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ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

COLÉGIO ESTADUAL “29 DE ABRIL”

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

MUNICÍPIO: Guaratuba

N.R.E.: Paranaguá

Diretora: José Everaldo Rodrigues Torres

Diretor – Auxiliar: Claudecir BorgesAno: julho/2009

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EQUIPE TÉCNICA PEDAGÓGICA RESPONSÁVEL 

Eliane Gonçalves Pupo

Idiomar Cidral da Silveira

Iloni Strege 

Mabel Iara Jacopeti Bortolan

Telma Cochaki Dolinski

Telma Maria Queiroz Cardoso

Vilma Cordeiro da Silva

APOIO TÉCNICO

Secretário: Veranice Fatima Massoni

Annelize Nayara Braga

Daisi Mary Paulino

Gilmar Jacopeti Bortolan Junior

Juarez Möller

Ivo José Custódio da SilvaLeonor Roni Kubiak

Selma Luiza Koslovisk Miranda

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................1  JUSTIFICATIVA..........................................................................................................3  O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA.......................5 1  ATO SITUACIONAL ...........................................................................................7  

1.1  HISTÓRICO ..................................................................................................7  1.2  LOCALIZAÇÃO.............................................................................................7  1.3  ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR ...................................................9  1.4  ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO PEDAGÓGICO............................................9 1.5

 QUADRO DE PESSOAL.............................................................................10

 1.6  AS RELAÇÕES DE TRABALHO................................................................11 1.7  ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR ....................................13 1.8  RECURSOS PEDAGÓGICOS E DE MULTIMÍDIAS...................................14 1.9  ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR ...................................................15  

1.9.1  PROCESSO DE ELABORAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE PROJETOS....17  1.10  CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE....................................................18 1.11  ATENDIMENTO ESPECIAL........................................................................19 1.12  A ESCOLA QUE TEMOS............................................................................20 1.13  A ESCOLA ALMEJADA ..............................................................................25  

2  ATO CONCEITUAL ..........................................................................................27  

2.1  HISTÓRICO ................................................................................................27  2.2  TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS..................................................................28 2.3  FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DO COLÉGIO ESTADUAL 29 DE ABRIL.......31 2.4  PRINCÍPIOS DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS DO COLÉGIO 29 DE ABRIL ..34 2.5  PRÍNCÍPIOS NORTEADORES...................................................................38 2.6  OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS: ....................................................38  2.7  MATRIZES CURRICULARES.....................................................................42 2.8  ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................44 

2.8.1  LÍNGUA PORTUGUESA......................................................................45 2.8.2  INGLÊS................................................................................................46  2.8.3  ARTES.................................................................................................47  

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 3

6.1.1.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: .......................................74 6.1.2  MATEMÁTICA .....................................................................................75 

6.1.2.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................75 6.1.2.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: .......................................77 6.1.2.3  AVALIAÇÃO ........................................................................................78  6.1.2.4  INSTRUMENTOS AVALIATIVOS ....................................................79  

6.1.3  HISTÓRIA:...........................................................................................79  6.1.3.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................79 6.1.3.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: .......................................81 6.1.3.3  AVALIAÇÃO.....................................................................................81  

6.1.4  GEOGRAFIA........................................................................................82  6.1.4.1

 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................82

 6.1.4.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: .......................................83 6.1.4.3  AVALIAÇÃO:....................................................................................84  

6.1.5  CIÊNCIAS............................................................................................85  6.1.5.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................85 6.1.5.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO : ......................................86 6.1.5.3  AVALIAÇÃO:....................................................................................87  

6.1.6  EDUCACÃO FÍSICA ............................................................................88  6.1.6.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................88 6.1.6.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ........................................89 6.1.6.3  AVALIAÇÃO.....................................................................................90  

6.1.7  ARTES.................................................................................................91  6.1.7.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS........................................................91 6.1.7.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ........................................92 6.1.7.3  CONTEÚDOS ..................................................................................93 6.1.7.4  AVALIAÇÃO.....................................................................................94  6.1.7.5  INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO .................................................95  

6.1.8  LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLES.....................................................95 6.1.8.1  PRESSUPOSTOS TEORICOS........................................................95 6.1.8.2  EMBASAMENTO METODOLÓGICO:..............................................96 6.1.8.3  AVALIAÇÃO.....................................................................................97  

6.2  ENSINO MÉDIO..........................................................................................97 

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6.2.1  HISTÓRIA............................................................................................97  6.2.2  SOCIOLOGIA ......................................................................................98 6.2.3  BIOLOGIA............................................................................................99  6.2.4  FÍSICA ...............................................................................................100 6.2.5  MATEMÁTICA ...................................................................................101 6.2.6  QUÍMICA............................................................................................101  6.2.7  LÍNGUA PORTUGUESA....................................................................103 6.2.8  LÍNGUA ESTRANGEIRA...................................................................104 6.2.9  ARTES...............................................................................................105  6.2.10  EDUCAÇÃO FÍSICA ..........................................................................106  

7  ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR,DURANTE O PERIODO DE 2009 e 2010...............................................................109  

7.1  ATIVIDADES ESCOLARES:.....................................................................109 7.2  PROJETOS...............................................................................................111  

7.2.1  SEMANA CULTURAL :......................................................................111 7.2.1.1  OBJETIVOS ...................................................................................112 7.2.1.2  METODOLOGIAS ..........................................................................112  7.2.1.3  ESTRATÉGIAS ..............................................................................113 7.2.1.4  LOCAL............................................................................................113  7.2.1.5  RECURSOS HUMANOS, TECNOLÓGICOS, DE MULTIMÍDIA E

MATERIAIS ..................................................................................................113 7.2.1.6  CRONOGRAMA.............................................................................114  7.2.1.7  AVALIAÇÃO...................................................................................114  

7.2.2  “EXALTAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA” ..........................114  7.2.3  JORNAL CULTURAL “29 DE ABRIL” ................................................114  7.2.4  “A ÁRVORE DA POESIA”..................................................................115 7.2.5  AGENDA 21.......................................................................................115 

7.2.5.1  PRESSUPOSTOS TEÓRICOS......................................................115 7.2.5.2  ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ..........................................1 7.2.5.3  AVALIAÇÃO.......................................................................................2  

7.2.6  PROJETO “ REVITALIZAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR ATRAVÉS

DA ARTE” ............................................................................................................3 

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 5

7.2.7  PROJETO: FOLCLORE.........................................................................4 7.2.8  PROJETO “O QUE VOCÊ PENSA DE MIM? “......................................5 7.2.9  PROJETO: MATEMÁTICA E CIDADANIA.............................................5 7.2.10  PROJETO: MEU MUNDO, MINHA ARTE,.............................................6 7.2.11  PROJETO DE SOCIOLOGIA.................................................................8 7.2.12  PROJETO DE INGLÊS: “WHAT YOU SAY” ? ......................................10 7.2.13  PROJETO DE GEOGRAFIA: ONDE É? ..............................................11 7.2.14  OUTROS PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA:

VEREADOR MIRIM:...........................................................................................12 7.2.15  HOMO SAPIENS: ................................................................................12 7.2.16  LINHA AMARELA: ...............................................................................12 7.2.17

 PROJETO ‘BARRIGUINHA CHEIA’.....................................................13

 8  PLANO DE FORMACÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES...........14 

9  DO CALENDÁRIO ESCOLAR .........................................................................15  

10  DIAS LETIVOS .................................................................................................16  

11  CONCLUSÃO...................................................................................................17  

12  PROCESSO DE AVALIAÇÃO E REFORMULAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO..........................................................................................................18  REFERÊNCIAS.........................................................................................................19  SUMÁRIO DE TABELAS..........................................................................................21 

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INTRODUÇÃO

O projeto Político Pedagógico desenvolvido pelo COLÉGIO ESTADUAL “29

DE ABRIL” – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO, nascido de um processo que

envolveu toda a comunidade escolar, tem por finalidade transformar as aspirações

desta comunidade em princípios norteadores da política educacional que permeará

as práticas pedagógicas deste estabelecimento.

Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n° 9394/96, seguindo os

dispostos nos artigos 12, 13 e 14, prevê que todos os estabelecimentos de ensino

deverão elaborar uma proposta pedagógica própria a fim de atender as expectativas

educacionais e sociais da comunidade onde está inserida, e ainda, que sua

elaboração deve se dar de forma democrática, envolvendo todos os elementos quecompõem o universo escolar.

Em razão do exposto acima, escola e comunidade se mobilizaram no intuito

de elaborar um documento que se ainda não chega a atingir o ideal almejado por

todos, já pode ser considerado como um instrumento real que nos aproximará cada

vez mais do objetivo primordial da educação escolar, que é de oferecer uma

educação de qualidade para todos, baseada nos princípios da igualdade e liberdade

de aprender e ensinar, que prevê a LDB 9394/96(TÍTULO II, ART. 2° e 3°, INC. I ao

XI), à medida que contribua para a formação de sujeitos críticos, preparados para oexercício da cidadania e qualificados para o trabalho, além de capazes de atuar de

modo crítico e transformador na realidade contextual aonde vivem(LDB e ECA).

Por entendermos o processo educacional como parte integrante do processo

formativo da pessoa humana e social, portanto, um processo contínuo e ininterrupto

e do qual não se deve esperar resultados imediatos, mas sim a médio e a longo

prazo, optamos por determinar o período de abrangência do Projeto Político

Pedagógico que ora se apresenta no presente e no futuro.

Desta forma, consideramos como ponto de partida o ano letivo corrente e ode chegada no ano letivo seguinte, para que nos lembre sempre que o nosso

trabalho nunca estará terminado, que o alcance de um objetivo implica apenas no

surgimento de outros, nos indicando somente que estamos avançando no caminho

certo rumo ao futuro desejado por todos, estabelecendo-se assim novos objetivos

sem perder de vista de onde saímos e aonde pretendemos chegar.

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Como existe a consciência de que não existe fim no trabalho que nos

propomos a fazer, que é o de auxiliar na construção de uma nova sociedade,

pautada nos princípios da justiça, igualdade e solidariedade, pois sempre haverá as

gerações futuras em nossos bancos escolares. Colocamos o alcance de nossos

objetivos sempre no futuro próximo, sempre a um passo de nós. Desta forma, esta

opção, embora simbólica, visa reforçar a idéia de continuidade, paciência,

compreensão, dedicação e esperança. Dentro desta perspectiva, a constante

avaliação de resultados e conseqüente reformulação deste Projeto Político

Pedagógico e de seus objetivos, acabam nascendo da necessidade intrínseca de se

orientar e se localizar dentro do processo educativo.

Para que os objetivos propostos no presente documento sejam atingidos é

necessário o envolvimento de todos, professores, alunos, pais e comunidade, paraque tais objetivos não se percam de vista, pois somente através da reflexão conjunta

é que podemos visualizar o caminho certo a percorrer, tornando nossas ações mais

eficazes, eficientes, significativas e transformadoras.

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JUSTIFICATIVA

A elaboração do atual Projeto Político Pedagógico se tornou necessário,

senão imprescindível, devido ao processo de constantes mudanças que o mundo

vem atravessando, aliados aos avanços tecnológicos, tornando a dinâmica social

mais intensa e exigente e a escola não poderia ficar a margem deste processo.

Sendo assim, se tornou obrigatória uma reformulação das práticas pedagógicas a

fim de corresponder estas exigências.

“A valorização da escola como instrumento de apropriação do saber é o

melhor serviço que se presta aos interesses populares, já que a própria escola pode

contribuir para eliminar a seletividade social e torná-la democrática. Se a escola é

parte integrante do todo social, agir dentro dela é também agir no rumo datransformação da sociedade” 1.

Desta forma, compreendemos para que a escola consiga realizar uma prática

pedagógica crítica e significativa, é necessário que a escola tenha consciência de

seus condicionantes históricos sociais. A consciência deste fato já coloca a escola

um passo a frente na direção do papel transformador que pretende desempenhar,

mas sempre a partir das condições já existentes. Nesse sentido, o atual Projeto

Político Pedagógico visa realizar a interação dos conteúdos e realidades sociais,

visando também avançar na articulação do político com o pedagógico, um comoextensão do outro. Para atingir-se tais objetivos, tanto o aluno como o professor, se

tornam ambos, o centro da atenção desta escola.

Do professor, espera-se a curto prazo maior conhecimento dos conteúdos de

sua disciplina e maior domínio das forma de transmissão, com adoção de métodos e

procedimentos, que não só garantem a participação ativa do aluno, mas que

também, a curto e a médio prazo, o aluno possa relacionar e confrontar de forma

crítica o que aprendeu, com a realidade vivida por ele dentro do seu contexto sócio-

cultural, tornando-o capaz de intervir nessa realidade de forma positiva. Para tal seránecessário um maior envolvimento da escola, através do professor com o estilo de

vida do aluno, sendo que o professor terá de ter consciência inclusive, entre os

contrastes da sua própria realidade sócio-cultural e a de seus alunos. Em razão

1 CIPRIANO CARLOS LUCKESI – FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO – ED. CORTEZ - 1992

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disso, dentro deste Projeto o papel do professor e do aluno se tornam centrais, pois

ainda que se espere a curto prazo do professor maior competência técnica, sua

contribuição será tanto mais eficaz quanto mais seja capaz de compreender os

vínculos de sua prática com a prática social global”2 , a partir da realidade sócio

cultural que cada aluno traz para a sala de aula, visando o desenvolvimento integral

do educando, capaz de atuar de forma positiva dentro de sua realidade contextual,

formando um cidadão consciente de seus direitos e deveres, apto para participar na

construção de uma sociedade mais justa e fraterna.

 2 DEMERVAL SAVIANI – ESCOLA E DEMOCRACIA – 17ª EDIÇÃO – SÃO PAULO CORTEZ / 

AUTORES ASSOCIADOS - 1998

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O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO E EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Baseado nos princípios de igualdade e liberdade a L.D.B 9394/96, coloca a

educação escolar como direito subjetivo de todos, inclusive dos alunos que

apresentam necessidades educacionais especiais. Em razão disso, o presente

Projeto Político Pedagógico, não deixou de contemplar está realidade, pois estes

alunos já estão dentro das escolas, exigindo uma reformulação do papel da escola.

Diante desta realidade, a escola, enquanto instituição social, ao preparar

sujeitos para o exercício da cidadania, buscando uma sociedade mais justa e

fraterna, tem por obrigação básica respeitar, reconhecer, aceitar e valorizar a

diversidade dentro do ambiente escolar, na forma em que esta se apresentar, tanto

as de caráter étnico, religioso, cultural, sócio-econômica, lingüística, de capacidade,que fazem parte da composição natural de qualquer comunidade de cunho

democrático. Sendo a atenção a diversidade o eixo norteador do paradigma da

educação inclusiva, se pretendermos atingir o objetivo de uma educação de

qualidade para todos, uma vez que este projeto tem por finalidade a equiparação de

oportunidades educacionais escolares para igualar o direito de todos a educação,

principalmente aos alunos que apresentam necessidades educacionais especiais.

Conscientes disto e considerando os dispositivos legais existentes como base

às linhas de ações estabelecidas pretende-se criar uma prática educativa com açõese relações realizadas na escola e na sociedade, para efetivarmos o nosso

compromisso de transformar uma sociedade injusta e excludente, numa sociedade

mais justa e igualitária, garantindo a todos a oportunidade de desenvolvimento

integral dos indivíduos e de suas potencialidades, adequando a práticas

pedagógicas à suas limitações, buscando levar este indivíduo a superação das

mesmas, tornando-o um cidadão apto e capaz de se adequar e intervir criticamente

a realidade que o cerca, exercendo plenamente o seu direito de cidadania.

Para tanto, precisaremos ir além da adequação do espaço físico escolar, seránecessário também:

Promover um processo contínuo e permanente de discussão e reflexão dos

problemas da escola, na busca de alternativas viáveis a efetivação da sua

intencionalidade educativa para todos.

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Órgãos superiores de educação subsidiar com projetos e recursos materiais

para a preparação do corpo docente e comunidade para trabalhar esta realidade,

promovendo palestra de conscientização, seminários, grupos de estudo, dinâmicas

de grupo, etc.

Articular as ações da Educação Especial com o ensino regular.

Promover a adaptação curricular sempre que a situação exigir.

Promover a criação de metodologias e estratégias de ensino adequadas para

atender as necessidades especiais do aluno e leva-lo à superação de suas

dificuldades.

Envolver as Instancias Colegiadas da escola no processo de inclusão, na

quebra de preconceitos e na valorização da diferenças.

Criação de execução de programas que maximizem a aceitação, avalorização de todos os indivíduos, oportunizando-lhes o ingresso e/ou regresso, a

permanência e o sucesso no contexto escolar.

Envolver os dirigentes de Educação Básica, Ensino Fundamental, Educação

de Jovens e Adultos e Educação Especial no compromisso de elaboração,

divulgação e implementação da Proposta de Educação Inclusiva.

Adotar instrumentos diferenciados de avaliação, devidamente adequados as

necessidades, situações e circunstâncias de aprendizagem.

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1 ATO SITUACIONAL

1.1 HISTÓRICO

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e médio, está situado

à rua Nossa Senhora de Lourdes, 292, Centro, município de Guaratuba (PR), CEP

83.280-000, fone (41) 3442-2357.

O estabelecimento fica aos pés da Gruta da Santa, onde existe uma fonte de

água que, segundo conta a lenda, tem poderes milagrosos.

A gruta da Santa tem um significado muito especial para a cidade, pois antes

da ligação da rede de água, os veranistas faziam enormes filas para se abastecerem

de água em suas bicas. Placas no local atestam várias graças alcançadas. Possuiuma imagem de Nossa Senhora de Lourdes e acha-se revitalizada como atrativo

turístico.

O Colégio Estadual “29 de Abril’ foi assim denominado em homenagem a data

de Emancipação Política do Município de Guaratuba”.

Ocupa uma área de 7.502 metros quadrados, com área construída de

2.778,44 metros quadrados. Criado pelo Decreto Estadual n° 3375 de 05 / 10 / 1953

sob o regime de externato para freqüências mistas, com a denominação de Ginásio

Estadual de Guaratuba.A instalação deu-se no dia 16 de abril de 1960. De acordo com o Decreto

Estadual n° 6333 de 23 / 02 / 1976, passou a funcionar como Colégio Estadual “29

de Abril” – Ensino de 1° e 2° Graus e Educação Geral, sua primeira denominação

era Ginásio Estadual de Guaratuba, sua segunda denominação: Colégio Estadual

“29 de Abril” – Ensino de 1° e 2° graus e, finalmente, Colégio Estadual “29 de Abril” –

Ensino Fundamental e Médio. Tendo como primeira diretora a professora Neusa

Caldeari Moro e atualmente o Professor José Everaldo Rodrigues Torres e como

vice-diretor o Professor Claudecir Borges.

1.2 LOCALIZAÇÃO

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O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se

na região central de Guaratuba e atende alunos das imediações e de bairros

distantes, como também da zona rural do município.

Distância dos bairros até o colégio:

Bairros Km Bairro Km

Caieiras 1 Piçarras 5

Cohapar I 1 Eliane 6

Figueira 2 Mirim 7

Brejatuba 3 Nereidas 8

Cohapar II 3 Coroados 12

Canela 3,5 Barra do Saí 14Carvoeiro 4

Outras localidades

Após a travessia do Ferry - Boat tem-se as localidades de:

Bairros Km Bairro Km

Prainha, 2 Cabaraquara 3

.

Na área rural encontram-se:

Bairros Km Bairro Km

Riozinho 13 Empanturrado 30

Boa Vista 20 Estaleiro 34

Morro Grande 25 Descoberto 37

Rio dos Cedros 28

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Os educandos da área rural são os que possuem maiores dificuldades de

acesso, principalmente em dias chuvosos, pois o ônibus escolar atrasa e muitas

vezes não chega por problemas de tráfego.

1.3 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO ESCOLAR

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio funciona no

período noturno e diurno. No período diurno o colégio oferta as últimas séries do

Ensino Fundamental e o Ensino Médio.

No ano letivo de 2008, com extinção do ensino regular noturno no término do

ano letivo de 2007, nosso colégio passou a ofertar somente a Educação de Jovense Adultos – EJA da segunda etapa do Ensino Fundamental e Ensino Médio, no

período noturno.

A escola atualmente conta com 1.654 alunos, conforme discriminação feita

abaixo.

1.4 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio está com o

seu tempo dividido em quatro bimestres e a organização do ensino é seriada.

Discriminar-se-á o número de alunos e o número de turmas do Ensino

Regular e EJA, com base no número de matrículas iniciais no ano letivo de 2009.

Lembrando que estes números variam muito no decorrer do ano letivo.

TABELA 1 – Período MatutinoENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

Séries 5ª 6ª 7ª 8ª 1° 2° 3°

N°Turmas 3 3 3 2 3 2 2

N°Alunos 95 105 105 70 135 80 80

Fonte: Adaptado de <http://www4.pr.gov.br/escolas/turma_matricula4.jsp>.Acessado em: 15 jun. 2009

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TABELA 2 – Período VespertinoENSINO FUNDAMENTAL ENSINO MÉDIO

Séries 5ª 6ª 7ª 8ª 1° 2° 3°

N° Turmas 3 3 3 2 3 1 1

N° Alunos 106 105 105 81 115 90 35Fonte: Adaptado de <http://www4.pr.gov.br/escolas/turma_matricula4.jsp>.Acessado em: 15 jun. 2009

TABELA 3 – Período NoturnoEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS - EJA

Fundamental Médio

Nº de turmas 5 5

Nº de alunos

(sede)171 166

Nº de Alunos

(Cubatão)10

Fonte: Adaptado de <http://www4.pr.gov.br/escolas/turma_matricula4.jsp>.Acessado em: 15 jun. 2009

1.5 QUADRO DE PESSOAL

Para atender a todos esses educandos, o Colégio Estadual “29 de Abril”

possui um quadro de pessoal composto pelo diretor, um vice-diretor, uma secretária,

setenta professores em regência, sendo que apenas quarenta e oito professores

pertencentes ao Quadro Próprio do Magistério estão atuantes, todos com graduação

e pós-graduação nas mais diversas áreas, inclusive 2 professores que já finalizaram

o PDE e uma professora que está finalizando o curso do PDE , uma Mestra na área

de Biologia, que se encontra atualmente em disfunção. Ainda temos nove afastados

em licença. Em relação à Educação Especial, a professora responsável é graduada

e especializada nesta área. Também atuando em sala de aula, nos dois turnos,

neste momento, ainda temos vinte e um professores PSS e/ou outros vínculos.

A equipe Técnico-Administrativa, que atua na biblioteca, secretaria,

laboratório de informática é composta por seis funcionários, incluindo a secretária,

graduada em Cências Econômicas, sem licenciatura plena. Temos quatro

funcionários Técnicos Administrativos que integram o Quadro de Funcionários da

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Educação Básica e apenas um que faz parte do Quadro Próprio do Poder Executivo.

Entre estes, uma graduada em Administração Pública em nível superior; um

graduando em Sistemas de Informação em nível superior, um funcionário que

cursou Magistério, em NíveL Médio e duas funcionárias com nível médio, sendo que

uma está cursando o Pró-Funcionário. Também fazem parte da equipe

administrativa, três professores do Quadro Próprio do Magistério em disfunção

temporária e/ou definitiva, graduados e pós graduados, sendo que uma está

iniciando o curso do PDE.

A Equipe Pedagógica, é composta por oito Professores Pedagogos, todos

fazem parte do Quadro Próprio do Magistério e com exceção de uma profissional,

todos são especialistas em áreas afins da sua formação. Dentre estes, temos uma

pedagoga que se encontra iniciando a sua formação PDE e outra finalizando. Sendoque sete estão atuantes neste momento e uma em disfunção temporária. No período

noturno, atuam dois pedagogos, três pela manhã e três à tarde.

A Equipe de Agentes de Apoio é composta por 11 funcionários, todos com

nível de Instrução Médio, distribuídos em diversas funções; merendeiras, auxiliares

de cozinha, limpeza e manutenção e inspeção de pátio e prédio.

Ao todo, entre Direção, Técnicos-Administrativos (QFEB, QPPE e PSS),

Equipe Pedagógica, Professores (PSS e QPM) e Funcionários, o Quadro de

Pessoal do Colégio Estadual 29 de Abril consta com 105 pessoas atuantes nestemomento.

1.6 AS RELAÇÕES DE TRABALHO

Neste universo de trabalho, as relações humanas e profissionais são

baseadas nos princípios democráticos do respeito mútuo às diferenças individuais,

solidariedade e tolerância recíproca, que tem na Direção da escola, sua instânciamáxima para a resolução de problemas e impasses.

A direção do colégio 29 de Abril, seguindo as linhas propostas nos princípios

implícitos de gestão democrática, procura estimular e propiciar a autonomia e a

liberdade de criação e organização de ações dos profissionais e equipes que

trabalham sob sua supervisão, abrindo também o espaço escolar para a

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comunidade poder também se expressar e participar do dia-dia da escola. Não

limitando esta participação apenas aos espaços destinados a ela dentro das

Instâncias Colegiadas. Através de um trabalho de conscientização junto a

comunidade escolar e seu entorno, de que a escola encontra-se a serviço da

comunidade e não ao contrário, se disponibilizando a atender e a ouvir tanto as

reivindicações desta comunidade, bem como abrindo as portas da escola para a

realização de encontros e eventos que venham a ser de interesse geral ou tragam

algum tipo de benefício para a mesma. Hoje a escola já tornou-se um ponto de

referência para sua comunidade

Para se comunicar com a comunidade escolar, a Direção da escola se utiliza

de mecanismos que são adequados às diversas situações. De modo geral, as

reuniões, tanto as de caráter consultivo quanto para dar ciência sobre os diversosatos e decisões da escola, são realizadas através de convocações e notificações. A

escola se comunica ainda com a comunidade através de fixação de material para

divulgação em murais, tanto da escola, como em pontos comerciais como

mercados, farmácias, etc, e ainda através de bilhetes, comunicados, rádio, jornal,

telefone e o site da escola na internet.

O processo de tomadas de decisões dentro do universo escolar, apesar da

gerência da Direção, é feito de forma democrática e organizada, onde procura-se

ouvir todos os setores, segmentos e indivíduos envolvidos, da comunidade escolar,principalmente alunos, debatendo-se pontos polêmicos até o ponto do consenso

entre maiorias e/ou votação.

É importante ressaltar, que não existe unanimidade num universo tão grande

de pessoas como o nosso, em razão disso, as decisões são tomadas, baseadas no

consenso de maiorias e bom-senso das minorias, principalmente quando assuntos

polêmicos entram em votação. De qualquer forma, a Direção procura propiciar e

garantir, na medida do possível, as formas democráticas de organização e atuação

dos setores, segmentos e indivíduos envolvidos neste universo.A Direção da escola, prefere manter o processo administrativo e de gestão

pedagógica como assuntos de igual importância, que interessam a toda a

comunidade escolar, estimulando a participação de todas as instâncias colegiadas

nos processos decisórios e trabalhos a serem desenvolvidos, prestando contas

publicamente das aplicações de recursos, buscando sugestões, na alocação,

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distribuição e aplicação de novos recursos materiais, financeiros e humanos.

Buscando parcerias junto a comunidade no desenvolvimento dos projetos e eventos

pedagógicos, como ocorreu, por exemplo, com a realização da semana cultural.

Mantendo desta forma, uma administração linear e horizontal, não privilegiando a si

mesma e nem outras instâncias, setores ou indivíduos nestes processos, reservando

para si e outras instâncias papéis de igual importância na administração da escola e

gestão do processo pedagógico, sem deixar de atuar como instância máxima de

decisão dentro da comunidade escolar em momentos de impasse.

Outro aspecto que se deve ressaltar é a fácil acessibilidade a Direção, tanto

dentro como fora do horário escolar. Lembrando que estamos numa cidade

relativamente pequena, onde os relacionamentos, mesmo os de caráter profissional

acabam se tornando mais pessoais.O relacionamento entre o corpo docente e discente mantém as mesmas

características de liberdade, solidariedade, respeito mútuo às diferenças e de

tolerância recíproca, considerando que, os nossos estudantes estão em diferentes

estágios de desenvolvimento e, portanto, de compreensão, também são indivíduos

em formação. Portanto estamos conscientes, como educadores, de que o modo de

nos relacionarmos com eles, tem papel preponderante nesta formação e na maneira

que virão a perceber e se relacionar com o mundo. Consciência esta que

carregamos inclusive para nossas vidas pessoais, já que por estarmoscontextualizados em uma cidade pequena, os relacionamentos tendem para a

informalidade e acabam se tornando pessoais.

1.7 ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO ESCOLAR

No espaço físico conta-se com 17 salas de aula, todas equipadas com uma

TV multimídia muito utilizada pelos professores e ventilador. Além de atender oseducandos nos períodos normais, ainda oferece, em contra-turno, sala de apoio e

sala de recurso, àquele que tem necessidades especiais. A sala de apoio é para a

criança que vem para a quinta série com defasagem de aprendizagem nas

disciplinas de Português e Matemática. A sala de recursos destina-se a alunos com

Necessidades Educacionais Especiais.

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No espaço pedagógico além das salas de aula o colégio ainda tem:

secretaria, biblioteca, laboratório de química e biologia, laboratório de informática,

sala de vídeo, sala de direção, sala para equipe pedagógica, sala de professores e

sala para hora atividade. Todos os espaços pedagógicos mencionados, em termos

físicos, encontram-se totalmente defasados, em razão do aumento da demanda de

alunos dos últimos dez anos, pois praticamente triplicou o número de alunos

matriculados, de professores e funcionários. Embora os recursos necessários ao

funcionamento destes espaços, estejam em boas condições de uso e recebendo a

manutenção necessária sempre que possível.

A implantação do Laboratório de Informática, no atual ano letivo de 2008,

encontra-se em fase final, contando com um funcionário administrativo, graduando

em Sistema Informação e uma professora que foi integrante do CRTE para capacitarprofessores das várias áreas e funcionários, na utilização dos recursos multimídias

que hoje integram a rotina escolar. Estando a disposição de alunos, professores e

funcionários.

A participação dos pais no Colégio Estadual “29 de Abril” se dá através APMF

e do Conselho Escolar atuantes, que além de participar e colaborar com a escola

nos processos de decisão em relação aos aspectos pedagógicos, administrativos e

financeiros, ainda auxiliam a direção nas atividades sociais e assistenciais, como

promoção de eventos com a finalidade de cooperar com a direção nas despesasemergenciais. Sendo que ainda o Conselho Escolar, é reunido quando solicitado,

com a finalidade de opinar no bom desempenho pedagógico do estabelecimento.

Os alunos do Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio

formaram o grêmio estudantil, o qual foi denominado Grêmio Estudantil “Castro

Alves” e que atualmente encontra-se desativado, aguardando a eleição dos novos

membros, em data a ser marcada.

1.8 RECURSOS PEDAGÓGICOS E DE MULTIMÍDIAS

A utilização dos espaços onde estão disponíveis os recursos pedagógicos e

de multimídia, devido a defasagem em relação a real necessidade, se faz de

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maneira de maneira livre ou organizada através de reservas com antecedência ou

agendamentos.

