70
Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do Mercosul SEIM Secretaria de Estado da Indústria, do Meio Ambiente e Recursos Hídricos SEMA Minerais do Paraná S.A. MINEROPAR PROGRAMA ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DO ESTADO DO PARANÁ POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADO DO PARANÁ Curitiba Julho de 2005

potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

Secretaria de Estado da Indústria, do Comércio e Assuntos do MercosulSEIM

Secretaria de Estado da Indústria, do Meio Ambiente e Recursos HídricosSEMA

Minerais do Paraná S.A.MINEROPAR

PROGRAMA ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO DOESTADO DO PARANÁ

POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHASDO ESTADO DO PARANÁ

CuritibaJulho de 2005

Page 2: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

2

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁRoberto Requião de Mello e Silva

Governador

SECRETARIA DE ESTADO DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIOE ASSUNTOS DO MERCOSUL

Virgílio Moreira FilhoSecretário

SECRETARIA DE ESTADO DA INDÚSTRIA,DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

Luiz Eduardo CheidaSecretário

ZEE-PRZoneamento Ecológico Econômico

Carlos Alberto HirataCoordenador

MINERAIS DO PARANÁ S.A. - MINEROPAR

Eduardo SalamuniDiretor Presidente

Rogério da Silva FelipeDiretor Técnico

Manoel Collares Chaves NetoDiretor Administrativo Financeiro

ELABORAÇÃO

Sérgio Maurus RibasGeólogo

Page 3: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

3

POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHASDO ESTADO DO PARANÁ

1 - APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 4

2 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 5

2.1 – Fundamentos teóricos...................................................................................................................... 5

2.2 – Vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) das rochas mais comuns.......................... 6

2.3 – Geologia do Paraná......................................................................................................................... 7

3 – POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADO DO PARANÁ ................. 9

3.1 – Região I - Cristalino ........................................................................................................................ 9

3.2 - Região II – Sedimentar da Bacia do Paraná.................................................................................. 10

3.3 – Região III – Vulcânicas da Bacia do Paraná ................................................................................ 10

3.4 - Região IV – Arenito Caiuá ............................................................................................................. 11

3.5 – Região V - Litoral .......................................................................................................................... 12

4 – GEOLOGIA E VULNERABILIDADE DAS ROCHAS NAS MESO-REGIÕES PARANAENSES.. 16

4.1 - Meso-Região Metropolitana........................................................................................................... 16

4.2 - Meso-Região Centro Oriental ........................................................................................................ 21

4.3 - Meso Região Sudeste ...................................................................................................................... 29

4.4 - Meso Região Norte Central............................................................................................................ 34

4.5 - Meso Região Norte Pioneiro .......................................................................................................... 38

4.6 – Meso Região Centro Sul ................................................................................................................ 42

5.7 – Meso Região Centro Ocidental...................................................................................................... 46

5.8 – Meso Região Oeste ........................................................................................................................ 49

5.9 – Meso Região Sudoeste ................................................................................................................... 52

5.10 – Meso Região Noroeste ................................................................................................................. 57

6 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................ 62

ANEXOS..................................................................................................................................................... 65

- MAPA GEOLÓGICO DO PARANÁ............................................................................................... 65

- VULNERABILIDADE À DENUDAÇÃO DAS ROCHAS DO PARANÁ......................................... 65

- TABELA – Distribuição dos Municípios Paranaenses por Meso-Regiões definidas pelo IBGE .. 65

Page 4: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

4

1 - APRESENTAÇÃO

O uso racional do espaço territorial depende do conhecimento de suas características,potencialidades e fragilidades, que precisa ser tanto mais amplo quanto mais intenso o processo deocupação e maior o nível das atividades produtivas. A fragilidade do sistema natural deve sercompreendida como o grau de capacidade de ajustamento do sistema à situação de variáveisexternas independentes, que geram respostas complexas. A fragilidade pode ser definida tambémcomo o inverso da capacidade de a paisagem absorver possíveis alterações sem perda de qualidade.Assim, quanto maior for esta capacidade, menor será a fragilidade (Pires, 1993).

O conhecimento do meio físico é obtido principalmente através das ciências ligadas àgeologia e à geotecnia. A geologia é a ciência natural que, através das ciências exatas e básicascomo a matemática, a física e a química, investiga o meio físico (ou natural) do planeta, interagindoinclusive com a biologia em vários aspectos. A geotecnia é um ramo da geologia bastanteespecializado que estuda os solos e as rochas para fins de engenharia.

Esta síntese descreve as unidades litoestratigráficas representadas no Mapa Geológico doEstado do Paraná, editado pela MINEROPAR em 1989, na escala de 1:650.000, e revisado em2005, na escala 1:250.000, em convênio com a SEMA, dentro do Programa ZONEAMENTOECOLÓGICO-ECONÔMICO DO ESTADO DO PARANÁ. As alterações mais importantes ecomplexas que ocorreram desde 1989 foram no Embasamento Cristalino principalmente no que dizrespeito à sua compartimentação tectônica. A área de afloramento da Bacia Sedimentar do Paranáfoi alvo de detalhamentos nos mapeamentos efetuados pela CPRM. A região do Terceiro Planaltoincorporou mapeamentos de detalhe efetuados por ocasião da atuação da PAULIPETRO no Paraná.

Page 5: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

5

2 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho enfoca a questão das potencialidades e fragilidades das rochas dosubstrato do Estado do Paraná, com base nos critérios de vulnerabilidade para o tema geologia.Outros temas como: clima, hidrologia, geomorfologia, declividade, pedologia, vegetação e uso daterra, devem ser analisados para entendimento da paisagem natural e elaboração da “Carta deVulnerabilidade do Território”. Os mapas que servem de referência a esta síntese apresentam asassociações de rochas, suas relações de idade e a estruturação interna de cada unidade. Oconhecimento de suas características, potencialidades e fragilidades, é obtido na bibliografia, nostrabalhos específicos desenvolvidos sobre cada unidade.

2.1 – Fundamentos teóricos

Crepani et al (2001) elaboraram amplo estudo apresentado na apostila do curso:“Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento Aplicados ao Zoneamento Ecológico- Econômico eao Ordenamento Territorial”, de onde são extraídos os fundamentos teóricos apresentados nestetexto.

A contribuição da geologia para a análise e definição da categoria morfodinâmica da unidadede paisagem natural compreende as informações relativas à história da evolução geológica doambiente onde a unidade se encontra e as informações relativas ao grau de coesão das rochas que acompõem. Por grau de coesão das rochas entende-se a intensidade da ligação entre os minerais oupartículas que as constituem.

No estudo do intemperismo devem ser considerados os processos que atuam, os materiaissobre os quais eles atuam e os produtos do intemperismo. Os processos são efeitos físicos equímicos, algumas vezes agindo através de agentes biológicos. Algumas condições ambientais(climáticas e hidrológicas) têm grande influência sobre esses processos. Os materiais são rochas eminerais (incluindo minerais argilosos que freqüentemente são também produtos do intemperismo).Os produtos do intemperismo incluem perfis de intemperismo, perfis de solo e formas de paisagem.O fator tempo deve ser examinado, pois o intemperismo ocorre tão vagarosamente que deve serconsiderado na escala do tempo geológico (Crepani et al, 2001).

Como toda rocha é um agregado de minerais, sua resistência ao intemperismo vai dependerda resistência ao intemperismo dos minerais que a compõem (o que depende da natureza dasligações entre os átomos dos diferentes elementos químicos que os constituem), bem como daresistência à desagregação entre os minerais (o que vai depender da natureza das forças que agregamas partículas, cristais ou grãos).

Segundo os autores acima, se os minerais comuns das rochas ígneas fossem alinhados emordem crescente de resistência ao intemperismo químico a seqüência seguiria a ordem decristalização do magma, sendo a olivina o mineral mais susceptível e o quartzo o mais estável. Aseqüência é a seguinte:

Olivina – plagioclásios cálcicos – piroxênios – plagioclásios intermediários – hornblenda –plagioclásios sódicos – biotita – ortoclásio – moscovita –quartzo.

Page 6: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

6

A correspondência entre a seqüência de intemperismo e a seqüência de cristalização domagma significa que os minerais que se cristalizam a altas temperaturas são os que mais facilmentese desequilibram quando expostos às condições da superfície da Terra, e guarda estreita relação coma natureza das ligações químicas entre os íons que formam os minerais.

Apesar de ser o fator mais importante na determinação da velocidade de intemperismo acomposição química do mineral isoladamente não é uma indicação completamente conclusiva, poisminerais isomorfos apresentam diferentes taxas de intemperização. Em alguns minerais de mesmacomposição química, a estabilidade decresce com o decréscimo de suas densidades médias, comopor exemplo:¾ cianita - silimanita – andalusita = [AlAlO(SiO4)],¾ quartzo - cristobalita – tridimita = (SiO2),¾ rutilo - anatásio - brookita = (TiO2),

2.2 – Vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) das rochas mais comuns

A taxa de intemperismo de um mineral depende de vários outros fatores além de suaestrutura e composição química, tais como: forma e tamanho do cristal, perfeição e pureza docristal, porosidade da rocha para acesso da água (agente intemperizador).

Levando-se em consideração apenas a composição química das rochas pode-se organizá-lasem uma seqüência decrescente de resistência ao intemperismo, da seguinte maneira:

ROCHAS ÍGNEASRiólito – granito – dacito – granodiorito – quartzo diorito – fonólito – nefelina sienito – traquito –sienito – andesito – diorito – basalto – anortosito – gabro – peridotito – piroxenito – kimberlito –dunito.

ROCHAS METAMÓRFICAS – A partir da composição química e do grau de metamorfismo regional (cinético, dínamo-termal,plutônico) vai do quartzito (composto apenas de SiO2 e praticamente inerte quimicamente) aomármore (sofre rápida dissolução por carbonatação):Quartzito – granulito – migmatitos – gnaisses – milonitos – xistos –anfibolitos – filitos – ardósia –mármores.

ROCHAS SEDIMENTARES – Além da constituição química dos minerais que compõem os fragmentos detríticos e osprecipitados químicos das rochas sedimentares, outras características como: granulometria, seleção,maturidade, diagênese e litificação devem ser considerados para o ordenamento com relação àresistência ao intemperismo e à erosão.Arenito quartzoso – conglomerado – subgrauvaca – grauvaca – siltito – argilito – folhelho – marga– dolomito – calcário – evaporito – sedimentos inconsolidados (aluvião, colúvio e pedimentos).

Page 7: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

7

Escala de vulnerabilidade à denudação das rochas mais comunsQuartzitos oumeta-arenitos

1,0Milonitos,Quartzo-muscovita-Biotita-Clorita xisto

1,7Arenitos quartzososou ortoquartzitos

2,4

Riolito, Granito,Dacito

1,1Piroxenito, Anfibolito,Kimberlito, Dunito

1,8Conglomerados,Subgrauvacas

2,5

Granodiorito,Quartzo Diorito,Granulito

1,2Hornblenda-Tremolita-Actinolita xisto

1,9Grauvaca, Arcósio

2,6

Migmatito,Gnaisse

1,3Estaurolita-xisto, Xistogranatífero

2,0Siltito, Argilito

2,7

Fonolito,Nefelina-Sienito,Traquito, Sienito

1,4Filito, Metassiltito

2,2Folhelho

2,8

Andesito,Diorito, Basalto

1,5Ardósia, Metargilito

2,2Calcário, Dolomito,Marga, Evaporito

2,9

Anortosito,Gabro, Peridotito

1,6Mármore

2,3Sedimentosinconsolidados(aluvião, colúvio, etc)

3,0

Tabela 1 – Escala de vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)das rochas mais comuns (Crepani et al, 2001)

2.3 – Geologia do Paraná

A abordagem do tema Geologia do Paraná procura organizar as informações sobre ascaracterísticas, potencialidades e fragilidades das rochas que constituem o arcabouço geológico doEstado partindo das duas grandes unidades geológicas, Escudo e Bacia do Paraná. Neste trabalhoprocurou-se agrupar as características geológico e geotécnicas das rochas, de acordo com asubdivisão em meso-regiões distintas do Estado do Paraná, baseadas na constituiçãolitoestratigráfica dominante apresentada na figura 1. As informações são segmentadas de acordocom as meso-regiões, para apresentar ao leitor uma visão mais aproximada de sua região,representada nos mapas de vulnerabilidade das rochas de cada meso-região do estado. Os dadossobre os recursos minerais foram integrados às respectivas unidades rochosas e os dadoseconômicos mais genéricos são apresentados como potencialidades nas análises efetuadas, pela suaimportância no estudo da geologia e mineração do Paraná.

