A

LADO B

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- A criança riscou [ ] do pai. - A criança entregou [ ] ao pai. Conclusão Só o segundo é VTDI, pois o complemento “ao pai”, de fato, está ligado ao verbo, ou seja, complementa o sentido do verbo “entregar”. Já o termo “do pai” se liga ao nome “livro” (e manifesta ideia de posse), cumprindo papel de adjunto adnominal. Testando o “aplicativo” Vamos fazer um teste agora? Use o aplicativo e descubra as transitividades dos verbos abaixo e transcreva os seus possíveis objetos:

Só para lembrar: Tipo de Verbo Exigência

VTD Objeto Direto (OD)

VTI Objeto Indireto (OI)

VTDI OD / OI

VI Ø

Obs.: “Ø” quer dizer que não vai aparecer nem OD nem OI na frase. a) O carro amassou o portão da casa.

Amassar: _______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

b) O aluno prepotente ridicularizava os colegas novatos.

Ridicularizar: __________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

c) Alguém votou no Enéias?

Votar: ___________________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

d) A oposição discordou do governo.

Discordar: __________________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

e) Não se bate em mulher.

Bater: __________________________

Objeto: _______________________

f) Ao final do expediente, o funcionário bateu o ponto.

Bater: ______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

g) O filho confiava muito no pai.

Confiar: _____________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

h) A moça triste confiou seus segredos a suas amigas mais íntimas.

Confiar: ______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

i) O pai ensina tudo aos seus filhos.

Ensinar: _____________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

j) O aluno atirou um giz na professora.

Atirar: __________________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

k) Nosso lutador quebrou a cara do americano.

Quebrar: _______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

l) Carro, às vezes, quebra.

Quebrar: _______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

m) Brasileiro sofre!

Sofrer: _______________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

n) O jogador sofreu uma entrada desleal.

Sofrer: _____________________

Obs. 01: as regências não são fixas. Obs.02: leve em conta o contexto de cada frase.

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Objeto/Complemento verbal: ___________________

o) O rapaz acabou o namoro.

Acabar: ________________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

p) O rapaz acabou com o namoro.

Acabar: _____________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

q) O namoro acabou.

Acabar: _____________________

Objeto/Complemento verbal: ___________________

CONCLUSÕES INEVITÁVEIS 01- O aplicativo funciona.

02- Os verbos se adaptam aos seus contextos de uso.

03- Os verbos podem ter mais de uma transitividade

(regência).

EXERCÍCIOS PRÁTICOS Antes de entrar no tema Regência Verbal, é importante que conheçamos os complementos verbais: o Objeto Direto e o Objeto Indireto. Objeto direto: complemento (raramente introduzido por preposição*) que cumpre o papel de tornar a frase mais detalhada. Sua ausência faz com que o verbo se torne intransitivo. Ex.:

a) O Brasil estabeleceu as novas metas.

Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) A estrutura “as novas metas” complementa os

sentidos do verbo “estabelecer”. ( ) Caso o conjunto “as novas” fosse suprimido, a

correção gramatical da oração seria mantida. ( ) Em “a”, se substituíssemos “O Brasil” por “No Brasil,”,

os sentidos originais da frase seriam alterados. b) Os alunos, na semana passada, questionaram o reitor.

Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) A expressão “na semana passada” não complementa

os sentidos do verbo. ( ) Caso a frase “b” fosse reescrita da seguinte maneira a

correção gramatical e os sentidos originais seriam mantidos: “O reitor, na semana passada, os alunos o questionaram”.

( ) O deslocamento de “na semana passada” para o fim da frase descartaria o uso de uma vírgula depois de “reitor”.

c) Ontem o Pentágono confirmou que o corpo de Bin Laden foi lançado no Mar da Arábia. ( ) A expressão “que o corpo de Bin Laden foi lançado no

Mar da Arábia” funciona como complemento direto oracional do verbo “confirmar”.

( ) Há dois sujeitos simples e explícitos. ( ) O segundo sujeito sofre a ação verbal; é, portanto,

paciente. ( ) “Ontem” poderia estar seguido de uma vírgula, já que

se trata de um adjunto adverbial deslocado. d) Alunos e professores da USP vêm criticando as novas propostas. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) O sintagma “da USP” particulariza “Alunos e

professores”, já que se refere a eles. ( ) A expressão “da USP” poderia estar entre vírgulas sem

que os sentidos originais fossem alterados. ( ) A expressão “as novas propostas” complementa os

sentidos do verbo principal da locução “vêm criticando”.

( ) O deslocamento de “da USP” para depois de “propostas” mantém os sentidos originais do período.

Objeto indireto: complemento (introduzido sempre por uma preposição) que cumpre o papel de tornar a frase mais detalhada. Sua ausência também faz com que o verbo se torne intransitivo. Ex.: a) A oposição opta por esticar desgaste político do ministro. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) Ao deslocarmos “A oposição” para o fim da frase, os

sentidos e a correção gramatical serão preservados desde que ajustes de maiúsculas e minúsculas sejam realizados.

( ) Em “a”, “por esticar desgaste político do ministro” funciona como complemento indireto oracional de “opta”.

( ) A substituição de “por” por “em” mantém a correção gramatical do período.

b) A morte do terrorista interessa, principalmente, aos americanos. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado.

*Aqui, referimo-nos ao objeto direto preposicionado.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

( ) A substituição de “interessa” por “agrada” compromete a correção gramatical do período.

( ) As vírgulas que isolam “principalmente” poderiam ser suprimidas sem causar erro gramatical.

( ) “aos americanos” não é complemento verbal de “interessa”.

c) Obama assistiu, de casa, à operação que matou Bin Laden. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) O verbo “assistir” está empregado no sentido de

“ver”, “presenciar”. ( ) A supressão do acento grave de “à operação” mantém

a correção gramatical, mas altera, muito provavelmente, os sentidos originais da frase.

( ) A substituição de “assistiu” por “ viu”, e “matou” por “assassinou” mantém os sentidos e correção gramatical.

( ) A expressão “que matou Bin Laden” restringe o significado do substantivo “operação”.

d) Estudos anteriores concentravam-se nos homens. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) A supressão do pronome “se” implica modificações na

originalidade da frase. ( ) Em “d”, o deslocamento da partícula “se” para antes

do verbo provocaria erro gramatical. e) A maioria dos professores não crê em programas educacionais revolucionários. Sobre as frases acima, use C para certo e E para errado. ( ) Em “e”, “em programas educacionais revolucionários”

complementa os sentidos do verbo “crer”. RESPOSTAS DAS FRASES SOBRE OBJETO DIRETO A) C C C B) C C C C) C C C C D) C E C E/C RESPOSTAS DAS FRASES SOBRE OBJETO INDIRETO A) C C E B) E C E C) C C E C D) C E E) C Verbos que exigem dois complementos (bitransitivos) - A prefeitura prefere investir em festas natalinas a recuperar os hospitais da cidade. - O SUS vem oferecendo, gratuitamente, diagnóstico da diabete, acompanhamento e medicação, nas unidades de saúde, aos pacientes.

- Edison Lobão, ministro de Minas e Energia, lembrou aos jornalistas que a aprovação final do texto depende do aval da presidente Dilma Rousseff. Verbos que não pedem complemento Intransitivos São aqueles cuja significação não exige a presença de complementos. São chamados, também, de verbos de sentido completo. - As milícias existem desde a década de 1980. - Caem os juros em Abril. - Já Nina diz ter ido ao banheiro e encontrado duas estudantes conversando, sem a presença de fiscais. “Elas pararam quando cheguei, mas, quando viram que não era um fiscal, continuaram conversando”, disse. - O resultado do concurso saiu. - Acabaram as férias. Verbos que (pelo contexto) NÃO pedem complemento ou mudam seus complementos Às vezes, o contexto é tão específico e dinâmico que alguns complementos verbais são dispensáveis. Assim sendo, a predicação original do verbo deverá ser modificada para acompanhar a semântica da frase. Logo, um verbo que originalmente é transitivo indireto, por exemplo, pode ser reconfigurado para intransitivo. - O filme não agradou. (Originalmente VTI; agora, VI). - No Natal, as pessoas gastam muito. (Originalmente VTD; agora, VI). - A Rádio Eldorado divulgou que a prova do Enem será refeita. (Originalmente VTDI; agora, VTD). - O candidato só falou aos sindicalistas depois da reunião. (Originalmente VTDI; agora, VTI). - Os órgãos vitais já não respondem. (Originalmente VTDI; agora, VI). Verbos de ligação Os verbos de ligação são aqueles cuja função é conectar o sujeito a uma qualificação. A estrutura qualificadora cumprirá a função sintática de Predicativo do Sujeito. Logo, esses verbos servem para indicar estados ou qualidades do sujeito. São estes:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- Ser, estar, permanecer, ficar, andar (= estar), viver (= estar), tornar-se, continuar, parecer.

Detalhe 01: Esses verbos não podem ser usados no “aplicativo”, pois não têm transitividade. Você, deve, portanto, memorizá-los como verbos de ligação. Combinado? Detalhe 02: Verbos de ligação não têm, nunca, objeto direto ou mesmo indireto.

Exemplos: - O país permanece abalado. - Parecem inúteis as medidas do governo. - Tornou-se delicada a situação do prefeito. - O clima, depois da reunião, ficou pesado. - O atleta anda muito preocupado.

Verbos supostamente de ligação São aqueles que, pela morfologia (pela aparência), lembram verbos de ligação. Contudo, não conseguem dar ao sujeito qualificação alguma. Ex.: - Os senadores ainda estão em Fortaleza. - As vítimas permanecem no local do acidente. - A caneta ficou na gaveta. Note que “em Fortaleza”, “no local do acidente” e “na gaveta” indicam ideia de lugar, e não de estado. Logo, são Adjuntos Adverbiais de lugar. Quando isso ocorre, o verbo não pode mais ser considerado de ligação. Ele deverá ser reconfigurado e, assim, assume o caráter de verbo intransitivo. REGÊNCIAS CLÁSSICAS As regências clássicas são aquelas que devem ser memorizadas por você. Por quê? Simplesmente porque elas caem em provas, só por isso. Fechado? 1 – AGRADAR/DESAGRADAR (Duas possibilidades) Sentido 1: Causar agrado, ser agradável (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: Estes projetos já não agradam aos alunos. Sentido 2: Acariciar; mimar (VTD).

Preposição exigida: Exemplo: Ele agradava o pelo do animal. 2 – ASPIRAR (Duas possibilidades)

Sentido 1: Desejar, pretender, ter como objetivo (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: O homem aspirava a este posto de trabalho. Sentido 2: Sorver, respirar (VTD).

Preposição exigida: Exemplo: Aspire seu carro uma vez por semana. 3 – ASSISTIR (Quatro possibilidades) Sentido 1: Ajudar, auxiliar (VTD) ou (VTI).

Preposição: ou “a”. Exemplo: Os pais assistem os filhos desde cedo.

Exemplo: Os pais assistem aos filhos desde cedo. Sentido 2: Presenciar, ver (VTI). Preposição exigida: a Exemplo: Eu assisti a uma cena degradante. Exemplo: Vamos assistir ao jogo do Brasil. Sentido 3: Morar, ter residência ou fixar-se (VI). Exemplo: Ele assiste em Fortaleza. Exemplo: A loja de tintas assiste na avenida João Pessoa. Ou seja, para concursos (que seguem a tradição), “em Fortaleza” e “na avenida João Pessoa” NÃO são objeto indireto, mas sim ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR (também chamado de LOCATIVO ou mesmo COMPLEMENTO CIRCUNSTANCIAL). Sentido 4: Ter direito; Caber (VTI). Preposição: a Exemplo: Este é um direito que assiste a todo trabalhador. 4 - CHEGAR Sentido: Atingir o término do movimento de ida ou vinda (VI). Preposição exigida: Ø Um porém: este verbo costuma ser acompanhado de uma expressão introduzida por “A”. Tal expressão NÃO é o objeto indireto, mas sim o ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR, também conhecido como locativo ou complemento circunstancial. Exemplo: - Ele chegou ao colégio cedo. - Minha filha nunca chegava cedo ao trabalho.

Os dois exemplos acima estão corretos e dizem, semanticamente, a mesma coisa.

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Obs.: É errada a construção que usa a preposição EM para indicar o adjunto adverbial de lugar. Assim, em “Ele chegou em casa” é, para a gramática tradicional, um erro. A forma correta é “Ele chegou a casa”. Detalhe: não se usa crase em “a casa”, pois não está especificada. Caso estivesse, aí teria: “Ele chegou à casa das primas”. Fechado? Muito bem! 5 – IR Sentido: Deslocar-se de um lugar para outro (VI). Obs.: Esse verbo costumeiramente vem acompanhado de um complemento circunstancial, o qual poderá ser introduzido ou por “a” ou por “para”. - Para: Quando há intenção de permanecer, de fixar residência. Ex.: Ele ia para Belém no fim deste ano. - A: Quando há intenção de não se demorar, de não fixar residência. Ex.: Ele irá a Sobral no próximo mês. 6 – MORAR Sentido: Ter habitação ou residência, habitar (VI). Preposição: Ø Exemplos: - Moro em Porto Alegre desde os sete anos. - Nunca morei só. Obs.: “em Porto Alegre” é adjunto adverbial de lugar e, “desde os sete anos”, é de tempo. 7 - NAMORAR Sentido: Cortejar, desejar(VTD).

Preposição: Exemplos: - Janaina namora seu primo desde a época do colégio. - Depois da estressante festa do casamento, os noivos não namoraram. 8 – OBEDECER/DESOBEDECER Sentido: Submeter-se à vontade de alguém (VTI). Preposição: a Exemplo: O atleta obedeceu às orientações do técnico. Exemplo: O cão obedecia ao dono. 9 – PAGAR (Também com AVISAR, DIZER, REVELAR,

INFORMAR etc.). Sentido: Satisfazer dívida, encargo etc.

De acordo com a tradição gramatical é: Transitivo Direto e Indireto. Exemplos: - Paguei a consulta (vtd). - Paguei ao médico (vti). - Paguei a consulta ao médico (vtdi). 10 - PISAR Sentido: Pôr os pés sobre, humilhar, moer (VTD). Exemplos: Não pise o tapete da sala. Ele sempre pisava os seus adversários. O chef pisava as especiarias para compor o tempero. 11 – PREFERIR Sentido: Dar primazia a (VTDI). Preposição: a Exemplo: O governador preferiu investir em novas escolas a recuperar a penitenciária da cidade. Exemplo: Eu prefiro caju a goiaba. Exemplo: Ele prefere Raul Seixas a Lobão. 12 – QUERER Sentido 1: Ter afeto, amar, estimar (VTI). Preposição: a Exemplo: - Os pais querem bem aos filhos. Sentido 2: Ter posse (VTD).

Preposição: Exemplo: Ele só queria diversão. 13 – VISAR Sentido 1: Almejar, ter em vista, objetivar (VTI). Preposição: a. Exemplo: Aqueles jovens profissionais visam a fins nobres. Sentido 2: Ver, dar visto (VTD).

Preposição: Exemplo: A professora visou a tarefa da aluna. 14- IMPLICAR Sentido 1: Provocar, acarretar: VTD. Exemplo: Essa decisão deve implicar mudanças

significativas.

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Obs.: alguns gramáticos consideram o verbo “implicar”, no sentido de “provocar”, VTI, regendo a preposição EM. Tal ideia não é consensual. Ex.: O depoimento implicou na descoberta dos fatos. Sentido 2: Envolver (alguém ou a si mesmo) em complicação: VTDI, regendo preposição “em”. Exemplo: O depoimento que prestou implicava Fulano na fraude. Sentido 3: Ser incompatível; não estar de acordo: VTI, regendo preposição “com”. Exemplo: Tal atitude implica com as normas prescritas. OUTRAS REGÊNCIAS

ABDICAR

Pode significar renunciar, desistir. Pode ser um verbo intransitivo, transitivo direto ou transitivo indireto. Exemplo: - O príncipe abdicou. (VI) - Não abdicarei das minhas ideias. (VTI)

AGRADECER

Pode aparecer como transitivo direto, transitivo indireto e transitivo direto e indireto. Exemplo: - Agradeci as flores. (VTD) - Agradeci aos diretores. (VTI) - Agradeci o presente ao amigo. (VTDI)

CHAMAR

Será transitivo direto no sentido de convidar, convocar. Exemplo: - Nós chamamos todos os presentes. No sentido denominar há 4 construções possíveis: - Eles chamaram o político de ladrão. ( transitivo direto);

- Eles chamaram o político ladrão. (transitivo direto);

- Eles chamaram ao político de ladrão. (transitivo indireto);

- Eles chamaram ao político ladrão. (transitivo indireto).

Obs.: todas as formas acima estão corretas e dizem a mesma coisa.

CUSTAR

- No sentido de ser custoso, ser difícil será transitivo indireto. Exemplo: Aquela difícil meta custou ao governo. - No sentido de acarretar será transitivo direto e indireto. Exemplo: A insensatez custou a ele os bens.

ESQUECER

LEMBRAR

Serão transitivos diretos se não forem pronominais. Exemplo: - Esqueci o nome da rua. - Lembrei um caso antigo. Serão transitivos indiretos se forem pronominais. Exemplo: - Esqueci-me do nome da rua. - Lembrei-me de um caso antigo.

PRECISAR

No sentido de marcar com precisão é transitivo direto. Exemplo: - Ele precisou a hora e o local da consulta. No sentido de necessitar é transitivo indireto. Exemplo: - Nós precisamos de bons políticos. OUTRAS REGÊNCIAS Transitivos diretos: Ver (algo, alguém ou alguma coisa) * Enxergar Cortar Controlar Pular Comer Arranhar Arar Roer Trair Colar Diagramar Confeccionar

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Demolir Exonerar Reescrever Pintar Flexionar Irritar Ferver Temperar Instruir Substituir Etc. * O conteúdo dos parênteses se repete para cada um dos verbos citados na lista. Transitivos Indiretos: Abusar (de) Aludir (a) Assistir (a) Anuir (a) Aprazer (a) Ansiar (por) Agradar (a) Atirar (a, em, contra) Bater (em) [= espancar] Contentar-se (com, de, em) Cuidar (de) Cogitar (de, em) Conspirar (contra) Carecer (de) Crer (em) Confiar (em) Contribuir (para) Gostar (de) Interessar (a) Lutar (contra) Lembrar-se (de) Obedecer (a) Obstar (a) Perdoar (a) Presidir (a) Precisar (de) Querer (a) Recorrer (a) Repugnar (a) Residir (em) Zombar (de) Interessar-se (por) Referir-se (a) Contentou-se (com, em) Preocupar-se (com, em) Etc. Bitransitivos Revelar (algo A alguém) Dizer (algo A alguém) Fornecer (algo A alguém) Prevenir (Alguém DE algo) Familiarizar (Alguém COM algo) Ceder (algo A alguém) Dar (algo A alguém) Perdoar (algo A alguém) Ensinar (algo A alguém) Prometer (algo A alguém) Narrar (algo A alguém) Preferir (algo A alguém) Doar (algo A alguém) Propor (algo A alguém) Proporcionar (algo A alguém) Atribuir (algo A alguém) etc. Intransitivos Sair Existir Chorar Descansar

Dormir Morrer Deitar Tremer Chover Nevar Trovejar Garoar Pensar Etc.

EXERCÍCIOS 01

01- FCC: “Mas o mundo globalizado também assiste a um ininterrupto e crescente sistema de produção...”.

O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:

a) A sociedade mundial resultante do processo de

padronização não tem propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la.

b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação.

c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês tornou-se uma espécie de língua global.

d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade de cada um.

e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos.

02- TRE (MA – 2009) CESPE: Em “Sem a teoria da

evolução, a moderna biologia, incluindo a medicina e a biotecnologia, simplesmente não faria sentido. O enigma reside na relutância, quase um mal-estar, que suas ideias causam entre um vasto contingente de pessoas, algumas delas fervorosamente religiosas, outras nem tanto”. ( ) A forma verbal “reside” (2º período do texto)

tem sentido completo. ( ) A forma verbal “causam” (2º período do texto)

não tem sentido completo. 03- FCC: “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma

quantia financeira incalculável...” (final do texto) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é: a) Grupos de preocupação ecológica investem na

proteção aos recursos naturais do país. b) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos

traficantes de animais silvestres, nos termos da lei.

c) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade.

d) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo.

e) Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos naturais do país.

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04- FCC: “Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na

realidade ou nos sentimentos humanos ...”. (1º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ...ele é um dos nossos instintos básicos. b) ....realidade que cresce a passos largos ... c) ... situações que conduziram a isso ... d) ... as famílias encolheram drasticamente ... e) ... fator que acrescenta ansiedade ...

05- CESPE (2010) “A pobreza é um dos fatores mais comumente responsáveis pelo baixo nível de desenvolvimento humano e pela origem de uma série de mazelas, algumas das quais proibidas por lei ou consideradas crimes. É o caso do trabalho infantil. A chaga encontra terreno fértil nas sociedades subdesenvolvidas, mas também viceja onde o capitalismo, em seu ambiente mais selvagem, obriga crianças e adolescentes a participarem do processo de produção”. ( ) O emprego de preposição em "a participarem"

é exigido pela regência da forma verbal "obriga".

06- CESPE: “Nas últimas décadas, o aumento dos índices de

criminalidade e a atuação de organizações criminosas transnacionais colocaram a segurança pública entre as principais preocupações da sociedade e do Estado brasileiros. A delinquência e a violência criminal afetam, em maior ou menor grau, toda a população, provocando apreensão e medo na sociedade, e despertando o sentimento de descrença em relação às instituições estatais responsáveis pela manutenção da paz social”.

( ) Estaria gramaticalmente correto o emprego da preposição “a” antes de "toda a população" - a toda a população - visto que a forma verbal "afetam" apresenta dupla regência.

07- CESPE: “Tendo como principal propósito a interligação das distantes e isoladas províncias com vistas à constituição de uma nação-Estado verdadeiramente unificada, esses pioneiros da promoção dos transportes no país explicitavam firmemente a sua crença de que o crescimento era enormemente inibido pela ausência de um sistema nacional de comunicações e de que o desenvolvimento dos transportes constituía um fator crucial para o alargamento da base econômica do país”.

( ) A preposição em "de que o desenvolvimento" é exigida pela regência da palavra "crença".

08- CESGRANRIO: Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua:

a) Os brasileiros aspiram a uma vida mais

confortável. b) Obedeceu rigorosamente o horário do

planejamento. c) O rapaz assistiu à demolição do prédio. d) O fazendeiro agrediu o funcionário sem

necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas,

ao lucro pretendido. 09- UECE: O “Que” devidamente empregado só não seria

regido de preposição na opção:

a) O cargo ............................. aspiro depende de concurso.

b) A situação....................... passei foi bem difícil. c) Rui é o orador...................... mais admiro. d) O jovem ................... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....................... necessitamos.

05- CESGRANRIO: “Foram inúmeros os problemas

________ nos defrontamos e inúmeras as experiências ________ passamos. De acordo com a norma culta da língua, completam a frase, respectivamente, a) que e em que. b) que e de que. c) de que e por que. d) com que e por que. e) com que e em que.

10- FGV: “A crise imobiliária nos Estados Unidos revela o papel que o superendividamento exerce...”. Assinale a alternativa em que, alterando-se o trecho destacado acima, não se manteve adequação à norma culta. Ignore as alterações de sentido. a) a que o superendividamento se refere b) de que o superendividamento lembra c) a que o superendividamento procede d) a que o superendividamento prefere e) de que o superendividamento se queixa

12- CESPE: “Em razão da complexidade, da amplitude e do

poderio das redes criminosas transnacionais, a solução para a criminalidade depende de decisões político-econômico-sociais e, concomitantemente, de ações preventivas e repressivas de órgãos estatais. Nesse contexto, as operações de inteligência são instrumentos legais de que dispõe o Estado na busca pela manutenção e proteção de dados sigilosos”.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

( ) A preposição "de" empregada antes de "que" é exigência sintática da forma verbal "dispõe"; portanto, sua retirada implicaria prejuízo à correção gramatical do período.

GABARITO EXERCÍCIOS 01

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E F/V E E V F V B C D

11 12

B V

EXERCÍCIOS 02

01- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte

2012) “Coisas espantosas acontecem conosco, a cada

segundo, pelo simples fato de existirmos. Agora

mesmo, enquanto escrevo – ou enquanto você lê –,

fatos fantásticos e dramáticos se desenrolam dentro

de nós. Células se reproduzem aos milhões. Bando de

bactérias percorrem nossas vias interiores,

procurando encrenca. Nossos sucos se encontram e se

misturam em alquimias inacreditáveis. E giramos em

torno do Sol, que, por sua vez, se desloca pelo espaço,

em alta velocidade, cuspindo fogo”. (Verissimo, Luis Fernando. Orgias. Porto Alegre, RS: L&PM Editores,

1989, p.80-1, Adaptado).

( ) No segmento “percorrem nossas vias interiores” o termo “nossas vias interiores” expressa uma circunstância de lugar do verbo intransitivo “percorrem”.

( ) Na oração “e se misturam em alquimias inacreditáveis”, conforme faculta a regência, o complemento do verbo “misturar” poderia ser introduzido pela preposição “com”.

02- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte

2012) Assinale a opção correta a respeito do período “Tem um personagem de Voltaire que um dia descobre, encantado, que falou em prosa toda a sua vida, sem saber”. ( ) O sentido com que foi empregada a forma verbal

“Tem” possibilitaria, sem que houvesse alteração do sentido do período, a seguinte organização dos termos da primeira oração: Voltaire tem um personagem.

03- Padrão ESAF/CESPE - Nos itens a seguir, são apresentados trechos adaptados de jornal de grande circulação. Julgue-os quanto à regência de verbos e de nomes. Marque o que não apresentar erro.

a) Mais de 1 bilhão de moradores das cidades

enfrentarão de uma grave escassez de água em 2050 na medida em que o aquecimento global piorar os efeitos da urbanização, indicou um estudo nesta segunda-feira.

b) A escassez ameaça o saneamento em algumas das cidades de mais rápido crescimento no mundo, particularmente na Índia, mas também representa riscos para à vida silvestre caso as cidades bombeiem água de fora, afirma o artigo publicado nas Atas da Academia Nacional de Ciências (PNAS).

c) O estudo concluiu que, se continuarem as atuais tendências de urbanização, em meados deste século, em torno de 990 milhões de moradores de cidades viverão com menos de 100 litros diários de água cada um ─ mais ou menos a quantidade necessária para encher uma banheira ─, quantidade que, segundo os autores, é a mínima necessária.

d) Além disso, mais 100 milhões de pessoas não terão água para beber, cozinhar, limpar, tomar banho e ir no banheiro. "Não tomem os números como um destino. São o sinal de um desafio", disse o principal autor do estudo, Rob McDonald.

e) Atualmente, cerca de 150 milhões de pessoas estão abaixo do patamar dos 100 litros de uso diário. A casa de um americano médio gasta 376 litros por dia por pessoa, apesar do uso real variar dependendo da região, disse McDonald. Mas o mundo está experimentando de mudanças sem precedentes no nível urbano, à medida que as populações rurais de Índia, China e outras nações em desenvolvimento mudam-se para as cidades

Correio Braziliense, 01/ 04/ 11 (Com adaptações)

04- ESAF (Denit: analista em infraestrutura e transporte

2012) “Restam os pedestres, em sua humilde visibilidade, para nos lembrar de que as cidades foram feitas para as pessoas”.

( ) Seriam mantidos o sentido original do período e

a correção gramatical se o último período do texto fosse reescrito da seguinte forma: Restam os pedestres que, em sua humilde visibilidade, lembram-nos que cidades foram construídas para pessoas.

GABARITO EXERCÍCIOS 02

01 02 03 04

EE E C E

EXERCÍCIOS 03

03- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Quando possível, os teoremas e teorias mais belos são também os mais simples: dadas duas ou mais

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

explicações para o mesmo fenômeno, vence a mais simples. Esse critério é conhecido como a lâmina de Ockham, atribuído a William de Ockham, um teólogo inglês do século XIV”. ( ) No trecho “um teólogo inglês do século XIV” (R

.13), que serve como aposto apresentador de informações acerca de William de Ockham, o artigo indefinido poderia ser omitido sem que se prejudicasse a correção gramatical do texto.

04- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “O problema da

linguagem é inseparável do conteúdo essencial daquilo que se quer comunicar, quando não se visa apenas a informar, mas também a fornecer modelos e diretivas de ação. A linguagem de um código não se dirige a meros espectadores, mas se destina antes aos protagonistas prováveis da conduta regulada”. ( ) No trecho “não se visa (...) a informar (...)

a fornecer”, o elemento “a”, em ambas as ocorrências, poderia ser omitido sem que isso trouxesse prejuízo à correção gramatical do texto.

05- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Diferentes

autores apresentam de maneiras diversas as características que deve ter a lei bem feita. Em geral, todos concordam que é mister conciliar cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa, a saber: simplicidade, precisão, clareza, concisão e correção”. ( ) A ausência do artigo “as” imediatamente antes

de “cinco qualidades essenciais da linguagem legislativa” permite inferir a possibilidade de a linguagem legislativa ser caracterizada por outras qualidades essenciais não mencionadas.

06- (CESPE 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele

final de década de sessenta, no entanto, o jovem arquiteto interessava-se menos por torres que escalavam os céus do que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas subterrâneos da cidade. Em vez de construir, seu projeto era ‘cortar’ edifícios ou ‘desfazer espaços’”. ( ) O uso da forma não pronominal “interessar”,

retirando-se o pronome de “interessava-se”, preservaria a correção gramatical e a coerência textual, desde que fosse empregada a preposição “a” antes de “o jovem arquiteto”, escrevendo “ao jovem arquiteto interessava”.

07- (CESPE 2013 Serpro) “O novo milênio ― designado

como era do conhecimento, da informação ―é marcado por mudanças de relevante importância e por impactos econômicos, políticos e sociais. Em épocas de transformações tão radicais e abrangentes

como essa, caracterizada pela transição de uma era industrial para uma baseada no conhecimento, aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”.

( ) Estariam mantidos a correção gramatical e os

sentidos do texto se, na oração “aumenta-se o grau de indefinições e incertezas”, a forma verbal estivesse flexionada no plural, desde que suprimida a partícula “-se”.

08- (CESPE MPU 2013) “A regra da igualdade não consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais na medida em que se desigualam. Nessa desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é que se acha a verdadeira lei da igualdade”.

( ) A oração “quinhoar desigualmente aos desiguais

na medida em que se desigualam” exerce a função de complemento indireto da forma verbal “consiste”.

GABARITO EXERCÍCIO 03

01 02 03 04 05 06

C C C E E C

EXERCÍCIOS 04

01- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “Escrevi uma

carta aos meus concidadãos, pedindo-lhes que me dissessem francamente o que consideravam que fosse política, e dispensando-os de citar Aristóteles, Maquiavelli, Spencer, Comte (...)”. ( ) Por terem como referente a palavra

“concidadãos”, os pronomes empregados em “pedindo-lhes” e “dispensando-os” poderiam ser intercambiados, sem prejuízo para os sentidos e a correção gramatical do texto.

02- CESPE (Câmara dos deputados 2012) “ ‘Na hierarquia

dos problemas nacionais, nenhum sobreleva em importância e gravidade ao da educação.’ (...) Escrito há 80 anos, o enunciado do Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova continua tão atual quanto em 1932”. ( ) Mantém-se a correção gramatical do primeiro

período ao se considerar a forma verbal ‘sobreleva’ como transitiva direta, com a seguinte reescrita: nenhum sobreleva em importância e gravidade o da educação.

03- CESPE ( PF 2012) “Essa discrição é apresentada como

um progresso: os povos civilizados não executam seus condenados nas praças. Mas o dito progresso é, de fato, um corolário da incerteza ética de nossa cultura. Reprimimos em nós desejos e fantasias que nos parecem ameaçar o convívio social. Logo, frustrados, zelamos pela prisão daqueles que não se impõem as

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

mesmas renúncias. Mas a coisa muda quando a pena é radical, pois há o risco de que a morte do culpado sirva para nos dar a ilusão de liquidar, com ela, o que há de pior em nós”. ( ) Considerando-se a dupla regência do verbo

“impor” e a presença do pronome “mesmas”, seria facultado o emprego do acento indicativo de crase na palavra “as” da expressão “as mesmas renúncias”.

04- CESPE ( PF 2012)

“Considerai no mistério dos humanos desatinos, e no polo sempre incerto dos homens e dos destinos! Por sentenças, por decretos, pareceríeis divinos: e hoje sois, no tempo eterno, como ilustres assassinos. Ó soberbos titulares, tão desdenhosos e altivos! Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos, inutilmente matastes: — vossos mortos são mais vivos; e, sobre vós, de longe, abrem grandes olhos pensativos.

Cecília Meireles. Romanceiro da Inconfidência. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1989, p. 267-8

( ) Os trechos “Por sentenças, por decretos” (v .29)

e “Por fictícia autoridade, vãs razões, falsos motivos” ( v.35-36) exercem função adverbial nas orações a que pertencem e ambos denotam o meio empregado na ação representada pelo verbo a que se referem.

GABARITO EXERCÍCIO 04

01 02 03 04

E C E E

COMPLEMENTOS VERBAIS X USO DE PRONOMES OBLÍQUOS

Para que você inicie esta segunda pare do assunto, é importante (para não dizer fundamental) que você conheça o funcionamento dos pronomes enquanto elementos que representam complementos verbais (ou seja, os objetos diretos e os indiretos). Portanto, iniciemos com esta tabela:

o, a, os, as terão função de OD.

lhe, lhes terão função de OI.

me, te, se, nos, vos podem ter função de OD ou OI.

Exemplos com problemas:

- A equipe médica salvou-lhe.

- A jovem não o obedecia naquela época.

- O rapaz lhe ama.

Exemplos corrigidos:

- A equipe médica salvou-____.

- A jovem não _____ obedecia naquela época.

- O rapaz ____ ama.

Portanto, frases como “O professor viu-lhe na rua” não obedecem ao padrão culto da língua, porque não podemos associar a um verbo transitivo direto (ver) o pronome LHE.

QUANDO USAR LO, LA, LOS e LAS?

- Se verbos terminam em R, S ou Z. - E se os pronomes o, a, os ou as devem surgir na posição

de ênclise.

FAÇA O SEGUINTE: - Retire a dita consoante final. - Coloque um hífen. - E acrescente “L” ao pronome que o contexto pedir.

Exemplos:

- Trouxemos os livros ontem. - Trouxemo-los ontem. - Fiz todas as compras hoje. - Fi-las hoje. - Ele gosta de criticar esses atores. - Ele gosta de criticá-los.

QUANDO USAR NOS, NAS, NO e NAS?

Se você tiver os pronomes O, A, OS e AS ligados a verbos com finais nasais, faça assim:

- Acrescente a letra “N” ao pronome para indicar nasalização.

Ex.: O treinador propõe as mudanças antes do jogo.

O treinador propõe-nas antes do jogo.

Ex.: Levaram as alunas depois da aula.

Levaram-nas depois da aula.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

DETLAHE: A gramática diz que, toda vez que um verbo for flexionado na 1ª pessoa do plural e tiver que usar, encliticamente, o pronome NOS o “S” do final do verbo deverá ser suprimido. Assim: - Vimos + nos perdidos = Vimo-nos perdidos. (forma

correta)

- Vimos + nos perdidos = VimoS-nos perdidos. (forma INcorreta)

- Encontramos + nos na festa = Encontramo-nos na festa. (forma correta)

- Encontramos + nos na festa = EncontramoS-nos na festa. (forma INcorreta)

COLOCAÇÃO PRONOMINAL

É o estudo da colocação dos pronomes oblíquos átonos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) em relação ao verbo.

Os pronomes átonos podem ocupar 3 posições: antes do verbo (próclise), no meio do verbo (mesóclise) e depois do verbo (ênclise).

PRÓCLISE

Usamos a próclise nos seguintes casos:

(a) Com palavras negativas: não, nunca, jamais, nada, ninguém, nem etc.

- Nada me perturba.

- Ninguém se mexeu.

- Jamais me afastarei daqui.

- Ela nem se importou com meus problemas.

Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções:

- Nada perturba-me.

- Ninguém mexeu-se.

- Jamais afastar-me-ei daqui.

- Ela nem importou-se com meus problemas.

(b) Com conjunções ou locuções subordinativas: quando, se, porque, que, conforme, embora, ainda que, já que, quanto etc.

- Quando se trata de boa comida, ele é um especialista.

- É necessário que a deixe em casa.

- Fazia a lista de convidados, conforme me lembrava dos amigos sinceros.

Ou seja, seriam ERRADAS as seguintes construções:

- É necessário que deixe-a em casa.

- Embora encontre-me com problemas, estou indo bem no trabalho.

(c) Advérbios: só, apenas, muito, pouco, cedo, tarde, ali, aqui, também etc.

- Aqui se tem paz.

- Sempre me dediquei aos estudos.

- Talvez o veja na escola.

OBS: Se houver vírgula depois do advérbio, este (o advérbio) deixa de atrair o pronome.

- Aqui, trabalha-se.

- Ontem, revelei-lhe toda a verdade.

(d) Pronomes relativos, indefinidos e interrogativos.

Um lembrete:

- Relativos: que, quem, onde.

- Indefinidos: tudo, nada, algo, alguém, ninguém, qualquer etc.

- Interrogativos: que, quem, qual, quanto etc.

Exemplos:

- Quem te ligou bem cedo? (interrogativo)

- A pessoa que me chamou era minha amiga. (relativo)

- Nada nos traz felicidade. (demonstrativo)

(e) Em frases exclamativas ou optativas (que exprimem desejo).

- “Macacos me mordam!”

- Deus te abençoe, meu filho!

(f) Com verbo no gerúndio antecedido de preposição EM.

- Em se plantando tudo dá.

- Em se tratando de beleza, ela é a campeã.

CASOS FACULTATIVOS

(a) Diante de substantivos quando funcionam como sujeito:

- Os alunos se aproximaram.

- Os alunos aproximaram-se.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

(b) Diante de pronomes retos:

- Ela me disse tudo.

- Ela disse-me tudo.

(c) Diante de pronomes de tratamento.

- Vossa Senhoria te perguntou algo?

- Vossa Senhoria perguntou-te algo?

(d) Diante de pronomes demonstrativos.

- Aquilo me deixou triste.

- Aquilo deixou-me triste.

(e) Quando houver conjunções coordenativas (exceto as aditivas Nem, Não só...mas também e companhia e todas as alternativas):

- O homem chegou e se dirigiu a mim imediatamente.

- O homem chegou e dirigiu-se a mim imediatamente.

- Eu cheguei cedo, mas me barraram na entrada.

- Eu cheguei cedo, mas barraram-me na entrada.

BOMBA BOMBA BOMBA!!!!! A maior pegadinha de todas!!!!

(f) Infinitivo não flexionado precedido de palavras atrativas ou de preposições:

- Meu desejo era não o incomodar.

- Meu desejo era não incomodá-lo.

- Calei-me para não o contrariar.

- Calei-me para não contrariá-lo.

- Corri para o defender.

- Corri para defendê-lo.

MESÓCLISE

Usada quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito.

- Convidar-me-ão para a festa.

- Convidar-me-iam para a festa.

- Revelar-lhe-ei meus segredos.

Se houver uma palavra atrativa, a próclise será obrigatória.

- Não me convidarão para a festa.

- Algo te levará a um bom destino.

ÊNCLISE

Regra básica: a ênclise será sempre obrigatória no início de período.

- Amo-te muito, meu amor!

- Dá-me mais um pouco de vinho?

- Comprei-o no mês passado.

Outros casos:

a) Com o verbo no imperativo afirmativo:

- Alunos, comportem-se.

b) Com o verbo no gerúndio:

- Saiu rapidamente, deixando-nos a sós por alguns instantes.

c) Com o verbo no infinitivo impessoal:

- Contar-lhe tudo é fundamental.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS

Locuções verbais são formadas por um verbo auxiliar + infinitivo, gerúndio ou particípio.

AUXILIAR + INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo principal, depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

- A polícia nos deseja revelar a verdade.

- A polícia deseja-nos revelar a verdade.

- A polícia deseja revelar-nos a verdade.

AUXILIAR + GERÚNDIO OU INFINITIVO: se não houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo principal, depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

- As crianças me vêm perguntando muitas coisas.

- As crianças vêm-me perguntando muitas coisas.

- As crianças vêm perguntando-me muitas coisas.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal.

Infinitivo

- A polícia não nos deseja revelar a verdade.

- A polícia não deseja revelar-nos a verdade.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Gerúndio

- As crianças agora me vêm perguntando muitas coisas.

- As crianças agora vêm perguntando-me muitas coisas.

AUXILIAR + PARTICÍPIO: o pronome deve ficar sempre depois do verbo auxiliar, nunca depois do particípio. Se houver palavra atrativa, o pronome deverá ficar antes do verbo auxiliar.

- O preso lhe havia contado a verdade.

- O preso havia-lhe contado a verdade.

Se houver palavra atrativa, o pronome oblíquo virá SOMENTE antes do verbo auxiliar.

- O preso jamais lhe havia contado a verdade.

Para as perguntas de 01 a 28 você deverá assinalar com “C “ o que estiver correto e com “I” os incorretos:

01) ( ) O presente é a bigorna onde se forja o futuro. (próclise)

02) ( ) Nossa vocação molda-se às necessidades. (ênclise)

03) ( ) Se não fosse a chuva, acompanhar-te-ia. (mesóclise)

04) ( ) Macacos me mordam!

05) ( ) Caro amigo, muito lhe agradeço o favor...

06) ( ) Ninguém socorreu-nos naqueles momentos difíceis.

07) ( ) As informações que se obtiveram, chocavam-se entre si.

08) ( ) Quem te falou a respeito do caso?

09) ( ) Não foi trabalhar porque machucara- se na véspera.

10) ( ) Não só me trouxe o livro, mas também me deu presente.

11) ( ) Ele chegou e perguntou-me pelo filho.

12) ( ) Em se tratando de esporte, prefere futebol.

13) ( ) Vamos, amigos, cheguem-se aos bons.

14) ( ) O torneio iniciar-se-á no próximo Domingo.

15) ( ) Amanhã dizer-te-ei todas as novidades.

16) ( ) Os alunos nos surpreendem com suas tiradas espirituosas.

17) ( ) Os amigos chegaram e me esperam lá fora.

18) ( ) O torneio iniciará-se no próximo domingo.

19) ( ) Ele tinha oferecido-lhe as explicações.

20) ( ) Convido-te a fazeres-lhes, essa gentileza.

21) ( ) Para não falar- lhe, resolveu sair cedo.

22) ( ) É possível que o leitor nos não creia.

23) ( ) A turma quer-lhe, fazer uma surpresa.

24) ( ) A turma havia convidado-o para sair.

25) ( ) Ninguém podia ajudar-nos naquela hora.

26) ( ) Algumas haviam-nos contado a verdade.

27) ( ) Todos se estão entendendo bem.

28) ( ) As meninas não tinham-nos convidado para sair.

29) Assinale a frase com erro de colocação pronominal:

a) Tudo se acaba com a morte, menos a saudade. b) Com muito prazer, se soubesse, explicaria-lhe

tudo. c) João tem-se interessado por suas novas

atividades. d) Ele estava preparando-se para o vestibular de

Direito.

30) Assinale a frase com erro de colocação pronominal: a) Tudo me era completamente indiferente. b) Ela não me deixou concluir a frase. c) Este casamento não deve realizar-se. d) Ninguém havia lembrado-me de fazer as

reservas.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C C C C C I C C I C

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C C C C I C C I I I

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

C C C I C I I I B D

EXERCÍCIOS 05

01- FCC: em “Ajudamos a criar essa nova arma no intuito de impedir que os inimigos tivessem acesso antes de nós a essa nova arma”. Valendo-se do emprego de pronomes, estará correta a seguinte reconstrução da frase acima:

a) Ajudamos a criar-lhe no intuito de impedir eles

de acessarem antes de nós essa nova arma. b) Ajudamos a criá-la no intuito de lhes impedir o

acesso dos inimigos a essa nova arma antes de nós.

c) Ajudamo-la a criar no intuito de impedir-lhes que eles tivessem acesso à ela antes de nós.

d) Ajudamos a criá-la no intuito de impedir que eles tivessem acesso a ela antes de nós.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

e) Ajudamos a criá-la no intuito de os impedir de acessar-lhe antes de nós

02- CESGRANRIO: Assinale a frase em que está usado

indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe.

a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ana o ajudou na semana passada. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com

extrema dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana.

03- FCC: “Maquiavel escreveu um tratado político, e a

potência de análise desse tratado político permite considerar esse tratado político como um texto que efetivamente revela os mecanismos do poder, embora sempre haja quem julgue indevassáveis esses mecanismo do poder, pois todos os políticos buscam dissimular esses mecanismo do poder”.

Evitam-se as viciosas repetições do período acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por

a) cuja potência de análise / considerá-lo / os julgue

indevassáveis / dissimulá-los. b) em cuja potência de análise / o considerar / lhes

julgue indevassáveis / os dissimular. c) cuja a potência de análise / considerá-lo / julgue-

os indevassáveis / dissimular-lhes. d) que a potência de análise / considerar-lhe / os

julgue indevassáveis / dissimulá-los. e) de cuja potência de análise / lhe considerar / os

julgue indevassáveis / lhes dissimular. 04- FCC: “A palavra progresso frequenta todas as bocas,

todas pronunciam a palavra progresso, todas atribuem a essa palavra sentidos mágicos que elevam essa palavra ao patamar dos nomes miraculosos”. Evitam-se as repetições viciosas da frase acima substituindo- se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) a pronunciam - lhe atribuem - a elevam b) a pronunciam - atribuem-na - elevam-na c) lhe pronunciam - lhe atribuem - elevam-lhe d) a ela pronunciam - a ela atribuem - lhe elevam e) pronunciam-na - atribuem-na - a elevam

05- FCC: “O editorial foi considerado um desrespeito à

soberania de Cuba, trataram a soberania de Cuba como uma questão menor, pretenderam reduzir a soberania de Cuba a dimensões risíveis, como se os habitantes do país não tivessem construído a soberania de Cuba com sangue, suor e lágrimas”.

Evitam-se as viciosas repetições acima substituindo-se os segmentos sublinhados, respectivamente, por a) trataram a ela / reduzir-lhe / a tivessem

construído. b) trataram-na / reduzi-la / a tivessem construído. c) a trataram / a reduziram / tivessem-na construído. d) trataram-lhe / reduziram-lhe / lhe tivessem

construído. e) trataram-na / reduziram-lhe / lhe tivessem

construído.

06- FCC (Metrô São Paulo) A substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente, com os necessários ajustes no segmento, foi realizada corretamente em: a) que pretende construir máquinas multifuncionais

= que lhes pretende construir b) que desejam limpar seu carpete = que desejam o

limpar c) precisa processar dados coletados = precisa

processá-los. d) que busque uma caneca = que busque-a. e) requerem um grande conjunto de habilidades =

requerem-nas.

GABARITO EXERCÍCIOS 05

01 02 03 04 05 06

D E A A B C

2. REGÊNCIA NOMINAL

Estuda as relações em que os nomes – substantivos, adjetivos e advérbios – exigem complemento para que os sentidos da frase fiquem estabilizados. Essa relação entre o nome e seus complementos é estabelecida pela presença de preposição e gera uma função sintática chamada Complemento Nominal. Exemplos: 1- Reconheceu o respeito ---------- a + o trabalhador. 2- O aluno saiu confiante ---------- em + a aprovação. 3- Votou favoravelmente ------------a + a paz. Observação: Existem nomes que admitem mais de uma preposição; comportamento absolutamente normal. Exemplo: Tenha amor a seus filhos. Renato não morria de amor por Paula. NOMES QUE ADVÊM DE VERBOS 1- Ele avançou 200 metros.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

1.1- O avanço de 200 metros ocorreu em seguida. 2- O convidado gostou do que foi oferecido pelo chef árabe. 2.1- O gosto pela gastronomia árabe é comum no Brasil. 3- O motorista atrasou o ônibus. 3.1- O atraso do ônibus foi causado pelo motorista. 4- Ele não confia em você. 4.1- A confiança em Deus é fundamental. Obs.: Perceba que, em quase todos os casos, quando o verbo transformou-se em nome, a regência foi alterada. Portanto, atenção a esses movimentos. ► A seguir veremos a relação de alguns nomes e as suas preposições mais usuais:

a

acessível, adequado, alheio, análogo, apto, avesso, benéfico, cego, conforme, desatento, desfavorável, desleal, equivalente, fiel, grato, guerra, hostil, idêntico, inerente, nocivo, obediente, odioso, oposto, peculiar, pernicioso, próximo (de), superior, surdo (de), visível.

de

amante, amigo, ansioso, ávido, capaz, cobiçoso, comum, contemporâneo, curioso, devoto, diferente, digne, dotado, duro, estreito, fértil, fraco, inocente, menor, natural, nobre, orgulhoso, pálido, passível, pobre, pródigo (em), temeroso, vazio, vizinho.

com

afável, amoroso, aparentado, compatível, conforme, cruel, cuidadoso, descontente, furioso (de), ingrato, liberal, misericordioso, orgulhoso, parecido (a), rente (a, de).

contra desrespeito, manifestação, queixa.

em

constante, cúmplice, diligente, entendido, erudito, exato, fecundo, fértil, fraco (de), forte, hábil, indeciso, lento, perito, sábio, último (de, a), único.

entre convênio, união.

para apto, bom, essencial, incapaz, inútil, pronto (em), útil

para com

afável, amoroso, capaz, cruel, intolerante, orgulhoso

Por ansioso, querido (de), responsável, respeito (a, de)

Sobre dúvida, influência, triunfo.

EXERCÍCIOS 01

01- CESPE: “Floresta nacional, floresta estadual e municipal: é uma área com uma cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais de florestas nativas. É uma área de posse e domínio públicos”.

( ) O vocábulo "públicos" está no plural por se tratar de caso de regência nominal.

Obs.: O detalhe dessa questão consiste numa “pegadinha”.

02- CESPE: “Hipermodernidade é o termo usado para denominar a realidade contemporânea, caracterizada pela cultura do excesso, do acréscimo sempre quantitativo de bens materiais, de coisas consumíveis e descartáveis”.

( ) A repetição da preposição “de” em "do acréscimo", "de bens materiais" e "de coisas" indica que esses termos são empregados, no texto, como complementos de "cultura", vocábulo que tem como primeiro complemento "do excesso".

Obs.: Uma boa leitura é fundamental para resolver essa questão.

03- CESPE: Com base no texto abaixo, julgue a questão a seguir.

