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PERFIL DA TERAPIA ANTIMICROBIANA NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR DE UM HOSPITAL PRIVADO NO RIO DE JANEIRO SILVA M.R.C; SANTORO I.; SILVA A.R.A SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR – PRONTOBABY RESULTADOS Foram atendidos 45 pacientes. Conforme gráfico ao lado 23 eram do sexo feminino e 22 do sexo masculino. Identificadas 136 infecções, revelando uma média de 11,33 casos de infecções por mês. Conforme gráfico ao lado, das infecções detectadas, 65 (64%) acometeram o Trato Respiratório Inferior (TRI), 22 (21%) o trato respiratório superior (ITRS) e 16 (14%) o tecido cutâneo. Houve apenas um relato de infecção em trato urinário (1%). CONCLUSÕES: Um dos problemas relacionados à farmacoterapia antimicrobiana é a carência de informações sobre medicamentos de uso pediátrico. Para tal, o farmacêutico é o profissional capacitado para avaliar as prescrições, informar ao médico os problemas encontrados e a maneira de evitá-los, contribuindo para minimizar as prescrições de antimicrobianos sem motivo justificado. A Assistência Domiciliar consiste em uma série de ações que podem ser realizadas em domicílios, por uma equipe multidisciplinar, visando cuidados quanto à prevenção, tratamento, recuperação e reabilitação do indivíduo. Assim como na unidade hospitalar, o uso racional de antimicrobianos na Assistência Domiciliar deve ser prioridade, considerando que os antimicrobianos são de grande importância clínica e possuem elevada frequência de utilização. O uso inadequado desses fármacos tem proporcionado o surgimento cada vez maior de micro-organismos resistentes. Com o objetivo de descrever o perfil de antimicrobianos na assistência domiciliar praticada por um hospital privado da cidade do Rio de Janeiro realizou-se um estudo descritivo, pela análise de prontuários de pacientes atendidos por este serviço no período de janeiro a dezembro de 2011. ITU Tecido Cutâneo TRS TRI 64% 1% 21% 14% Feminino Masculino 49% 51%

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PERFIL DA TERAPIA

ANTIMICROBIANA NA ASSISTÊNCIA

DOMICILIAR DE UM HOSPITAL

PRIVADO NO RIO DE JANEIRO

SILVA M.R.C; SANTORO I.; SILVA A.R.A

SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR – PRONTOBABY

RESULTADOSForam atendidos 45 pacientes. Conformegráfico ao lado 23 eram do sexo femininoe 22 do sexo masculino.

Identificadas 136 infecções, revelando uma média de 11,33 casos de infecções por mês. Conforme gráfico ao lado, das infecções detectadas, 65 (64%) acometeram o Trato Respiratório Inferior (TRI), 22 (21%) o trato respiratório superior (ITRS) e 16 (14%) o tecido cutâneo. Houve apenas um relato de infecção em trato urinário (1%).

CONCLUSÕES: Um dos problemas relacionados à farmacoterapia antimicrobiana é a carência de informações sobre medicamentos de uso pediátrico. Para tal, o farmacêutico é o profissional capacitado para avaliar as prescrições, informar ao médico os problemas encontrados e a maneira de evitá-los, contribuindo para minimizar as prescrições de antimicrobianos sem motivo justificado.

A Assistência Domiciliar consiste em uma série de ações que podem ser realizadas em

domicílios, por uma equipe multidisciplinar, visando cuidados quanto à prevenção, tratamento, recuperação e reabilitação do indivíduo. Assim como na unidade hospitalar, o uso racional de antimicrobianos na Assistência Domiciliar deve ser prioridade, considerando que os antimicrobianos são de grande importância clínica e possuem elevada frequência de utilização. O uso inadequado desses fármacos tem proporcionado o surgimento cada vez maior de micro-organismos resistentes.

Com o objetivo de descrever o perfil de antimicrobianos na assistência domiciliar praticada por um hospital privado da cidade do Rio de Janeiro realizou-se um estudo descritivo, pela análise de prontuários de pacientes atendidos por este serviço no período de janeiro a dezembro de 2011.

