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ANÁLISE DE GRANDES DEFORMAÇÕES E PLASTICIDADE POR MEIO DE ELEMENTOS FINITOS ISOPARAMÉTRICOS Lu-i.z Landau TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÕS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.) Aprovada por: ~-r~raí~~ / Nelson Francisco Favilla Ebecken Presidente r;::=:=>~ ~4----o Paulo Alcantar~ RIO DE JANEIRO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL SETEMBRO DE 1976

PÕS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO ...pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/2789/1/144359.pdf · da Euleriana, o estudo do contínuo é feito com uso de tensores

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ANÁLISE DE GRANDES DEFORMAÇÕES E PLASTICIDADE

POR MEIO DE ELEMENTOS FINITOS ISOPARAMÉTRICOS

Lu-i.z Landau

TESE SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DA COORDENAÇÃO DOS PROGRAMAS DE

PÕS-GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE

JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO

DO GRAU DE MESTRE EM CIÊNCIAS (M.Sc.)

Aprovada por: ~-r~raí~~ / Nelson Francisco Favilla Ebecken

Presidente

r;::=:=>~ ~4----o ~ Paulo Alcantar~

RIO DE JANEIRO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - BRASIL

SETEMBRO DE 1976

A meu~ pa~~ e ~~mão~.

AGRADECIMENTOS

Ao Professor FERNANDO LUIZ LÔBO B. CARNEIRO como co

ordenador do Programa de Engenharia Civil da COPPE/UFRJ.

Ao Professor NELSON FRANCISCO FAVILLA EBECKEN pela

orientação e amizade.

Aos colegas, professores e funcionários da COPPE.

Ao CNPq e ao CEPEL pelo apoio financeiro concedido.

SUMÃRIO

Através do método dos elementos finitos, analisa-se

o comportamento não-linear de problemas de grandes deformações

e plasticidade. Tanto para a formulação Lagrangeana como para

a Euleriana, aproxima-se o contínuo por elementos isoparamétri

cos quadráticos, e a análise de estado plano de tensão e defor

mação, e de sólidos de revolução é efetuada. Para a solução

de problemas de estruturas de superfície, como placas e cascas,

degenerou-se elementos tridimensionais quadráticos obtendo-se

com este procedimento resultados bastantes satisfatórios. As

soluções de vários exemplos são discutidas e comparadas, e alg~

mas conclusões apresentadas.

iv

ABSTRACT

Through the finite element method, the non-linear

behavior of problems involving large deformation and plasticity

is analysed. Both for Lagrangian and Eulerian formulation,

the continuous is approximated by quadratic isoparametric

elements, and the analysis of plane stress, plane strain and

revolution solids is effected. For the solution of surface

structural problems, such as plates and shells, quadratic

tridimensional elements were degenerated and quite satisfactory

results were obtained with this procedure. The solutions to

various examples are discussed and compared, and certain

conclusions are presented.

V

fNVICE

Capítulos: Páginas:

INTRODUÇÃO 1

I FORMULAÇÃO E SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILI

BRIO

1.1

1. 2

1. 3

O Referencial ...................... .

Tensor de Deformação ............... .

Equaç5es de Equilíbrio ............. .

1.4 Tensores de Piola-Kirchhoff, Equaç5es

de Equilíbrio na Descrição Referenci

4

4

5

8

a 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

1. 5 Princípio dos Trabalhos Virtuais .... 15

1.6 Discretização e Aproximação do Contí

n uo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 7

1.7 Métodos de Solução .......... .... .... 20

1.8 Algoritmos Implementados ... .. .... ... 21

1.8.1 Solução Inc4emental ............... 22

1.8.2 Solução Ite4ativa - Mêtodo de Newton

-Raphl>on . . . . . . . . . . . . . . . • . . • • . . . . . • 23

Capítulos:

II

III

IV

Vi

Páginas:

1.8.3 Soluçio Mlata .. ...... .. ........ ... 24

1.9 Critérios de Convergência .. .. .. ..... 26

ELEMENTOS FINITOS ISOPARAMÉTRICOS ........ . 32

2.1 Forma Explícita da Formulação Lagra~

geana .............................. . 32

2. 2 Forma Explícita da Formulação Euleri

ana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 O

2. 3 Estado Plano de Tensão e Deformação ,

Formulação Lagrangeana

2.4 Sólido Axissimétrico, Formulação La

grangeana .......................... .

2. 5 Elementos Implementados ............ .

NÃO-LINEARIDADE FÍSICA ................... .

3.1 Elasticidade Linear e Hiperelasticid~

48

50

54

d e • • • • • • • • • • • • • • • • • . • • • • • • • • . • • • • • • • 5 5

3.2 Hipoelasticidade .................... 57

3.2.1 O Modelo Elaato-Plâatl~o .......... 60

3.2.1.1

3.2.1.2

Relações Constitutivas

·cálculo das Tensões Elasto-Plásti

65

cas . .. • • • • . . . .. • . . • . • • .. . . . . • • • . 75

3. 2. 2 OutJtoa Modelo• ................... .

RESULTADOS DE ANÁLISE .................... .

4.1 Casca Esférica ..................... .

82

83

84

Capítulos: Páginas:

4.2 Cilindro Sujeito a Pressão Interna 88

4.3 Casca Esférica com Carregamento Dis

tribuÍdo Uniformemente.............. 95

4.4 Placa Circular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100

CONCLUSÕES ................................ 109

BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111

SIMBOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 116

1

INTRODUÇÃO

Recentemente, tem-se investido um considerável es

forço nas aplicações do método dos elementos finitos à análise

de problemas não-lineares na mecânica das estruturas. O estudo

da não-linearidade geométrica e física, ou a consideração des

ses efeitos em conjunto, tem sido motivo de diversas aproxima

çoes.

A utilização de elementos finitos isoparamétricos

para grandes deformações e plasticidade, foi primeiramente apr~

sentada por Zienkiewics (2).

Na análise não-linear, a formulação geralmente é de

finida segundo três classes; métodos incrementais que nao con

sideram o desiquilÍbrio, soluções diretas das equações não-line

ares e métodos incrementais que verificam o equilíbrio. Neste

trabalho deu-se preferência aos pertencentes ao Último grupo on

de a principal condição dos métodos de soluções sequenciais ~

e

2

atendida, nao permitindo que os errros sejam acumulativos.

Utilizando-se tanto da formulação Lagrangeana como

da Euleriana, o estudo do contínuo é feito com uso de tensores

de deformação de Green ou Almansi, sem introduzir as aproxim~

ções próprias de teorias de corpos orientados.

Para derivação das leis constitutivas dos problemas

de não-linearidade física valeu-se da teoria clássica de plasti

cidade, onde as relações entre tensão e deformação dependem da

história destas componentes, isto é, o material tem uma memória

associada com o seu comportamento. Devido a dificuldade, po~

tanto, de definir as leis do material para um estado complexo

de tensão, vários critérios de plasticidade foram incorporados.

Tanto na análise de problemas de estado plano de

tensão ou deformação como no de estruturas axissimétricas com

carregamentos de revolução, utilizou-se de elementos finitos i

soparamétricos quadráticos. Para a análise de estruturas de

superfície, tentando não se limitar a problemas de simetria ax1

al, fez-se uso de elementos finitos degenerados de

isoparamétricos tridimensionais.

elementos

tulos.

A apresentação do trabalho é feita em quatro

No primeiro os princípios básicos da mecãnica do

~

cap~

con

tínuo para formulação das equações de equilíbrio são escritos

3

e sua solução por meio de elementos finitos é discutida. Ele

mentes isoparamétricos e sua especialização para a análise nao­

-linear geométrica são derivados no Capítulo II. No capítulo

seguinte o problema da não-linearidade física é introduzido e

as relações constitutivas desenvolvidas para o estudo de modelo

elástico e elasto-plástico. Os resultados dos exemplos anali

sados são apresentados e comparados no Último capítulo.

mas conclusões são comentadas.

Alg~

Os procedimentos automáticos de análise foram pr~

gramados em linguagem ALGOL (Sistema B-6700 NCE/UFRJ), para se

rem implementados na linguagem LORANE/NL (19).

CAPÍTULO I

FORMULAÇÃO E SOLUÇÃO DAS EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO

1.1 O REFERENCIAL

Na mecânica do contínuo dois tipos de descrição sao

comumente usados, a descrição referencial e a espacial (1).

Na primeira as variáveis independentes sao a posição

xi de uma partícula numa configuração de referência arbitrária

e o tempo t. Na teoria da elasticidade a configuração de refe

rência escolhida é o estado natural. Quando esta configuração

é a inicial em t = O a descrição passa a ser conhecida porLagran

geana. Alguns autores denominam esta descrição de material e

a variável independente xi como coordenada material.

Na descrição espacial as variáveis independentes sao

a posição presente x ocupada pela partícula no tempo te o pró i -

prio tempo t. Esta descrição é particularmente usada em meca

5

nica dos fluidos e conhecida por Euleriana.

Para definição de grandes deformações, diversas al

ternativas são propostas, seguindo duas classes; definição em

termos da configuração não deformada e da deformada. A intra

dução do sistema de coordenadas é feita na primeira classe com

o uso da descrição referencial na configuração não-reformada (for

mulação Lagrangeana) e na segunda com a descrição espacial na

configuração deformada (Euleriana).

A formulação Lagrangeana é mais adequada para a te~

ria da elasticidade porque nela, usualmente, se assume o estado

de referência não-deformado, ao qual o corpo retorna quando de~

carregado. Entretanto, as equações de equilíbrio devem ser sa

tisfeitas na configuração deformada ou atual e para isso as ten

sões devem ser definidas neste sistema de referência. Para as

relações entre tensões e deformações deve-se ter o tensor de de

formação referenciado à configuração deformada ou o de tensões

à não-deformada, obtendo-se assim os tensores em um mesmo siste

ma de referência.

1.2 TENSOR DE DEFORMAÇÃO

Considerando o sistema de coordenadas cartesianas

fixo da Figura 1.1, ao qual todas as variáveis são definidas,

6

um ponto xi que sofre um deslocamento ui atinge a posição xi da

da por:

X , 2

X, t) 3

I

,,. /

----------------~-.-----+

1

!---,<.---, p

1 x2

..._..,__ •, ----------- "1

1 \ \

' ' '

,,,,.---, / ' ____ .. '"

p' ' \ \

/

\

\ l 1

/

(1.1)

(1. 2)

FIGURA 1.1 Definição das Coordenadas Lagrangeanas

e Eulerianas.

Em função deste deslocamento a expressao geral do

tensor de deformação toma a forma:

1 E:i j =

2

ôu i

(-- + ÔX

j

ôu j

ÔX i

7

ôu ôu k k

+ -- --) (1. 3) ÔX ÔX

i j

Se as derivadas parciais dos deslocamentos com res

peito às coordenadas materiais são pequenas comparadas a unida

de, os quadrados e produtos destas derivadas podem ser desprez~

dos em presença dos termos lineares, obtendo-se as componentes

do tensor para pequenas deformações.

exemplo, é adequada a esta hipótese.