TABELA 4 – ORGANIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃODOS RECURSOS MULTIMÍDIAS

Fonte: Equipe Pedagógica do Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio

1.9 ORGANIZAÇÃO DO TEMPO ESCOLAR

De acordo com a legislação, lei 9394/96 art. 23 e Lei Complementar n°170/98

art. 25, o ano letivo será de 200(duzentos) dias de efetivo trabalho escolar, com uma

carga anual de 800 (oitocentas) horas, fracionadas em uma jornada escolar diária,

no Ensino Fundamental e Médio, de no mínimo 4(quatro) horas de efetivo trabalho

escolar, dividido em cinco aulas de 50(cinqüenta) minutos. As aulas no período

matutino iniciam-se as 07(sete) hora e 30(trinta) minutos, com encerramento as

11(onze) horas e 50(cinqüenta) minutos, no período vespertino iniciam-se as

13(treze) horas 15(quinze) minutos com término às 17(dezessete) hora e 25(vinte e

cinco) minutos, no período noturno iniciam-se as 19(dezenove) horas com término

às 22(vinte e duas) horas e 30(trinta) minutos. A escola está com o seu tempo

dividido em quatro bimestres e a sua modalidade é a seriada.

A organização e formas de utilização didática-pedagógicas do tempo escolar,

com exceção do que já vem previsto pelos órgãos superiores de educação, estão

TECNOLOGIA QTD UTILIZAÇÃO

COMPUTADORES 27

20

7 PARA USO INTERNO EM FINS ADMINISTRATIVOS

PROJETOR 1 DISPONÍVEL PARA USO ATRAVÉS DE AGENDAMENTO

TV MULTIMÍDIA 16 UTILIZADA LIVREMENTE PELOS PROFESSORES

TV 2

DVD 2

COMPUTADORESPARA FINS

PEDAGÓGICOS

A DISPOSIÇÃO DOS PROFESSORES A QUALQUER MOMENTO, A DISPOSIÇÃO DOS ALUNOSCOM AGENDAMENTO PRÉVIO

COMPUTADORESEM DEPENDÊNCIASADMINISTRATIVAS

UMA SE LOCALIZA NA SALA DOS PROFESSORES PARA A RECEPÇÃO DO CANAL PAULOFREIRE E OUTRA SE ENCONTRA DISPONÍVEL ATRAVÉS DE AGENDAMENTO NA SALA DVÍDEO

UM É UTILIZ ADO EM CONJUNTO COM A TV MULTIMÍDIA E OUTRO SE ENCONTRA DISPONÍVELATRAVÉS DE AGENDAMENTO NA SALA DE VÍDEO

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discriminadas em nosso Calendário Escolar (em anexo) e são determinadas

democraticamente pela comunidade. Neste processo a comunidade escolar é

consultada, para que não haja coincidências de datas de eventos entre outras

escolas, levando em conta a disponibilidade dos professores e outros segmentos

envolvidos, a fim de não sobrecarregar professores, alunos e funcionários e

comprometer a qualidade dos trabalhos previstos. Buscando garantir ainda a

qualidade das atividades, eventos e trabalhos previstos, o Calendário Escolar do

Colégio 29 de Abril encontra-se a disposição de toda a comunidade escolar no site

da escola, afixada em local público, de fácil visibilidade e acesso e ainda é

distribuída cópias individuais pela direção da escola durante todo ano letivo.

As reposições de aula obedecem um calendário específico, cuja elaboração,

participam professores, alunos e comunidade. Tal necessidade vem do fato destasreposições ocorrerem sempre aos sábados, assim a comunidade tem que ser

avisada para que enviem seus filhos e que também se possa providenciar o

transporte escolar, que pertence à Secretaria Municipal de Educação, sem o qual

torna-se impossível o acesso a escola pela maioria dos alunos. Após a consultar os

professores, estudantes, famílias e comunidade, são definidas as datas e todos os

professores que tenham algum tipo de reposição a fazer podem se inscrever

livremente, junto a direção e equipe pedagógica, podendo o professor inclusive,

escolher entre as datas definidas previamente pela comunidade escolar, o melhordia para fazer a sua reposição.

Esta forma democrática de organização do Calendário de Reposição procura

satisfazer as necessidades da escola, sem deixar de levar em consideração, a

disponibilidade tanto do professor como dos alunos. Este procedimento resolveu

definitivamente, um grande impasse dentro da escola, no que se refere a reposição

de aulas, pois o professor pode se organizar e se preparar melhor no seu trabalho,

diminuindo assim a ansiedade e tensão que este assunto causa dentro do ambiente

escolar. Ainda deve-se mencionar aqui, que a efetivação deste calendário passaobrigatóriamente pela aprovação dos setores competentes do Núcleo Regional de

Ensino. Após a definição das datas, horários e professores, este calendário é

amplamente divulgado junto a comunidade escolar.

Em relação a hora atividade é organizada por professor, onde se procura

combinar os horários das áreas afins, mas devido às dificuldades da compatibilidade

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de horários, nem sempre é possível reunir todos, pois os professores, de maneira

geral, atuam em várias escolas. Para este impasse, não parece haver solução a

curto prazo, pois também há o problema da grande rotatividade de professores

durante o ano letivo, como é comum em escolas do mesmo porte. Mas como o

ambiente de trabalho favorece os relacionamentos mais pessoais, existem muitas

trocas de experiências entre os professores das diversas disciplinas e embora

alguns elementos ainda se mostrem um pouco mais resistentes, a

interdisciplinariedade e a multidisciplinariedade tornou-se um fator natural entre

vários de nossos professores. Até mesmo idéias, problemas e dificuldades

encontradas no cotidiano escolar por este ou aquele professor, são discutidos

abertamente durante a hora atividade entre os profissionais das turmas envolvidas

ou não, facilitando em muito a procura de soluções.

1.9.1 PROCESSO DE ELABORAÇÃO E EFETIVAÇÃO DE PROJETOS

Em todos os seus aspectos, a escola procura agir dentro dos princípios da

gestão democrática, garantindo a participação e colaboração geral, não abrindo mão

em nenhum momento da participação de todos os segmentos que envolvem o

processo de elaboração e efetivação dos projetos que pretende desenvolver aolongo do ano letivo, seja em sala de aula ou envolvendo a escola como um todo.

Para tal, se utiliza do período de planejamento e capacitação no inicio de

cada semestre, para discutir a viabilidade dos mesmos. Os temas, as formas de

organização, execução e avaliação dos projetos, são definidos após reflexão e

debates dos quais tomam parte todos os segmentos da comunidades escolar,

baseado nos critérios e parâmetros também definidos pela comunidade.

Desta forma, procura-se respeitar os elementos envolvidos, sem

sobrecarregar professores e alunos, buscando-se alcançar uma melhor performancedos mesmos e, conseqüentemente, uma melhor qualidade nos trabalhos e

resultados.

Mas este processo não se limita apenas aos dias citados, também é

estimulado o desenvolvimento de projetos não previstos, mas que podem incluídos

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no cronograma e calendário de eventos da escola, após a realização do processo de

consulta à comunidade escolar.

Existem, porém, critérios e parâmetros pré-estabelecidos que

necessariamente, devem ser levados em conta para que a sugestão de alguma idéia

ou projeto, seja apresentado a comunidade, tais como: viabilidade, necessidade,

sua relação com os conteúdos a serem trabalhados, se os objetivos, as

metodologias e os instrumentos de avaliação, além de estarem estreitamente

relacionados, são adequadas a série-idade em que vai ser aplicado e as

possibilidades de envolvimento de outras disciplinas.

Tais critérios e cuidados são necessários, pois entende-se que toda a ação

desenvolvida em sala de aula com uma turma, envolvem todos os professores

daquela série, além dos alunos e até mesmo os agentes de apoio e técnicos-administrativos da escola por isso todos devem estar de acordo.

1.10 CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio, está

localizado no centro da cidade de Guaratuba (PR), motivo pelo qual a comunidade

interna é muito heterogêneas, pois presta atendimento a todas as camadas sociais,tanto aos filhos de comerciantes, agricultores, pescadores, funcionários públicos,

profissionais liberais, empregados domésticos e ao pessoal que trabalha com

recicláveis. A comunidade possuí aquele que necessita de auxilio, como quem pode

auxiliar, a escola encontra-se inserida numa cidade litorânea, onde grande parte dos

docentes e discentes vem para a cidade na alta temporada e quando a mesma

passa, não se adaptam e acabam por retornar a suas origens, ou deslocam-se a

outras regiões3, caracterizando assim a flutuação populacional.

3 A população fixa da cidade é de aproximadamente 35.000 habitantes, a qual sofre alteração

em épocas de feriado e temporada, atingindo a marca próxima de 300.000 habitantes.

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Em recente estudo 4realizado sobre o contexto sócio-familiar dos alunos, que

integram a realidade educacional de Guaratuba, revelou que a maioria dos nossos

alunos vem de famílias desestruturadas, cujos pais ou responsáveis possuem baixa

escolaridade (a maioria cursou entre a 4ª série e inicio dos anos finais do ensino

fundamental), é composta pela mãe que é a provedora na maioria dos casos e em

média tem de três a quatro filhos, unidos em sua maioria pelo parentesco materno. E

ainda que devido a ausência das mães que permanecem a maior parte do tempo

fora trabalhando, as crianças e adolescentes que formam nosso corpo discente,

permanecem sozinhas ou aos cuidados de irmãos maiores, vizinhas ou aparentados

(independente da classe social). O nível sócio econômico das famílias que compõem

o nosso universo escolar podem ser discriminados da seguinte forma: pela manhã

predominam os estudantes provenientes de famílias, com maior poder aquisitivo e àtarde predomina as famílias economicamente consideradas de baixa renda ou

vivendo abaixo da linha de pobreza, cuja renda familiar em baixa temporada, pode

chegar a menos de um salário mínimo.

Esta situação acima ocorre porque os estudantes provenientes das áreas

rurais e periféricas, devida a distância de suas comunidades, só podem estudar no

período da tarde. Embora haja predominância desta ou aquela classe sócio-

econômica num determinado período, convém ressaltar que a nossa realidade é

muito heterogênea nos dois turnos, refletindo em nossas salas de aula, adiversidade sócio-cultural tão característica do nosso município, havendo em nossas

turmas alunos provindos dos mais diversos níveis sociais e culturais.

1.11 ATENDIMENTO ESPECIAL

A escola tem alunos com Necessidades Educacionais Especiais e, em razão

deste fato, a mesma possui a Sala de Recurso que presta atendimento educacional

aos educandos que precisam deste serviço e passaram pelo processo de triagem(avaliação psicoeducacional).

4 O estudo aqui mencionado foi apresentado numa tese de Pós-Graduação em Gestão, Supervisão e

Orientação Escolar na Faculdade ISEPE – Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, no ano

de 2007, pela aluna Mabel Bortolan. 

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O atendimento recebido pelos alunos com necessidades educacionais

especiais, não se limitam apenas a Sala de Recursos, também são estendidos à

classe comum, na forma de orientação aos professores, funcionários, familiares e

comunidade em geral, pelos profissionais envolvidos na área.

Sendo que a presença dos profissionais especializados e/ou envolvidos

nesta forma de atendimento especial, se tornou obrigatória no acompanhamento não

só dos Conselhos de Classe, mas em todos os momentos em que a comunidade

escolar se reúne para discutir os rumos didáticos e pedagógicos das ações

educacionais que se pretende desenvolver ao longo do período letivo. Sendo as

orientações e colocações dos mesmos, bases para indicar os rumos do processo

pedagógico como um todo.

Desta forma, são tratados e definidos o desenvolvimento da Semana Cultural,entre outros. Cuja base do trabalho pedagógico é a interdisciplinariedade e a

multidisciplinariedade, com se pode perceber ao ler o descritivo do projeto, nos itens

7.1 e 7.2.

A atual administração do Colégio Estadual ’29 DE Abril’, resolveu um grande

problema no atendimento de alunos com necessidades especiais de atendimento ou

incluídos em projetos e atividades extra-classes, principalmente no contra-turno,

oferecendo a estes, a possibilidade de almoçar na escola, não necessitando mais o

aluno retornar a sua casa para isto. A solução deste problema, aumentousignificativamente a assiduidade e freqüência dos nossos alunos nas salas de

recursos, classes de apoio e outras atividades e assim, consequentemente, o seu

rendimento e desempenho escolar dos mesmos. Além de atender uma reivindicação

antiga da nossa comunidade, devida as distâncias dos bairros que atendemos. Para

tal foi desenvolvido um cardápio especial, que atendesse as necessidades básicas

de nutrição do aluno, incluindo arroz feijão carnes e saladas.

1.12 A ESCOLA QUE TEMOS

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Alguns professores são simpatizantes de trabalhar com projetos e outros são

mais tradicionalistas, mas através da formação continuada5 já estão mais flexíveis

na maneira de auxiliar ao educando a sistematizar seu conhecimento através de

muito questionamento, proporcionando o desenvolvimento da habilidade de pensar,

ou seja, fazer com que tanto educando quanto educador aprendam a aprender.

Como a comunidade interna é muito heterogênea, convive-se com educandos

que não apresentam o mínimo interesse em ampliar seus conhecimentos em

nenhuma das áreas. Acredita-se que o fato ocorre porque muitos são oriundos de

famílias totalmente desestruturadas e carentes de valores morais, sociais, religiosos

e financeiros.

Observa-se também, que entre as famílias que compõe a nossa realidade, em

sua maioria, não participam e nem priorizam a educação de seus filhos. Umpequeno número responde a convocações as reuniões e participam dos eventos

escolares. Vindo a escola apenas para tratar de assuntos relacionados a indisciplina,

quando notificados, não se interessando nem mesmo pelos boletins. Por outro lado

também não se preocupam em acompanhar tarefas de casa, trabalhos escolares,

participar de eventos e reuniões, etc.

A dificuldade em conseguir uma participação mais efetiva dos pais nas

Instãncias Colegiadas da escola, tem comprometido o funcionamento das mesmas.

Como no caso da APMF, cuja participação dos pais nas reuniões, eventos edecisões é pífia, pois os mesmo alegam falta de tempo e excesso de trabalho,

embora venha se conseguindo alguns progressos neste sentido.

Entre as novas posturas adotadas pela escola, a fim de participar aos pais

sobre o rendimento escolar, acontecimentos ou dificuldades que seus filhos venham

tendo durante o ano letivo, professores, equipe pedagógica, funcionários num

esforço conjunto, telefonam sempre que possível para prestar informações sobre

estes fatos, recebendo uma resposta positiva em relação ao posicionamento dos

pais em relação a escola. Tornou-se nossa meta, reforçar os mecanismos decomunicação da escola com a família.

A baixa escolaridade dos pais, segundo o estudo já mencionado

anteriormente, realizado sobre a realidade educacional de Guaratuba, justifica o

5 Formação continuada será realizada conforme as datas indicadas pelo Núcleo

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exposto acima, vem a ser um outro empecilho na valorização da educação que os

filhos recebem na escola, pois a maioria das famílias não possuem expectativas ou

perspectivas de futuro na formação de seus filhos, visto que alguns, já atingiram na

5ª ou 6ª série, um maior grau de conhecimento que seus pais e às vezes, superior

há muitos integrantes das suas comunidades de origem. Em relação à freqüência

dos filhos, a preocupação com o recebimento da bolsa-família, resolveu em grande

parte o problema, mas não totalmente.

Outro fator preocupante dentro da nossa realidade é a evasão de alunos, na

maioria, do sexo masculino, que a partir dos 14 anos, abandonam os estudos para

trabalhar e contribuir com o orçamento doméstico, fenômeno que passa a correr

acentuadamente já no início do ensino médio.

Por ser uma cidade essencialmente turística, há o problema de faltas dosalunos nos dias anteriores e posteriores a feriados prolongados e temporadas de

férias de inverno e verão, visto que muitos alunos deixam de vir a escola para

auxiliar a família ou trabalhar, assumindo as responsabilidades domésticas em casa,

auxiliando os pais em seus respectivos trabalhos ou arranjando empregos.

Prejudicando sensivelmente o rendimento escolar destes estudantes.

Além das situações explicitadas acima, os problemas como drogadição,

alcoolismo, violência, sexualidade, gravidez precoce, somados a uma baixa infra-

estrutura social vem a se somarem aos principais motivos da evasão escolar.Devendo a estes fatores ainda, incluir-se a falta de segurança pública, que acabam

gerando ainda um clima de insegurança entre os profissionais e estudantes da

escola.

A falta de uma estrutura na área de saúde para encaminhamento de alunos

com dificuldades e distúrbios de aprendizagem, comportamento e conduta, para a

correta avaliação clínica por médicos especialistas, tem dificultado o

encaminhamento de alunos com possíveis necessidades especiais para

atendimento pedagógico educacional adequados, fazendo com que estes alunospermaneçam nas salas de aula, dificultando o desenvolvimento dos trabalhos

pedagógicos em sala de aula, que sem a orientação correta e adequada para cada

caso, os professores ficam sem saber como agir.

Dentro desta difícil realidade, tem que se incluir ainda, as dificuldades

profissionais da maioria dos professores, que enfrentam três jornadas de trabalho

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para darem conta de seu orçamento doméstico. Por último, mas não menos grave,

temos a alta rotatividade de professores, tanto QPM como PSS, o que dificulta em

muito a continuidade de trabalhos, projetos e políticas desenvolvidas para o

enfrentamento dos problemas e a conseqüente falta de participação e

comprometimento dos mesmos.

A resistência de alguns profissionais em se adequarem a realidade existente

e mesmo com a disponibilização dos recursos pedagógicos e tecnológicos atuais,

alguns resistem ao seu uso por falta de cursos de capacitação adequada para isto e

ainda, a falta de tempo disponível e, às vezes, até mesmo de recursos financeiros

para adquiri-la, tem constituído grande obstáculo para a melhoria da qualidade do

ensino em sala de aula.

Com os Cursos de Capacitação e Formação Continuada vem modificandoeste panorama e podemos afirmar, que já houve algumas mudanças significativas,

como por exemplo, o aumento do número de profissionais que estão, neste

momento, participando de algum curso oferecidos pela SEED ou não. A observação

nos mostra, que estas participações não estão limitadas entre os profissionais que

precisam de pontuação para elevação de nível na carreira. O PDE trouxe uma nova

mentalidade e postura profissional, despertando entre muitos, a consciência da

necessidade de atualizações constantes para o enfrentamento dos desafios que a

atual sociedade nos coloca. A prova são os resultados alcançados pela escola nosúltimos anos, provando haver uma real melhoria na qualidade das respostas

educativas que o 6estabelecimento vem oferecendo a sua comunidade. Embora

ainda não seja o ideal, nos aproxima mais dos objetivos desejados.

Os resultados obtidos pela escola no ano letivo de 2008 foram prejudicados

pelo Concurso de Remoção realizado no meio do ano, que levou a troca de

elementos na Equipe de Professores no meio do ano, causando prejuízos diretos no

que se refere aos aspectos didáticos e pedagógicos da escola. Outro fator que

interferiu drasticamente nos resultados obtidos, foi a crise de empregos que assolouo município desde o fim da temporada de verão de 2008, levando muitas famílias a

abandonarem o município e muitos dos nossos alunos a abandonarem a escola para

6 Todos os dados mencionados neste item, estão mais detalhados nos anexos que seguem

este trabalho.

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ajudar a família. Mesmo com este aumento nos índices de evasão e repetência no

Ensino Fundamental, os resultados ainda ficaram dentro dos esperados, dada as

circunstâncias. Mesmo assim estas variações percentuais nos preocupam muito e

se colocam como desafios a serem vencidos no ano letivo de 2009.

Ao compararmos a melhoria qualitativa nos resultados do Ensino Médio

concluímos que o fator que mais prejudicou o Ensino Fundamental foi a troca de

muitos professores em razão do Concurso de Remoção ocorrido no meio do ano

letivo, já que no Ensino Médio praticamente não houve troca de professores.

Mantendo-se portanto, a mesma equipe do inicio até o fim do ano letivo.

Estes fatores tem levado empresários locais, bancos, lojas, a pedir indicação

de alunos da nossa escola para preenchimento de vagas, como recentemente fez a

Caixa Econômica Federal, que hoje emprega dois dos nossos alunos.O Colégio Estadual 29 de Abril, mantém o maior Ìndice de Desenvolvimento

de Qualidade no IDEB 20087 (3,8%), mas ainda estamos muito abaixo dos índices

estadual, regional e nacional. Na Prova Brasil, mais uma vez o Colégio Estadual 29

de Abril obteve o maior índice do município (78,6) dentre as escolas estaduais,

apesar de estar abaixo da média estadual, ficou acima da média nacional.

Apesar dos obstáculos, não há como negar que houve uma melhora

significativa na qualidade do ensino ofertado em nossa escola desde a

implementação do Projeto Político Pedagógico no ano de 2006, conforme podemosobservar a seguir:

7 FONTE INEP / MEC – 2008 / conforme o site WWW.diadiaeducaçã[email protected] 

 /escolas –

*Os dados referentes ao ano letivo de 2008 estão incorretos no Portal. Os dados corretos

estão disponíveis para consulta na Secretaria do Colégio Estadual 29 de Abril.

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TABELA 5 – Rendimento Escolar – Ensino FundamentalCOLÉGIO ESTADUAL 29 DE ABRIL

RENDIMENTO ESCOLAR – ENSINO FUNDAMENTAL

OCORRÊNCIA

MATRÍCULA

INICIAL APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

ANO LETIVO 2006 866 67,9 25,5 6,5

ANO LETIVO 2007 782 78,1 14,4 7,3

ANO LETIVO 2008 978 70,6 17,2 12,1

FONTE: MEC – INEP 2008 – PORTAL DIADIA EDUCAÇÃO8 

TABELA 6 – RENDIMENTO ESCOLAR – ENSINO MÉDIOCOLÉGIO ESTADUAL 29 DE ABRIL

RENDIMENTO ESCOLAR – ENSINO MÉDIO

OCORRÊNCIAMATRÍCULA

INICIALAPROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

ANO LETIVO 2006 445 69,3% 14,4% 16,5%

ANO LETIVO 2007 357 82,6% 6,7% 10,6%

ANO LETIVO 2008 429 85,6% 6.5% 7.9%

FONTE: MEC – INEP 2008 – PORTAL DIADIA EDUCAÇÃO*

Ao compararmos a melhoria qualitativa nos resultados do Ensino Médio

concluímos que o fator que mais prejudicou o Ensino Fundamenbtal foi a troca de

muitos professores em razão do Concurso de Remoção ocorrido no meio do ano

8 Os resultados obtidos pela escola no ano letivo de 2008 foram prejudicados pelo Concurso de

Remoção realizado no meio do ano, que levou a troca de elementos na Equipe de Professores no

meio do ano, causando prejuízos diretos no que se refere aos aspectos didáticos e pedagógicos da

escola. Outro fator que interferiu drasticamente nos resultados obtidos, foi a crise de empregos que

assolou o município desde o fim da temporada de verão de 2008, levando muitas famílias aabandonarem o município e muitos dos nossos alunos a abandonarem a escola para ajudar a família.

Mesmo com este aumento nos índices de evasão e repetência no Ensino Fundamental, os resultados

ainda ficaram dentro dos esperados, dada as circunstâncias. Mesmo assim estas variações

percentuais nos preocupam muito e se colocam como desafios a serem vencidos no ano letivo de

2009.

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letivo, já que no Ensino Médio praticamente não houve troca de professores.

Mantendo-se portanto, a mesma equipe do inicio até o fim do ano letivo.

Contudo, houve uma melhora significativa nos Índices de aprovação no

Ensino Médio, com queda acentuada nos aspectos de evasão e repetência.

Demonstrando uma sensível melhora nos resultados referentes ao Ensino Médio.

Levando a escola alcançar resultados indiretos e muito positivos. A escola obteve o

maior índice de aprovação direta (sem cursinhos) em vestibulares, 75% dos alunos

que cursaram o 3º ano do Ensino Médio estão cursando o nível superior em

faculdades da região, Curitiba e Santa Catarina, em cursos como Pedagogia,

Contábeis, Administração, carreiras ligadas ao Magistério, inclusive em cursos

disputados como Medicina (UFPR), Odontologia, Direito, Tecnologias da

Informação, Engenharias, Enfermagem, Fisioterapia, Psicologia, Veterinária,Arquitetura, Jornalismo, etc.

A evasão escolar, tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio,

apesar de ter diminuído, é ainda muito alto e constitui hoje num grande desafio a ser

vencido, pois a maioria dos fatores que influenciam na permanência do aluno em

sala de aula, como foi visto anteriormente, extrapolam os limites da escola. Cabendo

portanto, a nós profissionais, procurar junto com a comunidade escolar, soluções e

alternativas, no sentido de minimizar os efeitos dos mesmos sobre nossos alunos.

Também estamos conscientes das nossas falhas e de que existe muitotrabalho a ser realizado no caminho da superação de nossos problemas. Sabemos

que a solução de muitos dos problemas enfrentados superam os limites da escola e

exigem uma ação conjunta das várias instituições sociais, mas estamos conscientes

da nossa responsabilidade e da parte da solução, que nos cabe9.

1.13 A ESCOLA ALMEJADA

Almeja-se uma escola que possibilite a formação de cidadão capaz de

interagir no mundo globalizado e competitivo ao qual está inserido.

9 - Todos os dados estatísticos apresentados encontram-se melhor detalhados em anexo.

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A Filosofia da escola é a educação mediada através da ação pedagógica para

a formação de cidadãos críticos, que conheçam seus direitos e deveres, conscientes

do que desejam para o futuro e preparados para interagir na sociedade atual.

Deseja-se uma escola com professores que amem a sua profissão, sejam

realmente comprometidos com a educação, que respeitem as diferenças individuais,

que busquem um ensino dinâmico, oportunizando uma troca de idéias e

experiências.

Idealiza-se uma escola que atenda a necessidade do educando, preocupada

com o pleno desenvolvimento: biológico, psíquico, cognitivo, emocional e cultural,

desenvolvendo-o em um todo.

Deseja-se uma escola, que seja sonhada como solução ou parceira social

natural, no enfrentamento dos problemas que atingem a comunidade em que estáinserida e conseqüentemente, a todos os profissionais e estudantes enquanto

cidadãos.

Uma escola que seja a porta de entrada para o mundo e para o futuro, que

seja um elemento de união e inclusão, que se torne um espaço onde as diferenças

desapareçam sob o véu da igualdade, liberdade, respeito e tolerãncia. Que se torne

acima de tudo, um espaço destinado à expressão máxima da justiça e da

democracia.

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2 ATO CONCEITUAL

2.1 HISTÓRICO

A sociedade e a instituição escolar no Brasil construíram uma relação de

inter-dependência, sendo que a escola reflete a sociedade, em seus aspectos

políticos econômicos e culturais, fortalecendo e servindo seus interesses, que

durante muito tempo significou apenas o fortalecimento da elite

Pode-se observar através da história que a sociedade sempre determinou o

papel que a escola deveria desempenhar a fim de servir os seus interesses,

interferindo drasticamente na finalidade a que a escola se destina.Dentro de

diferentes contextos históricos, “homens e mulheres atuaram e/ou atuam, nasociedade segundo suas concepções de mundo ou ideologias, e assim, expressam

suas maneiras de pensar, sentir e agir, estabelecendo relações de poder10. Desta

forma, diversas tendências pedagógicas, que traduziam os desejos e aspirações dos

diversos modelos sociais vigente, permearam a prática educativa, modificando a

compreensão do conceito de educação e do seu direcionamento através da história.

Historicamente surgiram três grandes grupos que classificaram estas relações

em três tendências, assim conceituadas:

a) Educação como redenção da sociedade:  que concebe os sereshumanos, como um conjunto de indivíduos que vivem num todo

harmonioso, seu único objetivo é integrar aqueles que de alguma

forma estão á margem do processo, mantendo e conservando a

sociedade tal qual ela se encontra. Tendo a educação o papel de

ordenar e manter o equilíbrio permanente do social e por finalidade a

adaptação do indivíduo à sociedade, sendo considerada acrítica, pois

não considera as diferenças individuais e/ou sociais. Denominada por

Demerval Saviane como “Teoria não-crítica da educação”.b) Educação como reprodução da sociedade: esta segunda tendência

se diferencia da primeira, por abordar a educação como ‘uma instância

dentro da sociedade e exclusivamente a seu serviço”. Sendo que a

10 Luckesi, - 1992 – Ed Cortez.

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diferença fundamental entre uma e outra é o fato de ser considerada

crítica por reconhecer os condicionantes econômicos, políticos e

sociais da educação, mas conceituada como “reprodutivista”, por que

apesar de reconhecer as mazelas do modelo social, se omite no

sentido de intervir na realidade sócio-econômica e cultural, se

limitando apenas a reproduzir seus elementos condicionantes,

considerando-os como determinantes. Demerval Saviane denominou

esta tendência de “Teoria crítico-reprodutivista”. Esta tendência não

propôs uma pratica pedagógica, apenas demonstrou como a educação

atua dentro da sociedade. Sem aprofundarmos estes aspectos desta

tendência, podemos citar Louis Althusser, que em seu livro Ideologia e

aparelhos ideológicos do Estado”, que classifica a escola como oprincipal aparelho de reprodução ideológica do Estado, a fim de

assegurar a hegemonia das classes dominantes.

c) Educação como transformação da sociedade: esta terceira

tendência compreende a educação e a escola como elementos de

mediação de projetos social. Tal tendência não tem a pretensão nem

de redimir e nem de reproduzir a sociedade, “mas de servir de meio,

ao de outros meios, para realizar um projeto de sociedade.”. Pretende

demonstrar que é possível realizar um trabalho educativo dentro deuma sociedade, considerando os seus condicionantes e determinantes

sociais, mas com a possibilidade de trabalhar pela sua

democratização, agindo de forma estratégica em busca de sua

transformação.

2.2 TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS

Baseadas nas interpretações que buscam compreender como se dá a relação

histórica entre educação e sociedade, abordaremos aqui as tendências

pedagógicas, que orientaram a pratica pedagógica em diversos momentos e

circunstâncias da história humana, dentro de uma perspectiva mais filosófica. A

abordagem destas concepções se tornam de grande relevância, pois permitirá a

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todos os professores e componentes do corpo docente refletir sobre suas ações e

situar-se dentro do processo pedagógico, buscando e encontrando sua identidade

como profissional, a partir da escolha da concepção filosófica que embasará sua

ações, uma vez que cada uma destas tendências serão aqui apresentadas de

acordo com as finalidades sociais da escola.

A educação brasileira, nos últimos cinqüenta anos vem sendo influenciada

pelas tendências pedagógicas liberais, oscilando entre sua forma renovada e sua

forma conservadora. Devendo-se esclarecer aqui, que o termo “Liberal”, não tem

o sentido de liberdade, abertura, democrático ou avançado como costuma-se utiliza-

lo pois sustenta idéia de que a escola tem por “função preparar os indivíduos para o

desempenho dos papeis sociais, de acordo com as aptidões individuais”, adaptando-

se à sociedade, as suas normas e valores, sem levar em conta as desigualdadessociais e culturais e a relação professor e aluno, se dá de forma hierarquizada e se

caracteriza pela impessoalidade e totalmente alheia à realidade que os cerca, já que

os conteúdos, procedimentos didáticos privilegia a cultura geral, já que o aluno tem

que conseguir sua plena realização como pessoa, através de seu próprio esforço,

deixando a margem do processo aqueles que devido os obstáculos e dificuldades

criados pelo seu meio e realidade contextual não conseguem atingir ou se

desenvolver dentro do processo educativo. Por essa razão o termo liberal, de forma

alguma, pode ser considerado dentro do conceito de liberdade e democracia, poisao ignorar as diferenças individuais e de classes, se torna excludente e anti-

democrática, alheia as finalidades sócio - políticas da educação, tornando a escola,

um meio de reprodução da sociedade, reproduzindo as suas mazelas e

desigualdades. Portanto a ênfase ao aspecto cultural, nada mais é que uma

resposta ao sistema capitalista imposto na época, pois embora, enfatize a idéia de

igualdade de oportunidades, ignora as desigualdades de condições.