A evolução geológica do Estado do Paraná iniciou há mais de 2.800 milhões de anos. Osregistros geológicos anteriores a 570 milhões de anos, são essencialmente rochas magmáticas emetamórficas, que constituem o embasamento da Plataforma Sul-Americana. Posteriormente estaplataforma constituiu a base para as unidades sedimentares e vulcânicas. Este embasamento, aquidenominado pelo termo Escudo, está exposto na parte leste do Estado (Primeiro Planalto e Litoral),sendo recoberto a oeste pelas formações rochosas vulcânicas e sedimentares que formam a Bacia doParaná (Segundo e Terceiro Planaltos).

Page 8: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

8

Figura 1 – Compartimentos geológicos e grupos litológicos no Paraná.

Page 9: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

9

3 – POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DAS ROCHAS DO ESTADODO PARANÁ

O Estado do Paraná possui cerca de 200.000 km2 de território e pode ser subdividido doponto de vista geológico geotécnico em cinco compartimentos que podem ser denominados:cristalino, sedimentar, basalto, arenito e litoral

Figura 8 – Regiões geológico-geotécnicas do estado do Paraná(Atlas Geográfico, 1987; In: Yshiba, 2003).

3.1 – Região I - Cristalino

Constitui o embasamento da Bacia do Paraná, geograficamente corresponde ao PrimeiroPlanalto. É representado por uma ampla diversidade de ambientes e tipos litológicos, descritos nocapítulo geologia do escudo paranaense, que ocupam cerca de 10% do território paranaense (21.000km2). Esta porção geográfica é responsável por cerca de 65% do valor da produção mineralparanaense, com a Região Metropolitana de Curitiba-RMC, respondendo por cerca de 70% destevalor, ou seja, 45% do total do Estado.

Pode-se afirmar que é o compartimento dos contrastes pelos fatos seguintes:

¾ Abriga as rochas mais resistentes à denudação (intemperismo e erosão), que constituemserras com as maiores altitudes do Estado. Apresenta áreas com altas declividades, criandosituações de instabilidade à ocupação;¾ Ocorrem rochas calcárias com grande facilidade de dissolução, formando sumidouros e

cavernas com riscos para a ocupação;

Page 10: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

10

¾ Tem grande potencial mineral, principalmente para minerais metálicos e preciosos (chumbo,prata, ouro), e não metálicos como: fluorita, talco, feldspato, caulim, calcário, rochasornamentais.¾ Apresenta intensa exploração de matérias primas para a construção civil (argila, areia e

brita), contudo, a exploração mineral convive em constante conflito com áreas de ocupação ede preservação ambiental;¾ Possui a maior densidade populacional, com grandes reservas de água mineral (Aqüífero

Carste), com problemas de ocupação urbana em mananciais, sem o devido cuidado com acontaminação dos lençóis superficiais e subterrâneos;

3.2 - Região II – Sedimentar da Bacia do Paraná

Cerca de 25% do território paranaense é ocupado pela faixa de afloramento da Bacia doParaná, porção esta que se constitui de uma faixa com largura média de 130 km e que corta o Estadode norte a sul. Em termos geológicos é formado pelos Grupos Passa Dois, Guatá, Itararé e Paraná.Este compartimento geológico - geotécnico do Estado é o principal produtor de insumos energéticos(carvão e xisto pirobetuminoso) além de apresentar reserva de urânio, bem como potencial paracalcário utilizado como corretivo agrícola. Possui grandes explorações de argila e areia para aconstrução civil.

Predominam arenitos, siltitos e folhelhos com índices médio a altos de vulnerabilidade àdenudação (1,9 – 2,8), que requer cuidados especiais com as seguintes especificações obrigatórias:

¾ Implantar sistemas distintos de escoamento de águas pluviais e servidas integrados aos dejusante;¾ Estabelecer sistema eficiente de coleta de lixo;¾ Implantar tubulações em todas as linhas de drenagem ou concentração de fluxo com

declividade superior a 2,5% com sistema de dissipação de energia nos pontos delançamento;¾ Orientar a ocupação urbana implantando lotes com sua maior dimensão paralela às curvas de

nível nas encostas com declividade superior a 25%;¾ Lotes de fundos de vale com maiores dimensões ortogonais à linha de enchente suficientes

para absorver as cheias;¾ Limitar a ocupação através de exigências quanto à drenagem e terraplanagem prévia,

estimulando a preservação permanente de fundos de vale;¾ Exigir planejamento prévio de projetos de explotação e recuperação para atividades de

extração mineral.

3.3 – Região III – Vulcânicas da Bacia do Paraná

Mais da metade do território paranaense (53%) é ocupado pelos derrames do imensovulcanismo continental ocorrido no período Jurássico/Triássico, representado pelas rochas daFormação Serra Geral, e que dotou o Estado, além das possibilidades do desenvolvimento de umsolo de excelente qualidade, da ocorrência de minerais de cobre, ágatas e ametistas. A exploração deargila e pedras britadas para a construção civil é expressiva neste compartimento.

São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) apresentandocomo principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha. No Terceiro

Page 11: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

11

Planalto, os solos litólicos ou litossolos não passam de delgadas coberturas, raramente com mais de0,5 m de profundidade, formadas por blocos e seixos de basalto com as estruturas e texturas darocha original preservadas. Este tipo de cobertura é comum, principalmente em zonas de relevoondulado e montanhoso, com declividades acima de 20%. A matriz, que envolve os seixos debasalto, é argilosa e contém teores elevados de argilas quimicamente ativas, devido à imaturidadedo material, contendo abundantes fragmentos e seixos da rocha-mãe. É comum que os litossolos seassociem aos denominados saprólitos, alterações de rocha que podem atingir vários metros deprofundidade. As rochas vulcânicas quando transformadas em solo restam “bolas” de rocha, que vãose escamando em característica alteração esferoidal, comuns nas encostas mais íngremes.

Muitas vezes a erosão e decomposição seletivas fazem ressaltar na topografia as unidades dederrames, formando verdadeiras escarpas, representadas por áreas com declividades acima de 20%,delimitadas por quebras de relevo positivas e negativas, aproximadamente coincidentes com oscontatos entre os derrames.

O padrão de fraturas, juntamente com as zonas vesiculares do topo dos derrames, podefuncionar como canais alimentadores de aqüíferos subterrâneos, necessitando medidas demonitoramento da descarga de efluentes químicos, industriais e domésticos para evitar acontaminação das águas superficiais e subterrâneas neste compartimento.

3.4 - Região IV – Arenito Caiuá

Cerca de 12% da superfície do Estado (23.500 km2) é representado por rochas formadas emambiente fluvial e desértico, cujas rochas predominantes são os arenitos seguidos de siltitos eargilitos pertencentes ao Grupo Bauru (Formação Caiuá). São rochas com médio a alto índice devulnerabilidade ao intemperismo e erosão que apresentam baixo potencial mineral, exceto as areiaspara construção civil e de uso industrial.

Conforme afirmam os pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (Nóbrega et al,2003) o processo de ocupação de toda a região Noroeste do Estado do Paraná foi marcado, de umlado, por um desmatamento generalizado que expôs a cobertura pedológica e, por outro, pela nãoadoção sistemática de práticas conservacionistas no desenvolvimento das atividades agrárias eurbanas. Na maior parte dessa região, domina o Arenito Caiuá recoberto por solos de texturaarenosa a média, que apresentam grande suscetibilidade aos processos erosivos. Esses processos semanifestam, principalmente, como erosão laminar (que afeta as camadas superficiais dos solos),sulcos, ravinas, voçorocas e movimentos em massa. Tais fenômenos promovem a degradação eperda de produtividade dos solos; assoreamento da rede de drenagem e de represas o quecompromete a qualidade da água e a geração de energia elétrica.

O controle e prevenção da erosão são um desafio constante e necessário para que se possagarantir a expansão dos núcleos urbanos e das atividades econômicas na região. E neste sentido, oconhecimento do meio físico, suas características e funcionamento, são imprescindíveis tanto para ocontrole quanto para a prevenção dos fenômenos erosivos, permitindo uma ocupação mais adequadae segura. De acordo com o diagnóstico efetuado pelos pesquisadores citados, a sede dos fenômenosconsiderados como riscos, na maior parte da região noroeste do Paraná, é preferencialmente acobertura pedológica e não o substrato rochoso.

A vegetação original era constituída por uma floresta pluvial subtropical que foi devastadadando lugar, inicialmente, às lavouras de café e pastagens e, após a erradicação dos cafezais, na

Page 12: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

12

década de 1970, às pastagens artificiais preferencialmente. No início da década de 1980 foiintroduzida a cultura da cana de açúcar para atender as usinas de álcool instaladas na região. Maisrecentemente a região noroeste tem sido considerada como a nova fronteira agrícola, principalmentepara a cultura de soja no sistema de plantio direto. Esta cultura vem ocupando áreas antes destinadasàs pastagens, com ótimos resultados de produtividade.

Para as zonas de riscos da região do Arenito Caiuá (compartimento IV) devem serobservadas minimamente as seguintes recomendações para uso e ocupação dos solos:

¾ Nas áreas afetadas por ravinas e voçorocas; deslizamentos ativos; solifluxão evidente;afloramento de lençol freático; desbarrancamento de margens de ribeirões e córregos;várzeas e fundos de vales sujeitos a assoreamento, os processos ativos devem ser corrigidose contidos através de obras específicas, quando necessário, e do controle da drenagemsuperficial e subterrânea, e reflorestamento das áreas marginais para evitar a evoluçãoremontante dos processos erosivos.

¾ Nas áreas de instabilidade potencial que são: áreas periféricas às voçorocas (que serãoafetadas pelo processo de erosão remontante e de alargamento); áreas com indícios dedeslizamentos; vertentes de declividades fortes; zonas de ruptura côncava com lençolhidromórfico próximo da superfície, cabeceiras de drenagem, nichos de nascentes; todas asconstruções, implantações agropecuárias, que tendem a modificar o equilíbrio precário dossolos, principalmente sobre os de textura areia na baixa vertente e próximo aos nichos denascentes, devem ser evitados.

¾ Nas cabeceiras de drenagem a concentração de águas pluviais em superfície e subsuperfíciedeve ser controlada para evitar a instalação de processos erosivos (ravinas, voçorocas,deslizamentos, abatimentos) que colocam em risco todo o tipo de ocupação. São áreasindicadas para preservação, reflorestamento e lazer.

¾ Em zonas de estabilidade precária que podem concentrar águas em superfície e desencadearprocessos de ravinamentos, tais como áreas de colos e vales em berço com solos de texturamais arenosa que os circundantes; zonas de declividades médias a fracas; áreas periféricas àszonas de instabilidade potencial que podem ser afetadas pelos processos instalados(deslizamentos, abatimentos); são áreas mais adequadas que as precedentes para ocupaçãodesde que sejam tomadas medidas para o controle do escoamento das águas superficiais,evitando a sua concentração (a principal causadora dos ravinamentos).

¾ As zonas consideradas estáveis correspondem as áreas de topo dos interflúvios e setores dealta vertente com fracas declividades são as mais favoráveis à ocupação pelas condiçõestopográficas, contudo, dada a grande susceptibilidade erosiva dos solos, também devem sertomados os cuidados necessários para o controle do escoamento superficial.

3.5 – Região V - Litoral

A região litorânea do Estado do Paraná localiza-se entre a Serra do Mar e o OceanoAtlântico e abrange os municípios de Guaraqueçaba, Antonina, Morretes, Paranaguá, Pontal doParaná, Matinhos e Guaratuba. Na orla litorânea existe ocupação praticamente contínua entre Pontaldo Sul e a Barra do Saí.