O Brasil tem 24,8 milhões de pessoas consideradas aptas para trabalhar. Mas, nesse universo, há cerca de 5,5 milhões de pessoas condenadas a ficar fora do mercado de trabalho, tal como ele se apresenta hoje, visto que lhes falta a essencial qualificação. Para estes, 20% da força de trabalho, resta tentar ganhar o pão de cada dia fazendo bicos o trabalhos regulares, porém de baixa exigência e, portanto, com ganhos ínfimos. Esses números estão em trabalho recentemente divulgado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), no qual se revela que outros 653 mil trabalhadores, no topo da pirâmide do preparo profissional, igualmente tenderão a ficar batendo de

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

porta em porta em busca de colocação. Para eles, em razão da crise mundial, fecharam-se postos de trabalho, pois suas empresas preferiram liberar mão de obra qualificada, reduzir gastos — esses profissionais são os de mais altos salários — e esperar a tempestade passar. E ela ainda não passou.

Em outras áreas, porém, como construção civil, comércio e hotelaria, o estudo do IPEA revela que já se faz sentir a falta de profissionais por motivo semelhante ao causado pela crise. A recuperação econômica, que ocorreu com velocidade espantosa em áreas como a de construção, não deixou espaço e tempo para que se preparasse tanta gente, em número e qualidade, para atender à demanda, especialmente no Sudeste e no Sul do país, onde se constroem mais moradias e obras de infraestrutura alimentadas por programas habitacionais, pelas eleições e, como não poderia deixar de ser, pelo futebol, que terá o Brasil como sede da Copa do Mundo em 2014. Casas, saúde, transportes, saneamento e iluminação implicarão investimentos superiores a R$ 1 trilhão, conforme anunciado pelo governo em março. Para este ano, o crescimento econômico deve gerar 2 milhões de vagas, dizem as estimativas oficiais.

Hélio Terra. Trabalho há e haverá. In: O Estado de S.Paulo, 4/4/2010 (com adaptações)

Acerca da regência nominal e verbal empregada no texto, assinale a opção correta.

a) A substituição do termo “aptas” (1º parágrafo)

por “capazes” manteria o sentido original, mas não a correção gramatical do período.

b) Na oração “visto que lhes falta a essencial qualificação” (1º parágrafo), o verbo não exige complemento indireto.

c) No trecho “por motivo semelhante ao causado pela crise” (3º parágrafo), o elemento “ao” pode ser corretamente substituído por “com o”.

d) O uso do sinal indicativo de crase em “para atender à demanda” (3º parágrafo) ocorre por conta da existência de regência nominal no período.

e) A inserção da preposição “em” imediatamente após a forma verbal “implicarão” (3º parágrafo) não acarreta prejuízo ao sentido nem à estrutura sintática do período.

04- FCC: “A ocupação do cerrado por agricultores

provenientes de outras áreas ...” (3º parágrafo) O mesmo tipo de regência assinalado acima SÓ NÃO se configura no segmento grifado em:

a) graças ao investimento em novas tecnologias. b) nas condições de vida de milhões de brasileiros c) o ingresso de centenas de milhões de pessoas.

d) a expansão do comércio. e) por uma combinação de ações políticas e

empresariais. Obs.: Uma dica para você não perder a paciência ao

resolver essa questão é perceber que nem todos os nomes advêm das mesmas classes de palavras. Vimos isso no início da aula. Volte um pouco, faça uma nova leitura.

GABARITO 01

01 02 03 04

F F A B

EXERCÍCIOS 02

01- A sentença em que o verbo pegar apresenta-se com o mesmo sentido e integra a mesma construção sintática com que é usado em “ele pegou um balde grande de plástico,” é:

a) Os alunos pegam facilmente tudo o que é

ensinado. b) Pegar um bom emprego é o objetivo de todos. c) Pegou do irmão a mania de fazer coleção de

figurinhas. d) Pegou no que era seu, deu adeus e foi embora. e) Pegou sem cuidado o copo e deixou-o quebrar

02- Assinale a opção em que a regência do verbo destacado difere da dos demais.

a) “...tal fato exige de nós a capacidade de

atuarmos em áreas...”. b) “O sentir faz a ponte entre o pensar e o agir”. c) “... essa atitude consequentemente nos leva ao

aprendizado”. d) “alguém perguntou a um velho se ele tinha

crescido naquela cidade”. e) “...é esse ensinamento que nos ensina a resposta

do velho sábio”. 03- O verbo destacado NÃO é impessoal em:

a) Fazia dias que aguardava a sua transferência para o setor de finanças.

b) Espero que não haja empecilhos à minha promoção.

c) Fez muito frio no dia da inauguração da nova filial.

d) Já passava das quatro horas quando ela chegou. e) Embora houvesse acertado a hora, ele chegou

atrasado. 04- Em relação à regência nominal, em qual das frases a

seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA? a) A partir daí, estava apto para ajudar alguém.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

b) Ele, então, estava sedento por um futuro melhor. c) Não seja inconstante em suas decisões. d) Na vida, todos nós somos passíveis a equívocos. e) Temeroso de um resultado negativo, não seguiu

sua intuição. 05- Em relação à regência nominal, em qual das frases a

seguir a preposição empregada NÃO está ADEQUADA?

a) Aquele personagem é destituído de

complexidade. b) O vigilante estava atento a tudo que passava a

sua volta. c) O homem ficou grato com todos os que o

ajudaram. d) Aquele soldado foi cruel para com o preso. e) Não houve a correta adaptação ao clima frio da

Europa. 06- Assinale a opção em que a preposição destacada

constitui caso de regência nominal.

a) “ele precisava se adaptar rapidamente a uma nova situação...”.

b) “acho que ele deve saber se comunicar com a equipe...”.

c) “ele deve ter capacidade de negociação são características extras...”.

d) “Para chegar a esta conclusão foram analisados três fatores:”.

e) “Então, que tal começar a exercitar a linguagem? Faz bem para você e para aqueles com quem se relaciona”.

07- Marque o item que contempla incorreto uso de

regência verbal.

a) O homem chamou o político de corrupto. b) Ele chamou ao amigo de covarde. c) Nós lhe chamamos crápula. d) O jovem anuiu ao professor. e) O belo projeto do governo implicou em esforço

da população. 08- Marque o item que contempla incorreto uso de

regência verbal.

a) Vimos o filme mencionado pela crítica. b) Os protestantes só queriam a atenção de todos

os presentes. c) Os políticos não se lembram o que fazem com o

dinheiro público. d) O palestrante esqueceu tudo que ia dizer

naquela apresentação. e) A Igreja dos Milagres assiste na Avenida Dom

Pedro.

GABARITO 02

01 02 03 04 05 06 07 08

E B E D C C E C

PRONOMES RELATIVOS E O USO DE PREPOSIÇÕES

Observe a seguinte oração: - As ideias que o professor acreditava eram controversas. Note que, aparentemente, o período não apresenta falhas; auditivamente, tudo parece estar bem. Contudo, sabendo que a regência do verbo acreditar pede a preposição “em”, fica mais claro que a construção não obedece à norma culta. Em situações como esta, é necessário antecipar a preposição para antes do pronome relativo QUE. Assim: - As ideias em que o professor acreditava eram controversas. Essa nova construção obedece à norma culta e também poderia ser reescrita da seguinte forma: - As ideias nas quais o professor acreditava eram controversas. As duas últimas construções estão corretas, ao passo que a primeira apresenta erro gramatical. PRONOMES RELATIVOS Como já sabemos, os pronomes substituem os nomes. Assim, no lugar de “Ana” em Ana recebeu um comunicado, poderíamos escrever Ela recebeu um comunicado. Contudo, Ela não é um pronome relativo, mas sim um pronome pessoal do caso reto. Os pronomes relativos, além de mais complexos, são mais decisivos no momento da redação de um texto. Os mais utilizados em provas de concurso são os seguintes: QUE (o qual, a qual, as quais....), QUEM, ONDE e CUJ-. Esses pronomes seguem uma rigorosa disciplina quanto à sua referência e uso. Vejamos:

Pronome Referência

QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele.

QUEM A um termo (substantivo comum ou próprio), na condição de Ser Humano, anterior a ele.

ONDE A um termo (substantivo comum ou

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

próprio) que indique lugar, também anterior a ele.

CUJO(A)(S)

A um termo (substantivo comum ou próprio) anterior a ele, mas que estabelece concordância com seu termo posterior, que também será um substantivo.

Exercícios reflexivos 01 Agora, vamos fazer um exercício prático! a) A ideia ________ que ele discordou é antiga.

b) O livro ________ que o aluno concordou trazia cenas

fortes.

c) As médicas ________ quem o paciente se referiu

estavam cansadas.

d) Os policiais ________ quem o povo duvidou não eram

culpados.

e) Os ensinamentos ________ que ele disseminava

tinham fundamento.

f) As cidades ________ onde ele viveu são fascinantes.

g) As pousadas________ onde ele dormiu recebiam

muitos turistas.

h) O restaurante ________ onde o homem foi só servia

pratos franceses.

i) Os livros _____ cujas páginas ele se referiu sumiram.

j) A aluna _____ cujos cadernos foram roubados estava

revoltada.

k) As personagens _____ cuja genialidade muitos

discordam eram as mais queridas pelo povo.

RESPOSTAS

a b c d E f g h i j k

de com a de Ø Ø Ø a a ø de

Ou então,

a) A ideia ________ a qual ele discordou é antiga.

b) O livro ________ o qual o aluno concordou trazia

cenas fortes.

c) As médicas ____que / ____ as quais o paciente se

referiu estavam cansadas.

d) Os policiais ____ que/ ____os quais o povo duvidou

não eram culpados.

e) Os ensinamentos ____ os quais ele disseminava

tinham fundamento.

f) As cidades _____ que/ ____ as quais ele viveu são

fascinantes.

g) As pousadas____ que/____as quais ele dormiu

recebiam muitos turistas.

h) O restaurante ___ que/____ o qual o homem foi só

servia pratos franceses.

i) Os livros ____ cujas páginas estavam resgadas

sumiram.

j) Os políticos _____ cujos programas o povo acredita

estão mortos.

k) As personagens _____ cuja força muitos admiram

eram as mais queridas.

RESPOSTAS

a b c d e f g h i j k

de com a de ø em em a ø em ø

EXERCÍCIOS REFLEXIVOS 02 ► Leia, reflita e constate se há a necessidade de preposição antes dos pronomes relativos a seguir. Depois, confira as respostas. 01- As cidades brasileiras _______ que receberam novas

propostas de crescimento tinham boa reputação. 02- Os esforços da população ______ que o ministro se

reportou antes das eleições valeram muito. 03- A imagem daquela população ______ que o ministro

se reportou antes das eleições demonstrou que ela é, de fato, atuante.

04- As notícias _____ que os eleitores, de fato, necessitavam ainda não foram tão alvissareiras.

05- O homem maduro, _______ quem ela se apaixonou,

era, na verdade, cheio de problemas. 06- As muitas pessoas ______ quem o político dizia se

dedicar precisavam demasiado de ajuda. 07- As ruas do bairro ______ onde ela morou no passado

eram cheias de crianças. 08- A antiga cidade chilena _______ onde meu amigo foi

produzia bons vinhos. 09- O prédio novo ______ onde os computadores foram

roubados tinha péssima segurança. 10- O prédio novo ______ onde os computadores foram

levados tinha péssima segurança. 11- Aceitei o perfume_____ cuja fragrância não gostei

somente por educação. 12- Quem matou o hábito das cartas foi o telefone,____

cujo reinado trouxe muitas mudanças.

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RESPOSTAS 01- Ø 02- A 03- A 04- DE 05- POR 06- A 07- Ø 08- A ou PARA 09- DE 10- DE ou PARA 11- DE 12- Ø

EXERCÍCIOS 01

01- Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados em:

a) O autor se pergunta por que haveriam de ser

cruéis os animais que aspiram à propagação da espécie.

b) Quando investigamos o porquê da suposta crueldade animal, parece de que nos esquecemos da nossa efetiva crueldade.

c) À lagarta, de cujo ventre abriga os ovos da vespa, só caberá assistir ao martírio de sua própria devoração.

d) Se a ideia de compaixão é puramente humana, não há porque imputarmos nos animais qualquer traço de crueldade.

e) Os bichos a cujos atribuímos atos cruéis não fazem senão lançar-se na luta pela sobrevivência.

02- Está correto o emprego do elemento sublinhado na

frase:

a) Os restos de esperanças socialistas, por cujas o autor já demonstrara simpatia, misturam-se a outras convicções.

b) Os impulsos missionários, de que o autor não se mostra carente, poderiam levá-lo a combater a fome do mundo.

c) As propostas políticas, de cuja falta sentiu Mario Capanna, eram, na verdade, inúmeras e contrastantes.

d) As posições dos jovens manifestantes, das quais o autor se congratulou, eram as mais díspares possíveis.

e) As ruas de Gênova, aonde se fixaram grupos de manifestantes, ganharam uma nova animação.

03- “... tema que faz com que em certas ocasiões ...”

(último parágrafo) A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está em:

a) O mercado editorial de autoajuda, ......... abrange várias categorias, cresce a olhos vistos em todo o mundo.

b) O conteúdo dos livros de autoajuda, ......... os leitores acreditam, serve de inspiração para o sucesso na vida e na carreira profissional.

c) Os leitores estão convictos .......... essas publicações serão a inspiração para uma vida mais harmônica e feliz.

d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo ........ sonham.

e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios ........ as pessoas recorrem para viver melhor.

04- Está correto o emprego do elemento sublinhado em:

a) O Príncipe é um símbolo reincidente, a cujo nome pessoal talvez nem mesmo a Branca de Neve tenha conhecimento.

b) A necessidade de bajular o poder é um vício de que muita gente da imprensa não consegue se esquivar.

c) A trama com a qual o personagem anônimo participa jamais seria a mesma sem o seu concurso.

d) Em dois segundos o lenhador tomou uma decisão na qual decorreria toda a trama já conhecida de Branca de Neve.

e) Os figurantes anônimos muitas vezes são responsáveis por uma ação em que irão depender todas as demais.

05- “A diferença é que eles viviam em comunhão com o

mundo...” (final do texto) A frase cuja lacuna estará corretamente preenchida pela palavra grifada acima é:

a) As hipóteses ........ que a humanidade teve sua

origem na África já foram comprovadas por cientistas.

b) As armas ......... que os homens primitivos se defendiam dos perigos eram feitas de materiais encontrados na natureza.

c) Ossos de animais serviam ......... que os nossos ancestrais reproduzissem as melodias percebidas nos sons da natureza.

d) São inúmeras as cavernas ......... que se encontraram desenhos primitivos, as chamadas pinturas rupestres.

e) Instrumentos foram criados pelo homem de modo ......... que ele conseguisse reproduzir os sons ouvidos no mundo exterior.

06- As expressões de que e com que preenchem

corretamente, nessa ordem, as lacunas da frase:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

a) O prestígio ...... o texto de Maquiavel desfruta

até hoje é merecido, pois é um tratado político ...... muitos têm muito a aprender.

b) As qualidades morais ...... muitos estavam habituados a considerar como tais foram substituídas pelas políticas, no tratado ...... Maquiavel tornou uma obra basilar.

c) Os valores abstratos ...... muita gente costuma cultuar não tinham, para Maquiavel, qualquer aplicação ...... pudesse se valer na análise da política.

d) O adjetivo maquiavélico, ...... muitos utilizam para denegrir o caráter de alguém, ganhou uma acepção ...... costumam discordar os cientistas políticos.

e) A leitura de O Príncipe, ...... muita gente até hoje se entrega, interessa a todos ...... se sintam envolvidos na lógica da política.

07- “Mas o mundo globalizado também assiste a um

ininterrupto e crescente sistema de produção...”. O mesmo tipo de regência, tal como está empregado o verbo grifado acima, encontra-se na frase:

a) A sociedade mundial resultante do processo de

padronização não tem propriamente uma cultura global a ela vinculada, que possa distingui-la.

b) As práticas cotidianas dos povos, elementos de distinção entre eles, recebem novos ingredientes que maculam a pureza cultural de cada nação.

c) Por haver predomínio de certos hábitos e comportamentos, é que o inglês se tornou uma espécie de língua global.

d) Observa-se, atualmente, que tem havido mais consciência das diferenças e maior respeito pela especificidade de cada um.

e) Muitos críticos do processo de globalização discordam de seus possíveis benefícios, comparando-os a situações perversas para pessoas e povos.

08- Está adequado o emprego de ambos os elementos

sublinhados na frase: a) A obsolescência e o anacronismo, atributos nos

quais os americanos manifestam todo seu desprezo, passaram a se enfeixar com a expressão dez de setembro.

b) O estado de psicose, ao qual imergiram tantos americanos, levou à adoção de medidas de segurança em cuja radicalidade muitos recriminam.

c) A sensação de que o 11/9 foi um prólogo de algo ao qual ninguém se arrisca a pronunciar é um indício do pasmo no qual foram tomados tantos americanos.

d) Não é à descrença, sentimento com que nos sentimos invadidos depois de uma tragédia, é na esperança que queremos nos apegar.

e) Fatos como os de 11/9, com que ninguém espera se deparar, são também lições terríveis, de cujo significado não se deve esquecer.

GABARITO 01

01 02 03 04 05 06 07 08

A B D B B A E E

EXERCÍCIOS 02

(Cespe MPU 2010 Técnico) “O corte de 125 mil empregos

em junho indica que a esperança de gradual retomada do

crescimento do mercado de trabalho no curto prazo era

prematura e não deverá se concretizar. As razões para esse

estancamento encontram-se no comportamento do polo

dinâmico da economia mundial, os países emergentes, cujo

desenvolvimento econômico começou a desacelerar —

ainda que a partir de taxas exuberantes de expansão”.

01- No trecho “cujo desenvolvimento econômico (...)

expansão”, identifica-se relação de causa e

consequência entre a construção sintática destacada

com travessão e a oração que a antecede.

(Cespe MPU 2010 Técnico) “Para a maioria das pessoas, os

assaltantes, assassinos e traficantes que possam ser

encontrados em uma rua escura da cidade são o cerne do

problema criminal. Mas os danos que tais criminosos

causam são minúsculos quando comparados com os de

criminosos respeitáveis, que vestem colarinho branco e

trabalham para as organizações mais poderosas”.

02- A correção gramatical e a coerência do texto seriam

preservadas se a oração “que possam ser encontrados

em uma rua escura da cidade” estivesse entre

vírgulas.

(Cespe Banco do Brasil 2010) “A rede de atendimento aos

“famintos de felicidade” tornou-se um negócio rendoso, e

os usuários, para mantê-la, exigem mais exploração dos

que já são superexplorados. Quem vive permanentemente

na infelicidade não pode olhar o outro como alguém com

quem possa ou deva preocupar-se. O sentimento íntimo de

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61

OS: 0100/3/20-Gil Luz

quem padece é de que o mundo lhe deve alguma coisa, e

não de que ele deva qualquer coisa ao mundo”.

03- A substituição da preposição “com”, exigida pelo

verbo “preocupar-se”, pela preposição “em”

preservaria a coerência do texto e o respeito às

normas gramaticais.

(Cespe MPU 2010 Analista) “Inovar é recriar de modo a

agregar valor e incrementar a eficiência, a produtividade e

a competitividade nos processos gerenciais e nos produtos

e serviços das organizações. Ou seja, é o fermento do

crescimento econômico e social de um país. Para isso, é

preciso criatividade, capacidade de inventar e coragem

para sair dos esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo

que procura respostas originais e pertinentes em situações

com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de

abertura para as coisas novas, pois a novidade é

catastrófica para os mais céticos”.

04- O segmento “as quais” remete a “situações” e, por

isso, admite a substituição pelo pronome “que”; no

entanto, nesse contexto, tal substituição provocaria

ambiguidade.

(Cespe 2010 Ministério do Planejamento) “Naquele final

de década de sessenta, no entanto, o jovem arquiteto

interessava-se menos por torres que escalavam os céus do

que por estruturas abandonadas na periferia e por sistemas

subterrâneos da cidade. Em vez de construir, seu projeto

era “cortar” edifícios ou “desfazer espaços”. Matta Clark

interessava-se pela situação paradoxal de um contexto

urbano em que conviviam modernização e abandono”.

05- As relações gramaticais e textuais em que ocorre a

expressão “em que” permitem sua substituição no

texto, tanto por “onde” como por “no qual”, sem se

prejudicar a coerência e a correção do texto.

(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “Essa

abordagem “objetal” levanta um problema específico no

plano da memória. Não seria ela fundamentalmente

reflexiva, como nos inclina a pensar a prevalência da forma

pronominal: lembrar-se de alguma coisa é, de imediato,

lembrar-se de si? Entretanto, insistimos em colocar a

pergunta “o quê?” antes da pergunta “quem?”, a despeito

da tradição filosófica, cuja tendência foi fazer prevalecer o

lado egológico da experiência mnemônica”.

06- O pronome “cuja” introduz explicação acerca de

“tradição filosófica”.

(Cespe 2011 Ministério das Comunicações) “As tecnologias

digitais, segundo Pierre Lévy, “surgiram com a

infraestrutura do ciberespaço, novo espaço de

comunicação, de sociabilidade, de organização e de

transação, mas também novo mercado da informação e do

conhecimento”. O ciberespaço abre caminhos para a

cibercultura, pela qual a produção e a disseminação de

informações são pautadas pelo dispositivo de comunicação

todos-todos”.

07- A expressão “pela qual” poderia ser corretamente

substituída por “por que”, o que conferiria mais

clareza ao texto, já que evitaria repetição — “pela” (

da expressão “pela qual” ) e “pelo” (depois de

“pautados”).

08- (TJ Rio de Janeiro 2012) “O restaurante Reis, ......... o

poeta era assíduo frequentador, ficava no velho centro

do Rio”.

Preenche corretamente a lacuna da frase acima:

(A) de cujo.

(B) em que.

(C) o qual.

(D) no qual.

(E) de que.

09- (TRE São Paulo 2012) Está correto o emprego de

ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) A argumentação na qual se valeu o ministro

baseava-se numa analogia em cuja pretendia

confundir função técnica com função política.

(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta

habilitação jamais caberão a quem se promova

apenas pela aclamação do voto.

(C) Para muitos, seria preferível uma escolha

baseada no consenso do voto do que a

promoção pelo mérito onde nem todos confiam.

(D) A má reputação de que se imputa ao

"assembleísmo" é análoga àquela em que se

reveste a "meritocracia".

(E) A convicção de cuja não se afasta o autor do

texto é a de que a adoção de um ou outro

critério se faça segundo à natureza do caso.

10- (TRT 11ª Região 2012) Está correto o emprego da

expressão sublinhada em:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

(A) Os dicionários são muito úteis, sobretudo para

bem discriminarmos o sentido das palavras em

cujas resida alguma ambiguidade.

(B) O texto faz menção ao famoso caso das cotas,

pelas quais muitos se contrapuseram por

considerá-las discriminatórias.

(C) Por ocasião da defesa de políticas afirmativas ,

com as quais tantos aderiram, instaurou-se um

caloroso debate público.

(D) Um dicionário pode oferecer muitas surpresas,

dessas em que não conta quem vê cada palavra

como a expressão de um único sentido.

(E) Esclarece-nos o texto as acepções da palavra

discriminação, pela qual se expressam ações

inteiramente divergentes.

GABARITO EXERCÍCIOS 02

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E E E E C C E E B E

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

04. Crase

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem, direta ou indiretamente, uma questão sobre o tema Crase. Por isso, prepare-se. DICA: Lembre-se de que Crase tem tudo a ver com Regência. Ou seja, olho atento no dicionário e nas regências

que nós denominamos de clássicas. De todas as organizadoras, o CESPE é a que, de maneira mais reflexiva e inteligente, cobra esse assunto. Nessa organizadora, o texto é profundamente decisivo. Às vezes, só pela leitura dá para julgar, de maneira coerente, uma questão do CESPE. DICA DE ESTUDO: Procure não se agarrar, devotamente, aos famosos e velhos “bizus” sobre o tema. Pouca gente fala isso, mas “bizus” também falham. Um “bizu” é apenas uma dica, ele não concentra todo o assunto. Portanto, use “bizus” com muita parcimônia. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável; para nível médio, no máximo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e para nível superior a possibilidade sobe para duas questões, e o grau de dificuldade é bem maior do que do médio. TEORIA O uso do acento grave é produto da fusão de duas vogais idênticas: a + a = à (fusão). O primeiro “a” é uma preposição, e o segundo “a” é um artigo. Em geral, só ocorre crase diante das seguintes situações:

ANTES DURANTE DEPOIS

VTI SUB.FEM.

VTDI AQUILO, AQUELE(A)(S)

NOME A QUAL, AS QUAIS

Obs.: todos os substantivos, adjetivos e advérbios são NOMES. Detalhando a tabela acima:

ANTES Preposição FUSÃO artigo DEPOIS

VTI A à A Sub.fem.

VTDI A à A -quilo

-quele(a)(s)

NOME A à a as

- qual - quais

DICA!!! ALGUNS NOMES QUE REGEM A PREPOSIÇÃO “A”.

Acessível (a) Habilitado (a) (em) (para)

Acostumado (a) (com) Habituado (a)

Adaptação (a) Hino (a)

Afeição (a) Homenagem (a)

Aliado (a) Horror (a)

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Atentado (a) Hostil (a) (com) (contra) (em) (para com)

Apto (a) (para) Idêntico (a)

Oposto (a) Imune (a)

Brinde (a) Infiel (a)

Comum (a) Insensível (a)

Dedicado (a) Leal (a)

Contrário (a) Obediente (a)

Desrespeito (a) (contra) Nojo (a) (de)

Disposto (a) Necessário (a) (para)

Dedicado (a) Nocivo (a)

Essencial (a) (em) (para) Propício (a)

Estranho (a) Parecido (a) (com)

Favorável (a) Relativo (a)

Gratidão (a) (por) (para) (com)

Superior (a)

Guerra (a) Vinculado (a) (com) (entre)

Na prática, teremos o seguinte: Grupo 01 01- Todos os alunos se referiam......... .......... apresentação

do fim de semana.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

02- A mãe deu atenção ........ .......... filha mais nova.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

03- O direito .......... ........... justiça deve ser buscado a

todo custo.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

04- Essa proposta é nociva ......... .........comunidade

indígena.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

05- O deputado votou favoravelmente ......... ..........pena

de morte.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

Grupo 02 01- O aluno recorreu........ .........-quele fato da semana

passada.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

02- A equipe dará continuidade....... .......-quela discussão

do último congresso.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

03- São todos indiferentes ........ ........-quilo que magoa a

humanidade.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

04- A propaganda, ........ ........ qual os alunos assistiram,

não era ofensiva.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

05- As medidas, ....... ........ quais os políticos não aderiram,

são importantíssimas.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

06- A iniciativa ........ .........qual o empresário era atento

poderia lhe render muito dinheiro.

Antes Depois

Verbo ( ) ou Nome ( )

Sub. Fem. ( ) ou Pronome ( ).

OBSERVAÇÃO: As formas craseadas “à qual” e “às quais” podem ser substituídas por “a que”, sem crase.

Grupo 03

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64

OS: 0100/3/20-Gil Luz

Em alguns casos, um “à” ou um “às” é equivalente a “àquele(a)(s)”. Nesses casos, o substantivo feminino fica implícito no texto.

01- A novela que ele viu é semelhante à que passou nos

anos de 1980. [A novela que ele viu é semelhante àquela que passou nos anos de 1980].

02- Suas ideias são idênticas às do meu pai.

[Suas ideias são idênticas àquelas do meu pai].

Grupo 04: as três “meninas rebeldes”.

Nesse grupo, as palavras “casa”, “terra” e “distância” só receberão o acento grave se estiverem especificadas.

Sem especificação, fica assim: - Pedro não voltou a casa. - Depois de dias, o jangadeiro voltou a terra. - Eles namoram a distância.

Mas, se estiverem com especificação, recebem o acento:

- Pedro não voltou à casa dos amigos da faculdade.

- Depois de dias, o jangadeiro voltou à terra de seus colonizadores.

- Eles namoram à distância de 400 km.

CUIDADO:

- Se o verbo (o antes) não exigir ou sugerir a preposição “a”, não ocorrerá crase, ainda que os vocábulos estejam especificados.

- O arquiteto projetou a casa dos meus pais.

- O náufrago cultivou a terra dos ingleses, onde esteve perdido por meses.

- O agente de trânsito calculou a distância de 8 km entre um carro e outro.

Obs.: esse mesmo procedimento também pode ser notado para o nome de certos lugares.

Ex.:

- O jovem foi a São Paulo.

- O jovem foi à São Paulo da 25 de março.

- A turista irá a Londres.

- A turista irá à Londres dos famosos chás.

- Nossa equipe ia à China.

DICA:

Volta de NÃO há crase.

Volta da HÁ crase.

Porém...

- O jovem conheceu a Paris dos belos vinhos. (não há crase, pois o verbo “conhecer” é VTD).

CASOS FACULTATIVOS

1 . Antes de pronomes possessivos femininos no SINGULAR:

Ex.: Ele disse tudo à minha amiga. (a minha amiga)

Ex.: Convém à tua família enfrentar esse problema. (a tua)

Ex.: Ele disse tudo à minha professora e à tua mãe. (a minha / a tua).

PORÉM, há um caso de obrigatoriedade:

Ex.: O professor recorreu à minha tese e à tua.

Ex.: Isso diz respeito à tua vida e à nossa.

(As últimas evidências são obrigatórias).

2. Antes de nomes próprios femininos: Ex.: O porteiro comunicou o ocorrido a Patrícia. (à Patrícia)

Obs. 1: Se o nome próprio feminino estiver especificado, dando a entender que tal pessoa é única (e/ou que haja intimidade entre os interlocutores), o acento grave será obrigatório. Ex.: O porteiro comunicou o ocorrido à Patrícia do 4º andar. *Veja que há, no mínimo, duas moradoras de nome Patrícia

nesse condomínio. Contudo, o texto refere-se apenas à do

4º andar

Obs. 2: se a mulher for historicamente famosa, não ocorre crase.

Ex.: O jornal dedicou um caderno especial a Clarice Lispector.

3. Depois da preposição ATÉ. Ex.: O turista inglês irá até a barraca dos peixes. (até à barraca dos peixes) CASOS ESPECIAIS

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

a) Ocorre, obrigatoriamente, crase nas locuções adjetivas, adverbiais, conjuntivas e prepositivas com núcleo substantivo feminino.

- O barco à vela ia muito longe no mar. (locução

adjetiva) - A criança sempre comia à vontade na casa dos

avós. (locução adverbial) - Deixou a capital do país às sete horas. (locução

adverbial) - À medida que o tempo passa, mais experientes

ficamos. (locução conjuntiva) - Ele está à espera de um grande amor. (locução

prepositiva). Outros exemplos de locuções craseadas:

à tarde, à chave, à noite, à escuta, à direita, à deriva, às claras, às avessas, às escondidas, às moscas, à toa, à revelia, à beça, à luz, à esquerda, à larga, às vezes, às ordens, às ocultas, às turras, à beira de, à sombra de, à exceção de, à força de à frente de, à imitação de, à procura de, à semelhança de, à proporção que, à medida que, à zero hora, à uma hora, às duas horas, às oito e meia etc. (e todas as horas precisas).

b) Caso a locução não tenha núcleo feminino, não

ocorrerá crase:

- Ele sempre mata a sangue-frio. - O quarto cheirava a óleo de cozinha. - Ando muito a pé. - Use sal e pimenta a gosto. - O quarto cheirava a perfume barato.

c) Ocorrerá crase quando a locução “à moda (de)” ou “à

maneira (de)” estiver implícita:

- Pedro se vestia à Augustinho Carrara. - Ele costumava sair das reuniões à francesa. - Adoro peixada à cearense.

CASOS PROIBITIVOS 01- Antes de substantivos masculinos:

- Ele cheirava a vinho. - Use sal a gosto.

02- Antes de artigos indefinidos, principalmente o

“uma”: - Dedico a minha vida a uma pessoa especial. - O homem se referia a um caso de agressão.

03- Antes de pronomes pessoais do caso reto,

especialmente o ELA:

- Nós dedicamos nossa atenção a ela. 04- Diante de santas e Nossa Senhora:

- Ele tem devoção a Santa Helena. - Minhas orações são dedicadas a Nossa Senhora.

05- Antes do pronome interrogativo “quem”:

- Você disse isso tudo a quem mais? 06- Antes de pronomes demonstrativos:

- Não me refiro a esta questão. - Ele só queria se dedicar a isto: um novo amor em

sua vida.

Exceção: os pronomes demonstrativos aquilo, aquele(a)(s), mesma(s), própria(s) e tal podem receber acento grave. 07- Antes de pronomes indefinidos:

- Essa criança não obedece a ninguém. - Só não dê essa atenção toda a qualquer um que

surja em sua vida. Detalhe: os pronomes demonstrativos só são estes:

algum, alguma, nenhum, nenhuma, todo(s), toda(s), muitos, muitas, pouco(s), pouca(s), demais, certa, certo, tanta(s), tanto(s), vários, diversos, bastante, ninguém, nada, tudo, cada, algo, alguém, qualquer, quaisquer, determinado(s), determinada(s), outro(s), outra(s).

Exceção:

Os pronomes indefinidos pouca(s), muitas, demais, outra(s) e várias podem receber acento indicativo de crase quando houver, claro, contexto para a fusão de preposição mais artigo. - De uma geração à outra, tudo pode mudar.

08- Antes de verbos, principalmente os no infinitivo: - O jovem dedica sua vida a buscar novas

experiências. 09- Entre palavras repetidas, componentes de uma

expressão: - A médica analisou o remédio gota a gota. - Li página a página o romance de Machado de

Assis.

Caso as palavras repetidas não façam parte de uma expressão, há amplas possibilidades de crase: - O jovem pai deu mais vida à vida de seus filhos.

10- Quando o substantivo feminino estiver no plural e a

preposição surgir sozinha: - Ele ofereceu livros a pessoas carentes. - Esse tema remonta a situações complexas do

nosso país. 11- Antes de pronomes de tratamento:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- Isso diz respeito a Vossa Excelência. - Não negaria nada a você.

CASOS ESPECIAIS a) Enquadramento de horas, páginas, dias da semana

etc.

Enquadramento impreciso “....de....a....”

Enquadramento preciso “.....da...à.....” ou “...das....às.....”.

- Li de dez a vinte páginas daquele livro. (impreciso) - Li da décima à vigésima pagina daquele livro. (preciso) - Ela estuda de cinco a oito horas por dia. (impreciso) - Ela estuda das cinco às oito horas, todos os dias. (preciso) b) Não ocorre crase quando o paralelismo sintático não

exigir do substantivo feminino o artigo (situação muito rara):

- O comentário do turista remete a parques, a estádio, a praias e a noitada desta cidade.

Ou seja,

- O comentário do turista remete a Ø parques, a Ø estádio, a Ø praias e a Ø noitada desta cidade.

- O comentário do turista remete a Ø parques, Ø estádio, Ø praias e Ø noitada desta cidade. (construção também correta).

Ou seja, para ocorrer crase, basta usar os artigos antes de TODOS substantivos.

- O comentário do turista remete aos parques, ao estádio, às praias e à noitada desta cidade.

EXERCÍCIOS 01

01- CEPSE: “O desinteresse pela política e a descrença no

voto são registrados como mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”. ( ) Ao se substituir o trecho "aos conservadores"

por à parcela inovadora da sociedade, o uso do acento indicativo de crase será obrigatório.

02- ESAF: Assinale a opção que preenche corretamente as

lacunas do texto. Para incentivar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio no Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Prêmio ODM BRASIL. A iniciativa do governo federal em conjunto com o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade e o Programa das Nações Unidas para o

Desenvolvimento (PNUD) vai selecionar e dar visibilidade __1___ experiências em todo o país que estão contribuindo para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), como __2__ erradicação da extrema pobreza e __3__ redução da mortalidade infantil. Os ODM fazem parte de um compromisso assumido, perante __4__ Organização das Nações Unidas, por 189 países de cumprir __5__ 18 metas sociais até o ano de 2015. (Em Questão, Subsecretaria de Comunicação Institucional da Secretaria-Geral da Presidência da República, n. 390, Brasília, 06 de janeiro de 2006)

a) a – à – à –a – às b) as – a – a –à – as c) às – à – a –à – às d) a – a – a –a – as e) a – a – a –à – às

03- CESGRANRIO: O item em que há crase é:

a) Responda a todas as perguntas. b) Avise a moça que chegou a encomenda. c) Volte sempre a esta casa. d) Dirija-se a qualquer caixa. e) Entregue o pedido a alguém na portaria.

04- CESPE: “O Decreto n.º 3.298/1999 considera apoios

especiais a orientação, a supervisão e as ajudas técnicas que auxiliem ou permitam compensar uma ou mais limitações funcionais motoras, sensoriais ou mentais da pessoa com deficiência. Adaptar provas é tornar acessível o seu conteúdo, que é o mesmo para todos os candidatos, de tal forma que o candidato com deficiência possa se apropriar do inteiro teor das questões formuladas e, ao mesmo tempo, ter condições de proceder à resposta à formulação”. ( ) O emprego do sinal indicativo de crase, nas duas

ocorrências, em “ter condições de proceder à resposta à formulação”, justifica-se pela regência de “proceder”, que exige emprego de preposição “a”, e da presença de artigo definido feminino precedendo os substantivos “resposta” e “formulação”.

05- FCC: Opção que preenche corretamente as lacunas:

“O gerente dirigiu-se ....... sua sala e pôs-se ....... falar ....... todas as pessoas convocadas”. a) à, à, à b) a, à, à c) à, a, a d) a, a, à e) à, a, à

06- CESPE: “Conquanto o desenvolvimento dos meios de

comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

visibilidade do privado, com a estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público”. ( ) O uso do sinal indicativo da crase em "à

privatização" mostra que o conectivo "bem como" introduz um segundo complemento ao verbo assistir.

DICA: “Conquanto” é conjunção concessiva, mesma coisa

que “Embora”. GABARITO

01 02 03 04 05 06

V D B F C V

EXERCÍCIOS 02

01- Qual das alternativas completa corretamente os

espaços vazios?

I- "Ele não quis reconhecer, mas preferia esta vida insossa em casa humilde.......... outra de barão”.

II- "Habituara-se ....... boa vida, tendo de tudo, regalada."

III- "Os adultos são gente crescida que vive sempre dizendo pra gente fazer isso e não fazer ....... ."

a) àquela, aquela, aquilo b) do que àquela, àquela, àquilo c) àquela, àquela, aquilo d) aquela, àquela, aquilo e) do que aquela, aquela, aquilo

02- Assinale a opção incorreta com relação ao emprego

do acento indicativo de crase:

a) O pesquisador deu maior atenção àquela cidade menos privilegiada.

b) Este resultado estatístico complementa àquela opinião exposta.

c) Mesmo atrasado, o recenseador compareceu àquela entrevista.

d) A verba aprovada destina-se somente àquelas cidades interioranas.

e) Ele não costuma se referir àquilo que aconteceu no passado.

03- Analise as sentenças abaixo e, depois, faça o que se

pede:

1- Quero agradecer àquela advogada a atenção dispensada.

2- Refiro-me aquilo que houve na aula passada. 3- Não dei importância àquilo que foi mencionado

pelo André. 4- Foi ele quem escreveu àquele e-mail.

5- O jornal anunciou aquela notícia que todos esperavam.

Estão corretos, segundo a norma culta, os itens: a) 1, 2 e 3 somente. b) 1, 3 e 5 somente. c) 1, 3 e 4 somente. d) Somente 1. e) Somente 3. PADRÃO CESPE: “Segundo preceituam diversos documentos bioéticos, éticos e, em alguns países, até normas legais, qualquer voluntário tem que ser informado sobre os possíveis riscos que a experiência, à qual será submetido, poderá acarretar, para somente depois dar seu aceite; porém, se considerarmos o desnivelamento sócio-educacional da população, veremos que é no mínimo dúbia a plena capacidade de entendimento dos voluntários sobre a experiência à qual será submetido”.

04- A ocorrência de crase em à qual (nas duas evidências)

ocorre pelas seguintes razões: primeiro, a estrutura será submetido é fornecedora de preposição A; e, segundo, o pronome relativo a qual, cuja referência é feita à palavra experiência, disponibiliza o artigo A em sua composição original.

05- Ainda sobre a ocorrência de crase do texto acima, é

correto afirmar que, caso substituíssemos o conjunto à qual (também nas duas possibilidades) por à que os sentido bem como a correção gramatical seriam mantidos.

GABARITO

1 2 3 4 5

C B B V F

EXERCÍCIOS 03

01- CESPE: “A Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (SISBIN), deve assumir a missão de centralizar, processar e distribuir dados e informações estratégicas para municiar os órgãos policiais (federais, estaduais e municipais) nas ações de combate ao crime organizado. Além disso, a ABIN é responsável por manter contato com os serviços de inteligência parceiros, para favorecer a troca de informações e a cooperação multilateral”. ( ) A substituição da expressão "ao crime

organizado" por à criminalidade alteraria o sentido original do texto, mas não prejudicaria a correção gramatical do período.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”. ( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os

dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.

03- CESPE: “A ocultação, pela indústria do asbesto

(amianto), dos perigos representados por seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes do que essas”. ( ) No segmento "quanto as destruídas" o emprego

do acento grave é facultativo, visto que o termo "quanto" rege complemento com ou sem a preposição “a”.

04- CESPE: “Essa análise permite, ainda, abordar um outro

ponto: a caracterização dos grupos em função de sua representação social. Isto quer dizer que é possível definir os contornos de um grupo, ou, ainda, distinguir um grupo de outro pelo estudo das representações partilhadas por seus membros sobre um dado objeto social. Graças a essa reciprocidade entre uma coletividade e sua teoria, esta é um atributo fundamental na definição de um grupo”. ( ) Já que a estrutura sintática exige a preposição

“a”, a ausência de sinal indicativo da crase em "a essa reciprocidade" mostra que, por causa da presença do pronome demonstrativo "essa", o artigo não é aí usado.

05- FCC: Leia atentamente as orações abaixo e, em

seguida, faça o que se pede:

I - Em relação a renda familiar, o emprego intensivo de mão-de-obra não é a melhor solução.

II - Desde a última década, sinistros presságios atormentavam-lhe a mente.

III - Os investidores americanos, habituados à lentidão do ritmo inflacionário, conseguem acumular fortuna.

De acordo com a norma culta: a) todos os períodos estão corretos b) nenhum dos três períodos está correto c) estão corretos os períodos I e II d) estão corretos os períodos II e III e) somente o período III está correto

06- CESGRANRIO: Na frase: "O pacote econômico tende a

satisfazer as exigências do mercado", substituindo-se satisfazer por satisfação, tem-se a forma correta:

a) tende à satisfação as exigências do mercado. b) tende a satisfação das exigências do mercado. c) tende a satisfação das exigências ao mercado. d) tende a satisfação às exigências do mercado. e) tende à satisfação das exigências do mercado.

07- FCC: “Uma floresta secundária apresenta, segundo

estudo recente, biodiversidade semelhante ...... da floresta original, embora haja especialistas que contestam o fato de que as matas de segunda geração evoluam de modo ...... garantir as condições ideais de sobrevivência ...... cada uma das espécies”.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por a) a - à - à b) à - a - à c) à - a - a d) a - à - a e) à - à - a

Obs.: O detalhe dessa questão é lembrar que crase pode ocorrer em palavras elididas (ou seja, apagadas).

08- FCC: Os objetivos ...... que se propunham os

idealizadores da Declaração dos Direitos Humanos referiam-se ...... criação de situações favoráveis de vida ...... mais diversas populações do planeta. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:,,,,

a) a - a - às b) à - à – as c) à - à – às d) à - a - as e) a - à – às

Obs.: Lembre-se de que adjetivos não neutralizam crase.

Tipo: “Eu fui à mais antiga praia da cidade”. 09- FCC: Justificam-se ambas as ocorrências do sinal de

crase em: a) Na entrevista que concedeu à TV, a juíza

recorreu à uma frase de Disraeli. b) A frase à que se reportou a juíza diz respeito à

distinções éticas. c) Faltam audácia e iniciativa à quem deveria

propor-se às ações afirmativas. d) Não se abra àqueles inescrupulosos o campo

favorável à impunidade. e) A comunidade dos justos assiste à obrigação de

dar combate à tal ousadia. 10- ESAF: Marque o item que preenche de forma correta

as lacunas do texto seguinte: “Institucionalizada ___ partir das lutas antiabsolutistas, no século 18, e da expansão dos movimentos constitucionalistas, no século 19, ___

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

democracia representativa foi consolidada ao longo de um processo histórico marcado pelo reconhecimento de três gerações de direitos humanos: os relativos ___ cidadania civil e política, os relativos ___ cidadania social e econômica e os relativos ___ cidadania "pós-material", que se caracterizam pelo direito ___ qualidade de vida, ___ um meio ambiente saudável, ___ tutela dos interesses difusos e ao reconhecimento da diferença e da subjetividade”.

(Baseado em Mário Antônio Lobato de Paiva em

www.ambitojurídico.com.br)

a) a, à, à, a, à, à, a, a b) a, a, à, à, à, à, a, à c) à, a, a, à, à, a, a, à d) à, a, a, à, à, à, a, à e) a, à, à, a, à, à, a, à

Obs.: Uma boa leitura, entendendo o conjunto das ideias,

resolve suas dúvidas. GABARITO

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

V F F V D E C E D B

EXERCÍCIOS 04

01- CESPE: “E, enquanto os latifúndios de mais de mil hectares ─ 3% do total das propriedades rurais do Brasil ─ ocupam 57% agriculturáveis, 4,8 milhões de famílias sem-terra estão à espera de chão para plantar”. ( ) O emprego do sinal indicativo de crase na

expressão "à espera" é obrigatório; portanto, sua retirada acarretaria prejuízo ao sentido do texto.

Obs.: Mesmo que você não perceba, quando se retira

acendo grave de expressões como “à vontade” ou “às vezes” os sentidos serão alterados ou danificados.

02. Assinale a opção em que o A sublinhado nas duas

frases deve receber acento grave indicativo de crase:

a) Fui a Lisboa receber o prêmio. / Paulo começou a falar em voz alta.

b) Pedimos silêncio a todos. Pouco a pouco, a praça central se esvaziava.

c) Esta música foi dedicada a ela. / Os romeiros chegaram a Bahia.

d) Saiu, às escondidas, da casa do amigo. / O carro entrou a direita da rua.

e) Todos a aplaudiram. / Escreva a redação a tinta. Obs.: Aqui você usar aquela conhecida dica:

03- Observe as alternativas e assinale a que não contiver erro em relação à crase: a) Rabiscava todos os seus textos à lápis para depois

escrevê-los à máquina. b) Sem dúvida que, com novos óculos, ele veria a

distância do perigo, aquela hora do dia. c) Referia-se com ternura ao menino, afeto às

meninas e, com respeito, a várias pessoas menos íntimas.

d) Àquela distância, os carros só poderiam bater; não obedeceram as regras do trânsito.

e) Fui à Maceió provar um sururu à região.

04- Assinale a frase gramaticalmente correta:

a) O papa caminhava à passo firme. b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz. c) Chegou à noite, precisamente as 10 horas. d) Esta é a casa à qual me referi ontem às pressas. e) Ora aspirava a isto, ora aquilo, ora a nada.

Obs.: Note que, no último item, há presença de paralelismo

sintático. 05- De acordo com a norma padrão culta, a única frase

incorreta é: a) Partirei daqui à uma hora. b) O teste visa à esta qualidade do produto. c) Ele vive à margem da comunidade. d) O funcionário foi chamado às pressas pelo diretor. e) Deixou a cidade à procura de um ideal.

06- O acento grave, indicador de crase, está empregado incorretamente em: a) Tal lei se aplica, necessariamente, à mulheres de

índole violenta. b) As novelas, às quais assisti, problematizam a

questão da droga. c) Entregou as chaves da loja àquele senhor que nos

desacatou na praça. d) O delegado disse ao prefeito e aos vereadores que

estava à procura dos foragidos. e) O bom atendimento às pessoas pobres deve ser

prioridade da nova administração.

Obs.: Se você vir uma “a” e, depois, uma palavra feminina no plural, nunca haverá crase. Lembre-se!

Quem volta DE Não há crase

Quem volta DA Há crase

07- Assinale a frase que pode ser completada por Há - a -

à, nessa ordem:

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a) ....... tempos não ....... via, mas sempre estive ....... espera de um encontro.

b) Aqui, ....... beira do rio, ....... muitos anos, existiu ....... casa-grande do engenho.

c) Em resposta ....... essa solicitação, só posso dizer que não ....... vaga ........ disposição.

d) Fiz ver, ....... quem de direito, que não ....... possibilidades de atender ....... solicitação.

e) ....... esperança de obtermos, ....... custa de muito empenho, ....... vaga de segurança.

Obs.: “Haver” pode assumir valor de “existir” e de “fazer”,

indicando tempo decorrido (ou seja, tempo passado).

08- O uso da crase está incorreto está em:

a) Chegaram a argumentar cara à cara que não aceitariam sugestões.

b) Já demos nossa contribuição à associação beneficente do bairro.

c) À custa de sacrifício, os estudantes conseguiram ser aprovados.

d) Transmita àqueles jovens nossa mensagem de esperança no futuro.

e) Esta construção é igual à que meu primo construiu na periferia.

09- Preencha a sequência da melhor forma possível. “O fenômeno ....... que aludi é visível ....... noite e ....... olho nu”.

a) a - a - a b) a - à - à c) a - à - a d) à - a - à e) à - à – a

10- Assinalar a alternativa em que está correto o uso da

crase:

a) Tenho um carro à álcool e outro à gasolina. b) Os turistas ficaram um bom tempo à contemplar a

praia. c) Escreva sempre à tinta, nunca à lápis. d) Andávamos às escuras, à procura dos índios. e) Aquela expedição esteve à andar pelas selvas

durante muito tempo. 11- Assinale a frase na qual a palavra não deve receber o

acento indicativo de crase:

a) Os apelos a internacionalização da Amazônia ganham contornos de avalanche.

b) Toda manhã, a qualquer hora, depois de ler o jornal do dia, fico pensando na vida.

c) Aquela hora morta da madrugada, todos estavam recolhidos ao leito.

d) Muitas das reivindicações dos sindicatos trabalhistas são semelhantes as da classe patronal.

e) Os petroleiros apresentaram ao Ministro uma pauta de reivindicações igual a que haviam divulgado no ano anterior.

Obs.: Note que, antes de “da” (item d) e “que” (item e)

notam-se as respectivas palavras subentendidas “reivindicações” e “pauta” (ambas femininas).

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11

V D C D B A A A C D B

Exercícios 05

01- CESPE: “A tintura do alecrim-pimenta é um medicamento fitoterápico, ou seja, produzido exclusivamente de matéria-prima ativa vegetal. O líquido, obtido após a maceração das folhas e o descanso em uma solução com álcool, é indicado para muitas aflições”. ( ) A correção gramatical do texto seria mantida se,

no trecho "após a maceração" fosse empregado acento indicativo de crase, dado que a expressão nominal está antecedida da palavra "após", a qual faculta o uso desse acento.