ITU

TecidoCutâneo

TRS

TRI

64%

1%

21%

14%

Feminino

Masculino49% 51%

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RELATO DE CASO – HIPERPLASIA

NODULAR LINFÓIDE EM CRIANÇA

EM PROGRAMA DE ATENÇÃO

DOMICILIAR

ARAÚJO, AH.; BARROS ER

SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR – PRONTOBABY

H iperplasia Nodular Linfóide

(HNL) é frequente na infância, considerada um mecanismo compensador do sistema imuno-lógico intestinal frente a constantes estímu-los antigênicos. Pode comprometer o cólon de forma difusa e radiologicamente asseme-lha-se à polipose múltipla. Apresenta-se como numerosos nódulos, que sob o exame histológico demonstra linfonodos aumentados. A colonoscopia é o melhor método para o diagnóstico.

A diarréia é o sintoma clínico clássico. O melhor tratamento é dietético, já que muitas vezes está relacionada à alergia ali-mentar.

Este relato foi criado com o objetivo de descrever o quadro clínico de uma criança portadora de HNL, enfatizando o tratamen-to dietoterápico. O objeto de estudo é um paciente pré-escolar, do sexo feminino, sem diagnóstico de base esclarecido, com hipo-tonia muscular relacionada à asfixia neona-tal.

Apresenta diarréia crônica, com diagnóstico de HNL evidenciada por colonoscopia. É avaliada mensalmente, com pesagem em ba-lança digital, mensuração da altura em an-

tropômetro infantil e medição da circunfe-rência do braço. O diagnóstico nutricional é realizado de acordo com critérios da Orga-nização Mundial da Saúde (OMS) 2005, utili-zando peso para idade e Índice de Massa Corpórea (IMC) para idade.

A dieta extensamente hidrolisada é admi-nistrada através da gastrostomia, em bomba infusora, com valor energético total diário calculado conforme a Food and Agriculture Organization (FAO), 2004.

A paciente sempre apresentou pesoe IMC adequados para idade. Após trata-mento com corticóide, houve ganho pon-deral e atualmente encontra-se com sobre-peso de acordo com o IMC para idade.

A dieta à base de aminoácidos livresé exclusiva, concentrada, pois não tolera au-mento de volume. Durante tentativas de in-trodução de outros alimentos hipoalergêni-cos, apresenta dor abdominal, hematoque-zia e refluxo da dieta, concomitante ou iso-ladamente.

Apesar da diarréia crônica a paciente apre-senta diagnóstico nutricional de sobrepeso, mantém exames bioquímicos adequados, indicando a adequada absorção nutricional.

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SÍNDROME DE EDWARDS:

ATUAÇÃO DA FONOAUDIOLOGIA

NA ASSISTÊNCIA DOMICILIAR

BARROS, E.R.; UZEDA, M.P.;

PRONTOBABY - HOSPITAL DA CRIANÇA/RIO DE JANEIRO

A Síndrome de Edwards é uma

doença genética, resultante de trissomia do cromossomo 18, descrita inicialmente pelo geneti-cista John H. Edwards, e está associada à idade materna superior a 35 anos. Os por-tadores apresentam, entre outros achados, retardo físico e mental, alterações cardíacas, crânio alongado na região occipital, pescoço curto, pavilhão auricular dismórfico, com poucos sulcos. A boca é pequena e triangu-lar, sendo indicadas chupetas e/ou mama-deiras em tamanhos menores do que as próprias para a idade, quando há indicação das mesmas.

A atuação fonoaudiológica nestes casos, ob-jetiva melhorar as funções do sistema esto-matognático, adequando a mobilidade e o tônus dos órgãos fonoarticulatórios, explo-ração sensorial por meio de estimulação

tátil cinestésica, térmica e gustativa, e mano-bras facilitadoras da deglutição, visto que podemos reabilitar gradualmente a via oral.

A indicação tardia da atuação fonoaudioló-gica, na assistência domiciliar, atrasa o de-senvolvimento motor oral e sensorial da criança. Existem três casos atendidos na as-sistência domiciliar do Prontobaby Hospital da Criança em que um paciente do sexo fe-minino iniciou precocemente a estimulação e hoje se encontra em condições de ali-mentação por via oral nas consistências semi-líquida e líquida espessada, além de ter iniciado a fase do balbucio, devido à estimu-lação de linguagem realizada; os dois pa-cientes do sexo masculino não tiveram uma evolução tão satisfatória, porém aceitaram alimentação por via oral na consistência lí-quida espessada.