Page 13: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

13

Em uma análise da estabilidade costeira comparando-se fotografias aéreas das últimasdécadas Angulo e Andrade (1981, 1982) e Angulo (1993) detectaram mudanças de centenas e atémilhares de metros da linha de costa paranaense. Estas mudanças foram atribuídas a dinâmicanatural das desembocaduras dos estuários e das feições a elas associadas, principalmente os deltasde maré vazante (Angulo 1999).

As tendências atuais preconizadas no trabalho de Angulo (op cit) podem ser sintetizadas em:(a) estabilidade nas praias oceânicas sem ocupação ou cuja ocupação está recuada em relação a linhade costa.(b) Oscilação com forte avanço e recuo nas praias influenciadas pelas desembocaduras.(c) Deslocamento contínuo para sul da desembocadura do Mar do Ararapira até à abertura de novadesembocadura, na próxima década, quando a atual tenderá ao fechamento.(d) Continuação da tendência erosiva do setor norte da Praia do Farol, na Ilha do Mel.(e) Continuação da tendência erosiva entre o Canal do DNOS e Ponta do Poço, originada pelopróprio canal.(f) Aumento da erosão praial nos balneários Flamingo e Riviera, provocada pelos enrocamentos.(g) Aumento da erosão praial na Praia Central de Matinhos pelas obras rígidas - muros,enrocamento e gabiões. Na parte norte desta praia pode haver estabilidade devido a retirada deresidências e liberação de uma faixa sem ocupação.(h) Aumento da erosão na parte norte de Praia Brava de Caiobá, devido a invasão da praia e pelasobras de controle de erosão.(i) Assoreamento das baías de Guaratuba e Paranaguá, em função da carga de sedimentostransportada pelos rios que drenam as vertentes orientais da Serra do Mar.

O autor citado conclui que no Paraná os problemas da Região do Litoral são decorrentesprincipalmente de uma ocupação inadequada, muito próxima da linha de costa. Além da destruiçãodas dunas frontais que funcionam como estoque de areia para a praia, não foi deixado espaçosuficiente para que se processem os ciclos naturais de avanço e recuo. Em alguns casos a ocupaçãose deu invadindo a própria praia, e alterando o equilíbrio do sistema praial.

Na maioria dos casos onde se verificaram problemas erosivos, estes foram causados porinterferência antrópica, notadamente praia Brava de Caiobá, Praia Central de Matinhos, BalneáriosFlamingo e Riviera e entre o Canal do DNOS e Ponta do Poço. O caso da Ilha do Mel é maiscomplexo, pois apesar de estar localizada numa área de alta mobilidade natural, efeitos antrópicosnão podem ser descartados, tais como os provocados por dragagens no canal de acesso ao Porto deParanaguá e o despejo de materiais dragados.

Depósitos sedimentares associados às vertentes da Serra do Mar (leques colúvios e tálus) sãoconstituídos por areias arcoseanas e cascalhos, com grandes blocos esparsos que, em conjunção comáreas com muito alta declividade nos morros, podem ocasionar queda e rolamento de blocosrochosos, com riscos à ocupação urbana.

A tabela a seguir apresenta de forma resumida os grupos litológicos que compõem ageologia do Estado do Paraná, o potencial mineral e o índice de vulnerabilidade à denudação(intemperismo e erosão), de acordo com os fundamentos teóricos adotados. Logo a seguir sãoincluídos o Mapa Geológico do Estado do Paraná e o Mapa de Vulnerabilidade das rochas doParaná, que representa os índices de vulnerabilidade definidos no trabalho de Crepani et al (2001).

Page 14: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

14

Unidadeestratigráfica

Ambientepredomi-

nante

Agrupamentode rochas

Potencialidademineral

jazidas e minas

Área

km2

% do

Estado

Índice deVulnerabilidade

(Crepani et al,2001)

SedimentosRecentes

fluviaisatuais e sub

atuais

aluviões, argilitos, arcósios,areias, cascalhos, turfeiras

diamante, ilmenita,zirconita, ouro,

turfa

6.377 3,2 2,6 - 3,0

GrupoBauru

planíciefluvial e

desértico

arenitos, siltitos, lamitosavermelhados

23.520 11,8 2,4 – 2,7

Rochas ígneasalcalinas

Vulcanismocontinental

diques básicos, plutõessieníticos, fonolíticos e

carbonatíticos

fosfato, terrasraras, fluorita

1,4 – 1,5

FormaçãoSerra Geral

Vulcanismocontinental

derrames, diques e sillsbasálticos toleíticos

cobre, ágata,ametista, pedra

brita, argila

105.043 52,7 1,5

FormaçãoBotucatu

Desértico eplaníciealuvial

Arenitos e rarosconglomerados

Areia industrial epara construção

civil

2.790 1,4 2,4

Intrusões gábricas comdiferenciados alcalinos

rochasornamentais

1,6

FormaçãoRio do Rastro

fluviais,planície

deltáica e demarés

siltitos , argilitos, arenitosverdes ou vermelhos e

calcarenitos

calcário, argilavermelha

6.378 3,2 2,7 – 2,9

FormaçãoTeresina

planície demarés e deplataformaepinerítica

siltitos acinzentados comlentes de calcários

calcário, argilavermelha

6.776 3,4 2,7 – 2,9

FormaçõesSerra Alta

e Irati

plataformaepinerítica ebacia restrita

lamitos, argilitos, folhelhoscinza escuros epirobetuminosos

calcário, xistopirobetuminoso,

argila

2.790 1,4 2,7 – 2,9

FormaçõesPalermo eRio Bonito

plataformaepinerítica,

planícielitorânea e

flúviodeltáicos

siltitos cinzentos, arenitos,folhelhos e calcários

calcário, urânio,carvão, argila

vermelha

4.783 2,4 2,7 – 2,9

GrupoItararé

DepósitosLitorâneosPlataformaPeriglacial

deltáica

folhelhos e siltitos cinzentos,arenitos esbranquiçados,

diamictitos, ritmitos, arenitosgrosseiros avermelhados

Carvão, areiaindustrial, argila

refratáriae caulínica

13.952 7 2,4 – 2,8

FormaçãoPonta Grossa

Litorâneos ede

plataforma

folhelhos e siltitos,localmente betuminosos e

arenitos finos

argila vermelha 1.993 1 2,4 – 2,8

FormaçãoFurnas

depósitosaluviais elitorâneos

arenitos médios a grosseiros,e conglomeráticos e siltitos

areia, caulim 4.185 2,1 2,4 – 2,7

GrupoCastro

vulcano-sedimentar

siltitos, lamitos, arenitos,arcósios, conglomerados,

riolitos, andesitos,ignimbritos, tufos, brechas

riolíticas, quartzo-latitos

ouro, argilas,pedra brita

797 0,4 2,4 – 2,7 (sedim.)1,1 – 1,5

(vulc.)

FormaçãoGuaratubinha

vulcano-sedimentar

conglomerados, arcósios,siltitos, argilitos, brechasvulcânicas, tufos, lavasriolíticas e andesíticas

ouro 199 0,1 2,5 – 2,7 (sedim.)1,1 – 1,5

(vulc.)

FormaçãoCamarinha

siltitos, conglomeradospolimíticos, arcósios e

argilitos

199 0,1 2,6 – 2,7

Page 15: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

15

Unidadeestratigráfica

Ambientepredomi-

nante

Agrupamentode rochas

Potencialidademineral

jazidas e minas

Área

km2

% do

Estado

Índice deVulnerabilidade

(Crepani et al,2001)

Granitóides granitos alcalinos, sienitos ealaskitos

rocha ornamental,ouro,cassiterita,

wolframita emolibdenita

996 0,5 1,2 – 1,4

Granitóides granodioritos, monzonitos egranitos com horblenda e

biotita

199 0,1 1,1 – 1,2

Granitóides batólitos graníticos commacrocristais de feldspato

potássico

4.385 2,2 1,1

Granitóides granitos gnáissicos e deanatexia

597 0,3 1,3

SeqüênciaAntinha

meta-ritmitos, metarenitos,metacalcários e

metaconglomerados

metacalcáriocalcítico

199 0,1 2,1 – 2,4

FormaçãoItaiacoca

vulcano-sedimentar

Meta-siltitos, metavulcânicas,mármores dolomíticos edolomitos. metarenitos,quartzitos e micaxistos

talco, caulim,mármore

dolomítico

1.395 0,7 2,1 – 2,4

FormaçãoCapiru

Meta-siltitos, metargilitos,filitos grafitosos, mármores

dolomíticos e dolomitos,metarenitos

mármoredolomítico

996 0,5 2,1 – 2,4

FormaçãoVotuverava

Meta-siltitos, metargilitos,meta-ritimitos, ardósias,metarenitos, micaxistos,

calcários e dolomitos

metacalcáriocalcítico edolomítico

1.594 0,8 1,9 - 2,2(terrígenos)

2,9(carbonáticos)

migmatitos bandados,micaxistos e quartzitos

398 0,2 1,3 – 1,7

Grupo SetuvaFormaçãoÁgua Clara

calcoxistos, mármores,micaxistos, metatufos

básicos e rochasmanganesíferas

mármore, zinco,barita, chumbo,prata, fluorita

797 0,4

Grupo SetuvaComplexo

Turvo-Cajati

granada-silimanita xistos,actinolita-biotita xistos, xistoscalco-silicáticos, mármores

dolomíticos ecalcossilicáticos

Grupo SetuvaFormação

Perau

calco-xistos, micaxistos,metabasitos, anfibolitos

quartzitos e Metavulcânicasácidas

chumbo, zinco,prata

797 0,4

ComplexoPré-Setuva

migmatitos bandados,gnaisses fitados e ocelares,

quartzitos a magnetita,anfibolitos, metabásicas,serpentinitos e talcoxistos

rochas pararevestimento, ouro

6.577 3,3

ComplexoSerra Negra

charnoquitos, granulitos,xistos manganesianos,anfibolitos, micaxistos e

quartzitos

597 0,3

Tabela 2 - Grupos litológicos da geologia do Estado do Paraná, potencial mineral e índice devulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)

Page 16: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

16

4 – GEOLOGIA E VULNERABILIDADE DAS ROCHAS NASMESO-REGIÕES PARANAENSES

4.1 - Meso-Região Metropolitana

A Meso-região Metropolitana inclui 37 municípios: Adrianópolis, Agudos do Sul, AlmiranteTamandaré, Antonina, Araucária, Balsa Nova, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Campo doTenente, Campo Largo, Campo Magro, Cêrro Azul, Colombo, Contenda, Curitiba, Doutor Ulysses,Fazenda Rio Grande, Guaraqueçaba, Guaratuba, Itaperuçu, Lapa, Mandirituba, Matinhos, Morretes,Paranaguá, Piên, Pinhais, Piraquara, Pontal do Paraná, Porto Amazonas, Quatro Barras,Quitandinha, Rio Branco do Sul, Rio Negro, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul e Tunas doParaná.

A geologia da maior parte da Meso-região Metropolitana é constituída por rochas do Escudoparanaense, que ocorrem nas regiões do Litoral e Primeiro Planalto. São as rochas mais antigas eresistentes, que constituem as serras com as maiores altitudes do Estado. Afloram rochas ígneas emetamórficas, cujas idades variam do Arqueano (2,6 bilhões de anos) ao Paleozóico Inferior (450milhões de anos).

As rochas mais antigas, de alto grau metamórfico (granulitos) situam-se na porção sudeste,próximo ao litoral. As rochas de baixo grau metamórfico ocorrem na porção noroeste do Escudo,correspondendo às rochas do Grupo Açungui (filitos, mármores, quartzitos, entre outras), intrudidaspor vários corpos graníticos, rochas básicas e alcalinas. O índice de vulnerabilidade à denudação(intemperismo e erosão) dessas rochas varia desde muito resistentes, até rochas sedimentares ecalcárias com grande facilidade de dissolução e erosão.

A evolução do Escudo é bastante longa e envolve muitos eventos tectônicos e magmáticosdurante o Arqueano e o Proterozóico, formando bacias preenchidas por rochas vulcânicas esedimentares como as do Grupo Setuva (1,4 bilhão de anos) e a do Grupo Açungui (1,0 bilhão deanos). Os registros mais antigos são as rochas ígneas do Domínio Luís Alves, formadas durante oArqueano (Complexo Granulítico Serra Negra) e o Proterozóico Inferior (Complexo MáficoUltramáfico de Piên e Complexo Gnáissico Migmatítico Costeiro). No final do Proterozóico e iníciodo Paleozóico (há 600 milhões de anos), ocorreu intenso magmatismo granítico em toda a área doEscudo, representado hoje por 42 corpos de granitos, com dimensões variadas. Após a consolidaçãodo Escudo, ocorreram intrusões de rochas básicas e alcalinas, relacionadas aos processos tectônicosassociados aos eventos magmáticos mesozóicos da Bacia do Paraná.