02- CESPE: “Assim, os dilemas inerentes à convivência

entre democracias e serviços de inteligência exigem a criação de mecanismos eficientes de vigilância e de avaliação desse tipo de atividade pelos cidadãos e(ou) seus representantes”. ( ) O uso do sinal indicativo de crase no trecho "os

dilemas inerentes à convivência" não é obrigatório.

03- PADRÃO CESPE: “Em dezembro de 2010, no auge da

perseguição ao Wikileaks, os EUA conseguiram tirá-lo do ar. O site acabou voltando, mas, motivado por esse episódio, um grupo de hackers e piratas quer tomar uma medida radical: criar uma rede alternativa, que seria imune às autoridades. O projeto é encabeçado pelo sueco Peter Sunde, que tem motivos para isso - é dono do site Pirate Bay, que vive na mira da polícia”.

Revista Superinteressante (Com adaptações)

Com relação às estruturas linguísticas, assinale a opção correta.

a) Uma maneira correta de reescrever a estrutura

“...quer tomar uma medida radical:...” seria da seguinte forma: “...quer tomar à medida radical de...”.

b) A ocorrência de crase na estrutura “às autoridades” é, conforme as regras gramaticais,

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

facultativa e, por isso, poderíamos escrevê-la assim: “a autoridades”.

c) A ocorrência de crase em “às autoridades” é obrigatória porque a estrutura verbal reclama a presença de preposição e “autoridades” é substantivo feminino que aceita artigo “as”.

d) Caso substituíssemos a expressão “na mira da polícia” por “à mercê da polícia”, as regras gramaticais seriam respeitadas bem como os sentidos originais seriam preservados.

e) Embora os sentidos fossem levemente alterados (sem que houvesse prejuízo ao texto), seria correto gramaticalmente escrever “a autoridades” no lugar de “às autoridades”.

Obs.: Volte aos casos facultativos e confirme quais elementos gramaticais permitem uso ou não de crase.

04- PADRÃO CESPE: “Segundo o inglês Jack Challoner, autor de diversos livros sobre história da ciência, entre eles 1.001 invenções que mudaram o mundo (Sextante), recém-lançado no Brasil, embora toda invenção tenha a sua importância, algumas mudaram mais os rumos do mundo por serem essenciais em momentos específicos. “Se você estiver no banheiro e precisa se limpar, o motor a vapor ou a roda não tem a mínima importância. Naquele momento, a maior invenção do mundo é o papel higiênico, algo bem mais simples”, exemplifica o escritor em entrevista ao Correio. A análise de Challoner mostra que não é porque algo foi criado há muito tempo e seu uso acabou extremamente banalizado que ele deixa de ser importante. A cola, ele lembra, foi desenvolvida pelos egípcios há cerca de 6 mil anos. (...) As primeiras versões, feitas à base de cera de abelha, serviam para colar as tábuas dos barcos. “Os humanos inventam coisas há milhares de anos, e as espécies anteriores ao homem, há mais tempo ainda. Mesmo assim, ao pensarmos em invenções, logo imaginamos realizações do último século”, afirma Challoner. “Isso acontece porque o mundo muda muito mais rápido do que antes. As novas invenções chamam mais a atenção do que aquilo que foi feito há séculos”, completa”.

Correio Braziliense (Com adaptações)

Com relação às estruturas linguísticas, assinale a opção correta.

a) O uso de acento indicado de crase em “a”, antes

de “sua” é facultativo, já que existe a presença de pronome possessivo feminino.

b) As expressões “a vapor” e “a roda” não recebem acento indicador de crase por tratarem de expressões gramaticais cuja classificação é igual à

que surge na frase a seguir: “O petroleiro cheirava a gás”.

c) O uso de acento grave na expressão “à base de” justifica-se pela mesma razão que ocorre tal fenômeno na sentença a seguir: “Aquela criança está à margem da civilidade humana”.

d) O verbo “há”, depois de “coisas”, poderia ser substituído por “à cerca de” sem que a correção gramatical bem como os sentidos textuais fossem comprometidos.

e) O uso de crase em “a” (último período) é facultativo.

Obs.: Adjuntos adverbiais (que se relacionam com verbos, adjetivos e até advérbios) são diferentes de adjuntos adnominais (que se relacionam com substantivos).

GABARITO

01 02 03 04

F F E C

05. Concordância Verbal

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Raras são as provas que não trazem uma questão sobre o tema Concordância Verbal. Atenção! DICA: Não é possível estudar Concordância Verbal sem saber a classificação de todos os tipos de sujeito. Perceba que, ao encontrar o sujeito do período ou do parágrafo, você fica muito perto de acertar a flexão do verbo. Por isso, sugiro que comecemos essa jornada pelo tema Sujeito. DICA DE ESTUDO: As regras são muitas, mas você não precisa tentar memorizar todas. Algumas são muito restritas ao universo do vestibular ou são comuns apenas a textos literários, os quais figuram menos nas provas. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Para nível fundamental, a possibilidade é razoável (uma questão); para nível médio, no mínimo, uma (isso numa prova de 15 a 20 questões); e, para nível superior, a possibilidade é igual à do nível médio, o grau de dificuldade é que será maior. STATUS: Em sala e com o professor.

CONCORDÂNCIA VERBAL Assunto sempre presente nas provas de concursos, a concordância verbal se destaca por sua regularidade. Nesse assunto, um problema é evidente: a quantidade de regras. Numa conta genérica, que leva em consideração apenas a

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

regra isolada, sem avaliar, contudo, as variações que decorrem do contexto, podemos contabilizar mais de vinte. No entanto, as bancas costumam “girar em círculos”, abordando, ano a ano, as mesmas situações. Nessa segunda conta, temos um número muito menor: oito. Já que o nosso objetivo é passar, sugiro que você dê prioridade às regras que vamos apresentar agora, as chamadas, por mim, de regras de “primeiro escalão”. Num segundo plano, apresento as que fazem parte do “segundo escalão”, que têm menos probabilidade de aparecer em provas. Por fim, colocarei as do “terceiro escalão”, que são mui raras, mas bastante excêntricas. Princípio Em regra, na concordância verbal, quem dita as regras do jogo é o sujeito. Ou seja, será o sujeito o termo sintático responsável pelo “movimento” do verbo. “Movimento” quer dizer, na linguagem da gramática, flexão verbal. O verbo sofre seis (06) flexões: três no singular e três no plural. Em provas de concurso, entretanto, as flexões que dominam são as da terceira do singular e as da terceira do plural, ou seja, as bancas costumam exigir apenas duas flexões. Assim, o que elas mais gostam de fazer é pedir ao candidato para avaliar se um verbo pode sair do singular e ir para o plural (ou vice e versa). Exemplo: - O movimento das comunidades passou a ditar as regras daquele município. ( ) A substituição de “passou a ditar” por “passaram a ditar” mantém a correção gramatical. 1º ESCALÃO DE REGRAS 1- Somente o núcleo do sujeito é capaz de “acionar”

(flexionar) o verbo ou a locução verbal. Ex.: A atividade dos novos funcionários americanos

motivou os atletas locais. Ex.: Os projetos da nova equipe do governo podem causar

polêmica.

CONSTRUÇÕES ERRADAS Ex.: A atividade dos novos funcionários americanos

motivaram os atletas locais. Ex.: Os projetos da nova equipe do governo pode causar

polêmica.

2- É comum que o sujeito seja distanciado do verbo ou

da locução verbal com o propósito de confundir o candidato.

Ex.: O conceito, defendido amplamente em livros populares

de condicionamento físico na última década, dita que o ato de exercitar-se com o estômago vazio força o

corpo a buscar combustível nos depósitos de gordura acumulada.

Ex.: Após anos de revisão de pesquisas sobre o assunto, um

relatório publicado nesse ano em dois importantes jornais americanos concluiu que o corpo queima basicamente a mesma quantidade de gordura, desconsiderando se você se alimentou ou não antes do exercício.

3- É comum que o sujeito seja deslocado (daí a frase

fica na “ordem indireta”) para o meio ou o fim do período a fim de confundir o candidato.

Ex.: Embora remonte aos hábitos das sociedades mais

violentas do passado, a pena de talião ainda goza de prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados.

Ex.: Demonstram como se formaram os primeiros

agrupamentos humanos os vestígios que a ciência estuda para tentar recompor os hábitos de nossos ancestrais.

CUIDADO!!!!

Se o sujeito for composto, o verbo poderá concordar com o núcleo mais próximo ou ir para o plural.

Nível básico:

- Saiu o pai e a mãe.

- Saíram o pai e a mãe.

Nível avançado:

- Embora remonte aos hábitos das sociedades mais violentas do passado, a pena de Talião e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados.

- Embora remontem aos hábitos das sociedades mais

violentas do passado, a pena de Talião e a justiça com as próprias mãos ainda têm prestígio entre cidadãos que se dizem civilizados.

4- Quando o sujeito for uma oração, lembre-se de que o

verbo fica, obrigatoriamente, na 3ª pessoa do singular.

Ex.: Malhar de estômago vazio não ajuda a queimar

gordura, diz estudo.

Sujeito: “Malhar de estômago vazio”. Obs.: mesmo que haja dois ou três verbos no infinitivo, a regra do sujeito oracional permanece. Ex.: Estudar muitas horas por dia e cuidar da dieta exige muita força e muita fé.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

CUIDADO!!!!!! - O estudar e o cuidar exigem muita força e muita fé. Obs.: agora, o sujeito tem base nominal, pois “estudar” e “cuidar” são substantivos.

Ex.: Cabe aos candidatos, segundo dizem os especialistas,

organizar um horário satisfatório de estudos. Sujeito: “organizar um horário satisfatório de estudos”. 5- Quando o sujeito estiver representado pelo pronome

relativo “que”, concorde com o termo ao qual o pronome se refere.

Ex.: O estudioso apresentou os detalhes que fazem toda a

diferença na hora de estudar.

(O estudioso apresentou os detalhes. Que fazem toda a diferença na hora da prova).

Ex.: Grande foi a comoção que, depois de muitas horas

passadas e discutidas, revelou as verdadeiras facetas daquela instituição.

Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreu com a

crise mundial. Ex.: A economia brasileira foi uma das que sofreram com a

crise mundial. 6- Quando a oração não tem sujeito, o verbo é

chamado de impessoal e fica sem “comando”; por isso, permanecerá na 3ª pessoa singular (e raras vezes no plural).

Ex.: Havia muitas dificuldades naquela escola. Ex.: Grandes palestras houve no auditório da universidade.

O verbo EXISTIR, contudo, é pessoal e passa, automaticamente, a ter sujeito. Ou seja, o objeto direto do verbo HAVER será, portanto, o sujeito do verbo EXISTIR. - Existiam muitas dificuldades naquela escola. - Grandes palestras existiram no auditório da universidade.

Ex.: Faz trinta dias que o edital saiu. Ex.: Neva na serra gaúcha. Ex.: Chove muito em Londres.

As raras vezes em que o verbo impessoal vai para o PLURAL!!! - Muitos flocos bonitos nevavam naquela cidade europeia. - Choviam péssimas notícias nos jornais. - Eram seis horas quando a polícia chegou.

7- Quando o sujeito estiver na voz passiva sintética,

tenha muita atenção. Nível básico: Ex.: Dominou-se o suspeito rapidamente. (O suspeito foi dominado rapidamente). Nível avançado: Ex.: Organizam-se, no nosso atual século, num mesmo

movimento, as resistências ao poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente.

(As resistências ao poder, a constituição de si e o diagnóstico do presente, num mesmo movimento, no nosso século atual, são organizados).

CUIDADO!!!!!! Quando o verbo (VTI, VI ou VL) vem acompanhado do pronome “se”, funcionando como índice de indeterminação do sujeito, o verbo SEMPRE FICARÁ na terceira pessoa do singular: - Pouco se discordou dos depoimentos prestados ontem. - Sempre se sofre muito no Brasil, pois a corrupção é implacável. - Assiste-se a um novo momento cultural no Brasil. - Era-se desconfiado naquela cidade.

8- Quando o sujeito formado por expressão partitiva, percentual ou fracionária. Para termos que indiquem ideia partitiva ou fracionária, quando possuírem adjunto adnominal pluralizado, admitirão que o verbo vá para o plural ou fique no singular. Ex.: - A maioria dos médicos quis a greve. - A maioria dos médicos quiseram a greve. - A menor parte dos testes revelou impropriedades no sistema.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- A menor parte dos testes revelaram impropriedades no sistema.

Caso a palavra partitiva vier encabeçada por uma

porcentagem, a concordância também se dará com o

número percentual ou com o adjunto.

Ex.:. - 30% da empresa receberam críticas. - 30% da empresa recebeu críticas. - 1,8% dos brasileiros pedia a intervenção militar. - 1,8% dos brasileiros pediam a intervenção militar.

DETALHE: de 0,0% até 1,9% significa SINGULAR. De 2,0% até o infinito, PLURAL.

Caso não haja adjunto no plural, a concordância se dará normalmente com o número percentual. Ex.: - 25% chegaram aos seus objetivos. - 1,6% desistiu da prova.

ATENÇÃO: Caso surja o artigo “OS” (ou outro determinante, como ESSES, ESTES, AQUELES) antes dos percentuais, o verbo irá, OBRIGATORIAMENTE, para o PLURAL.

Ex.: Os 10% da comunidade requereram novas eleições. Ex.: Esses 15% da pesquisa não representam muita coisa.

Caso o sujeito seja formado por um numeral em forma de fração, concorde com o numerador ou com o adjunto.

Ex.: - ¼ dos alunos não entregou (entregaram) o trabalho. - 2/6 da cidade questionaram (questionou) a prefeitura. EXERCÍCIOS 01- FCC 2016 Prefeitura de Campinas - As regras de

concordância estão plenamente respeitadas em: (A) A professora procurou fazer com que os alunos

entendessem que eram possíveis encontrar muitas maneiras de falar a mesma língua.

(B) A professora explicou que, embora exista diferenças na maneira como se falam nas diferentes regiões do Brasil, todos falamos português.

(C) O sotaque e o vocabulário do gaúcho se mostrava muito diferente do português falado na escola, o que despertou a curiosidade dos colegas.

(D) Na sala de aula, houve uma pequena parte dos alunos que não compreendeu por que o novo colega falava “tu” em vez de “você”.

(E) Explicando que o povo do Sul e o do Sudeste falava a mesma língua, a professora buscou convencer os alunos de que não se deveriam zombar do colega gaúcho.

02- CESPE 2016 DPU - “O surgimento de lides

provenientes das inúmeras formas de relação jurídica então existentes — e o chamamento da jurisdição para resolver essas contendas — já dava início a situações em que constantemente as partes se viam impossibilitadas de arcar com os possíveis custos judiciais das demandas”.

( ) Seria mantida a correção gramatical do período caso a forma verbal “dava” fosse flexionada no plural, escrevendo-se davam.

03- (CCV- UFC 2011 / UNILAB) Assinale a alternativa cujo verbo grifado admite, no contexto, outra concordância, conforme a norma gramatical.

A) “...isso fez com que a maioria das pessoas ‘tomasse’ a

ciência como um ‘deus’”. B) “...muitas ainda acreditam que a Ciência e a

Tecnologia provocam...”. C) “O conhecimento científico e tecnológico, (...), é uma

forma que a ciência encontrou para manipular...”. D) “Ao mesmo tempo em que a ciência ultrapassou os

seus limites de bondade”. E) “...a escassa reflexão sobre a forma e o modelo do

conhecimento produzido traz algumas consequências negativas...”.

04- (CCV- UFC 2014 / Técnico administrativo) Assim como

“haver” em “Isto porque a gente havia que fabricar os nossos brinquedos” foi empregado corretamente, o verbo destacado igualmente correto está na alternativa:

A) Haviam duas estátuas representando os heróis da

guerra. B) Havia participado da guerra soldados ainda muito

jovens. C) Sempre deverão haver soldados dispostos a defender

a pátria. D) Soldados bem treinados sempre se houveram bem

nas batalhas. E) Podem haver inúmeras guerras, mas a humanidade

permanecerá. GABARITO DO TESTE

01 02 03 04

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

D E A D

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 01 ( Padrão CESPE) 01- Na oração "Há vinte meses que o Decreto foi

revogado", a forma verbal "Há" poderia ser corretamente substituída por Faziam.

02- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida

regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "anexa" está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da oração.

03- “Estudos e o senso comum mostram que a carga

genética exerce forte influência nas características pessoais às quais damos o nome de talento”.

► A flexão de plural em "mostram" deve-se à concordância com o sujeito composto por dois termos; se qualquer um desses termos fosse retirado, o verbo deveria ir para o singular para que as regras de concordância da norma culta fossem respeitadas. 04- “ Da combinação entre velocidade, persistência,

relevância, precisão e flexibilidade surge a noção contemporânea de agilidade, transformada em principal característica de nosso tempo. Uma agilidade que vem se tornando lugar comum, se não na vida prática das organizações, pelo menos nos discursos. Empresas, governos, universidades, exércitos e indivíduos querem ser ágeis”.

►A forma verbal "surge" poderia, sem prejuízo gramatical para o texto, ser flexionada no plural, para concordar com "velocidade, persistência, relevância, precisão e flexibilidade". 05- “Não direi, senhores, que a obra chegou à perfeição,

nem que lá chegue tão cedo. Os meus pupilos não são os solários de Campanela ou os utopistas de Morus; formam um povo recente, que não pode trepar de um salto ao cume das nações seculares”.

► A forma verbal "formam" está flexionada na terceira pessoa do plural para concordar com a ideia de coletividade que a palavra "povo" expressa.

06- “A recuperação econômica dos países desenvolvidos

começou perigosamente a perder fôlego. A reação dos indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta que a economia americana perderá força no segundo semestre”.

► Se o verbo da oração "mas a maioria dos analistas aposta" estivesse flexionado no plural - apostam -, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa natureza, deve ser feita com o termo "maioria". 07- “Assim, distintas teorias políticas e econômicas,

fundadas em diferentes ideologias do humano, enfatizam um aspecto ou outro dessa dualidade, seja reclamando uma subordinação dos interesses individuais aos interesses sociais, ou, ao contrário, afastando o ser humano da unidade de sua experiência cotidiana. Além disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou espiritual do humano”.

► Na concordância com "cada uma das ideologias", a flexão de plural em "fundamentam" reforça a ideia de pluralidade de "ideologias"; mas estaria gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar "cada uma", empregando-se o referido verbo no singular. 08- “O movimento da vida passa a ser uma efervescência

constante e as mudanças a ocorrer em ritmo quase esquizofrênico, determinando os valores fugidios de uma ordem temporal marcada pela efemeridade. Como tentativas de acompanhar essa velocidade vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.

► A forma verbal "surge" está flexionada no singular porque estabelece relação de concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração anterior. 06- “Em consonância com essa visão do desenvolvimento,

a expansão da capacidade humana pode ser descrita como a característica central do desenvolvimento. O conceito de “capacidade” de uma pessoa pode ser encontrado em Aristóteles, para quem a vida de um indivíduo pode ser vista como uma sequência de coisas que ele faz e que constituem uma sucessão de funcionamentos. A capacidade refere-se às combinações alternativas de funcionamentos a partir das quais uma pessoa pode escolher”.

► A flexão de plural em "constituem" mostra que o pronome "que" (anterior ao verbo) concorda em número com "coisas"; mas seria igualmente correto e coerente usar-se aí a flexão de singular, constitui, caso em que o pronome concordaria com "sequência". 10- “Entre outros exemplos, citemos a formação da

consciência moral, das modalidades de controle de pulsões e afetos numa dada civilização, ou o dinheiro

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

e tempo. A cada um deles correspondem maneiras pessoais de agir e sentir, um habitus social que o indivíduo compartilha com outros e que se integra na estrutura de sua personalidade”.

► A flexão de plural em "correspondem" mostra que, pela concordância, se estabelece a coesão com "maneiras"; mas seria igualmente correto e coerente estabelecer a coesão com "cada um", enfatizando este termo pelo uso do verbo no singular: corresponde.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E C E E E E E E C E

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 02 (Padrão CESPE)

TEXTO I “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia. Para ser democrático, deve contar, a partir das relações de poder estendidas a todos os indivíduos, com um espaço político demarcado por regras e procedimentos claros”. 01- O desenvolvimento das ideias demonstra que a flexão

de singular em “deve” estabelece relações de coesão e de concordância gramatical com o termo “democracia”.

TEXTO II “O governo garante que não faltarão recursos para as obras de infraestrutura. As favelas ocupadas dispunham de cerca de 827 milhões de reais do Programa de Aceleração do Crescimento para obras de saneamento e outras intervenções urbanas. Também foram anunciados a construção de 19 escolas, obras de contenção de encostas e um programa habitacional orçado em 144 milhões de reais, entre outras medidas”. 02- A substituição de “foram anunciados” por “foi

anunciado” manteria a correção gramatical do texto. TEXTO III “Por um lado, congestionamentos crônicos, queda da mobilidade e da acessibilidade, degradação das condições ambientais e altos índices de acidentes de trânsito já constituem problemas graves em muitas cidades brasileiras”.

03- A forma verbal “constituem” está flexionada na terceira

pessoa do plural para concordar com “problemas graves”.

TEXTO IV “Contraposto aos sucessivos recordes de congestionamentos nas grandes cidades brasileiras, esse resultado expõe as fragilidades de um modelo de desenvolvimento e urbanização que privilegia o transporte motorizado individual, prejudica a mobilidade e até a produtividade das pessoas. O carro, no entanto, não é o único vilão”. 04- O trecho “o transporte motorizado individual” poderia,

sem prejuízo à coerência da argumentação, ser substituído por os transportes motorizados individuais; contudo, para se preservar a correção gramatical do texto, seria necessário flexionar a forma verbal “prejudica” na terceira pessoa do plural, escrevendo-se prejudicam.

TEXTO V “A Bike será, quando entrar em linha de montagem, uma sucessora do Fusca. Tem a mesma conjugação de linhas curvas. Encarna a próxima geração do meio de transporte ao mesmo tempo racional, popular e simpático. Como tal, apresentou-se oficialmente ao público, semanas atrás, em uma feira de automóveis na China. Ela é elétrica. Carrega-se até em bateria de automóvel. Dobrável como um contorcionista de circo, cabe no compartimento do estepe, no fundo do porta-malas”. 05- Preservam-se a correção gramatical e as relações de

coerência entre os argumentos do texto ao se inserir a forma verbal “É” no período sintático iniciado por “Dobrável”, escrevendo-se “É dobrável”.

TEXTO VI “A evidência surgiu com a análise das informações colhidas pela sonda Lcross da agência espacial norte-americana. Os cientistas apresentam quatro hipóteses para explicar a presença de água na Lua. Ela pode ter chegado ao satélite a bordo de cometas, astros formados por gelo e poeira”. 06- A substituição de “apresentam” por “têm

apresentado” mantém a correção gramatical do texto. TEXTO VII

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“O medo tem raízes profundas na alma dos seres. Radica-se no inconsciente e é objeto constante da pesquisa científica, com destaque para a psicanálise”. 07- Em “Radica-se”, o pronome indica que o sujeito é

indeterminado. TEXTO VIII “Durante a realização das provas, o chefe da sala, verificando que Roberto não tinha condições para a escrita cursiva, solicitou a presença do coordenador para orientá-lo quanto à exigência dos procedimentos de identificação desse candidato. O coordenador orientou-o, dizendo que a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em branco, sem a assinatura do candidato e sem a transcrição da frase, e que a ocorrência deveria ser relatada na ata de sala”. 08- Estaria mantida a correção gramatical do texto se, em

“a folha de respostas e a folha de frequência poderiam ficar em branco”, a forma verbal “poderiam” fosse substituída pelo singular poderia, estabelecendo-se a concordância com o termo mais próximo.

TEXTO IX Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída. 09- Preserva-se a correção gramatical do período

substituindo-se a forma verbal “estão” pelo singular “está”.

TEXTO X “Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes. Entre elas, destacam-se a limitação da jornada diária para seis horas, a obrigatoriedade de pagamento do auxílio-transporte, a concessão do recesso obrigatório de 30 dias após um ano de estágio e o limite máximo de dois anos de permanência em uma mesma empresa”. 10- A concordância verbal permaneceria igualmente

correta se, em lugar de “destacam-se”, fosse empregada a forma “destaca-se”.

TEXTO XI

“Veja o que ocorre nos Estados Unidos da América. O país dispõe das melhores universidades do mundo, detém metade dos cientistas premiados com o Nobel e registra mais patentes do que todos os seus concorrentes diretos somados. Ainda assim, só um em cada dois norte americanos acredita que o homem possa ser produto de milhões de anos de evolução”. 11- O plural de “detém” grafa-se “deteem”. 12- Os sujeitos de “detém” e de “registra” são

indeterminados. 13- Levando-se em conta o contexto, o verbo “acredita”

poderia concordar com a ideia de plural que a frase dá a entender que exista, escrevendo-se “acreditam”.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E E E E C C E E C C

11 12 13

E E E

2º ESCALÃO DE REGRAS (Aparecem menos em provas de concursos)

Ficará como leitura de casa. Tal leitura é importante, pois deixará você mais seguro. Porém, o mais importante agora é o grupo do 1º escalão. Concentremo-nos nele!

1º Caso:

Quando os núcleos do sujeito composto vierem resumidos por tudo, todos, nada, alguém ou ninguém, o verbo concordará com a palavra resumidora.

Ex.:

- Leitura, trabalho, planejamento, nada parecia conveniente àquele novo governo.

- Motoristas, taxistas, caminhoneiros, todos queriam a greve.

2º. Caso: Sujeito ligado por “ou”.

Quando os núcleos do sujeito vierem ligados pela conjunção “Ou”, o verbo ficará no singular se houver ideia de exclusão. Se houver ideia de inclusão o verbo irá para o plural.

Ex.:

- Brasil ou Argentina vencerá a Copa de 2018. (Exclusão)

- Queijo ou peixe combinam com vinho branco. (Inclusão)

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- Pelé ou Maradona será escolhido o melhor do século. (Exclusão)

- Laranja ou mamão fazem bem à saúde. (Inclusão)

3º. Caso: com expressões aproximativas.

Quando o sujeito for constituído das expressões aproximativas "mais de", "menos de", "cerca de" o verbo concordará com o numeral que segue as expressões.

Ex.:

Mais de uma pessoa protestou contra a lei.

Mais de vinte pessoas protestaram contra a decisão.

Cerca de seis homens discutiram.

4º. Caso: COM O PRONOME RELATIVO “QUE”.

Quando o sujeito de um verbo for pronome relativo "que", o verbo concordará com o antecedente deste pronome.

Ex.:

- Sou eu que pago as minhas contas.

- Foi ele que compartilhou o jantar conosco.

- Foram Antônio e Adriano que controlaram a equipe.

5º. Caso: COM O PRONOME RELATIVO “QUEM”.

Quando o sujeito de um verbo for um pronome relativo "quem", o verbo concordará com o antecedente ou ficará na 3º pessoa do singular concordando com o sujeito “quem”.

Ex.:

- Sou eu quem pago as minhas contas.

- Sou eu quem paga as minhas contas.

- (Quem paga as minhas contas sou eu)

- Foram elas quem compraram os vestidos.

- Foram elas quem comprou os vestidos.

- (Quem comprou os vestidos foram elas).

- Era Fernanda quem recebia as encomendas.

- Fomos Pedro, André e eu quem discutimos (discutiu) o caso.

- (Quem discutiu o caso fomos Pedro, André e eu).

3º. Caso: QUANDO O SUJEITO FOR NOME PRÓPRIO PLURAL

Quando o sujeito for formado por nome próprio que só tem plural, não antecipado de artigo, o verbo ficará no singular; se o nome próprio vier antecipado de artigo o verbo irá para o plural.

Ex.:

- Minas Gerais possui grandes fazendas.

- As Minas Gerais possuem grandes fazendas

- Vidas Secas é um romance regionalista.

- As Vidas Secas são um romance regionalista.

- Os Estados Unidos fabricam muitas armas.

- Estados Unidos fabrica muitas armas.

- Os Emirados Árabes produzem muito petróleo.

- Filipinas planta banana.

- As Filipinas plantam banana.

- Alagoas tem lindas praias.

- As Alagoas têm lindas praias.

3º ESCALÃO DE REGRAS (São incomuns em provas de concursos)

1º Caso: Sujeito ligado por uma série aditiva enfática:

Se o sujeito composto tem os seus núcleos ligados por uma série aditiva enfática (não só...mas também; tanto...quanto; não só...como também etc.), o verbo vai, NORMALMENTE, para o plural.

Ex.: Tanto o Brasil como a Argentina haviam perdido a classificação.

2º Caso: Sujeito ligado por “com”.

Se o sujeito no singular é seguido imediatamente de outro no singular ou no plural mediante a preposição “com” o verbo ficar no plural se não houver presença de vírgulas:

Ex.:

- Essas explicações evitavam que o desembargador com os seus velhos amigos interrogassem os primeiros suspeitos.

- Se houver presença de vírgulas, concorde com o núcleo anterior à expressão virgulada:

- O rei, com toda a sua corte, estava satisfeito por tudo que ocorria no castelo.

- Os alunos, com toda a equipe pedagógica, modificaram o planejamento.

3º Caso: Sujeito ligado por nem...nem.

Quando o sujeito for ligado pela série aditiva nem..nem, o verbo pode ir, NORMALMENTE, para o plural ou ficar no singular.

Ex.: É difícil entender que nem o respeito nem o amor comoviam (comovia) o ator.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Mas cuidado!!!

Se o sujeito for constituído por nem um nem outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no singular.

Ex.: Nem um nem outro aluno compareceu à aula.

4º Caso: Sujeito ligado por “Um ou outro”.

Se o sujeito for constituído por Um ou outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no singular.

Ex.: Um ou outro menino usava sapatos.

5º Caso: Sujeito ligado por “Um e outro”

Se o sujeito for constituído por Um e outro, o verbo fica, NORMALMENTE, no plural.

Ex.: Uma e outra aluna estudavam bastante.

CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER (concordância especial).

Para analisarmos o próximo caso, é importante que responda ao seguinte questionário:

01- O que vale mais, um ser humano ou uma xícara de chá?

02- O seu time procura um atacante, mas há um mistério em torno de seu nome. Entre um goleador desconhecido e Neymar, qual você queria que vestisse a camisa do seu time?

03- Entre comprar roupas ou uma roupa, você prefere o quê?

Como as repostas forma óbvias, vamos às conclusões:

- ENTRE pessoa x coisa, PREVALECE a pessoa.

Ex.:

- O mundo são os homens.

- Os professores são a educação.

- ENTRE nome próprio x nome comum, PREVALECE o nome próprio.

Ex.:

- Ayrton Senna era as alegrias de domingo.

- As tristezas daquela cidade é a Praça das dores, lugar feio e sujo.

- ENTRE plural x singular, PREVALECE o plural.

Ex.:

- Sua roupa eram alguns trapos.

- Nosso trabalho são batalhas.

a) Quando aparecerem os pronomes isto, isso, tudo, nada ou aquilo ou “coisas” concorde com o sujeito ou com o predicativo:

Exemplos:

- Tudo eram /era alegrias e cânticos.

- Isso são / é mentiras.

- Aquilo são / é verdades incontestáveis.

- Isto não são / é palavras de amor.

b) Quando o sujeito for formado pelos pronomes interrogativos que, quem ou o que concorde com o predicativo.

Exemplos:

- Que são essas cartas?

- O que são atos éticos?

- Quem eram os convidados?

- Não sei quem são os vencedores. (Veja que aqui há uma interrogação indireta).

c) Quando o verbo Ser for empregado impessoalmente.

Exemplos:

- São dez horas.

- Hoje são 15 de novembro.

Obs.: Aqui também se permite a forma “Hoje é dia 15 de novembro” e “Hoje é 15 de novembro”, quando, neste último caso, a palavra “dia” estará implícita.

- De minha casa ao Teatro José de Alencar são 5 quilômetros.

d) Quando o verbo “Ser” for usado nas expressões é muito, é pouco, é mais de, é tanto e o sujeito for representado por termo no plural que denote preço, medida ou quantidade.

Exemplos:

- Oitenta mil reais é pouco para quem quer mudar radicalmente de vida.

- Duzentos gramas de queijo é muito para o café da manhã.

- 20 quilômetros é mais do que eu esperava.

CONCORDÂNCIA COM PRONOMES PESSOAIS DO CASO RETO

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Quando os pronomes pessoais do caso reto representarem o sujeito, você terá dois caminhos, a saber:

a) Se o “Eu” fizer parte do sujeito, concorde SEMPRE com “Nós”.

- Eu, Marcela e Beatriz vamos ao teatro.

- Jorge, Túlio e eu detestamos este bar.

b) Se o “Tu” fizer parte do sujeito (sem que exista o “Eu”), concorde com “Vós” (menos usual) ou com “Eles/as” (mais usual).

- Tu, Márcia e André desejais alguma coisa?

- Tu, Márcia e André desejam alguma coisa?

- João, Lara e tu pareceis nervosos.

- João, Lara e tu parecem nervosos.

COM FORMAS INTERROGATIVAS

Se o pronome interrogativo ou indefinido estiver no singular o verbo só concordará com ele. Se esses pronomes estiverem no plural, o verbo concordará com ele ou com o pronome pessoal. As expressões mais utilizas são: Quais de nós; qual de vós, Alguns de nós, Muitos de vós, Poucos deles; Poucos de nós, Qual deles etc.

Ex.:

Qual de nós resolverá o assunto?

Qual de nós viajará?

Quais de nós viajarão / viajaremos na próxima semana?

Quais de vós estudarão/estudareis matemática?

4- COM NÚCLEOS COLETIVOS

Quando o sujeito for um coletivo o verbo ficará no singular.

Ex.: A correição passeava pelo bosque.

Não esqueça!!!

Quando o coletivo vier seguido de um adjunto no plural, o verbo ficará no singular ou poderá ir para o plural.

Ex.: A correição de tanajuras vermelhas passeava / passeavam pelo bosque.

CONCORDÂNCIA COM O VERBO AUXILIAR “PARECER”.

O verbo parecer, seguido de infinitivo admite duas construções:

A) Flexiona-se o verbo “parecer” e não se flexiona o infinitivo.

- Os alunos parecem entender o assunto.

B) Flexiona-se o infinitivo e não se flexiona o verbo “parecer”.

- Os alunos parece entenderem o assunto.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03 (padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)

01. Indique a opção correta, no que se refere à

concordância verbal, de acordo com a norma culta:

a) Haviam muitos candidatos esperando a hora da prova.

b) Choveu pedaços de granizo na serra gaúcha. c) Faz muitos anos que a equipe do IBGE não vem

aqui. d) Bateu três horas quando o entrevistador chegou. e) Fui eu que abriu a porta para o agente do censo.

02. Assinale a frase em que há erro de concordância verbal:

a) Um ou outro escravo conseguiu a liberdade. b) Não poderia haver dúvidas sobre a necessidade da

imigração. c) Faz mais de cem anos que a Lei Áurea foi assinada. d) Deve existir problemas nos seus documentos. e) Choveram papéis picados nos comícios.

03. Assinale a opção em que há concordância inadequada:

a) A maioria dos estudiosos acha difícil uma solução

para o problema. b) A maioria dos conflitos foram resolvidos. c) Deve haver bons motivos para a sua recusa. d) De casa à escola é três quilômetros. e) Nem uma nem outra questão é difícil.

04- Em todas as alternativas, o termo em negrito exerce

a função de sujeito, exceto em:

a) Quem sabe de que será capaz a mulher de seu sobrinho?

b) Raramente se entrevê o céu nesse aglomerado de edifícios.

c) Amanheceu um dia lindo, e por isso todos correram às piscinas.

d) Era somente uma velha, jogada num catre preto de solteiros.

e) É preciso que haja muita compreensão para com os amigos.

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05- O “se” é índice de indeterminação do sujeito na

frase:

a) Não se ouvia o sino. b) Assiste-se a espetáculos degradantes. c) Alguém se arrogava o direito de gritar. d) Perdeu-se um cão de estimação. e) Não mais se falsificará tua assinatura.

06- Indique o único segmento que apresenta

concordância verbal condizente com as normas do português padrão:

a) O funcionamento dos dois hemisférios cerebrais

são necessários tanto para as atividades artísticas como para as científicas.

b) As diferentes divisões e subdivisões a que se submetem a área de ciências humanas provocam uma indesejável pulverização de domínios do conhecimento.

c) Normalmente, a aplicação de métodos quantitativos e exatos acaba por distorcer as linhas de raciocínio em ciências humanas.

d) Uma das premissas básicas do conjunto de assunções teóricas e epistemológicas do trabalho que ora vêm a lume é a concepção da Arte como uma entre as muitas formas por meio das quais o conhecimento humano se expressa.

e) Não existem fórmulas precisas ou exatas para avaliar uma obra de arte, não existe um padrão de medida ou quantificação, tampouco podem haver modelos rígidos pré-estabelecidos.

07- O verbo deve ir para o plural em: a) Organizou-se em grupos de quatro. b) Atendeu-se a todos os clientes. c) Faltava um banco e uma cadeira. d) Pintou-se as paredes de verde. e) Já faz mais de dez anos que o vi. 08- O verbo certo no singular está em: a) Procurou-se as mesmas pessoas b) Registrou-se os processos c) Respondeu-se aos questionários d) Ouviu-se os últimos comentários e) Somou-se as parcelas 09- Assinale a alternativa correta quanto à concordância

verbal:

a) Soava seis horas no relógio da matriz quando eles chegaram.

b) Apesar da greve, diretores, professores, funcionários, ninguém foram demitidos.

c) José chegou ileso a seu destino, embora houvessem muitas ciladas em seu caminho.

d) Fomos nós quem resolvemos aquela questão. e) O impetrante referiu-se aos artigos 37 e 38 que

ampara sua petição. 07- A concordância verbal está correta na alternativa:

a) Ela o esperava já faziam duas semanas. b) Na sua bolsa haviam muitas moedas de ouro. c) Eles parece estarem doentes. d) Devem haver aqui pessoas cultas. e) Todos parecem terem ficado tristes.

11- Assinale a incorreta:

a) Dois reais é pouco para se divertir. b) Nem tudo são sempre tristezas. c) Quem fez isso foram vocês. d) Era muito árdua a tarefa que os mantinham juntos. e) Quais de vós ainda tendes paciência?

12- É provável que ....... vagas na academia, mas não .......

pessoas interessadas: são muitas as formalidades a ....... cumpridas.

a) hajam - existem - ser b) hajam - existe - ser c) haja - existem - serem d) haja - existe - ser e) hajam - existem – serem

13- Complete as lacunas: ........ de exigências! Ou será que

não ....... os sacrifícios que ....... por sua causa? a) Chega - bastam - foram feitos b) Chega - bastam - foi feito c) Chegam - basta - foi feito

d) Chegam - basta - foram feitos e) Chegam - bastam - foi feito

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07

C D D D B C D

08 09 10 11 12 13

C D C D C A

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04 (padrão UECE, CESGRANRIO, FUNRIO, IMPARH)

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01- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal. ( ) Surgiu, na semana do evento, um novo

problema, dois processos e duas críticas construtivas.

( ) Surgiram, na semana do evento, um novo problema, dois processos e duas críticas construtivas.

( ) O homem do campo e da cidade mantém diferenças flagrantes entre si.

( ) Os povos andinos e sua cultura, assim diz a tradição, contém muita riqueza.

Assinale a sequência correta. a) I – C – C ─ C b) I – C – I─ C c) I – I – C ─ d) C – I – I ─ I e) C – C – C ─ I

02- Coloque C ou I nos parênteses, conforme esteja correta ou incorreta a concordância verbal.

( ) Brasileiros ou americanos devem concorrer a

prêmio em abril. ( ) Um líquido perigoso retém as finas camadas de

gordura das veias. ( ) Colesterol ou açúcar pode ser o novo vilão da

obesidade, dizem cientistas. ( ) Pode-se questionar o novo sistema do banco

privado. Assinale a sequência correta. a) I – C – C ─ C b) I – C – I─ C c) C – I – C ─ C d) C – I – I─ I e) C – C – I─ I

03- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal, segundo o registro culto e formal da língua.

a) Eu, ela e João vamos ao parque no fim de semana.

b) Tu e elas trabalharíeis nos fins de semana? c) Tu, ela e vocês formáveis uma grande equipe. d) Eu e vocês deveríeis deixar logo a cidade. e) Tu e ela vão cumprir todas as metas.

04- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal.

a) Nem os alunos nem os professores porão seus registros à mostra.

b) Talvez, um e outro assunto serão discutidos. c) É certo que um e outro assunto será discutido.

d) Nem a vida nem a morte podem mudar a força do amor.

e) Um ou outro candidato serão avaliados pelos jornalistas.

05- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância verbal. a) 2/5 da cidade quis o plebiscito. b) Somente 1/3 da comunidade acadêmica

requereu novos livros para a biblioteca. c) Grande parte dos impostos não são revertidos à

comunidade. d) Somente 40% do estoque mantiveram-se bem

armazenados. e) Somente os 0,98% da comunidade saldou suas

dívidas. 06- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal. a) Mais de um torcedor invadiu o gramado. b) Fomos nós quem requereu o aumento do salário. c) Foste tu quem arrumaste a bancada dos livros? d) Foste tu quem arrumou a bancada dos livros? e) Foi eu quem questionou a equipe de médicos.

07- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal. a) Os assuntos principais da reunião foi Fernando

Pessoa. b) Cem mil reais era pouco para ele. c) Já são uma e meia da manhã. d) Hoje são 20 de abril. e) Tudo eram vantagens para a empresa.

08- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal, segundo o registro culto e formal da língua.

a) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida.

b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do trabalhador.

c) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializados em comunicação.

d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional.

e) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o seu estresse.

09- Assinale a opção que apresenta ERRO de concordância

verbal, segundo o registro culto e formal da língua.

a) Necessita-se de novos programas de qualidade de vida.

b) A pressão, a ansiedade e a tensão muscular, tudo prejudicava a saúde do trabalhador.

c) Os Estados Unidos contrataram profissionais especializados em comunicação.

d) Já fazem três meses que ele se adaptou a uma nova realidade profissional.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

e) Cada um dos profissionais do RH deve saber administrar o seu estresse.

10- Considere as frases abaixo.

I – Há amigos de infância de quem nunca nos esquecemos.

II – Deviam existir muitos funcionários despreparados; por isso, talvez, existissem discordâncias entre os elementos do grupo.

Substituindo-se em I o verbo “haver” por “existir” e em II o verbo existir por haver, a sequência correta é

a) existem, devia haver, houvesse. b) existe, devia haver, houvessem. c) existe, devia haver, houvesse. d) existem, deviam haver, houvesse. e) existe, deviam haver, houvessem.

11- De acordo com a norma, o verbo pode ficar,

indiferentemente, no singular ou no plural na frase da alternativa

a) Precisa-se (ou precisam-se) de funcionários

dedicados b) Perceberam-se (ou percebeu-se) os detalhes da

cidade c) Cada um dos brasileiros cuidará (ou cuidarão) do

país. d) Vendem-se (ou vende-se) frutas no mercado de

nacional. e) A maioria dos brasileiros pratica (ou praticam)

esporte.

12- Assinale a alternativa em que a reescritura do trecho “’Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas’, diz Cláudia.” mantém a correção gramatical e não compromete o sentido original.

a) A maioria dos entrevistados afirmou que sente

raiva enquanto dirige. Pessoas mais experientes na condução de veículos automotivos cometem mais erros e são mais agressivas.

b) 84% dos entrevistados afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas, que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.

c) Dos entrevistados, 84% afirmou que sentem raiva enquanto dirigem. Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com mais frequência cometiam mais erros e eram mais agressivas.

d) Dos entrevistados, 84% afirmou que sente raiva enquanto dirige. Pessoas com mais tempo de habilitação e que dirigiam com mais frequência, cometiam mais erros e eram mais agressivas.

e) A maior parte dos entrevistados afirmou que sente raiva enquanto dirigem. Pessoas que dirigiam com mais tempo de habilitação frequentemente cometiam mais erros.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E C D E E E C D D A

11 12

E A

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 05 (Padrão FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS)

Itens aparentemente corretos. - Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação, a

constância com que promovem abusos, na exploração da cultura popular. (Forma verbal correta: Deve-se ressaltar)

- Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da

cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de práticas comunitárias. (Forma verbal correta: Resta)

- Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a

despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular. (Forma verbal correta: Produz-se)

- Não sensibilizavam aos possíveis interessados em

apartamentos de luxo a visão grotesca daqueles velhos carros-placa. (Forma verbal correta: sensibiliza)

- Destinam-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas

e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social. (Forma verbal correta: Destina-se)

- O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis,

que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram. (Forma verbal correta: se esclareceu)

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO (BATERIA I) 01- Quanto à concordância verbal, está inteiramente

correta a frase:

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a) Devem-se ressaltar, nos meios de comunicação,

a constância com que promovem abusos, na exploração da cultura popular.

b) Nem mesmo um pequeno espaço próprio querem conceder à cultura popular os que a exploram por interesses estritamente econômicos.

c) Restam das festas, dos ritos e dos artesanatos da cultura popular pouco mais que um resistente núcleo de práticas comunitárias.

d) Muita gente acredita que se devem imputar aos turistas a responsabilidade por boa parte desses processos de falseamento da cultura popular.

e) Produzem-se nas pequenas células comunitárias, a despeito das pressões da cultura de massa, lento e seguro dinamismo de cultura popular.

02- A concordância verbal e nominal está inteiramente

correta em:

a) A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros é uma das metas que devem ser atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas grandes cidades.

b) Em cidades maiores, inúmeros moradores, para fugir da violência e do estresse urbano, se mudou para condomínios fechados próximos e passou a depender de carro para seus deslocamentos.

c) O planejamento urbano das grandes e médias cidades nem sempre acompanharam os deslocamentos de grandes contingentes da população, que depende de transporte coletivo para ir e vir do trabalho diariamente.

d) O número de automóveis nos países desenvolvidos costumam ser mais elevados, mas nessas cidades existe bons sistemas de transporte coletivo e as pessoas usam seus carros apenas para viagens e passeios de fins de semana.

e) No caso das regiões metropolitanas brasileiras, é necessário os investimentos na expansão de sistemas integrados de transporte coletivo, para desestimular o uso de veículos particulares no dia a dia das cidades.

03- Para cumprimento das normas de concordância

verbal, será necessário CORRIGIR a frase: a) Atribui-se aos esquemas de construção das

fábulas populares a capacidade de representarem profundos anseios coletivos.

b) Reserva-se a pobres camponeses, nas fábulas populares, a possibilidade de virem a se tornar membros da realeza.

c) Aos desejos populares de ascensão social correspondem, em algumas das fábulas analisadas, a transformação de pobres em príncipes.

d) Prosperam no fundo do inconsciente coletivo incontáveis imagens, pelas quais se traduzem aspirações de poder e de justiça.

e) Não cabe aos leitores abastados avaliar, em quem é pobre, a sensatez ou o descalabro das expectativas alimentadas.

04- A concordância verbal e nominal está inteiramente

correta em:

a) Presume-se que já tenha sido extinto muitas espécies da fauna e da flora com a destruição de enormes extensões de florestas.

b) Os desequilíbrios no ecossistema de uma floresta pode pôr em risco a sobrevivência de certas espécies de plantas.

c) Deve valer para todos os países as medidas de segurança a ser tomada em relação à preservação de florestas.

d) Para a restauração de áreas ocupadas por atividades agrícolas, é observado os tipos de uso do solo e as características do entorno para traçar o projeto de ação.

e) Projetos desenvolvidos por especialistas mostram que é possível conciliar restauração de florestas nativas com o manejo sustentável de seus recursos naturais.

05- As normas de concordância verbal estão plenamente

observadas na frase:

a) Há frases que se repete à exaustão e que, exatamente por isso, passam a soar como se constituíssem cada uma delas uma verdade incontestável.

b) Frases sempre haverão que, à força de se repetirem ao longo do tempo, acabam sendo tomadas como verdades absolutas.

c) Quando a muitas pessoas interessam dar crédito a frases feitas e lugares-comuns, há o risco de se cristalizar falsos juízos.

d) O hábito da repetição mecânica de frases feitas e lugares-comuns acabam por nos conduzirem à fixação de muitos preconceitos.

e) Cabe aos indivíduos mais conscientes combater o chavão e o lugar-comum, para que não se percam de vista os legítimos valores sociais.

GABARITO

01 02 03 04 05

B A C E E

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO (BATERIA II) 01. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-

se numa forma do singular para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) Jamais ...... (satisfazer) as crianças aquele tipo de

resposta convencional às perguntas essenciais que elas formulam.

b) Como ...... (poder) ocorrer ao professor respostas exatas para um questionário irrespondível?

c) Não ...... (dever) envergonhar a ninguém as lacunas do conhecimento humano sobre os mistérios do universo.

d) A aflição a que ....... (levar) um cientista tais perguntas é a mesma que perturba as crianças.

e) Quanto às questões que a mais ninguém ...... (conseguir) incomodar, ou já encontraram resposta ou não eram essenciais.

02. Quanto à concordância verbal, a frase inteiramente

correta é: a) Entre as questões essenciais, que a todo cientista

deve importar, estão as que se prendem à origem e ao destino do ser humano.

b) Não houvesse outras razões, bastaria a propriedade das perguntas que lhe dirigiu o público para fazê-lo sentir-se um professor privilegiado.

c) Só é dado alimentarem a curiosidade e a insatisfação ao cientista que não abdica de fazer as perguntas fundamentais.

d) Diante do interesse que representavam cada uma das perguntas que lhe cabiam responder, o professor sentiu-se um privilegiado.

e) O autor considerou um privilégio o fato de o interrogarem, com perguntas tão instigantes, aquele público curioso que encontrou na escola.

03. Quanto à concordância verbal, está inteiramente

correta a seguinte frase: a) De diferentes afirmações do texto podem-se

depreender que os atos de grande violência não caracterizam apenas os animais irracionais.

b) O motivo simples de tantos atos supostamente cruéis, que tanto impressionaram o autor quando criança, só anos depois se esclareceram.

c) Ao longo dos tempos tem ocorrido incontáveis situações que demonstram a violência e a crueldade de que os seres humanos se mostram capazes.

d) A todos esses atos supostamente cruéis, cometidos no reino animal, aplicam-se, acima do bem e do mal, a razão da propagação das espécies.

e) Depois de paralisadas as lagartas com o veneno das vespas, advirá das próprias entranhas o martírio das larvas que as devoram inapelavelmente.

04. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher corretamente a lacuna da frase:

a) Não se ...... (atribuir) às lagartas a crueldade dos

humanos, por depositarem os ovos no interior das vespas.

b) O que ...... (impelir) os animais a agirem como agem são seus instintos herdados, e não uma intenção cruel.

c) Não se ...... (equiparar) às violências dos machos, competindo na vida selvagem, a radicalidade de que é capaz um homem enciumado.

d) ...... (caracterizar-se), em algumas espécies animais, uma modalidade de violência que interpretamos como crueldade.

e) ...... (ocultar-se) na ação de uma única vespa os ditames de um código genético comum a toda a espécie.

05. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-

se numa forma do singular para preencher corretamente a lacuna da frase:

a) Há muito não se ...... (tolerar) atitudes arrogantes

como a do editorial da revista britânica. b) É natural que ...... (ferir) o orgulho do povo cubano

as exortações publicadas na revista britânica. c) Os pesquisadores não ...... (haver) de se ofender,

caso os termos do editorial da revista fossem menos prepotentes.

d) Foi precisa a argumentação de que se ...... (valer) os pesquisadores latino-americanos em sua réplica ao editorial.

e) Aos países ricos não ...... (competir) tomar decisões que afetem a soberania dos países em desenvolvimento.

06. Para que se respeite a concordância verbal, será

preciso corrigir a frase: a) Têm havido dúvidas sobre a capacidade do sistema

de saúde cubano. b) Têm sido levantadas dúvidas sobre a capacidade

do sistema de saúde cubano. c) Será que o sistema de saúde cubano tem suscitado

dúvidas sobre sua eficácia? d) Que dúvidas têm propalado os adversários de

Cuba sobre seu sistema de saúde? e) A quantas dúvidas tem dado margem o sistema de

saúde de Cuba? 07. As normas de concordância verbal estão plenamente

respeitadas na frase: a) Já faz muitos séculos que se vêm atribuindo à

palavra progresso algumas conotações mágicas. b) Deve-se ao fato de usamos muitas palavras sem

conhecer seu sentido real muitos equívocos ideológicos.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

c) Muitas coisas a que associamos o sentido de progresso não chega a representarem, de fato, qualquer avanço significativo.

d) Se muitas novidades tecnológicas houvesse de ser investigadas a fundo, veríamos que são irrelevantes para a melhoria da vida.

e) Começam pelas preocupações com nossa casa, com nossa rua, com nossa cidade a tarefa de zelarmos por uma boa qualidade da vida.

08. As normas de concordância verbal estão plenamente

atendidas na frase: a) Fosse porcas, arruelas, parafusos, tudo o que não

tivesse aplicação imediata era remetido à “bacia das almas.”

b) O fato é que muita gente, tal como ocorre com o pai no referido texto da Internet, têm a tendência de alimentar preconceitos contra os poetas.

c) Atira-se à “bacia das almas” as tranqueiras que não parecem úteis, e que talvez nunca de fato os sejam.

d) Costumam-se atribuir às expressões evocativas e nostálgicas o sentido poético que advém de tudo o que nos fala do passado.

e) Ao filho não pareceu coerente que expressões tão sugestivas fossem criadas justamente por quem tinha por hábito desancar os poetas.

09. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-

se numa forma do plural para preencher de modo correto a lacuna da frase: a) ...... (acabar) por mais nos favorecer o que foi

esquecido do que todas as coisas de que costumamos nos lembrar.

b) ......-se (costumar) atribuir às nossas memórias uma vantagem que, para o autor do texto, elas não propiciam.

c) A ninguém ...... (dever) limitar essas expectativas, criadas pela memória que cristaliza a personalidade.

d) ......-se (sedimentar) nos processos da nossa memória o perfil de uma personalidade a que nos obrigamos a ser fiéis.

e) À força dos nomes próprios ...... (corresponder), pelas razões expostas no texto, a força de estreitamento do espaço que há numa gaiola.

10. A concordância verbo-nominal está inteiramente

correta na frase: a) No século XX, a produção em massa permitiu que

objetos, antes de posse restrita a reis, fossem acessíveis a toda a população.

b) Sempre existiu colecionadores de objetos, que exerce maior poder de atração sobre pessoas quanto mais estranho ele é.

c) No século XIX, foi dividido as áreas temáticas da ciência, surgindo então os colecionadores especializados em reunir um único tipo de objetos.

d) Permaneceu imutável por séculos as razões que levam algumas pessoas a colecionar objetos, algumas delas de gosto duvidoso.

e) O costume de enviar marinheiros pelo mundo para encontrar objetos exóticos mudaram a paisagem de alguns países e modernizaram a Europa.

11. As normas de concordância verbal estão plenamente

respeitadas na frase: a) Compreenda-se as lições de O Príncipe não como

exercícios de cinismo, mas como exemplos de análises a que não se devem furtar toda gente interessada na lógica do poder, seja para exercê-lo, seja para criticá-lo.

b) A problemática divisão da Itália em principados, que tanto preocupavam Maquiavel, fizeram com que ele se dedicasse à ciência política, em cujos fundamentos espelha-se, até hoje, aqueles que se preocupam com o poder.

c) Integrava as qualidades morais a da virtude, tomada num sentido essencialmente religioso, até que Maquiavel, recusando esse plano de valores em que a inseriam, deslocou seu sentido para o campo da política.

d) Todas as acepções de virtude, até o momento em que surgiu Maquiavel, compunha-se no campo da moral e da religião, e estendia-se à esfera da política, como se tudo fosse essencialmente um mesmo fenômeno.

e) Nunca faltaram aos “príncipes” de ontem, de hoje e de sempre a ambição desmedida pelo poder e pela glória pessoal, mas couberam a poucos discernir as sutilezas da política, em que Maquiavel foi um mestre.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11

A B E E E A A E C A C

06. Concordância Nominal

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: De razoável para baixa. Nem todas as organizadoras simpatizam com esse tema. CESPE, FCC e ESAF, por exemplo, fazem pouco caso do assunto em questão. Já CESGRANRIO, IMPARH,

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

UECE, FGV, CONESUL, dentre outras, costumam, com frequência, exigir esse assunto. DICA: É na Concordância nominal que precisamos, principalmente, dos conceitos sintáticos de Adjunto adnominal, Predicativo do sujeito e Predicativo do objeto. Caso você não faça a mínima ideia do que sejam tais sintagmas, é necessário revisar tais conceitos o quanto antes. DICA DE ESTUDO: Como as regras não são muitas, você logo se familiarizará com quase todas. A fim de que você as memorize o quanto antes, faça bastantes exercícios. É só uma questão de prática. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (no máximo uma questão).

STATUS: Em sala e com o professor (dependendo da banca, o status pode mudar).

REGRA GERAL:

O adjetivo e as palavras adjetivas (artigo, numeral e pronome) concordam em gênero e número com o substantivo a que se refere.

Ex.: As minhas revistas novas estão no quarto.

No exemplo acima, percebe-se que as palavras adjetivas (as, minhas e novas) referem-se ao substantivo revistas, concordando com ele.

1º. Caso:

Quando o adjetivo é posposto a vários substantivos do mesmo gênero, ele vai para o plural ou concorda com o substantivo mais próximo.

Ex.: O tamarindo e o limão azedos (azedo) parecem bons.

2º. Caso:

Se os substantivos forem de gêneros diferentes, o adjetivo pode ir para o plural masculino ou pode concordar com o substantivo mais próximo.

Ex.:

O tamarindo e a laranja azedos (azeda) estavam em falta no mercado.

A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar antigo(antigos) foram varridos pelo temporal.

3º. Caso:

Quando o adjetivo posposto funciona como predicativo, vai obrigatoriamente para o plural.

Ex.:

O limão e a laranja são azedos.

A cidade, o hospital, a lanchonete e o bar estão devastados.

REGRAS ESPECÍFICAS

► Adjetivo anteposto aos substantivos:

1º. Caso:

Quando o adjetivo vem anteposto aos substantivos, concorda, preferencialmente, com o mais próximo.1

Ex.:

Ele era dotado de extraordinária coragem e talento.

No hospital, percebi a cansada médica e enfermeiros.

2º. Caso:

Quando o adjetivo anteposto funciona como predicativo, pode concordar com o substantivo mais próximo ou pode ir para o plural.

Ex.:

Estavam desertos a casa e o barraco.

Estava deserta a casa e o barraco.

► Um só substantivo e mais de um adjetivo:

1ª . Possibilidade:

Ex.: O produto conquistou o mercado europeu e o americano.

O substantivo fica no singular e repete-se o artigo.

2ª . Possibilidade:

Ex.: O produto conquistou os mercados europeu e americano.

O substantivo vai para o plural e não se repete o artigo.

- Esse autor aderiu à escrita clássica, à moderna e à contemporânea.

- Esse autor aderiu às escritas clássica, moderna e contemporânea.

- O país desenvolveu a cultura da leitura e a do estudo.

1 Aqui existe uma grande divergência entre os gramáticos Evanildo Becharra e Celso Cunha. Para o primeiro, os adjetivos antepostos a vários substantivos podem concordar com o mais próximo ou com todos os substantivos pela lei da soma. Exemplo: Lerei interessante (interessantes) livro e jornal. Já para o segundo, a concordância, nesta situação, só ocorrerá com o mais próximo. Exemplo: Comprei novo carro e casa.

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- O país desenvolveu as culturas da leitura e do estudo.

- Ele fez menção à Presidenta do Brasil e à da Argentina.

- Ele fez menção às Presidentas do Brasil e da Argentina.

OUTROS CASOS DE CONCORDÂNCIA NOMINAL:

1º. Caso:

A palavra Bastante:

- Função adjetiva: Variável - refere-se a substantivo.

- Função adverbial: Invariável - refere-se a verbo, adjetivo e a advérbio.

Ex.:

Ele tem bastantes livros (substantivo).

Havia bastantes pessoas na rua.

Eles conversaram (verbo) bastante ontem.

As moças são bastante inteligentes (adjetivo).

Nosso país tem bastantes estados (substantivo).

Eles estudam (verbo) bastante.

Vanessa e Melissa são bastante simpáticas (adjetivo).

DICA: quando o a palavra BASTANTE for um adjetivo (o que significará, sempre, volume, quantidade), permitirá as seguintes trocas:

Nosso país tem bastantes estados.

(Nosso país tem muitos estados).

Na rua, havia bastantes pessoas elegantes.

(Na rua, havia muitas pessoas elegantes).

Vi bastante gente educada.

(Vi muita gente educada).

Obs.:

- Nessa regra, podemos incluir ainda as seguintes palavras: meio, muito, pouco, caro, barato, longe. Só variam se acompanhar o substantivo.

2º. Caso:

Palavras como: quite, obrigado, anexo (incluso ou apenso), obrigado, mesmo, próprio, leso e incluso são adjetivos. Devem, portanto, concordar com o nome a que se referem.

Ex.:

Nós estamos quites com o serviço militar.

Ela mesma fez o café.

Leve estes documentos anexos até a sala do diretor.

Obs.: A expressão "em anexo" é invariável.

Ex.: As cartas seguem em anexo.

3º. Caso:

Se nas expressões: "é proibido", "é bom", "é preciso" e "é necessário", o sujeito não vier antecipado de artigo, tanto o verbo de ligação quanto o predicativo ficam invariáveis.

Ex.:

É proibido entrada.

Estudar é preciso.

Entretanto: Se o sujeito dessas expressões vier determinado por artigo, numeral ou pronome (femininos, no singular ou no plural), tanto o verbo de ligação quanto o predicativo variam para concordar com o sujeito.

Ex.:

É proibida a entrada de jovens menores de 35 anos neste local.

A meia entrada é necessária aos estudantes.

4º. Caso:

Palavras invariáveis:

- Menos.

- A olhos vistos (expressão).

- Em anexo.

- A sós.

- Azul-marinho.

- Monstro (na condição de adjetivo).

- Alerta.

- Todo (em termos compostos).

- Mediante.

- Tirante.

- Pseudo.

- Salvo (significando exceto, afora).

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Ex.:

- Salvo aquelas poucas palavras, a palestra foi um desastre.

- Agora estou com menos fome.

- Os candidatos estão alerta.

- O homem ficou a sós com os seus problemas.

- As pseudo-médicas foram localizadas pela polícia.

- Aquela foi uma partida monstro.

- As mulheres todo-poderosas deixaram a sala cedo.

5º Caso:

Nas expressões "o mais ... possível" e "os mais ... possíveis" , o adjetivo "possível"concorda com o artigo que inicia a expressão.

Exs:

Tinha um carro o mais veloz possível.

Seus carros eram os mais velozes possíveis.

São alunos o mais estudiosos possível.

São alunos os mais estudiosos possíveis.

6º Caso: Haja vista/ Hajam vista

Evanildo Bechara afirma: “a construção natural e mais frequente da expressão haja vista, com o valor de “veja” ou “por exemplo”, é ter invariável o verbo, qualquer que seja o número do substantivo seguinte” (p. 565 de Moderna Gramática da Língua Portuguesa, 1999).

Ex.: Ele foi sempre muito dedicado à família, haja vista o quanto era dedicado aos filhos.

Para Marcelo Rosenthal ”o termo serve para exemplificação. Caso o exemplificado esteja no singular, o verbo somente poderá estar no singular; caso o elemento exemplificado esteja no plural, o verbo tanto poderá vir no singular como no plural”. (p. 437 de Gramática para concursos, 2007).

Ex.: O repórter era mesmo competente, haja (hajam) vista seus últimos trabalhos.

DICA: Como é um caso polêmico, prefira usar a estrutura com o verbo sempre no singular “haja vista”. Fazendo assim, você nunca estará errando.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 TEXTO 1

"Nenhum trabalhador recebeu a dose de radiação acima do estipulado pelo Japão, de 250 millisieverts, que iria restringir a exposição dos funcionários de emergência", disse a AIEA nesta sexta-feira.

No mês passado, dois funcionários de Fukushima foram levados ao hospital depois que seus pés e mãos foram expostos a 175 millisiverts quando eles pisaram em água contaminada. Eles se recuperaram bem”.

Folha de São Paulo (Com adaptações) 01- O adjetivo “expostos” concorda com os termos “pés”

e “mãos”; contudo, seria correto gramaticalmente estabelecer vínculo sintático com o termo mais próximo, escrevendo-se “expostas”.

02- O pronome “seus” poderia, segundo prescrevem as

normas gramaticais, concordar somente com o termo mais próximo “pés”, mesmo que este estivesse no singular. Esse procedimento, entretanto, comprometeria os sentidos textuais.

03- Embora os sentidos textuais fossem gravemente

alterados, seria correto gramaticalmente escrever, em vez de “a dose de radiação”, “a pseudadose de radiação”, o que agora significaria falsa dose de radiação.

TEXTO 2 “Definida como uma combinação de ilusões paranoicas, alucinações sensoriais e diminuição das funções cognitivas, a esquizofrenia é fruto de muitas combinações genéticas e de fatores ambientais. Gage diz que, devido à variedade e à complexidade dos sintomas, ela é uma das doenças mentais que mais desafiam os cientistas”.

Correio braziliense (Com adaptações)

04- A palavra “muitas” poderia, sem comprometer os

sentidos nem a correção gramatical, ser substituída por “bastantes”.

05- O vocábulo “definida” poderia ir para o plural a fim de

que estabelecesse coesão com “ilusões paranoicas, alucinações sensoriais e diminuição das funções cognitivas”.

TEXTO 3 “Universidades virtuais, palestras de graça com especialistas do mundo todo, professores on-line para tirar dúvidas. Mais parece uma escola do futuro, mas é realidade cada vez mais frequente na internet. A web oferece

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

diversas possibilidades para o estudante aproveitar os livros e as horas preciosas na rede. As aulas gratuitas, por exemplo, são uma boa opção para quem quer resumir conteúdo já visto, aprofundar um assunto ou se aventurar em aprender”.

Correio braziliense (Com adaptações)

06- A expressão “haja vista”, que significa “por exemplo” ou

“veja”, poderia surgir depois “aulas gratuitas”, desde que a segunda vírgula fosse suprimida.

07- O vocábulo “Mais”, início do segundo período, poderia

ser substituído por “Mas” ou “Entretanto”, sem que os sentidos originais fossem alterados.

08- O adjetivo “preciosas” poderia ser substituído por

“preciosos”; mas, se assim fosse feito, os sentidos originais seriam alterados.

TEXTO 4 “Ler cansa. Cansa porque envolve esforço, tempo e concentração. Hoje, com todas as facilidades da vida moderna, muitos leem somente quando obrigados: na escola, para o vestibular, na faculdade ou para se manterem atualizados profissionalmente. Poucos leem por prazer. Menos ainda os que escrevem por prazer. Segundo Schopenhauer, a maioria dos escritores "vivem da literatura e não para a literatura". Raras são as vezes que ambas são exercidas pelo mesmo homem. Enquanto muitos preferem gastar energias e recursos raros em festas, divertimentos ou prazeres fugazes, A arte de escrever mostra como gastar as mesmas energias e recursos com a literatura e obter retorno”. 09- A palavra “somente” poderia ser substituída por “sós”,

sem que os sentidos bem como a correção gramatical fossem comprometidos.

10- “Poucos” permitiria troca equivalente semântica e

sintaticamente por “Raros” ou “Raras”. 11- Por estabelecer vínculo sintático com “muitos”,

“obrigados” fica, obrigatoriamente, no masculino plural.

12- O vocábulo “Menos” não permite, em hipótese alguma, variação tanto de gênero quanto de número.

13- As palavras “ambas” e “exercidas” estão no feminino

plural para estabelecerem vínculo nominal com a elidida palavra “pessoas”.

14- Levando em conta que os sentidos serão alterados,

seria, entretanto, possível substituir “ambas’ por

“extras”, o que continuaria respeitando o padrão culto da língua.

15- A estrutura “Cansa porque envolve esforço, tempo e

concentração” permitiria a seguinte reescritura sem que os sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos: “Cansa porque é necessário esforço, tempo e concentração”.

16- Caso antecipássemos o adjetivo “raros” ao fragmento

“...energias e recursos...”, a única construção que respeitaria os padrões da norma culta e preservaria os sentidos originais seria: “...raras energias e recursos...”.

TEXTO 5 “A vitória da sociedade burguesa e industrial estabeleceu o papel crucial do trabalho no mundo moderno. Quem não trabalha é visto, muito comumente, como vagabundo ou desocupado. Diferentemente dos aristocratas e nobres, para quem o trabalho era atividade de menor valor e reservada para a plebe e para os escravos”. 17- Seria possível e correto gramaticalmente reescrever o

início to texto da seguinte forma: “A vitória das sociedades burguesa e industrial...”.

18- Caso substituíssemos “muito” por “bastante” a

correção gramatical não seria comprometida. 19- A substituição de “reservada” por “reservado” não

altera os sentidos originais do texto. TEXTO 6 “O primeiro período do pensamento grego toma a denominação substancial de período naturalista, porque a nascente especulação dos filósofos é instintivamente voltada para o mundo exterior, julgando-se encontrar aí também o princípio unitário de todas as coisas; e toma, outrossim, a denominação cronológica de período pré-socrático, porque precede Sócrates e os sofistas, que marcam uma mudança e um desenvolvimento autônomos e, por conseguinte, o começo de um novo período na história do pensamento grego. Esse primeiro período tem início no alvor do VI século a.C., e termina dois séculos depois, mais ou menos, nos fins do século V”. 20- Caso substituíssemos o vocábulo “instintivamente”

pela expressão “ instintiva e”, continuaria havendo respeito às normas de concordância. Contudo, os sentidos originais seriam alterados.

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21- O adjetivo “autônomos” poderia estar grafado no singular, sem que houvesse desrespeito às normas gramaticais.

22- Na oração "Segue anexa a nota editorial", foi atendida

a regra de concordância nominal, visto que o adjetivo "anexa" está no feminino para concordar com a expressão no feminino "a nota editorial", que exerce a função de sujeito da oração.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E C E C E E E E E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C C E E C E C C C C

21 22

C C

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02 (Padrão UECE, IMPARH, FCC, CESGRANRIO, FGV).

01. A frase em que a concordância nominal está correta é:

a) A vasta plantação e a casa grande caiados há pouco tempo eram o melhor sinal da prosperidade familiar.

b) Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão onde se encontravam as vítimas do acidente.

c) Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.

d) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos a perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido.

e) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão ser importante para a pesquisa que estou fazendo.

02. Todas as alternativas, abaixo, estão corretas quanto à

concordância nominal, exceto:

a) Conserve limpos as mãos e os pés. b) O jovem, ao completar dezenove anos, deve estar

quite com o serviço militar. c) As edições extras dos jornais sempre trazem

notícias interessantes. d) No café da manhã deste hotel, servem-se geléia e

pão torradinhos. e) Deste lado da rua há menos casas, por isso

precisamos ficar mais alerta.

03. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância nominal:

a) Os torcedores traziam, em cada mão, bandeira e

flâmula amarela. b) Um e outro aplicador indecisos desistiram do

negócio. c) Tinha as mãos e o rosto coloridos de púrpura. d) Escolheste ótima ocasião e lugar para o churrasco. e) Ele estava com o braço e a cabeça quebradas.

04. Quanto à redação das frases a seguir, assinale a que

estiver errada:

a) Ao voltar do passeio, encontrou o portão e a janela arrombados.

b) Os cavalarianos desfilavam com porte e garbo altivos.

c) O aluno destacava-se pelo raciocínio e objetividade aguçados.

d) Não podemos concordar com tantas máquinas e artifícios bélicos.

e) Belos poesias e discursos marcaram o encerramento do ano letivo.

05. Assinale a alternativa errada no que diz respeito ao

atendimento à norma culta:

a) O escritor e o mestre alemães admiravam o belo quadro.

b) Estudaram o idioma francês e o espanhol. c) O ministro e os deputados alagoanos votaram

contra o projeto. d) As opiniões e argumentos expostos não agradaram

à plateia. e) Considero fácil as questões e testes propostos na

prova. 06. Está perfeitamente correta a concordância nominal

apenas na frase:

a) Eles se moviam meios cautelosos. b) O relógio da igreja bateu meio-dia e meio. c) Seus argumentos eram sempre o mais pertinentes

possíveis. d) Os resultados falam por si só. e) Chegada a sua hora e a sua vez, intimidou-se.

07. “Fazia ............................... elogios, embora as

saudações fossem agora ........................ enfáticas para uns e talvez ............................... evasivas para outros”. A opção que completa corretamente as lacunas da frase acima é:

a) bastante / menos / meio; b) bastantes / menas / meia; c) bastante /menos / meia; d) bastantes / menas / meio;

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e) bastantes / menos / meio. 08. Assinale a alternativa que preencha corretamente os

espaços em branco: "Ainda ............................ furiosa, mas com ..................................... violência, proferia injúrias ..................................... para escandalizar os mais arrojados." a) meia – menas – bastantes; b) meia – menos – bastantes; c) meio – menos – bastante; d) meio – menos – bastantes; e) meia – menas – bastantes.

09. Assinale a alternativa em que há erro de concordância

nominal: a) Com opinião e propostas claras desfez as dúvidas

que pairavam sobre a questão. b) Tenho por mentirosos o réu e seu cúmplice. c) Por que os namorados preferem andar só,

detestando as companhias? d) Sua atitude, seu olhar, seu gesto suspeito chamou

a atenção da polícia. e) Não temos razões bastantes para impugnar sua

candidatura. 10. Assinale a alternativa em que a concordância nominal

está de acordo com a norma culta. a) A moça mesmo me disse que andava meia

aborrecida com a vida. b) O Presidente visitou as novas instalações da

escola. Sua Excelência estava bem disposto e bem-humorado.

c) A declaração de bens foi mandada anexo ao processo, pode verificar.

d) Sabemos que é necessário a paciência da mãe para suportar manha de criança.

e) Consegui comprar o que queria: um carro zero e um terreno próximos à praia.

11. Assinale a alternativa cuja redação não está de acordo

com a norma culta. a) Todos, parentes, amigos e vizinhos permaneceram

juntos. b) Seguem inclusas as certidões solicitadas. c) As alunas foram ao teatro juntas com o professor

de Educação Artística. d) Patrícia e Luís, esquecidos de si próprios, cuidavam

da filha. e) Muito obrigados ficamos a você, por acompanhar-

nos ao local do vestibular.

12. Preencha as lacunas das frases abaixo.

Vocês estão ............................. com a tesouraria. As janelas ................................... abertas deixavam entrar a leve brisa.

Vai .......................... à presente a relação dos livros solicitados. As matas foram ................................. danificadas pelo fogo. É ...................... a entrada de animais.

A alternativa contendo a sequência verdadeira, de cima para baixo, é: a) quite – meia – anexa – bastantes – proibida; b) quites – meia – anexa – bastantes – proibida; c) quite – meio – anexo – bastante – proibido; d) quites – meio – anexa – bastante – proibida; e) quites – meio – anexo – bastante – proibido.

13. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância.

a) No calor, água é bom para refrescar. b) Deficiências de verbas não é o suficiente para

desencorajar novas atividades técnicocientíficas. c) Sambistas os mais brilhantes possível participaram

dos desfiles. d) Houve atitudes o mais belas possível. e) Houve atitudes as mais belas possíveis.

14. Assinale a alternativa em que a frase está

gramaticalmente correta quanto à concordância nominal. a) Eles estão só. b) Não gostei dos seus ternos azul-celestes. c) Pimenta não é bom, mas no momento é prato

propício. d) Vendeu duas meia entradas para o teatro. e) Só as meninas estão meias sonolentas.

15. Assinale a alternativa incorreta quanto à concordância

nominal: a) Foram previstas grandes safras para o próximo

ano. b) O juiz deu por terminada a audiência e foi para a

outra sala. c) Todas as estatísticas que comprovam meus

argumentos estão anexas a esta monografia. d) Não revele tais segredos. Ainda é necessário essa

discrição. e) Entretidos com seus brinquedos, Guido e suas

irmãs nem olharam para mim. 16. Assinale a alternativa em que o vocábulo destacado,

segundo a norma gramatical, poderia igualmente aparecer flexionado em outro gênero. a) "... permite que uns meninos boêmios e esquisitos

toquem música [...] nas suas missas." b) "... começa a [...] abrir novas portas e janelas." c) "... e também pelas minhas leituras e opiniões." d) "... nós apegávamos a tesouros e pompas

terrenos." e) "Esse é o caso de muitos escritores e pensadores

católicos..."

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17. Todas as alternativas estão corretas quanto à

concordância nominal, exceto em: a) Todos os executivos da empresa optaram por

champanha francês. b) Homens e mulheres sindicalizados reivindicavam

segurança no trabalho. c) É proibido entrada de pessoas não identificadas

naquele recinto. d) O garimpeiro comemorou a descoberta de

quinhentas gramas de ouro. e) Durante o debate, a plenária permaneceu meio

silenciosa. GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09

D D E E E E E D C

10 11 12 13 14 15 16 17

B C D C C D D D

______________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

________________________________________________

07. Pontuação

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Em quase todas as provas esse tema é abordado. No CESPE, na FCC e na ESAF a abordagem é bem reflexiva, ou seja, essas organizadoras costumam usar o sistema de pontuação do texto da própria prova, e questionam a justificativa para se ter ou não uma vírgula, um ponto, uma travessão etc. Elas também propõem trocas de vírgulas, por travessões, por exemplo; podem também querer que você note a mudança de sentido quando certas vírgulas são suprimidas; ou podem propor reconstruções no próprio texto a fim de que você julgue se estão ou não respeitando a norma culta. Já CESGRANRIO, UECE, IMPARH, FGV, CONESUL, dentre outras, são menos reflexivas: usam, com mais freqência,

frases soltas e fora de contexto, o que prejudica muito a avaliação do candidato. DICA: Aproveite esse assunto para relembrar ou sedimentar conceitos extremamente complexos, como o de Aposto (tanto o explicativo como o enumerativo), Adjuntos Adverbiais, Orações subordinadas (tanto as adjetivas como as adverbiais), Oração intercalada etc. Caso você deseje dar uma conferida nesses conceitos antes, não é nada mal; pelo contrário, só quem ganha é você. DICA DE ESTUDO: Depois de passar por esse assunto, procure (sempre que estiver lendo qualquer texto) justificar certos sinais de pontuação. Como a vírgula é o sinal mais complexo e versátil (por isso é o mais cobrado em provas), tente (sozinho mesmo) apresentar justificativas coerentes para aquela vírgula que está lá no artigo que você está lendo enquanto espera sua vez na fila do banco. Dá para realizar esse reflexivo exercício com os outros sinais de pontuação. Se eu fosse você, seguia essa dica. Fazendo esse exercício, você ainda ganhará muito na leitura, você aprenderá a ler melhor, logo, terá mais facilidades com as questões de interpretação de texto. Veja como é proveitosa essa aula! POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (mínimo de duas questões por prova). STATUS: Em sala e com o professor. APRESENTAÇÃO Em qualquer língua, existem certos recursos – como pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio – que só estão presentes na oralidade. Na forma escrita da linguagem, no intuito de substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambiguidade. TEORIA DA PONTUAÇÃO

1. VÍRGULA: REGRA BÁSICA

S + V + C + Adj. Adv.

Não se usa uma unidade de vírgula entre:

a) O sujeito e o verbo.

b) O verbo e o complemento.

Exemplos errados:

- A redução da emissão de partículas poluentes pelo escapamento dos carros, é uma das metas que devem ser atingidas pelos órgãos responsáveis pela organização do trânsito nas grandes cidades.

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- A antiga cidade do sul da Polinésia, recebeu bem os turistas.

- Uns saem, lutam e vencem; já outros, ficam, acomodam-se e fracassam.

- O Brasil ainda não definiu, seus novos rumos.

Exemplos problemáticos

- Seus novos rumos, o Brasil ainda não definiu. (VÍRGULA POLÊMICA!!!)

- Seus novos rumos, o Brasil ainda não os definiu. (VÍRGULA POLÊMICA!!!)

É, entretanto, possível (em determinados contextos) usar uma unidade de vírgula entre:

c) O complemento e o adjunto adverbial, ainda que este esteja em sua posição padrão.

Exemplos possíveis:

- O resultado saiu à tarde.

- O resultado saiu, à tarde. (uso enfático)

- Eu vou estudar só sem você.

- Eu vou estudar só, sem você. (uso para mudar o sentido)

VÍRGULA: REGRAS ESPECÍFICAS

Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):

a) para separar os elementos mencionados numa relação:

- Aquela sala é grande, arejada, iluminada e bem decorada.

Obs.: os elementos de uma lista sempre pertencem à mesma classe gramatical e têm a mesma função sintática.

- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.

A pontuação abaixo também está correta:

- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, dois banheiros.

A pontuação abaixo, contudo, está incorreta: não se usa “, e” para concluir listas.

- O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço, e dois banheiros.

b) para isolar o vocativo:

- Cristina, venha aqui agora!

- O que acontece, Ricardo, é que você não escuta ninguém!

- Preciso de ajuda, Deus!

c) para isolar o aposto:

- Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo, é um brasileiro apaixonado por sua cultura.

Variações quanto ao posicionamento do aposto explicativo.

- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala, um dos maiores chefs do mundo.

- Um dos maiores chefs do mundo, Alex Atala é um brasileiro apaixonado por sua cultura.

Variações quanto à pontuação.

- Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo ― é um brasileiro apaixonado por sua cultura.

- Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo) é um brasileiro apaixonado por sua cultura.

- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala ― um dos maiores chefs do mundo.

- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala (um dos maiores chefs do mundo).

- É um brasileiro apaixonado por sua cultura Alex Atala: um dos maiores chefs do mundo.

d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):

- Seus estudos eram muito empíricos, isto é, baseavam-se em um critério de observação.

- Pedro e Karina viajaram para a Europa, aliás, para a África.

e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:

Lembrete: o que temos abaixo é uma mera especulação com base nos gabaritos das bancas CESPE e FCC, pois nenhum gramático ousa resolver tal imbróglio.

REALIDADE A:

1 2

Adjuntos com até dois termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como de pequena extensão. Assim

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sendo, a banca vê as vírgulas ou a vírgula como facultativa(s).

REALIDADE B:

1 2 3

Adjuntos com até três termos podem ser interpretados pelo CESPE ou pela FCC como de grande extensão. Assim sendo, as bancas podem interpretar as vírgulas ou a vírgula como obrigatória(s).

"No ano de 2007, eu estava à frente da 28ª DP, investigava a atuação da milícia naquele local e recebi, via disque-denúncia, três informes sobre a possibilidade de um atentado que seria feito contra a minha pessoa", disse o investigador.

- À tarde, todos assistiram ao jogo do Brasil.

f) para isolar os adjuntos adverbiais:

- A multidão foi, aos poucos, avançando para o palco principal.

- Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.

g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:

- Fortaleza, 22 de maio de 2015.

- Paris, 13 de dezembro de 2015.

h) para isolar as orações coordenadas2:

- O médico chegou cedo e começou logo o expediente.

- Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.

- Na manhã de hoje, houve um novo deslizamento de terra, mas, segundo o coordenador da Defesa Civil de Santos, a queda do bloco não modificou a questão da

segurança do local.3

- Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.

(Obs.: Veja que a estrutura “,pois” poderia ser substituída por dois-pontos).

- Cheguei bem cedo ao estádio; não vi, entretanto, a apresentação do hino nacional.

(Obs.: Não se esqueça de que, nesse caso, as vírgulas que envolvem a conjunção “entretanto” são obrigatórias

2 Aqui existe uma pequena polêmica. Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenadas (principalmente a E) é obrigatória. Entretanto, gramáticos renomados, como Evanildo Bechara e Celso Cunha discordam dessa opinião. Para Bechara “A vírgula pode ser usada para separar orações coordenadas aditivas ainda que sejam iniciadas pela conjunção E, proferida com pausa” ( Moderna Gramática da Língua Portuguesa, p.609). Para Cunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os sujeitos das duas orações forem diferentes. 3 Para Bechara e Cunha é possível, antes de conjunções

adversativas, usar também o PONTO-E-VÍRGULA quando há a intenção de realçar o contraste entre as duas orações.

porque a conjunção está posposta ao verbo VER. Sempre que a conjunção estiver posposta ao verbo, uso obrigatório de duas vírgulas).

CONJUNÇÕES X PONTUAÇÃO CONJUNÇÕES LEVES (VERSÃO I) ____________________ , e _____________________ Ou _________________ , ou ___________________ ____________________ , mas___________________ ____________________, pois__________________ ____________________, porque________________ ____________________, que___________________ CONJUNÇÕES LEVES (VERSÃO II) ____________________; e _____________________ Ou _________________; ou ___________________ ____________________; mas___________________ ____________________; pois_______________ ____________________; porque________________ ____________________; que___________________ Cuidado com a conjunção “e”: a) O homem chegou e fez logo o seu serviço. Para os gramáticos é proibida, pois os sujeitos das duas orações são iguais. Contudo, o CESPE já interpretou como facultativa. b) O tempo muda tudo, e as pessoas buscam, às vezes, o seu melhor. Para a maioria dos gramáticos é obrigatória, pois os sujeitos das orações são diferentes. Contudo, o CESPE já interpretou como facultativa. c) O amor colocou tudo em desordem no coração do

homem, e estava feliz. Vírgula obrigatória, pois a conjunção “e” tem valor de “mas”. d) O Brasil venceu a Copa, e todos foram às ruas

comemorar. Vírgula obrigatória, pois a conjunção “e” tem valor de “portanto”. e) A conjunção “e” nunca fica entre vírgulas: - O time jogou bem, e, depois de muitas tentativas, fez o

gol.

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Obs.: quem está entre vírgulas é o adjunto adverbial “depois de muitas tentativas”. CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO I) ____________________, porém________________ ____________________, contudo_______________ ____________________, todavia _______________ ____________________, entretanto_____________ ____________________, no entanto_____________ ____________________, em contrapartida_______ ____________________, todavia________________ ____________________, portanto_______________ ____________________, logo__________________ ____________________, assim_________________ CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO II) (Essa versão somente será possível quando a conjunção estiver deslocada do verbo ou do sujeito). ____________________, porém,________________ ____________________, contudo,_______________ ____________________, todavia, _______________ ____________________, entretanto,____________ ____________________, no entanto,____________ ____________________, em contrapartida,______ ____________________, todavia,_______________ ____________________, portanto,______________ ____________________, logo,_________________ ____________________, assim,________________ CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO III) ____________________; porém________________ ____________________; contudo_______________ ____________________; todavia _______________ ____________________; entretanto_____________ ____________________; no entanto_____________ ____________________; em contrapartida_______ ____________________; todavia________________ ____________________; portanto_______________ ____________________; logo__________________ ____________________; assim_________________ CONJUNÇÕES PESADAS (VERSÃO IV) ____________________. Porém,________________ ____________________. Contudo,______________ ____________________. Todavia, ______________ ____________________. Entretanto,____________ ____________________. No entanto,____________ ____________________. Em contrapartida,______

____________________. Todavia,_______________ ____________________. Portanto,______________ ____________________. Logo,_________________ ____________________. Assim,________________ i) para indicar a elipse de um elemento da oração:

Obs.: Elipse quer dizer apagamento.

- Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.

- O europeu costuma beber vinho em suas refeições; o sul-americano, refrigerante.

j) após a saudação em correspondência (social e comercial):

- Atenciosamente,

- Respeitosamente,

k) para isolar as orações adjetivas explicativas:

A) Explicativas: com vírgula(s), mas sem subentendidos.

B) Restritivas: sem vírgula(s), mas com subentendidos.

i- Sofre na vida o homem que não reconhece seus erros.

(Apenas os homens que não reconhecem seus erros sofrem).

ii- Sofre na vida o homem, que não reconhece seus erros.

(Todos os homens sofrem na vida).

- Michel Temer, que é O Presidente do Brasil, não virá a Fortaleza no fim do ano.

- Os médicos, que nem sempre tratam bem os pacientes, receberam um “não” do Conselho Regional de Medicina quanto ao aumento de salário.

- Por ser fã de águas profundas e de grandes deslocamentos, esse gigantesco bicho, que pode chegar a 2 toneladas, dá muito trabalho para ser estudado.

- Fortaleza, onde há muitos concurseiros, é referência quando se fala em aprovação.

- O homem, cujo destino fatal é morte, mistifica a vida para suportá-la.

l) para isolar orações intercaladas:

- A maior invenção do mundo, exemplifica o escritor em entrevista ao jornal, é o papel higiênico.

- Não lhe posso, respondi secamente, garantir nada.

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2. PONTO

Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto.

Desejo-lhe uma feliz viagem.

A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.

O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.

O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.

3. PONTO-E-VÍRGULA

Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula. Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:

a) separar orações coordenadas cujo sentido anterior deve ser enfatizado:

- Ele chegou adiantado, como de costume; por isso presenciou a cena desde o começo.

- A maioria dos alunos passou de ano; porém não houve a tradicional festa de formatura.

b) num trecho longo, onde já existam vírgulas, para enunciar pausa mais forte.

- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes; o poeta Claudio Manoel da Costa, autor do poema épico Vila Rica; o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu; o desembargador Inácio Alvarenga Peixoto; e o padre Luis Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.

Veja que, sem os sinais de ponto e vírgula, a frase ficaria muito desorganizada.

- Destacam-se, na Conjuração Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, alcunhado Tiradentes, o poeta Claudio Manoel da Costa, autor do poema épico Vila Rica, o poeta Tomás Antônio Gonzaga, autor de Marília de Dirceu, o desembargador Inácio Alvarenga Peixoto e o padre Luís Viera da Silva, em cuja biblioteca se reuniam os conjurados.

- Vamos formar três equipes: João, Paulo e Carlos pertencem ao grupo azul; Maria, Jorge e Rute, ao vermelho; e Otávio, Andréa e Lucas, ao branco.

c) separar vários itens de uma enumeração:

Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de ideias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais.

(Constituição da República Federativa do Brasil)

4. DOIS-PONTOS

Os dois-pontos são empregados para:

a) uma enumeração:

- Comprou dois presentes: um livro e uma camiseta regata.

Obs.: Veja que, se os dois-pontos fossem substituídos por vírgula, os sentidos originais seriam alterados, mas a correção gramatical seria preservada.

b) uma citação:

- Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:

― Afinal, o que houve?

- Irritada, Dilma declarou: “Não há crise no Brasil”.

c) um esclarecimento:

- Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.

Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.

- Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.

- Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).

NOTA A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:

Querida amiga:

Prezados senhores,

5. PONTO DE INTERROGAÇÃO

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O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:

O criado pediu licença para entrar:

- O senhor não precisa de mim?

- Não obrigado. A que horas janta-se?

- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.

- Bem.

- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?

- Não.

(José de Alencar)

6. PONTO DE EXCLAMAÇÃO

O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.

- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto! - Então janta, homem!

(Eça de Queiroz)

NOTA O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:

Oh! Valha-me Deus!

7. RETICÊNCIAS

As reticências são empregadas para:

a) assinalar interrupção do pensamento:

- Bem, eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...

(Júlio Dinis)

b) indicar passos que são suprimidos de um texto:

Assim, só aparece aos nossos olhos uma verdade que seria riqueza, fecundidade, força doce e insidiosamente universal. E ignoramos, em contrapartida, a vontade de verdade, como prodigiosa maquinaria destinada a excluir todos aqueles [...].

(FOUCAULT: A ordem dos discursos).

c) marcar aumento de emoção:

- As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... E morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te.

(Camilo Castelo Branco)

8. ASPAS

As aspas são empregadas:

a) antes e depois de citações textuais:

- Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".

b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares:

- O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.

- Depois daquele encontro, ele saiu “queimado” da reunião.

- Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente.

c) para realçar uma palavra ou expressão:

- Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.

- Muitos pensam que “Democracia” é um fenômeno global.

9. TRAVESSÃO

Emprega-se o travessão para:

a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo:

― Que gente é aquela, seu Alberto?

― São japoneses.

― Japoneses? E... é gente como nós?

― É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.

― Mas, então não são índios?

(Ferreira de Castro)

b) colocar em relevo certas palavras ou expressões:

Um novo livro ─ muito bem comentado pela crítica ─ foi lançado na livraria do centro.

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Um grupo de turistas estrangeiros ― todos muito ruidosos ― invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.

10. PARÊNTESES

Os parênteses são empregados para:

a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:

- Além dos bombeiros e da Defesa Civil, trabalham no resgate equipes do Instituto Geológico (IG) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), do governo de São Paulo, e a Polícia Civil do Guarujá (litoral de SP).

b) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:

- Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.

PONTUAÇÃO EM EXERCÍCIOS 01- (MANAUPREV FCC 2015) Atente para as frases abaixo

sobre a pontuação do texto.

I. No segmento “Uma revista de vanguarda reúne algumas dessas representações, desde uma tapeçaria persa do século IV, onde aparece a palmeira heráldica, até Chirico, o criador da árvore genealógica do sonho, e dá a tudo isso o título: Decadência da Árvore”. (3º parágrafo), a vírgula pode ser corretamente suprimida, uma vez que é seguida da conjunção aditiva "e". II. No segmento “Grave e solitário, o tronco vive num estado de impermeabilidade ao som, a que os humanos só atingem por alguns instantes e através da tragédia clássica. Não logramos comovê-lo, comunicar-lhe nossa intemperança. Então, incapazes de trazê-lo à nossa domesticidade, consideramo-lo um elemento da paisagem, e pintamo-lo”. (2º parágrafo), o ponto final pode ser corretamente substituído por ponto e vírgula, feita a alteração entre maiúscula e minúscula.

III. No segmento “Já em Picasso a árvore se torna raríssima, e a aventura humana seduz mais o pintor do que o fundo natural em que ela se desenvolve”. (3º parágrafo), o acréscimo de uma vírgula imediatamente após "pintor" acarretaria a separação equivocada do verbo e seu complemento.

Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) III. (C) II. (D) II e III. (E) I. 02- (TRE PIAUÍ CESPE 2016) A correção e a coerência do

texto Elegibilidade dos analfabetos:...seriam mantidas caso

A) a vírgula que sucede o nome “voto” fosse substituída

por ponto, com a devida alteração de maiúscula e minúscula. “Durante o período colonial, os analfabetos tinham direito ao voto, ainda que mitigado e suprimido, por meio do processo chamado voto ‘cochichado’. Nesse caso, as intenções de voto de um analfabeto eram ouvidas por terceiros letrados”.

B) se eliminasse a vírgula empregada logo após o

vocábulo “Saraiva”. “Contudo, foi somente ao final do Império que esse direito foi totalmente retirado dos brasileiros analfabetos por meio do Decreto n.º 3.029/1881, a chamada Lei Saraiva, que instituiu um censo literário nos termos propostos por Rui Barbosa à época”.

C) o ponto que sucede o nome “país” fosse substituído

por vírgula, com a devida alteração de maiúscula e minúscula. “Por sua vez, a elegibilidade, que constitui o direito de ser votado, em nenhuma oportunidade foi reconhecida aos analfabetos na história breve de nosso país. Pelo contrário, pouco se discute e pouco se discutiu sobre tal direito, e, reiteradamente, o tema vem sendo esquecido no processo de consumação de uma cidadania plena, com acesso a todos os direitos de participação política”.

D) se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo

“nacional”. “A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os processos de reconhecimento de direitos

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e de visibilidade social das diferentes parcelas sociais anteriormente excluídas do processo democrático”.

E) se inserisse uma vírgula logo após o vocábulo

“colônia”. “A discussão sobre a participação dos analfabetos na vida política nacional remonta aos tempos do Brasil colônia e se mantém durante a formação da sociedade brasileira e os processos de reconhecimento de direitos e de visibilidade social das diferentes parcelas sociais anteriormente excluídas do processo democrático”.

03- (CETREDE 2015) Indique o período INCORRETO em

relação ao uso da vírgula. (A) A vida, meus amigos, é um mergulho na bruma. (B) Um touro, um búfalo e um cavalo, devem ter

feito esse estrago. (C) O homem velho, aborrecido, afastou-se devagar. (D) No chão, vários objetos quebrados. (E) A casa, onde morava, era linda. 04- (TRE PERNAMBUCO CESPE 2016) A correção

gramatical e o sentido original do texto Aspectos polêmicos das novas regras... seriam mantidos caso fosse inserida vírgula imediatamente após

A) “recebido”.

“Antes da edição da Res.-TSE n.º 23.432/2014, a Res.-TSE n.º 21.841/2004 disciplinava os processos de 16 prestação de contas dos partidos políticos e a tomada de contas especial, sendo esta última um procedimento administrativo de controle, de caráter excepcional, instaurado contra os partidos políticos que, tendo recebido recursos oriundos do Fundo Partidário, não apresentassem suas contas ou não comprovassem a aplicação regular dos recursos após trânsito em julgado da decisão que julgasse as contas irregulares ou as considerasse não prestadas”.

B) “decisão”.

“...dos recursos após trânsito em julgado da decisão que julgasse as contas irregulares ou as considerasse não prestadas”.

C) “recursos”.

“Haja vista as disposições contidas na 25 Res.-TSE n.º 21.841/2004, no processo de prestação de contas partidárias, apreciava-se a regularidade da captação e dos gastos dos recursos sem a aferição de eventual responsabilidade do ordenador de despesas incumbido de controlar a gestão das finanças”.

D) “também”.

“A obrigatoriedade de prestação de contas anualmente é imposta aos partidos políticos e encontra-se disciplinada na Lei n.º 9.096/1995, também conhecida como Lei dos Partidos Políticos,

que trata das finanças e da contabilidade dos partidos políticos”.

E) “políticos”.

“Antes da edição da Res.-TSE n.º 23.432/2014, a Res.-TSE n.º 21.841/2004 disciplinava os processos de prestação de contas dos partidos políticos e a tomada de contas especial, sendo esta última um procedimento administrativo de controle, de caráter excepcional, instaurado

05- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

MÉDIO) “ ‘O preconceito linguístico é um equívoco, e tão nocivo quanto os outros. Segundo Marcos Bagno, especialista no assunto, dizer que o brasileiro não sabe português é um dos mitos que compõem o preconceito mais presente na cultura brasileira: o linguístico’.

A redação acima poderia ter sido extraída do editorial de uma revista, mas é parte do texto O oxente e o ok, primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, realizada pelo Ministério da Educação em parceria com a Fundação Itaú Social e o Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC)”.

( ) Os trechos “especialista no assunto”, “o linguístico” e

“primeiro lugar na categoria opinião da 4.ª Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro” exercem a mesma função sintática, a de aposto.

06- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

SUPERIOR) “A tendência é que, à medida que esse mercado se desenvolva no Brasil, aumentem as oportunidades nos próximos anos. Em momentos de incerteza econômica, buscar soluções para aumentar a produtividade é uma escolha certeira para sobreviver e prosperar: nesse sentido, as empresas brasileiras estão fazendo o dever de casa”.

( ) Preservam-se as relações sintáticas e a correção

gramatical entre as orações ao substituir o sinal de dois-pontos por ponto e vírgula ou vírgula.

07- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

SUPERIOR) “Se observarmos as nações desenvolvidas, verificaremos que elas se destacam em termos de produtividade total dos fatores, ou seja, são países que tornaram as economias mais eficientes e produtivas e contam não só com a eficácia das máquinas e dos equipamentos de seu parque industrial, mas também com o acesso a insumos mais sofisticados e adequados, com mão de obra bem educada e formada, infraestrutura adequada e custos justos de transação”.

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101

OS: 0100/3/20-Gil Luz

( ) Para a retomada de ideias na organização das orações

do texto, admite-se, após “fatores”, a substituição da vírgula por ponto e vírgula.

08- (TJ DF SERVIDOR CESPE 2015)

“O ouro já é escasso. A energia elétrica caminha para isso. Enquanto cientistas e governos buscam novas fontes de energia sustentáveis, faça sua parte aqui no TJDFT”

( ) A vírgula empregada logo depois de “sustentáveis” é

obrigatória, e sua supressão prejudicaria a correção gramatical do texto.

09- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

MÉDIO) “Os juízes que se deparam com o tema dos conflitos familiares e da violência doméstica assistem a situações de violência extrema, marcadas pelo abuso das relações de afeto e parentesco, pela deslealdade nas relações íntimas de afeto e confiança. A violência doméstica exclui e segrega os integrantes da família, pois as vítimas são muitas vezes consideradas responsáveis pelas agressões que sofrem. É a mulher agredida quem “gosta de apanhar”, é a criança espancada quem “provoca” os pais. Obviamente os membros da família ficam apavorados diante da possibilidade da agressão e da exclusão e temem pela própria vida quando dependem da família para sobreviver emocional ou materialmente. Assim, todos são atingidos pela agressão a um deles dirigida”.

( ) No primeiro parágrafo, as aspas foram empregadas em

trechos que reproduzem discursos de outras pessoas, e não da autora do texto.

10- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

MÉDIO) “Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros, o verão não é sinônimo apenas de praia, corpos à mostra e pele bronzeada”.

( ) Seria mantida a correção gramatical do período caso o

fragmento “Estação do ano mais aguardada pelos brasileiros” fosse deslocado e inserido, entre vírgulas, após “verão”, feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas.