A tendência pedagógica Liberal, em sua forma “renovada”, enfatizado

aspecto cultural como desenvolvimento das aptidões individuais, considerando aeducação como um processo interno, a fim de adapta-lo ao meio, a partir de sua

necessidades e interesses pessoais. A prática pedagógica se caracteriza pela

repetição (treino), é receptiva e mecânica. A tendência Liberal Renovada ainda

subdivide-se em duas: renovada  progressivista ou prragmática e a renovada

não-diretiva.

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A Renovada progressivista ou pragmática, é enfatizada e divulgada pelos

pioneiros da educação, tendo Anísio Teixeira como expoente. È influenciada pelas

teoria de Montessori, Decroly e também por Piaget. A Renovada Não - Diretiva,

voltada para os objetivos da auto-realização e aprimoramento das relações

interpessoais, tem em Carl Rogers, seu maior expoente. Existindo ainda a sua

vertente conhecida como Liberal Tecnicista, colocando a educação como serviço de

uma sociedade caracterizada pela industrialização e o desenvolvimento tecnológico,

com a única função de suprir as demandas de mão de obra da sociedade e

preparação de recursos humanos, devendo a escola ajustar os alunos ao alcance da

metas e objetivos políticos, econômicos e sociais. O processo de aprendizagem e os

conteúdos tornam-se secundários, apenas as formas e técnicas de aplicação do que

é aprendido são enfatizados. Vendo na maximização da produção e qualificação damão de obra, as soluções para se equacionar e resolver as desigualdades sociais e

ao mesmo tempo, desenvolver uma consciência política, a fim também de servir

para a manutenção de um “Estado Autoritários”. A Tendência Pedagógica Tecnicista

ganha relevância por embasar duas Leis Educacionais, a 5.540/68 e a 5.692/71, que

por muitos anos, direcionou os objetivos educacionais no país, sendo que a primeira

reorganizou o ensino superior e a segunda, o ensino de 1º e 2º Graus no país.

Conforme se observou através da história, a Tendência Pedagógica

Tecnicista não chegou a ser absorvida pelos professores como ideário pedagógico,pelo menos nas escolas públicas, que sempre resistiram a sua imposição.

A postura pedagógica do professor das escolas públicas, sempre tendeu para

uma postura mais eclética, mas sempre em torno dos princípios pedagógicos

assentados nas pedagogias tradicional e renovada.

Como resposta às tendências pedagógicas que subordinavam a escola aos

modelos de sociedade, que variavam conforme os interesses da elite dominante,

surge a Concepção Pedagógica Progressista ³, sendo que o termo “progressista”,

criado por Snyders, passou a designar as tendências pedagógicas que sefundamentam na análise crítica das realidades sociais, e que, portanto, fortalecem

as finalidades sócio-políticas da educação. Como parte da análise crítica de

realidades específicas onde aluno e professor estão inseridos, sua

institucionalização tornou-se impossível dentro de um modelo social e econômico

essencialmente capitalista. Desta forma, esta Concepção Pedagógica tornou-se um

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instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais, que já não

podiam conceber o processo educativo, como um procedimento alienado de uma

realidade e muito menos, uma relação professor e aluno descontextualizada. Desta

forma, os conteúdos passaram a ter maior significância, mais o seu significado só

poderia ser atribuído, após sua confrontação com a realidade social. e a escola

passou a considerar o seu papel transformador.

A Pedagogia Progressista tem se manifestado em três tendências: a

libertadora, conhecida como Pedagogia de Paulo Freire; a libertária que reúne os

defensores da auto-gestão pedagógica; a crítico-social dos conteúdos.

Como as tendências pedagógicas Libertadora e Libertária, valorizam o

processo individual grupal (participação em discussões, assembléias, etc) do que

aos conteúdos. Sendo que a prática educativa só alcança seus objetivos comoprática social junto ao povo. Desta forma, tais ideários pedagógicos não

sobreviveriam, se limitadas a instituição escolar, motivo pelo qual continuam sendo

aplicadas como práticas pedagógicas populares “não formais”.

A fim de sintetizar e superar as pedagogias em suas concepções tradicionais

e renovadas, surge a Tendência Pedagógica Histórico-Crítico-Social dos Conteúdos,

que sugere a ação pedagógica eficiente se inserida na prática social concreta. Desta

forma a escola passa a ter a função de mediadora entre o individual e o social,

“exercendo aí a articulação entre a transmissão de conteúdos e a assimilação ativapor parte de um aluno concreto, (inserido num contexto de relações sociaIs); dessa

articulação, resulta o saber criticamente reelaborado.”

2.3 FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DO COLÉGIO ESTADUAL 29 DE ABRIL

Como se pode observar a escola sempre desempenhou um papel

fundamental no fortalecimento ou transformação de modelos sociais, políticos eeconômicos vigentes, através da história, portanto, o seu papel nunca foi de

neutralidade. A consciência da importância do papel que a escola ocupa dentro da

sociedade, traz novas significações ao trabalho que a nossa escola pretende

desempenhar, junto à comunidade da qual faz parte, abrindo assim novas

perspectivas de ação.

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As Concepções educacionais e pedagógicas explicitadas anteriormente,

ainda permeiam o nosso ambiente escolar, transparecendo nas práticas escolares,

desta forma, devemos, então, aqui refletir sobre a importância da intencionalidade

contida no Projeto Político Pedagógico que aqui se apresenta, pois através dele

propomos a realização de uma ação educativa transformadora, através da

problematização dos conteúdos baseados na realidade, onde escola, aluno e

professor estão inseridos. Procurando promover a aproximação, do educador com o

educando dentro do espaço escolar, objetivando contemplar a pluralidade da

vivência dos diferentes grupos sociais e a diversidade cultural que habitam dentro

deste mesmo espaço.

Os avanços científicos e tecnológicos somados ao fenômeno da globalização,

transformam os conhecimentos, modificando a realidade que nos cerca num ritmovertiginoso. Diante disto, a nossa escola sente a necessidade de se preparar para

enfrentar o grande desafio, que é o de corresponder as demandas da sociedade

moderna, preparando e instrumentalizando os seus alunos para se enganjarem e

atuarem de forma eficaz e eficiente dentro desta sociedade. Dentro da realidade do

Colégio Estadual 29 De Abril, foi conceituada como uma sociedade dinâmica,

individualista, capitalista, culturalmente heterogênea, socialmente injusta,

preconceituosa e excludente, isto nos obriga a refletir de modo dialético sobre a

realidade que nos cerca, onde a compreensão do individual só pode ser entendida apartir do seu equilíbrio com o universal. Então, entendemos que o processo

educacional deve visar o pleno desenvolvimento do indivíduo, a partir de sua

realidade contextual históricamente construída, oferecendo conhecimentos e

instrumentos que o permitam desenvolver suas potencialidades, visando a formação

de um cidadão, capaz de atuar criticamente sobre a realidade que o cerca,

buscando a satisfação de suas expectativas, através da satisfação das expectativas

e necessidades que esta realidade possui.

O ser humano é um ser biológico, psíquico, emocional, social e histórico.Seguindo esta concepção de “homem”. Devemos entender que a complexidade

humana se constrói historicamente, através da interação do sujeito com o seu meio

sócio-cultural, onde ao mesmo que o determina, também é determinado por ele.

Dentro desta concepção, temos que considerar a relação existente entre afetividade

e cognição e a relação direta de ambos os aspectos com o processo de ensino e de

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aprendizagem. As emoções estão presentes quando se busca conhecer, pois é

inerente ao ser humano estabelecer relações afetivas com qualquer ação que venha

desenvolver e quando se trata de ensinar e aprender, não podia ser diferente, pois a

afetividade na construção do conhecimento (cognição) é elemento primordial. A

afetividade é o que move os indivíduos dentro do processo de construção do

conhecimento, determinando inclusive, a velocidade da construção de determinado

conheciemento A capacidade intelectual ( inteligência) e afetividade se estruturam

“nas ações e pelas ações dos indivíduos. Tanto a inteligência como a afetividade 

são mecanismos de adaptação”, que “ permitem aos indivíduos construir noções 

sobre os objetos, as pessoas e as situações, conferindo-lhes atributos, qualidades e 

valores. Assim contribuem para a construção do próprio sujeito, sua identidade e 

visão de mundo” 

11

. Dentro deste processo de construção e estruturação cognitiva, a afetividade

pode ser classificada como o elemento ‘regulador ’, que determinará as escolhas que

o indivíduo fará ao longo da vida, seus objetivos, escolha de valores e princípios

morais e éticos que o nortearão na “valorização de determinados elementos,

situações e eventos. Sentimentos de amor, ódio, alegria ou tristeza podem levar o 

indivíduo a procurar ou evitar determinadas situações ou pessoas.

Na relação professor e aluno, os aspectos afetivos e cognitivos de ambos,

influirão decisivamente no modo, como se dará esta relação. Na interação professore aluno, ambos construirão imagens um do outro, atribuindo significados e intenções

nas ações desenvolvidas por eles dentro do processo de ensino e de

aprendizagem, gerando uma série de expectativas recíprocas, estabelecendo uma

relação do professor com o aluno e do aluno com professor, que se dará de forma

harmoniosa ou não.

Para que a relação professor e aluno aconteça de forma harmoniosa, e

ambos se realizem e satisfaçam as suas expectativas, facilitando o processo de

pedagógico, é importante que o professor perceba que certas manifestações decomportamento de seus alunos, são formas de expressão do modo que seus alunos

o vêem e o percebem, dentro do processo de ensino e de aprendizagem, então é

importante que o professor crie procedimentos buscando avaliar, quais significações

11 Silva, Ana Lucia. Revista Espaço Acadêmico, 2003

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e transformações comportamentais que mais condizem com os objetivos iniciais de

suas ações educativas e pedagógicas. Outro fator muito importante, é o professor

ter em mente, que o seu modo de agir, pensar, sentir e também as formas de

expressar este conjunto de sentimentos que compõem sua personalidade, o

influenciará no desenvolvimento de seu trabalho, influenciando no relacionamento

resultante com sua classe e, portanto nas formas de ensinar e aprender, pois estes

relacionamentos se dão de forma recíproca, interativa e de influência mútua.

Assim sendo, o Colégio Estadual “29 de Abril” passa a ter uma visão dialética

da realidade que a cerca e dos sujeitos que compõem esta realidade, onde as

diferenças individuais, resultam na pluralidade social e diversidade cultural que

constituem o espaço escolar.

Para que se efetive uma pratica educacional inclusiva e igualitária, baseadanos princípios da cidadania e da solidariedade humana, que objetive uma

transformação social, através da formação de indivíduos críticos, motivados,

comprometidos com a busca por uma sociedade justa e igualitária, conscientes de

seus direitos e deveres, para o exercício pleno da cidadania, com visão de futuro, é

necessário que a escola se reformule, visando se tornar uma instância mediadora do

conhecimento científico, historicamente elaborado, fazendo com que os conteúdos

venham a ter ressonância e significado na vida do aluno. A prática docente tem que

ter na realidade social o seu ponto de partida e de chegada e cabe a escola criar ascondições para que tais objetivos sejam atingidos.

2.4 PRINCÍPIOS DIDÁTICO- PEDAGÓGICOS DO COLÉGIO 29 DE ABRIL

Nos ideais da Concepção Pedagógica Histórico-Critico-Social dos Conteúdos,

devidamente adaptada à nossa realidade escolar contextual, o Colégio Estadual 29

de Abril, enquanto comunidade escolar, encontrou a resposta para a superação doimpasse educacional que aflige os docentes de forma geral: como tornar o processo

de ensino e de aprendizagem, num processo significativo, tanto para os professores

como para os alunos. Colocando professor e aluno, como sujeito ativos dentro do

mesmo processo, onde os conteúdos, tratados de forma multidisciplinar,

transdisciplinar e interdisciplinar, só se tornarão significativos através da

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competência técnica do professor, que dentro desta concepção, se tornará livre para

escolher as metodologias e procedimentos que julgar adequados e eficazes, a fim

de garantir que sua ação profissional se torne uma prática social, refletindo e

modificando o meio sócio-cultural dos seus alunos, passando o aluno a ter uma

participação também ativa dentro do processo, criando uma ruptura entre teoria e

prática.

A partir desta perspectiva, os conteúdos curriculares, baseados nos

conhecimentos cientificos universais, históricamente construídos pela humanidade,

não podem e nem devem ser apresentados para os educandos, como verdades

absolutas e imutáveis que devem ser memorizados. Devendo estes conhecimentos,

passar obrigatoriamente pela confrontação e experimentação dos educandos,

problematizando estes conhecimentos a partir da realidade contextual queemolduram o processo educacional. Sendo que, os educandos baseados em sua

vivências, experiências anteriores, advindas de suas realidades sócio-culturais, (não

com o objetivo de reinventa-los), mas com o objetivo de, através da interação com

os mesmos, deverão internalizar estes conhecimentos como parte de seu acervo de

conhecimentos experiências e vivências pessoais. Garantindo assim uma melhora

qualitativa do processo de ensino e de aprendizagem.

Dentro desta abordagem metodológica, a utilização dos recursos técnicos e

multimídias são realizados, de forma ampla, pelo professor e pelos alunos.Primando pela liberdade e autonomia do professor na condução do processo de

ensino, estimulando e promovendo a liberdade e autonomia do aluno também, na

condução do seu processo de aprendizagem. O empregos dos recursos multimídia,

recentemente disponibilizados, tornaram-se uma forma de trazer o mundo para

dentro da sala de aula, multiplicando as formas de experiências do aluno e o

conteúdo a ser trabalhado. As inúmeras possibilidades que estes recursos oferecem,

ainda estão sendo exploradas como novidade por grande parte dos professores,

mas não há como negar, que o processo de ensino e de aprendizagem foidefinitivamente alterado, em benefício tanto dos professores como dos alunos.

Nesta escola, são considerados recursos, tudo que de alguma forma possa a

vir a facilitar o trabalho de ambos e propiciar experiências plenas de aprendizagem.

Cabendo ao professor organizar a utilização e aplicação dos mesmos, conforme os

objetivos que se pretenda atingir. Mas estes procedimentos também exigem uma

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equipe pedagógica e de apoio sempre pronta para prestar auxílio e providenciar o

suporte ao professor, sempre que necessário se faça, exigindo de todos mais

esforço, disposição e interação entre os indivíduos das várias equipes.

O processo de avaliação dos resultados dos procedimentos pedagógicos e

educacionais dentro desta perspectiva, exige que seja feita de forma diária, contínua

e processual, no qual o professor de uma disciplina se obriga a consultar outros

durante o desenvolvimento dos trabalhos e avaliação dos alunos, que tem suas

performances avaliadas tanto de forma individual como coletiva, mas nunca de

forma descontextualizada, garantindo a multidisciplinariedade e a

interdisciplinariedade do necessárias a formação do indivíduo. Obedecendo a

critérios e parâmetros pré-estabelecidos de acordo com a realidade e as condições

que o trabalho proposto se desenvolverá, o que também exige por sua vez, oenvolvimento de todos os integrantes da comunidade escolar. Por exemplo, após

trabalhar-se temas como o Aquecimento Global, oferecendo como base para o

aluno, os conhecimentos das várias disciplinas envolvidas, devidamente adequados

à fase de compreensão em que se encontra, é inconcebível que o mesmo não mude

seus hábitos, não jogando lixo no lixo.

Deste modo, pode ainda, o professor auto-avaliar suas ações sempre que

necessário, como um processo que não, necessariamente, dependa de calendários

escolares, pois este processo de avaliação do professor acontecerá mais como umprocesso de reflexão pessoal a fim de orientar e aperfeiçoar a sua técnica

profissional, retirando-o do seu atual papel de mero transmissor de conteúdos,

levando o professor, abandonar seu papel de ator e expectador do processo ensino-

aprendizagem.

Dentro desta abordagem, esta escola dá um passo a frente no papel

transformador, pois desenvolve suas ações a partir das condições já existentes,

buscando supera-las, consciente dos seus condicionantes históricos sociais,

tomando a diversidade cultural e o pluralismo social não mais como obstáculos parasua atuação, mas sim como pontos de partida para uma intervenção crítica, eficaz e

eficiente dentro de diversos contextos. Realizando uma ação educativa dentro dos

princípios da democráticos e da educação inclusiva que orientam a educação

contemporânea.

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Mesmo entre os professores mais resistentes as mudanças, com raras

exceções, se tornou um consenso geral os benefícios desta forma de ensino, já que

não rompe com a tradição, mas torna a utilização de metodologias tradicionais como

recursos a mais e não únicas, para o professor, estimulando e promovendo a

autonomia e liberdade do professor na gestão do processo de ensino e

aprendizagem em sala de aula. Além de tornar o trabalho do professor, no

enfrentamento de problemas e desafios, menos solitário e mais produtivo, no sentido

de que sempre há alguém para dividir idéias e pronto para colaborar, movidos pelo

interesse nos mesmos resultados. Assim sendo, vivenciamos hoje uma época de

descobertas e todos os dias, nos surpreendemos com novas maneiras de fazer o

que sempre fizemos dentro deste processo de troca entre os educandos e os

profissionais desta escola.Tais orientações didática-pedagógicas, vem surtindo efeitos sensíveis nos

resultados da escola, no que se refere aos aspectos qualitativos de ensino. Houve

uma redução muito grande dos Índices de Reprovação e Evasão, em relação aos

anos anteriores a 2007. Além disso, os nossos estudantes melhoraram

significativamente o seu desempenho nas provas e testes oficiais, destinados a

avaliar a qualidade do ensino ofertado nas instituições municipais e estaduais,

embora estes resultados estejam longe dos ideais pretendidos. No ensino médio

observou-se uma grande melhora no desempenho dos nossos alunos no ENEM12

.Ainda, observou-se um índice bastante alto de aprovação em vestibulares de

grandes faculdades, em carreiras disputadas e em concursos públicos e a rápida

inserção dos mesmos no mercado de trabalho dentro e fora de Guaratuba, embora

seja fato, ainda não existam dados estatísticos oficiais à respeito. O crescimento do

rendimento individual dos alunos e coletivos das turmas de Ensino Fundamental,

podem ser acompanhados bimestre a bimestre.

Outros aspectos observados é que esta nova postura, exige dos profissionais

envolvidos, maior conhecimento e domínio de técnicas e recursos de ensino,obrigando o coletivo da escola, mesmo os mais resistentes, a buscar atualizações,

cursos de aperfeiçoamento, capacitações e especializações. O cotidiano do Colégio

Estadual 29 de Abril é composto por um grande quadro de pessoal, dos quais cerca

12 Maiores detalhes dos resultados do ENEM encontram-se em anexo.

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de 85% estão neste momento, participando de algum curso de aperfeiçoamento

pessoal e/ou profissional, oferecidos pela SEED, ou não. Sendo que a oferta de

cursos oferecidos pela SEED, são muito disputados em nosso meio escolar,

provocando verdadeiras corridas por vagas. E o a formação oferecida pelo PDE,

tornou-se o sonho profissional de alguns e objetivo profissional de outros.

Por outro lado, já percebemos entre nossos estudantes, numa grande

maioria, um novo ânimo e uma nova postura diante da sua própria formação, na

forma de entender e perceber o mundo, refletindo esta nova postura, na forma de se

relacionar com a escola e com os professores, como bem mostram os resultados

oficiais obtidos.

Dentro da nossa realidade, sabemos estar longe ainda do alcance dos nossos

objetivos primeiros, mas não há como negar que já avançamos alguns passos nestesentido. Problemas e dificuldades são obstáculos necessários no desenvolvimento

de um trabalho como este e é na superação dos mesmos, que buscamos refletir e

nos aperfeiçoar.

2.5 PRÍNCÍPIOS NORTEADORES

Este Projeto Político Pedagógico, baseia se nos princípios da igualdade, daautonomia, flexibilidade, respeito mútuo, tolerância, solidariedade humana, justiça

social e cidadania. A definição destes princípios como norteadores do Projeto que

pretendemos desenvolver se dá em razão de buscarmos uma sociedade mais justa

e igualitária e, portanto uma escola de qualidade, inclusiva e democrática, que

atenda as expectativas da comunidade da qual faz parte.

2.6 OBJETIVOS GERAIS E ESPECÍFICOS:

Como se trata de uma escola de Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e

Ensino Médio, o nosso compromisso social é com a formação integral do indivíduo,

preparando-o para ocupar o seu lugar na sociedade com autonomia, que pensa e

age criticamente, consciente de seus direitos e deveres como cidadão, que procura

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o bem-estar individual através do bem comum, atuante dentro de seu contexto sócio

cultural, integrando a sua personalidade valores morais e éticos, criativo e inventivo,

pronto para enfrentar as dificuldades e valorizar a liberdade como um exercício

responsável da convivência em sociedade, dentro dos princípios universais de

cidadania.

Acreditamos que a escola tem como função específica a socialização do

saber, saber este historicamente acumulado pela humanidade.

Vale a pena ressaltar, que esta socialização deve passar não somente pela

transmissão pura e simples do conhecimento, mas também pela assimilação ativa

por parte dos alunos e pela reavaliação crítica dos conteúdos trabalhados, tanto

pelos professores como pelos alunos.

Parece-nos importante, ressaltar estas questões, pois desta formamostraremos que estamos preocupados também com a construção de novas

relações no seio da escola, mais especialmente, na sala de aula, nas quais a

participação e posicionamento dos alunos são essenciais

Para alcançarmos os objetivos propostos neste Projeto Político Pedagógico,

será necessário a mobilização de todos, pois o mesmo resulta de um processo

democrático, em que vários segmentos sociais e escolares e todas as estâncias

educacionais tomaram parte, na procura de soluções dos problemas apresentados

por esta instituição, indicando o caminho que deve-se seguir. Esta mesmamobilização será necessária para o alcance dos objetivos e manutenção dos

mesmos, pois o caminho escolhido é longo e o trabalho a que nos propomos é

árduo, contendo muitos obstáculos, mas não impossível de ser trilhado. Devemos

levar em conta que a elaboração e implementação do Projeto Político Pedagógico é

só o início do trabalho que todos se propõem a fazer e por esta mesma razão, não

pode ser considerado um trabalho pronto e acabado. Por ser um processo a ser

desenvolvido, deverá estar sempre em processo de reformulação, resultante sempre

das reflexões da eficácia e eficiência das ações desenvolvidas. O que implicará emprocedimentos como:

Implementação de um programa de formação de professores, que estimule e

aperfeiçoe o processo de troca de experiências, levando-os a reflexão da prática

pedagógica, e a procura de soluções pra problemas em comum.

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Programas e projetos que aproximem a comunidade da escola com o objetivo

de fortalecer as relações e laços de confiança já existentes na comunidade com a

escola, procurando manter a comunidade sempre informada sobre o andamento dos

trabalhos desenvolvidos.

Projetos e programas de estudo que levem os diversos setores profissionais

da escola a uma melhor integração, visando a conscientização da importância que

cada setor e indivíduo tem no desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico, com

o objetivo de fortalecer o espírito de trabalho da equipe.

Criação de métodos e instrumentos de avaliação, baseado num conjunto de

valores e conceitos, produtos da manifestação da realidade relevante, que sejam

partilhados por todos, com o objetivo de avaliar qualitativamente o andamento dos

trabalhos e orientar os próximos passos a serem dados, dentro do processo deensino e aprendizado.

Transformar o ambiente escolar num espaço voltado ao aluno, onde este se

reconheça e se sinta parte dele, respeitando e adequando a prática docente e o

trabalho escolar aos diferenciados níveis de desenvolvimento e necessidades no

qual se encontram, de acordo como as faixas etárias, com atividades pedagógicas e

lúdicas diferenciadas que atendam as suas necessidades.

Fortalecimento das Instâncias Colegiadas e aperfeiçoamento dos seus

mecanismos de atuação, buscando despertar nos pais e membros da comunidadeescolar, uma consciência de participação e responsabilidade sobre os resultados

obtidos na escola, em qualquer uma de suas áreas.

Quando falamos em reavaliação crítica, estamos atendendo, não só para o

processo em si do ato educativo, mas também para tudo aquilo que os alunos já

trazem enquanto vivência e formação cultural.

Para tais funções na escola conseguirem se realizar é importante estar sensível

ao mundo daqueles que são a maioria na escola: as classes populares. Este é um

dos compromissos que precisamos assumir. A vontade de fazer chegar até elas,conteúdos significativos e, portanto, que tenham relações com a sua vida cotidiana,

que permitam cada vez mais a compreensão de si, das coisas, que os cercam e das

relações entre ambos. Que consigam dominar instrumentos de compreensão e

análise da realidade. Se pensarmos em nossa prática como professores, podemos

identificar deslizes que acontecem na dinâmica do dia-a-dia da sala de aula. Pelo

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fato de não estarmos suficientemente preparados para conviver com as diferenças.

Isso faz com que seja um assunto difícil de ser abordado e é preciso encararmos

esta reflexão sem medo de sermos profissionais sem ética, desrespeitoso ou

preconceituoso.

Estas dificuldades estão presentes, são reais e dizem respeito ás diferenças

étnicas, sociais, de aparência física, de personalidade, de gênero, lingüísticas e de

estilo cognitivo.

Precisamos ultrapassar o ‘discurso’ do ‘politicamente correto’ para que

possamos encarar com seriedade o que de fato acontece nas nossas relações com

nossos alunos e as contribuições que vivenciamos neste processo.

Então, para alcançar o objetivo maior, pretende-se:

Com a adoção de procedimentos pedagógicos e administrativos, buscar umamaior articulação entre todos os segmentos escolares (desde o Ensino Fundamental

até o Ensino Médio) e entre as diversas áreas do conhecimento.

Baseados nos princípios da gestão democrática, transformar o espaço escolar

num espaço de aprendizagem social, onde a comunidade encontre lugar e voz na

busca e obtenção de objetivos de interesse comum, ensinando a cidadania através

da prática cidadã, buscando fortalecer e intensificar as relações já existentes entre

escola e a comunidade

Envolver alunos, professores, instâncias colegiadas e administrativas escolarese comunidade no processo educacional, com o apoio de grupos comunitários,

buscando desenvolver temas sociais como: direitos humanos, educação ambiental,

Agenda 21, valorização dos aspectos que compõem a cultura popular, saúde e

outros temas atuais e polêmicos da sociedade local, nacional e global.

Através do fortalecimento das instancias colegiadas da escola, a fim de torna-

las mais atuantes dentro do universo educativo e comunitário, para que possam

contribuir, de forma crítica e consciente, com o processo de elaboração, aprovação,

acompanhamento, avaliação e aplicação do Regimento escolar e da PropostaPedagógica, juntamente com os professores, equipe pedagógica e direção escolar.

Desenvolver integralmente a personalidade dos nossos educandos,

proporcionando bases para uma auto-formação geral e assistida, procurando nas

diferenças individuais, culturais e sociais fundamentos para uma prática pedagógica

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que levem a construção de uma sociedade mais justa e democrática, baseada no

respeito às diferenças e nos princípios da solidariedade humanas.

Melhoria da qualidade do ensino ofertado e aperfeiçoamento dos métodos,

procedimentos e recursos pedagógicos.

Ampliar a visão do corpo docente, em relação ao compromisso da escola com a

sociedade, através da reflexão sobre a importância da contribuição individual, que

cada membro de cada setor escolar tem a dar para o alcance dos objetivos

propostos no Projeto Político Pedagógico desta escola e, portanto, com autonomia

escolar.

Através de parcerias com a Secretaria Municipal de Educação, buscando uma

melhor articulação entre o ensino das séries iniciais do ensino fundamental e sua

continuação, nas séries seguintes, buscando integrar os objetivos educacionais dosdois sistemas de ensino.

Buscar intercâmbios de informações e trocas de experiências entre

profissionais dos dois sistemas de Ensino: municipal e estadual. Objetivando uma

melhor integração dos trabalhos realizados em ambos os sistemas dentro do

município, conscientizando profissionais, autoridades e comunidade que o trabalho

iniciado pelos profissionais da rede municipal será complementado pelos

profissionais da rede estadual.

Através da reflexão conjunta entre os diversos segmentos que compõe arealidade educativa de cada sistema de ensino, incluindo profissionais , autoridades

e comunidade, chegar a compreensão que o trabalho educacional desenvolvido

atualmente neste município, pelas duas redes de ensino, a municipal e a estadual, é

o mesmo, fazem parte de um mesmo todo e, que portanto, partilhamos objetivos

comuns. Sendo assim integrar e unir nossas ações seria uma forma de

aperfeiçoamento do trabalho pedagógico desenvolvido pelos profissionais

envolvidos, nas duas redes de ensino.

2.7 MATRIZES CURRICULARES

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FIGURA 1 – Matriz Curricular - Ensino Médio.Fonte: Equipe Pedagógica do Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio

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FIGURA 2 – Matriz Curricular – Ensino FundamentalFonte: Equipe Pedagógica do Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio

2.8 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

O conteúdo programático de sua grade curricular, atendendo a nova Lei de

Diretrizes e Bases (LDB 9394/96), que tem na cidadania seu eixo orientador a qual

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se compromete com valores que viabilizam a participação efetiva do aluno na

sociedade.

A inclusão de temas sócio-culturais no currículo transcende o âmbito das

diversas disciplinas e corresponde aos Temas Transversais, trabalhando-se ética,

diversidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho, consumo e

temas locais.

Diante da diversidade presente em nosso cotidiano escolar e, portanto, uma

gama variada de interesses, provindos das mais diferentes realidades sócio-

culturais, serão agregados aos conteúdos curriculares, temáticas que evidenciem os

diversos momentos e contextos históricos da comunidade.

Conforme a Concepção Pedagógica e os princípios filosóficos, que orientam a

nossa linha de trabalho, nos obriga a ter uma visão dialética e holística do processoeducacional. Desta forma, os conteúdos propostos pelos Parâmetros Curriculares e

Diretrizes Curriculares para a Educação Básica, deverão ser levados à sala de aula,

não como verdades herméticas, mas atribuídos de significado real. Tal significação

só pode ser conseguida, se o trabalho pedagógico a ser desenvolvido, parta da

realidade contextual que emolduram o processo de ensino e aprendizagem, através

do emprego de metodologias que se utilizem de técnicas e recursos tecnológicos,

que estimulem, propiciem e garantam a liberdade e autonomia dos envolvidos no

processo de ensinar e de aprender.O aprendizado dos conteúdos sistematizados tanto para o ensino

fundamental como para o ensino médio, implica no domínio da língua mãe,

princípios de reflexão matemática, noções espaciais e temporais que organizam a

percepção do mundo, princípios da explicação cientifica, convívio com a arte e as

mensagens estéticas, educação para o movimento e para a cidadania exigindo,

portanto o reconhecimento de alguns critérios de convívio coletivo.

2.8.1 LÍNGUA PORTUGUESA

Ensinar Língua Portuguesa é desenvolver um trabalho que leve o educando a

observar, pensar sobre o mundo, refletir a posição histórico-social do autor, levando-

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o a perceber as marcas de sua ideologia, que estão subjacentes em seu discurso

seja ele oral ou escrito.

