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+ PESQUISAR · SAVE · PRINT · SAIR 7.jun.2016 N.676 www.aese.pt NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO Segregação social: da casa à escola Caráter multidimensional e acumulativo da pobreza AGENDA Novo projeto europeu a favor de mãe, pai e filhos Sessões inspiradoras em New York Ser pensionista, um salva- -vidas durante a crise A ‘tolerância zero’ não foi implantada na ONU Executive & Coach Lisboa, 22 e 23 de junho de 2016 O que fazem os bons diretivos Lisboa, 16 de junho de 2016 Sustentabilidade: novos desafios empresariais Passagem de PME a grande empresa Porto, 21 de junho de 2016 Iniciativas para aumentar a capacidade de escolha A necessidade de informar Shaping Statistic Intuition Lisboa, 20 e 27 de junho de 2016 O Poder das Políticas de Saúde Lisboa, 21 de junho de 2016 Transparência e ética, na hora de fazer lobby “La autonomía de la escuela pública” Negociar bem, negociar melhor Lisboa, 27, 28 e 29 de junho de 2016 Media “Estamos a caminhar para o abismo” Visita do PADIS à Clínica Universidad de Navarra AESE fora de portas Da retenção à fidelização do talento Liderar na (in)Certeza

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NOTÍCIAS

7.jun.2016N.676

www.aese.pt

NOTÍCIAS · AGENDA · OPINIÃO · PANORAMA · DOCUMENTAÇÃO

NOTÍCIAS PANORAMA DOCUMENTAÇÃO

Segregação social: da casa à escolaCaráter multidimensional

e acumulativo da pobreza

AGENDA

Novo projeto europeu a favor de mãe, pai e filhos

Sessões inspiradoras em New York

Ser pensionista, um salva--vidas durante a crise

A ‘tolerância zero’ não foi implantada na ONU

Executive & CoachLisboa, 22 e 23 de junho de 2016

O que fazem os bons diretivosLisboa, 16 de junho de 2016

Sustentabilidade: novos desafios empresariais

Passagem de PME a grande empresa Porto, 21 de junho de 2016

Iniciativas para aumentar a capacidade de escolhaA necessidade de informar

Shaping Statistic IntuitionLisboa, 20 e 27 de junho de 2016

O Poder das Políticas de SaúdeLisboa, 21 de junho de 2016

Transparência e ética, na hora de fazer lobby

“La autonomía de la escuela pública” Negociar bem, negociar

melhorLisboa, 27, 28 e 29 de junho de 2016

Media

“Estamos a caminhar para o abismo”

Visita do PADIS à Clínica Universidad de Navarra

AESE fora de portas

Da retenção à fidelização do talento

Liderar na (in)Certeza

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A capacidade de influenciar asagendas e as tomadas de decisãoé uma atividade legitimada nospaíses desenvolvidos, onde atransparência e a ética visam pôrcobro a situações suspeitas ou decorrupção.

Yolanda Róman (YR), Public AffairsDirector da Atrevia, explicou aosAlumni AESE o que é a DiplomaciaCorporativa e como colocá-la emprática. A sessão realizou-se a 17de maio de 2016, em Lisboa.

Como é vista atualmente aCorporate Diplomacy, o Lobby eos Public Affairs, em Portugal?YR: Em Portugal, estes temasestão num momento de revisão ede repensar o modo de funcio-namento. O lobby existe emPortugal como nos restantes paísesdesenvolvidos e há muito tempoque se pratica. Tal como emPortugal, em Espanha e noutros

países, há um esforço para regulara profissão do lobby e, nessesentido, as iniciativas tomadasdemonstram que há um debate,cada vez mais profissionalizado emais normalizado, sem levantarsuspeitas ou desconfianças porparte da opinião pública. EmPortugal, vive-se um momento sãonesta área.

Quais são os fatores maisimportantes que devem orientara Diplomacia Corporativa?YR: A Diplomacia Corporativa é oestádio mais sofisticado do lobby.Gosto de dizer que há um trajetoque as empresas fazem desde olobby, passando pelos assuntospúblicos, até à diplomaciacorporativa. Esta última é o estádiomais avançado e sofisticado dagestão da influência.

Um fator determinante na gestãoda influência é a informação e a

análise. Ou seja, conhecer eentender bem os contextos em que

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Transparência e ética, na hora de fazer lobby

Lisboa, 17 de maio de 2016Sessão de continuidade com Yolanda Román, da Atrevia

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se opera, as regras que norteiamesse trabalho de influência e asinstituições nas quais se pretendeintervir. Portanto, o primeiro fatorchave é conhecer, entender, comanálise, com intelligence.

A segunda é comunicar. Mascomunicar de um novo modo. Jánão vale falar com o decisor políticocomo se fazia há alguns anos.Devem procurar-se espaços decomunicação e de relação maisamplos que permitam trabalhar.

A terceira ideia a ter em con-sideração são as alianças. Hojenão se pode influenciar a sós. Épreciso agir com aliados, compartners, que se juntem aos nossosesforços e à nossa visão, paratermos impacto.

Quais são os setores que têmadotado boas práticas de diplo-macia corporativa?YR: A diplomacia corporativapratica-se, sobretudo, num modomuito profissional e desenvolvidonas multinacionais, pois estãoacostumadas a fazer esse esforço

de conhecer os meios para ospoder influenciar. O setor dastecnologias, nos últimos anos, en-tendeu bem como fazer diplomaciacorporativa, numa maneira sofis-ticada, ouvindo e não apenaspressionando. O setor da energiapenso que também se atualizou,apostando num tipo de gestão deinfluência mais atual e maisprofissional.

Como podem os políticos e osagentes económicos em Por-tugal fazer da gestão de in-fluência um aliado nas suasrespetivas funções?YR: Sejam empresários, sejampolíticos, é muito importante saberinfluenciar, porque vivemos um mo-mento em que a defesa dosinteresses privados é muito ques-tionada, gera suspeitas, e consi-dero que tanto o decisor políticocomo os atores económicos deprimeiro nível que são fundamen-tais para gerar emprego, para gerarriqueza, têm de lançar umamensagem muito clara, de que élegítimo influir, de maneira transpa-rente e ética.

Os esforços de regulação paraassegurar e lançar uma mensagemà opinião pública de que as coisasse fazem bem nesse sentido vãoser fundamentais.

A conferência foi seguida por umperíodo de perguntas e respostas,e troca de experiências entre osAlumni da AESE.

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As empresas veem-se hoje abraços com novos desafios desustentabilidade, para os quais aCarta Encíclica “Laudato si”, doPapa Francisco, oferece orien-tações para a definição de umplano de ação.

A este propósito, a AESE organizouuma sessão de continuidade paraos seus Alumni, no dia 11 de maiode 2016, em Lisboa, tendo porconvidados empresários que aten-tam à questão da sustentabilidadena gestão das suas atividades.

Este encontro reflete, como referiua Prof. Maria de Fátima Carioca,Dean da Escola, “a missão daAESE, mudando positivamente avida das pessoas e consequen-temente o mundo.

As decisões nas empresas, nasfamílias e nas instituições comquem colaboramos têm impacto. O

Papa Francisco apela paramudanças ecológicas a nívelpessoal, familiar e empresarial. E,neste sentido, desafia-nos asermos parte de um diálogoalargado, num mundo mais justo ehumano. "O nosso é o tempo de ofazer, desbravando caminhos parafazê-lo".

A mensagem da “Laudato si”O Prof. José Ramalho Fontes daAESE fez uma apresentação dasideias chave a destacar da cartaencíclica e que serviram de motepara a explanação do tema durantea sessão.

“À semelhança da encíclica “RerumNovarum” do Papa Leão XIII, em1891, que constituiu a DoutrinaSocial da Igreja, o Papa Franciscoescreve sobre o tema, analisando arealidade dos nossos tempos.”Nessa reflexão, aponta de formacrítica o paradigma vigente

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Sustentabilidade: novos desafios empresariais

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Lisboa, 11 de maio de 2016"Laudato si" e a gestão e direção de empresas

»»Sessão com o Prof. José Ramalho Fontes

Participantes

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(referido por 16 vezes ao longo doseu texto) e a necessidade demodificá-lo.