Os municípios de: Adrianópolis, Almirante Tamandaré, Bocaiúva do Sul, Campo Largo,Campo Magro, Cerro Azul, Colombo, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas doParaná, têm o substrato rochoso do Grupo Açungui, com grande potencial mineral, principalmentede minerais metálicos e preciosos (chumbo, prata, ouro), fluorita, feldspato, caulim, calcário paracimento e corretivo de solo, e rochas ornamentais. Apresentam, também, grandes reservas de águamineral (Aqüífero Carste), em rochas calcárias com alto índice de vulnerabilidade à denudação(2,9), formando sumidouros e cavernas com riscos para a ocupação.

Os municípios de Balsa Nova, Campo do Tenente, Lapa, Porto Amazonas e Rio Negro têm osubstrato rochoso formado principalmente por sedimentos finos a grosseiros (folhelhos, siltitos,ritmitos, arenitos finos a grosseiros, diamictitos e raras camadas de carvão) do Grupo Itararé daBacia Sedimentar do Paraná. O índice de vulnerabilidade atribuído para essas rochas, de acordo

Page 17: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

17

com Crepani et al, 2001, situa-se em torno de 2,4 (em uma escala de 1,0 a 3,0). São rochas de fácilentalhamento pelos rios, conforme comprovado pelo relevo em platôs elevados, dissecados porcanyons e escarpas, que formam a borda do segundo planalto paranaense.

Os depósitos, constituídos por argilitos, arcósios, depósitos rudáceos e margas, da FormaçãoGuabirotuba, que recobrem porções dos municípios de: Araucária, Campina Grande do Sul, CampoLargo, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande,Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais e Tijucasdo Sul, têm alto índice de vulnerabilidade à denudação (2,7). Quando não protegidos pela coberturado solo e vegetação os argilitos apresentam processos de pastilhamento, dissolução, desagregaçãode partículas e carreamento pelas águas da chuva. Esse processo ocorre nas lentes de argila compropriedades higroscópicas expansivas (smectita 2:1). Por se situar numa região com alta densidadepopulacional, em alguns casos esses processos assumem conseqüências catastróficas. São comunsnessa região os problemas de erosão, ravinamentos e escorregamentos, devido à ocupação urbanairregular, além dos problemas de ocupação em áreas de mananciais, sem o devido cuidado com acontaminação dos lençóis superficiais e subterrâneos.

Os municípios do Litoral (Antonina, Guaraqueçaba, Guaratuba, Matinhos, Morretes,Paranaguá e Pontal do Paraná) assentam sobre sedimentos arenosos de origem marinha e dedeposição praial. Os problemas da Região do Litoral são decorrentes principalmente de umaocupação inadequada, muito próxima da linha de costa. Na maioria dos casos onde se verificaramproblemas erosivos, estes foram causados por interferência antrópica, notadamente praia Brava deCaiobá, Praia Central de Matinhos, Balneários Flamingo e Riviera e entre o Canal do DNOS ePonta do Poço. O caso da Ilha do Mel é mais complexo, pois apesar de estar localizada numa áreade alta mobilidade natural, efeitos antrópicos não podem ser descartados, tais como os provocadospor dragagens no canal de acesso ao Porto de Paranaguá e o despejo de materiais dragados Angulo,R. J. (1999).

Recursos Minerais¾ São descritas potencialidades para Ferro em Antonina (Arioli e Falcade, 1980).

¾ Metais básicos (Cu, Pb e Zn) e preciosos (Au e Ag) (Fritzsons Jr, 1980 e Falcade, 1982) nomunicípio de Guaraqueçaba.

¾ Várias ocorrências de ouro em gnaisses ácidos e magnetíticos com quartzo, tendo sidomedida uma reserva de 614 kg de ouro contido com teor médio de 2,8 g/t, no município deMorretes (Salazar Jr. e Oliveira, 1988).

¾ No Complexo Máfico Ultramáfico de Piên são descritas ocorrências de talco-xistos emlentes, associadas aos xistos magnesianos, situadas próximo à divisa Paraná - SantaCatarina; e ocorrências de ouro e caulim próximo a Trigolândia.

¾ Ocorrências de prata e outros sulfetos (pirita, calcopirita, calcantina, galena, molibdenita etetradimita) na Serra da Prata, no município de Guaratuba, (Arioli e Duszczak, 1980).

¾ Martini (1981) reconheceu o potencial da Formação Votuverava para metais básicos W, Sn eMo junto ao contato do granodiorito São Sebastião. Pontes e Salazar Jr. (1982), e Dias(1984) avaliaram o potencial das mineralizações de Cu-Pb-Zn e metais associados,principalmente Au, na região de São Silvestre, em Rio Branco do Sul.

¾ No povoado do Tigre, município de Cerro Azul, Andrade e Silva (1981) analisou osminérios de barita associados a metais básicos e identificou os seus controles geológicos.Trata-se de depósitos estratiformes, concordantes com quartzitos da base da Formação

Page 18: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

18

Votuverava, com remobilizações locais na forma de veios discordantes. A barita formabandas milimétricas a métricas dentro das rochas encaixantes.

¾ As mineralizações de fluorita do Vale do Ribeira, no município de Adrianópolis,denominadas de São Sebastião e do Braz, ocorrem encaixadas em metasedimentosVotuverava. A ocorrência de São Sebastião situa-se na localidade de Sete Barras, junto aocontato com o granito Itaóca. O minério forma lentes de até 10 m de espessura, concordantescom os mármores e subparalelos ao contato, ao longo de uma distância de aproximadamente1 km e o teor médio de CaF2 é de 56%. A ocorrência do Braz é descrita como associada aum pacote de mármore calcítico com intercalações de calco-filito e quartzo-sericita-xisto. Opacote carbonático atinge 2-3 km de espessura e é recortado por filões de fluorita,encaixados em fraturas NE. O teor médio é de 48% de CaF2 (Silva, Felipe e Pontes, 1981).

¾ A jazida de Fluorita de Volta Grande, no município de Cerro Azul, foi descobertaoriginalmente pela Nuclebrás e avaliada pela MINEROPAR que cubou dois corpos deminério com reservas de 635.000 t de fluorita com teor médio de 39% e teor de corte de20% de CaF2 (Silva, Felipe e Pontes, 1981). Trata-se de mineralização de fluorita emenclaves de mármores impuros, dentro de uma zona de cataclase, sobre o granito TrêsCórregos. O corpo de maior volume foi lavrado parcialmente pela Mineração Nossa Senhorado Carmo. As jazidas da Volta Grande, de Sete Barras (2.748.000 t), do Brás (1.000.000 t) edo Mato Preto (2.800.000 t) somam 7.183.000 t de fluorita, sendo as maiores reservas doterritório brasileiro.

¾ O maciço Granítico Agudos do Sul possui várias pedreiras exploradas para fins ornamentais.Comercialmente são produzidas quatro variedades de granitos: Vinho Mel (granito cor-de-rosa), Paranatuba (granito bege-amarelado a laranja, Amarelo Castor (granito bege-amarelado) e Marrom Tarumã (granito cinza-claro).

¾ O Granito Morro Redondo tem sido explorado para fins comerciais no município deGuaratuba, próximo a BR-101, extraído como rocha ornamental (granito Cerro Azul). Nomunicípio de Garuva são produzidos apenas paralelepípedos. Na área do Quiriri, existefrente de exploração de caulim em atividade.

¾ O maciço do Anhangava contém numerosas pedreiras exploradas para pavimentaçãopoliédrica e revestimento, concentradas na sua porção ocidental, particularmente junto aBorda do Campo. Uma única empresa extrai blocos para granito ornamental com nomecomercial de Rosa Curitiba.

¾ Os sienitos e rochas alcalinas associadas no maciço de Tunas são bastante valorizados comorocha ornamental (Verde Tunas).

¾ Potencial para Terras raras, barita, fluorita, Nb, Pb e Zn, no Complexo AlcalinoCarbonatítico da Barra do Itapirapuã, município de Cerro Azul (Silva, 1984).

¾ Os depósitos de sedimentos que ocorrem nos aluviões dos grandes rios do Primeiro Planaltoe do Litoral, fornecem areia e argila, e os gnaisses e migmatitos fornecem brita, principaismatérias primas utilizadas pela construção civil.

Page 19: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

19

Page 20: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

20

Page 21: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

21

4.2 - Meso-Região Centro Oriental

A Meso-região Centro Oriental engloba os municípios de: Arapoti, Carambeí, Castro,Imbaú, Jaguariaíva, Ortigueira, Palmeira, Piraí do Sul, Ponta Grossa, Reserva, Sengés, TelêmacoBorba, Tibagi e Ventania.

Os municípios de Carambeí, Castro, Jaguariaíva, Piraí do Sul, Ponta Grossa e Sengéssituam-se na borda do segundo planalto paranaense, exibindo uma geologia formada por rochas doGrupo Açungui no embasamento cristalino (ou Escudo), e sedimentos das formações Furnas, PontaGrossa e Itararé, da borda da Bacia do Paraná.

O Embasamento Cristalino (ou Escudo) é formado por meta-siltitos, meta-ritmitos,mármores dolomíticos, dolomitos e metarenitos da Formação Itaiacoca com rochas vulcânicas esedimentares clásticas da Seqüência Abapã. A região é dominada pelos granitos porfiróides dosbatólitos Três Córregos e Cunhaporanga, com intrusões menores associadas. A oeste ocorre rochasvulcânicas ácidas (riolitos e piroclásticas) associadas a conglomerados, arenitos, siltitos e lamitos doGrupo Castro, recobertos pela Formação Furnas. Em geral são rochas bastante resistentes aointemperismo e erosão, com índices de vulnerabilidade que variam de 1,1 a 1,8, exceto os mármoresdolomíticos (índice 2,9) e os depósitos quaternários que predominam na bacia do rio Iapó (índice3,0). Os mármores dolomíticos são propícios à dissolução, formando relevo cárstico com cavernas,dolinas e sumidouros com riscos à ocupação.

A geologia dos municípios de Arapoti, Imbaú, Palmeira, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventaniaé dominada por arenitos médios a grosseiros e, subordinadamente, arenitos conglomeráticos esiltitos esbranquiçados da Formação Furnas, recoberta por folhelhos e siltitos cinzentos, localmentebetuminosos, com intercalações de arenitos muito finos, esbranquiçados da Formação Ponta Grossa.Mais para oeste são recobertos por rochas do Grupo Itararé, onde aparecem folhelhos, siltitoscinzentos, arenitos finos a médios, esbranquiçados diamictitos e raras camadas de carvão (FormaçãoRio do Sul); arenitos finos a grosseiros, esbranquiçados e amarelados, siltitos e ritmitos (FormaçãoMafra); e arenitos grosseiros, avermelhados, siltitos, ritmitos e diamictitos (Formação Campo doTenente). O índice de vulnerabilidade à denudação dessas rochas varia de 2,4 a 2,8, denotandopouca resistência ao intemperismo e erosão das mesmas, podendo desenvolver sulcos e ravinas queevoluem até vossorocas, quando não respeitados os critérios técnicos adequados de uso e ocupaçãoreferidos no capítulo 3.

Os municípios de Ortigueira e Reserva tem o substrato formado por rochas do Grupo Guatá(Formação Palermo - siltitos cinzentos; Formação Rio Bonito - arenitos finos, siltitos, folhelhos,calcários e camadas de carvão); e rochas do Grupo Passa Dois (Formação Irati - argilitos e folhelhoscinzentos a pretos, pirobetuminosos, com intercalações de calcário; Formação Serra Alta - Lamitose folhelhos cinzentos, escuros, maciços; e Formação Teresina - siltitos acinzentados comintercalações de calcário; Formação Rio do Rasto - siltitos e argilitos avermelhados com arenitosfinos intercalados, siltitos e arenitos esverdeados muito finos, micríticos e bancos alternados decalcarenitos). No limites oeste desses municípios, no limite da escarpa para o terceiro planalto,afloram camadas não discriminadas das Formações Pirambóia e Botucatu, constituídas de arenitosesbranquiçados a avermelhados, finos a médios, síltico-argilosos, com finas camadas de argilitos esiltitos intercaladas, bem como leitos de arenitos conglomeráticos e bancos de conglomerados nabase das duas formações.