Assim o educando torna-se um cidadão crítico e transformador para a

formação de uma sociedade mais justa e democrática.

O ensino da Língua Portuguesa deve ser concebido, atualmente como

possibilitador de competências lingüísticas no sentido de inserir o aluno em um

contexto globalizador e globalizante produzido pela mídia.

A escola deve proporcionar ao aluno a oportunidade de interagir com diversos

tipos de textos, demonstrar e valorizar as variedades lingüísticas que reflita as

diferenças regionais.

Além das variedades lingüísticas, que refletem diferentes valores sociais, o

ensino de Língua Portuguesa deve contemplar os diferentes gêneros literários,proporcionando ao aluno condições de ler/entender os vários tipos de discurso bem

como produzi-los, a partir de sua necessidade real. O aluno precisa ter consciência

dos diferentes níveis de linguagem e saber utilizar, a cada situação concreta, o

padrão lingüístico mais adequado, inclusive aquele exigido pelas situações mais

formais.

Considerando a relação estreita entre linguagem e pensamento, deseja-se um

aluno preparado para bons textos de acordo com os seus interesses e

necessidades, deseja-se um indivíduo produtor de idéias.

2.8.2 INGLÊS

A aprendizagem da língua estrangeira é também uma possibilidade de

aumentar a autopercepção do aluno como ser humano e como cidadão. O foco da

leitura pode ser justificado pela função social das línguas estrangeiras no país e

também pelos objetivos realizáveis tendo em vista as condições existentes. A escoladeverá demonstrar aos educandos a necessidade da língua estrangeira para a

negociação com os povos de outros países, e o quanto é importante saber

comunicar-se com outros povos.

Entre as línguas estrangeiras contemporâneas, o Inglês é a hegemônica,

dando particular acesso à ciência e a tecnologia, a comunicação intercultural e ao

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mundo dos negócios, sendo com certeza um diferenciador sócio-cultural. No

entanto, a posição dominante do Inglês no campo de negócios, na prática popular e

nas relações acadêmicas coloca-a como a língua do poder econômico e dos

interesses sociais. Em função do acima exposto, torna-se ainda mais necessária a

aprendizagem, a fim de criar condições de negociação, a troca e a interação, desde

que haja consciência crítica suficiente até para formular contra-discursos em

relação as desigualdades entre países e grupos sociais. Nesse sentido, o aluno

passa de mero consumidor passivo de cultura e conhecimento a criador ativo, pois o

uso de uma língua estrangeira é uma forma a mais de agir no mundo para

transforma-lo.

2.8.3 ARTES

Segundo a atual legislação educacional brasileira a arte passa a vigorar como

forma de conhecimento e trabalho, tendo sido incluída como componente curricular

obrigatório na educação básica, ensino fundamental e médio. A área de Artes se

refere ás linguagens artísticas, como História da Arte, as Artes Visuais, a Música, o

Teatro e a Dança.

Há quem entenda o ensino da arte exclusivamente como transmissão dediferentes técnicas, outros, como mera reprodução de repertórios estabelecidos, e

também aquele que considera a arte um momento de lazer, de auto-expressão, de

desconcentração das “Aulas Sérias”. O ensino da arte hoje, deixa de ter uma visão

meramente técnica de transmissão de conceitos de forma meramente imitativa,

como também refuta os princípios de “livre expressão”, do “deixar fazer espontâneo”,

sem interferência externa.

Na atual concepção, entende-se que aprender arte envolve não apenas

atividade livre de produção artística, mas também se compreender o que se faz e oque os outros fazem, através do desenvolvimento da percepção estética e do

conhecimento do contexto histórico em que foi feita a obra. Aqui, a arte será tratada

como um objeto de cultura, criada pelo homem e dentro de um conjunto de relações.

A arte faz parte das formas de conhecimento humano, apresentando especificidades

em relação às outras disciplinas. Seu lugar na escola é inquestionável, pois uma

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proposta de ensino democrático considera a vivência e o conhecimento artístico, um

direito de todos.

A educação integral não pode ser atingida somente pela instrução. Isto será

possível somente pelo trabalho integrado de todas as disciplinas através de

objetivos comuns que levem o educando não apenas aprender, mas dar significado

ao que aprende. Almeja-se que o educando seja levado a se conscientizar e

desenvolver a responsabilidade, a auto-educação, para que se torne agente de sua

própria educação Pretende-se formar indivíduos críticos, sabedores da sua

importância de homens num processo de formação do mundo, capazes de

transformar a realidade com tranqüilidade, objetividade, firmeza e justiça.

2.8.4 CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS

Repensar o papel das Ciências Humanas na escola básica e organiza-las em

uma área de conhecimento do Ensino Médio implica em relembrar as chamadas

“humanidades”, nome genérico que engloba as línguas e culturas clássicas, a língua

e a literatura vernáculas, as principais línguas estrangeiras modernas e suas

literaturas, a Filosofia, História e as Belas Artes.

A finalidade educacional inscrita nesse humanismo respondida por umaformação moras e cultural de caráter elitista, que remontava tanto a cultura clássica

antiga quanto ao humanismo renascentista, que a “modernizou”. No Brasil, esta

tradição esteve claramente representadas nos programas de ensino do Colégio

Pedro II, principal educandários das elites brasileiras durante o século XIX e parte do

XX. O regime republicano, nascido sob a marca do positivismo, instituindo “ordem e

progresso” como lema, iniciou um redimensionamento do papel das Ciências

Naturais do ensino no país, rompendo com a tradição “bacharelesca”, na promessa

de introduzir na escola secundária os conhecimentos voltados para a solução deproblemas práticos, que levassem a superar o nosso “atraso”, como se dizia.

Isso não quer dizer, porém, que se tenha abandonado ou negligenciado o

estudo da Língua Portuguesa ou de História ou de Geografia, disciplinas

estratégicas para a conformação de um imaginário social comprometido com um

ideal de “pátria”. E, assim, curiosamente, o ensino da humanidade era posto em

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cheque no mesmo momento em que principiavam os estudos que constituem os

primórdios de nossa Ciências Humanas, tocadas pelo mesmo pragmatismo que

presidia os estudos dedicados a compreensão de fenômenos da natureza.

2.9 ENSINO FUNDAMENTAL

2.9.1 DISCIPLINAS

2.9.2 LÍNGUA PORTUGUESA:

Há preocupação com a produção de textos, com o trabalho, com a oralidade,com a argumentação e há sempre a preocupação de dar ao público os textos dos

alunos, em forma de livros e exposições. Nos preocupamos também com que nosso

aluno tenha mais contato com livros, por isso empenhamo-nos na organização da

biblioteca, para ampliar o hábito da leitura.

2.9.2.1 ARTES:

A proposta tem dupla função:

De um lado, analisar o seu papel na função da percepção e da sensibilidade

do aluno através do trabalho criador, da apropriação do conhecimento artístico e do

contato da produção cultural existente.

2.9.2.2 EDUCAÇÃO FÍSICA:

O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a

consciência do domínio corporal, trabalhado através do pressuposto do movimento

expressos na ginástica-dança e jogos historicamente colocado.

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2.9.2.3 MATEMÁTICA:

Os trabalhos desenvolvidos pelos alunos, estão diretamente ligados a um

tema mais amplo e relacionados com temas discutidos pela sociedade. Os enfoques

dados ao ensino da Matemática a correlacionam enquanto ciência e como

instrumento para as demais ciências, privilegiando não somente os algoritmos mas

também sua prática num contexto.

2.9.2.4 CIÊNCIAS

Os eixos propostos são os seguintes:Noções de astronomia.

Transformação e interação da matéria e energia.

Saúde/melhoria de qualidade.

Os conteúdos devem possibilitar os descobrimentos das relações dentro de

um mesmo eixo e com os demais eixos permitindo, formar-se um encadeamento de

conteúdo, na perspectiva mais abrangente da realidade. Perspectiva esta entendida

aqui não apenas como um conjunto de relações de causa e efeito, relativas aoentendimento dos fenômenos , das leis e dos princípios, mas estabelecer uma

abertura para outras relações postas pelas necessidades contemporâneas.

O entendimento e a sistematização desse conhecimento constitui o propósito

da ciência da natureza.

Do outro lado, colhe a significação da arte no processo de humanização do

homem, visto que este, como seu criador. Se transforma e transforma a natureza

através do trabalho, produzindo assim, novas maneiras de ver e sentir.

2.9.2.5 HISTÓRIA

Em História, dentro das atividades de projetos, usamos alguns subsídios

como: dados históricos da escola, fotografias, principalmente de prédio escolares,

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celebração de datas comemorativas, tais como dia das mães, festa junina, semana

da pátria, danças e dramatizações. São ainda mencionadas, um curso de redação,

semana cultural, reuniões de pais e mestres.

2.9.2.6 GEOGRAFIA

Poucos estudos especificam o trabalho da Geografia. Na Geografia

enfocamos como uma ciência sociais sem subestimar o fato do produtos das

relações sociais exige o conhecimento do território onde acontecem. A análise dos

espaços degradados ou preservados sugerem a relação homem – natureza,

oportunizando a compreensão dos conteúdos clássicos da Geografia. Estesconteúdos, cuja apropriação pelo aluno é feita de maneira interessante e agradável,

trazem pressupostos de que o homem é produtor de espaços e deve atuar também

como transformador.

As atividades mencionadas na área de História podem ser usadas dentro de

um processo de contextualização e com um planejamento específico dentro desta

disciplina, com por exemplo: preservar a memória da escola. Aqui entrariam fotos,

condições de preservação ou restauração do prédio escolar, produção pedagógica,

dados estatísticos, como o número de funcionários, e alunos durante toda a suaexistência, verificação da participação da comunidade em seus eventos e

importância da escola para essa mesma comunidade.

2.9.2.7 HISTÓRIA DO PARANÁ

O Paraná compõe o território nacional e faz parte dos vinte e seis estados da

República Federativa do Brasil. Sua posição geográfica é uma da privilegiadas, tantono que se refere a parte física e climática, quanto no desenvolvimento econômico,

vislumbrando ótimas perspectivas para o futuro.

O ensino da história do Paraná parte de uma relação crítica com o presente, o

tempo vivido, que debatido e refletido, gera questionamentos do passado, para

compreensão da relação com o presente.

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A história do Paraná será enfocada como o estudo do espaço e da

convivência da sociedade paranaense. Será contemplada na disciplina de História,

Geografia, sendo que na disciplina de História ela está inserida da História do Brasil

na 6ª série o Paraná Colonial, na 7ª série o Paraná Colonial e Paraná Imperial, 8ª

série Paraná Republicano e o Paraná hoje.

2.9.2.8 GEOGRAFIA DO PARANÁ

Para que possamos entender o espaço em que vivemos, se faz necessário

compreender as transformações que nele ocorrem, quer sejam: sócio-econômica,

cultural ou natural.Para exercermos a nossa cidadania plena e agirmos de forma crítica, temos

de conhecer os aspectos físicos, climáticos e sociais de nosso estado, no caso o

Paraná.

Agricultura, mistura de nacionalidades, vegetação(Florestas de Araucária –

quase extinta - Floresta Atlântica), relevo (primeiro, segundo e terceiro planaltos),

climas, litoral, indústrias e transportes são alguns aspectos que nos identifica como

um dos mais desenvolvidos estados brasileiros.

2.9.2.9 CULTURA AFRO  – BRASILEIRA

De acordo com a lei nº 10.639, o tema cultura afro – brasileira será trabalhada

durante o ano letivo, de forma a enriquecer o conteúdo das disciplinas que compõem

o currículo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, sempre que possível,

especialmente na semana em que se comemora o “Dia Nacional da Consciência

Negra”, ou seja, 20 de novembro.Nesta semana serão desenvolvidos trabalhos queexplorem este tema tão rico, que é a influência da cultura africana na cultura

brasileira.

Os trabalhos desenvolvidos visarão destacar os traços desta cultura na arte,

na culinária, na Língua Portuguesa, no folclore, na miscigenação entre raças. Além

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de ressaltar os aspectos culturais, também serão trabalhadas as questões políticas e

sociais ligadas ao tema durante o desenvolvimento do ano letivo.

As disciplinas contempladas no Ensino Fundamental serão Português,

Matemática, Ciências Geografia, História, Ensino Religioso, Educação Física, Inglês

e Artes. No Ensino Médio além das disciplinas que são comuns ao Ensino

Fundamental também serão as disciplinas de Filosofia, Sociologia, Física e Biologia,

de forma interdisciplinar e multidisciplinar.

Durante a Semana de Exaltação a Cultura Afro – Brasileira, serão realizadas

feiras, apresentações de teatro e dança, além de palestras, workshops, exposições,

filmes, etc.

O tema será trabalhado de forma multidisciplinar e/ou interdisciplinar, ficando

a critério dos professores a escolha das metodologias e estratégias adequadas parao melhor desenvolvimento dos trabalhos.

Tal trabalho envolverá todos os segmentos escolares em torno deste projeto,

ficando a Direção e Equipe técnica-pedagógica encarregada de fornecer os

subsídios necessários.

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3 ATO OPERACIONAL

3.1 INSTÂNCIAS COLEGIADAS

As Instâncias Colegiadas, dentro do universo escolar garantem, a

participação democrática e efetiva, de todos os segmentos da comunidade escolar,

na definição dos caminhos a serem seguidos pela instituição.

O fortalecimento destas Instâncias se dá pela participação ativa dos seus

membros no cotidiano escolar, no sentido de orientar, avaliar, supervisionar e

auxiliar a escola em suas ações, no processo de tomadas de decisões e na busca

de soluções para a resolução e superação de dificuldades e impasses. Tendo papelfundamental na correta administração dos recursos financeiros, físicos e humanos

da escola.

Atualmente, seguindo os princípios democráticos de gestão, estas Instâncias

ganharam um novo enfoque, tornando-se peças-chave na elaboração,

implementação de políticas internas e externas dentro das Instituições de ensino. No

Colégio Estadual “29 de Abril”, não é diferente. Embora, a participação destas

Instâncias ocorra de forma tímida ainda, já estão sendo implementadas ações e

políticas na escola, por iniciativa da direção e do corpo docente em geral, no sentidode mudar este cenário. Através de convocações, a Direção e a escola como um

todo, vem delegando responsabilidades e funções aos seus membros nos processos

decisórios e de ações, no sentido de obrigar uma maior participação destas

Instâncias, aumentando a exigência popular sobre as mesmas.

A constituição destas Instâncias se dá através da eleição democrática de

seus membros, devendo ser garantido a possibilidade de candidatura por todo e

qualquer cidadão ou profissional, que assim deseje.

O processo eletivo democrático de seus membros e do qual devem fazerparte a comunidade escolar como um todo, permite, acima de tudo, uma constante

avaliação da atuação e do desempenho das mesmas.

O correto funcionamento destas Instâncias, bem como a atuação de seus

membros, devem ser observados e supervisionados por toda a comunidade escolar,

não só durante o período em que ocorre a Avaliação Institucional ou período eletivo,

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o que já vem ocorrendo de forma mais ou menos espontânea, nas reuniões

pedagógicas.

O perfeito funcionamento destas Instâncias dentro do espaço escolar e o seu

envolvimento no dia-dia educacional, garantem a efetivação democrática do

processo educacional e de gestão.

3.1.1 APMF

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF -, entidade pública,

apartidária, sem fins lucrativos, religiosos ou religiosos, seus membros e

conselheiros nada recebem por serviços prestados.A concepção é importante porque ela é uma entidade voltada a contribuir

  junto a comunidade educacional, principalmente na esfera administrativa da

instituição educacional.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários do Colégio Estadual “29 de

Abril” – Ensino Fundamental e Médio, APMF / 78.180.478 / 0001 – 38, com sede e

foro no Distrito de Guaratuba, Município de Guaratuba, Estado do Paraná, localizada

na rua Nossa Senhora de Lourdes, 292, regida por seu estatuto e dispositivos legais

ou regulamentações que lhe forem aplicadas.Os objetivos da APMF são:

Discutir, no âmbito de ação sobre ações consistentes ao educando, de

aprimoramento do ensino e integração da família, escola e comunidade, emanando

sugestões em consonância com a Proposta Pedagógica para apreciação do

Conselho Escolar, Equipe Pedagógica e administrativa.

Prestar assistência aos educandos, professores e funcionários, assegurando

melhores condições de eficiência escolar, em busca da integração dos seguimentos

da sociedade organizada dentro do contexto escolar, discutindo a políticaeducacional, visando sempre a realidade desta comunidade.

Proporcionar condições ao educando para participar de todo o processo escolar

estimulando a sua organização em Grêmio Estudantil com o apoio da APMF e

Conselho Escolar.

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Representar os reais interesses da comunidade escolar, contribuindo dessa

forma para a melhoria da qualidade de ensino visando uma escola de qualidade.

Promover o entrosamento entre pais, alunos, professores e funcionários, toda a

comunidade interna e externa através de atividade educativas, culturais e

desportivas, ouvindo o Conselho Escolar.

Gerir e administrar os recursos financeiro próprios e os que lhes forem

repassados através de convênios de acordo com as prioridades estabelecidas em

reunião conjunta com o Conselho Escolar, com registros em livros ata.

Colaborar com a manutenção e preservação do prédio escolar e suas

instalações, conscientizando sempre a comunidade sobre a importância desta ação

através de editais e Assembléia Geral.

Registrar em livro ata da APMF as reuniões de Diretoria, Conselho Deliberativoe Fiscal, preferencialmente com participação do Conselho Escolar e com as

assinaturas dos presentes.

Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata

próprio e com as assinaturas dos presentes, no livro de presenças (ambos livros da

APMF).

3.1.2 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa

e fiscal, com o objetivo de acompanhar o Projeto Político Pedagógico do Colégio e

sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade.

Tem por finalidades promover a articulação entre vário segmentos

organizados da sociedade e setores do Colégio, a fim de garantir a eficiência e a

qualidade de seu funcionamento, lhe dando segurança e apoio nos eventos de

natureza reivindicatória.O Conselho Escolar será composto pela seguintes categorias:

Diretor

Representante da Equipe Pedagógica

Representante dos Professores atuantes em sala de aula

Representante da Equipe Administrativa

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Representante dos Alunos, indicado pelo Grêmio Estudantil

Representante dos Pais e Responsáveis dos alunos regularmente matriculados

O número de representantes da escola será igual ao número de

representantes dos demais representatividades (pais e segmentos organizados da

sociedade) obedecendo ao critério de paridade.

Caso haja maior número entre as categorias de pais e representantes dos

segmentos organizados da sociedade, a paridade se confirmará com igual número

de professores.

3.1.3 GRÊMIO ESTUDANTIL

O Grêmio Estudantil é uma organização sem fins lucrativos que representa o

interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais, educacionais,desportivos

e sociais.

O Grêmio é a organização dos estudantes na escola. Ele é formado apenas

por alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e

desportivas. O Grêmio Estudantil é composto por presidente, vice-presidente,

secretário geral, primeiro secretário, tesoureiro geral, primeiro tesoureiro, diretorsocial, diretor de imprensa, diretor de esportes, diretor de meio – ambiente e diretor

de cultura.

Atualmente encontra-se desativada, aguardando a eleição dos novos

membros. A sua desativação se deve ao fato de que os elementos que compunham

a chapa originalmente eleita, se transferiram para outras escolas, cidades ou

terminaram a Educação Básica.

O processo eletivo dos novos membros terá inicio no segundo semestre de

2009.

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4 AVALIAÇÃO DA ESCOLA: CONCEPÇÃO, PROMOÇÃO, REPROVAÇÃO,

CLASSIFICAÇÃO, RECLASSIFICAÇÃO, RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS E

INCLUSÃO.

4.1 AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho,

com a finalidade de acompanhar o aluno e aperfeiçoar o processo de aprendizagem,

bem como, diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes o valor.

Deve dar condições para que seja possível, ao professor, tomar decisõesquanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem, proporcionar dados que

permitam ao Estabelecimento de Ensino promover a reformulação do currículo com

a adequação dos conteúdos e métodos de ensino, bem como a busca de novas

alternativas para o planejamento como um todo. A escola adota os seguintes

critérios para avaliação do aproveitamento escolar:

Avaliação Diagnóstica: é realizada no início do ano letivo, para subsidiar o

professor quanto elaboração e planejamento de seu trabalho. Feita através de testes

e outros instrumentos, a fim de ser verificada a presença de pré-requisitos.Avaliação Formativa: é realizada pelo professor através da contínua

verificação dos objetivos, usando instrumentos de avaliação adequados à cada

situação da aprendizagem e possibilita:

Verificar com os alunos os objetivos propostos e seu aproveitamento;

Informar o professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem durante as

atividades escolares;

Identificar em tempo, aspectos que necessitam atenção, servindo de base paraproporcionar ajuda especial, ao aluno através de recuperação e/ou sala de recursos

e apoio.

Desempenho do aluno no desenvolvimento de atividades individuais, ou em

grupo, propostas em classe.

Testes e tarefas freqüentes

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Jogos, competições, trabalhos e pesquisas

Exercícios de aprendizagem, verificação e fixação

Participação do aluno nas atividades extra-classe, culturais, sociais da escola e

comunidade

Para a verificação de conhecimentos adquiridos durante o bimestre, o sistema

compreende:

Avaliações escritas e orais Valor 6,0

Trabalhos, pesquisa, atividades extra-classes Valor 4,0

Total Valor 10,0

Usam-se como técnicas e instrumentos da avaliação:

Provas

Testes

Trabalhos e pesquisas

Trabalhos em grupos

Exercícios individuais

Trabalhos de criação

Desenvolvimento e participação em projetos coletivos e individuais.

Fichas de informação do Serviço de Orientação EducacionalRelatórios

Síntese

Debates , entre outros.

A avaliação utiliza procedimentos que asseguram a comparação com os

parâmetros indicados pelos conteúdos necessários de ensino, evitando-se a

comparação dos alunos, entre si. Respeitando-se a realidade individual do aluno,

tentando, desta forma, levar ao domínio dos conteúdos necessários, determinando-

se todos os procedimentos a serem adotados.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deve ser contínua,

permanente e cumulativa. Obedecendo a ordenação e à seqüência do ensino e da

aprendizagem, bem como à orientação do currículo. São considerados os resultados

obtidos através de conceitos, durante o período letivo,. num processo contínuo cujo

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resultado final com recuperação, incorpora-os. expressando a totalidade do

aproveitamento escolar.

O Conselho de Classe faz o acompanhamento do processo de avaliação da

série e período ao qual pertence o aluno, garantindo a devida contextualização do

processo de aprendizagem bem como o respeito ao aluno e suas peculiariedades.

Incluindo a opinião dos profissionais especializados, envolvidos com a formação de

alunos com necessidades educacionais especiais.

A avaliação assim elaborada é registrada em documentos próprios diários, a

fim de ser assegurada a regularidade e autenticidade da vida escolar de cada aluno.

Caso o aluno tenha aproveitamento escolar insuficiente, poderá obter

aprovação mediante recuperação de estudos, de forma paralela, ao longo do

processo de ensino-aprendizado, proporcionado obrigatoriamente peloEstabelecimento de Ensino, corno rege a Lei 9394/96 em seu artigo 24, Inciso V,

Alínea "E".

4.2 RECUPERACÃO DE ESTUDOS

A recuperação deve ser entendida corno um dos aspectos da aprendizagem

no seu desenvolvimento contínuo, qual o aluno com aproveitamento insuficientedispõem de condições próprias que lhe possibilitem a apreensão dos conteúdos

básicos. E um processo obrigatório, de atendimento especial ao aluno, para que a

aprendizagem não se realize de maneira insatisfatória. É construída de um conjunto

integrado ao processo de ensino, além de se adequar as dificuldades do aluno,

tentando assim, suprimir as deficiências verificadas no processo de aprendizagem

do aluno, oferecendo ao mesmo condições para acompanhar os ensinamentos

posteriores.

Assim que o professor detecta deficiências no processo ensinoaprendizagem, faz uso da recuperação de estudos, que é concomitante ao

desenvolvimento das aulas normais, sob duas formas:

Em sala de aula, quando o professor se utiliza de metodologia em que haja

participação de toda classe como: debates, seminários, mesa redonda, exposição de

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trabalhos realizados extraclasse (sob a forma de pesquisas de campo ou

bibliográfica), entre outras.

Em casa, através de trabalhos ou pesquisas complementares (passíveis de

serem apresentadas em classe), com orientação prévia do professor e em tempo

determinado para sua realização.

Em caso de transferências de alunos em processo de recuperação, prevista

na deliberação 09.0 I - CEE. uma proposta correspondente de estudos acompanha

oficialmente a documentação. Isto se aplica exclusivamente aos casos de mudança

de Município por parte do aluno que solicita a transferência. Esta proposta de

recuperação de estudos, indica o conteúdo da disciplina, área de estudos ouatividade na qual o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente, em itens

em que orientem seus estudos, subsidiando avaliação a ser realizada no

estabelecimento de destino.

Após a apuração dos resultados finais de aproveitamento e freqüência, são

definidas as situações de aprovação ou reprovação dos alunos.

4.3 DA CLASSIFICACÃO E RECLASSIFICACÃO

PROCESSO N° 744/01

DELIBERACÃO N°09/01

CAPÍTULO 11

ART. 21 - Classificação é o procedimento que o Estabelecimento adota,segundo critérios próprios, para posicionar o aluno em série, fase, período, ciclo ou

etapa compatível com sua idade, experiência e desempenho, adquiridos por meios

formais ou informais.

ART. 22 - A classificação pode ser realizada:

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Por promoção, para alunos que cursaram com aproveitamento, a série, etapa,

ciclo, período ou fase anterior na própria escola.

Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior, considerando a classificação na escola de origem;

Independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita

sua inscrição na série, ciclo, período, fase ou etapa adequada.

Art 23 - A classificação tem caráter pedagógico centrado na aprendizagem, e

exige as seguintes  medidas administrativas para resguardar o direito dos alunos,

das escolas e dos profissionais:

Proceder avaliação diagnóstica documentada pelo professor ou equipepedagógica;

Comunicar o aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para

obter deste o respectivo consentimento;

Organizar comissão formada por docentes, técnicos e direção da escola para

efetivar o processo;

Arquivar atas, provas, trabalhos ou outros instrumentos utilizados;

Registrar os resultados no histórico escolar do aluno.

Art. 24 - Reclassificação é processo pelo qual a escola avalia o grau de

desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as normas

curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos compatível com

sua experiência e desempenho, independente do que registre seu histórico escolar.

Art. 25 - O resultado do processo de reclassificação realizado pela escola,

devidamente documentada, será encaminhado à SEED para registro.

Art. 26 - Caberá ao órgão competente da SEED, acompanhar durante dois

anos, o aproveitamento escolar do aluno beneficiado por processo de

reclassificação, nos casos que julgar necessários.

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Art. 27 - Ficam vedadas a classificação ou reclassificação para etapa inferior

a anteriormente cursada.

4.4 INCLUSÃO

Entende-se como inclusão, a capacidade de reconhecer e compreender o

outro e, assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com pessoas diferentes. A

educação inclusiva deve acolher a todas as pessoas sem exceção.

A escola deve ser o reflexo da vida do lado de fora desta. O grande ganho da

escola é poder viver a experiência da diferença. A inclusão possibilita aos que são

discriminados pela deficiência, pela classe social ou pela cor que, por direito,ocupem o seu espaço na sociedade.

Caso isso não venha a ocorrer, essas pessoas sempre serão dependentes e

terão uma vida cidadã pela metade, o que não é nosso objetivo.

Compreendemos que uma escola inclusiva é muito mais do que ter rampas e

banheiro adaptados, apesar de ser uma necessidade, na qual a nossa escola já está

se adaptando. Uma escola inclusiva deve discutir o motivo das reprovações, da

indisciplina escolar, da não participação da família na escola.

Nossa escola, além de iniciar algumas adaptações físicas, como rampas ebanheiros com barras, tem ofertado atendimento especializado, como a Sala de

Recursos, paralelamente as aulas regulares e Sala de Apoio para alunos que

apresentam dificuldades no seu aprendizado. Tudo isso buscando ajudar o aluno na

sua integração dentro e fora da escola.

Já dentro da sala de aula, nossos professores são freqüentemente orientados

pela professora especialista sobre como devem trabalhar e avaliar estes alunos em

sala de aula. A função da avaliação não é medir se o aluno chegou a determinado

ponto, mas se ele cresceu.Embora exista oferta de capacitação para os profissionais da área da

educação especial ou não, sua oferta é ainda muito defasada diante da real

necessidade. Pois a Inclusão é uma realidade, que muitos dos nossos colegas de

trabalho tem ainda dificuldades para lidar, por falta de conhecimento, formação e

capacitação para o enfrentamento desta realidade.

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4.5 EDUCAÇÃO ESPECIAL

4.5.1 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM

A Sala de Apoio veio suprir as necessidades de uma grande parcela de

alunos que buscam uma educação pública de qualidade, dando continuidade ao

processo de democratização e universalização do ensino e garantir o acesso a

permanência e aprendizagem efetiva dos educandos.

Criada através da Resolução 208 / 04 – SEED, tendo em vista o disposto na

LDB 9394 / 96, Parecer 04 / 98 CNE – CEB e a deliberação 007 / 99 do Conselho

Estadual de Educação. Com o objetivo de criar condições possíveis para que odireito a aprendizagem seja garantido para o aluno, permitindo o pleno

desenvolvimento da capacidade de aprender tendo como meios básicos o domínio

da leitura, da escrita e do cálculo, através do processo de avaliação na sua forma

diagnóstica, continua e cumulativa como forma e indicativo dos avanços e das

necessidades diferenciadas de aprendizagem.

A implementação da ação pedagógica visando o enfrentamento de problemas

relacionados ao ensino de Língua Portuguesa e Matemática, é indicada aos alunos

matriculados na quinta série do ensino fundamental, com dificuldades para a leituraescrita e cálculo.

Os critérios para a organização da sala de apoio são:

As salas não poderão exceder a vinte alunos.

A escola deverá definir o cronograma de atendimento aos alunos por disciplina.

As aulas deverão ser realizadas em horário contrário ao qual o aluno está

matriculado.

A carga horária disponibilizada para cada das disciplinas, Língua Portuguesa

e Matemática, será de quatro horas aula semanais, devendo ser ofertadasnecessariamente em aulas geminadas duas a duas.

A cada três turma de quinta série por turno, a escola terá direito a abertura de

demanda de uma sala de apoio a aprendizagem.

O professor para a sala de à aprendizagem deverá ser habilitado nas áreas

de Português e Matemática, e preferencialmente ter experiência em primeira a

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quarta série. O professor deverá assumir o compromisso de desenvolver trabalho

diferenciado, realizando suas atividades através de metodologias que atendam as

diferenças individuais dos alunos e contribua para a superação das dificuldades de

aprendizagem. O encaminhamento do aluno à sala de apoio a aprendizagem, bem

como a sua saída, deverá ser feito através de avaliação diagnóstica e pelo

professores regentes de disciplina de Língua Portuguesa e Matemática em

consonância com os demais professores da turma com o assessoramento da Equipe

Pedagógica da escola. O planejamento das atividades escolares desenvolvidas pelo

professor da sala de apoio deverá ser desenvolvida em conjunto com o professor

regente de turma de origem do aluno e Equipe Pedagógica. Nas salas de apoio a

avaliação deverá ser diagnóstica processual e descritiva fornecendo informações

que possibilitem aos professores regentes a tomada de decisão pedagógica pelapermanência, ou não, do aluno em sala. Cabe a Equipe Pedagógica do

estabelecimento de ensino articular e acompanhar o planejamento do professor da

sala de apoio. O assessoramento as aula será efetivado através da Equipe de

Ensino do NRE, de acordo com a dirigente do departamento do Ensino

Fundamental. No final de cada bimestre caberá a Equipe Pedagógica do NRE enviar

ao DET, relatório, por escola, sobre o desenvolvimento escolar dos alunos das salas

de apoio à aprendizagem. Os casos omissos serão resolvidos em conjunto com a

SUED, DEF e GRHS.Compete ao professor indicar à Equipe Pedagógica os alunos com dificuldade

de aprendizagem na leitura, na escrita e cálculos. Encaminhar a Equipe Pedagógica

  justificativa da necessidade de estender o tempo de permanência do educando na

escola e indicar as ações já desenvolvidas para a superação das dificuldades.