Com “Laudato si”, o Papa Fran-cisco propõe um novo estilo de vidaem face das formas de poder queadvêm da tecnologia. A propostaconsiste na "doação de si mesmonum compromisso ecológico que sóé possível a partir de virtudessólidas." Estes esforços sãocapazes de "mudar o mundo":"restitui-nos o sentimento da nossadignidade, leva-nos a uma maiorprofundidade existencial, permite--nos experimentar que vale a penaa nossa passagem pelo mundo."

Novos desafios empresariaissustentáveisEduardo Gustale, representante daFundación Paraguaya no ReinoUnido, distinguiu a diferença deatividades com impacte social,como são o caso de: empre-endedorismo social, de socialBusiness, social enterprise,inovação social e Empresa B2BCorporate. A sua organização temajudado vendedores informais a

tornarem-se microempreendedores,possibilitando o aumento do retornodo investimento.

Após trabalhar como professor deinglês no Christ’s Hospital e comoministro anglicano em Liverpool, noReino Unido, Peter Harris mudou--se para Portugal (1983) de modo afundar e dirigir o primeiro centro deestudo de campo e observatório deaves de A Rocha. Em 1995,passaram o trabalho para aliderança nacional e mudaram-separa a França, onde, em parceriacom colegas locais, ajudaram aestabelecer dois outros centros,enquanto viajavam para juntarfundos para o movimento crescentede cristãos ativos na preservaçãoda natureza. Desde 2010, PeterHarris vive no Reino Unido e tem--se concentrado em projetos emer-gentes no sudeste asiático e naAmérica do Norte.A missão da Rocha reside nainspiração suscitada pelo “acordoque Deus estabeleceu com a suacriação. A Bíblia fala na renovaçãodesta criação.” Peter Harrisexplicou como conseguem

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Peter Harris (A Rocha)

Eduardo Gustale (Fundación Paraguaya)

Participantes

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reafirmar esse compromisso, mos-trando as inciativas levadas a caboem conjunto com a comunidadepara suprir as suas necessidadessentidas. A Rocha colabora nosterrenos intervencionados, respei-tando a flora e a fauna dos terrenosenvolventes, contribuindo paratorná-los sustentáveis em termosalimentícios e de educação,também ao serviço de outrascomunidades religiosas para alémdas cristãs.

Jyoti Banerjee, partner daFrosenys, a propósito das cidadesinteligentes e sustentáveis, explo-rou o conceito de “integratedreporting”. O sistema capitalistacriou desigualdades signiticativas,especiamente nos últimos 25 anos,com uma transferência crescente(de 10 % para 70 %) da criação deriqueza para o management e paraos stakeholders. O foco no curtoprazo compromete o retorno nolongo prazo, impactando os resul-tados financeiros, ambiental, infra-estrutural ou industrial, humano,social-relacional e intelectual.

O orador comentou ainda aspetos

alusivos à criação da nova cidadeMilton Keines, no Reino Unido, em1967, considerando o efeito socialdas empresas e no ambiente.

Cada vez mais as pessoas estão amigrar para as cidades, é lá que seconsome mais energia e se gastammais recursos. As cidades enfren-tam atualmente desafios que vãodesde as questões climáticas, àsmudanças demográficas, passandopor iniquidade, instabilidade políticae sanitária. Sendo a cidade a“unidade social” com o crescimentomais rápido, como criar valor? JyotiBanerjee falou sobre a integraçãointegral, a integração temporal, amaterialidade, a integração verticale a conectividade, como resposta aeste desafio.

Antes de dar início ao debatealargado com os Alumni da AESEpresentes, Paulo Cremoneze, ad-vogado, evidenciou os conflitosempresariais profundos que mar-caram o que se considera o maiordesastre ecológico do Brasil,apontando vias de resolução. Oorador destacou duas razõespossíveis - a corrupção e falha

humana -, que a seu ver impedemuma tomada de decisão mais efi-ciente, em face dos erros que acon-tecem e que acarretam conse-quências de ordem económica,social e ambiental.

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Jyoti Banerjee (Fronesys)

Paulo Cremoneze

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“Por conta da minha atuação nomercado segurador, acompanho deperto o caso. A minha visão émoderada porque houve, sim, de-sídia operacional e equívoco admi-nistrativo do empresariado, masisso não se confunde com dolo ouvontade de causar o dano. Asquestões ambientais são impor-tantes e devem ser colocadas emprimeira mão, mas não podem serusadas como bandeiras ideo-lógicas, muito menos como entraveàs atividades empresariais. O riscodo negócio é assumido em primeirolugar pelo empreendedor, éverdade, mas num segundo mo-mento, conforme as particu-laridades do caso concreto, podeme devem ser abraçadas por todosos interessados, incluindo asociedade em geral.

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GAIN em terras do OesteOs participantes do 1.º e 2.º GAINencontraram-se na zona Oeste,para visitar as instalações daLUSOPERA e da GRANFER. De-pois de conhecerem as infraes-truturas, seguiu-se uma incursão aalguns pomares pertencentes àsempresas.

Este encontro que contou com apresença do Diretor de Programa, oProf. José Fraústo Ferreira, e dealgumas famílias dos alunos doGAIN, ocorreu no sábado, dia 21

de maio.Depois de um almoço, com muitaconversa e partilha de expe-riências no campo, ficou a vontadede repetir a inciativa.

PDE visita Labelec e RENRui Martins, Diretor de Testes eEnsaios da Labelec, do grupo EDP(59.º PDE), e Pedro Nunes, Gestorde área da mesma empresa (62.ºPDE), foram desafiados peloDiretor de Programa, Luís Lynce deFaria, para organizarem uma visitadestinada aos seus colegas, a fimde dar a conhecer as áreas deimpacto da organização. O encon-tro aconteceu no dia 25 de maio,nas instalações da Labelec, emSacavém.

O grupo foi recebido peloAdministrador Carlos Madeira, queexplicou de que forma a atividadeda empresa está integrada comocentro de excelência no negócio da

EDP, abarcando trabalhos labo-ratoriais, elaboração de estudos eprojetos de consultadoria em maté-ria de energia e tecnologia.

Com cerca de 115 colaboradores, aLabelec realiza testes e ensaios emmaquinaria elétrica, avalia osimpactos da utilização da energiaelétrica no ambiente, certifica einspeciona as operações e qualificaos profissionais no terreno. As par-cerias com universidades, centrosde R & D e outras empresas sãofundamentais para a prestação doseu serviço.

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AESE fora de portas

A 21 e a 25 de maio de 2016Participantes do PDE e GAIN visitam empresas no terreno

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“Os participantes do 25.º PADISforam calorosamente recebidos navisita à Clínica Universidad deNavarra, realizada nos dias 3 e 4de maio de 2016.” Carlos Aguiar,Cardiologista, Assessor Graduadodo Hospital de Santa Cruz eparticipante no Programa de AltaDireção de Instituições de Saúde,conta como foi.

“Ao longo da visita, foram-nosdados a conhecer os valores, osrecursos e os processos que têmpermitido à instituição um desem-penho de excelência, refletido nosseus resultados e no elevado graude satisfação dos utentes e dassuas famílias. Na comunicaçãocom os dirigentes e nas visitas aosserviços e departamentos, transpa-receram, com facilidade, variáveisdiferenciais da organização quejustificam o seu prestígio interna-cional: modelos de prestação decuidados de saúde que seguem os

mais elevados padrões de quali-dade; pioneirismo na imple-mentação de novos procedimentosdiagnósticos e terapêuticos; inves-timento nas mais avançadas tecno-logias de ponta para ofereceropções alternativas ao doente;aposta forte na investigação clínicaaplicada e na formação dosprofissionais como motores para amelhoria dos resultados clínicos; apromessa de um diagnóstico etratamento rápidos; e apreocupação com o humanismodos cuidados e o conforto dodoente. Nas visitas aos serviçosnão clínicos, call center, cozinha,lavandaria, etc.- pudemos teste-munhar como o sucesso dainstituição depende do compro-misso com os objetivos e a missãoassumido por todos os seusmembros, sem exceção.