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A DEDICAÇÃO DO CUIDADOR

EM UM HOMECARE PEDIÁTRICO

SANTOS, V. T. R., SANTORO A.I.A

SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR - PRONTOBABY

O sofrimento humano pode /

deve ser medido? Quando tentamos determinar a grandeza de uma dor, esbar-ramos em uma esfera de subjetivação ine-legível, impalpável, fora do real. Vários mé-todos têm sido utilizados para mensurar uma dor física, mas como dimensionar uma dor psíquica? E como entender a extensão da dor de um Cuidador? E quando se fala em Cuidador pediátrico? Quando o ser se vê envolto em uma situação em que sua vida é impactada de tal forma que há uma marca, um corte na vida do sujeito, a ques-tão intrínseca na circunstância se deflagra no parar ou seguir em frente. Se dedicar única e exclusivamente aquela criança que agora assume uma condição de atendimen-to domiciliar, ou adaptar-se a essa nova rotina e dar uma continuação a vida da melhor maneira possível?Parar ou seguir em frente?

Para entender o confronto psíquico dos cuidadores pediátricos foi realizado um le-vantamento numérico na base do atendi-mento domiciliar do PRONTOBABY- Hos-pital da Criança.

Em junho de 2012 em um total de quarenta crianças, temos que trinta e um são cuida-das pela mãe, uma cuidada pelo pai, três cui-dadas por avós e cinco cuidadas por cuida-dores contratados. Vinte e seis crianças são criadas exclusivamente por seus cuidado-res, ou seja, baseado no critério do Cuida-dor doméstico, ou Cuidador que não efetua nenhum labor remunerado. Assim sendo, 65% das crianças recebem acompanhamen-to exclusivo de seu Cuidador principal.

Portanto, o acompanhamento psicológico é de extrema importância nessa vivência, uma vez que a maioria dos cuidadores para completamente sua vida para dedicar-se exclusivamente à criança e suas necessida-des, abrindo mão na maioria das vezes de sonhos, objetivos e de sua própria vida.

CuidadorNão Exclusivo

CuidadorExclusivo

65%35%

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Em junho de 2012 em um total de quarenta crianças, temos que trinta e um são cuida-das pela mãe, uma cuidada pelo pai, três cui-dadas por avós e cinco cuidadas por cuida-dores contratados. Vinte e seis crianças são criadas exclusivamente por seus cuidado-res, ou seja, baseado no critério do Cuida-dor doméstico, ou Cuidador que não efetua nenhum labor remunerado. Assim sendo, 65% das crianças recebem acompanhamen-to exclusivo de seu Cuidador principal.

Portanto, o acompanhamento psicológico é de extrema importância nessa vivência, uma vez que a maioria dos cuidadores para completamente sua vida para dedicar-se exclusivamente à criança e suas necessida-des, abrindo mão na maioria das vezes de sonhos, objetivos e de sua própria vida.

O ATENDIMENTO DOMICILIAR

SOB A ÓTICA DA PSICOLOGIA

SANTOS, V. T. R.; SANTORO, A.I.A

SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR - PRONTOBABY

A psicologia, um campo de saber ainda em

processo de construção dentro do âmbito do atendimento domiciliar, vem nos destacar a importância da escuta terapêutica tanto com os pacientes e com a equipe multiprofissional quanto e principalmente com familiares-cuidadores, esses particularmente vivenciando um corte em sua rotina e dinâ-mica de vida, nesse novo tipo de ambiente. A visão psicoló-gica deve ser diferenciada, integral, pretendendo-se com isso facilitar o modo como essa estrutura pode e deve ser pensada e compreendida. O trabalho psicológico deve ser também focado na equipe assistencial, para que a mesma entenda a terapêutica como contínua, efetiva e coerente às necessidades de cada paciente.