A análise de metais, por

Para materiais vulcaniza

dos e plásticos sintéticos o uso de deformações finitas se faz

necessário. A análise plástica de metais também conduz a gra~

des deformações existindo porém uma considerável parcela

pertence ao contexto da teoria de pequenas deformações.

que

Para a descrição espacial a equaçao (1.1) é reescri

ta sendo agora u função de x i i

= X - U i i

(1.11)

Ui= U (x, X, X t) i 1 2 3

( 1. 5)

ficando o tensor de deformações definido por:

8

1 dU dU dU dU

i j " " e: = (-- + - -- -) ( 1. 6) ij 2 ax ax ax ax

j i i j

Quando os quadrados e produtos das derivadas podem

ser omitidos, estas componentes também se reduzem a forma de p~

quenas deformações, sendo que para pequenos deslocamentos como

na teoria clissica da elasticidade nio hi distinçio entre as du

as definições.

e:1

j é usualmente conhecido por tensor de deformações

Lagrangeanas ou de Green e t1

j por tensor de deformações Euleri

anas ou, também, por tensor de Cauchy para deformações infinite

simais e de Almansi para deformações finitas.

É de ressaltar que as componentes de deformaçio fi

nita envolvem somente termos lineares e quadriticos nas comp.9.

nentes do gradiente de deslocamento. Este tensor é completo e

nio uma simples aproximaçio de segunda ordem.

1.3 EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO

O princípio do "momentum" para um conjunto de parti_

culas estabelece que a variaçio em relaçio ao tempo do "momentum 11

s

9

total é igual a soma vetorial de todas as forças externas que

atuam nas partículas deste conjunto, já que a terceira lei de

Newton, de ação e reação, governa as forças internas. Este pri~

cfpio, estendido ao meio contínuo, constitui um postulado bási

co da mecânica.

Seja uma dada massa m, em deformação, ocupando ins

tantaneamente um volume V limitado pela superfície S sob a açao

de forças de superfície t e forças de volume f como na Figura i i

1. 2.

ds

V

1 a I O

FIGURA 1.2

dP; a t;.ds

n1

V

ds s

'ª'º+LI!

Configuração inicial e sob deformação

de um corpo de massa m.

iij

A variação do "momentum" total desta massa é d a d a

por:

10

d <f dV) ( 1. 7) p vi

dt -V

onde:

dm dxi p = vi =

dV dt

d e dt a derivada em relação ao tempo na descrição referencial.

s

Tem-se então pelo princípio do "momentum":

V

= d f P vi dV dt

V

(1. 8)

Aplicando-se o teorema da divergência e substituin

do ti por ãji • nj em (1.8), chega-se a:

ªº dv

I ji i -(-_- + f - p -) dV = o ax i dt

V j

e para um volume arbitrário, em cada ponto tem-se:

aõ ji

-- +

dv i

dt

( 1. 9)

( 1.10)

11

que sao as equaçoes de movimento de Cauchy.

No caso particular de equilíbrio estático, onde a

aceleração é nula, tem-se em cada ponto:

--+ ax

j

que sao as equaçoes de equilíbrio.

( 1.11)

Estas equações não contém nenhuma variável cinemáti

ca e nao são, geralmente, suficientes para se conhecer o estado

de tensão, pois constituem três equações diferenciais de primei

ra ordem para seis componentes de tensão incógnitas (ÔJ.i = Õ . . ) . . 1J

Equações adicionais são introduzidas através de relações consti

tutivas.

1.4 TENSORES DE PIOLA-KIRCHHOFF, EQUAÇÕES DE EQUILfBRIO NA

DESCRIÇÃO REFERENCIAL

O tensor de tensões de Cauchy, o é definido em i j '

função das coordenadas espaciais x1

e com uma adequada defini

çao de deformação, a formulação Euleriana é desenvolvida em ter

mos da descrição espacial na configuração deformada.

12

Quando o tensor de deformação é definido na descri

çao referencial o de tensões deve ser expresso como função das

coordenadas materiais e as equações de equilíbrio derivadas no

estado de referência. Os tensores de Piola-Kirchhoff aparecem

como alternativa para a representação de tensões neste

de referência. O primeiro é de definição mais simples

estado

condu

zindo a equações de equilíbrio em todo semelhantes, exceto que

a derivação é tomada em relação as coordenadas materiais. O gra~

~

de inconveniente que surge no seu emprego e a sua assimetria. O

segundo tensor é simétrico, assim como o de Cauchy, sendo então

preferido na formulação de grandes deformações, conduzindo a u

ma forma mais complexa das equaçoes de equilíbrio e movimento. O

que se procura, portanto, são expressões de força por

de área indeformada.

unidade

O primeiro tensor, cr* , fornece a força real dP na j i i

superfície dS, por unidade de área indeformada dS, e expressa a

força em função da normal n no ponto x em dS. i i

n ) • dS = dP j i

n ) j

dS

(Figura 1. 2 ) .

(1.12)

O segundo tensor, crji' ao invés da força real dP1

em dS, fornece uma força dP1 relacionada a dP1 da mesma forma

que o vetor dx1 em x 1 esta relacionado pela deformação a um ve

(Figura 1.2).

dP j

assim como

dx j

onde

J ji

=

=

- 1 J ji

ax i

ax j

dP i

dx1

13

( 1.13)

( 1.14)

(1.15)

Os tensores de Piola-Kirchhoff podem ser expressos

em função do tensor de Cauchy.

* - 1

=IJl·Jjk (1.16)

e

T T - 1

(1 : 1 J 1 • Jj D j i ,l.

- 1 1: C1 • (J ) = [J

lk ki jk

- 1 (J )

ki (1.17)

As relações inversas sao:

e

- 1 o = IJ 1 • J ji

- 1

j k

* o ki

llf

o = IJI • J • o • J ji jl lk ki

(1.18)

(1.19)

Pode-se notar, através da equaçao (1.16), que o pri.

meiro tensor geralmente não é simétrico.

A equaçao de equilíbrio na descrição referencial tem

então o seguinte aspecto:

ou

onde

* ªº _!: + f ax

j

d (o

d X j k j

i

f = p • b i i

= o (1.20)

T J )+f =O (1. 21)

ki i

m e p = ( 1. 22)

V

15

1.5 PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

O trabalho virtual ôW das forças de superfície ti e

da.s de volume f. é dado por: 1

ôW = J crji • nj

s

ÔU dV i

(1.23)

onde ôui é o deslocamento virtual sobre a configuração de equi

lÍbrio. Supõe-se que as funções ôui tenham as primeiras deri

vadas parciais em relação a xi contínuas e que ôu1

= O nos po~

tos da superfície onde os deslocamentos reais ui são prescritos,

satisfazendo as condições de contorno.

~·: Substituindo em (1.23) t

1 dS por t 1 dS e ôui por

óxi pois ui= xi - xi, tem-se:

J ~':

J ôW = C1 n • ÔX • dS + f ôX dV =

ji j i i i s V

J 1:

= a ôJ dV (1. 24) ji ji

V

onde:

16

{: -!; t = cr j i n

i j

dV = /J 1 dV

(1. 25)

f = p b = IJ 1 f i i i

aõx1

ôJ = ji ax

j

Fazendo agora

.24) obtem-se:

= cr JT (equação 1.16) em j k ki

(1.

I JT I - dV ôW = cr j k • n ÔX dS + f ôX = ki j i i i s V

= I cr j k . JT • ôJji dV (1.26)

ki V

Atendendo as transformações da referência (1) pode-

-se escrever:

ôW = f V

(1 •• J1

ÔE ij dV = f crji ôtij dV

V

(1.27)

onde ÔE e ÔE sao as variações de deformação definidas em (1. ij ij

.3) e (1.6). As equações (1.27) e (1.26) (ou 1.24) fornecem

11

as expressoes do trabalho devido ao deslocamento virtual em fun

ção dos tensores de Piola-Kirchhoff sendo a integração sobre a

superfície e o volume indeformados.

1.6 DISCRETIZAÇÃO E APROXIMAÇÃO DO CONT!NUO

Na formulação das equaçoes da mecânica do contínuo,

nao foi introduzida nenhuma restrição, ficando então incluído

todos os efeitos que caracterizam o comportamento não-linear.

A solução em ambas as descrições apresentadas é atingida com e

ficiência pelo método dos elementos finitos (2,3,4,5 e 6).

Assim, aproximando o contínuo elemento por elemento

pela definição de interpolações adequadas, tem-se para um elemen

to genérico

u = N ô (1.28) i ij j

onde ôj e o vetor de deslocamentos nodais do elemento, contendo

todas as componentes relativas aos pontos nodais que conectam

este elemento com os adjacentes. N1 j é a matriz formada pelas

funções de interpolação que definem os deslocamentos u em qual i

quer ponto do elemento em função dos deslocamentos nodais.

18

Na apresentação que se segue a notação matricial se

rã adotada por ser especialmente conveniente em desenvolvimen

tos numéricos voltados à computação e consagrada no âmbito do

método dos elementos finitos. De (1.28) tem-se então:

u = N ô (1. 29)

A partir da equaçao (1.29) e utilizando as relações

entre deformações específicas e deslocamentos, por derivação p~

de-se sempre escrever:

de:= B dô (1. 30)

para o incremento de deformação Euleriana ou

de:= B dô ( 1. 31)

para o Lagrangeano.

Pela substituição em (1.27) de (1.30) e (1.31) ob-

tem-se:

'É = R C1 dV (1.32)

e,

19

cr. dV (1. 33)

que são as equaçoes de equilíbrio em cada configuração.

Pela introdução de forças equivalentes nodais às for

ças externas tem-se respectivamente:

I T f dV I NT (1.34) R = N + t dS

V s e,

f T

f T

R = N f . dV + N J t . dS (1. 35)

V s

Os segundos termos das equaçoes (1.32) e (1.33) p~

dem ser interpretados como forças de reação interna e~ e~ co

mo forças residuais, sendo que a necessidade de equilíbrio no

dal implica em reduzi-las tão próximas de zero quanto possível.

Como !3 e ~ dependem dos parâmetros nodais ~, e as

tensões sao funções não-lineares das deformações, o conjunto de

equações acima é não-linear e, portanto, técnicas especiais de

solução deverão ser usadas.

20

1.7 MÉTODOS DE SOLUÇÃO

Os algoritmos de resolução de sistemas de equaçoes

algébricas não-lineares, de interesse para a aplicação dos méto

dos dos elementos finitos, são os que a partir de uma estimati

va inicial a aproximação da solução é gerada por um conjunto pré­

-determinado de operações que deverão convergir para a solução

exata se atenderem certas condições. Tais métodos são conheci

dos por métodos sequênciais (4) e podem ser representados por

uma fórmula de recorrência do tipo:

i+l i i

= X + S (1. 36) X

onde x1 é a aproximação da solução na etapa i e s1 Q1 sua corre

çao, sendo D1 o vetor que determina a direção da correçao e s1

o escalar que define a intensidade. A variação entre cada eta

pa é linear, podendo-se incluir em (1.36) termos que envolvem 1-1 i-2

~ , ~ , etc para se obter extrapolações de ordem superior.