A visita à Clínica Universidade deNavarra constituiu ainda uma ex-celente oportunidade para o conví-

vio entre os participantes do 25.ºPADIS, permitindo que se conhe-cessem melhor e construindo osalicerces da amizade que continua-rá a crescer para além da períododa nossa formação.

Estou grato à AESE por me terproporcionado esta experiência a-gradável e inspiradora.”

Ana Paula Sousa, Diretora doDepartamento de Gestão de Recur-sos Humanos do INEM, tambémcomentou que “surpreendeu-me

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Visita do PADIS à Clínica Universidad de Navarra

Pamplona, 3 e 4 de maio de 2016Semana internacional

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constatar que a Cultura Organi-zacional direcionada para a satis-fação das necessidades do utenteé assumida e implementada portodos os que nela trabalham, ondeo envolvimento num projeto ganhamaior importância do que aretribuição monetária.

Foram três dias, em que tivemos osdirigentes da Clínica Universidadde Navarra disponíveis e preocupa-dos em nos darem a conhecer ofuncionamento da Clínica.”A visita à CUN é uma iniciativa quejá vem sendo tradicional no PADISda AESE, por se tratar de umainstituição de saúde de referência anível internacional, pela excelênciatécnica e pela natureza humanistado serviço prestado.

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O 14.º Executive MBA AESE esteveno IESE New York, de 25 a 28 deabril.

A semana internacional intensivainiciou-se com a receção feita peloProf. Luís Cabral, seguida dassessões com o Prof. Josep Valor,sobre Digital Transformation esobre a compreensão dos consu-midores digitais.

Os trabalhos prosseguiram sobretemas relacionados com inovação eempreendedorismo, sob a condu-ção dos Prof. Felix Cardenas eThomas Wedell Wedellsborg. OProf. Luís Cabral explorou o mundodos Media, de acordo com as ten-dências vividas no setor, a criaçãoe a distribuição de valor em áreascomo as do entretenimento. Coubea Michelle Greenwald desenvolveros desafios das Redes sociais, o e--commerce, táticas e estratégias. OProf. David Rogers acompanhou os

participantes no último dia,orientando as conferências coló-quio sobre “Big Data and the Emer-ging Digital Future”, de acordo commodelos de negócios disruptivos.

Victor Gomes da Silva, ChannelManager dos Credit Cards doBarclays Bank, conta como foi asua experiência:

“O final do mês de abril foi umpouco diferente para os alunos do14.º Executive MBA AESE/IESE.Estivemos em NY numa semanaintensa de aulas. Houve ainda umpouco de tempo para o convívio edescontração, numa cidade quesupera as expectativas daquelesque a visitam pela primeira vez eque não desilude quem já aconhece. Existem sempre coisasnovas a descobrir. O ambiente dacidade surpreende e é estra-nhamente familiar ao mesmotempo.

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Sessões inspiradoras em New York

New York, 25 a 28 de abril de 2016Semana Internacional do Executive MBA AESE

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Durante a semana, assistimos asessões inspiradoras sobre temascomo a inovação e a importânciadas plataformas enquanto modelode negócio. Sem dúvida, temosagora uma nova visão sobre estasmatérias. A configuração dasemana, permite uma interaçãoconstante entre os colegas, o quefoi, na minha opinião, a parte maisenriquecedora, pois houve espaçopara estreitar relações e conhecermelhor alguns colegas com quemtinha tido menos contacto.

A semana foi ainda um períodomuito interessante, pois permitiu,desligar um pouco do “dia a dia” ededicar tempo a refletir sobre opercurso percorrido até então. Diriamesmo, que esta é uma semananecessária, pois marca a transiçãopara a reta final do nossoprograma. Foi um momento, ondepudemos partilhar entre nós,pensamentos sobre o futuro. Forammuitas as conversas que tive oumesmo assisti sobre, “o que vaisfazer depois do MBA”. Destasconversas saíram muitas ideias,sonhos e, mesmo, algumasincertezas. Contudo ficou claro que

o caminho até aqui valeu a pena eque esta partilha não deve parar.Infelizmente não me recordo quemde nós se saiu com esta, mas fica afrase que pode resumir a semana:“Cheira a NY, já cheira ao fim doMBA!””

“A semana ultrapassou claramenteas expectativas” de Ana Oliveira,HR Generalist da Janssen Cilag. “Avisão de futuro que nos foi dada,faz com que encaremos a

nossa vida profissional com umaperspetiva diferente. É necessáriooperar uma verdadeira transforma-ção digital nos negócios, desde osmais complexos aos mais simples,passando pelas pequenas empre-sas até às multinacionais.Estamos na era de que nunca aafirmação de Darwin foi tão verda-deira, “Não é o mais forte que so-brevive…”O corpo docente foi-nos passandoum manancial de informação

12 CAESE junho 2016

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14.º Executive MBA AESE/IESE, no IESE, em New York

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qualitativa e extremamente rica quenos vai ajudar com toda a certeza aser drivers desta transformaçãodigital necessária e crucial para osucesso futuro, quer das empresas,quer de nós como profissionais.Foi sem dúvida uma semana deexperienciação, aprendizagem,transformação e desenvolvimentoenquanto profissionais e indivíduosnum mundo em transformação ace-lerada e constante.

Muito obrigada por esta expe-riência!

13 CAESE junho 2016

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André Coutinho, com o diploma de participação na semana internacional.

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O Instituto Empresa y Humanismoorganizou uma Semana deAtualização, no dia 2 de maio, emPamplona.

Ricardo Martí Fluxá, Presidente daIndustria de Turbo Propulsores(ITP), uma das cem maiores em-presas a nível mundial na in-dústriaaeroespacial, explicou numa confe-rência dada na Semana deAtualização organizada pelo Insti-tuto Empresa y Humanismo porque razão considera o afeto àempresa um fator crucial para aretenção do talento.

Viver num tempo em que osproblemas proliferam (ondasmigratórias, ameaças terroristas,…) e em que a sociedade passapor transformações profundas (oque significa que as sentimos, masdificilmente nos colocamos a umadistância que permita compreendê--las) pode levar a que não demos

suficiente atenção àquelasquestões que são essenciais paraseguir em frente. Como a tripulaçãode um avião que no meio datempestade se dedicasse apenas aevitar a queda, desistindo deprocurar manter uma rota.

Por que se tem tanta dificuldadeem reter o talento nas empresas?Para entender a relevância destaquestão, basta considerar que, deacordo com o Global RiskManagement Survey, entre 2009 e2015, a “Falha em atrair ou retertalento de topo” passou de 10.ºpara 5.º principal risco identificadoa nível global.

Martí Fluxá assinala a desconfiançamútua como o grande obstáculo e acriação de uma cultura de orgulho epertença – o afeto à empresa –como caminho de solução. Eaponta a ITP como o “laboratório”que lhe permite falar com base em

experiências reais. Numa empresaem que mais de 1000 dos cerca de3000 colaboradores são enge-nheiros, sabe que o talento se retri-bui com tangíveis (remuneração,…), mas que se retém e fidelizacom intangíveis, entre os quaisdestaca a sensação de pertença.

14 CAESE junho 2016

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Da retenção à fidelização do talento

Pamplona, 2 de maio de 2016A AESE marcou presença com a Prof. Ana Machado

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A incerteza que caracteriza omundo atual constitui um desafiona gestão e na direção de orga-nizações.

Para o Encontro dos Alumni daAESE, que terá lugar em Lisboa,foram convidados especialistas devárias áreas de negócio paradebaterem entre líderes e exe-cutivos, os desafios e as oportuni-dades que o mercado apresenta naatualidade.