Participar com a Equipe Pedagógica e o professor da sala de apoio da definição de

ações pedagógicas que possibilitem os avanços no processo de ensino do aluno.

Manter contato permanente com o professor da sala de apoio discutindo e

acompanhando os avanços do aluno. Participar da formação continuada, curso,oficinas, grupos de estudo semanais, etc. para o enriquecimento de sua prática

pedagógica. Definir com a Equipe Pedagógica e com o professor da sala de apoio o

momento de dispensa do aluno considerando a superação das dificuldades

apresentadas no parecer descritivo. Dar continuidade ao acompanhamento do aluno

quando vindo da sala de apoio a aprendizagem.

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Compete ao professor da sala de apoio à aprendizagem, planejar com a

Equipe Pedagógica e com o professor regente os encaminhamentos metodológicos

pertinentes as dificuldades de Língua Portuguesa e Matemática, que venham suprir

a defasagem de conteúdo. Manter dialogo permanente com o professor regente,

para redirecionar ou adequar os encaminhamentos metodológicos, assim como

diagnosticar avanços ou dificuldades no processo ensino-aprendizagem do aluno.

Comunicar ao professor regente e a Equipe Pedagógica sobre a falta dos alunos

buscando saber os motivos e apontando soluções. Registrar os avanços obtidos

pelo aluno na avaliação em ficha própria para posteriormente decidir com a Equipe

Pedagógica e o professor regente a permanência ou a dispensa do mesmo.

Participar da formação continuada, promovida pela SEED / NRE.

4.5.2 SALA DE RECURSOS

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio conta com a

Sala de Recursos, serviço especializado de natureza pedagógica que apóia e

complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do Ensino

Fundamental de 5ª e 8ª séries.

Os alunos atendidos são os matriculados na segunda fase do EnsinoFundamental que apresentem problemas de aprendizagem, com atraso acadêmico

significativo, distúrbios de aprendizagem e/ou deficiência mental e que necessitam

de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de

aprendizagem na classe comum ou os egressos da Educação Especial.

O aluno quando não oriundo da classe especial, deverá ser avaliado para o

ingresso na sala de recursos. A avaliação pedagógica será realizada no contexto do

Ensino Regular, pelo professor de classe comum, pelo professor especializado e

equipe técnico pedagógica da escola com assessoramento da equipe do NRE,quando necessário. A avaliação enfocará os conteúdos de Língua Portuguesa e

Matemática das séries iniciais, além das áreas do desenvolvimento. Será registrada

em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamentos.

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recomenda-se que o professor tenha experiência de no mínimo dois anos nas séries

iniciais do Ensino Fundamental.

O trabalho a ser desenvolvido na Sala de Recursos deverá partir dos

interesses, necessidades e dificuldades de aprendizagem específicas de cada aluno

oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para a aprendizagem dos

conteúdos em classe comum.

Os conteúdos defasados das séries iniciais deverão ser trabalhados com

metodologias e estratégias diferenciadas.

O acompanhamento pedagógico do aluno deverá ser registrado em relatório

semestral elaborado pelo professor da Sala de Recursos juntamente com a equipe

técnica pedagógica.

O relatório pedagógico semestral terá formulário próprio, expedido pelaSEED, sendo registrado qualitativamente os avanços acadêmicos, podendo ser

complementado com dados que se fizerem necessários. A cópia do relatório

semestral deverá ser arquivada na pasta individual do aluno.

Quando o aluno não necessitar do Serviço de Apoio Especializado – Sala de

Recursos, o desligamento deverá ser formalizado por meio de relatório pedagógico

elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe técnica

pedagógica.

Quando o aluno for transferido, na documentação de transferência do aluno,além dos documentos da classe comum, deverão ser acrescentadas cópias do

relatório de avaliação pedagógica no contexto escolar e cópia do último relatório de

acompanhamento semestral

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5 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA DESTA INSTITUIÇÃO

Os Parâmetros Curriculares Nacionais indicam como objetivos do ensino

fundamental que os alunos sejam capazes de:

Compreender a cidadania como participação social e política. assim como

exercício de diretores e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia,

atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e

exigindo para si o mesmo respeito;

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes

situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar

decisões coletivas;

Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais,materiais e culturais como meio para construir progressivamente a nação de

identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país;

Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural brasileiro, bem

como aspectos sócio-culturais de outros povos e nações, posicionado-se contra

qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de

crenças, de sexo, de etnia ou outras características individuais e sociais;

Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente,

identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamentepara a melhoria do meio ambiente;

Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de

confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, estética, de inter-

relação pessoal e de inserção social, para agir com perseverança na busca de

conhecimento e no exercício da cidadania;

Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos

saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com

responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva:Utilizar as diferentes linguagens - verbal, musical, matemática, gráfica,

plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias,

interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e privados,

atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação;

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Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para

adquirir e construir conhecimentos;

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de resolvê-los,

utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de

análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação.

A articulação dos objetivos contidos nos documentos oficiais e que orientam a

educação básica com os objetivos propostos no presente documento constituem um

grande desafio a ser enfrentados diariamente nesta escola, bem como a sua

adequação a nossa realidade, no sentido de satisfazer as necessidades e

expectativas da nossa comunidade escolar.

Os Índices oficiais e extra-oficiais, baseados na observação dos fatos eocorrências do nosso dia-dia, nos permitem pensar, que estamos avançando neste

sentido. Mas para que haja uma melhora na qualidade das respostas educativas

desta escola, percebemos que somente desejar não basta.

Para o alcance das metas pretendidas, dentro da abordagem pedagógica

anteriormente sugerida e eleita pela comunidade escolar deste Colégio, ou seja, a

Pedagogia Histórica Crítica-Social dos Conteúdos. Segundo esta orientação é

necessário mais que listar conteúdos necessários a efetiva formação dos indivíduos

dentro de determinados contextos históricos sócio-econõmicos e políticos. Éobrigatório que se criem condições de vivências e de interação dos estudantes com

o conhecimento que se pretende que adquiram, permitindo que confrontem este

conhecimento com sua realidade e conhecimentos anteriores, advindos de suas

vivências e experiências, reelaborando-o e internalizando-o, tendo o professor o

papel de orientados e mediador entre o conhecimento a ser adquirido e o estudante,

selecionando e aplicando metodologias, baseadas em recursos e técnicas

devidamente adequadas ás reais necessidades e condições de aprendizagem,

adequando igualmente os procedimentos avaliativos.Entendemos que se pretendemos manter uma visão dialética e holística do

processo educacional, entendendo a formação do indivíduo como um processo total

e global, não podemos também descontextualizar os conhecimentos que se

pretendem ensinar. Todo conhecimento cientifico acumulado pela humanidade, não

podem ser esvaziados de seus significados históricos e sócio culturais contidos em

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sua elaboração e que se revelam em sua aplicabilidade e consequências na vida

prática, ou seja, não podemos esvaziar um conhecimento matemático de seu

significado histórico, porque queremos ensinar apenas geografia num de terminado

momento.

Deve-se obrigatoriamente ir além dos conceitos de interdisciplinariedade,

multidisciplinariedade e/ou pluridisciplinariedade, devemos internalizar estes

conceitos na realização das ações educacionais, traduzindo-os numa prática

pedagógica diária e cotidiana, como única forma de ver o processo de ensino e de

aprendizagem, pois a realidade de nossos estudantes não se apresenta de forma

fragmentada e é somente assim que o mesmo poderá apreender os conhecimentos

da realidade que o cerca.

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6 ÁREAS DO CONHECIMENTO

6.1 ENSINO FUNDAMENTAL

6.1.1 PORTUGUÊS

6.1.1.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

Pensar o ensino de português significa pensar numa realidade que permeia

todos os nossos atos cotidianos: a realidade da linguagem. Ela nos acompanha

onde quer que estejamos e serve para articular não apenas as relações que

estabelecemos com o mundo, como também a visão que construímos sobre omundo: É via linguagem que nos constituímos enquanto no mundo, é a linguagem

que, com o trabalho, caracteriza a nossa humanidade, que nos diferencia dos

animais. A atividade mental, própria do homem, é organizada pela linguagem se

preferir. É da que nos possibilita pensar nos objetos e a operar com eles na sua

ausência. Essa capacidade de abstração, que também caracteriza o ser humano só

se tomou possível porque o homem impelido pela necessidade de se organizar

socialmente, construiu a linguagem, um conjunto de signos que são a representação

do real.Perceber a natureza social da linguagem, enquanto produto de uma

necessidade histórica do homem, leva-nos à compreensão do seu caráter dialógico,

interacional. Em outras palavras, tudo o que dizemos, dizemos a alguém e é esse

interlocutor, presente ou não no ato da nossa fala, que acaba por determinar aquilo

que vamos dizer. Nossas palavras dirigem-se a interlocutores concretos, isto é,

pessoas que ocupam espaços bem definidos na estrutura social. Mais do que isso,

as nossa idéias sobre o mundo se constroem nesse complexo processo de

interação. Vale dizer: aquilo que pensamos sobre o real está diretamente vinculadoaos horizontes do grupo social e da época a que pertencemos. A partir destes

pressupostos decorrem, pelo menos, três idéias básicas: 1 - O complexo universo

das relações sociais determina aquilo que vamos dizer e como vamos dizer.

2 Dizemos coisas para alguém que está socialmente situado. 3 - Dizemos coisas do

ponto de vista do grupo social e da época a que pertencemos. Esse raciocínio nos

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leva a uma outra compreensão, igualmente importante: a palavra está sempre

carregada de um conteúdo ou de um sentido ideológico ou vivencia. Com isso

queremos dizer que a palavra adquire o sentido que o contexto social e histórico lhe

confere; nessa perspectiva, seu sentido estará, portanto, subordinado a um

determinado ponto de vista (daquele que fala e daquele que houve), este também

ideológico, porque construído no social e na história. Recorramos uma vez mais a

Bakhtin para ilustrar melhor nossas idéias.

Na realidade, não são palavras o que pronunciamos ou escutamos. mas

verdades ou mentiras, coisas boas ou más, importantes ou triviais, agradáveis ou

desagradáveis, etc.

Nessa concepção de linguagem, a língua é resultante de um trabalho coletivo

e histórico.E é esta natureza pública, social e cultural da noção de língua, já explicitada

anteriormente, que permeia esta proposta.

Assim, o que propomos dentro da nossa visão de linguagem é que nas aulas

de língua portuguesa opte-se por ensinar a ler e a escrever. O trabalho com a

gramática será feito na perspectiva do uso da funcionalidade dos elementos

gramaticais (entraremos em mais detalhes nas considerações metodológicas). A

gramática normativa, por sua vez, terá que ser do domínio do professor, este sim o

responsável pela criação de situações, ao nível da prática, em que os alunosdeverão intercorporar de modo cada vez mais elaborado, a gramática da língua

padrão. Com isso, não negamos a necessidade de se fazer apelo a algumas

categorias gramaticais quando se trabalha num texto com a repetição do nome, por

exemplo, não há porque não dizer que a palavra que substitui um nome chama-se

pronome. Defendemos, no entanto, que o cerne do trabalho com a língua deve se

constituir na compreensão dos fatos lingüísticos e não na nomenclatura e

classificação dos mesmos.

Um outro bom argumento para se propor um ensino voltado aodesenvolvimento das atividades verbais - a fala, a leitura e a escrita - e não a

conhecimento da teoria da língua, é o próprio dado empírico. Basta analisarmos

textos dos alunos que passaram anos na escola aprendendo gramática e não sabem

se servir com desembaraço da linguagem, em momentos concretos de interlocução,

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ou seja, não sabem, efetivamente, expressar-se com clareza, alinhavar idéias num

texto, defender com convicção seus pontos de vista.

Não é possível esperar que os esperar que os textos que subsidiam o

trabalho das diversas disciplinas sejam auto-explicativos. Sua compreensão

depende necessariamente do conhecimento prévio que o leitor tiver sobre o tema e

da familiaridade que tiver construí do com a leitura de textos do gênero. É tarefa de

todo professor, portanto, independentemente da área, ensinar, também, os

procedimentos de que o aluno precisa dispor para acessar os conteúdos da

disciplina que estuda.

6.1.1.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: 

Para uma nova prática, a visão de linguagem que estamos defendendo tem

como objeto de preocupação interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos

historicamente situados que via linguagem, se apropriam e transmitem um tipo de

experiência historicamente acumulada.

Quanto maior o contato com a linguagem e por decorrência com o real visto .

na sua pluralidade, maior a possibilidade de se ter sobre o real idéias cada vez mais

elaboradas.Neste sentido, o cerne do nosso ensino vai se constituir no trabalho com o

texto. Este devera ser entendido como um material verbal, produto de uma

determinada visão do mundo, de uma interação e de um momento de produção.

E importante trazer para sala de aula todo o tipo de texto literário, informativo,

publicitário, dissertativo, colocar estas linguagens em confronto, não apenas as suas

formas particulares ou composicionais, mais o próprio conteúdo vinculados nelas . É

importante , também, Ter claro que todos os textos estão marcados ideologicamente

e o papel do professor é explicitar, desmascarar tais marcas e apresenta-Ias aoaluno, desmontando o funcionamento ideológico dos vários tipos de discursos,

sensibilizando o aluno a força ilocutória presente em cada texto, tomando-o,

consciente de que a linguagem é uma forma de atuar, de influenciar, de intervir no

comportamento alheio, que outros atuam sobre nós usando-a e que igualmente cada

um de nós a pode usar para atuar sobre os outros.

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E portanto, instaurando a polêmica, assumindo o conflito como um dado

altamente positivo e necessário para as descobertas das potencialidades da

linguagem que estaremos criando situações concretas para que o aluno se aproprie

da linguagem oral e escrita.

6.1.2 MATEMÁTICA

6.1.2.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

Historicamente o fazer matemático nas várias sociedades esteve permeado

pela inter-relação entre as medidas, os números e a geometria. É com base nasnoções sobre o desenvolvimento histórico do conteúdo a ser ensinado, na lógica de

sua sistematização e em suas utilizações fora do âmbito escolar que os três eixos

que norteiam a proposta foram estabelecidos.

A dinamicidade dessa Concepção de Ensino de Matemática está nas relações

que se estabelecem entre os conteúdos de cada eixo e entre os três eixos. São

estas relações, estabelecidas através de um tratamento metodológico que privilegia

uma visão articulada do conhecimento matemático, que vão garantir a organicidade

da proposta.O professor, ao ensinar Matemática, precisa levar em conta que a escola

onde leciona não é um mundo em si, isolado, mas faz parte de uma organização

mais ampla, a sociedade. Dessa forma, ensinar Matemática para alunos

determinados, numa sala de aula determinada, pertencente a um certo contexto, vai

muito além da realidade vivida por ele, professor, e sues alunos, já que esse ensinar

é atingido pelas expectativas e ações da organização social maior. É necessário que

o professor de Matemática focalize sua atenção nos inter-relacionamentos de sua

prática diária e concreta com o contexto histórico-social mais amplo. A importânciaque esse enfoque dá ao papel do professor, no processo de mudança, é muito

grande. É necessário que ele assuma esse compromisso, começando por rever

constantemente a sua prática pedagógica.

Além disso, considerando a escola como instituição responsável pela difusão

do saber científico a todos, caberá aos profissionais envolvidos com a questão

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escolar possibilitar e incentivar o constante aperfeiçoamento do professor em

conteúdos e métodos, de modo que ele possa desenvolver formas de trabalho com

os alunos, coerentes com uma concepção de Matemática e de ensinar, visando a

apropriação do conhecimento matemático. Aprender Matemática é muito mais do

que manejar fórmulas, saber fazer contas ou marcar x na resposta correta: é

interpretar, criar significados, construir seus próprios instrumentos para resolver

problemas. estar preparado para perceber estes mesmos problemas, desenvolver o

raciocínio lógico, a capacidade de conceber, projetar e transcender o imediatamente

sensível para que, professores e alunos desenvolvam uma concepção de

Matemática que permita a todos o acesso aos conhecimentos e instrumentos

matemáticos, como uma condição necessária para participarem e interferirem na

sociedade em que vivem.A matemática caracteriza-se como uma forma de compreender e atuar no

mundo e o conhecimento gerado nessa área do saber como um fruto da construção

humana na sua interação constante com o contexto natural, social e cultural.

A Matemática faz-se presente na quantificação do real- contagem, medição

de grandezas - e no desenvolvimento das técnicas de cálculo com os números e

com as grandezas. No entanto, esse conhecimento vai muito além, criando sistemas

abstratos, ideais, que organizam, inter-relacionam e revelam fenômenos do espaço,

do movimento, das formas e dos números, associados quase sempre a fenômenosdo mundo físico.

Ao longo de sua história, a Matemática tem convivido com a reflexão de

natureza filosófica, em suas vertentes da epistemologia e da lógica. Quando se

reflete, hoje, sobre a natureza da validação .do conhecimento matemático,

reconhece-se que, na comunidade científica, a demonstração formal tem sido aceita

como a única forma de validação dos seus resultados. Nesse sentido, a Matemática

não é uma ciência empírica. Deve-se enfatizar, contudo, o papel heurístico que têm

desempenhado os contexto materiais como fontes de conjecturas matemáticas.O saber matemático é algo flexível e maleável às inter-relações entre os seus

vários conceitos e entre os seus vários modos de representação, e, também,

permeável aos problemas nos vários outros campos científicos.

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Um saber matemático desse tipo pode ser o motor de inovações e de

superação dos obstáculos, desde os mais simples até aqueles que significam

verdadeiras barreiras epistemológicas no seu desenvolvimento.

6.1.2.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: 

A escola, embora, não seja a única instância de transmissão do conhecimento

científico é, por excelência, a instituição incumbida disso. A posse desses

conhecimentos, historicamente acumulados, oportuniza outras formas de ver e

compreender o mundo, abrindo possibilidades de mudanças na ação cotidiana das

pessoas. São as relações que se estabelecem entre professor, matemática e aluno,em seu contexto social, que fundamentam uma Educação Matemática no contexto

escolar.

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de

situações reais que possibilitem ao aluno tomar conhecimento sobre o assunto, a

partir desse saber e que a escola promoverá a difusão do conhecimento matemático

 já organizado.

E fundamental compreendermos que os problemas não são um conteúdo e

sim uma forma de trabalhar os conteúdos. Os conceitos básicos deverão serdesenvolvidos a partir de problemas e estes problemas podem ser utilizados

também como um desafio a reflexão dos alunos. Ao longo do desenvolvimento dos

conceitos, deverão estar presentes novos problemas e estes poderão aparecer

também ao fim do tratamento dado ao tópico em estudos, como uma forma adicional

de sistematização.

Visando superar os entraves e o formalismo, presentes nas concepções de

ensino anteriores, propõe-se a retomada dos conteúdos, numa visão mais ampla do

conhecimento matemático. Esta concepção de ensino da matemática tem comopressuposto o caráter social do conhecimento historicamente produzido e a lógica

de sua elaboração, enquanto fatores intimamente ligados.

A definição dos conteúdos é considerada fator fundamental para que o

conhecimento matemático, anteriormente fragmentado, seja agora visto em sua

totalidade. Daí, a necessidade do desenvolvimento conjunto e articulado das

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questões relativas aos números e geometria, e o papel que as medidas

desempenham ao permitir uma maior aproximação entre a Matemática e a

realidade.

A listagem de conteúdos deve ser lida tanto em sentido horizontal como em

sentido vertical. Essa linguagem constitui um parâmetro para discussão, e irá

sofrendo as alterações necessárias, cabendo, então, o aprofundamento das

questões específicas julgadas mais urgentes pelos professores.

6.1.2.3 AVALIAÇÃO 

A avaliação deve ser coerente com o enfoque dado aos princípios básicos dadisciplina. Se encararmos a Matemática sob um ponto de vista dinâmico, que leva

em conta os percalços do seu desenvolvimento, então teremos que adotar, diante da

avaliação, uma postura que considere os caminhos percorridos pelo aluno, as suas

tentativas de solucionar os problemas que lhe são propostos e, a partir do

diagnóstico de suas deficiências, procurar ampliar a sua visão, o seu saber sobre o

conteúdo em estudo.

O professor deve explorar questões que envolvam conceitos e algo ritmo, de

forma a permitir o questionamento e alargamento das idéias, ainda limitadas,oportunizando a fixação e automação de elementos já dominados. Facilitando assim,

o educando a construção de seu conhecimento, e posteriormente, a aplicação na

sua vida em sociedades, se tomando um "agente de mudanças".

O resultado não é o único elemento a ser contemplado na avaliação. É

necessário observar o processo de construção do conhecimento e para isso a

avaliação deverá ser necessariamente diagnóstica.

Os erros não devem ser constatados. Havendo uma diagnose, é necessário

que haja um tratamento adequado.A avaliação não pode ser fundamentada apenas em provas bimestrais, mas

deve ocorrer ao longo do processo de aprendizagem propiciando ao aluno múltiplas

possibilidades de expressar e aprofundar a sua visão de conteúdo trabalhado, seja

através de trabalhos, pesquisas, individuais ou em grupo, na participação em sala,

etc.

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Apesar dessa diferenciação não pode se perder de vista que há um

conhecimento cuja apropriação pelo aluno é fundamental. É esse conhecimento.

sintetizado em um currículo básico, que irá dar o crédito final para a avaliação.

6.1.2.4 INSTRUMENTOS AVALIATIVOS

Resolução de problemas com notícias de jornais (índices econômicos),

leitura e interpretação e cálculos;

Diálogos e troca de idéias;

Atividades individuais e, ou em grupos;

Testes objetivos individuais e, ou em grupo;Exercícios desafiadores;

Jogos matemáticos;

Atividades de pesquisas e experimentação;

Avaliação através de leituras, compreensão e utilização de escolas, de acordo

com o nível de conhecimento do aluno.

Verificar o raciocínio através de resolução de problemas com possíveis

contextos de situações que envolvam problemas históricos, bulas de remédios,

receitas (massa, capacidade) interpretação, avaliando possíveis cálculos comtransformação de unidades, por exemplo.

6.1.3 HISTÓRIA:

6.1.3.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

Estudar História parece ser uma atividade que exige muito pouco: decorarfatos, nomes e datas, aprender explicações genéricas e já empacotadas para o

consumo. Para ser um bom aluno é preciso somente "boa memória" (capacidade de

eter dados mentalmente); para ser um bom professor, menos ainda é necessário:

"vencer a matéria" é repassar dados e informações, muitas vezes através da simples

leitura do livro didático e de questionário que se repetem ano após ano.

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Assim, os conteúdos atualmente trabalhados caracterizam-se por

pretenderem-se objetivos e imparciais, dando conta de toda a História dos homens,

num imenso "tour" panorâmico pelo passado. Aquilo que se apresenta como a

História da humanidade não é senão a História de alguns homens, grupos ou

classes.

O ensino de História pode ser caracterizado a partir de dois grandes

momentos. O primeiro teve início na primeira metade do século XIX, com a

introdução da área no currículo escolar Após a Independência, com a preocupação

de criar uma "genealogia da nação", elaborou-se uma "História Nacional" , baseada

em uma matriz européia e a partir de pressupostos eurocêntricos. O segundo

momento ocorreu a partir das décadas de 30 e 40 deste século, orientando por uma

política nacionalista e desenvolvimentista. O Estado também passou a realizar umaintervenção mais normativa na educação e foram criadas as faculdades de :filosofia

no Brasil, formando pesquisadores e professores, consolidando-se uma produção de

conhecimentos científico e cultural mais autônoma no país.

A História tem permanecido no currículo das escolas, constituindo o que se

chama de saber histórico escolar. No diálogo e no confronto com a realidade social e

educacional, no contato com valores e anseios das novas gerações, na interlocução

com o conhecimento histórico e pedagógico, o saber histórico escolar tem mantido

tradições, tem reformulado e inovado conteúdos, abordagens, métodos, materiaisdidáticos e algumas de suas finalidades educacionais e sociais. Nesse diálogo tem

permanecido, principalmente, o papel da História em difundir e consolidar

identidades no tempo, sejam étnicas, culturais, religiosas, de classes e grupos, de

Estado ou Nação. Nele, fundamentalmente, têm sido recriadas as relações

professor, aluno, conhecimento histórico e realidade social , em beneficio do

fortalecimento do papel da História na formação social e intelectual de indivíduos

para que, de modo consciente e reflexivo, desenvolvam a compreensão de si

mesmos, dos outros, da suam inserção em uma sociedade histórica e daresponsabilidade de todos atuarem na construção de sociedades mais igualitárias e

democráticas.

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6.1.3.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: 

A função do ensino de História desejável deve dar conta de superar os

desafios de desenvolver o senso crítico, rompendo com a valorização do saber

enciclopédico, socializando a produção da ciência histórica, passando da

reprodução do conhecimento a compreensão das formas de como este se produz,

formando um homem político capaz de compreender a estrutura do mundo da

produção onde ela se insere e nela intervir.

Isto só é possível, na medida em que se considera aluno e professor como

sujeitos e produtores de seu próprio conhecimento, isto é o conhecimento não é um

dado pronto e acabado mas uma constante relançarão e construção, que se dá a

partir de necessidades e problemas colocados pelo cotidiano. A percepção dapossibilidade de elaboração do conhecimento deve-se tomar o fio condutor de todo o

trabalho educativo, onde professores e alunos, numa relação pedagógica se

colocam numa interação constante de ensino - aprendizagem.

Considera-se fundamental que haja, pôr parte dos agentes envolvidos na

relação ensino aprendizagem da História, uma inserção crítica no presente. Isto é

importante porque, a forma e a razão de nossa inserção, provoca a diversidade de

olhares sobre o passado. Se temos condições de nos referir ao nosso presente de

forma menos passiva e mais crítica, teremos condições de nos relacionarcriticamente com o conhecimento histórico produzido e com os conteúdos da

história.

6.1.3.3 AVALIAÇÃO 

Ao final da Educação Básica, depois de terem vivenciado inúmeras situações

de aprendizagem, os alunos dominam alguns conteúdos e procedimentos.Verifica-se que o aluno identifica, em perspectiva histórica, as formas de

organização política e as organizações econômicas nacionais e mundiais,

discernindo de algumas características, contextos, mudanças, permanências,

continuidades e descontinuidades no tempo.

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Avaliar se, por meio dos estudos desenvolvidos, o aluno identifica as

especificidades de lutas, guerras e revoluções, entre grupos, classes e povos, e

suas interferências nas mudanças ou nas permanências das realidades históricas.

Observar se o aluno, em perspectiva histórica, a sua vivência cultural,

cotidiana, e se a relaciona com o sistema dominante e seus valores.

Verificar se o aluno identifica distintas conceituações históricas para a

cidadania, discernindo suas características, seus contextos, suas mudanças, suas

permanências, suas continuidades e suas descontinuidades no tempo.

Avaliar se o aluno é capaz de identificar as características básicas de

documentos históricos, seus autores, momento e local de produção e de compara-

los entre si.

Avaliar se o aluno é capaz de organizar os conteúdos e conceitosapreendidos e expressa-Ios

6.1.4 GEOGRAFIA

6.1.4.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

A Geografia Tradicional apresenta certas particularidades no seu método enos seus objetivos que acabam por não satisfazer nem a professores, nem a alunos.

Trata-se de um ensino que fragmenta excessivamente a realidade, que se reduz a

citação de lugares, países e capitais; a descrever de maneira incompleta os

"acidentes geográficos" ; a fornecer escassos elementos para uma empobrecida e

rala visão de mundo.

A geografia, assim com as demais disciplinas do currículo escolar, deve

prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e

pensar criticamente a realidade, para melhor compreende-Ia e identificar aspossibilidades de transformação no sentido de superar suas contradições.

A geografia que propomos que seja ensinada, deriva de uma concepção

científica. Nesta, a geografia se ocupa da análise histórica da formação das diversas

configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na

medida em que se preocupa com localizações, estruturas espaciais (a localização

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dos elementos uns em relação aos outros) e dos processos espaciais. Trata-se,

portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a partir das relações

sociais de produção, historicamente determinado.

Assim, optamos pelo ensino de uma geografia crítica, que desvele a

realidade, uma geografia que conceba o espaço geográfico como sendo um espaço

social, produzido e reproduzido pela sociedade humana., com vistas a nele se

realizar e se reproduzir. E se no ensino ela se preocupa com o desenvolvimento do

senso crítico do aluno, implica em desenvolver-lhe a compreensão do papel histórico

daquilo que é criticado. Neste sentido, não se trata apenas de repassarmos para os

alunos fatos para que eles memorizem, e sim levantarmos questões e

instrumentalizá-Ios, de modo a lhes propiciar as condições de se compreenderem

como sujeitos da História e agentes da transformação social.É dentro dessa perspectiva que devemos proceder na escolha e no

tratamento dos conteúdos essenciais dessa disciplina no Ensino Fundamental,

buscando estabelecer os aspectos fundamentais para o seu ensino. Devemos

selecionar, então, os conteúdos necessários à apreensão do espaço geográfico

como uma totalidade, que envolve espaço e sociedade, natureza e homem.

Pelo estudo da Geografia os alunos podem desenvolver hábitos e construir

valores importantes para a vida em sociedade. Os conteúdos selecionados devem

permitir o pleno desenvolvimento do papel de cada um na construção de umaidentidade com o lugar onde vive e, em sentido mais abrangente, com a nação

brasileira, valorizando os aspectos sócio-ambientais que caracterizam seu

patrimônio cultural e ambiental. Devem permitir também o desenvolvimento da

consciência de que o território nacional é constituído por múltiplas e variadas

culturas, que definem grupos sociais, povos e etnias distintas em suas percepções e

relações com o espaço, e de atitudes de respeito às diferenças sócio-culturais que

marcam a sociedade brasileira

6.1.4.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO: 

A geografia, assim como as demais disciplinas do currículo escolar, devem

prestar-se a desenvolver no aluno a capacidade de observar, interpretar, analisar e

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pensar criticamente a realidade, para melhor compreende-Ia e identificar as

possibilidades de transformação no sentido de superar as contradições.

A geografia que propomos seja ensinada, deriva de uma concepção científica.

Nesta, a geografia se ocupa da analise histórica da formação das diversas

configurações espaciais e distingue-se dos demais ramos do conhecimento na

medida em que se preocupa com localizações, estruturas espaciais e dos processos

espaciais. Trata portanto, da produção e da organização do espaço geográfico, a

partir das relações sociais de produção, historicamente determinado.