A contestação matemática decorrente dos esquemas n~

méricos para a solução de sistemas de equações algébricas nao­

-lineares é bem estabelecida por Oden (4) e Issacson (7). Na

referência (4) dá-se maior ênfase aos métodos de minimização,

de Newton-Raphson, incremental e incremental modificado, de in

tegração numérica e métodos que envolvem minimização através de

21

programaçao matemática. Issacson comenta também a possibilid~

de de se agregar aceleradores de convergência sendo que em Irens

( 8) e Nayak ( 6) algumas alterna tivas s.ão propostas.

Dentro dos métodos sequênciais uma outra classifica

çao pode ser feita para os procedimentos de solução de sistemas

não-lineares. Métodos fundamentalmente incrementais, que nao

necessariamente verificam o equilíbrio em cada etapa e métodos

que consideram as parcelas não-balanceadas para correção da con

figuração real de equilíbrio. No presente trabalho fixou-se a

atenção somente em métodos pertencentes ao Último grupo.

1.8 ALGORITMOS IMPLEMENTADOS

A equação (1.32) ou (1.33) pode ser escrita em fun

çao de um parâmetro de proporcionalidade das cargas À.

1/1 = 1/1(~, À) = Ç(~, À) - F(ô) = O (1.37)

onde [ representa as forças internas que equilibram o carreg~

mente externo Ç, idêntico a R (equações (1.34) e (1.35)) para

À = 1.

22

Foram utilizados os seguintes procedimentos para a

solução das equações acima.

1. 8 .1 SOLUÇÃO INCREMENTAL

A equaçao (1.37) é considerada como função de um u

nico parâmetro À e a sua diferenciação conduz a:

= À • dQ

d§ + Q -

dF

Introduzindo as definições

d.9 = - ~À • dô

(1.38)

(1. 39)

onde !À é conhecida como matriz de rigidez de carga inicial nu

la para carregamentos conservativos e

dF = fr . dô (1.40)

- ~ onde ~Te a matriz de rigidez tangente, a equaçao (1.37) tem-se:

23

dô = o (1. 41)

Considerando pequenos incrementas do parâmetro À sua

solução fornece,

- 1

ç . tÀ (1.42)

Assim a partir de condições de equilíbrio iniciais

conhecidas, a soluçâo é obtida tomando-se pequenos incrementas

de À para que garanta uma convergência adequada.

1. 8. 2 SOLUÇÃO ITERATIVA - M~TDDD DE NEWTON-RAPHSDN

O parâmetro de carga À é agora mantido fixo e a so

lução da equação (1.37) é obtida iterativamente, atendendo a u

ma aproximação que se tenha estabelecido.

+ O na equação (1.41) leva a:

A introdução de dÃ+

d~= - (~T) . dó

e se a n-ésima iteração de ó conduz ainda a forças -n

(1.43)

residuais

24

•1• nao nulas, uma nova iteração e feita com !'n

onde:

ô = ô + !:,ô -n+l -n -n

- 1 = - ( K )

-T ij, -n

( 1. 44)

(1. 45)

Para economia do esforço computacional uma alterna

tiva que se apresenta é manter a matriz ~T inalterada em diver

sas iterações sucessivas. Este procedimento é conhecido por

Método de Newton-Raphson modificado.

As condições de existência e unicidade das soluções

obtidas pelos métodos incrementais e iterativos são discutidos

em Oden (4).

1. 8. 3 SDLUÇ/\0 MISTA

Para este tipo de solução o parâmetro de carga À ~

e

incrementado em várias etapas. Em cada uma a primeira aprox!

mação da solução é obtida pelo processo incremental e o valor

da matriz !Sr calculada para a configuração inicial da e ta p a.

Com esta primeira aproximação para os deslocamentos, a força re

25

sidual ~ é calculada e a iteração tem início, podendo ser fei -o

ta em uma das seguintes maneiras:

a) usando as equações (1.43) e (1.45) e atualizando con

tinuamente a matriz ~T;

b) procedendo como em (a) mas mantendo a matriz de ri

gidez com seu valor original ou recalculada para a

primeira iteração, constante no incremento.

Os procedimentos (a) e (b) podem ser generalizados

fornecendo-se como opção a atualização da matriz de rigidez em

qualquer instante que se fizer necessário.

Existe, portanto, diversas alternativas de procedi

mentos para a solução do sistema de equações algébricas não-li

neares e a escolha do algoritmo se faz em função do tipo de pr2

blema a ser analisado ou seja, do grau de não-linearidade envol

vido, da precisão requerida, da facilidade de aplicação, do nu

mero de equações a serem resolvidos e do esforço computacional.

A acumulação sucessiva de erros residuais em solu

çoes incrementais, de problemas acentuadamente não-lineares, P2

de redundar em aproximações grosseiras da solução real. Uma mai

or precisão so é alcançada com incrementas muito pequenos, re

querendo, na maior parte dos casos, maior esforço computacional

do que o método de Newto-Raphson convencional sem contudo atin

26

giro mesmo grau de precisão. Para uma primeira estimativa,ou

dependendo da aproximação que se queira, a solução incremental

pode ser muito eficiente sendo também bastante divulgada na so

lução de problemas de não-linearidade física.

Processos puramente iterativos sao muito simples de

serem aplicados e rápidos, do ponto de vista computacional. A

Única restrição que se faz à sua utilização é que sua convergên

eia só é assegurada para problemas onde a solução não-linear di

fere pouco da linear.

Para problemas altamente não-lineares e para uma boa

precisão dos resultados, o melhor algoritmo é o da solução mis

ta, onde para cada incremento de carga o equilíbrio é atendido

através de iterações sucessivas. O seu grande inconveniente é

o tempo de computação que se torna excessivo pela necessidade

da atualização da matriz de rigidez.

1.9 CRITÉRIOS DE CONVERGtNCIA

Nos processos iterativos ou mistos sao necessários

alguns testes para se assegurar a convergência da solução den

tro de uma precisão estabelecida. Diversas possibilidades o

correm, mas a condição principal que os métodos de solução devem

atender é que os erros não podem ser acumulativos. Para isso,

27

em cada incremento de carga e em todas as iterações, as forças

não-balanceadas (residuais) devem ser computadas.

Os critérios de convergência para problemas não-li

neares sao geralmente classificados em três grupos: critérios

de força, de tensões e de deslocamentos (9). Os primeiros sao

baseados na comparaçao entre as forças residuais e o carregamen

to externo. A norma

111/1 li T

= 1/1 • 1/1 (1.46)

das forças residuais é comparada com uma percentagem da norma

IJ RI I das forças aplicadas. Uma segunda alternativa é a compar~

çao entre o maior termo de 1/1, em valor absoluto, com uma fração

da norma Jl llRJJ do incremento de carga.

O segundo grupo envolve comparaçoes entre as varia

çoes de tensão durante uma iteração com valores pré-estabeleci

dos e, geralmente, são empregados para treliças, cabos e membra

nas sob efeito de grandes deformações.

Critérios relativos a deslocamentos sao, porem, os

mais usuais e três alternativas ocorrem:

n

li y li 1

l = 1 n

i=1

No4ma Eueled~ana mod~6~eada:

li y li = 1

2 n

No4ma miix~ma:

li Y 11 = max 3

n

l i=1

/:iô i

ô i

28

(1.47)

2

(1. 48)

( 1. 49)

onde ô 1 sao os deslocamentos na iteração atual, tiô1

a variação

destes deslocamentos em relação aos da iteração anterior e n o

numero de incógnitas envolvidas. As normas Euclediana e abso-

luta são modificadas pela introdução do termo n dividindo-as,p~

ra que se obtenha quantidades independentes do número total das

componentes de deslocamentos. Em todos os cri tê rios li y li é com

parado com um valor pré-estabelecido ou com uma percentagem da

norma llô1

li dos deslocamentos.

29

Para a análise dos tipos de norma, foram usados os

resultados da referência (9) e na Figura 1.3 estão plotados os

valores de llrll definidos por (1.47), (1.48) e (1.49) em função

do número de iterações na análise de problemas de comportamento

pós-crítico de placa delgada (fortemente não-linear) e casca a

batida (moderadamente não-linear) sendo utilizado para as solu

çoes o método de Newton-Raphson.

23456789

= ><> = < ~ a: o z

10-I

10-2

10-3

10-4

FIGURA 1.3

_____ OORl,IA MÁXIMA ---NORMA EUCLEDIANA -·--NORMA ABSOLUTA

Comparação entre critérios de convergência.

Basicamente as curvas se mantêm paralelas, indican

do ser irrelevante a escolha do tipo de critério de converge~

eia desde que se adote uma tolerância adequada.

O uso de normas que garantem limites médios de pr~

pagaçao de erro está intimamente ligado a dispersão dos valo

res de /ió./ó .. ]. ].

Nos casos de grande dispersão a norma máxima

30

li y li pode ser preferida para fornecer um limite absoluto 3

para

todas as variáveis.

-Uma expressao para o erro total pode ser obtida to

mando-se

"'

li y li di (1. 50)

onde j é a iteração atual.

Pela Figura 1.3 verifica-se que a convergência se

estabiliza rapidamente numa relação linear e como as curvas es

tão plotadas em escala semi-logari tma Ih JI pode ser

por:

ou

li y li a-1\

= e

iog IIY li = a - 13 i

aproximado

( 1. 51)

onde os coeficientes a e 131

sao obtidos através de dois valores

já determinados de li y li .

Substituindo estas equaçoes na (1.50) obtem-se:

E j

1 ~ - e

a- e 1

31

(1.52)

conhecida por norma integrada, sendo sua principal característi

ca a análise quantitativa do erro total obtido nas soluções ite

rativas.

Na análise não-linear física, para métodos de solu

çao mista, um outro tipo de critério pode ser utilizado (6). A

variação do trabalho plástico dW~ durante uma iteração é calcu

lado e comparado com uma parcela do trabalho realizado durante

o incremento de carga.

32

CAPÍTULO II

ELEMENTOS FINITOS ISOPARAMÉTRICOS

Na análise não-linear geométrica, o uso de elementos

isoparamétricos (6) permite a utilização direta do enfoque da

mecânica do contínuo, sendo alguns princípios sumarizados no ca

pÍtulo anterior. Realmente, nenhuma restrição própria de teo

rias de corpos orientados será introduzida neste contexto. De

ve-se acrescentar a este fato a excelente performance deste ti

pode elemento finito na análise linear elástica. Além disso,

as restrições e aproximações decorrentes de especializações de

teorias de vigas, placas ou cascas podem ser introduzidas e a

formulação na essência permanece inalterada.