Page 22: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

22

Em geral as rochas dos municípios de Ortigueira e Reserva têm índices de vulnerabilidade àdenudação variando de 2,4 a 2,8, denotando pouca resistência ao intemperismo e erosão sendoválidas as recomendações com relação ao uso e ocupação referidos no capítulo 3.

A borda da Bacia do Paraná é marcada por uma escarpa formada pelos arenitos do GrupoParaná (Formações Furnas e Ponta Grossa), recortados por diques de rochas básicas que, por erosãodiferencial formam platôs, reentrâncias e canyons de grande beleza cênica. Outra característicamarcante da geologia da Meso-Região Centro Oriental é a ocorrência de intrusivas básicas na formade sills (horizontais) e diques (verticais), sub-paralelos e orientados para N45oW, formando umverdadeiro enxame de diques de rochas básicas. Essas rochas apresentam índice de vulnerabilidadeà denudação de 1,5; bem mais elevado que as encaixantes, formando elevações na paisagem.

Recursos minerais¾ Ouro no Grupo Castro, pesquisado pela DOCEGEO.

¾ Calcário dolomítico explorado nos Distritos de Abapã e Socavão, empregado na confecçãoda cal e como corretivo de solo.

¾ O minério de talco do Distrito Mineiro de Itaiacoca é formado por uma mistura variada dedolomita, talco, calcita, quartzo e tremolita, com teores subordinados de clorita, muscovita,caulinita, antofilita, vermiculita e montmorilonita, explorados durante décadas por grandesempresas com o legado de um enorme passivo ambiental (Ribas et al, 1999).

¾ Os macrocristais dos Granitos Três Córregos e Cunhaporanga apresentam potencial comofonte de feldspato para uso na indústria cerâmica, podendo ser separados por peneiramento econcentração gravimétrica, a partir da rocha parcialmente alterada.

¾ Nos sedimentos recentes merecem atenção os depósitos de diamante do rio Tibagi e areiapara a construção civil.

Page 23: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

23

Foto 01. Borda da Bacia do Paraná marcada por uma escarpa formada pelos arenitos da FormaçãoFurnas grande beleza cênica, no Município de Jaguariaíva.

Foto 02 – Aspecto do relevo com rios encaixados em canyons e rochas aflorantes, no SegundoPlanalto do Paraná, município de Tibagi, Meso-região Centro-Oriental.

Page 24: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

24

Foto 03 – Salto Santa Rosa, município de Tibagi na região Centro-Oriental

Foto 04 – Olaria familiar de pequeno porte no município de Tibagi,Meso Região Centro-Oriental do Paraná

Page 25: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

25

Foto 05 – Drenagem e ocupação em área de várzea do rio Tibagi,Meso Região Centro-Oriental do Paraná

Foto 06 – Exploração de pedreira em diques de diabásio no município de Tibagi,Meso Região Centro-Oriental do Paraná

Page 26: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

26

Page 27: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

27

Page 28: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

28

Page 29: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

29

4.3 - Meso Região Sudeste

A Meso-Região Sudeste é formada por 21 municípios: Antonio Olinto, Bituruna, CruzMachado, Fernandes Pinheiro, General Carneiro, Guamiranga, Imbituva, Ipiranga, Irati, Ivaí, Mallet,Paula Freitas, Paulo Frontin, Porto Vitória, Prudentópolis, Rebouças, Rio Azul, São João doTriunfo, São Mateus do Sul, Teixeira Soares e União da Vitória.

A Meso-Região sudeste têm o substrato rochoso representado pela seqüência deposicionalda Bacia do Paraná que vai do Grupo Itararé até os derrames basálticos. Os municípios de AntonioOlinto, Ipiranga, São João do Triunfo e Teixeira Soares têm o substrato rochoso formado porsedimentos finos a grosseiros (folhelhos, siltitos, ritmitos, arenitos finos a grosseiros, diamictitos eraras camadas de carvão), das Formações Rio do Sul, Mafra e Campo do Tenente, do Grupo Itararé.O índice de vulnerabilidade atribuído para essas rochas, de acordo com Crepani et al, 2001, situa-seem torno de 2,4 (em uma escala de 1,0 a 3,0). No limite oeste desses municípios aparece rochas dosGrupos Guatá e Passa Dois da Bacia Sedimentar do Paraná.

Nos municípios de Fernandes Pinheiro, Guamiranga, Imbituva, Ivaí, Rebouças e São Mateusdo Sul apresentam o substrato rochoso que evolui desde arenitos finos; siltitos cinzentos,esverdeados e amarronzados, com intercalações de níveis calcários; folhelhos carbonosos e camadasde carvão da Formação Rio Bonito (Grupo Guatá); até siltitos acinzentados com intercalações decalcário da Formação Teresina (Grupo Passa Dois). Na porção intermediária da Formação Teresinaocorrem intrusões horizontalizadas (“sills”) de rochas ígneas básicas. As rochas sedimentares(Formações Rio Bonito e Teresina) estão classificadas com índice de vulnerabilidade de 2,8; quedenota muito baixa resistência ao intemperismo e erosão. As rochas ígneas básicas têm índice 1,5;com alta resistência à denudação.

Os municípios de: Irati, Mallet, Paula Freitas, Paulo Frontim, Prudentópolis, Rio Azul eUnião da Vitória tem rochas das Formações: Rio do Rasto, Pirambóia / Botucatu e basaltos daFormação Serra Geral, com índices de vulnerabilidade que varia desde: 2,7 nos siltitos, argilitos earenitos avermelhados a esverdeados e calcarenitos da Formação Rio do Rasto; 2,4 nos arenitos comcamadas de argilito, siltito e conglomerado intercaladas das Formações Pirambóia e Botucatu; até1,5 nos basaltos, andesitos e tufos ácidos dos derrames da Formação Serra Geral sobre ossedimentos da Bacia do Paraná. Os municípios de: Bituruna, Cruz Machado, General Carneiro ePorto Vitória estão sobre as rochas vulcânicas da Formação Serra Geral

A coluna litológica descrita acima, com diferentes índices de resistência à denudação,conduz a feições geomorfológicas peculiares, com o desenvolvimento de relevo escarpado, cujodegrau marca o limite entre o Segundo e Terceiro Planalto o nome regional de Serra da Esperança.

Os recursos minerais da Meso-região Sudeste incluem: calcário, xisto pirobetuminoso,urânio, carvão, argila refratária e caulínica, areia industrial e para construção civil, rochasornamentais, pedra britada e argila vermelha.

Page 30: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

30

Foto 07. Topografia em platôs elevados, sustentados por soleiras de basaltono vale do Rio dos Patos,limite do município de Ivaí.

Foto 08 – Cerâmica de médio porte no município de Imbituva, Meso Região Sudeste do Paraná

Page 31: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

31

Foto 09 – Lavra de argila em várzea no município de Imbituva,Meso Região Sudeste do Paraná

Foto 10 – Área de extração de argila para fabricação de telhas etijolos pelas cerâmicas locais no Município de Imbituva.

Page 32: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

32

Page 33: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

33

Page 34: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

34

4.4 - Meso Região Norte Central

A Meso-Região Norte Central é composta por 79 municípios, com as mais variadas feiçõesgeológicas e, conseqüentemente, variados índices de vulnerabilidade das rochas à denudação. Sãoeles: Alvorada do Sul, Ângulo, Apucarana, Arapongas, Arapuá, Ariranha do Ivaí, Astorga, Atalaia,Bela Vista do Paraíso, Bom Sucesso, Borrazópolis, Cafeara, Califórnia, Cambé, Cambira, Cândidode Abreu, Centenário do Sul, Colorado, Cruzmaltina, Doutor Camargo, Faxinal, Floraí, Floresta,Florestópolis, Flórida, Godoy Moreira, Grandes Rios, Guaraci, Ibiporã, Iguaraçu, Itaguajé, Itambé,Ivaiporã, Ivatuba, Jaguapitã, Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Kaloré, Lidianópolis, Lobato, Londrina,Lunardelli, Lupionópolis, Mandaguaçu, Mandaguari, Manoel Ribas, Marialva, Marilândia do Sul,Maringá, Marumbi, Mauá da Serra, Miraselva, Munhoz de Mello, Nossa Senhora das Graças, NovaEsperança, Nova Tebas, Novo Itacolomi, Ourizona, Paiçandu, Pitangueiras, Porecatu, PradoFerreira, Presidente Castelo Branco, Primeiro de Maio, Rio Bom, Rio Branco do Ivaí, Rolândia,Rosário do Ivaí, Sabáudia, Santa Fé, Santa Inês, Santo Inácio, São João do Ivaí, São Jorge do Ivaí,São Pedro do Ivaí, Sarandi, Sertanópolis, Tamarana e Uniflor.

Os municípios: Ariranha do Ivaí, Cândido de Abreu, Cruzmaltina, Faxinal, Grandes Rios,Ivaiporã, Manoel Ribas, Mauá da Serra, Rio Branco do Ivaí, Rosário do Ivaí e Tamarana, situam-seno limite entre o Segundo e Terceiro Planalto paranaense, com substrato rochoso formado porsedimentos como: siltitos acinzentados com intercalações de calcário da Formação Teresina (GrupoPassa Dois); siltitos, argilitos e arenitos avermelhados a esverdeados e calcarenitos da FormaçãoRio do Rasto; arenitos com camadas de argilito, siltito e conglomerado intercaladas das FormaçõesPirambóia e Botucatu; recobertos por rochas básicas e ácidas dos derrames da Formação SerraGeral. O índice de vulnerabilidade à denudação dessas rochas varia de leste para oeste de: 2,8(Formação Teresina) – 2,7 (Formação Rio do Rasto) – 2,4 (Formação Pirambóia/Botucatu) – 1,5(rochas básicas da Formação Serra Geral) – 1,1 (rochas ácidas da Formação Serra Geral). Avariação desde rochas sedimentares com muito baixa resistência ao intemperismo e erosão atérochas ígneas com alta resistência à denudação propicia a formação de relevo escarpado, comodescrito anteriormente, continuidade da Serra da Esperança.

Os demais municípios da Meso-Região Norte Central tem o substrato formado por derramesde rochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) da FormaçãoSerra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) apresentandocomo principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha, conformedescrito no capítulo 3. Por concentrar alta densidade populacional em alguns núcleos urbanos comoLondrina e Maringá, também são necessárias medidas de monitoramento da descarga de efluentesquímicos, industriais e domésticos para evitar a contaminação das águas superficiais e subterrâneas.

Os municípios situados na porção noroeste da Meso-Região Norte Central apresentamarenitos do Grupo Caiuá recobrindo os interflúvios com maiores elevações. De acordo comFernandes e Coimbra (1994) o Grupo Caiuá no Paraná é uma seqüência de arenitos quartzososmuito finos a finos, maciços de origem eólica com freqüente presença de cimentos e concreçõescarbonáticos separados nas formações: Santo Anastácio, Rio Paraná e Goio-Erê. Essas rochas sãodenominadas genericamente de Arenito Caiuá, com médio a alto índice de vulnerabilidade aointemperismo e erosão, e que apresentam baixo potencial mineral, exceto as areias para construçãocivil e de uso industrial.

O Arenito Caiuá origina solos de textura arenosa a média, que apresentam grandesuscetibilidade aos processos erosivos. Esses processos se manifestam, principalmente, como erosãolaminar (que afeta as camadas superficiais dos solos), evoluindo para: sulcos, ravinas, voçorocas e

Page 35: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

35

Foto 11. Extração de areia de barranco das Formações Botucatue Pirambóia na região do Rio do Padre, Município de Manoel Ribas.

movimentos em massa, que atingem e desagregam as rochas areníticas. Tais fenômenos são dedifícil controle e recuperação, promovendo a degradação e perda de produtividade dos solos eassoreamento dos rios. Para uso e ocupação do território desses municípios devem ser observadasminimamente as recomendações citadas no capítulo 3.