11- (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO CESPE 2015 NÍVEL

MÉDIO) “O calor extremo provocado por massas de ar quente ― fenômeno comum nessa época do ano, mas acentuado na última década pelas mudanças climáticas ― traz desconfortos e riscos à saúde. Não

se trata somente de desidratação e insolação. Um estudo da Faculdade de Saúde Pública de Harvard (EUA), o maior a respeito do tema feito até o momento, mostrou que as temperaturas altas aumentam hospitalizações por falência renal, infecções do trato urinário e até mesmo sepse, entre outras enfermidades”.

( ) O emprego da vírgula após “momento” explica-se por

isolar o adjunto adverbial, que está anteposto ao verbo, ou seja, deslocado de sua posição padrão.

12- (SABESP FCC 2014 ANALISTA)

Com respeito à pontuação, considere as seguintes afirmações.

I- No segmento

“A praça, aliás, era já uma herdeira pobre da ágora, da praça ateniense, que não foi lugar do footing ou da conversa mole, mas da decisão política. A ágora era praça no sentido forte, onde as questões cruciais da coletividade eram debatidas e decididas”, pode-se suprimir a vírgula colocada imediatamente após ágora sem prejuízo para o sentido e a correção.

II. Na frase

“Já a rua é caminho de ida sem volta; fica-se na praça, anda-se na rua. Vai-se, sai-se”, o ponto e vírgula após “volta” pode ser substituído por dois-pontos, sem prejuízo para o sentido e a correção.

III. Na frase

“Continuam existindo elos fortes, os da intimidade, do amor, da grande amizade. Mas os elos que se abrem para o social mudaram de natureza”, a vírgula colocada imediatamente após fortes pode ser substituída por um travessão, sem prejuízo para o sentido e a correção.

Está correto o que se afirma APENAS em: (A) I e III. (B) III. (C) I e II. (D) II. (E) II e III. GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C E B C C C C C C C

11 12

E E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01 (Padrão CESPE)

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102

OS: 0100/3/20-Gil Luz

01- “Na Grécia antiga, a arrogância (Hybris) era o maior de

todos os pecados, aquele que não tinha remissão. Os deuses não o perdoavam porque, para eles, escondia o mais nefasto dos desejos: o de se igualar aos próprios deuses”.

► Por introduzir uma explicação, o sinal de dois-pontos ( após “desejos”) admite a substituição pelo sinal de vírgula seguido de uma oração subordinada iniciada por “que era”.

02- “O grande fenômeno da primeira década do século XXI na economia mundial foi a ascensão da China como protagonista de primeira grandeza na produção e nas finanças, com consequências marcantes para o resto do mundo. Para o Brasil, a influência mais direta deu-se por meio das exportações de commodities, que cresceram a ponto de a China ter-se tornado, em 2009, o maior mercado para as empresas brasileiras”.

► O emprego de vírgula logo após “commodities” (2º período) justifica-se por isolar oração explicativa subsequente. 03- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de

1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França. Outras artes, incluindo pintura, escultura, coreografia, música erudita e popular, absorveram fórmulas imigrantes, mesmo que seus mestres buscassem identificações brasileiras”.

► O emprego de vírgulas logo após “pintura”, “escultura” e “coreografia” (3º período) tem justificativas gramaticais diversas. 04- “A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de

1922, foi motivada pelo Futurismo italiano. O Cinema Novo, a partir de 1954, inspirou-se no Neorrealismo da Itália e na Nouvelle Vague da França”.

► O emprego de vírgula logo após “Novo” justifica-se por isolar aposto explicativo. 05- “Um governo, ou uma sociedade, nos tempos

modernos, está vinculado a um pressuposto que se apresenta como novo em face da Idade Antiga e Média, a saber: a própria ideia de democracia”.

► Seriam preservadas as relações semânticas do texto, a coerência da argumentação e a correção gramatical, caso fossem retiradas a expressão “a saber” e a vírgula que a precede. 06- “No projeto Segurança Pública para o Brasil, da

Secretaria Nacional de Segurança Pública, aponta-se

como principal causa do aumento da criminalidade o tráfico de drogas e de armas. A articulação entre esses dois ilícitos potencializa e diversifica as atividades criminosas. Homicídios dolosos, roubos, furtos, sequestros e latrocínios estão, frequentemente, associados ao consumo e venda de drogas e à utilização de armas ilegais”.

► A supressão das vírgulas que isolam a expressão "da Secretaria Nacional de Segurança Pública" alteraria o sentido do texto, visto que estaria subentendida a existência de, pelo menos, mais um projeto denominado Segurança Pública para o Brasil.

07- Hoje, escreve Calvino, a velocidade de Mercúrio precisaria ser complementada pela persistência flexível de Vulcano, um “deus que não vagueia no espaço, mas que se entoca no fundo das crateras, fechado em sua forja, onde fabrica interminavelmente objetos de perfeito lavor em todos os detalhes — joias e ornamentos para os deuses e deusas, armas, escudos, redes e armadilhas”.

► A colocação de vírgula antes e depois do vocábulo "interminavelmente" não prejudicaria a correção gramatical do texto.

08- “Uma parte do eleitorado deixará voluntariamente de opinar sobre a constituição do poder político. O desinteresse pela política e a descrença no voto são registrados como mera “escolha”, sequer como desobediência civil ou protesto. A consagração da alienação política como um direito legal interessa aos conservadores, reduz o peso da soberania popular e desconstitui o sufrágio como universal”.

► Ao se trocar o ponto-final logo após "político" por vírgula e, logo após, inserir-se a conjunção embora, seria formado um período coerente.

09- “A ocultação, pela indústria do asbesto (amianto), dos perigos representados por seus produtos provavelmente custou tantas vidas quanto as destruídas por todos os assassinatos ocorridos nos Estados Unidos da América durante uma década inteira; e outros produtos perigosos, como o cigarro, também provocam, a cada ano, mais mortes do que essas”.

► Não haveria prejuízo para o sentido original do texto nem para a correção gramatical caso a expressão "a cada ano" fosse deslocada, com as vírgulas que a isolam, para imediatamente depois de "e".

10- “No lugar de alta carga tributária e estrutura de impostos inadequada, o país deve priorizar investimentos que expandam a produção e

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

contribuam simultaneamente para o aumento de produtividade, como é o caso dos gastos com educação. É dessa forma que são criadas boas oportunidades de trabalho, geradoras de renda, de maneira sustentável”.

► A ausência de vírgula logo após o termo "investimentos" permite concluir que, segundo o autor do texto, é necessário que, no Brasil, sejam priorizados investimentos voltados para a expansão da produção e para o aumento da produtividade.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C C E E C C C E C C

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 02 01. Em relação à pontuação do texto, assinale a opção

correta.

A água pode ter diversas finalidades, como: abastecimento humano, dessedentarão animal, irrigação, indústria, geração de energia elétrica, lazer, navegação etc. Muitas vezes, esses usos podem ser concorrentes, o que gera conflitos entre setores usuários ou mesmo impactos ambientais. Nesse sentido, é necessário gerir e regular os recursos hídricos, acomodando as demandas econômicas, sociais e ambientais por água em níveis sustentáveis, para permitir a convivência dos usos atuais e futuros da água sem conflitos. Por isso, a outorga é fundamental, pois, ordenando e regularizando o uso da água, é possível assegurar ao usuário o efetivo acesso a ela, bem como realizar o controle quantitativo e qualitativo dos usos desse precioso recurso.

(José Machado http://www.ana.gov.br/SalaImprensa/ artigos/

set.2008.pdf)

a) As vírgulas presentes após os “dois pontos” (no

primeiro período do texto) justificam-se porque isolam elementos de mesma função gramatical, componentes de uma enumeração.

b) O emprego do sinal de dois-pontos (no primeiro período) justifica-se por anteceder oração subordinada adjetiva restritiva.

c) A vírgula apos “Muitas vezes”(antes de “etc”) justifica-se para isolar conjunção temporal.

d) O emprego de vírgula apos “hídricos”(no terceiro período) justifica-se para isolar oração subordinada adverbial comparativa.

e) O emprego de vírgula após “fundamental” (último período do texto) justifica-se por isolar oração subordinada adverbial.

02. Em relação ao texto, assinale a opção incorreta a

respeito dos sinais de pontuação.

O governo, de janeiro a maio deste ano, arrecadou R$ 937 milhões adicionais por meio do Programa de Integração Social – PIS. Em dezembro do ano passado, a alíquota da contribuição subiu de 0,65% para 1,65%. O aumento foi concedido para compensar possíveis perdas de arrecadação com o fim da cumulatividade – incidência da contribuição em todas as etapas da fabricação do mesmo produto –, que foi aprovado no final do ano passado.

(Sílvia Mugnatto, Folha de S.Paulo, 01/09/2003)

a) As duas primeiras vírgulas do texto se justificam

por isolar um complemento circunstancial intercalado entre o sujeito e o predicado do período.

b) Eliminando-se o travessão (presente no primeiro período), “PIS” poderia estar entre parênteses, sem prejuízo gramatical para o período.

c) Se a expressão “Em dezembro do ano passado” (início do segundo período) estivesse no final do período (com minúscula) não haveria exigência de isolá-la antecedendo-a com uma vírgula.

d) Os travessões das linhas (presentes no último período) poderiam ser substituídos por parênteses e o período se manteria gramaticalmente correto.

e) A vírgula, após o último travessão do texto, justifica-se para isolar a subsequente oração de caráter relativo.

03. Assinale a opção em que o emprego dos sinais de

pontuação está correto.

a) Motoristas e montadoras de automóveis, não terão que desembolsar mais recursos com a mudança para o biodiesel, pois esse combustível não exige nenhuma alteração nos motores dos veículos.

b) A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), assegurou a garantia dos motores dos veículos que utilizarem o biodiesel misturado ao diesel na proporção de 2%, como foi autorizado.

c) Além disso, o combustível renovável poderá ser usado, em substituição ao óleo diesel em usinas termelétricas, na geração de energia elétrica em comunidades de difícil acesso, como é o caso de diversas localidades na região Norte.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

d) Para autorizar o uso do biodiesel no mercado nacional, o governo, editou um conjunto de atos legais que tratam dos percentuais de mistura do biodiesel ao diesel, da forma de utilização e do regime tributário.

e) Tal regime, considera a diferenciação das alíquotas com base na região de plantio, nas oleaginosas e na categoria de produção (agronegócio e agricultura familiar). O governo cria também o Selo Combustível Social e isenta a cobrança do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

(Adaptado de Em Questão, n. 261 - Brasília, 08 de dezembro de 2004)

04. Nos textos apresentados, marque o período em que

ocorre erro de pontuação.

a) O Direito do Trabalho tem sua origem ligada, visceralmente, à historiografia da crise econômica.

b) Nos seus períodos pré-histórico e protohistórico, que significaram, na lapidar expressão do professor José Martins Catharino, a gestação mais longínqua e a transição para uma sistematização científica do fenômeno laboral, a influência da economia é visível, como substrato do Direito do Trabalho.

c) A denominada “Questão Social”, iniciada no século XVIII, fase proto-histórica por excelência do Direito do Trabalho, catalisou a formação do novo ramo da Ciência Jurídica.

d) O liberalismo clássico discursou sobre a liberdade, mas, em verdade, usou-a para continuar a espoliação da massa anônima de trabalhadores.

e) Nascia portanto, o direito laboral de uma realidade fática incontestável: a necessidade de proteção à dignidade da pessoa do trabalhador.

(Weliton Sousa de Carvalho)

01 02 03 04

A E C E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 03 01. Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação

que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência:

‘Aos poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... tornando-se necessária a abertura dos portos .... para uma outra população de trabalhadores ..... os imigrantes’. a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula b) O - O - dois pontos - vírgula c) vírgula, vírgula - O - dois pontos

d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos e) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula

02. (IBGE) Assinale a sequência correta dos sinais de pontuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não havendo sinal, O indicará essa inexistência. “Na época da colonização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos brancos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente”. a) O - O - vírgula - vírgula b) O - dois pontos - O - vírgula c) O - dois pontos - vírgula - vírgula d) vírgula - vírgula - O - O e) vírgula - O - vírgula - vírgula

03. Assinale a alternativa cuja frase está corretamente

pontuada: a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso

sistema planetário. b) Ele, modestamente se retirou. c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia. d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja. e) Estas cidades se constituem, na maior parte de

imigrantes alemães. 04. No período a seguir: “Os textos são bons e entre

outras coisas demonstram que há criatividade”. Cabem no máximo:

a) 3 vírgulas b) 4 vírgulas c) 2 vírgulas d) 1 vírgula e) 5 vírgulas

05. Assinale o texto de pontuação correta:

a) Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de uma comadre, minha avó.

b) Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-me: provocava risos, muxoxos, palavrões.

c) A estes, porém, o mais que pode acontecer é que se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de conservar as suas roupas e o seu calçado.

d) Na civilização e na fraqueza ia para onde me impeliam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de ABC, triturados soltos no ar.

e) Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.

Instruções para as questões de números 06 e 07:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta:

06.

a) Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a reunião ficou mais animada.

b) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou mais animada.

c) Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a reunião ficou mais animada.

d) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião, ficou mais animada.

e) Pouco depois quando chegaram outras pessoas a reunião ficou, mais animada.

07.

a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone que eu venho.

b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone que eu venho.

c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefone, que eu venho.

d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefone, que eu venho.

e) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor telefone que eu venho.

08. Os períodos abaixo apresentam diferenças de

pontuação. Assinale a letra que corresponde ao período de pontuação correta: a) José dos Santos paulista, 23 anos vive no Rio. b) José dos Santos paulista 23 anos, vive no Rio. c) José dos Santos, paulista 23 anos, vive no Rio. d) José dos Santos, paulista 23 anos vive, no Rio. e) José dos Santos, paulista, 23 anos, vive no Rio.

Gabarito

01 02 03 04 05 06 07 08

C E C A C C D E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 04 (Padrão Fundação Carlos Chagas)

01. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte

período: a) Paralisada pelo veneno da vespa nada pode fazer,

a lagarta, a não ser assistir viva à sua devoração, pelas larvas, que saem dos ovos ali chocados.

b) Nada pode fazer, a lagarta paralisada, pelo veneno da vespa, senão assistir viva, à sua devoração pelas larvas que saem dos ovos, e passam a se alimentar, das entranhas da vítima.

c) A pobre lagarta, paralisada pelo veneno da vespa assiste sem nada poder fazer, à sua devoração pelas larvas, tão logo saiam estas dos ovos, que, a compulsória hospedeira, ajudou a chocar.

d) Compulsória hospedeira, paralisada pelo veneno da vespa, a pobre lagarta assiste à devoração de suas próprias entranhas pelas larvas, sem poder esboçar qualquer tipo de reação.

e) Sem qualquer poder de reação, já que paralisada pelo veneno da vespa a lagarta, compulsoriamente, chocará os ovos, e depois se verá sendo devorada, pelas larvas que abrigou em suas entranhas.

02. Está inteiramente correta a pontuação da seguinte

frase: a) Ficou claro no texto, que o autor não só abona as

opiniões dos dois escritores citados, mas também, parece entusiasmar-se com elas.

b) A ligação feita entre Amilcar Herrera e Alberto Caeiro, parece justificada pelo fato de que, para ambos o tema da memória reveste-se, de fundamental importância.

c) Caso viéssemos a nos esquecer, do nosso próprio nome, será que de fato também nos esqueceríamos, dos traços essenciais de nossa identidade?

d) Se, a princípio o autor do texto não entendeu as palavras do amigo Herrera, nem por isso, deixou de compreendê-las e de aceitá-las depois.

e) Supondo, por hipótese, que o nome próprio diga tanto do indivíduo, será que esquecê-lo redundaria, de fato, em tanta liberdade de ação?

03. A pontuação está inteiramente correta em:

a) Nicolau Maquiavel analisando os problemas dos principados italianos, escreveu em plena Renascença, um tratado sobre os fundamentos das ações políticas.

b) Em plena Renascença, Maquiavel, analisando os problemas dos principados italianos, escreveu O Príncipe, um verdadeiro tratado de política.

c) Quando escreveu O Príncipe Maquiavel preocupou-se com os problemas, dos principados italianos, resultando uma obra, considerada basilar, para quem se interesse por política.

d) Tendo escrito O Príncipe, em plena Renascença Maquiavel nos legou sem dúvida, um tratado sobre política cujo valor continua sendo reconhecido em nosso tempo.

e) Poucos imaginariam que, aquele tratado sobre política datado da Renascença, teria um valor tal que se manteria vivo, por tantos séculos, e, continuaria atual em plena modernidade.

04. Está inteiramente correta a pontuação do seguinte

período:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

a) Toda vez que é pronunciada, a palavra progresso, parece abrir a porta para um mundo, mágico de prosperidade garantida.

b) Por mínimas que pareçam, há providências inadiáveis, ações aparentemente irrisórias, cuja execução cotidiana é, no entanto, importantíssima.

c) O prestígio da palavra progresso, deve-se em grande parte ao modo irrefletido, com que usamos e abusamos, dessa palavrinha mágica.

d) Ainda que traga muitos benefícios, a construção de enormes represas, costuma trazer também uma série de consequências ambientais que, nem sempre, foram avaliadas.

e) Não há dúvida, de que o autor do texto aderiu a teses ambientalistas segundo as quais, o conceito de progresso está sujeito a uma permanente avaliação.

05. É preciso corrigir a pontuação da seguinte frase:

a) Comparações entre épocas, embora possam ser úteis, nem sempre são animadoras.

b) Não parece haver, de fato, muita vantagem no uso de rádios nas viaturas, se comparado com o antigo sistema de apitos.

c) Embora mais ostensivas, que as de antigamente, as rondas noturnas de hoje, não têm a mesma eficiência.

d) Se mudasse a música dos apitos, algumas pessoas ficavam intranqüilas, mas voltavam a dormir, retomados os trilados regulares.

e) Eram poucos, e quase sempre sem gravidade, os incidentes que quebravam a paz das antigas madrugadas.

Gabarito

01 02 03 04 05

D E B B C

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 05 (CESPE) “Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atração do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

01- A vírgula após “interior” justifica-se porque isola um

aposto oracional. “Na lista dos aspectos positivos do projeto de Brasília, é preciso destacar a libertação do país do enorme poder de atração do litoral. Com a nova cidade, o Brasil afinal se voltou para seu interior, e a fronteira agrícola pôde se mover em direção ao Centro-Oeste e ao Norte”.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

02- O emprego de vírgula logo após “Brasília” justifica-se

porque isola adjunto adverbial anteposto à oração principal.

“A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí, Goiás?”.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

03- A vírgula depois de “retumbante” justifica-se por isolar

adjunto adverbial subsequente. “A História não é feita apenas de brados retumbantes, de grandes decisões. Ela também é tecida pelo fio do acaso. Existiria Brasília se o candidato a presidente Juscelino Kubitschek não fizesse um comício, em 4 de abril de 1955, em Jataí, Goiás?”.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

04- A expressão “em 4 de abril de 1955” está entre vírgulas

por ser um dos elementos de uma enumeração. “Ali, depois dos discursos, JK se colocou à disposição para ouvir perguntas de eleitores. Foi quando Antônio Soares Neto, o Toniquinho, quis saber se o candidato cumpriria o dispositivo da Constituição (de 1946) que previa a mudança da capital para o Planalto Central”.

O Globo, 21/4/2010 (com adaptações).

05- O termo “o Toniquinho” está isolado por vírgulas por

se tratar de vocativo. “Muito embora cada um de nós seja movido pelo próprio existir, dependemos também de relações com pessoas que, ao longo da vida, tornam-se coautoras dos nossos feitos. Até mesmo nas ações mais íntimas, que implicam rever valores pessoais, estabelecer novas relações e fechar ciclos, existe uma parceria autoral”. 06- O emprego das vírgulas imediatamente após “íntimas”

e logo após “pessoais” é obrigatório, visto que elas demarcam o início e o fim de uma oração com valor explicativo.

“Único bioma de ocorrência exclusiva no Brasil, que já ocupou 10% do território nacional, a caatinga experimenta um processo acelerado de desmatamento — que pode significar a desertificação do semiárido nordestino”.

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07- O trecho “que já ocupou 10% do território nacional” está entre vírgulas porque tem natureza restritiva.

08- Prejudica-se a correção gramatical ao se substituir o

travessão por vírgula. “Quase dois terços da área sob risco de desertificação no Brasil estão na caatinga, que já teve, a exemplo do cerrado, aproximadamente metade de sua extensão, que é de 826.000 km², destruída”. 09- O segmento “que é de 826.000 km²” está entre

vírgulas porque é um aposto. “Como você pode ver, uma garotinha está deitada displicentemente no colo de um senhor bem velhinho e bem simpático. Ela parece um anjo. Loirinha, cabelo castanho claro, encaracolado, nariz e boca perfeitos, ar inteligente e sadio, uma dessas crianças que a gente vê em anúncios. Pelo jeito, deve ter uns três ou quatro anos, não mais que isso. Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo”. 10- A inclusão de vírgula logo após o pronome “Ela” (em

destaque no texto) não causaria prejuízo para a correção gramatical do texto.

“Ela está vestida em um desses macaquinhos de flanela, com florezinhas azuis e vermelhas e uma malha creme por baixo. Calçando um tênis transadíssimo nas discretas cores amarelo, vermelho e azul, o que nos mostra que a mocinha não é apenas novinha, mas moderninha também. O velhinho tem um tipo bem italiano. O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde”. 11- A substituição do ponto-final após o vocábulo

“italiano” por dois-pontos manteria a correção gramatical e o sentido original do período.

“O boné cinza é típico desses senhores que a gente vê passeando pelo Bixiga nos domingos à tarde. Estatura mediana, cabelos e bigodes branquinhos, rosto e mãos enrugadas que traem uma idade bem avançada. Paletó marrom e calça cinza, ambos de lã, malha creme, abotoada até o último botão, como faz todo senhor que se preze”. 12- Na linha 8, se, em vez de vírgula, fosse usado ponto-e-

vírgula entre os vocábulos “lã” e “malha”, o trecho permaneceria gramaticalmente correto.

“Ela, por sua vez, não se deve importar com que seu ouvinte durma. Afinal, ela só quer colo e aquela mão terna, enrugada e querida em volta da sua cintura pequenina.

Mesmo desatento, ele está dando a ela seu tempo e seu carinho sonolento. O balanço de jardim pode ser gostoso de sentar. Mas como você pode ver não é o local mais confortável para se dormir. Principalmente em um dia frio como esse, em um descampado de uma varanda. Mas o fato é que ele não sente a dureza do balanço porque dorme, e ela, igualmente, não sente a dureza da madeira e a frieza do tempo por vários motivos”. 13- O emprego de vírgula logo após o trecho “Mas como

você pode ver” é facultativo. “O foco no desenvolvimento é relativamente recente: menos de dois séculos. A renda per capita estagnou por milênios até começar a crescer quase continuamente no princípio do século XIX, particularmente na Inglaterra”. 14- O sinal de dois-pontos introduz uma expressão que

explica a expressão “relativamente recente”. “Sabe-se que o desenvolvimento pressupõe a acumulação de capital físico e humano, e ganhos permanentes de produtividade. Esta depende da acumulação de conhecimento, que resulta da educação. A inovação é crucial. Mais recentemente, percebeu-se que as instituições políticas e econômicas são essenciais para explicar o mistério do desenvolvimento”. 15- Seria mantida a correção gramatical do texto caso a

vírgula logo após “humano” fosse retirada, o que, entretanto, tornaria menos claras as relações sintáticas estabelecidas pela conjunção “e” , em sua segunda ocorrência.

“Atualmente, a noção de Segurança Cidadã constitui referência central na luta pela exclusão definitiva do modelo repressivo e pela construção de um novo paradigma”. 16- A colocação de vírgula logo após o termo “constitui”

manteria a correção gramatical e o sentido do texto. “Era uma vez uma rotina em que criança bem-criada e educada era aquela que tinha horário para tudo e não misturava as coisas: brincar era brincar, estudar era estudar. Pobres dos pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial”. 17- O sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a

função de introduzir uma explicação, ou justificativa, para a ideia expressa nas orações anteriores. Essa função deixaria de ser marcada pela pontuação caso esse sinal fosse substituído pelo ponto — com o correspondente ajuste na letra inicial de “brincar” —, mas a coerência e a correção gramatical do texto seriam preservadas.

“Ao chegar ao local de realização das provas, o candidato Roberto, tetraplégico, que se locomove em cadeira de

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

rodas, verificando que a sala em que faria as provas estava localizada no primeiro andar do prédio, com acesso somente por escadas, solicitou ajuda a dois seguranças que se encontravam no portão de entrada, que o carregaram pela escada e o conduziram até a respectiva sala”. 18- O emprego de vírgula após “Ao chegar ao local de

realização das provas” justifica-se por isolar oração de sentido adverbial antecipada em relação à principal.

“Mantido por contribuições das empresas associadas, o CIEE lançou o Guia Prático para Entender a Nova Lei do Estágio, com respostas a mais de 30 perguntas acerca das mudanças e normas mais importantes”. 19- Após a palavra “associadas”, a vírgula é obrigatória.

“A nova lei não recebeu mais questionamentos quando foi apresentada em setembro de 2008. Algumas poucas vozes se levantaram à época, temendo que mais encargos às empresas inibissem a oferta de vagas”.

20- Na oração “A nova lei não recebeu mais

questionamentos quando foi apresentada em setembro de 2008”, é facultativo o emprego de vírgula logo após a palavra “questionamentos”.

“Ninguém questiona a força dos desastres naturais. Mas o Brasil tem capacidade técnica e experiência suficientes para, no mínimo, reduzir o impacto de chuvas como essa. Em Blumenau, há uma estação telemétrica que monitora a vazão do rio Itajaí e tem condições de emitir sinais de alerta para inundações. Há também um programa de monitoramento do clima — que previu até a gravidade do furacão Catarina, em 2004. O dilúvio ninguém previu, mas já chovia no estado quase a primavera toda, e estudos sobre as áreas de risco de enchentes e deslizamentos apontavam o que podia acontecer se chovesse demais”. 21- A vírgula imediatamente antes de “e estudos sobre as

áreas de risco” não precisa ser necessariamente empregada, já que se trata de um processo de coordenação, mas se justifica pelo fato de criar ênfase sobre o fato de os estudos poderem prever os acontecimentos futuros.

“Os problemas relacionados com o aumento das taxas de criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes centros urbanos, as dificuldades relacionadas à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos presídios, as rebeliões, as fugas, a degradação das condições de internação de jovens em conflito com a lei, a corrupção, o aumento dos custos operacionais do sistema, a ineficiência da investigação criminal e das perícias policiais e a morosidade judicial, entre tantos outros, representam

desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia no Brasil”. 22- O emprego de vírgula logo após “policial”,

“instituições” e “rebeliões” deve-se a regras gramaticais diferentes.

“Um prognóstico possível: no século XXI, as guerras provavelmente não serão tão mortíferas quanto o foram no século XX. Mas a violência armada, gerando sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e endêmica — ocasionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo. A perspectiva de um século de paz é remota”. 23- No trecho “Mas a violência armada, gerando

sofrimentos e perdas desproporcionais, persistirá, onipresente e endêmica — ocasionalmente epidêmica —, em grande parte do mundo”, estariam mantidos o sentido e a correção gramatical do texto caso fosse suprimida a vírgula que precede a expressão “em grande parte do mundo”.

“A desigualdade e a sustentabilidade estão diretamente ligadas aos desequilíbrios na inclusão das pessoas nos processos produtivos. A mão de obra, a nossa imensa capacidade ociosa de produção, mais parece um problema do que uma oportunidade”. 24- A expressão “a nossa imensa capacidade ociosa de

produção” deve ser, necessariamente, demarcada por vírgulas porque sua função é a de explicar como deve ser compreendida, no desenvolvimento da argumentação, “A mão de obra”.

“Viviane, candidata com deficiência física (membros superiores amputados), cuja solicitação de atendimento especial do PAS – 3.ª Etapa foi deferida pelo CESPE/UnB, indicou os seguintes recursos especiais para a realização das provas: mesa/prancheta adaptada para escrever com os pés, caneta preta especial e calculadora com teclas grandes”. 25- O segmento “candidata com deficiência física

(membros superiores amputados)” está entre vírgulas porque constitui aposto explicativo.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E C E E E E E E E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

E C E C C E C C C C

21 22 23 24 25

C E E C C

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08. Significação das palavras.

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. DICA: É comum que as organizadoras peçam ao candidato para descobrir o significado de determinada palavra do texto. Às vezes, você não tem a mínima ideia do que signifique tal palavra. É aí que entra o contexto. Você tem que saber realizar inferências, ou seja, deduzir, pelas pistas textuais, o que determinada palavra quer dizer. DICA DE ESTUDO: Tenha sempre um bom dicionário ao seu lado. Sugiro também que procure ─ quando estiver lendo um texto, e que encontrar uma palavra que você não conheça ─ inferir seu significado; depois, confira no dicionário. É um simples exercício, mas que funciona bastante. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Média. No mínimo uma (para todos os níveis).

STATUS: Em casa, leitura individual e resolução de exercícios.

PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS Homônimas: são aquelas que possuem grafia ou pronúncia igual. Exemplos: seção (divisão), cessão (ato de ceder), sessão (reunião, assembleia). Parônimas: são aquelas que possuem grafia e pronúncia parecidas. Exemplos: comprimento (extensão), cumprimento (saudação). ALGUMAS PALAVRAS HOMÔNIMAS E PARÔNIMAS MAIS USADAS: Absolver: inocentar, perdoar

Absorver: sorver, consumir, esgotar.

Acender: pôr fogo, alumiar

Acidente: acontecimento casual

Incidente: episódio, aventura

Apreçar: perguntar preço, dar preço

Apressar: antecipar, abreviar

Aprender: tomar conhecimento

Apreender: apropriar-se, assimilar mentalmente

Ascender: subir

Acento: tom de voz, sinal gráfico

Assento: lugar de sentar-se

Acerca de: sobre, a respeito de

Cerca de: aproximadamente

Há cerca de: faz aproximadamente

Acostumar: contrair hábito

Costumar: ter por hábito

Afim de: semelhante a, parente de

A fim de: para, com a finalidade de

Amoral: indiferente à moral

Imoral: contra a moral, libertino, devasso

Apreçar: ajustar o preço

Apressar: tornar rápido

Aprender: instruir-se

Apreender: assimilar

Arrear: pôr arreios

Arriar: abaixar, descer

Assoar: limpar o nariz

Assuar: vaiar, apupar

Bucho: estômago

Buxo: arbusto

Caçar: apanhar animais ou aves

Cassar: anular

Calda: xarope

Cauda: rabo

Cavaleiro: aquele que sabe andar a cavalo

Cavalheiro: homem educado

Cédula: documento, chapa eleitoral

Sédula: ativa, cuidadosa (feminino de sédulo)

Cela: pequeno quarto de dormir

Sela: arreio

Censo: recenseamento

Senso: raciocínio, juízo claro

Cerração: nevoeiro denso

Serração: ato de serrar, cortar

Cesto: balaio

Sexto: numeral ordinal (seis)

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Chá: bebida

Xá: título do ex-imperador do Irã

Conserto: reparo

Concerto: sessão musical, acordo

Coser: costurar

Cozer: cozinhar

Cheque: ordem de pagamento

Xeque: lance de jogo no xadrez

Delatar: denunciar

Dilatar: alargar, ampliar

Desapercebido: desprevenido

Despercebido: sem ser notado

Descrição: ato de descrever, expor

Discrição: reservada, qualidade de discreto

Descriminar: inocentar

Discriminar: distinguir

Despensa: onde se guardam alimentos

Dispensa: ato de dispensar

Desapercebido: desprevenido

Despercebido: que não percebeu

Destratado: maltratado com palavras

Distratado: desfazer o acordo, o trato

Discente: referente a alunos

Destinto: que se destingiu

Distinto:diverso, diferente

Docente: referente a professores

Eminente: ilustre, excelente

Iminente: que ameaça acontecer

Emergir: vir à tona

Imergir: mergulhar

Emigrar: sair da pátria

Imigrar: entrar num país estranho para nele morar

Enfestar: exagerar, roubar no jogo, entendiar

Infestar: causar danos

Esperto: ativo, inteligente, vivo

Experto: perito, entendido

Espiar: observar, espionar

Expiar: sofrer castigo

Estático: firme, imóvel

Extático: admirado, pasmado

Estrato: tipo de nuvem

Extrato: resumo, essência

Flagrante: evidente

Fragrante: perfumado

Fluir: correr

Fruir: gozar, desfrutar

Fusível: aquele que funde

Fuzil: arma

História: narrativa de fatos reais ou fictícios

Estória (origem inglesa): narrativas de fatos fictícios

Incerto: impreciso

Inserto: introduzido, inserido

Incipiente: principiante

Insipiente: ignorante

Inflação: desvalorização do dinheiro

Infração: violação, transgressão

Infligir: aplicar pena

Infringir: violar, desrespeitar

Intercessão: ato de interceder, de intervir

Interseção/intersecção: ato de cortar

Laço: nó

Lasso: frouxo, gasto, bambo, cansado, fatigado

Lista: relação, rol

Listra: risca, traço

Mal: antônimo de bem

Mau: antônimo de bom

Mandado: ordem judicial

Mandato: procuração

Ótico: relativo ao ouvido

Óptico: relativo à visão

Paço: palácio

Passo: passada

Peão: aquele que anda a pé

Pião: brinquedo

Procedente: proveniente, oriundo

Precedente: antecedente

Prescrito: estabelecido

Proscrito: desterrado, emigrado

Recrear: divertir, alegrar

Recriar: criar novamente

Ruço: grisalho, debotado

Russo: da Rússia

Sexta: numeral

Cesta: utensílio de transporte

Sesta: descanso depois do almoço

Sortir: abastecer

Surtir: produzir efeito

Tacha: pequeno prego

Taxa: tributo

Tachar: censurar, pôr defeito

Taxar: estipular

Tráfego: movimento, trânsito

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Tráfico: comércio lícito ou não

Vadear: passar ou atravessar a pé ou a cavalo

Vadiar: vagabundear

Vale: acidente geográfico

Vale: recibo

Vale: do verbo valer

Viagem: substantivo: a viagem

Viajem: forma verbal: que eles viajem

Vultoso: volumoso

Vultuoso: atacado de congestão na face

Xácara: narrativa popular em verso

Chácara: pequena propriedade campestre EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO I

1) Assinale o item em que se trocou o emprego

adequado de uma das palavras homófonas. a) Ele trabalha na oitava seção (sessão, seção,

cessão) da primeira zona eleitoral. b) Na repartição todos o taxam (taxam, tacham) de

relapso. c) Sua entrevista está inserta (inserta, incerta) nos

maiores jornais do país. d) Desculpemos sua inexperiência, afinal todo

jovem incipiente (incipiente, insipiente) merece nossa compreensão.

2) Assinale o erro na classificação à direita das palavras

à esquerda. a) Ratificar / retificar - Parônimos. b) Lima (fruta) / lima (objeto) - Homônimos. c) Seção /sessão / cessão - Homófonas. d) Infligir / infrigir - Homógrafos.

3) Assinale o item em que se trocou o termo adequado de acordo com o sentido da 1a frase à esquerda. a) O valente herói não receia o perigo (intemerato) b) Não deviam transgredir a lei (infrigir) c) Por isso corrigi o texto (retifiquei) d) Deixou a pátria (emigrou)

4) Assinale o item em que se teria trocado o emprego dos parônimos de acordo com o sentido da frase. a) A medida não sortiu efeito. b) Respondeu com acerto à pergunta. c) Tal fato não me passou desapercebido. d) O fim do ano está iminente.

5) Assinale o erro em alguns dos itens abaixo em relação à grafia das homófonas.

a) Pagou a taixa de serviço ontem.

b) Tacharam-no de corrupto. c) Pregue a tacha com este martelo. d) Os dicionários registram tacho (subst.) como

vaso de metal. 6) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das

homófonas “há”, “a”.

a) Já estou em Brasília a 25 anos. b) Daqui a dois meses ele voltará. c) Já iniciamos a sessão há quinze minutos. d) Ele devia ter avisado há mais tempo.

7) Assinale o item em que ocorre erro no emprego das homófonas “há cerca de”, “a cerca de”, “acerca”.

a) Não falarei acerca desse assunto. b) Falaram de um assunto a cerca do qual nada

sabia. c) Cerca de dez mil pessoas assistiram ao comício. d) Há cerca de dez anos me aposentei.

8) Assinale o erro na classificação semântica das

palavras abaixo. a) Deferir/diferir - parônimas. b) Expiar/espiar - homófonas. c) O acordo/eu acordo - homônimas. d) Concordância/discordância - antônimas.

9) Assinale o item em que há erro no emprego de

parônimas de acordo com o sentido.

a) O médico proscreveu rigorosa dieta. b) O sinônimo de confirmar é ratificar. c) A empresa é nova, por isso os serviços estão

incipientes. d) É um político notável digno de nosso preito.

10) Em "ilidir a sentença" o significado da expressão em

aspas é:

a) aceitar. b) refutar. c) confirmar d) ocultar.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

B D A A A A B C A B

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO II Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses:

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1. Em tempos de crise, é necessário.......................a despensa de alimentos. (sortir - surtir)

2. Os direitos de cidadania do rapaz foram....... .................. pelo governo. (caçados - cassados)

3. O.......................... dos senadores é de oito anos. (mandado- mandato)

4. A Marechal Rondon estava coberta pela ...............................(cerração - serração)

5. César não teve..........................de justiça. (censo - senso)

6. Todos os .................................... haviam sido ocupados. (acentos - assentos)

7. Devemos uma ...................... quantia ao banco. (vultosa - vultuosa)

8. A próxima .............................. começará atrasada. (seção - sessão)

9. ..................................-.se, mas havia hostilidade entre eles. (cumprimentaram - comprimentaram)

10. Na........................das avenidas, houve uma colisão. (intersecção - intercessão)

11. O.....................................no final do dia estava insuportável. (tráfego - tráfico)

12. O marido entrou vagarosamente e passou......... .............................(despercebido - desapercebido)

13. Não costume .......................................as leis. (infligir - infringir)

14. Após o bombardeio, o navio atingido............ .................. (emergiu- imergiu)

15. Vários....................................japoneses chegaram a São Paulo nas primeiras décadas do século. (emigrantes - imigrantes)

16. Não há.......................................de raças naquele país. (discriminação - descriminação)

17. Após anos de luta, consegui a ........................... (dispensa - despensa)

18. A chegada do....................................... Diplomata era........................ ( eminente - iminente).

19. O corpo..................................... Era formado por doutores. (docente- discente)

20. Houve alguns ................................. no Congresso. (acidentes - incidentes)

21. Fomos ................................... pelos anfitriões. (destratados - distratados)

22. A..................................... Dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo. (seção - cessão)

23. Ali, na ................................... de eletrodomésticos, há uma grande liquidação. (seção - cessão)

24. É um senhor......................................(distinto - destinto)

25. Dei o .......................................mate ao gerente, por causa do................ Sem fundos. (cheque - xeque)

26. A nuvem de gafanhotos ..................................a plantação. (infestou - enfestou)

27. Quando Joana toca piano é mais um.............que um.................. (conserto - concerto)

28. Todos eles.............................o prazer da bela melodia. (fruem - fluem)

29. Estava muito .................. para ................. quanto custava aquele aparelho. (apreçar - apressar)

30. Nas festas de São João é comum ............balões e vê-los.............. (ascender - acender)

31. As pessoas foram recolhidas a suas..........(celas - selas)

32. Segui a...............................médica, mas não obtive resultados. (proscrição - prescrição)

33. Alguns modelos.................................serão vendidos. (recreados - recriados)

34. A bandeira de São Paulo tem...................pretas. (listas - listras)

35. Para passar, precisava ..............................mais das lições. ( apreender -aprender)

36. O réu..............................suas culpas. (expiará - espiará)

37. Encontrei uma carteira com .........................de cem dólares. (cédulas - sédulas)

38. Iremos à..............para lermos deliciosa....... ................medieval. (xácara - chácara)

39. Na hora da................................., os mexicanos dormem. (cesta-sesta)

40. Percebe-se que ele ainda é meio...................., pois não tem prática de comércio. (incipiente - insipiente)

RESPOSTAS

1- sortir 2-cassado 3- mandato 4- cerração 5- senso 6- assento 7- vultosa 8- sessão 9- cumprimentaram. 10- intersecção 11- tráfego 12- despercebido 13- infringir 14- imergiu. 15- imigrantes 16- discriminação 17- dispensa 18- eminente / iminente 19- decente 20- incidentes 21- destratados. 22- cessão 23- seção. 24- distinto 25- xeque / cheque 26- infestou 27- conserto / concerto 28- fruem

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

29- apressado / apreçar 30- acender / ascender 31- celas 32- prescrição 33- recriados 34- listras 35- apreender 36- espiará 37- cédulas 38- chácara / xácara 39- sesta 40- incipiente

09. Sintaxe da Oração e do Período

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Alta. Mas há duas abordagens bem definidas: a das organizadoras que exigem que o candidato saiba a classificação integral de todas as orações (tanto as coordenadas quanto as subordinadas), e a das organizadoras que cobram o tema ligado ao texto, desprezando a “fria” classificação da oração. Por exemplo: a FCC pede, com muita frequência, que candidato reconheça que sentido determinada passagem do texto expressa, e, dentre as opções, sugere se é de tempo, concessão, finalidade, causa ou consequência. Veja que, em vez de perguntar se a oração é subordinada adverbial causal (até porque, às vezes, nem se trata de uma oração, mas sim de um fragmento do texto), a FCC apela para os sentidos tanto da expressão, como do contexto ali presentes. As organizadoras que, normalmente, seguem a primeira abordagem são as seguintes: ACEP, CESGRANRIO, IMPARH, FGV, CONESUL, FUNRIO, dentre outras menos conhecidas nacionalmente. E usam, costumeiramente, a segunda abordagem as seguintes: FCC, CESPE e ESAF (não descarto que organizadoras menos conhecidas nacionalmente usem, também, essa última abordagem, como, por exemplo, a UECE ou a CCV). DICA: Dentre as orações, há aquelas que mais se destacam em provas de concurso. São elas: as coordenadas (ênfase nas aditivas, adversativas e conclusivas), as subordinadas adjetivas (ênfase no sistema de pontuação e nos pronomes relativos) e subordinadas adverbiais (ênfase nas iniciadas com a letra “C”: causal, consecutiva, concessiva e condicional). É por isso que muitas questões pedem para que você identifique, por exemplo, relações de causa e consequência. DICA DE ESTUDO: Procure resolver exercícios de toda natureza, tanto os tradicionais (aqueles bem técnicos, que lembram as questões do colégio), como os mais contemporâneos (mais ligados ao texto e ao contexto). POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Considerável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova). STATUS: Parte em sala e com o professor; outra, em casa e com leitura individual. Orações coordenadas Princípios:

a) São estruturas independentes.

b) Podem ser ligadas, ou não, por conjunção.

c) São, portanto, sindéticas ou assindéticas.

Demonstrando os princípios: a) A criança comeu todo o lanche. A criança estava

faminta. (orações independentes)

b) A criança comeu todo o lanche, pois estava

faminta.

(período composto sindético) c) A criança comeu todo o lanche: estava faminta.

(período composto assindético) Períodos sindéticos versus períodos assindéticos

Obs.: as conjunções funcionam como um GPS de sentidos: elas orientam como o leitor deve interpretar a frase. Daí sua importância.

SINDÉTICOS: quando vêm introduzidos por conjunção. - A prefeitura negou a fraude e mostrou provas a seu favor. - Joana deu à luz um lindo bebê, portanto estava muito feliz. - Comemoramos muito o título, pois a conquista foi espetacular. ASSINDÉTICOS: quando não vêm introduzidos por conjunção.

Obs.: nesse caso, como o leitor não tem o “GPS”, ele fica, por um momento, sem orientação, sem entender direito o texto. A frase não costuma ser agradável ao leitor, por isso desperta a suspeita de que esteja gramaticalmente errada. Contudo, não está.

- A prefeitura negou a fraude, mostrou provas a seu favor. - Joana deu à luz um lindo bebê; estava muito feliz. - Comemoramos muito o título: a conquista foi espetacular.

Obs.: costuma-se usar uma (01) vírgula nas assindéticas aditivas e alternativas, ponto e vírgula nas conclusivas e dois pontos nas explicativas. Isso, contudo, não é uma regra, é um costume seguido por muitos bons redatores. A vírgula e o ponto e vírgula podem isolar todas as coordenadas assindéticas. Por outro lado, é quase um consenso que só as explicativas podem ser isoladas por dois pontos.

CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS

1. Aditivas ► Expressam uma adição, uma sequência de informações: - Todos deixaram a sala de aula mais cedo e foram ao intervalo.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- Dez brasileiros foram barrados no aeroporto alemão, e três, no francês. - Não falta um dia, não deixa de anotar nada, não esquece um trabalho nem se nega a ajudar os colegas. - Hoje, não cozinho nem lavo a louça. - O marido não só trabalha dez horas por dia, mas também ajuda nas tarefas domésticas. Principais conjunções aditivas: e; nem (= e não); (não só)... mas também; (não somente)...mas ainda; (não apenas)...senão também; (não somente)...como também; (não só)...bem como. 2. Adversativas

Expressam a valor de oposição, contraste, restrição ou mudança de assunto: - Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; PORÉM aquela semana foi de muita chuva. (oposição)

Pontuações possíveis para um mesmo período: - Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana, PORÉM, foi de muita chuva. (construção culta) - Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi, PORÉM, de muita chuva. (construção culta) - Ele pensou em, pelo menos, um dia de sol; aquela semana foi de muita chuva, PORÉM. (construção cultíssima)

- A seleção brasileira jogou muito mal, ENTRETANTO venceu o jogo. (contraste) - A vida é frágil e complexa, MAS é a única que temos. (restrição) - Seu jantar estava maravilhoso, TODAVIA não precisava ter duas sobremesas. (restrição)

Corrupção é o tema do dia, MAS vamos falar de futebol. (a conjunção “mas” indica mudança de assunto). Principais conjunções adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, em contrapartida, não obstante, senão (= mas sim), ainda assim. CUIDADO!!!!

Quando a conjunção MAS não pode substituir suas correspondentes

- As iniciativas do novo governo não receberam críticas da imprensa escrita ou mesmo televisiva; a oposição, entretanto, disse que os jornalistas estão “pegando leve” com Temer. (USO CORRETO). - As iniciativas do novo governo não receberam críticas da imprensa escrita ou mesmo televisiva; a oposição, mas, disse que os jornalistas estão “pegando leve” com Temer. (USO INCORRETO).

3. Alternativas

Expressam alternância de ideias ou revezamento de ações: - Venha logo ou perderá a sua vaga. - Ora bebiam, ora comiam. - Quer em casa, quer no trabalho ele sempre arranja confusão. - Talvez chegue cedo, talvez demore muito. Principais conjunções alternativas: ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja...seja..., talvez...talvez. 4. Conclusivas

Expressam ideia de conclusão, consequência (ou seja, dizem aquilo que não pode ser evitado):

- O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês; merece, pois, toda a confiança da empresa. - Os cães passaram três dias sem comer, portanto estavam famintos. - Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos, logo é normal o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades. - Os preços dos carros caíram muito nos últimos anos; é, logo, normal o aumento dos engarrafamentos nas grandes cidades. Principais conjunções conclusivas: logo, portanto, por conseguinte, pois (posposto ao verbo), por isso, então, em vista disso, assim. 5. Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação ao fato expresso na primeira oração: - Ele foi à praia, pois estava muito estressado.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- Vista-se logo, que seu pai já está chegando. - A jovem chegou muito tarde ao trabalho, porquanto seu carro quebrara no caminho. - Ela mudou a cor do cabelo, porque vivia uma nova fase de sua vida. Principais conjunções explicativas: porque, porquanto, que, pois (anteposto ao verbo). PORQUE, QUE, POIS, PORQUANTO 100% EXPLICATIVOS

a) Terão o seu primeiro verbo no modo imperativo. Ou

b) Não se notará relação de causa e efeito entre as orações.

Quando o “GPS” está “desatualizado” Quando as conjunções são utilizadas de forma errada, as relações de sentido “entram em colapso”, e o texto não faz sentido. Veja: - Todos deixaram a sala de aula mais cedo, mas foram ao intervalo. - A seleção brasileira jogou muito mal, logo venceu o jogo. - Venha logo, porém perderá a sua vaga. - O novo contratado saiu-se muito bem no primeiro mês, porque merece toda a confiança da empresa. - Ela mudou a cor do cabelo, portanto vivia uma nova fase de sua vida. PARTICULARIDADES ► Com relação às orações coordenadas ainda se deve levar em conta que: 1) As orações coordenadas sindéticas aditivas podem estar correlacionadas através das expressões: (não só)... mas também, (não somente)... mas ainda, (não só)... como também. Exemplo: - Não só se dedica aos esportes, como também à música. - Não só fez o gol do título, mas também se sagrou artilheiro do campeonato.

2) A conjunção Que pode ter valor: a) Aditivo: - Ela varre QUE varre a sala, e não se cansa. (Varre e Varre.) - Esse menino fala QUE fala!!! Não para um instante! (Fala e fala.) b) Adversativo: - Todos receberão os salários hoje, que não você. - Os funcionários da tesouraria, que não os diretores, estão dispensados despois das três da tarde. 3) A conjunção E pode assumir valor adversativo ou conclusivo, também: - Um homem estranho me perseguiu até a entrada do trabalho, e não senti medo. - As passagens aéreas estão, no momento, muito abaixo do preço; e os aeroportos, abarrotados de gente, como nunca se viu.

1- As conjunções coordenativas são responsáveis por orientar o leitor no movimento de interpretação e de direcionamento das ideias do texto. Vejamos o texto a seguir que foi reescrito de cinco formas diferentes. Note o poder que a conjunção destacada assume na composição.

2- Esses períodos compostos permitem que ocorra secção, o que gera orações assindéticas e reescritura de frase.

3- As conjunções, de modo geral, não são fixas. Logo, há possibilidades reais de “mutação semântica”*.

4- A posição das conjunções também é responsável pelas “mutações semânticas”.

5- Um alerta quanto à pontuação.

6- Embora certas conjunções possam pertencer ao mesmo grupo, nem sempre serão equivalentes.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

EXERCÍCIO 01 Texto I “Em um dado momento ou em outro, passa pela cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver uma vida tranquila em outro lugar. Mudar de vida pode ser uma excelente solução para a tensão, dependendo evidentemente da vida que se leva. Qualquer decisão nesse sentido, porém, deve levar em conta um fato da natureza: ninguém pode evitar completamente situações estressantes. O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio. “Uma cascata bioquímica que prepara o corpo para lutar ou fugir”, na definição do manual de técnicas para aliviar o estresse, elaborado pela Escola de Medicina de Harvard, um centro de excelência nos Estados Unidos da América”. ►Use “C” para correto e “E” para errado 01- Preservam-se a coerência textual e a correção

gramatical ao substituir “porém” (depois de “nesse sentido”) por “mas”.