Que causas podem ser apontadascomo fundamentais para a incer-teza, em que áreas se situam,como afetam e desafiam os dirigen-tes e as organizações? São osguiões de reflexão das persona-lidades económicas, sociais e políti-cas convidadas para palestrantes,cuja visão realista e positiva, visamchamar à atenção para a respon-sabilidade global pelas organiza-ções e apontar soluções criativas esustentáveis.

Um dos painéis de oradores,subordinado ao tema “Olhar para aincerteza”, conta com JorgeMoreira da Silva, que abordará amatéria sob o ponto de vista dasalterações climáticas. Inês Cal-deira, Diretora da L'Óreal Portugal,debruçar-se-á sobre gestão daspessoas, o principal ativo dasorganizações.

Conheça mais pormenores sobre oprograma que o Agrupamento deAlumni preparou para a sua redede antigos alunos.

Increva-se aqui15 CAESE junho 2016

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Liderar na (in)Certeza

Lisboa, 8 de julho de 2016Encontro Alumni AESE

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Estaremos a caminhar para o abismo?

À nossa volta vemos factos eintuímos tendências que nos levama concluir que ‘as coisas’ vão demal a pior e que nunca ‘o mundo’esteve assim. Por exemplo:- Os mortos e os estropiadosprovocados pelos homens-bomba,suicidas, em cidades ultra seguras– como Londres, Paris, Bruxelas,Madrid, Mumbai, Jerusalém,Jacarta, Nova Iorque, etc. –,lançam pânico na população,semeando insegurança;- Há trabalho infantil, a modo deescravatura; há crianças achafurdar no lixo, para tirar daí oseu sustento. Muitas, ainda, sãoobrigadas a pegar em armas, numaviolência que arrepia. Tudo isto empleno século XXI!- Um grupinho de multimilionários,vai enriquecendo mais e mais,destacando-se do grosso dapopulação. Em janeiro de 2015, aOxfam previa que 1 % apenas dos

mais ricos possuirão mais demetade da riqueza do mundo, em2016;- O Ocidente ‘rico’ já não criatrabalho para os seus cidadãos;muitos vivem de subsídios. Osprodutos que antes fabricava eexportava, hoje são importados evendidos por uma fração do preçoantigo;- O consumo de drogas vai emaumento, bem como o seu tráfico.E as cidades, ainda que limpas econvidativas, estão desertas apartir de certas horas, e os assaltosmetem medo.

Que aconteceu? Fomospresenciando um longo desfile deegoísmos, com total desprezo dooutro, enquanto a força das armaso permitia:- Veio a colonização, com o

extermínio de muitos e subju-gação com extorsão de outros;

- Veio a escravatura, à caça demão de obra sem custos, aprovan-do leis iníquas, nos países ditoscivilizados, sem respeito pelos

16 CAESE junho 2016

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In “Público”, 16 de maio de 2016

AESE nos Media

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Artigo de opinião do Prof. Eugénio Viassa Monteiro

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pelos direitos. Os escravos eram‘objecto’ de compra-venda, semvoz!- Veio a discriminação, o apartheid;- E na sequência das atrocidades,veio o extermínio comunista e onazi. E outras formas de liquidaçãosumária de milhões queincomodam, entre elas, o aborto.Uma solução simples foi a chave:há algo que incomoda ou com quese pode enriquecer? Aprova-seuma lei com as pretensões dospoderosos, vá ela contra quem for,pise ou mate quem matar. Elegitima-se a escravatura, apenascom base na cor da pele:compram-se, vendem-se eeliminam-se escravos…

No meio desta violência, há gentesensível, que pensa, sofre eprocura fazer algo construtivo, parasanar estas aberrações:- Surgem âmbitos de colaboração,com que se cria muito maisriqueza; juntam-se países queantes se degladiavam. Há quempeça perdão para ‘purificar amemória’ (S. João Paulo II).- Reduzir a ignorância, origem dos

grandes males, com ensino paratodos; e a satisfação das neces-

sidades alimentares e acesso àsaúde; e políticas para criartrabalho – manual ou intelectual,para cada um ganhar a vida esustentar a família. Infelizmenteineficazes e são hoje como umamiragem…Nem toda a violência desapareceu.Há tumultos e atrocidades, comforte impacte, mas circunscritos,embora repetidos, de gruposmarginais. Talvez os meios decomunicação, com imagens de altaresolução, lhes deem umavivacidade e proximidade quechocam pela brutalidade.E, em consequência, hoje:- As pessoas que passavam fome –com menos de $1,25/dia– de 1990a 2010, passaram de 43 % para21 % da população mundial. Isto énotável: navegando nesta onda,seria tempo para os responsáveisdecidirem acabar com a pobreza noseu país até 2030. A Índia, ondevive o maior número de pobres,está apostada em acabá-la até aoano 2032!- A esperança de vida hoje – com

o progresso das ciências, aprevenção e a atenção médica –,nada tem a ver com o passado(na Índia, era de 32,5 anos em

1950, com o colonizador e é hojede 68,1 anos).- A grande percentagem decrianças de todo o mundo, emidade escolar, está a aprender; éalvo da atenção médica; alimenta--se muito melhor, pois a terra dáem abundância quando tratadacom inteligência para a fazerproduzir bem.- O número de mortes em guerrase terrorismo, apesar de chocante,pela barbárie é, no conjunto,insignificante comparado ao deoutros tempos.Há consenso sobre o facto de quea qualidade de vida, o trabalho, aatividade inteletual e cultural, parao conjunto da população, é, delonge muito superior a qualquerépoca do passado. Lembrava oPresidente Obama, no discurso naAlemanha, em abril passado que,‘apesar de todas as dificuldades, omundo atravessa um dos seusmelhores momentos históricos’.

Prof. Eugénio Viassa Monteiro

AESE nos Media“Estamos a caminhar para o abismo”PÚBLICO - 28.4.2016

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Sessões de continuidadeAGENDA

Seminários

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18 CAESE junho 2016

SeminárioShaping Statistic IntuitionLisboa, 20 e 27 de junho de 2016Saiba mais >

SeminárioExecutive & CoachLisboa, 22 e 23 de junho de 2016Saiba mais >

EventoNegociar bem, negociar melhorLisboa, de 27 a 29 de junho de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidadeO Poder das Políticas de SaúdeLisboa, 21 de junho de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidadeO que fazem os bons diretivosLisboa, 16 de junho de 2016Saiba mais >

Sessão de continuidadePassagem de PME a grande empresaPorto, 21 de junho de 2016Saiba mais >

Evento

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PANORAMA

Novo projeto europeu a favor de mãe, pai e filhosGrupos pró-família de sete paí-ses comunitários consideramque chegou o momento de inver-ter a tendência negativa queobservam, e pedem à Europaque, de uma vez por todas, sejaincluída nos tratados da União adefinição da família como uniãoentre um homem e uma mulherbaseada no casamento ou nadescendência e na filiação. Apetição “Mum, Dad and Kids” foiapresentada em Itália pelo mo-vimento italiano Difendiamo inostri figli.

Este movimento recorda emmuitos aspetos o que nasceuantes em França como manifpour tous, surgido em grandeparte para evitar a deriva anti-

familiar da legislação reformistado Código de Napoleão. Nãoconseguiu evitar na altura aequiparação das uniões gay como regime do matrimónio, masconstituiu de facto um travãonoutros aspetos, como o daschamadas barrigas de aluguer,em que existe, além disso, umprotagonismo de personalidadesnão católicas, próximas dasocial-democracia.

Em Itália, tiveram grande rele-vância as recentes manifesta-ções convocadas na grandeesplanada fronteira a São Joãode Latrão e no Circo Massimo,para fortalecer o conceito defamília que está incluído noordenamento jurídico italiano, em

aplicação da Constituição emvigor.