2.1 FORMA EXPLÍCITA DA FORMULAÇÃO LAGRANGEANA

Nas derivações pertinentes ao método dos elementos

finitos uma apresentação explícita das características de um só

33

lido tridimensional se faz necessário e com este propósito re

porta-se a notação difundida por Zienkiewicz e outros (5 e 6).

O tensor de Green definido em (1.3) e agora reescri

to como:

onde:

o E = E

o ['". ÔV ôw ÔU E = '-,

ax ôy az ôy

~

e o tensor de deformações

eT -X

o

o aT -Y

L E =

1 o o ~

2

eT eT -y -x

o eT -z

ST o -z

ÔV av aw + - ' + -,

ôx az ôy

infinitesimais

o

o e -x

eT • e -z -y

o e -z

eT -Y

eT -x

a contribuição não-linear, com:

( 2. 1)

ôu

··J + - ( 2. 2) az ax

e

1 = A• e ( 2. 3)

2

av

ax

a~l T

axj

34

( 2. 4)

-A partir da expressao (1.29), u = ~ i, e utilizando

as relações entre deformações específicas e deslocamentos, tem-

~ . . - o -se, apos a d1ferenc1açao de~:

o o de: = B dó ( 2. 5)

com:

aN i

o o ax

aN i

o o ay

aN i

o o Bº az

(2.6) = -1 aN aN

i i o

ay ax

aN aN. i 1

o az ay

aN1 aN i

o az ax

35

para um nó i genérico.

A diferenciação de EL conduz a

de:L = A d8

~

sendo que~' definido em (2.4), e escrito agora como:

8 = G

onde:

aN 1

I -3 ax

aN 1

~1 " I -3 ay

aN I 1 -3

az

e I , a matriz identidade 3 x 3. -3

ô 1

( 2. 7)

( 2. 8)

( 2. 9)

36

Substituindo então 9 na equaçao (2.7), tem-se:

L L de: = B dô (2.10)

com

L B = A G (2.11)

Tendo-se em conta que x = x + u, y = y + v e z =

= z + w a matriz~' da equação (1.31), é obtida pela soma dos

termos de Bº com BL:

de: = B dô = ( B o + B L ) dô (2.12)

sendo para um nó i genérico:

xe ze : xe ze xe ze -.-, --.- --. l 1 "t "t Ne Me, ·Ne 11e ·Ne ne

1 + 1 + +

1 z e xe , z e xe z e xe 1

-- • - 1 -- • - -- • 1Ne Me 1 1Ne 11e 1Ne ne 1 1 ----------~------------4-------------

ze Ãe ze Ãe ze Ãe 1 Ne • Me 1 Ne • ~ 1 Ne • ne

+ + + Ãe ze Ãe ze Ãe ze

1Ne • Me 'Ne • 11e 'Ne • ne -----------------------,-------------

1

Ãe xe Ãe xe : Ãe xe - • - -- • - 1

'Ne Me 1Ne 11e ' 'Ne ne 1 1 l-(€1ºl) 1 + + : + = a

xe Ãe xe Ãe : xe Ãe 1 - • - -- • - 1 -- • -l "t 1 "t Ne Me · Ne 11e , · Ne ne

1 1 -----------r-----------,-------------

1 1 ze ze I ze ze I ze ze

1 1 ----, --.-, --.-'Ne Me: 'Ne 11e: 1Ne ne

1 1 -----------~-----------~-------------' 1 Ãe Ãe : Ãe Ãe : Ãe Ãe 1 -- • - 1

i: •i: l"t Ne Me , Ne 11e , · Ne ne 1 l -----------L ___________ J ____________ _ 1 1 1 1 xe xe I xe xe I xe xe 1 1 .-, --.-,

'Ne .1-1e ' 'Ne 11e 1 'Ne ne 1 1

'a

1 ze xe 1 1

ze xe ze xe 1 -- . - -- . -

i: Ne ze 1 i: N e ~e i: N€ xe 1

+ 1 + + 1

.xe ze 1 xe ze xe ze 1 . - 1 -- . - -- . -i: Ne ze 1

i: N e 1 Ãe i: N€ xe - 1 - ------------L------------L-----------

ze Ãe ze Ãe ze Ãe -- . - -- . - -- . -i: N e :. e i: N e ~e i: N e :::e

+ + + Ãe ze À ze À ze

- . - -- . - -- . -i: N e :e 'N e ;;e i: N e xe

-----------L------------L-----------;;e xe ;;e xe ;;e xe -- . - -- . - -- . i: N e ze i: Ne Ãe i: Ne xe

1 i: -

('11"2:) 1 + + + = 8 xe À xe À xe À . - -- . - -- .

i: Ne ze i: N e Ãe i: N e xe -----------L------------L-----------1 1

ze ze 1 ze ze 1 ze ze 1 1 1 -- . - 1

i: N e 1 i: N e 1

i: N e :e 1 ;;e 1 xe 1 1 1 1 -----------r------------T-----------

Ãe Ãe 1 Ãe Ãe 1 Ãe 1 1 À 1 1 -- . - 1 -- . - 1

'N e ze 1 'N e ;;e 1 'N e xe 1 1 1 1

-----------~------------+-----------1 1

xe xe 1 xe xe 1 xe xe 1 1 1 -- . - 1

'N e 1 'N e ~e 1 'N e :e 1 1 xe 1 1

BE

39

ax ay Sendo

' etc, as componentes da matriz Jacobiana descrita na

ax ax equação (1.15).

Finalmente, através do incremento da parcela das for

ças internas da equação (1.33), a expressão da matriz de rigidez

definida em (1.40) é obtida.

duz a:

dF = d(J BT

V

cr dV) = f (dB T

V

(J + dcr)dV - K -T

(2.15)

Como B0

nao varia com§, a diferenciação de BT con

dA T (2.16)

Além disso, definindo-se ~T como a matriz tangente

das propriedades físicas do material, pode-se escrever:

da= D -T

(2.17)

e, apos algumas transformações utilizando as propriedades da ma

triz 8 (6), chega-se a:

K = J (G T -r M

V

com

I • C1 I e- 3 X -3

M = I -3

SIM

• C1 xy

• C1 y

40

D -r

I -3

I - 3

I - 3

B)dV (2.18)

C1 xz

• C1 (2.19) yz

C1 z

onde C1 , C1 , C1 , etc sao as componentes do segundo tensor de X y Xy

Piola-Kirchhoff.

2 • 2 FORMA EXPLÍCITA DA FORMULAÇÃO EULERIANA

A transição do sistema de referência Lagrangeano p~

ra o Euleriano é particularmente simples na formulação isopara

métrica e o cálculo da matriz de rigidez se processa de uma ma

neira similar.

Definindo as funções de interpolação ~i em função

l+l

das coordenadas espaciais x, y e z

N = N ex, y, z> -1 -1

(2.20)

pode-se escrever o tensor de Almansi como:

-O -L e:=e: +e: ( 2. 21)

com

-O ~~. élv élw élu élv élv élw élu

'~ E = ---=-' ---=-' + - + - + - (2.22) - ' - ' élx ély él z ély élx él z ély él z élx

e

-L 1 E = A 8

2 -

onde A e 8 têm a mesma forma de (2.3), sendo que a derivação é

feita em relação às coordenadas espaciais.

Para as relações entre deformações específicas e de~

locamentos, a expressão (2.11+) é reescrita trocando-se as variá

veis materiais pelas espaciais, obtendo-se assim a matriz B da

equação (1.30), sendo para um nó genérico i:

42

aN1 o o ax

o aN1 o ay

o o aN1

az ~1 = ( 2 • 2 3 )

aN 1 aN 1 o ay ax

o aN1 aN1

az ay

aN 1 o aN 1

az ax

Procedendo como anteriormente e observando que to

dos os termos sao funções das coordenadas espaciais~ depende~

do, portanto, dos parâmetros nodais 2, a expressão da matriz de

rigidez é obtida, através do incremento da parcela das forças

internas, equaçao (1.32)

dF d(f -T dV) f (dBT - dV -r dÕ dv = B cr = cr + B - -- -

V V

+ -r B cr d< dV » = gT dô ( 2. 24)

43

As relações entre tensão e deformação sao mais com

plexas e dadas por:

dcr = dcr -J

+ dTw cr (2.25)

onde dcr é o incremento do tensor de Jaumann (6) definido como: -J

de: (2.26)

sendo D a matriz tangente das propriedades físicas do material -T

mas referenciada a direções que variam para cada incremento e,

o o o o -- w w y z

o o o w o - -w X z

o o o - - - o w w X y

dT = -w 1 - 1 - 1 - 1 -w w o -- w w o 2 z 2 z 2 y 2 X

1 - 1 - 1 - 1 -o - - w w o - - w w 2 X 2 X 2 z 2 y

1 - 1 - 1 - 1 -w o w w o w 2 y 2 y 2 z 2 X

(2.27)

com

:Sendo

w X

w y

w z

= d(élv él z

= d(aw

élx

= d(au

ély

élw) a -y

a u -=-> a z

a~> élx

dCdVl = Ce + e + e ldV X y Z

a variação do volume dV, onde

e X

e y

e z

= d(av + élw)

az ay

= d ( élw ax

au = d(-

ély

+ a u > a z

é)V + -)

ax

44

(2.28)

( 2. 29)

(2.30)

o incremento dF das forças internas pode ser expresso por:

dF = I V

+

tir de:

d

com

45

-T B dv I [-T

-T B D . dô + dB + B dTw

-r V

<e + e + e z) § TJ ~ dV = <i< + K )dô ( 2. 31) X y -o -G

Finalmente a variação dBT pode ser derivada a par

ô(du) -1

*T - J (2.32)

(2.33)

2. 3 ESTADO PLANO DE TENSÃO E DEFORMAÇÃO, FORMULAÇÃO LAGRANGEANA

Para o estado plano de tensão ou deformação, o ten

sor de Green é dado por:

E ' y ( 2. 34)

com

e

o

dU

ily

av~T + -

dX

o

46

1 e = A • e -x 2 -

e y

O gradiente de deslocamentos,~. é definido como:

e I aN1

-x -2 ax = ô = G ô

e I aN1

y -2 ay

onde

6 = [ªu' avj T -x ax ax

~Y = ~au' av]T [ay ay

(2.35)

(2.36)

(2.37)

(2.38)

47

e I a matriz identidade 2.2. -2

A matriz ~i definida em (2.14), relacionando o in

cremento de deformações ao de deslocamentos, se reduz a:

1 1

ax aN1 1 ay aN1 1 • -- 1 - • ax ax 1 ax ax 1

1 1 -----------r-----------1 1

ax aN1 1 ay aN1 1 • 1 - •

ay ay 1 ay ay 1 1

B 1 ( 2. 39) = -----------r-----------

-1 ax ílN1 ay aN1

• • ax ay ay ax

+ +

ax ílN1 ay aN1 •

ay ax ax ay

e a matriz M de (2.19) a:

I o I o -2 X -2 xy

M = (2.40)

I o I o -2 xy -2 y

48

2.4 SÓLIDO AXISSIMfTRICO, FORMULAÇÃO LAGRANGEANA

Para a análise de estruturas axissimétricas sujeita

a carregamentos de revolução, o tensor de Green, em coordenadas

cilíndricas r, z e o, é escrito como:

onde

e

L 1 E =

2

sendo:

E ' E ' z rz

8T -r

T e -z

T 29 -r

au av + -,

dZ ílr

e -r

e -z

=

e -z

2

(~) r

8T -r

º T

e -z

o

L + E

o

T e -z

T e -r

o

o

o

X

o

u

r

(2.41)

(2.42)

e -r

e -z 1

= A • e 2 -

u

r

(2.43)

49

e = lªu, av]T e

-r Lªr ar e : rau' av]T -z Lªz az

(2.44)

Para um nó genérico ia submatriz B, definida em -1

(2.14), toma o seguinte aspecto:

~1 =

ar

ar

1

aN1 :

ar 1 1 1 1 1

az

ar ar

-----------~-----------ar

az

1 1 1

aN1 :

az 1 1 1 1 1

az

az az

-----------r-----------

ar

ar

ar

az

+

az

ar

az

az

az

ar

ar

+

-----------~-----------r

(-) . r

1 1

N1 :

r 1 1 1

o

sendo que a matriz M é definida como:

(2.45)

50

a I a I o r -2 rz -2 -

M = a I a I o (2.46) r.z -2 z -2

o o a e

2.5 ELEMENTOS IMPLEMENTADOS

Tanto para o estudo de estado plano de tensão e de

formação como para a análise de sólidos de revolução, foram uti

lizados os elementos isoparamétricos quadráticos (5) com

pontos nodais, como na Figura 2.1.