02- A conjunção “ou” (início do texto) estabelece relação

de alternância. Acrescenta-se que seria possível substituí-la pela conjunção “seja”. Tal mudança mantém a ideia de alternatividade e a correção do período.

03- Por cumprir papel copulativo, a conjunção “e” (depois

de “largar tudo”) permite substituição por “mas”. 04- O valor adversativo da conjunção “e” (antes de “não é

doença”) permite sua substituição por “mas”, sem que a argumentação do texto seja prejudicada.

05- Por desempenhar papel explicativo, “que” (depois de

“se leva”) poderia ser substituído por “, pois”, sem que os sentidos nem a correção gramatical fossem comprometidos.

06- “Ou” em “prepara o corpo para lutar ou fugir”

estabelece coordenação entre termos nominais, o que descarta a hipótese de se ter qualquer tipo de oração.

GABARITO

01 02 03 04 05 06

E E E C E E

EXERCÍCIO 02

A questão mais importante para entender a reforma tributária é saber por que a estamos propondo. Não é um projeto que sai do nada, mas que herda muito das

discussões realizadas sobre o tema desde o início da década passada no Brasil. Naturalmente este tem algumas diferenças em relação aos projetos anteriores. A principal é que prevê um prazo longo de transição, um modelo importante para viabilizar política e tecnicamente sua implantação.

Bernard Appy. Mudanças favorecem o crescimento. In: Cadernos de Problemas Brasileiros, n.º 391, jan./fev./2009

(com adaptações). Considerando as relações sintático-semânticas do texto, use C para certo e E para errado. 01- A conjunção “mas” (segundo período) poderia ser

substituída por “em contrapartida”, sem que os sentidos e as estruturas sintáticas do período não fossem comprometidas.

02- O pronome “este” (3º período) refere-se a “projeto”

(2º período). 03- A oração “que sai do nada” poderia ser inaugurada

por uma vírgula sem que os sentidos e classificação sintática sejam comprometidos.

04- Depois de “naturalmente” (3º período) uma vírgula

poderia existir, sem que nenhum prejuízo fosse causado ao texto.

05- Levando em conta que os sentidos originais serão

alterados, uma maneira de conectar o penúltimo período ao último seria assim: no lugar de “A principal é” usar “, uma vez”.

06- A inserção de uma conjunção coordenativa “e” no lugar da vírgula presente no último período não alteraria as relações de sentido do texto.

07- O trecho “um modelo importante para viabilizar

política e tecnicamente sua implantação” (último período) funciona como aposto enumerativo da expressão “um prazo longo de transição”.

01 02 03 04 05 06 07

E C E C C E E

EXERCÍCIO 03

01- MPU Analista (2010) “Inovar é recriar de modo a

agregar valor e incrementar a eficiência, a

produtividade e a competitividade nos processos

gerenciais e nos produtos e serviços das organizações.

Ou seja, é o fermento do crescimento econômico e

social de um país. Para isso, é preciso criatividade,

capacidade de inventar e coragem para sair dos

esquemas tradicionais. Inovador é o indivíduo que

procura respostas originais e pertinentes em situações

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

com as quais ele se defronta. É preciso uma atitude de

abertura para as coisas novas, pois a novidade é

catastrófica para os mais céticos. Pode-se dizer que o

caminho da inovação é um percurso de difícil travessia

para a maioria das instituições. Inovar significa

transformar os pontos frágeis de um empreendimento

em uma realidade duradoura e lucrativa”.

( ) O período sintático iniciado por “Inovar

significa” estabelece, com o período anterior,

relação semântica que admite ser explicitada

pela expressão Por conseguinte, escrevendo-

se: Por conseguinte, inovar significa (...).

02- MPU Analista (2010) “Nós, seres humanos, somos

seres sociais: vivemos nosso cotidiano em contínua

imbricação com o ser de outros. Isso, em geral,

admitimos sem reservas. Ao mesmo tempo, seres

humanos, somos indivíduos: vivemos nosso ser

cotidiano como um contínuo devir de experiências

individuais intransferíveis”.

( ) O sinal de dois-pontos (depois de “somos

indivíduos”) tem a função de introduzir uma

explicação para as orações anteriores; por isso,

em seu lugar, poderia ser escrito “porque”,

sem prejuízo para a correção gramatical do

texto ou para sua coerência.

03- PREVIC Superior (2011) “Nas últimas décadas, os

fundos de pensão assumiram papel de fundamental

importância nas principais economias do mundo.

Governos empenhados em reformar seus sistemas de

previdência têm incentivado a expansão dos regimes

privados, seja como um complemento para o regime

público, seja como uma alternativa para substituí-lo.

Em nenhuma outra parte do mundo, esta última

alternativa foi tão vigorosa como na América Latina.

Os fundos de pensão estão crescendo rapidamente e

se colocam no centro do debate sobre o

desenvolvimento econômico e social dos países da

região”.

( ) Se a conjunção “e” fosse substituída pela

conjunção “mas”, antecedida de vírgula, seria

mantida a correção gramatical do período, mas

a relação entre as ideias expressas seria

alterada.

04- SERPRO Analista (2012) “Era uma vez uma rotina em

que criança bem-criada e educada era aquela que

tinha horário para tudo e não misturava as coisas:

brincar era brincar, estudar era estudar. Pobres dos

pais que ainda alimentam alguma ilusão de ritmo

sequencial”.

( ) O sinal de dois-pontos depois de “coisas” tem a

função de introduzir uma explicação, ou

justificativa, para a ideia expressa nas orações

anteriores. Essa função deixaria de ser marcada

pela pontuação caso esse sinal fosse

substituído pelo ponto — com o

correspondente ajuste na letra inicial de

“brincar” —, mas a coerência e a correção

gramatical do texto seriam preservadas.

05- SERPRO Analista (2012) “Pobres dos pais que ainda

alimentam alguma ilusão de ritmo sequencial.

Cercadas de aparelhos eletrônicos que dominam

desde cedo, as crianças da era dos estímulos

constantes e simultâneos são capazes de executar

três, quatro, cinco atividades ao mesmo tempo — e

prestar pelo menos alguma atenção a todas elas. São

crianças multitarefa e encaram isso com total

naturalidade”.

( ) A organização dos argumentos mostra que o

conectivo “e” em “e encaram” tem o valor de

mas e por essa conjunção poderia ser

substituído, sem prejuízo da coerência ou da

correção do texto.

06- PREFEITURA DE BOA VISTA Analista (2010) “Assim, o

drama da desigualdade não constitui apenas um

problema de distribuição mais justa da renda e da

riqueza: envolve a inclusão produtiva digna da maioria

da população desempregada, subempregada, ou

encurralada nos diversos tipos de atividades

informais. Um PIB que cresce mas não inclui as

populações não é sustentável”.

( ) No desenvolvimento da argumentação, apesar

de enfraquecer a ideia de oposição, a

substituição de “mas” por “e” mantém a

coerência e a correção do texto.

07- MPU Analista (2013) “No Panamá, por exemplo, o

número é de 15,3 promotores para cada cem mil

habitantes; na Guatemala, de 6,9; no Paraguai, de 5,9;

na Bolívia, de 4,5. Em situação semelhante ou ainda

mais crítica do que o Brasil, estão, por exemplo, o

Peru, com 3,0; a Argentina, com 2,9; e, por fim, o

Equador, com a mais baixa relação: 2,4. É correto dizer

que há nações proporcionalmente com menos

promotores que o Brasil. No entanto, as atribuições

do Ministério Público brasileiro são muito mais

extensas do que as dos Ministérios Públicos desses

países”.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

( ) Seriam mantidas a coerência e a correção

gramatical do texto se, feitos os devidos ajustes

nas iniciais maiúsculas e minúsculas, o período

“É correto (...) o Brasil” fosse iniciado com um

vocábulo de valor conclusivo, como logo, por

conseguinte, assim ou porquanto, seguido de

vírgula.

01 02 03 04 05 06 07

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS A origem dessas orações Essas orações recebem esse nome porque exercem função própria dos substantivos. Os substantivos desempenham, majoritariamente, as funções sintáticas. Daí essas orações representam as seguintes funções: objeto direto, objeto indireto, sujeito, predicativo, complemento nominal e aposto. São introduzidas por conectivos específicos: - que, se, quem, quanto e como. Obs.: dos cinco conectivos, somente “que” e “se” podem ser chamados de conjunção integrante. Dicas importantes:

a) Somente uma dessas seis orações será antecipada por sinal gráfico (: ─ ,), a saber: a APOSITIVA.

b) Somente duas dessas seis orações serão antecipadas por preposição (a, de, em para, com, por), a saber: a COMPLETIVA NOMINAL e a OBJETIVA INDIRETA.

A estrutura:

Oração principal Conectivo – Oração Subordinada Substantiva

Conectivo – Oração Subordinada Substantiva

Oração principal

A origem dessas oração: 1- A polícia impediu a confusão. Desenvolvendo: 2- A polícia impediu .............................................. 3- ............................................impediu a confusão.

Ou seja: - A polícia impediu que a confusão começasse. - Quem representava a lei impediu a confusão.

Dica: substitua a oração subordinada iniciada por QUE, SE, COMO ou QUANTO por ISTO e as iniciadas por QUEM, por ELE(A).

- A polícia impediu ISTO. - ELA impediu a confusão. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta

A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta funciona como objeto indireto da Oração Principal. - A polícia discorda de que os bandidos ainda estejam escondidos na mata. - Os motoristas não obedecem a quem organiza as leis. - Os gerentes acreditam, desde ontem, em que o assalto ocorreu pela madrugada.

Obs.: alguns gramáticos consideram correto suprimir a preposição antes dos conectivos nas orações objetivas indiretas e completivas nominais. Outros, contudo, não aceitam tal mudança. Polêmica à vista!!!!

Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

A Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal funciona como complemento nominal da Oração Principal. - O ministro tem a convicção de que os fatos serão esclarecidos. - Os números não são favoráveis a quem fez a declaração. - O jovem diretor mostrou confiança, depois de muito esperar, em que seus filmes fossem de fato bons. Oração Subordinada Substantiva Apositiva

A Oração Subordinada Substantiva Apositiva funciona como aposto da Oração Principal. - Só queremos uma coisa: que você procure um outro lugar. - O propósito era este ─ que todos os brasileiros fossem comunicados antes.

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Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta

A Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta funciona como objeto direto da Oração Principal. - As professoras decidiram que a aula será adiada.

- O médico não notou se tudo aquilo tudo era mesmo verdade.

- O professor percebeu como tudo aconteceu.

Obs.: quando o verbo da oração principal for o “fazer” (VTD), é facultativo o uso da preposição “com” por razões de eufonia. Veja: - Os problemas no governo fizeram (com) que os executivos corruptos fossem denunciados.

Oração Subordinada Substantiva Predicativa

A Oração Subordinada Substantiva Predicativa funciona como predicativo da Oração Principal. - O certo é que todos deixarão o país depois da crise. - O importante é como a cidade receberá todas as mudanças. - Que tudo um dia irá mudar é a nossa certeza. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva

A Oração Subordinada Substantiva Subjetiva funciona como sujeito da Oração Principal. - É normal que a crise também chegue a outros países. - Trouxe os livros quem recebeu o aviso.

01- (FCC MANAUPREV 2015) No segmento “...hoje

pedimos ao amador que procure tirar dela um prazer diferente...”, a oração sublinhada complementa o sentido de um

(A) substantivo, e pode ser substituída por um verbo. (B) verbo, e pode ser substituída por outro verbo. (C) substantivo, e pode ser substituída por um adjetivo. (D) verbo, e pode ser substituída por um substantivo. (E) verbo, e pode ser substituída por um adjetivo.

Resposta: o item verdadeiro corresponde à quarta letra do nosso alfabeto.

Exercício básico de reconhecimento

Classifique as orações subordinadas abaixo.

a) É importante que você perceba as regras mais específicas.

________________________________________

b) Não sei se o resultado sairá.

________________________________________

c) Gostaria de que todos me apoiassem.

________________________________________

d) Só desejo uma coisa: que vivam felizes.

________________________________________

e) Quero saber como você chegou aqui.

________________________________________

f) Faço apenas um pedido - que você nunca abandone os seus princípios - , e todos os seus amigos ficarão mais tranquilos.

________________________________________

g) Mariana lembrou-se de que Manoel chegará mais tarde.

________________________________________

h) É necessário que se estabeleçam regras nesta empresa.

________________________________________

i) Paulo José observa que o anti-heroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura latino-americana.

________________________________________

j) É difícil que ele venha.

________________________________________

k) A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassem mais o trabalho.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

________________________________________

l) Há neste empresa uma norma, que todos os funcionários sejam respeitados.

________________________________________

m) Constata-se que valores diversos predominam em sociedades distintas.

________________________________________

n) Tenho a convicção de que ainda há esperanças. ________________________________________

GABARITO a) Oração Subordinada Subjetiva. b) Oração Subordinada Objetiva Direta. c) Oração Subordinada Objetiva Indireta. d) Oração Subordinada Apositiva. e) Oração Subordinada Objetiva Direta. f) Oração Subordinada Apositiva. g) Oração Subordinada Objetiva Indireta. h) Oração Subordinada Subjetiva i) Oração Subordinada Objetiva Direta. j) Oração Subordinada Subjetiva. k) Oração Subordinada Objetiva Indireta. l) Oração Subordinada Apositiva. m) Oração Subordinada Subjetiva. n) Oração Subordinada Completiva Nominal.

EXERCÍCIOS 01 (Padrão CESPE)

TEXTO I

Conforme pesquisa, o fumo passivo mata 7,5 mil brasileiros por ano.

Um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, cachimbos, charutos etc. no Brasil são crianças.

Conforme cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade.

www.estadoao.com.br (com adaptações)

►A partir do texto acima, julgue os itens a seguir.

01- É possível deduzir do texto que seu título está ligado ao 1º parágrafo por meio de coesão lexical, já que os termos pesquisa, fumo e mata (no título) se concatenam a estudo, cigarros/cachimbos/ charutos e

vítimas (1º parágrafo) porque têm, esses termos, no presente contexto, vínculos semânticos entre si.

02- A conjunção QUE (após aponta) poderia ser substituída por dois-pontos, sem que os sentidos originais fossem alterados.

03- A conjunção CONFORME, início do segundo parágrafo, poderia ser substituída por LOGO, seguida de vírgula. Tal mudança mantém a relação semântica original entre o 1º e o 2º parágrafos.

TEXTO II

Sonda detecta atmosfera de oxigênio e CO2 em lua de

Saturno

Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera tênue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as formas mais complexas de vida. A descoberta, feita pela sonda Cassini, da Nasa, é descrita na edição desta semana da revista Science.

Embora o oxigênio existente hoje na atmosfera da Terra seja produto da atividade de seres vivos que fazem fotossíntese, este dificilmente será o caso em Reia, explica o principal autor do artigo que analisa os dados da Cassini, Ben Teolis.

"A atmosfera de Reia é muito fina, e a lua não tem um campo magnético próprio", explica. "Sua superfície está totalmente desprotegida dos íons e elétrons aprisionados no campo magnético de Saturno". O constante bombardeio de partículas sobre o gelo da superfície causa reações que formam o oxigênio, que então ou fica preso no gelo sólido ou é ejetado para atmosfera.

"O bombardeio é suficiente para criar e sustentar a atmosfera", diz o cientista, que considera muito improvável a existência de vida em Reia, por conta das baixas temperaturas – segundo a Nasa, o clima na Lua oscila de -174º C a -220º C ─ e da ausência de água no estado líquido.

Mas Teolis lembra que a descoberta de oxigênio na atmosfera da lua se segue à detecção de sinais da mesma substância em várias luas do planeta Júpiter, incluindo Europa, onde cientistas acreditam que existe um oceano sob a crosta de gelo.

"Isso sugere que a formação de oxigênio em corpos gelados submetidos à radiação pode ser muito comum no Universo, e pode existir o potencial para química orgânica complexa movida a oxigênio dentro de objetos como Europa ou

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Encélado, no nosso próprio Sistema Solar, e em outras luas pelo Universo", especula o pesquisador. Encélado é uma lua de Saturno que apresenta sinais de água sob a superfície. "Esse tipo de química pode ser considerado um pré-requisito para a vida".

www.estadoao.com.br (com adaptações)

►A partir do texto acima, julgue os itens a seguir.

04- O pronome relativo QUE, após tênue (primeiro parágrafo), poderia ser substituído pela conjunção E sem que os sentidos e as relações sintáticas originais fossem comprometidos.

05- Uma maneira de reescrever corretamente o segundo parágrafo seria da seguinte forma: “O oxigênio existente, hoje, na atmosfera da Terra, é produto da atividade de seres vivos que fazem fotossíntese; contudo, este dificilmente deverá ser o caso em Reia (...)”.

06- A conjunção E presente no 1º período do 3º parágrafo tem valor conclusivo. Por isso, sua substituição por PORTANTO manteria as relações sintático-semânticas do texto.

07- A vírgula presente após fina (início do 3º parágrafo) poderia ser suprimida sem que os sentidos e correção gramatical fossem comprometidos, já que noção de coordenação permanece.

08- O termo QUE (após oxigênio, 3º período do 3º parágrafo) não poderia ser substituído pela conjunção E, uma vez que os sentidos originais sofreriam alterações.

09- No último período do terceiro parágrafo, seria possível suprimir a primeira conjunção OU (após então) sem que a correção gramatical bem como os sentidos originais fossem comprometidos.

10- No 4º parágrafo, a oração intercalada “diz o cientista” se concatena, assindeticamente, com a oração que a antecede e a precede. Salienta-se que seria possível substituir a segunda vírgula, mantendo as relações originais do texto e preservando a correção gramatical.

11- A palavra MAS (início do 5º parágrafo) poderia, livremente, ser substituída por CONTUDO, PORÉM, ENTRETANTO e EMBORA. Por outro lado, caso fosse substituída pela última conjunção citada, o verbo lembra (modo indicativo) deveria ser reescrito para lembre (modo subjuntivo) a fim de que não houvesse prejuízo sintático para a oração.

12- A conjunção integrante QUE, localizada no 5º parágrafo, poderia ser substituída pelo sinal de dois-pontos sem que os sentidos nem correção gramatical fossem comprometidos.

13- Após sugere (início do 6º parágrafo) seria possível a inserção da conjunção PORTANTO (entre vírgulas), a fim de que possa ser exposta a relação de conclusão existente entre o que é dito no parágrafo anterior e o será anunciado, agora, no 6º parágrafo.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C C E E C E C C C E

11 12 13

E C C

EXERCÍCIOS 02

01- Na oração: “Espia se ela está na esquina”.

Qual das opções abaixo não analisa corretamente esse período.

a) Período composto por subordinação. b) Conjunção integrante iniciando segunda oração. c) Verbo da 1ª oração: transitivo direto. d) Verbo da 2ª oração: de ligação. e) Frase em discurso direto. f)

02- Em “Convém que a leitora do JB e outros desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore predadora”, encontramos, além da oração principal, respectivamente:

a) Duas orações subordinadas subjetivas. b) Uma oração subordinada objetiva direta e uma

subjetiva. c) Uma oração subordinada objetiva direta e uma

adjetiva. d) Duas orações subordinadas completivas nominais. e) Uma oração subordinada subjetiva e uma objetiva

direta.

03- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “ Ninguém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:

a) Ninguém. b) Aula. c) Indeterminado. d) Que haverá aula. e) Inexistente.

01 02 03

D E D

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ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

São estruturas dependentes e funcionam como adjetivos.

Obviamente, referem-se a substantivos.

A origem dessas orações:

1- O time vitorioso.

2- O time das vitórias.

3- O time que vence os campeonatos.

4- O time que vence os campeonatos deixa sua torcida

feliz.

Classificação das orações adjetivas

Adjetiva Restritiva Adjetiva Restritiva

Não há sinal ou sinais

gráficos em sua estrutura.

Sua interpretação permite

que o leitor “enxergue” dois

grupos no contexto: um

explícito e outro implícito.

Adjetiva Explicativa Adjetiva Explicativa

É marcada por vírgula(s),

travessão (ões) ou

parênteses.

Sua interpretação só permite

que o leitor “enxergue” um

único grupo ou particularize

um único ser no contexto.

Exemplos:

- O aluno que se dedica aos estudos passa.

(Há dois grupos de aluno: o dos que se dedicam e passam

[informação explícita]; o dos que não se dedicam; logo não

passam [informação implícita]).

- O jornal denunciou os políticos corruptos que são filiados

ao PT.

(Há dois grupos de políticos corruptos: o dos que são

filiados ao PT [informação explícita]; o dos que são filados a

outros partidos [informação implícita]).

- O jornal denunciou os políticos corruptos, que são filiados

ao PT.

(Só há um grupo de políticos corruptos: o dos petistas. O

texto dá ao leitor a certeza de que somente os políticos do

PT são corruptos, ou seja, há uma generalização).

- O aluno, que é uma peça importante da escola, deve

estar disposto a aprender.

(Só há um grupo de aluno: todos. A oração dá ao leitor uma

visão generalista, pois todos os alunos são uma peça

importante da escola).

- Michel Temer ─ que é o atual presidente ─ é visto, por

muitos, como um golpista.

(Só há um ser particularizado nesse texto, pois só existe, no

mundo, um cidadão chamado Michel Temer).

DETALHE!!! As orações adjetivas se parecem muito com um aposto, mas não o são. Na verdade, as orações adjetivas (quer explicativas, quer restritivas) são, sintaticamente, adjuntos adnominais oracionais.

PRINCIPAIS PRONOMES RELATIVOS

Pronome Referência

QUE (a qual....) A um termo (substantivo comum ou

próprio) anterior a ele.

QUEM A um termo (substantivo comum ou

próprio), na condição de Ser Humano,

anterior a ele.

ONDE A um termo (substantivo comum ou

próprio) que indique lugar, também

anterior a ele.

CUJ- A um termo (substantivo comum ou

próprio) anterior a ele.

Dossiê sobre o CUJ-

1- Está ligado ao termo de trás, mas concorda com o termo

da frente.

2- O termo de concordância da frente será, sempre, um

substantivo.

3- Não permite artigos depois dele.

4- Como estabelece relação de posse, será, sintaticamente,

adjunto adnominal.

- O homem cujo filho é trabalhador vive satisfeito.

- A cidade por cujas ruas eu caminhei tem belas praias.

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EXERCÍCIOS 01 (Padrão CESPE/UnB) “Ao tentar explicar o processo criativo, alguns autores de tendência psicanalítica oferecem argumentos interessantes sobre como o inconsciente pode estar envolvido nisso. Para Storr, trata-se de uma relação entre criação e prazer que parece valer tanto para a criação artística quanto para a científica. Beveridge faz referência a esse prazer quando considera a pesquisa científica uma aventura intelectual. O próprio termo aventura lembra ventura, que é sinônimo de prazer, felicidade, além de englobar ainda a característica de alguém que está disposto a correr riscos e a enfrentar o desconhecido. Com relação às características do ambiente sociocultural, observam-se diferenças entre sociedades quanto à extensão e à profundidade com que são cultivados os traços favorecedores da produção e a respeito de que oportunidades são oferecidas para o desenvolvimento das habilidades e potencialidades de cada indivíduo. Constata-se que valores diversos predominam em sociedades distintas com relação à inovação e ao estímulo ao talento criativo”. Eunice Soriano de Alencar e Afonso Galvão. Condições favoráveis à criação nas ciências e nas artes. In: Ângela Virgolim (Org.). Talento criativo: expressão em múltiplos contextos. Brasília: EDUNB, 2007, p. 105-9 (com adaptações). ► Use “C” para correto e “E” para errado. No desenvolvimento das ideias no texto, o pronome relativo “que”, 01- ( ) No 2º período, refere-se a “prazer”; por isso,

admite a substituição por “o qual”. 02- ( ) No 4º período, tanto se refere a “aventura”

quanto a “ventura”, pois os dois termos são tomados como sinônimos.

03- ( ) No 4º período, depois de “alguém”, não poderia

ser omitido, já que tal supressão acarretaria erro gramatical no período em que se encontra.

04- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição

“com” porque se refere a “características do ambiente sociocultural”.

05- ( ) No 5º período, é precedido pela preposição “de”,

a qual não pode ser omitida, pois faz parte da expressão “a respeito de”.

06 - ( ) O relativo “que”, depois de “prazer”, poderia ser

substituído por “no qual”, sem que a correção gramatical fosse comprometida.

07- ( ) Ao substituir a estrutura a seguir “quando considera a pesquisa científica...” por “cuja pesquisa científica é considerada...”, os sentidos seriam alterados, mas a correção gramatical seria mantida.

08- ( ) O relativo “que”, após “alguém”, 4º período, pode ser substituído por “quem”, uma vez que faz referência a um pronome que está intimamente ligado à ideia de “ser”.

09- ( ) A palavra “que”, último período, pode ser

classificada como pronome relativo, já que permite substituição por “os quais”.

10- ( ) A expressão “com que” poderia ser substituída

pelo pronome relativo “onde” sem que a correção gramatical fosse comprometida.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

E E C E C E C E E E

EXERCÍCIOS 02 (Padrão CESPE/UnB) A disputa pelo controle de pontos de venda de drogas em favelas na Ilha do Governador — que provocou a morte de 12 traficantes há 11 dias — impôs nova noite de terror no bairro carioca. O tiroteio entre bandos rivais, em três diferentes localidades, matou uma mulher que saía de uma padaria e feriu três pessoas, entre elas uma menina de seis anos. A guerra entre integrantes de uma mesma facção criminosa fez que moradores do bairro se mantivessem no chão de suas casas, atrás de móveis, enquanto durou a fuzilaria. Balas atravessaram a lataria de carros estacionados próximos às entradas das favelas.

Jornal do Brasil, “Capa”, 11/11/2003 (com adaptações).

01- O primeiro QUE destacado no texto poderia ser

substituído por O QUAL, pois ele se relaciona diretamente com a palavra que a antecede, ou seja, Governador.

02- A função sintática da mesma palavra analisada na questão anterior é sujeito.

03- O conjunto “a morte de 12 traficantes há 11 dias” funciona como objeto direto do verbo da oração subordinada adverbial.

04- O segundo QUE destacado no texto é um pronome relativo e pode ser substituído por CUJA sem que haja nenhum dano à frase.

05- Já na frase “A violência urbana, cuja a vítima maior é sempre o cidadão, deve ser alvo de projetos mais ousados por parte do Governo”, o pronome relativo

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CUJA está, sintaticamente, bem estruturado dentro do período e deve ser classificado como Adjunto Adnominal.

01 02 03 04 05

E C E E E

EXERCÍCIOS FINAIS 01- Na seguinte oração “Os viajantes, que possuem

passaporte, podem viajar”. ► Em relação à frase, o único comentário falso é que:

a) Somente os viajantes que possuírem passaporte

poderão viajar. b) Os viajantes poderão viajar porque possuem

passaporte. c) QUE é pronome relativo como classe gramatical e

sujeito como função sintática. d) A segunda oração é QUE POSSUEM PASSAPORTE. e) A oração subordinada é adjetiva explicativa.

02- Assinale o período em que há uma oração adjetiva

restritiva.

a) A casa onde estou é ótima. b) Brasília, que é a capital do Brasil, é linda. c) Penso que você é de bom coração. d) Vê-se que você é de bom coração. e) Nada obsta a que você se empregue.

03- Assinale a opção em que apresenta um período com

oração subordinada adjetiva.

a) Ele falou que compraria a casa. b) Não fale alto que ele pode ouvir. c) Vamos embora que o dia está amanhecendo. d) Em time que ganha não se mexe. e) Parece que a prova não está difícil.

01 02 03

A A D

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS A ORIGEM DESSAS ORAÇÕES Essas orações desempenham função adverbial. Vamos ver como essas orações se originam: 1- Todos deixaram a praia no final da tarde. 2- Todos deixaram a praia quando o sol começou a baixar. A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa. A causa é uma espécie de “estopim”, que aciona uma consequência. É iniciada por uma conjunção subordinativa

causal ou por uma locução conjuntiva subordinativa causal. São elas: porque, porquanto, visto que, já que, sendo que, dado que, uma vez que, como, pois que, na medida em que, por + infinitivo. Obs.: A conjunção “como” deve ser usada apenas em início de período.

Exemplos:

- Já que os brasileiros vivem cada vez mais, a velhice vem se prolongando em nossa sociedade.

- Ele não chegou cedo, porquanto o engarrafamento travou a cidade.

- Dado que a cidade estava sem segurança pública, os bandidos tomavam conta de tudo.

- Como tinha um compromisso, apressava-se com as tarefas.

- Por saber muito, o bandido foi morto pela quadrilha. - Porque as cidades estão cada vez mais poluídas, muitas pessoas têm problemas respiratórios. B) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência, ou seja, representa aquilo que não pode ser evitado, já que algo a obriga. É iniciada pela conjunção subordinativa consecutiva que. Na oração principal normalmente surge um advérbio de intensidade tão, tal, tanto, tamanho(a), a tal ponto: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que, tanto assim que. Exemplos: - O médico foi tão competente, que o paciente recuperou-se em uma semana. - Tamanha era raiva do injustiçado, que atirou contra todos e depois se matou. - Ele fala tanta mentira, que ninguém o suporta. - Ele bebeu a tal ponto que perdeu a noção de onde estava. C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão, ou seja, indica uma contraposição, uma oposição, uma ressalva. É iniciada por uma conjunção subordinativa concessiva ou por uma locução conjuntiva subordinativa concessiva. São elas: embora, conquanto, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que, ainda que, em que pese, a despeito de, malgrado. Exemplos: - Conquanto a vida sempre ofereça muitos obstáculos, nunca devemos nos deixar abater.

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- O homem é um ser dotado de inteligência e capacidade, não obstante nem todos as aproveitem para o bem de si e dos outros. - Malgrado muitos estejam satisfeitos com a mudança de governo, eu continuo sem nenhuma confiança em nada. - Todos chegaram bem cedo, apesar de a prova só começar às dez da manhã. - A despeito de muitos ativistas se esforçarem, a natureza continua sendo devastada dia a dia. - Mesmo que ele traga todos os documentos, não há mais tempo hábil para sua inscrição.

Obs.1: conjunções e locuções conjuntivas concessivas exigem verbos no modo subjuntivo. - Fulano é o melhor entre os candidatos ao cargo, embora não represente os anseios da maioria. (correto) - Fulano é o melhor entre os candidatos ao cargo, embora não representa os anseios da maioria. (incorreto)

Obs.2: cito, a seguir, algumas locuções concessivas pouco comuns em provas de concurso. “Por (mais, menos, melhor, pior, menor, muito) que” e “quando” (=ainda que) Ex.: - Por mais que todos a avisem, ela teima em insistir naquele namoro. - Quando ela te ame tanto, você não se cansa de rejeitá-la.

DICA!

CONJUNÇÃO EQUIVALÊNCIA

Conquanto Embora

Não obstante Embora

Posto que Embora

Malgrado Embora

Em que pese Apesar de

A despeito de Apesar de

D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição, ou seja, indica valor semântico de dependência em que há forte teor duvidoso, incerto e hipotético. É iniciada por uma conjunção subordinativa condicional ou por uma locução conjuntiva subordinativa condicional. São elas: se, a menos que, desde que, caso, contanto que, A + infinitivo. Exemplos: - Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce. - O governo fará as obras prometidas, contanto que todos os ministros se empenhem. - A continuar essa chuva, toda a colheita será perdida.

- A menos que você saia cedo do trabalho, iremos ao cinema.

Obs.: cito, a seguir, algumas locuções pouco comuns em provas de concurso, mas que também indicam valor de condição. - Exceto se, salvo se, a não ser que e uma vez que (seguido de verbo no subjuntivo).

E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa conformativa ou por uma locução conjuntiva subordinativa conformativa. São elas: como, conforme, segundo, consoante. Exemplos: - Segundo revelou o IBGE, brasileiros estudam mais hoje do que na década passada - Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura. - Como combinamos ontem, eis os documentos. F) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica subentendido. É iniciada por uma conjunção subordinativa comparativa. São elas: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como. Exemplo: - Pedro gostava mais de literatura francesa (do) que da Alemã. - João era mais esforçado (do) que o irmão.

Obs.1: o “do” é facultativo nas estruturas comparativas. Obs.2: Perceba que o verbo “ser”, no segundo exemplo, está subentendido: - João era mais esforçado que o irmão era.

G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo. É iniciada por uma conjunção subordinativa temporal ou por uma locução conjuntiva subordinativa temporal. São elas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal, ao + infinitivo. Exemplos: - Assim que a aula terminar, vamos à sala de estudos. - Ao terminar essa discussão, sairemos daqui. H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade. É iniciada por uma conjunção subordinativa final ou por uma locução conjuntiva subordinativa final. São elas: a fim de (que), para que, para + infinitivo. Exemplos: - Alguns brasileiros procuram economizar no fim do ano para que consigam comprar mais em janeiro.

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- A fim de sair mais cedo, o funcionário adiantou os compromissos. - Ele falava mais alto, para que todos pudessem ouvi-lo. - Aqui estamos para estudar.

Obs.: “porque” também pode ser classificada como conjunção final, mas é algo muito raro. Ex.: Reze muito porque não caia nessa tentação!

I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção. É iniciada por uma locução conjuntiva subordinativa proporcional. São elas: à proporção que, à medida que, ao passo que, tanto mais...mais, tanto menos...menos. Exemplo: - À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos. - Ao passo que ganhava fama, ficava mais distante dos amigos antigos. - Tanto menos fumava, menos adoecia.

Obs.: a conjunção “conforme” também pode desempenhar valor proporcional. - Conforme o tempo passa, mais experientes ficamos.

DICA FINAL 01

LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES PARECIDAS:

a) Porquanto = Porque = Ideia de CAUSA/EXPLICATIVA.

b) Conquanto = Embora = ideia de CONCESSÃO.

c) Contanto que = Caso = ideia de CONDIÇÃO.

d) Portanto = Logo = ideia de CONCLUSÃO.

e) Entretanto = Mas = ideia de ADVERSIDADE.

f) No entanto = Contudo = ideia de ADVERSIDADE.

DICA FINAL 02

LOCUÇÕES OU CONJUNÇÕES MISTAS:

a) Porque: causal / explicativa.

b) Desde que: condicional / temporal.

c) Não obstante: adversativa / concessiva.

d) Ao passo que: proporcional / concessiva.

e) Como: causal / conformativa.

f) Conforme: conformativa / proporcional

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO (Padrão FCC)

01- “Os volumosos dodôs pesavam mais de vinte quilos.

Uma plumagem cinza-azulada cobria seu corpo quadrado e de pernas curtas, em cujo topo se alojava uma cabeça avantajada, sem penas, com um bico grande de ponta bem recurvada. As asas eram pequenas e, ao que tudo indica, inúteis (pelo menos no que diz respeito a qualquer forma de voo). Os dodôs punham apenas um ovo de cada vez, em ninhos construídos no chão.

Que presa poderia revelar-se mais fácil do que um pesado pombo gigante incapaz de voar? Ainda assim, provavelmente não foi a captura para o consumo pelo homem o que selou o destino do dodô, pois sua extinção ocorreu sobretudo pelos efeitos indiretos da perturbação humana”.

Os elementos grifados na frase acima podem ser substituídos, sem prejuízo para o sentido e a correção, respectivamente,por:

a) Contudo / não obstante. b) Conquanto / por que. c) Em que pese isso / embora. d) Apesar disso / visto que. e) Por isso / porquanto.

02- Leia o texto abaixo.

“Esta minha estatuazinha de gesso, quando nova O gesso muito branco, as linhas muito puras Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse)”.

Manoel Bandeira, Fragmentos

É correto afirmar que a frase entre parênteses tem sentido a) adversativo. b) concessivo. c) conclusivo. d) condicional. e) temporal.

03- “Decerto que em muitos casos o uso do véu é imposto

pela família e pode ser um símbolo de sujeição da mulher, mas basta uma que o faça por vontade própria para que a lei resulte em violação de seus direitos”.

Considerado o trecho acima, em seu contexto, é legítimo afirmar:

a) O emprego de “Certamente”, no lugar de

Decerto, expressaria a ideia de certeza, não encontrada no trecho.

b) Transpondo o uso do véu é imposto pela família para a voz ativa, a forma verbal obtida é “impõe”.

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c) A ausência de vírgula após muitos casos constitui deslize do autor, pois, nesse específico contexto, ela é obrigatória.

d) Se, em vez de uma, fossem consideradas “duas mulheres”, o segmento estaria correto assim “mas basta duas que os faça...”.

e) A expressão para que introduz a finalidade de uma ação, finalidade que o autor considera desejável.

04- “As flores têm pétalas brancas; o fruto, uma cápsula

fusiforme com 10 centímetros, provido de pequenas sementes envoltas por pelos, ou painas. Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes – resultado da variação atmosférica. Ouve-se à distância o ruído do movimento da água”. O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em:

a) Quando se aproxima uma tempestade ... b) Com a força destruidora das águas ... c) Para que o temporal venha com força ... d) Desde que venha a cair uma forte chuva ... e) Depois de uma forte tempestade ...

05- “Antes do pôr-do-sol, costumavam os homens

arranchar-se e cuidar da ceia, que constava principalmente de feijão com toucinho, além da indefectível farinha, e algum pescado ou caça apanhados pelo caminho. Quando a bordo, e por não poderem acender fogo, os viajantes tinham de contentar-se, geralmente, com feijão frio, feito de véspera”. Identificam-se nos segmentos grifados na frase acima, respectivamente, noções de a) modo e consequência. b) causa e concessão. c) temporalidade e causa. d) modo e temporalidade. e) consequência e oposição.

06- “A principal delas é a reconstrução de cinco estações

de pesquisa na Antártida, para realizar estudos sobre mudanças climáticas, recursos pesqueiros e navegação por satélite, entre outros”.

O segmento grifado na frase acima tem sentido

a) adversativo. b) de consequência. c) de finalidade. d) de proporção. e) concessivo.

07- Leia o texto abaixo.

Cartão de Natal “Pois que reinaugurando essa criança pensam os homens reinaugurar a sua vida e começar novo caderno, fresco como o pão do dia; pois que nestes dias a aventura parece em ponto de voo, e parece que vão enfim poder explodir suas sementes”.

João Cabral de Melo Neto, Fragmento.

O segmento grifado acima pode ser substituído, no contexto, por: a) Mesmo que estejam. b) Apesar de estarem. c) Ainda que estejam. d) Como estão. e) Mas estão.

08- “Mas o sistema, por muito tempo restrito apenas à tela grande, estendeu-se progressivamente, com o desenvolvimento das indústrias culturais, a outros domínios, ligados primeiro aos setores do espetáculo, da televisão, do show business”. Na frase acima, o segmento destacado equivale a: a) por conta de ter ficado muito tempo restrito. b) ainda que tenha ficado muito tempo restrito. c) em vez de ter ficado muito tempo restrito. d) ficando há muito tempo restrito. e) conforme tendo ficado muito tempo restrito.

09- “Falha o arqueiro que ultrapassa o alvo, da mesma

maneira que aquele que não o alcança”. (Adaptado de Montaigne, Ensaios) O elemento sublinhado na frase acima tem sentido equivalente ao da expressão a) com a mesma perícia. b) nas mesmas condições. c) o que também ocorre com. d) conquanto possa ocorrer com. e) ainda que o mesmo aconteça a.

08- “Foi [Lévi-Strauss] um crítico demolidor da arrogância

ocidental: os índios deixaram de ser relíquias do passado, deixaram de ser alegorias, tornando-se nossos contemporâneos. Isso vale mais do que qualquer análise”.

O sinal de dois-pontos da frase acima pode ser substituído, sem prejuízo para a correção e o sentido, por

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a) entretanto. b) a fim de que. c) não obstante. d) em razão do que. e) mesmo porque.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

D B B A C C D B C D

EXERCÍCIOS (Padrão CESPE)

“Conquanto o desenvolvimento dos meios de comunicação tenha tornado absolutamente frágeis os limites que separavam o público do privado, assiste-se hoje a uma nova tendência de politização e visibilidade do privado, com a estruturação de novas relações familiares, bem como à privatização do público”. 01- A estrutura sintática iniciada por “Conquanto” é

responsável pelo uso do modo subjuntivo em “tenha”; por isso, a substituição dessa forma verbal por “tem” desrespeita as regras gramaticais do padrão culto da língua.

“Dezenas de milhares de funcionários públicos gregos saíram às ruas em Atenas e Tessalônica para protestar contra as medidas de austeridade, em um ambiente tenso que teve como saldo 10 pessoas detidas. Num momento em que o fantasma do default ainda ronda este país altamente endividado, as forças policiais lançavam bombas de gás lacrimogêneo contra dezenas de jovens encapuzados que atiravam garrafas e pedras à margem da manifestação de Atenas, que reuniu cerca de 18.000 pessoas, segundo a polícia”.

Correio Braziliense (com adaptações).

02- A oração “para protestar contra as medidas de

austeridade” se relaciona com a oração anterior a partir de um vínculo de finalidade.

03- Seria facultativo o uso de uma vírgula após

“Tessalônica”, sem comprometer a correção gramatical.

04- Seria possível (mantendo os sentidos originais),

correto gramaticalmente e coerente articular a primeira oração do texto à segunda a partir da troca de “para protestar” por “ao passo que protestavam”.

05- O segundo período é iniciado por uma oração de

caráter temporal e permitiria, sem comprometer os sentidos ou correção gramatical, a substituição da expressão “Num momento em que ”por “Enquanto”.

06- A oração “que reuniu cerca de 18.000 pessoas” tem natureza restritiva.

07- No último período, após “segundo”, é notória a elipse

de um verbo de valor declarativo, como, por exemplo, “disse”.

08- A substituição de “segundo” por “conforme” não

altera a correção gramatical ou mesmo os sentidos textuais.

“Apesar de ter o maior índice de alta confiança na polícia, mesmo que seja abaixo dos 6%, o Nordeste também é a região que tem o menor índice de sensação de segurança do País. Segundo o Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre segurança pública 2010, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 85,8% dos entrevistados têm medo de serem assassinados”.

O Estado de São Paulo.

09- A substituição de “Apesar de” por “Porquanto”

mantém correção gramatical do período desde que se substitua o verbo “ter” por “tenha”.

10- A oração “mesmo que seja abaixo dos 6%” imprime uma relação de causa quando se refere à oração anterior.

11- A substituição de “mesmo que” por “posto que”

mantém correção gramatical do período. 12- A oração “o Nordeste também é a região que tem o

menor índice de sensação de segurança do País” pode ser caracterizada como a oração principal da estrutura que imediatamente a antecede.

“Pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que as vendas de materiais de construção têm crescido acima da média do comércio em geral, mas que esse fator não se reflete em melhores salários para os trabalhadores”.

Correio Braziliense

13- Seria possível manter a correção gramatical ao se substituir a expressão “mas que” por “embora”.

“Segundo especialistas, esse comportamento é o fenômeno da posse transitória, termo que define o pouco tempo que permanecemos com os produtos que compramos. Por sinal, o mesmo raciocínio estende-se às relações, tanto pessoais quanto profissionais. Priorizamos resultados de curto prazo e queremos tudo ao mesmo tempo agora. E, assim, aos poucos, sem perceber, vamos construindo uma sociedade descartável”. 14- Preservam-se a coerência e a correção do texto ao se

ligar o período iniciado por “Priorizamos” ao anterior por meio da conjunção “conquanto”, escrevendo-se do seguinte modo: “(...) profissionais, conquanto priorizamos (...)”.

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“O cérebro não guarda informações como em um dicionário, em que o verbete “teatro” vai estar na letra “T”. Nele, a palavra “teatro” é associada a experiências distintas por nós vividas. Algumas são lógicas, outras menos óbvias. Quanto maior a variedade de experiências e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer”. 15- O período “Quanto maior a variedade de experiências

e de conhecimento, mais conexões o cérebro pode fazer” dá ideia de proporcionalidade.

16- Ao se substituir “Quanto maior” por “À medida que cresce”, mantém-se a correção gramatical do período.

O mais curioso é que, a despeito de qualquer discussão sobre o dever das escolas, ajudar no desenvolvimento do aluno com vistas à sua colocação no mercado de trabalho é um fundamento no país, estabelecido pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, conjunto de normas que dá o norte ao sistema educacional brasileiro”. 17- “A expressão “a despeito de” é sinônima de “apesar

de”. “Na realidade, à exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir como cultura brasileira veio de fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso. Mesmo quando determinados movimentos estéticos adotaram um comportamento nacionalista, os modelos foram importados. Apesar de as esculturas de Aleijadinho, do século XVIII, terem fisionomia mestiça, esse era um artista barroco, com influência europeia. A Semana de Arte Moderna em São Paulo, no ano de 1922, foi motivada pelo Futurismo italiano”. 18- Caso se substitua “Apesar de” por “Embora”, é

necessário também substituir “terem” por “tenham”, de forma a assegurar a correção gramatical do período.

“Realizada em Copenhague, sob o signo da recessão mundial, a COP-15 foi uma relativa decepção: não conseguiu produzir um documento tornando obrigatórias as metas de redução da emissão de poluentes, mas houve consensos”. 19- A substituição do sinal de dois-pontos por uma vírgula

seguida da expressão “uma vez que” prejudicaria a correção gramatical e a informação original do período.

“Sabe-se que, no Brasil, a questão do acesso à escola não é mais um problema, já que a quase totalidade das crianças ingressa no sistema educacional. Entretanto, as taxas de repetência dos estudantes são bastante elevadas...”. 20- A locução “já que” confere a noção de causa à oração

em que ocorre.

Várias cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Goiás e Minas Gerais convivem com oferta anual inferior 2 milhões de litros por habitante, para uso direto e indireto. O consumo per capita dobrou em 20 anos, enquanto a disponibilidade de água ficou três vezes menor. Para piorar esse quadro, há muito desperdício: cerca de 30% da água tratada é perdida em vazamentos nas ruas do país — só na Grande São Paulo o desperdício chega a 10 metros cúbicos de água por segundo, o que daria para abastecer cerca de 3 milhões de pessoas diariamente. 21- Prejudicam-se a coerência textual e as informações

originais do texto ao se substituir o termo “enquanto” por “ao passo que”.

A cena é muito comum: cidade afora, pessoas abusam do uso da água, lavando calçadas, passeios e carros. Mesmo que o Brasil seja o grande reservatório de água doce do mundo (11,6% do total disponível, com cada brasileiro, em tese, dispondo de 34 milhões de litros por ano, embora possa levar vida confortável com 2 milhões de litros anuais), tem na distribuição o seu maior gargalo: 80% concentram-se na Amazônia, onde vivem apenas 5% da população do país, com os 20% restantes abastecendo 95% dos brasileiros. 22- A expressão “Mesmo que” confere ao trecho em que

se insere a noção de condição, por isso, poderia ser trocada por “A menos que”.

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

C C C E E E C C E E

11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

C E E E C C C C C C

21 22

E E

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1 (Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH)

01. Por definição, “oração coordenada que se prende à

anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”. Assinale uma alternativa onde aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição: a) A casaca dele estava remendada, mas estava

limpa. b) Ambos se amavam, contudo não se falavam. c) Todo mundo trabalhando: ou varrendo o chão ou

lavando as vidraças. d) Chora, que as lágrimas lavam a dor. e) O time ora atacava, ora defendia, e no placar

aparecia o resultado favorável.

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130

OS: 0100/3/20-Gil Luz

02. No período “Sabe-se que Jacó propôs a Labão que lhe

desse todos os filhos das cabras...”, a alternativa que contém a análise correta das orações, na sequência em que vêm no período, é: a) principal; subordinada substantiva subjetiva,

subordinada substantiva objetiva direta. b) coordenada sindética aditiva; subordinada

substantiva objetiva direta; subordinada substantiva apositiva.

c) absoluta; subordinada substantiva objetiva direta; subordinada substantiva objetiva direta.

d) principal; subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva objetiva indireta.

e) coordenada assindética; subordinada substantiva subjetiva; subordinada substantiva objetiva direta.

03. Assinalar a alternativa que apresenta orações de

mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.” a) Pouco a pouco o ferro do proprietário queimava os

bichos de Fabiano. b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego. c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia

passar por ali. d) Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda

inventavam juro. e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um

furto, mas era. 04. Leia os períodos:

1) O dicionário que comprei contém mais de

trezentas mil palavras. 2) Não aceitamos tarefas que se apresentem

incompletas. 3) Feliz é o homem que obedece aos mandamentos

de Deus. 4) O aluno que estuda alcança boas notas. 5) Aos homens que são racionais coube o domínio da

natureza.

Qual das orações subordinadas adjetivas é explicativa e, portanto, deve ficar entre vírgulas?

a) A oração adjetiva do 1º período. b) A oração adjetiva do 2º período. c) A oração adjetiva do 3º período. d) A oração adjetiva do 4º período. e) A oração adjetiva do 5º período.

05. Há no período uma oração subordinada adjetiva:

a) Ele falou que compraria a casa. b) Não fale alto, que ela pode ouvir. c) Vamos embora, que o dia está amanhecendo. d) Em time que ganha não se mexe.

e) Parece que a prova não está difícil.

06. Classifique as orações em destaque do período abaixo:

"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu." a) principal – subordinada adverbial final. b) subordinada adverbial temporal – subordinada

adjetiva restritiva. c) subordinada adverbial temporal – subordinada

substantiva objetiva direta. d) subordinada adverbial temporal – subordinada

substantiva subjetiva. e) principal – subordinada substantiva objetiva

direta. 07. No período "É possível discernir no seu percurso

momentos de rebeldia contra a estandardização e o consumismo", a oração destacada é:

a) subordinada adverbial causal, reduzida de

particípio. b) subordinada objetiva direta, reduzida de infinitivo. c) subordinada objetiva direta, reduzida de

particípio. d) subordinada substantiva subjetiva, reduzida de

infinitivo e) subordinada substantiva predicativa, reduzida de

infinitivo. 08. A oração sublinhada está corretamente classificada,

EXCETO em:

a) Casimiro Lopes pergunta se me falta alguma coisa/ oração subordinada adverbial condicional

b) Agora eu lhe mostro com quantos paus se faz uma canoa/ oração subordinada substantiva objetiva direta

c) Tudo quanto possuímos vem desses cem mil réis/ oração subordinada adjetiva restritiva

d) Via-se muito que D. Glória era interesseira/ oração subordinada substantiva subjetiva

e) A ideia é tão santa que não está mal no santuário/ oração subordinada adverbial consecutiva

09. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se

percebia o sino de uma freguesia distante, dobrando a ruas dos finados.", a segunda oração é:

a) subordinada adverbial causal b) subordinada adverbial consecutiva c) subordinada adverbial concessiva d) subordinada adverbial comparativa e) subordinada adverbial subjetiva

10. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso,

não saiu à rua". Nele, nota-se:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

a) reduzida de gerúndio, conformativa b) reduzida de gerúndio, condicional c) reduzida de gerúndio, causal d) reduzida de gerúndio, concessiva e) reduzida de gerúndio, final

11. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei emprego.", a oração subordinada indica idéia de: a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) consequência

12. Leia, com atenção, os períodos abaixo:

- Caso haja justiça social, haverá paz. - Embora a televisão ofereça imagens concretas, ela

não fornece uma reprodução fiel da realidade. - Como todas aquelas pessoas estavam

concentradas, não se escutou um único ruído.

Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: a) tempo, concessão, comparação b) tempo, causa, concessão c) condição, consequência, comparação d) condição, concessão, causa e) concessão, causa, conformidade

GABARITO 1

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

D A D E D C D A B C

11 12

C D

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 2

(Padrão UECE, CESGRANRIO, IMPARH) 01- “Em um dado momento ou em outro, passa pela

cabeça da maioria das pessoas a ambição de largar tudo e ir viver uma vida tranquila em outro lugar. As respectivas conjunções grifadas assumem no texto valor de: a) Alternância e adversidade. b) Alternância e dúvida. c) Dúvida e adição. d) Exclusão e adição. e) Dúvida e conclusão.

02- “O estresse não é doença, e, sim, uma reação instintiva

ao perigo real ou imaginário ou a uma situação de desafio”.

I- A conjunção destacada pode ser substituída por

“mas”, preservando a correção e os sentidos. II- A conjunção destacada não poderia ser

substituída por “em contrapartida”, pois provoca truncamento na frase.

III- A conjunção destacada classifica-se como coordenativa adversativa.

Os itens CORRETOS são: a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) Somente I. e) Somente III.

03- “Um estudo da Organização Mundial da Saúde aponta que quase 40% das vítimas do uso passivo de cigarros, cachimbos, charutos etc. no Brasil são crianças”.

A conjunção destaca poderia ser substituída corretamente por:

a) , e b) , porque c) , já que d) , pois e) :

04- “Segundo cálculos do médico Mattias Öberg, do instituto sueco Karolinska, que colaborou com a pesquisa, 2,8 mil dos 7,5 mil brasileiros vitimados pela convivência com o cigarro são crianças com menos de 5 anos de idade”. A palavra destacada poderia ser corretamente substituída por: a) Embora b) À medida que c) Em que pese d) Consoante e) Malgrado

05- “Mas uma das pessoas do grupo em que conversávamos sobre esses anônimos discordou dessa tese, e disse que a entrada do lenhador simbolizava um problema da humanidade, que é a dificuldade de conseguir empregados de confiança, que façam o que lhes for pedido”. A estrutura destacada desempenha, na frase, valor sintático de:

a) Sujeito. b) Objeto direto. c) Agente da passiva. d) Predicativo do sujeito. e) Aposto.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

06- “Trabalhar em grupo é uma operação tão prestigiada – na escola, no trabalho, no clube – que ninguém a discute. O que é um perigo: as verdades dadas como indiscutíveis costumam paralisar as iniciativas”.

A estrutura em destaque no texto apresenta valor de:

a) Concessão b) Causa c) Consequência. d) Condição. e) Conformidade.

07- “Reconhecer o rosto de cada membro num time de

verdade não é ceder a algum nefasto individualismo: é saber reconhecer e identificar o valor de cada sujeito”.

A oração destaca cumpre papel sintático de: a) Sujeito. b) Complemento Nominal. c) Aposto. d) Objeto direto. e) Predicativo do sujeito.

08- “Reia, uma lua de Saturno com 1.500 km de diâmetro e composta basicamente de rocha e gelo, tem uma atmosfera tênue que é composta por 70% de oxigênio e 30% de gás carbônico, dois gases que, na Terra, são essenciais para as formas mais complexas de vida”.

Os termos grifados introduzem, respectivamente, orações que indicam ideia de:

a) Consequência / causa b) Explicação / restrição c) Restrição / restrição. d) Modo / explicação. e) Restrição / explicação.

09- Na oração: “Espia se ela está na esquina”.

Qual das opções abaixo não analisa corretamente esse período. a) Período composto por subordinação. b) Conjunção integrante iniciando segunda oração. c) Verbo da 1ª oração: transitivo direto. d) Verbo da 2ª oração: de ligação. e) Frase em discurso direto.

10- Em “Convém que a leitora do Jornal do Brasil e outros

desinformados saibam que o eucalipto é uma árvore predadora”, a oração destacada desempenha papel de:

a) Sujeito oracional. b) Objeto direto oracional. c) Complemento oracional d) Restrição. e) Explicação.

11- Se suprimirmos o pronome indefinido “Ninguém” e

acrescentarmos “Se” à forma verbal “informou”, na frase “ Ninguém informou que haverá aula”, o sujeito da oração principal é:

a) Ninguém. b) Aula. c) Indeterminado. d) Que haverá aula. e) Inexistente.

12- Por definição, “oração coordenada que se prende à

anterior por conectivo é denominada sindética e é classificada pelo nome da conjunção que a encabeça”. Assinale uma alternativa em que aparece uma coordenada sindética explicativa, conforme a definição:

a) A casaca dele estava remendada, mas estava

limpa. b) Ambos se amavam, não obstante não se falavam. c) Todo mundo trabalhando: varrendo o chão ou

lavando as vidraças. d) Chora, que as lágrimas lavam a dor. e) A operação da polícia foi impecável; estavam, pois,

bem treinados. 13. Assinalar a alternativa que apresenta orações de

mesma classificação que as deste período: “Não se descobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos.”

a) Pouco a pouco, o ferro do proprietário queimava

os bichos de Fabiano. b) Foi até a esquina, parou, tomou fôlego. c) Depois que aconteceu aquela miséria, temia

passar por ali. d) Tomavam-lhe o gado quase de graça e ainda

inventavam juro. e) Não podia dizer em voz alta que aquilo era um

furto, mas era. 14. Classifique as orações em destaque do período abaixo:

"Ao analisar o desempenho da economia brasileira, os empresários afirmaram que os resultados eram bastante razoáveis, uma vez que a produção não aumentou, mas também não caiu."

a) principal – subordinada adverbial final. b) adverbial temporal – subordinada adjetiva

restritiva. c) adverbial temporal – subordinada substantiva

objetiva direta. d) adverbial temporal – subordinada substantiva

subjetiva.

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e) principal – subordinada substantiva objetiva direta.

15. No período: "Era tal a serenidade da tarde, que se

percebia o sino de uma comunidade distante, dobrando a ruas dos finados.", a oração destacada é:

a) causal b) consecutiva c) concessiva d) comparativa e) subjetiva

16. Observe o seguinte período: "Sabendo que seria preso, não saiu à rua". Nele, nota-se, na oração destacada, sentido de:

a) conformidade b) condicionalidade c) causalidade d) concessividade e) finalidade

17. Na frase "Entrando na faculdade, procurarei

emprego.", a oração destacada indica ideia de:

a) concessão b) oposição c) condição d) lugar e) consequência

18. Leia, com atenção, os períodos abaixo:

- A menos que haja justiça social, haverá paz. - Conquanto a televisão ofereça imagens concretas,

ela não fornece uma reprodução fiel da realidade. - Já que todas aquelas pessoas estavam

concentradas, não se escutou um único ruído. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, as circunstâncias indicadas pelas orações sublinhadas: a) condição, tempo, causa. b) oposição, causa, condição. c) condição, concessão, causa. d) condição, tempo, causa. e) consequência, causa, causa.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

D C E D B B A C D A

11 12 13 14 15 16 17 18

D D D C B C C C

10. Uso do “PORQUÊ”.

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Como a palavra “porque” pode assumir várias ortografias e funções dentro de um mesmo texto, é totalmente viável que você conheça cada uma delas. As organizadoras cobram esse assunto de várias maneiras: podem sugerir trocas de um determinado “porquê” por outro; substituição do “porquê” por dois-pontos, comum no CESPE, na FCC e na UECE; supressão total da palavra a fim de que você reconheça se os sentidos e correção gramatical são mantidos etc. DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada um dos “porquês” assume dentro do texto. DICA DE ESTUDO: Faça bastante exercício, é necessário que você memorize bem cada um deles para que não os confunda na hora da prova. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova). STATUS: Dependendo da banca, em sala e com o professor; de outro modo, em casa e com leitura individual.

1- Por que (separado e sem acento) O específico “por que” tem dois empregos diferenciados: Quando for a junção da preposição por + pronome interrogativo ou indefinido que, possuirá o significado de “por qual razão” ou “por qual motivo”: Exemplos: - Por que você não vai ao cinema? (por qual razão) - Não sei por que não quero ir. (por qual motivo) Quando for a junção da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais, pelas quais. Exemplo:

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

- Os assuntos por que o jovem se interessava tinham muita relevância. (pelos quais) - A dificuldade por que passei me ajudou a vencer na vida. (pela qual) 2- Por quê (separado e com acento) Quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo, exclamação, deverá vir separado e acentuado, e continuará com o significado de “por qual motivo”, “por qual razão”. Exemplos: - Vocês não comeram tudo? Por quê? - Andar cinco quilômetros, por quê? Vamos de carro. 3- Porque (junto e sem acento) É conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez que”. Exemplos: - Não fui ao cinema porque tenho que estudar para a prova. (pois) - Não vá fazer intrigas porque prejudicará você mesmo. (uma vez que) 4- Porquê (junto e com acento) É substantivo e tem significado de “o motivo”, “a razão”. Vem acompanhado de artigo, pronome, adjetivo ou numeral. Exemplos: - O porquê de ela não ter ido à festa ainda é um mistério. (motivo) - Diga-me dois porquês para não fazer o que devo. (duas razões)

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01- Use PORQUE; PORQUÊ; POR QUE OU POR QUÊ devidamente.

a) Quero saber ______________estou assim. b) Foi demitido e não sabe o

___________________.

c) _______________ você está tão aborrecida? d) Não vai à aula _______________________? e) Paulo não foi à aula ____________________ não

tem caderno. f) Ignora-se o _______________________da sua

renúncia. g) São ásperos os caminhos ___________________

passei. h) Não se sabe _________________ estavas tu, na

época, interessado. i) Quero saber ____________________ você não

nos disse nada. j) Creio que os verdadeiros

_______________________ainda não vieram à tona.

K) _____________ o homem foi à Lua, muitas conquistas vieram até nós.

______________________________________________

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

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11. Funções do SE.

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. A palavra “SE” pode assumir diversas funções no texto. As diferenças são, quase sempre, muito sutis. Portanto, atenção. DICA: Fique atento aos valores morfológicos e sintáticos que cada “SE” assume dentro do texto. É aqui que as organizadoras podem indagar aos candidatos se o “SE” do 1º parágrafo de um determinado texto pode ser classificado da mesma maneira que o “SE” do 3º parágrafo. DICA DE ESTUDO: Não são todos os casos de “SE” que são cobrados em provas. Haverá sempre preferências entre as organizadoras. Por isso, é bom ficar atento quando o “SE” for: pronome apassivador (PA), índice de indeterminação do sujeito (IIS), pronome reflexivo ou parte integrante do verbo. Quanto aos demais, são raros em provas de concursos. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: Razoável para todos os níveis (de uma a duas questões por prova). STATUS: Em sala e com o professor. CRITÉRIOS BÁSICOS DE DIFERENCIAÇÃO: 1- “SE” não vinculado ao verbo. ► Será conjunção. 2- “SE” vinculado ao verbo. ► Será pronome, mas receberá várias denominações. “SE” não vinculado ao verbo. a) Conjunção integrante: DICA: Sempre que você substituir a oração iniciada pelo SE por ISSO, e tal substituição fizer sentido, constata-se que o SE é conjunção integrante. - A imprensa não investigou se, de fato, as acusações eram verdadeiras. - Seria muito bom se todo o país reciclasse o seu lixo.

b) Conjunção condicional. DICA: O SE condicional fará parte de uma oração de valor hipotético, provável ou incerto. Esse mesmo SE terá o valor da conjunção CASO, e, por esta, muito provavelmente, poderá ser substituída. - A população poderia ser compreensiva com os políticos se eles tivessem mais compromisso com os seus programas eleitorais. - Se todos compreendessem o verdadeiro sentido da palavra respeito, a humanidade cresceria muito mais. c) Conjunção temporal. DICA: A oração em que esse SE se insere não terá valor hipotético, provável ou incerto, mas sim de certeza, de convicção e/ou de fato. Será equivalente à conjunção QUANDO, e por esta poderá ser substituído. - Se as chuvas devastam cidades todos os anos, os governantes dizem a mesma coisa: que a tragédia não era esperada. - O país deixa de arrecadar uma fortuna em impostos se não fiscaliza os grandes sonegadores. d) Conjunção causal. DICA: Certamente, o SE menos comum de todos. A oração em que ele estiver envolvido relacionar-se-á com uma segunda de valor consecutivo. Permite troca por JÁ QUE, PORQUANTO, COMO etc. - Se o país vive tendo crises econômicas, os índices de desemprego só aumentam. - Se há algo de errado no que foi declarado, a polícia deve averiguar os documentos. “SE” vinculado ao verbo. As várias denominações do pronome “SE”:

- Parte - Palavra - Partícula - Índice - Indício

a) Pronome reflexivo:

1. “SE” será pronome reflexivo quando a ação verbal puder ser desempenhada, voluntariamente ou não, pelo sujeito contra si mesmo.

2. Essas ações são, quase sempre, físicas (objetivas e/ou conscientes), mas podem ser também psicológicas (subjetivas e/ou inconscientes).

3. O contexto, nessas horas, é fundamental.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Exemplos: 1- A moça maquiava-se diante do espelho.

2- O cão mordia-se procurando uma pulga.

3- Os grandes homens não se repetem ao longo de seus projetos.

4- O homem forte motiva-se sempre.

5- O casal nunca se questionava durante as brigas.

6- Aquele país ainda se culpa pelo holocausto. b) Partícula apassivadora: 1- É responsável pela transformação do objeto direto em sujeito paciente.

2- Quando o verbo está no singular, costuma induzir o candidato a pensá-la como índice de indeterminação do sujeito.

3- Está condicionada, sempre, a verbos transitivos diretos ou bitransitivos. Exemplos: - Destina-se aos homens-placa um lugar visível nas ruas e nas praças, ao passo que lhes é suprimida a visibilidade social.

- Ainda não se percebeu que a política nacional é puro teatro amador.

- Devem-se apoiar iniciativas de inovação na política nacional. b) Índice de indeterminação do sujeito. 1- Está ligada a verbos transitivos indiretos, intransitivos e de ligação. VTI + SE OBJETO INDIRETO. VI + SE ADJ. ADV.* VL + SE PRED. DO SUJEITO. * muito provavelmente. Exemplos: - Divergiu-se muito das opiniões do senador. - Sempre se acredita em milagres religiosos. - Saiu-se muito naquele fim de semana. - Parecia-se nervoso no dia da prova. - Era- se feliz naquele país. c) Partícula expletiva (ou de realce). 1- Seu objetivo é criar um efeito poético à frase.

2- Sua retirada não modifica a estrutura sintática do período. Ex.: - As flores murcharam-se todas. - O amor foi-se embora. - Os atletas partiram-se chorando. d) Parte integrante do verbo. 1- Funciona como um componente do verbo.

2- Sua retirada invalida ou modifica os sentidos do verbo. Ex.: - O homem arrependeu-se de suas palavras. - A jornalista se referiu aos casos de irregularidade. - O talentoso artista suicidou-se nesta manhã. 1 - Classifique a partícula SE nos períodos abaixo: - Jamais se consertaram as bicicletas. (_____________________________) - Trabalha-se muito aqui. (______________________________.) - Os convidados foram-se embora ao amanhecer. (_________________________) - Se ela não vier, teremos muito trabalho. (_____________________________) - Não sei se ele voltará hoje para casa. (_____________________________.) 2 - Relacione a primeira coluna com a segunda. (1) Conjunção Subordinativa (2) Pronome Reflexivo. (3) Pronome Apassivador (4) Índice de Indeterminação do Sujeito. (5) Partícula Expletiva ou de Realce ( ) Solange considerou-se culpada. ( ) Precisa-se de operários especializados. ( ) Nunca se sabe se ele vai chegar cedo ou não. ( ) A platéia riu-se das piadas do apresentador. ( ) Ali ainda se viam grandes florestas. 3 - No período "O irmão deixou-se envolver por más

companhias", o SE é classificado como: a) Conjunção Subordinativa b) Pronome Reflexivo. c) Pronome Apassivador d) Índice de Indeterminação do Sujeito. e) Partícula Expletiva ou de Realce

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

4 - No período "Conseguiremos lugar, se chegarmos

cedo ao teatro", o SE é classificado como: a) Conjunção Subordinativa. b) Pronome Reflexivo. c) Pronome Apassivador. d) Índice de Indeterminação do Sujeito. e) Partícula Expletiva ou de Realce. 5 - No período "A mulher arrependeu-se do que fez", o

SE é classificado como: a) Conjunção Subordinativa b) Pronome Reflexivo. c) Parte Integrante do verbo. d) Pronome Apassivador e) Partícula Expletiva ou de Realce

RESPOSTAS

01- Pronome apassivador; índice de indeterminação do sujeito; partícula de realce; conjunção condicional; conjunção integrante.

02- (2), (4), (1), (5), (3).

03- B

04- A

05- C

______________________________________________

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12. Vozes do verbo

RELEVÂNCIA DO ASSUNTO EM PROVAS: Considerável. Entender esse assunto significa enxergar algo a mais numa simples frase e até melhorar na interpretação de certos enunciados. DICA: Se há uma organizadora que explora bastante esse tema, esta é a FCC. Nas provas de todos os níveis é possível encontrar questões sobre esse assunto. O CESPE também o explora, mas não costuma “avisar” ao candidato que está tratando de tal assunto. Por exemplo, é comum que o CESPE diga “A substituição de ‘erguem-se’ (linha 10) por ‘são erguidas’ prejudica a correção do período”. Ora, é uma nítida questão de passividade verbal. A organizadora quer que você reconheça se a passagem da “voz passiva sintética” para a “voz passiva analítica” mantém a correção gramatical. DICA DE ESTUDO: Cuidado com os modos e tempos verbais. É fundamental que você não confunda o pretérito perfeito como o imperfeito, por exemplo. Assim, se a questão pede para que você passe a seguinte frase para a voz passiva analítica “O projeto trouxe benefícios”, e você pensar que “Benefícios são trazidos pelo projeto” é a estrutura correta, você está confundindo os tempos verbais. Corrigindo: se “trouxe” está no pretérito perfeito, o verbo “ser” deve ficar também no pretérito perfeito “foram”, e não no presente. POSSIBILIDADE DE CAIR NA PROVA: De média para alta.

VOZES DO VERBO

A voz verbal é uma das relações que há entre o sujeito e verbo. Nesse processo, observa-se como o sujeito reage às diversas situações em que ele se insere. Tipos de voz verbal

a) Voz ativa: o sujeito pratica uma ação verbal. Ex.: Janaína Paschoal disse que Deus ajudou no processo de Impeachment.

b) Voz passiva analítica: o sujeito recebe uma ação verbal. Há, nessa voz, presença obrigatória de locução verbal e, muitas vezes, há agente da passiva.

Ex.: Dilma Rousseff foi interrogada pelos senadores e advogados de acusação.

c) Voz passiva sintética: o sujeito recebe a ação verbal. Há, nessa voz, presença obrigatória de

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partícula apassivadora “SE” e nunca há agente da passiva.

Ex.: Mudou-se o governo.

d) Voz reflexiva: o sujeito pratica e recebe a ação verbal ao mesmo tempo. Há, nessa voz, partícula reflexiva “SE”.

Ex.: Um senador confundiu-se durante o interrogatório.

e) Voz reflexiva recíproca: quando o sujeito composto ou formado por um grupo (de pessoas, coisas, animais etc.) pratica e sofre a ação verbal ao mesmo tempo.

Ex.: Um jornalista e um fotógrafo chocaram-se durante a entrevista. Ex.: Os cães se lambiam na calçada. INFORMAÇÕES IMPORTANTÍSSIMAS ● Verbos que permitem mudança de voz: - VTD - VTDI

Por quê? Porque esses verbos têm um objeto direto, termo que se converterá em sujeito paciente na voz passiva.

Ex.: - A justiça proíbe a presença de manifestantes. (voz ativa) - A presença de manifestantes é proibida pela justiça. (voz passiva analítica) ● Verbos que não permitem mudança de voz: - VTI - VI - VL

Por quê? Porque esses verbos são desprovidos de objeto direto.

Ex.: - Os brasileiros acreditam em milagres. (voz ativa) - Em milagres são acreditados pelos brasileiros.

A “transposição” acima está completamente errada, pois o sujeito não pode ser preposicionado.

- Os bandidos da penitenciária estadual fugiram. (voz ativa) - Foram fugidos os bandidos da penitenciária estadual.

A “transposição” acima também está completamente errada, pois não faz nenhum sentido dizer que os bandidos foram fugidos.

Observação 1: A voz ativa, portanto, não é exclusividade de VTD’s e VTDI’s. Os VTI’s e VI’s também podem ter voz ativa, só não permitem a mudança de voz.

Observação 2: Verbos de ligação isolados nas frases (sozinhos) produzem orações sem voz verbal. - A criança está feliz. Não há voz verbal alguma, pois o sujeito não pratica, não recebe nem pratica e recebe, ao mesmo tempo, nenhum tipo de ação verbal. O verbo “estar” indica apenas um estado do sujeito.

EXCEÇÃO!!!!! Segundo muitos gramáticos, os verbos “(des)obedecer” e “assistir” – no sentido de ver – (ainda que sejam um VTI) aceitam mudança para a voz passiva. Por quê? Porque sim. É uma imposição. - O paciente desobedeceu ao médico. (voz ativa). - O médico foi desobedecido pelo paciente (voz passiva analítica). - Todos nós assistimos ao julgamento da ex-presidente. - O julgamento da ex-presidente foi assistido por todos nós.

Note que, em todas as transposições, a preposição “a” foi eliminada do processo.

● Alteração no número de verbos:

a) 1 verbo (na ativa) = 2 verbos (na passiva). b) 2 verbos (na ativa) = 3 verbos (na passiva). c) 3 verbos (na ativa) = 4 verbos (na passiva).

VAMOS TESTAR Antes, vamos entender as seguintes tabelas: Para apenas um verbo na voz ativa

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VERBO “SER”

PRES. IND. PRET.IMP. PRET.PER.

Ele(a) é era foi

Eles(as) são eram foram

Para a partir de dois verbos na ativa

SER

SENDO

SIDO

Ex.: - O jovem melhora a vida dos pais. ________________________________________________ - O jovem melhorava a vida dos pais. ________________________________________________ - O jovem melhorou a vida dos pais. ________________________________________________ - A burocracia deve atrapalhar os investidores. ________________________________________________ - A burocracia vem atrapalhando os investidores. ________________________________________________ - A burocracia tem atrapalhado os investidores. ________________________________________________ - As crianças podem querer ler aquele livro. ________________________________________________ - As crianças devem vir lendo aquele livro. ________________________________________________ - As crianças podem ter lido aquele livro. ________________________________________________ TESTE II Mude as vozes das seguintes construções: - Muito se deve discutir o motivo das manifestações.

________________________________________________ - Podem-se verificar os novos rumos do país. ________________________________________________ - Questionou-se o novo governo. ________________________________________________ Voz Reflexiva: Há dois tipos de voz reflexiva: a) Reflexiva: será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo. Exemplos: - O brasileiro pouco se critica. - A moça se maquiava. - A modelo se impôs uma rígida dieta. b) Reflexiva recíproca: será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro. Exemplos - Paula e Renato amam-se. - Os jovens agrediram-se durante a festa. - Os ônibus chocaram-se violentamente.

EXERCÍCIOS 01

01- PREVIC 2012 (CESPE) “Analistas da área apontam para o fim do ciclo hiperinflacionário e do descontrole dos gastos públicos como o principal motivador da expansão dos fundos de pensão entre os países latino-americanos. Esse renovado interesse pela previdência complementar ainda teria sido fortalecido pelo próprio processo de reformas orientadas para o mercado, o qual estabeleceu uma moderna estrutura de regulação e supervisão dos fundos institucionais”. ( ) O emprego da forma verbal “teria sido

fortalecido” tem o efeito de indicar ao leitor que o autor apresenta uma hipótese para explicar o “renovado interesse pela previdência complementar”. Infere-se do texto que essa hipótese é de autoria dos “Analistas da área”.

02- TJ Espírito Santo 2012 (CESPE) “No documentário

Lixo Extraordinário, Tião diz que gosta de Nietzsche e Maquiavel. Ele encontrou um exemplar de O Príncipe, de Maquiavel, no meio do chorume do aterro. Depois de ler, ficou comparando os príncipes descritos por Maquiavel com líderes do tráfico. Ele conta que a

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obra foi fundamental quando estava começando sua própria liderança”. ( ) No trecho “descritos por Maquiavel”, a

expressão “por Maquiavel” designa o agente da ação expressa pela forma nominal “descritos”.

03- SEDU Espírito Santo 2010 (CESPE) “Na realidade, à

exceção das manifestações indígenas, o restante do que se pode definir como cultura brasileira veio de fora. A multirracialidade do país contribuiu para isso”. ( ) Prejudica-se a correção gramatical do período

ao se substituir “se pode definir” por pode ser definido.

04- SEDU Espírito Santo 2010 (CESPE) “Já é tempo de ser

tomada firme decisão política, envolvendo permanente esforço de conscientização da coletividade no tocante a um item tão importante ao presente e ao futuro da qualidade de vida citadina, como é o caso do trato adequado com o lixo urbano”. ( ) Prejudica-se a correção gramatical do período

ao se substituir “ser tomada” por se tomar. 05- PEFOCE (CESPE 2012) Com relação à correção

gramatical, julgue o item subsequente, que apresenta trecho reescrito do texto. ( ) “Necessitam-se tanto da criação de métodos

transparentes e previsíveis quanto da definição clara do que se considere violação ética, cujas alegações desse tipo seja submetido à investigação”.

06- MPU TÉCNICO (CESPE 2013) “A partir da elaboração

de relatórios como o Justiça em Números, o CNJ pôde, por exemplo, criar metas para desatar os nós da justiça brasileira. Uma delas, de 2009, previa o julgamento de todos os processos distribuídos antes de 2006. Identificaram-se quase 4,5 milhões de casos; 90% deles já foram julgados”. ( ) Prejudica-se a correção gramatical do texto ao

se substituir “Identificaram-se” por Foram identificados.

GABARITO

01 02 03 04 05 06

C C E E E E

EXERCÍCIOS 2

01- (TRT 11ª Região 2012) Existe transposição de uma voz verbal para outra em:

(A) Variam os níveis de percepção de uma fotografia = São vários os níveis de percepção de uma fotografia.

(B) As fotografias são uma espécie de espelhos = As fotografias tornam-se uma espécie de espelhos.

(C) A percepção de uma imagem muda com o passar do tempo = O passar do tempo muda a percepção de uma imagem.

(D) Os olhares hão de descongelar cada imagem = Cada imagem há de ser descongelada pelos olhares.

(E) Certas fotos se assemelham a espelhos = Há espelhos aos quais certas fotos se tornam semelhantes.

02- (TCU São Paulo 2012) Transposta para a voz ativa, a

forma verbal grifada abaixo passará a ser: “... que a expansão do consumo de energia dos brasileiros será atendida por outras fontes ...” (A) atenderão. (B) atenderiam. (C) se atendesse. (D) serão atendidas. (E) deverá ser atendida.

03- SEGÁS SERGIPE (FCC 2013) “É impossível que nossos

homens políticos não tenham conservado um resto de idealismo ...” A forma verbal resultante da transposição da frase acima para a voz passiva é: (A) conservassem. (B) tenha sido conservado. (C) fora conservado. (D) tenham sido conservados. (E) conservasse.

04- METRÔ SP (FCC 2012) A frase em que o verbo se

apresenta na voz passiva é: (A) ... que era encantador e apaixonado por si

mesmo em igual medida. (B) ... como ele costumava escrever seu nome ... (C) Era um ser totalmente urbano que jamais teve

muito a dizer sobre os encantos da natureza . (D) ... seus ancestrais eram tecelões e pedreiros ... (E) Quando criança, Mozart foi anunciado em

Londres como “prodígio” e “gênio”. 05- METRÔ SP (FCC 2012) A transposição da frase abaixo

para a voz passiva terá como resultado: “... que os antigos podem ter explorado praticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis...”

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(A) que as plantas selvagens aproveitáveis praticamente exploraram-se todas com os antigos.

(B) que praticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis podem ter sido exploradas pelos antigos.

(C) que praticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis pôde ter sido exploradas pelos antigos.

(D) que podem os antigos ter tido as plantas selvagens aproveitáveis todas praticamente exploradas.

(E) que os antigos puderam explorar praticamente todas as plantas selvagens aproveitáveis.

GABARITO

01 02 03 04 05

D A B E B

EXERCÍCIO

01- Transpondo para a voz passiva a frase “Ele tinha

estabelecido um roteiro de fiscalização do dia”, obtém-se a forma:

a- tivera estabelecido b- foi estabelecido c- estava estabelecendo d- tinha sido estabelecido e- estava sendo estabelecido

02- Transpondo para a voz passiva a frase “a menina estava

compondo uma bela música”, obtém-se a forma:

a- Era composta b- Tinha sido composta c- Estava sendo composta d- Fora composta e- Estaria sendo composta

04- Transpondo para a voz ativa a oração “O dissídio já

havia sido homologado”, o verbo apresentará a forma:

a- homologara-se b- homologar-se-ia c- homologariam d- haviam homologado e- houvera sido homologado

05- Passando para a voz ativa a frase “O texto será corrigido pelo técnico especializado”, obtém-se a forma verbal:

a- corrigirá b- fará a correção c- corrigir-se-á d- vai corrigir

e- deve corrigir 06- Passando para a voz passiva a frase “Lídia ia

marcando as falhas tipográficas sobre o próprio texto”, obtém-se a forma verbal:

a- estava marcando b- foi sendo marcado c- foram marcados d- iam sendo marcadas e- eram marcados

GABARITO

01 02 03 04 05

D C D A D

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13. Acentuação gráfica (Acordo

Ortográfico)

REGRAS QUE NÃO MUDARAM

1- Todas as palavras proparoxítonas (que têm o acento tônico na antepenúltima sílaba) são acentuadas: árvore, lâmpada, têmpora, esplêndido, lápide, sôfrego, hambúrgueres etc.

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CUIDADO!!!!! Polêmica!!!!!

Alguns gramáticos (e consequentemente algumas bancas, como o IMPARH, por exemplo) defendem a ideia de que palavras como série, mágoa ou tênue são exemplos de proparoxítonas. Assim, seriam separadas da seguinte forma: sé-ri-e, má-go-a e tê-nu-e. Tais gramáticos costumam chamar esses vocábulos, também, de paroxítonas aparentes.

2- Acentuam-se as palavras paroxítonas (que têm o acento tônico na penúltima sílaba) terminadas em:

A) ditongo crescente: sério, ânsia, Mário, mágoa, espontâneo, óleo, cárie etc.

B) ão, ãos, ã, ãs: órfão, órfãos, órfã, órfãs; ímã, ímãs, órgão, órgãos.

C) i, is: júri, júris, lápis, jóquei, jóqueis, amáveis, quisésseis, biquíni, biquínis.

D) on, ons: próton, prótons, nêutron, nêutrons, elétron, elétrons, íon, ínos, píton, pítons.

E) um, uns, us: álbum, álbuns, bônus, Vênus, médium, médiuns, fórum, fóruns, quórum.

F) l, n, r, x, ps,: amável, fácil, hífen, pólen, dólar, revólver, hambúrguer, Félix, tórax, tríplex, látex, bíceps, fórceps.

3- As palavras oxítonas e os monossílabos tônicos acentuados são os que terminam em A, E, O (seguidas, ou não, de “S”):

A) Oxítonas: vatapá, cajá, Pará, você, vocês, três café, cipó, paletós, mocotó, avô, etc.

B) Monossílabas: cá, fé, pó, pôs, mês, ré, sós etc.

4- Acento nas vogais i e u: Para serem acentuadas, as vogais I e U precisam preencher as seguintes condições:

A) ser tônicas;

B) ser precedidas de vogal;

C) formar sílaba sozinha ou com S.

Exemplos: aí, caí, juízes, caído, Luís, incluí-lo, caíste, baú, saúde, gaúcho, balaústre.

Basta falhar uma dessas condições para não mais haver acento: vai, cai, juiz, caindo, Luiz.

Exceções:

- rainha, fuinha, lagoinha, moinho.

Obs.: Para que se caracterize a exceção, é necessário existir o dígrafo NH depois da vogal.

REGRAS QUE MUDARAM COM O NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO

Mudanças no alfabeto

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser:

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z

As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano.

Uso do Trema

Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui.

Como era Como fica agüentar aguentar bilíngüe bilíngue cinqüenta cinquenta delinqüente delinquente eloqüente eloquente

Atenção:

O trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas.

Exemplos: Müller, mülleriano, Bündchen, Schönberg etc.

Quanto à acentuação

1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).

Como era Como fica idéia ideia paranóia paranoia apóia (verbo apoiar) apoia asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide colméia colmeia

Atenção:

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Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.

Atenção:

Se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.

2. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s).

Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos

3. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

Como era: Ele pára o carro. Como fica: Ele para o carro. Como era: Ele foi ao pólo Norte. Como fica: Ele foi ao polo Norte. Como era: Ele gosta de jogar pólo. Como fica: Ele gosta de jogar polo. Como era: Esse gato tem pêlos brancos. Como fica: Esse gato tem pelos brancos. Como era: Comi uma pêra. Como fica: Comi uma pera.

Atenção:

Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3a pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode.

Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Exemplos:

- Ele tem dois carros. - Ele vem de Juazeiro. - Ele mantém a palavra. - Ele convém aos

estudantes. - Ele detém o poder. - Ele intervém em todas

as aulas.

- Eles têm dois carros - Eles vêm de Juazeiro. - Eles mantêm a palavra. - Eles convêm aos

estudantes. - Eles detêm o poder. - Eles intervêm em todas as

aulas.

É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

USO DO HÍFEN

Regras

Algumas regras do uso do hífen foram alteradas pelo novo Acordo. Mas, como se trata ainda de matéria controvertida em muitos aspectos, para facilitar a compreensão dos leitores, apresentamos um resumo das regras que orientam o uso do hífen com os prefixos mais comuns, assim como as novas orientações estabelecidas pelo Acordo.

1- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º termo está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal.

Ano-luz, tio-avô, zé-povinho, má-fé, azul-escuro, seu-vizinho, sul-africano, afro-asiático, vaga-lume, conta-gotas, primeiro-ministro, arco-íris, decreto-lei, joão-ninguém, segunda-feira, porta-retrato, quebra-mar, porto-alegrense etc.

NÃO CONFUNDIR: As formas empregadas adjetivamente do tipo afro-, anglo-, euro-, franco-, indo- ítalo- etc. continuam sem hífen em empregos em que só há uma etnia:

Afrodescendente, anglomania, eurocêntrico, lusofonia, francolatria etc.

Obs.: Algumas palavras, com o tempo, perderam, em certa medida, a noção de composição, e passaram a se escrever aglutinadamente.

Ex.: girassol, paraquedas, mandachuva, pontapé.

Obs.: Mas, se a noção de composição se mantiver na memória do falante, usa-se hífen.

Ex.: para-brisa, para-choque, ave-maria, abaixo-assinado etc.

2- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º elemento está representado pelas formas além, aquém, recém, bem e sem.

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Além-Atlântico, bem-aventurado, bem-estar, sem-vergonha, recém-eleito, aquém-mar, bem-dizer, além-mar etc.

3- EMPREGA-SE HÍFEN nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigo:

Grã-Bretanha, Grão-Pará, Traga-Mouro, Baía de Todos-os-Santos, Trás-os-Montes etc.

4- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento está representado pela forma mal e o 2º elemento começar por vogal, h ou l.

Mal-afortunado, mal-entendido, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo etc.

PORÉM: malcriado, malgrado, malnascido, malpesado etc. (sem hífen).

5- EMPREGA-SE HÍFEN nos compostos que designam espécies botânicas (plantas) ou zoológicas (animais).

Andorinha-do-mar, feijão-verde, erva-doce, couve-flor, capim-limão, bem-me-quer (mas: malmequer é exceção), joão-de-barro, cobra-d’água etc.

6- NÃO SE EMPREGA HÍFEN em certas locuções consagradas pela gramática normativa:

Cão de guarda, fim de semana, fim de século, sala de jantar, cor de açafrão, cor de café, cor de vinho, depois de amanhã, em cima, por baixo de, por cima de, apesar de, a fim de, em contrapartida, faz de contas, um deus nos acuda, tomara que caia, maria vai com as outras, ponto e vírgula, comum de dois, arco e flecha etc.

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por prefixos ou por elementos que podem funcionar como prefixos, como: aero, agro, além, ante, anti, aquém, arqui, auto, circum, co, contra, eletro, entre, ex, extra, geo, hidro, hiper, infra, inter, intra, macro, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pós, pré, pró, pseudo, retro, semi, sobre, sub, super, supra, tele, ultra, vice etc.

7- Com prefixos, USA-SE SEMPRE O HÍFEN diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico anti-histórico co-herdeiro macro-história mini-hotel proto-história sobre-humano super-homem ultra-humano

8- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial agroindustrial anteontem antiaéreo antieducativo autoaprendizagem autoescola autoestrada autoinstrução coautor coedição extraescolar infraestrutura plurianual semiaberto semianalfabeto semiesférico semiopaco Exceção: o prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigar, coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

9- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s.

Exemplos: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semicírculo semideus seminovo ultramoderno

Atenção: com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen.

Exemplos: vice-rei, vice-almirante etc.

10- NÃO SE EMPREGA HÍFEN quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras.

Exemplos: antirrábico antirracismo antirreligioso antirrugas antissocial biorritmo contrarregra contrassenso cosseno infrassom microssistema minissaia multissecular neorrealismo neossimbolista semirreta ultrarresistente ultrassom

11- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por vogal e o segundo elemento começa pela mesma vogal.

Exemplos: anti-ibérico anti-imperialista anti-inflacionário anti-inflamatório auto-observação contra-almirante contra-atacar contra-ataque micro-ondas micro-ônibus

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semi-internato semi-interno

12- EMPREGA-SE HÍFEN quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começa pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-racista super-reacionário super-resistente super-romântico

13- EMPREGA-SE HÍFEN sempre que o 1º elemento terminar graficamente acentuado.

Pré-natal, Pós-graduação, Pré-história, Pró-europeu, Pré-vestibular etc.

Atenção:

Nos demais casos não se usa o hífen.

Exemplos: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção.

Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: sub-região, sub-raça etc.

Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

14- NÃO SE USA O HÍFEN quando o segundo elemento começar por vogal e o prefixo termina por consoante.

Exemplos: hiperacidez hiperativo interescolar interestadual interestelar interestudantil superamigo superaquecimento supereconômico superexigente superinteressante superotimismo

15- USA-SE SEMPRE O HÍFEN com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice.

Exemplos: além-mar além-túmulo aquém-mar ex-aluno ex-diretor ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-vestibular pró-europeu recém-casado recém-nascido sem-terra

16- DEVE-SE USAR O HÍFEN com os sufixos de origem tupi-guarani: açu, guaçu e mirim.

Exemplos: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.

17- DEVE-SE USAR O HÍFEN para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares.

Exemplos: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, o percurso Lisboa-Coimbra- Porto, o trecho Fortaleza-Itapipoca-Sobral etc.

18- NÃO SE DEVE USAR O HÍFEN em certas palavras que perderam a noção de composição.

Exemplos: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé

Observações

1. Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por “r”: sub-região, sub-raça etc. Palavras iniciadas por h perdem essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano etc.

3. O prefixo co aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, cooperar, cooperação, cooptar, coocupante etc.

4. Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-almirante etc.

IMPOSIÇÕES DO ACORDO ORTOGRÁFICO

Não se utiliza hífen nas seguintes locuções:

a) Cão de guarda b) Fim de semana c) Fim de século d) Sala de jantar e) Cor de açafrão f) Cor de café com leite g) Cor de vinho h) Deus nos acuda i) Salve-se quem puder j) Um faz de contas k) Um disse me disse l) Um maria vai com as outras m) Bumba meu boi n) Tomara que caia o) À toa p) Dia a dia

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146

OS: 0100/3/20-Gil Luz

q) Arco e flecha r) Calcanhar de aquiles s) Comum de dois t) Tão somente u) Ponto e vírgula

EXCEÇÕES IMPOSTAS PELO ACORDO ORTOGRÁFICO

Utiliza-se hífen nas seguintes locuções: a) Água-de-colônia b) Arco-da-velha c) Cor-de-rosa d) Mais-que-perfeito e) Pé-de-meia f) Ao deus-dará g) À queima-roupa

ACORDO ORTOGRÁFICO – EXERCÍCIOS 1

Questão única: Analise as composições abaixo e, em seguida, justifique a presença correta ou não do hífen.

a) Má-fé:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: 1º termo está representado por forma adjetiva. Ex.: luso-brasileiro, boa-fé, ano-luz etc.

b) Luso-fonia:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Errado: As formas afro- ,anglo-, euro-, indo-, franco- etc. continuam sendo grafadas sem hífen.

c) Planalto:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: Não se reconhece mais o sentido de plano + alto. Ex.: Fidalgo, aguardente etc.

d) Conta-gotas:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: 1º termo está representado por forma substantiva. Ex.: tio-avô, zé-povinho, primeiro-ministro, porta-retrato etc.

e) Bem-dito

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar.

f) Sem-vergonha

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: Usa-se hífen quando o 1º elemento está representado por além, aquém, recém, bem, sem. Ex.: bem-dizer, sem-número, recém-casado, além-mar, aquém-mar.

g) Mal-humorado, Mal-entendido, mal-estar:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L. Exceção: Mal de Alzheimer.

h) Malcriado, malvisto, malnascido:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: Use-se hífen quando o 1º elemento for MAL e o 2º for VOGAL, H ou L.

i) Belorizontino, matogrossense, portoalegrense:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Errado: Adjetivos gentílicos serão grafados sempre com hífen. Ex.: juiz-forano, ouro-pretense etc.

j) Erva-doce, galo-de-campina, feijão-verde, couve-flor:

___________________________________________________________________________________________________________________________

Correto: nos compostos que designam espécies botânicas e zoológicas, usa-se o hífen. Ex.: joão-de-barro, cobra-d`água etc.

ACORDO ORTOGRÁFICO Exercícios - Lista 1

1 – Identifique a alternativa em que há um vocábulo cuja

grafia não atende ao previsto no Acordo Ortográfico:

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147

OS: 0100/3/20-Gil Luz

a) aguentar – tranquilidade – delinquente – arguir –

averiguemos; b) cinquenta – aguemos – linguística – equestre –

eloquentemente; c) apaziguei – frequência – arguição – delinquência

– sequestro; d) averiguei – inconsequente – bilíngue – linguiça –

quinquênio; e) sequência – redargüimos – lingueta –

frequentemente – bilíngue. 2 – Assinale a opção em que figura uma forma verbal

grafada, consoante a nova ortografia, erroneamente:

a) verbo ter: tem detém contém mantém retém têm detêm contêm mantêm retêm

b) verbo vir:

vem advém convém intervém provém vêm advêm convêm intervêm provêm

c) verbos ler e crer: lê relê crê descrê leem releem creem descreem

d) verbos dar e ver: dê desdê vê revê provê deem desdeem veem reveem provêm

e) verbos derivados de ter:

abstém atém obtém entretém abstêm atêm obtêm entretêm

3 – Identifique a alternativa em que um dos vocábulos,

segundo o Acordo Ortográfico, recebeu indevidamente acento gráfico:

a) céu – réu – véu; b) chapéu – ilhéu – incréu; c) anéis – fiéis – réis; d) mói – herói – jóia; e) anzóis – faróis – lençóis.

4 – As sequências abaixo contêm paroxítonas que,

segundo determinada regra do Acordo Ortográfico, não são acentuadas. Deduza qual é essa regra e assinale a alternativa a que ela não se aplica:

a) aldeia – baleia – lampreia – sereia; b) flavonoide – heroico – reumatoide –

prosopopeia; c) apoia – corticoide – jiboia – tipoia; d) Assembleia – ideia – ateia – boleia; e) Crimeia – Eneias – Leia – Cleia.

5 – Identifique a opção em que todas as palavras compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:

a) anti-higiênico / antiinflamatório – antiácido /

antioxidante / anti-colonial / antirradiação / antissocial;

b) anti-higiênico / anti-inflamatório / antiácido / antioxidante / anticolonial / antiradiação / anti-social;

c) anti-higiênico / anti-inflamatório / antiácido / antioxidante / anticolonial – antirradiação / antissocial;

d) anti-higiênico / anti-inflamatório / anti-ácido / anti-oxidante / anticolonial – antirradiação / antissocial;

e) anti-higiênico / anti-inflamatório / anti-ácido / anti-oxidante / anti-colonial – antirradiação / antissocial.

6 – Conforme o Acordo Ortográfico, os prefixos pós-,

pré- e pró-, quando átonos, aglutinam-se com o segundo elemento do termo composto.Marque a alternativa em que, segundo as novas regras, há erro de ortografia:

a) posdatar – predatar – proamericano –

progermânico; b) predefinir – predestinar – predizer –

preexistência; c) prejulgar – prelecionar – prenomear –

preordenar; d) preanunciar – preaquecer – preconcebido –

precognição; e) preposto – procônsul – procriação – prolação.

7 – O uso do acento diferencial, consoante as novas

regras, é facultativo nos seguintes casos, exceto em:

a) fôrma (significando molde) b) pôde (no pretérito perfeito do indicativo); c) cantámos (no pretérito perfeito do indicativo); d) amámos (no pretérito perfeito do indicativo); e) dêmos (no presente do subjuntivo).

8 – Identifique a alternativa em que todas as palavras

compostas estão grafadas de acordo com as novas regras:

a) miniquadro – minissubmarino –

minirretrospectiva – mini-saia; b) sub-bibliotecário – sub-humano – sub-hepático –

sub-região; c) infra-assinado – infra-estrutura – infra-hepático –

infravermelho; d) hiperácido – hiperespaço – hiper-humano –

hiperrealista;

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

e) contra-acusação – contra-indicação – contraespionagem – contra-harmônico.

RESPOSTAS

01 02 03 04 05 06 07 08

E D D A C A B B

Acordo Ortográfico Exercícios - Lista 2

1 – Todos os termos compostos estão corretamente

grafados na opção:

a) ultraconfiança – paraquedas – reestruturar – sub-bibliotecário – super-homem;

b) hiperativo – rerratificar – subsecretário – semi-hipnotizado – manda-chuva;

c) interregional – macroeconmia – pontapé – ressintetizar – sub-horizontal;

d) superagasalhar – arquimilionário – interestadual – passa-tempo – sub-rogar;

e) paraquedístico – panamericano – mini-herói – neo-hebraico – sem-teto.

2 – Deveriam ter sido acentuadas as palavras alistadas

na opção:

a) azaleia – estreia – colmeia – geleia – pigmeia; b) benzoico – dicroico – heroico – Troia –

urbanoide; c) chapeu – coroneis – heroi – ilheu – lençois; d) alcaloide – reumatoide – tabloide – tifoide –

tipoia; e) apneia – farmacopeia – odisseia – pauliceia –

traqueia. 3 – O hífen foi indevidamente empregado em:

a) capim-açu; b) anajá-mirim; c) abaré-guaçu; d) tamanduá-açu; e) trabalhador-mirim.

4 – Assinale a sequência integralmente correta:

a) sino-japonês – sinorrusso; b) hispano-árabe – hispano-marroquino; c) teutoamericano – teutodescendente; d) anglo-brasileiro – anglo-descendente; e) angloamericano – anglofalante.

5 – Marque a opção em que uma das formas verbais está incorreta:

a) averíguo – averiguo; b) averíguas – averiguas; c) averígua – averigua; d) averíguamos – averiguamos; e) averíguam – averiguam.

6 – Marque a opção em que ambos os termos estão incorretamente grafados:

a) coabitar – coerdeiro; b) coexistência – coindicado; c) cofundador – codominar; d) co-ordenar – co-obrigar; e) corresponsável – cossignatário.

7 – Paramédico é grafado sem hífen, da mesma forma

que:

a) parabactéria; b) parabrisa; c) parachoque; d) paralama; e) paravento.

8 – Para-raios é grafado com hífen, da mesma forma

que:

a) para-biologia; b) para-psicologia; c) para-linguagem; d) para-normal; e) para-chuva.

9 – Uma das palavras está grafada de forma incorreta na

opção:

a) pró-ativo – proativo; b) pró-ótico – proótico; c) pré-eleição – preeleição; d) pré-demarcar – predemarcar; e) pré-eleito – preeleito.

10 – Identifique a alternativa em que há erro de

ortografia:

a) predelinear; b) predestinar; c) pré-questionar; d) preexistência; e) proembrionário.

11 – As formas verbais a seguir estão corretamente

grafadas, exceto:

a) arguiamos;

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

b) arguiríamos; c) arguíssemos; d) arguímos; e) arguirmos.

12 – Assinale a opção em que há erro de ortografia:

a) arco e flecha; b) arco de triunfo; c) arco de flores; d) arco da chuva; e) arco da velha.

RESPOSTAS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

A C E B D D A E B C

11 12

A E

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

EXERCÍCIOS PADRÃO CESPE “Ontem o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, assinou um decreto que autoriza a concessão de vistos temporários a imigrantes do norte da África que fugiram de seus países por conta dos recentes graves ações políticas. (...) O anúncio foi feito pelo ministro italiano da Defesa, Ignazio La Russa, e não agradou ao governo francês, que teme uma onda de imigração, já que, com os vistos, os imigrantes poderiam circular pela UE e levá-la a complicadas situações”.

Folha de São Paulo (Com adaptações) ► Com relação às regras de acentuação gráfica, assinale C para certo e E para errado. 01- ( ) O acento agudo ocorre em “Itália” porque se

tem aí presença de vocábulo proparoxítono. 02- ( ) O plural de “Ontem” grafa-se “onténs”,

igualmente à palavra “armazéns”. 03- ( ) O verbo “assinou”, na 3ª pessoa do futuro do

pretérito do indicativo, é grafado assim: “assinaría”. 04- ( ) O acento em “temporários” se justifica pela

mesma razão de “Itália”. 05- ( ) Por ser uma paroxítona terminada em “a”,

“África” recebe acento gráfico.

06- ( ) Por ocorrer um hiato, em “países” o acento é obrigatório.

07- ( ) A supressão do acento agudo de “políticas”

geraria novo vocábulo, incompatível com o contexto. 08- ( ) Por ser palavra oxítona terminada em “e”,

seguida de “s”, “francês” deve receber acento circunflexo.