Segundo a informação aparecidaem “Avvenire”, foi apresentadanesse dia a iniciativa no Senado;propõe-se recolher num ano –até 3 de abril de 2017 – pelomenos um milhão de assinaturasem todos os países da UniãoEuropeia. É o número mínimo(além do estabelecido para cadaEstado, de acordo com a suapopulação), para ser admitidaem trâmite nas instituições co-munitárias.

O objetivo é o estabelecimentode uma norma comunitária quedefina o significado do casamen-to e da família como critério geral

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19 CAESE junho 2016

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tido em conta por qualquer diretivaeuropeia. Pelo menos, evitariaingerências internacionais – Bru-xelas, Estrasburgo – consideradasnegativas em Itália por refletiremdemasiado a influência do politi-camente correto.

Não pôde assistir à apresentação,o porta-voz do movimento, ocirurgião Massimo Gandolfini, queteve de atender em Bréscia umaurgência incontornável. Substituiu--o no ato, realizado no PalazzoMadama, sede do Senado, oadvogado Simone Pillon. Embora,de acordo com o ordenamentojurídico comunitário, bastassem54 750 assinaturas de Itália –afirmou –, esperam recolher pelomenos um milhão em todo o país.

Com esta iniciativa, o movimentoitaliano propõe-se também reto-

mar a mobilização a favor da fa-mília, atualmente no centro de di-versos ataques, ligados ao projetonormativo sobre as uniões civis ea reforma da adoção. Para Pillon,está a produzir-se muita confusãoideológica, com evidentes conse-quências sociais negativas.

A petição dirigida à Europa foitraduzida em italiano como“Mamma, papà e figli”. Pode serassinada online na webhttp://www.mumdadandkids.eu/es.Outra alternativa é descarregar oformulário, e enviá-lo preenchido eassinado ao comité ou a uma dassuas oitenta sedes locais. Nadevida altura, será feita a trans-missão das assinaturas à UniãoEuropeia.

Os organizadores estão conscien-tes da dificuldade do projeto,

tendo em conta a experiênciaeuropeia, não exatamente acolhe-dora, que se refletiu na petição“One of Us”, em defesa do em-brião humano. Mas desta vez –afirma o advogado Pillon – “nãoaceitaremos um tratamento aná-logo. Propomo-nos ser ouvidos”.

Na prática, ao longo do ano degestão da iniciativa, esperam con-tar com um especial apoio empaíses que entraram mais recen-temente na União Europeia: entreos promotores, figuram movimen-tos polacos, húngaros e croatasmuito ativos. De facto, na Croácia,foi introduzida na Constituição, adefinição da família como uniãoentre um homem e uma mulher,que fecha a porta ao reconheci-mento jurídico das uniões homos-sexuais.

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PANORAMA

A ‘tolerância zero’ não foi implantada na ONUNo tema da proteção da infânciacontra os abusos sexuais, a socie-dade pode fazer sempre mais. Ocurioso é que quem mais avançouneste terreno é precisamentequem mais vezes é levado aomediático banco dos réus.

Acontece assim com a Igrejacatólica. Desde que a crise dosabusos sexuais entre o clero re-bentou em 2002, a Igreja tem vin-do a tomar medidas que conduzi-ram à política de “tolerância zero”,ao atendimento das vítimas, àexclusão do ministério dos sacer-dotes abusadores, a mudanças naseleção e formação de seminaris-tas, a programas educativos deprevenção nas dioceses…

Todas estas medidas deram osseus frutos. O máximo dos casosde abusos aconteceram nos anos70 e 80, seguindo-se uma diminui-ção rápida que se acentuou naúltima década. Já em 2010, Mons.Charles J. Scicluna, então promo-tor de justiça da Congregaçãopara a Doutrina da Fé, explicavaque “depois de 2007, têm vindo achegar à Congregação 250 casosanuais; de muitos países apenasum ou dois”, num grupo de400 000 sacerdotes seculares ereligiosos em todo o mundo.

O Papa Francisco, que já tinhacriado em 2014 a ComissãoPontifícia para a Proteção dosMenores, deu mais um passo em

junho de 2015, criando um tribunaleclesiástico para julgar os bisposacusados de negligência na imple-mentação das normas da Igrejacontra os abusos sexuais. Não éque até então os bispos ficassemisentos de responsabilidade. Defacto, alguns foram afastados doseu cargo, seja por terem incorri-do nesse tipo de abusos, ou pornão terem sabido acabar comeles. Na mesma semana, naarquidiocese de Minnesota, foramdemitidos os bispos John C.Nienstedt e Lee A. Piché, acusa-dos de não terem afastado do seucargo um sacerdote, apesar deterem conhecido as suas tenta-tivas de procurar encontros se-xuais com jovens. Com o novo

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tribunal, a exigência de pedirresponsabilidades aos bispos teráum canal com garantias jurídicas.

Mas de cada vez que a Igrejatoma mais medidas para prevenire castigar este tipo de abusos,nunca faltam comentaristas queasseguram que até agora osbispos se contentaram em fazervista grossa, como se não setivesse feito nada nestes anos.

Os abusos sexuais contra meno-res são, infelizmente, uma práticaalargada em não poucos setoresda sociedade. E nenhuma outrainstituição examinou tão profunda-mente estes abusos no seu seiocomo a Igreja católica.

Outras estão ainda a começar areagir. Um relatório do Departa-

mento de Serviços de SupervisãoInterna da ONU revelou que entreos capacetes azuis deslocadospara diversos países, houve mui-tos casos de troca de sexo pordinheiro ou comida, e que um ter-ço dos casos denunciados porexploração e abusos sexuais sãode menores de 18 anos.

Entre 2008 e 2013, houve 480denúncias de abusos sexuais nasmissões de paz mais importantes,embora a própria ONU admita quemuitos dos delitos não são denun-ciados. De facto, diminuíram asdenúncias dos casos de abusosexual, mas a redução, diz o De-partamento, “explica-se em partepela ocultação dos casos”.

A ONU não tem autoridade parajulgar os soldados de um país

soberano que disponibiliza assuas tropas para as missões depaz. Mas pode pressionar paraque se investiguem as denúnciasde abusos. E, segundo a auditoriainterna, há uma longa lista deobstáculos para castigar os auto-res: a burocracia obstaculiza asinvestigações, os comandos nãose responsabilizam pelo queacontece nas suas unidades, e aforma de castigo mais comum éenviar os soldados de regresso aoseu país de origem e não osadmitir em futuras missões. Tudoisto nos soa a práticas que sereprovaram a alguns bispos, coma diferença de que na ONU aindanão foram reparadas.

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Segundo escreve Salim Lone, ex--funcionário da ONU que foi porta--voz da organização na missão doIraque em 2003, “as missões doscapacetes azuis foram assoladaspor acusações de abusos sexuaisdurante décadas, e a política de‘tolerância zero’ anunciada pelaONU em 2003, não foi aplicada nasua maior parte” (“The New YorkTimes”, 12.6.15).

Por isso, é mais surpreendente adureza das acusações do Comité

para os Direitos da Criança daONU contra a Santa Sé em 2014,por não ter atuado com suficienteenergia nos casos de abusos demenores (“Aceprensa”, 6.2.2014),quando os delitos deste tipo entreos capacetes azuis foram abor-dados com frouxidão e falta detransparência.

O secretário-geral das NaçõesUnidas, Ban Ki-moon, recomen-dou acelerar as investigações,criar um fundo para ajudar as

vítimas e censurar os países quenão expliquem como investigam ejulgam os seus soldados acu-sados.

Talvez possa pedir assessoria àIgreja católica.

I. A.

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PANORAMA

Ser pensionista, um salva-vidas durante a criseOs anos da crise económica afe-taram todos, mas nem todos porigual. As análises concordam quea desigualdade aumentou. Mas,um grupo tradicionalmente débil, odos pensionistas, saiu-se melhordo que os jovens.

Um relatório da OCDE sobre desi-gualdade (“In it together: Why lessinequality benefits all”) permitecomparar, com dados de 2013, ataxa de pobreza dos diversosgrupos etários em cada país. Em23 de 34 países analisados, ataxa de pobreza é inferior entre aspessoas acima da idade típica dereforma do que entre os jovens.