FIGURA 2.1 Elemento isoparamétrico quadrático.

oito

51

Para a análise de estruturas de superfície (cascas,

placas) utilizou-se elementos finitos tridimensionais degenera

dos de elementos isoparamétricos tridimensionais

Figura 2. 2.

quadráticos,

O elemento é degenerado pela prescrição de variação

linear de deslocamentos ao longo da espessura e supressão da e

nergia de deformação das tensões normais ao plano da superfície

média.

A geometria do elemento descrita como:

X X 1

l ç

y = N yi + l N V (2.47) 1 1 2 31

z z 1

e o campo de deslocamentos expandido por:

u ui

t ª1 V = l N vi +}:N ç;....!. [v , V J 1 1 2 11 21

1\ w zi

(2.48)

52

..... . ,

~Vii

13 i z(w) ~·'

\L.: x\ul

FIGURA 2.2: a) Elemento degenerado.

b) Elemento tridimensional quadrático.

e) Integração 3 x 3 x 2.

53

Este processo de especializaçio para superf!cies

delgadas e espessas i bastante difundido, e descrito em d eta

lhes nas referências (10, 11).

54

CAPÍTULO III

NÃO-LINEARIDADE FÍSICA

O aspecto básico da solução de problemas de não-li

nearidade física é a determinação das leis constitutivas para

definir as matrizes tensão-deformação na análise pelo método

dos elementos finitos. Discretização com uso de elementos fi

nitos isoparamétricos implicam na necessidade de avaliar estas

matrizes nos pontos de integração do elemento. As propried~

des que descrevem o comportamento de um elemento sao obtidas,

portanto, do estado de tensão de cada ponto de integração indi

vidualmente, permitindo um conhecimento preciso de todo o domí

nio do elemento.

O propósito deste capítulo é discutir a implement~

çao de relações constitutivas específicas. Para tal, os mate

riais são classificados segundo Fung (12), como elástico, hipeE

elásticos e hipoelásticos.

55

3.1 ELASTICIDADE LINEAR E HIPERELASTICIDADE

Corno no procedimento da análise linear elástica p~

ra deslocamentos infinitesimais as formulações Lagrangeana e Eu

leriana se confundem, considera-se diretamente a análise de gra!:

des deformações.

Para a formulação Lagrangeana tem-se:

= D ijrs

E rs

( 3. 1)

onde cr e E sao o segundo tensor de Piola-Kirchhoff e o ten ij rs

sor de deformações de Green, respectivamente, e D o tensor ij rs

das propriedades físicas do material na configuração indeforma

da.

Na formulação Euleriana tem-se:

= D ijrs

• E rs

( 3. 2)

sendo cr o tensor de tensões de Cauchy, E o tensor de defor ij rs

mações de Almansi e D o tensor das propriedades físicas na ij rs

configuração atual.

Na elasticidade linear, tanto D como ij rs

D ij rs

sao constantes e definidas em termos do módulo de elasticidade

56

e do coeficiente de Poisson, para materiais isotrÓpicos.

Para materiais hiperelásticos as relações entre ten

sao e deformação são derivadas da função energia de deformação,

usualmente definida por unidade de massa do material e

pondente a formulação Lagrangeana.

d 1 w = (J

dt p ij •

Ô E ij

at

corres

( 3. 3)

As relações constitutivas,(3.1) e (3.2), sao us~das

para a avaliação das matrizes de tensão do elemento, isto é, ca~

cula-se as tensões Piola-Kirchhoff ou Cauchy diretamente das de

formações de Green ou Almansi. No cálculo das matrizes de ri

gidez torna-se necessário a cada iteração ou novo incremento a

obtenção dos tensores tangentes das propriedades do material.

Tanto na análise de materiais elásticos como hiper~

lásticos, os resultados numéricos obtidos devem ser idênticos

em ambas as formulações. Portanto, como as constantes do mate

rial independem da história da solução, a precisão depende so

mente da formulação isoparamétrica e do algoritmo de resolução

do sistema de equações, uma vez que iterações são necessárias pa

ra estabelecer o equilíbrio.

57

3.2 HIPOELASTICIDADE

Para materiais hipoelásticos como o modelo elasto

plástico, o modelo de mÔdulo tangente variável e o de descrição

pela curva tensão-deformação do material (3), os tensores cons

titutivos relacionam incrementes de tensão à incrementes de de

formação. Assim, tensores finais não podem ser relacionados

diretamente às deformações porque dependem da história da defor

maçao.

Considera-se inicialmente a análise de problemas de

pequenos deslocamentos com apenas não-linearidade física. Nes

te caso, tem-se:

(3.4) 6cr = D ij ijrs

ôe rs

onde ôcr ij

e ôe rs

sao incrementes de tensão e de deformações in

finitesimais. Neste tipo de análise assume-se que a configur~

ção inicial do corpo permanece inalterada. Assim, incrementes

de tensão e de deformações infinitesimais podem ser simplesme~

te adicionados para se obter as tensões e deformações finais já

que o tensor físico D depende da história da tensão e da de ijrs

formação.

Embora as formulações aqui discutidas sao dirigidas

a condição de grandes deformações, nos problemas práticos resol

58

vidos a lei do material é definida apenas para pequenas deforma

çoes. Um caso importante é o comportamento do modelo elasto-

plástico com uso da teoria clássica da plasticidade que é apli

cada na análise de grandes deslocamentos, porém, com pequenas

deformações. Neste tipo de análise a configuração ou geometria

do corpo é atualizada para cada iteração ou incremento de carga

conforme o método de solução utilizado.

Usando a formulação Lagrangeana, o comportamento de

materiais hipoelásticos pode ser descrito como:

6a = D • 6E ij ijrs rs

( 3. 5)

onde 6a e 6E sao incrementes do segundo tensor de Pi o 1 a -ij rs

-Kirchhoff e do tensor de deformação de Green, respectivamente.

Para a solução aproxima-se 6E por 4e a componente line rs rs

ar do tensor de Green e o cálculo do tensor de Piola-Kir-

chhoff no passo I+l é dado por:

I+l

a ij

ªª ij

I = a ij

I+l

+ 6a ij

Na formulação Euleriana, tem-se:

= :Õ • 6Ê ijrs rs

( 3. 6)

( 3. 7)

59

sendo 6ãij e 6Ers os incrementos do tensor de tensões de Cauchy

~

e do tensor de deformações de Almansi. Assume-se que D ij rs

e

definido pela história das tensões de Cauchy e para a

apromixa-se 6E rs

-por 6e

rs

Tendo calculado 6crij da relação

= D ijrs

6e rs

as tensões de Cauchy no passo I+l são obtidas por:

I + 1

a ij

-I = a

ij

I+l

+ 6a ij

solução

( 3. 8)

( 3. 9)

Em geral, a definição das relações constitutivas a

través da formulação Euleriana é preferida, uma vez que se tra

balha com componentes físicos de tensão para definir as constan

tes do material, equação (3.7), e 6ers pode ser entendido como

o incremento de deformação plástica e elástica, exatamente como

na análise de pequenos deslocamentos.

Com as várias descrições avaliadas para o comport~

mento do material, a dificuldade maior é a escolha de qual deve

ser usada no estado de análise atual. Isto depende naturalmen

te do material específico considerado e da definição escolhida

60

para os parâmetros do material. Por exemplo, na análise elas

to-plástica se a formulação Lagrangeana é usada, a tensão de es

coamento é definida como função do 29 tensor de Piola-Kirchhoff,

enquanto que para a formulação Euleriana o tensor de Cauchy a

define.

3.2.1 O MODELO ELASTD-PLASTICO

O modelo elasto-plástico pode ser ilustrado em uma

hipótética curva tensão-deformação para um estado uni-axial de

tensão, Figura 3.1. Três características devem ser notadas;

trecho elástico seguido por um escoamento e o endurecimento no

regime plástico (''strain-hardening''), no qual as tens5es cres

cem muito menos com as deformaç5es do que no regime elástico e

uma parcela de deformação, E , permanece após o descarregamento. p

G . ,

A

FIGURA 3.1

F

e D

ée

Curva tensão-deformação uniaxial.

61

O limite de proporcionalidade P, onde se tem a Últi

ma tensão do trecho linear, e o limite elástico definido como a

mais alta tensão que se pode obter sem deformações permanentes,

são geralmente assumidas coincidentes na idealização da teoria

da plasticidade. A tensão ªel é denominada tensão de escoamen

to, sendo que em análises práticas, onde se compara o comport~

menta de diversos materiais, esta tensão é usualmente definida

pelo ponto O obtido a partir de uma reta paralela a inclinação

inicial do trecho linear a uma distância E pré-estabelecida. D

Para um estado complexo de tensão as condições que

caracterizam a transição entre o regime elástico e plástico sao

dadas por funções do tipo

F = F (a_, E , K) -p

= f (a_, E ) - K -p

(3.10)

e sao conhecidas como critério de plasticidade, onde~ represe~

ta o estado de tensão atual, E a deformação plástica correspon -p

dente a este estado de tensão e K uma constante do material re

lacionada com a tensão de escoamento. Através de uma interpr~

tação geométrica os critérios de plasticidade definem superf_i

cies de escoamento (''yield surface'') no campo das tensões.