Assim, optamos pelo ensino de uma geografia crítica, que desvele a

realidade, uma geografia como sendo um espaço social, produzido e reproduzido

pela sociedade humana, com vistas a nele se realizar e se reproduzir. E se no

ensino ela se preocupa com o desenvolvimento do censo crítico do aluno, implicaem desenvolver-lhe a compreensão do papel histórico daquilo que é criticado. Neste

sentido, não se trata apenas de repassarmos para os alunos fatos para que eles

memorizem, e sim levantarmos questões e instrumentaliza-Ios, de modo a Ihes

propiciar as condições de se compreenderem como sujeitos da história e agentes da

transformação social.

6.1.4.3 AVALIAÇÃO: 

Temos que ter de forma bem clara que a proposta pedagógica deve levar em

consideração a relação conteúdo/método, de modo que o aluno tenha a sua

disposição saberes que lhe possibilitem a ampliação de uma concepção de mundo e

que, sobretudo, lhe assegurem o questionamento da realidade em que ele está

inserido.

A prática da avaliação numa pedagogia preocupada com a transformação

social, por sua vez, deve estar vinculada a superação do autoritarismo que reforça aheteronomia na criança comprometida com os princípios que desenvolvem sua

autonomia. A avaliação educacional assim posta, terá que ser democrática e

manifestar-se com um mecanismo meramente classificatório.

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Como função diagnóstica, resgata-se a compreensão constitutiva da

avaliação educacional, visto que possibilita uma nova tomada de decisão sobre o

objeto avaliado, permitindo uma parada para se pensar a prática e a ela retomar.

A avaliação educacional não se constitui num fim em si mesma: tomando-se

um meio através do qual são obtidas formações úteis a respeito dos avanços feitos

pelo aluno, e necessárias para as correções que possibilitarão a chegada daquilo

que está longe.

A avaliação deverá verificar a aprendizagem a partir daquilo que é básico,

fundamental, para que ela se processe. Isso implica em definirmos o que é

necessário para que o aluno avance no caminho da aquisição do conhecimento e

envolve a participação efetiva dos professores na definição dos conteúdos básicos,

a relação professor-aluno, o processo de construção do conhecimento e aconcepção científica de Geográfica.

O processo se fará de forma gradativa e levam o aluno a se instrumentalizar

por meios dos conteúdos fundamentais, e que possibilitarão a apreensão das

relações que os homens mantém entre si e com o meio no processo de produção e

organização dos diferentes tipos de espaços realizados por diferentes grupos

humanos, assegurados pelo desenvolvimento na criança de noções de espaço,

tempo, transformações e produção de necessidades.

6.1.5 CIÊNCIAS

6.1.5.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

O pressuposto básico para a compreensão do processo de construção de

conhecimento científico é entender a essencialidade, ou o conteúdo da sociedade,

que se expressa sob formas diferentes em diferentes modos de produção.O homem e os demais animais, para sobreviverem, precisam relacionar-se

com a natureza. Ou seja, as condições básicas que lhes permitem perpetuar-se

enquanto espécie, provém da interação adaptativa com a natureza, é biologicamente

determinada. Eles atuam sobra o meio ambiente de forma a permitir a sua

sobrevivência imediata e de sua prole, e isto se processa de geração em geração,

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com poucas alterações. O professor deve saber claramente que o ensino de

Ciências Naturais não se resume na apresentação de definições científicas, como

em muitos livros didáticos, em geral fora do alcance da compreensão dos alunos.

Definições são o ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende

que o estudante compreenda e sistematize, ao longo ou ao final de suas

investigações. O professor deve selecionar temas em conjunto às demais áreas do

conhecimento ou em sua especialidade, que vão ganhando complexidade e

profundidade. Ao planejar cada tema, seleciona problemas, que correspondem a

situações interessantes a interpretar. Uma notícia de jornal, um filme, uma situação

de sua realidade cultural ou social, por exemplo, podem - se converter em

problemas com interesses didáticos.

6.1.5.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO :

Objetivo da proposta do ensino de ciências é explicitar as necessidades

históricas que levaram o homem a compreender e apropriar-se das leis que

movimentam, produzem e regem os fenômenos naturais. Mas, antes de se

compreender como os homens produziram e se apropriaram do conhecimento dos

fenômenos naturais e suas leis, faz-se necessário levantar uma questãofundamental: Que exigências levaram os homens a elaborar teorias que respondam

as necessidades produzidas em cada sociedade determinada?

O conhecimento, constituindo-se um processo humano inerente a racional

idade que busca satisfação de necessidades criadas e um fenômeno social,

histórico, prático, e toma diferentes formas de expressar diferentes sociedades. Por

outro lado, diferentes sociedades significam diferentes processos de trabalho que

respondam pelo desenvolvimento da humanidade.

O conteúdo de uma sociedade, seja ela qual for, se explica pelo trabalho. E otrabalho humano, pois, que identifica, caracteriza ou essencializa uma sociedade.

Portanto, o pressuposto básico para a compreensão do processo de

construção do conhecimento científico é entender a essencialidade, ou o conteúdo

da sociedade, que se expressa sob formas diferentes em diferentes modos de

produção.

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6.1.5.3 AVALIAÇÃO: 

As avaliações podem ser orientadas das diferentes dimensões dos

conteúdos, mas, ao utilizá-Io como subsídio, deve-se adequá-Ios para a situação

concreta de sala de aula, considerando-se quais conceitos, procedimentos e atitudes

foram efetivamente discutidos e promovidos. Pretende-se indicar a importância de

os estudantes do final da Educação Básica possuírem certa autonomia na busca de

informações em fontes variadas, sabendo apreciar a importância de utilização de

diferentes fontes para a composição de um quadro mais geral de um tema, e

reconhecendo que cada fonte (experimento, enciclopédia, artigo de jornal e revistaetc.) tem uma contribuição diferente para a sua própria síntese.

Verificar a partir de observações diretas, leituras e representações do modelo

heliocêntrico de Sistema Solar em desenhos proporcionais ou maquetes, deseja-se

que os estudantes possam reconhecer as rupturas necessárias à concepção de

novos modelos.

Utilizando notícias divulgadas na mídia e dados de observação direta sobre

ocupação urbana desordenada, desmatamento, inundação ou outros problemas

ambientais, os estudantes devem interpretar a interferência do ser humano no meiopróximo ou distante, utilizando conhecimentos sobre o ciclo de materiais e o fluxo de

energia Também deverão considerar processos de produção, distribuição e

transformação de materiais, substâncias e energias, aplicando conceitos científicos

e reconhecendo procedimentos utilizados para esses estudos.

Verificar se o funcionamento normal do organismo e suas alterações em

situações de risco (abuso de drogas, sexo sem preservativo, violência, auto-

medicação e alimentação inadequada) devem ser explicadas pelos estudantes,

utilizando conhecimentos sobre as funções de nutrição, de regulação e reprodutivas.A discussão sobre atitudes e valores pode ser recuperada, e procedimentos de

obtenção e organização de informações podem ser reconhecidos nos diferentes

momentos do processo.

Observar diferentes tecnologias de extração, de cultivo ou ligadas à indústria

de bens de consumo, ou de produção de energia, especificamente estudadas,

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devem ser explicadas pelos estudantes ao organizarem etapas de transformação de

matéria e energia O impacto dessas tecnologias no modo e qualidade de vida das

comunidades humanas também é avaliado.

6.1.6 EDUCACÃO FÍSICA

6.1.6.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

Uma vez situada a Educação Física no contexto da escola do Ensino

Fundamental e definida a sua posição como componente curricular, o trabalho nessa

área tem seus fundamentos nas concepções de corpo e movimento, ou dito de outromodo, a natureza do trabalho desenvolvido nessa área tem íntima relação com a

compreensão que tem esses dois conceitos. Buscando uma contemplação melhor

para essa questão, os Parâmetros Curriculares Nacionais propõe a distinção entre

organismo - um sistema fisiológico - e corpo - que se relaciona dentro de um

contexto sócio-cultural - abordando os conteúdos de Educação Física como

expressão de produções culturais, como conhecimentos historicamente acumulados

e socialmente transmitidos, portanto esta proposta entende a Educação Física como

uma cultura corporal. O conceito de cultura aqui, é entendido como produto dasociedade, da coletividade à qual os indivíduos pertencem, antecedendo-os e

transcendendo-os. Dentre as produções dessa cultura corporal algumas foram

incorporadas pela Educação Física em seus conteúdos: o jogo, o esporte, a dança,

a ginástica e a luta. Estes têm em comum a representação corporal, com

características lúdicas, de diversas culturas humanas, todos eles re-significam a

cultura corporal humana e o fazem utilizando uma atitude lúdica. A área de

Educação Física, contempla hoje múltiplos conhecimentos produzidos e usufruídos

pela sociedade a respeito do corpo e do movimento. Entre eles, se consideramfundamentais as atividades culturais de movimento com finalidade de lazer,

expressão de sentimentos, afetos, emoções, e com possibilidade de promoção,

recuperação e manutenção da saúde.

A Educação Física escolar pode sistematizar situações de ensino e

aprendizagem que garantem aos alunos o acesso a conhecimentos práticos e

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conceituais. Para isso é necessário mudar a ênfase na aptidão física e no

rendimento padronizado que caracteriza a Educação Física, para uma concepção

mais abrangente, que contemple todas as dimensões envolvidas em cada prática

coro oral. É fundamental também que se faça uma clara distinção entre os objetivos

da Educação Física escolar e os objetivos do esporte, da dança, da ginástica e da

luta profissionais, pois embora seja uma referência, o profissionalismo não pode ser

a meta almejada pela escola. A Educação Física escoar deve dar oportunidades a

todos os alunos para que desenvolvam suas potencialidades, de forma democrática

e não seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos. Nesse sentido,

cabe assinalar que os alunos portadores de deficiências físicas não podem ser

privados das aulas de Educação Física.

Independentemente de qual seja o conteúdo escolhido, os processos deensino e aprendizagem devem considerar as características dos alunos em todas as

suas dimensões (cognitiva, corporal, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal

e inserção social). Sobre o jogo da amarelinha, o voleibol ou urna dança, o aluno

deve aprender, para além das técnicas de execução, a discutir regras e estratégias,

apreciá-Ios criticamente, analisá-Ias esteticamente, avaliá-Ios eticamente,

ressignificá-Ias e recriá-Ios.

É tarefa da Educação Física escolar, portanto, garantir o acesso dos alunos

às práticas da cultura corporal, contribuir para a construção de um estilo pessoal deexercê-Ias e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-Ias

criticamente.

6.1.6.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 

O conteúdo concreto e significativo não é apenas aquele que faz parte da

realidade social do aluno, mas sim, aquele que é produzido historicamente.Além de trabalhar com a criança os elementos que compõe seu meio social e

cultural, e importante oportunizar-Ihe condições para identificar o que existe, o que

foi transformado, como, por que e quais os fatos que ocasionaram as

transformações. Esta reflexão e ação podem possibilitar a criança dar-se conta de

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estar num determinado tempo e espaço social, tomando consciência de seu corpo e

suas relações.

O estudo do corpo em movimento na Educação Física, objetiva atingir a

consciência e o domínio corporal, trabalhada através de pressupostos do movimento

expressos na Ginástica, Dança e Jogos historicamente colocados.

Assim, a ação educacional, sob o ponto de vista biológico destes

pressupostos, deve ser ultrapassada através de uma efetiva prática com significado

histórico - crítico.

A educação do corpo em movimento deverá propiciar ao educando uma

tomada de consciência e domínio de seu corpo e, a partir daí, contribuir para o

desenvolvimento de suas possibilidades de aprendizagem. Ela deverá permitir ao

aluno a exploração motora, as descobertas em suas realizações.Vivendo através das atividades propostas, momentos que lhe dêem

condições de criar novos caminhos a partir das experiências vivenciadas criando

novas formas de movimento , podendo assim, atingir níveis elevados do seu

conhecimento.

A Educação Física, enquanto ciência, temátiza o movimento humano o qual

não pode ser avaliado ao nível exclusivo de suas propriedades físicas e bio -

mecânicas, porque há nele toda historicidade das sociedades.

A ação exclusiva deve ser um instrumento que para o Homem para reivindicarseu direito de opinar, discutir, criticar e alterar a ordem social e de acesso à cultura e

a história de seu tempo.

6.1.6.3 AVALIAÇÃO 

A avaliação nas primeiras aulas e que servira de diagnóstico par o processo

subseqüente, o professor terá uma visão dos saberes acumulados e dasdificuldades apresentadas pelos alunos e dos conteúdos apropriados por eles nas

séries anteriores. Uma vez detectado o grau de conhecimentos e de dificuldades dos

educandos, serão elaborados e sistematizados os conteúdos que serão aplicados no

decorrer das aulas mesmo que para isso, seja necessário retomar conteúdos

anteriores.

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Na ginástica de solo o aluno será avaliado pelo seu grau de desenvolvimento

em sua consciência corporal através de uma prática consciente e das relações que

ele possa fazer quanto as diferentes sociedades que a praticam.

Na ginástica aeróbica será avaliado se o aluno foi capaz de entender o que

lhe foi proposto; os novos conceitos produzidos, sua participação afetiva na re-

elaboração do seu saber.

Na dança deverá ser levada em consideração a relação que o educando faz

com o ritmo de seu próprio corpo e os vários ritmos externos, nos tipos de danças

propostas e o grau de apropriação destes conhecimentos.

Na expressão corporal o aluno será avaliado quanto ao grau de superação de

suas dificuldades de expressão.

Para a dramatização serão apresentados textos elaborados pelos própriosalunos, também histórias lidas, ouvidas, cenas do cotidiano. A avaliação será feita

no sentido de verificar o grau de apropriação do conhecimento e sua atuação ,

enquanto o corpo em movimento na representação.

Nos jogos o aluno será avaliado de acordo de acordo com sua participação e

envolvimento no processo educacional, a partir de ações planejadas que possam

contribuir para a compreensão das regras e normas de conivência social.

Nos esportes os alunos aprenderão gradativamente as diversas modalidades

existentes em nossa sociedade e serão avaliados de acordo com o grau deapreensão, envolvimento e participação na ação educativa.

6.1.7 ARTES

6.1.7.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS 

A arte na escola já foi considerada matéria, disciplina, atividade, mas sempremantida à margem das áreas curriculares tidas como mais "nobres" . esse lugar

menos privilegiado corresponde ao desconhecimento, em termos pedagógicos, de

como se trabalhar o poder da imagem, do som, do movimento e da percepção

estética como fontes de conhecimento. Até aproximadamente fins da década de 60

existiam pouquíssimos cursos de formação de professores nesse campo, e

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professores de quaisquer matérias, artistas e pessoas vindas de cursos de belas

artes, escolas de artes dramáticas, de conservatórios etc. poderiam assumir as

disciplinas de Desenho, Desenho Geométrico, Artes Plásticas, Música e Arte

Dramática.

Nos primeiros anos de implantação, os professores de Educação Artística

foram capacitados em cursos de curta duração e tinham como única alternativa

seguir documentos oficiais (guias curriculares) que apresentavam Iistagens de

atividades e livros didáticos em geral, que não explicavam fundamentos, orientações

teórico-metodológicas, ou mesmo bibliografias específicas. As faculdades que

formavam para Educação Artística, criadas na época especialmente para cobrir o

mercado aberto pela lei, não estavam instrumentadas para a formação mais sólida

do professor, oferecendo cursos eminentemente técnicos, sem bases conceituais.Nessa situação, os professores tentavam equacionar um elenco de objetivos

inatingíveis, com atividades múltiplas, envolvendo exercícios musicais, plásticos,

corporais, sem conhecê-Ios bem e que eram justificados e divididos apenas pelas

faixas etárias.

É uma educação estética que não propõe apenas o código hegemônico. mas

também a apreciação de cânones de valores de múltiplas culturas, do meio

ambiente imediato e do cotidiano. Encontra-se ainda difundida no país a abordagem

para o ensino da arte que postula a necessidade da apreciação da obra de arte, dahistória e do fazer artístico associados.

É característica desse novo marco curricular a reivindicação de se designar a

área por Arte (e não mais por Educação Artística) e de incluí-Ia na estrutura

curricular como área com conteúdos próprios ligados à cultura artística, e não

apenas como atividade.

6.1.7.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO 

A educação artística, instrumento para apreensão do saber estético, implica

tanto na formação dos sentidos humanos, quanto na compreensão mais efetiva da

realidade humanosocial. Isto significa que a distinção entre as obras de artes e os

demais objetos e a especificação da atitude estética adequada para compreender o

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artístico, são resultados de convenções, cuja legitimidade é dada pelas

necessidades do sistema de produção pela reprodução das atitudes consagradas

como estéticas.

É fundamental considerar as determinações econômicas e SOCiaiS que

interferem nas relações entre os homens, os objetos e outros homens, para

compreender a relatividade do valor estético e as diversas funções que a Arte tem .

cumprido historicamente e que se relacionam como modo de organização da

sociedade.

Educar esteticamente é ensinar a ver, ouvir esteticamente, a interpretar a

realidade, a fim de ampliar as possibilidades de fruição e expressão artística.

Para explicar o encaminhamento necessário para essa educação estética são

necessários três aspectos: a humanização cultural e o saber estético e também otrabalho artístico.

6.1.7.3 CONTEÚDOS 

Os Parâmetros Curriculares Nacionais enfatizam o ensino e a aprendizagem

de conteúdo que colaboram para a formação do cidadão, buscando que o aluno

adquira um conhecimento com o qual saiba situar a produção da arte. Para aseleção e a organização de conteúdos gerais de arte foram estabelecidos critérios,

que procuram promover a formação artística e estética do aluno e a participação na

sociedade.

Com relação aos conteúdos, orienta-se o ensino da área de modo que acolha

a diversidade do repertório cultural que o aluno traz para a escola, trabalhe com os

produtos da comunidade em que a escola está inseri da e também que se

introduzam conteúdos das diversas culturas épocas a partir de critérios de seleção

adequados à participação do estudante com cidadão informado.Produzir refere-se ao fazer artístico (com expressão, construção,

representação) e ao conjunto de informações a ele relacionadas, no âmbito do fazer

do aluno e do desenvolvimento de seu percurso de criação. O ato de produzir

realiza-se por meio da experimentação e uso das linguagens artísticas.

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6.1.7.4 AVALIAÇÃO 

Avaliar é uma ação pedagógica guiada pela atribuição de valor e responsável

que o professor realiza das atividades dos alunos. Avaliar é também considerar o

modo de ensinar os conteúdos que estão em jogo nas situações de aprendizagem.

Avaliar implica conhecer como os conteúdos de Arte são assimilados pelos

estudantes a cada momento de escolaridade e reconhecer os limites e a flexibilidade

necessários, para dar oportunidade à coexistência de distintos níveis de

aprendizagem em um mesmo grupo de alunos.

Ao avaliar, o professor precisa considerar a historia do processo pessoal de

cada aluno e suas relações com as atividades desenvolvidas na escola, observandoos trabalhos e seus registros (sonoros, textuais, audiovisuais, informatizados);

Avaliação pode diagnosticar o nível do conhecimento artístico e estético dos

alunos, nesse caso costuma ser previa a uma atividade

Avaliação pode ser realizada durante a própria situação de aprendizagem.

O trabalho com a educação artística fundamentada na concepção de que arte

não se ensina, se expressa, e centrado então no esponteísmo e na liberaçâo das

emoções, sendo que a avaliação passa a ser considerada a partir de aspectosafetivos e psicomotores, tomando necessária a interferência do professor.

Conseqüentemente se impõe a auto-avaliação como forma de avaliar aspectos que

são subjetivos, individuais.

O processo de avaliação, com o objetivo, de reduzir, ao máximo a

arbitrariedade, torna necessário estabelecer critérios que sirvam de parâmetros, que

balizem a ação pedagógica. Os critérios de avaliação de educação artística

decorrem dos conteúdos, consistem em uma expectativa que evidenciem a

apropriação estes conteúdos pelos alunos.Os conteúdos, portanto, são os pontos de referência e os subsídios de onde

serão extraídos os critérios objetivos para a avaliação.

O conhecimento é o mediador da relação aluno, produção artística e a

avaliação como parte desse processo, deve possibilitar ao professor perceber em

que medida houve a apropriação do conteúdo proposto.

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6.1.7.5 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO 

Avaliação através dos debates realizados pelos alunos

Exercícios de criação

Exibição de fitas de vídeo para análise e relatório

Apresentação de reproduções feitas pelos alunos

Atividades feitas em casa

Atividades feitas em grupo

Festivais de musica e de dança

Exercícios complementares individuais e em equipesAudição de músicas eruditas e populares de diferentes épocas e

culturas para comparações e análises dos alunos

Exposições de trabalhos para a comunidade escolar

6.1.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA - INGLES

6.1.8.1 PRESSUPOSTOS TEORICOS 

A aprendizagem de urna língua estrangeira deve garantir ao aluno seu

engajamento discursivo, ou seja, a capacidade de se envolver e envolver outros no

discurso. Isso pode ser viabilizado em sala de aula por meio de atividades

pedagógicas entradas na constituição do aluno corno ser discursivo, ou seja, sua

construção corno sujeito do discurso via Língua Estrangeira. Essa construção passa

pelo envolvimento do aluno com processos sociais de criar significados por

intermédio da utilização de uma língua estrangeira.Isso poderá ser feito por meio de processos de ensino e aprendizagem que

envolvam o aluno na construção de significado pelo desenvolvimento de, pelo

menos, uma habilidade comunicativa. E importante garantir ao aluno urna

experiência singular de construção de significado pelo domínio de urna base

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discursiva, que poderá ser ampliada quando se fizer necessário em sua vida futura

ou quando as condições existentes nas escolas o permitirem.

Outro pressuposto básico para a aprendizagem de urna língua estrangeira é a

necessidade de garantir a continuidade e a sustentabilidade de seu ensino. Não há

como propiciar avanços na aprendizagem de urna língua, propondo ao aluno a

aprendizagem de espanhol na Quinta série. de francês na Sexta e Sétima, e de

inglês na Oitava série.

6.1.8.2 EMBASAMENTO METODOLÓGICO: 

O trabalho com língua estrangeira no ensino fundamental exige do professorum aprofundamento sobre alguns aspectos essenciais para a organização do

ensino: a caracterização dos alunos e a complexidade que representa a

aprendizagem de uma outra língua.

Os primeiros contatos com a aprendizagem de inglês de maneira formal,

sistematizada, ocorrem para a maioria dos nossos alunos, no início do terceiro ciclo,

período este em que, de modo geral, enfrentam conflitos, representados por

transformações significativas relacionadas aos aspectos so cio culturais.

A passagem para o terceiro ciclo, é ainda tradicionalmente marcada nacultura das escolas brasileiras, como ruptura, tanto da organização curricular quanto

das formas de interação professor-aluno.

Ao se entender a linguagem como prática social, como possibilidade de

compreender e expressar opiniões, valores, sentimentos, informações oralmente e

por escrito, o estudo repetitivo de palavras e estruturas apenas resultará no

desinteresse do aluno em relação a língua As atividades orais podem ser propostas

corno forma de ampliar a consciência dos alunos sobre os sons da língua

estrangeira, por meio do uso, como por exemplo, de expressões de saudação, depolidez, do trabalho com letras de música, com poemas e diálogo.

No quarto ciclo, esses aspectos podem ser aprofundados, com ênfase no

trabalho de reflexão sobre a língua como prática social, na perspectiva de que o

aluno possa desenvolver sua proficiência lingüística, produzindo e interpretando

discursos orais e escritos.

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6.1.8.3 AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante e intrínseca ao processo educacional, indo

muito além da visão tradicional, que focaliza o controle externo do aluno por meio de

notas e conceitos.

A função da avaliação é alimentar, sustentar e orientar a ação pedagógica e

não apenas constatar um certo nível do aluno, que não devam avaliar só os

conteúdos conceituais, mas também os procedimentais e os atitudinais, indo além

do que se manifesta, até a identificação das causas. A avaliação assim entendida

oferece descrição e explicação: é um meio de se compreender o que se alcança epor que.

Ensinar toma-se, então, um processo dinâmico no qual há reação, ao fluir da

interação, entre professor e aluno, entre aluno e aluno e entre aluno e conteúdos.

6.2 ENSINO MÉDIO

6.2.1 HISTÓRIA

A disciplina de História oferece condições para que se reflita criticamente

sobre a experiência de viver a história e para identificar a relação que esta guarda

com experiências históricas de outros sujeitos em tempos, lugares e culturas

diversas das suas.

Os jovens vivem e participam de um tempo de múltiplos acontecimentos que

precisam ser compreendidos em sua historicidade. No entanto a compreensão da

historicidade vem sendo dificultada não só pela quantidade e variedade, mastambém pela velocidade com que se propagam pelos meios de informação e de

comunicação. O acúmulo e a velocidade dos acontecimentos afetam não só os

referentes temporais e identitários, os valores, os padrões de comportamento,

construindo novas subjetividades, como também induzem os jovens a viverem,

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como diz Hobsbawm (1995), "numa espécie de presente contínuo" e, portanto, com

fracos vínculos entre a experiência pessoal e a das gerações passadas.

Auxiliar os jovens a construir o sentido do estudo da História constitui, pois,

um desafio que requer ações educativas articuladas. Trata-se de Ihes oferecer um

contraponto que permita ressignificar suas experiências no contexto e na duração

histórica da qual fazem parte, e também Ihes apresentar os instrumentos cognitivos

que os ajudem os auxiliem a transformar os acontecimentos contemporâneos e

aqueles do passado em problemas históricos a serem estudados e investigados.

6.2.2 SOCIOLOGIA

A presença da Sociologia no currículo do Ensino Médio tem provocado muita

discussão. Além dessa justificativa que se tornou um slogam ou clichê - " formar um

cidadão crítico '_, entende-se que haja outras mais objetivas decorrentes da

concretude com que a Sociologia pode contribuir para a formação do jovem

brasileiro: quer aproximando esse jovem de uma linguagem especial que a

Sociologia oferece, quer sistematizando os debates em torno de temas de

importância dados pela tradição ou pela contemporaneidade, A Sociologia como

espaço de realização das Ciências Sociais na escola média, pode oferecer ao aluno,além de informações próprias do campo dessas ciências, resultados das pesquisas

as mais diversas, que acabam modificando as concepções de mundo, de sociedade,

de economia e o outro, isto é, o diferente - de outra cultura, " tribo", país, etc. Traz

também modos de pensar (Max Weber, 1983) ou a construção e a desconstrução de

modos de pensar. É possível, observando as teorias sociológicas, compreender os

elementos da argumentação - lógicos e empíricos - que justificam o modo de ser de

uma sociedade, classe, grupo social e mesmo comunidade. Isso em termos

sincrônicos ou diacrônicos, de hoje ou de ontem.Um papel central que o pensamento sociológico realiza é a desnaturalização 

das concepções ou explicações dos fenômenos sociais. Há uma tendência sempre

recorrente a se explicarem as relações sociais, as instituições, os modos de vida, as

ações humanas, coletivas ou individuais, a estrutura social, a organização política,

etc. com argumentos naturalizadores. Primeiro perde-se de vista a historicidade

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desses fenômenos, isto é, que nem sempre foram assim; segundo, que certas

mudanças ou continuidades históricas decorrem de decisões, e essas, de

interesses, ou seja, de razões objetivas e humanas, não sendo fruto de tendências

naturais.

6.2.3 BIOLOGIA

Nas últimas décadas, o ensino de Biologia vem sendo marcado por uma

dicotomia que constitui um desafio para os educadores. Seu conteúdo e sua

metodologia no ensino médio voltado, quase que exclusivamente, para a preparação

do aluno para os aos exames vestibulares, em detrimento das finalidades atribuídaspela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei N° 9394/96) à última etapa

da educação básica. Além disso, temas relativos à área de conhecimento da

Biologia vêm sendo mais e mais discutidos pelos meios de comunicação, jornais,

revistas ou pela rede mundial de computadores - Internet -, instando o professor a

apresentar esses assuntos de maneira a possibilitar que o aluno associe a realidade

do desenvolvimento científico atual com os conceitos básicos do pensamento

biológico. Assim, um ensino pautado pela memorização de denominações e

conceitos e pela reprodução de regras e processos - como se a natureza e seusfenômenos fossem sempre repetitivos e idênticos - contribui para a

descaracterização dessa disciplina enquanto ciência que se preocupa com os

diversos aspectos da vida no planeta e com a formação de uma visão do homem

sobre si próprio e de seu papel no mundo.

A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no ensino

fundamental talvez sejam, entre os objetivos do ensino médio, os que mais

amplamente têm se cumprido. O que não significa que isso ocorra da maneira mais

apropriada. Isso se deve, em grande parte, à compreensão equivocada de que oensino médio configura-se exclusivamente como preparatório e como possibilidade

de acesso ao ensino superior. Com isso, houve ênfase cada vez maior no acúmulo

de informações e pouca atenção para a sistematização e a significação desse

conhecimento visando ao desenvolvimento. Que desperta no aluno a consciência

crítica e o torna socialmente responsável.

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As ações, nesse nível de ensino, devem propiciar que as informações

acumuladas se transformem em conhecimento efetivo, contribuindo para a com-

preensão dos fenômenos e acontecimentos que ocorrem no mundo e,

particularmente, no espaço de vivência do aluno. Isso exige que o professor tenha

consciência de que sua missão não se limita à mera transmissão de informações,

principalmente levando-se em conta que, atualmente, as informações são

transmitidas pelos meios de comunicação e pela rede mundial de computadores,

quase imediatamente após os fatos terem ocorrido, a um número cada vez maior de

pessoas.

6.2.4 FÍSICA

As áreas do conhecimento de Ciências da Natureza apresentam

características comuns: procedimentos metodológicos, linguagem, modalização,

investigação sistemática da natureza e aproximação com a tecnologia. Mas

possuem também aspectos próprios e objetos de investigação distintos que as

diferenciam.

Bem mais por conveniências práticas e históricas do que epistemológicas, o

reconhecimento social de áreas de pesquisa, como a Física, a Química, a Biologia ea Matemática, influenciou a criação de disciplinas escolares com o mesmo nome.

Para se adequarem ao ensino de Física, inclusive em termos didáticos, os

conteúdos do currículo escolar precisaram passar necessariamente por

transformações.

Isso leva a questionamentos por parte do professor: Como é feita a

transposição? Que conhecimentos deverão ser ensinados?

Até hoje a resposta se encontra principalmente nos livros didáticos e nos

exames vestibulares, que orientam os conteúdos escolares como se fossem asúnicas alternativas. Muito freqüentemente ensinam-se as respostas sem formular as

perguntas! E há um aspecto para o qual os professores devem se voltar com

especial atenção, relacionado com a característica fundamental da ciência: a sua

dimensão investigativa, dificilmente trabalhada na escola nem solicitada nas provas

vestibulares.

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É importante que os métodos de ensino sejam modificados, capacitando o

aluno a responder a perguntas e a procurar as informações necessárias, para utiliza-

Ias nos contextos em que forem solicitadas. Na escola uma das características mais

importantes do processo de aprendizagem é a atitude reflexiva e auto-crítica diante

dos possíveis erros. Essa forma de ensino auxilia na formação das estruturas de

raciocínio, necessárias para uma aprendizagem efetiva, que permita ao aluno

gerenciar os conhecimentos adquiridos.

6.2.5 MATEMÁTICA

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nO9.394/96), o ensino médio tem como finalidades centrais não apenas a consolidação

e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o nível fundamental, no

intuito de garantir a continuidade de estudos, mas também a preparação para o

trabalho e para o exercício da cidadania, a formação ética, o desenvolvimento da

autonomia intelectual e a compreensão dos processos produtivos.