A Grécia e a Espanha são doisdos poucos países que na base

de dados Eurostat já contam comdados referentes a 2014. Emambos se verifica uma vantagemdos reformados, com uma taxa depobreza relativa muito inferior àdas pessoas de 18 a 24 anos:11 % contra 30 % em Espanha;15 % contra 33 % na Grécia.Também coincidem na evoluçãode um e outro grupo durante acrise: enquanto que a percenta-gem de reformados com rendi-mentos inferiores a 60 % dosrendimentos médios baixou 15 e 7pontos, respetivamente, a dosjovens aumentou 9 e 10 pontos.

Pelo contrário, há quatro paísesda OCDE onde ocorre exatamenteo contrário: Austrália, Coreia doSul, México e Suíça. Em todos

eles, há uma maior percentagemde pobres entre os que têm maisde 65 anos do que entre o restoda população.

Em Inglaterra, a taxa de pobrezaentre pessoas com mais de 65anos é ligeiramente superior à daOCDE para esse mesmo segmen-to populacional, e está acima dados jovens e dos adultos. No en-tanto, quando se têm em conta osbenefícios sociais e o que deixamde gastar em habitação (a percen-tagem de idosos com casa própriae paga é muito maior do que entreas pessoas em idade de traba-lhar), a situação iguala-se ou atése inclina para os reformados. »»

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Segundo explica “The Telegraph”,o perfil dos atuais pensionistasbritânicos já não é o dos anos 60,quando metade vivia abaixo dolimiar da pobreza. Atualmente,somente estão nesta situação25 %. Há várias razões para amelhoria. Por um lado, agora émuito mais frequente que os refor-.mados desfrutem de uma pensãoprivada além da pública. Em 1970,estes pagamentos apenas repre-sentavam 7 % dos seus rendimen-tos totais; agora representam umaem cada três libras. Nos últimosanos (2008 a 2012), o montantemédio por pensionista nos planosprivados aumentou 22 %.

A pensão estatal, que continua aser (embora por pouco) o principalingrediente nos rendimentos dosreformados britânicos, duplicoudesde finais dos anos 70 (já ajus-

tada à inflação) e 5 % nos últimosanos. Além disso, os grandespartidos comprometeram-se amanter o método com que emcada ano se calcula o montantedas pensões, e que impede quepercam valor.

A subida das pensões desde 2010foi compensada por uma baixanas prestações sociais. Contudo,esta foi menor do que a sofridapelo resto da população nestesanos de cortes. Uma análise em“The Economist” procura medircomo afetaram cada segmento dapopulação as medidas econó-micas aplicadas entre 2010 e2015. O grupo melhor situado foi odas pessoas solteiras e comtrabalho, mas depois seguem-seos pensionistas, sobretudo oscasais.

Os lares com um pensionistacomo principal fonte de rendi-mentos são já mais de 30 % dototal, quase tantos como os decasais com filhos. No entanto, asorte de uns e outros durante acrise foi muito diferente. Os pri-meiros são os únicos que nãoviram reduzir-se os seus bene-fícios sociais, e embora a reduçãonos impostos diretos não os tenhabeneficiado tanto como a outros, osaldo global é muito melhor doque o dos restantes: 23 libras deperdas por 500 libras no lar mé-dio. As famílias com filhos ficaramcom a pior parte: mais de 700libras perdidas.

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Os jovens, pelo contrário, viramcomo a sua situação piorou clara-mente neste período. Embora asua taxa de pobreza ainda sejamenor do que entre as pessoasque têm mais de 65 anos, adiferença foi-se reduzindo. Alémdisso, o desemprego juvenil con-tinua elevado (14 %), e ainda nãose nota a recuperação que é per-cetível noutros grupos etários.Como se fosse pouco, o governobritânico reduziu algumas presta-ções dirigidas aos jovens adultos,como as ajudas à habitação e opagamento por filho.

Entre os grupos mais desfavore-cidos dos Estados Unidos costu-mavam estar os reformados e osjovens de famílias pobres, mas opanorama está a mudar para osprimeiros. Embora a taxa depobreza entre os que têm mais de65 anos continue a ser elevada,se só se considerarem os rendi-mentos por pensões, as pres-tações sociais melhoram sensi-velmente a sua situação. Alémdisso, muitos mais continuam atrabalhar (um em cada três), eentre eles há cada vez maismulheres.

Tal como na Grã-Bretanha, já nãose trata de um grupo maiorita-riamente condenado à pobreza.De facto, esta irrupção dos refor-mados na classe média está acontribuir para mascarar uma de-sigualdade social que sem elesseria ainda mais profunda.

F. R.-B.

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PANORAMA

“La autonomía de la escuela pública”Autor: Miguel Ángel Sancho Gargallo Iustel. Madrid (2015).358 págs.

“Os relatórios internacionais e asinvestigações dos últimos anos”,escreve o autor, presidente daFundación Europea Sociedad yEducación, “salientam que umamaior autonomia possibilita umamaior qualidade de ensino e umamelhoria dos resultados”. No en-tanto, embora todas as leis educa-tivas espanholas sigam teorica-mente esta direção – assim apare-ce no articulado da LOMCE, aúltima delas –, a realidade deixamuito a desejar, como se demons-tra neste estudo rigoroso.

Miguel Ángel Sancho examina“até que ponto há lugar para aautonomia e, consequentemente,uma certa diversidade e plura-lismo entre as escolas públicas”espanholas. Esta análise é feitaem três grandes blocos. No pri-meiro, analisa a natureza jurídicada escola pública, capítulo quemerece a pena ler cuidadosamen-te, para compreender qual deveriaser o papel do Estado na edu-cação.

Para Sancho, “a obrigação doEstado de garantir o acesso uni-versal à educação em condiçõesde igualdade e sem discriminação,não tem necessariamente de con-cretizar-se organizando ele pró-

prio a prestação do serviço”. Ouseja, que a educação não tem queacabar por ser um monopólio doEstado, como é entendido por de-terminadas opções políticas querestringem a participação da ini-ciativa social. O Estado deve sergarante deste direito fundamen-tal, mas a educação não é umserviço público em sentido restrito,podendo sim definir-se como umserviço essencial em regime deliberdade regulamentada.

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Em segundo lugar, analisa-se adelimitação do conceito de auto-nomia e a sua realidade nossistemas educativos de Espanha,dos Estados Unidos e de algunsoutros países europeus. Contra atendência internacional, em Espa-nha, dada a excessiva normativareguladora, a autonomia escolarestá muito limitada, o que severifica na uniformidade das esco-las públicas de todas as autono-mias (com a qual alguns gruposestão muito satisfeitos) e no modocertamente restritivo de aplicar aliberdade de ensino e a comple-mentaridade dos modelos educa-tivos.

O último bloco deste livro é dedi-cado a estudar a autonomia noDireito espanhol vigente. Descre-vem-se as competências estataise autonómicas, as limitações da

função diretiva do diretor, as rela-ções laborais com os funcioná-rios, etc. Para ganhar em autono-mia, Sancho comenta a possibili-dade de que os centros educa-tivos, como as universidades, te-nham maior independência, aomesmo tempo que descreve apossibilidade de adotar outras fi-guras jurídicas.

O autor conclui assim que a auto-nomia é bastante limitada. Oexcessivo controlo dos poderespúblicos politizou todas as ques-tões educativas e esgotou as pos-sibilidades de introduzir mais au-tonomia, pluralidade e diversida-de nos centros educativos es-panhóis, não apenas nos centrospúblicos.

A. T.

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DOCUMENTAÇÃO

Segregação social: da casa à escolaA pobreza é um fenómeno multi-dimensional. A escassez de rendi-mentos é só a ponta de umiceberg que tem uma parte sub-mersa muito mais profunda: bair-ros deprimidos, escolas de baixonível, trabalhos que não dão parapoupar, a que nalguns países sejunta a questão racial. Um círculovicioso que em cidades de todo omundo atinge os mais vulneráveis.