O comportamento apos o escoamento e também caracte

rizado e um fenômeno conhecido como "work-hardening" ou "strain­

-hardening" tem lugar, ou seja, uma pequena variação nas tensões

62

implica em grandes variações nas deformações. Além disso, a

curva tensão-deformação característica do descarregamento é di

ferente da do carregamento, seguindo aproximadamente uma reta

paralela a inclinação original do trecho elástico ilustrado p~

las linhas OM e BC da Figura 3.1. Para o descarregamento a

partir do ponto B, se E denota o módulo de elasticidade do mate

rial, a deformação elástica é dado por:

E : e E

representada pelo segmento CD no eixo das deformações, enquanto

que a deformação plástica ou permanente,

AC.

~

E , e p

representado por

Se há um recarregamento a partir do ponto C, a cur

va tensão-deformação CF difere da do descarregamento, pois o ma

terial adquire novas propriedades elásticas, havendo um aumento

do limite elástico ou na tensão de escoamento.

No estado complexo de tensão este fenÕmeno é carac

terizado também por funções do tipo:

F = FC9:, E , k) -p

= f(q, E) - y(k) p

(3.11)

onde y é uma função do parãmetro k de endurecimento do material

63

("strain-hardening·parameter"). Estas funções representam su

perfÍcies de carregamento ("loading surfaces") no campo das ten

sões as quais, para um dado estado de tensão, separa as regiões

de deformações elásticas das plásticas, isto é, na fronteira da

superfície um incremento de carga pode produzir deformações e

lásticas se for um incremento de descarregamento, ou deformações

plásticas se for de carregamento. O critério de plasticidade,

dado pelas superfícies de escoamento, decorrem da equação (3.11),

fazendo-se y(k) = K.

A forma e a posição das superfícies dependem, em ge

ral, nao somente do estado de tensão mas, também, da história

da deformação. Além disso a superfície não é fixa, podendo se

expandir ou deslocar conforme o tipo de endurecimento do materi

al, sendo que dois comportamentos distintos devem ser

dos, isotrÓpico e cinemático.

analisa

O comportamento cinemático assume que durante defor

maçoes plásticas a superfície de carregamento translata como um

corpo rígido no espaço das tensões, mantendo o tamanho, a forma

e a orientação da superfície de escoamento. O primeiro objeti

vo desta teoria é dar condições para que o efeito Bauschinger

seja analisado (13, 14). Este fenômeno é caracterizado pelo

fato de um aumento da tensão de escoamento em uma direção resul

tarem um decréscimo de mesmo valor na direção reversa.

Na Figura 3.2 tem-se o comportamento cinemático

64

ilustrado para o estado plano de tensão em função das

principais a e a. 1 2

I

SUPERFICIE DE ESCOAMENTO

L....

FIGURA 3.2

SUPER FICIE DE

CARREGAMENTO

o o

G" 2 <õ'

Comportamento Cinemático.

tensões

As superfícies de escoamento e carregamento sao mos

tradas para uma variação, no estado de tensão, do ponto 1 para

o 2. Pode-se notar que a variação na direção 1-2 acarreta em

um decréscimo do mesmo valor na direção reversa, pontos B e B'.

No comportamento isotrÓpico assume-se que a superfi

cie se expande uniformemente em torno da origem, mantendo ames

ma forma e orientação da superfície de escoamento. Para um es

tado plano de tensão a figura 3.3 ilustra o comportamento iso

trópico, mostrando as superfícies de escoamento e carregamento

para uma variação de tensão do ponto 1 para o 2. O descarreg~

menta e um carregamento subsequente na direção reversa, resulta

no escoamento do material para um estado de tensão representado

pelo ponto 3, sendo que o caminho 2-3 será elástico.

SUPERFICIE DE

ESCOAMENTO

FIGURA 3.3

65

QiõQ'

SUPERFICIE DE

CARREGAMENTO

Comportamento IsotrÓpico.

Para a representação isotrÓpica o efeito Bauschinger

nao pode ser analisado. De fato, esta teoria surge da conside

ração de que no processo de endurecimento do material, trecho

OBF da Figura 3.1, qualquer aumento na tensão de escoamento re

sulta em um aumento do mesmo valor na direção reversa.

3.2.1.1 Relações Constitutivas

Se a condição de plasticidade é atingida, isto é,

!; ' p

k) = o (3.12)

deformações plásticas ocorrem e o incremento de deformação a

tua! é 'dado por:

66

Para as deformações elásticas tem-se:

- l = D .- • dcr

onde D é a matriz das constantes elásticas do material.

(3.13)

(3.14)

Para as deformações plásticas as relações constitu

tivas são baseadas no trabalho plástico máximo,

(3.15)

onde dE representa as componentes do incremento de deformações -p

plásticas resultante do estado de tensão q na superfície de es

coamento subsequente, e q 0 o estado de tensão na superfície an

terior ( 15). Para garantir a condição de convexidade na supe~

fÍcie de carregamento, a inequação leva à condição de normalida

de associada ao incremento de deformações plásticas.

incremento é dado por:

dE -p

= dà • ar

Assim o

(3.16)

ar~ onde e o vetor definido para cada estado de tensão, enquanto

ªº

67

dà e uma constante a ser determinada.

No regime plástico, F = O e, portanto,

dF da +

Definindo-se:

a = ar

ªª e A = 1

a equaçao (3.17) pode ser escrita como:

aT • da - A• dà = O

e o incremento de deformação:

- 1 de: = D da + dÀ • a

= o

• d e: ) -p

(3.17)

(3.18)

(3.19)

(3.20)

Após a eliminação de da através da equaçao (3.19) e ,..

da pré-multiplicação em ambos os lados da equação (3.20)

T a • D chega-se a:

por

68

D D a

obtendo-se, consequentemente, a constante dÀ:

1 T dÀ = a D

A + a T • D • a - - -

que substituída em (3.20) leva finalmente a:

onde:

da = ( D - D ) de: p

1 D = -p T

A + a • D - -D a a T D

. a

(3.21)

(3.22)

(3.23)

( 3. 24)

É conveniente expressar as superfícies de escoamen

to como função de três invariantes de tensões dadas por:

(1 = ~ 1 = ( (1 + a + a ) m 3 3 X y z

1/2

= ! [e s 2 s' S2) 2 2 2 J l /2 (1 = J + + + a + a + a (3.25) 2 2 X y z Xy yz xz

para 1 1 - -,r,e; $-<e; -,r

6 6

onde

J = s 3 X

- s X

e

s = (J X X

s = (J -y y

s = (J -z z

s y

(J m

(J

m

(J

m

69

S + 2 cr z xy

(J

yz

2 2 (J - s (J - s

yz Y xz z

(J

xz

2 (J

xy

As superfícies de escoamento para os vários

rios de plasticidade podem ser dados como:

1. TRESCA

F = 2 . cr. cos~ - y(k) = O

2. HUBER-MISES

F = /3. ã - y(k) = O

( 3. 26)

crité

(3.27)

( 3 . 2 8 )

3. MOHR-COULOMB

r = cr . sena+ cr cos$ -m

4. DRUCKER-PRAGER

70

r = 3 a'. cr + cr - S = O m

sendo

2 sena a = e

h . ( 3 - sena)

-(J

sen$ • sena - c. cose= o

(3.29)

(3. 30)

6c cose a = ( 3. 31)

h . ( 3 - sena)

As superfícies definidas em 1 e 2 sao geralmente a

plicadas na análise de metais sendo que para solos, concreto e

outros, o critério de Mohr-Coulomb e sua aproximação dada por

Drucker e Prager são frequentemente usados onde C e a sao a coe

sao e o ângulo de atrito, respectivamente.

Desta forma vetor gradiente ar ~

escrito: o e

ªº ar ar ao ar ªª ar 3$ m

= -- + - + (3.32) d(J ªª ªª m

acr a cr 3$ d(J

=

71

Além disso da equaçao (3.25) pode-se obter:

2 cos 3<j>

1

-' 3 (J

aJ 3 J

ªª 3 3

-4 (J

aõ-•

e expressar o vetor gradiente por:

d<J aã J ar m 3

= e • -- + e • - + e

ªª d<J 2

ªª 3

ªª - -

onde

1

1

ªª 1 1 m =

ªª 3 o

o

o

s X

s y

ªª 1 s

z = •

ªª 2 (J 2 (J

yz

2 0 xz

2 ºxy

(3.33)

( 3. 34)

(3.35)

(3.36)

72

e,

2 s s - (J 1

z y yz

2 s s - (J 1

X z xz

2 s s - (J 1 aJ X y xy 1 3 -2 = + (J (3.37)

ªª 2 ( (J (J - s (1 ) 3 o

xz xy X yz

2 ( C1 (J - s (J ) o xy yz y xz

2 ( (J (J - s (1 ) o yz xz z xy

As constantes C, C e C para os quatro critérios 1 2 3

sao dados na Tabela (3.1).

Na presente análise somente o comportamento isotró

pico foi incorporado, sendo que o cinemático poderia sê-lo com

as recomendações da referência (6, 16).

TABELA 3.1 Constantes C, C , C. 1 2 3

CRITfRIOS DE e e PLASTICIDADE 1 2

TRESCA o 2 coscj>(l + tg cp . tg 3 cp)

HUBER-MISES o /3

MOHR-COULOMB sena cos cp [1 + tg .,. . tg 3 .p +

+ sena . (tg 3cp - tgcp)J 13

DRUCKER-PRAGER 3a 1.0

e 3

/3 sen.p - . -2 cos3cp (]

o

/3[3 - sen.p + /3" coscp

- 2 6 rJ • cos3cj)

o

sena]

_, w

74

Para o comportamento isotrÓpico, onde se assume uma

expansao uniforme da superfície de escoamento, as

subsequentes são escritas:

F = f(cr) - y(k) = O

superfícies

(3. 38)

no qual k depende da história das deformações plásticas e é de

finido como:

dk = crT de: p

Assim, da equaçao (3.18), tem-se:

1 (~ dk)

1 dy 1 A = = . dk = . H

dÀ ak dÀ dk dÀ

e 3. 39)

de:p u . . dk

dk

(3.40)

onde H é a inclinação da curva que relaciona a tensão uniaxial

y a sua deformação correspondente e:P. u

Tem-se, portanto, através das equações (3.39) e (3 .

. 16), para uma lei associativa:

dk =V. de:p u

= cr T

de: -p

= de: -p

T cr

T a cr (3.41)

75

Usando o teorema de Euler, aplicável a todas as fun

ções homogêneas f(cr) de primeira ordem, pode-se escrever:

f(cr) = y (3.42)

e, por substituição nas equaçoes (3.41) e (3.42), tem-se final

mente:

p = de:

u

3.2.1.2

e A = H (3.43)

Cálculo das Tensões Elasto-Plásticas

Durante uma iteração ou incremento de carga, quando

um ponto de integração atinge a condição de plasticidade, isto

e, F{cr) ~ O, passando, portanto, do regime elástico para o plá~

tico um fator r que separa a parcela elástica da plástica deve

ser avaliado.