09- ( ) O acento em “anúncio” se dá porque tal palavra

é uma paroxítona terminada em ditongo crescente. 10- ( ) Caso o acento de “anúncio” fosse suprimido,

teríamos agora a formação de uma palavra pertencente a outra classe gramatical.

11- ( ) O acento da palavra “já” se justifica pela mesma

razão que “fé”, “chá”, só” e “aí” são corretamente acentuados.

12- ( ) Caso o verbo “autorizar” em “...um decreto que

autoriza” fosse para 3ª pessoa do futuro do presente ou do futuro do pretérito o uso de acento agudo (no dois novos tempos) seria obrigatório, mas por razões distintas.

13- ( ) Em “...e não agradou ao governo...”, caso o

verbo destacado fosse para 2ª pessoa do singular do pretérito mais que perfeito, não haveria acento gráfico, já que a tonicidade recai na penúltima sílaba; contudo, se o mesmo verbo, na mesma pessoa, fosse, agora, para o futuro do presente, o acento agudo seria obrigatório, uma vez que se aí tem vocábulo oxítono terminado em “a”, seguido de “s”.

14- ( ) O uso de acento agudo em “levá-la” se justifica

porque têm-se aí palavra oxítona terminada em “a”. 15- ( ) Em “Já que é difícil comprovar o amor, é muito

melhor intuí-lo”. O uso de acento agudo se justifica porque se tem aí vocábulo oxítono terminado em vogal “i”.

GABARITO

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10

11 12 13 14 15

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14 – Exercícios Finais FCC

01- Na sentença: “Saiba mais sobre nossos serviços,

acessando o site www.com.br”

O verbo grifado em cada uma das alternativas, que está flexionado de maneira idêntica à do verbo também grifado na frase acima, é:

a) Estamos sempre dispostos a esclarecer suas

dúvidas. b) Aqui nós nos propomos a trabalhar com

responsabilidade e cortesia. c) Espere até sua senha ser apontada por um de

nossos atendentes. d) Esperamos que você esteja satisfeito com nosso

atendimento.

e) Nosso atendimento personalizado busca o esclarecimento de possíveis dúvidas.

02- De acordo com dados do Programa das Nações Unidas

para o Meio Ambiente, cerca de 100 espécies desaparecem todos os dias da face do planeta, sendo o comércio ilegal uma de suas principais causas. Estima-se que, no Brasil, esse tráfico seja responsável pela retirada de 38 milhões de animais por ano, apesar de saber-se que a cada dez animais retirados da natureza, apenas um sobrevive.

O uso da forma verbal grifada na frase acima, considerando- se o contexto, indica:

a) uma realidade presente e concreta. b) uma hipótese provável. c) um fato desejado no presente. d) uma dúvida sem razão de ser. e) uma ação futura.

03 – Leia:

- O animal silvestre dissemina sementes. - O animal silvestre é essencial para o equilíbrio do

meio ambiente. - As sementes atuam na reprodução e na

recomposição da vegetação. - As sementes participam da cadeia alimentar e

perpetuam a vida.

As frases acima estruturam-se em um único período com lógica, clareza e correção, em:

a) O animal silvestre quando dissemina sementes, é

essencial para equilibrar o meio ambiente, que essas sementes atuam na reprodução e na recomposição da vegetação, e participam da cadeia alimentar e perpetuam a vida.

b) O animal silvestre é essencial para o equilíbrio do meio ambiente, pois dissemina sementes que atuam na reprodução e na recomposição da vegetação, além de participar da cadeia alimentar, perpetuando a vida.

c) As sementes, as quais atuam na reprodução e na recomposição da vegetação, participam da cadeia alimentar e perpetuam a vida, é o animal silvestre que dissemina essas, essencial para o meio ambiente.

d) Essencial para o meio ambiente, as sementes reproduzem e recompõe a vegetação, que o animal silvestre lhes dissemina, sementes para participar da cadeia alimentar e perpetuar a vida.

e) O animal silvestre dissemina sementes já que atuam na reprodução e na recomposição da vegetação, com a participação da cadeia alimentar, para a perpetuação da vida, o qual é essencial para o meio ambiente.

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04- “Todos os anos o Brasil perde com o tráfico uma

quantia financeira incalculável...” (final do texto) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento do verbo grifado acima é:

a) Grupos de preocupação ecológica investem na

proteção aos recursos naturais do país. b) Compete à Justiça a aplicação de penalidades aos

traficantes de animais silvestres, nos termos da lei.

c) O comércio de animais silvestres é prática ilegal, reprovada por toda a sociedade.

d) Animais silvestres transportados sem o devido cuidado acabam morrendo.

e)) Pesquisadores destacam a necessidade de maior proteção aos recursos naturais do país.

05- “Pesquisadores que ...... na defesa da ararinha-azul

sabiam que ...... difícil impedir a extinção delas”. A colocação pronominal está correta nas formas a) se envolveram - seria-lhes b) se envolveram - lhes seria c) envolveram-se - lhes seria d) envolveram-se - ser-lhes-ia e) envolveram-se - seria-lhes

06- “A captura ilegal de animais silvestres só é superada

pelo tráfico de drogas e de armas”. Transpondo-se a frase acima para a voz ativa, a forma verbal passa a ser a) supera. b) superaram. c) está superando. d) tinha superado. e) vai estar sendo superada.

07- O verbo flexionado corretamente está grifado na frase:

a) Empresários requiseram licença ambiental para desenvolver seus projetos.

b) Muitos turistas vinherão ao Brasil central, atraídos pelos esportes náuticos.

c) Os investidores disporam-se a desenvolver um

turismo ecológico na região. d) Sobrevieram alguns contratempos, logo

resolvidos, no alojamento dos visitantes. e) Poucos turistas obteram a licença para

permanecer mais tempo na região. 08- A concordância está correta na frase:

a) Alguns proprietários, que perceberam o potencial turístico da região, investiram em projetos voltados para atividades que não prejudiquem o meio ambiente.

b) As maravilhas da geologia, da fauna e da flora do Brasil Central representa um paraíso que não

foram feitas para o turismo de massas de visitantes.

c) As visitas a algum santuário ecológico deve ser agendado com antecedência e feito em pequenos grupos de turistas, monitorados por guias treinados.

d) Romarias religiosas e festas folclóricas serve como atração a grande parte de turistas, que deseja visitar a região Centro-Oeste do Brasil.

e) O potencial turístico da região central do país abrangem atividades variadas, que justifica os novos e múltiplos investimentos no setor.

09- A cidade de Corumbá, que se situa ...... margens do rio

Paraguai e ...... uma distância de 420 quilômetros de Campo Grande, recebe turistas sempre dispostos ...... pescar. As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por

a) às - a - a b) às - à - a c) às - à - à d) as - a - à e) as - à - à

10- Está plenamente adequada a pontuação em:

a) As fábulas populares são simplórias? Ora elas significam muito mais do que aparentam, tal como o provou, esse texto de Ítalo Calvino.

b) Simplórias, pois sim... As fábulas, na verdade são prenhes de profunda significação, exigindo muita atenção e senso interpretativo, dos leitores.

c) Há quem julgue, essas fábulas, simplórias; mas atente-se bem, para seu sentido profundo, e teremos inevitavelmente, grandes surpresas.

d) Simplórias? Não o são, certamente, essas fábulas, das quais o autor revelou, para surpresa nossa, uma significação mais profunda.

e) Sim, há quem julgue simplórias, as fábulas populares, mas basta atentarmos para elas e veremos o quanto são capazes, de nos revelar.

11- Está clara e correta a redação deste livre comentário

sobre o texto:

a) Muito leitor curioso não deixará de pesquisar o famoso relatório de que trata o texto, providência de que não se arrependerá.

b) Aos leitores curiosos caberão promover pesquisas para encontrar esse relatório, com o qual certamente não se deverão frustrar.

c) Espera-se que os leitores habituais de Graciliano invidem todos os seus esforços no sentido de ler o relatório, cujo o valor é inestimável.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

d) É tão primoroso esse relatório que os leitores de Graciliano romancista acharão nele motivos para ainda mais orgulhar-se do mesmo.

e) Sendo pouco comum admirar-se um relatório de prefeito, verão os leitores de Graciliano que não se trata aqui deste caso, muito ao contrário.

12 - A pontuação está inteiramente correta em:

a) Quando prefeito de Palmeira dos Índios Graciliano, nem todos o sabem, escreveu a propósito de sua gestão, um relatório que se tornou memorável.

b) O autor do texto, até onde se pode avaliar não investe contra a linguagem técnica se esta é produtiva, mas contra excessos que a tornam ineficaz.

c) Ao caracterizar várias linguagens, correspondentes a vários ofícios, o autor não deixou de se valer da ironia, essa arma habitual dos céticos.

d) A ética rigorosa que Graciliano revela na escritura dos romances, está também nesse relatório de prefeito muito autocrítico e enxuto.

e) A retórica entendida como arte do discurso, pode ser eficaz ou inútil, dependendo dos propósitos e do talento, de quem a manipula.

13- Está plenamente adequada a correlação entre tempos

e modos verbais na frase:

a) Ainda jovem, o antropólogo houvera trabalhado no Brasil, razão por que os brasileiros muito haverão de se compungir com sua morte recente.

b) A ação de Lévi-Strass daria um novo perfil à antropologia, que propiciasse uma nova abertura e ainda a reunira com as ciências humanas.

c) Ao abrir e consolidar uma perspectiva generosa para a antropologia, ele deixou um legado de que também as novas gerações se beneficiarão.

d) Caso os preconceitos fossem combatidos com a tenacidade de Lévi-Strauss, muitos sofrimentos inúteis haverão de ser evitados.

e) Antes de escrever Raça e história, Lévi-Strauss tem contribuído para uma verdadeira revolução na antropologia, quando publica clássicos dessa área.

14- Ao renovar a antropologia, Lévi-Strauss fez a

antropologia mais respeitada que nunca, pois soube articular a antropologia com outras ciências, dotando a antropologia de preciosas ferramentas de interpretação cultural. Evitam-se as viciosas repetições do trecho acima substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por:

a) fê-la - articulá-la - dotando-a b) fê-la - articular-lhe - dotando-a c) fez-lhe - articulá-la - dotando-lhe d) a fez - articular a ela - dotando-lhe e) fez-lhe - articular-lhe - dotando-a

15- É preciso corrigir a redação da seguinte frase:

a) Talvez nem mesmo Lévi-Strauss terá avaliado a dimensão de seu legado cultural, a importância alcançada por seus estudos e pesquisas.

b) Há cientistas que, além de uma contribuição

específica em sua área de atividade, nos deixam paradigmas para uma nova concepção de mundo.

c) Todos os grandes cientistas contribuem, direta ou indiretamente, para a dissolução dos preconceitos e a superação dos equívocos coletivos.

d) Lévi-Strauss, quando esteve no Brasil, internou-se na selva e conviveu por algum tempo com as comunidades indígenas que desejava estudar.

e) Não será fácil surgir tão brevemente, algum outro antropólogo em que detenha a mesma envergadura, comparável a de Lévi-Strauss.

16- Todo lugar-comum, porém, tem um alicerce na

realidade ou nos sentimentos humanos ... (1º parágrafo) A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é: a) ... é um dos nossos instintos básicos. b) .... que cresce a passos largos ... c) ... que conduziram a isso ... d) ... as famílias encolheram drasticamente ... e) ... que acrescenta ansiedade ...

17- ... que faz com que em certas ocasiões ... (último parágrafo)

A lacuna que deverá ser corretamente preenchida pela expressão grifada acima está em:

a) O mercado editorial de autoajuda, ...... abrange

várias categorias, cresce a olhos vistos em todo o mundo.

b) O conteúdo dos livros de autoajuda, ...... os leitores acreditam, serve de inspiração para o sucesso na vida e na carreira profissional.

c) Os leitores estão convictos ...... essas publicações serão a inspiração para uma vida mais harmônica e feliz.

d) Os livros de autoajuda procuram conduzir as pessoas a obterem com tenacidade tudo aquilo ...... sonham.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

e) A literatura de autoajuda constitui, no momento, os meios ...... as pessoas recorrem para viver melhor.

18- Orientação espiritual ...... todas as pessoas é um dos

propósitos...... que escritores e pensadores vêm se dedicando,porque a perplexidade e a dúvida são inevitáveis ...... condição humana.

As lacunas da frase acima estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

a) à - a - à b) à - à - a c) a - a - à d) a - à - à e) a - a - a

19- Os verbos grifados estão corretamente flexionados na

frase:

a) Após a catástrofe climática que se abateu sobre a região, os responsáveis propuseram a liberação dos recursos necessários para sua reconstrução.

b) Em vários países, autoridades se disporam a elaborar projetos que prevessem a exploração sustentável do meio ambiente.

c) Os consumidores se absteram de comprar produtos de empresas que não consideram a sustentabilidade do planeta.

d) A constatação de que a vida humana estaria comprometida deteu a exploração descontrolada daquela área de mata nativa.

e) Com a alteração climática sobreviu o excesso de chuvas que destruiu cidades inteiras com os alagamentos.

20- ... que a natureza tinha seus próprios ritmos, alguns

regulares e outros irregulares. (4o parágrafo)

A frase cujo verbo exige o mesmo tipo de complemento que o grifado acima é:

a) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em

torno de 200 mil anos atrás ... b) ... que grandes migrações da África em direção à

Eurásia e à Oceania ocorriam já há 70 mil anos. c) Os perigos eram muitos ... d) ... se gotas caíam ritmicamente das folhas ... e) ... mostram uma enorme variedade de animais ...

21- ... alguns animais também foram domesticados. (2º

parágrafo)

O verbo que admite transposição para a voz passiva, tal como no exemplo grifado acima, está na frase:

a) Somos a presença mais recente neste planeta.

b) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas savanas ...

c) ... os homens queriam cantar também. d) Se o vento assobiava ... e) Certamente o som das flautas e dos tambores

acompanhava os rituais ...

22- A concordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase:

a) Os vestígios que a ciência estuda para tentar

recompor os hábitos de nossos ancestrais demonstram como se formaram os primeiros agrupamentos humanos.

b) É sabido, hoje, que nas sociedades primitivas o instinto artístico vinham associados aos ruídos produzidos pela própria natureza.

c) Os povos primitivos, cuja origem remonta à África, se espalhou por outras regiões, fato que foi comprovado pelos cientistas.

d) O homem primitivo encontrava na própria natureza os elementos de que precisavam para transformarem em objetos de arte.

e) A natureza, com seus ritmos regulares e irregulares, eram fonte de inspiração para a criação artística que caracterizavam os homens primitivos.

23- Se o vento assobiava ao passar por frestas e galhos ...

(5º parágrafo)

O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo em que se encontra o grifado acima está na frase:

a) A Terra tem uma idade aproximada de 4,5

bilhões de anos. b) Nossa espécie, o Homo sapiens, apareceu em

torno de 200 mil anos atrás, na África. c) Evidências fósseis e genéticas indicam ... d) ... bandos de homens e mulheres corriam pelas

savanas e planícies eurasiáticas ... e) ... mostram uma enorme variedade de animais e

também de cenas de caçadas e de rituais. GABARITO

01 02 03 04 05 06 07

C B B E B A D

08 09 10 11 12 13 14 15 16 17

A A D A C C A E E D

18 19 20 21 22 23

C A E E A D

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15 – Dicas de Viagem

DICAS DE ÚLTIMA HORA PARA A FUNDAÇÃO CARLOS CHAGAS (FCC). Caro aluno, Apresentaremos agora algumas dicas importantíssimas para a prova do INSS que você fará em instantes. Leia-as com muita atenção. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS 1ª DICA: Após ler o texto, faça logo as questões de interpretação. Aproveite que as ideias ainda estão “frescas” na memória. Logo, se a primeira for de gramática, pule-a. 2ª DICA: Se você ficar na dúvida entre dois itens (o que é comum), releia o enunciado e o interprete, pois ele oferece, sutilmente, o comando, ou seja, o alvo da questão. 3ª DICA: Cuidado com itens que dizem verdades sobre o mundo, mas não a verdade dita ou sugerida no texto.

4ª DICA: Itens que contêm palavras generalistas, como “sempre”, “todos”, “nunca”, “jamais”, “em todos os casos” etc., quase sempre, trazem informações falsas. 5ª DICA: “Inferir” significa deduzir a partir do texto ou de fragmento do texto. Uma inferência não estará escrita no texto, mas subentendida. 6ª DICA: “Depreender” é o mesmo que inferir. 7ª DICA: Em questões recentes, a banca pediu que o candidato apontasse o item que “cotejava” as informações do texto. “Cotejar” é o mesmo que confrontar ou comparar pessoas, dados ou informações do texto lido. 8ª DICA: Se o texto for dissertativo, sua ideia principal estará em suas extremidades, ou seja: no início (1º parágrafo) e/ou no fim (último parágrafo, a conclusão). 9ª DICA: O título de um texto abriga o resumo da ideia principal. GRAMÁTICA 1ª DICA: A FCC vem exigindo, com frequência, que o candidato saiba que PORQUANTO é conjunção causal, e que pode ser substituída por UMA VEZ QUE, JÁ QUE, COMO e PORQUE. 2ª DICA: Também exige que o candidato saiba que CONQUANTO é conjunção concessiva, e que pode ser substituída por EMBORA, AINDA QUE ou MESMO QUE. 3ª DICA: Não confunda porquanto com conquanto. 4ª DICA: Lembre-se de que o pronome LHE nunca pode substituir O, A, OS ou AS e vice-versa. 5ª DICA: O uso de crase é facultativo diante de pronomes possessivos femininos e de nomes próprios femininos que não sejam famosos. Exemplos: “Ele mostrou dedicação à sua esposa (ou a sua esposa)” e “Dedicou o livro à Antônia (ou a Antônia)”. 6ª DICA: O uso de crase também é facultativo depois da preposição ATÉ. Exemplo: “O homem foi até à esquina 15 (ou a esquina 15)”. 7ª DICA: Nas questões de pontuação, NUNCA separe o sujeito do verbo por uma única vírgula. Exemplo: - As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte temporal (...). Comentário: O uso da vírgula após “ser” está errado. Para corrigir, é necessário o uso também de uma vírgula após “fotografias”.

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8ª DICA: Lembre-se de que a estrutura POR QUE figura em muitas questões da FCC. Como ela não costuma soar como correta, sugiro que a troque por pelo qual, pelos quais, pela qual ou pelas quais (dependendo do contexto você optará por uma). Exemplo: - “O texto esclarece-nos as acepções da palavra discriminação, por que (ou pela qual) se expressam ações inteiramente divergentes”. 9ª DICA: Quando a questão pedir assim “O mesmo tipo de complemento grifado acima está na frase”, lembre-se de que ela quer que você descubra se o verbo destacado é VTD, VTI, VTDI, VI ou VL. Se você notar que o verbo destacado é VTD, por exemplo, então procure o item que contém um VTD. 10ª DICA: Nas questões de concordância verbal, é comum que a FCC desloque e distancie o sujeito do verbo. Veja este exemplo: - Não se notam, entre os preconceituosos, qualquer disposição para discutir o sentido de um juízo e as consequências de sua difusão. Comentário: A concordância está errada, pois o sujeito de “notar” é “qualquer disposição”; logo, deveria estar no singular, “nota”. 11ª DICA: Quando o sujeito for uma oração, o verbo irá sempre para a 3ª pessoa do singular. Veja: - Não convém aos injustiçados reclamar por igualdade de tratamento quando esta pode levá-los a permanecer na situação de desigualdade. Comentário: concordância correta. Mas, se o verbo estivesse escrito “convêm” (com acento circunflexo), agora estaria incorreto. DICAS DE ÚLTIMA HORA PARA O CESPE. 1. Interpretação de texto É muito comum que o Cespe introduza as suas questões de interpretação de texto com enunciados parecidos com este: “A respeito das ideias do texto acima, assinale a opção correta”. Para que você tenha êxito nesse tipo de questão, proceda da seguinte forma: a) Leia com muita atenção o texto. (Não faça duas ou três leituras do mesmo texto, uma vez que você terá que retornar várias vezes a ele). b) Fique bem atento a certas palavras ou expressões de valor genérico, tais como: qualquer que seja; todos; nenhum; somente; em todos os níveis; em qualquer

situação etc. Normalmente, essas palavras e expressões trazem afirmações equivocadas ou distorcidas. Fique atento!!!! c) Tenha muito cuidado com afirmações que não estão no texto, mas que são de conhecimento prévio de qualquer leitor razoável. Por exemplo, o texto trata do tema aquecimento global. Contudo, em nenhum momento, fala (nem dá a entender) que a poluição das fábricas e automóveis contribui para tal efeito climático. O Cespe, inteligentemente, pode dizer algo do tipo: “é possível inferir do texto que a causa maior do aquecimento global está relacionada à poluição de fábricas e automóveis”. Essa afirmação é, de certo modo, verdadeira; entretanto, o texto não permite essa inferência. Esse tipo de questão costuma complicar a vida de muita gente. Atenção!!! 2. Gramática a) Crase: quase sempre há uma questão sobre esse tema. O Cespe costuma usar as seguintes ferramentas para complicar a vida dos candidatos desatentos: a evidência de crase em tal passagem é facultativa porque.... (verifique os casos de facultatividade); o termo regente que faz com que ocorra crase na linha X é a palavra TAL, localizada na linha Y (lembre-se de que, quando ocorre crase por motivação sintática, os termos regentes são sempre um verbo ou um nome ─ substantivo, adjetivo e advérbio ─); o acento indicador de crase na linha X poderia ser suprimido sem que danos sintáticos ou semânticos ocorram ao período (quase sempre, a supressão de um acento indicador de crase causa danos sintáticos e semânticos ao texto). b) Concordância verbal: normalmente as questões que envolvem esse tema são, de certo modo, fáceis. O Cespe gosta de envolver verbos que apresentam acentos diferenciais, tais como: mantém (se o sujeito for plural ficará mantêm; o mesmo ocorre com reter, conter, advir etc. ); se o verbo não tiver acento diferencial, o Cespe proporá ao candidato trocar o número do verbo, de singular para plural, ou vice versa. Assim enunciados como os seguintes são bastante comuns: na linha X o verbo arrecadaram poderia, sem causar danos sintáticos ou semânticos ao texto, ser substituído por acarreta. Para resolver esse tipo de questão, sugiro que você fique atento a um conjunto de regras que, é bem verdade, permitem a troca do singular para o plural. Essas regras já foram mencionadas em sala. c) Concordância nominal: poucas são as questões envolvendo esse tema. Quando ocorre, o Cespe diz coisas do tipo: a palavra TAL, localizada na linha Y, relaciona-se com a palavra DAL, localizada na linha X. Esse tipo de questão procura saber se o candidato está atento aos adjetivos e às palavras adjetivas da língua portuguesa: pronomes, numerais e artigos.

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d) Predicação verbal: o mesmo que transitividade verbal. Aqui o Cespe explora as noções de complemento verbal. Logo, é bem comum que apareçam afirmações do tipo: o verbo TAL, localizado na linha Y, tem sentido completo (a organizadora está querendo saber se o podemos considerar o verbo intransitivo). Ou: o verbo TAL, localizado na linha X, permitiria a supressão do seu complemento (ou seja, seu objeto) sem que isso cause danos sintáticos ou semânticos ao texto. Aqui, você tem que examinar se o contexto permite essa substituição. e) Ortografia: assunto muito presente em provas de nível médio. Para esse tema, o Cespe usa dois modelos: ou propõe ao candidato que verifique se a ortografia, em determinadas passagens, está respeitando a norma culta, ou pede que o candidato analise fragmentos longos, e repare se há erro gramatical. Nessa última abordagem, os erros podem ser de várias naturezas: de ortografia, regência, concordância, crase etc. e) Acentuação gráfica: assunto também muito presente em provas de nível médio. Constantemente, esse conteúdo está ligado ao tema ortografia. Aqui, é sempre bom revisar aquelas regrinhas: todas as palavras proparoxítonas devem ser acentuadas, todas as palavras oxítonas terminadas em A, E, O (seguidas ou não de S) devem ser acentuadas etc. f) Novo acordo ortográfico: embora todos os textos e enunciados já estejam adequados ao novo acordo, o Cespe ainda não explorou profundamente esse tema em suas provas. g) Paralelismo sintático: Observe a seguinte frase: Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. Aqui, há quebra de paralelismo, uma vez que os termos e orações com funções iguais devem ter estruturas iguais. Se, por exemplo, um verbo pede dois objetos diretos, ambos devem ter a mesma construção sintática: 1. Ele negou seu interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. 2. Ele negou dois fatos: a) seu interesse no programa e b) que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. Os dois fatos, sendo objeto direto do mesmo verbo (negou), deveriam ter a mesma estrutura: ou os dois nominais ou os dois verbais. Assim, as duas construções a seguir respeitam o paralelismo exigido pela estrutura. - Ele negou seu interesse no programa e a relação do telefonema do empresário com a CPI do Orçamento. - Ele negou que tivesse interesse no programa e que o telefonema do empresário revelasse alguma relação com a CPI do Orçamento. h) Pontuação: questão certa. O Cespe gosta de explorar esse tema da seguinte forma: normalmente, ela exige que o

candidato saiba que adjuntos adverbiais, quando deslocados para o início ou meio da frase podem (e raramente devem) vir marcados por vírgula. O Cespe também procura saber se o candidato sabe apostos explicativos devem vir sempre marcados por vírgula(s). Nessa toada, a organizadora explora quase tudo sobre esse assunto. Assim, o uso de travessões, parênteses, aspas e, principalmente, vírgula aparecem com muita frequência. i) Sujeito preposicionado: de vez em quando, a Cespe explora esse curioso caso de sintaxe: DE + O Antes do sujeito, não se usa a combinação da preposição com o artigo. Preposição e artigo ficam soltos. Na frase: “Os técnicos do Banco Central descartam a idéia de o governo impor a suspensão do reajuste”, o substantivo governo é o sujeito, por isso não há combinação da preposição de com o artigo o. Veja outros exemplos: “Apesar de o ministro (sujeito) negar, é certa a edição de nova medida provisória”. Ou: “A fim de o povo (sujeito) se familiarizar com a nova moeda, ampla campanha será veiculada pelos meios de comunicação de massa”. A mesma regra se aplica a de este e de ele: Apesar de essa informação (sujeito) ter sido confirmada... A fim de ele (sujeito) continuar no páreo... Obs.: é importante frisar que, nesses casos, se você preposicionar o sujeito, o sentido não será comprometido. Contudo, sintaticamente, há erro. 3. Outras noções que não podem ser esquecidas na

CESPE a) voz passiva b) coesão e coerência. c) redação de correspondências oficiais (sugiro a

seguinte bibliografia: LIMA, A. Oliveira. Manual de redação oficial. Editora Elsevier, 2010, Rio de Janeiro).

e) uso de pronomes relativos (que, quem, onde e cujo) f) vocabulário g) uso da partícula SE.

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16 – Slides

Interpretação de textos

Vamos sair da intuição?

Na FCC, ESAF, CESGRANRIO etc.

Texto

Enunciado Itens

Já no CESPE

Texto

Enunciado + Item

Dicas para a leitura do texto

01- Considerar, sempre, que o contexto interfere nasua leitura e na sua interpretação.

02- Não confunda fato com opinião.

03- A opinião do autor é relevante, mas a opinião doleitor não importa.

04- Faça marcações no texto: destaque passagensimportantes, palavras que você não saiba o significadoetc.

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Dicas para a leitura do texto

05- É nos extremos do texto que se localiza o assuntoprincipal ou o resumo.

06- No título, há o resumo da ideia principal.

07- No meio do texto, encontra-se a argumentação, ouseja, a defesa da principal ideia.

08-Lembre-se de que um texto trata de muitosassuntos, mas somente um será principal.

Dicas para o enunciado

01- Reconheça e destaque o “comando” daquestão.

02- Seja fiel ao “comando”.

03- Nos itens, há sempre um “podre”.

04- Cuidado com itens que dizem verdades sobre omundo, mas não sobre o texto.

Continuação...

5. Descarte o item que não atende ao “comando”da questão.

6. Cuidado com palavras de sentido genérico:todas, nada, sempre, nenhum, nunca etc.

7. Inferir é deduzir a partir do texto e do contexto.

8. Depreender é “coletar” do texto o que lá seencontra de maneira velada.

O que é inferência?

Inferir é deduzir a partir do texto e do contexto.

Exemplos de inferência

A- “O Rio de Janeiro já não é mais o mesmo”.

- Infere-se que....

B- “Depois do que aconteceu, ele mandou pôrcercas elétricas no muro da sua casa”.

- Infere-se que....

Exemplos de inferência

O profissional holístico

[...] Cada vez mais o mercado exige de nós a capacidade deatuarmos em áreas que não são efetivamente de nossapreferência e passa a exigir flexibilidade para entender quepodemos adquirir novos conhecimentos, além dedesenvolvermos habilidades e atitudes importantes, demodo a contribuir para o processo de conquista da posiçãoem que pretendemos estar no futuro. O profissionalholístico é composto de uma totalidade, em que o pensar, osentir e o querer são as energias básicas para a realização. Osentir faz a ponte entre o pensar e o agir. Essa esfera noscoloca em contato com a experimentação econsequentemente nos leva ao aprendizado[...].

COMENTÁRIOS

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Notas de aula

Comentários

Ortografia

1. Ao invés de: ao contrário de.

Ex.: Ao invés de cruel, era um governante piedoso.

2. Em vez de: em lugar de.

Ex.: Comprou um vestido de seda em vez daquele de algodão.

Continuação...

3. Ao encontro de: em busca de; concordando com.

Ex.:Minha proposta vai ao encontro da sua.

4. De encontro a: no sentido oposto; prestes a chocar-se.

Ex.: O policiais marchavam de encontro à coluna de manifestantes.

Acerca de; há cerca de; Cerca de

5. Ele discursava acerca da crise econômica nos Estados Unidos. ( a respeito de)

6. Há cerca de vinte anos que ele são sabe o que é descanso. (aproximadamente no passado)

7. Cerca de seis cães vigiavam a casa. (aproximadamente)

8.Fiquei a cerca de 15 metros da porta. (ideia de distância)

Sessão; Seção; Secção.

1. Sessão: tempo de duração de uma reunião,assembléia etc.

2. Seção: Ato ou efeito de seccionar, dividir.

3. Secção: idem 2.

Oração Adjetiva

As agências bancárias, que nem sempretratam bem os seus clientes, receberam umapesada multa na semana passada.

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Concordância com sujeito partitivo ou fracionário.

1. A maioria dos candidatos fez (fizeram) a prova.

2. A maioria da população resolveu aprovar a decisão do governo.

Condições opcionais de crase

1. Antes de pronomes possessivos femininos:

Ex.: O homem trouxe problemas a sua família (à sua família).

2. Antes de nomes próprios femininos:

Ex.: João não obedeceu a Lorena no dia da festa (à Lorena ).

Continuação...

3. Depois da preposição ATÉ.

Ex.: A jangada foi até a região norte. (até à região)

Cuidado!!!

Os manifestantes destruíram até a sede da partido. .

Funções sintáticas do QUE

1. O empenho do Presidente, que não se desesperou um só momento, foi recompensado no final.

2. O resultado da reunião, de que ninguém divergiu de forma acintosa, recebeu bons comentários.

3. Não foi visto o aluno que a coordenação procurava.

Quando o “QUE” não tem função sintática.

1. O Departamento de Polícia informou que tomará as devidas providências.

2. A população tem que se unir em prol de uma vida mais segura.

3. A população reclama que reclama, mas nada é feito.

Outras formas do “QUE

1- Todos os gênios têm um quê de loucos.

(substantivo)

2- Que pizza diferente! (pronome adjetivo)

3- Que houve ontem? (pronome interrogativo)

4- Tenho que fazer mais exercícios. (preposição)

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Continuação.....

5- Que interessantes são aqueles livros!

(advérbio de intensidade)

6- Que tudo dê certo para vocês no domingo!

(partícula optativa)

7- Que!!! Você ainda não fez sua inscrição?

(interjeição)

Or. Reduzidas X Or. Desenvolvidas

-Penso estar preparado.

-Penso que estou preparado.

-Fazendo assim, conseguirás.

-Se fizeres assim, conseguirás.

-Ao saber disso, entristeceu-se.

-Quando soube disso, entristeceu-se.

Orações X Pontuação

Terminada a prova, todos saíram.

(vírgula obrigatória)

Todos saíram, quando terminou a prova.

(vírgula facultativa)

Coesão

Diz-se, pois, que um texto tem COESÃOquando seus vários elementos estãoorganicamente articulados entre si, quando háconcatenação entre eles.

Tipos de coesão

1. Coesão por referência

Exemplo:

• João Paulo II esteve em Porto Alegre.Aqui, ele disse que a Igreja continua a favor do celibato.

• Onde "aqui" retoma "Porto Alegre", e "ele" retoma "João Paulo II".

Continuação...

2. Coesão por elipse

Exemplo:

• João Paulo II esteve em Porto Alegre. Aqui, disse que a Igreja continua a favor do celibato.

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Continuação...

3. Coesão lexical por sinônimo

Exemplo:

João Paulo II esteve em Porto Alegre.Na capital gaúcha, o papa disse que a Igreja continua a favor ....

Continuação...

3.1 Coesão lexical por hiperônimos.

Exemplo:

Acabamos de receber 30 termômetros clínicos.Os instrumentos deverão ser encaminhados ao Departamento de Pediatria.

Tipos de aposto.

1. Explicativo:

Pelé, o atleta do século, parece que não envelhece.

2. Enumerativo:

Foi aos Estados Unidos e trouxe de um tudo: celular, carteira, perfume e roupas.

3. Resumitivo:

Na festa havia Ferrari, BMW, McLaren, enfim, só carros estrangeiros.

Outro exemplo

“Vítimas de erros do Enem, estudantesvivem dias de revolta e tensão”.

4. Denominativo:

O vereador João Petrus foi incriminado.

Uso dos pronomes

1. O, A, OS e AS → Representam objeto direto.

Ex.: Eu comprei o livro → Eu o comprei.

Continuação....

2. LHE e LHES → Representam objeto indireto, complemento nominal a adjunto adnominal.

Ex.: Eu entreguei o material ao aluno.

Eu lhe entreguei o material.

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Continuação...

Ex.: Eu roubei o fruto da árvore.

Eu lhe roubei o fruto. (Adjunto adnominal)

Minha casa é paralela ao banco.

Minha casa lhe é paralela. (Complemento nominal)

Verbos terminados em R, S e Z1. Ligados aos pronomes O, A, OS e AS

- Perdem a última letra.

- Acrescenta-se “L” ao pronome.

Ex.: Encontramos as pessoas no parque.

Encontramo-las no parque.

Fiz o exercício inteiro.

Fi-lo inteiro.

Ele quis reverter os papéis.

Ele quis revertê-los.

Continuação....

Aos pronomes O, A, OS e AS, ligados a verbos com finais nasais:

- Será acrescentada a letra “N”.

Ex.: O óleo recompõe a lubrificação.

O óleo recompõe-na.

Ex.: Levaram os alunos problemáticos à sala do diretor.

Levaram-nos à sala do diretor.

Modos Verbais

1. Indicativo: Certeza.

Ex.: Não resolvi aquele problema.

2. Subjuntivo: Incerteza; hipótese.

Ex.: Contanto que você saia cedo hoje, conversaremos.

3. Imperativo: Ordem; pedido; conselho.

Ex.: Deixe este remédio na sala.

Observemos este novo caso.

Antítese

“Figura pela qual se opõem, numa mesma frase, duas palavras ou dois pensamentos de sentido contrário”. (HOUAISS)

Ex.:

Ele chegou com luz no olhar e trevas no peito.

Paradoxo

“Pensamento, proposição ou argumento que contraria os princípios básicos e gerais que costumam orientar o pensamento humano” (HOUAISS)

Ex.:

Esse suco é bom que só o diabo.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Verbo HAVER pessoal

1ª Condição: quando é auxiliar, com sentido equivalente a TER.

Ex.: Nós havíamos deixado a cidade bem antes da enchente.

Continuação...

2ª condição: quando é verbo principal, com significações de conseguir, obter.

Ex.: Os processos houveram êxito no congresso.

3ª Condição: quando é verbo principal, na forma reflexiva, no sentido de entender-se, ajustar contas.

Ex.: Eles houveram-se na semana passada.

Referência

“Ajudamos a criar essa nova arma, no intuito de impedir que os inimigos da humanidade a obtivessem...”

“Os inimigos da humanidade obtivessem essa nova arma”.

“Essa nova arme fosse obtida pelos

inimigos da humanidade”

Dicas rápidas de pontuação

1. Não se separa sujeito de predicado por vírgulas.

Ex.: Tal evento, foi marcado pela tradição européia cristã.

Ex.: O projeto, desde a semana passada, está em análise.

2. Não se separa complemento verbal por vírgula.

Ex.: O governo, na semana passada, garantiu, que os ministros estavam trabalhando.

Vírgulas: para isolar orações coordenadas.

1. O médico chegou cedo, e começou logo o expediente.

2. Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.

3. A maioria dos alunos passou no concurso; logo, houve uma reunião comemorativa aos aprovados

continuação

1. O médico chegou cedo, e as enfermeiras jápreparavam o centro cirúrgico.

2. Não compareci ao trabalho ontem: estavadoente.

3. A maioria dos alunos passou de ano; houve,logo, uma reunião comemorativa aosaprovados

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Conjunções leves (versão I)

, e

, mas

, pois

, porque

, que

Detalhe: essas conjunções perdem suas vírgulas commuita facilidade.

Conjunções leves (versão II)

; e

; mas

; pois

; porque

; que

Conjunções pesadas (versão I)

, porém

, contudo

, entretanto

, no entanto

, em contrapartida

, todavia

, portanto

, logo

, assim

Conjunções pesadas (versão II)

, porém ,

, contudo ,

, entretanto ,

, no entanto ,

, em contrapartida ,

, todavia ,

, portanto ,

, logo ,

, assim ,

Conjunções pesadas (versão III)

; porém ,

; contudo ,

; entretanto ,

; no entanto ,

; em contrapartida ,

; todavia ,

; portanto ,

; logo ,

Conjunções pesadas (versão IV)

.Porém ,

.Contudo ,

.Entretanto ,

.No entanto ,

.Em contrapartida ,

.Todavia ,

.Portanto ,

.Logo ,

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Atenção!!!

Para alguns gramáticos, a vírgula antes das conjunções coordenativas (principalmente a E) é obrigatória.

Entretanto, para Celso Cunhaunha, a vírgula antes do E só aparecerá se os sujeitos das duas orações forem diferentes.

A ilusão de ótica do “, e,”

“A projeção política do atual governo continua em alta, e, desde 2009, o Congresso não poupa esforço para manter essa estratégica e interessante imagem”.

O uso dos dois-pontos:

1. Uma enumeração:

Foi à França e trouxe-me três presentes: um livro, uma garrafa de vinho tinto e um belo postal.

2. Uma citação:

O jovem ministro, num ato de coragem, declarou: “Eu não estou preocupado com o passado deste país”.

Continuação...

3. Um esclarecimento:

Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.

Anáfora e Catáfora

• “Realmente, a falta de escrúpulo aplaina o caminho de quem não confronta o justo e o injusto; por outro lado, muitas vezes faltam coragem e iniciativa aos homens que conhecem e mantêm viva a diferença entre um e outro. Pois que estes a deixem clara, e não abram mão de reagir contra quem a ignore”.

• Estes: pronome anafórico (para trás) / Sujeito.

• A: pronome anafórico (para trás) / Objeto direto.

Outra situação de referência:

“O novo projeto do Governo deseja punir os políticos e assessores envolvidos no novo escândalo. Estes, inclusive, já receberam uma comunicação formal, enquanto aqueles ainda estão sob investigação”.

“O Governo deseja punir Sarney e demais envolvidos em escândalos. Esses políticos, contudo, não estão nem um pouco interessados no que pensa o povo sobre essa questão”.

“O único político punido foi este: nenhum”. (para frente)

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Continuação...

“A manifestação recebeu maciço apoio da comunidade acadêmica. Isso, contudo, não foi suficiente para que as propostas fossem atendidas”.

Uso do hífen

1) Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo essas consoantes se duplicarem.

Ex.: antessala, antessacristia, autorretrato.

Ex.: ultrassonografia, semirreal, semissintético

Continuação...

2) Não se emprega o hífen nos compostos em que o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente.

Ex.: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola / semiaberto, semiautomático, semiárido

3) Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual.

Ex.: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-imperalista.

Hífen em bem e mal

1) Nos compostos com os advérbios mal e bem e o segundo elemento começa por vogal ou -h:

bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado, mal-estar, mal-humorado.

2) Mais ainda: quando BEM é prefixo e seguido por um elemento iniciado por consoante, usa-se hífen: bem-nascido, bem-criado, bem-visto

Pronomes Relativos

“As novelas.....que não gosto passam antes

das dez”.

“O livro de Machado de Assis, que é uma obra inclassificável, foi adaptado para o cinema”.

“O livro de Machado de Assis, que dedicou sua vida integralmente à literatura, recebeu uma adaptação cinematográfica”.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Continuando...

“ Estou namorando aquele livro a que o professor fez referência”.

“ Ele não viu a moça que subia as escadas do colégio”.

“O prédio onde todos os médicos trabalhavamfoi invadido por escorpiões”.

O Pronome Relativo “CUJO”.

O Pronome Relativo CUJ-

1. Está ligado ao termo de trás, mas concorda com o termo da frente.

2. O termo da frente será, sempre, um substantivo.

3. Não permite artigos depois dele.

4. Como estabelece relação de posse, será, sintaticamente, adjunto adnominal.

Exemplos:

“O homem cujo filho é trabalhador vive satisfeito”.

“A cidade de cujas ruas não me orgulho tem belas praias ”.

Dicas para as questões de concordância verbal

1. Somente o sujeito é capaz de “acionar” (flexionar) o verbo ou a locução verbal.

2. É comum, na FCC, que o sujeito seja deslocado para o meio ou fim do período, com o propósito de confundir o candidato.

3. Quando a oração não tem sujeito, o verbo fica sem “comando”; por isso, permanecerá no singular.

4. Verbos impessoais nunca têm sujeito:

- Haver no sentido de existir.

- Haver indicando tempo decorrido.

- Verbos que indicam fenômenos da natureza.

- Verbo Ser indicando horas. ( aqui, de forma diferenciada, o sujeito concordará com o seu predicativo):

Ex.: São seis horas. / É uma e meia.

5. A estrutura:

VTD + SE -------- Sujeito *.

Obriga o verbo a concordar com o sujeito:

Ex.: Discute-se política no Brasil?

Já se questionam as novas leis ortográficas.

* Nessa estrutura não se perceberá a presença do objeto direto.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Crase(por motivação sintática)

VTDI SUBT. FEM

VTI -QUILO/

NOME - QUELE (A) (S)

- QUAL / - QUAIS

APrep.

AArti.

À

Exemplos...

1. Os condutores não obedeceram.... ..... “lei seca”.

2. Este projeto não se abre..... ...... nova possibilidade?

3. O aluno dedicou-se ..... ..... prática de esportes para relaxar.

4. O questionamento queria ..... ..... resposta exata.

5. O jornal disse tudo ..... ..... população brasileira.

Crase(por motivação semântica)

1. Deixou a cidade às oito horas.

2. O processo seletivo, às vezes, é muito exigente.

3. À noite, todos os cientistas foram ao laboratório.

4. À época, discutia-se muito a questão da lei de responsabilidade fiscal.

5. Àquela hora, a cidade ficou agitada por toda a madrugada.

Conjunções Subordinativas Adverbiais

Porquanto = Porque (Causal)

Conquanto = Embora, Não obstante (Concessiva)

Contanto que = Caso, Se (Condicional)

Voz passiva analítica

1.0 -O homem vem criando as instituições macabras.

1.1 -As instituições macabras vêm sendo criadas pelo homem.

2.0 –O mercado tem convidado os profissionais com mais anos de estudo.

2.1 - Os profissionais com mais anos de estudo têm sido convidados pelo mercado.

Crase x Pronomes Relativos

- As ordens ...... ...... quais obedeci devem ser revistas.

- A intriga ...... ...... qual você fez menção teve significativa repercussão.

- As novidades ...... ...... quais comentamos aos colegas de sala eram positivas.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

O que é inferir?

É deduzir por meio de raciocínio, tirar por

conclusão ou consequência.

Ex.: Depois do que aconteceu, ele decidiu criar um cão pastor.

Infere-se que.....sua casa foi assaltada ou sofreu uma tentativa de assalto.

Concordância Nominal

1. Pregos e cercas enferrujadas (enferrujados) foram encontrados naquele terreno.

2. Os pregos e as cercas estão enferrujados.

Parônimos & Homônimos

Parônimos: são palavras quase iguais,diferenciando-se ligeiramente na grafia e napronúncia.

Ex.: deferir diferir; descrição discrição; despensadispensa etc. etc.)

Continuação

Homônimas: diz-se de duas ou mais palavras designificados diferentes e de forma fônica idêntica

Ex.: papa 'comida' e papa 'pontífice’ ; canela(parte do corpo) e canela (especiaria) etc.

Hipônimo

☼ Vocábulo ou sintagma de sentido mais específicoem relação ao de um outro mais geral.

Ex.: Gato (específico) Felino (geral).

Tesoura (específico) Instrumento (geral).

Hiperônimo

☼ Relativo a vocábulo de sentido mais genérico emrelação a outro.

Ex.: Assento (geral) Cadeira (específico)

Árvore (geral) Bétula (específico)

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

Ditongo

Combinação de uma vogal e semivogal ou vice-versa, numa mesma sílaba.

Tipos

Orais: pai; pouco; foi ; pátria; série etc.

Nasais: mãe; pão; bem etc.

Encontro consonantal

É a sequência de dois ou mais fonemas numa palavra.

1- Mesma sílaba: brado, creme, regra etc.

2. Sílaba diferente: advento, constar, pacto etc.

Dígrafo

Grupo de duas letras representando um mesmo fonema (som).

1- Consoantes: pilha, piscina, banho, guerra, exceção etc.

2- Nasais: tampa (tãpa), tempo, ombro etc.

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

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17. Quadro das Conjunções

CONJUNÇÕES COORDENATIVAS, SUBORDINATIVAS E INTEGRANTES. As conjunções COORDENATIVAS são classificadas em: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas, de acordo com o sentido das relações que estabelecem.

CLASSIFICAÇÃO

SENTIDO

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES

ADITIVAS Adição Soma

Sequência de informações

E NEM (= e não) (NÃO SÓ)... MAS TAMBÉM (NÃO SÓ)... COMO TAMBÉM (NÃO APENAS)...MAS AINDA (NÃO SOMENTE)...SENÃO TAMBÉM (NÃO SOMENTE)...BEM COMO QUE (= e)

ADVERSATIVAS

Oposição Contraste

Restrição (ressalva) Mudança de assunto

MAS PORÉM CONTUDO ENTRETANTO TODAVIA NO ENTANTO EM CONTRAPARTIDA SENÃO AINDA ASSIM EXCETO SALVO NÃO OBSTANTE

ALTERNATIVAS Alternância de ideias

Exclusão

OU...OU ORA...ORA QUER...QUER SEJA...SEJA JÁ...JÁ NEM...NEM TALVEZ...TALVEZ

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

CONCLUSIVAS Conclusão

Consequência Ilação*

LOGO PORTANTO POR CONSEGUINTE POR ISSO ASSIM ENTÃO POIS (posposto ao verbo)

EXPLICATIVAS

Explicação (a fato já expresso)

Justificativa

QUE PORQUE PORQUANTO POIS (anteposto ao verbo)

ILAÇÃO = ação de inferir, de concluir; inferência; conclusão, consequência, corolário, dedução, entrelinhas, indução, induzimento, inferência, resultado, solução. CONJUNÇÕES SUBORDINATIVAS As conjunções SUBORDINATIVAS são classificadas em: INTEGRANTES e ADVERBIAIS [causais, consecutivas, concessivas, comparativas, condicionais, conformativas, temporais, finais e proporcionais].

CLASSIFICAÇÃO

SENTIDO

CONJUNÇÕES E LOCUÇÕES

CAUSAIS

Causa

PORQUE PORQUANTO POIS (QUE) JÁ QUE VISTO QUE HAJA VISTA QUE UMA VEZ QUE DADO QUE SENDO QUE NA MEDIDA EM QUE COMO QUE POR + verbo no infinitivo

CONSECUTIVAS

Consequência

(TÃO)...QUE (TAL)...QUE (TANTO)...QUE (TAMANHO/ TAMANHA)...QUE DE MANEIRA QUE DE FORMA QUE DE SORTE QUE

CONCESSIVAS

Contraste Contraposição

Oposição

EMBORA CONQUANTO NÃO OBSTANTE APESAR DE (QUE) SE BEM QUE SEM QUE MESMO (QUE)

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

POSTO QUE AINDA QUE POR MAIS QUE EM QUE PESE A DESPEITO DE (QUE) MALGRADO

COMPARATIVAS

Comparação

(MAIS / MENOS)...(DO) QUE (MAIOR / MENOR)...(DO) QUE (MELHOR / PIOR)...(DO) QUE (TÃO / TANTO) QUANTO (TÃO) QUANTO (TÃO) COMO ASSIM COMO (TANTO) COMO

CONDICIONAIS

Condição

SE CASO DESDE QUE SALVO SE EXCETO SE CONTANTO QUE A MENOS QUE A NÃO SER QUE SEM QUE A + verbo no infinitivo

CLASSIFICAÇÃO

SENTIDO

PRINCIPAIS CONJUNÇÕES

CONFORMATIVAS Conformidade

CONFORME CONSOANTE SEGUNDO COMO

TEMPORAIS Tempo

QUANDO ENQUANTO ASSIM QUE LOGO QUE SEMPRE QUE DESDE QUE ATÉ QUE

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OS: 0100/3/20-Gil Luz

MAL DEPOIS QUE ANTES QUE AO + verbo no infinitivo

PROPORCIONAIS

Proporção

À PROPORÇÃO QUE À MEDIDA QUE AO PASSO QUE QUANTO MAIS / MAIS OU MENOS QUANTO MAIOR / MAIOR OU MENOR QUANTO MELHOR/MELHOR OU MAIS

FINAIS Finalidade

A FIM DE QUE PARA QUE PORQUE (= para que) PARA + verbo no infinitivo

As conjunções integrantes introduzem orações subordinas substantivas

INTEGRANTES Ligam orações QUE SE

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Causais

Condicionais Consecutivas Comparativas Conformativas Concessivas Temporais Finais

Proporcionais

Aditivas Adversativas Alternativas

Conclusivas Explicativas

CONJUNÇÕES

COORDENATIVAS

SUBORDINATIVAS

INTEGRANTES

ADVERBIAIS

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