Em muitos casos, a história daexclusão começa nos bairros.Tanto na Europa como nos Esta-dos Unidos, é visível uma tendên-cia para a segregação espacialpor nível de rendimento: zonas dericos e zonas de pobres. O fenó-meno é anterior à crise, mas estaacentuou-o.

Segregação e rendimentos

Embora a desigualdade nos rendi-mentos seja um dos fatores chavepara o entender, a relação não élinear. Um livro do início do anopublicado pela editora britânicaRoutledge, que reúne estudos so-bre a crescente segregação porbairros nalgumas das principaiscapitais europeias, demonstra queesta obedece a mais de um fator.Por exemplo, é ilustrativa a com-paração entre Oslo e Estocolmo:apesar das generosas prestaçõessociais que caraterizam os respe-tivos países, e de o índice de desi-gualdade económica ser similar, acapital sueca é uma das cidadescom maior segregação espacialda Europa, enquanto que na ca-

pital norueguesa existe uma maiormistura.

Em parte, isto deve-se às políticasurbanísticas. A privatização do sis-tema de habitações sociais, umatendência visível na maior parteda Europa, foi mais acentuada naNoruega, mas na Suécia a cons-trução deste tipo de casas seguiuo modelo de concentração: gran-des blocos situados nos bairrosmenos atrativos da cidade. Pelocontrário, na Noruega optaram pe-la dispersão da habitação sub-sidiada.

Certos processos sociais tambéminfluem na segregação urbana.Por exemplo, a chamada “gentri-ficação”: o regresso das classes

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sociais com maiores rendimentosao centro das cidades, depois dese terem retirado para zonas resi-denciais nas décadas anteriores(ver “Aceprensa”, 2.6.2015). Numprimeiro momento, isto aumenta adiversidade socioeconómica dosbairros de destino, mas, a longoprazo, o preço do metro quadradosobe e a segregação reaparece. Éfenómeno de muitas das capitaiseuropeias. Consoante a fase emque esteja, os efeitos são positi-vos (Riga ou Praga) ou negativos(Madrid ou Tallinn). No estudoobserva-se que, em geral, os nú-cleos urbanos mais globalizados,como Londres, tendem a separarmais ricos e pobres.

O Índice de Dissimilaridade (ID) éa ferramenta mais utilizada paracalcular a segregação social numa

determinada área geográfica. Apli-cado a uma cidade, mede a repre-sentação de um grupo (habitual-mente, os mais pobres) num ouem vários bairros, em comparaçãocom a que tem em toda a cidade.Um ID elevado representa umagrande separação espacial entreestratos socioeconómicos.

Das capitais estudadas no livro, oID aumentou entre 2001 e 2011em todas elas, com exceção deAmesterdão. Madrid, Tallinn eLondres eram as mais segre-gadas. Oslo, Riga e Praga, asmenos (ver gráfico publicado em«Aceprensa», 11.5.2016).

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Sonho americano, só paraalguns bairros

Na Europa, a segregação con-tinua a ser ainda consideravel-mente menor do que nos EstadosUnidos. Aí, o fator económico jun-ta-se ao racial, e este ao urbanís-tico. O nível de desigualdade porrendimentos situa-se em máximoshistóricos. Além disso, o processode abandono dos centros urbanospor parte das classes altas foimuito mais pronunciado do que naEuropa; as minorias afro-ameri-cana e hispânica ocuparam mui-tas dessas zonas.

Como mostra um trabalho daBrookings Institution (BI), que sefixa no caráter multidimensional eacumulativo da pobreza, a con-centração em bairros com baixosrendimentos médios é, juntamentecom a falta de seguro de saúde, o

indicador que marca mais a dife-rença entre brancos, por um lado,e afro-americanos e hispânicos,por outro.

Segundo outro estudo da BI, onúmero de pessoas residentes embairros onde pelo menos 40 % dapopulação se encontra abaixo dolimiar de pobreza (Zonas de AltaConcentração, ou ZAC) duplicoudesde o começo do século. De2005 a 2009, já aumentou 33 %,mas desde então cresceu 60 %.Antes, só um em cada dez pobresvivia num destes bairros; agora,um em cada sete.

Esta percentagem, chamada “taxade concentração da pobreza”(TCP), aumentou a um ritmomaior do que a taxa de pobrezanacional, pelo que não se podedizer que a segregação das pes-soas com menos recursos em

bairros isolados seja simplesmen-te um reflexo dos maus temposque o país atravessou.

A TCP varia consoante o tipo dezona estudada. Por exemplo, en-quanto que nas zonas residen-ciais (os suburbs norte-america-nos) mal chega aos 7 %, nas cida-des ultrapassa os 25 %. Os gran-des núcleos urbanos da Califór-nia, de Nova Iorque e do Texassão alguns dos mais segregados.Mas esta concentração não éigual para todos: somente é so-frida por 13 % dos brancos, contra36 % dos afro-americanos e 26 %dos hispânicos.

A gentrificação também se está anotar nalgumas cidades dos EUA.Apesar das zonas intraurbanascontinuarem a ser as mais segre-gadas, a TCP está a crescer a umritmo maior nos subúrbios, devido

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em parte ao encarecimento decertos bairros tradicionalmente po-pulares do centro.

Zoneamento inclusivo

Alguns estados ou condadosaprovaram projetos de “zonea-mento inclusivo” (inclusionary zo-ning), através dos quais a auto-ridade obriga os promotores urba-nísticos a reservar uma percenta-gem das construções novas parauso social: as habitações vendem--se ou alugam-se a preços reduzi-dos e a administração pública ofe-rece em troca uma recompensaàs empresas imobiliárias.

Em geral, os resultados forampositivos, especialmente para asminorias raciais. A nível federal, aexperiência Moving to Opportuni-

ty, que comparou a trajetória alongo prazo de famílias pobres àsquais era dado um cheque parase mudarem para bairros melho-res, com outras às quais não foidada esta ajuda, levou a impor-tantes progressos para as primei-ras.

A relação entre etnia e concen-tração da pobreza é muito eviden-te nos Estados Unidos, mas tam-bém se pode observar nalgunspaíses da Europa, especialmentenaqueles que têm mais imigran-tes. Em França, por exemplo, osgovernos aprovaram nos últimosanos diversas medidas para com-bater a “guetificação” dos ban-lieues, bairros situados nas peri-ferias das grandes cidades ondese concentra a população de ori-gem estrangeira. Recentemente, o

governo lançou um projeto de lei(“Aceprensa”, 18.4.2016) que ofe-rece facilidades de emprego e ha-bitação pública aos habitantesdestas zonas, e que procura fo-mentar em troca o seu compro-misso cívico e a sua integração nasociedade francesa.

Nalguns países do centro e doleste da Europa, são as pessoasde etnia cigana as que se veemafetadas frequentemente pelo fe-nómeno da concentração da po-breza. Um relatório do BancoMundial e do Programa das Na-ções Unidas para o Desenvolvi-mento, publicado em 2013, salien-tava as diferenças entre popula-ção autóctone e cigana no acessoa uma habitação digna nessaregião.

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Em alguns desses países, a si-tuação piorou claramente com atransição do comunismo para ademocracia. Por exemplo, a des-pesa em políticas sociais diminuiufortemente na Bulgária na etapapós-soviética, o que influiu espe-cialmente na disponibilidade dehabitação acessível para os maispobres. Não obstante, além doapoio económico suficiente, al-guns especialistas explicam que,dentro das próprias comunidadesafetadas, fazem falta mais organi-zações civis que canalizem osprotestos.

A escola, espelho da desi-gualdade

Uma das consequências maisimediatas da segregação urbanís-

tica, e que mais contribui para ocírculo vicioso da pobreza, é aconcentração dos alunos desfavo-recidos nas piores escolas. Aliteratura científica salientou ainfluência do bairro na escola, edesta no desempenho educativodos alunos e, portanto, na suafutura empregabilidade.