Se cr denota as condições elásticas iniciais, â_e: e -o

o incremento de deformação correspondente a variação das tensões

elásticas ,

76

(3.44)

e o estudo das funções de escoamento nos leva a:

F(cr) = F < O (3.45) -o o

e

F(cr + ócr) = F > O (3.45) -o -e 1

se o ponto de integração se plastifica durante este incremento

ou iteração.

Deve-se calcular então um fator r tal que:

F(cr + r. ócr) = O -o -e

Por uma interpolação linear uma primeira

çao, r pode ser obtida: 1

r = 1

F o

F - F 1 O

(3.46)

aproxim~

(3.47)

Entretanto, devido a não-linearidade das funções F

teremos:

77

F(a + r tia ) = F f. O -o 1 -e 2

Uma melhor estimativa pode ser obtida se

que para uma posição instantânea da superfície de

isto é, para E e k constantes, podemos escrever, da -p

(3.17)

T dF = a da

Considerando

da= /ir 1

tia -e

e para pequenas variações.

dF = - F

tem-se então:

F 2

= - a

2

T tia /ir -e 1

e uma melhor aproximação parar e obtida de

r = r 1 T

a tia -e

(3.49)

notarmos

escoamento,

-e q u a ç ao

(3.50)

( 3. 51)

(3.52)

(3. 53)

( 3. 54)

78

As tensões elásticas podem ser calculadas a partir

de:

rAE

Acr = f -e D dê.= D. r. AE

o

e a parcela elasto-plástica por:

Acr -p

AE

= f rAE

D -p

(3.55)

(3.56)

Uma simples aproximação da equaçao (3.56) pode ser

obtida escrevendo:

Acr = (1-r) . D (3.57) -p -p

Para melhor avaliação da parcela elasto-plástica o

incremento de deformação ~

(1-r).AE, e dividido em n pequenos in

tervalos sendo que em cada um deles a equaçao (3.57) é aplicada

e a matriz D calculada para cada intervalo. -p O parâmetro n e

calculado relacionando o primeiro valor da função de escoamento

F , com uma parcela (5 a 10%) da tensão de escoamento y(k). 1

A solução aproximada, através da equaçao (3.57), da

79

expressao exata para o cálculo da tensão elasto-plástica

conduz geralmente a valores de tensões ~1

tais que:

fl (J p

F(cr) = F(cr + /lcr) = F ~ O -1 -o 3

(3.58)

Para evitar este pequeno erro e que ele se acumule,

uma correção atualizando as tensões para a superfície de escoa

menta correta deverá ser feita.

~

Se a parcela de correçao e dada por:

ôcr =a. p

onde p e um escalar e como

dF =

tem-se:

F = a 3

T ôcr = a

F 3

ôcr = - a <---) aT a

T a . p

( 3. 59)

(3.60)

(3.61)

O cálculo das tensões se faz então, através do se

guinte algoritmo:

80

Cálculo ds 6E a partir do

incremento de deslocamen

tos 66:

6E = 8 66

Cálculo do incremento de

tensão:

6cr = 0 flE

Estado de tensão:

cr' cr + llcr -o

Avaliação da função de es

coamento:

F = F (cr' l 1

< o

Não atingiu a cond!

çao ds plasticidade

a = a' -1

Cálculo der e n

FIM

81

+ Subtração da parcela elas

ta-plástica da estada atu

al de tensão:

q i = cr ' - C 1 - r l l!.cr

Divisão da incrementa de

deformação em n intervalas:

d~i = [c1-r)/n J . l!.f;

Solução aproximada

da equaçaa (3.56):

i = 1 , n

Correção das tensões:

(J = (J • Ô(J -i -i

82

3. 2. 2 OUTROS MODELOS

O modelo de módulo tangente variável é desenvolvido

para a análise de materiais geológicos e é apresentado na refe

rência (3). O modelo descreve uma lei isotrÓpica para o mate

rial hipoelástico nos quais os módulos de elasticidade transver

sal e longitudinal são funções das invariantes de tensão e de

formação.

O modelo de descrição pela curva tensão-deformação

uniaxial define incrementalmente a curva característica do mate

rial ( 3). O modelo define os módulos de elasticidade longit~

dinal e transversal instantâneos como uma função linear por tre

chos da deformação volumétrica atual.

Os.procedimentos para a solução em ambos os modelos

são essencialmente idênticos. A diferença entre eles está na

definição dos módulos de elasticidade e nos critérios de carre

gamento e descarregamento.

83

CAPÍTULO IV

RESULTADOS DE ANÁLISE

Neste capítulo procura-se estabelecer algumas comp~

raçoes dos resultados obtidos através da implementação dos pr~

cedimentos discutidos anteriormente.

Na análise dos dois primeiros problemas, algumas so

luções sao comparadas com as obtidas de outras formulações. No

terceiro, os resultados da análise de uma casca esférica atra

vês de elementos tridimensionais são confrontados com os de ele

mentos isoparamétricos de sólidos de revolução, utilizados uni

camente para suprir a falta de soluções do tipo de estrutura que

se propõe estudar. No Último problema, algumas das soluções

são comparadas com resultados experimentais disponíveis.

84

4.1 CASCA ESFfRICA

Como primeira aplicação, analisou-se o comportame~

to nao linear geométrico de uma casca esférica engastada, subm~

tida a açao de uma carga concentrada axial. A análise foi efe

tuada com uso de 10 elementos isoparamétricos quadráticos de s~

lidos de revolução com integração 2 x 2. A solução do sistema

de equações seguiu o método incremental iterativo, com increme~

tos de 5 lbs. O critério de convergência utilizado foi o de

deslocamentos com uso da norma absoluta(~ 0,01%).

Detalhes geométricos e as propriedades físicas do

material encontram-se na Figura 4.1. A curva carga por defle

xao central comparada com as soluções obtidas por Zienkiewics

(2) e Haisler (17) é apresentada na Figura 4.2, onde se pode n~

taro alto grau de não-linearidade do problema e o comportamento

estável da solução. Uma comparação entre as tensões Piola-Kir

chhoff e as reais na seção central da casca é feita na

4.1.

As soluções lineares e não-lineares sao

Tabela

confronta

das para P = 100 lbs através dos diagramas das deflexões e dos

momentos Mx ao longo do raio nas Figuras 4.3 e 4.4, respectiv~

mente.

1 0,0 859"

i \ \

\ \

\

gQ"

\ \

\ \

\ \

\ y

\ \

\

85

I I

I

I I

I / R: 4.758"

/ E:I07 Psl

/ \) , o,3

X

FIGURA 4.1 Características físicas e geométricas.

TABELA 4.1 Tensões Piola-Kirchhoff e Real

PIOLA-KIRCHHOFF REAL 10 5 psi 10 5 psi

sup. 1,741 1,942

a med. 1,501 1,768 X

inf. 8,575 9,535

sup. 2,902 2,95

a med. -1,239 -1,197 y

inf. 1,883 1,732

P ( 1 bs)

100

75

50

25

86

+- SOLUÇÃO LINEAR

+

+

0,05 0,1

/ /

/ /

.y

/ I

I I

I

I I

I

I 1 I 1 I I

/ /

I /

>tX XX TESE

REFERENCIA ( 2)

REFERENCIA ( 18)

0,15

FIGURA 4.2 Curva carga por deflexão central.

S (ln)

./ /

/ /

/ /

~( in)

FIGURA 4.3

/

/ /

/

87

----------~•

Solução Linear

Deflexões ao longo do raio para

P = 100 lbs

----./" - --.._

/

I / 1 I 1 1 I

M x ( lb. in/in)

/ /

/ /

FIGURA 4.4

- ----· -

S o·I uça-o Linear

Solução Não -Linear

Diagrama de Momentos Mx para P = 100 lbs

88

4.2 CILINDRO SUJEITO A PRESSÃO INTERNA

Para a análise não-linear física estudou-se inicial

mente um cilindro sujeito a pressão interna. O modelo elasto-

plástico foi considerado perfeito, sendo a tensão de escoamento

ou limite igual a 10.000 psi. # • - • As caracteristicas geometricas,

a discretização e as propriedades físicas do material encontram­

-se na Figura(4.5). O comportamento elasto-plástico foi anali

sado com uso de três elementos isoparamétricos de sólidos de re

volução com integração 2 x 2 e 5 x 5, não existindo porem diferen

ça significativa entre as duas análises.

Primeiramente comparou-se os resultados obtidos com

os apresentados por Zienkiewics e Nayak nas referências (2) e

( 6 ) . O algoritmo de solução do sistema de equações seguiu o

modelo incremental-iterativo com incrementas de 1.000 psi. Pa

ra o estudo da convergência utilizou-se do critério de desloca

mentas, através da norma absoluta (~ 0,01%). Na Figura(4.6) a

curva carga por deslocamento dos pontos externos do cilindro e

apresentada. A análise é feita segundo dois critérios de pla~

ticidade, o de Huber-Mises e o de Tresca. Nas Figuras (4.7a),

(4.7b) e (4.7c), compara-se os valores das tensões ªe• cr , cr r z

para os dois critérios de plasticidade. Finalmente na Figura

(4.8), tem-se os pontos de integração plastificados segundo es

tes dois critérios.

89

A segunda parte da análise tem como objetivo a com

paração .entre os vários critérios de plasticidade implementados.

Para isto utilizou-se de um modelo incremental, com incrementas

de 1. 000 psi e integração 2 x 2. Na Figura (4.9) a curva carga

~

por deslocamento dos pontos externos e apresentada. As tensões

cr8

, cr , cr para uma razao P/Y = 0,65 são plotadas nas Figuras r z

(4.10a), (4.10b) e (4.10c).

y

b= li

E: IOx 106 psi

V: 0.33

Y: IOx103 psi

" 'I; !/ :

p~

FIGURA 4.5

--------- ~~~ ---- I Características físicas e geométricas,

e discretização.

P/y

o.e

0.7 K

0.6

O. 5

0.4

0.3

0,2

0.1

3

FIGURA 4.6

-

90

-----o--

X < <

o o o

6

referência

referencia

3 elementos

3 elementos

(2) - HUBER-MISES

( 2) TRESCA

- HUBER -MISES

- TRESCA

9

Curva carga por deslocamentos externos.

Modelo incremental-iterativo.

91

(VON MISES)

PLAS TICO 'E LASTICO ( TRESCA) 1,0 ---- · - --t -- - --

0,9

o,a

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

O, 2

o, 1

/~

;°/ o~

/ a)

o/

/

/ / re lerencía ( 2)

d -- - - referencia ( 2)

3 elementos

o o o 3 elementos

1,0 1,5 2,0 r/a

VON M ISES

TRES C A

VON MISES

T RE S CA

P/Y=0,76

P/Y = O, 65

FIGURA 4.7a Distribuição das tensões cr8

1,0

-O, 1

- o, 2

- O, 3

-O, 4

-0,5 I I

-o.~ ri

-0,7

FIGURA 4. 7b

G 'fy

0,25

0,20

0,15

0,10

0,05

-º·º 5 X

- o, 1 O

FIGURA 4.7c

o /

I o/

/

1,5

,/, /

/ /

/

92

,1/

2,0

/,P /

/ b)

Distribuição das tensões

/1 f

o

X /

/ /o

X X X

º- -9 _ _ 2.. /

15

C)

2,0 r; a

a r

Distribuição das tensões a z

P/y

0,9

0,8

0,7

0,6

0,5

0,4

0,3

0,2

O, 1

93

1 : : 1 1

a) Von Mi ses

1: :\: 1

b) Treaca

FIGURA 4.8 Pontos de integração plastificados.