Page 36: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

36

Page 37: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

37

Page 38: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

38

4.5 - Meso Região Norte Pioneiro

Compreende 46 municípios: Abatiá, Andirá, Assaí, Bandeirantes, Barra do Jacaré, Cambará,Carlópolis, Congonhinhas, Conselheiro Mairinck, Cornélio Procópio, Curiúva, Figueira,Guapirama, Ibaiti, Itambaracá, Jaboti, Jacarezinho, Japira, Jataizinho, Joaquim Távora, Jundiaí doSul, Leópolis, Nova América da Colina, Nova Fátima, Nova Santa Bárbara, Pinhalão, Quatiguá,Rancho Alegre, Ribeirão Claro, Ribeirão do Pinhal, Salto do Itararé, Santa Amélia, Santa Cecília doPavão, Santa Mariana, Santana do Itararé, Santo Antonio da Platina, Santo Antonio do Paraíso, SãoJerônimo da Serra, São José da Boa Vista, São Sebastião da Amoreira, Sapopema, Sertaneja,Siqueira Campos, Tomazina, Uraí e Wenceslau Braz.

A Meso-Região Norte Pioneiro abrange uma grande variedade de rochas no substratogeológico, com grande variação dos índices de vulnerabilidade à denudação (intemperismo eerosão) das rochas. Num perfil geológico do limite sudeste até o limite noroeste da meso-região,ocorre desde folhelhos e siltitos cinzentos, localmente betuminosos, com intercalações de arenitosmuito finos da Formação Ponta Grossa, no limite SE do Município de São José da Boa Vista, atébasaltos da Formação Serra Geral no Município de Sertaneja a noroeste.

Os municípios de Carlópolis, Conselheiro Mairink, Curiúva, Figueira, Guapirama, Ibaiti,Jaboti, Japira, Joaquim Távora, Pinhalão, Salto do Itararé, Santana do Itararé, São José da BoaVista, Sapopema, Siqueira Campos, Tomazina e Wenceslau Braz, têm como substrato rochoso aporção sedimentar da Bacia do Paraná, representada pela seqüência deposicional que vai do GrupoItararé, onde aparecem folhelhos, siltitos cinzentos, arenitos finos a médios, esbranquiçadosdiamictitos e raras camadas de carvão (Formação Rio do Sul); arenitos finos a grosseiros,esbranquiçados e amarelados, siltitos e ritmitos (Formação Mafra); e arenitos grosseiros,avermelhados, siltitos, ritmitos e diamictitos (Formação Campo do Tenente); passando pelo GrupoGuatá com siltitos cinzentos (Formação Palermo), arenitos finos, siltitos, folhelhos e calcários(Formação Rio Bonito); até o Grupo Passa Dois com argilitos e folhelhos cinzentos,pirobetuminosos, com intercalações de calcário (Formação Irati), lamitos e folhelhos cinzentosescuros (Formação Serra Alta), siltitos acinzentados com intercalações de calcário (FormaçãoTeresina), siltitos e argilitos avermelhados e esverdeados, com arenitos finos e calcarenitosintercalados (Formação Rio do Rasto). Ocorrem intrusões horizontalizadas (“sills”) de rochasígneas básicas na porção intermediária da Formação Teresina, nos municípios de Salto do Itararé,Siqueira Campos e Tomazina, com índice de vulnerabilidade à denudação de 1,5.

O índice de vulnerabilidade à denudação atribuído às rochas sedimentares, de acordo com aescala de vulnerabilidade à denudação das rochas mais comuns proposto por Crepani et al (2001),varia de 2,4 no Grupo Itararé, a 2,8 no Grupo Guatá e 2,7 no Grupo Passa Dois, demonstrando baixaresistência ao intemperismo e erosão.

Nos municípios de Congonhinhas, Jacarezinho, Jundiaí do Sul, Ribeirão Claro, Ribeirão doPinhal, Santo Antônio da Platina, Santo Antônio do Paraíso e São Jerônimo da Serra, afloramcamadas sedimentares do Grupo Passa Dois (Formações Teresina e Rio do Rasto); camadas nãodiscriminadas das Formações Pirambóia e Botucatu, constituídas de arenitos esbranquiçados aavermelhados, finos a médios, síltico-argilosos, com finas camadas de argilitos e siltitosintercaladas, bem como leitos de arenitos conglomeráticos e bancos de conglomerados na base dasduas formações; recobertos por rochas básicas e ácidas dos derrames da Formação Serra Geral. Essavariação desde rochas sedimentares com muito baixa resistência ao intemperismo e erosão até

Page 39: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

39

rochas ígneas com alta resistência à denudação propicia a formação de relevo escarpado, com platôse morros testemunho de rara beleza cênica.

Os demais municípios da Meso-Região Norte Pioneiro tem o substrato formado porderrames de rochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) daFormação Serra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão)apresentando como principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha,conforme descrito no capítulo 3. Também são necessárias medidas de monitoramento da descargade efluentes químicos, industriais e domésticos para evitar a contaminação das águas superficiais esubterrâneas, principalmente do Aqüífero Guarani em sua área de recarga na Formação Botucatu.

Os recursos minerais da Meso Região Norte Pioneiro são ocorrências de calcáriointercaladas na Formação Irati, no município de Carlópolis, e arenitos da Formação Botucatu,recozidos pelo vulcanismo basáltico, utilizados como rochas ornamentais e de revestimento,extraídas nos municípios de Jacarezinho, Ribeirão Claro e Santo Antônio da Platina.

Foto 12 – Grande vossoroca em rochas da formação Botucatu, município de Jacarezinho,Meso-região Norte Pioneiro, Paraná

Page 40: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

40

Page 41: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

41

Page 42: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

42

4.6 – Meso Região Centro Sul

São 29 municípios que compõem a Meso Região Centro Sul: Boa Ventura de São Roque,Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Clevelândia, Coronel Domingos Soares, Espigão Alto doIguaçu, Foz do Jordão, Goioxim, Guarapuava, Honório Serpa, Inácio Martins, Laranjal, Laranjeirasdo Sul, Mangueirinha, Marquinho, Mato Rico, Nova Laranjeiras, Palmas, Palmital, Pinhão, Pitanga,Porto Barreiro, Quedas do Iguaçu, Reserva do Iguaçu, Rio Bonito do Iguaçu, Santa Maria do Oeste,Turvo e Virmond.

Os municípios de Boa Ventura de São Roque, Guarapuava, Inácio Martins, Pitanga e Turvotêm seus limites a leste formados pela escarpa da Serra da Boa Esperança, que marca o degrau entreo Segundo e Terceiro Planaltos paranaense. Nesses municípios aparecem camadas do topo daseqüência sedimentar da Bacia do Paraná, constituídas por siltitos e argilitos avermelhados eesverdeados, com arenitos finos e calcarenitos intercalados da Formação Rio do Rasto e arenitosesbranquiçados a avermelhados, finos a médios, síltico-argilosos, com finas camadas de argilitos esiltitos intercaladas, bem como leitos de arenitos conglomeráticos e bancos de conglomerados nabase das formações Pirambóia/Botucatu indiscriminadas.Os sedimentos são recobertos por rochasbásicas e ácidas dos derrames da Formação Serra Geral.

Os demais municípios da Meso-Região Centro Sul tem o substrato formado por derrames derochas de ígneas básicas (basaltos, andesitos e tufos) e ácidas (riodacitos e riolitos) da FormaçãoSerra Geral. São rochas de baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo e erosão) apresentandocomo principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha, bastantecomuns na região em virtude do relevo acidentado com altas declividades.

Page 43: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

43

Foto 13 – Solos litólicos com grande quantidade de blocos de rocha basáltica, naMeso Região Centro-Sul, município de Candói

Foto 14 – Detalhe da exploração de blocos de basalto para calçamento,Município de Laranjeiras do Sul

Page 44: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

44

Page 45: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

45

Page 46: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

46

5.7 – Meso Região Centro Ocidental

A Meso Região Centro Ocidental é formada por 25 municípios que são: 4° Centenário,Altamira do Paraná, Araruna, Barbosa Ferraz, Boa esperança, Campina da Lagoa, Campo Mourão,Corumbataí do Sul, Engenheiro Beltrão, Farol, Fênix, Goioerê, Iretama, Janiópolis, Juranda,Luiziana, Mamborê, Moreira Sales, Nova Cantu, Peabiru, Quinta do Sol, Rancho Alegre D'Oeste,Roncador, Terra Boa e Ubiratã.

A Meso Região Centro Ocidental está limitada pelos rios Ivaí e Piquiri e apresenta osubstrato rochoso composto por derrames de rochas ígneas básicas. Na região do lineamento do rioPiquiri predominam derrames de lavas com composições de basaltos, andesitos e tufos ácidos. Entreos derrames podem aparecer níveis de arenito e conglomerado ou brecha sedimentar. Recobrindo osinterflúvios com maiores elevações ocorrem arenitos do Grupo Caiuá. De acordo com Fernandes eCoimbra (1994) o Grupo Caiuá no Paraná é uma seqüência de arenitos quartzosos muito finos afinos, maciços de origem eólica com freqüente presença de cimentos e concreções carbonáticosseparados nas formações: Santo Anastácio, Rio Paraná e Goio-Erê. Essas rochas são denominadasgenericamente de Arenito Caiuá, com médio a alto índice de vulnerabilidade ao intemperismo eerosão.

As rochas ígneas básicas apresentam baixa vulnerabilidade à denudação (intemperismo eerosão) tendo como principal entrave ao uso e ocupação os solos litólicos ou afloramentos de rocha.O Arenito Caiuá ocorre, principalmente nos interflúvios em maiores altitudes, nos municípios de:Araruna, Boa Esperança, Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Farol, Goioerê, Janiópolis,Mamborê, Moreira Sales, Peabiru, Rancho Alegre d’Oeste e Terra Boa, devendo ser observadasminimamente as recomendações citadas no capítulo 3, para uso e ocupação do território nessesmunicípios.

Page 47: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

47

Page 48: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

48

Page 49: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

49

5.8 – Meso Região Oeste

A Meso Região Oeste está limitada pelos rios Piquiri, Iguaçu e pelo Lago de Itaipu,incluindo 50 municípios do Estado do Paraná: Anahy, Assis Chateaubriand, Boa Vista daAparecida, Braganey, Cafelândia, Campo Bonito, Capitão Leônidas Marques, Cascavel,Catanduvas, Céu Azul, Corbélia, Diamante do Sul, Diamante D'Oeste, Entre Rios do Oeste,Formosa do Oeste, Foz do Iguaçu, Guaíra, Guaraniaçu, Ibema, Iguatu, Iracema do Oeste,Itaipulândia, Jesuítas, Lindoeste, Marechal Cândido Rondon, Maripá, Matelândia, Medianeira,Mercedes, Missal, Nova Aurora, Nova Santa Rosa, Ouro Verde do Oeste, Palotina, Pato Bragado,Quatro Pontes, Ramilândia, Santa Helena, Santa Lúcia, Santa Tereza do Oeste, Santa Terezinha deItaipu, São José das Palmeiras, São Miguel do Iguaçu, São Pedro do Iguaçu, Serranópolis do Iguaçu,Terra Roxa, Toledo, Três Barras do Paraná, Tupãssi e Vera Cruz do Oeste.

O substrato rochoso desses municípios é formado por rochas ígneas básicas da FormaçãoSerra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos a pretos,raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos. Essas rochas têm baixo índice devulnerabilidade à denudação (1,5), com alta resistência ao intemperismo e erosão.

Page 50: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

50

Page 51: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

51

Page 52: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

52

5.9 – Meso Região Sudoeste

São 37 municípios: Ampére, Barracão, Bela Vista da Caroba, Boa Esperança do Iguaçu,Bom Jesus do Sul, Bom Sucesso do Sul, Capanema, Chopinzinho, Coronel Vivida, Cruzeiro doIguaçu, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Flor da Serra do Sul, Francisco Beltrão, Itapejara D'Oeste,Manfrinópolis, Mariópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Nova Prata do Iguaçu, PatoBranco, Pérola D'Oeste, Pinhal de São Bento, Planalto, Pranchita, Realeza, Renascença, SalgadoFilho, Salto do Lontra, Santa Izabel do Oeste, Santo Antônio do Sudoeste, São João, São JorgeD'Oeste, Saudade do Iguaçu, Sulina, Verê e Vitorino; com substrato rochoso formado por rochasígneas básicas da Formação Serra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos,cinzentos a pretos, raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos. Essas rochas têm baixoíndice de vulnerabilidade à denudação (1,5), com alta resistência ao intemperismo e erosão.