Nessa definição de propósitos, percebe-se que a escola de hoje não pode

mais ficar restrita ao ensino disciplinar de natureza enciclopédica. De acordo com as

Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, deve-se considerar um amplo espectrode competências e habilidades a serem desenvolvidas no conjunto das disciplinas.

O trabalho disciplinar pode e deve contribuir para esse desenvolvimento. Conforme

destacam os PCNEM (2002) e os PCN+ (2002), o ensino da Matemática pode

contribuir para que os alunos desenvolvam capacidades relacionadas à

representação, compreensão, comunicação, investigação e, também, à

contextualização sócio-cultural.

6.2.6 QUÍMICA

Nos últimos 25 anos, uma efervescente comunidade científica de educadores

químicos - atuante em estreita relação com a Sociedade Brasileira de Química

(SBQ) e nela inserida por meio da Divisão de Ensino - foi formada no país, com

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núcleos ativos em praticamente todas as regiões. Entende-se, no âmbito da área,

que, de forma geral, o ensino praticado nas escolas não está propiciando ao aluno

um aprendizado que possibilite a compreensão dos processos químicos em si e a

construção de um conhecimento químico em estreita ligação com o meio cultural e

natural, em todas as suas dimensões, com implicações ambientais, SOCiaiS,

econômicas, ético - políticas, científicas e tecnológicas.

No que tange aos conhecimentos químicos, propõe-se, assim como os

PCNEM (2002), que se explicite seu caráter dinâmico, multidimensional e histórico.

Nesse sentido, o currículo consolidado e, de forma geral, apresentado nos livros

didáticos, tradicionais necessita de uma severa leitura crítica, tanto pelos resultados

que tem produzido junto aos jovens em sua formação básica (pouca compreensão)

quanto pela limitação com que ele é concebido, isto é, como acúmulo deconhecimentos isolados e fossilizados, com questionável papel formador. Há, assim,

necessidade de superar o atual ensino praticado, proporcionando o acesso a

conhecimentos químicos que permitam a "construção de uma visão de mundo mais

articulada e menos fragmentada, contribuindo para que o indivíduo se veja como

participante de um mundo em constante transformação" (BRASIL, 1999, p. 241).

Contudo, o que se observa de forma geral, nos programas escolares, é que

persiste a idéia de um número enorme de conteúdos a desenvolver, com detalha-

mentos desnecessários e anacrônicos. Dessa forma, os professores obrigam-se a"correr com a matéria", amontoando um item após o outro na cabeça do aluno,

impedindo-o de participar na construção de um entendimento fecundo sobre o

mundo natural e cultural. São visivelmente divergentes o ensino de Química no

currículo praticado e aquele que a comunidade de pesquisadores em Educação

Química do país vem propondo. Torna-se necessário um diálogo mais aprofundado

e dinamicamente articulado, que envolva níveis e âmbitos diversificados do ensino e

da formação, articulando aspectos diferenciados do componente curricular, mediante

o redimensionamento sistemático do conteúdo e da metodologia, segundo duasperspectivas que se intercomplementam: a que considera a vivência individual de

cada aluno e a que considera o coletivo em sua interação com o mundo em que vive

e atua.

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6.2.7 LÍNGUA PORTUGUESA

Na discussão sobre as atividades de produção e recepção de textos,

merecem destaque, ainda, tanto os estudos que investem no processo de aquisiçãoe desenvolvimento da linguagem como aqueles que tratam das práticas sociais de

produção e recepção de texto.

Uma abordagem a ser ressaltada é aquela proposta pelo interacionismo. A

despeito das especificidades envolvidas na produção, na recepção e na circulação

de diferentes textos, bem como dos eventuais conflitos e mal-entendidos entre os

interlocutores, tais estudos defendem que todo e qualquer texto se constrói na

interação. Isso porque assumem alguns princípios comuns no que toca ao modo de

conceber a relação entre homem e linguagem, homem e homem, homem e mundo.Sem procurar esgotar tais princípios, pode-se dizer que o mais geral deles é o de

que é pela linguagem que o homem se constitui sujeito. Os efeitos desse princípio

para a compreensão do processo de aquisição e desenvolvimento da linguagem são

perceptíveis em vários aspectos.

Pode salientar-se que, desse ponto de vista, as atividades humanas são

consideradas, sempre, como medidas simbolicamente. Além disso, tem-se que, se é

pelas atividades de linguagem que o homem se constitui sujeito, só por intermédio

delas é que tem condições de refletir sobre si mesmo. Pode-se ainda dizer que, pormeio das atividades de compreensão e produção de textos, o sujeito desenvolve

uma relação íntima com a leitura - escrita -, fala de si mesmo e do mundo que o

rodeia, o que viabiliza nova significação para seus processos subjetivos.

Um outro ponto essencial, nesse quadro, é o de que, sendo a linguagem uma

capacidade humana de simbolizar e de interagir e, por essa via, condição para que

se construam as realidades, não se pode dizer que entre os signos que constituem

os diferentes sistemas semióticos e o mundo haja de fato uma relação direta.

Assume-se, portanto, o pressuposto de que as relações entre mundo e linguagemsão convencionais, nascem das demandas das sociedades e de seus grupos

sociais, e das transformações pelas quais passam em razão de novos usos, que

emergem de novas demandas.

Daí se poder depreender um outro princípio, o de que os conhecimentos são

elaborados, sempre, por formas de linguagem, sendo fruto de ações intersubjetivas,

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geradas em atividades coletivas, pelas quais as ações dos sujeitos são reguladas

por outros sujeitos. Seguindo esse raciocínio, pode-se concluir, também, que o

processo de desenvolvimento do sujeito está imbricado em seu processo de

socialização. Dito de outro modo, é na interação em diferentes instituições sociais (a

família, o grupo de amigos, as comunidades de bairro, as igrejas, a escola, o

trabalho, as associações, etc.) que o sujeito aprende e apreende as formas de

funcionamento da língua e os modos de manifestação da linguagem; ao faze-Io, vai

construindo seus conhecimentos relativos aos usos da língua e da linguagem em

diferentes situações. Também nessas instâncias sociais o sujeito constrói um

conjunto de representações sobre o que são os sistemas semióticos, o que são as

variações de uso da língua e da linguagem, bem como qual seu valor social

Em síntese, por ser uma atividade de natureza ao mesmo tempo social ecognitiva, pode-se dizer que toda e qualquer situação de interação é co-construída

entre os sujeitos. Pode-se ainda complementar dizendo que, como somos sujeitos

cujas experiências se constroem num espaço social e num tempo histórico, as

nossas atividades de uso da língua e da linguagem, que assumem propósitos

distintos e, conseqüentemente, diferentes configurações, são sempre marcadas pelo

contexto social e histórico. Mas o-fato de que tais atividades recebam seu significado

e seus sentidos singulares em relação aos contextos mais imediatos em que

ocorrem e ao contexto social e histórico mais amplo não elimina a nossa condiçãopara agir e transformar essa história, para ressignifica-Ia, enfim.

6.2.8 LÍNGUA ESTRANGEIRA

Quando professores e alunos (e também coordenadores, diretores, pais de

alunos) defendem a necessidade de língua inglesa no currículo em vista do mercado

ou das exigências tecnológicas, ou porque essa é o idioma da globalização,entendemos que esses argumentos refletem uma visão realista, mas revelam uma

perspectiva parcial do que esse ensino pode realizar educacionalmente. Mais do que

reforçar apenas os valores sociais do momento, valores que são, reconhecidamente,

interpelados pelo movimento econômico-cultural da globalização, entendemos que o

objetivo de um projeto de inclusão seria criar possibilidades de o cidadão dialogar

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com outras culturas sem que haja a necessidade de abrir mão de seus valores

(MATURANA, 1999). Essa reflexão pode nos ensinar sobre os diferentes valores do

que é global (universal, exterior, de um grupo de países desenvolvidos, que, por sua

força político econômica, se apresentam como modelos sociais) e do que é local

(regional, interior, de uma comunidade ou de grupos com características próprias),

levando-nos a pensar sobre a perspectiva hierárquica entre esses dois modus 

vivendi e a relativizá-Ia.

Quando se fala em "outras culturas", é comum que venha à mente do leitor a

referência a outras culturas estrangeiras, de outros países que falam outras línguas.

Essa é uma possibilidade. Mas com a ampliação dos estudos sobre cultura, pode-se

também interpretar que essas "outras culturas" estão muito próximas de cada

professor e aluno, em seus próprios meios de convivência (como é o caso dadiversidade com a qual todos convivemos).

Talvez seja redundante, mas não inoportuno, reforçar que um projeto de

inclusão envolve muitas questões sociais, políticas, culturais e educacionais; que o

ensino de Línguas Estrangeiras não atua sozinho nessa engrenagem, mas pode

trabalhar a favor da inclusão. Poderá ser por meio do ensino de Línguas

Estrangeiras por si, mesmo, atendendo a seus objetivos lingüísticos e instrumentais.

Porém, salientamos, é com o enfoque que abrange os outros objetivos (culturais e

educacionais) que esse ensino poderá realizar uma outra contribuição valiosa -porque propõe trabalhar no âmbito da formação de indivíduos, de cidadãos - se

focalizar um aspecto já mencionado anteriormente: o de trabalhar em prol de uma

"alfabetização" dos alunos (indivíduos, cidadãos) (SOARES, 2004) condizente com

as necessidades da sociedade em que vivem, de uma sociedade que tem as suas

próprias características, porque é interpelada por uma história e uma cultura em

constante construção e reconstrução.

6.2.9 ARTES

Compreendendo o currículo como algo em processo permanente de

construção e fruto de valores referendados por meio da ação coletiva, cabe à escola

organizar o currículo da disciplina Arte em consonância com as reivindicações

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historicamente consolidadas, incorporando o movimento de transformação que se

vem dando na sala de aula, em encontros científicos, congressos de educadores e

reuniões de entidades, bem como o teor das moções ou os requerimentos endereça-

dos aos órgãos responsáveis pelas políticas públicas.

Dessa maneira, este documento propõe  a possibilidade da superação dos

entraves ou das omissões identificados nas orientações curriculares anteriores,

propiciando o diálogo polifônico entre os diferentes atores do processo educacional,

tendo em vista contemplar, no contexto do cotidiano escolar, uma perspectiva

avaliativa e crítica da realidade. Mais que um diagnóstico, essa pauta almeja a

implementação de ações propositivas, pautadas na reflexão sobre a experiência

teórica e metodológica que se concretiza nas práticas escolares e comunitárias; nas

contribuições apontadas pela pesquisa aplicada; na literatura especializada; nasboas idéias que cintilam mesmo nos espaços educativos ainda em penumbra; enfim,

em fontes diversificadas da mudança educativa.

Assim, as orientações curriculares  e as recomendações referentes à cultura

do ensinar e do aprender, apresentadas a seguir, visam a um processo dinâmico de

reflexão e elaboração contínua do projeto pedagógico escolar, permeando a

configuração dos objetivos, dos conteúdos, das atividades didáticas e dos critérios

de avaliação.

6.2.10 EDUCAÇÃO FÍSICA

A identidade da Educação Física, assim como a identidade de qualquer

disciplina, é construída a partir de processos de negociação e disputa de valores,

concepções e perspectivas. Como toda disciplina do currículo, a definição do papel

da Educação Física dá-se a partir das negociações e das disputas que ocorrem

entre seus profissionais, mas também por aquelas travadas por outros atores daescola.

Professores, pais, alunos, diretores e coordenadores pedagógicos: todos

esses sujeitos entendem o papel do ensino médio para a formação dos alunos e, por

conseqüência, o papel da Educação Física nesse grande projeto de formação.

Longe de ter se tornado um consenso, a Educação Física foi e é, ao longo da

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história da educação brasileira, palco de debates, conflitos e negociações acerca do

seu papel na escola.

Diversos papéis foram atribuídos à Educação Física na escola: preparação do

corpo do aluno para o mundo do trabalho; eugenização e assepsia do corpo,

buscando uma "raça forte e enérgica"; formação de atletas; terapia psicomotora; e

até como instrumento de disciplinarização e interdição do corpo.

Os alunos, por sua vez, não deixaram de utilizar o tempo/espaço desse

componente curricular de diversas maneiras, tais como: relaxamento das tarefas de-

mandadas por outras disciplinas; tempo e espaço de encontro com os amigos;

possibilidade de realização de suas práticas de lazer; momento de ócio, etc.

Esses diversos usos feitos pelos alunos (muitas vezes a despeito da figura do

professor) também estão carregados de valores, sentimentos, subjetividade. Oentendimento que os alunos têm de si mesmos; do seu corpo e do corpo dos outros;

de seus valores e posicionamentos éticos e estéticos; de seus projetos de vida

pessoal e do lugar que a escola ocupa nesses projetos: todas essas questões

constroem o papel da Educação Física e dos lugares que pode ocupar na vida dos

alunos.

Diante dessa pluralidade de usos da Educação Física na escola, cabe aqui

uma tomada de posição acerca da sua contribuição na formação dos alunos. Essa

tomada de decisão, que não se dá pela via do consenso, é fruto de toda uma sériede debates que o campo da Educação Física vem realizando desde o final da

década de 1980. É fruto também dos debates e dos encontros que antecederam a

produção do presente documento. Tratar o lugar da Educação Física na escola de

ensino médio requer a consideração de alguns pontos de partida fundamentais para

a compreensão das perspectivas dessa disciplina nessa etapa da educação básica.

Um primeiro ponto de partida diz respeito ao lugar das práticas corporais no

processo educativo. A leitura da realidade pelas práticas corporais permite fazer com

que essas se tornem "chaves de leitura do mundo", As práticas corporais dossujeitos passam a ser mais uma linguagem, nem melhor nem pior do que as outras

na leitura do real, apenas diferente e com métodos e técnicas particulares. Pode-se

dialogar em uma aula de Educação Física com outras linguagens, como a escrita ou

a linguagem audiovisual. Porém, as práticas corporais possuem valores nelas

mesmas, sem a necessidade de serem "traduzidas" para outras linguagens para

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obter o seu reconhecimento. Estão diretamente ligadas a uma formação estética, à

sensibilidade dos alunos. Por meio do movimento expressado pelas práticas

corporais, os jovens retratam o mundo em que vivem: seus valores culturais,

sentimentos, preconceitos, etc. Também "escrevem" nesse mesmo mundo suas

marcas culturais, construindo os lugares de moças e rapazes na dinâmica cultural.

Por vezes, acabam eles próprios se tornando "modelos culturais", nos quais uma

certa "idéia de juventude" passa a ser experimentada, copiada e vivida também por

outras gerações.

O diálogo das práticas corporais realizadas com outras linguagens, disciplina

e métodos de ensino deve respeitar as práticas corporais como sendo elas mesmas

um conjunto de saberes. Os saberes tratados na Educação Física nos remetem

 justamente a pensar que existe uma variedade de formas de apreender e intervir narealidade social que deve ser valorizada na escola numa perspectiva mais ampliada

de formação.

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7 ATIVIDADES ESCOLARES EM GERAL E AS AÇÕES DIDÁTICO-

PEDAGÓGICAS A SEREM DESENVOLVIDAS DURANTE O TEMPO ESCOLAR,

DURANTE O PERIODO DE 2009 e 201013.

7.1 ATIVIDADES ESCOLARES:

A escola enquanto desenvolve sua ação educacional, trabalha sua

comunidade através de:

Reuniões mensais com os grupos de trabalhos: equipe administrativa - diretor,

secretário, auxiliar administrativo; equipe de trabalho - serviços gerais; equipe

pedagógica - supervisor, orientador; e equipe docente*;Reuniões bimestrais com a equipe pedagógica e docente conforme

desenvolvimento dos alunos ( conselhos de classe) *;

Reuniões bimestrais com pais, equipe pedagógica, equipe docente, analisando

o desenvolvimento de alunos;*

Ações que valorizam o grau de conhecimento dos alunos, tais como: palestras,

filmes, teatros, excursões educativas, atividades esportivas e recreativas*;

Desenvolvimento de hortas, plantio de arvores, educação ambiental com visitas

a hortos. parques; limpeza do bairro*;Manter relações com a sociedade em geral desenvolvendo ações de

cidadania*, através de implementação e desenvolvimento de projetos de interesse

social.

Campanhas, tais como, lixo-reciclável, gincanas educativas, olimpíadas

esportivas, exposição de trabalhos realizados pelos alunos nas diversas disciplinas,

feira de lIvros, etc*.;

Utilização da programação da TV Escola, com ampliação da videoteca, aulas

expositivas durante a programação. Utilização da fitas nos projetos e em aulasnormais.

13 A escolha por este período de abrangência foi justificado no item Introdução do presente

Projeto Político Pedagógico.

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Utilização do laboratório de informática e dos recursos multi-mídias, bem como

estimular professores e alunos para sua correta utilização, oferecendo cursos de

capacitação e aperfeiçoamento profissional*.

Todas as ações adotadas, contribuem para que o aluno desenvolva suas

competências e construam o senso crítico e disciplinar, necessário, despertando o

cognitivo, levando-o a sociabilizar e a integrar em seu meio. É meta da escola em

todas as suas ações educacionais, integrar todas as crianças com necessidades

educacionais especiais, colocando a sua disposição todo atendimento que for

necessário- social e didático-pedagógico*.

Implementação do Projeto ‘Linha Amarela’, em fase experimental de

adaptação, que disponibiliza uma linha telefônica aos pais acompanharem seus

filhos, através do contato telefônico direto com a Equipe Pedagógica, Professores eDireção. Tal projeto foi recebido positivamente pelos pais, que antes devidas as

dificuldades de tempo e/ou geografia, não podiam acompanhar o dia-dia acadêmico

dos seus filhos. Havendo hoje uma grande demanda em busca informações por

parte dos pais. Aproximando os pais da escola, desenvolvendo com os mesmos

uma parceria. Sendo comum atualmente, a presença de pais na escola, todos os

dias nos dois período.

O Projeto “Barriguinha Cheia”, ainda em fase experimental de adaptação, que

consiste basicamente em oferecer aos alunos que freqüentam as Salas deRecursos, Salas de Apoio, Projeto Viva Escola, ou qualquer outra atividade em

contra-turno, a possibilidade de almoçar na escola. Com a implementação deste

projeto, conseguiu-se resolver o problema os problemas de freqüência e evasão

destes serviços de atendimento, já que a criança permanece na escola o dia todo.

Atendendo com isto uma reivindicação antiga da comunidade escolar.

Todos os procedimentos aqui descritos, alguns estão em andamento desde

2008 e pretende-se dar prosseguimento as mesmas durante o período deabrangência deste Projeto Político Pedagógico, que tem seu início no atual ano

letivo de 2009 e perdurará durante período letivo de 2010. Já que em nosso Projeto

Político Pedagógico, por opção, colocamos o alcance dos objetivos propostos no

futuro e nos utilizamos do presente como base para o aperfeiçoamento dos

mesmos, pretendendo-se cumprir todas as ações aqui propostas desde o ano letivo

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anterior. Sendo que no atual período, estamos dando prosseguimento das ações,

que após terem sido avaliadas e complementadas, demonstraram resultados

positivos.Também foram implementadas novas ações e assumimos novos

compromissos que espera-se que venham beneficiar a escola e o processo

educativo e ainda, atendam as demandas da comunidade escolar.

Quanto ao andamento das ações descritas pode ser observado diariamente

na escola.

7.2 PROJETOS

Este item se propõe relacionar, o desenvolvimento e implementação deprojetos, cuja execução estavam previstos em nossos calendários e a inclusão de

outros que surgiram de forma espontânea, motivados pelas necessidades

percebidas dentro de nosso cotidiano escolar. Estão relacionados aqueles que

tiveram algum impacto em nossa comunidade e que envolveu de forma direta ou

indireta, vários seguimentos da comunidade escolar e mesmo que quiséssemos

incluir todos, não há espaço disponível neste P.P.P..

7.2.1 SEMANA CULTURAL :

Dentro das linhas filosóficas e concepções didático pedagógica adotada por

esta instituição, que pretende contemplar os conhecimentos de forma

interdisciplinar, multidisciplinar e pluridisciplinar, acreditando que somente a

interação dos estudantes com os conhecimentos científicos, através da aplicação

prática dos mesmo, possam assim se tornarem experiências significativas,

resultando em uma aprendizagem real.Tentaremos resgatar, através dos projetos desenvolvidos, sobre um grande

tema, o prazer de estudar e expor e testar seus conhecimentos, num trabalho que

pretende envolver toda a comunidade escolar em torno deste objetivo. O projeto

tema da semana cultural, se baseia na premissa de que toda aprendizagem , é uma

aprendizagem social , onde o aluno se torna o sujeito ativo desta aprendizagem.

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Através da exploração do Projeto Tema da Semana Cultural , contemplando os

aspectos históricos, políticos, sociais, culturais, econômicos, geográfico, pretende-se

levar o aluno a encontrar a aplicação e o significado concreto da construção do seu

próprio conhecimento,

O projeto visa também, transformar o espaço escolar, num espaço de

descoberta e criação, onde se procurará oferecer a oportunidade aos alunos, de se

tornarem participantes ativos e críticos, em vez de expectadores passivos e

funcionais. Respondendo, desta forma, um anseio antigo da nossa comunidade.

7.2.1.1 OBJETIVOS

O projeto tem por objetivo levar o aluno a perceber-se como um sujeito ativo

na construção do seu próprio conhecimento, resultante de sua interação entre ele

(aluno) e seu meio social que , ao mesmo tempo que o determina é determinado por

ele.

Através da pesquisa e exploração de um determinado tema, levar o aluno a

conhecer e perceber os diversos aspectos de sua própria realidade e como a ação

dos condicionantes históricos, políticos, sociais, econômicos e culturais

determinaram o atual contexto do qual fazemos parte. Também objetiva-se levarnossos estudantes e comunidade em geral, a refletir sobre nossas ações e suas

conseqüências dentro deste contexto.

7.2.1.2 METODOLOGIAS

O Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio pretende

desenvolver este projeto com alunos do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e doEnsino Médio (1ª a 3ª séries) contando com o apoio dos professores das diversas

disciplinas e da comunidade.

Os critérios e temas a serem desenvolvidos, bem como a divisão do tema

entre as turmas, ficarão a critérios dos professores, que os decidirão em reunião

coletiva envolvendo toda a comunidade escolar.

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Opta-se por temas muito amplos, cujo desenvolvimento e pesquisa permita-

se trabalhar de forma multidisciplinar, pluridisciplinar e/ou interdisciplinar, pois

deverá envolver o conhecimento das diversas disciplinas que compõem o currículo

do Ensino fundamental e Médio desta escola, inclusive da EJA;.

Ficando a direção e equipe técnico-pedagógica responsável por prover os

professores dos subsídios e informações referentes ao Projeto sempre que for

necessário , ficando sempre à disposição dos professores.

7.2.1.3 ESTRATÉGIAS

As estratégias utilizadas no desenvolvimento deste projeto, em cada uma dasdisciplinas, serão deixadas a critério dos professores, que deverão levar em conta

ser este um trabalho multidisciplinar e pluridisciplinar, podendo também ser

trabalhada de forma interdisciplinar, podendo contar com a parceria de profissionais

de dentro e fora da escola:

Realização de workshop

Palestras

Exposições;

Exposições;Visitas a biblioteca da escola e municipal;

Exposição de trabalhos, pesquisas, produtos e recursos locais e regionais de

acordo com a faixa etária e finalidades a que se destinam;

7.2.1.4 LOCAL 

Colégio Estadual “29 de Abril” – Ensino Fundamental e Médio

7.2.1.5 RECURSOS HUMANOS, TECNOLÓGICOS, DE MULTIMÍDIA E 

MATERIAIS

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Todos os recursos humanos tecnológicos e materiais que a escola dispor e se

necessário providenciar o que faltar, junto à Secretaria Estadual de Educação,

Existindo recursos que deverão ser requisitados junto à Secretaria Municipal de

Educação e membros da comunidade como, por exemplo, , transporte escolar para

a realização de visita à Biblioteca Municipal.

7.2.1.6 CRONOGRAMA 

A ser definido em reuniões com a Direção, Equipe Técnica-Pedagógica,

Professores e todos os segmentos da comunidade escolar e seu entorno

7.2.1.7 AVALIAÇÃO

O processo avaliativo das atividades desenvolvidas pelos alunos, será

discutida em reunião, sem data prevista ainda, entre Direção, Equipe Técnica-

Pedagógica, Professores e comunidade em geral.

7.2.2 “EXALTAÇÃO DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA”

Maiores detalhes vide item Ensino Fundamental, sub-item 10.

7.2.3 JORNAL CULTURAL “29 DE ABRIL”

Este jornal virá a contribuir na divulgação de projetos, informações

atualizadas de cada disciplina, poesias, redações, entre outro, realizados por

professores e alunos, com o objetivo de serem divulgados pela comunidade escolar

promovendo o avanço cultural e intelectual de nossa cidade.

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7.2.4 “A ÁRVORE DA POESIA”

Este projeto é realizado na primavera e tem por objetivo apresentar a

comunidade escolar produções em forma de poesia, que são colocadas em árvoresapresentando os frutos, apresentadas e declamadas pelos alunos em seus diversos

temas.

7.2.5 AGENDA 21

7.2.5.1 PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

São grandes os desafios a enfrentar quando se procura direcionar as ações

para a melhoria das condições de vida no mundo. Um deles é relativo à mudança de

atitudes na interação com o patrimônio básico para a vida humana: o meio ambiente.

A problematização e o entendimento das conseqüências de alterações no

ambiente permitem compreendê-las como algo produzido pela mão humana, em

determinados contextos históricos, e comportam diferentes caminhos de superação.

Dessa forma, o debate na escola pode incluir a dimensão política e a perspectiva dabusca de soluções para situações como a sobrevivência de pescadores na época da

desova dos peixes, a falta de saneamento básico adequado ou as enchentes que

tantos danos trazem à população.

A solução dos problemas ambientais tem sido considerada cada vez mais

urgente para garantir o futuro da humanidade e depende da relação que se

estabelece entre sociedade/natureza, tanto na dimensão coletiva quanto na

individual.

Para uns, a maior parte dos problemas atuais pode ser resolvida pelacomunidade científica, pois confiam na capacidade de a humanidade produzir novas

soluções tecnológicas e econômicas a cada etapa, em resposta aos problemas que

surgem, permanecendo basicamente no mesmo paradigma civilizatório dos últimos

séculos.

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Algumas das idéias fundamentais para a estruturação do conhecimento a

partir da Idade Moderna desvinculam-no de idéias ético-filosófico, afirmando e

buscando a objetividade científica. Com isso os seres vivos e os elementos da

natureza foram destituídos de qualquer outro tipo de valor místico que podem Ter

tido em diversos momentos da história e em várias culturas. Tal concepção se

estruturou dessa forma no contexto de possibilidades e necessidades criadas no

interior de um novo ordenamento da produção econômica e organização política da

sociedade.

Hoje, percebemos os limites e impasses dessa concepção está claro que a

complexidade da natureza e da interação sociedade/natureza exigem um trabalho

que explicite a correlação entre os diversos componentes. Na verdade, até a

estrutura e o sentido de ser desses componentes parecem se diferentes, quandoestudados sob a ótica dessas interações. É preciso encontrar uma outra forma de

adquirir conhecimentos que possibilite enxergar o objetivo de estudo com seus

vínculos e também com os contextos físico, biológico, histórico, social e político,

apontando para a superação dos problemas ambientais.

Assim, a questão ambiental impõe às sociedades a busca de novas formas de

pensar e agir, individual e coletivamente, de novos caminhos e modelos de produção

de bens, para suprir necessidades humanas, e relação sociais que não perpetuem

tantas desigualdades e exclusão social, e, ao mesmo tempo, que garantem asustentabilidade ecológica. Isso implica um novo universo de valores no qual a

educação tem um importante papel a desempenhar.

Dentro da perspectiva em que se baseia esta Proposta Política Pedagógica,

percebemos a necessidade em dar à disciplina de Ciências uma atenção mais

demorada, já que a questão ambiental, considerada em todos os seus aspectos,

oferece a oportunidade de atingirmos o nosso objetivo de formar um cidadão crítico

e atuante dentro de sua realidade, que vise com suas atitudes, modificar o seu meio

sócio- político econômico e cultural buscando o seu bem-estar pessoal através doalcance do bem –estar de todos.

Para tal, a inclusão da formulação da Proposta Agenda 21, como eixo

norteador dos trabalhos que se pretende desenvolver, em relação às questões

ambientais, vem de encontro às nossas expectativas. Pois é de conhecimento geral,

que o aluno só conseguirá incorporar conceitos e conhecimentos que tenham para

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ele, um real significado, aplicação prática e que esteja ligado a sua realidade

imediata. A formação da consciência ambiental, permite ao aluno a formação de

consciência ética, valores e atitudes, técnicas e comportamentais. Devendo-se

considerar que a ação educativa realizada dentro do ambiente escolar, deve

extrapolar seus muros e atingir a comunidade, onde ela esta inserida, sendo desta

forma também suscetível ás influências da demanda desta comunidade e desta

forma transformando e sendo transformada pela realidade em torno da escola.

Devendo-se iniciar o processo de elaboração e efetivação da Agenda 21

dentro do âmbito escolar, se utilizando de mecanismos de atuação direta e indireta

da escola na realidade social que a cerca, “uma vez que um dos objetivos da escola

é a identificação de problemas que afetam a qualidade de vidas de seus alunos e do

seu entorno, para que junto escola e comunidade escolar, busquem soluciona-los apartir de discussões que favoreçam a difusão de saberes.”

As discussões sobre as questões relativas à preservação ambiental e

desenvolvimento sustentável que a Agenda 21 propõe, envolverão toda a

comunidade escolar na formulação de uma política ambiental própria para a

comunidade, que contribuirá para a formulação de uma política ambiental municipal,

estadual e global. O que levará comunidade escolar, conseqüentemente a uma

maior integração, já que tais questões, englobam, na procura de possíveis soluções,

interesses dos mais variados setores da nossa sociedade em geral, tais como:alunos e familiares, professores, representantes de Associações de Moradores,

empresários, políticos, representantes das diversas comunidades religiosas,

representantes de entidades ambientalistas, etc.

Desta forma, o papel educacional da escola cumprirá o papel para qual se

destina, que é a de transformadora social, pois segundo Paulo Freire, toda ação

educativa deve ter como ponto de partida e chegada a realidade social, onde

educadores e alunos estão contextualizados, para que atinjam seu objetivo maior,

que é o da ação educativa transformadora.

7.2.5.2 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Trabalhar com exposição de textos, vídeos, debates;

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Organizar palestras com pessoas que desenvolvam projetos ambientais;

Visitação ao Centro de Produção e Propagação dos Organismos Marinhos

(CPPOM), a Estação de capacitação de água e a Estação de tratamento de água

(SANEPAR);

Desenvolver um projeto de correspondência com outras escolas e municípios,

para troca de informações e experiências;

Revitalização e recuperação da Fonte da Santa, uma fonte de água natural

que se encontra em frente a este colégio.