V

/ /

/ /

/

-------

'/ VON MISES e DRUCKER- PRAGER.

TRESCA e MOHR - COULOMB

3 6 9 u ( b) 1.03

in

FIGURA 4.9 Curva carga por deslocamentos externos.

Modelo incremental.

ire /y PLASTICO

94

E LASTICO

O __ PLASTICO -+ELAS~~

,9

0,8

0,7

0,6 / /

/" // "

/ " / "

/ " / "-

/ 0,5 /

/ /

/ 0,4

0,3

0,2

0,1

1,0

FIGURA 4.10a

- O, 1

-0,2

-0,3

-0,4

-0,5

-.Q,6

- G" FY. y

1,0

/ /

! y

FIGURA 4.lOb

/ /

a)

1,5 2,0

Distribuição das tensões cr, p/Y = 0,65 e

-1,5

/ /

/

/

/ /

/

?' /

/

o 'la

/ b) /

Distribuição das tensões cr , p/Y = 0,65 r

G '!y

0,20

0,15

0,10

0,05 I /

10

I I

-o,o 5 I

-0,10

FIGURA 4.10c

/ I

I I

95

,,.,,,..-----/

/

I

e)

1,5 2 O rfa

Distribuição das tensões cr, p/Y = 0,65 z

4.3 CASCA ESFÉRICA COM CARREGAMENTO DISTRIBUÍDO UNIFORMEMENTE

O comportamento não-linear físico de uma casca esfé

rica engastada sob a ação de carga uniformemente distribuída ra

dial é analisada utilizando-se elementos finitos degenerados es

pecializados para estruturas de superfície. Na tentat~va de

avaliar.o comportamento deste elemento, a análise foi efetuada

também com uso de elementos finitos isoparamétricos de sólidos

de revolução, permitindo assim uma comparação apurada dos resul

tados obtidos.

96

As caracter!sticas geométricas estão descritas na

Figura (4.11) e os diagramas caracterfsticos das propriedades

ffsicas do material encontram-se na Figura (4.12), onde conside

rou-se o comportamento elasto-plástico perfeito (A= O) e c o m

"strain hardening" (A=O. lE). Utilizando-se da solução incre

mental, a carga distribu!da foi aplicada em incrementes de 2,5

psi até atingir 57,5 psi. O critério de plasticidade conside

rado foi o de Huber-Mises.

As curvas de deflexões máximas para o material ela~

to-plástico perfeito e com "hardening" se encontram na Figura

(4.13), onde se pode notar a boa concordância entre os resulta

dos obtidos pelas duas análises.

Através de diagramas de deformada, Figura (4.14),

compara-se as soluções elástica e elasto-plástica perfeita para

os dois tipos de análise com p = 57,5 psi.

Por fim, uma esquematização dos pontos de integr~

çao plastificados é mostrada na Figura (4.15) para p = 57,5 psi.

1, \ \

\

9011

p

\ R • 4.758" \

\ \

\ \ ~

FIGURA 4.11

(t p SI

y

FIGURA 4.12

97

y

Características geométricas.

H • 0,1 E

i/ • 0,33

Y • 10 X 1 0 3 p Si

Propriedades físicas, curvas

tensão-deformação.

X

P ( ps 1)

60

50

40

30

20

2 3

P ( psi l

60

50

40

30

20

2 3

FIGURA 4.13

I /

/,

4

/ /

/

/

/ /

/ /,

4

/

5

/ /

5

6

6

98

A =O

7 8 9 10

c5 x'I03 ( in )

DEGENERADO

A XI SSIMÉTRICO

7 8 9 10

~.ici3 (ln)

Curvas de deflexões máximas.

99

l

2 / /

/

/ /

/

/

;,"' /

3 ELAST1co ____ _

4

-5 ---

FIGURA 4.14

-.___ ELASTO - PLASTICO

AXISSI MÉTRICO

DEGENERADO

Deflexões ao longo do raio para

p = 57,5 psi

100

SUPERIOR INFERIOR

FIGURA 4.15 Pontos de integração plastificados.

4.4 PLACA CIRCULAR

Procurando comparar alguns resultados práticos com

os obtidos teoricamente, analisou-se o comportamento elasto­

-plástico de uma placa circular de alumínio 6061-T6 cujas cara~

terísticas geométricas e do carregamento são descritas esquema

ticamente na Figura 4.16. O modelo estrutural aproximado, id~

alizado por Witmer (18) e utilizado nesta análise tem sua geom~

tria representada na Figura 4.17a. Em sua análise Witmer fez

uso de elementos finitos de casca de revolução sendo que o car

101

regamente foi aproximado por uma série de Fourier com nove har

mônicos.

Por não se tratar de um carregamento axissimétrico

o modelo foi analisado com uso de elementos finitos degenerados

cuja discretização segue o da Figura 4.17b. As propriedades fi

sicas características da liga estão definidas no diagrama tensão

deformação da Figura 4.18. O critério de plasticidade consid~

rado foi o de Huber-Mises e utilizando-se do método incremental

para solução do sistema de equações o carregamento solicitante

foi aplicado em incrementas de 1.000 lbs.

As deflexões centrais para todos os valores de car

ga analisados comparadas com os resultados experimentais e os

obtidos por Witmer foram plotados na Figura 4.19. Uma compar~

çao entre o comportamento elástico e o elasto-plástico, através

dos diagramas de deflexões ao longo do raio para e= oº e e=

= 90° é ilustrada na Figura 4.20. O efeito da redistribuição

de tensões devido a não-linearidade é caracterizado pelos d ia

gramas de momentos M segundo 9 = oº para a solução elástica X

e elasto-plástica, Figura 4.21. Finalmente a indicação dos

pontos de integração plastificados para P = 9.000 lbs é feita

através da Figura 4.22.

FIGURA 4.16

102

9 011

5 oº

Características geométricas do modelo

analisado em laboratório.

0,2 ~· ~ 1!1 -k-A-=

~· 1,d'

FIGURA 4.17

10 3

l l ! 2,511 AÁ

y ............ 0,34'

b)

a)

Características geométricas do modelo

aproximado e sua discretização.

104

TI I o o o C psi l 50

40

30

20

10

.EXIOOO

o 2 4 6 B 10 12 14

FIGURA 4.18 Diagrama tensão-deformação do material.

105

P(lbs)

IC:000

8000

EXPERIMENTAL

6000 WIT MER

ELEMENTO DEGENERADO

4000

2000

2 4 6 8 10 12

FIGURA 4.19 Curva carga por deflexões centrais.

0,10

O,OB

0,06

· 0,04

0,02

b [in)

' ELASTO- PLASTICO

' '

'

....

' '

ELASTICO

0,5

' ' ' '

FIGURA 4.20

'\ \

\

\

IP

\ \ ~

106

8 , Oº

8 , 90°

P, 9000 lbs

Deflexões ao longo do raio.

2,5 x,y

M(lbs. pol/pol)

-800

-600

-400

-200

200

. 400

6 00

800

107

Elosto- ptÔstico\

FIGURA 4.21 Diagrama de momentos M segundo X

e = oº

108

• •

FIGURA 4.22 Pontos de integração plastificados.

109

' CONCLUSÕES

O uso de elementos finitos isoparamétricos é uma e

ficiente aproximação de problemas não-lineares. Utilizando-se

dos tensores de deformações de Green ou Almansi para o estudo do

contínuo, as propriedades dos elementos isoparamétricos são di

retamente derivadas da teoria tridimensional, não sendo, porta~

to, a análise de grande deformações restrita a uma simples apr~

ximação de segunda ordem. Além da facilidade de discretização

de geometrias arbitrárias e da simplicidade de sua formulação,

vale ressaltar a conveniência destes elementos na análise elas

to-plástica. As propriedades que descrevem o comportamento de

um elemento são obtidas do estagp de tensão de cada ponto de in

tegração individualmente, permitindo um conhecimento preciso de

todo o domínio.

Para a resolução dos sistemas de equações não-linea

res diversas alternativas ocorrem e a escolha do algoritmo de

solução é feita em função do tipo de problema a ser analisado.

110

Na análise não-linear física o método incremental se -mostrou

bastante eficiente, sendo que para problemas de grandes deform~

çoes o melhor algoritmo é o de solução mista. Entretanto, qual

quer que seja o método de resolução utilizado, em cada incremen

to e em todas as iterações as forças não-balanceadas devem ser

computadas para evitar uma acumulação sucessiva de erros.

Embora nao seja usual a hipótese de estrutura atin

giro regime plástico, a necessidade de se implementar esquemas

numéricos adequados ao comportamento não-linear existe. A ava

liação de cargas de rutura de condições realísticas fornece uma

significativa e consistente estimativa de fatores de segurança.

O conhecimento da redistribuição de tensões resultantes do com­

portamento não-linear é de extrema valia para o projeto de uma

eficiente, segura e bem proporcionada estrutura.

A degeneração de elementos isoparamétricos tridimen

sional se mostrou eficiente para a análise elasto-plástica de

estruturas de superfície, possibilitando que se estude cascas e

placas, delgadas ou espessas, com geometria e solicitações quai~

quer, nao se limitando portanto a problemas de simetria axial.

A solução da placa circular confrontada com os resultados exp~

rimentais é bastante significativa. Além disso, os resultados

da análise da casca esférica indicaram boa concordância com o

elemento isoparamétrico de sólido de revolução, apesar de se tra

tarem de duas aproximações distintas.

111

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COPPE/

cr ij

u i

X i

X i

N

ô

116

SIMBOLOGIA

tensor de deformações Lagrangeanas, tensor de Green.

tensor de deformações Eulerianas, tensor de Almansi.

tensor de tensões de Cauchy.

19 tensor de tensões Piola-Kirchhoff.

29 tensor de tensões Piola-Kirchhoff.

deslocamentos em um ponto do elemento.

coordenadas materiais.

coordenadas espaciais.

matriz Jacobiana.

matriz das funções de interpolação.

deslocamentos nodais.

B, B

~' R -

t, 1/J

KT

IIY li

~' D -Ç! j

n, 1; '

ªe.e.'

I;

y

117

matriz que relacione as deformações específicas com

os deslocamentos nodais, formulação Lagrangeana e

Euleriana.

forças equivalentes nodais.

forças residuais.

matriz de rigidez tangente.

norma de deslocamentos.

matriz das propriedades físicas do material.

tensor de deformações de Jaumann.

coordenadas naturais.

tensão de escoamento.