Um estudo da Universidade deStanford analisa a relação nosEUA entre o rendimento escolar efatores como a raça, o nível derendimentos e a educação dospais. Mesmo antes de começar afase infantil, já se observam im-portantes diferenças consoante ocontexto sociocultural de cadafamília. Nos anos seguintes, e atéaos últimos anos do ensino primá-rio, o fosso aumenta ligeiramente.

Os estudantes afro-americanoscada vez ficam mais para trásrelativamente aos brancos, o quenão sucede com os hispânicos.

Outro dado interessante é que asdiferenças por raça são especial-mente grandes no segmento dosalunos mais capacitados: istodeve-se a que nas piores escolas,onde habitualmente há uma pre-sença desproporcionada de afro--americanos e hispânicos, organi-zam-se programas de reforçodirigidos aos estudantes com pio-res resultados, mas quase nuncapara os restantes alunos. Pelocontrário, nos centros maioritaria-mente brancos, oferece-se apoioigualmente aos alunos de talento.

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Ainda assim, a diferença de re-sultados académicos segundo araça tem vindo a diminuir desdefinais dos anos 90. Pelo contrário,o fosso entre ricos e pobres au-mentou consideravelmente nomesmo período. Daí que, peranteos esforços de integração racialpromovidos noutras épocas, cadavez haja mais distritos escolares echarter schools que levam emconta os rendimentos dos paisnos critérios de matrícula.

O “deszoneamento” das escolas,que aumenta a capacidade deescolha dos pais, pode ser umaferramenta eficaz para romper ocírculo vicioso da pobreza. Amobilidade que permitem os pro-gramas de cheque escolar, junta-mente com um certo controlo porparte das autoridades para evitara segregação de alunos em es-colas de ricos e escolas de po-bres, funcionou em várias cida-des norte-americanas. Contudo,alguns analistas salientam que,

tão importante como levar osalunos para escolas melhores, élevar bons professores para oslugares mais necessitados. Alémdisso, não basta sentar juntos osestudantes de diversos estratossocioeconómicos. Tem de se daraos mais vulneráveis as ajudasnecessárias para que aproveitema oportunidade.

F. R.-B.

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DOCUMENTAÇÃO

Iniciativas para aumentar a capacidade de escolhaOs Estados Unidos não são dospaíses com maior percentagem dealunos que estudam em escolasprivadas ou concertadas (na Euro-pa, há outros com uma percenta-gem muito superior, como Espa-nha, Suécia ou Reino Unido), masdos que mais experimentou diver-sas fórmulas que dão aos paismaior capacidade de escolheruma escola para os seus filhos.

As alternativas à educação “zo-neada”, na qual é atribuída aoaluno a escola pública que lhecabe pelo seu lugar de residência,são nesse país muito variadas: ascharter schools, de gestão privadamas titularidade e financiamento

público, um pouco como, porexemplo, as concertadas em Es-panha; os sistemas de cheques,pelos quais é dado à família ummontante com o qual pague umaescola privada de sua escolha; osprogramas de deduções fiscaispara os donativos destinados abolsas de estudo (“Scholarship taxcredit programs”, STCP); os “Con-trolled Choice Programs”, pelosquais é atribuída uma escola acada estudante tendo em conta aspreferências expressas pelos pais,além do equilíbrio entre etnias eclasses sociais no corpo dealunos; ou as “Education SavingsAccounts” (ESA), uma fórmula pa-recida com a dos cheques, mas

na qual o dinheiro avançado peloEstado pode ser usado não só namatrícula, como também para ou-tros objetivos, como aulas de re-forço ou material didático.

O objetivo comum destas inicia-tivas é dar facilidades às famíliaspara escolher a melhor escolapara os seus filhos, algo especial-mente importante para aquelasque vivem em bairros com umaelevada concentração de pobrezae/ou criminalidade, para as quaiso sistema de zoneamento funcio-na frequentemente como uma pri-são que isola os seus filhos naspiores escolas.

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Por isso, a grande maioria destesprogramas está limitada a gruposdesfavorecidos. Por exemplo, mui-tos dos sistemas de cheques sósão oferecidos a pessoas combaixos rendimentos, de minoriasétnicas, ou a alunos de escolaspúblicas com um historial de baixorendimento educativo. Tambémexistem iniciativas especialmentedirigidas a estudantes que têmnecessidades educativas espe-ciais.

A fórmula mais popular

Até agora, o programa maisimplantado de todos os anterioresé constituído pelas charterschools, que abarcam mais dedois milhões de estudantes emtodo o país, 5 % do total. Emboraexistam há mais de vinte anos, asua popularidade aumentou muito

ultimamente: desde o início doséculo XXI, o seu corpo de alunosmultiplicou-se por cinco.

A maioria dos estudos efetuadossobre a sua influência no rendi-mento académico dos estudantessalienta um efeito benéfico, algoespecialmente significativo tendoem conta que abrangem umsegmento da população mais po-bre e com maior presença deminorías étnicas do que as es-colas públicas.

As charter schools, apesar desuscitarem algmas reticências en-tre os principais sindicatos dosprofessores e num setor do par-tido democrata, têm vindo a gerarcom o decorrer dos anos umimportante consenso político esocial. Ao fim e ao cabo, represen-tam uma abordagem similar à de

muitos outros países, que tambémcontam com um sistema de esco-las de gestão privada e finan-ciamento público.

Mais controversos são os progra-mas que incluem as escolas pri-vadas, seja através de cheque oude benefícios fiscais. Na Europa,somente a Suécia implementouum sistema deste tipo (cheques),e os resultados não foram espe-cialmente prometedores, mais pe-los efeitos na segregação socio-económica (concentração de ricose pobres em escolas separadas)do que pelos resultados académi-cos.

Nos EUA, quase todas as avalia-ções que se fizeram, mostraramresultados positivos. Como docu-menta o School Choice Demons-tration Project, uma equipa de

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investigação da Universidade deArkansas sobre a liberdade deescolha que estudou alguns dosprogramas com maior impacto, odo Distrito de Colúmbia conseguiureduzir o insucesso escolar e au-mentar a taxa de matrículas uni-versitárias entre os beneficiários.O mesmo aconteceu em Milwau-kee, que conta com o sistema decheques escolares mais antigo dopaís, e onde se calcula que oscofres públicos estão a pouparcerca de 500 milhões de dólarespor ano, pois o montante da ajudaé inferior ao que é investido porestudante numa escola pública.

A necessidade de informar

De qualquer forma, um estudorecente sobre a influência doscheques escolares na Luisiana,que lançava dados negativos,

voltou a acender a polémica sobreeste tipo de iniciativas. Para lá dascríticas ou apoios em grau extre-mo de alguns comentaristas, ou-tros mais moderados salientaramque o relatório, não invalidando asconclusões maioritariamente favo-ráveis da investigação anterior,mostra algumas limitações destesprogramas. Por exemplo, que se omontante do cheque for baixo,muitas escolas não consideramter qualquer incentivo económicopara participar: na Luisiana, sóaderiu um terço de todas as es-colas privadas, precisamenteaquelas que têm menos estudan-tes devido aos seus piores re-sultados académicos e, portanto,com mais necessidade de di-nheiro.

Outra limitação importante é afalta de informação. Frequente-

mente, as famílias que mais po-deriam beneficiar com uma mu-dança de escola fazem uma máescolha, porque têm dificuldadeem se aperceber de quais são asmelhores. Por isso, alguns pen-sam que as participantes deve-riam ser obrigadas, como condi-ção, a publicar os seus resultados,e a seguir fazer chegar essa in-formação aos pais. Todavia, tam-bém pode acontecer que algu-mas famílias escolham uma esco-la a pensar não apenas em crité-rios académicos, como nos desegurança ou relativos à educa-ção religiosa ou do caráter quemuitas escolas privadas ofere-cem.

F. R.-B.

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