Desenvolver um projeto de limpeza de praia, de rios e canais, onde houver

possibilidade;

Criar atividades de pesquisa, destacando diferentes abordagens,

interpretações e autores (reportagens, jornais, enciclopédias, livros especializados,filmes) sobre o local a ser visitado. Existem propostas de estudo do meio que

sugerem que as pesquisas sejam desenvolvidas após o estudo do campo. Nesse

caso, o professor pode experimentar e avaliar diferentes alternativas metodológicas;

Se possível, integrar várias disciplinas, permitindo investigações mais

conjunturais dos locais a serem visitados, que incluam, por exemplo, pesquisas

geográficas, históricas, biológicas, ambientais, urbanísticas, literárias, hábitos e

costumes, estilos artísticos, etc;

Organização, juntamente com os alunos, um roteiro para as pesquisas oumapas do local, divisões de tarefas, estudo de classe, análise de transformação de

paisagem e da ocupação humana.

7.2.5.3 AVALIAÇÃO

Na avaliação das atitudes dos alunos não podemos deixar de salientar os

limites da atuação da escola nessa formação.Vale lembrar que a educação não pode controlar todos os fatores que

interagem na formação do aluno e que não se trata de impor determinados valores,

mas de ser coerente com os valores assumidos, de possibilitar aos alunos uma

discussão sobre eles e a construção de critérios para a escolha pessoal.

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Embora se possa saber como, quando e onde intervir e que essa intervenção

produz mudanças, sabe-se também que tais mudanças não dependem apenas das

ações pedagógicas. As atitudes das crianças não dependem unicamente da ação da

escola, mas têm intrincadas implicações de natureza tanto psicológica quanto social,

nas relações de vida familiar e comunitária. Pode-se, entretanto, intencionalmente

direcionar e redirecionar a ação pedagógica em função dos objetivos e concepções

definidas. Um papel essencial da avaliação será responder: “O que está sendo

produzido com essa intervenção? Em que medida as situações de ensino

construídas favorecem a aprendizagem das atitudes desejadas?” .

Deve-se ter presente que a finalidade principal da avaliações é ajudar os

educadores a planejar a continuidade de sue trabalho, ajustando-o ao processo de

sues alunos, buscando oferecer-lhes condições de superar obstáculos e desenvolvero auto conhecimento e a autonomia – e nunca de qualificar os alunos.

Capacidades como dialogar, participar e cooperar são conquistas feitas

paulatinamente em processos nem sempre lineares e que necessitam ser

reafirmadas e retomados constantemente.

7.2.6 PROJETO “ REVITALIZAÇÃO DO AMBIENTE ESCOLAR ATRAVÉS

DA ARTE”

Este projeto de autoria da professora Daniela, que leciona na disciplina de

Artes, desta escola, envolveu toda comunidade escolar, que consistiu em de

personalizar e revitalizar as salas de aulas com motivos inspirados em artistas

plásticos e poetas brasileiros como Tarsila do Amaral, Volpi, entre outros.

O objetivo maior deste projeto, foi o de despertar nos nossos estudantes a

consciência e o respeito ao espaço público, levando o aluno a se reconhecer dentro

destes espaços como exercício de cidadania, a fim de resolver problemas devandalização da escola, que ocorriam acentuadamente, nas turmas de sétimas e

oitavas séries. A temática envolvida, foi trabalhada de maneira pluridisciplinar com

as turmas envolvidas no projeto.

Com recursos alocados dentro da comunidade escolar e com o apoio da

direção da escola, as salas de aulas foram decoradas com motivos artísticos e de

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gosto juvenil. A mão-de-obra e grande parte dos recursos financeiros empregados

foram cotizados e divididos entre os estudantes dos dois turnos (manhã e tarde) que

dividem o mesmo espaço escolar. Desenvolveram seus trabalhos, sob a supervisão

e orientação da professora, que contou também com a colaboração de seus colegas

profissionais.

A forma de organização e realização dos trabalhos desenvolvidos, bem como

a escolha dos motivos decorativos, foram deixados a critério dos alunos, utilizando-

se também a mão de obra de alunos que utilizam o grafite como forma de expressão

artística.

O sucesso deste projeto, bem como o alcance dos objetivos propostos, que

entre outros, visava a levar os estudantes a terem uma mudança em seus

comportamentos, eliminando os atos de vandalismo e depredação, foi tão grande,que já se pensa em estender este projeto para outras salas de aula. Havendo uma

adesão espontânea dos alunos do Ensino Médio, que também pintaram e

personalizaram de forma artística as suas salas de aula, integrando nesta ação

turmas dos dois períodos.

Este projeto terá continuidade durante o atual período letivo, quando

pretende-se concluí-lo.

7.2.7 PROJETO: FOLCLORE

Este projeto foi desenvolvidos pelas turmas de 5ª e 6ª séries dos períodos da

tarde, sob a orientação da professora Maria Aparecida, que leciona Artes e envolveu

a comunidade escolar como um todo. Cujo temática foi trabalhada de forma

multidisciplinar pelos professores das várias disciplinas destas séries.

Através da produção e pintura de painéis, construção de bonecos com

massinha de modelar e E.V.A. contendo personagens que povoam o imaginárioinfanto-juvenil, que posteriormente foram expostos a comunidade, objetivou-se

desenvolver nos estudantes destas séries, pré-requisitos para o trabalho em grupo e

em equipe, visando desenvolver nos mesmos através da distribuição de tarefas,

princípios de respeito ás diferenças e tolerância recíproca, formas e esquemas de

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organização, responsabilidade diante da execução de tarefas, concentração e

sentimento de equipe.

7.2.8 PROJETO “O QUE VOCÊ PENSA DE MIM? “

Este projeto foi desenvolvido sob a Orientação da professora Valéria, que

leciona na disciplina de português e envolveu alunos das 7ª e 8ª séries desta

escolas.

Teve como objetivo, levar o aluno a compreender a utilização linguagem

escrita, dentro de diversos contextos, como forma de expressão e comunicação e a

diferentes formas de interpretação dos diferentes interlocutores e leitores.Consiste em mensagens escritas pelos alunos em grandes folhas de papel

bobina, destinadas aos colegas de classe, aos colegas de outras turmas e também

aos professores e funcionários da escola, nos quais os alunos das diversas turmas

escreviam impressões, recados e conceitos sobre as pessoas a quem se

destinavam as mensagem, podendo os alunos escolherem dentro dos grupos eleitos

a receberem a mensagem, para quem escreveriam. Posteriormente estas

mensagens eram expostas nos murais e paredes da escola, para que a comunidade

escolar tivesse acesso.Tal projeto contribuiu para o reforço da comunicação entre as turmas

envolvidas e também, entre os professores e estes estudantes, que tomaram

consciência de como suas atitudes e procedimentos são percebidos pelos

percebidos por nossos estudantes.

7.2.9 PROJETO: MATEMÁTICA E CIDADANIA

Este projeto foi desenvolvido no primeiro bimestre, pelo professor Luiz Alberto

Weckwerth, responsável pela disciplina de matemática nas turmas dos primeiros

anos C e D do Ensino Médio. Neste trabalho, os alunos, divididos em grupos,

realizaram um levantamento sobre os principais problemas e dificuldades da cidade

de Guaratuba, a partir da realidade dos seus bairros de moradia. Para tal, além de

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se utilizarem da própria observação, os alunos realizaram entrevistas com

moradores, vizinhos e comerciantes, listando, desta forma, os principais problemas

encontrados e concluindo quais as necessidades emergenciais da cidade.

Sendo que os dados do levantamento realizado pelos grupos, foram

organizados e sistematizados pelos mesmos e posteriormente foram entregues a

Câmara de Vereadores do município, que estava em principio de mandato.

Além dos conteúdos matemáticos, trabalhou-se temas ligados a Cidadania e

sua pratica, levando os alunos a observação e reflexão sobre a sua própria

realidade. Outro aspecto explorado, foi os modos de intervenção dentro destas

realidades, onde o aluno estabeleceu relação entre o seu bem estar individual com o

bem estar social, através de uma prática cidadã organizada. Também explorou-se a

questão da aplicação da matemática na vida cotidiana.

7.2.10 PROJETO: MEU MUNDO, MINHA ARTE,

Este projeto foi desenvolvido na disciplina de Artes, pela professora Maria

Aparecida Bernardo Pinto, com licenciatura em Artes Visuais, com as turmas sob

sua responsabilidade, que vão desde o Ensino Fundamental até o Ensino Médio e

turmas da Educação de Jovens e Adultos. Com os objetivos de levar os alunos: aconhecer e explorar as diversas formas e estilos de expressões artísticas;

Compreender a História da Arte, como um processo histórico, humano e social;

Entender a Arte como forma de busca e expressão da identidade cultural de um

povo; A compreensão de que a Arte, também é uma forma de linguagem onde o

individuo pode expressar a sua maneira de pensar, sentir e ver o mundo.

Desenvolver no aluno a capacidade de reconhecer e classificar artistas,

estilos, técnicas e períodos artísticos a explorar o seu próprio potencial artístico e

criativo a trazer a Arte para o seu cotidiano.Para o alcance dos objetivos propostos, foi necessário o devido adequação

metodologias e técnicas ás séries e idades em que se encontram os alunos,

desdobrando-se os temas,. Desta forma, os diversos temas vem sendo trabalhados

da seguinte maneira:

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6ª séries E - Alfredo Volpi - com a utilização de vários materiais e recursos,

sob a orientação da professora Maria Aparecida, os alunos, em grupo e/ou

individualmente, realizam diversas releituras de suas obras, conhecendo deste

modo, elementos da linguagem visual. Com exposição para a apreciação da

comunidade escolar. Trabalhos realizados em grupo e/ou individualmente.

7ª série – História da Arte Moderna: Pop, Gótica, Impressionismo, Arte 

Abstrata –  com a utilização de vários recursos e materiais, os alunos realizam

análises, leituras e releituras das técnicas de expoentes de cada estilo artístico,

criando dentro das técnicas características de cada estilo obras de sua criação.

Através de livros e internet, pesquisam os contextos históricos políticos, sociais e

econômicos expressos em cada movimento artístico. Com exposição dos trabalhospara a comunidade escolar. Trabalhos realizados em grupo e/ou individualmente.

No Ensino Médio os trabalhos são desenvolvidos de forma diferenciada, pois

em cada turma das mesmas séries, estão sendo desenvolvidos temas diferentes, se

utilizando de materiais e técnicas diferenciadas, produzindo uma grande diversidade

de trabalhos em diferentes estilos artísticos:

1º ano D – Artistas Paranaenses – com a utilização de vários recursos emateriais, os alunos realizam análises, leituras e releituras das obras de expoentes

de cada estilo artístico, criando dentro das técnicas características de cada estilo

obras de sua própria criação, explorando livremente as diversas técnicas de cada

artista. Através de livros e internet, pesquisam os contextos históricos políticos,

sociais e econômicos expressos em cada movimento artístico. Com exposição dos

trabalhos para a comunidade escolar. Trabalhos realizados em grupo e/ou

individualmente.

1º ano E – Impressionismo ; Natureza Morta - com a utilização de vários

recursos e materiais, destacando-se o emprego do papel de seda( peças abre e

fecha), os alunos realizam análises, leituras e releituras das obras de expoentes de

cada estilo artístico, criando dentro das técnicas características de cada estilo obras

de sua própria criação e inventividade, explorando livremente as diversas técnicas

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de cada artista. Através de livros e internet, pesquisam os contextos históricos

políticos, sociais e econômicos expressos em cada estilo artístico. Com exposição

dos trabalhos para a comunidade escolar. Trabalhos realizados em grupo e/ou

individualmente.

1º Ano F: Brinquedos e Brincadeiras de Cãndido Portinari – com a

utilização de vários recursos e materiais, destacando-se a utilização de materiais

como vela, cera derretida, os alunos realizam análises, leituras e releituras das

obras deste artista. Trabalhos realizados em grupo e/ou individualmente. Com

exposição dos trabalhos para a comunidade escolar. 

Nas turmas da Educação de Jovens e Adultos, a aplicação e desenvolvimentodo projeto, houve uma adequação das metodologias e técnicas utilizadas:

EJA – ENSINO FUNDAMENTAL – História da Arte e Arquitetura Barroca

do Litoral Paranaense – com o objetivo de levar o aluno a conhecer através da

história da cidade, os grandes artistas brasileiros e paranaenses e suas obras.

Levando o aluno a conhecer as várias formas de expressão artística. Com a

utilização de vários recursos, materiais e técnicas levar o aluno a entender e

explorar as diversas formas de expressão artítica.

EJA – ENSINO MÉDIO: A história da Arte será trabalhada, dentre outras

maneiras, com a utilização de técnicas diferenciadas e com a utilização de recursos

como, tinta a óleo, madeira e aplicação de técnicas como Monotopia e Frutage.

Sendo que os trabalhos resultado estão sendo expostos para a apreciação da

comunidade escolar.

Este projeto terá a duração de um ano letivo.

7.2.11 PROJETO DE SOCIOLOGIA

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Este projeto foi desenvolvido pelo professor Marcio Gonçalves,

regente da disciplina de sociologia e foi desenvolvido com as turmas do 2º ano C e

D. Através deste projeto, busca-se atingir o objetivo máximo da disciplina de

sociologia, que é o de levar o aluno a refletir e compreender a realidade que o cerca

de forma crítica, baseado em dados objetivos sobre a mesma, a fim de analisa-la e

compara-la, procurando formas adequadas de interação e intervenção, levando-o a

entender-se como parte desta realidade, da qual é produto e produtor, preparando-o

para o exercício pleno e consciente da cidadania.

Desta forma, através da aplicação prática dos conhecimentos adquiridos

nesta disciplina, procura-se também extrapolar os aspectos metodológicos de ensino

e aprendizagem desta disciplina, limitada normalmente à sala de aula, baseada,

apenas a transmissão de conteúdos essencialmente teóricos e pouco reflexivos.Este projeto foi desenvolvido pela disciplina de maneira interdisciplinar, com a

participação das disciplinas de geografia, matemática, física, química, história e

português.

O desenvolvimento deste projeto consiste basicamente num estudo da

realidade da comunidade local, a partir de temas como religião, sexualidade e

política. Temas estes escolhidos pelos próprios alunos.

Sob a orientação do professor Marcio Gonçalves, os alunos foram divididos

em grupos de 10 elementos em ambas as turmas , perfazendo um total de quatrogrupos, aproximadamente, por turma. Sendo que cada grupo elaborou questionários

de até dez perguntas, que foram levadas ao grande grupo de sala de aula e onde

foram selecionadas apenas dez pelos mesmos, tendo como critério de aprovação, a

relevância das mesmas para o estudo que cada turma pretende realizar.

Num segundo momento, os grupos foram a campo realizar entrevistas. Para a

realização do trabalho de entrevistas, dividiu-se o público a ser entrevistado por

faixas diferenciadas de idade: adolescentes, adultos e idosos.

No terceiro momento, os grupos irão realizar a organização e tabulaçãodestes dados, transformando-os em tabelas e gráficos. Para a apresentação dos

resultados estão sendo organizados seminários, com utilização de recursos

multimídia.

Este Projeto terá a duração do ano letivo.

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7.2.12 PROJETO DE INGLÊS: “WHAT YOU SAY” ?

O Projeto “What you say ?” vem sendo desenvolvido pela Professora Deibie

Regina Mattos regente da disciplina de Inglês, com as turmas de 5ª séries do ensino

Fundamental, 2º anos e 3º anos do Ensino Médio. Tendo seu tempo de duração

estipulado do inicio ao final do ano letivo. Tem como objetivo, ir além das noções de

escrita da Língua Inglesa, pretende-se também desenvolver a fluência no idioma.,

valorizando a leitura, a oralidade, o ouvir e compreender e responder, ou seja, levar

o aluno expressar-se com desenvoltura neste idioma, através da absorção de

elementos culturais da sociedade americana e inglesa.

5ª séries – EF – com a utilização de livros, músicas, textos, recursos áudiovisuais e de multimídia, trazer para a sala de aula, assuntos e temas de interesse,

devidamente adequados a esta faixa etária. Os trabalhos de sala de aula são

desenvolvidos em grupos e/ou individualmente. As atividades previstas incluem

leituras, traduções de textos e músicas, criação de textos, repetição, formulação de

perguntas escritas ou verbais sobre temas trabalhados, exercícios de compreensão

de textos, músicas e filmes em atividades de múltiplas escolhas, que são trocados

entre os próprios alunos ou grupos, que deverão ter resposta escritas ou verbais e

também com a criação de cartazes, que são expostos a apreciação da comunidadeescolar sobre temas desenvolvidos em sala de aula. Estimulando principalmente a

expressão e compreensão com desenvoltura e de forma lúdica, contextualizando o

aprendizado dos mecanismos e conceitos da Língua Inglesa.

2º Anos – EM – Nestas turmas estão sendo trabalhados temas que englobam

elementos culturais da sociedade americana, como músicas, moda, costumes,

valores, etc. Neste semestre, o tema trabalhado foi Walt Dysney, utilizando-se além

de recursos áudio visuais e de multimídia, também trabalhou-se com revistas, jornais

e livros impressos em Língua Inglesa sobre os mais variados assuntos, masrelacionados ao tema central. Os alunos desenvolveram cartazes, apresentaram

trabalhos, pesquisas e seminários, realizados de forma individual e/ou em grupos,

realizaram leituras, criaram e traduziram textos, responderam e formularam

perguntas em Inglês. Os alunos ainda farão bottons como lembrança do grande

trabalho realizado, para distribuir entre a comunidade escolar. Havendo também

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exigências nas formas de organização, apresentação e exposição dos trabalhos,

que seguiram rigorosamente dentro das normas previstas pela a ABNT. Iniciando e

aprofundando paralelamente com os alunos, estudos sobre Metodologias da

Pesquisa Científica, cujo aprendizado já se refletiu nas formas de apresentação de

trabalhos em todas as outras disciplinas. Está em andamento, um trabalho que tem

como tema central “ Vida de Michael Jackson”. 

Para o segundo semestre, as turmas serão divididas em grupos para

trabalhar os seguintes temas: músicas das décadas de 60; 70; 80 e 90 bem como as

implicações culturais e sociais de cada período.

3º Anos – EM – O Tema Central, que vem sendo desenvolvido, é o seguinte: ‘A Influência da Língua Inglesa sobre a Língua Brasileira”. A metodologia, técnicas e

recursos utilizados são basicamente os mesmos utilizados com os segundos anos

do Ensino Médio.

7.2.13 PROJETO DE GEOGRAFIA: ONDE É?

O Projeto “Onde é?” Desenvolvido pela Professora Fernanda Rauth,regente da disciplina de Geografia, vem sendo desenvolvido com as turmas do

ensino fundamental e médio, onde estão sendo trabalhados os aspectos

geográficos, hidrográficos, topológicos, climáticos e humanos dos cinco continentes,

através de pesquisas e trabalhos bibliográficos e de recursos multimídias, com

exposição de trabalhos para apreciação da comunidade escolar. As turmas

envolvidas estão em conjunto, pintando um mural numa das paredes da escola. O

auge do projeto é a pintura de um mural numa das paredes da escola, onde

pretende-se situar a posição de Guaratuba no mapa mundial, bem como osprincipais países e cidades. O tempo de duração está previsto para o decorrer do

ano letivo.

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7.2.14 OUTROS PROJETOS DESENVOLVIDOS PELA ESCOLA:

VEREADOR MIRIM:

Dentre outros, podemos citar a adesão do Colégio Estadual 29 de Abril noProjeto de Eleição dos Vereadores Mirins, realizado este ano pela Câmara Municipal

de Guaratuba, com o apoio do Fórum de Justiça Eleitoral da Comarca de Guaratuba.

Que reproduziu no ambiente escolar, todo o processo de seleção, campanha e

eleição de vereadores municipais, inclusive com a utilização de urnas eletrônicas no

dia da votação. Este projeto abrangeu todas as escolas estaduais do município e foi

direcionado exclusivamente para os alunos do Ensino Fundamental. Sendo que os

candidatos eleitos foram empossados e formam hoje a Câmara Municipal Mirim de

Guaratuba, num exercício real de cidadania.

7.2.15 HOMO SAPIENS:

Em parceria com o Instituto Homo Sapiens, os alunos receberam palestras e

treinamento em Organização e Planejamento de Ações. Profissionais capacitados

vieram a escola, onde ensinaram maneiras e métodos de organização e

planejamento de atividades do seu cotidiano, como por exemplo: organizar o seutempo diário, para estudar, se divertir e trabalhar. Com grande aceitação pela

comunidade escolar. Também houve palestras sobre Empreendedorismo. Tal

projeto mostrou resultados práticos no dia-dia escolar.

7.2.16 LINHA AMARELA:

Este projeto consiste basicamente em a disponibilização de uma linha

telefônica, através da qual, os pais podem realizar o acompanhamento da vida

acadêmica do seu filho, em contato direto com a Direção, Equipe Pedagógica e

professores, podendo esclarecer dúvidas e tratar de problemas relacionados a

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aprendizagem dos seus filhos. O número desta linha telefônica, foi amplamente

divulgado junto a comunidade escolar.

O Projeto Linha Amarela nas céu da observação de que, mesmo sendo uma

cidade pequena, a maioria de nossos alunos vem de bairros distantes e de famílias

onde normalmente os pais trabalham e assim deixavam de acompanhar seus filhos

por falta de tempo ou de meios para se dirigirem a escola.

O projeto Linha Amarela, aproximou os pais da escola, sendo muito comum

atualmente, a presença dos mesmos diariamente na escola, para tratar dos mais

variados assuntos.

Sendo aplicado a principio, em caráter experimental apenas no período da

tarde, mas já foi ampliado este atendimento para o turno da manhã. Mostrando

resultados positivos significativos em relação a evasão, indisciplina e rendimentoescolar. Atendendo um antigo anseio da comunidade escolar.

Embora o Projeto seja um sucesso, ainda não consegue-se prestar o

atendimento ideal em razão da falta de pedagogos disponíveis.

7.2.17 PROJETO ‘BARRIGUINHA CHEIA’

O Projeto ‘Barriguinha Cheia”, oferece ao aluno que freqüenta a Salade recursos, Classes de Apoio e o Projeto Viva Escola a opção de almoçar na

escola. Este Projeto vem resolvendo o problema da evasão de alunos que se

utilizam destes atendimentos. Este projeto e destinado apenas para os alunos

moradores de bairros distantes e zona rural.

Ainda está em fase experimental e de ajustes, mas já apresentou

resultados positivos, diminuído a evasão, tão comum neste tipo de atendimento.

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8 PLANO DE FORMACÃO CONTINUADA PARA OS PROFESSORES

Necessitamos a implementação de palestras, cursos, com as demais

disciplinas, para que possamos desenvolver nossas ações didático-pedagógicos,

assim como promover encontros didáticos, municipais, regionais para engrandecer

os conteúdos curriculares em toda sua prática;

Sistema de avaliação interna, para que estatisticamente possamos diagnosticar

falhas, e a tempo corrigir-nos e desenvolver ações positivas para os educandos.

Com isso nos avaliarmos para podermos avaliar;

Dispor a comunidade estudantil(pais e alunos) questionários avaliativos

repensando assim nossa prática;

Dispor aos docentes material necessário para realizarem suas açõeseducativas, tais como: materiais didáticos, renovação de aparelhos, acervo

bibliográfico, material esportivo , recreativo.;

Os cursos serão realizados nas datas previstas pelo Núcleo Regional de

Educação.

Embora haja cursos oferecidos pelo núcleo e SEED, a defasagem do número

de vagas, tem causado verdadeiras corridas para o preenchimento das mesmas. Já

que a disponibilização dos recursos multimídia, vem obrigando o professor a se

atualizar em termos de conhecimentos.O PDE se transformou na formação profissional desejada por muitos, mas

também o número de vagas e os critérios de triagem deixam a maioria dos

profissionais fora.

Com a disponibilização do laboratório de informática, muitos professores

passaram a realizar cursos a distância.

Como já dito anteriormente, 85% dos integrantes do Quadro de Pessoal

Colégio 29 de Abril estão participando de algum curso de capacitação e

aperfeiçoamento pessoal e/ ou profissional, oferecidos ou não pela SEED ou peloNúcleo Regional de Ensino.

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9 DO CALENDÁRIO ESCOLAR

Calendário Escolar 14a ser elaborado anualmente, deverá atender aos

dispositivos na Legislação vigente contidos na Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996,

na Resolução n.o 3926 de 19/11/97, na Deliberação 17/77 do Conselho Estadual de

Educação, que estabelece normas para a organização e estrutura dos calendários

escolares dos estabelecimentos do sistema Estadual de Ensino e na lei

Complementar n.o 07/76, que dispõe sobre as férias dos professores e especialistas

de educação, bem como, às normas baixadas em instruções específicas da SEED.

Parágrafo Único: Caberá ao estabelecimento de Ensino através do Conselho

Escolar elaborar e propor, para apreciação e homologação pelo NRE, seu calendário

escolar.O processo de elaboração do Calendário Escolar, reservados as formas de

utilização determinados pelos órgãos superiores, conforme a legislação, é realizado

de forma democrática e decidido junto a comunidade escolar. Posteriormente é

amplamente divulgado junto a comunidade escolar, através da sua fixação em locais

de fácil acesso e pela Internet, no site da escola. Além disso, é disponibilizadas

cópias a todos que pedirem junto a direção e equipe pedagógica.

 14 Cópia do calendário escolar, segue em anexo

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10 DIAS LETIVOS

O calendário escolar a ser elaborado anualmente, deverá atender aos

dispositivos da Legislação vigente contidos na Lei 9394/96.

O Estabelecimento de Ensino elaborará o calendário Escolar no final do ano

letivo para o ano subseqüente, atendendo ao dispositivo na Legislação vigente.

Deverá estabelecer, respectivamente o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos,

nos quais estarão garantidos os mínimos de dias legais e carga horária mínima de

800 (oitocentas) horas de atividades com o aluno em sala de aula.

O calendário escolar poderá ser alterado em qualquer circunstancia em que o

Estabelecimento de Ensino considerar relevante, apresentando em tempo hábil, ao

NRE a solicitação e respectiva proposta de alteração.O calendário escolar deverá ser elaborado pelo Estabelecimento de Ensino

com a participação do Conselho Escolar, conforme Legislação em vigor, mas em

nossa escola conta com a participação de toda a comunidade escolar.

O descumprimento do calendário escolar proposto e homologado, sujeita o

seu responsável às penalidades legais.

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11 CONCLUSÃO

Sempre que há mudanças no mundo da educação, elas demoram algum

tempo até serem assimiladas, o projeto delinear-se-a para o presente e o futuro,

sobretudo com dimensões de um progresso significativo no desenvolvimento sócio-

educativo.

A escola como um meio e solução para se chegar a um fim, e as integrações

nela socializadas pretende formar alunos críticos, conscientes de seus atos e que

possam decidir seu caminho, como um cidadão crítico e atuante em seu meio.

O projeto cria expectativas para questionar e refletir sobre a realidade na qual

está inserida escola e comunidade, atingindo a base do processo educacional,

trabalhando com o conhecimento historicamente situado no atual período detransição de uma sociedade tradicionalista e conservadora em face à globalização.

Porém, o processo educacional aqui proposto pretende levar os seus educandos a

observar e refletir sobre usos, costumes, hábitos, idéias, que integrem o meio sócio-

cultural do qual façam parte, ou seja, como viver e como interpretar esta sociedade

em constante mudança.

O homem, de certo modo, "reconstrói, a história, a partir de seu presente, e

cada fato novo vivido o faz interpretar a experiência vivida”.

Sabemos que o processo de efetivação e o alcance dos objetivos propostosneste Projeto Político Pedagógico depende do envolvimento de todos os elementos

que compõem o universo escolar. Cabendo a nós educadores de maneira geral, a

partir do nosso compromisso com a educação15, revermos e avaliarmos a nossa

ação pedagógica de forma crítica e consciente, elevando ao máximo a nossa

competência profissional, a fim de garantir ao aluno o acesso a todas as formas e

níveis do conhecimento necessário para a formação do cidadão “preparado para o

exercício da cidadania e qualificado para o trabalho”, conforme nos inspira a nossa

Lei máxima da educação: a Constituição Federal Brasileira.

15 As reuniões para a avaliação dos progressos e ajustes do PPP ocorrerão sempre que se

fizerem necessárias, ou seguindo calendário pedagógico sugerido pelo NRE.

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12 PROCESSO DE AVALIAÇÃO E REFORMULAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO

PEDAGÓGICO

O processo de avaliação e reformulação do P.P.P. ocorrerá sempre no início

dos semestres letivos. Neste processo tomarão parte todos os segmentos da

comunidade escolar, tendo as datas de avaliação e reformulação, previstas em

calendário escolar amplamente divulgadas na comunidade.

O Projeto Político pedagógico do Colégio Estadual 29 de Abril, encontra-se a

disposição de professores, funcionários, estudantes e comunidade, no site da

escola, aberto a sugestões e críticas. Assegurando assim a participação de todos na

implementação do mesmo.

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REFERÊNCIAS

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SUASSUNA, L. Ensino da língua portuguesa: uma abordagem programática,1995

LOPES, A. J. Alfabetização e cidadania, 1998

FREIRE, P. Pedagogia e autonomia, 1986

D’AMBRÓSIO, U. Globalização, educação multicultural e etnomatemática, 1997

Associação dos professores de matemática: renovação do currículo dematemática, Lisboa, 1988

Apostila CND – I, II, III, 1999

EVANS, Richard I. Jean piaget – o homem e suas idéias. Rio de Janeiro, 1980

SAVIANI, DEMERVAL. Pedagogia histórico crítica. São Paulo, 1944

Lei de diretrizes e bases da educação nacional – a nova lei da educação , 1997

O estatuto da criança e do adolescente e a instituição escolar. Curitiba, SEED,1993

Salto para o futuro: construindo a escola cidadã. Brasília, MEC, 1998

Salto para o futuro: reflexões sobre educação para o próximo milênio. Brasília,MEC, 1998

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CUNHA, Luiz Antonio. Educação, estado e democracia. Rio de Janeiro, Ed Cortez,1996

PRAIS, Maria de Lourdes Mello.Administração colegiada na escola pública.

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DAVIS, Claudia. Psicologia da educação. São Paulo, Cortez, 1994

OLIVEIRA, Zilma de. Psicologia da educação. São Paulo, Cortez, 1994

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da educação. São Paulo, Cortez, 1992

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BORTOLAN, Mabel Iara Jacopeti et al . Exclusão escolar e a relação com aprática pedagógica. 2007. 87f. Monografia( Especialização em Gestão, Supervisãoe Orientação Escolar). Instituto Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão,Guaratuba - PR

Parâmetros curriculares nacionais. Brasília, MEC, 1998

Parâmetros Curriculares NacionaisTemas TransversaisLíngua PortuguesaLíngua EstrangeiraCiências NaturaisArteHistóriaMatemática

Orientações curriculares para o ensino médio. Brasília, M E, 2006

Orientações curriculares para o ensino médioCiências da natureza, matemática e suas tecnologiasCiências humanas e suas tecnologiasLinguagens Códigos e suas Tecnologias

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SUMÁRIO DE TABELAS

TABELA 1 –  Período Matutino........................................................................9 TABELA 2 –  Período Vespertino..................................................................10 TABELA 3 –  Período Noturno.......................................................................10 TABELA 4 –  ORGANIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃODOS RECURSOS

MULTIMÍDIAS............................................................................15  TABELA 5 –  Rendimento Escolar – Ensino Fundamental............................24 TABELA 6 –  RENDIMENTO ESCOLAR – ENSINO MÉDIO ........................24