Foto 15 - Galerias para exploração de ametista no município de Chopinzinho, na Meso RegiãoSudoeste, notar a grande espessura de rocha alterada acima das minas.

Page 53: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

53

Foto 16 – Lavra de depósito de argila no município de Francisco Beltrão,Meso Região Sudoeste do Paraná

Foto 17 – Ocupação irregular em áreas com alta declividade no município de Francisco Beltrão,Meso Região Sudoeste do Paraná.

Page 54: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

54

Foto 18 – Detalhe de ocupação irregular em áreas com alta declividade no município deFrancisco Beltrão, Meso Região Sudoeste do Paraná

Page 55: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

55

Page 56: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

56

Page 57: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

57

5.10 – Meso Região Noroeste

A Meso Região Noroeste é formada por 61 municípios: Alto Paraná, Alto Piquiri, Altônia,Amaporã, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Cianorte, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste,Cruzeiro do Sul, Diamante do Norte, Douradina, Esperança Nova, Francisco Alves, Guairaçá,Guaporema, Icaraíma, Inajá, Indianópolis, Iporã, Itaúna do Sul, Ivaté, Japurá, Jardim Olinda,Jussara, Loanda, Maria Helena, Marilena, Mariluz, Mirador, Nova Aliança do Ivaí, Nova Londrina,Nova Olímpia, Paraíso do Norte, Paranacity, Paranapoema, Paranavaí, Perobal, Pérola, Planaltinado Paraná, Porto Rico, Querência do Norte, Rondon, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel doIvaí, Santa Mônica, Santo Antonio do Caiuá, São Carlos do Ivaí, São João do Caiuá, São Jorge doPatrocínio, São Manoel do Paraná, São Pedro do Paraná, São Tomé, Tamboara, Tapejara, Tapira,Terra Rica, Tuneiras do Oeste, Umuarama, Vila Alta e Xambrê

Nos municípios do limite oriental da Meso Região afloram rochas ígneas básicas daFormação Serra Geral, compostas por basaltos maciços e amigdalóides, afaníticos, cinzentos apretos, raramente andesitos, e intercalações de arenitos finos; recobertas por sedimentos daFormação Caiuá.

O substrato rochoso dos demais municípios da Meso Região Noroeste é predominantementeformado por arenitos friáveis, finos a médios, às vezes grosseiros, avermelhados e arroxeados, comleitos de argila intercalados. Na base, ocorre conglomerado polimítico com espessura de até 5 m,formado por seixos de arenito, calcedônia, coquina silicificada, ágata e basalto, em matriz areno-argilosa. São depósitos com espessura máxima de 250 m, formados em ambiente fluvial e desértico,denominados genericamente de Arenito Caiuá. São rochas com médio a alto índice devulnerabilidade ao intemperismo e erosão

O Arenito Caiuá origina solos de textura arenosa a média, que apresentam grandesuscetibilidade aos processos erosivos. Esses processos se manifestam, principalmente, como erosãolaminar (que afeta as camadas superficiais dos solos), evoluindo para: sulcos, ravinas, voçorocas emovimentos em massa, que atingem e desagregam as rochas areníticas. Tais fenômenos são dedifícil controle e recuperação, promovendo a degradação e perda de produtividade dos solos eassoreamento dos rios. Para as zonas de riscos da região do Arenito Caiuá devem ser observadasminimamente as seguintes recomendações para uso e ocupação dos solos:

¾ Nas áreas afetadas por ravinas e voçorocas; deslizamentos ativos; solifluxão evidente;afloramento de lençol freático; desbarrancamento de margens de ribeirões e córregos;várzeas e fundos de vales sujeitos a assoreamento, os processos ativos devem ser corrigidose contidos através de obras específicas, quando necessário, e do controle da drenagemsuperficial e subterrânea, e reflorestamento das áreas marginais para evitar a evoluçãoremontante dos processos erosivos.

¾ Nas áreas de instabilidade potencial que são: áreas periféricas às voçorocas (que serãoafetadas pelo processo de erosão remontante e de alargamento); áreas com indícios dedeslizamentos; vertentes de declividades fortes; zonas de ruptura côncava com lençolhidromórfico próximo da superfície, cabeceiras de drenagem, nichos de nascentes; todas asconstruções, implantações agropecuárias, que tendem a modificar o equilíbrio precário dos

Page 58: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

58

solos, principalmente sobre os de textura areia na baixa vertente e próximo aos nichos denascentes, devem ser evitados.

¾ Nas cabeceiras de drenagem a concentração de águas pluviais em superfície e subsuperfíciedeve ser controlada para evitar a instalação de processos erosivos (ravinas, voçorocas,deslizamentos, abatimentos) que põem em risco todo o tipo de ocupação. São áreasindicadas para preservação, reflorestamento e lazer.

¾ Em zonas de estabilidade precária como: áreas de colos e vales em berço com solos detextura mais arenosa que os circundantes; zonas de declividades médias a fracas; áreasperiféricas às zonas de instabilidade potencial podendo ser afetadas pelos processosinstalados nessas (deslizamentos, abatimentos); são áreas que podem concentrar águas emsuperfície e desencadear processos de ravinamentos. Estas áreas são mais adequadas que asprecedentes para ocupação desde que sejam tomadas medidas para o controle do escoamentodas águas superficiais, evitando a sua concentração (a principal causadora dosravinamentos).

¾ As zonas consideradas estáveis correspondem as áreas de topo dos interflúvios e setores dealta vertente com fracas declividades são as mais favoráveis à ocupação pelas condiçõestopográficas, contudo, dada a grande susceptibilidade erosiva dos solos, também devem sertomados os cuidados necessários para o controle do escoamento superficial.

Os sedimentos fluviais estão amplamente distribuídos na Meso Região Noroeste,depositados nas planícies aluviais dos principais rios. Constituem depósitos lenticulares de areia,cascalho e argilas maciças, inconsolidados, que apresentam o índice máximo (3,0) da escala devulnerabilidade à denudação. As areias desagregadas e carreadas para o rio Paraná são exploradascomo matéria prima para a construção civil. Os depósitos de sedimentos finos que ocorrem nasmargens dos grandes rios, fornecem a argila, principal matéria prima utilizada pela indústria decerâmica e tijolos, destacado-se os municípios de Icaraíma, Japurá, Paraíso do Norte, São Carlos doIvaí, entre outros.

Page 59: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

59

Foto 19 – Aspecto das rochas da Formação Caiuá na meso-região Noroeste doEstado do Paraná (Gasparetto e Souza, 2003)

Foto 20 - Vossoroca em desenvolvimento na Meso Região Noroeste do Paraná(Nóbrega et al, 2003)

Page 60: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

60

Page 61: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

61

Page 62: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

62

6 – Referências Bibliográficas

ANDRADE e SILVA, A. C. G. de Controles Geológicos nos depósitos de barita da região do Tigre,Vale do Ribeira, PR. SBG, São Paulo, III Simpósio Sul-Brasileiro de Geologia, 1981, v. 1:36-41.

ANGULO, R. J.(1992) Geologia da Planície Costeira do Estado do Paraná. Instituto de Geociências,Universidade de São Paulo, São Paulo, Tese de Doutoramento, 334 p.

ANGULO, R. J. (1999) Morphological characterization of the tidal deltas on the coast of the Stateof Paraná. Anais Academia Brasileira de Ciências. São Paulo 71 (4-II):935-959.

ANGULO, R. J. (2000) O Cenozóico do litoral do Estado do Paraná. Curitiba, Laboratório deEstudos Costeiros, Departamento de Geologia, UFPR.

ÂNGULO, R. J., SOARES, C. R., MARONE, E., SOUZA, M. C. de, ODRESKI, L. L. R., eNOERNBERG, M. A.(s.d.) Resumo de capítulo do Atlas de Erosão Costeira (nãopublicado), internet: http://200.17.232.197/milenio/MMEOC1/GeolOcPR.htm acesso em21/06/05

ARIOLI, E. E. e DUSZCZAK, S. C. Reconhecimento geológico e avaliação de potencialidade dasocorrências minerais da Serra da Prata – Guaratuba, PR. Curitiba, MINEROPAR, 1980,documento interno.

ARIOLI, E. E. e FALCADE, D. Projeto Ferro: Relatório Final da Primeira Fase. Curitiba,MINEROPAR, 1989, documento interno.

BASEI, M. A. S.; SIGA Jr., O e KAWASHITA, K. A. K – Ar profile througt the Joinville Massifand Dom Feliciano Belt, Southern Brazil – tectonic implications. In: INTERNATIONALCONFERENCE ON GEOCHRONOLOGY AND ISOTOPE GEOLOGY, 7, Canberra.Abstracts. Canberra, Australia, 1990, v.27, p.8.

BIGARELLA, J. J.; SALAMUNI, R. e MARQUES F°, P. L. Ocorrência de depósitos sedimentarescontinentais no litoral do estado do Paraná (Formação Alexandra). IBPT, Notas Prelim. Est.,1959, 1, Curitiba.

BIGARELLA, J. J.; MARQUES F°, P. L. e AB’SABER, A. N. Ocorrências de pedimentosremanescentes nas fraldas da Serra do Iquererim (Garuva, SC). Bol.Paran. Geogr., 1961, 4 e5: 82-93.

CAVA, L. T. e FALCADE, D. Projeto Fosforita, Área Campo Magro – Marmeleiro: Relatório deEtapa. MINEROPAR, 1986, documento interno.

CORDANI, U. G. e GIRARDI, V. A V. Geologia da Folha de Morretes. Boletim da UniversidadeFederal do Paraná, Geologia, 1967, 26: 40p.

CREPANI, E.; MEDEIROS, J. S. de; HERNANDEZ F°, P. FLORENZANO, T. G.; DUARTE, V.;e BARBOSA, C. C. F. Sensoriamento remoto e geoprocessamento aplicados ao zoneamentoecológico – econômico e ao ordenamento territorial. Ministério da Ciência e TecnologiaInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Apostila (INPE-8454-RPQ/722). São José dosCampos SP, 2001.

DIAS, M. V. F. Relatório de Etapa do Prospecto São Silvestre: Cheque de anomalias ArroioBelisário, Arroio Bela Vista, Arroio das Pedras e Pavãozinho. Cuirtiba, MINEROPAR,1984, documento interno.

Page 63: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

63

FALCADE, D. Geologia e Potencial Econômico da área Capivari – Pardo. Curitiba, MINEROPAR,1982, documento interno.

FERNANDES, L. A. e COIMBRA, A. M. O Grupo Caiuá (Ks): revisão estratigráfica e contextodeposicional. São Paulo, SBG, Revista Brás. Geoc., v.22 (3): 164-176, setembro de 1994.

FRITZSONS Jr., º Geologia e prospecção mineral na região do rio Serra Negra. Curitiba,MINEROPAR, 1980, documento interno.

FUCK, R. A.; MARINI, O. J. e TREIN, E. Contribuição ao estudo das rochas graníticas do Estadodo Paraná, In: Geologia do Pré-Devoniano e Intrusivas Subseqüentes da Porção Oriental doEstado do Paraná. Curitiba, Bol. Par. Geoc., 1967, n. 23-25, p. 182-220.

FUCK, R. A.; TREIN, E. e MARINI, O. J. Geologia e petrografia dos migmatitos do Paraná. In:Geologia do Pré-Devoniano e Intrusivas Subseqüentes da Porção Oriental do Estado doParaná. Curitiba, Bol. Par. Geoc., 1967, n. 23-25, p. 5 - 42.

GASPARETTO, N. V. L. e SOUZA, M. L. de. Contexto geológico-geotécnico da Formação Caiuáno Terceiro Planalto Paranaense – PR. ENGEOPAR 2003 – I Encontro Geotécnico doTerceiro Planalto Paranaense – Maringá, PR – UEM, Anais.

