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A ORALIDADE COMO FONTE PAISAGEM CULTURAL DE VILA SECA - VILA Convênio empresas. Acadêmica: Lara Moncay Reginato Orientadores: Prof. Dra. Katani Monteiro Prof. Ms. Maria Beatriz P. Machado Marco Teórico: Os bens culturais estão em constante processo de transformação e contribuem para a formação de identidades de grupos e categorias sociais. Fazem parte da memória e, como tal, permitem-nos estabelecer elos de pertencimento com os nossos antepassados. Para Castells (2000, p. 22), identidade é o “processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou ainda um conjunto de atributos culturais inter-relacionados, o(s) qual (ais) prevalece(m) sobre outras fontes de significado”. Mas, é através da memória que o indivíduo reúne os fragmentos do passado, mobiliza este passado e atribui a ele um valor, um sentido. A memória é um elemento importante na construção das identidades coletivas, pois permite conectar o passado e o presente. Nesse processo, lembrança e esquecimento andam lado a lado. A preservação da herança cultural das gerações que nos precederam adquire significado quando é fruto da memória coletiva construída, desconstruída e reconstruída no jogo entre imagem oficial do passado e poder do passado desvelado por sujeitos concretos. Apresentação Este projeto é uma parceria entre a UCS – Universidade de Caxias do Sul e a AMOVISE – Associação dos Moradores de Vila Seca com o objetivo de investigar o universo cultural do distrito de Vila Seca em combinação com a comunidade através de sua participação direta e da socialização dos resultados alcançados. Uma das formas de participação é através de entrevistas com membros da comunidade para geração de fontes orais que corroborem nessa investigação. As atividades iniciaram em dezembro de 2012 e seu término está previsto para dezembro de 2014. Metodologia: A metodologia aplicada na confecção de fonte oral segue os pressupostos de Verena Alberti (2004). - Seleção dos entrevistados mais relevantes à pesquisa (37); - Elaboração de roteiro de entrevistas, que permite uma conversação livre e organizada; - Marcação das entrevistas e solicitação de materiais como fotos, documentos pertinentes que estejam em posse do entrevistado; - Caderno de campo para anotação das impressões dos entrevistados; - Gravação das entrevistas em áudio e vídeo; - Transcrição literal das entrevistas. Declaração de direito de uso do teor das entrevistas transcritas e aprovadas pelos depoentes. Referências Bibliográficas: ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 2. ed. revista e atualizada. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2000. FERREIRA, Marieta de M. AMADO, Janaína. Usos e abusos da história oral . 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. HALL, Stuart. A identidade Cultural na pós- modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. Resultados: Atualmente temos realizadas 16 entrevistas das 37 pessoas selecionadas e 14 entrevistas estão transcritas. Também coletamos fotos e documentos cedidos pelos entrevistados pertinentes a essa investigação cultural que foram escaneados e devidamente arquivados. Das entrevistas são utilizadas as confluências de seus testemunhos que são respaldados por documentos oficiais e diferentes tipos de fontes, como por exemplo, mapas rodoviários, testamentos e concessões de terras. O contexto dos depoimentos permite analisar as representações simbólicas dos entrevistados sobre o processo de apropriação e construção do espaço e a dinâmica social. Desse universo cultural encontramos diferentes confluências como o comércio desenvolvido na região, fortes características religiosas que atuam como catalisador social, assim como um espírito comunitário e empreendedor. Tropeiros no centro da Vila - cedido por Alcy Medeiros. Moradores entrevistados pelo projeto.

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A ORALIDADE COMO FONTE PAISAGEM CULTURAL DE VILA SECA - VILA

Convênio empresas. Acadêmica: Lara Moncay Reginato Orientadores: Prof. Dra. Katani Monteiro

Prof. Ms. Maria Beatriz P. Machado

Marco Teórico: Os bens culturais estão em constante processo de transformação e contribuem para a formação de identidades de grupos e categorias sociais. Fazem parte da memória e, como tal, permitem-nos estabelecer elos de pertencimento com os nossos antepassados. Para Castells (2000, p. 22), identidade é o “processo de construção de significado com base em um atributo cultural, ou ainda um conjunto de atributos culturais inter-relacionados, o(s) qual (ais) prevalece(m) sobre outras fontes de significado”. Mas, é através da memória que o indivíduo reúne os fragmentos do passado, mobiliza este passado e atribui a ele um valor, um sentido. A memória é um elemento importante na construção das identidades coletivas, pois permite conectar o passado e o presente. Nesse processo, lembrança e esquecimento andam lado a lado. A preservação da herança cultural das gerações que nos precederam adquire significado quando é fruto da memória coletiva construída, desconstruída e reconstruída no jogo entre imagem oficial do passado e poder do passado desvelado por sujeitos concretos.

Apresentação Este projeto é uma parceria entre a UCS – Universidade de Caxias do Sul e a AMOVISE – Associação dos Moradores de Vila Seca com o objetivo de investigar o universo cultural do distrito de Vila Seca em combinação com a comunidade através de sua participação direta e da socialização dos resultados alcançados. Uma das formas de participação é através de entrevistas com membros da comunidade para geração de fontes orais que corroborem nessa investigação. As atividades iniciaram em dezembro de 2012 e seu término está previsto para dezembro de 2014.

Metodologia: A metodologia aplicada na confecção de fonte oral segue os pressupostos de Verena Alberti (2004). - Seleção dos entrevistados mais relevantes à pesquisa (37); - Elaboração de roteiro de entrevistas, que permite uma conversação livre e organizada; - Marcação das entrevistas e solicitação de materiais como fotos, documentos pertinentes que estejam em posse do entrevistado; - Caderno de campo para anotação das impressões dos entrevistados; - Gravação das entrevistas em áudio e vídeo; - Transcrição literal das entrevistas. Declaração de direito de uso do teor das entrevistas transcritas e aprovadas pelos depoentes.

Referências Bibliográficas: ALBERTI, Verena. Manual de história oral. 2. ed. revista e atualizada. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2004. CASTELLS, Manuel. O poder da identidade. São Paulo: Paz e Terra, 2000. FERREIRA, Marieta de M. AMADO, Janaína. Usos e abusos da história oral. 8ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006. HALL, Stuart. A identidade Cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.

Resultados: Atualmente temos realizadas 16 entrevistas das 37 pessoas selecionadas e 14 entrevistas estão transcritas. Também coletamos fotos e documentos cedidos pelos entrevistados pertinentes a essa investigação cultural que foram escaneados e devidamente arquivados. Das entrevistas são utilizadas as confluências de seus testemunhos que são respaldados por documentos oficiais e diferentes tipos de fontes, como por exemplo, mapas rodoviários, testamentos e concessões de terras. O contexto dos depoimentos permite analisar as representações simbólicas dos entrevistados sobre o processo de apropriação e construção do espaço e a dinâmica social. Desse universo cultural encontramos diferentes confluências como o comércio desenvolvido na região, fortes características religiosas que atuam como catalisador social, assim como um espírito comunitário e empreendedor.

Tropeiros no centro da Vila - cedido por Alcy Medeiros.

Moradores entrevistados pelo projeto.