ENTENDENDO O PACIENTE EM HOME CAREPaciente em home care é aquele se encontra estável o sufi-ciente para ser tratado em sua residência, no intuito de be-neficiar o binômio paciente-família diminuindo sua perma-nência hospitalar, minimizando os riscos e efeitos decorren-tes dessas internações. Os pacientes e suas famílias assisti-dos pelo atendimento domiciliar apresentam peculiaridades próprias que devem ser avaliadas, destacadas e respeitadas por toda equipe multiprofissional que a assiste.

As famílias amparadas por um atendimento domiciliar tendem a apresentar um alto grau de complexidade, deven-do ser entendidas por todos os prismas e contextos. Como a transformação na organização e na dinâmica da família im-pacta e desestabiliza essa estrutura caseira, e em alguns casos corrói essa organização doméstica, há uma repercus-são direta ou indireta na homeostase do paciente.

Segundo CAMPOS (2003), “ainda segundo o conceito de in-tegralidade, as pessoas são encaradas como sujeitos. A aten-ção deve ser totalizadora, e levar em conta as dimensões biológica, psicológica e social. Este modo de entender e abordar o indivíduo baseia-se na teoria holística, integral, se-gundo a qual o homem é um ser indivisível e não pode ser explicado pelos seus componentes, físico, psicológico ou social, considerados separadamente.”

TRABALHANDO A EQUIPE DE SAÚDEA psicologia hospitalar define como objeto de trabalho não só a dor do paciente, mas também a angústia declarada da família e a angústia disfarçada da equipe. Um bom trabalho em equipe se dá quando todos estão integrados e concisos no que tange ao bem-estar do paciente, mas também, quando saem do lugar do “saber” e passam a ver o paciente

de forma humanizada e não somente como um corpo bio-logicamente enfermo. O olhar sobre o ser de forma huma-nizada, há de ser destacado por toda a equipe multiprofis-sional, compreendendo que muitas vezes a demanda tanto do paciente quanto do cuidador, advém de frustrações e a não aceitação da doença. Geralmente esses cuidadores de-monstram desgaste físico e emocional em decorrência do número de atividades desempenhadas, tempo despendido nas atividades de cuidar e pelo próprio desgaste da missão de acompanhar. Fazer a equipe de saúde entender as possí-veis posições adotadas pelos pacientes e seus cuidadores, todas as vertentes, vantagens e insatisfações geradas por cada momento dessa internação tornará de mais fácil vivên-cia a dinâmica de cada home care.

Em Manual de Psicologia Hospitalar (Simonetti, 2004), o autor cita alguns cuidados a serem adotados por toda a equipe com os pacientes, sendo um deles um tratamento individualizado onde é esperado conhecer o paciente, en-tender suas reais necessidades e interesses, e acompanhar o ritmo do mesmo. O genuíno interesse é a própria empatia e compaixão, verdadeiro interesse do profissional de saúde pelo paciente que vale mais do que remédios e técnica tera-pêuticas.

Assim, uma equipe bem treinada, consciente da sua missão assistencial, com a percepção do ser multifacetado, com o olhar humanizado, voltado não só para a doença, mas para a angústia, o receio e o medo que o desconhecido imputa no ser, minimizará consideravelmente os impactos negativos da doença na vida do sujeito.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASALAMY, S. A morte no contexto hospitalar; 1999.

BOTOMÉ, S.P & KUBO, O. Formação e atuação do psicólogo parao tratamento em saúde e em organizações de atendimento à saúde.

CAMON, A.M. E a psicologia entrou no hospital; 1998. Pioneira

CAMPOS, C.E.A. O desafio da integralidade segundo as perspectivasda vigilância da saúde e da saúde da família. Ciência&Saúde Coletiva 2003; p.577.

PEDUZZI, M. Equipe multiprofissional de saúde: conceito e tipologia.Revista Saúde Pública. 2001; 35 (1), pp. 103-109.

ROMANO, W. A prática da psicologia nos hospitais; 1998. Pioneira.

SIMONETTI, A. Manual de Psicologia Hospitalar:O Mapa da Doença. 2004; São Paulo: Casa do Psicólogo.

TONETTO, A.M & GOMES, W.B. A prática do psicólogohospitalar em equipe multidisciplinar.