GIRARDI, V. A. V. Petrologia do Complexo Básico Ultrabásico de Piên – PR. São Paulo, 1969,131p. (Tese de Doutorado apresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de SãoPaulo).

GÓIS, J. R. Contribuição à petrografia e geoquímica da parte setentrional do complexo vulcano-plutônico Morro Redondo, divisa Paraná com Santa Catarina. São Paulo: USP / Instituto deGeociências / Programa de Pós-graduação em Geoquímica e Geotectônica. 1995, 86p.,Dissertação de Mestrado.

LOPES, O. Zoneamento metamórfico da Formação Rio das Cobras do Pré-Cambriano no Estado doParaná. In: SIMPÓSIO SUL-BRASILEIRO DE GEOLOGIA. 3, v. 2: 491-496. 1987,Curitiba.

MAACK, R. Sobre a ocorrência de granitos alcalinos no Estado do Paraná e sua posição dentro dasfases orogenéticas algonquianas. Boletim da Universidade Federal do Paraná, geologia,1961, 4: 52p.

MACHIAVELLI, A. Os granitóides deformados da região de Piên (PR): Um provável arcomagmático do Proterozóico Superior. São Paulo, 1991, 89p. (Dissertação de Mestradoapresentada ao Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo).

MARTINI, S. L. Reconhecimento do bordo sudeste do granodiorito São Sebastião. Curitiba,MINEROPAR, 1981, documento interno.

MINEROPAR. Minerais do Paraná S.A. Atlas geológico do Estado do Paraná, Curitiba, 2001.

NÓBREGA, M. T. de; GASPARETTO, N. V. L. e NAKASHIMA P. Mapeamento de zonas deriscos à erosão de Cidade Gaúcha-PR. ENGEOPAR 2003 – I Encontro Geotécnico doTerceiro Planalto Paranaense – Maringá, PR – UEM, Anais.

PIRES NETO, A. Diagnóstico ambiental da Amazônia Legal – nota técnica, 1993.

PONTES, J. B. e SALAZAR Jr, O. Geologia e potencialidades econômicas da região de SãoSilvestre. Curitiba, MINEROPAR, 1982, documento interno.

RIBAS, S. M.; DAVID, C. A. S.; BRANDÃO, W. e VALASKI, Z. E. de. Avaliação metalogenéticado Distrito Mineiro do Talco no Estado do Paraná. MINEROPAR, Convênio DNPM,Curitiba, 1999.

Page 64: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

64

SALAMUNI, R. e BIGARELLA, J. J. Sumário das estruturas sedimentares singenéticas no GrupoAçungui. Boletim Paranaense de Geociências, Curitiba, UFPR, 1967, n.23-35: 151-181.

SALAZAR Jr., O. e OLIVEIRA, L. M. de. Projeto Metais Preciosos: 1988

SIGA Jr., O. Domínios tectônicos do sudeste do Paraná e nordeste de Santa Catarina.Geocronologia e evolução crustal. São Paulo: USP/ instituto de Geociências/ Programa dePós-Graduação em Geoquímica e Geotectônica. 1995. 212p. Tese de Doutoramento.

SIGA Jr., O.; BASEI, M. A. S. e MACHIAVELLI, A. Evolução Geotectônica do Maciço deJoinville, PR e SC. Jornadas Científicas do Instituto de Geociências – USP, Boletimespecial, 1990, 116-118.

SILVA, D. C. da Projeto Barra do Itapirapuã: Relatório de pesquisa. Curitiba, MINEROPAR, 1984,documento interno.

SILVA, A.T.S.F. da e ALGARTE, J. P. Contribuição à geologia da seqüência Turvo-Cajati entre oRio Pardo e Pariquera-Açu, Estado de São Paulo. In: SIMPÓSIO REGIONAL DEGEOLOGIA, 3, Curitiba, 1981, 109-120.

SILVA, D. C. da; FELIPE, R. da S. e PONTES, J. B. Notas sobre as ocorrências de fluorita do Valedo Ribeira, PR. In: III Simpósio Sul-Brasieliro de Geologia. SBG, Curitiba, 1981, v. 1: 21-34.

TREIN, E.; REIS NETO, J. M.; BIONDI, J. C. e MONASTIER, M. Revisão da Formação Itaiacoca:identificação de uma seqüência vulcano-sedimentar em Apapã (PR). São Paulo, SimpósioRegional de Geologia, 5, 1985, v. 1, p. 169-185.

YSHIBA, J. K. Modelos de desempenho de pavimentos da região de basalto do Paraná. I EncontroGeotécnico do Terceiro Planalto Paranaense – ENGEOPAR, 2003. UEM, Maringá, Anais.

Page 65: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

ANEXOS

- MAPA GEOLÓGICO DO PARANÁ

- VULNERABILIDADE À DENUDAÇÃO DAS ROCHAS DO PARANÁ

- TABELA – DISTRIBUIÇÃO DOS MUNICÍPIOS PARANAENSES PORMESO-REGIÕES DEFINIDAS PELO IBGE

Page 66: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de
Page 67: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de
Page 68: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de
Page 69: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

Tabelas – Distribuição dos municípios paranaenses por Meso-regiões definidas pelo IBGE

MetropolitanaAdrianópolisAgudos do SulAlmirante TamandaréAntoninaAraucáriaBalsa NovaBocaiúva do SulCampina Grande do SulCampo do TenenteCampo LargoCampo MagroCêrro AzulColomboContendaCuritibaDoutor UlyssesFazenda Rio GrandeGuaraqueçabaGuaratubaItaperuçuLapaMandiritubaMatinhosMorretesParanaguáPiênPinhaisPiraquaraPontal do ParanáPorto AmazonasQuatro BarrasQuitandinhaRio Branco do SulRio NegroSão José dos PinhaisTijucas do SulTunas do Paraná

Centro-OrientalArapotiCarambeíCastroImbaú·JaguariaívaOrtigueiraPalmeiraPiraí do SulPonta GrossaReservaSengésTelêmaco BorbaTibagiVentania

SudesteAntonio OlintoBiturunaCruz MachadoFernandes PinheiroGeneral CarneiroGuamirangaImbituvaIpirangaIratiIvaíMalletPaula FreitasPaulo FrontinPorto VitóriaPrudentópolisRebouçasRio AzulSão João do TriunfoSão Mateus do SulTeixeira SoaresUnião da Vitória

Norte CentralAlvorada do SulÂnguloApucaranaArapongasArapuãAriranha do IvaíAstorgaAtalaiaBela Vista do ParaísoBom SucessoBorrazópolisCafearaCalifórniaCambéCambiraCândido de AbreuCentenário do SulColoradoCruzmaltinaDoutor CamargoFaxinalFloraíFlorestaFlorestópolisFlóridaGodoy MoreiraGrandes RiosGuaraciIbiporãIguaraçuItaguajéItambéIvaiporã

Norte Central (cont.)

IvatubaJaguapitãJandaia do SulJardim AlegreKaloréLidianópolisLobatoLondrinaLunardelliLupionópolisMandaguaçuMandaguariManoel RibasMarialvaMarilândia do SulMaringáMarumbiMauá da SerraMiraselvaMunhoz de MelloNossa Senhora dasGraçasNova EsperançaNova TebasNovo ItacolomiOurizonaPaiçanduPitangueirasPorecatuPrado FerreiraPresidente CasteloBrancoPrimeiro de MaioRio BomRio Branco do IvaíRolândiaRosário do IvaíSabáudiaSanta FéSanta InêsSanto InácioSão João do IvaíSão Jorge do IvaíSão Pedro do IvaíSarandiSertanópolisTamaranaUniflor

Norte PioneiroAbatiaAndiráAssaiBandeirantesBarra do JacaréCambaráCarlópolisCongonhinhasConselheiro MairinckCornélio ProcópioCuriúvaFigueiraGuapiramaIbaitiItambaracáJabotiJacarezinhoJapiraJataizinhoJoaquim TávoraJundiaí do SulLeópolisNova América da ColinaNova FátimaNova Santa BárbaraPinhalãoQuatiguáRancho AlegreRibeirão ClaroRibeirão do PinhalSalto do ItararéSanta AméliaSanta Cecília do PavãoSanta MarianaSantana do ItararéSanto Antonio da PlatinaSanto Antonio do ParaísoSão Jerônimo da SerraSão José da Boa VistaSão Sebastião daAmoreiraSapopemaSertanejaSiqueira CamposTomazinaUraíWenceslau Braz

Page 70: potencialidades fragilidades rochas - rionegro.pr.gov.brrionegro.pr.gov.br/sama/ANEXOS/Componente SOLOS/Material de... · especializado que estuda os solos e as rochas para fins de

Centro-SulBoa Ventura de SãoRoqueCampina do SimãoCandóiCantagaloClevelândiaCoronel DomingosSoaresEspigão Alto do IguaçuFoz do JordãoGoioximGuarapuavaHonório SerpaInácio MartinsLaranjalLaranjeiras do SulMangueirinhaMarquinhoMato RicoNova LaranjeirasPalmasPalmitalPinhãoPitangaPorto BarreiroQuedas do IguaçuReserva do IguaçuRio Bonito do IguaçuSanta Maria do OesteTurvoVirmond

Centro-Ocidental4° CentenárioAltamira do ParanáArarunaBarbosa FerrazBoa esperançaCampina da LagoaCampo MourãoCorumbataí do SulEngenheiro BeltrãoFarolFênixGoioerêIretamaJaniópolisJurandaLuizianaMamborêMoreira SalesNova CantuPeabiruQuinta do SolRancho Alegre D'OesteRoncadorTerra BoaUbiratã

OesteAnahyAssis ChateaubriandBoa Vista da AparecidaBraganeyCafelândiaCampo BonitoCapitão Leônidas MarquesCascavelCatanduvasCéu AzulCorbéliaDiamante do SulDiamante D'OesteEntre Rios do OesteFormosa do OesteFoz do IguaçuGuaíraGuaraniaçuIbemaIguatuIracema do OesteItaipulândiaJesuítasLindoesteMarechal Cândido RondonMaripáMatelândiaMedianeiraMercedesMissalNova AuroraNova Santa RosaOuro Verde do OestePalotinaPato BragadoQuatro PontesRamilândiaSanta HelenaSanta LúciaSanta Tereza do OesteSanta Terezinha de ItaipuSão José das PalmeirasSão Miguel do IguaçuSão Pedro do IguaçuSerranópolis do IguaçuTerra RoxaToledoTrês Barras do ParanáTupãssiVera Cruz do Oeste

SudoesteAmpéreBarracãoBela Vista da CarobaBoa Esperança do IguaçuBom Jesus do SulBom Sucesso do SulCapanemaChopinzinhoCoronel VividaCruzeiro do IguaçuDois VizinhosEnéas MarquesFlor da Serra do SulFrancisco BeltrãoItapejara D'OesteManfrinópolisMariópolisMarmeleiroNova Esperança doSudoesteNova Prata do IguaçuPato BrancoPérola D'OestePinhal de São BentoPlanaltoPranchitaRealezaRenascençaSalgado FilhoSalto do LontraSanta Izabel do OesteSanto Antônio doSudoesteSão JoãoSão Jorge D'OesteSaudade do IguaçuSulinaVerêVitorino

NoroesteAlto ParanáAlto PiquiriAltôniaAmaporãBrasilândia do SulCafezal do SulCianorteCidade GaúchaCruzeiro do OesteCruzeiro do SulDiamante do NorteDouradinaEsperança NovaFrancisco AlvesGuairaçáGuaporemaIcaraímaInajáIndianópolisIporãItaúna do SulIvatéJapuráJardim OlindaJussaraLoandaMaria HelenaMarilenaMariluzMiradorNova Aliança do IvaíNova LondrinaNova OlímpiaParaíso do NorteParanacityParanapoemaParanavaíPerobalPérolaPlanaltina do ParanáPorto RicoQuerência do NorteRondonSanta Cruz do MonteCasteloSanta Isabel do IvaíSanta MônicaSanto Antonio do CaiuáSão Carlos do IvaíSão João do CaiuáSão Jorge do PatrocínioSão Manoel do ParanáSão Pedro do ParanáSão ToméTamboaraTapejaraTapiraTerra RicaTuneiras do OesteUmuaramaVila AltaXambrê